MBA Agronegócios ESALQ
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MBA Agronegócios ESALQ
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA "LUIZ DE QUEIROZ" DEPARTAMENTO DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E SOCIOLOGIA PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA EM ECONOMIA E GESTÃO DE EMPRESAS MBA Agronegócios ESALQ Prof. Fernando Lobo Pimentel Formação e Experiência Formação Acadêmica Eng. Agrônomo – E.S.A- Lavras -MG Waterways and Inland Transportation – IFIT – Universidades de Liége, Mons e Louven - Belgica MBA- Executivo - Fundação Dom Cabral-INSEAD Bacharelando em Direito – Incompleto 4° ano Experiência Profissional Senior Trader – Cutrale Quintella Trading Ger. Logística e Desenvolvimento – Copas Fertilizantes Ger. Commodities e Securitização – Monsanto do Brasil Gestor da Consultoria Agrosecurity, do Serviço Climasecurity e da Empresa de Software Agrometrika Treinamento Operação de Soja, Óleo e Farelo – ADM – Europoort - Holanda Operação de Frete Marítimo – SCAC – Shipping – Paris - França Operação Soja – CPP – A.C Toepfer – Hamburg - Alemanha Operação de Materias Primas para Ind. de Rações – Arcady – Feed – Londres-UK Instrumentos de Financiamento Privado & Identificação e Gerenciamento de Risco no Agronegócio AGENDA Instrumentos de Financiamento Financiamento Privado • Histórico do crédito rural • O capital financiando a produção A Seletividade do Capital Privado • A seletividade do capital privado na agricultura • Fluxo de financiamento privado CPR, a principal ferramenta do financiamento rural • Principais operações com CPR • Principais agentes operando CPR Instrumentos lançados em 2004 Algumas operações estruturadas AGENDA Identificação dos fatores de risco no crédito para a agricultura Entendendo o risco do produtor no ambiente agrícola • Risco clima e seu monitoramento • Risco fitossanitário e tecnológico • Risco moral • Risco preço ou mercado Gerenciamento do risco de crédito Consolidação das informações um desafio (assimetria) Conceito de scoring Monitoramento de safra Campanha com commodities para vendas de insumos Outras medidas para mitigação do risco de crédito ao produtor AGENDA Gerenciamento de risco de crédito no agronegócio Análise de risco para empresas do agronegócio • Análise convencional: Balanços • Análise setorial “O risco da cadeia” - Mercados e produtos sem proteção - Exposição a risco - A volatilidade “ Risco ou Oportunidade? “ - Situações comuns - Árvore de rating julgamental Análise e gerenciamento de carteiras de recebíveis Situação de liquidez no campo A conjuntura 10/11 para os principais financiadores FINANCIAMENTO PRIVADO Histórico do Crédito Rural • Década de 60, bancos privados buscam modelos nos EUA • Década de 70, mercado de capitais tem grande desenvolvimento • Década de 80, moratória eleva o custo do dinheiro e bancos deixam CR-Varejo • Final dos anos 80, Banco do Brasil fornece 90% do crédito aos produtores • Início dos 90, Banco do Brasil revê estratégia e deixa de ser banco “social” • Início dos anos 90, escândalos envolvendo operações com Pró-agro • Início dos 90, maior oferta de crédito para exportação permite compras antecipadas • Grande volume de inadimplência contra exportadores obriga a normatização da CPR • 94, governo aprova a lei da CPR Histórico do Crédito Rural • Final dos 90, governo eleva a exigibilidade dos bancos privados para 25% dos Dep. V • 2000 Bancos privados ensaiam primeiros passos no financiamento de produtores • 2003 Cresce o volume de oferta das operações de commodity finance • 2006 São registradas as primeiras operações com CDCA • 2008 Os primeiros FIDC Agropecuários são lançados O capital financiando a produção Cenário Doméstico • Aumenta a utilização do capital próprio dos produtores na maior parte do cerrado • Volatilidade afeta caixa de empresas • Produtor recupera um pouco da liquidez… • Quebra de safra prejudicam Sul do MS, Norte do PR e Bahia • …mas perde boa parte se pagar as dívidas históricas (ainda em negociação) • Pacotes do governo ajudam café e algodão • Operações estruturadas como FIDC e CDCA ganham volume SELETIVIDADE DO CAPITAL PRIVADO A seletividade do capital privado • O capital privado é sempre seletivo • A seletividade varia de acordo com a oferta de recursos • A globalização acelerou o fluxo de capitais • A crise gerou um “bloqueio” da liquidez interbancária • A percepção de risco é um fator psicológico • As tradings e coops estão em evidência • Empresas de fertilizante também A seletividade do capital privado na agricultura • Falta de garantias • Ambiente altamente especulativo e pouco transparente • Falta de capacitação no gerenciamento de risco • Falta de procedimentos jurídicos confiáveis • Histórico de fraudes => obriga o uso de collateral managers • Falta de regulamentação do setor • Elevado custo operacional para bancos privados • Movimento tipo “manada” Fluxo do Financiamento Privado Sistemas de Criação $ Abatedouro Cria + Recria Pasto Uréia Ciclo Completo Sistema Financeiro $ Pasto + Confinamento Manejo de Risco Contratos e Hedging Confinamento Boi Ração Fluxo do Financiamento Privado Exportadores $ Sistema Financeiro $ Produção Industrial da Usina $ $ Produtores $ Álcool Açúcar Energia $ Fertilizantes $ Cooperativas $ $ Produção Agrícola da Usina Defensivos $ Cana Própria $ Cana Cana Arrendada Fluxo do Financiamento Privado $ Sistema Financeiro $ Exportadores e Agroindústria $ Insumos Fertilizantes $ $ Cooperativas $ $ Distribuidores Defensivos Sementes $ Intercompany Grãos $ Produtor Produtor Produtor Produtor Produtor Produtor Produtor Produtor CPR A FERRAMENTA DO FINANCIAMENTO RURAL Principais operações com CPR • Mercado primário Financeiro (CPRs Fin. ou Fis. registradas na BBM ou Cetip) - Bancos Público (BB principal) - Bancos Privados - FIDCs • Mercado Balcão - Fabricantes e distribuidores de insumos* - Tradings - Cooperativas - Distribuidores de máquinas e equipamentos* * CPRs, nestes casos, são originárias das operações de “troca” Principais agentes operando CPR • Bancos Locais e FIDCs - Operações de Commodity Finance* com Cerealistas e Cooperativas • Bancos Locais e FIDCs - Financiamento de custeio com Produtores - Financiamentos fora das linhas de custeio (todos) • BBM - Comercialização no mercado secundário • Tradings e Cooperativas - Comercialização, “troca” e funding • Fabricantes de Insumos e seus distribuidores - “Troca” Principais Limitações das Operações com CPR (no repasse) • As seguradoras têm pouco interesse em oferecer seguro garantia para CPR’s • Serviço de Collateral Management é caro e nem sempre garante a liquidez dos títulos • Os emitentes das CPRs não conseguem aval de bancos, salvo CPRs BB (repasse já é menos frequente). Espaço para as empresas Securitizadoras (Nova Lei 2004). • Bancos avalistas são eventuais concorrentes na cessão de créditos • Imperfeição do hedging em algumas commodities INSTRUMENTOS LANÇADOS EM 2004 Títulos lançados em 2004 NPR Duplicata Rural Contratos de Compra e Venda Certificado de Depósito (CD) Warrant CPR 1994 CPR Financeira 1996 CDA/WA CDCA LCA CRA Agrinote 2004 2005 Certificado de Depósito (CD) X Certificado de Depósito Agropecuário(CDA) Conhecimento de depósito (Decreto 1.102/1903): • • • Representativo de mercadoria, seu endosso representa tradição; Negociação física (transferência da cártula); A negociação era fato gerador de ICMS / Nota Fiscal; Certificado de depósito agropecuário (Lei 11.076/2004): • • • • Promessa de entrega de mercadoria depositada; Negociação eletrônica (endosso eletrônico); Não transfere a propriedade da mercadoria a cada negociação, não gera ICMS; O comprador do CDA é quem define o momento da tradição da mercadoria. Fonte : Buranello & Passos Advogados Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA) Direitos Creditórios vinculados ao CDCA: – – – – – CPR Contratos Comerciais CDA/WA NPR Duplicatas • Obrigatoriedade do registro dos direitos creditórios em sistema de registro e de liquidação financeira de ativos autorizado pelo Banco Central do Brasil - (CETIP – Câmara de liquidação e custódia, ou BBM (BM&F) – Bolsa de Mercadorias e Futuros). • Devem ser custodiados em instituições financeiras ou outras instituições autorizadas pela CVM a prestar serviço de custódia de valores mobiliários. Fonte : Buranello & Passos Advogados ALGUMAS OPERAÇÕES ESTRUTURADAS COM TÍTULOS AGRÍCOLAS Operação Estruturada com Títulos Agrícolas Brasil Europa Trader de Fertilizantes Canadá $ Fertilizantes CPR,CDA/WA,Penhor, etc… Garantia Parcial Soja Local Trading Grower $ Banco Fertilizante Garantias Relação Negocial Fluxo Financeiro Inspect/Coll. Manager Global Trader (off taker) Afiliada no exterior Produtor de Fertilizantes Trade Finance X Commodity Finance Trade Finance Tradicional • Baseada nas necessidades de capital de giro • Análise de crédito fundamentada em Balanço • Linhas de Crédito limitadas a empresas em boa situação • Forte competição e baixo retorno (ROEC) • Estruturação simples Commodity Finance (em crescimento) • Baseada na cadeia de suprimentos • Operações “ Tailor made” • Lastreada em ativos (estoque, CPR, CDA/WA, penhor, etc…) • Estruturas de prazo mais longo • Melhores taxas Operações com CDCA CPRs Trading (off taker) Produtor Produtor Produtor Recebíveis* CPRs Emissão de CDCA Empresa de Fertilizantes Fundo, Banco, etc… $ Análise da qualidade da carteira e estima o seu valor. * CPRs originadas das operações de troca FDIC Diferentes Níveis de Cotistas Regulação da CVM Produtor Produtor Produtor Liquidação Recebíveis* FDIC Cotistas $ Empresas e Coops Análise da qualidade da carteira e estima o seu valor. * CPRs originadas das operações de troca Cessão de Crédito R$ Trading (off taker) Produtor Produtor Produtor Cessão de Crédito Empresa de Defensivos IDENTIFICAÇÃO DOS FATORES DE RISCO NO CRÉDITO PARA A AGRICULTURA Entendendo o risco no ambiente agrícola FATOR DE RISCO MITIGAÇÃO Relação Solo - Clima - Planta Zoneamento Agroclimático Microclima Agricultura de Precisão Eventos Críticos (seca, geada, etc) Seguro Rural Catástrofes Fundo de Catástrofes Risco Clima Risco Clima Risco Clima Risco Clima Entendendo o risco no ambiente agrícola FATOR DE RISCO MITIGAÇÃO Falta de Rotação de Culturas Planejamento da Produção e Uso da Safra de Inverno Utilização de Variedades Pouco Adaptadas Seguir Recomendações Técnicas e Uso de Sementes Certificadas Endemias e Epidemias Vazio Sanitário, Variedades Resistentes e Controle Fitossanitário Mapa de dispersão da ferrugem asiática da soja – Safra 2008/09 Safra 2008/09 Detecção de ferrugem asiática Fonte: Consórcio Antiferrugem Fonte: Consórcio Antiferrugem Presença da ferrugem laranja na Cana de Açúcar – Safra 2010 As variedades SP89-1115, RB855156 e RB867515 apresentam reação intermediária/suscetível As variedades CTC1, CTC2, CTC4, CTC5, CTC6, CTC7, CTC8, CTC10, CTC11, CTC12, CTC13, CTC14, CTC15, CTC16, CTC17, CTC18 e CTC20, SP791011, SP80-1816, SP80-1842, SP80-3280, SP81-3250, SP832847, SP91-1049, RB835486, RB855453 e RB855536 são classificadas como resistentes. Fonte: CTC Entendendo o risco no ambiente agrícola Contratos mal elaborados ou mal comunicados Preços Quedas acentuadas Altas acentuadas Otimismo rural-Alavancagem Hedge : Imperfeito ou Ausente Elevado endividamento histórico Aspectos Jurídicos Código Civil de 2002 Código do Consumidor Descompasso custo X receita Pede ajuda do Governo ? Commodities (receita) Custo Insumos (Custo) Commodity GERENCIAMENTO DO RISCO DE CRÉDITO NO AGRONEGÓCIO CONSOLIDAÇÃO DAS INFORMAÇÕES QUE VÊM DO CAMPO – UM DESAFIO Norte Diagrama da dispersão de resultados (41 Produtores) -180% -160% -140% -120% -100% -80% -60% -40% -20% Leste Oeste -20% -40% -60% -80% -100% -120% -140% -160% -180% Sul Serviço de Meteorologia Efeito da volatilidade 1.600,0 43,0 00-18-18 Soja (Sapezal) 42,0 1.400,0 41,0 1.200,0 1.000,0 39,0 38,0 800,0 37,0 600,0 36,0 400,0 35,0 t/0 9 9 o/ 0 se 9 ag l/0 ju 9 /0 9 ju n 9 r/0 ai /0 m 9 ab 09 ar /0 m v/ fe /0 9 ja n 08 z/ de v/ 08 8 no t/0 ou t/0 8 se o/ 0 8 8 ag l/0 ju 8 /0 8 ju n 8 r/0 ai /0 m 8 ab ar /0 m v/ fe ja n 08 34,0 /0 8 200,0 R$/saca R$/ton 40,0 É possível consolidar as informações O CONCEITO DE SCORING Objetivos • Desenvolver e definir uma metodologia de avaliação de clientes tomadores de crédito, denominada “Credit Scoring”. Deve-se atribuir intervalos e notas para parâmetros quantitativos e valores para parâmetros qualitativos. Para cada item valorizado, deve-se atribuir pesos de acordo com a sua importância no contexto de avaliação de risco do tomador. 2 Conceito • Um sistema de “Credit Scoring” analisa informações de negócios, mercados, patrimoniais, entre outros, associando valores numéricos a cada um dos parâmetros em questão, muitas vezes qualitativos, objetivando determinar uma pontuação associada ao risco potencial do cliente. Esta pontuação é o parâmetro para a definição do crédito. • Um dos principais propósitos de uma sistemática de “Credit Scoring” é agilizar a concessão de crédito aos clientes, através de uma análise quantitativa e qualitativa de informações a respeito dos mesmos. • Em seguida a esta abordagem, é necessário criar uma classificação de risco onde, para cada nível de risco, uma classificação determinará quais os parâmetros de crédito dos clientes (limite de crédito, prazo de financiamento, inadimplência tolerada, etc). • A análise financeira das informações do cliente também será alvo de análise (Endividamento, Resultados Operacionais e Fluxo de Caixa) para definição dos parâmetros de crédito dos clientes. Fluxo da Sistemática Seleção do Cliente Empresa Produtor? Definição dos Parâmetros Internos Documentação Necessária Definição dos Parâmetros Externos Pontuação Classificação de Risco “Credit Scoring” Parâmetros de Crédito (Limite, Prazo) Análise Financeira Parametrização do Risco • O Credit Scoring pode ser direcionado para qualquer ramo de atividade e deve relevar os fatores de risco inerentes à atividade em questão. • No caso do seguro, por exemplo, o scoring de risco é a base para o cálculo atuarial que serve para definir o Prêmio e os limites para cobertura de sinistros. • Um exemplo bastante freqüente no nosso “dia a dia” é o seguro de automóveis. Neste caso, o primeiro documento a ser preenchido na requisição de um seguro são os dados relativos ao veículo que servirá para definir o perfil de sinistralidade do bem. Posteriormente, é definido o perfil do usuário e a região de maior freqüência de uso do bem em questão. • No caso das operações de crédito, analogamente, o sinistro é determinado pela inadimplência. Ref. Soja/Milho Parâmetros do Risco Agrícola • Distribuição de Risco/Cultura (DRC) Peso: 1,0 Descrição: % de participação por cultura X viabilidade econômica Metodologia de Pontuação: As duas principais culturas deverão ser definidas em % de área plantada no ciclo de verão. Se houver uma terceira cultura, ignorar e ratear esta área pelas duas principais, de maneira que a conta feche em 100%. Os números podem ser arredondados. Ex: 30% milho, 50% soja e 20% arroz. Neste caso, considerar 65 % soja e 35% milho Fator de Contribuição Índice de Viabilidade (0 a 10,0) RC Soja 0,65 8,0 5,2 Milho 0,35 6,0 2,1 DRC 7,3 Ref. Soja/Milho • Localização Parâmetros de Logística Peso: 2,5 Descrição: Localidade da propriedade produtiva do tomador. Metodologia de Pontuação: A cada região será associada uma pontuação que variará de 0 a 10, previamente definida pela Área de Crédito e Cobrança. Este fator está relacionado à quebras de safras anteriores ou risco de quebras futuras, ex: solo arenoso, clima impróprio, problemas fitossanitários, fronteiras agrícolas, etc… •RS-SC-PR 10,0 •SP-MG 8,0 •MS-GO-BA-MA 6,8 •MT-S 4,8 •MT-N 3,6 Mapa de Viabilidade da Soja CBOT 12.50/bu Itaquatiara São Luiz 53,1 scs Porto Velho Xambioa 44,6 45,3 scs/ha Imperatriz scs 39,5 scs/ha Faixa 3 Nova Xavantina Cáceres Faixa 2 Sorriso Bolívia Faixa 1 R.Verde 37,2 scs São Simão 23,9 scs/ha Vitória Paraguay Santos Paranaguá São Francisco do Sul Sto. Angelo Ferrovia Rodovia Argentina Rio Grande Área plantada Custo do Plantio em sacas Uruguay Hidrovia Rio Divisa Ref. Soja/Milho • Percentual de área cultivada arrendada Peso: 2,5 Parâmetros Descrição: A quantidade de área produtiva arrendada pelo cliente Metodologia de Pontuação: A pontuação variará de 0 a 10,0 dependendo do percentual de área produtiva arrendada pelo do cliente de forma inversamente proporcional. Ex: 0% de área arrendada = 10,0 100% de área arrendada = 0. •0% de área arrendada 10,0 •25% de área arrendada 7,5 •50% de área arrendada 5,0 •75% de área arrendada 2,5 •100% de área arrendada 0,0 Ref. Soja/Milho • Garantias Peso: 2,5 Parâmetros Descrição: Garantias relacionadas aos bens patrimoniais do cliente. Metodologia de Pontuação: Haverá condições de garantias que determinarão a pontuação, da seguinte forma: •Fiança Bancária 10,0 •CDA/WA 10,0 •Hipoteca 8,0 •Cédula de Produto Rural (CPR 1°) 8,0 •Cédula de Produto Rural (CPR 2°) 6,0 * •Cédula de Produto Rural (CPR 3°) 6,0 * •Nenhuma 0,0 * Ver lastro Ref. Soja/Milho • Produtividade/Tecnologia Parâmetros Peso: 1,0 Descrição: A quantificação da produtividade do cliente comparada à média da produtividade da sua própria região. A sistemática de cálculo deverá associar a cada cultura e a cada região os índices de produtividade, específicos de cada uma delas. Metodologia de Pontuação: Haverá comparativos entre a produtividade do cliente comparada com a da sua região, ou seja: •Acima da média 10,0 •Na média 5,0 •Abaixo da média 0,0 Ref. Soja/Milho • Parecer do Vendedor ou Representante de Vendas Parâmetros Peso: 0,5 Descrição: Refere-se as condições da propriedade, maquinaria, tecnologia, e da própria percepção do representante comercial sobre as condições do cliente. Metodologia de Pontuação: Haverá escalas qualitativas que determinarão a pontuação, ou seja: •Excelente 10,0 •Bom 5,0 •Regular 0,0 Ref. Soja/Milho • Outras Fontes de Renda* Parâmetros Peso: 0,5 Descrição: Informações a respeito das principais fontes de renda do cliente. Deve-se considerar apenas as atividades que participam com mais de 20% do total da receita mensal do cliente. Ex. Outras culturas produtivas, comércio, indústria, etc. Metodologia de Pontuação: Haverá escalas que determinarão a pontuação, da seguinte forma: •Uma fonte de renda 0,00 •Duas fontes de renda 5,0 •Três ou mais fontes de renda 10,0 * Fonte de renda pressupõe atividade que remunera regularmente e em valor expressivo em relação à atividade agrícola. Ex: Posto de Gasolina , Supermercado , Profissional Liberal ( renda significativa ) , etc... Ref. Soja/Milho • Grau de Endividamento (GE) Parâmetros Peso: 2,50 Descrição: Pode ser feito individualmente ou estimado por região. No caso da análise individual, pode ser solicitada a certidão do endividamento bancário emitida pelo BC, via agência do Banco do tomador. O endividamento com fornecedores de insumos pode ser pedido na ficha cadastral. Metodologia de Pontuação: É determinado pela relação entre a dívida de safras passadas a amortizar pós colheita (DPA) ÷ pela renda bruta projetada (RBP) : •GE > 75 % 0,0 •GE 74 50% 2,5 •GE 49 25% 5,0 •GE 24 15% 7,5 •GE 14 0% 10,0 Ref. Soja/Milho • Informações do SERASA + TJ Parâmetros Peso: 0,25 Descrição: Informações de problemas de crédito fornecidas por esta empresa. Metodologia de Pontuação: Haverá determinarão a pontuação, ou seja: escalas •Com protesto e execução 0,0 •Com protesto ou execução 5,0 •Sem Restrição 10,0 qualitativas que Ref. Soja/Milho • Informações Externas Parâmetros Peso: 0,50 Descrição: Informações colhidas junto a outros fornecedores, prestadores de serviço, bancos, etc., sobre o cliente. Metodologia de Pontuação: Haverá escalas qualitativas que determinarão a pontuação, ou seja: •Sem restrição 10,0 •Com restrição 0,0 Ref. Soja/Milho • Histórico junto à Empresa (clientes recorrentes) Peso: 2,00 Parâmetros Descrição: Informações históricas do relacionamento do cliente junto à Empresa, principalmente quanto à pontualidade no cumprimento das suas obrigações. Metodologia de Pontuação: Haverá escalas que determinarão a pontuação, da seguinte forma: •Novo 0,0 •Duas safras com atraso 0,0 •Três safras com atraso 0,0 •Duas safras sem atraso 5,0 •Três safras sem atraso 7,5 •Mais que três safras sem atraso 10,0 INFORMAÇÕES FORNECIDAS PELO CADASTRO E DOC’S •Distribuição de Risco/Cultura (DRC) •Localização Sistemática de Cálculo •Percentual de área arrendada 0 a 10,0 pontos 0 a 25,0 pontos 0 a 25,0 pontos •Garantias 0 a 25,0 pontos •Produtividade/Tecnologia 0 a 10,0 pontos •Parecer do Representante 0 a 5,0 pontos •Fontes de Renda 0 a 5,0 pontos •Grau de Endividamento 0 a 25,0 pontos •Total de pontos 0 a 130,0 pontos INFORMAÇÕES FORNECIDAS POR CRÉDITO E COBRANÇA •Informações do SERASA 0 a 2,5 pontos •Informações Externas 0 a 5,0 pontos •Histórico junto à Empresa 0 a 20,0 pontos •Total de pontos 0 a 27,5 pontos Sistemática de Cálculo APROVAÇÃO DOS LIMITES DE CRÉDITO • < 78,7 pontos Crédito Negado • 78,7<->105,0 pontos Sujeito ao Comitê de Crédito • 105,0 <->157,5 pontos Crédito Aprovado * Estes parâmetros devem servir de suporte aos limites de alçada Benefícios Esperados • Objetividade e precisão na concessão de crédito; • Agilidade e critério nas decisões de crédito; • Redução de perdas; • Padronização dos procedimentos; • Agilidade no processo de vendas CAMPANHAS COM COMMODITIES PARA VENDA DE INSUMOS Tipos de operação e sua aplicabilidade Por compartilhamento de risco A- Transferência total de risco => Preço+ Basis + Crédito Definidas por acordos operacionais com Tradings Aplicabilidade: Soja e Café B- Transferência parcial de risco => Preço + Basis Definidas por acordos operacionais com Tradings, operações independentes ou assunção de crédito. Aplicabilidade: Soja, Milho, Algodão e Café C- Sem transferência de risco O risco é assumido totalmente pelo financiador Aplicabilidade: Soja, Milho, Algodão e Café Tipos de operação e sua aplicabilidade Por modalidade Tipo Conceito Aplicação Restrição Troca Pre-fixação de paridade insumo X grão com liquidação física Mercados com tendência mista ou de baixa Mercados muito voláteis Securitização Utilização do grão fisico ou penhor do mesmo como garantia Em qualquer situação de mercado Sem restrição Índice Pre-fixação de paridade insumo X grão com liquidação financeira Mercados com tendência mista ou de baixa Mercados muito voláteis Opções Pre-fixação de preço mínimo para uma determinada commodity Mercados com tendência mista ou de baixa Sem restrição Cessão de Crédito Habilitação do seu recebível, em contrato de C/V ou CPR do produtor já celebrado com uma trading. Verificar a qualidade do Contrato (off taker) pois neste momento assume-se um risco adicional* * Existem salvaguardas jurídicas mas o default de uma trading geraria transtornos legais MONITORAMENTO DE SAFRA Sistema de Monitoramento Agrícola para Gerenciamento de Risco 1) Croqui Digital Feito antes da contratação da CPR ele é obtido por uma trilha de um receptor GPS que forma todo o polígono da área contratada. Este trabalho pode ser feito por técnicos da fazenda ou por Técnicos da Globalsat mediante contratação. Fonte: 2) Relatório de Qualidade de Germinação • São realizados no período de 10 a 30 dias pós plantio. • Eles informam a Qualidade de Germinação em 5 Níveis. • São elaborados com supervisão de campo por Técnicos especializados da Globalsat. Tais técnicos são munidos de Kit´s de monitoramento composto por: •Pocket PC •GPS •Croqui Digital •Software de Coleta •Sistema de Foto Digital Georreferenciada Fonte: 3) Mapa de Potencial de Produtividade • São realizados no período de 50 a 30 dias antes colheita. • De forma simples e didática demonstram o potencial produtivo da área de interesse • Informa: Agrimensura, Estatística de cada categoria produtiva e sua localização. Fonte: 4) Mapa de Estimativa de Colheita • São realizados somente em áreas consideradas problemas pelo cliente. • Eles informam a produção em cada categoria com variação de 10 em 10 sacos • Ajuda a coibir o desvio de produção •Pocket PC •GPS •Croqui Digital •Software de Coleta •Sistema de Foto Digital Georreferenciada •Imagem de Satélite •Mapa de Potencial de Produtividade Fonte: OUTRAS MEDIDAS PARA MITIGAR O RISCO DE CRÉDITO AO PRODUTOR Principais Ações • Uso de seguro rural em operações de crédito • Uso de hedging em operações de crédito •Troca •Opções •Índice • Seguro de Crédito ANÁLISE DO RISCO EMPRESA NO AGRONEGÓCIO Análise de Crédito : Empresas Middle Mkt: a análise de crédito não deveria ser fundamentada apenas no Balanço da empresa As normas de contabilização “tentam cercar” as operações com derivativos - Sarbanes-Oxley Falhas na auditoria Complexidade na avaliação dos ativos A gestão dos riscos commodity e câmbio ainda é um desafio para muitas empresas Volatilidade nos mercados cresceu muito nos últimos 4 anos e deve continuar Aspectos operacionais e posicionamento estratégico são fundamentais nas análises Análise setorial “O risco da cadeia” Nível de transparência e liquidez Risco à exposição cambial Ameaças competitivas de outros mercados: café em expansão na Ásia, fibras sintéticas, etc. Subsídios internacionais e proteções tarifárias Barreiras não-tarifárias Ações governamentais domésticas Mercados e produtos sem proteção • Inexistência e/ou qualidade do hedging • Transparência e procedimentos comerciais (Contratos no Mercado Físico) • Poucos profissionais preparados para operar em ambiente de risco • Mercados com “exposição cambial indireta”, ex: milho • Mercados regulamentados Exposição a risco (visão didática) Inputs Produção Outputs Transformação Comercialização Fatores de risco: tempo, câmbio, correlação insumo x produto, etc… Inputs === Baixa Correlação === Outputs Situações Comuns Mercado Agente 1 Moeda Agente 2 Moeda Agente 3 Soja Dist. Insumos R$ Produtor Soja Trading Insumos Ind. Insumos U$ Dist.Insumos R$ Produtor Insumos Ind.Insumos R$ Dist.Insumos Soja Produtor Milho Produtor Milho Granjeiro Frango Agro-indústria Café Dist.Insumos R$ Produtor Café Agro-indústria Fertilizantes Importador U$ Misturadora R$ Produtor Transportes Transportador Diesel Trading U$ Produtor Gestão Fertilizante Operação Comercial Matriz de Vendas Modalidades de vendas Procedimentos de crédito e cobrança Operação Logística e Industrial Estrutura logística Industrialização nominal e operacional Posição na cadeia de suprimentos Estoque de passagem Administração Sistemas de gestão - ERP Certificações de qualidade Profissionalização do corpo diretivo Tempo de operação da empresa Gestão de Risco Fertilizantes Fonte : Estruturação do hedging Moeda Liquidez Seca Corrente Rating da Operação Geral Imediata Endividamento Geral Financeiro Balanço De curto prazo De longo prazo Vendas Crescimento Estável Declinio Rentabilidade Gestão Fertilizante Sobre vendas (Evolução) Sobre vendas (Vertical) Sobre PL (Evolução) Sobre PL (Vertical) Fertilizantes Fonte : Rating Serviços de Rating Software de Rating ANÁLISE E GERENCIAMENTO DE CARTEIRA DE RECEBÍVEIS Gerenciamento de recebíveis Elementos do Título Originador Segmento Título de Crédito Elementos do Ambiente Acompanhamento do Clima Aspectos Fitossanitários Indexador Fatores Logísticos Vencimento Estimativa de Endividamento/Capitalização Garantia Programas de Recuperação de Renda (Gov.) Exposição R$ Meso Região de Produção do Tomador Área Explorada e Cultivada (ha) Rentabilidade Projetada Matriz de Produção Arrendamento Armazenagem Tecnologia e Custo Produtividade Formação do Preço Médio Relatórios Gerenciais 8% 16% 16% 14% 32% 17% 36% 4% 12% 8% 18% CPR Física (1) 8% Fertilizante Rad. Fertilizante Fol. 4% CPR Física (2) CPR Financeira 9% Penhor 6% Warrant 12% Originador Segmento Recebível Fertil. Rad. 3 Defesa de Crédito SERASA, etc... Distribuidor Forense Pendências Cartório de Registro do Imóvel Pendências Cartório de Protestos ( Domicílio Indexador Vencimento Garantia Fertil. Rad. 4 9% Fertil. Rad. 5 21% Por segmento Por tipo de título CPF / CNPJ Fertil. Rad. 2 Semente Milho Defensivos Máquinas Trading Coop. Soja Coop. Café Duplicata 28% Fertil. Rad. 1 21% Semente Soja Por originador Meso Região Município de Exposição R$ de Produção Produção (emitente) (emitente) Área Safra Verão ou Perene Explorada Arrentamento 1° Cultura 2° Cultura (ha) % Emitente Emitente Safra Inverno % 1° Cultura Emitente % 2° Cultura Emitente % Score (0-100) Empresa 1 Defensivos CPR nenhum Nada Consta N/D Nada Consta Soja 30/4/2009 Penhor 160.955,00 SEGO Mineiros 730 32,67% Soja 85 Milho 15 Milho 60 Sorgo 15 67 Empresa 1 Defensivos CPR Cheque sem fundo Nada Consta N/D Protesto de Título (R$ valor) Soja 30/4/2009 Penhor 152.456,00 SEGO Jataí 632 37,80% Soja 87 Milho 13 Milho 61 Sorgo 5 54 Empresa 1 Defensivos CPR Protesto CPR Nada Consta N/D Nada Consta Milho 30/9/2008 First Loss 10% 121.502,50 SUMT Itiquira 1325 27,54% Soja 100 Milho 0 Milho 25 Sorgo 8 58 Empresa 1 Defensivos CPR nenhum Nada Consta N/D Nada Consta Milho 1/10/2008 First Loss 10% 222.241,80 SUMT Pva do Leste 2453 28,56% Soja 100 Milho 0 Milho 35 Sorgo 15 73 Empresa 2 Defensivos CPR nenhum Nada Consta N/D Protesto de Título (R$ valor) Algodão 2/10/2008 First Loss 10% 154.960,60 BR163 Lucas do Rio Verde 834 11,09% Soja 70 Algodão 0 Milho 35 Sorgo 0 47 Empresa 3 Fertilizantes Duplicata nenhum Nada Consta N/D Nada Consta R$ 30/6/2008 Penhor 27.600,00 NOPR Maringá 96 0,00% Soja 72 Milho 28 Milho 60 Trigo 40 92 Banco 2 Banco 3 Banco 4 Banco 5 Banco 1 Emite CDCA Registro Carteira Cooperativa Fonte : BackOffice Inteligência Ativa® Central de Registro/Cetip Cotista 1 Cotista 2 Cotista 3 Cotista 4 FIDC Securitiza Carteira Registro First Loss 25% Carteira Revenda Fonte : BackOffice Inteligência Ativa® Central de Registro/Cetip SITUAÇÃO DE LIQUIDEZ NO CAMPO Indicador de Solvência: Agricultura x Demais Setores Ijuí/RS Londrina/PR PRODUTOR REFERÊNCIA Uberlândia/MG Sapezal/MT Luis Ed. Magalhães/BA CELULOSE FERTILIZANTES 2,55% 23,56% 8,63% 13,64% 9,07% 10,67% GAFISA CAMARGO CORREA MRV ENGENHARIA MINERAÇÃO 2,41% Dourados/MS Rio Verde/GO CONSTRUÇÃO CIVIL ENDIVIDAMENTO FINANCEIRO/ PATRIMÔNIO VALE DO RIO DOCE 36,52% 22,65% 18,56% 22,58% ARACRUZ CELULOSE HERINGER 76,60% 29,11% Rating Julgamental – Produtor Referência A A A A A A A B B B B B B B C C C C C C C D D D D D D D E E E E E E E IJUÍ LONDRINA DOURADOS UBERLÂNDIA RIO VERDE SAPEZAL LUÍS ED. MAG. PRODUTOR REFERÊNCIA Saldo de Caixa (3 Safras) (R$/ha) Endividamento Financeiro (R$/ha) Valor do Patrimônio (R$/ha) Endividamento Financeiro / Patrimônio Rating Julgamental (padrão BC) Ijuí/RS Londrina/PR Dourados/MS Uberlândia/MG Rio Verde/GO Sapezal/MT Luis Eduardo Magalhães/BA 1.611,7 921,0 -672,2 750,2 1.135,6 1.564,1 995,9 438,3 592,7 1.903,9 500,6 785,6 685,2 946,8 18.166,3 23.231,7 8.080,3 5.797,7 5.757,9 7.556,6 8.874,2 2,4% 2,6% 23,6% 8,6% 13,6% 9,1% 10,7% A B D B B A C Fonte: AGROMETRIKA A CONJUNTURA PARA OS PRINCIPAIS FINANCIADORES Qual o formato da crise ? Conjuntura para o Setor de Insumos • Nível de contas em aberto Obs: varia de acordo com o segmento de insumos e região de atuação • Alta volatilidade nas bolsas persiste (existe uma bolha?) • Novas tecnologias • Facilitação dos registros de novos produtos defensivos, aumento da competição • Risco climático (Clima errático) • A questão da liquidez ainda não está totalmente sanada • Aperto no orçamento de algumas grandes corporações Desafio para os Bancos • Interesse no segmento Agro é grande mas a assimetria da informação assusta os bancos • Emprestar além do ciclo normal das culturas • Minimizar o “efeito manada” seguindo a tendência do oportunismo • Volatilidade das commodities • Risco País (melhor percepção) • Operações com recebíveis com “first loss” é uma das tendências Conjuntura para as Tradings e Coops • Concentração da Demanda (China) • Alta volatilidade nas bolsas (ajustes) • Alta volatilidade nos prêmios de exportação • Alta alavancagem em U$ (herança de 2008) • Aumento do risco de default em contratos (Retração das margens no campo) Obrigado ! Fernando Pimentel [email protected] www.agrosecurity.com.br 55 19 3826 4224 PABX 55 11 9905 7296 Celular