BCP fecha acordo definitivo para a saída da Grécia

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BCP fecha acordo definitivo para a saída da Grécia
Com a devida vénia transcrevemos artigo publicado na edição do Jornal de Negócios
BCP fecha acordo definitivo para a saída da Grécia
Maria João Gago | [email protected]
Millennium grego vai ser vendido ao Piraeus Bank por um milhão de euros. BCP investe 400
milhões no comprador, mas venderá esta posição de forma faseada. Banco de Nuno Amado
terá direito a reaver os 900 milhões de liquidez que injetou na sua operação na Grécia.
O BCP “assinou acordos definitivos com o Piraeus Bank” para a venda da totalidade do
Millennium Bank Grécia e à participação do grupo português no aumento de capital do segundo maior
banco grego, informou a instituição liderada por Nuno Amado.
A transação será feita pelo valor simbólico de um milhão de euros, mediante o compromisso do
BCP de injetar 400 milhões de euros no processo de recapitalização do Piraeus. Esta injeção tornará o
grupo português acionista do segundo maior banco grego, comprometendo-se este a “apoiar o BCP na
alienação faseada da participação detida no seu capital”, logo que terminado o período mínimo de seis
meses em que estas ações não poderão ser vendidas.
A participação do BCP no aumento de capital do Piraeus será concretizada através “da conversão
de aproximadamente 261 milhões de euros do financiamento do BCP ao Millennium Bank Grécia
(MBG), para além dos 139 milhões já efetuados pelo BCP ao MBG em Dezembro de 2012”, esclarece o
comunicado, sublinhando que o BCP já provisionou 427 milhões de euros para perdas potenciais na
operação grega.
No âmbito dos acordos agora assinados, o Piraeus compromete-se ainda a reembolsar o BCP “do
financiamento remanescente prestado por este ao MBG”, no valor total de 900 milhões e a realizar em
duas fases. “A primeira tranche, no valor de aproximadamente 650 milhões, será paga na data de fecho
da operação de venda, e a segunda tranche, de aproximadamente 250 milhões no prazo de seis meses a
contar dessa data”.
Para já, o banco liderado por Nuno Amado não quantifica o impacto que estes acordos terão nas
contas e na solvabilidade do BCP que, segundo os analistas poderá ser positivo. Em comunicado, o
grupo limita-se a informar que a operação libertará 4.000 milhões de euros de ativos ponderados pelo
risco.
“A venda do MBG permitirá ao BCP desconsolidar cerca de 4.000 milhões de euros ativos
ponderados pelo risco (risk weighted assets), sendo o financiamento intragrupo liquidado 6 meses após
a formalização da transação. Assim, após essa data, os ativos ponderados pelo risco associados a esta
transação serão determinados exclusivamente pelo investimento no capital do Piraeus”, adianta o
banco.
O impacto final da operação, em que o BCP teve como consultor o Citigroup, no capital do banco
“dependerá da evolução do valor da participação no Piraeus Bank”.
2013-04-22

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