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Stella Vitae
Igreja de Nª Sª dos Navegantes, 6 de Abril de 2014, 18.30 h
Officium Hebdomadae Sanctae
Motetos da Semana Santa
Música da Semana Santa - Paixão e Morte de Cristo/Páscoa - cantada nas Igrejas de Portugal desde
a Idade Média até ao sec. XX segundo a tradição secular e a influência monástica mediterrânica. O
Canto Gregoriano, a polifonia renascentista e os motetos do final do sec. XIX até aos nossos dias,
nas obras de, entre outros, T. L. Victoria, Schütz, Mendelssohn e compositores portugueses
contemporâneos como Manuel Faria e Lemos Peliz.
I - O vos omnes qui transitis per viam…
Oh vós todos, que passais no caminho, esperai e vede…
Oi me lasso lauda Laudario di Cortona (sec. XIII)
Seigneur je vous en prie moteto a 4 v F. Poulenc (1900-1963)
O Vos Omnes resp./V-II Noct./ Of.Mat T.L.Victoria (c.1548-1611)
O Vos Omnes resp./V-II Noct./ Of.Mat Manuel Faria (1916-1983)
Popule meus improperia feria VI a 4 v T.L.Victoria (c.1548-1611)
II - Officium
Cânticos do Ofício: Hinos, Antífonas, Responsórios e Salmo
Gloria , laus et honor hino procissão, dominica in palmis Cantochão
Angelus – Huit chants de Bretagne órgão Jean Langlais (1907-1991)
Ne recorderis responsorio def. moteto a 4 Cristobal de Morales (c. 1500-1553)
Velum Templi resp./II-I Noct./ Of.Mat, feria VI Pascal Piriou (1917-1975)
Tenebrae factae sunt resp./V-II Noct./ Of.Mat, feria VI D. Pedro de Cristo (+1618)
Der Herr hat des Tages salmo 42 4 v.i. e soprano F.Mendelssohn (1809-1847)
III - Stabat Mater Dolorosa/ Dolor Occasum nesciens
Junto à Cruz, estava a Mãe dolorosa/ A dor que não conhece ocaso…
Stabat Mater dolorosa canto tradicional, Sardenha- Anónimo (sec.XVI)
Stabat Mater dolorosa solistas, coro e órgão A. Desauges (1895)
1.Stabat Mater
7.Fac me tecum
3.Quis non posset
5.Eia Mater
9.Fac me plagis 10.Christe, cum sit hinc exire
IV - Alleluia – Pascha Nostrum
Alleluia – Pascha Nostrum antífona Cantochão (séc. X-XII)
Buccinate in neomenia tuba salmo H. Schütz (1585-1672)
Regina coeli laetare moteto/antif tempo pascal Gregor Aichinger (c.1565-1628)
Stella Vitae
Ana Boullosa, soprano, Célia Sousa Tavares órgão
Victor Roque Amaro direcção
StellaVitae
Coro amador de vozes iguais, foi fundado em 1945 por um grupo de amigos
que se reuniram pelo gosto da música, o culto da amizade e a prática da
solidariedade.
Durante a sua longa vida (67 anos!) a forte ligação inicial ao canto litúrgico,
veio a complementar-se com uma nova actividade: a prática de concertos que,
pelo carácter da sua formação (apenas vozes masculinas, facto raro na época e
ainda hoje pouco usual), proporcionava programas diferentes e
desacostumadas sonoridades.
Dedicado sobretudo à música sacra, a ele se deveu boa parte da luta contra o
esquecimento do canto gregoriano (cantochão) e o esforço na divulgação de
alguns monstros sagrados da polifonia sacra clássica, tais como Palestrina,
Vitória e de um mais recente Lorenzo Perosi. Entretanto, o repertório ia-se
alargando, desde a música popular e folclore nacional até aos espirituais
negros, em arranjos de grandes mestres portugueses e estrangeiros. Hoje o
catálogo do seu arquivo regista um número impressionante de cerca de 900
partituras.
Foram múltiplas as intervenções públicas em concertos e em actos de alto
significado na vida nacional, que foram ficando gravadas nas páginas do seu
historial.
Outros marcos assinaláveis deixados neste longo caminho feito de muitas
centenas de actuações por todo o país e estrangeiro:
Em 1978, gravou para a RTP o “Requiem” de Franz Liszt, para solistas, coro,
órgão e orquestra, no que terá sido a primeira audição desta obra em Portugal;
Em 1980, gravou um disco (LP) com temas de gregoriano e polifonia de
Palestrina e de D. Pedro de Cristo;
Em 1994, gravou em CD o “Requiem” de Lorenzo Perosi, com solistas, coro,
órgão e orquestra;
Em 2007, gravou “Stabat Mater”, com solistas, coro e orquestra e a “Noel
Missa”, com solistas, coro e órgão, ambas da autoria de André Desauges.
Durante os 67 anos de existência, o Coral teve como directores artísticos, entre
outros, Alberto Alemão, Jorge Manzoni, António Leitão, Joaquim Gonçalves,
António Pires (interinamente), João Baptista Branco. Na actualidade, o Coral
Stella Vitae é dirigido artisticamente pelo Musicólogo e Maestro Victor Roque
Amaro.
Victor Roque Amaro , maestro
O seu percurso musical como intérprete, investigador e de direcção está ligado
sobretudo à musica vocal, mas também à instrumental renascentista e barroca.
Nesse contexto, vem dirigindo qualificados grupos vocais e instrumentais
como o Coral Vértice, até 2001, o Concertus Antiquus, grupo vocal e
instrumental de Música Antiga, de que foi fundador, desde 1984 e o Coro Dom
Luis I (fundado no âmbito da sua investigação no Palácio da Ajuda, em
1989) com os quais participou em diversos festivais no País e no Estrangeiro
(França, 1995 e Itália, 1998) e gravou alguns CDs. Fez os seus estudos
musicais em Penafirme e em Lisboa, tendo frequentado posteriormente cursos
de aperfeiçoamento de canto e direcção de coros e Musicologia em Portugal e
Inglaterra (Cambridge- 1995 e 1998, Canford-2002, Lacock-2005, Dartington2006, 2009 e 2010), Itália (Vigevano, 2004 e Veneza, 2010) e México (Puebla,
2011).
Integrou o Coro Gulbenkian durante cerca de 35 anos.
É licenciado em Engenharia Civil pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa.
Em 2005, foi o Director Artístico convidado do último Festival dos Capuchos
(Almada).
Além dos agrupamentos atrás referidos, dirige também, o Educ(ant)are desde
1993, o Corelis (Coro da Relação de Lisboa), desde Outubro de 2007, o
Cantus Certus (Tribunal de Contas) e o Coro da ASSProfessores, ambos,
desde Outubro de 2010 e o Coral Stella Vitae desde Março de 2011.
Célia de Sousa Tavares, orgão
Nascida no Montijo em 1983, iniciou os seus estudos musicais aos 6 anos de
idade. Ingressou na Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa em
1996, tendo concluído o curso de Órgão sob a direcção de Rui Paiva em 2005.
Durante os anos em que foi aluna desta instituição, teve a oportunidade de
realizar várias audições em Lisboa, Mafra e Aveiro e fazer parte de alguns grupos
musicais como o Coro Feminino dirigido por Paulo Brandão, a Orquestra do Real
Conservatório de Lisboa orientada por Álvaro Pinto. Concluiu também o terceiro
grau do curso de Cravo na classe de Cândida Matos. Participou na gravação da
obra integral das sonatas de Carlos Seixas para Tecla, aquando das
comemorações do tricentenário do nascimento do compositor em 2004,
organizadas pelo Conservatório Nacional. Entre os anos de 2002 e 2005,
frequentou o curso de Ciências Musicais na Faculdade de Ciências Sociais e
Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Simultaneamente (2003/04) estudou Clavicórdio com Cremilde Rosado
Fernandes. No mesmo ano, iniciou o curso de Órgão na Escola Superior de
Música de Lisboa, onde terminou a Licenciatura sob a direcção de João Vaz,
tendo-lhe sido atribuída a classificação de 18 valores no exame final. Em 2008,
como aluna finalista na referida Escola, realizou o projecto “Orgelbüchlein –
J. S. Bach: formas composicionais” apresentado na forma de recital-conferência,
numa parceria entre a Escola Superior de Música de Lisboa e a Igreja Evangélica
Alemã de Lisboa. Participou em vários ciclos de recitais, tais como os ciclos
Jovens músicos de Aveiro, III Ciclo de Concertos 2008 da Academia de Música
de Santa Cecília, várias edições do Dia ECHO integrado no Festival Internacional
de Órgão de Lisboa e, na comemoração do centenário do nascimento de Olivier
Messiaen em 2008, onde foi interpretada a integral da sua obra para órgão na Sé
Patriarcal de Lisboa.
O interesse pela Música Antiga levou-a a participar no XXVIII Curso
Internacional de Musica Antigua de Daroca realizado em 2006 em Espanha, na
secção dirigida por José Luís Gonzalez Uriol, como bolseira da Instituición
«Fernando El Católico». E na Norddeutsche Orgelakademie 37. Sommerkurs
2008 na cidade alemã de Bremen, onde estudou com Harald Vogel, Hans
Davidsson e Joel Speerstra, como bolseira da Hochschule für Künste Bremen.
No intuito de aperfeiçoar as distintas técnicas e estilos de performance das várias
épocas históricas da música para tecla, frequentou diversas masterclasses ao
longo da sua formação, nas quais teve a oportunidade de estudar com músicos tão
diversos como Marcos Magalhães, Chiara Banchini, Jesus Gonzalo López,
Jürgen Essl, Klemens Schnorr, Miklós Spányi, Franz-Josef Stoiber, Hans OlaEricsson, Sieber Henstra, Luigi Fernando Tagliavini, Daniel Roth, Joris Verdin,
William Porter e David Higgs.
Entre 2008 e 2010 exerceu funções docentes nos Serviços Sociais da sede da
Caixa Geral de Depósitos. Simultaneamente leccionou Piano e Formação Musical
a nível particular. Em 2010 terminou a Pós-Graduação em Música, especialidade
Interpretação – Órgão, sob a orientação de João Vaz e da Professora Doutora
Vanda de Sá, na Universidade de Évora. Em Outubro de 2010 iniciou o ciclo de
estudos Kunstlerisch Ausbildung Zusatstudium Diplom – Orgel na Hochschule
für Künste Bremen (Alemanha), onde foi admitida na classe do Prof. Hans
Davidsson com nota máxima. Enquanto aluna desta escola realizou recitais em
órgãos e clavicórdios históricos na Alemanha (incluindo os órgãos Schnitger em
St. Jacobi – Hamburgo e St. Peter und St. Paul Kirche em Cappel), Itália e
Estados Unidos. Simultaneamente foi bolseira de investigação da Fundação para a
Ciência e Tecnologia, no projeto Estudos de Música Instrumental Em Portugal:
1755 – 1834 da Unidade de Investigação em Música e Musicologia da
Universidade de Évora, sob a coordenação da professora Doutora Vanda de Sá.
Foi seleccionada para representar a Hochschule für Künste Bremen, na Eastman
School of Music em Rochester nos Estados Unidos, durante o mês de Setembro
de 2011. No decorrer desta visita de estudo realizou recitais no Memorial Art
Gallery (Italian Baroque Organ) em Rochester e na Anabel Taylor Chapel na
Universidade de Cornell.
É organista na Igreja Paroquial de São Tomás de Aquino em Lisboa, cujo órgão é
um Pels & Van Leeuven construído em Alkmaar (Holanda) no ano de 1971.
Nesta Igreja tem também acompanhado regularmente o Coro do Sagrado Coração
de Jesus sob a direcção do Pe. Miguel Carneiro. É professora no Conservatório
Regional de Artes do Montijo, na Escola Profissional do Montijo e na Paróquia
de S. Romão em Carnaxide. É também membro da Orquestra Barr.