Manual de IM 5º Ano

Transcrição

Manual de IM 5º Ano
COLÉGIO MILITAR
CORPO DE ALUNOS
SECÇÃO DE INSTRUÇÃO MILITAR
GUIA DO FORMANDO
5º ANO
ÍNDICE
1.
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 3
2.
ARMAMENTO E TIRO (ATI)............................................................................................. 4
2.1.
Nomenclatura da carabina MANNLICHER, grupos e dados gerais ......................................... 4
3.
CANTO CORAL (COR) ....................................................................................................... 9
3.1.
Participar no canto do Hino Nacional ...................................................................................... 9
3.2.
Participar no canto do Hino da Maria da Fonte ..................................................................... 12
4.
EDUCAÇÃO MORAL CÍVICA E MILITAR (MCM) .................................................... 17
4.1.
Identificar a Hierarquia Militar. Deferências para com os superiores ................................... 17
4.2.
Postos de Oficiais, Sargentos e Praças do Exército ............................................................... 22
4.3.
Entidades e símbolos com direito a distinções especiais e manifestações exteriores de
respeito ................................................................................................................................... 23
4.4.
Fazer continência e apresentar-se a um superior.................................................................... 27
5.
ORDEM UNIDA (OUN) ...................................................................................................... 33
5.1.
Passar da posição de “À vontade” para a posição de “Sentido” e vice-versa sem arma........ 33
5.2.
“Reunir” e “Destroçar” .......................................................................................................... 37
5.3.
Fazer “Direita/Esquerda volver” e “Meia volta volver” a pé firme ....................................... 39
5.4.
Dar passos “Em frente/À retaguarda” e passos laterais “À esquerda/à direita” .................... 40
5.5.
Participar no “Perfilar” de uma formatura ............................................................................. 42
5.6.
Participar no Abrir/Unir fileiras de uma formatura................................................................ 45
5.7.
“Marcar passo” e fazer “Alto” ............................................................................................... 49
5.8.
Romper a marcha, marchar e fazer “Alto” sem arma ............................................................ 51
5.9.
Fazer Direita/Esquerda rodar ................................................................................................. 52
5.10. Fazer “Direita/Esquerda volver” e “Meia volta volver” em marcha...................................... 53
5.11. Passar da posição de “À vontade” para a posição de “Sentido” e vice-versa com a carabina
MANNLICHER....................................................................................................................... 54
5.12. Fazer “Suspender arma” da posição de “Sentido” e vice-versa com a carabina
MANNLICHER....................................................................................................................... 58
5.13. Fazer “Ao alto arma” da posição de “Sentido” e vice-versa com a carabina MANNLICHER60
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5.14. Passar da posição de “Sentido” à posição de “Ombro arma” e vice-versa com a carabina
MANNLICHER....................................................................................................................... 61
5.15. Passar da posição de “Ombro arma” à posição de “Apresentar arma” e vice-versa com a
carabina MANNLICHER ........................................................................................................ 63
5.16. Executar a Continência “À Direita/Esquerda” e o “Olhar Frente” com a carabina
MANNLICHER....................................................................................................................... 65
5.17. ROMPER A MARCHA, MARCHAR E FAZER ALTO (ARMADO) com a carabina
MANNLICHER....................................................................................................................... 66
6. BIBLIOGRAFIA ……………………………………………………………………………….70
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1. INTRODUÇÃO
Ensinar não é só transmitir um conjunto de conhecimentos. É também adequá-los aos alunos a
que se destinam e mostrar-lhes a melhor forma da sua aplicação futura.
Não contendo do ponto de vista científico nenhuma novidade, esta publicação originária do
MC-110-10, INSTRUÇÃO GERAL MILITAR, surge, no entanto impregnada de um esforço
pedagógico resultante de um trabalho de anos com os alunos do Colégio Militar. A experiência
adquirida na docência destas matérias vem reforçar o objectivo do Colégio Militar que tem por
missão ministrar e assegurar a sua formação militar base.
Neste sentido, corolário natural de ministrar e proporcionar uma aproximação da disciplina aos
alunos este guia do formando foi realizado com o objectivo de facultar ao mesmo a matéria de
suporte, aprovada por Despacho Conjunto nº 275/2006, de 22 de Março, para o respectivo ano
lectivo.
De forma clarificada aborda todos os pontos propostos relacionados com a matéria leccionada
ao longo do ano. Constituída por um núcleo central dedicado à ordem unida, este guia do formando
estende-se também ao canto coral e à educação moral cívica e militar.
Resultante do trabalho lectivo de vários anos no Colégio Militar, os autores não podem deixar
de agradecer a colaboração e o empenho que outros elementos que passaram pela docência das
matérias agora expostas foram dando e que permitiram aperfeiçoar o que agora se revela.
Que este manual seja uma ferramenta e um instrumento de fácil compreensão e acessível a
qualquer leitor/aluno.
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2. ARMAMENTO E TIRO (ATI)
2.1. Nomenclatura da carabina MANNLICHER, grupos e dados gerais
Carabina de Cavalaria 6,5 mm m/896 Mannlicher
Carabina de Artilharia 6,5 mm m/898 Mannlicher
Carabina 5,6 mm m/946 Mannlicher
Figura 1 – Carabina Mannlicher
MODELO M/896 E M/898
Esta arma adopta uma culatra de ferrolho com cabeça móvel e funciona por escorregamento e
rotação. Emprega um travamento bilateral simétrico anterior. O extractor é de garra com mola e
encontra-se na cabeça da culatra.
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O percutor encontra-se permanentemente recolhido no interior da culatra envolto por uma
mola em espiral. O cão, fixo à retaguarda do percutor, destina-se a aumentar a sua massa. O percutor
é armado no movimento de rotação da abertura da culatra.
As munições são introduzidas num carregador que é posteriormente colocado no depósito
central fixo. As munições não podem ser colocadas de forma individual. A alimentação é efectuada
por acção da mola laminar do depósito. O ejector, da alavanca, encontra-se no fundo da caixa da
culatra.
CARACTERISTICAS DA CARABINA MANNLICHER
Modelo M/896 E M/898
PAÍS DE ORIGEM
Áustria
CALIBRE
6,5 mm
NÚMERO DE ESTRIAS
4
SENTIDO DAS ESTRIAS
Dextrorsum
COMPRIMENTO DA ARMA
0,954 m – 1,109 m (modelo 1896)
COMPRIMENTO DO CANO
0,450 m – 0,605 m (modelo 1896)
VELOCIDADE INICIAL DO
667 m/s – 703 m/s
PROJÉCTIL À BOCA DA ARMA
Linha de mira axial. Alça de ranhura simples de lâmina com
APARELHO DE PONTARIA
cursor graduada dos 250 aos 1800 m. Ponto de mira de secção
triangular.
ALCANCE MÁXIMO
3200 m
ALCANCE EFICAZ
1700 m
PESO DA ARMA
3,27 kg com depósito vazio; 3,515 kg com depósito cheio
DEPÓSITO
Fixo e central com capacidade para 5 munições
BAIONETA
Punhal-baioneta com 0,248 m de lâmina e 0,360 kg de peso
6,5 x 53,5 mm, 24,5 g de peso invólucro metálico com base em
MUNIÇÃO
rebordo e percussão central
MECANISMO DE SEGURANÇA
Imobilização do cão
FUNCIONAMENTO
Arma ordinária de retrocarga de tiro simples ou de repetição
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MODELO M/946
Este modelo foi transformado na Fábrica de Braço de Prata (FBP), em Lisboa, a partir de um
lote de carabinas modelo 1896, calibre 6,5 mm, fabricadas na Áustria.
A arma foi adoptada para calibre 5, 6 mm, tendo em vista a instrução de tiro reduzido aos
25,5 e 100 metros em todas a unidades do Exército. Foi mantida a numeração original (calibre 6,5
mm) do lado direito do cano e da caixa da culatra. Igual numeração encontra-se gravada nos
componentes da culatra móvel e alça.
Esta arma, ao contrário do que à primeira vista se possa depreender, não efectua tiro de
repetição. O acesso ao carregador encontra-se vedado por um entalhe em madeira. Mantém as
especificidades de funcionamento do modelo 1986.
CARACTERISTICAS DA CARABINA MANNLICHER
Modelo M/946
PAÍS DE ORIGEM
Áustria. Adaptada e transformada na FBP (Portugal)
CALIBRE
5,56 mm
NÚMERO DE ESTRIAS
4
SENTIDO DAS ESTRIAS
Dextrorsum
COMPRIMENTO DA ARMA
0,955 m
COMPRIMENTO DO CANO
0,48 m
VELOCIDADE INICIAL DO PROJÉCTIL À BOCA
691 m/s
DA ARMA
APARELHO DE PONTARIA
Linha de mira axial. Alça de ranhura simples de cursor e apoio em escaletas com
marcas para o tiro a 25, 50 e 100 m. Ponto de mira de secção triangular.
ALCANCE MÁXIMO
400 m
ALCANCE EFICAZ
100 m
PESO DA ARMA
3,11 kg
DEPÓSITO
Não é utilizado
BAIONETA
Tem
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MUNIÇÃO
5,56 mm
MECANISMO DE SEGURANÇA
Imobilização do percutor
FUNCIONAMENTO
Arma ordinária de retrocarga de tiro simples
CARABINA MANNLICHER
Em 1885, a Áustria-Hungria adopta uma espingarda de ferrolho que recebe as munições
através de uma lâmina de carregamento (clip) introduzida de uma única vez no depósito de gaveta.
O sistema aperfeiçoado por Mannlicher representa uma importante vantagem em relação à
Kropatschek, onde era necessário carregar o depósito cartucho a cartucho, o que levava mais tempo.
As espingardas e carabinas Mannlicher, em calibres que vão dos 11 mm aos 6,5 mm, são usadas pela
Aústria-Hungria durante a Primeira Guerra Mundial.
Em finais do século XIX estuda-se em Portugal a compra de novas cabinas, seguindo a
Mannlicher como opção natural, pois era a sucessora da Kropatschek na Fábrica da Steyr.
O depósito da gaveta central tinha ainda a vantagem de colocar o peso da munição no centro
de gravidade e não desequilibrar a arma à medida que se disparava, como acontecia com o depósito
tubular no fuste da Kropatschek.
Em 1986, o ministro Pimentel Pinto assina o contrato para a aquisição de 4000 carabinas
Mannlicher para a cavalaria, bem como outras semelhantes (mais compridas, com uma velocidade
inicial superior) para a Armada. Em 1898, o ministro Maria da Cunha adquire mais 4500 carabinas
Mannlicher para artilharia, com ligeiras diferenças em relação ao modelo da cavalaria.
Quando estala a Primeira Guerra Mundial, um documento do Estado-Maior refere que
existem 5810 Mannlicher distribuídas às unidades do Exército, sendo teoricamente necessárias 3150
para uma divisão (com 12600 para as 4 divisões do quadro).
Em 1916, a Mannlicher era a principal arma da brigada de cavalaria (com 1053 exemplares),
tendo cada uma das quatro divisões de infantaria um número que variava entre 360 e 572.
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Já em 1931, a Comissão do Rearmamento indica que só existem 2155 carabinas Mannlicher
na infantaria (entregues apenas aos RI 13, RI 22 e RI 47) e 2996 na cavalaria (continuava a ser a
principal arma deste tipo na cavalaria), que se “encontram na sua totalidade incapazes de tiro de
guerra” devido ao grande desgaste dos canos.
Figura 2 – Mannlicher com a culatra de ferrolho aberta
Em 1946, as Mannlicher sobreviventes recebem uma nova juventude, quando a fábrica
Braço de Prata as transforma para 5,6 mm com canos novos. Pretende-se com esta adaptação usar as
velhas carabinas austríacas na instrução de tiro a reduzidas distâncias nas unidades (de 25 a 100 m),
de modo a poupar armas mais modernas.
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GRUPOS GERAIS DA ARMA
3. CANTO CORAL (COR)
3.1. Participar no canto do Hino Nacional
A. A História do Hino
Em 11 de Agosto de 1890, o governo inglês enviou por via telegráfica um ultimato para que
todas as tropas portuguesas se retirassem da zona conhecida pelo nome de “mapa cor-de-rosa”,
correspondente aos actuais Zimbabué e Malawi.
O lacónico telegrama britânico ameaçava Portugal com uma intervenção militar, pelo que o
governo português, perante a exigência de um país tão rico e poderoso, cedeu e evacuou a região.
Isto originou diversas manifestações, que foram aproveitadas pelos republicanos na sua propaganda
contra a monarquia.
O compositor Alfredo Keil, indignado, sentou-se ao piano e compôs uma música marcial de
conteúdo vibrante. Depois foi ter com o poeta Henrique Lopes de Mendonça para que escrevesse a
letra com o sentido da revolta que grassava nas ruas.
Após alguns dias, estavam escritas as três estrofes da composição musical. No entanto, ao
longo dos tempos, tem sido alterada a ordem da segunda e da terceira estrofe, que acabou por se
normalizar.
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Mais tarde, por diversas razões, houve quem contestasse a letra, mas como, em princípio, só
se cantava a primeira estrofe, a riqueza da melodia serve de compensação. O seu título, “ A
Portuguesa “, é que ninguém contestou.
Ainda em 1890, Alfredo Keil instrumentou a música para ser tocada por banda. Foi assim que
quando surgiu a primeira tentativa da revolução republicana, em 31 de Janeiro de 1891, uma banda
tocava sem cessar “ A Portuguesa “, só parando após o malogro da revolução. Depois foi proibida a
execução do “pretenso hino”.
Após a implantação da República, em 5 de Outubro de 1910, o governo provisório fê-lo
adoptar como Hino Nacional e conferiu-lhe todas as honras militares e civis. Nos primeiros tempos
do novo regime “ A Portuguesa “ era tocada pelas bandas militares e civis no final dos seus concertos
em praças públicas.
B. O Autor da Música
Alfredo Keil nasceu em Lisboa, em 3 de Julho de 1850, e faleceu em Hamburgo, em 4 de
Outubro de 1907, após melindrosa operação cirúrgica a que não resistiu. Foi pintor, poeta,
arqueólogo e coleccionador de arte Seu pai era oriundo de uma família do ducado de Nassau, que em
1838 se veio estabelecer em Lisboa; sua mãe era descendente de uma família alsaciana.
Alfredo estudou no Colégio Britânico e desde pequeno mostrou inclinação para o desenho e
para a música. Quando terminou o liceu foi estudar artes para Nuremberga, na Alemanha.
Recebeu muitos prémios nacionais e estrangeiros. As suas músicas, essencialmente as óperas,
foram apresentadas nos mais importantes teatros de Portugal, do Brasil e de Itália.
C. O Autor da Letra
Henrique Lopes de Mendonça nasceu em Lisboa em 12 de Fevereiro de 1856 e faleceu em 24
de Agosto de 1931. Foi escritor, manifestando, desde jovem, grande tendência para a Literatura.
Seguindo carreira na Marinha, foi promovido a Aspirante em 1871, viajando depois pelos portos da
Europa e de África.
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Iniciou a sua carreira dramática com a comédia em I acto A Noiva, representada no Teatro D.
Maria II em 1884. Era sócio da Academia das Ciências e do Instituto de Coimbra. Foi professor de
História na Escola de Belas-Artes de Lisboa.
Escreveu poesia, história e romance. Passou à situação de reforma, em Maio de 1912, no
posto de capitão-de-mar-e-guerra. Era condecorado com a comenda da Ordem de Avis.
D. A Letra do Hino
Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria, sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!
Coro
Às armas, às armas,
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas,
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!
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3.2. Participar no canto do Hino da Maria da Fonte
O nome de Maria da Fonte está associado à rebelião de 1846 que teve início na Póvoa do
Lanhoso e que se veio a alastrar por todo o Minho, Trás-os-Montes, Beira e Estremadura.
As causas da rebelião foram as leis da saúde de Novembro de 1845 que, entre outras coisas,
proibia o enterramento em igrejas como sempre se fizera até aí, confinando-os aos cemitérios. Não se
tratou de uma revolta de cariz político mas sim de defesa de valores tradicionais e seculares. Ligada à
insurreição está a canção patriótica denominada por Hino do Minho da autoria de Ângelo Frondoni e
que mais tarde veio a adoptar o nome de Hino da Maria da Fonte.
O Hino da Maria da Fonte é executado em cerimónias militares onde não é dado executar o
Hino Nacional. De acordo com o decreto-lei Nº 331/80 de 28AGO80 são as seguintes as Entidades a
que é destinado: Presidente da Assembleia da Republica, Primeiro-ministro, Chefe do Estado-MaiorGeneral das Forças Armadas, Presidente do Supremo Tribunal de Justiça e Tribunal Militar, ViceChefe de Estado-Maior das Forças Armadas e Chefes de Estado-Maior dos três Ramos, Ministros e
Secretários.
LETRA DO HINO DA MARIA DA FONTE
Baqueou a tirania
Nobre povo é vencedor
Generoso ousado e livre
Dêmos glória ao teu valor
Eia avante portugueses
Eia avante não temer
Pela santa liberdade
Triunfar ou perecer
Triunfar ou perecer
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LETRA DO HINO DO EXÉRCITO
Nós vimos de Valverde
E de Val de Vez,
Servindo a Henrique
E ao Rei Português
Que em tantas batalhas,
Em luta campal
Ergueu as muralhas
Para Portugal!
Coro
Iremos até onde a Pátria for
E seja em paz, ou seja em guerra
Que este clamor
Vibre imortal
De mar em mar, de serra em serra:
- Portugal! Portugal! Portugal!
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HINO DA MARIA DA FONTE
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4. EDUCAÇÃO MORAL CÍVICA E MILITAR
4.1. Identificar a Hierarquia Militar. Deferências para com os superiores
Para efeitos de continências e honras militares, os graus de hierarquia militar nas Forças
Armadas agrupam-se por ordem decrescente em quatro categorias, a saber: a 1ª – a classe de Oficiais
Generais; a 2ª – a classe dos Oficiais Superiores; a 3ª – a classe dos Capitães e Subalternos; a 4ª – a
classe dos Sargentos.
CATEGORIA
1º
2º
3º
ARMADA
EXÉRCITO E FORÇA AÉREA
Almirante da Armada (Dignidade honorífica)
Marechal (Dignidade honorífica)
Almirante
General (4 estrelas)
Vice-Almirante
Tenente – General (3 estrelas)
Contra-Almirante
Major – General (2 estrelas)
Comodoro
Brigadeiro – General (1 estrela)
Capitão-de-Mar-e-Guerra
Coronel
Capitão-de-Fragata
Tenente – Coronel
Capitão – Tenente
Major
Primeiro-Tenente
Capitão
Segundo-Tenente
Tenente
Guarda - Marinha ou Subtenente
Alferes
Aspirante a Oficial
Aspirante a Oficial
Sargento-Mor
Sargento-Mor
Sargento-Chefe
Sargento-Chefe
Sargento-Ajudante
Sargento-Ajudante
4º
Primeiro-Sargento
Primeiro-Sargento
Segundo-Sargento
Segundo-Sargento
Furriel
Primeiro – Subsargento
Segundo - Furriel
Segundo – Subsargento
Quadro 1 – Graus de hierarquia militar nas Forças Armadas em quatro categorias
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Qualquer militar deve respeitar a autoridade hierárquica e colaborar racional e livremente, na
obediência, para o bem da Nação dentro do seu escalão no Exército.
REGULAMENTO DE CONTINGÊNCIAS E HONRAS MILITARES (RCHM)
Artigo 16º
O militar não tem direito de dispensar as honras devidas ao seu posto ou cargo, a não
ser em casos em que as circunstâncias o justifiquem.
Artigo 18º
O militar deve usar sempre todas as deferências para com os seus superiores
hierárquicos, nomeadamente:

Não fumar diante do superior sem obter a devida autorização;

Se se cruzar com um superior em qualquer passagem apertada, designadamente escada
ou vão de uma porta, facilitar-lhe a passagem, deixando-o passar primeiro; na rua, cederlhe o lado interior do passeio;

Evitar sempre passar pela frente do superior, mas, quando tiver necessidade de o fazer,
solicitar-lhe a devida licença;

Não entrar nas embarcações militares nem delas sair sem licença do superior que
estiver presente. Os militares entram nas embarcações antes dos superiores e
desembarcam depois deles.
Nas embarcações os lugares de honra são, por ordem decrescente:
1º Bombordo a ré;
2º Estibordo a ré;
3º A meio a ré;
4ºe 5º, etc. De ré para vante alternadamente a bombordo e a
estibordo.

Não entrar nas viaturas e aeronaves militares nem delas sair sem licença do superior
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que estiver presente. Nas viaturas de transporte colectivo de pessoal e nas aeronaves
militares os lugares são ocupados, por ordem hierárquica, da direita para a esquerda e da
frente para a retaguarda;

Em acto de serviço, não montar ou embarcar nem se apear, de cavalo ou viatura, sem
pedir licença ao superior presente.
Artigo 19º
O militar a quem o superior se dirigir toma imediatamente a posição de sentido e faz
continência. Mantém a posição de sentido enquanto o superior se não retirar ou o autorizar
a tomar posição. Quando o superior se retirar, volta a prestar lhe a continência.
O militar está colocado numa escala, ou em ordem hierárquica que contribui para a divisão de
tarefas, para a coesão do todo da colectividade, para a “unidade e disciplina” do Exército. O militar,
enquanto tal, está portanto, escalonado numa hierarquia. Conforme a sua posição assim tem
determinados direitos e deveres, embora muitos deles digam respeito a todos os escalões da
hierarquia.
O homem, pelo próprio facto do nascimento, já se revela um ser dependente de outros seres
humanos. Isto faz parte da sua natureza: a vida foi-nos dada pelos progenitores, não foi assumida por
geração espontânea de cada um de nós. Com a dependência vem a subordinação e a consequente
obediência. A vida manifesta-se estruturada, hierarquizada, nela há “ordem”. A princípio, palavras
como “dependência”, “subordinação”, “obediência”, mesmo sem serem proferidas, davam paz e
tranquilidade à criança que em tudo confiava nos cuidados dos pais.
Com a adolescência e a necessidade de afirmação da personalidade individual no mundo que
nos envolve, surgem os conflitos, tensões, torna-se difícil a prática de obediência e até é incómodo o
próprio vocábulo. Porque nunca cessamos de aprender e estamos integrados numa sociedade, a
obediência e a subordinação são condições necessárias para o bem da colectividade, embora seja
certo também que, na realidade concreta, as relações humanas de afecto, autoridade e dependência,
estejam muitas vezes compenetradas de impotência, tirania e desconfiança.
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Desde a infância que defendemos com o máximo das nossas forças até os mínimos interesses
que nessa altura podem reduzir-se a simples posse ou domínio de um brinquedo. Com o tempo
cresce em cada homem a vontade de se impor aos outros, a “glória de mandar”, a “vã cobiça” e o
endeusamento pessoal.
Por tudo isto é que a autoridade e os seus próprios símbolos e agentes nem sempre são
suficientemente entendidos e aceites como valores humanos necessários e indispensáveis para a
harmonia da sociedade. Os homens estão integrados numa sociedade. A acção humana em sociedade
corresponde a uma certa ordem, porque obedece a uma certa regulação, o que faz do homem-cidadão
simultaneamente um dirigente e um dirigido, um pai e um filho, um profissional que aprende e
ensina, que manda, mas também obedece. A hierarquia transforma, portanto, o corpo social num
todo, numa “unidade”, que em diversos escalões busca um fim comum colectivo, na
complementaridade, na subsidiariedade e na ordem.
O militar, como qualquer outro ser, está colocado numa escala de funções, de poderes e de
responsabilidades – está numa ordem hierárquica, factor de unidade, na diversidade, e de disciplina,
na multiplicidade das tarefas. Portanto, qualquer militar deve respeitar a autoridade hierárquica e
colaborar racional e livremente, na obediência, para o bem da Nação dentro do seu escalão no
Exército.
Podemos resumir em obediência, respeito e lealdade, os vários deveres que qualquer militar
tem para com os seus camaradas de escalão hierarquicamente superior. Subordinação não significa
servidão, colaboração não é sinónimo de falta de personalidade, porque “renunciar ao capricho, ao
egoísmo, à indolência, a tudo quanto o vulgar dos homens mais aprecia e estima, ter por único fim o
servir bem por único enlevo a glória, por único móvel a honra e a dignidade não é renuncia da
vontade”, como escreveu Mouzinho de Albuquerque.
A falta de respeito pelos que desempenham funções de nível superior é manifestação de
egoísmo, sentimento humano inferior, que se transmuda facilmente em modos ordinários, repulsivos
e desagradáveis, que, se nem sempre surgem à superfície, isso deve-se quase sempre ao receio de
qualquer sanção punitiva.
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O colaborador de escalão hierárquico inferior deve ser leal e franco com os chefes. Não deve
proceder de má-fé, com intenções ocultas, com reserva mental ou com malícia.
Em resumo, podemos dizer que os deveres do militar para com os seus camaradas de escalão
hierárquico superior implicam necessariamente: respeitar e fazer-se respeitar; proceder com zelo,
honestidade e boa fé; obedecer com inteligência, brevidade e dignidade; trabalhar em colaboração
com perfeição e rigor; conviver com delicadeza e civismo; não murmurar das ordens recebidas; não
adular os chefes; não denunciar maliciosamente seja quem for; não supor saber mais do que sabe,
nem julgar que os outros são ignorantes na matéria.
O superior, nas suas relações com os inferiores procurará ser para eles exemplo e guia,
estabelecendo a estima recíproca, sem contudo a levar até à familiaridade, que só é permitido fora
dos actos de serviço. Tem ainda por dever cuidar dos interesses dos seus subordinados, respeitar a
sua dignidade, ajudá-los com os seus conselhos e ter para com eles as atenções devidas, não
esquecendo que se acham solidariamente ligados para o desempenho de uma missão comum.
A obediência é sempre devida ao mais graduado e em igualdade de graduação ao mais antigo.
Exceptuam-se os casos em que qualquer militar seja investido em cargo ou funções de serviço, em
relação aos quais seja determinado o contrário, por legislação especial.
É dever do militar respeitar e agir lealmente para com os superiores, subordinados ou de
hierarquia igual ou inferior, tanto no serviço como fora dele e usar entre si as deferências em uso na
sociedade civil. O respeito manifesta-se exteriormente pela atitude para com os superiores e pela
continência militar. Acima de toda a hierarquia militar existem as Bandeiras, Estandartes Militares e
Hino Nacional como símbolos da Pátria.
O Presidente da República é o Comandante Supremo das Forças Armadas por inerência.
O CEMGFA superintende nos três ramos das Forças Armadas.
O CEME é o responsável máximo no Ramo do Exército.
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4.2. Postos de Oficiais, Sargentos e Praças do Exército
Para identificar e reconhecer os postos do Exército Português é necessário ter em conta a
simbologia que se segue, a saber:
Estrelas – Símbolo atribuído a oficiais generais.
Galões – Símbolo atribuído a outros oficiais (dourados).
Divisas – Símbolo atribuído a sargentos (dourados) e a cabos (vermelhos).
Os símbolos são presos diretamente na manga do uniforme, ou colocados nos ombros
utilizando-se para o efeito as passadeiras das camisas. As platinas têm o fundo vermelho para
generais, azul ferrete/prato para oficiais e sargentos, verde para cabos. Na Força Aérea o fundo é
sempre azul tal como na Marinha. As estrelas são em prata fosca (de Major-General a General) e em
ouro fosco para Marechal, CEMGFA e para Presidente da República (quando militar). As riscas
douradas das platinas chamam-se “galões” para oficiais e “divisas” para sargentos.
Exemplo da platina de “Coronel” para ser usada em camisa.
O galão mais grosso é sempre colocado no lado de fora do ombro ficando os galões mais
estreitos voltados para o botão da passadeira ou para a cabeça do militar.
Instrução Militar
5º Ano
-22-
Exemplo de distintivos de manga para o uniforme nº 1
ra 3 – Simbologia dos postos do Exército
4.3. Entidades e símbolos com direito a distinções especiais e manifestações exteriores de
respeito
Além dos superiores hierárquicos que naturalmente têm direito às manifestações de respeito
regulamentares, existem outras entidades e símbolos que como militares nos merecem manifestações
de respeito e que são estipuladas no Regulamento de Continências e Honras Militares (RCHM).
Artigo 10º
Os símbolos da pátria, estão acima de toda a hierarquia militar, a conhecer:

A Bandeira Nacional;

O Estandarte Nacional;

O Hino Nacional – “ A Portuguesa”.
Se a Bandeira Nacional, o Estandarte Nacional, o Hino Nacional e o Presidente da República
são os símbolos da Pátria e estão acima de toda a hierarquia militar todos os militares têm, portanto,
a obrigação de lhes fazer a continência, quando uniformizados, e de se descobrirem e perfilarem,
quando em trajo civil nas circunstâncias previstas nos artigos 52ºe 56º (descobrem-se de bonés e
prestam sentido). O Presidente da República tem direito a iguais saudações.
Artigo 11º do nº1
Instrução Militar
5º Ano
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Chefes de Estado, Monarcas ou Embaixadores Estrangeiros
(RCHM)
Em terra, os Chefes de Estado Estrangeiro ou os Embaixadores que oficialmente os
representem e os membros de famílias reais reinantes que oficialmente representem os
respectivos monarcas têm direito a honras iguais às prestadas ao Presidente da República.
Artigo 11º do nº 2,3 e 4
Entidades Civis
(RCHM)
O Presidente da Assembleia da República, o Primeiro – Ministro, o Presidente do
Supremo Tribunal de Justiça, os membros do Governo e os ministros plenipotenciários
estrangeiros, quando em actos oficiais previamente anunciados, têm direito às honras
constantes no Regulamento de Continências e Honras Militares.
Os Presidentes das Assembleias e dos Governos Regionais dos Açores e da
Madeira têm honras de Ministros do Governo da República na área das suas regiões. Os
governadores civis têm honras de oficial general quando em actos solenes oficiais a que
presidam na área dos seus distritos e que exijam essa representação.
Artigo 11º do nº 5
Instrução Militar
5º Ano
-24-
Oficiais Estrangeiros
(RCHM)
Os oficiais estrangeiros, quando em actos oficiais, tem honras militares iguais aos
da mesma patente das forças armadas nacionais.
Artigo 12º do nº 1,2,3
Comandantes de Unidade ou visitas oficiais às mesmas
(RCHM)
Aos oficiais comandantes de unidades e estabelecimentos militares, quer efectivos
quer interinos, uniformizados ou trajando à civil, são devidos, diariamente, à primeira
entrada e última saída da sua unidade, entre as horas do içar e do arriar da Bandeira, a
guarda formada e o toque de sentido, seguido do sinal respectivo, sempre que sejam das
categorias 1ª e 2ª do quadro A (artigo 9º).
Os Comandantes de fracções destacadas de unidades, quando da categoria 2ª do
quadro A (artigo 9º), têm direito às mesmas honras. Aos oficiais de categoria 3ª do quadro
A (artigo 9º), quando desempenhando funções de comandante de unidade ou de
estabelecimento militar, é devido apenas o toque de sentido, Seguido do respectivo sinal.
Em qualquer dos casos os oficiais de serviço deverão apresentar-se ao comandante
logo que este entre na unidade. Quando na unidade ou estabelecimento militar se encontrar
em serviço qualquer entidade hierarquicamente superior ao comandante, a este é apenas
devido o sinal de comandante.
 Nos quartéis-generais e em todos os comandos ou direcções de oficial general o
distintivo do respectivo comandante ou director será içado, durante o dia, quando este ali
Instrução Militar
5º Ano
-25-
entre é arriado logo após a sua saída.
Artigo 154º
Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito
(RCHM)
Os militares de qualquer categoria, em serviço activo, na reserva ou na reforma,
quando galardoados com os graus da condecoração que a seguir se indicam e ostentando as
respectivas insígnias, terão as honras dos postos mencionados no quadro a seguir inserido,
se o posto que possuem na hierarquia militar não for superior.
GRAUS DA
POSTOS MILITARES A QUE
CATEGORIAS
CONDECORAÇÃO
CORRESPONDEM OS GRAUS DA
CORRESPONDENTES
CONDECORAÇÃO
Cavaleiro
Alferes
Instrução Militar
5º Ano
Categoria 3ª do quadro
A (artigo 9º)
-26-
Oficial
Comendador
Grande-oficial
Major
Categoria 2ª do quadro
Tenente-coronel
A (artigo 9º)
Coronel
Grã-cruz
General
Grande-colar
General
Categoria 1ª do quadro
A (artigo 9º)
Em complemento ao reconhecimento, das entidades a quem deve as deferências e aqui
descritas, deverá ser do conhecimento dos militares os tipos de deferências efectuar e como as
efectuar. Assim deverá ser referido aos instruendos o que está estipulado em relação a isso.
Nomeadamente quando é usado o trajo civil (art. 13º), quando acompanhado por superior
(art. 14º), quanto à situação em que está e quem é a entidade (art. 20º,21º,22º,23º,24º) e em casos
excepcionais (art. 31º, 51º).
4.4. Fazer continência e apresentar-se a um superior
EXECUÇÃO DA CONTINÊNCIA SEM ARMA
A continência do militar desarmado é feita de cabeça levantada, dirigindo natural e
francamente a cara para quem a recebe. Com um gesto vivo, eleva-se a mão direita aberta, no
prolongamento do antebraço, com os dedos estendidos e unidos de modo que a última falange do
indicador vá ficar no sobrolho direito ou no ponto correspondente da cobertura da cabeça; com a
palma um pouco inclinada para baixo, o braço sensivelmente horizontal e no alinhamento dos
ombros.
Instrução Militar
5º Ano
-27-
Desfaz-se a continência levando energicamente o braço ao lado do corpo.
A execução da continência é determinada pelo Regulamento de Continências e Honras
Militares (RCHM) para as diferentes situações e casos, nos termos prescritos no 3. E ainda para os
seguintes casos especiais:
a) Marchando em acelerado: para prestar continência, o militar que se desloca em acelerado
toma previamente a cadência de ordinário; da mesma forma, quando montado, meterá a
passo.
b) Deslocando-se em bicicleta: o militar conduzindo qualquer viatura, incluindo bicicleta ou
motociclo, não presta continência.
c) Deslocando-se de automóvel: os militares que sejam conduzidos em qualquer viatura, embora
não se levantando, fazem a continência ou, se trajarem civilmente, cumprimentam.
Conduzindo à mão qualquer animal, limita-se a dirigir natural e francamente a cara para
quem recebe o cumprimento.
d) Sendo portador de embrulho: se é portador de um objecto na mão direita, passa-o para a mão
esquerda e faz a continência. Se tem as mãos impedidas, toma uma atitude respeitosa,
dirigindo natural e francamente a cara para a entidade que recebe o cumprimento.
MANEIRAS DE PROCEDER EM DIFERENTES CASOS
DIFERENTES CASOS
SEM ARMA
COM ARMA
COM ARMA EM
BANDOLEIRA
CABEÇA
DESCOBERTA
Cruzamento com um
superior
Fazer continência 5
passos antes e
desfazer 3 passos
depois, olhando ao
flanco
Fazer olhar
direita/esquerda desde
5 passos antes e 3
passos depois
Fazer a continência
olhando ao flanco
desde 5 passos a 3
passos depois
Fazer olhar
direita/esquerda desde
5 passos antes a 3
depois
Fazer continência na
ultrapassagem e
durante 3 passos,
Fazer olhar
direita/esquerda ao
ultrapassar e desfazer
Fazer continência na
ultrapassagem e
durante 3 passos,
Fazer olhar
direita/esquerda ao
ultrapassar e durante 3
Ultrapassagem de
Instrução Militar
5º Ano
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um superior
olhando ao flanco
Encontro com uma
Força Militar
Parar, voltar-se de
frente, fazer a
continência à
Bandeira,
Estandartes e aos
Comandantes das
várias fracções
Durante o Hino
Nacional, no hastear
e arrear da Bandeira
Nacional
Parar, voltar-se na
direcção de onde vem
a musica e fazer a
continência durante a
execução
a 3 passos
olhando ao flanco
Parar, voltar-se de
frente apresentar arma
à Bandeira e prestar a
continência devida a
cada Oficial
Parar, voltar-se de
frente, fazer a
continência à Bandeira,
Estandartes e aos
Comandantes das
várias fracções
Parar, voltar-se na
direcção de onde vem a
musica e fazer a
apresentar arma
durante a execução
Parar, voltar-se na
direcção de onde vem a
musica e fazer a
continência durante a
execução
passos
Parar, voltar-se de
frente e pôr-se em
sentido
Parar, voltar-se na
direcção de onde vem a
musica e pôr-se em
sentido
Nota: A continência às bandeiras ou estandartes militares e ao Chefe de Estado pode em trânsito começar a 10 e
terminar a 5 metros. Estando parados (só bandeiras ou estandartes começam a 5 e terminam 3 passos).
Os procedimentos a adoptar na apresentação a um superior são prescritos pelo Regulamento
de Continências e Honras Militares (RCHM) e pelo Regulamento Geral do Serviço das Unidades do
Exército (RGSUE).
Artigo 26º
RCHM – Quando um militar tenha de se dirigir a um superior hierárquico, aproximase a uma distância que lhe permita ser ouvido e pára. Menciona-o pela identidade de acordo
com o preceituado no artº 15º ao mesmo tempo que pede licença e faz a continência. Obtida
a licença, avança até cerca de dois passos do superior e coloca-se na sua frente. Para se
retirar pede licença ao mesmo tempo que efectua a continência; em seguida volve para o
lado em que vai seguir e retira. Quando o referido superior estiver na presença de algum
militar mais graduado ou mais antigo, terá, para atender o inferior hierárquico, de
previamente pedir licença; procedendo de igual modo quando este se retirar.
Instrução Militar
5º Ano
-29-
Artigo 27º
RCHM – O militar armado que não estiver em formatura permanece em ombro arma
enquanto na presença do superior e este for das categorias 1ª, 2ª e 3ª do quadro A (art.º 9º),
em sentido se for da categoria 4ª do mesmo quadro.
Artigo 28º
RCHM – O tratamento entre militares é regido pelos seguintes preceitos:
No Exército – Os oficiais com cursos de engenharia, medicina, farmácia, podem ser
tratados pelos títulos correspondentes a esses cursos. O superior, falando a inferior
hierárquico, designa-o pelo posto ou função que exerce. Poderá fazê-lo seguir de nome ou
número (praças), se assim o entender ou julgar necessário. O inferior, falando a superior
hierárquico, designa-o pelo posto ou função que exerce, precedido da palavra “senhor”. A
palavra “senhor” poderá ser substituída pela palavra “meu”, de uso tradicional. Os oficiais
de categoria 1ª do quadro A (art.º 9º tem direito ao tratamento de “excelência”.
Artigo 47º
Instrução Militar
5º Ano
-30-
RGSUE
1ª PARTE, Cap. III, Secção I
Nenhum militar entra em funções antes de se inserir na cadeira de comando, o que
faz mediante apresentação aos superiores de quem depende e contacto com os
subordinados imediatos;
Todo o militar tem por dever apresentar-se aos seus superiores quando se der qualquer dos
seguintes casos:

Entrar de novo na unidade;

Regressar a ela depois de um serviço de mais de quarenta e oito horas;

Ter sido promovido;

Ter alta do hospital ou enfermaria, passar da situação de doente ou convalescente à
de pronto;

Terminar licença, ausência ilegítima ou cumprimento de pena disciplinar;

O militar nomeado para um serviço especial deve apresentar-se ao chefe que dirige
esse serviço.
As entidades a quem os militares das unidades devem apresentar-se são as seguintes:

O comandante da unidade, ao comandante da região militar e ao comandante militar.
Se a unidade tiver outras subordinações, o comandante deve também apresentar-se
também a esses superiores de quem dependa. Quando a sede desses outros escalões
superiores for a da localidade da unidade, tais apresentações podem ser feitas por
escrito;
Instrução Militar
5º Ano
-31-

O 2º comandante, ao comandante;

Os restantes oficiais e aspirantes a oficial, ao comandante e ao 2º comandante da
unidade, e a todos os superiores do respectivo canal da cadeia de comando;

O sargento-mor, ao comandante, 2º comandante, oficiais superiores do regimento,
chefe da secretaria e comandante da sua companhia;

Os sargentos-chefes, ao 2º comandante, oficiais do comando do batalhão, chefe da
secretaria, comandante de companhia do seu batalhão e sargento-mor;

Os sargentos-ajudantes, ao comandante do batalhão, comandante e demais oficiais da
sua companhia, chefe da secretaria e sargento-chefe do batalhão a que pertencem;

Os restantes sargentos, ao comandante e oficiais da sua companhia e ao respectivo
adjunto do comando;

Os cabos e soldados, ao comandante e adjunto do comando da sua companhia e ao
comandante e sargentos do seu pelotão;
Além destas apresentações, cada militar apresenta-se ainda aos seus superiores directos dos
órgãos onde presta serviço. A apresentação deve efectuar-se logo que dê a causa que a motiva; se,
porém, não estiver presente no quartel quem a deve receber, cessa esta obrigação passadas vinte e
quatro horas”.
APRESENTAÇÃO SEM E COM ARMA
APRESENTAÇÃO
SEM ARMA
COM ARMA
1. Apresentação
Executa o mesmo cerimonial, tendo o
Aproximar-se à distância de 5 passos.
cuidado, no entanto, de na altura em que pede
Pôr-se em sentido.
licença executar a continência correspondente à
Pedir licença, fazendo, a pé firme, a continência.
Instrução Militar
5º Ano
-32-
Desfazer a continência e aproximar-se 2 passos uma vez categoria da entidade.
obtida licença.
Anunciar em voz alta:
Obtida a licença, desfaz a continência
e, aproximando-se a 2 passos, fica na posição de
“Apresenta-se o (Posto) (Número) indivíduo “x” de (Unidade,
subunidade, ou ambas conforme os casos), que (indicar o motivo
ombro-arma se está na presença de oficial ou a
aspirante a oficial e na posição de sentido na
da apresentação).”
presença de furriel ou sargento.
Ficar em sentido até que o superior o mande descansar, dê
a apresentação como efectuada ou o mande retirar.
No caso de ter a arma em bandoleira
Olhar francamente o superior a quem se dirige.
procede como não tendo arma.
2. Fim da conversa
No caso de a apresentação ser em
O militar põe-se em sentido se não estava ainda, faz a
repartição ou gabinete o militar deve bater e
continência pedindo licença para retirar, dá meia volta ou
esperar autorização de entrar. Depois de entrar
volve a um flanco e retira-se.
fecha a porta.
5. ORDEM UNIDA (OUN)
5.1. Passar da posição de “À vontade” para a posição de “Sentido” e vice-versa sem arma
Encontrando-se o militar na posição de:
Posição “À VONTADE”
1) Uma Posição não rígida, com o pé direito fixo (para não desfazer o alinhamento);
2) Os Calcanhares afastados cerca de 30 cm (um pé) com as pontas dos pés naturalmente
voltadas para fora;
3) Os braços atrás das costas naturalmente descaídos com a mão direita fechada e a mão
esquerda a abraçarem o pulso direito;
Instrução Militar
5º Ano
-33-
4) O tronco direito;
5) A Cabeça naturalmente levantada.
Ao sinal de comando de “...FIRME!”, o instruendo passará à posição de:
Posição “FIRME”, devendo para tal e em simultâneo.
1) Esticar os braços atrás das costas, unidos ao corpo, num movimento enérgico e rápido,
mantendo a mão direita fechada e a esquerda abraçando o pulso direito;
2) Endireitar o tronco, recuar os ombros, salientar o peito e recolher o ventre;
3) Adoptar postura rígida, mantendo a cabeça naturalmente levantada e olhando em frente;
4) Posição de pés e pernas como em à vontade.
Na posição de “FIRME”, o instruendo encontra-se conforme Figura 4.
Instrução Militar
5º Ano
-34-
Figura 4 – Posição “Firme”
Ao sinal de comando de “...SENTIDO”, passará à posição de:
Posição “SENTIDO”
1) Elevar ligeiramente os calcanhares e unir o do pé esquerdo, energicamente ao do pé direito,
sem o arrastar, e de forma a unirem-se num batimento, assentando de seguida os dois no chão
(os calcanhares ficam unidos e na mesma linha) e as pontas dos pés naturalmente voltadas
para fora.
2) Tronco direito, ombros recuados e naturalmente descaídos e peito saliente.
3) Braços pendentes ao longo do corpo.
4) Cabeça naturalmente levantada e olhando em frente.
5) Mãos abertas com as palmas encostadas às coxas e dedos esticados e unidos.
6) O instruendo nesta posição encontra-se conforme figura 5.
Instrução Militar
5º Ano
-35-
Figura 5 – Posição “sentido”
Passagem da posição de “SENTIDO” à de “À VONTADE”
Encontrando-se o militar em “SENTIDO” e ao sinal de comando de “...DESCANSAR!”
passará à posição de:
“FIRME”, devendo para tal e em simultâneo.
1) Elevar ligeiramente os calcanhares e deslocar o pé esquerdo cerca de 30 cm, sem o arrastar,
assentando posteriormente os pés no chão;
2) Num movimento rápido e enérgico deslocar os braços para trás das costas, mantendo-os
esticados e unidos ao corpo, indo a mão esquerda abraçar o punho da mão direita, que se
encontra fechada;
Instrução Militar
5º Ano
-36-
3) Endireitar o tronco, recuar os ombros, salientar o peito e recolher o ventre;
4) Levantar naturalmente a cabeça olhando em frente.
O instruendo nesta posição e imediatamente a seguir ao sinal de comando de “...À
VONTADE”, deverá passar à posição de:
Posição “À VONTADE”
1) Descontrair o corpo e os braços que sobem ligeiramente até à altura da cintura;
2) Continuar com o tronco naturalmente direito.
Figura 6 – Posição “sentido”
5.2.
“Reunir”/ “Formar” e “Destroçar”
“REUNIR”
Instrução Militar
5º Ano
-37-
Ao sinal de comando de “...REUNIR”, seguido da indicação/sinal dado pelo
comandante de Secção/Pelotão, quanto ao tipo de formatura que pretende:
LINHA
O comandante da força, após ter tomado a posição de sentido, levanta o braço direito até à
altura do ombro, com a palma da mão voltada para a frente, marcando a direcção em que a formatura
se vai desenvolver e mantêm-se nesta posição até todos os elementos terem formado;
COLUNA
O braço direito levantado verticalmente por cima da cabeça, mão fechada e virada para a
frente, apontando com os dedos o número de colunas a constituir, ficando o braço esquerdo na
posição de sentido.
Os instruendos dirigem-se em acelerado para o local de reunião e procedem do
seguinte modo:
Formatura em LINHA
1) O primeiro a chegar junto do comandante da força, ocupa a sua posição, junto à mão do
comandante, a dois passos de distância e virado para este;
2) Os restantes elementos ocupam as posições respectivas, formando da frente para trás e da
direita para a esquerda, à medida que chegam ao local.
Formatura em COLUNA
1) Os elementos da força dirigem-se em acelerado para o local de reunião;
Instrução Militar
5º Ano
-38-
2) O 1º elemento ocupa a sua posição frente ao comandante, a dois passos de distância e voltado
para este;
3) Os restantes elementos ocupam as posições respectivas, formando da direita para a esquerda e
da frente para trás.
“DESTROÇAR”
Ao sinal de comando de “...DESTROÇAR!” (estando o instruendo na posição de sentido),
deverá proceder do seguinte modo:
Executar, energicamente, um batimento com o pé esquerdo, abandonando de imediato a
formatura.
5.3. Fazer “Direita/Esquerda volver” e “Meia volta volver” a pé firme
“DIREITA/ESQUERDA VOLVER”
Ao sinal de comando de “...DIREITA/ESQUERDA VOLVER!” o
instruendo deverá:
Levantar o calcanhar do pé esquerdo/direito e a ponta do pé
direito/esquerdo e rodar o corpo, cerca de 90º para a direita/esquerda,
num único tempo (1º Tempo);
Unir, num só tempo, o calcanhar que está à retaguarda ao da
frente, sem arrastar o pé e de tal modo que se ouça um batimento. Os
braços ficam estendidos e colocados ao longo do corpo, com as mãos
abertas, palmas viradas para dentro com os dedos esticados e unidos (2º
Tempo).
Figura 7 – Posição “Direita Volver”
“MEIA VOLTA VOLVER”
Instrução Militar
5º Ano
-39-
Ao sinal de comando de “...MEIA VOLTA VOLVER”, o instruendo deverá:
Executar em 4 Tempos cadenciados, mas enérgicos, dois movimentos sucessivos de
“DIREITA VOLVER”.
NOTA: O movimento de “DIREITA VOLVER” será sempre executado pela direita.
Figura 8 – Posição “Meia volta Volver”
5.4. Dar passos “Em frente/À retaguarda” e passos laterais “À esquerda/à direita”
Passos “À FRENTE” e “À RECTAGUARDA”
Instrução Militar
5º Ano
-40-
Este tipo de passos não esquecer que:
 O tamanho de um passo em frente é igual ao de um passo em marcha de
cadência ordinária;
 O tamanho de um passo à retaguarda é metade da distância do passo em
frente;
 Nestes movimentos os braços devem permanecer unidos ao corpo;
 O número de passos que se devem ordenar/executar deve ser no máximo de 4
(quer sejam passos em frente, quer sejam passos à retaguarda).
À voz de “...PASSOS EM (FRENTE/RECTAGUARDA) MARCHE!”, o instruendo deverá:
1º TEMPO – Bater pé esquerdo energicamente no chão;
TEMPOS INTERMÉDIOS – Avançar/recuar, com energia, o pé direito em primeiro lugar,
dando o número de passos indicados;
ÚLTIMO TEMPO – O calcanhar do pé recuado/avançado vai unir energicamente ao
calcanhar do pé que tiver dado o último passo.
Passos laterais ”À DIREITA/ESQUERDA”
Instrução Militar
5º Ano
-41-
Ao sinal de comando de “...PASSOS LATERAIS À DIREITA/ESQUERDA”, o
instruendo deverá:
Afastar a perna direita/esquerda lateralmente, e para o lado indicado, de modo a que os
calcanhares fiquem afastados cerca de um pé-1º TEMPO;
São dados os passos laterais com energia TEMPOS INTERMÉDIOS;
O calcanhar do pé que vai em movimento, vai unir energicamente ao calcanhar do outro pé ÙLTIMO TEMPO.
Não esquecer que o movimento deve ser executado em cadência normal (ordinária) e o
número máximo de passos laterais a dar não deve ser superior a dez. O movimento poderá ser
acompanhado pela contagem dos tempos em voz alta. À voz de execução, cada elemento afasta o pé
direito/esquerdo cerca de um pé para o lado indicado, e unindo-lhe de seguida o pé esquerdo/direito,
com batimento dos calcanhares, continuando a dar passos para o flanco indicado, até à voz de alto
(dada quando o pé que ganha terreno inicia o movimento e terminada justamente na união dos
calcanhares).
5.5. Participar no “Perfilar” de uma formatura
O movimento de “PERFILAR” só se executa com a escola “EM LINHA” e na posição de
“SENTIDO”. Pode-se perfilar “pela direita” ou “pela esquerda”, sendo no entanto, o perfilar
pela direita a forma mais usual.
Os procedimentos que se seguem referem-se à forma de “perfilar pela direita”. Para o
“perfilar pela esquerda”, os procedimentos serão análogos, residindo as diferenças no facto de,
neste último caso, a base do alinhamento ser a 1ª coluna da esquerda.
PERFILAR COM INTERVALOS NORMAIS
Instrução Militar
5º Ano
-42-
À voz de comando de “...PELA DIREITA...PERFILAR!” instruendo, de acordo com o lugar
que ocupa na formatura, deverá proceder como a seguir se indica.
1) Se ocupa a fileira da FRENTE
Estando na 1ª coluna da direita:

Continuar a olhar em frente;

Curvar o braço esquerdo de modo que o cotovelo fique no plano do corpo, colocando
a mão na cintura com o polegar voltado para trás e os restantes dedos bem unidos e
voltados para a frente; a palma da mão voltada para baixo; o cotovelo esquerdo a tocar
no braço do elemento da esquerda.
Estando entre a 1ª coluna da direita e a última coluna:

Virar energicamente a cabeça para a direita;

Simultaneamente, curvar o braço esquerdo;

Através de movimentos curtos e rápidos, alinhar pela direita, de modo a ver o queixo
do segundo elemento que está à sua direita.
Estando na última coluna:

Virar energicamente a cabeça para a direita, e por intermédio de movimentos curtos e
rápidos, alinhar pela direita.
2) Se ocupa qualquer das outras fileiras
Estando na 1ª coluna da direita:

Continuar a olhar em frente;
Instrução Militar
5º Ano
-43-

Rectificar a distância ao elemento da frente, estendendo para isso o braço esquerdo,
até lhe tocar no ombro esquerdo com as pontas dos dedos.
Estando entre a 1ª coluna da direita e a última coluna:

Virar energicamente a cabeça para a direita, cobrir pela frente e alinhar pela direita.
Estando na última coluna:

Virar energicamente a cabeça para a direita, cobrir pela frente e alinhar pela direita.
PERFILAR COM INTERVALOS ABERTOS
À
voz
de
comando
de
“...COM
INTERVALOS
ABERTOS...PELA
DIREITA...PERFILAR! instruendo deve proceder como é indicado em a., com as seguintes
alterações, no caso em que se curvava o braço esquerdo:
Estender o braço esquerdo, lateralmente e na horizontal, palma da mão virada para baixo,
dedos esticados e unidos e de modo que os mesmos toquem o ombro do elemento que está
imediatamente ao seu lado.
Retomar a posição de “SENTIDO”, a partir do “PERFILAR”
À voz do comando de “...OLHAR FRENTE!”, o instruendo, qualquer que seja a fileira em
que se encontre, deverá proceder conforme a seguir se indica.
1) Se ocupa a 1ª coluna da direita

Unir o braço esquerdo ao corpo, com batimento da mão na coxa, retomando a
posição de “SENTIDO”.
Instrução Militar
5º Ano
-44-
2) Se estiver entre a 1ª coluna da direita e a última coluna

Rodar energicamente a cabeça para a frente;

Simultaneamente, unir o braço esquerdo ao corpo, retomando a posição de
SENTIDO.
3) Estando na última coluna

Rodar energicamente a cabeça para a frente, retomando a posição de “SENTIDO”.
5.6. Participar no Abrir/Unir fileiras de uma formatura
Relembra-se que:

O tamanho do passo em frente é igual ao de um passo em marcha de cadência normal
(ordinária);

O tamanho do passo à retaguarda é igual a metade do passo em frente;

O número máximo de passos “em frente/à retaguarda” não deve ser superior a
quatro.
FORMATURA A DUAS FILEIRAS
1) Abrir Fileiras
Ao sinal de comando de “...ABRIR FILEIRAS...MARCHE! o aluno deve:
a) Se ocupar um qualquer lugar na primeira fileira:
Instrução Militar
5º Ano
-45-

Ficar imóvel (em sentido).
b) Se ocupar um qualquer lugar na segunda fileira:

Dar dois passos à retaguarda (1º, 2º, 3ºe 4 TEMPOS);

Virar energicamente a cabeça para a direita, cobrir pela frente e alinhar pela direita
(5ºTEMPO);

Voltar a cabeça para a frente, ficando na posição de sentido (à voz de execução de
“...OLHAR...FRENTE!”).
2) Unir Fileiras
Ao sinal de comando de “...UNIR FILEIRAS...MARCHE!” o militar deve:
a) Se ocupar um qualquer lugar na primeira fileira:

Ficar imóvel (em sentido).
b) Se ocupar um qualquer lugar na segunda fileira:

Dar um passo em frente (1º, 2ºe 3º TEMPO) e ficar em sentido.
FORMATURA A TRÊS FILEIRAS
1)
Abrir Fileiras
Ao sinal de comando de “...ABRIR FILEIRAS...MARCHE!” o aluno deve:
a) Se ocupar um qualquer lugar na primeira fileira:
Instrução Militar
5º Ano
-46-

Ficar imóvel (em sentido).
b) Se ocupar um qualquer lugar na segunda fileira:

Como em l. a. (l) (b).
c) Se ocupar um qualquer lugar na terceira fileira:

Dar quatro passos à retaguarda (1º, 2º, 3º, 4º, 5ºe 6º TEMPOS);

Virar energicamente a cabeça para a direita, cobrir pela frente e alinhar pela direita
(7º TEMPO);

Voltar a cabeça para a frente, ficando na posição de sentido (à voz de execução de:
“...OLHAR...FRENTE!” simultâneo com a segunda fileira).
2)
Unir Fileiras
Ao sinal de comando de “...UNIR FILEIRAS...MARCHE! “ o aluno deve:
a) Se ocupar um qualquer lugar na primeira fileira:

Ficar imóvel (em sentido).
b) Se ocupar um qualquer lugar na segunda fileira:

Como em 1.a. (2) (b).
c) Se ocupar um qualquer lugar na terceira fileira:

Dar dois passos em frente (1º, 2º, 3ºe 4º TEMPOS) e ficar em sentido.
FORMATURA A QUATRO FILEIRAS
Instrução Militar
5º Ano
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1) Abrir Fileiras
Ao sinal de comando de “...ABRIR FILEIRAS...MARCHE!” o aluno deve:
a) Se ocupar um qualquer lugar na primeira fileira:
 Dar um passo em frente (1º, 2º e 3º TEMPOS) e ficar em sentido;
 Virar energicamente a cabeça para a direita (4ºTEMPO);
 Voltar a cabeça para a frente (à voz de execução de “...OLHAR...FRENTE!”
em simultâneo com a terceira e quarta fileiras).
b) Se ocupar um qualquer lugar na segunda fileira:
 Ficar imóvel (em sentido).
c) Se ocupar um qualquer lugar na terceira fileira:

Como em 1.a. (1) (b).
d) Se ocupar um qualquer lugar na quarta fileira:

Como em 1.b. (1) (c).
2) Unir Fileiras
Ao sinal de comando de “...UNIR FILEIRAS...MARCHE!” o aluno deve:
a) Se ocupar um qualquer lugar na primeira fileira:

Dar dois passos à retaguarda (1º, 2º, 3º e 4º TEMPOS) e ficar em sentido.
Instrução Militar
5º Ano
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b) Se ocupar um qualquer lugar na segunda fileira:

Ficar imóvel (em sentido).
c) Se ocupar um qualquer lugar na terceira fileira:

Dar um passo em frente (1º, 2ºe 3º TEMPOS) e ficar em sentido.
d) Se ocupar um qualquer lugar na quarta fileira:

Dar dois passos em frente (1º, 2º, 3º e 4º TEMPOS) e ficar em sentido.
A execução destes movimentos, estando os militares armados, é idêntica.
5.7. “Marcar passo” e fazer “Alto”
“MARCAR PASSO”
Ao sinal de comando de “...MARCAR PASSO”, o aluno deverá:
Iniciar o movimento com um batimento forte do pé esquerdo no
chão;
Os pés levantam alternadamente do terreno até as coxas atingirem
sensivelmente a posição horizontal;
Os braços oscilam alternadamente (elevando o braço contrário ao
pé que levanta do terreno) sem dobrar pelo cotovelo, devendo a mão
(com punho fechado e dedos voltados para baixo) chegar à altura do
ombro do elemento logo imediatamente à frente;
Figura 9 – Posição “Marcar Passo
Cabeça naturalmente levantada, olhando em frente e tendo sempre a preocupação de manter o
tronco direito.
Instrução Militar
5º Ano
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FAZER “ALTO”
Estando o instruendo a “MARCAR PASSO”, ao sinal de comando de “...ALTO”, deve:
1) Num tempo só o pé direito assenta no terreno com um ligeiro batimento -1º TEMPO;
2) O calcanhar do pé esquerdo une ao pé direito fazendo um batimento -2º TEMPO.
Durante a execução deste movimento, deverá o instruendo ter a preocupação de manter a
cabeça naturalmente levantada, olhando em frente e mantendo o tronco direito. O instruendo, estando
integrado numa escola de Secção/Pelotão, e a “MARCAR PASSO”, poderá ter a necessidade de
“TROCAR PASSO”, para acertar o movimento com os demais elementos, para tal deverá assentar o
mesmo pé duas vezes seguidas continuando depois com o outro.
Figura 10 – Posição “Alto”
O instruendo, estando integrado numa escola de Secção/Pelotão e estando em “MARCHA”,
poderá ter a necessidade de “TROCAR PASSO”, para acertar o movimento com os demais
elementos; para tal, com o pé que vai em movimento, deverá completar o passo e com o outro
avançar rapidamente e, por intermédio de um pequeno salto, vai assentá-lo no solo à altura do
Instrução Militar
5º Ano
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calcanhar do primeiro, o qual, por sua vez, terá que dar outro passo rápido e curto para a frente, sem
perder a cadência.
5.8. Romper a marcha, marchar e fazer “Alto” sem arma
Reter bem que a voz de comando de execução dos movimentos em marcha e a marcar passo,
é sempre recebida pelo aluno (executante) no momento em que assenta o pé esquerdo no solo.
ROMPER A MARCHA E MARCHAR
A partir da posição de sentido, ao sinal de comando de “... EM FRENTE... MARCHE”, o
aluno deve:
 Bater energicamente com o pé esquerdo no solo, rompendo
em seguida a marcha com o pé direito;
 Avançar rapidamente o pé esquerdo assentando-o no solo à
altura do calcanhar do pé direito;
 Dar com este pé outro passo rápido e curto para a frente e
assim sucessivamente, sempre sem perder a cadência;
 Simultaneamente, oscilar os braços (elevando o braço
contrário ao pé que levanta do terreno) sem dobrar pelo
cotovelo, devendo a mão chegar, quando à frente, à altura do
ombro, com os punhos fechados e os dedos voltados para
baixo;
Figura 11 – Posição “marchar”
 Levantar naturalmente a cabeça, olhar em frente e com tronco direito.
Instrução Militar
5º Ano
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Estando a marcar passo, ao sinal de comando de “... EM FRENTE”, que ocorrerá no exacto
momento em que ele assentar o pé esquerdo no solo, o militar deve:
- (como na sub – alínea anterior)
FAZER “ALTO”
Ao sinal de comando de “... ALTO”, que surgirá quando ele estiver em marcha, a assentar o
pé esquerdo no solo o aluno deve:
 Com o pé direito dar mais um passo (o último) no terreno
(1º TEMPO);
 Unir o pé esquerdo ao pé direito com um batimento (2º
TEMPO);
 Unir os braços ao corpo; as mãos abertas, as palmas
encostadas às coxas e os dedos esticados e unidos;
 Levantar a cabeça naturalmente, o tronco direito e olhar em
frente, ficando na posição de sentido.
Figura 12 – Fazer “Alto”
5.9. Fazer Direita/Esquerda rodar
O instruendo está desarmado e em marcha ordinária, integrado numa escola de
Secção/Pelotão. O sinal de comando é dado à voz.
À voz de “A DIREITA/ESQUERDA RODAR”, cada elemento roda até que a respectiva
fila/fileira atinja a nova frente.
Instrução Militar
5º Ano
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Quando a fila/fileira atingir a frente desejada, o comandante dará a voz de “...EM FRENTE”,
mas as restantes fileiras só executarão o movimento quando alcançarem a mesma linha do terreno.
Durante a rotação, o elemento do flanco exterior olha para o interior e os restantes para aquele.
5.10. Fazer “Direita/Esquerda volver” e “Meia volta volver” em marcha
Encontrando-se o militar a “MARCAR PASSO”
Voz de:
“...DIREITA/ESQUERDA VOLVER!” deve em dois tempos:
1) Voltar o pé direito/esquerdo para o flanco indicado e assentá-lo no terreno (1º TEMPO);
2) Assentar o pé esquerdo/direito junto do direito/esquerdo, com batimento, ficando voltado
para a nova frente (2ºTEMPO).
“...MEIA VOLTA VOLVER”! Deve em quatro tempos:
1) Voltar o pé direito para este flanco e assentá-lo ao terreno (1ºTEMPO);
2) Assentar o pé esquerdo junto do direito, com batimento, ficando voltado para a nova frente
(2ºTEMPO);
3) Voltar, novamente, o pé direito para este flanco e assentá-lo no terreno (3ºTEMPO);
4) Assentar o pé esquerdo junto do direito, com batimento, ficando voltado de costas para a
posição inicial (4ºTEMPO).
Encontrando-se o militar em “MARCHA ORDINÁRIA”,
Á voz de:
Instrução Militar
5º Ano
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“...DIREITA/ESQUERDA VOLVER!”, deve, em três tempos.
1) Voltar o pé direito/esquerdo para o flanco indicado, e assentá-lo no terreno (1ºTEMPO);
2) Assentar o pé esquerdo/direito junto do direito/esquerdo com batimento ficando voltado para
a nova frente (2ºTEMPO);
3) Bater energicamente com o pé esquerdo no solo, rompendo em seguida a marcha com o pé
direito (3ºTEMPO).
“...MEIA VOLTA VOLVER!” deve, em cinco tempos:

Como em (1) (4 TEMPOS) + o 3º TEMPO de (2)
5.11. Passar da posição de “À vontade” para a posição de “Sentido” e vice-versa com a
carabina MANNLICHER

Antes de iniciar qualquer movimento de Ordem Unida com Espingarda os
executantes deverão verificar o estado da arma.

Em Cerimonial Militar, sempre que possível será armada de Sabre.

Em formatura com Espingarda, as forças devem formar em intervalos abertos.

Quando a formatura estiver constituída com mais que uma fileira, os movimentos de
“APRESENTAR ARMA” “EM TERRA LANÇAR ARMA” “AO ALTO ARMA”
“DESCANSAR ARMA” “OMBRO ARMA” e “EM FUNERAL ARMA” devem ser
executados de fileiras abertas.
Passagem da posição de “À VONTADE” (um único tempo) à posição de “FIRME”
Instrução Militar
5º Ano
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UM TEMPO: Com as duas mãos segurando a
carabina, como na posição de descansar, num movimento
enérgico, fazem deslizar as mãos ao longo da carabina até
os braços ficarem completamente estendidos e a arma
ligeiramente afastada do corpo (Figura 13).
Figura 13 – Passagem da posição “À VONTADE “ à posição de “FIRME” com arma
Passagem da posição de “DESCANSAR” ou de “FIRME” (um único tempo) à posição de “À
VONTADE”
UM TEMPO: Com um movimento enérgico as mãos puxam a arma de encontro ao corpo,
deslizando simultaneamente ao longo da carabina e para cima, ficando cruzadas sobre a braçadeira
superior e mantendo a mão direita por cima da esquerda (Figura 14).
Instrução Militar
5º Ano
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Figura 14 – Passagem da posição “DESCANSAR” ou de “FIRME” à posição de “À VONTADE”
com arma
Passagem da posição de “DESCANSAR” ou de “FIRME” (3 tempos) à posição de “SENTIDO”
1º TEMPO:
A mão direita, com um movimento largo do braço, no plano frontal do corpo, vai segurar a
carabina por baixo da braçadeira inferior.
2º TEMPO:
A mão direita traz a carabina à posição de suspender, e a esquerda, aberta e com os dedos
unidos, vai ampará-la à altura da extremidade da vareta, com o antebraço horizontal e paralelo ao
corpo, unindo-se os calcanhares com batimento.
3º TEMPO:
Assenta-se a chapa de couce, brandamente no terreno e a mão esquerda, retira energicamente
ao lado (Figura 15).
Instrução Militar
5º Ano
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Figura 15 – Passagem da posição de “DESCANSAR” ou de “FIRME” (3 tempos) à posição de “SENTIDO”
Passagem da posição de “SENTIDO” à posição de “DESCANSAR” (3 tempos)
1º TEMPO:
Desloca-se o pé esquerdo cerca de 30 cm para a esquerda e, ao mesmo tempo, a mão direita
leva a arma a assentar brandamente à frente do corpo, com o cano para a direita e a chapa de couce
entre os pés.
2º TEMPO:
A mão esquerda empunha a arma junto da braçadeira inferior, com um movimento largo.
3ºTEMPO:
A mão direita, também com um movimento largo, abandonando a arma, vai rápida e
energicamente assentar sobre a esquerda ficando com os polegares cruzados, os braços
completamente estendidos e a arma ligeiramente afastada do corpo (Figura 16).
Instrução Militar
5º Ano
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Figura 16 – Passagem da posição de “SENTIDO” à posição de “DESCANSAR”
5.12.
Fazer “Suspender arma” da posição de “Sentido” e vice-versa com a carabina
MANNLICHER
Passagem da posição de “SENTIDO” (um único tempo), à de “SUSPENDER ARMA”
UM TEMPO: Curva-se um pouco o braço direito e eleva-se
a arma, sem sair do alinhamento do corpo, cerca de uma mãotravessa, acima do terreno (Figura 17).
Figura 17 – Passagem da posição de “SENTIDO” (um único tempo), à
de “SUSPENDER ARMA”.
Instrução Militar
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Passagem da posição de “SUSPENDER ARMA (um único tempo) à posição de
“DESCANSAR ARMA”
UM TEMPO: Distende-se um pouco o braço direito e
deixa-se descer a arma até assentar brandamente a chapa de couce
no Terreno, ficando na posição de “SENTIDO” (Figura 18).
Figura 18 – Passagem da posição de “SUSPENDER ARMA”
à posição de “SENTIDO”.
Passagem da posição de “SENTIDO” (um único tempo) à posição de “AO ALTO ARMA”
UM TEMPO: O braço direito, por um movimento brusco, atira a
arma para cima e para a esquerda, de modo a ficar em diagonal
em relação ao corpo e com o cano voltado para este, indo a mão
esquerda segurá-lo pelo fuste, acima da alça, ficando na altura do
ombro esquerdo e a direita pelo delgado.
O antebraço esquerdo fica flectido sobre o braço e
perpendicular à arma.
O braço direito deve ficar vertical e unido ao corpo e o
antebraço deve fazer com ele um ângulo recto, ficando a mão em
frente da fivela do cinturão e dela afastada uma mão-travessa
(Figura 19).
Figura 19 – Passagem da posição de “SENTIDO” (um único tempo), à de “AO ALTO ARMA”.
Instrução Militar
5º Ano
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Passagem da posição de “AO ALTO ARMA” (dois tempos) à posição de “DESCANSAR
ARMA”
1º TEMPO: A mão direita abandona o delgado e a arma é
lançada, pela mão esquerda para baixo, de forma que a mão direita a
vá Segurar pelo fuste, por baixo da braçadeira inferior, trazendo-a à
posição de “SUSPENDER ARMA” e, seguidamente a mão esquerda
vai ampará-la como no 2º TEMPO, da posição de “SENTIDO”.
2º TEMPO: Igual ao 3º TEMPO da posição de “ SENTIDO”.
(Figura 20).
Figura 20 - Posição de “AO ALTO ARMA”.
5.13.
Fazer “Ao alto arma” da posição de “Sentido” e vice-versa com a carabina
MANNLICHER
1º TEMPO: A mão direita abandona o delgado e a arma é lançada, pela mão esquerda para
baixo, de forma que a mão direita a vá Segurar pelo fuste, por baixo da braçadeira inferior, trazendoa à posição de “SUSPENDER ARMA” e, seguidamente a mão esquerda vai ampará-la como no 2º
TEMPO, da posição de “SENTIDO”.
Instrução Militar
5º Ano
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Figura 21 -Passagem da posição de “AO ALTO ARMA” à posição de “SENTIDO”.
2º TEMPO: Igual ao 3º TEMPO da posição de “ SENTIDO”.
5.14.
Passar da posição de “Sentido” à posição de “Ombro arma” e vice-versa com a
carabina MANNLICHER
Passagem da posição de “SENTIDO” (quatro tempos) à posição de “OMBRO ARMA”
1º TEMPO: Igual ao primeiro e único tempo do alto arma.
2º TEMPO: A mão direita, continuando a segurar a arma pelo delgado da coronha, conduzi-la
à frente do ombro esquerdo, ficando o cotovelo à altura da mão e a arma vertical com o cano voltado
para a direita. (O depósito voltado para a esquerda). Simultaneamente a mão esquerda abandona o
Instrução Militar
5º Ano
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fuste e vai segurar a arma pela chapa de couce, ficando o braço esquerdo aproximadamente em
ângulo recto, com o cotovelo unido ao corpo e ligeiramente recuado.
3º TEMPO: A mão direita assenta a arma sobre o ombro esquerdo, o cano para a direita, (o
depósito voltado para a esquerda), devendo a arma ficar sensivelmente perpendicular à linha dos
ombros e o cotovelo direito à atura da mão.
4º TEMPO: A mão direita abandona a arma e o braço vai energicamente para o lado do
corpo. (Figura 22).
Figura 22 – Passagem da posição de “SENTIDO” (quatro tempos) à posição de “OMBRO
ARMA”
Passagem da posição de “OMBRO ARMA” (quatro tempos) à posição de “DESCANSAR
ARMA”
1º TEMPO: A mão direita vai segurar a arma pelo delgado. (cotovelo à altura do ombro).
2º TEMPO: A mão direita traz a arma à posição de alto arma e a mão esquerda vai empunhála, tal como no alto arma.
Instrução Militar
5º Ano
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3º TEMPO: A mão direita abandona o delgado e a arma é lançada, pela mão esquerda para
baixo, de forma que a mão direita a vá segurar pelo fuste, por baixo da braçadeira inferior, trazendo-a
à posição de “SUSPENDER ARMA” e seguidamente a mão esquerda vai ampará-la como no 2º
TEMPO, da posição de “SENTIDO”.
4º TEMPO: Assenta-se a chapa de couce, brandamente no terreno e a mão esquerda, retira
energicamente ao lado. (Figura 23).
Figura 23 – Passagem da posição de “OMBRO ARMA” (quatro tempos) à posição de
“DESCANSAR ARMA”
5.15.
Passar da posição de “Ombro arma” à posição de “Apresentar arma” e vice-versa com
a carabina MANNLICHER
Passagem da posição de “OMBRO ARMA” a “APRESENTAR ARMA”
1º TEMPO: A mão direita vai segurar a arma pelo delgado. (Cotovelo à altura do ombro).
2º TEMPO: Ambas as mãos, por um movimento rápido, levam a carabina a uma posição
vertical, à frente da linha do corpo, com o cano para a direita (depósito para a esquerda), alça à altura
Instrução Militar
5º Ano
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dos olhos, deslocando a mão esquerda no mesmo plano horizontal, ficando a mão direita à altura do
cotovelo e o cotovelo esquerdo unido ao corpo.
3º TEMPO: A mão esquerda, abandonando a arma, vai dar com a palma, uma pancada sobre
o fuste, na altura da alça, ficando os dedos unidos ao longo do fuste.
4º TEMPO: Estendendo completamente o braço direito, ao mesmo tempo que se volta o cano
para o corpo, a arma desce verticalmente, segura por ambas as mãos, ficando o braço direito esticado
e unido ao corpo, e o cotovelo esquerdo levantado na direcção perpendicular à arma; o dedo polegar
da mão esquerda fica estendido verticalmente ao longo da face esquerda do fuste até à braçadeira
inferior e a mão direita segura a carabina pelo delgado, encaixado entre o dedo polegar e os outros
dedos que ficam estendidos e unidos, assentando obliquamente na face direita do delgado. O fuste
fica afastado do corpo cerca de 10cm (uma mão-travessa). Figura 24.
Figura 24 – Passagem da posição de “OMBRO ARMA” a “APRESENTAR ARMA”
Passagem da posição de “APRESENTAR ARMA” à posição de “OMBRO ARMA ” (três
tempos)
1º TEMPO: A mão direita, continuando a segurar a arma pelo delgado da coronha, conduzi-la
à frente do ombro esquerdo, ficando o cotovelo à altura da mão e a arma vertical com o cano voltado
para a direita. (O depósito voltado para a esquerda). Simultaneamente a mão esquerda abandona o
Instrução Militar
5º Ano
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fuste e vai segurar a arma pela chapa de couce, ficando o braço esquerdo aproximadamente em
ângulo recto, com o cotovelo unido ao corpo e ligeiramente recuado.
2º TEMPO: A mão direita assenta a arma sobre o ombro esquerdo, o cano para a direita, (o
depósito voltado para a esquerda), devendo a arma ficar sensivelmente perpendicular à linha dos
ombros e o cotovelo direito à atura da mão.
3º TEMPO: A mão direita abandona a arma e o braço vai energicamente para o lado do
corpo.
Figura 25 – Passagem da posição de “APRESENTAR ARMA” à posição de “OMBRO
ARMA ”
5.16.
Executar a Continência “À Direita/Esquerda” e o “Olhar Frente” com a carabina
MANNLICHER
1) Continência à Esquerda/Direita
Instrução Militar
5º Ano
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À voz de comando de “...OLHAR...DIREITA/ESQUERDA!”, o(s) instruendo(s)
continuam naturalmente a sua marcha, mantendo a arma na posição de “OMBRO ARMA” e:
 Ao batimento enérgico do pé esquerdo, rodam simultânea e francamente a cabeça à
direita/esquerda. - TEMPO ÚNICO.
2) Olhar em Frente
Estando o(s) instruendo(s) em marcha ordinária e prestando a continência à direita/esquerda,
à voz de comando de “OLHAR...FRENTE!”, devem, continuando a mesma:
Ao batimento enérgico do pé esquerdo, rodar simultânea e francamente a cabeça agora em
frente -TEMPO ÚNICO.
Tanto no movimento de olhar à esquerda/direita como no de olhar frente terá de existir a
preocupação de manter o alinhamento em marcha, quer em relação ao homem da frente, quer em
relação ao do flanco esquerdo/direito.
Quando em Secção/Formatura for mandada a voz de “...OLHAR ESQUERDA/DIREITA!”,
os elementos que fazem parte da coluna do lado que presta continência continuam a sua marcha, não
executando o movimento.
5.17.
ROMPER A MARCHA, MARCHAR E FAZER ALTO (ARMADO) com a carabina
MANNLICHER
Os sinais de comando/execução são em tudo idênticos, estando o militar desarmado, com
excepção da arma que se mantém fixa na posição de marcha determinada.
Se o sinal de comando for dado estando o(s) militar(s) na posição de sentido, não sendo dada
outra voz, a arma deverá ser levada à posição de “OMBRO ARMA”.
O sinal de comando para início de marcha pode ser dado estando a arma antecipadamente nas
seguintes posições:
Instrução Militar
5º Ano
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
Sentido (passando a “arma suspensa” no momento da execução);

Ombro arma;

Ombro esquerdo arma;

Transporte em mão direita arma;

Transporte em mão esquerda arma;

Bandoleira arma;

Alto arma.
Os movimentos de:

Ombro arma (da posição de “arma suspensa”);

Arma suspensa (da posição de “ombro arma”);

Ombro esquerdo arma (da posição de ombro arma);

Ombro arma (da posição de ombro esquerdo arma);

Transporte em mão direita arma (da posição de ombro arma);

Transporte em mão esquerda arma (da posição de transporte em mão direita arma);

Ombro arma (da posição de transporte em mão direita arma).
São executados em marcha ou a marcar passo.
São idênticos aos movimentos feitos a pé firme, sendo cada tempo executado quando o pé
esquerdo assenta no solo (fazendo um batimento).
A voz de execução é dada quando o pé esquerdo assenta no solo.
O momento de execução é o do batimento do pé esquerdo seguinte à voz.
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5º Ano
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6. BIBLIOGRAFIA
- MC 110-10 – Manual de Campanha do Exército
- Regulamento para a Instrução de Ordem Unida Com “CARABINA MANLICCHER” do
COLÉGIO MILITAR.
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