Alberto Restivo - violoncelo - Juventude Musical Portuguesa

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Alberto Restivo - violoncelo - Juventude Musical Portuguesa
Alberto Restivo - violoncelo
Nascido em Itália, iniciou a sua formação musical no Conservatório
«Vincenzo Bellini», em Palermo, tendo prosseguido os seus estudos
no Conservatório «Francesco Cilèa», em Messina, no qual concluiu o
Curso Superior de Violoncelo, na classe de Giovanni Sollima. Foi
também aluno de Salvatore Sanfilippo, Fabio Patti e Carmelo Nicotra.
No seu país, foi vencedor de alguns dos mais importantes concursos.
Apresentou-se em inúmeros concertos com orquestras sinfónicas,
agrupamentos de câmara, em duo, trio, quarteto e quinteto. Actuou
recentemente em França, na Bélgica e no Luxemburgo, integrado em
conjuntos de câmara.
Actualmente, Alberto Restivo é violoncelista da Orquestra Filarmonia das Beiras.
Ana Paula Mendes - órgão
Diplomou-se em Órgão no Conservatório Nacional de Lisboa, sob a orientação de Joaquim Simões da
Hora. Estudou também Clavicórdio e Interpretação de Música Antiga com Macario Santiago Kastner, e
frequentou um estágio de aperfeiçoamento em órgão orientado por José Luis González Uriol. Participou
num estágio de direcção coral em Brugges e nos Cursos de Direcção Coral da Costa do Estoril.
Tem exercido a sua actividade essencialmente na área do ensino, ministrando Formação Musical e
Órgão na Academia de Música de Santa Cecília, no Instituto Gregoriano de Lisboa e na Escola
Diocesana de Música Sacra.
Ana Paula Mendes lecciona, desde 1985, no Conservatório de Tomar, escola da qual assumiu a
direcção técnico-pedagógica a partir de 1991.
André Cabral da Fonseca - violino
Nascido em Lisboa, estudou no Conservatório Nacional, onde
veio a concluir o Curso Superior de Violino, com a
classificação máxima, em 1991.
Como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian,
frequentou, nos três anos seguintes, a classe de Abraham
Jaffée, em Berlim. Continuou o seu aperfeiçoamento artístico
com Max Rabinovitch, frequentando ainda master classes
com Gerardo Ribeiro, Anatoli Bajenov, Pierre Amoyal e Ifrah
Neaman.
Foi 1.º prémio no Concurso Jovens Músicos e 1.º classificado
no Concurso «Maurice Raskin». Como solista, apresentou-se em concerto em Portugal,
Alemanha e França. Com piano, nomeadamente com Maria Emília Leite Velho, tem dado
concertos por todo o País. Integrado neste duo, tem colaborado nos concertos promovidos pelo
maestro José Atalaya. Igualmente como solista, tocou com a Orquestra da RDP, com a
Filarmonia das Beiras e com a Orquestra da Universidade de Évora, tendo assim sido a sua
última apresentação no passado mês de Junho, no Festival de Música de Leiria, com a
Filarmonia das Beiras, na interpretação de Fratres, de Arvo Pärt.
Enquanto instrumentista de música de câmara, integrou diferentes formações, desde trios,
quartetos e quintetos de cordas até septetos e octetos. Recentemente, fundou o Trio de Cordas
«Luís de Freitas Branco», formação que tem, entre outros, o objectivo de divulgar a música
portuguesa.
Como instrumentista de orquestra, a sua carreira começou ao ser convidado para concertino
da Orquestra de Câmara do Conservatório Nacional, em 1988. Integrou depois a Orquestra de
Jovens da Comunidade Europeia, com a qual realizou concertos por toda a Europa, e em 1995
integrou a Orquestra Metropolitana de Lisboa. Em 1996 viria a ser convidado para concertino e
maestro da Orquestra de Câmara de Angra do Heroísmo. Em Dezembro de 1997 integrou a
Orquestra Filarmonia das Beiras, primeiro como solista A (concertino assistente), sendo mais
tarde convidado, pelo então maestro titular, Fernando Eldoro, para concertino, funções que
desempenha desde Julho de 1998.
André Cabral da Fonseca lecciona, desde 1994, em diferentes escolas, sendo actualmente
professor no Conservatório «Calouste Gulbenkian» de Aveiro.
Antoine Sibertin-Blanc - órgão
Titular do Grande-Órgão da Sé Patriarcal de Lisboa e
professor de Órgão e de Improvisação na Escola Superior de
Música da mesma cidade, é natural de Paris, onde realizou
os seus estudos.
Discípulo de Maurice Duruflé, no Conservatório Nacional
Superior da capital francesa, e de Édouard Souberbielle e G.
de Lioncourt, na Escola «César Franck», concluiu os seus
estudos musicais com altas classificações em Piano, Órgão,
Improvisação, Canto Gregoriano, Direcção Coral e
Composição.
Depois de ter ocupado diversos cargos de organista e de
mestre de capela em Paris (Igrejas de La Madeleine e St. Merry) e no Luxemburgo (Igreja de
St. Joseph), fixou-se, a partir de 1961, em Portugal.
Para além da actividade pedagógica, tem desenvolvido uma intensa carreira de concertista,
com frequentes digressões por vários países da Europa, designadamente França, Alemanha,
Itália, Espanha, Áustria, Holanda, Bélgica, Suécia, Dinamarca e Noruega, bem como alguns da
ex-União Soviética.
Embora o seu repertório abranja compositores desde a época pré-clássica até aos nossos dias,
a sua permanência no nosso país levou-o a interessar-se de um modo muito particular pela
música ibérica, para cuja interpretação é amiúde convidado.
Tem realizado inúmeras gravações para as estações de rádio e televisão de diversos países,
bem como para importantes etiquetas discográficas, a saber: Erato, Arion, Columbia, EMI,
Polygram e Movieplay.
Em 1999, Antoine Sibertin-Blanc foi agraciado pelo Presidente da República com a Comenda
da Ordem de Sant'Iago da Espada.
António Duarte - órgão
Natural de Lisboa, estudou no Instituto Gregoriano, onde concluiu o
Curso Superior de Órgão sob a orientação de Antoine Sibertin-Blanc.
Procurando sempre ampliar e aprofundar os seus conhecimentos
sobre órgão e a interpretação do respectivo repertório, participou em
diversos cursos de aperfeiçoamento artístico, sendo particularmente
importante para a sua formação um curso com o organista Michel
Jolivet.
Como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, foi aluno de
Montserrat Torrent, na classe de Órgão do Conservatório Superior
Municipal de Música de Barcelona, dedicando-se sobretudo ao estudo da Música Antiga Ibérica.
Tem-se apresentado em Espanha, França, Japão e EUA, onde também leccionou e deu seminários
sobre Música Antiga Portuguesa.
Realiza concertos por todo o País, incluindo as regiões autónomas dos Açores e da Madeira, e colabora
como professor do seu instrumento em diversos cursos de formação. Gravou para as rádios portuguesa
e francesa e efectuou registos fonográficos em órgãos históricos portugueses.
Assumiu, de parceria com João Vaz, a direcção artística do Festival Internacional de Órgão de Lisboa, e
é, no presente, professor de Órgão nas escolas de música do Conservatório Nacional de Lisboa e de
Nossa Senhora do Cabo, em Linda-a-Velha.
Após o restauro efectuado num dos órgãos da Basílica da Estrela, António Duarte foi nomeado
organista titular desta igreja.
António Esteireiro - órgão
Natural de Lisboa, iniciou os seus estudos musicais com o pianista
Emílio Lopes, na Academia de Música da Liga dos Amigos de
Queluz.
Com João Vaz e Rosa Amorim começa o seu interesse e
motivação pelo estudo do órgão de tubos. Após a conclusão do 1.°
Curso Nacional de Música Sacra, em 1994, foi convidado a
prosseguir os seus estudos naquela área na Academia de Música
Sacra e Educação Musical (Fachakademie für katholic
Kirchenmusik und Musikerziehung), em Regensburg, Alemanha.
Admitido na classe de Órgão de Franz Josef Stoiber, organista da Catedral de Regensburg, obteve, sob
a sua orientação, o diploma de Música Sacra em Regensburg e a licenciatura pedagógica em Órgão na
Escola Superior de Música e Teatro de Munique. Tais estudos só foram possíveis com o apoio da
Diocese de Regensburg e da Fundação Geiselberg de Munique. Frequenta actualmente, na Escola
Superior de Música de Bremen, o curso de mestrado em Órgão de Concerto com Hans-Ola Ericsson.
Obteve, em 1996, o 2.° prémio no Concurso Nacional para Organistas (Porto), e em 1997 o 1.° prémio
do Concurso Nacional para Jovens Organistas (Leiria).
Tem realizado concertos como solista em várias cidades, tais como Lisboa, Porto, Leiria, Munique,
Regensburg, Colónia, Würzburg, Wiesbaden, Speyer, Metz, Bremen e São Paulo (VII Festival
Internacional «São Bento» de Órgão), entre outras. Para além da sua actividade como solista, tem
dedicado particular interesse à música de câmara com órgão.
A música contemporânea é um dos pontos fortes do seu repertório, com particular destaque para a obra
de Olivier Messiaen. Colabora regularmente com vários compositores na edição e execução das suas
obras.
António Esteireiro lecciona actualmente no Conservatório de Música «Calouste Gulbenkian» de Aveiro e
no Instituto Gregoriano de Lisboa.
António Wagner Diniz - barítono
Estudou Canto no Conservatório Nacional de Lisboa com Joana Silva.
Aperfeiçoou-se em Lucerna e Paris com Elizabeth Grümmer e na Academia de
Música de Basileia com Kurt Widmer. Frequentou igualmente o Estúdio de Ópera
do Teatro de Basileia e a Schola Cantorum Basiliensis, onde teve a oportunidade
de trabalhar com Inge Borhk, Reri Grist e René Jacobs. Presentemente, estuda
com Vera Rosza em Londres.
Tem desempenhado vários papéis em diversas óperas na Suíça, Alemanha,
Bélgica, Portugal e Extremo-Oriente, dirigidas por Thomas Binkley, René Jacobs,
Michel Corboz, Hans-Martin Linde, Adrian Stern, Jost Meier, Jacques Mercier e
Manuel Ivo Cruz. Tem colaborado regularmente nas actividades da Ópera Mobile
de Basel, Teatro Municipal de Lausanne, Ópera de Biel, Teatro Nacional de São
Carlos (Street Scene, de Kurt Weill, em 1995) e Real Theatro de Queluz. Tem
colaborado com diversas orquestras estrangeiras e com as principais orquestras nacionais em obras do
repertório tradicional, algumas das quais posteriormente gravadas para a DRS (Rádio Suíça-Alemã),
RDP, RTP, Erato, Movieplay Classics, RCA Classics, Harmonia Mundi e Virgin Classics.
Tem trabalhado com os pianistas João Paulo Santos, Armando Vidal e Nuno Vieira de Almeida. Com
este último tem-se apresentado em todo o País, Espanha, França, Bélgica e Itália. Actuou nos Festivais
de Locarno, La Granja, Barcelona, Ischia e da Flandres (Europália-91) e em quase todos os festivais
portugueses. Como membro da International Opera Company de Londres efectuou várias digressões ao
Extremo-Oriente em concertos e produções de ópera.
No âmbito da Lisboa-94 criou o protagonista da ópera O Doido e a Morte (Alexandre Delgado), no Saão
Nobre do Teatro Nacional de São Carlos. Em 1995 apresentou-se em Bruxelas (Théâtre de la Monnaie)
e em Berlim (Philharmonie), no Orfeo (Monteverdi), sob a direcção de René Jacobs. No mesmo ano
gravou um disco de Sousa Carvalho assinalando as comemorações do bicentenário do seu nascimento.
Em 1996, a par de inúmeros concertos com o Real Theatro de Queluz e com a Orquestra do Norte
(Requiem, de Mozart, e Il Barbiere di Siviglia, de Rossini), participou na estreia da ópera Édipo, a
Tragédia do Saber (António Pinho Vargas). Apresentou igualmente o espectáculo Orientes Clássicos Homenagem a Constança Capdeville (ACARTE). Em 1997, para além de duas digressões ao Oriente,
patrocinadas pela Fundação do mesmo nome, gravou mais um disco com os Segréis de Lisboa e
estreou-se no papel de Escamillo, com a Orquestra do Norte, e no papel de Juiz Turpin, no musical
Sweeney Todd, no Teatro D. Maria II, com encenação de João Lourenço e sob a direcção de João
Paulo Santos. No âmbito da Expo'98, produziu e interpretou o papel titular da ópera Don Giovanni, com
um elenco exclusivamente português, e fez-se ouvir na primeira audição moderna de um Te Deum de
Sousa Carvalho, dirigido por Ketil Haugsand, posteriormente gravado para a Harmonia Mundi.
Participou igualmente nas comemorações Weill-Lorca, no Festival de Música do Estoril e no musical Of
Thee I Sing (Gershwin), no Festival Internacional de Música de Macau. Em 1999 realizou diversos
concertos com os Segréis de Lisboa, tendo um deles sido transmitido para a Euro-Rádio. No Teatro
Nacional de São Carlos, integrou o elenco de Orphée aux Enfers (Offenbach) e o de Die Zauberflöte (W.
A. Mozart).
Coral Públia Hortênsia
Fundado em 1973, teve origem no Coro da Basílica da Estrela.
Membro fundador da Federação Europeia das Juventudes Corais e
fundador da Associação de Coros da Área de Lisboa (ACAL), é
constituído por cerca de quarenta elementos e dirigido pelo
maestro Paulo Brandão desde a sua fundação. O seu repertório
abrange música desde o Renascimento à época contemporânea,
incluindo primeiras audições de obras do seu maestro. Entre as
suas actuações incluem-se várias gravações para a RTP e RDP.
Em 1977, com a Orquestra Sinfónica Juvenil, interpretou o Gloria
de Vivaldi e participou no 1.º Festival de Coros de Lagos, no qual
tem actuado regularmente desde esse ano. Em 1978 apresentou, com a ex-Orquestra Sinfónica da RDP
e com direcção do autor, a 4.ª Sinfonia de Joly Braga Santos. Em 1979, na Fundação Calouste
Gulbenkian, apresentou, em primeira audição portuguesa e com o guitarrista José Lopes e Silva, o
Romancero Gitano (M. Castelnuovo Tedesco), sobre poemas de F. García Lorca. Em 1980, com a
colaboração do Coro de Câmara do Conservatório Nacional, apresentou a Missa da Coroação (W. A.
Mozart).
Em 1983, em Barcelona, foi o representante português nas XIX Jornadas Internacionais de Canto Coral.
Com o Coro e a Orquestra do Teatro Nacional de São Carlos, executou novamente a 4.ª Sinfonia de
Joly Braga Santos, sob a direcção de Yoshimi Takeda. Em 1984 promoveu uma semana de intercâmbio
musical luso-espanhola, com a deslocação a Portugal do Coral «Juan del Encina», na qual se incluiu
uma conferência sobre Música Coral Polifónica Ibérica nos Séculos XVI e XVII, proferida pelos
musicólogos J. José Rey e Manuel Morais. Com a Orquestra Juvenil da Fundação Musical dos Amigos
das Crianças, apresentou ainda o Magnificat de Vivaldi.
Em 1985, em Estrasburgo, participou no Europa Cantat IX, o maior festival europeu de coros. Em 1986
participou no II Encontro de Música Coral Ibérica, em Madrid, e na I Semana Coral Internacional de
Lisboa. Em 1987, com o Grupo Vocal Arsis, integrou o projecto «Romantismo - Cantar a Dois»,
considerado de interesse cultural pelo Ministério da Cultura, no âmbito do qual foram apresentadas, em
primeira audição em Portugal, as seguintes obras: Kyrie em Dó Menor e Jube Domine (Mendelssohn),
Zuversicht e Talasmane (Schumann) e Fest und Gedenkspruche (Brahms).
Em 1989 participou no Bicentenário da Declaração Universal dos Direitos do Homem, em CergyPontoise, França. Em 1990, com o Grupo Vocal Arsis, recriou a Cantata n.º 6 de J. S. Bach. Em 1991,
estreou na Aula Magna, com o Grupo Vocal Arsis e a Orquestra Metropolitana de Lisboa, dirigida por
Miguel Graça Moura, a Sinfonia Concertante, de António Victorino de Almeida, e participou no Europa
Cantat XI, em Victoria, integrando o atelier do maestro Oliver Donáhny, que apresentou a Missa
Glagolítica de Janacék.
Em 1994 reinterpretou o Romancero Gitano, novamente com o guitarrista Lopes e Silva, efectuando um
dos concertos no espaço ACARTE (ciclo «Concertos à Hora do Almoço»).
Com a Banda da Armada interpretou, em 1995, a Marcha Fúnebre e Triunfal, de Berlioz, no Teatro da
Trindade. Em 1996, com a Orquestra Sinfónica Juvenil, sob a direcção de Christopher Bochmann,
apresentou o Requiem de J. D. Bomtempo, no Teatro de S. Luiz e na Igreja de S. Roque, em Lisboa, e
no Teatro Gil Vicente, em Coimbra.
Em 1997 levou a música portuguesa à 1.ª Semana Cantat de Tarragona, onde participou no concerto
«Os Mestres de Capela da Sé de Tarragona», dirigido pelo maestro Josep Prats, e no concerto final,
dirigido pelo maestro Laszlo Heltay, recriando a cantata Carmina Burana, de Carl Orff.
Em 1998 participou no CD «Os Melhores Coros Amadores de Lisboa», editado pela PA (Coimbra), e no
concerto comemorativo do 75.º aniversário do IPO, no Coliseu de Lisboa, interpretando excertos de
Messiah (Haendel), com a Banda da Armada e o Coro da Universidade de Lisboa. No âmbito da
programação oficial da Expo'98, apresentou-se em três concertos dedicados a música de autores
portugueses.
Paulo Brandão
Nascido em Lisboa em 1950, iniciou os seus estudos musicais aos quatro anos de idade, na Fundação
Musical dos Amigos das Crianças. Em 1965 frequentou a Academia de Amadores de Música e, pouco
depois, o Conservatório Nacional, onde se diplomou em Trompa e Composição. Frequentou ainda
vários cursos e seminários nacionais e internacionais nas áreas de Direcção Coral e Composição.
Em 1987, a sua peça Colecvisufonia I foi seleccionada para o Festival Internacional «Dias Mundiais da
Música», que decorreu em Helsínquia. Estigma e Aqueous Fire foram seleccionadas, respectivamente,
para os Festivais de Budapeste (1986) e Amesterdão (1989). Diversas outras peças de sua autoria têm
sido apresentadas no País e no estrangeiro, em festivais e concertos.
No domínio da ligação da música com outras formas de espectáculo, escreveu partituras para teatro,
cinema e bailado, tendo-lhe sido atribuído o prémio da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro
para a melhor música para teatro representado em 1992, pela banda sonora das peças Os Cavaleiros
da Távola Redonda e Onde está a Música, ambas produções do Teatro da Malaposta.
É professor das classes de Coro e Análise e Técnicas de Composição no Conservatório Nacional de
Lisboa. Desde 1997 que é membro da Camarata da Cotovia, como cantor e instrumentista.
Paulo Brandão é director artístico do Coral Públia Hortênsia desde 1973, do Grupo Vocal Arsis desde
1989 e do coro do INE «Ad Divitias» desde 1999.
Coro Femino do Instituto Gregoriano de Lisboa
O Coro Feminino do Instituto Gregoriano de Lisboa foi criado em 1999 por Armando Possante,
com o objectivo de abordar o repertório específico deste tipo de formação, desde o canto
gregoriano até obras de compositores do século XX.
O Coro apresentou-se em concertos na área de Lisboa, com obras como Litanies à la Vierge
Noire (Poulenc) e Messe Basse (Fauré).
Henrique Piloto
É formado em Direcção de Orquestra pela Academia Nacional Superior de Orquestra, em
Lisboa, onde estudou Teoria e Técnica da Direcção de Orquestra sob a orientação de JeanMarc Burfin, trabalhando um vasto repertório que abrange grandes períodos e compositores da
História da Música, desde o aparecimento da orquestra de arcos às grandes orquestras
sinfónicas dos nossos dias. Foi seleccionado pelo maestro Jean-Sébastien Béreau, professor
de Direcção de Orquestra no Conservatório Superior de Paris, para integrar as suas master
classes, nas quais trabalhou exaustivamente uma grande parte do repertório francês, incluindo
os compositores G. Bizet, Ravel, Debussy, Roussel, J. Ibert, Boulez, entre outros.
Possui ainda o curso de Canto Gregoriano e o curso superior de Direcção Coral da Escola
Superior de Música de Lisboa, onde estudou com Christopher Bochmann, Antoine SibertinBlanc, Luís Madureira e Maria Helena Pires de Matos.
Terminados os seus estudos, foi convidado a leccionar no Instituto Gregoriano de Lisboa, na
Academia de Música Eborense e no Instituto Superior de Ciências Educativas. Foi membro
fundador do Coro Gregoriano de Lisboa, com o qual efectuou inúmeros concertos no País e no
estrangeiro, e do Coro Syntagma Musicum, com o qual obteve o primeiro prémio num
Concurso Nacional de Coros.
Dirigiu a Orquestra Académica Metropolitana nas salas mais importantes de Lisboa (Centro
Cultural de Belém, Câmara Municipal de Lisboa, Aula Magna da Reitoria da Universidade de
Lisboa, entre outras).
Entre os anos de 1997 e 2001 ocupou o lugar de maestro assistente da Orquestra de Câmara
de Macau. Em Outubro de 1997 apresentou-se no Teatro Sichuan (Chengdu), no V Festival de
Artes da China, tendo recebido as melhores críticas. Em Novembro do mesmo ano participou
na primeira edição da Orchestra Sumit (Japão), destinada a maestros residentes na Ásia. Em
Macau, na abertura dos Concertos de S. Domingos, dirigiu o Oratory Choir of Hong-Kong e a
Orquestra de Câmara de Macau. Participou ainda no I Festival de Música de Pequim e no
Festival Internacional de Artes de Xangai.
Em 1998 gravou um CD dirigindo o Concerto para Cordas de Joly Braga Santos.
Ainda em Macau, foi convidado a dirigir na cerimónia de transferência da soberania de Macau
para a China.
De regresso a Portugal, Henrique Piloto foi convidado a orientar vários estágios de orquestra,
bem como a dirigir as classes de Coro e de Orquestra de vários conservatórios da região de
Lisboa.
Coro Gregoriano de Lisboa
O Coro Gregoriano de Lisboa foi fundado em 1989, resultante da
iniciativa de um grupo de alunos, antigos alunos e professores do
Instituto Gregoriano de Lisboa. Este grupo independente tem como
objectivo divulgar o canto gregoriano, através do seu estudo e
execução.
Assim, em 1989 iniciou uma actividade regular de concertos, sob a
direcção de Maria Helena Pires de Matos, professora responsável
pela cadeira de Canto Gregoriano da Escola Superior de Música
de Lisboa. Esta actividade tem-se desenvolvido de Norte a Sul do
País, incluindo a realização de mais de uma centena de concertos em cerca de cinquenta cidades,
destacando-se a sua participação na Lisboa-94 e nas Jornadas de Música Antiga da Fundação Calouste
Gulbenkian, em 1996. Realizou digressões pelo Japão (1995), Bélgica (Festival Internacional de Canto
Gregoriano de Watou, 1997), Açores (1998) e Luxemburgo (1999).
Gravou três CD's, dois editados na etiqueta Decca («Liturgia de Santo António», 1993, e «Missa pela
Paz», 1997) e um pela EPAL («Missa pela Chuva», 1999 - com gravação ao vivo), tendo o primeiro
recebido a distinção «Choc» do Le Monde de la Musique e o segundo o «Diapason d'Or» da revista
Diapason.
Organizou, em 1999, em colaboração com a Câmara Municipal de Tomar, o 1.º Festival Internacional de
canto Gregoriano de Tomar. Das actividades recentes destacam-se a participação no XII Festival de
Música Medieval e Renascentista «Cantar di Pietre», em Outubro de 2000, em Tessin (Suíça).
Este ano, o Coro Gregoriano de Lisboa organizou o 2.º Festival Internacional de Canto Gregoriano de
Tomar, realizado de 25 a 29 de Abril, e editou um livro intitulado Introdução ao Canto Gregoriano e à
Modalidade Gregoriana, o qual é destinado a alunos dos cursos de Canto Gregoriano e Modalidade das
escolas portuguesas.
Maria Helena Pires de Matos
Licenciou-se em Engenharia Química pelo Instituto Superior Técnico (1962) e completou o Curso
Superior de Piano do Conservatório Nacional de Lisboa (1963).
Desde 1971 que se dedica ao estudo e ensino do Canto Gregoriano, tendo trabalhado com vários
especialistas na matéria, bem como em Paleografia Musical e História da Liturgia.
É actualmente professora coordenadora da Escola Superior de Música de Lisboa, sendo responsável
pela cadeira de Canto Gregoriano. Foi membro da Comissão Instaladora do Instituto Gregoriano de
Lisboa de 1978 a 2000. Lecciona a disciplina de Canto Gregoriano da licenciatura em Música da Escola
de Artes da Universidade Católica do Porto.
Maria Helena Pires de Matos dirige o Coro Gregoriano de Lisboa desde a sua fundação.
Coro Infantil do Instituto Gregoriano de Lisboa
O Coro Infantil do Instituto Gregoriano de Lisboa foi criado com o
objectivo de permitir aos alunos mais jovens desta escola uma
primeira abordagem ao canto e ao repertório coral. Pertencem ao
coro os alunos dos primeiros três anos do Instituto Gregoriano.
Messe Basse (Fauré).
Apresentou-se já em vários concertos na área de Lisboa,
interpretando, entre outras obras, o Stabat Mater (Pergolesi) e a
O Coro já foi dirigido pelos maestros Henrique Piloto e, desde 1987, Armando Possante.
Henrique Piloto
Cristina García Banegas - órgão
No Uruguai, estudou Piano e Órgão com Renée Bonnet e Renée
Pietrafesa.
Lecciona actualmente na Escola Universitária de Música de
Montevideu, onde é regente dos cursos de Órgão. Dirige o
agrupamento vocal e instrumental «De Profundis», do qual é
fundadora, e é directora artística do Festival Internacional de Órgão do
Uruguai.
Paralelamente à sua actividade como organista, dedica-se à
investigação sobre os órgãos históricos da América Latina, bem como
sobre a música vocal e instrumental produzida, entre os séculos XVI e XVIII, nos principais centros
coloniais do Perú, Equador, Colômbia, México e Bolívia.
Em 1990, publicou na Suíça um livro intitulado Catalogação e Estudo dos Órgãos Coloniais da América
do Sul. Ainda neste âmbito, presidiu ao júri do concurso musicológico Órgãos Coloniais da América
Latina, realizado em Pontevedra (Espanha).
De entre os galardões que lhe foram atribuídos, destacam-se o 1.º prémio de Virtuosidade no
Conservatório de Genebra, como aluna de Lionel Rogg (1981); o 1.º prémio de Excelência no
Conservatório Rueil-Malmaison de Paris, como aluna de Marie-Claire Alain (1982); o prémio
«Echeverria» do Concurso Internacional de Toledo (1982), e o 2.º prémio do Concurso Internacional de
Ávila, Espanha (1982). Em 1983, a atribuição do Prémio Fraternidade pelo Instituto B'nai B'rith do
Uruguai permitiu-lhe a deslocação, na qualidade de solista, a Israel e à Europa.
Aperfeiçoou-se em master classes com Montserrat Torrent, Guy Bovet, Luigi Ferdinando Tagliavini, Ton
Koopman, Stefano Innocenti, Umberto Pineschi, Odille Bailleux, Adelma Gómez, Héctor Zeoli e Jesús
Gabriel Segade. Actualmente, lecciona cursos de interpretação em Espanha, Suíça, EUA, Israel,
Colômbia, Perú, Brasil, Bolívia e Argentina.
Realiza frequentemente digressões pela Europa, EUA, Japão, Israel, Rússia e América Latina, quer
como realizadora de baixo-contínuo, quer como solista de órgão, quer ainda como regente de coros. Em
1985, interpretou no Uruguai a obra integral de J. S. Bach para órgão, numa série de vinte concertos. No
mesmo ano, deu a ouvir a Paixão Segundo São Mateus, na direcção do grupo vocal «De Profundis» e
com a colaboração do grupo húngaro de instrumentos de época «Orfeo» e de solistas húngaros, suíços,
espanhóis, italianos, franceses e uruguaios. Estes dois acontecimentos foram considerados pela crítica
como marcos históricos no panorama musical uruguaio.
Noutro momento de histórica importância, dirigiu em 2000 a Missa em Si Menor de J. S. Bach, com o
agrupamento «De Profundis» e a recém-formada Orquestra Barroca do Mercosul, também em
instrumentos de época e com a colaboração de solistas da Argentina, Brasil, EUA e Itália.
Cristina García Banegas efectuou inúmeras gravações fonográficas, quer a solo quer em conjunto.
Grupo Vocal Arsis
Fundado como associação sem fim lucrativo, em 1978, o Grupo
Vocal Arsis nasceu da necessidade sentida pelos seus membros
fundadores de, concluídos os respectivos cursos universitários,
assegurarem em conjunto a continuidade da actividade coral que
haviam desenvolvido enquanto membros do Coro da Universidade
de Lisboa.
Sob a orientação do seu maestro fundador, Francisco d'Orey, o
Grupo cedo ganhou autonomia e vida própria, tendo, desde 1979, prosseguido a sua actividade sem
estar ligado a qualquer entidade ou organismo tutelar, sendo hoje em dia composto por coralistas das
mais variadas origens, que têm em comum os sentidos de partilha e camaradagem, imprescindíveis à
actividade do canto em comum.
Admitido como membro da Federação Europeia das Juventudes Corais (FEJC) em 1988, o Grupo Vocal
Arsis ou os seus membros têm participado ininterruptamente em Festivais e Semanas Corais
organizados pela FEJC. Da sua actividade destacam-se ainda participações na XVII Exposição
Europeia de Arte, Ciência e Cultura (1983), no Festival de Música da Costa do Estoril (1985 e 1993), na
16.ª Zimrya, Assembleia Mundial de Coros de Israel (1992), no XIII Maif Coral del Barcelonès (1996), e
na Expo'98.
O Grupo é também membro da Associação de Coros da Área de Lisboa (ACAL).
O Grupo Vocal Arsis é dirigido, desde 1989, por Paulo Brandão, contando actualmente com cerca de 35
membros.
Paulo Brandão
Hans Davidsson - órgão
Concluiu em 1985, no Conservatório de Gotemburgo, o curso de Órgão,
que efectuou sob a orientação de Hans Fagius. O seu interesse pela
Música Antiga conduziu-o ao Conservatório «Sweelinck», em
Amesterdão, onde estudou com Jacques van Oortmerssen nos três anos
seguintes. Posteriormente efectuou, na Universidade de Gotemburgo,
uma pós-graduação em música para órgão do Barroco Norte-Alemão.
Defendeu, em 1991, o primeiro doutoramento sobre interpretação musical
na Suécia, com a sua tese Matthias Weckmann: a Interpretação da sua
Obra para Órgão.
Desde 1974 que se faz ouvir regularmente em recitais nos países
escandinavos, bem como nas digressões que efectuou pela Inglaterra,
Alemanha, Holanda e EUA.
Lecciona, desde 1986, no Conservatório de Gotemburgo, sendo, desde 1989, o responsável, naquele
estabelecimento de ensino, por um centro de investigação dedicado ao estudo da interpretação
organística e à elaboração de um programa de construção de órgãos, segundo critérios históricos. Em
1995, foi co-fundador do GOArt, um centro internacional de investigação interdisciplinar sobre o órgão,
sediado em Gotemburgo, centro a que preside.
Hans Davidsson foi recentemente nomeado Professor Associado de Órgão na Eastman School of
Music.
Jesús Gonzalo López - órgão
Músico de tecla e intérprete de órgão, cravo e clavicórdio, concilia a sua
actividade concertística e docente com a investigação sobre a música de
tecla antiga espanhola.
Natural de El Burgo de Osma (Espanha), iniciou os seus estudos
musicais ainda muito jovem, sendo intérprete de órgão, cravo, clavicórdio
e forte-piano. Completou os cursos de Órgão e de Cravo, sob a direcção
de José Luis González Uriol, tendo obtido vários prémios extraordinários.
Aperfeiçoou-se no seu país e no estrangeiro com Macario Santiago
Kastner (Musicologia), Jan Willem Jansen (Cravo) e Vicente Egea
(Direcção de Orquestra).
Como solista e em formações de câmara, realizou concertos em França,
Inglaterra, Irlanda, Portugal, Holanda, Suíça e Itália, assim como por toda
a Espanha, obtendo sempre críticas favoráveis. Investigador activo,
publicou cinco livros e inúmeros artigos sobre temas de música antiga
espanhola. Realizou várias gravações em rádios europeias e espanholas.
Como director ou solista, participou em cinco registos fonográficos,
intitulados: «Música en la Catedral de Tarazona en 1500» (direcção feita
ao órgão); «Música Colonial del siglo XVII» (baixo-contínuo); «Ramón Ferreñac: Música para Órgano a
Cuatro Manos» (órgão a dois); «Gregoriano y Órgano en Aragón, siglo XVII: La Tradición de La Seo
Zaragozana» (órgão alternado com canto gregoriano) e «Música Aragonesa de Clavecin, para un Siglo
Ilustrado» (cravo solista).
Catedrático de Cravo no Conservatório Superior de Música de Salamanca durante os anos de 1992 a
1994, é actualmente professor de Cravo no Conservatório Profissional de Música de Saragoça. É
também membro da Secção de Música Antiga da Instituição «Fernando el Católico» (CSIC), membro do
conselho assessor de Nasarre - Revista Aragonesa de Musicologia e professor dos cursos permanentes
de Órgão da I.F.C. (Diputación de Zaragoza). Tem realizado trabalhos de consultoria sobre o restauro
de órgãos históricos para a Junta de Castilla y León e para a Diputación de Zaragoza. Actualmente, é
Técnico Assessor para o restauro de órgãos históricos do Governo de Aragão. É ainda presidente da
Associação para a Conservação do Patrimóniio Musical em Aragão.
O objectivo maior da carreira de Jesús Gonzalo López centra-se na investigação, conservação e difusão
do património musical espanhol.
João Vaz - órgão
Natural de Lisboa, efectuou os seus estudos musicais no Instituto
Gregoriano da mesma cidade (Departamento de Estudos Superiores
Gregorianos da Escola Superior de Música de Lisboa), onde terminou,
com elevada classificação, o Curso Superior de Órgão, sob a
orientação de Antoine Sibertin-Blanc.
Paralelamente, frequentou cursos de aperfeiçoamento com Édouard
Souberbielle e Joaquim Simões da Hora. Como bolseiro da Fundação
Calouste Gulbenkian, trabalhou em Saragoça com José Luís González
Uriol, realizando, com a classificação máxima, o exame final do Curso
Superior de Órgão no Real Conservatório Superior daquela cidade.
Em 1988, alcançou o 1.º prémio nacional do Concurso da Juventude
Musical Portuguesa (classe de Órgão Superior).
Tem actuado como organista, quer a solo quer em colaboração com diversos solistas ou agrupamentos,
nomeadamente com a Orquestra Gulbenkian. Para além de Portugal, a sua actividade tem-se
desenvolvido em Espanha, França, Irlanda, Holanda, Áustria e outros países europeus, nos quais se
apresentou, na qualidade de concertista ou de docente, no âmbito de festivais internacionais ou de
cursos de interpretação.
Conta com diversas gravações discográficas em órgãos históricos portugueses, salientando-se as
efectuadas nos órgãos históricos dos Açores e da Igreja de São Vicente de Fora.
Actualmente, é professor de Órgão no Instituto Gregoriano de Lisboa, assistente convidado da
Universidade de Évora e consultor permanente para o restauro do conjunto dos seis órgãos da Basílica
de Mafra.
Organista da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, em Lisboa, desde 1986, João Vaz foi nomeado, em
1997, titular do órgão histórico da Igreja de São Vicente de Fora.
Klemens Schnorr - órgão
Nascido em 1949, em Amorbach (Alemanha), fez os cursos superiores de
Órgão e de Música Sacra na Escola Superior de Música de Munique, de
Ciências Musicais na Universidade daquela cidade e o mestrado em
Órgão, sob a orientação de Franz Lehrndorfer.
Em 1975, arrebatou o primeiro e segundo prémios nos Concursos
Internacionais de Órgão de Bolonha e Munique. Foi igualmente laureado
em concursos internacionais de órgão na Áustria, Holanda e Espanha.
Desempenhou o cargo de professor do seu instrumento no Conservatório
de Würzburg e na Escola Superior de Música de Munique, cidade em cuja
Universidade também leccionou Musicologia. Em 1991 foi chamado para
a Escola Superior de Música de Friburgo (Breisgau), na qualidade de
professor ordinário de Órgão. Em 1998 sucedeu a Ludwig Doerr no cargo
de organista da Catedral de Friburgo.
Professor convidado em várias escolas, Klemens Schnorr dirige cursos de
especialização e integra o corpo de jurados dos mais importantes concursos internacionais de órgão. A
par do ensino e de uma intensa vida de concertista, tem dado à estampa várias publicações
relacionadas com a organaria e a interpretação de música de órgão.
Orquestra Metropolitana de Lisboa
A música deve ser um bem partilhável, essencial. Foi com esta
visão que Miguel Graça Moura, maestro, fez nascer em 1992 um
projecto integrado que combina acção musical e ensino, no qual se
incluem a Orquestra Metropolitana de Lisboa, a Orquestra
Académica Metropolitana, a Academia Nacional Superior de
Orquestra e o Conservatório Metropolitano de Música de Lisboa
(instituições reconhecidas oficialmente pelo Ministério da
Educação), assim como, posteriormente, a Escola Metropolitana
de Música de Lisboa, destinada à iniciação musical, e a Academia Metropolitana de Amadores de
Música.
A gestão de todas estas entidades é assegurada pela Associação Música - Educação e Cultura,
associação cultural sem fim lucrativo, com estatuto de utilidade pública.
Neste projecto, cada membro da Orquestra associa à sua função de músico uma vertente pedagógica,
desempenhando quatro tarefas distintas: trabalho regular na Orquestra; actuação periódica em
formação de câmara (trios, quartetos, quintetos, etc.); actuação periódica em recitais a solo
(acompanhados ao piano, cravo, órgão, guitarra ou harpa), e ensino numa das escolas da Associação.
Esta forma de organização, totalmente original, tem permitido a ligação estreita entre a prática musical e
o ensino, bem como a melhoria incessante da qualidade artística dos executantes pela complementação
regular das actividades orquestrais com a música de câmara e os recitais a solo, com consequente
aumento da produtividade a um custo mais baixo. E é esta interligação que tem permitido também a
fidelização do público através da animação musical regular e sistemática, e ainda a criação de ensino
superior adequado às necessidades prementes do nosso país neste ramo - formação de instrumentistas
de orquestra e de maestros.
Estreou-se a 10 de Junho de 1992, tendo como solista Maria João Pires. Desde então, assegura mais
de 500 concertos por ano, a maioria dos quais recitais a solo e de música de câmara.
A 29 de Janeiro de 1993, na cerimónia de abertura oficial das Comemorações dos 450 Anos de
Amizade entre Portugal e o Japão, em associação com a orquestra alemã Anhaltische Philarmonie e
cinco coros, incluindo um japonês, num total de 450 participantes, realizou uma execução memorável da
9.ª Sinfonia de Beethoven, na Igreja do Mosteiro dos Jerónimos, a qual foi gravada e posteriormente
transmitida pela RTP.
Em Setembro de 1993, a convite da Comissão e do Parlamento Europeus, realizou a sua primeira
digressão pelo estrangeiro, exibindo-se com grande sucesso em Estrasburgo e Bruxelas. Em 1996 foilhe atribuído um disco de platina, pela venda de mais de 24.000 exemplares do seu segundo disco.
Em Outubro de 1997 efectuou uma digressão por Itália, Índia, Coreia do Sul, Macau e Tailândia. Em
Setembro de 1999 realizou, com grande sucesso, uma digressão pelo Japão. Em Setembro de 2001
voltou à Tailândia, como convidada do III Festival Internacional de Música e Dança de Banguecoque.
Tem sido dirigida, para além de Miguel Graça Moura, por grandes maestros internacionais, tais como
Henrique Dimecke, Jean-Sébastien Béreau, Jin Wang, Lucas Pfaff, Nicholas Kraemer, Olivier Cuendet
ou Victor Yampolsky, e tem tocado com solistas tais como Ana Bela Chaves, António Rosado, Augustin
Dumay, Gerardo Ribeiro, José Carreras, Liliana Bizineche, Maria João Pires, Maria João e Mário
Laginha, Montserrat Caballé, Pedro Burmester, Tatiana Nikolayeva e muitos outros.
A Orquestra Metropolitana de Lisboa já gravou sete CD's, cinco dos quais editados pela EMI Classics e
dois pela RCA Classics.
Miguel Graça Moura
Natural do Porto, diplomou-se com os cursos superiores de Piano e de Composição do Conservatório
de Música daquela cidade, tendo sido professor de Composição, neste Conservatório, de 1976 a 1981.
Paralelamente, cursou Arquitectura na Escola Superior de Belas-Artes do Porto.
Foi entretanto fundador e director de vários grupos musicais, o mais importante dos quais foi o «Música
Viva», que dirigiu em mais de uma centena de concertos pelo País, entre 1975 e 1980. Foi também
autor e apresentador da série televisiva «Pauta Livre» (RTP, doze programas, 1975-76).
Bolseiro do Ministério da Cultura, da Fundação Calouste Gulbenkian e do Governo Francês, estudou em
França (Estrasburgo, Paris e Reims) Direcção de Orquestra com Jean-Sébastien Béreau e Análise
Musical com René Schmidt, tendo concluído ambos os cursos com a classificação máxima («Premier
Prix») em 1984. Tornou-se então professor do Conservatório Nacional de Reims (Música de Câmara,
Orquestra e Direcção de Orquestra), e assistente de Jean-Sébastien Béreau.
A sua carreira de maestro começou em França, como Director Musical da Orquestra Universitária de
Estrasburgo (1982 a 1984, com tournées em Portugal, Escócia e Inglaterra), e, seguidamente, da
Orquestra Sinfónica Universitária de Grenoble (1984 a 1986).
Regressado a Portugal, em 1986, fundou e dirigiu, sucessivamente, a Orquestra Portuguesa da
Juventude (criada pela Secretaria de Estado da Cultura, 1986-94), a Orquestra de Câmara «La Folia»
(1987-92, tournées pela Bélgica, China, Macau, Tailândia e Argélia; cinco discos gravados para a Philips
e Edisom). Em 1992 fundou a Orquestra Metropolitana de Lisboa e a Academia Nacional Superior de
Orquestra, e posteriormente o Conservatório Metropolitano de Música de Lisboa, a Escola Metropolitana
de Música de Lisboa e a Academia Metropolitana de Amadores de Música - todas integradas num
projecto global por si dirigido e que se tem afirmado como um modelo inovador e eficaz de gestão
cultural e educativa. Com a Orquestra Metropolitana de Lisboa já gravou seis CD's para a EMI Classics
e dois para a RCA Victor (BMG). Gravou ainda, recentemente, um disco com a Orquestra Sinfónica da
Rádio de Hanover e outro com a Orquestra Sinfónica da Rádio de Berlim.
Dirigiu entretanto quase todas as orquestras portuguesas e várias estrangeiras (na Alemanha,
Argentina, Brasil, Bulgária, Canadá, China, Costa Rica, Cuba, Egipto, Eslováquia, EUA, França,
Hungria, Inglaterra, Itália, Macau, México, República Dominicana, Rússia, Singapura, Suécia, Taiwan e
Turquia, a que se acrescentarão, em breve, África do Sul, Filipinas e República Checa).
Tem dirigido solistas de renome internacional, tais como Maria João Pires, Augustin Dumay, Tatiana
Nikolayeva, Liliana Bizineche, Pedro Burmester, Gerardo Ribeiro, Jorge Moyano, Ana Bela Chaves,
Adilia Alieva, Lee-Chin Siow e muitos outros.
Criou e dirigiu o ciclo «Grandes Concertos Insólitos», todos gravados em vídeo.
Em Janeiro de 1993 dirigiu uma execução da 9.ª Sinfonia de Beethoven no Mosteiro dos Jerónimos, à
frente de duas orquestras e cinco coros, num total de 450 executantes, a qual foi gravada e transmitida
pela RTP.
Foi ainda assessor do Ministro da Educação Roberto Carneiro (1987-91), tendo chefiado a comissão
que elaborou a reforma do ensino artístico em Portugal.
Miguel Graça Moura é também compositor, com uma vintena de obras estreadas em Portugal e no
estrangeiro, entre as quais o octeto Nada Se Sabe, Tudo Se Imagina, sobre poemas de Fernando
Pessoa, encomendado pelo Festival Internacional de Música Contemporânea «Música 84», de
Estrasburgo, e a obra para piano Interrogations, premiada no Festival de Nápoles de 1986.
Pedro Couto Soares - flautas de bisel e traverso
Nasceu no Porto em 1960, tendo-se iniciado na flauta de bisel com
António Calém e na flauta transversal com Eduardo Lucena. Em 1982
concluiu o curso de Flauta no Conservatório de Música do Porto com
elevada classificação, prosseguindo estudos de aperfeiçoamento em
Amesterdão, onde permaneceu de 1983 a 1989 como bolseiro da
Fundação Calouste Gulbenkian e da Secretaria de Estado da Cultura.
Trabalhou flauta de bisel com Walter van Hauwe e Marijke Miessen, e
flauta transversal com Abbie de Quant e Jorge Caryevschi. Obteve os
diplomas de solista em Flauta de Bisel no Conservatório «Sweelinck» de
Amesterdão (1988) e em flauta transversal na Academia Superior de
Artes «Constantijn Huygens», em Zwolle (1989). Dedica-se também à
flauta travessa barroca, que estudou com Philipp Suzanne nos Cursos de
Música Barroca da Casa de Mateus.
Dedicando-se sobretudo à Música Antiga e Contemporânea, integra vários agrupamentos de música de
câmara, a saber: Foral, La Caccia e Música Nova. Colabora com a Oficina Musical e os Segréis de
Lisboa, tendo com este agrupamento gravado vários discos. É membro da orquestra barroca Capela
Real. Tocou nalguns dos mais importantes festivais de música portugueses, em inúmeros países da
Europa, no Brasil, nos EUA e na Índia. Apresentou-se, como solista, com as orquestras Sinfónica do
Porto, Gulbenkian e do Norte. Gravou para a RDP e RTP.
Pedro Couto Soares é actualmente professor de Flauta de Bisel nas Escolas Superiores de Música de
Lisboa e Porto.
Rui Paiva - órgão
Nascido em 1961, é licenciado em Engenharia Electrotécnica pelo
Instituto Superior Técnico, e concluiu o Curso Superior de Órgão do
Conservatório Nacional de Lisboa, sob a orientação de Joaquim Simões
da Hora. Estudou também Baixo-Contínuo com Cremilde Rosado
Fernandes.
Como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian (1987-89), prosseguiu
os estudos de Órgão com Montserrat Torrent, no Conservatório Superior
de Barcelona, e, depois, sob a orientação de José Luis González Uriol,
concluiu os cursos superiores de Cravo e de Órgão no Conservatório
Superior de Saragoça, com a máxima classificação e Prémio
Extraordinário de Fim de Curso em Órgão.
O seu interesse pela música dos séculos XVI, XVII e XVIII levou-o a
participar em várias edições da Semana de Música Antiga Ibérica - onde
teve a oportunidade de contactar com músicos da craveira de Ton
Koopman, Jordi Savall e Macario Santiago Kastner - e dos Cursos
Internacionais de Música Antiga de Daroca (Espanha).
Tem colaborado como organista e cravista em diversos conjuntos instrumentais e vocais, entre os quais
os Segréis de Lisboa, o Coro e Orquestra Gulbenkian, a orquestra barroca Capela Real, e o grupo de
música barroca La Caccia, de que é membro fundador.
Como solista ou em grupo, tem dado recitais por todo o País, bem como em Espanha, França, Bélgica,
Itália, Holanda, Inglaterra, Polónia, EUA e Brasil.
Realizou várias gravações de recitais a solo e em grupo para a Radiodifusão Portuguesa e Rádio
Nacional de Espanha, e algumas gravações discográficas de órgão e de cravo, nas quais dedicou
particular atenção à música renascentista e barroca portuguesa.
Rui Paiva é também professor de Órgão no Conservatório Nacional de Lisboa e director da Academia
de Música de Santa Cecília de Lisboa.