10 lugares misteriosos

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10 lugares misteriosos
08 CURIOSIDADES
Pântano Manchac
SEGUNDA-FEIRA, 10 DE JUNHO DE 2013
10 lugares misteriosos
Fantasmas, sepulturas em massa, jacarés, e árvores com aparências assustadoras decoram este pântano horrível em Louisiana, nos
EUA. As fotos resumem a reputação assombrada do local. Em 1915,
Julia Brown previu o dia de sua morte ao cantar uma canção que
dizia “Quando eu morrer vou levar toda a cidade comigo”. O funeral de Julia foi destruído quando um vento e uma tempestade carregaram centenas de pessoas até uma terrível morte nas profundezas do pântano de Manchac. Quem passa por lá diz ouvir os gritos
das vitimas. Aparições
também são comuns.
E ser assustador não é
novidade para o local.
Séculos atrás, o Pântano
da Louisiana era o ponto predileto para práticas vudu. Relatos sobre
zumbis que vagavam
pelo pântano e rituais de
sacrifícios humanos feitos pelos senhores de fazendas para manter sua prosperidade eram
comuns. Dizem ainda que o pântano foi o lar de uma rainha-bruxa. Se você é um cético de carteirinha, vai ficar feliz em saber que,
pelo que podemos provar, só tem crocodilos em Manchac o que já
é suficiente para nos manter longe de lá. Se você é dos curiosos, no
entanto, existem excursões com tochas à meia-noite pelo pântano.
Cenas do filme A Colheita do Mal foram gravadas no local, o que o
torna um bom destino turístico no quesito “terror”.
Cane Hill
Era um asilo em Croydon, nos arredores de Londres, em funcionamento até 1991, quando todo mundo simplesmente deixou o local.
Alguns dos internados foram transferidos para outras facilidades,
mas o hospital e grande parte de sua aparelhagem médica ainda permanece no prédio abandonado
original. Construído em plena
Era Vitoriana (e, portanto, um
ótimo material para histórias de
terror), o imenso complexo formado por um enorme hospital,
asilo psiquiátrico e prédios que
serviam como alojamento para
os pacientes chegou a abrigar
mais de 2.000 mil internos em
seu período de ouro. Quando as atividades se encerraram, o lugar
lentamente se converteu em uma ruína. Ainda hoje, no entanto,
atrai curiosos interessados em explorar seus corredores e vasculhar
os aposentos que um dia foram ocupados por “loucos”. Claro que
todo o tipo de lenda cerca essas excursões.
Bhangarh
Planeta Diário
É uma cidade abandonada que fica em Rajastão, na Índia. Ela foi
criada para um príncipe como um memorial em homenagem aos
seus esforços de guerra. É amplamente considerado o lugar mais
assombrado do país. Erguida em 1573, foi abandonada em 1783
devido a uma suposta maldição. O lugar é tão assombrado que é
ilegal entrar lá depois
do pôr do sol ou antes do nascer do sol.
Segundo a lenda, a
cidade de Bhangarh
foi amaldiçoada pelo
guru Balu Nath, que
disse que “O momento em que as sombras
de seus palácios me
tocarem, a cidade não
existirá mais!”. Quando
um príncipe levantou um palácio a uma altura que lançou uma
sombra sobre a moradia de Balu Nath, ele amaldiçoou a cidade. O
guru está supostamente enterrado lá.
Existe ainda um outro mito: a lenda da princesa de Bhangarh, Ratnavati. Ela é considerada a joia do Rajastão. Em seu aniversário de
dezoito anos, ela começou a receber ofertas de casamento de outras
regiões. Na mesma região que ela, no entanto, vivia um mágico
especialista em ocultismo, chamado Singhia, que era apaixonado
pela princesa. Encontrando-a no mercado um dia, ele usou sua
magia negra sobre o óleo que ela estava comprando de modo que,
ao tocá-lo, a princesa se rendesse a ele. Ela, no entanto, percebeu
a armadilha e colocou o óleo no chão. Conforme o óleo atingiu
o solo, transformou-se em um pedregulho que esmagou Singhia.
Morrendo, o mágico amaldiçoou o palácio com a morte de todos
os que habitavam o mesmo. No ano seguinte, houve uma batalha
entre Bhangarh e Ajabgarh em que a princesa Ratnavati morreu.
Moradores locais acreditam que a princesa Ratnavati nasceu em
outro lugar e que o forte e o império de Bhangarh estão à espera de
seu retorno para pôr um fim à maldição.
As ruínas de Bhangarh cobrem uma vasta área, muito frequentada por turistas. Toda a área é protegida pelo governo indiano, que
criou um órgão para estudar a cidade. Vale notar que os escritórios
não foram construídos na área arqueológica onde é atribuída a
maldição “noturna”, e sim a alguns quilômetros de distância, onde
também foi construído o resort Amanbagh, um hotel luxuoso,
bom ponto de partida para os que pretendem visitar a zona.
Em 1962, em Centralia,
Pensilvânia (EUA)
Um grupo de bombeiros ateou fogo no lixo em uma mina de carvão abandonada, a fim de limpar a cidade. O fogo fez o seu caminho para os recantos mais profundos
do local, e tem queimado lá desde
então sob as ruas vazias da cidade.
Gases venenosos, estradas em colapso e fogo fazem de Centralia uma
espécie de “centro do perigo”. O local
é a verdadeira inspiração do primeiro
filme baseado em Silent Hill. A cidade
agora fantasma contava com cerca de
5 mil habitantes na década de 1960. O terrível incêndio subterrâneo simplesmente devastou a região, com chamas que continuam
ardendo na terra, mesmo após mais de 40 anos desde o incidente.
Porta para o Inferno
É um buraco de 100 metros de largura encontrado no Turcomenistão. Um acidente de perfuração em 1971, durante a União Soviética, causou esse furo gigante que vaza gases perigosos. Cientistas
perceberam que a melhor solução era queimá-los, e atearam
fogo nos gases. Desde então,
eles ainda queimam sem parar,
e seu brilho pode ser visto a quilômetros de distância. Não se
sabe quando (ou se) o fogo vai
se extinguir.
Também conhecido como Darvaz, Darvaza, ou Derweze (“O Portão”, em turcomano), o buraco
fica em uma vila com esse nome com cerca de 350 habitantes, localizada a 260 quilômetros ao norte de Ashgabat, no meio do deserto
de Kara-Kum. A região é rica em petróleo, enxofre e gás natural.
Santuário de Tofete
Fica na Tunísia. É o lar de milhares de túmulos de crianças, o que
levou os historiadores a especularem que elas podem ter sido
vítimas de sacrifício humano
nos tempos púnicos, quando o
lugar era conhecido como Cartago. É possível que as crianças
tenham sido sacrificadas e depois comidas devido à fome na
região na época. Na cultura cartaginês, denomina-se de tofet ou tofete um recinto sagrado ao ar
livre situado na periferia dos centros coloniais, em que se praticavam sacrifícios e se incineravam crianças de tenra idade.
Actun Tunichil Muknal
É uma caverna encontrada em Belize
que abriga os restos de esqueletos e
artefatos arqueológicos dos Maias. O
morador mais fascinante desse local
é uma jovem que foi vítima de sacrifício humano. Seus ossos calcificados
brilham como cristal, tornando-a um
pouco mais assustadora que o esqueleto comum. É o único esqueleto que
permaneceu inteiro depois de tantos
anos, e cuja aparência dá o nome à gruta. Ela foi sacrificada aos
deuses no que os maias acreditavam ser as portas do inframundo.
Eles achavam que as grutas eram entradas para o inframundo, Xibalbá (“local do medo”), onde habitam os espíritos do sofrimento,
doenças e morte, conhecidos como os senhores de Xibalbá. Ao
contrário de outras crenças, os maias não acreditavam que tal local
era metafisico, psicológico ou metafórico, mas sim tão físico como
o mundo que habitamos.
Pripyat
É uma cidade
fantasma ucraniana. Ela foi
fundada
para
abrigar os trabalhadores de
Chernobyl,
e,
desde o desastre
nuclear,
ficou
totalmente vazia.
Visitas são permitidas, mas as estadias precisam ser curtas e restritas. Essas imagens
ilustram a realidade assustadora do que uma guerra nuclear poderia fazer com o planeta.
Aokigahara
Também conhecido
como o Mar de Árvores, Aokigahara
é uma floresta perto do Monte Fuji,
no Japão. Sua fama
vem do fato de ser
um lugar incrivelmente popular para
se cometer suicídio
– tanto que grupos
de busca anuais são enviados para a floresta para recuperar os corpos dos falecidos.
A floresta contém um grande número de rochas e cavernas de gelo,
alguns dos quais são pontos turísticos populares. Devido à densidade das árvores, que bloqueiam o vento, e à ausência de vida selvagem, Aokigahara é conhecida por ser estranhamente silenciosa.
Lendas de demônios e espíritos malignos característicos da mitologia japonesa são comuns. Em 2010, 54 pessoas se suicidaram na
floresta. Em média, são encontrados cem corpos por ano lá, alguns
em avançado estado de putrefação ou até mesmo somente seus esqueletos.
Nazca
É uma cidade localizada no centro-sul do Peru. Situada 450 km ao
sul da cidade de Lima, em um vale estreito, é famosa pelas Linhas
de Nazca. Essas linhas e desenhos no chão do deserto são misteriosos e teriam demorado muitos, mas muitos anos para serem
construídos. Datações de carbono 14 feitas com pedaços de jarras
de argila não queimada encontradas perto dos desenhos indicam
uma data de aproximadamente 500 anos dC.
Nas proximidades desse mistério, entretanto, fica o assustador e
pouco conhecido Cemitério Chacuilla. O lugar é cheio de restos
humanos dos povos pré-hispânicos do Peru. Uma região realmente estranha.
CURIOSIDADES 09
Planeta Diário
SEGUNDA-FEIRA, 10 DE JUNHO DE 2013
Lugares para não serem habitados
Cook
Foi construída em 1917 como uma estação ferroviária para reabastecimento de trens no maior trecho de estrada de ferro direto
do mundo (478 km), no coração do interior de um país deserto,
cerca de 826 km da cidade mais próxima, Port Augusta (Austrália).
Há uma loja em funcionamento em Cook, que só abre quando um
trem está previsto para reabastecer lá. Com a privatização das empresas de trem, isso
é cada vez menos
necessário da cidade, que fornece alojamento de
emergência durante a noite para maquinistas, e mantém equipamentos
médicos em caso
de um acidente de
trem. Cook é um
lugar quente e árido, e todas as tentativas anteriores de cultivar árvores e vegetais lá falharam – isso significa que quaisquer alimentos devem chegar na cidade de comboio. A água era bombeada do
subsolo quando a cidade era mais ativa, mas, agora, com apenas
quatro moradores, a água também é entregue via trem. Falta de
alimentos, água e materiais naturais. Hum, que beleza.
La Rinconada
É conhecida como a cidade mais alta do mundo, localizada nas
belas montanhas dos Andes sul-americanos. A cidade é construída em cima de uma geleira
5.100 metros acima do nível
do mar. Aqueles que desejam
viajar para La Rinconada precisam suportar estradas perigosamente estreitas, condições
congelantes, além de lidar com
o mal estar inevitável causado pela altitude. Diz-se que a
maioria das pessoas não vive
em La Rinconada por muito tempo por causa de seu afastamento e
isolamento, mas a promessa de ouro continua a atrair classes mais
pobres de todos os cantos da América do Sul para lá, mantendo a
pequena cidade viva e funcionando.
Motuo
É uma selva de 30.550 quilômetros quadrados no lado sul das
montanhas do Himalaia. Sendo o único condado chinês sem acesso por estradas ou rodovias, viajantes precisam se deslocar a pé de
aldeias vizinhas sobre uma passarela suspensa para chegar ao local
misterioso, coisa
que pode levar
até quatro dias.
Trinta anos atrás,
houve tentativas de construir
uma autoestrada
em Motuo. Esta
rodovia durou
dois dias, até que
deslizamentos de
terra e a natureza
imprevisível da
floresta selvagem consumiram a construção. Embora o condado
seja repleto de frutas frescas durante épocas boas, não há acesso a
alimentos em conserva ou tratamento médico, tornando este local
isolado difícil de viver. Felizmente, voluntários transportam fornecimento médico e alimentos para a região, enfrentando chuvas,
deslizamentos, floresta densa, sanguessugas e insetos venenosos
em motocicletas, tornando a vida dos cerca de 10 mil nativos dos
grupos étnicos Menba e Luoba possível.
A Antártica
É sem dúvida um dos mais lugares mais difíceis que uma pessoa
(ou pinguim) poderia chamar de lar. 98% do continente é composto de gelo e está em completa escuridão durante seis meses
do ano. Não há fornecimento de comida natural (para humanos),
nenhum material natural como árvores ou pedras para construções, além das temperaturas abaixo de zero, que podem matar.
Não surpreendentemente,
não há povos nativos da
Antártica. Porém, a partir
de 1800, muitos cientistas
e pesquisadores passaram a
viver no continente gelado
em prol da pesquisa. Eles
construíram bases de materiais importados e recebem
suprimentos de navios de
carga. Hoje, existem mais de 65 estações de pesquisa na Antártida,
muitas abertas o ano inteiro. A população varia de 4.000 no verão
a 1.000 no inverno, e cerca de 40.000 turistas circulam pela região
no verão.
Pompéia
É um dos sítios arqueológicos mais famosos do mundo, se não o
mais famoso. Depois que o vulcão Vesúvio entrou em erupção cerca de 79 dC, a cidade de Pompéia, junto com sua cidade vizinha,
Herculano, foram totalmente revestidas em lava, o que preservou
pessoas e edifícios, que agora dão a historiadores e arqueólogos
uma visão sem precedentes sobre a vida
romana cotidiana. A
lava também mostrou
que a cidade tinha sido
vítima de terremoto
e atividade vulcânica
muitas vezes anteriormente.
Devido ao solo fértil
das terras vizinhas,
Pompéia continua sendo habitada – cerca de 25.671 pessoas ainda
moram lá. Porém, claramente não deveriam morar, considerando
que, desde a antiga erupção, já houve mais duas explosões vulcânicas fatais: uma em 1906, na qual centenas de pessoas morreram,
e outra em 1944, que dizimou três pequenas cidades. Catástrofes
futuras são esperadas.
Muli
É uma pequena cidade localizada nas Ilhas Faroé (a meio caminho
entre a Islândia e a Noruega), com uma população total de quatro
pessoas. As Ilhas são conhecidas por ter clima imprevisível, chuva
torrencial, neblina, neve e
tempestades em todas as
épocas do ano. A paisagem circundante é sombria, com pouca vegetação
ou materiais naturais para
as pessoas prosperarem.
Suprimentos tinham que
ser levados para lá de helicóptero ou barco até 1989,
quando uma estrada ligando o local a Norðdepil foi construída.
Durante o verão, Muli experimenta 24 horas de luz do dia, e no
inverno, a maior parte do dia é escura. Isto, combinado com sua
distância de 691 km do continente da Islândia, tornou a vida muito
difícil para os moradores de Muli, que só receberam energia elétrica em 1970. A essa altura, a maioria das pessoas havia deixado
a área, deixando os restantes quatro moradores sozinhos em uma
cidade praticamente fantasma.
Verkhoyansk
É considerada a cidade mais fria do mundo pelos moradores locais,
que são cerca de 1.500. Considerando que menos 4 a menos 10
graus Celsius é um típico dia
de inverno para essas pessoas,
não é difícil imaginar por que
reivindicam este título.
O fato de que esta área já foi
utilizada por czares e soviéticos como um lugar de exílio
dá uma boa indicação quanto
à qualidade de vida esperada
lá. Sua principal fonte de água,
o rio Yana, fica congelado a
maioria dos meses no ano. Há uma média de cinco horas por dia
de luz solar entre setembro e março. Há pouca indústria local além
de criação de renas, e a cidade conta com um aeroporto e porto
fluvial para receber suprimentos necessários para sobreviver.
Maldivas
São um conjunto de ilhas tropicais cerca de 400 km ao sudoeste da
Índia. Elas são o lar de cerca de 328.500 pessoas e atraem 500.000
turistas por ano. Considerando-se suas praias de luxo, resorts isolados, indústria de pesca, locais de mergulho populares e clima de
verão tropical, as Maldivas são conhecidas por
serem um bom local
para lua de mel, em vez
de um lugar particularmente difícil de habitar.
No entanto, as Maldivas
são consideradas frágeis
pelos cientistas: segundo eles, as ilhas não têm
muito tempo restante
acima da terra. Uma avaliação de 2005 mostrou que a mineração
dos recifes de coral deixou o mar ao redor das Maldivas erodido
e danificado. Isto significa que o impacto de tsunamis (que são
comuns na área) será cada vez mais forte. Em 2004, um tsunami
deixou 10% da ilha inabitável, e um terço da população foi severamente afetado. Em 2008, o presidente Nasheed iniciou um fundo
de evacuação de emergência, para, no caso de grave inundação,
todos os residentes poderem ser evacuados para a Índia ou Sri
Lanka, provando que a vulnerabilidade dessas ilhas pitorescas é
uma preocupação legítima para os locais.
Java
É uma ilha e o lar de mais de 121 milhões (a ilha mais habitada
do mundo) de pessoas e 22 vulcões ativos. Monte Merapi é um
destes vulcões, que entrou em erupção 60 vezes nos últimos cem
anos, tão recentemente
quanto em 2006. Sessenta pessoas foram
queimadas até a morte por seu gás quente
em 1994, e em 1930
estima-se que 1.000
pessoas morreram de
uma explosão de lava.
Hoje, 200.000 ou mais
habitantes vivem dentro de 6,4 quilômetros
do Monte Merapi. Se o
vulcão explodisse novamente, o resultado seria devastador. Porém,
como toda área vulcânica, terra fértil circunda a montanha, o que
mantêm agricultores vivendo perto destas bombas-relógio naturais.
Minqin
Éstá condenada a desaparecer. Em 1999, havia cerca de 281.800
pessoas lá. Hoje, este número é pensado para ter aumentado para
mais de dois milhões. Isto acrescentou tensão insuportável para a
forma principal de sustentabilidade da cidade, o rio Shiyang, que
praticamente secou devido à irrigação demasiada. Isso, juntamente
com o fato do município ser imprensado entre os desertos Tengger
e Badain Jaran, que se arrastam 10 metros para dentro do condado
a cada ano, fez com que o governo chinês realocasse agricultores
cujas terras foram tomadas. Com apenas 98 quilômetros quadrados de terras férteis atualmente, o deserto continua se aproximando, e os residentes continuam sendo forçados a sair da cidade