Cinamomo

Transcrição

Cinamomo
Cinamomo-Gigante
Também conhecido como santa-bárbara e lilás-de-soldado, o cinamomo, além
de produzir lenha, é ornamental; os frutos (no detalhe) são redondos e
carnosos.
O cinamomo (Melia azedarach) é uma árvore da família da meliáceas nativa do
sul da Ásia. Alcança até 40 metros de altura, as flores são pequenas e têm cor
lilás e os frutos são redondos, carnosos e de cor amarelo-escuro. Pelo efeito
ornamental, rusticidade e grande capacidade de produção de lenha, foi
introduzido em vários países. Em muitos lugares do Brasil, onde também é
chamado de santa-bárbara e lilás-de-soldado, a espécie se "asselvajou", ou
seja, já é confundida com a vegetação nativa, tão boa foi a sua adaptação.
A frutificação é intensa e as sementes germinam facilmente, o que faz o
cinamomo ser considerado uma praga em muitos lugares. Não há o que fazer
para controlá-lo a não ser cortar as mudas indesejáveis. A principal utilidade do
cinamomo é sua madeira, moderadamente densa (0,52 a 0,66 grama por metro
cúbico). A árvore rebrota após o desbaste, embora geralmente seja feito o
replantio após o corte. A planta contém em seus tecidos uma substância
conhecida pela ação inseticida. O extrato retirado das folhas, frutos e sementes
foi testado com sucesso no controle da vaquinha do feijoeiro. A árvore vegeta
bem em regiões com temperatura média em torno de 18ºC (com variação
considerável) e precipitações anuais entre 600 e 2 mil milímetros. A seca
exagerada pode prejudicar o crescimento, e as geadas danificam as plantas
jovens. Em relação aos solos, evite plantar em terrenos pedregosos, rasos e
alagadiços. Para plantio em viveiro, macere os frutos na água para retirar a
parte carnosa. As sementes não apresentam dormência. Para acelerar a
germinação e torná-la mais uniforme, deixe em água por período de até 72
horas. O crescimento é rápido e a planta pode ganhar até 3,5 metros de altura
por ano, em condições ideais.
Há três variedades conhecidas: a gigante, a sombrinha e a comum. Para
produção de madeira, a variedade gigante é a mais indicada, embora seja mais
sensível ao frio. Na província argentina de Missiones, concentram-se as
maiores plantações de cinamomo da América do Sul. No Brasil, há plantios nos
estados do Sul.
Tirando dinheiro de árvore
O Pioneiro – Economia – Caxias do Sul
Caxias do Sul - Engenheiros agrônomos e florestais garantem: é realmente possível
tirar dinheiro de árvores. Ou, explicando melhor, hoje o plantio de árvores para
florestamento é uma alternativa viável e com boas perspectivas para geração de renda.
E, para quem acredita que a atividade é exclusiva para grandes investidores, vários
painéis apresentados durante o 4º Seminário de Plantio, Processamento e Mercado de
Madeira e Móveis (Simader) mostraram opções de produção e mercado que podem ser
implantadas em pequenas propriedades rurais. O evento foi realizado no início deste
mês, em Caxias do Sul, e reuniu empresários do setor de madeira e móveis, assim como
produtores rurais envolvidos na cadeia produtiva.
A introdução da atividade florestal pode ser encarada como uma poupança ou
aposentadoria verde. Uma vez que o diâmetro da árvore aumenta com a idade, aumenta
também a remuneração - compara o engenheiro florestal e pesquisador em silvicultura
da Embrapa Florestas, Paulo Ernani Ramalho Carvalho.
O diretor-presidente da Emater-RS/Ascar, Ricardo Altair Schwarz, ressalta que o
florestamento pode ser incluído como uma alternativa para complemento de renda em
pequenas propriedades rurais. Isso porque o retorno do investimento é de longo prazo,
porém, tem se mostrado rentável e com excelente perspectiva de mercado.
Hoje a demanda já é muito maior do que a oferta de produtos florestais - declarou
Schwarz.
Um dado que, apesar de preocupante, mostra o potencial de aproveitamento informado
pelo executivo é que o Brasil consome 300 milhões de metros cúbicos de madeira por
ano. Porém, somente um terço desse volume advém de áreas florestadas. Por isso, os
governos deverão fornecer inventivos para a atividade florestal tanto para diminuir a
pressão sobre as áreas nativas, de onde estão sendo extraídos mais de 60% da demanda
de mercado nacional, quanto para a geração de emprego e renda.
Colheita tardia, porém farta
Em 1978, o produtor rural caxiense Elias Dalle Molle, junto com o irmão, Aurelio
Giacomo, resolveu derrubar uma parte de seus parreirais e investir em florestamento. A
estratégia foi mantida nos anos seguintes e hoje, dos 33 hectares na localidade de São
Luiz da 3ª Légua, 15 permanecem com parreiras e outros 15 estão cobertos por
eucaliptos, pinus, araucárias, uvas do japão e quiris. A decisão, conta Elias, foi tomada
pela queda no preço da uva e pela oportunidade de aproveitar parte da terra que não
estava sendo cultivada com algo que pudesse gerar renda.
Só não planto mais porque não tenho espaço. Na região, que tem muitas áreas
acidentadas, onde não dá para plantar uva ou outras culturas, a melhor opção é o
florestamento - ensina.
No último mês, quatro hectares de eucaliptos, plantados há cerca de sete anos, foram
cortados. Parte dos 600 metros cúbicos de madeira está sendo aproveitada na
propriedade como palanques para o parreiral e o restante será vendido para uma
empresa como lenha. Se todo o volume cortado fosse comercializado, a renda seria de
R$ 18 mil.
Já o rendimento a ser obtido com as araucárias, quiri e uva do japão será bem mais alto,
uma vez que a madeira é mais nobre e é utilizada principalmente para construção de
casas. Elias calcula que uma árvore adulta de araucária renda aproximadamente R$ 500.
Mas essas aí, eu vou deixar de herança para os meus netos - brinca o produtor.
Modelos bem-sucedidos
Entre os exemplos que mostram a introdução do florestamento sem o sacrifício de
outras atividades está o Uruguai. Segundo o diretor-presidente da Emater-RS/Ascar,
Ricardo Altair Schwarz, no país vizinho observa-se crescimento vertiginoso em área
plantada com florestas renováveis sem que haja redução do rebanho de animais ou de
outras atividades agrícolas.
No Sul do Estado, uma iniciativa apoiada pela Votorantin Celulose e Papel (VCP)
incentiva a produção de eucalipto em pequenas propriedades. O plantio, porém, é
limitado a 20% da área da propriedade nos 27 municípios integrantes do projeto.
O florestamento deve ser encarado como uma atividade com importância econômica,
mas também social, pela geração de empregos, e ambiental - resume Schwarz.
Algumas espécies
Guanandi
Campeã os pedidos de informações na Embrapa Florestas.
Usos: fabricação de móveis, mastros para navios, chapas e lâminas faqueadas
decorativas, esteticamente pode servir como substituta para o mogno e o cedro
Cedro Australiano
Tem crescimento rápido e é muito utilizada junto a outras culturas, como o café.
Usos: contraplacados, compensados e móveis
Cinamomo-Gigante
É de crescimento muito rápido: com sete anos o tronco já apresenta 30 cm de diâmetro.
Usos: móveis de luxo, laminados e compensados, lenha de boa qualidade, artesanato,
inseticida, paisagismo
Liquidâmbar
Com 10 anos já apresenta madeira de boa qualidade
Usos: móveis finos, laminados, revestimento interno e chapas, lenha de boa qualidade,
celulose e papel, óleo vegetal
Mangium
Tem crescimento excepcional e madeira moderadamente densa. Contribui com a
melhora na qualidade do solo
Usos: madeira, carvão, polpa de fibra curta
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Site www.sementescaicara.com.br
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