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1 PROJETO: INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA PARA O CONTROLE DO CÂNCER COORDENADOR: HECTOR SEUANEZ MD, PhD INSTITUIÇÃO-SEDE: INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER MINISTÉRIO DA SAÚDE Edital No 15/2008 MCT/CNPq/FNDCT/CAPES/FAPEMIG/FAPERJ/FAPESP INSTITUTOS NACIONAIS DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA 2 Situação do Câncer no Mundo e no Brasil O câncer é responsável por mais de 12% de todas as causas de óbitos no mundo. O número de mortes por câncer em 2007 foi de 7.9 milhões de pessoas e aumentará para 12 milhões em torno de 2030. A UICC (International Union Against Câncer) estima que em 2020 haverá 15 milhões de novos casos no mundo. Desses, 53% estariam nos países em desenvolvimento, dentre eles o Brasil. A carga global do câncer está aumentando rapidamente com um crescimento conduzido basicamente pelo envelhecimento da população mundial e pela exposição aos fatores de risco para o câncer. Isso é um resultado direto de grandes transformações globais das últimas décadas, que alteram a situação de saúde dos indivíduos, determinados por novos modos de vida e novos padrões de consumo. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimou que em 2008 haja uma ocorrência de 466.730 novos casos de câncer no Brasil. Em 2004 houve o registro de 141 mil óbitos no Brasil e o SUS registrou 423 mil internações e 1,6 milhão de consultas ambulatoriais por câncer em 2005. Os gastos federais em assistência oncológica duplicaram entre 2000 e 2004. A população brasileira sofre mudanças demográficas profundas, e uma fração cada vez maior se situa hoje em faixa de idade avançada, justamente a mais atingida pelas formas mais comuns de câncer. Fatores ligados às nossas dimensões continentais, com suas diferenças regionais evidentes, nossa complexa etnia, assim como o impacto do desenvolvimento industrial e das mudanças no meio ambiente, tornam indispensável uma abordagem para o enfrentamento ao câncer no Brasil. Nesse contexto, o câncer passa a ser considerado um problema de saúde pública, não só para o mundo desenvolvido, mas sobretudo para as nações em desenvolvimento. Diante das estimativas é premente que ações para atenção ao câncer ganhe espaço entre gestores e pesquisadores na área da saúde. Política de Atenção Oncológica no Brasil O Ministério da Saúde ciente do seu papel, instituiu a Política Nacional de Atenção Oncológica (PNAO, PT/GM nº 2439 de 05 de dezembro de 2005), que sistematiza o enfrentamento ao câncer como problema de saúde pública, doença identificada como 2ª causa de morte no país, apesar dos esforços anteriores para seu controle. 3 O INCA, órgão do Ministério da Saúde responsável pela PNAO, entende que “as estratégias de controle do câncer enfrentam problemas que afetam desde os mecanismos de formulação das políticas de saúde, até a mobilização social, incluindo a organização e o desenvolvimento das ações e serviços de saúde e as atividades de geração e difusão de conhecimento” (MS/INCA, 2004). A PNAO, estruturando-se em redes estaduais e regionais, na lógica da linha de cuidados progressivos em saúde, busca romper com a organização “em pirâmide”, propondo a estruturação de uma Rede de Atenção Oncológica (RAO), no seu mais amplo espectro da atenção ao câncer. Para atender a esse grande desafio do sistema de saúde no enfrentamento ao crescente aumento da incidência de câncer, há necessidade de se agregar um componente de pesquisa ao leque de ações de saúde, bem marcada na Política Nacional de Atenção Oncológica. A mesma lógica de organização em Rede passa a ocupar esse cenário científico, foco da presente proposta, que articula competências em diferentes instituições e regiões do país, complementando a necessária atuação nos diversos aspectos da história natural da doença. No incentivo à pesquisa em saúde há que ser considerado o quanto da produção do conhecimento tem aplicabilidade para a população e o quanto de inovação e incorporação tecnológicas atingem as ações de saúde da população. A pesquisa em saúde carece da agregação de tecnologia e inovação. Associar tecnologia à ciência em saúde pública, ao mesmo tempo em que se caracteriza como um grande desafio, trará um grande impacto no direcionamento da produção do conhecimento. A tímida participação da indústria no cenário da pesquisa brasileira e o baixo número de patentes comparada com a nossa publicação científica (Morel, 2005) expressa bem o quanto o país precisa investir em tecnologia. O desenvolvimento de novos fármacos, particularmente em nosso país com a riqueza da flora terrestre e fauna marinha podem fazer um diferencial na busca do controle do câncer. Outro aspecto a ser considerado é a avaliação de tecnologia com vistas à incorporação no SUS. Nem sempre o conhecimento gerado em outros países com diferenças étnicas, genéticas, sócio-econômicas e ambientais, se adequa ao perfil da população brasileira, necessitando portanto de incentivo para avaliação de incorporação tecnológica. Essas considerações se enquadram bem aos fármacos, onde a incorporação de tecnologia gerada e/ou avaliada no país é fundamental para 4 otimização de recursos públicos em saúde. É necessária a capacitação de profissionais na área de pesquisa clínica que possam contribuir nesse contexto. O MAIS-SAÚDE, programa de aceleração do crescimento do Ministério da Saúde, em seu eixo 3 enfoca o Complexo Industrial da Saúde, priorizando o financiamento para Redes Tecnológicas, Redes de Pesquisa Clínica, Rede de Biotérios de alto desempenho e projetos em temas de fronteira com impacto na indústria e no serviço de Saúde. Nesse contexto o câncer está contemplado e o programa aponta a criação de Unidades Macro-Regionais de Pesquisa e Ensino em câncer, coordenadas pelo INCA. Em processo de elaboração, essa proposta vem ao encontro do presente projeto, onde a sistematização de Rede de Pesquisadores, onde grupos consolidados se associam a grupos emergentes, permite avaliar e operacionalizar o embrião dessas Unidades. O INCA como Instituição-sede Com o objetivo de melhor desempenhar o seu papel público de órgão executor, e coordenador da política nacional de controle do câncer no Brasil, o Instituto Nacional de Câncer tem como Missão realizar ações nacionais integradas para prevenção e controle do câncer, através da visão estratégica do exercício pleno do seu papel governamental, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da população. O INCA (www.inca.gov.br), instituição com 70 anos de existência, se caracteriza como uma instituição-referência regional e nacional na atenção oncológica, com 2400 profissionais voltados integralmente para o controle do câncer. Criado inicialmente para realizar atividades assistenciais, foi ao longo dos anos, incorporando ao seu perfil, ações de prevenção, pesquisa e ensino, que o habilita a ter um papel relevante para impactar a história natural do câncer nas várias etapas da sua evolução. O organograma do INCA compreende sete Coordenadorias, sendo as quatro primeiras envolvidas diretamente com as atividades-fim da institutição: (i) Prevenção e Vigilância (CONPREV), (ii) Pesquisa (CPQ), (iii) Assistência (COAS), (iv) Ensino e Divulgação Científica, (v) Recursos Humanos (vi) Administração (COAD), (vii) Ações Estratégicas (COAE) e uma Divisão de Comunicação (DCS). 5 A tradição do INCA como instituição de ensino e pesquisa sempre esteve associada à assistência prestada na área de câncer, passando, a partir da promulgação da Constituição de 1988 e da Lei Orgânica da Saúde, a abranger toda a linha de cuidados, com Promoção da saúde, Prevenção, Diagnóstico, Tratamento e Cuidados paliativos em câncer. Nesse conjunto, surgindo como elemento que unifica e perpassa todos os níveis da linha do cuidado, a qualidade da gestão em saúde apresenta-se como outro fator preponderante para o controle do câncer. Para alcançar as inúmeras dimensões da gestão do câncer no país, ao articular a Rede de Atenção Oncológica, o INCA adota como estratégia a diversidade de ações e produtos, de modo a ampliar sua abrangência, para alcançar um máximo de extensão territorial, buscando chegar a toda sorte de ambientes, equipados ou não, com recursos tecnológicos. Essa é a natureza das áreas técnicas do INCA, que atuam em sinergia: ensino, pesquisa, assistência, prevenção/vigilância e gestão. Prevenção e Vigilância em Câncer Além de realizar pesquisa epidemiológica em câncer, o INCA é responsável por implementar ações de Controle, Prevenção e Vigilância, coordenando as atividades de: • Registro de câncer de base populacional, Registro hospitalar de câncer e Estimativa de Incidência de câncer no Brasil. • Programa Nacional e Rede Ibero-Americana para o Controle do Tabagismo • Projeto Expande para instalação de Centros de Alta Complexidade na assistência ao câncer no país. • Programa Nacional do Controle do Câncer de colo de útero e da mama • Programa de Qualidade em Radioterapia Assistência ao Câncer no INCA A assistência multiprofissional, especializada no tratamento de pacientes com neoplasia maligna e afecções correlatas, conta com cinco unidades: Hospital do Câncer I (HC I), Hospital do Câncer II (HC II), Hospital do Câncer III (HC III), Hospital do Câncer IV (HC IV) e Centro de Transplante de Medula Óssea (CEMO). A área 6 responsável planeja e dirige as atividades desse complexo de unidades hospitalares, nos aspectos de regulação, normas técnicas, faturamento, programas de humanização e acreditação hospitalar. As cifras do cuidado ao paciente com câncer no INCA demonstram a dimensão dessas ações; em 2006 foram 7200 novas matrículas, 254.502 consultas ambulatoriais, 15119 internações, 11795 cirurgias, 35.966 quimioterapias, 160.407 radioterapias e 83 transplantes de medula óssea (Relatório Anual do INCA, 2006 – www.inca.gov.br). O Centro de Transplantes de Medula Óssea, além de realizar pesquisa através do programa científico Neoplasias Hematológicas e Transplante de Medula Óssea, sedia o Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea-REDOME, o Registro Brasileiro de Receptores de Medula Óssea-REREME e centraliza as consultas aos bancos internacionais de doadores de medula óssea. O Banco de sangue de cordão umbilical e placentário (BSCUP) foi o primeiro banco público do país, integrante da Rede Brasileira de Bancos de sangue de cordão umbilicalBRASILCORD, que é coordenado pelo INCA. Nas unidades hospitalares são desenvolvidas atividades de formação de recursos humanos especializados e de pesquisa clínica, notadamente ensaios clínicos para diversos tipos tumorais. Estão no momento em andamento 63 estudos clínicos em cânceres de cabeça e pescoço, pulmão, gastrointestinais, genitourinários, mama, pediátricos e hematológicos. Pesquisa no INCA Nas ações de pesquisa em câncer o INCA atua como agente ativo para Produção do Conhecimento e Formação de recursos humanos em Pesquisa, além de desempenhar atividades como Formulador de Política e Fomentador de pesquisa em Câncer. A política de Recursos Humanos do INCA instituiu o Plano de Carreiras de Ciência e Tecnologia (Lei 8.691/1993), que criou a carreira específica de pesquisador, que além de possibilitar a admissão de profissionais de saúde dedicados integralmente à produção do conhecimento, permite a ascensão funcional por titulação e produtividade. O planejamento institucional das atividades de pesquisa no Instituto Nacional de Câncer é realizado pela Coordenação de Pesquisa onde são estabelecidas as 7 prioridades institucionais de pesquisa referente a: (i) linhas de pesquisas estratégicas para a Instituição, (ii) incorporação de pesquisadores, (iii) captação de recursos, (iv) convênios e colaborações externas, (v) apoio às atividades de Pósgraduação lato sensu e stricto sensu e (vi) política de bolsas de pesquisa, em ação conjunta com a Coordenação de Ensino e Divulgação Científica. O INCA apresenta um conjunto de 28 grupos de pesquisa cadastrados na plataforma Lattes do CNPq, organizados em 10 programas Científicos (Tabela 1) e integrantes das Redes de Diagnóstico Molecular do Rio de Janeiro/Faperj e da Rede Nacional de Pesquisa Clínica. PROGRAMAS CIENTÍFICOS DO INCA Aconselhamento Genético Miguel Ângelo Moreira Biologia Celular João Viola Farmacologia Guilherme Kurtz Genética Hector Seuanez Hemato-oncologia Raquel Maia Medicina Experimental Adriana Bonomo Neoplasias Hematológicas e Eliana Abdelhay Transplante de Medula Óssea Oncologia e Hematologia Ma Socorro Pombo de Oliveira Pediátricas Pesquisa Clínica Carlos Gil Ferreira Pesquisa em Saúde Coletiva Liz Almeida Tabela 1: Programas Científicos no INCA com seus respectivos coordenadores. O modelo de pesquisa no INCA (Figura 1) é voltado para o desenvolvimento técnico –científico e inovação tecnológica em câncer, buscando contribuir para aumentar a sobrevida e a qualidade de vida do paciente. Baseado no estabelecimento de prioridades de pesquisa, é norteado por dados epidemiológicos relativos aos cânceres que mais impactam o sistema de saúde no país. Atuando nas áreas básica, translacional, clínica e epidemiológica, através dos seus diferentes grupos de pesquisa, pesquisa/assistência, o INCA interagir com objetiva grupos também de estabelecer pesquisadores integração nacionais e internacionais e contribuir ativamente para a formação de pesquisadores com capacidade técnica e análise crítica sobre a situação de câncer no país e no mundo. 8 Figura 1 : Modelo de Pesquisa do INCA. O esquema integra metas, ações e estratégias para a produção do conhecimento e formação de recursos humanos em pesquisa oncológica. A infra-estrutura de pesquisa do INCA comporta um complexo de laboratórios de pesquisa, com equipamentos de alta tecnologia, organizados em estruturas multiusuárias, a saber: Unidades de Genômica, Proteômica, Bioinformática, Microscopia óptica e eletrônica, Banco de Tumores e DNA com Lab. de Patologia Molecular e um Centro de Recursos Animais para pesquisa experimental em câncer. O Banco Nacional de Tumores e DNA (BNT) funciona desde 2006 como uma estrutura que possibilita a coleta e estocagem de amostras tumorais e pareadas normais, além de sangue de pacientes portadores dos tumores mais prevalentes no país, agregados a um questionário epidemiológico, que enriquece a qualidade da amostra. Baseado em critérios éticos e científicos para o fornecimento aos usuários, dispõe no momento de 5.800 amostras organizadas em sistema informatizado. Está em processo de expansão através da organização uma rede brasileira de banco de tumores. O Centro de Recursos Animais do INCA compreende uma estrutura de 300 m2 dividido em 3 áreas interligadas, com ambientes para criação e produção, manutenção, quarentena e experimentação animal, incluindo cirurgia experimental. 9 Com recursos captados em 2008 está em elaboração um banco de embriões de animais experimentais e um Laboratório NB3 para experimentos em terapia gênica. A Divisão de Pesquisa Clínica comporta uma ampla infra-estrutura para acompanhamento, monitoria e gerenciamento dos ensaios clínicos realizados no INCA, fazendo parte da Rede Nacional de Pesquisa Clínica. O Comitê de Ética em Pesquisa permite a qualidade ética e científica dos trabalhos desenvolvidos na instituição. Como formulador da política de pesquisa em câncer, o INCA organizou o seminário de prioridades de pesquisa em câncer em 2005, numa ação conjunta como o Departamento de Ciência e Tecnologia/MS e o CNPq, que gerou um edital de financiamento para neoplasias com recursos no valor de 6,3 milhões, onde foram contemplados 81 pesquisadores (Edital MCT-CNPq/MS-SCTIE-Decit, 06/2005). Como desdobramento o INCA está organizando um seminário para avaliação dos resultados desse edital em final de 2008. Como fomentador, participou em 2006 do PPSUS no Rio de Janeiro em ação conjunta com o Decit/MS e Faperj financiando a Rede de Diagnóstico Molecular em Câncer no RJ. Iniciativa semelhante está em curso em 2008/2009. Ensino e Divulgação Científica no INCA: A Coordenação de Ensino e Divulgação Científica é responsável pela elaboração de políticas no campo da formação e qualificação de recursos humanos para o trabalho e da difusão do conhecimento técnico-científico em âmbito nacional orientadas ao controle do câncer no país. O INCA acredita que a produção do conhecimento em câncer só é passível de se cumprir por meio da adesão à estratégia de educação permanente de forma plena, incorporando sua lógica na própria estrutura da rede de atenção oncológica, em seus diferentes níveis de abordagem, da prevenção à pesquisa. Ensino em Nível Lato Sensu A abordagem baseia-se na qualidade da atenção integral e nos princípios ordenadores do SUS. Por essa ótica, a articulação da educação e do trabalho deve orientar a formação e a organização da atenção oncológica, comprometidas com a conjunção da qualidade do cuidado e de necessidades da população. 10 São modalidades de ensino: Residência , Especialização, Aperfeiçoamento, Qualificação, Atualização, Estágios Curricular e Acadêmico e Visitas de Observação. Em sua organização, articulam-se quatro áreas de ensino: técnica, médica, de enfermagem e das grandes áreas de ensino da saúde, como Psicologia, Serviço Social, Odontologia, Farmácia Hospitalar, Física Médica, Nutrição, Patologia Clínica, Engenharia Clínica e Fisioterapia. Merecem destaque por sua inovação perante outras instituições de ensino e pesquisa, os cursos de Especialização para Enfermagem em Pesquisa Clínica em Oncologia e o curso de Qualificação da Gestão para a Atenção Oncológica. Inédito no país, o primeiro curso destina-se a formar em nível nacional enfermeiros para atuarem na equipe de pesquisa clínica oncológica. O curso capacita em aspectos éticos em Pesquisa Clínica, gerência de dados, fundamentos em pesquisa clínica e conceitos fundamentais de metodologia científica, epidemiologia, bioestatística e pesquisa translacional. O Curso de Qualificação da Gestão para a Atenção Oncológica é um projeto de âmbito nacional, com o objetivo de contribuir para a inserção do problema do câncer à pauta de trabalho dos gestores das diferentes esferas do Sistema Único de Saúde. Os cursos se estruturam no trabalho em pequenos grupos de tutoria onde são desenvolvidos Projetos de Intervenção em um aspecto da gestão em saúde de sua localidade/ região. O projeto contempla a formação de “Núcleos Descentralizados de Qualificação da Gestão” no retorno do aluno ao seu local de trabalho, (re)organizando a atenção oncológica em suas loco-regiões. Ensino em Nível Stricto Sensu O Programa de Pós-Graduação em Oncologia do INCA (PPGO-INCA) (http://pgoncologia.inca.gov.br) tem por objetivo formar profissionais altamente qualificados, de forma crítica e inovadora, em níveis de Mestrado e Doutorado, para o desenvolvimento de atividades de pesquisa, ensino e desenvolvimento tecnológico em câncer. Oferecendo anualmente 20 vagas para Mestrado e 15 para doutorado, o PPGO-INCA conta com 22 docentes permanentes e 10 colaboradores, sendo estruturado em 3 áreas de concentração, 8 linhas e 23 projetos de pesquisa, como segue: 11 Área de concentração: Clínica/Epidemiologia • Linhas de pesquisa: Pesquisa Clínica em Neoplasia • Linhas de pesquisa: Pesquisa Epidemiológica de Tumores Área de concentração: Translacional • Linhas de pesquisa: Farmacologia e Farmacogenômica • Linhas de pesquisa: Transplante de Medula Óssea e Terapia Celular • Linhas de pesquisa: Pesquisa Molecular Translacional Área de concentração: Básica • Linhas de pesquisa: Biologia Molecular de Neoplasias • Linhas de pesquisa: Biologia Celular de Neoplasias • Linhas de pesquisa: Mecanismos de Desenvolvimento de Tumores A produção qualificada do programa em 2007 apresentou índices satisfatórios, com 45 artigos completos em periódicos de circulação internacional. Destes artigos, 12 tiveram a participação discente, além da participação de 2 alunos do Programa de Capacitação. Dos docentes permanentes, 12 publicaram 3 ou mais artigos Qualis A, sendo que 50% possui Bolsa de Produtividade CNPq e 36% possui formação de Pós-doutorado. Atualmente classificado com conceito 5 pela CAPES, a PPGO-INCA instituiu a política de interação com outras pós-graduações com conceitos inferiores à nossa e localizadas em regiões com menos densidade científica ou afastados dos grandes centros de pesquisa, permitindo intercâmbio entre alunos e pesquisadores para capacitação em tecnologias avançadas existentes no INCA. Em 2007 o INCA foi contemplado pelo Edital PROCAD da Capes (01/2007 – Programa de Atenção Oncológica) com R$ 250.000,00 para auxiliar a formação de pessoal de nível superior dos Programas de Pós-Graduação em Saúde Materno-Infantil da Universidade Federal do Maranhão. Estamos no momento organizando a implantação do Programa Residência/PhD, numa lógica de interação lato e stricto sensu que permitirá uma maior cooperação entre a assistência e o desenvolvimento científico em câncer. Programa de Capacitação e Treinamento em Pesquisa Oncológica Esse é um programa singular na formação de pesquisadores na área oncológica, no qual graduados e mestres, oriundos das áreas da Saúde e Ciências 12 Biológicas são inseridos nos grupos de Pesquisa ligados ao PPGO-INCA através de Estágio de Aperfeiçoamento I (para graduados) e II (para mestres), durante um período máximo de 18 meses. Atualmente são financiados 27 estagiários com bolsas do INCA. Outro programa especial é o programa de treinamento em pesquisa pósResidência Médica. Essa também é uma estratégia de interação assistência/pesquisa para a formação de profissionais na área oncológica, onde o Residente, ao término do período regular, passa mais um ano de estágio nos laboratórios de pesquisa do INCA. Programa de Iniciação Científica O Programa de Iniciação Científica tem um forte envolvimento com alunos de graduação de instituições públicas e privadas, que realizam treinamento em laboratórios de pesquisa do |INCA sob orientação e fomentados por bolsas do CNPq (programa PIBIC) e do INCA, totalizando 61 bolsistas em 2008. Anualmente é realizada a Jornada de Iniciação Científica do INCA, quando os trabalhos são avaliados por uma comissão que conta com avaliadores internos e externos. Divulgação Científica e Gestão do Conhecimento em Câncer As ações de divulgação científica em câncer no INCA envolvem o gerenciamento do Sistema Integrado de Bibliotecas, que totaliza quatro bibliotecas nas diferentes unidades do INCA e a disponibilização de informação sobre câncer nos seus mais vários meios, como: - Criação da Área Temática “Controle de Câncer” da Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde – BVS/MS (www.saude.gov.br/bvs/controlcancer), disponibilizada para o Brasil e a América Latina, constituindo-se um novo canal de representação e divulgação da informação produzida para os membros do Instituto de pesquisa em Câncer. - Edição da Revista Brasileira de Cancerologia – é o órgão oficial de divulgação científica do INCA, indexada à base LILACS e disponível no Portal de Periódicos da CAPES, com enfoque multidisciplinar e publicação trimestral, é disponibilizada impressa e em versão digital no site do INCA. 13 - Glossário Temático e Microtesauro sobre câncer e oncologia - contribui para a padronização e o aperfeiçoamento da linguagem utilizada pelo Ministério da Saúde na esfera federal do Sistema Único de Saúde, objetivando especificamente disseminar a terminologia sobre câncer e oncologia e estruturar a indexação e a recuperação da informação nessa temática, tornando mais eficaz a comunicação e o entendimento dessa linguagem entre os pares. A gestão do conhecimento também envolve o desenvolvimento de plataformas através da tecnologia da informação, permitindo a sistematização de bases de dados, fornecendo subsídios para tomada de decisões e priorização de ações de controle do câncer, envolvendo gestores e pesquisadores. No início do ano de 2008 o INCA fez a aquisição de uma ferramenta de Business Intelligence (BI), que permite a criação de relatórios gerenciais com diferentes visões e formatos, agilizando o Estabelecimento de Prioridades e o processo de Tomada de Decisão. No INCA essa ferramenta promoverá uma análise dos dados em áreas como Planejamento, Controladoria, mas sobretudo para ações de Prevenção, num mesmo repositório de dados, a partir do cruzamento de informações para gestão global. O usuário poderá ter autonomia para criar seus próprios relatórios a partir de operações realizadas sobre as bases de dados mantidas pelo INCA. No campo da pesquisa científica, a plataforma Lattes do CNPq permite traçar um espelho dos grupos de pesquisa cadastrados mas sem um olhar e recortes específicos para cada área do conhecimento. No presente projeto vislumbramos a possibilidade do desenvolvimento de uma plataforma para identificação de competências de pesquisa em câncer no país. Comunicação e Câncer A política de comunicação do INCA tem se debruçado em estabelecer novas diretrizes de ação baseadas, dentre outros fatores, em pesquisa qualitativa, nortearão as estratégias de comunicação para o controle do câncer, componente importante da Política de Atenção Oncológica. Com esse objetivo quatro projetos estão em andamento: - Nível de Informação dos pacientes sobre as ações em câncer no SUS - Pesquisa de Concepção dos Brasileiros sobre Câncer - Câncer na Mídia: Uma Questão de Saúde Pública – sua evolução nos últimos 10 anos 14 O Projeto Para enfrentar o impacto na crescente demanda da abordagem ao câncer, nada mais premente que uma política voltada à produção do conhecimento e formação de recursos humanos na área oncológica, além da divulgação do conhecimento científico nessa área. O grande desafio para os próximos anos é estabelecer a lógica da rede de pesquisa oncológica em âmbito nacional, procurando identificar grupos emergentes em regiões cuja pesquisa em câncer seja incipiente e permitindo o envolvimento da massa crítica nacional de pesquisadores em saúde na problemática do câncer. A partir dos produtos gerados em cada um dos projetos estabelecidos nas redes, propõe-se avançar na abordagem ao câncer, não só contribuindo para avaliação de ações já previamente estabelecidas, mas também propondo metodologias que possam contribuir, de maneira mais consistente, para a prevenção e diagnóstico, com otimização da relação custo-efetividade e para a melhora do prognóstico e tratamento, propiciando mais segurança e maior sobrevida aos pacientes. O INCA em conjunto com pesquisadores da UFRJ, UERJ, FIOCRUZ, PUCRS, UFRGS, UFPB, Museu Nacional, UNIFESP, Universidade de Mogi das Cruzes, Universidade de São Carlos e colaboradores internacionais, se propõe a constituir uma estrutura de interação científica (Figura 2) focada em contribuir para influenciar de maneira efetiva o curso da história natural do câncer no país. 15 Figura 2: Estrutura de interação entre os grupos. O círculo interno representa a instituição sede, onde há interações entre pelo menos dois setores diferentes.Todos os grupo existentes na periferia estão os grupos extramurais. As cores representam algumas interações já existentes. A atenção ao câncer permite uma gama de intervenções que envolvem pesquisa epidemiológica, básica, translacional e clínica; nesse sentido, a presente proposta envolve um projeto multidisciplinar e multiusuário voltado à produção do conhecimento científico e formação de recursos humanos em pesquisa oncológica, contribuindo também para avanços na gestão do conhecimento e comunicação em câncer, através dos seguintes objetivos: Objetivo Geral: Contribuir para o desenvolvimento técnico-científico em câncer, atendendo às demandas da atenção oncológica no país, através da estratégia de formação de rede capaz de conferir sinergia à produção do conhecimento, formação de recursos humanos, divulgação do conhecimento científico e sua transferência para a sociedade e o Governo. 16 Objetivos Específicos: 1. Estudar mecanismos de oncogênese, estabelecimento tumoral e metástase, através de ferramentas celulares, bioquímicas, moleculares, imunológicas e de modulação do microambiente tumoral 2. Estudar as interações gene-ambiente para câncer de mama, colo de útero, melanoma e leucemias infantis 3. Estudar marcadores biológicos de diagnóstico, prognóstico e resposta terapêutica para tumores sólidos (esôfago, mama, próstata, retinoblastoma) e leucemias 4. Estabelecer uma estrutura para desenvolvimento de novas drogas anti- neoplásicas, através de abordagem multidisciplinar 5. Testar produtos sintéticos com potencial anti-neoplásico 6. Realizar ensaios clínicos para avaliação de incorporação de novas estratégias terapêuticas em câncer 7. Avaliação epidemiológica do câncer de colo de útero, enfocando estimativa de prevalência de HPV por tipo específico, identificação dos fatores associados ao risco de progressão ou lesões precursoras e estudo de custoefetividade do rastreamento 8. Estudar o impacto das ações nacionais de controle do tabaco através de estudos epidemiológicos 9. Ampliar a formação de recursos humanos em pesquisa, nos diversos enfoques da atenção ao câncer, com vistas a atender as demandas de carências regionais no país 10. Elaborar plataformas de gerenciamento do conhecimento em câncer para subsidiar estabelecimento de prioridades e tomada de decisões na área oncológica 11. Produzir conhecimento para subsidiar a política de comunicação na atenção oncológica 12. Ampliar as interações científicas, na perspectiva de avaliar e operacionalizar a implantação das Unidades Macrorregionais de Ensino e Pesquisa em câncer no país O Instituto de C&T em Câncer terá uma estrutura geral como mostrado na Figura 3. Como estratégia na Rede será incentivado um grupo de pesquisa 17 emergente com um equipamento de médio porte. A prioridade foi alcançada pelo grupo da PUC-RS com a compra de um citômetro. Figura 3: Estrutura do Projeto A estrutura organizacional do grupo está apresentada na Figura 4 sendo constituído por um coordenador, Hector Seuanez, pesquisador do INCA, 1A do CNPq e assessorado por quatro pesquisadores de diferentes instituições participantes, a saber: Francisco Sampaio, da UERJ, 1A do CNPq; Wilson Savino, FIOCRUZ, 1A do CNPq; Vivian Rumjaneck, UFRJ, 1C do CNPq e Eliana Abdelhay, INCA, 1C do CNPq. O consultor externo internacional indicado no projeto é o Pierre Hainaut, PhD, responsável pela equipe de Carcinogênese Molecular do IARC (www.iarc.fr). 18 Figura Estrutura Organizacional do Grupo Proponente. 4: 19 TEMA 1: BIOLOGIA DA CÉLULA TUMORAL O processo de malignização envolve alterações celulares que levam a perda do controle dos mecanismos de proliferação e morte celular. Tendo perdido o controle de crescimento, a população de células malignas formará uma massa que terá que ser nutrida (no caso de tumores não hematopoéticos). Neste momento torna-se crítica a neoangiogênese determinada pelo tumor aliado a modificações microambientais. Além da formação de novos vasos proporcionar nutrientes que serve a sobrevivência das células malignas, as mesmas passam por uma nova fase onde há perda dos mecanismos de adesão celular e modificação da migração celular que culminam com o processo de metástase. Mesmo em tumores hematológicos, algumas vezes há formação de massa tumoral além de haver migração inadequada leveo a manifestações indesejadas. Durante todas estas fases o sistema imune parece não responder ou reconhecer a célula malignizada ou talvez responda parcialmente sendo modulado negativamente por produtos vindos do próprio tumor ou do microambiente tumoral. O presente subprojeto estudará a oncogênese, o estabelecimento do tumor e suas metástases e os mecanismos possíveis de intervenção sobre o tumor, utilize o ferramentas imunológicas e de modulação do microambiente tumoral. Subprojeto 1: Oncogênese: regulação do desenvolvimento tumoral Racional Os processos de malignização com conseqüente geração de doença estão associados a inúmeras questões genéticas, ambientais e de hábitos pessoais. A obesidade e a inflamação, por exemplo, são fatores de risco importantes, porém não compreendidos, para o desenvolvimento de vários tipos de câncer. A inflamação associada à obesidade talvez seja um determinante importante já que cada vez mais esta se mostra ligada ao desenvolvimento de tumores. O acúmulo intracelular de lipídios em corpúsculos lipídicos já foi mostrado em células de câncer de cólon bem como em células epiteliais transformados com H-Ras (Accioly et al., 2008). Corpúsculos lipídicos são organelas dinâmicas e funcionalmente ativas que possuem funções novas como domínios intracelulares envolvidos não só na formação de eicosanoides, mas também como sítios de localização de citocinas, 20 proteínas quinases, GTPases e enzimas de metabolização lipídica sugerindo que os corpúsculos lipídicos tenham um papel amplo na sinalização celular, comunicação célula-célula, e no metabolismo lipídico celular (Bozza et al., 1996; Yu et al., 1998; Yu et al., 2000; Brasaemle et al., 2004; Wan et al., 2007). Estudos do nosso grupo demonstraram que a leptina produzida pelo tecido adiposo ativa a via de PI3K e mTOR em macrófagos, moduleo o metabolismo lipídico e formação de corpúsculos lipídicos (Maya-Monteiro et al., 2008; Maya-Monteiro e Bozza 2008). Coincidentemente, mTOR e PI3K estão envolvidas em proliferação celular e podem contribuir para elucidação da relação entre corpúsculos lipídicos e câncer. Outras vias de regulação de proliferação também serão estudadas baseados na proposta de que fatores de ativação nuclear de células T (NFATs) tenham papel oncogênico e supressor de tumor. Recentemente, mostramos a presença de sítios de ligação para as proteínas NFAT em promotores de genes que regulam o ciclo celular e apoptose; exercendo um papel central no controle da diferenciação e transformação celular (Viola et al., 2005). Resultados gerados no nosso laboratório demonstraram que o NFAT1 é um regulador negativo do ciclo celular e um repressor da transcrição do gene da ciclina A2 (Caetano et al., 2002; Carvalho et al., 2007). Além disso, a proteína NFAT1 parece funcionar como um repressor de proliferação por inibir a expressão da quinase CDK4 e induzir a expressão de p21 (Santini et al., 2000; Baksh et al., 2002). Por outro lado, a superexpressão do NFAT2 induz a proliferação celular e o aumento da expressão de ciclinas e do proto-oncogene c-Myc; demonstreo que esta proteína é um ativador do ciclo celular (Neal e Clipstone 2003). Resultados do nosso laboratório sugerem que as proteínas NFAT podem exercer um efeito dual no controle da proliferação e apoptose, sendo que a proteína NFAT1 pode agir como um gene supressor de tumor e o NFAT2 como um oncogene; desempenheo um papel central na transformação celular (Robbs et al., 2008). Além do descontrole de proliferação e morte celular, muitas vezes uma desregulação da diferenciação celular pode levar a malignização como em alguns casos de malignidades hematopoiéticas. Particularmente, no caso da geração de plaquetas a diferenciação de megacariócitos obedece a uma série de passos muito bem orquestrados que vão da formação do megacárion a fragmentação final. Uma molécula ceidata a contribuir nesta diferenciação é a acetilcolinesterase (AChE). Além do seu papel clássico na terminação da ação da Acetilcolina, também é expressa em tecidos não-colinérgicos e em vários tipos de células hematopoéticas, 21 como eritrócitos e megacariócitos, indiceo uma possível função não-colinérgica para esta enzima. Recentemente demonstramos o papel da isoforma AChE-R na maturação de linhagens de MKs (Guimarães-Sternberg et al., 2006). Além disso, observamos que camundongos transgênicos super-expresseo tal variante apresentam contagens normais para granulócitos, monócitos e linfócitos e contagem elevada de plaquetas, refletindo o efeito trombocítico seletivo da AChE-R e seu papel regulador da diferenciação deste tipo celular (Pick et al., 2006). Objetivos 1. Investigar a heterogeneidade lipídica e protéica dos corpúsculos lipídicos em células neoplásicas; 2. Investigar o papel dos corpúsculos lipídicos como organela de integração do metabolismo lipídico e inflamação 3. Investigar o efeito da leptina na alteração do metabolismo lipídico, formação de corpúsculos lipídicos e proliferação celular em células do epitélio intestinal 4. Investigar o papel das vias de sinalização intracelular da leptina em ativar as vias de sinalização celular mediadas por PI3K, Akt, AMPK e mTOR na proliferação celular em células intestinais 5. Avaliar as interações entre corpúsculos lipídicos e vias de proliferação e morte celular. 6. Identificar os genes que podem ser diferencialmente regulados NFAT1 e NFAT2 7. Determinar se as linhagens linfocitárias são mais susceptíveis a transformação mediada NFATs 8. Correlacionar a expressão de NFAT 1 e 2 com a resposta terapêutica e sobrevida deste pacientes 9. Estudar a participação da via JAK/STAT na megacariopoiese, uma vez que esta parece regular a expressão de AchE 10. Avaliar a participação da AChE na AML-M7 11. Estudar a regulação da expressão das variantes da AChE por fatores de transcrição da família NFAT durante a diferenciação de megacariócitos 12. Entender os processos de ubiquitinação e degradação da AChE-S no processo de diferenciação de MK. 22 Abordagem experimental Análise da expressão diferencial de genes que regulam ciclo celular e apoptose será estudada por “microarray” e das proteínas NFAT1 e NFAT2, assim como as proteínas envolvidas na biogenese e regulação dos corpúsculos lipídicos em diferentes amostras de tumores de pacientes por “tissue microarray”e imunofenotipagem. Expressão seletiva das proteínas NFAT1 ou NFAT2 utilizará animais geneticamente modificados por deleção/expressão condicionada (Lox-Cre) e as construções das mole´culas constitutivamente ativas (CA-NFAT1 e CA-NFAT2) A atividade de AChE presente no plasma de pacientes portadores das doenças estudadas e indivíduos controle será determinada através da reação de Ellman (método colorimétrico). PCR em Tempo Real será utilizado para validação dos resultados dos microarrays e para quantificar as diversas isoformas de AchE em amostras de sangue e medula óssea. Os projetos utilizeo material humano estão aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa do INCa. Subprojeto 2: Angiogênese, Metástase e Microambiente tumoral Racional Para que célula tumoral consiga se estabelecer, se nutrir e fazer metástase a distância é necessário que haja angiogênese (a partir da proliferação vasos préexistentes ou da incorporação de progenitores endoteliais circulantes - EPCs - oriundos da medula óssea), de-adesão das células do tumor e sua transmigração pelo endotélio para que atinja a corrente sanguínea. O próprio tumor fornece as condições para o surgimento de novos vasos e modifica a matriz extracelular favorecendo este processo. Mostramos que o domínio N-terminal de ligação à heparina (HBD) da TSP-1 possui propriedades angiogênicas in vitro e in vivo, ao contrário da molécula íntegra, que é angiostática (Bernstein et al., 2002, Nunes et al., 2008). Estudamos ainda o papel da TN-C na regulação da angiogênese. Curiosamente, os gliomas, muito ricos em TN-C, caracterizam-se por uma elevada densidade vascular, porém por vasos pouco juncionais e hiperpermeáveis (Jain, 2007). Observamos que o domínio de homologia ao EGF da TN-C da matriz de gliomas gera células endoteliais altamente proliferativas, porém estas não se 23 organizam para formar estruturas tubulares. Ambas as proteínas (TSP-1 e TN-C) interferem nas funções adesivas do sindecan-4, que pode representar um novo alvo para intervenções terapêuticas no processo angiogênico. O estudo de gliomas nos trará informações importantes quanto ao controle angiogênese, porém não nos informará sobre os fenômenos relacionados a mestástase em si, já que gliomas são tumores não metastáticos. Para que haja metástase, é necessário um primeiro evento onde as células perdem sua organização anatômica, perdendo a polaridade (no caso de tumores epiteliais) e o estreito contato com as células vizinhas. O complexo juncional apical (CJA) é a estrutura responsável por manter as adesões célula-célula epitelial (Balsa e Matter 2003) e é formada por junções tight (JT) e junções aderentes (JA) (Nelson e Nusse 2004). Ambas estruturas são desreguladas na transição epitélio-mesenquimal (TEM), um evento que acontece no desenvolvimento normal e no inicio do câncer epitelial (Thiery e Sleeman 2006). Alguns estudos sugerem que este evento e a progressão tumoral envolve a ativação do EGFR, (Kovacs et al., 2002) além de outros como a alteração na expressão e modificações pós-traducionais de proteínas juncionais (Bates e Mercurio 2005; Tobioka et al., 2004; Oliveira et al., 2006). Por outro lado, a participação de GTPases da família Rho (Rho, Rac e Cdc42) e proteínas quinases têm sido implicada na desorganização do CJA, assim como na organização do citoesqueleto de actina (Gonzáles-Mariscal et al., 2008). No entanto, ambos mecanismos celulares que medeiam estes eventos têm sido estudados separadamente e a existência de uma ligação entre eles para mediar a regulação de ambas, CJA e citoesqueleto de actina em câncer epitelial, permanece por ser definido. O próximo passo para que ocorra a metástase é a transmigração da célula malignizada, agora já com seus mecanismos de adesão ao tecido alterado, através do endotélio vascular. A possibilidade de interferir nestes processos, através da inibição da adesão de células tumorais ao endotélio por moléculas naturais que possuem atividade heparina-like como polissacarídeos de invertebrados marinhos (Borsig et al., 2007) ou veneno de serpente já foram parcialmente documentados (Cominetti et al., 2004; Ramos et al., 2007 e 2008) e são promissores instrumentos terapêuticos. Outro fenômeno relacionado à migração celular, mas não obrigatoriamente com metástase é o microambiente para o estabelecimento e crescimento tumoral. 24 Por exemplo, pacientes portadores de LL-T cursam com massa mediastinal enquanto os de LLA-T podem ou não apresentar a mesma. Além disto, LLA-T envolve a medula óssea enquanto na LL-T isto não ocorre apesar de ambas serem malignizações de progenitores de linfócitos T. As diferenças de sítios de localização podem estar relacionadas a moléculas envolvidas na adesão/migração de linfócitos no timo.O receptor número 1 de esfingosina-1-fosfato (S1P1) tem papel crítico na migração e principalmente na saída de timócitos do timo para os órgãos linfóides periféricos. Baixas concentrações dos agonistas de S1P1, esfingosina-1-fosfato (S1P - agonista fisiológico) e FTY720 (agonista sintético) são suficientes para inibir a saída de timócitos (Rosen et al., 2003), e precursores T deficientes em S1P1 podem se diferenciar normalmente, mas não são capazes de sair do timo (Matloublan et al., 2004). Portanto, moléculas de adesão/de-adesão celular devem estar relacionadas a localização e ainda há evidências do envolvimento de algumas destas moléculas em processos proliferativos. APRIL (a proliferation inducing lige) é uma molécula da família TNF, que estimula o crescimento tumoral e se liga a proteoglicanos sulfatados presentes na superfície celular. Mostramos que animais transgênicos para APRIL desenvolvem uma hiperplasia com tendência à malignidade similar à LLC em humanos. Há acúmulo de células em órgãos linfóides como baço, linfonodos mesentéricos e placas de Peyer, com infiltração de células neoplásicas nos rins e fígado (Planelles et al., 2004) relacionados com aumento de células B1. Estes resultados suscitam questões quanto a características moleculares envolvidas no estabelecimento e localização destas massas tumorais. Ao contrário do estabelecimento de uma hiperplasia que pode chegar a malignização induzida por APRIL, a infecção por HTLV-I pode gerar leucemia de células T do adulto sem fenômenos proliferativos evidentes e agudos. Este mesmo vírus, pode induzir um quadro neurológico, (HAM-TSP) dependente de linfócitos T infectados. A diferença entre a chegada dos linfócitos infectados aos nervos periféricos ou sua manutenção no sistema linfohematopoiético pode ser hipotéticamente explicado pela expressão diferencial de moléculas de adesão específicas em células infectadas. Nossos resultados parciais, indicam uma expressão diferencial de receptor de semaforina 3 A (neuropilina 1) em células infectadas pelo HTLV-I. Além disto, dependento da linhagem celular infectada, a capacidade adesiva sobre proteínas de matriz extracelular varia, sugerindo uma 25 possível modulação diferencial das moléculas envolvidas nos pocessos de adesão e migração. O estudo de interaçãoes celulares têm contado técnicas de modelagem envolvendo a utilização de métodos computacionais baseados nas estruturas tridimensionais das moléculas envolvidas na interação. A combinação das técnicas de modelagem comparativa, docking molecular e dinâmica molecular possibilita uma análise detalhada dos mecanismos moleculares e o desenvolvimento de potenciais agonistas ou antagonistas que poderão se transformar em compostos terapêuticos aplicáveis ao tratamento de processos metastáticos, em particular na migração de leucemias e linfomas. Objetivos 1. Estudar os mecanismos de ação do sindecan-4 em resposta à TSP-1 e seus domínios estruturais com atividades angiogênicas, em células endoteliais maduras e progenitoras 2. Estudar o papel da TN-C da matriz tumoral na modulação do ciclo celular endotelial e na diferenciação angiogênica, em modelos de glioma 3. Estudar o recrutamento e a modulação angiogênica de EPCs por fatores tumorais, a fim de identificar novos alvos moleculares e desenvolver estratégias que visam o bloqueio de etapas chaves do crescimento tumoral 4. Identificar vias de sinalização celular envolvidas com a perda da adesão célulacélula e relacionar estes eventos com aquisição da TEM e progressão tumoral em câncer colo-retal 5. Identificar alterações no citoesqueleto de actina e relacionar estes eventos com aquisição da TEM e progressão tumoral em câncer colo-retal 6. Avaliar se as alterações moleculares encontradas anas alterações de CJA são biomarcadores e promissores ceidatos para terapia no combate do fenótipo tumorigênico de câncer epitelial 7. Estudar os mecanismos envolvidos na interação de células tumorais com células endoteliais, em modelos de tumor de mama e próstata 8. Caracterizar a expressão de integrinas da família β1 em linhagens de células humanas tumorais infectadas ou não pelo HTLV-I e a capacidade adesiva e migratória destas linhagens frente a componentes de matriz extracelular; 26 9. Determinar o perfil de expressão das linhagens infectadas pelo HTLV-I de neuropilina1, receptor de semaforina3A e avaliar a possível modulação da adesão e da migração de linhagens de células T infectadas e não-infectadas pelo HTLV-I, sob estímulo de Semaforina3A 10. Avaliar a possível modulação da adesão e da migração de células T normais frente à semaforina produzida por células tumorais infectadas ou nãoinfectadas pelo HTLV-I 11. Analisar o papel de S1P1 e seus ligantes no desenvolvimento de células T humanas, incluindo o papel destas moléculas nas interações entre timócitos e o microambiente tímico (inclusive interações mediadas por outras moléculas), e também nos eventos de morte, proliferação, ciclo e migração celular 12. Analisar o papel do S1P1 e seus ligantes no desenvolvimento da LLA-T e do LL-T, e a relação da expressão destas moléculas com a localização preferencial das células tumorais 13. Investigar quais quimiocinas, seus receptores e receptores de ECM, estarão envolvidos na migração das células B-1 peritoniais em animais transgenicos para APRIL e controles selvagens 14. Verificar que quimiocinas e moléculas de ECM poderão envolver-se na formação das massas tumorais nos linfonodos mesentéricos e de placas de Peyer.de animais transgenicos para APRIL e controles selvagens 15. Construir modelos por modelagem comparativa de integrinas envolvidas em tais processos, tais como os complexos α4β1 (receptor de fibronectina), α6β1, α3β1, α6β4 (receptores de laminina), e realizar um estudo de complementaridade estrutural (docking) entre inibidores peptídicos e os modelos tri-dimensionais propostos. A partir daí construiremos novos compostos potencialmente inibidores, e os sintetizaremos e testaremos funcionalmente utilizeo diferentes modelos Abordagem experimental Células endoteliais primárias humanas (HUVECs) e EPCs isoladas de sangue periférico serão utilizadas nos seguintes ensaios: tubulogênese (cultivo 3D em géis de fibrina e matrigel); interação endotélio/tumor (condições estáticas e dinâmicas/ “shear stress”; migração transendotelial em sistemas de cultura com insertos 27 porosos; interação de células com matrizes nativas: tumor x matriz subendotelial e endotélio x matriz tumoral); Células tumorais: carcinoma de mama (MCF-7 e MDA-MB-231), próstata (PC-3 e DU-145, glioma (astrocitoma U373 MG e linhagens de glioblastoma multiforme (GBM)) adenocarcinoma de cólon humano (Caco-2, HCT-116, HT-29); linhagens de linfócitos humanos CEM, JURKAT e MOLT4; linhagens de linfócitos humanos infectados por HTLV-1 (CIB, HUT, C91PL) e linhagem de linfoma tímico humano SIL-ALL. Silenciamento de RNA será realizado em células endoteliais, para diminuição da expressão de sindecan-4 e em células de glioma, para a diminuir a expressão de TN-C. Também será usado para silenciar proteínas de matriz extracelular e seus receptores. Modelo de angiogênese será feito através de implantes de matrigel em camundongos nude, contendo os mediadores estudados e/ou anticorpos bloqueadores de função. Modelo de angiogênese tumoral: avaliação o recrutamento de EPCs humanas transfectadas com o gene da luciferase e injetadas em camundongos nude, nos quais tumores (mama/próstata) terão sido pré-implantados. Para o estudo do CJA e suas vias de sinalização serão usados agentes que desorganizam o CJA: TPA, EGF, PGE2, LiCl2, (LPA e depleção do cálcio) e inibidores específicos de diferentes vias de sinalização (MAPK, EGFR, Src, PI3K, PKA, Wnt, ROCK) além de anticorpos específicos para estas moléculas. A superexpressão das moléculas identificadas como importantes na via de sinalização relacionada a CJA e das moléculas do próprio CJA serão empregados para confirmação dos resultados. Eventos de proliferação, migração e invasividade serão analisados pelas técnicas da incorporação do Brdu e citometria de fluxo, “wound healing” e matrigel, migração em câmaras de “transwell”, imunocitoquímica. Os diferentes experimentos serão monitorados useo técnicas de microscopia de imunofluorêscencia convencional ou confocal, imunopecipitação e imunobloting. Outras técnicas como criofratura e microscopia eletrônica e medidas da resistência elétrica transepitelial também serão utilizadas 28 Subprojeto 3: Terapias Imunológicas Racional Após a transformação maligna as células tumorais são ainda capazes de escapar da resposta imunológica. Por um lado, a existência de antígenos tumorais específicos é um evento raro, por outro, queo presente, nem sempre gera uma resposta eficaz (revisto em Willimsky e Blankenstein 2007). Na sua gree maioria, mesmo queo há antígenos específicos, os tumores são munidos de mecanismos de escape que fazem com que não seja reconhecido (falta de apresentação de antígenos tumorais para os quais o indivíduo não seja tolerante) ou o próprio tumor inibe a resposta imunológica. Existe uma situação particular onde a resposta imunológica é extremamente eficaz na resposta anti-tumoral e que ocorre no transplante de progenitores hematopoiéticos alogênicos. Esta é a forma mais antiga de terapia celular, tendo aproximadamente 40 anos de existência. No entanto apesar de ser um tratamento anti-tumoral efetivo, traz um efeito indesejável que é a Doença do Enxerto Contra Hospedeiro (DECH). Esta tem alta morbi /mortalidade acometendo até 70% dos pacientes portadores de malignidades submetidos ao transplante (Goker et al., 2001). Infelizmente o efeito do enxerto contra o tumor (ECT) está intimamente associado a DECH (Sehn et al., 1999) e a eliminação dos linfócitos causadores da doença, elimina a resposta anti-tumoral desejada (Huff et al., 2003 ). Duas estratégias terapêuticas têm sido desenvolvidas por nosso grupo. Uma relacionada a contraposição aos mecanismos de escape tumoral e outra à eliminação da DECH. Os tumores expressam, potencialmente, alvos imunológicos seletivos, no entanto, uma gree parte dos tumores consegue evadir a sua destruição imunológica. Precisamos ser capazes de gerar respostas celulares eficazes contra os antígenos tumorais e além disto, duradouras ou de memória. Sendo a célula dendrítica (DC) a principal célula da imunidade inata a desencadear a resposta de células T, estas têm sido utilizadas como uma “vacina” tumoral com alguns resultados encorajadores em estudos pré-clínicos e clínicos. Apesar dos vários estudos ainda se conhece pouco sobre a fisiologia das células dendriticas e de como o microambiente tumoral é capaz de modificá-las. Em célula humanas, situações de estresse aumentam tanto a atividade de DC quanto a expressão de transportadores ABC. Estes últimos estão envolvidos na diferenciação, ativação e migração de células dendríticas (Reolph et 29 al., 1998; Robbiani et al., 2000; Schroeijers et al., 2002 ; Pendse et al., 2006; Van de Ven et al., 2006) podendo ser alvos de estratégias para o desenvolvimento de “vacinas”com células humanas. Em modelo experimental animal, desenvolvemos um sistema para estudar a atividade de DC. Neste modelo as respostas T CD8+ e CD4+ à apresentação de antígenos por células dendríticas ativadas pode ser mensurada. Os resultados preliminares mostram que há apresentação de antígenos tumorais por células dendríticas (DC) nos linfonodos (LN), com co-estimulação (CD86) moderada, e isso gera proliferação de células T CD8+ e CD4+ específicas e sua diferenciação em memória. Contudo, essas células não conseguem impedir o crescimento tumoral. Queo LPS é introduzido nesse sistema, a expressão de CD86 por DC aumenta e a proliferação T é maior, mas a reversão da tolerância e a eliminação do tumor só ocorrem queo o adjuvante é fornecido em uma janela específica de tempo, que imediatamente antecede a explosão do crescimento tumoral. Em relação à eliminação da DECH, demonstramos que granulócitos provenientes de doadores de progenitores hematopoéticos tratados com G-CSF (granG) por 5 dias apresentavam atividade inibitória sobre linfócitos T in vitro (Vasconcelos et al., 2003). Estes estudos foram transpostos para o modelo experimental em onde demonstramos, em camundongos, que a injeção de granulócitos tratados com G-CSF (in vivo ou in vitro) prevenia a DECH experimental aguda (Vasconcelos et al., 2006). No entanto os mecanismos pelo qual isto ocorre são obscuros já que granulócitos são células de meia vida curta e a inibição da DECH ocorre por até um ano observado. Além disto, a gree maioria dos pacientes transplantados são portadores de malignidades e não se sabe se o efeito imunossupressor dos granulócitos impede a reação do enxerto contra células tumorais. Objetivos 1. Avaliar os níveis de expressão de ABCB1 e ABCC1 de DC humanas durante os processos de diferenciação por GM-CSR e IL-4 e de ativação por TNF ou LPS. 2. Verificar a modulação dos níveis de CD86 nessas células e em células tratadas com inibidores de transportadores ABC 30 3. Estudar a modulação dos processos de maturação/diferenciação e ativação de células dendríticas humanas frente a vários estressores e agentes diferenciadores como UV e trombina 4. Avaliar o nível de ativação de P-p38 em DC humanas após os diversos estímulos estudados 5. Estudar o efeito modulador do sobrenadante de células tumorais sobre a ativação de DC humanas 6. Num sistema antígeno específico , testar experimentalmente o efeito da injeção intratumoral de adjuvante (LPS) na reversão da tolerância a antígenos expressos exclusivamente pelo tumor 7. Testar o efeito de citocinas produzidas pelo tumor sobre DC e sua capacidade de ativar células T 8. Estudar o papel de receptores de quimiocinas na migração de DC do tumor ao linfonodo 9. Estudar os mecanismos de inibição da DECH por granulócitos tratados com GCSF e verificar o efeito sobre a rejeição tumoral em modelos experimentais 10. Verificar se é possível gerar granulócitos inibitórios humanos na ausência de tratamento por 5 dias in vivo com vias de realizar um ensaio clínico. Abordagem experimental Estudos com células dendríticas humanas serão feitos a partir da diferenciação de monócitos cultivados por 5 dias em meio contendo GM-CSF e IL-4. No 5º dia de cultura será adicionado TNF-alpha e as células serão mantidas por 48 horas, para ativação. As substâncias que serão testadas como potenciais moduladores dos processos de diferenciação e ativação das células dendríticas serão adicionadas ao mesmo momento das respectivas citocinas. CD14, CD1a, CD83 além de outras moléculas envolvidas na função destas células, serão avaliadas por citometria de fluxo. Funcionalmente será avaliada a fagocitose, aloestimulação e a secreção de citocinas. O envolvimento da cinase p38 será avaliada pelos níveis de P-p38 por citometria de fluxo. Para avaliação da quebra de tolerância na resposta anti-tumoral, camundongos C57Bl/6 transgenicos para o receptor de célula T que reconhece OVA ou Ea receberão o tumor B16F10 transfectado com OVA- e EaRFP (B16 redOVA). Entre um e cinco dias após, LPS ou citocinas será injetado ou não intratumoral, e a 31 proliferação e produção de interferon-γ pelas células T antígeno específicas será analisada. Será avaliada a expressão de moléculas de ativação e inibição (PD-1) em DC, assim como a produção de citocinas será mensurada por PCR em tempo real nos linfonodos e tecido. A importância da IL-10 produzida pelo tumor na tolerização das células T será testada useo camundongos IL-10 -/- como receptores e silenciada no tumor. O papel de CCR5 e CCR7 e TLR4 serão estudadas em animais deficientes geneticamente para estas moléculas. . Em todos os tratamentos a funcionalidade das células de memória geradas será testada com desafio de células tumorais. O efeito dos gran-G sobre a resposta anti-tumoral no modelo alogenico de transplante de progenitores hematopoiéticos será avaliado em quimeras irradiadas de B6 em F1(DBA X B6). Estas quimeras receberão números variáveis de P815– GFP (já gerado por transdução com retrovirus). A resposta antitumoral será avaliada por citometria de fluxo de sangue periférico. Para testar o efeito inibitório de granulócitos na DECH humana é necessário antes estabelecer o protocolo de obtenção de granG a partir de doador de MO. Esta será tratada in vitro com diferentes doses de G-CSF em diferentes tempos (até 18 hs) e serão avaliadas a capacidade inibitória sobre linfócitos T, geração de granulócitos de baixa densidade, capacidade fagocítica e metabolismo oxidativo. Este estudo já foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do INCA. Referências Accioly et al. Cancer Res 68(6):1732-1740 (2008) Baksh et al. Mol Cell 10:1071 (2002) Balda e Matter. Trends Cell Biol 13:310 (2003) Bates e Mercurio. 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Blood 95(3):1078-85 (2000) 33 Metas Qualitativas - Identificar novos alvos terapêuticos e desenhar novas estratégias terapêuticas através da compreensão: da função dos corpúsculos lipídicos no processo inflamatório e neoplásico, dos mecanismos moleculares mediados por proteínas da família NFAT na regulação do crescimento celular linfóide e sua relação com a transformação maligna de células do sistema linfohematopoiético, da regulação da angiogênese, dos mecanismos de desregulação do complexo juncional apical em tumores epiteliais, e da migração celular sobre proteínas de matriz extracelular e da modelagem molecular computacional - Estabelecer novos protocolos de imunoterapia para o tratamento da malignidade e da DECH sem prejuízo para a resposta anti-tumoral. Quantitativas - Formação de recursos humanos e produção - 19 Doutores - 29 Mestres - 36 Artigos em revistas indexadas Qualis A Experiência na área de pesquisa Wilson Savino (Pesquisador 1A do CNPq) possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1974), mestrado em Histologia e Embriologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1979) e doutorado em Ciências (Biologia Celular e Tecidual) pela Universidade de São Paulo (1982). Presidiu a Sociedade Brasileira de Imunologia no biênio 1993-1995. Atualmente é membro titular da Academia Brasileira de Ciências e pesquisador titular da Fundação Oswaldo Cruz, onde dirige o Laboratório de Pesquisas sobre o Timo. Tem experiência na área de Imunologia, com ênfase em Imunologia Celular, atuando principalmente nos seguintes temas: 1. Fisiologia da migração celular no sistema linfohematopoiético; 2. Interações imunoneuroendócrinas em condições normais e patológicas; 3.Migração e morte de linfócitos na doença de Chagas; 4. Migração leucocitária em doenças autoimunes e transplante de órgãos; 5. Migração celular em leucemias e linfomas; 6. Migração celular em doenças neuromusculares. É Editor- 34 chefe do periódico NeuroImmunoModulation, Coordenador do Programa de PósGraduação em Ciências da Saúde em Moçambique, e membro da Diretoria da Sociedade Brasileira de Biologia Celular. Patrícia Bozza (Pesquisadora 1A do CNPq) é Pesquisadora Titular. Graduou-se em Medicina em 1990, pela Faculdade de Ciências Médicas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro; e obteve o título de Doutor em Ciências (concentração em Farmacologia) em 1993 pelo Programa de Biologia Celular e Molecular do Instituto Oswaldo Cruz. Em 1994, Patricia foi nomeada Pew Latin American Fellow e desenvolveu o pós-doutorado no Beth Israel Hospital, Harvard Medical School. Patrícia Bozza é pesquisadora titular do Instituto Oswaldo Cruz e pesquisadora 1 A do CNPq. Patricia foi International Scholar do Howard Hughes Medical Institute no período 2002-2006, e coordenou o comitê Brasileiro do Programa Pew em ciências biomédicas. O grupo de pesquisa liderado pela Patrícia está voltado para o estudo dos mecanismos celulares e moleculares da ativação leucocitária e geração de mediadores inflamatórios na resposta à infecção e outras formas de inflamação. Vivian Mary Barral Dodd Rumjanek (Pesquisadora 1B do CNPq) é Professora Titular (UFRJ). Possui graduação em Curso de Ciências Biológicas Modalidade Médica pela UEG atual UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1969), mestrado pela University of London (1973) e doutorado pela University of London (1976). Atualmente é professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Imunologia, com ênfase em Imunologia Celular e Imunologia Tumoral. Atua principalmente em estudos da regulação do sistema imune e no problema de resistência a múltiplas drogas (MDR) em células tumorais. Adriana Cesar Bonomo (Pesquisadora 1D do CNPq) é Professora Associada (UFRJ)/Pesquisador Cedido (INCA). Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1985), mestrado em Ciências Biológicas (Biofísica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1989), doutorado em Ciências Biológicas (Biofísica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1994). e pós doutoramento nos NIH (1990-1994) Atualmente é professor associado da Universidade Federal do Rio de Janeiro, pesquisadora especial do Instituto Nacional de Câncer, - revisora da Brazilian Journal of Medical and Biological Research , - 35 Journal of Cell Biology , - Journal of Leukocyte Biology , Plos one. Atualmente é coordenadora do PIBIC no INCA e responsável pelo programa de treinamento em recursos humanos para pesquisa e chefe da Medicina experimental também no INCA. Tem experiência na área de Imunologia, com ênfase em Imunologia Celular, atuando principalmente nos seguintes temas: transplantes, célula T, tolerância, autoimunidade e medula óssea. Cristina Beatriz Cazabuena Bonorino (Pesquisadora nível 2 do CNPq) – Professora Adjunta (PUC-RGS) - Possui graduação em Ciencias Biologicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1988), mestrado em Genética e Biologia Molecular Departamento de Genética (1991) e doutorado em Genética Imunologia - Ufrgs e University Of Colorado (1995). Realizou pos-doutorados no National Jewish Center for Immunology no Colorado, em modelos de autoimunidade, e na Universidade de Minesotta, em memoria T. Atualmente é professor adjunto da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, sedo bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq desde julho de 2008. Tem experiência na área de Imunologia Celular, e coordena o laboratório de Imunologia Celular e Molecular do Instituto de Pesquisas Biomédicas da PUCRS, atuando principalmente nos seguintes temas: desenvolvimento de vacinas, imunologia tumoral e autoimunidade. Marianne Schrader de Oliveira. Doutoranda Ana Paula Souza. Doutoranda Fabio Maito. Pós-doutorando Giovana Cechim. Mestranda João Paulo de Biaso Viola (Pesquisador 1D do CNPq) é Pesquisador do INCA. Possui graduação em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1989), mestrado em Biologia Parasitária pela Fundação Oswaldo Cruz (1994) e doutorado em Ciências Biológicas (Biofísica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1998). Foi Research Associate do Dana-Farber Cancer Institute e do The Center for Blood Research (Harvard Medical School) no período de 1994 a 1997. Atualmente é Pesquisador Associado da Divisão de Biologia Celular do Instituto Nacional de Câncer (INCA), Pesquisador 1D do CNPq e Cientista do Nosso Estado da FAPERJ. Foi chefe da Divisão de Biologia Celular do INCA no período de 2000 a 2008. É membro da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI), da American 36 Association of Imunologist (AAI) e da Sociedade Brasileira de Biologia Celular (SBBC). Foi primeiro secretário da SBI no biênio 2002-2003. É membro do Editorial Board da Cancer Immunology Immunotherapy (2006-presente) e do International Journal of Oncology (2008-presente). É revisor da Blood, Cancer Immunology Immunotherapy, Oncogene, The FASEB Journal, Journal of Leukocyte Biology e The Journal of Immunology. Orientou 8 dissertações de Mestrado, 3 teses de Doutorado e supervisionou 1 Pós-Doutorado. Tem experiência na área de Imunologia, Biologia Celular e Molecular, com ênfase em Imunologia Molecular, atuando principalmente nos seguintes temas: resposta imune, expressão gênica, ciclo celular e câncer. Flávia R.G. Carneiro (pós-doutoranda) Patrícia S.A. Souza (pós-doutoranda) Bianca A. Barboza. Doutoranda Bruno K. Robbs. Doutorando Giuliana P. Mognol Doutoranda André L.S. Cruz. Mestrando Nina Carrossini Bastos. Aluna de Aperfeiçoamento Pedro I.L. Nobrega. Aluno de iniciação Científica Jose Andrés Morgado Diaz (Pesquisador 2 do CNPq) é Pesquisador do INCA. Possui graduação em Biologia pela Universidad Nacional de Trujillo - Perú (1981), Mestrado (1991) e Doutorado (1996) em Bioquímica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro , e Pós Doutorado pelo Instituto Oswaldo Cruz-FIOCRUZ de Rio de Janeiro. Atualmente é pesquisador associado do Instituto Nacional do Câncer onde lidera o Grupo de Biologia Estrutural e Pesquisador colaborador da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Universidad Estadual de Maringá. Vem desenvolvendo projetos tentando identificar vias de sinalização que medeiam a perda da adesão célla-célula em câncer epitelial e a sua influência no desenvolvimento da tumorigênese. Tem experiência na área de Morfologia e Biologia Celular, com ênfase em biologia celular do câncer, atuando nos temas de transdução de sinais, invasividade e glicosilação de proteína de adesão em câncer epitelial . Flavia Castelo Branco Vidal. Doutorando Marcelo Neves Tanaka. Doutorando Fernanda Leve. Doutorando 37 Julio César Madureira de Freitas Junior. Mestrando Waldemir Fernandes de Souza. Mestrando Wallace Martins de Araújo. Mestrando Lilian Gonçalves dos Reis Bastos. Mestrando Taline Guimarães Corrêa Marcondes. Aluna de iniciacião científica Pedro Henrique Schumann Lima. Aluna de iniciacião científica Dea Maria Serra Villa Verde (Pessquisadora 1D do CNPq)- possui graduação em Farmácia e Bioquímica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1975), mestrado em Histologia e Embriologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1985) e doutorado em Ciências (Microbiologia/Imunologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1993). Atualmente é Pesquisador Titular da Fundação Oswaldo Cruz. Tem experiência na área de Imunologia, com ênfase em Pesquisa Sobre a Fisiologia do Timo, atuando principalmente nos seguintes temas: timo, matriz extracelular, galectinas, infecção pelo Trypanosoma cruzi e neuroimunomodulação. Raquel C. Maia é Pesquisadora do INCA. Possui graduação em Medicina com especialização em Hematologia Clínica e Doutorado em Biologia Celular e Molecular pela Fundação Oswaldo Cruz. É chefe do Laboratório de Hemato-Oncologia Celular e Molecular do Hospital do Câncer-I do Instituto Nacional de Câncer (INCA), atuando principalmente nos seguintes temas: 1) Resistência a multiplas drogas (MDR) nas neoplasias, 2) Mecanismos de indução de apoptose induzida por drogas nas neoplasias, 3) Identificação de fatores prognósticos nas neoplasias e 4) Efeito antitumoral e anti-MDR por novos quimioterápicos nas neoplasias. Em paralelo as atividades de pesquisa, atua como médica hematologista no Serviço de Hematologia, como professora do Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Oncologia, do INCA e como professora colaboradora do Programa de Pósgraduação em Ciências Morfológicas do Departamento de Anatomia do Instituto de Ciências Biológicas da UFRJ. É participante do Programa de Oncobiologia vinculado ao Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ. Clarissa Rodrigues Nascimento. Doutoranda Ernesto de Meis. Pesquisador Juliana Maria Gomes da Motta. Mestranda 38 Ana Carolina dos Santos Monteiro é Pesquisadora Visitante (INCA). Possui graduação em Farmácia pela Faculdade de Farmácia (1995) da UFRJ, Mestrado em Ciências Biológicas (Biofísica) pelo Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho/UFRJ (1997), Doutorado em Ciências Biológicas (Biofísica) pelo Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho/Universidade Federal do Rio de Janeiro (2002) e pós-doutorado (2003-2005). Foi Fisiologia/IBCCF/UFRJ bolsista PRODOC/CAPES (2005-2007). Atualmente do é Departamento Professora Visitante de da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Bioquímica/Biologia Molecular e Imunologia Celular, atuando principalmente em estudos da regulação do sistema imune e desenvolvimento de vacinas. Flavio Henrique Paraguassú Braga é Chefe do Banco de Cordão Umbilical Placentário. Concluiu o mestrado em Ciências Morfológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 2001. Atualmente é supervisor técnico do banco de sangue de cordão umbilical e placentário do instituto nacional de cancer. Publicou 63 trabalhos em anais de eventos. Participou de 4 eventos no exterior e 27 no Brasil. Recebeu 4 prêmios e/ou homenagens. Atua na área de morfologia, com ênfase em citologia e biologia celular. Em suas atividades profissionais interagiu com 42 colaboradores em co-autorias de trabalhos científicos. Ana Carolina Terra Mercadante. Aluna de Aperfeiçoamento II Ana Paula Gregório Alves. Técnica-INCA Rômulo Braga Areal. Mestrando Rômulo Gonçalves Galvani. Mestrando Verônica Maria Morandi da Silva (Pesquisadora 1C do CNPq) é Professora Adjunta (UERJ) 01/09/62. Possui graduação em Bacharelado Em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1983), mestrado em Bioquímica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1987) e doutorado em Biologie Cellulaire Et Moléculaire Du Vaisseau - Universite de Paris VII - Universite Denis Diderot (1994). É revisora dos periódicos Experimental Cell Research, Journal of Cellular Biochemistry e Microbiology. Atualmente é prof. adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Morfologia, com ênfase em Biologia 39 de Células Vasculares, atuando principalmente nos seguintes temas: adesão celular, angiogênese, matriz extracelular, interação de patógenos com o endotélio. Camila Castro Figueiredo é Professora Adjunta (UERJ). Possui graduação em Bacharelado Em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1998), mestrado em Biologia (Biociências Nucleares) pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2000) e doutorado em Biologia (Biociências Nucleares) pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2004). Tem experiência na área de Morfologia, com ênfase em Citologia e Biologia Celular e atua principalmente no estudo da célula endotelial, avaliando interações celulares entre o endotélio e outros tipos celulares. Aline Oliveira da Silva. Aluna de iniciação científica Francisco Vardiero Morais. Biólogo Juliana Vieira Dias. Doutoranda Laila Ribeiro Fernandes. Aluna de iniciação científica Marcela Ferreira Marques. Mestranda Marcos de Oliveira Temperini. Técnico-UERJ Viviane Wallerstein Mignone Dantas. Aluna de iniciação científica Cinthya Sternberg é Pesquisadora do INCA. Possui graduação em Ciências Biológicas (Genetica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1996), e mestrado (1999) e doutorado (2202) em Ciências Biológicas (Biofísica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Com pós-doutoramento na Hebrew University of Jerusalem (Eric Roland Center for Neurodegenerative Diseases) e no Technion (Cancer and Vascular Biology Research Center, Rappaport Faculty of Medicine). É atualmente Pesquisadora Plena no Instituto Nacional do Câncer Divisão Pesquisa Clínica, CPQ. Tem experiência na área de morte celular, com ênfase em sinalização e mecanismos de apoptose, e em degradação de proteínas pelo sistema ubiquitina - proteassoma. Clarissa M. Maya Monteiro é Pesquisadora. Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1995), mestrado em Química Biológica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1996) e doutorado em Bioquímica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2000). Tem experiência na área de 40 Bioquímica, com ênfase em Lipídeos, atuando principalmente nos seguintes temas: lipoproteína, carrapato, hemeproteína, fluorescencia e oxidação. Atualmente é pesquisadora concursada da Fundação Oswaldo Cruz, atuando na área de metabolismo lipídico e resposta inflamatória, com ênfase nos efeitos da leptina na resposta imune e formação de corpúsculos lipídicos em leucócitos. Heloisa D'Avila da Silva é Pós-Doutoranda. Bióloga, Doutora e Mestre em Biologia Celular e Molecular pela Fundação Oswaldo Cruz (2006). Tem experiência na área de Biologia Geral, com ênfase em Biologia Celular, atuando principalmente nos seguintes temas: mediadores lipídicos, BCG, corpúsculos lipídicos, inflamação, Doença de Chagas e Tuberculose. Aualmente é Responsável Técnica pela Plataforma Tecnológica - Luminex e Pesquisadora do Laboratório de Imunofarmacologia na Fundação Oswaldo Cruz, RJ. Cecilia Jacques Gonçalves de Almeida é Pesquisadora. Graduou-se em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1991), obteve grau de mestre em Ciências Biológicas (Biofísica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1996) e de doutor em Ciências Biológicas (Biofísica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2002). Realizou seu pós-doutorado no Lab de Caveolas, localizado inicialmente no Albert College of Medicina, NY e, posteriormente, no Kimmel Cancer Center, Thomas Jefferson University, Philadelphia. Sua experiência concentra-se nas áreas de biologia molecular e celular, no estudo de processos inflamatórios e respostas celulares de macrófagos. Kelly Grace Magalhães. Doutoranda Patrícia Elaine de Almeida – Doutoranda Rafael M Cardoso. Mestrando Narayana Fazolini P. Bastos. Mestrando Natalia Roberta Roque. Aperfeiçoamento Científico Silvia Lage. Aluna de iniciação científica Renata Ferreira Senfft. Aluna de iniciação científica Leonardo Santos de Assunção. Aluno de iniciação científica Giselle Barbosa Lima. Aluna de iniciação científica Edson Fernandes de Assis. Tecnologista 41 Suse Dayse Silva Barbosa possui graduação em Biomedicina pela Universidade do Rio de Janeiro (1988), mestrado em Biologia Celular e Molecular pela Fundação Oswaldo Cruz (1994), doutorado em Biologia Celular e Molecular pela Fundação Oswaldo Cruz (1999) e pós-graduação na França (2001). Atualmente é pesquisador do Instituto Nacional de Câncer, estando cedida para Fundação Oswaldo Cruz, além de atuar como pesquisador colaborador - Hôpital Pitié-Salpêtrière. Tem experiência na área de Biologia Celular, com ênfase em Imunologia, atuando principalmente nos seguintes temas: migração e desenvolvimento de linfócitos T, transplante e inflamação. Cronograma Ano 1, 1o semestre - Análise da composição protéica e lipídica de corpúsculos lipídicos estimulados por diveros agentes - Geração dos vetores contendo os cDNAs codificantes para NFAT1 e NFAT2 - Analise da expressão por “microarray” de células transfectadas - Estabelecimento de cultura de progenitores CD34+ a partir de sangue de cordão ubilical - Produção de proteínas recombinantes para ensaios in vitro - Estabelecimento da técnica de ubiquitinação e degradação de proteínas in vitro - Estabelecimento de protocolos de transfecção - Determinação do status colinérgico em pacientes selecionados - Validação da interação de AChE com hRUL138 - Transferência adotivas de células marcadas com CFSE - Análise de diferenciação de células T anti-tumoral em memória - Análise da apresentação e fenótipo de DC nos modelos experimentais - Analisar a expressão e atividade dos transportadores ABC, ABCB1 e ABCC1, em células dendríticas humanas nas suas várias fases de desenvolvimento - Estabelecer o papel de estressores como calor e hipóxia na maturação, diferenciação e ativação de células dendríticas, correlacioneo-os à expressão de transportadores ABC - Estudar a formação de armadilhas extracelulares por gran-G - Estabelecer o modelo de DECH em presença de tumor 42 - Estabelecer as diferenças de migração entre as diversas linhagens de células infectadas pelo HTLV-I - Analisar o papel de S1P1 e seus ligantes no desenvolvimento de células T humanas, incluindo o papel destas moléculas nas interações entre timócitos e o microambiente tímico (inclusive interações mediadas por outras moléculas), e também nos eventos de morte, proliferação, ciclo e migração celular - Padronização da metodologia de obtenção culturas endoteliais transfectadas para o silenciamento do core protéico do sindecan-4 (células sind-4-) - Seleção de linhagens tumorais com baixa expressão de TN-C, ou produzi-las por técnicas de silenciamento de linhagens tumorais estabelecidas - Ensaios de interação entre células de carcinoma de próstata e mama com a matriz subendotelial nativa, na presença de desintegrinas e polissacarídeos de invertebrados marinhos - Ensaios de diferenciação angiogênica (tubulogênese) e ensaios de proliferação endotelial na presença de desintegrinas e polissacarídeos de invertebrados marinhos. Ano 1, 2 o semestre - Análise da composição protéica e lipídica de corpúsculos lipídicos estimulados por diveros agentes - Estudo da sinalização induzida por leptina - Analise da expressão por “microarray” de células transfectadas - Validação por PCR em tempo real dos genes identificados no “microarray” - Caracterização dos efeitos de proteínas transfectantes (XAF, NFAT, JAK2 e JAK2V617F) - Correlacionar a expressão de NFAT com as variantes AChE-S e AChE-R em CD34+ diferenciadas - Determinação do status colinérgico em pacientes selecionados - Validação da interação de AChE com hRUL138 - Estudar a formação de armadilhas extracelulares por gran-G - Avaliar a resposta anti-tumoral da DECH - Estabelecer o protocolo de geração de gran-G humanas, in vitro, a partir de células de medula óssea - Análise de diferenciação de células T anti-tumoral em memória 43 - Análise da apresentação e fenótipo de DC nos modelos experimentais - Análise de sobrevivência de células T, mecanismos de morte celular (Fas, etc) - Continuar com os estudos envolvendo o papel de estressores correlacioneo os efeitos à expressão de transportadores ABC nas DC - Estabelecer o efeito de agentes diferenciadores butirato de sódio e ácido retinóico, na maturação e diferenciação de células dendríticas assim como os efeitos dos mesmos na ativação dessas células - Verificar a via do EGFR e p38 nos efeitos produzidos por agentes diferenciadores em células dendríticas - Analisar o papel do S1P1 e seus ligantes no desenvolvimento da LLA-T e do LL-T, e a relação da expressão destas moléculas com a localização preferencial das células tumorais - Verificar que quimiocinas e moléculas de ECM poderão envolver-se na formação das massas tumorais nos linfonodos mesentéricos e de placas de Peyer.de animais Tg para APRIL - Modelagem comparativa computacional para desenho de novos inibidores de migração celular. - Estudo da expressão e atividade dos receptores de VEGF (VEGFR1 e VEGFR2/Kdr) nas células endoteliais (selvagens e silenciadas para o sindecan4). - Estudo do comportamento adesivo, proliferativo, migratório (papel de cisteínoproteases) e de diferenciação angiogênica de células endoteliais silenciadas para o sindecan-4 (tubulogênese) - Ensaios de interação entre células de carcinoma (próstata e mama) e monocadas endoteliais in vitro, em condições dinâmicas, na presença de desintegrinas e polissacarídeos de invertebrados marinhos. Ano 2, 1 o semestre - Estudo da sinalização induzida por leptina - Papel da leptina na indução de tumores - Estudo do papel de moléculas sinalizadoras e suas relações com corpúsculos lipídicos - Analise do fenótipo linfoproliferativo dos animais NFAT1-/- e NFAT2-/- 44 - Analise do fenótipo linfoproliferativo dos animais CA-NFAT1 e CA-NFAT2 - Avaliar o NFAT na indução do splicing alternativo do gene da AChE associado à diferenciação de linhagem mielóide - Determinação da expressão das isoformas de AChE em pacientes selecionados - Estudo da degradação da AChE-S in vitro e in vivo - Avaliar o efeito de Gran-G na resposta anti-tumoral no modelo de DECH - Encaminhar o ensaio clínico com gran-G para testar inibição da DECHaguda - Estudar as citocinas envolvidas na resposta anti-hospedeiro e anti-tumoral - Testes com diferentes adjuvantes para DC (citocinas e agentes estressores) - Verificar o efeito de produtos do microambiente tumoral na diferenciação e ativação de células dendríticas - Verificar a presença de micro-partículas nos sobrenadantes de células tumorais e seu efeito na diferenciação e ativação de células dendríticas - Verificar o efeito de trombina (ativada por micro-partículas e normalmente produzida em ambiente tumoral) na ativação de células dendriticas - Verificar que quimiocinas e moléculas de ECM poderão envolver-se na formação das massas tumorais nos linfonodos mesentéricos e de placas de Peyer de animais Tg para APRIL - Modelagem comparativa computacional para desenho de novos inibidores de migração celular. - Análise das vias de sinalização ativadas por substratos mistos de fibronectina/peptídeos de TSP-1, comparativamente em culturas endoteliais selvagens e silenciadas para o sindecan-4. - Estudo do comportamento proliferativo e da diferenciação de células endoteliais selvagens e silenciadas para o sindecan-4, após contato com matrizes produzidas por células de glioma expressando diferentes níveis de TN-C. - Estudo preliminar da regulação do ciclo endotelial pela matriz tumoral pela TN-C: identificação dos domínios funcionais da TN-C envolvidos. Ano 2, 2 o semestre - Estudo do papel de moléculas sinalizadoras e suas relações com corpúsculos lipídicos de células tumorais 45 - Identificação de alvos terapêuticos ligados a biogênese e atividade dos corpúsculos lipídicos - Analise do fenótipo linfoproliferativo dos animais NFAT1-/- e NFAT2-/- - Analise do fenótipo linfoproliferativo dos animais CA-NFAT1 e CA-NFAT2 - Avaliar o NFAT na indução do splicing alternativo do gene da AChE associado à diferenciação de linhagem mielóide - Determinação da expressão das isoformas de AChE em pacientes selecionados - Estudo da degradação da AChE-S in vitro e in vivo - Encaminhar o ensaio clínico com gran-G para testar inibição da DECHaguda - Estudar as citocinas envolvidas na resposta anti-hospedeiro e anti-tumoral no modelo de DECH - Análise da Ubiquitinação/degradação da AChE-S na diferenciação de MKs - Papel de TLR4, CCR5 e CCR7 na eficiência de vacinação com DC - Estabelecer o efeito de ATP extracelular na viabilidade, diferenciação e ativação de células dendríticas - Verificar quais as citocinas presentes no microambiente tumoral, são responsáveis pelo efeito na diferenciação e ativação de células dendríticas - Verificar que quimiocinas e moléculas de ECM poderão envolver-se na formação das massas tumorais nos linfonodos mesentéricos e de placas de Peyerde animais ?Tg para APRIL - Modelagem comparativa computacional para desenho de novos inibidores de migração celular e síntese e teste dos peptídeos identificados por esta abordagem. - Estudar comparativamente as vias de sinalização influenciadas pela composição das matrizes de gliomas, em células endoteliais silenciadas em sindecan-4 e selvagens. - Investigação da modulação de proteínas do ciclo celular (CDKs, ciclinas, CKIs) em células endoteliais selvagens e silenciadas para o sindecan-4 em contato com matrizes tumorais nativas, ou produzidas por células de gliomas silenciadas para TN-C (ou selecionados para baixa expressão desta); - Estudo in vitro da interação de células endoteliais progenitoras (selvagens e silenciadas para o sindecan-4) com endotélio maduro, sob efeito de fatores tumorais: condição estática e sob fluxo. 46 Anos 3-5 - Identificar novos alvos terapêuticos e marcadores prognósticos baseados não conhecimento da biogênese de corpúsculos lipídicos - Analisar a expressão das proteínas NFAT1 e NFAT2 em diferentes amostras de linfomas de pacientes por “tissue microarray” e correlacionar a expressão destas proteínas com a resposta terapêutica e sobrevida deste pacientes, com o objetivo de avaliar se as proteínas NFAT podem ser utilizadas como marcadores de prognóstico em pacientes com doenças linfoprolifetarivas - Analisar a atividade de AChE em pacientes portadores da mutação JAK2 V617F; Análise da expressão de mRNA de XAF na medula óssea de pacientes portadores da mutação JAK2 V617F; Análise da expressão de mRNA da AChE na medula óssea de pacientes portadores da mutação JAK2 V617F; Mapeamento dos sítios de ubiquitinação da AChE-S; Resposta plaquetária induzida por LPS em animais knockout para NFAT1; Análise da expressão da AChE em animais knockout para proteínas NFAT1 - Ensaio clínico com gran-G para inibição da DECH - Estudar os mecanismos de inibição da DECH por gran-G no que se refere a microflora intestinal - Desenho e teste de terapias celulares incluindo células dendríticas e linfócitos, no modelo animal (pré-clínico), Desenho e teste de uma terapia experimental para humanos - Com o que foi estabelecido nos dois primeiros anos utilizeo células dendríticas de indivíduos normais, estudaremos os mesmos parâmetros em (a) células dendríticas de pacientes com câncer e trombose, e (b) células dendríticas de pacientes com histiocitose de células de Langerhams - Desenho e teste de agentes inibitórios obtidos a partir dos ensaios de modulação computacional baseado nos doados gerados experimentalmente - Modulação dos padrões de migração de malignidades hematopoiéticas a partir da identificação dos mecanismos que levam a esta migração diferencial. - Avaliação do papel da TN-C em células tumorais silenciadas ou selvagens no modelo de glioma experimental (colaboração com o grupo do Prof. Vivaldo Moura Neto/UFRJ): estudo morfo-funcional da rede vascular em tumores gliais implantados. 47 - Estudo in vivo do recrutamento e incorporação de EPCs humanas (silenciadas para o sindecan-4 ou selvagens) em tumores implantados em camundongos nude (pelo uso do sistema de bioluminescência in vivo – padronização do modelo). - Estudo in vivo do recrutamento e incorporação de EPCs humanas (silenciadas para o sindecan-4 ou selvagens) em tumores implantados em camundongos nude (efeito de moduladores de adesão). Interações locais e internacionais Nacionais - Hugo Castro-Faria-Neto – IOC/FIOCRUZ. - Jonas Perales – IOC/FIOCRUZ. - Richard H. Valente – IOC/FIOCRUZ. - Rossana Melo – Dept. Biologia Celular – UFJF. - Christianne Beeira-Melo – Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho/UFRJ. - Roger Chammas, Departamento de Oncologia, USP. - Gustavo Amarante Mendes, Departamento de Imunologia, USP. - Martin Bonamino – INCA. - Ilana Zalcberg Reanult - INCA. - Bruno Lourenço Díaz - Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho/UFRJ. - Weerley de Souza - Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho/UFRJ. - Celso Vataru Nakamura – Departamento de Anàlises Clínicas, Universidade Estadual de Maringá. - Heloisa Selistre de Araujo - Dep. de Ciências Fisiológicas/UFSCar. - Vivaldo Moura Neto - Dep. de Anatomia/UFRJ. - Julio Scharfstein- Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho/UFRJ. - Leila Maria Lopes Bezerra - Departamento de Biologia Celular e Genética/UERJ. - Paulo Antônio de Souza Mourão - Departamento de Bioquímica Médica/UFRJ. - Prescilla Emy Nagao Ferreira -Departamento Genética/UERJ. - David Saitovich –Laboratório de nefrologia- PUC-RS. - Clarice Alho - Laboratório Genética- PUC-RS. - Carla Bonan- Laboratório Bioquímica- PUC-RS. de Biologia Celular e 48 - Nance Nardi - Laboratório de Imunogenética – UFRGS. - Gilberto Schwartzman - Hospital de Clínicas de Porto Alegre. - João Santana, USP de Ribeirão Preto. - José Barbuto, ICB-USP. - Laboratório de Inflamação, Instituto Oswaldo Cruz, Fiocruz. - Centro de Pesquisa Básica, Instituto Nacional do Câncer. - Setor de Bioinformática, Laboratório Nacional de Computação Científica, Petrópolis. - Instituto Ludwig de Pesquisas Sobre o Câncer. - Departamento de Genética, FMRP/USP-Ribeirão Preto. - Departamento de Biologia Celular, FMRP/USP-Ribeirão Preto. - Departamento de Imunologia, FMRP/USP-Ribeirão Preto. - Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade Federal de Alagoas, Maceió. Internacionais - Peter F. Weller – Harvard Medical School – Estados Unidos. - Guy Zimmerman – Utah University - Estados Unidos. - Anjana Rao - The Center for Research, Harvard Medical School. - Chantal Legre – INSERM U533 Hôpital Saint Louis, Université Paris 7. - Anne Woods - University of Alabama at Birmingham, Estados Unidos. - Cathérine Boisson-Vidal INSERM, Faculté de Pharmacie Université Paris 5. - Michel Crépin_ INSERM U 553 Hôpital Saint Louis. - Marc Jenkins - Universidade de Minnesota, Estados Unidos. - Vince Guerriero, da Universidade do Arizona, Estados Unidos. - Barry Rouse, da Universidade do Tenessee, Estados Unidos. - William Heath – Austrália. - Departamento de Imunologia, Universidade Nacional de Rosário, Argentina. - Departamento de Imunologia, Instituto Nacional de Saúde, Moçambique. - Departamento de Biologia Celular, Universidade Complutense de Madri, Espanha. - Instituto de Genética Molecular de Montpellier, CNRS, França. - Hôpital Pitiè-Salpetrière, Inserm UMR 787, Paris, França. - Hôpital Necker, CNRS UMR-8147, Paris, França. 49 Projetos financiados nos últimos cinco anos João Viola - CNPq, Edital Universal 01/2002 (472819/2003-8). Envolvimento do Fator de Transcrição NFAT1 no Controle do Ciclo Celular e Apoptose na Ativação de Linfócitos. Pesquisador Principal, 2003-2005. R$49.000. - NIH/FIRCA (RO3-TW006466-01). Titulo: Cell Cycle e Apoptosis Regulation by NFAT. Pesquisador Principal, 2004-2007. US$96.000. - CNPq, Edital (401130/2005-3). MCT-CNPq/MS-SCTIE-DECIT-Saúde/Neoplasias Envolvimento de Corpúsculos Lipidicos e 06/2005 enzimas metabolizadoras de lipídeos (PLA2, COX-2 e FACL-4) no adenocarcinoma de colon. Colaborador. Pesquisador Principal: Patrícia Bozza. 2005-2007. R$90.000. - CNPq, Edital MCT-CNPq/MS-SCTIE-DECIT-Saúde/Neoplasias 06/2005 (400968/2005-3). Envolvimento do NFAT na Regulação do Ciclo Celular e Tumorigênese. Pesquisador Principal, 2005-2007. R$110.000. - International Centre for Genetic Engineering e Biotechnology (ICGEB), Collaborative Research Programme (CRP/BRA04-02). Involvement of NFAT Transcription Factor in Cell Cycle Regulation. Pesquisador Principal, 20052008. US$60.000. - CNPq, Edital Universal 02/2006 (484995/2006-5). Envolvimento do Fator de Transcrição NFAT na Ativação e Transformação de Linfócitos B. Pesquisador Principal, 2006-2008. R$37.000. - FAPERJ, Cientista do Nosso Estado - Edição 2007 (E-26/100.517/2007). Titulo: Regulação da Ativação e Transformação de Linfócitos pelos Fatores de Transcrição NFAT. Pesquisador Principal, 2007-presente. R$56.600. - FAPERJ, PensaRio - Apoio ao Estudo de Temas para o Rio de Janeiro (E26/110.374/2007). Bases Celulares e Moleculares da Resposta Inflamatória em Doenças Infecciosas e Câncer: Identificação de Biomarcadores e Novos Alvos Terapêuticos. Colaborador (Pesquisador Principal: Dra. Patrícia Bozza), 2007presente. R$600.000. - FAPERJ, Auxilio a Pesquisa Edital PPSUS (E-26/171.474/2006). Envolvimento da Família de Fatores de Transcrição NFAT na Regulação do Ciclo Celular e Tumorigênese. Pesquisador Principal, 2008-presente. R$40.000. 50 Adriana Bonomo - FAPERJ, Edital APQ2 – Auxilio à Organização de Eventos 2008/01 (E-26 / 111.315 / 2008). 15th International Histocompatibility e Immunogenetics Workshop (15IHIWS) . Pesquisador Principal, 2008. R$18.000,00 - FAPERJ, Edital Programa Á Inst. De Ensino e Pesquisa Sediadas 2008 (E-26 / 110.949 / 2008). Aplicações de Bioluminescência e fluorescência in vivo em câncer e inflamação. Pesquisador Principal, 2008.R$200.000,00. - FAPERJ, PensaRio - Apoio ao Estudo de Temas para o Rio de Janeiro (E26/110.374/2007). Bases Celulares e Moleculares da Resposta Inflamatória em Doenças Infecciosas e Câncer: Identificação de Biomarcadores e Novos Alvos Terapêuticos. Colaborador (Pesquisador Principal: Patrícia Bozza), 2007presente. R$ 50.000,00 (parcial do pesquisador). - CNPq, Edital Universal 2007 Faixa C-Edital MCT/CNPq 15/2007 - Universal Faixa C - De R$ 50.001,00 até R$ 150.000,00 (471108/2007-3). Imunologia e hematopoiese: procura de novas estratégias de regulação. Pesquisador Principal, 2007-2009. R$ 77000,00 - CNPq, Edital PQ 10/2007 - (308961/2007-2). Imunologia e hematopoiese: procura de novas estratégias de regulação. 2008-2010.R$75.600,00 (inclui taxa de bancada). - FAPERJ, Edital BBP – Programa Cientistas do Nosso Estado – Nivel 1 (E26 / 152.896 / 2006). Terapia Celular e Gênica no Transplante de progenitores Hematopoietios. Pesquisador Principal, 2007-2008. R$ 48.000,00 - CNPq, Edital CT-Saúde/MCT/CNPq nº 06/2005. Estudo de Neoplasias (4000998/2005-0). Terapia Celular e Genica no Transplante de Progenitores Hematopoieticos. Pesquisador Principal, 2005-2007. R$90.000,00 - CNPq, Edital PQ 10/2004 - (303794/2004-6). Tranplante de Progenitores Hematopieticos: imunologia e hematopoiese, 2005-2008. R$75.600,00 (inclui taxa de bancada). - SWB – Swiss Bridge Foundation - Cooperação Internacional – Subprojeto 5: Phase I/II trial on the inhibitory effect of G- CSF induced low density granulocytes (LDG) over acute Graft Versus Host Disease after allogeneic stem cell transplantation e studies on LDGs mechanism of action. Pesquisador Principal, 2006-2008. R$ 360.000,00 51 - FAPERJ, Edital APQ1 – Auxilio Á Pesquisa 1 (E26 / 170.624 / 2004). Hematopoiese e Sistema Imun e: Interações na Saúde e na Doença. Pesquisador Principal, 2004-2005. R$20.000,00. - CNPq, Edital Universal 2002 Faixa A - até R$ 25.000,00 (474929/2003-5). Transplante de progenitores hematopoéticos: implicações do sistema imune e da interação com o estroma medular. Pesquisador Principal, 2003-2005. R$24.900,00. José Morgado - Estudo dos mecanismos celulares e moleculares relacionados com a perda da adesão célula-célula no câncer de colon. Agência financiadora: CNPq, Processo: 501485/2008-2. Bolsa de Auxilio Técnico Nível Superior. R$ 11640,00 - Manutenção do Sistema de microscopia e Processamento de Imagens da Divisão de Biologia Celular – INCa. Agência financiadora: FAPERJ, Processo: E-26/110.885/2008. R$ 51.240,00. - Bases Celulares e Moleculares da Resposta Inflamatória em Doenças Infecciosas e Câncer: Identificação de Biomarcadores e Novos Alvos Terapêuticos. FAPERJ, PensaRio - Apoio ao Estudo de Temas para o Rio de Janeiro. Processo: E-26/110.374/2007-2008. R$ 25.000,00. - Aspectos celulares e moleculares da transisão epitélio-mesenquimal na carcinogênese colo-retal. Agencia financiadora: FAPERJ, Processo: E26/170.565/2007 R$ 12500,00. - Aspectos Celulares e Moleculares na Adesão Célula-Célula em Câncer Coloretal: Identificação de Moléculas Alvos Para Uso Potencial Como Agentes Terapêuticos. Agência financiadora: FAPERJ/MS. 2006 R$ 31.000,00. - Aspectos celulares e moleculares da perda da adesão célula-célula em câncer de cólon Agência financiadora: Ministério da Saúde - Projerto INCA FIOCRUZ. 2006. R$ 120.000,00 - Aspectos celulares e moleculares da perda da adesão célula-célula em câncer de cólon Agência financiadora: FAPERJ, Processo: E-26/170.177/2005. R$ 12500,00 52 - Estudo da regulação da organização e função do complexo juncional em células de adenocarcinoma de cólon. Agência financiadora: FAPERJ, Processo: E-26/170.000/2003. R$ 12500,00 - Estudo da regulação e função do complexo juncional em células de adenocarcinoma de cólon. Agência financiadora: CNPq, Processo: 412043/2003-3 R$ 25000,00 Vivian Rumjanek - FINEP- Coordenadora do Projeto Novos quimioterápicos para o tratamento de neoplasias Proc. 4161/05. Inicio Agosto 2006, valor R$ 970.000,00 (só metade da verba foi liberada). Vigente. - FAPERJ – PENSA RIO – Coordenadora do Projeto Resistência a múltiplas drogas em câncer: estudo do problema e busca de novas abordagens terapêuticas. Proc. E-26/110.399/2007. Início Novembro 2007, valor R$ 194.075,00. Vigente. - CNPq – NEOPLASIAS – Coordenadora do Projeto Resistência a quimioterápicos em câncer de pulmão. Início Janeiro 2006, valor R$ 90.000,00. Finalizado Janeiro 2008. Veronica Morandi - Bolsa de Produtividade em Pesquisa – Nível 1C – CNPq: março de 2006 a fevereiro de 2009. R$36.000,00. - Estudo do papel do sindecan-4 e da trombospondina-1 na angiogênese, em modelos de células endoteliais transfectadas - CNPq – Edital Universal 2006proc.485188/2006-6 (implementado em 2007)R$27000,00. - Modulação fenotípica de células endoteliais adultas e progenitoras – CNPq Chamada de Apoio a Cooperação Internacional 2006 – CNPq/INSERM – proc. 490757/2006-5 (implementado em 2007)R$36000,00. - Interação de células tumorais com a matriz subendotelial e com o endotélioCNPq – Edital para o Estudo de Neoplasias 06/2005 - Proc. 401188/2005-1 R$ 70.000,00. - Novas moléculas pró-angiogênicas para a optimização do cultivo de precursores endoteliais circulantes de humanos – CNPq Edital para Estudo de Células-Tronco 024/2005 – Proc. 552412/2005-8 R$ 60.000,00 53 - Interações de células tumorais com a matriz extracelular e com o endotélio. CNPq – Edital para o Estudo de Neoplasias 06/2005 – Proc. 401188/2005-1 R$ 17.000,00. - Glicobiologia: efeito de polissacarídeos na biologia vascular, aprovado no âmbito do PRONEX/CNPq (edital FAPERJ 04/2006) (participante) coordenador: Prof. Paulo Antônio de Souza Mourão/UFRJ R$ 75.000,00. - Inflamação e Câncer, projeto aprovado no âmbito do Edital de Apoio às Entidades Estaduais/FAPERJ, (participante) coordenadora: Profa. Thereza Christina Barja-Fidalgo/UERJ R$ 45.000,00. - Tumores Intracranianos: Imagem, cirurgia, classificação, biologia celular e molecular, projeto aprovado no âmbito do Pensa Rio/FAPERJ (participante) coordenador: prof. Vivaldo Moura Neto/UFRJ. R$ 67.000,00. - Glicobiologia: efeito de polissacarídeos na biologia vascular, aprovado no âmbito do PRONEX/CNPq (edital FAPERJ 04/2006) (participante) coordenador: Prof. Paulo Antônio de Souza Mourão/UFRJ. Cristina Bonorino - Geração de memória T CD4+ anti-tumoral in vivo - Edital Neoplasias, CNPq, 2005 – R$ 70.000,00. - Estudo da proteção de células nervosas da pele dos danos da radiação UVA/UVB. O Boticário, 2005. R$ 212.000,00. - Terapia celular para pacientes com câncer de mama – otimização da terapia convencional – Edital Procoredes III, FAPERGS, 2006, R$ 35.000,00. - Desenvolvimento de um imunossupressor baseado na Hsp70 de Mycobacterium tuberculosis Finep, 2008. R$120.000,00. Patrícia Bozza - PAPES V-FIOCRUZ- Biogênese e novas funções dos corpúsculos lipídicos na sinalização celular: Contribuições para a inflamação e câncer. Pesquisador Principal: Patrícia Bozza, 2008-2010. R$ 60.000,00. - CNPq, Programa Nacional de Pós Doutorado (Ed 342007 L3 PD 558697/20089). Bases Celulares e Moleculares da Biogênese e Função dos Corpúsculos Lipídicos em Macrófagos: Contribuições para a resposta imune inata. Pesquisador Principal: Patrícia Bozza, 2008-2012. R$ 261300,00. 54 - CNPq, Edital Universal- (485333/2007-4) Título: O papel dos receptores do tipo Toll na atividade imunomoduladora de lipídeos de Schistosoma mansoni. Pesquisador Principal: Patrícia Bozza, 2007-2008. R$ 119.000,00. - FAPERJ, PensaRio - Apoio ao Estudo de Temas para o Rio de Janeiro (E26/110.374/2007). Bases Celulares e Moleculares da Resposta Inflamatória em Doenças Infecciosas e Câncer: Identificação de Biomarcadores e Novos Alvos Terapêuticos. Pesquisador Principal: Patrícia Bozza, 2007-2009. R$ 600.000,00. - FAPERJ, Cientista do Nosso Estado - Titulo: Heterogeneidade e Função dos Corpúsculos lipídicos em Macrófagos: Contribuições para a aterosclerose e a resposta imune inata. Pesquisador Principal: Patrícia Bozza, 2007-2008. R$ 48.000,00. - CNPQ, Bolsa de Produtividade em Pesquisa (308484/2005-3, PQ 10/2005) Mecanismos de Formação e Composição de Corpúsculos Lipídicos em Leucócitos: Impacto para a Geração de Mediadores Inflamatórios. Pesquisador Principal: Patrícia Bozza, 2005-2008. R$ 48.000,00. - PRONEX/MCT/FAPERJ. Mecanismos fisiopatológicos e novas abordagens terapêuticas das doenças inflamatórias pulmonares: da bancada a prática clínica. Pesquisador Principal: Walter Zin, 2006-2008. R$ 600.000,00. - Edital MCT-CNPq/MS-SCTIE-DECIT-Saúde/Neoplasias 06/005(401130/20053) Neoplasias. Envolvimento de Corpúsculos Lipídicos e enzimas metabolizadoras de lipídeos (PLA2, COX-2 e FACL-4) no adenocarcinoma de cólon. Pesquisador Principal: Patrícia Bozza. R$ 90.000,00. - PAPES IV-FIOCRUZ (400131/2006-4). Participação dos corpúsculos lipídicos na resposta imune inata e na resposta do hospedeiro frente à parasitas intracelulares. Pesquisador Principal: Patrícia Bozza, 2006-2007. R$ 60.000,00. Wilson Savino - Laminina e migração celular no sistema linfo-hematopoiético: papel funcional e potencial terapêutico, 2008 – 2011, R$ 470.000,00, CNPq/Faperj – Pronex. - Migração linfocitária na infecção pelo vírus HTLV-1, 2008 – 2010, R$ 55.000,00, CNPq – Pró África. - Migração e Morte de Linfócitos T na Infecção Chagásica Experimental, 2006 – 2008, R$ 40.000,00, CNPq – Pró Sul. 55 - Participação da Galectina-3 na Migração e Morte de Timócitos em Condições Fisiológicas e na Infecção Chagásica Experimental, 2008-2010, R$ 39.503,00, CNPq-Universal. - Interação timócitos / células epiteliais tímicas humanas: perfil de expressão gênica. 2006 – 2008, R$ 35.000,00, CNPq – Universal. - Interação timócitos / células epiteliais tímicas humanas: perfil da expressão gênica, 2007 – 2009, R$ 54.000,00, Faperj – Cientista do Nosso Estado. - Distrofia Muscular de Duchenne: estudo do processo inflamatório, 2008 – 2010, 60.000,00 R$ , PAPES – Fiocruz. - Moléculas envolvidas no endereçamento de Células - Tronco Humanas, 2006 – 2008, R$ 190.000,00, INCA Fiocruz. - Interações celulares e moleculares na fisiopatologia da infecção por HTLV-1: modelos de estudo de migração linfocitária e transferência de material viral, 2006 – 2008, R$ 350.000,00, INCA Fiocruz. Participação em Pós-graduações João Viola - Programa de Pós-graduação em Oncologia, Instituto Nacional de Câncer (nível 5), Docente Permanente. - Programa de Pós-graduação em Biofísica, Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, UFRJ (nível 7), Docente Colaborador. - Programa de Pós-graduação em Ciências Morfológicas, Instituto de Ciências Biomédicas, UFRJ (nível 6), Docente Colaborador. Patrícia Bozza - Pós-graduaçao em Biologia Celular e Molecular / IOC-FIOCRUZ (nível 6), Docente permanente. - Pós-graduaçao em Clinica Médica (Pneumologia) UFRJ (nível6), Docente Colaborador. - Pós-graduaçao em Imunologia ICB USP (nível 7), Docente Colaborador. Adriana Bonomo - Programa de Pós-graduação em Oncologia, Instituto Nacional de Câncer (nível 5), Docente Permanente. 56 - Programa de Pós-graduação em Microbiologia, Instituto de Microbiologia Professor Paulo de Góes (nível 6), Docente permanente. - Programa de Pós-graduação em Biofísica, Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, UFRJ (nível 7), Docente Colaborador. Cristina Bonorino - Programa de Pós Graduação em Biologia Celular e Molecular – PUCRS (nível 4), Docente Permanente. Veronica Morandi - Programa de Pós-Graduação em Biologia/UERJ (nível 6), Docente Permanente. Wilson Savino - Biologia Celular e Molecular – Fiocruz (nível 6). - Oncologia – INCA (nível 5). - Neuro-Imunologia – UFF (nível 4). Déa Maria Serra Villa Verde - Biologia Celular e Molecular – Fiocruz (nível 6). - Biologia Parasitária – Fiocruz (nível6). - Genética e Biologia Molecular – Unicamp (nível 7). - Medicina Veterinária – UFF (nível 5). Suse Dayse Silva Barbosa - Biologia Celular e Molecular – Fiocruz (nível 6). Carla Eponina de Carvalho Pinto - Biologia Celular e Molecular – Fiocruz (nível 6). - NeuroImunologia – UFF (nível 4). Vivian Rumjanek - Programa de Pós-Graduação em Química Biológica , Instituto de Boquímica Médica, UFRJ (nível 7), Docente Permanente. 57 - Programa de Pós-graduação em Biofísica, Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, UFRJ, (nível 7), Docente Permanente. José Morgado - Programa de Pós-graduação em Oncologia, Instituto Nacional de Câncer (nível 5), Docente Permanente. Contrapartida Institucional No INCA: Equipamentos de PCR (6), fontes e cubas para eletroforese (verticais e horizontais), cabines para preparo de PCR, centrífugas clínicas (5), estufas de CO2, cabine de fluxo laminar nível II-A2 (4), microcentrífugas (3), microcentrífuga refrigerada, banho-maria, centrífuga a vácuo, equipamento para preparo de cortes congelados (criostato Reichter-Jung), agitadores orbitais, “shaker” para crescimento de bactérias, banho-maria, geladeiras, freezers –20 (4), freezers –80 (4), centrífugas refrigeradas (2), microscópio invertido e direto (fase e fluorescência), lupa para dissecção, fluorímetro, sistema de filtração de agua miliQ, microcomputadores, scanner, impressoras jato de tinta e laser. Estrututra e equipamentos institucionais: biotério de camundongos com controle de patógenos e sistema isolamento individual de salas para controle de infecções e sala de procedimentos com fluxo laminar e centrífuga clínica, manutenção de animais de várias linhagens. Citômetro de Fluxo FACSCalibur com dois lasers e sorter. Equipamento para contagem de cintilação líquida, Seqüenciadores de DNA MEGA-BACE e ABI377, Real-Time-PCR, microscópio eletrônico de transmissão, ultracentrífuga, microarray, tissue microarray, sistema de pinças ópticas, espectrofotômetro Nanodrop, sala própria para manipulação de patógenos com ar filtrado, porta dupla e equipada com cabines de fluxo laminar nível II-B2 (2). Três fluxos laminares e 3 estufas de CO2 para cultura de células, um freezer de -80° C, 4 freezers e 4 geladeiras para estoque de reagentes. Dentre os equipamentos de importância podemos mencionar: um microscópio eletrônico Zeiss 900 e toda a infraestrutura necessária para trabalhos de microscopia eletrônica, e um microscópio Axiovert acoplado a um processador de imagens para trabalhos de imunofluorescência. Além disso, contamos com toda a infraestrutura necessária para trabalhos bioquímicos: eletroforese, imunobloting e dosagens enzimáticas, e 58 fisiológicas para especializadas medida de resistência transepitelial. como criofratura, microscopia de Algumas técnicas varredura, trabalhos com microscopia confocal, e trabalhos de transfecção celular, vêm sendo realizadas nos laboratórios dos colaboradores antes mencionados. Atualmente estamos adquirindo o sistema de bioluminescência in vivo IVIS (chegada prevista para 02/2009), um microscópio confocal com sistema multifoton (chegada prevista para 05/2009) e implementeo um laboratório BL-II+ no biotério e um banco de embriões (conclusão prevista para 10/2009). Na UERJ: 02 câmaras de fluxo laminar,01 centrífuga refrigerada de bancada, 02 estufas de CO2,01 microscópio invertido, com sistema de captura digital de imagens, 01 microscópio ótico de fluorescência Nikon, com sistema de captura digital de imagens, 01 microscópio ótico Nikon , 03 jogos de micropipetas reguláveis, 01 pipeta Multicanal regulável, 02 sistemas de eletroforese, 02 sistemas para eletrotransferência, 02 leitores de microplacas, espectrofotômetros, 01 Espectrotômetro UV/Vis. Equipamentos multiusuário (centro Biomédico da UERJ): - Microscópio Eletrônico de Transmissão marca Zeiss modelo 906 - Microscópio Eletrônico de Varredura marca LEO modelo 1450VP - Metalizador marca CRESSINGTON modelo SPUTTER COATER 108 - Ponto Critico marca PELCO, modeloCPD2 Critical Point Dryer - Microscópio Confocal Zeiss modelo LSM 510 META - Citômetro de fluxo FACS-Excalibur BD. Na PUC-RS: Estantes ventiladas tecniplast para 100 gaiolas comporteo 10 animais cada,Unidade de ventilação para gaiolas ,Sala exclusiva para camundongos no vivário da Faculdade de biocièncias, Autoclave, Milliq, estufa CO2, 2 fluxos laminares, máquina pcr, cubas de gel dna (2), cubas de gel sds-page (3), transblot unit – 2,fontes eletroforese – 3, centrifuga eppendorf refrigerada – 01, centrifuga clinica refrigerada - o1, mini-centrifuga – 01, centrifuga baby fanem – 01, centrifuga para tubos falcon sem refigeração – 01, pipetador automático – 02, microscopio invertido, freezer –80, centrifuga sorvall, shaker p; bacterias, camara fria, microscópio, fluorescencia zeiss ax70 3 cores, microscopio invertido com fluorescencia verde. 59 Na FIOCRUZ: sala de cultura de células com fluxo laminar (3), estufa de CO2 (2) e microscópio invertido; leitora de ELISA com capacidade de fluorescência; sistema de microscopia de fluorescência; luminômetro, luminex, eletroporador, citometro de fluxo (FACS), duas citocentrífugas; centrífuga refrigerada; fluxo laminar para manipulação de animais; sistemas de eletroforese de DNA/RNA e proteínas; espectrofotômetro; recipientes de nitrogênio líquido para armazenamento de amostras e ainda estantes isoladoras com ambiente controlado para manutenção dos animais em experimentação. Além disto, o Departamento de Fisiologia e Farmacodinâmica, onde o Laboratório de Imunofarmacologia está inserido ainda possui equipamentos de uso comum como um espectrômetro de massa, sistema de HPLC, ultracentrífuga; seqüenciador de proteínas; câmara fria; contadores de radioatividade e um citosensor. O laboratório está conectado a rede mundial decomputadores através de rede de fibra ótica de acesso rápido, e os profissionais e estudantes possuem amplo acesso ao portal de periódicos CAPES além de contar com o importante acervo de periódicos e livros da biblioteca de Manguinhos. As técnicas relacionadas à investigação da ativação e celular e a liberação de mediadores inflamatórios propostas neste projeto são realizadas de maneira rotineira no Laboratório de Imunofamacologia por pessoas treinadas e com experiência mínima de dois anos na realização destes ensaios ================================================================ 60 TEMA 2: BIOMARCADORES EM CÂNCER Sub-projeto 1- Biomarcadores biológicos de diagnóstico Racional O Carcinoma epidermoide de esôfago (CEE) corresponde a mais de 90% dos tumores esofágicos no Brasil e no mundo. Esta neoplasia está presente principalmente em países em desenvolvimento, sendo que o Brasil é uma das áreas de alta incidência (Parkin et al., 2001). No Brasil o CEE é a quarta neoplasia mais freqüente entre os homens e a sétima entre as mulheres (Estimativa 2008: Incidência de Câncer no Brasil). O CEE possui alta letalidade e, independente dos avanços cirúrgicos, quimioterápicos e radioterápicos, não houve melhora significante no prognóstico do CEE, que apresenta sobrevida em cinco anos em torno de 5% somente (Ribeiro et al., 1996). A principal razão para a baixa sobrevida dos pacientes com CEE é devido ao seu diagnóstico tardio (mais de 60% dos tumores no Brasil são diagnosticados em estádios 3 e 4) (Estimativa 2008: Incidência de Câncer no Brasil). Porém, pacientes com diagnóstico precoce de CEE, com tumores restritos a mucosa e com invasão de submucosa tem sobrevida média de 90% e 45% em cinco anos (Skinner et al., 1982). A realização de rastreamentos endoscópicos e citológicos não tem demonstrado viabilidade clínica nem econômica para a detecção de CEE em estágios precoces. Esta realidade enfatiza a necessidade urgente de identificação, desenvolvimento e aplicação de biomarcadores que tenham impacto na biologia tumoral e que possam funcionar como marcadores moleculares de detecção precoce e efetiva previsão da sua evolução clínica e/ou como alvos de desenho de drogas (Zhou et al., 2005). Dentre os grupos de risco que apresentam maior potencial para diagnóstico precoce do CEE estão pacientes com tumores de cabeça e pescoço (HNSCC), que apresentam sobrevida em 5 anos superior a 50%, caso não tenham um segundo tumor primário de esôfago. Porém, estudos demonstram que por volta de 30% dos pacientes com HNSCC apresentam de forma sincrônica um segundo CEE primário ou lesão pré-neoplásica esofágica (Mcguilt et al., 1982, nossos resultados não publicados). Os resultados de Wang et al. (2006) quanto ao perfil proteômico sérico em pacientes com lesões cancerosas e pré-cancerosas são promissores como 61 biomarcadores para rastreamento em pacientes com alto risco para carcinoma escamoso de esôfago. De forma similar, instabilidades genômicas (Eisenberger et al., 2003) e alterações epigenéticas (Carvalho et al., 2008) tecido-específicas podem ser utilizadas como biomarcadores em soro através da análise de perda de microsatélite ou hipermetilação de região promotora de determinados genes. Análise de alterações em genes de baixa penetrância também podem ajudar a identificar indivíduos mais susceptíveis e em maior risco para o desenvolvimento de CEE (Ribeiro Pinto et al., 2003; Rossini et al., 2007). Recentemente, o nosso grupo descreveu o perfil de expressão da proteína GBP-2 (Guanylate binding protein-2) (Guimarães et al., 2008), sugerindo um possível papel de GBP-2 na carcinogênese esofagiana e um potencial de GBP-2 como biomarcador e futuro alvo de drogas, justificando assim a sua melhor caracterização. Variantes geradas por splicing alternativo podem ter um papel fundamental durante o desenvolvimento e progressão de tumores. Nessa linha, nosso grupo selecionou candidatos de eventos de splicing alternativo do gene GBP2, através de ferramentas de bioinformática utilizando uma plataforma de bioinformática que integra dados de transcriptoma e proteoma recentemente desenvolvida pelo nosso grupo (pedido de patente de invenção requerido no INPI na petição número 020070063423-RJ de 15 de Maio de 2007). Foram identificadas e validadas experimentalmente três variantes (GBP-2e, GBP-2d e GBP-2c) diferencialmente expressas em linhagens celulares tumorais e em tecidos normais (dados ainda não publicados). Entretanto, para caracterizar essas variantes como possíveis biomarcadores, são necessários estudos futuros. Mutações no DNA mitocondrial estão correlacionadas com diversos tipos de tumores sólidos (Brandon et al,2006). O padrão de herança do DNA mitocondrial é matrilinear sendo então possível especular que a filogeografia do câncer possa também estar relacionada a certos haplogrupos presentes na população. Como um todo tal estudo contribuiria como ferramenta para detecção precoce do câncer. Não há na população brasileira estudos envolvendo mutações no DNA mitocondrial e a etiologia de câncer. Objetivos Buscar a elucidação de mecanismos de carcinogênese e identificar marcadores tumorais de diagnóstico precoce e de susceptibilidade com sensibilidade e 62 especificidade altas, no carcinoma epidermoide de esôfago, tanto na área experimental como clínica, com os objetivos específicos: 1. Diagnosticar CEE em pacientes assintomáticos, epidemiologicamente em condições de risco, como aqueles com tumores de cabeça e pescoço. 2. Realizar intervenção terapêutica sustentada no conhecimento dos mecanismos de carcinogênese. 3. Monitorizar a resposta terapêutica. 4. Seqüenciar toda a extensão do DNA mitocondrial isolado de material de biópsias de CEE, câncer de mama e de pulmão de pacientes diagnosticados. 5. Investigar a correlação entre a presença de mutações e o câncer e o valor preditivo destas em indivíduos incluídos nos grupos de risco para obter marcadores informativos para diagnóstico precoce de câncer. 6. Determinar a filogeografia das mutações por meio da identificação dos haplogrupos dos indivíduos portando mutações como forma de reconhecer a composição genética da população afetada. Desenho Experimental Pacientes com HNSCC atendidos no INCA (1000) serão submetidos e cromoendoscopia para coleta de lesões pré-neoplásicas ou CEE. Serão coletados sangue e fragmentos de HNSCC e das lesões esofágicas de pacientes que apresentem lesões sincrônicas em cabeça e pescoço e esôfago ou somente em cada tecido. Serão extraídos DNA e RNA das lesões e DNA a partir do sangue. Análises de marcadores de diagnóstico envolverá perda de heterozigose utilizando chip de instabilidade genômica da Affymetrix e subseqüente confirmação por CGH e sequenciamento de microsatélites marcadores de regiões cromossômicas, tanto nos tecidos, como no sangue (Eisenberger et al., 2003). De forma complementar a análise de perfil de hipermetilação da região promotora de genes que ocorram de forma tecido-específica será analisada também a partir do soro dos pacientes (Carvalho et al., 2008). Iremos também investigar o perfil de mutação do gene TP53 nos tumores destes pacientes, bem como polimorfismos em genes ligados à farmacocinética, farmacodinâmica do etanol e compostos do tabaco, bem como de enzimas de reparo do DNA (Rossini et al., 2007). Amostras de biópsia endoscópica de pacientes serão processadas para a extração de RNA e síntese de cDNA e analisadas por PCR em tempo real (qPCR) 63 pela técnica de Sybergreen. No qPCR serão utilizados os iniciadores específicos previamente utilizados para a validação experimental de cada variante em linhagens tumorais. A reação de transcrição reversa será seguida pela reação de qPCR no sistema ABI PRISM 7000 Sequence Detection. Nas reações de qPCR o gene GAPDH será utilizado como controle endógeno. A quantificação expressão gênica das variantes entre as amostras de tecido tumoral e não-tumoral adjacente de cada paciente será determinada pelo programa 7000System SOS Software. Sangue e urina de 60 indivíduos sadios (controle) e 60 pacientes portadores de CEE serão coletados. Os pacientes são indivíduos de ambos os sexos com diagnóstico de CEE e que não tenham sido submetidos a qualquer tratamento prévio para a neoplasia. Os controles serão pareados com o grupo caso, e terão sido submetidos a esofagoduodenoscopia nos últimos trinta dias, estando comprovadamente livres de qualquer lesão esofagogástrica suspeita. Será feia a análise proteômica do soro e sangue destes indivíduos e comparadas entre os casos e controles para avaliação de potenciais biomarcadores de detecção tumoral. Estas análises também serão comparadas com aquelas obtidas a partir de modelo experimental: Dois grupos de camundongos mus musculus, sendo um grupo de 120 animais submetido a ingestão de Nnitrosodietilamina (NDEA) na água de beber por um período de 180 dias. O grupo controle é composto por 20 animais que não receberão NDEA. A cada trinta dias serão sacrificados 20 animais do grupo NDEA e 1 animal do grupo controle e será feita a análise do perfil proteômico da mucosa esofágica, urina e sangue destes animais. Todos as amostras serão coletadas sob rígido controle de qualidade para amostras biológicas, segundo os critérios do inclusão de pacientes e coleta de dados epidemiológicos, clínicos e de amostras de tecidos pelo Banco Nacional e Tumores do Instituto Nacional de Câncer (BNT-INCA). Serão também obtidas biópsias de pacientes com câncer de mama e pulmão do INCA. Haplogrupos: as seqüências obtidas serão pesquisadas usando algoritmos com base em seqüências que compõem o banco de dados MITOMAP (http://www.mitomap.org/). PCR: serão usados 32 pares de iniciadores já descritos na literatura (Tan et al., 2008). Identificação conformacional das mutações: os produtos de amplificação obtidos na PCR serão fracionados no sistema TTGE (temporal temperature gel electrophoresis), (BioRad Dcode TTGE). Seqüenciamento de DNA: amplicons com mutações serão seqüenciadas em um analisador 64 automático de DNA (Applied Biosystems mod 5130; quatro capilares) pelo método de terminação com análogo didesoxi usando o kit BigDye de acordo com as recomendações do fabricante. Bibliografia Brandon et al. Oncogene 25:46-47 (2006) Carvalho et al. Clin Cancer Res 14:97-107 (2008) Eisenberger et al. Clin Cancer Res 9:4178-4183 (2003) Estimativa 2008: Incidência de Câncer no Brasil. http://www.inca.gov.br/estimativa/2008. Guimarães et al. Int J Cancer, in press (2008) Mcguilt et al. Cancer 50:1195–1199 (1982) Parkin et al. Eur J Cancer 37: S4-S66 (2001) Ribeiro et al. Br J Surg 83:1174-1185 (1996) Ribeiro Pinto et al. Mut Res 544:365-373 (2003) Rossini et al. Carcinogenesis 28:2537-2542 (2007) Shiozaki H. et al. Cancer 60:2068-2071 (1990) Tan D. et al. Carcinogenesis 29:1170-1177 (2008) Zhou et al. Proteomics 5(14):3814-3821 (2005) Wang et al. Ai Zheng 25(5):549-54 (2006) Metas Qualitativas - Melhorar a taxa de sobrevida de pacientes com carcinoma epidermoide através da implementação na clínica médica de biomarcadores de diagnóstico precoce identificados neste projeto. Quantitativas - 5 teses de doutorado, 9 dissertações de mestrado, 18 artigos científicos. Resultados esperados e impactos - Identificar marcadores moleculares de diagnóstico precoce para CEE melhorando o custo-efetividade de programas de rastreamento para CEE. Impacto: Potencial aplicabilidade em grupos de risco para CEE como pacientes com HNSCC e alcoólicos anônimos. Aumento de sobrevida e possibilidade de 65 cura de pacientes com CEE e HNSCC. Economia para o SUS no diagnóstico de CEE em pacientes com HNSCC. - Realizar intervenção terapêutica sustentada no conhecimento dos mecanismos de carcinogênese e monitorizar a resposta terapêutica. Impacto futuro na prática clínica através do uso desses marcadores no desenho de drogas. - Identificação de mutações no mitDNA que possam constituir marcadores moleculares precoces de câncer. A presença das mutações, tanto no mitDNA de biópsias e permitirá especular no sangue sobre periférico de os mecanismos indivíduos com bioquímicos câncer associados à transformação celular. A detecção de haplogrupos nos indivíduos afetados pode revelar detalhes importantes sobre a filogeografia do câncer. Cronograma Ano 1, 1o semestre - Exames clínicos e coleta de material de pacientes com CEE somente ou com CEE e HNSCC - Coleta de biópsias de pacientes com câncer de mama e pulmão. Extração de DNA e RNA das amostras biológicas coletadas - Experimento de carcinogênese experimental Ano 1, 2o semestre - Exames clínicos e coleta de material em pacientes com CEE somente ou com CEE e HNSCC - Coleta de biópsias de pacientes com câncer de mama e pulmão. Extração de DNA e RNA das amostras biológicas coletadas - Análise do perfil proteômico do ensaio experimental Ano 2, 1o semestre - Array de instablidade genômica de HNSCC e CEE - Análise do perfil proteômico do ensaio experimental. Análise da expressão gênica das variantes de GBP2 - Amplificação de DNA mitocondrial total (amplificação parcial de trechos com 300 pb aproximadamente) 66 Ano 2, 2o semestre - Análises dos resultados dos arrays, CGH e sequenciamento de microsatélites em DNA de tecidos - Análise do perfil proteômico do ensaio clínico. - Análise da expressão gênica das variantes de GBP2. Seqüenciamento dos produtos de amplificação Ano 3 - CGH e sequenciamento de microsatélites em DNA de tecidos e soro. - Análise do perfil proteômico do ensaio clínico. - Análise da expressão gênica das variantes de GBP2. Seqüenciamento dos produtos de amplificação Ano 4 - Análise de regiões hipermetiladas em tecidos e soro - Análise do perfil proteômico do ensaio experimental - Análise de mutações em TP53. Anotação das mutações, freqüências, e haplogrupos Ano 5 - Análise de polimorfismos. Interpretação dos resultados e publicação. Experiência prévia na área de pesquisa O Grupo de Estudos Clínicos e Moleculares do Câncer de Esôfago do CNPq, que vem trabalhando durante mais de 10 anos com diversas linhas ligadas ao carcinoma epidermoide de esôfago (CEE), indo desde a análise da interação multifatorial dos fatores etiológicos envolvidos com o CEE em modelos experimentais, passando pela análise de fatores de susceptibilidade do esôfago a carcinógenos ambientais em modelos experimentais em comparação com humanos, análise dos mecanismos de mutagênese e reparo de nitrosaminas (em particular da NDEA), risco genético ligados a genes de baixa penetrância e também por alterações genéticas e epigenéticas em genes supressores de tumor e proto-oncogenes em CEE de brasileiros. Especificamente, o grupo do Dr. Kruel introduziu a carcinogênese esofágica experimental no país e trabalha desde 1990 nesta área e 67 desde 1990 foram publicados mais de 10 artigos na área, com objetivo de fazer avaliação dos fatores de risco para o câncer de esôfago. Nos últimos 5 anos este grupo do CNPq produziu mais de 20 trabalhos publicados, 2 capítulos de livros, 11 teses de doutorados e 24 dissertações de mestrado orientadas pelo Dr. Ribeiro Pinto, Dr. Kruel e outros. O trabalho da Dra. Guimarães resultou em recente publicação descrevendo o perfil da expressão da proteína GBP-2 no câncer de esôfago, projeto este financiado pela Swiss Bridge Foundation. Dr. Rumjaneck tem participação em vários projetos envolvendo câncer, em colaboração com a Dra. Claudete Esteves Klumb, Dr. Marcos Paschoal e Dra. Vivian Rumjanek, além de diversas publicações na área. Participação em programas de pós-graduação - Programa de Pós-Graduação em Oncologia (conceito 5), Instituto Nacional de Câncer (Dr. Ribeiro Pinto é o Coordenador). - Programa de Pós-Graduação em Biologia (conceito 6), e Programa de PósGraduação em Fiosiopatologia Clínica e Experimental (conceito 6), ambas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. - Programa de Pós-Graduação em Medicina-Cirurgia (conceito 4) da Faculdade de Medicina da UFRGS. Química Biológica, Instituto de Bioquímica Médica, UFRJ, Grau 7 da CAPES. Relação de projetos financiados nos últimos 5 anos Nacionais - CNPq: Universal (473898) 2004 (R$ 21700,00), Produtividade em Pesquisa 2003 (bolsista 2) e 2006 (bolsista 1D). CNPq (bolsa de produtividade). - Faperj: APQ1 (E-26/171.368/2005) 2005 (R$ 100000,00), PPSUS-Neoplasia (E-26/171.477/2006) 2006 (R$ 38000,00), 2 x Cientista do Nosso Estado (E26/100.572/2007) 2007 (R$ 2400,00/mês, por 24 meses), FAPERJ, Pensa Rio. - Fundo de Pesquisa do Hospital das Clínicas de Porto Alegre: 3 projetos financiados em 2004, 1 em 2005, 2 em 2006, e 1 em 2007, com montante por projeto entre R$ 5000,00 e R$ 10000,00 - Capes: Projeto CAPES/COFECUB. - Fundação Ary Frauzino (Programa de oncobiologia FAF). 68 Internacionais - Swiss Bridge Foundation (2003-2008) - Oesophageal cancer project / CNPq Edital MCT/CNPq 15/2007 (Universal). Swiss Bridge Foundation 2008 (275000 francos suíços) Interações locais e internacionais Nacionais Gastrocentro (Dr. Nelson Andreollo) da Universidade Estadual de Campinas, - Serviço de Gastroenterologia (Sergio Gabriel da Silva Barros), Hospital das Clínicas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto Fernandes Figueira, (Dr. Dante Pagnoncelli) FIOCRUZ. Internacionais Agência Internacional da Pesquisa em Câncer (IARC), Lyon, França (Dr. Pierre - Hainaut, Dr. Zdenko Herceg), - Universidade de Uppsala, Suécia (Dr. Matti A. Lang), - University College London, Inglaterra (Dr. Peter F. Swann), - Universita degli Studi di Milano, Milão, Itália (Professor Luigi Bonavina), - University Southern Califórnia, Estados Unidos (Dr.Tom DeMeester). - Dr. Yegor Vassetzky, Diretor de Pesquisa em Cromatina e Câncer, do Instituto Gustave-Roussy, Villejuif, Paris, França (projeto CAPES-COFECUB 287/2008). Contrapartidas institucionais Além da estrutura do Laboratório de Bioinformática e Biologia Computacional do Instituto Nacional de Câncer (INCA), esse projeto está amparado na estrutura de um Banco Nacional de Tumores (INCA), de um Serviço de Pesquisa Clínica (INCA) e translacional e na expertise dos pesquisadores que formam a equipe envolvida. Diversos equipamentos, como seqüenciadores de DNA (Megabace), máquinas de PCR em tempo real, PCR, e outros equipamentos de análise genômica estã alocados na UFRJ e UERJ e serão utilizados nestes projetos. 69 Sub-projeto 2 - Marcadores biológicos de prognóstico e preditivos Racional Com a detecção da presença de um câncer torna-se importante obter informações sobre o mesmo que auxiliem na condução do tratamento e no acompanhamento da resposta do tumor ao mesmo. Isto pode ser feito identificando a presença de características presentes nas células neoplásicas, ou por moléculas produzidas por elas, que indiquem alternativas terapêuticas, progressão da doença, ou o início de resistência ao tratamento. Na Leucemia Mielóide Aguda (LMA), por exemplo, a ocorrência de alterações citogenéticas e moleculares são altamente preditivas da resposta à terapia de indução (Mrózek et al., 2001). No entanto, apesar de todo o avanço nas metodologias de detecção destas anormalidades e de estratégias terapêuticas que melhoram a resposta destes pacientes, a sobrevida de pacientes adultos com LMA é de somente 30% (Grinwade et al. 2001). Esta estatística demonstra a necessidade de se encontrar novos parâmetros que levem ao desenvolvimento de novas estratégias que melhorem a taxa de cura dos pacientes. Neste sentido, a utilização de novas ferramentas para tentar melhorar a capacidade de tratar pacientes adultos com LMA, e identificar e validar novos biomarcadores capazes de predizer o prognóstico e a resposta terapêutica (especialmente naqueles pacientes com cariótipos normal aonde estes marcadores nunca foram identificados), são estratégias importantes. Ainda dentro das leucemias, a introdução das técnicas citogenéticas e moleculares na rotina de acompanhamento do paciente com Leucemia Mielóide Crônica (LMC) têm permitido o sucesso terapêutico devido à intervenção precoce em um período no qual o paciente ainda apresenta baixa carga tumoral, sendo esta última o principal parâmetro prognóstico da evolução do paciente (Hochhaus, 2003; Gabert et al., 2003). Outra estratégia importante é o desenvolvimento de metodologias que permitam a detecção de mutações no domínio tirosina quinase do gene quimérico BCR-ABL (causador da LMC) que levam à resistência ao tratamento (Azam et al., 2003). Este domínio é alvo terapêutico principal utilizando inibidores de sua atividade tirosina quinase como o Imatinib ou Gleevec. Deste modo o desenvolvimento de uma análise mutacional quantitativa do domínio quinase do BCR-ABL em pacientes com LMC para avaliação da potencial perda de resposta em 70 pacientes submetidos a diferentes modalidades terapêuticas, inibidores tirosina quinase e transplante alogenico de precursores hematopoéticos, pode (1) criar algoritimos clínicos individualizados de acordo com as características clinicasbiológicas do paciente para a utilização da modalidade terapêutica mais apropriada e (2) discriminar os mecanismos adjacentes à resistência aos inibidores de tirosina quinase (Branford et al., 2004). Em outros tipos de tumores com câncer de ovário e câncer de próstata, apesar de muito estudado, a caracterização de biomarcadores capazes de predizer a doença metastática é de extrema importãnce, uma vez que estás são as complicações mais freqüentemente relacionadas à causas de morte em pacientes portadores destas neoplasias. A descrição do papel funcional de produtos gênicos envolvidos na formação de metástases, do perfil de expressão de isoformas de “splicing” e da resposta imune humoral contra antígenos tumorais (AT) constituem estratégias promissoras tanto para a caracterização de biomarcadores como de alvos terapêuticos (Brito et al., 2008). Ainda no câncer de próstata falta de um método seguro para avaliar o prognóstico destes doentes levou os pesquisadores da área a buscar técnicas novas. O estroma apresenta papel fundamental na patogênese do cancer (Condon 2005; Chung et al., 2005). Em estudo recente (Zhao et al., 2007) sugeriu que ENPP2/autotaxina e o ácido lisofosfatídico sejam um dos mediadores entre estroma e epitélio implicados no câncer de próstata. Estudos recentes têm mostrado que os proteoglicanos e suas cadeias laterais de glicosaminoglicanos (GAG), assim como o GAG livre hialuronan desempenham um papel importante na patologia da próstata podendo inclusive ser usadas para fins de diagnóstico e prognóstico (Ricciardelli et al., 1997; 1998; Zellweger et al., 2003). Em investigação recente mostramos que as características da matriz extracelular do estroma periacinar favorecem uma ação parácrina de fatores epiteliais sobre as células de músculo liso adjacentes (Babinski et al., 2007). De fato, dados nossos anteriores sobre o acúmulo seletivo de proteoglicanos de condroitin sulfato em torno de ácinos, na HPB, dão suporte a esse hipótese (Cardoso et al., 2004). Em vários tumores a metilação de regiões promotoras de genes supressores de tumor têm surgido como um importante mecanismo de inativação de alguns genes, e representam um mecanismo alternativo às mutações ou deleções previamente descritas em genes supressores de tumor (Laird, 2003). Nos últimos 71 anos tem aumentado a evidência da relevância de hipermetilação gênica como um mecanismo de silenciamento gênico contribuindo na patogênese de diversos cânceres. Estas alterações podem também apontar para uma perspectiva no monitoramento da progressão de neoplasias (Fiegl et al., 2005). Em alguns tumores como Linfoma Não-Hodgkin (LNH) da infância o papel de padrões aberrantes de metilação ainda são pouco investigados limitando-se ao estudo dos genes p16/INK4a e p15/INK4b (Klangby et al., 1998; Lindström et al., 2001). Estas observações indicam a necessidade de investigar o significado prognóstico de eventos genéticos e, especialmente, epigenéticos em crianças com LNH. Já nos casos de câncer hereditário estratégias de identificação e caracterização de mutações de predisposição ao desenvolvimento de tumores são fundamentais para o desenvolvimento do aconselhamento genético adequado, estabelecendo procedimentos de detecção precoce dos tumores em indivíduos portadores destas mutações. Entretanto um sério problema na determinação de risco para indivíduos que carregam determinadas alterações é a deficiência de informação em relação à associação ou não ao câncer destas variantes encontradas na população, denominadas variantes não classificados (UCVs). Os UCVs são, geralmente, muito raros e, e certos casos, restrito a determinados grupos etnicos, fazendo a condução de estudos epidemiológicos bastante difícil. Em BRCA1, por exemplo, estudos recentes mostraram uma excelente correlação entre resultados obtidos através de um ensaio bioquímico funcional baseado na capacidade de ativação transcricional de BRCA1 e os dados de estudos genéticos (Carvalho et al., 2007; Karchin et al., 2006). Por outro lado, em tumores hereditários o contínuo aprimoramento das metodologias de detecção de mutações é fundamental para caracterizar o espectro de alterações presentes em uma população. No caso do retinoblastoma, a identificação de mutações germinativas em um dos pais de indivíduos afetados, o que é observado frequentemente, também tem papel relevante no planejamento familiar (Barbosa et al., 2008). Existem ainda muitas questões básicas sobre o processo de tumorigênese. Ele ocorre em múltiplas etapas nas quais a célula adquire uma série de alterações genéticas e epi-genéticas que culminam com mudanças no seu fenótipo, incluindo aumento na capacidade de proliferação e sobrevivência (Hanahan & Weinberg, 2000). A identificação de genes cuja perda da expressão resulta na progressão maligna foi significativamente facilitada pelo desenvolvimento de metodologias que 72 permitem o uso de “RNA interference” (RNAi). A recente disponibilização de bibliotecas de “short-hairpin RNA” (shRNA) que bloqueiam a expressão de todos os mensageiros expressos pelo genoma de um organismo fornece uma maneira eficiente e de baixo custo para estudos de perda da função em sistemas biológicos complexos. Objetivos O presente projeto tem por objetivo gerais identificar utilizando diferentes metodologias marcadores de prognóstico de progressão tumoral e de resposta ao tratamento, descrever e avaliar funcionalmente variantes genéticas de genes de supressão tumoral relacionadas a maior susceptibilidade ao o desenvolvimento de tumores e identificar genes que possam desempenhar o papel de supressores tumorais. Objetivos específicos 1. Introduzir a ferramenta proteômica no estudo de pacientes adultos com LMA estratificados por suas características clínicas, morfológicas, imunofenotípicas e por seu perfil genético de modo a identificar biomarcadores de relevância prognostica e à resposta terapêutica especialmente naqueles pacientes com cariótipos normal aonde estes marcadores nunca foram identificados; 2. Realizar um estudo mutacional quantitativo no domínio quinase do gene BCRABL, para quantificar os sub-clones mutados e não mutados para a determinação da cinética clonal e do comportamento frente a distintos inibidores tirosina quinase; 3. Investigar padrões aberrantes de metilação nos genes PIG7/LITAF, NOXA e BIM envolvidos na regulação da apoptose, correlacionado com parâmetros clínicos biológicos e à sobrevida global e sobrevida livre de eventos em pacientes com Linfoma Não-Hodgkin (LNH) da infância; 4. Caracterizar o papel dos diferentes componentes da matriz extracelular e fibras musculares lisas no câncer de próstata e sua relação com o grau de gleason; 5. Investigar o papel funcional de genes diferencialmente expressos entre tumores primários e metastáticos de Câncer de Prostata e Câncer de Ovário avaliando seu potencial de uso como biomarcadores de predição e/ou de acompanhamento de doença metastática; 73 6. Avaliar a funcionalidade de variantes não classificadas de BRCA1 e seu papel no desenvolvimento de tumores de mama e ovário; 7. Detectar mutações no gene RB1 e alterações cromossômicas com material já fixado em parafina, em tumor fresco e em sangue periférico de pacientes, aprimorarando técnicas moleculares de diagnóstico. 8. Para identificação do papel de novos genes no processo de tumorigênese propomos o uso de uma biblioteca retroviral de shRNAs que cobre todo o genoma murino expresso em um ensaio para a descoberta de novos genes supressores de tumor. Desenho experimental Proteômica em Leucemia Mielóide Aguda Este projeto pretende utilizar novas ferramentas para tentar melhorar nossa capacidade de tratar pacientes adultos com LMA. Nosso objetivo principal é o de identificar e validar novos biomarcadores capazes de predizer o prognóstico e a resposta terapêutica especialmente naqueles pacientes com cariótipos normal aonde estes marcadores nunca foram identificados. Para atingir este objetivo, nós vamos adicionar análises proteômicas, para as quais possuímos a infra-estrutura e expertise necessária, ao nosso conjunto de análises celulares e moleculares utilizadas para diagnosticar os pacientes com LMA como citomorfologia, imunofenotipagem, citogenética convencional, hibridização fluorescente in situ e biologia molecular. Para esta análise, células leucêmicas da medula óssea ou do sangue periférico serão analisadas para o seu perfil proteômico incluindo modificações pós-tradução por várias abordagens proteômicas como eletroforese em gel 2D e espectrometria de massas (Maldi-TOF/TOF) e tecnologia de identificação protéica multidimensional (MudPIT). Estes perfis proteômicos serão estratificados de acordo com a classificação FAB do paciente, grupo citogenético, perfil genético, grupo de risco e resposta terapêutica. Como controle serão analisadas amostras de células mononucleares de medula óssea de doadores saudáveis. Proteínas diferencialmente expressas em cada classe de pacientes serão consideradas como biomarcadores. Todos os biomarcadores de interesse serão validados para sua expressão alterada em outras amostras de LMA por Westernblot, quando houver disponibilidade de anticorpo, ou por Q RT-PCR. 74 A correlação entre os dados proteômicos e todos os outros critérios utilizados no diagnóstico de pacientes adultos com LMA em nossa instituição vai contribuir na estratificação de novos subtipos e irá indicar novos alvos para o desenvolvimento de drogas racionais levando a uma melhor taxa de cura para estes pacientes. Mutações em BCR-ABL e Resistência ao Tratamento Avaliação dos pacientes adultos com diagnóstico de LMC em acompanhamento pelo Serviço de Hematologia do INCA, Rio de Janeiro (em acompanhamento molecular n=85), além dos casos novos atendidos no período de março de 2006 a dezembro de 2007. Estimativa de novos casos: INCA (30 pacientes com LMC/ano; novos centros (75 pacientes/ano). Estimativa de acompanhamento: 190 pacientes/ano. Cada amostra será processada por lise celular. c-DNA será sintetizado a partir de 2 µg de RNA total. A quantificação absoluta dos transcritos BCR-ABL será realizada mediante o sistema TaqMan em termociclador Applied Biosystems 7000, incluindo sonda específica marcada 5’FAM-3’TAMRA e primers para isoformas P210 b3a2 e b2a2. Os níveis de BCR-ABL serão calculados pela relação BCR-ABL/ABL em comparação com o grupo baseline. Identificação de mutações do DQ será realizada por AS-PCR e seqüenciamento direto num seqüenciador MegaBACE 100 (Amersham). A semi-quantificação dos clones mutados e não mutados mediante a técnica de RFLP e confirmados por piroseqüênciamento, em colaboração com os Drs Jaspal Kaeda e John McVey, do Serviço de Hematologia do Hammersmith Hospitals Trust, Londres. Padrões Aberrantes de Metilação em LNH Pacientes e controles: 80 pacientes pediátricos não previamente tratados com diagnóstico de LNH (60 linfomas de células B e 20 de células T) serão incluídos no estudo. A seleção dos casos terá como base a disponibilidade de material tumoral incluído em parafina (PET) para análise molecular e imuno-histoquímica, e a uniformidade do tratamento nos diferentes grupos. Vinte amostras de sangue periférico de indivíduos saudáveis serão utilizadas como controle do status de metilação dos genes alvos do estudo nos linfócitos normais. Ensaios de Metilação PCR específicos: O DNA será extraído de amostras incluídas em parafina e submetido a tratamento químico com bissulfito de sódio como descrito previamente (Herman et al., 1996). A presença de DNA modificado 75 em cada amostra será aferida pela amplificação por PCR de um fragmento do gene da B-actina. A análise do status de metilação das regiões promotoras dos genes PIG7/LITAF, NOXA (genes induzidos pela proteína p53) e BIM, todos envolvidos na regulação da apoptose. Immuno-histoquímica (IHQ) em microarranjos teciduais: A expressão das proteínas PIG 7/LITAF, NOXA e BIM será analisada por imuno-histoquímica com anticorpos direcionados aos epitopos das referidas proteínas, em microarranjos teciduais (TMA) obtidos com o uso do equipamento TMA Beecher Instrument, SilverSpring, MD, USA. A análise da correlação entre o status de metilação de cada gene individualmente e parâmetros clinico-patológicos será investigada utilizando os testes do qui-quadrado e o teste exato de Fisher. Para determinar a correlação do status de metilação com a sobrevida e sobrevida livre de eventos será utilizada a curva de Kaplan-Meier e o teste de log-rank. O programa SPSS versão 11.5 será utilizado para as análises. Biomarcadores de progressão tumoral em câncer de próstata e ovário Os genes a serem estudados serão selecionados baseando-se em dados da literatura e de dados prévios gerados por nosso grupo de pesquisa e também através da estratégia de “biopanning”. A validação do perfil de expressão gênica será realizada através de ensaios de qRT-PCR, imunoblot, imunohistoquímica por microarranjos de tecidos e in silico. Os ensaios funcionais serão realizados através de superexpressão estável das proteínas de interesse e de interferência de RNA em linhagens celulares. O efeito biológico dos tratamentos acima na proliferação, migração e invasividade celulares serão avaliados como eventos representativos de tumorigênese e progressão tumoral destas neoplasias. Os AT serão testados em ensaios imunológicos frente a bancos de amostras de soros destas neoplasias em estudo. Sendo assim, este estudo propõe-se a investigar o papel de produtos gênicos envolvidos na formação de metástases do CaP e CO, permitindo desta forma descrever novos potenciais biomarcadores de progressão destas neoplasias e potenciais alvos terapêuticos. 76 Papel dos componentes da matriz extracelular e fibras musculares lisas no câncer de próstata Serão estudadas 30 próstatas oriundas de pacientes submetidos a prostatectomia radical divididos em grupos de acordo com o grau de gleason. Grupo 1: gleason 2-6, grupo 2: gleason 7, grupo 3: gleason 8-10. Serão realizadas as técnicas a seguir: Histoquímica seguida de morfometria e estereologia: Vermelho de Picrosirius com e sem polarização para evidenciação do colágeno, a resorcinafucsina de Weigert com e sem prévia oxidação com oxona para evidenciação das fibras do sistema elástico, e o tricrômico de Masson para colágeno e fibras musculares. Imunohistoquímcia seguida de morfometria e estereologia: Serão utilizados anticorpos específicos para a marcação dos colágenos Tipo I, III, IV e VI e das glicoproteínas não colagenosas laminina, fibronectina e entactina. Microscopia Eletrônica de Transmissão e Varredura: As amostras de tecido prostático serão fixadas em glutaraldeido 2,5% e processadas segundo técnica de rotina. Estudo Bioquímico de Proteoglicanos, Glicosaminoglicanos e Colágenos: Os principais parâmetros a serem estudados são: 1)- Concentração das moléculas no tecido; 2)Proporção das diferentes cadeias de glicosaminoglicanos. Ensaios de interferência de RNA para determinar um possível papel de genes diferencialmente expressos no CA de próstata e sua relação com o grau de gleason. Western blot: Análise da expressão de proteínas que podem estar diferencialmente expressas e ter relação com o grau de gleason. PCR em tempo real: Análise da expressão de genes que podem estar diferencialmente expressos e ter relação com o grau de gleason. Funcionalidade de variantes não classificadas de BRCA1 De forma a contornar a limitação de cobertura do ensaio de ativação transcricional (TA) nós testaremos uma variação do ensaio de transcrição para avaliar o impacto de vários UCVs (selecionados na base de dados do Breast Cancer Iinformation Core - http://research.nhgri.nih.gov/bic/) na atividade da região Cterminal de BRCA1 estendida ao exon 12 e porção final do exon 11; dados genéticos disponíveis serão usados para a validação cruzada do método.Nessa análise avaliaremos os produtos de fusão de domínios de ligação ao DNA (DBD; LexA ou GAL4) e a porção C-terminal de BRCA1 (no novo contexto, compreendendo os aminoácidos 1315 a 1863) carregando variantes missense em sistemas eucariotos (levedura e célula de mamífero). A capacidade de ativação transcricional é 77 determinada pela expressão de um sistema trepórter controlado pelos promotores de ligação aos sítios LexA ou GAL4 (Carvalho et al., 2007). Mutações no gene RB1 em Retinoblastoma Serão amplificados por PCR os exons do Gene RB1 a partir de maostras tumorais incluídas em parafina de pacientes (30 por ano) com Retinoblastoma do Instituto Nacional de Câncer. Os éxons amplificados serão analisados primeiramente por SSCP. Os fragmentos com padrão de migração diferencial no SSCP serão submetidos a seqüenciamento. Alterações com potencial patogênico serão pesquisadas em amostras de sangue periférico para verificar o caráter constitutivo destas alterações. Amostras tumorais frescas serão avaliadas para alterações cromossômicas a partir de cultivo das células tumorais in vitro para preparações citogenéticas. Experimentos de Interferência de RNA para caracterização de novos genes com papel supressor tumoral Propomos o uso de uma biblioteca retroviral cujo shRNA está embebido no contexto do miR30, um microRNA que ocorre naturalmente (Paddison et al., 2004; Silva et al., 2008). A expressão do shRNA embebido na seqüência do miR30 resulta num melhor processamento do shRNA pela maquinaria celular com conseqüente melhoria na etapa de silenciamento do gene alvo do shRNA (Stegmeier et al., 2005). Inicialmente serão testados shRNAs que conferem capacidade de crescimento independente da adição de fator de crescimento para uma linhagem celular hematopoiética que é dependente da adição de IL-3 (células FL5-12/BAF 3). Os shRNAs selecionados nesta primeira etapa serão então testados para sua capacidade de supressão tumoral em um modelo in vivo de linfoma de Burkitt (modelo Eµ-myc). Usaremos vetores retrovirais para introduzir em precursores hematopoiéticos derivados do fígado de embriões de camundongs Eµ-myc, os shRNAs selecionados no ensaio in vitro. Estas células serão usadas para transplantar camundongos selvagens irradiados que serão monitorados para o desenvolvimento tumoral através de contagem de blastos sanguíneos e apalpação. A aceleração do desenvolvimento tumoral nos animais transplantados com os vetores que expressam o shRNA comparado com os animais controle, será um indicativo de um efeito cooperativo do gene silenciado pelo shRNA e o oncogene 78 Myc. Aqueles genes, cujo silenciamento no modelo murino resultarem no desenvolvimento de linfoma, terão sua expressão analisada em amostras humanas de linfoma a fim de averiguar a sua perda de expressão como um mecanismo que levou à progressão maligna. Dados preliminares corroboram a exeqüibilidade e a importância do trabalho proposto. Os genes cuja perda de expressão confere uma vantagem de crescimento à linhagem celular FL5-12 estarão envolvidos na sobrevivência celular sob condições de carência de fatores de crescimento sendo, portanto potenciais supressores de tumor. O modelo murino Eµ-myc fornece uma ferramenta que permite uma rápida avaliação desta atividade de supressão tumoral uma vez que os tumores se desenvolvem num período de 3 mêses. Estes mesmos genes terão a sua perda de expressão assim como mutações na sequência codificadora avaliadas em amostras humanas a fim de avaliar uma possível correlação entre estes dados e a progressão da doença e resposta ao tratamento. Participantes Pesquisadores Hector N. Seuanez Abreu (INCA) Miguel A. Martins Moreira (INCA) Cibele R. Bonvicino (INCA) Fernando Regla Vargas (INCA/UNIRIO) Eliana Saul Furquim Werneck Abdelhay (INCA) Maria Luiza Macedo Silva (INCA) Etel Rodrigues Pereira Gimba (INCA) Renata Binato Gomes (INCA) Teresa de Souza Fernandez (INCA) Luciana Pizzatti Barboza (INCA) Sayonara Gonzalez (INCA) Francisco Sampaio (UERJ) Cristiane da Fonte Ramos (UERJ) Waldemar Silva Costa (UERJ) Luiz Eduardo Macedo Cardoso (UERJ) Luciano Alves Favorito (UERJ) Marcelo Alex de Carvalho (INCA/CEFETq) 79 Pós Doutores Claudia Esther Alicia Rocio Hassan (INCA) Alunos de Dutorado Flávia Cristina Morone Pinto (UERJ) Maria Cristina Dornas (UERJ) Vanesa Scholl (INCA) Renato Sampaio Carvalho (INCA) Alunos de Mestrado André Luiz Mencalha (UFRJ) Henrique da Costa Rodrigues (UERJ) Antonio Henrique de Almeida Duarte (UERJ) Bruno Félix Patrício (UERJ) Jorge Luiz de Medeiros Junior (UERJ) Leslie Clifford Noronha Araújo (UERJ) Sicilia Da Rocha Colli (UERJ) Fernanda Da Silveira Cavalcante (UERJ) Rafaela Veiga Ferreira (UERJ) Carolina Lazzaroto Silva (UFRJ) Daniela de Oliveira Pinto (UFRJ) Daniela Salles César de Oliveira (UFRJ) Roberta Bitencourt Moreira (INCA) Iniciação Científica Carolina Dos Santos Silva (UERJ) Juliane Moraes Ferreira de Souza (UERJ) Pamella Campos Silva (UERJ) Alan A. Medeiros Ferreira de Souza (UERJ) Flavia Meirelles Gombar, 16/06/1987 (UERJ) Stephany Christiane Correa (UNIRIO) Bárbara Du Rocher (UERJ) 80 Apoio Técnico Telma de França Padilha (INCA) Elsa Moraes, Apóio Técnico (INCA) Jorge Luiz Alves Pereira (UERJ) Metas Qualitativas - Caracterização de biomarcadores com potencial prognóstico nos diversos tipos de tumores estudados. - Capacitação científica e tecnológica, com o desenvolvimento de metodologias e estratégias avançadas para a caracterização de biomarcadores de prognóstico. - Transferência de tecnologia da pesquisa para o diagnóstico. - Capacitação de profissionais da área de diagnóstico e atenção ao câncer, para desenhar, executar e interpretar estas novas tecnologias. - Ampliação das redes de estudo multidisciplinar aprimorando as já existentes no sistema de saúde do Brasil. - Otimização na administração de terapias alvo-específicas, caracterizando, dentre o conjunto de métodos, aqueles com maior capacidade informativa em relação ao prognóstico e com melhor relação custo-benefício. Quantitativas - Produção de 85 artigos científicos em revistas indexadas. - Formação de 45 novos mestres em temas relacionados à área. - Formação de 30 novos doutores em temas relacionados à área Resultados esperados e impactos Proteômica em Leucemia Mielóide Aguda O câncer hematológico de maior agressividade é a Leucemia Mielóide Aguda (LMA).Particularmente em idosos a sobrevida é menor que 30% e poucos são os que atingem a cura. Apesar das melhorias das técnicas diagnósticas e estratificação de sub-grupos prognósticos um número importante de pacientes não se encaixam. Portanto existe necessidade de estudos capazes de definir a resposta terapêutica destes pacientes. Uma nova abordagem capaz de preencher esta lacuna é o estudo 81 das proteínas da célula maligna através de técnicas proteômicas.A definição de que célula molecularmente é capaz de responder a cada quimioterapia pode prevenir efeitos tóxicos de tratamentos ineficazes assim como auxiliar na escolha de tratamentos específicos para aquele padrão molecular. Padrões Aberrantes de Metilação em LNH Expandir o conhecimento dos eventos genéticos para a investigação de alterações epigenéticas que possam estar envolvidas no prognóstico dos LNH da infância. De forma adicional, o nosso estudo pode contribuir para o desenvolvimento de novos alvos terapêuticos e apontar para uma estratégia de investigação em amostras de plasma durante o tratamento. Mutações em BCR-ABL e Resistência ao Tratamento Identificar fatores que permitam a estratificação dos pacientes segundo as chances de resposta a um inibidor tirosina quinase de primeira geração (Gleevec). Dessa forma, pacientes sem chances de se beneficiar desta modalidade terapêutica seriam submetidos a outras modalidades com maior chance de sucesso terapêutico e em fase inicial de doença, fator prognóstico importante para a resposta a qualquer tipo de modalidade terapêutica .Ao mesmo tempo através de uma classificação molecular, seria possível se definir grupos de pacientes que se beneficiariam de terapias mais direcionadas para um determinado alvo molecular, como por exemplo aquelas que funcionem em presença de mutação da treonina na posição 315 (T315). Biomarcadores de progressão tumoral em câncer de próstata e ovário Espera-se através da realização deste projeto descrever e caracterizar produtos gênicos que apresentem papel importante no processo de formação de metástases e que portanto possam servir como potenciais biomarcadores e alvos terapêuticos para a doença metastática de CaP e CO. Papel dos Componentes da matriz extracelular e fibras musculares lisas no câncer de próstata Caracterizar o papel dos diferentes componentes da matriz extracelular e fibras musculares lisas no câncer de próstata e sua relação com o grau histológico de Gleason. 82 Funcionalidade de variantes não classificadas de BRCA1 Aperfeiçoar a cobertura de análise do ensaio de ativação transcricional para determinação de associação ao câncer de variantes misssense de BRCA1.Aumentar o número de variantes analisados, com determinação do perfil de associação ao câncer. Disponibilizar dados de associação ao risco de câncer para o aprimoramento das rotinas de aconselhamento genético e tratamento.. Mutações no gene RB1 em Retinoblastoma Obter dados inéditos sobre a incidência e localização das mutações causadoras de retinoblastoma na população brasileira, e melhorar a qualidade de atendimento a pacientes afetados e familiares, e fornecer subsídios para o estabelecimento de Aconselhamento Genético para retinoblastoma a nível nacional. Experimentos de Interferência de RNA para caracterização de novos genes com papel supressor tumoral Identificar in vitro de mediadores de sinais de sobrevivência e apoptose envolvidos na resposta à depleção de fatores de crescimento. Avaliar a significância clínica de candidatos à supressores de tumor usando amostras humanas de linfomas e identificar genes envolvidos na sinalização para sobrevivência celular e apoptose através do uso de uma biblioteca de shRNAs que cobre todo os genes expressos pelo genoma murino. Identificar em amostras humanas a expressão de genes cuja depleção com o uso de shRNAs específicos induziram a sobrevivência celular in vitro ou o desenvolvimento tumoral in vivo. Experiência prévia na área de pesquisa No Centro de Transplante de Medula Óssea do Instituto Nacional de Câncer,cujos laboratório são coordenados pela Dra. Eliana Abdelhay, as leucemias têm sido estudadas por mais de 10 anos. Vários estudos sobre o perfil genético genético e cariotípico de pacientes brasileiros foram realizados. Nos últimos anos várias linhas de pesquisa têm sido desenvolvidas objetivando caracterizar melhor os pacientes para fins prognósticos usando abordagens de biologia molecular. Há cerca de dois anos o estabelecimento de infraestrutura para estudos proteômicos foi iniciada visando dar continuidade aos trabalhos sobre o proteoma da Leucemia 83 Mielóide Crônica (Pizzatti et al., 2006). Nesse estudo células mononucleares normais foram comparadas com células mononucleares de pacientes em fase crônica da LMC, e alguns biomarcadores foram encontrados. A seguir foram comparadas células mononucleares de pacientes nas fases crônicas e blastica da LM, assim como pacientes sensíveis e resistentes ao Gleevec. Estes resultados estão sendo preparados para publicação. Nos dois últimos anos foram iniciadas as análises em Leucemia Mielóide Aguda e, até o momento, 75 amostras foram coletadas e 37 analisadas. Comparações dos perfis de eletroforeses bi-dimensionais indicaram a presença de algumas diferenças relacionadas ao subtipo FAB, presença de rearranjos cromossômicos e estatus mutacional. Mais de 700 peptídeos foram caracterizados por MS/MS e um grande número de modificações pós-tradução foi detectado. Todos os pacientes são acompanhados e amostras estão sendo coletadas para avaliar a resposta terapêutica. Dando continuidade estão sendo concluídas as analises estatística das 75 amostras obtidas e serão incluídos no presente estudo mais 100 pacientes. A Dra Claudete Esteves Klumb é médica Hematologista do Instituto Nacional de Câncer onde exerce esta atividade desde 1987. Após a conclusão de seu curso de Pós Graduação em Ciências – área concentração em Biologia Molecular em 2002 – iniciou uma linha de pesquisa cujo escopo principal é a investigação de mecanismos relacionados à patogênese dos linfomas na infância e em adultos com ênfase na busca de marcadores preditivos de resposta ao tratamento. Esta atividade resultou em 20 publicações (3 in press). É docente da Pós Graduação em Oncologia do INCA e do Programa de Pós Graduação em Bioquímica Médica do Departamento de Bioquímica Médica da UFRJ. Também é membro da Comissão de Pós Graduação em Oncologia do INCA. Em ambos programas orienta alunos. É membro do Programa de Iniciação e Aperfeiçoamento Científico do INCA cuja meta é incentivar jovens estudantes de Graduação e Pós Graduação no desenvolvimento de capacidade científica em atividades teóricas e laboratoriais relacionadas à pesquisa. O grupo de pesquisadores envolvidos nos estudos de resistência ao tratamento em LMC, coordenado pela Dra Ilana Zalcbeg-Reanult vem desenvolvendo desde 1996 diversas linhas de pesquisa de Desenvolvimento Técnico Científico volvtado a pesquisa translacional: (1) Monitorização do quimerismo hematopoiético após transplante alogênico (2) Acompanhamento Pós-TMO da Leucemia Mielóide Crônica 84 (3) classificação biológico-molecular da Leucemia Mielóide Aguda (LMA) do adulto e da criança (4) Definição de subgrupos prognóstico de linfomas difusos de células grandes B baseado na identificação de alterações genéticas (5) Alterações Genéticas e Epigenéticas no Mieloma Múltiplo (6) Estudo dos rearranjos dos receptores de células B e T na Leucemia Linfóide Aguda (7) Valor prognóstico da Hipermutação somática do VH na Leucemia Linfocítica Crônica. Os pesquisadores da Unidade de Pesquisa em Sistema Urogenital (www.urogenitalresearch.org) UERJ, coordenados pelo Dr. Francisco Sampaio, se dedicam ao avanço do conhecimento em sistema urogenital sob uma perspectiva básica e clínica aplicada. A pesquisa é conduzida em diversos modelos, que incluem pesquisa clínica e experimentos em animais de laboratório, com uma grande variedade de metodologias. A unidade possui os seus próprios laboratórios, especializados em técnicas anatômicascirúrgicas, cirurgia experimental, bioquímica da matriz extracelular, histoquímica, imunohistoquímica, microscopia eletrônica, cultura de células, biologia molecular, etc. Além disso, a unidade possui colaboração forte com outros departamentos da UERJ, outras instituições do Rio de Janeiro, de outros estados, e de outros países. A característica principal da unidade urogenital é a integração forte e colaboração entre o trabalho de pesquisa experimental realizado nos laboratórios da unidade e a prática clínica, o que fornece um ambiente estimulante e produtivo. Nos últimos 5 anos foram publicados mais de 40 artigos, orientadas mais de 13 dissertações de mestrado e 11 teses de doutorado. A Dra. Etel Pereira Gimba possui publicações na área de identificações de marcadores tumorais em câncer de próstata e carcinoma renal (Brito et al. Molecular Carcinogenesis 17, DOI 10.1002/mc.20433 , 2008; Pontes et al., The Prostate 66:1463, 2006) e é orientadora pela Pós-Graduação em Oncologia do Instituto Nacional de Câncer e pesquisadora no mesmo Instituto. O grupo,coordenado pelo Dr. Marcelo Alex de Carvalho encontra-se muito bem posicionado científicamente para a condução do projeto proposto. O laboratório se dedica ao estudo de genes que estão envovidos na predisposição ao câncer de mama utilizando uma abordagem multidisciplinar que envolve bioquímica, genética, biologia estrutural e a bioinformática com reconhecida expertise. O grupo colabora intensamente com o Dr. A. Monteiro (H. Lee Moffitt Cancer Center, Tampa, FL, USA), quem originalmente descreveu a atividade de transaticação transcricional de BRCA1. Nossa proposta é o uso do ensaio de ativação transcricional no auxílio da 85 classificação de alelos variantes de BRCA1 segundo uma análise funcional e estrutural para predição de comportamento desses mutantes. A proposta é significativamente importante porque permite a identificação precoce de mulheres com predisposição ao câncer que, no cénario atual, não tem informação sobre seu grau de risco. Um dos focos primários do grupo é o uso da informação obtida com a pesquisa básica em benefício direto ao paciente. Esses resultados serão de grande importância para identificação de alvos para intervenção preventiva e teraupêutica no câncer feminino. O grupo de Aconselhamento Genético do Instituto Nacional de Câncer (INCA), vinculado à Divisão de Genética, chefiada pelo Dr. Héctor N. Seuanez Abreu, atendeu desde o ano 2000, um total de 190 famílias com retinoblastoma. Este grupo é o único no Brasil dedicado a identificação de mutações e de aberrações cromossômicas em retinoblastoma. Os pacientes são encaminhados pelo Serviço de Pediatria do INCA, Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto e Hospital das Clínicas de Porto Alegre. Paralelamente, foram iniciados estudos retrospectivos em material tumoral fixado em formalina e mantido em blocos de parafina no Serviço de Anatomia Patológica e Citopatologia do INCA. Estudos realizados no Brasil pelo grupo de Aconselhamento Genético em Câncer do INCA, foram publicados por Braggio et al. (Journal of Clinical Pathology 57:585-590, 2004), Andrade et al (Cancer Genet Cytogenet 167:43-46, 2006) e Barbosa et al. (Pediatric Blood and Cancer, no prelo, DOI 10.1002/pbc.21687). Finalmente, nossos estudos em retinoblastoma foram tema de três dissertações defendidas por alunos de pós-graduação (Braggio 2002, Andrade 2004, Barbosa 2006). O Dr Ricardo Luis Alves Silva é pesquisador pleno no Instituto Nacional de Câncer, tem experiência na área de Genética Molecular do Câncer, atuando principalmente nos seguintes temas: análise do perfil de expressão gênica por microarray e modelos murinos para o estudo de neoplasias humanas. Recebeu treinamento no uso de bibliotecas para o silenciamento global de genes baseadas em shRNAs assim como no uso do modelo murino Eu-Myc durante o período de um ano em que permaneceu como “Research Associate” no Memorial Sloan Kettering Cancer Center (Nova Iorque, EUA). 86 Bibliografia Azam et al. Cell112:831-843 (2003) Babinski et al. BJU Internat, 100(4): 940-944 (2007) Barbosa et al. Ped Blood & Cancer (in press, DOI 10.1002/pbc.21687). Branford et al. Blood 104(9):2926-2932 (2004) Brito et al.. Molecular Carcinogenesis, DOI 10.1002/mc.20433 (2008) Cardoso et al. BJU Int. 93:532-538 (2004) Carvalho et al. Cancer Res 67:1494 (2007) Chung et al. J Urol 173:10–20 (2005) Condon. Semin Cancer Biol 15:132-137 (2005) Dapic e Monteiro Crit Rev Eukaryot Gene Expr 16:233 (2006) Fiegl et al. Cancer Res 65:1141 (2005) Gabert et al. Leukemia 17:2318-57 (2003) Grimwade et al. Blood98:1312 (2001) Hochhaus. Semin. Hematol 40:69 (2003) Klangby et al. Blood 91:1680 (1998) Laird PW. Nat Rev Cancer 3:253 (2003) Lindström et al. Oncogene 20:2171 (2001) Mrózek et al.Best Pract Res Clin Haematol 14:19 (2001) Ricciardelli et al. Clin Cancer Res 3:983-992 (1997) Ricciardelli et al. Clin Cancer Res 4:963-971 (1998) Zellweger et al. Prostate 55:20-29 (2003) Zhao et al. J Cel Physiol 210:111-121 (2007) Hanahan W. Cell 100:57 (2000) Paddison et al. Nature 428:427 (2004) Silva et al. Science 319:617 (2008) Stegmeier et al. Proc Natl Acad Sci USA 102:13212 (2005) Cronograma Ano 1, 1o semestre - Coleta das amostras de adultos com LMA e preparação dos extratos protéicos para estudos de Proteoma. - Seleção de amostras de pacientes com LNH e dos controles. 87 - Seleção de pacientes e amostras para os estudos de resistência ao tratamento da LMC. Extração de RNA e síntese de cDNA e PCR quantitativo para BCRABL. - Obtenção de amostras de câncer de próstata e análise histopatológica para determinação dos diferentes graus de gleason. Histoquímica seguida de morfometria e estereologia: Vermelho de Picrosirius para análise do colágeno, resorcina-fucsina de Weigert com e sem prévia oxidação com oxona para análise das fibras do sistema elástico, e tricrômico de Masson para colágeno e fibras musculares. Estudo Bioquímico de Proteoglicanos, Glicosaminoglicanos e Colágenos: Os principais parâmetros a serem estudados são: 1)Concentração das moléculas no tecido; 2)- Proporção das diferentes cadeias de glicosaminoglicanos. - Coleta de amostras de soros e tecidos tumorais de pacientes com câncer de ovário. - Identificação de variantes missense de BRCA1 na região compreendida entre os resíduos de aminoácios 1314 e 1396 (exon 12 e porção terminal do exon 11) na base de dados do Breast Cancer Information Core - BIC (http://research.nhgri.nih.gov/bic/). - Isolamento de DNA de amostras tumorais de retinoblastoma incluídas em parafina. Obtenção de preparações cromossômicas e FISH de amostras tumorais frescas de retinoblastoma. Realização de PCR mutltiples para amplificação dos exons de RB1 para experimentos de SSCP e seqüenciamento dos fragmentos com migração diferencial. - Experimentos in vitro com a biblioteca de shRNA e células FL5-12/BAF 3 (nontransformed murine pro-B lymphocytes lineage) em condições de carência de fatores de crescimento. Ano 1, 2 o semestre - Coleta das amostras de adultos com LMA e preparação dos extratos protéicos para os estudos de Proteoma. Início da análise em géis 2D. - Seleção das amostras de pacientes de pacientes com LNH e dos controles. Isolamento do DNA a partir dos blocos de parafina. Realização de Ensaios de metilação. Contrução dos microarranjos de tecido e marcação por imunohistoquímica das proteínas de interesse. 88 - Extração de RNA e Síntese de cDNA das amostras de LMC. PCR quantitativo para BCR-ABL. Amplificação por RT-PCR do Domínio Quinase seguido de seqüênciamento e análise de seqüências. - Histoquímica seguida de morfometria e estereologia das amostras de câncar de próstata: tricrômico de Masson para colágeno e fibras musculares. Estudo Bioquímico de Proteoglicanos, Glicosaminoglicanos e Colágenos: Os principais parâmetros a serem estudados são: 1)- Concentração das moléculas no tecido; 2)- Proporção das diferentes cadeias de glicosaminoglicanos. Westernblot: Análise da expressão de proteínas que podem estar diferencialmente expressas em relação ao grau de gleason. Imunohistoquímcia seguida de morfometria e estereologia: Serão utilizados anticorpos específicos para a marcação dos colágenos Tipo I, III, IV e VI. PCR em tempo real: Análise da expressão de genes que podem estar diferencialmente expressos e ter relação com o grau de gleason. Publicação de artigos científicos. - Coleta de amostras de soros e tecidos tumorais de pacientes com câncer de ovário. Seleção de genes diferencialmente expressos a serem estudados e validação do perfil de expressão. Caracterização de isoformas de splicing da proteína OPN: estudos funcionais e imunológicos. Caracterização dos antígenos tumorais em ensaios imunológicos. - Identificação de variantes missense de BRCA1 na região compreendida entre os resíduos de aminoácios 1314 e 1396 (exon 12 e porção terminal do exon 11) na base de dados do Breast Cancer Information Core-BIC (http://research.nhgri.nih.gov/bic/). Identificação dos variantes missense de BRCA1 na região compreendida entre os resíduos de aminoácios 1314 e 1396 que dispõem de estudos genéticos populacionais de associação ao câncer de mama e ovário. - Isolamento de DNA de amostras tumorais de retinoblastoma incluídas em parafina. Obtenção de preparações cromossômicas e FISH de amostras tumorais frescas de retinoblastoma. Realização de PCR mutltiples para amplificação dos exons de RB1 para experimentos de SSCP e seqüenciamento dos fragmentos com migração diferencial. Análise dos dados de seqüência para identificação de mutações. - Experimentos in vitro com a biblioteca de shRNA em células FL5-12/BAF 3 (non-transformed murine pro-B lymphocytes lineage) em condições de carência 89 de fatores de crescimento. Seleção de shRNAs para construções retrovirais para infecção em células hematopoiéticas do fígado Eµ-myc e transplante destas células em camundongos selvagens irradiados letalmente. Ano 2, 1 o semestre - Coleta das amostras de adultos com LMA e preparação dos extratos protéicos para os estudos de Proteoma. Análise em géis 2D e descrição dos perfis proteômicos de LMA. - Seleção das amostras de pacientes com LNH. Isolamento do DNA genômico a partir de blocos de parafina e realização dos ensaios de metilação. Análise por imuno-histoquímica dos microarranjos de tecido. - Realização de PCR quantitativo para os transcritos BCR-ABL. Amplificação por RT-PCR do Domínio Quinase e seqüenciamento dos produtos amplificados. - Imunohistoquímcia seguida de morfometria e estereologia para as amostras de câncer de próstata: Serão utilizados anticorpos específicos para a marcação das glicoproteínas não colagenosas laminina, fibronectina e entactina. Westernblot: Análise da expressão de proteínas que podem estar diferencialmente expressas em relação ao grau de gleason. PCR em tempo real: Análise da expressão de genes que podem estar diferencialmente expressos e ter relação com o grau de gleason. Microscopia Eletrônica de Transmissão e Varredura: Análise da expressão de genes que podem estar diferencialmente expressos e ter relação com o grau de gleason. Ensaios de interferência de RNA em linhagens celulares para determinar um possível papel de genes diferencialmente expressos no CA de próstata. - Estudos funcionais in vitro e in vivo dos genes selecionados em câncer de ovário. Caracterização dos antígenos tumorais em ensaios imunológicos. Caracterização de isoformas de splicing da proteína OPN: estudos funcionais e imunológicos. Análise dos resultados e identificação de antígenos que apresentam reatividade adequada. Preparação de artigos com os dados obtidos ao longo do desenvolvimento do projeto. - Identificação dos variantes missense de BRCA1 na região compreendida entre os resíduos de aminoácios 1314 e 1396 que dispõem de estudos genéticos populacionais de associação ao câncer de mama e ovário. Identificação resíduos de aminoácidos conservados entre os ortólogos de BRCA1 na região 90 compreendida entre os resíduos de aminoácios 1314 e 1396 (exon 12 e porção terminal do exon 11) para modelagem de variantes artificiais com perfil neutro e deletério. - Isolamento de DNA de amostras tumorais de retinoblastoma incluídas em parafina. Obtenção de preparações cromossômicas e FISH de amostras tumorais frescas de retinoblastoma. Realização de PCR mutltiples para amplificação dos exons de RB1 para experimentos de SSCP e seqüenciamento dos fragmentos com migração diferencial. Análise dos dados de seqüência para identificação de mutações. - Seleção de shRNAs para construções retrovirais para infecção em células hematopoiéticas do fígado Eµ-myc e transplante destas células em camundongos selvagens irradiados letalmente. Seleção de amostras clínicas tumorais. Ano 2, 2 o semestre - Coleta das amostras de adultos com LMA e preparação dos extratos protéicos para os estudos de Proteoma. Análise em géis 2D e descrição dos perfis proteômicos de LMA .Análise protéica Multidimensional (MudPit). Estratificação dos dados de acordo com a classificação das amostras. Identificação e validação dos biomarcadores em LMA. Preparação de manuscritos. - Seleção das amostras de pacientes com LNH. Isolamento do DNA genômico a partir de blocos de parafina e realização dos ensaios de metilação. Análise por imuno-histoquímica dos microarranjos de tecido. Compilação dos resultados sobre os estudos em LNH. Apresentações e Congressos e Publicações. - Realização de PCR quantitativo para os transcrito BCR-ABL. Amplificação por RT-PCR do Domínio Quinase e seqüenciamento dos produtos amplificados. Análise de dados. - Ensaios de interferência de RNA em linhagens celulares para determinar um possível papel de genes diferencialmente expressos no CA de próstata. Microscopia Eletrônica de Transmissão e Varredura. Defesa de dissertações de mestrado e teses de doutorado dos alunos envolvidos no projeto. Publicação de artigos científicos. - Estudos funcionais in vitro e in vivo dos genes selecionados em câncer de ovário. Caracterização dos antígenos tumorais em ensaios imunológicos. 91 Caracterização de isoformas de splicing da proteína OPN: estudos funcionais e imunológicos. Análise dos resultados e identificação de antígenos que apresentam reatividade adequada. Montagem de painel de antígenos e análise dos resultados. Preparação de artigos com os dados obtidos ao longo do desenvolvimento do projeto. - Identificação resíduos de aminoácidos conservados entre os ortólogos de BRCA1 na região compreendida entre os resíduos de aminoácios 1314 e 1396 (exon 12 e porção terminal do exon 11) para modelagem de variantes artificiais com perfil neutro e deletério. Geração dos variantes missense selecionados (de ocorrência natual e artificiais) por muatagênese sítio-dirigida por extensão de sobreposição. Clonagem dos variantes gerados nos vetores pLex e pGBT9, sub-clonagem em pCDNA3. - Isolamento de DNA de amostras tumorais de retinoblastoma incluídas em parafina. Obtenção de preparações cromossômicas e FISH de amostras tumorais frescas de retinoblastoma. Realização de PCR mutltiples para amplificação dos exons de RB1 para experimentos de SSCP e seqüenciamento dos fragmentos com migração diferencial. Análise dos dados de seqüência para identificação de mutações. Preparação de manuscrito para publicação. - Seleção de shRNAs para construções retrovirais para infecção em células hematopoiéticas do fígado Eµ-myc e transplante destas células em camundongos selvagens irradiados letalmente. Seleção de amostras clínicas tumorais e preparação de Microarranjos de tecidos. Anos 3-5 - Nas análises proteômicas de LMA pretende-se nos próximos três anos continuar as análise em géis 2D, continuar as análises de espectrometria de massas, descrever os perfis proteômicos de LMA, realizar análises protéicas Multidimensionais (MudPit), estratificar os dados de acordo com a classificação das amostras, validar os biomarcadores e preparar novos manuscritos. - Para o LNH da infância nos três anos subseqüentes pretendemos estender a análise de metilação para outros genes com potencial envolvimento no prognóstico. Os resultados dos estudos de metilação serão comparados com as análises da expressão por IHQ das proteínas dos genes pré-selecionados. Em casos com material disponível, será analisada a expressão dessas 92 proteínas por Western blotting utilizando agentes que revertem o status de metilação. A pesquisa de mutações do gene TP53 será realizada em novos casos e pretende-se traçar um perfil das alterações genéticas e epigenéticas observadas nestes linfomas, que presentes desde a gênese do tumor, também possam alterar a resposta ao tratamento influenciando vias de apoptose. - Na análise de mutações no Domínio Quinase em pacientes com LMA pretendese continuar acompanhando os pacientes amostrados, coletando dados clínicos que possam ser relacionados aos dados sobre as mutações identificadas e incluir novos pacientes. - Para o câncer de próstata pretende-se dar continuidade à caracterização dos genes diferencialmente expressos evidenciados pelas técnicas de bioquímica, Western blot e Real time PCR nos anos anteriores. Finalização das dissertações de mestrado e teses de doutorado dos alunos envolvidos no projeto. Publicação de artigos científicos. - No câncer de ovário pretende-se: selecionar os biomarcadores de potencial aplicação como marcadores de predição de doença metastática e validação por ensaios in vivo; Testar dos painéis de antígenos em amostras de diferentes bancos de soros disponívies para fins de validação multi-institucional; realizar uma avaliação funcionalr in vivo de potenciais alvos terapêuticos. - Nos estudos de avaliação funcional de BRCA1 os variantes missense artificiais na região compreendida entre os resíduos de aminoácios 1314 e 1396 serão analisados em o ensaio de ativação transcricional em leveduras e também em células de mamífero. Os resultados obtidos serão validados a partir de dados genéticos disponíveis de associação ao câncer mama. Publicação dos resultados encontrados. - Em retinoblastoma pretende-se dar continuidade a inclusão de novos pacientes para serem analisados molecularmente assim como para a obtenção de dados cariotípicos. - Na descrição de novos genes com função supressora tumoral pretende-se dar continuidade a execução dos experimentos envolvendo o modelo in vitro e in vivo, selecionando novas amostras tumorais humanas para a preparação de novos microarranjos de tumores e publicar os resultados obtidos. 93 Projetos financiados nos últimos 5 anos Nacionais - CNPQ - 06/2005 - Estudos cito-moleculares para a identificação de grupos de risco terapêutico e marcadores de prognóstico em pacientes adultos e pediátricos com Leucemia Mielóide Aguda (LMA). Pesquisadora Principal: Ilana Zalcberg-Reanault (R$ 70.000,00). - CNPq - 478264/2003-8 2003-2005. Estudos imunomoleculares sobre a patogênese do linfoma de Burkitt no Brasil. Pesquisadora Principal: Ilana Zalcberg-Reanault. - CNPq - Bolsa de Produtividade em Pesquisa (1A) Processo: 303413/2007-7 Pesquisador Principal: Francisco José Barcelos Sampaio. - CNPq - CNPq - 400893/2005-3, Edital Universal (480256/2007-1). Pesquisador Principal: Francisco José Barcelos Sampaio. - CNPq - Edital MCT/CNPq 02/2006-Universal-processo 478117/2006-6. projeto: Auto-anticorpos como potenciais maracdores séricos no carcinoma de próstata e ovário. Pesquisador Principal: Etel Rodrigues Pereira Gimba. - CNPq - Edital MCT/CNPq 15/2007 -Universal-processo 482431/2007-5; projeto: Caracterização de antígenos tumorais e resposta de autoanticorpos como potenciais marcadores séricos para os carcinomas de próstata e ovário. Pesquisador Principal: Etel Rodrigues Pereira Gimba. - CNPq - Edital Universal 2007-2009. Desenvolvimento e validação de uma abordagem para quantificação de herpesvírus após transplante de progenitores hematopoiéticos. Pesquisador Responsável: Cláudia Esther Alicia Rocio Hassan. - CNPq- Ed Apoio às Atividades de Pesquisa em Genética Clínica -Rede Nacional de Cãncer Familial. Coordenador: Héctor N Seuanez Abreu (R$ 455.000,00). - CNPq-Ed Neoplasias 2005/2006 – Identificação e validação de biomarcadores da resposta preditiva ao tratamento em pacientes adultos com leucemia mielóide aguda- Pesquisador Principal: Eliana Abdelhay (R$ 50.000,00). - CNPq-Ed.Universal 2005/2006- O proteoma como uma ferramenta na identificação de marcadores moleculares de prognóstico em LMC. Pesquisador Principal: Eliana Abdelhay (R$ 30.000,00). 94 - Edital MCT-CNPq / MS-SCTIE-DECIT / CT-Saúde – Nº 06/2005, 2006-2008. Quantificação do DNA do vírus Epstein-Barr (EBV) no diagnóstico e no monitoramento da resposta ao tratamento dos linfomas não Hodgkin-B da infância. – concluído. Pesquisadora Principal: Claudete Esteves Klumb. - FAPERJ - Edital de Apoio a Grupos Emergentes de Pesquisa RJ 2008processo E-26/111.496/2008. Avaliação funcional e caracterização de biomarcadores de progressão tumoral e metástases nos carcinomas de próstata e ovário. Pesquisador Principal: Etel Rodrigues Pereira Gimba. - FAPERJ - Edital FAPERJ Apoio à Infra-estrutura de Biotério de Inst. de Pesq/Ensino RJ Proc E-26/111.099/2008. Implantação do Banco de Embriões de Camundongos no Instituto Nacional de Câncer (INCA). Coordenador: Ricardo Luis Alves Silva. - FAPERJ - Edital: APQ1N° de processo:E-26/171.392/2 006. Caracterização funcional de Wnt4 e análise do perfil de expressão em tumores e linhagens celulares de tumores de próstata. Pesquisador Principal: Etel Rodrigues Pereira Gimba. - FAPERJ – Processo 110.146-2007 R$ 59.355,00 2007/2-2008/2. Pesquisador Principal: Marcelo Alex de Carvalho. - FAPERJ – Processo 170.822-2006 R$ 24.000,00 2007/1-2009/1. Pesquisador Principal: Marcelo Alex de Carvalho. - FAPERJ – Processo 171.129-2006 R$ 29.000,00 2007/1-2009/1. Pesquisador Principal: Marcelo Alex de Carvalho. - FAPERJ E-26/152.006/2004, FAPERJ - E-26/171.276/2004, FAPERJ - E26/170.962/2006, FAPERJ (E-26/152.813/2006), FAPERJ - E-26/171.499/2006, FAPERJ E-26/110.033/2007, FAPERJ - E-26/110.331/2007, FAPERJ E26/110.019/2007, FAPERJ - E-26/100.515/2007. Pesquisador Principal: Francisco José Barcelos Sampaio. - FAPERJ- Ed PRONEX 2008 - Genomica em grande escala:instabilidade, polimorfismos e expressão em câncer, AIDS e anomalias congenitas –Vigente. Coordenador do projeto: Héctor N Seuanez Abreu (R$ 470.000,00). - FAPERJ-APQ1 Processo E-26/171.479/2006. Estudo prospectivo da carga viral do vírus Epstein-Barr (EBV) como marcador preditivo de resposta ao tratamento nos linfomas associados ao EBV. Pesquisadora Principal: Claudete Esteves Klumb. 2007-2009 – vigente. 95 - FAPERJ – Implantação do Banco de Embriões de Camundongos no Instituto Nacional de Câncer (INCA) - (Edital FAPERJ Apoio à Infra-estrutura de Biotério de Inst. de Pesq/Ensino RJ Proc E-26/111.099/2008). Coordenador do projeto: Ricardo Luis Alves Silva. Internacionais - Fundação Swissbridge (Suiça) - Heterogeneidade molecular das leucemias e linfomas- Pesquisador Principal: Héctor N Seuanez Abreu (CHF 838.000,00). Participação em programas de Pós-Graduação - Pós Graduação em Biologia Celular e Molecular da Fundação Oswaldo Cruz (Conceito 6). - Pós Graduação em Bioquímica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Conceito 7). - Pós Graduação em Genética e Bioquímica da Universidade Federal de Uberlândia (Conceito 3). - Pós Graduação em Oncologia do Instituto Nacional do Câncer (Conceito 5). - Pós-graduação em Biologia Humana e Experimental da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Conceito 5). - Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Biofísica) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Conceito 7). - Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Genética) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Conceito 6). - Pós-graduação em Fisiopatologia e Ciências Cirúrgicas da Universidade da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Conceito 5). Interações locais e internacionais Nacionais - Cordenação da Rede Nacional de Câncer Familial com 14 centros nacionais http://www.inca.gov.br/cancer_familial/. Interação com Héctor N. Seuanez Abreu. - Hospital AC Camargo-SP - Dr. Fernando Soares na área de patologia molecular e microarranjos de tecidos. Interação com Etel Rodrigues Pereira Gimba. 96 - Hospital Municipal Souza Aguiar, RJ (Dr. AG Cavalcanti). Interação com Francisco José Barcelos Sampaio. - Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, UFRJ- Dr. Rony Schaffel, Médico do Serviço de Hematologia. Interação com Ilana Zalcberg-Reanult. - Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)- Dr Mariano Zalis. Laboratório de Infectologia e Parasitologia Molecular. Interação com Cláudia Esther Rocio Hassan. - Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora- Dr. Angelo Attala, Médico do Serviço de Hematologia. Interação com Ilana ZalcbergReanult. - Hospital Universitário Oswaldo Cruz, Universidade de Pernambuco, Recife Dra Tereza Cartaxo Muniz. Centro de Oncologia Pediátrica -CEON). Interação com Cláudia Esther Rocio Hassan. - InCor – SP - Grupo de Biologia Computacional do Laboratório de Genética e Cardionalogia Molecular), coordenado pelo Dr. Paulo Sergio Lopes de Oliveira. Interação com Etel Rodrigues Pereira Gimba. - Santa Casa da Misericórdia”, Itabuna, Bahia - Dra Teresa Cristina Fonseca. Centro de Tratamento do Câncer Pediátrico. Interação com Cláudia Esther Rocio Hassan. - UFRJ - Dr Nelson Spector. Interação com Eliana Abdelhay. - Universidade de São Paulo(USP), São Paulo, Departamento de Patologia Carlos E. Bacchi da. Interação com Claudete Esteves Klumb. - Universidade Federal de Urbelândia - Grupo do Dr Luiz Ricardo Goulart Filho, em estudos funcionais de proteínas envolvidas na progressão no CaP (Dr. Carlos Moreno, Emory University, Atanta, EUA). Interação com Etel Rodrigues Pereira Gimba. - Universidade Federal Fluminense- Dr. Adelmo Daumas Gabriel, MD Médico do Serviço de Hematologia. Interação com Ilana Zalcberg-Reanult. - Universidade Federal Fluminense, RJ. Dr. HJ Bagetti Filho. Interação com Francisco José Barcelos Sampaio. Internacionais - Asociación Española Primera de Socorros Mútuos, Montevidéu, Uruguay- Dr. María del Rosario Uriarte, PhD. Interação com Ilana Zalcberg-Reanult. 97 - Geogetown University, EUA - Diretora do Protein Information Resource Dra. Cathy H. Wu. Interação com Etel Rodrigues Pereira Gimba. - H. Lee Moffitt Cancer Center & Research Institute, Laboratory of Cancer Genetics Tampa, FL, USA. Dr. Alvaro N. A. Monteiro, PhD (pesquisador responsável). Interação Responsável: Marcelo Alex de Carvalho. - Hospital de Pediatria “Ricardo Gutierrez”, Buenos Aires, Argentina.- Dras Maria Victoria Preciado e Paola Chabay. Laboratório de Virologia. Interação com Cláudia Esther Rocio Hassan. - Hospital Hammersmith, Londres UK – Dr. Jaspal Kaeda Departamento de Hematologia. Interação com Ilana Zalcberg-Reanult. - Institute of Human Genetics and Anthropology, Jena, Germany - Dr Thomas Liehr. Interação com Eliana Abdelhay. - Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira UFRJ- Dr Marcelo Land. Interação com Eliana Abdelhay. - St Jude Children’s Research Hospital-Memphis,TN - Dr Susana RaimondiDepartment of Pathology-. Interação com Eliana Abdelhay. - St Jude Children’s Research Hospital-Memphis,TN Dr Raul Ribeiro- Department of Oncology. Interação com Eliana Abdelhay. - UNESP (Convênio genérico para estabelecimento de programa de cooperação acadêmica) . Interação com Francisco José Barcelos Sampaio. - Universidade de Caen, França - Dr. Serge Carreau. Interação com Francisco José Barcelos Sampaio. - Universidade Stanford, CA, Estados Unidos (Dr. H. Zhao e Dr. D. Peehl). Interação com Francisco José Barcelos Sampaio. - University College Dublin, Irlanda - William Gallagher, Conway Institute. Interação com Etel Rodrigues Pereira Gimba. - University Hospital Göttingen, Göttingen, Germany - Prof. Dieter Kube, Department of Haematology and Oncology. Interação com Cláudia Esther Rocio Hassan. - University of Cincinnati Medical Center - Grupo Dr. Geord F Weber EUA caracterização de isoformas de “splicing” da proteína OPN. Interação com Etel Rodrigues Pereira Gimba. 98 - William J. Harrington Hematologia/Oncologia, Jr., Professor de Medicina / Divisão de Universidade de Miami, Sylvester Comprehensive Cancer Center, Miami, USA. Interação com Claudete Esteves Klumb. - Memorial Sloan Kettering Cancer Center, Nova Iorque, EUA - Dr. Hans-Guido Wendel. Interação com Ricardo Luis Alves Silva. - Serviço de Hematologia do Hammersmith Hospitals Trust, Londres.- Drs Jaspal Kaeda e John McVey. Interação com Ilana Zalcberg Ranault. Contrapartida Institucional O Instituto Nacional de Câncer custeia os serviços de secretaria, manutenção predial e de equipamentos. Possui um Biotério para roedores. A instituição possui ainda aparelhos de grande porte que serão utilizados na realização deste projeto como: um seqüenciador automático de DNA MegaBACE 1000 com 96 capilares, um seqüenciador automático de DNA ABI-PRISM 377 para 64 amostras, 4 aparelhos de PCR em Tempo Real, dois leitores de microarranjos (Bio-Rad VersArray Chip Reader e Affymetrix Gene Chip Scanner 3000), Tissue Microarray, 10 Freezers a 80º C, um sistema de criopreservação em Nitrogênio para 10.000 amostras. A Unidade de Pesquisa em Sistema Urogenital, localizada na UERJ, possui os seus próprios laboratórios, especializados em técnicas anatômicas, cirúrgicas, cirurgia experimental, bioquímica da matriz extracelular, histoquímica, imunohistoquímica, microscopia eletrônica, cultura de células, biologia molecular, etc. Nos últimos 5 anos recebeu mais de 10 auxílios financeiros o que permitiu equipar e modernizar esses laboratórios. ================================================================ 99 TEMA 3: ENSAIOS CLÍNICOS EM ONCOLOGIA: BASE PARA DESENVOLVIMENTO E INCOPORRAÇÃO TECNOLÓGICA NO COMPLEXO ECONÔMICO-INDUSTRIAL DA SAÚDE RACIONAL Estudos clínicos, sejam eles prospectivos ou observacionais, formam a base para o processo decisório em medicina, sobretudo em especialidades relativamente recentes como a oncologia clínica, na qual, a cada ano, surgem novas drogas e opções terapêuticas. Muitas dessas novas opções e alternativas são frutos de uma revolução que vem ocorrendo na oncologia com a incorporação dos conhecimentos oriundos da biologia molecular e celular do câncer, gerando, cada vez mais, hipóteses, com bases biológicas definidas, a serem testadas em estudos clínicos. Atento a essa realidade e buscando cumprir o seu papel de formulador de políticas de câncer no Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) vem conduzindo, há cerca de 10 anos, um projeto de desenvolvimento de estudos clínicos próprios que, ao mesmo tempo em que tenha um caráter inovador, seja capaz de gerar dados que interessem ao Ministério da Saúde. Além disso, seguindo uma tendência mundial de pesquisa em oncologia, o INCA tem investido em grupos de pesquisa translacional, isto é, que desenvolvem projetos visando à transição rápida dos conhecimentos da ciência básica para a prática clínica. Ao mesmo tempo que tem o potencial de beneficiar de uma maneira mais rápida e efetiva os pacientes, esse tipo de pesquisa está também diretamente ligado e dependente de políticas e estruturas voltadas para o desenvolvimento tecnológico na área da saúde. O Ministério da Saúde estabeleceu como uma das suas diretrizes o investimento e desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde. Dessa forma, há o interesse de, a médio prazo, o país passar da condição de importador de tecnologias a produtor e exportador de fármacos e kits diagnósticos, com conseqüente impacto na balança de pagamentos. Alinhado a isso, o INCA vem investindo, desde 2005, no estabelecimento de parcerias para a implantação de um programa multidisciplinar de desenvolvimento de biotecnologia em oncologia. Para tal, grandes investimentos em infraestrutura já vem ocorrendo para a criação de um Centro de Desenvolvimento Tecnológico (CDT-INCA). Outra missão que cabe ao setor público na área de oncologia é avaliar o custo da incorporação de novas tecnologias através de instrumentos de mensuração da custo-efetividade. Em suma, 100 o projeto de ensaios clínicos tem 2 pilares: A) o desenvolvimento de drogas antineoplásicas utilizando diferentes estratégias B) ensaios avaliando a incorporação de novas estratégias terapêuticas com enfoque na sua eficácia e custo-efetividade. O projeto tem o potencial de transferência dos resultados tanto para o setor privado quanto o público: Privado: uma vez que moléculas interessantes sejam identificadas, as mesmas serão desenvolvidas em parceria com a indústria farmacêutica nacional. Para tal, mecanismos como do Profarma do BNDES poderão ser utilizados para consolidar as parcerias público-privadas. Público: os dados gerados nos estudos de incorporação de novas estratégias terapêuticas poderão subsidiar o Ministério da Saúde na tomada de decisões sobre incorporação tecnológica. Além disso, o projeto tem o potencial para a geração de patentes, uma vez que novas moléculas sejam elas de origem natural ou sintética serão desenvolvidas. Abordagens específicas -Programa de Desenvolvimento de Drogas O INCA conta hoje com um centro de referência nacional e internacional em pesquisa clínica. Esse centro está capacitado para propor e conduzir estudos de fase I, II e III. Por esse papel, a instituição vem sendo procurado e tem estabelecido parcerias com instituições acadêmicas brasileiras para testar moléculas candidatas a agentes antineoplásicos. Com isso, foi estabelecido o Programa de Desenvolvimento de Novas Drogas do INCA (PDD-INCA) que funciona na Divisão de Pesquisa Clínica do INCA. Para tal, o INCA tem investido na criação de uma infraestrutura específica e na formação de uma rede de pesquisadores. Essa rede envolve instituições nacionais como: INCa, Fiocruz, Universidade de São Carlos-SP, Universidade de Mogi das Cruzes-SP, UNIFESP e Museu Nacional da UFRJ, todas integrantes dessa proposta. Além disso, aproveitando a oportunidade dom presente edital, a rede pode ser ampliada agregando pesquisadores da UFRJ, Universidade Federal da Paraíba e outros setores do INCA (Laboratório de Hematologia Molecular e Celular). Esses novos pesuisadores têm projetos que são complementares a rede original, ampliando o escopo do PDD-INCA. Uma vez consolidada, a rede tendo o INCA como centro coordenador poderá atuar nos moldes NCI americano (National Cancer Institute). No geral, o programa 101 se baseia em 3 pilares que cobrirão as estratégias hoje vigentes no campo do desenvolvimento de medicamentos antineoplásicos no mundo: 1- Explorar a biodiversidade (marinha e vegetal) 2- Testar compostos sintéticos com potencial antineoplásico 3 Gerar a alterar a estrutura de peptídeos através de biologia da computação, a partir de alvos (biomarcadores) previamente identificados. Essa estratégia é também conhecida como desenho racional de drogas. A partir da identificação de compostos promissores, o INCA realizará as etapas subseqüentes do desenvolvimento através de parcerias com a Fiocruz (toxicologia animal), Farmanguinhos (formulação de medicamentos) e indústria farmacêutica nacional (transposição de escala e estudos de fase III). Os estudos clínicos de fase I, II e III serão realizados na estrutura de pesquisa clínica já em funcionamento no INCA, bem como em centros que comporão a Rede INCA de Pesquisa Clínica (já operante e em fase de expansão). Com essa estratégia, o INCA, através da sua rede almeja tornar-se centro de referência mundial no campo do desenvolvimento de drogas. -Ensaios Clínicos para Avaliação da Incorporação de Novas Estratégias Terapêuticas com Enfoque na Sua Eficácia e Custo-Efetividade. Os ensaios clínicos terão duas vertentes: - Estudo de fase III utilizando a terapia com laser de baixa potência como método de prevenção de mucosite oral em pacientes submetidos à radioterapia e quimioterapia concomitantes para tratamento de tumores na região de cabeça e pescoço. - Impacto da Imagem Molecular no Planejamento Radioterápico e na Avaliação da Resposta Terapêutica de Pacientes com Câncer de Colo Uterino e Canal Anal: Um Método Definitivo 102 OBJETIVOS GERAIS 1- Consolidar o programa de desenvolvimento de drogas do INCA e sua respectiva rede 2- Desenvolver ensaios clínicos para avaliação de novas estratégias terapêuticas que permitam avaliação da incorporação de novas tecnologias com enfoque em custo-efetividade DESENHO EXPERIMENTAL 1 - PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DE DROGAS: O programa é baseado em 4 fases descritas a seguir: Fase 1 -Identificação de Moléculas Candidatas a) Prospecção e screening de produtos naturais de origem marinha, vegetal e metabólitos bacterianos utilizando plataforma de high throughput. Produtos de Origem Marinha: A metodologia de coleta utilizada consiste na tomada de amostras manualmente, em paralelo ao registro fotográfico submarino de parâmetros tais como cor e forma dos espécimes, habitat, profundidade e temperatura da água, e número de tombo do voucher na coleção MNRJ. As coletas almejarão o maior número possível de ecossistemas, dentre os quais estarão compreendidos costões rochosos rasos, recifes de coral, de algas e de arenito, a diferentes distâncias da costa, bancos recifais, fundos areno-lamosos e manguesais; distribuídos ao longo de duas ecoregiões distintas. O acesso aos pontos de coleta poderá ser feito a nado ou a bordo de embarcações condizentes com as condições de mar e a distância a ser percorrida (p.e. jangadas, traineiras, lanchas). Os vouchers serão fixados em etanol a 96% e o material destinado à bioprospecção, neste mesmo meio ou congelado, conforme o solicitação dos colaboradores deste segmento. A identificação das amostras incluirá preparação de cortes espessos e espículas dissociadas para exame aos microscópios óptico e eletrônico de varredura, este último, no caso de identificações mais difíceis, ou de espécies que se pretenda descrever taxonomicamente. As preparações serão identificadas ao 103 nível de gênero com auxílio do Systema Porifera (Hooper & van Soest, 2002), e posteriormente, ao nível de espécie, após obtenção de lista de espécies do gênero na World Porifera Database (van Soest et al., 2005) e compilação de descrições pertinentes a partir da biblioteca particular Taxpo (Laboratório de Taxonomia de Poríferos - MN/UFRJ). Preparar extratos brutos de 180 amostras de esponjas coletadas. Enviar alíquotas de cada um dos 180 extratos de esponjas para o INCA avaliar a atividade anticancerígena de cada um dos extratos obtidos. Os extratos brutos que apresentarem atividade anticâncer serão selecionados. Estes serão separados em frações de diferentes polaridades. As diferentes frações serão novamente enviadas ao INCA para avaliar a atividade anticancerígena de cada uma das frações. As frações ativas deverão ser separadas em seus constituintes químicos. Os constituintes obtidos deverão ser purificados por HPLC até apresentarem 95-100% de pureza. Os constituintes puros deverão ser identificados por análises de ressonância magnética nuclear, espectrometria de massas, espectrofotometria no infravermelho e, ocasionalmente, por dicroísmo circular, de maneira a se determinar a estrutura completa e absoluta de cada constituinte químico isolado e purificado dos extratos que apresentaram atividade anticancerígena. Enviar alíquotas dos constituintes químicos puros e identificados serão enviados ao INCA para que suas atividades anticancerígenas sejam avaliadas. Produtos de Origem Vegetal: No caso de fontes vegetais, serão exploradas fontes de flavanóides (Paraíba). Para tal, as seguintes espécies serão utilizadas como fontes respectivos produtos: -Tilirosideo: Herissantia tiubae; Herissantia crispa; Sida galheirensis; Backeridesia pickelli; Sidastrum micranthus; Sidastrum paniculatum; Wissadula periplocifolia. -Diraminosídeo: Herissantia tiubae; Herissantia crispa; Sida galheirenses; Backeridesia pickelli e Sidastrum micranthus. -Canferol : Backeridesia pickelli. Estas substâncias foram isoladas das fases acetato de etila e n-butanólica do extrato etanólico ou metanólico bruto (isto porque tanto fizemos extratos etanólico quanto metanólico) das partes aéreas destas espécies. As substâncias que obtemos 104 em maior quantidade são tilirosideo e diraminosideo, que são dois glicosideos flavanóidicos. Estamos isolando também outros flavonódes, porém em pequenas quantidades. Por outro lado, o grupo da Raquel Maia tem analisado alguns compostos modificados, sintéticos, derivados de lapachol. Os resultados preliminares em células de linhagens leucêmicas demonstraram efeito anti-tumoral e anti-MDR potente. Isto indica que tais substâncias não são substratos para as proteínas MDR e atingem concentrações intracelulares necessárias para o efeito citotóxico. Os compostos LQB118 e seus análogos, com estrutura semelhante ao do lapachol, foi desenhado pelo Prof. Costa PRR do Laboratório de Química Biorgânica do Núcleo de Pesquisas de Produtos Naturais (NPPN), UFRJ, RJ, Brasil. Produtos de Origem Bacteriana: Várias neoplasias são refratárias às drogas utilizadas atualmente, existindo assim grande interesse na identificação de novos compostos com atividade anti-câncer. A grande diversidade biológica nos oceanos, principalmente em regiões costeiras, apresenta-se como uma fonte alternativa de fármacos. Várias drogas já foram isoladas de animais marinhos e algumas destas como a Briostatina I e Dolastatina, estão sendo avaliadas em testes clínicos. Estes compostos são de difícil isolamento, e uma grande massa inicial do animal marinho é necessária para purificação de pequena quantidade de droga. Dados da literatura mostram que alguns compostos são na verdade produzidos por bactérias simbiontes destes animais marinhos. As briostatinas, por exemplo são produzidas pelas bactérias simbionte Candidatus Endobugula glebosa presentes nos briozoários. A filogenia do grupo indica que este simbionte é relacionado ao clado Teredinibacter, que possui como espécie tipo a bactéria Teredinibater turnerae. Esta é um endosimbionte de moluscos da família Teredinidae e é de grande relevância, pois é uma bactéria intracelular in symbio, porém cultivável in vitro. O genoma de T. turnerae possui 9 cassetes gênicos para biossíntese de policetídeos, incluindo genes similares a genes bry para a produção de Briostatina. Outros genes são similares a genes envolvidos na síntese da outras drogas anti-câncer como a bleomicina. Dados preliminares indicam que extratos metanólicos de T. turnerae reduzem a proliferação de células tumorais in vitro. O presente projeto visa avaliar com maiores detalhes, a produção de compostos com atividade anti-tumoral por T.turnerae crescida sob diferentes condições de cultivo, onde sabidamente genes de policetídeo sintases (PKS) são expressos. Além disso, 105 pretendemos avaliar o efeito dos extratos de T.turnerae sobre diferentes processo celulares. b) Desenvolvimento de moléculas sintéticas (parceria com Universidade de Mogi das Cruzes) A eficiência de drogas quimioterápicas é determinada por diferentes fatores, incluindo o genótipo da célula tumoral. Muitos agentes antitumorais induzem danos na molécula de DNA disparando como resposta um processo apoptótico dependente de p53.resposta. O gene supressor de tumor p53 é deformado em até 50% de tumores humanos, fato que pode contribuir para resistência para vários tipos de terapias. Assim, a identificação de drogas que induzem a apotose por uma via independente de p53 é muito importante (1). A citotoxicidade do Taxol foi descrita como independente da função do p53. Além deste, várias outras drogas foram descritas como possuindo mecanismos de ação independentes de p53 (2). Não está claro se a apoptose independente de p53 é um fenômeno comum gerado por um número grande de drogas ou se estes mecanismos são exceções.Estudos de vários laboratórios mostraram que a ruptura de lisossomos é um primeiro evento dentre vários no processo de apoptose apoptotic processos, incluindo os iniciados por estresse oxidativo, retirada de soro, e ligação de Fas. De forma interessante foi demonstrado que a apoptose induzida por p53 envolve como um primeiro evento a permeabilização da membrana lisossomal (LMP) (3). A translocação da protease lisossomal, catepsina B, no citosol pode induzir a apoptose. Foi recentemente demonstrado que a imortalização e/ou transformação aumenta a susceptibilidade das células às vias de morte lisossomal sugerindo que essas vias são alvos potenciais para o desenvolvimento de drogas anticancer (4). Assim, conforme o descrito o principal objetivo deste projeto é o desenvolvimento agentes quimioterápicos baseados em propriedades lisossomotrópicas de paladaciclos (5-7)) que ativam a apoptose por via independente de p-53 (7). c) modelagem de proteínas através de estratégias de biologia da computação e bioinfomática. 106 Fase 2-Toxicologia animal Será realizada na Fiocruz (ENSP – Laboratório do Professor Francisco Paumgartten), utilizando metodologia já validada para testes de toxicidade aguda e subaguda, mutagênese e carcinogênese Fase 3-Formulação; Será realizada em Farmanguinhos, segundo padrões locais de GMP. Fase 4 - Testes clínicos A fase 4 será conduzida pelo INCA e sua rede de pesquisa clínica. O INCA dispõe de expertise e estrutura para os ensaios de fase I, II e III, bem como para estudos de farmacocinética, farmacogenética e identificação de biomarcadores. 2- ENSAIOS CLÍNICOS PARA AVALIAÇÃO DE INCORPORAÇÃO TECNOLÓGICA: -Estudo de fase III utilizando a terapia com laser de baixa potência como método de prevenção de mucosite oral em pacientes submetidos à radioterapia e quimioterapia concomitantes para tratamento de tumores na região de cabeça e pescoço. Serão avaliados 78 pacientes, matriculados no Instituto Nacional de Câncer, com diagnóstico de carcinoma de células escamosas localizado em orofaringe, hipofaringe e serão randomizados previamente ao início do estudo entre receber tratamento com nasofaringe inelegíveis para cirurgia, submetidos ao tratamento com radioterapia e quimioterapia. Os pacientes laser (grupo investigatório) e não receber tratamento com laser (grupo controle ou placebo). A aplicação será efetuada com o aparelho da DMC, um diodo de fosfeto de indio galio e alumínio (InGaAlP) com emissão de radiação na região vermelha do espectro eletromagnético (660 nm), com potência de 100mW, com área de feixe de 0,246 cm². Determinou-se uma densidade de energia de 4 J/cm²/ponto, que será aplicada de forma pontual, com uma distância entre pontos de 1 cm , durante 10s por ponto, totalizando 9 pontos por região.As regiões da mucosa oral que serão tratadas são: mucosa jugal direita e esquerda, lábio inferior e superior, mucosa labial superior e inferior, borda lateral da língual direita e esquerda, ventre lingual, assoalho bucal e trígono retromolar direito e esquerdo. 107 -Impacto da Imagem Molecular no Planejamento Radioterápico e na Avaliação da Resposta Terapêutica de Pacientes com Câncer de Colo Uterino e Canal Anal: Um Método Definitivo Todos os pacientes irão realizar estudos de imagem molecular (18F-FDGPET/CT) antes e após terapia (quimio + radioterapia). Análises qualitativas e quantitativas das imagens serão realizadas com o intuito de se verificar as alterações metabólicas pós-terapia. As captações do 18 F-FDG (pré- e pós-terapia) serão correlacionadas com o perfil genético/molecular do câncer utilizando-se de dados provenientes da imunohistoquímica e microarranjo. Além disso, as imagens realizadas pré-terapia serão utilizadas para o planejamento radioterápico. Os resultados dessa análise serão comparados com o planejamento realizado rotineiramente com a TC. PARTICIPANTES Carlos Gil Ferreira , Divisão de Pesquisa Clínica do INCA (Pesquisador Responsável) Roberto Gomes de Souza Berlinck, Pesquisador, USP – São Carlos (Pesquisador Responsável) Eduardo Carlos Meduna Hadju, Pesquisador, Museu Nacional, UFRJ (Pesquisador Responsável) Antonio Carlos Fávero Caíres, Pesquisador, Universidade de Mogi das Cruzes Marcelo Mamede Lewer, Pesquisador, Divisão de Pesquisa Clínica do INCA (pesquisador responsável) Carlos Augusto Gomes Soares, Pesquisador, Departamento de Genética da UFRJ (Pesquisador Responsável) Ana Lúcia Moraes Giannini, Pesquisadora, Departamento de Genética da UFRJ Franklin David Rumjanek, Pesquisador, Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ Raquel Ciuvalschi Maia, Pesquisadora, Serviço de Hematologia, INCA (Pesquisadora Responsável) Paulo RR Costa, Pesquisador, Laboratório de Química Biorgânica do Núcleo de Pesquisas de Produtos Naturais, UFRJ. Alcides JM da Silva, Pesquisador, Laboratório de Química Biorgânica do Núcleo de Pesquisas de Produtos Naturais, UFRJ. 108 Marcos Antonio Maurício Scheiner, Biólogo, Serviço de Hematologia, Instituto Nacional de Câncer. Flavia da Cunha Vasconcelos, Bióloga (doutoranda), Serviço de Hematologia, Instituto Nacional de Câncer. Marcia Regina Piuvezam, Pesquisadora, Laboratório de tecnologia Farmacêutica da Universidade Federal da Paraiba (Pesquisadora Responsável) METAS Qualitativas para o Programa de Desenvolvimento de Drogas: - Prospecção: Coletar 80kg de poríferos na costa. Testar 5.000 extratos de origem marinha. Preparar pelo menos extratos brutos de 180 amostras coletadas. Purificar e identificar constituintes puros. - Identificar novas substâncias, derivadas do Lapachol que sejam capazes de induzir morte celular em amostras com determinado padrão de polimorfismo - Identificar flavonóides potencial anti-tumoral -Estudar do efeito de extratos metanólicos de T. turnerae sobre a proliferação de linhagens tumorais e não-tumorais; - Desenvolver e testar compostos quimioterápicos inovadores com propriedades lisossomotrópicas de paladacíclicos, identificando os mais promissores - Fazer a toxicologia animal dos compostos promissores - Desenvolver ensaios clínicos de fase I desses compostos - Através de biologia da computação, fazer desenho racional de novos compostos Qualitativas para os Ensaios com Novas Estratégias Terapêuticas: - Padronizar a aplicação preventiva do laser de baixa potência para todos os pacientes submetidos a radioterapia na região de cabeça e pescoço. - Conduzir e concluir o estudo do impacto da imagem molecular no planejamento radioterápico e avaliação de resposta em pacientes com Ca de colo uterino. As metas deste estudo serão a avaliação das alterações metabólicas que ocorrem durante e após diferentes modalidades terapêuticas e o impacto no planejamento radioterápico através das imagens moleculares. Quantitativas: - Teses e dissertações: 4 mestrado e 2 doutorado - Artigos: 12 artigos publicados em revistas Qualis A 109 - Possibilidades de patentes: EXPERIÊNCIA PRÉVIA NA ÁREA DE PESQUISA (pesquisadores responsáveis) Carlos Gil Ferreira, M.D., Ph.D, possui graduação em Medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1992), residência em Oncologia Clínica pelo INCA em 1997 e doutorado em Oncologia Experimental - Free University of Amsterdam (2001). Atualmente é Bolsista EXP-A do CNPq e Pesquisador Sênior e Chefe do Serviço de Pesquisa Clínica e Aplicada do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Cancerologia, atuando principalmente nos seguintes temas: câncer de pulmão, desenvolvimento de drogas, biologia molecular, apoptose e banco de tumores. Antonio Carlos Fávero Caíres, Ph.D, possui graduação em Bacharelado em Química pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1982), Mestrado em Tecnologia Nuclear pela Universidade de São Paulo (1985) e Doutorado em Química Inorgânica pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1993). Atualmente é professor adjunto e pesquisador da Universidade de Mogi das Cruzes, atuando no corpo permanente do Curso de Pós-Graduação em Biotecnologia. Tem experiência nas áreas de Química e Bioquímica, dando ênfase em suas pesquisas à síntese, caracterização e aplicações tecnológicas de Compostos Organo-Metálicos. Destacam-se neste setor as aplicações e Estudos Mecanísticos de compostos organometálicos de Paládio na inibição de enzimas e na área médica, com o desenvolvimento de eficientes compostos de combate ao câncer e desenvolvimento de marcadores de biomoléculas. Trabalha com a técnica de FTIR/ATR e de reflectância especular para a resolução de problemas e mecanismos pertinentes à área biotecnológica. Neste campo já desenvolveu trabalhos mostrando a modificação da estrutura secundária de cisteíno-proteases por ação de drogas. É mentor intelectual de uma família de patentes internacionais nesta área, cuja titularidade pertence à FAPESP (Fundação de Ampara à Pesquisa do Estado de São Paulo). Marcelo Mamede, M.D., Ph.D. é graduado pela UFJF em 1994 com PhD em Nuclear Medicine at the Kyoto University (2004). O principal investigado trabalhou no campo de imagem molecular em grandes centros de pesquisa dos EUA (National Institute of Health and Brigham and Women’s Hospital - Harvard Medical School) onde o mesmo avaliou a acurácia diagnóstica em tumores neuroendócrinos, o impacto no 110 planejamento radioterápico e na avaliação de resposta terapêutica em câncer de esôfago. Carlos Augusto Gomes Soares é professor Adjunto 4 do Dept. Genética (Inst. Biologia - Univ. Federal do Rio de Janeiro) e membro da comissão de pós graduação do Dept. Genética-UFRJ. Formado em Ciências Biológicas-Biologia Marinha e mestrado em Ecologia, tendo enfatizado seus estudos em ecologia microbiana e interação microrganismos/invertebrados marinhos. Obteve doutorado em Genética, especializando-se em genética molecular das interações bactérias/invertebrado. Obteve seu Pos-doutorado no CDC/Divisão de doenças infecciosas transmitidas por vetores, com estudos de genética da interface bactérias/carrapatos/hospedeiro. Atualmente desenvolve pesquisas relacionadas a: i) genética molecular da interação de bactérias cellulolíticas/fixadoras de nitrogênio simbiontes de moluscos Teredinidae, com uma abordagem em biotecnologia marinha e no estudo da biossíntese de policetídeos com potencial atividade anticâncer; ii) genética de bactérias transmitidas por carrapatos e o estudo da interface bactéria/carrapatos/hospedeiro. Foi premiado em 2006 pela Royal Entomological Society-Londres. Atua como consultor Ad Hoc do CNPq, da Univ.Cat.Brasília, como revisor e do corpo editorial da revista Oecologia Brasiliensis. Raquel Ciuvalschi Maia possui graduação em Medicina com especialização em Hematologia Clínica e Doutorado em Biologia Celular e Molecular pela Fundação Oswaldo Cruz. É chefe do Laboratório de Hemato-Oncologia Celular e Molecular do Hospital do Câncer-I do Instituto Nacional de Câncer (INCA), atuando principalmente nos seguintes temas: 1) Resistência a multiplas drogas (MDR) nas neoplasias, 2) Mecanismos de indução de apoptose induzida por drogas nas neoplasias, 3) Identificação de fatores prognósticos nas neoplasias e 4) Efeito anti-tumoral e antiMDR por novos quimioterápicos nas neoplasias. Em paralelo as atividades de pesquisa, atua como médica hematologista no Serviço de Hematologia, como professora do Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Oncologia, do INCA e como professora colaboradora do Programa de Pós-graduação em Ciências Morfológicas do Departamento de Anatomia do Instituto de Ciências Biológicas da UFRJ. É participante do Programa de Oncobiologia vinculado ao Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ. Antonio Carlos Fávero Caíres, possui graduação em Bacharelado em Química pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1982), Mestrado em 111 Tecnologia Nuclear pela Universidade de São Paulo (1985) e Doutorado em Química Inorgânica pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1993). Atualmente é professor adjunto e pesquisador da Universidade de Mogi das Cruzes, atuando no corpo permanente do Curso de Pós-Graduação em Biotecnologia. Tem experiência nas áreas de Química e Bioquímica, dando ênfase em suas pesquisas à sintese, caracterização e aplicações tecnológicas de Compostos Organo-Metálicos. Destacam-se neste setor as aplicações e Estudos Mecanísticos de compostos organometálicos de Paládio na inibição de enzimas e na área médica, com o desenvolvimento de eficientes compostos de combate ao câncer e desenvolvimento de marcadores de biomoléculas. Trabalha com a técnica de FTIR/ATR e de reflectância especular para a resolução de problemas e mecanísmos pertinentes à área biotecnológica. Neste campo já desenvolveu trabalhos mostrando a modificação da estrutura secundária de cisteíno-proteases por ação de drogas. É mentor intectual de uma família de patentes internacionais nesta área, cuja titularidade pertence à Fapesp (Fundação de Ampara à Pesquisa do Estado de São Paulo). Marcia Regina Piuvezam é Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2, possui graduação em Farmacia e Bioquimica pela Universidade Estadual de Londrina (1982), mestrado em Ciências (Microbiologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988) sob a orientação do Professor José Mauro Peralta e doutorado em Ciências (Microbiologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1994). A parte experimental do doutorado (CNPq) foi realizada no Seattle Biomedical Research Institute sob a coordenação do Dr. Steven G. Reed e colabaração da Immunex Co, Seattle, WA, EUA. O Pós-Doutorado foi realizado no Department of Immunology, University of Strathclyde, Todd Centre, Glasgow, UK, no laboratório do Professor James Alexander. Atualmente é professora associada da Universidade Federal da Paraíba e pesquisadora nível 2 no CNPq. Tem experiência na área de Imunologia, com ênfase em Imunologia Celular. Tem atuado nos seguintes temas: As plantas medicinais e seus efeitos no modelo experimental de alergia (camundongos BALB/c e ovalbumina) com colaborações com a UFBA, UFRJ e FIOCRUZ/Rio de Janeiro. As plantas em estudo são: Cissampelos sympodialis Eichl (Menispermaceae), Amburana cearensis (Fabaceae) e Cida cordifolia (Malvaceae). 112 BIBLIOGRAFIA Antunes et al. Med Oral Patol Oral Cir Bucal, 13:E189 (2008) Antunes et al. Blood (Philadelphia) 109: 2250 (2007) Antunes et al. Brazilian Oral Research 21:223 (2007) Backus et al. Europena Journal of Cancer 39: 1310 (2003) Barbosa et al. 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J Nucl Med 45:1458 (2004). Mamede et al. J Nucl Med 48: 1829(2007). Mamede et al. Am J Clin Oncol 30: 377 (2007) Marchini et al. Apoptosis 4: 39 (1999) Nakamoto et al. Am J Rad 176: 1449 (2001) Nakamoto et al. Ann Nucl Med 17: 421 (2003) Nakamoto et al. Eur J Nucl Med 27: 1835 (2000) Ohba et al. Circ J 71:884 (2007) Park, et al. Phys Med Biol 53:3661 (2008). Martins et al. Clinical Lung Cancer, v. 8(4), p. 257 (2007) Rodriguez et al. Experimental Cell Research 275:44 (2002) Roz et al. Oncogene (Basingstoke), v. 23, p. 9102 (2004) Saga et al. Ann Nucl Med 17: 197 (2003) Saga et al. Eur J Cancer 37: 1429 (2001) Spector et al. Oncology Reports 9:439 (2002) Tadamura et al. J Nucl Med 44 :745 (2003) Tadamura et al. J Am Coll Cardiol 37:130 (2001) Tolis, C. et al. European Journal of Cancer 35:796 (1999) Ueda et al. Ann Nucl Med 18:337 (2004) Vincent et al. The Oncologist 11:243 (2006) 114 CRONOGRAMA 1º Semestre: -Bioprospecção de produtos marinhos - Purificação de extratos marinhos - Iniciar testes de screening com produtos naturais (origem vegetal , marinha e bacteriana) - Prosseguir (já iniciados) os testes funcionais e toxicológicos com os compostos sintéticos (paladacíclicos) - Prosseguir testes funcionais com compostos derivados de Lapachol - Prosseguir o estudo clínico de terapia laser - Prosseguir o estudo de imagem molecular no planejamento da Rxt 2º Semestre: -Bioprospecção de produtos marinhos - Purificação de extratos marinhos - Prosseguir testes de screening com produtos naturais (origem vegetal , marinha e bacteriana) - Prosseguir testes funcionais com Paladacíclicos - Finalizar testes toxicológicos com Paladacíclicos - Finalizar coleta de dados do estudo de terapia laser - Prosseguir o estudo de imagem molecular no planejamento da Rxt - Prosseguir testes funcionais com compostos derivados de Lapachol avaliando o impacto dos polimorfismos 3º Semestre: -Bioprospecção de produtos marinhos - Purificação de extratos marinhos - Prosseguir testes de screening com produtos naturais (origem vegetal , marinha e bacteriana) - Prosseguir testes funcionais com Paladacíclicos - Iniciar estudo de fase I com Paladacíclicos - Publicar os dados do estudo de terapia laser - Prosseguir o estudo de imagem molecular no planejamento da Rxt - Prosseguir testes funcionais com compostos derivados de Lapachol avaliando o impacto dos polimorfismos 4º Semestre 115 - Finalizar etapa de bioprospecção de produtos marinhos - Finalizar a purificação de extratos marinhos - Identificar moléculas de flavopiridol candidatas e prosseguir em estudo - Finalizar testes funcionais com Paladacíclicos - Seguir estudo de fase I com Paladacíclicos - Publicar os dados do estudo de terapia laser - Finalizar o estudo de imagem molecular no planejamento da Rxt - Publicar dados dos testes funcionais com compostos derivados de Lapachol avaliando o impacto dos polimorfismos 3º ano -Testes funcionais com outros compostos de origem marinha identificados - Testes funcionais com flavopirirdol - Iniciar estudo de fase II com paladacíclicos - Toxicologia animal com produtos bacterianos - Publicar os dados do estudo de imagem molecular no planejamento da RxT - Sintetizar novas moléculas derivadas do Lapachol 4º ano -Testes funcionais com outros compostos de origem marinha identificados - Toxicologia animal com flavopiridol - Estudo de fase I com compostos bacterianos - Seguir estudo de fase II com paladacíclicos - Sintetizar novas moléculas derivadas do Lapachol 5º ano -Testes funcionais com outros compostos de origem marinha identificados - Estudos de Fase I com flavopirirdol - Estudo de fase II com produtos bacterianos - Iniciar estudo de fase II com paladacíclicos - Publicar os dados do estudo de imagem molecular no planejamento da RxT - Testes novas moléculas derivadas do Lapachol 116 PROJETO FINANCIADOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS - Fundação SWISSBRIDGE. “Determinantes Moleculares Da Resistência Às Drogas Nas Leucemias: Implicações Prognósticas. Início: 2004 (Vigente). Pesquisadora Participante: Raquel C. Maia. - FAPERJ – Pensa Rio – “Resistência A Múltiplas Drogas Em Câncer: Estudando O Problema E Buscando Novas Abordagens Terapêuticas” Coordenado Por Vivian M. Rumjanek. Proc. E-26/110.399/2007. Início: 2007 (Vigente). Pesquisadora Principal: Raquel C. Maia. - Instituto Ronald Mc Donald – “Ampliação Do Laboratório De Hematologia Celular E Molecular. Uma Aplicação: Identificação De Fatores Prognósticos Nas Leucemias E Linfomas Da Infância”. Início: 2006 (Vigente). Pesquisadora Principal: Raquel C. Maia. - Fundação Ary Frauzino/ Programa de Oncobiologia/Ufrj – “Análise Das Proteínas Inibidoras Da Apoptose E De Seus Antagonistas Nas Leucemias Da Infância: Possível Contribuição Na Resistência Ao Tratamento” Início: 2007 (Vigente). Pesquisadora Principal: Raquel C. Maia. - FAPERJ- APQ1 - Incorporação dos marcadores de resistência aos quimioterápicos na prática clínica: implicações para o tratamento da leucemia mielóide aguda’ (Processo No E-26/171.482/2006). Início: 2007 (Vigente). Pesquisadora Principal: Raquel C. Maia. - Financiadora de Estudos e Projetos/FINEP (V985600212862). Criação do Banco Nacional de Tumores e DNA. Início: 2003 (Vigente). Pesquisador principal: Carlos Gil Ferreira. - Fundação SWISS BRIDGE (D000300000995). Criação do Banco Nacional de Tumores e DNA. Início: 2003 (Vigente) Pesquisador principal: Carlos Gil Ferreira. - Financiadora de Estudos e Projetos/FINEP e DECIT/MS (V985600212862)Unidade de Pesquisa Clínica - UPC-INCA Rede de Pesquisa Clínica. Início: 2005 (Vigente). Pesquisador principal: Carlos Gil Ferreira. - DECIT/MS Ministério da Saúde (V028200000004 MS)- Unidade de Pesquisa Clínica - UPC-INCA Rede de Pesquisa Clínica. 2005 (Vigente). Pesquisador principal: Carlos Gil Ferreira. - CNPq – Edital Universal 2005 - Verdade ou artefato? O problema das distribuições postuladamente muito amplas de poríferos perfurantes marinhos 117 na América do Sul: Cliona aff. celata e Cliona chilensis. Pesquisador principal: Eduardo Hadju (R$22.000,00). - FAPERJ Novos Recursos Biológicos Renováveis do Brasil: Biodiversidade, Química e Potencial Farmacológico de Poríferos Marinhos.– Edital Cientista do Nosso Estado 2004. Pesquisador principal: Eduardo Hadju (R$48.000,00). - CNPq – Edital 15/2004 PROSUL. PROJETO EMBARC - Bioprospecção, Taxonomia, Filogenia e Biogeografia de Esponjas Marinhas do Brasil, Argentina e Chile. Pesquisador principal: Eduardo Hadju(R$40.000,00). - CNPq – Edital de Cooperação Brasil/Alemanha em Ciências do Mar Health status of marine ecosystems: Immunocompetence of aquatic invertebrates as a novel target for biomonitoring and bioprospecting (immunophilin inhibitors). 2006. Pesquisador principal: Eduardo Hadju (R$500.000,00). - FAPERJ – Edital Cientista do Nosso Estado Encontro de Biotas: Composição e Distribuição de Poríferos na Confluência Austral dos Oceanos Pacífico e Atlântico. 2007. Pesquisador principal: Eduardo Hadju (R$57.600,00). - CNPq – Edital 15/2007 PROSUL Capacitação para Pesquisa em Taxonomia, Filogenia e Biogeografia de Poríferos da América do Sul (PROJETO EsponjAS). Pesquisador principal: Eduardo Hadju (R$50.000,00) PARTICIPAÇÃO EM PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO - Pós Graduação em Bioquímica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (conceito 7). - Pós-Graduação em Oncologia do Instituto Nacional de Câncer (conceito 5). - Pós-Graduação em Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (conceito 4). - Pós-Graduação em Ciências Biológica (Zoologia) da Universidade federal do Rio de Janeiro (conceito 4). - Pós-Graduação em Genética da Universidade Federal do Rio de Janeiro (conceito 6). - Pós-Graduação em Biotecnologia da Universidade de Mogi das Cruzes (conceito 4). 118 CONTRAPARTIDA INSTITUCIONAL O Laboratório de Taxonomia de Poríferos Microscópio localizado no Museu Nacional possui equipamentos no valor de R$ 50.000,00, viaturas para realização de coletas, Eletrônico de Varredura JEOL no valor de US$200.000,00, acesso à maior da América Latina em obras raras de história natural. O INCA é o órgão do Ministério da Saúde (MS), responsável por desenvolver e coordenar ações integradas para a prevenção e controle do câncer no Brasil. O regimento do MS, aprovado pelo Decreto Presidencial n° 109 de 2 de maio de 1991 e reafirmado pelos Decretos Presidenciais n° 2.477 de 28 de janeiro de 1998 e n° 3.496 de 1º de junho de 2000, dá ao INCA, dentre outras, a competência de "coordenar, programar e realizar pesquisas clínicas, epidemiológicas e experimentais, em cancerologia". Nesse sentido, os procedimentos adotados para a implantação de um plano de desenvolvimento da infra-estrutura institucional de pesquisa compreenderam a construção de um novo Centro de Pesquisa inaugurado em Dez de 2002, onde se encontram (a) O Serviço de Pesquisa Clínica, (b) a Divisão de Farmacologia, (c) a Divisão de Genética, (d) a Divisão de Biologia Celular, (e) a Divisão de Medicina Experimental, (f) o Biotério, (g) Banco Nacional de Tumores e DNA, e (h) dependências administrativas. As Divisões do Centro de Pesquisa contam com infraestrutura geral de laboratório e dispõem de equipamentos tais como seqüenciador automático ABI-Prism 377 para 64 amostras, dHPLC, e termocicladores básicos (14 unidades para 96 tubos cada), e para PCR em tempo real (Applied Biosystems 7500), , centrifuga de placas refrigerada (2), freezer a -80o C (dois freezers), um sistema de criopreservação de amostras para 10.000 amostras. Além disso, o INCA conta com os seguintes serviços: manutenção de equipamentos, Nitrogênio líquido para armazenamento de amostras, material plástico descartável (ponteiras, tubos de polipropileno), reagentes gerais de uso comum (Tris, EDTA, Agarose, criotubos, etc). Outra estrutura de apoio fundamental é uma unidade de coleta de sangue de pacientes e doadores sadios que funciona a partir de uma parceria entre o Serviço de Pesquisa Clínica e a Divisão de Farmacologia do INCA. Essa estrutura conta com sala de coleta, enfermeiras de pesquisa, centrífuga, refrigeradores e freezers. A existência dessa estrutura garante conforto aos indivíduos durante a coleta do sangue. Finalmente, outro ponto facilitador do INCA é a experiência do Comitê de Ética na análise de projetos que envolvam amostras humanas. O INCA conta ainda 119 com um Programa de Pós-Graduação em Oncologia e um Programa de Formação de Recursos Humanos para Pesquisa. Além do apoio financeiro e das bolsas de pós-graduação do CNPq e da CAPES, tais programas contam também com um sistema interno de bolsas oferecidas pelo Ministério da Saúde, o que amplia a capacidade de atração de estudantes e de formação de pessoal especializado nas diferentes áreas de pesquisa em oncologia. ================================================================ 120 TEMA 4: EPIDEMIOLOGIA DO CÂNCER NO BRASIL O Programa MAIS SAÚDE – direito de todos, do Ministério da Saúde, constitui-se numa reorientação radical da política de saúde em busca do fortalecimento do sistema Único de Saúde e na melhoria do quadro de morbimortalidade no Brasil. É um passo forte para que o Estado brasileiro garanta a todos o direito constitucional à saúde”. Seus objetivos estratégicos visam reduzir as iniqüidades e ampliar o acesso a serviços de saúde; garantir políticas sociais e econômicas que promovam a saúde da população; contribuir para o fortalecimento da consciência da população sobre o seu direito a saúde e a importância das práticas e comportamentos saudáveis, reduzir a vulnerabilidade social brasileira, fortalecendo o complexo industrial da saúde, fortalecer a cooperação bilateral/multilateral em saúde e ampliar e qualificar a força de trabalho do SUS. Alinhado com essa política, o Instituto Nacional de Câncer definiu também os seus objetivos estratégicos, quais sejam de qualificar e ampliar as ações promovidas pelo INCA, aumentando sua eficiência, eficácia e produtividade; expandir a atenção oncológica especializada nas regiões do país; promover a estruturação da rede oncológica especializada nas regiões do país; desenvolver ações voltadas para a prevenção do câncer e a promoção da saúde; promover o desenvolvimento da pesquisa e da avaliação tecnológica em saúde na área do câncer; incentivar a cooperação internacional e a integração regional das políticas de controle do câncer e contribuir para a produção, integração e difusão do conhecimento na área de câncer, promovendo sua aplicação na qualificação dos recursos humanos e dos serviços. O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia, proposto pelo CNPq, por sua vez, tem por missão a promoção da pesquisa de vanguarda e elevada qualidade, a formação de recursos humanos, a transferência de conhecimento para a sociedade e a transferência de conhecimento para o setor empresarial ou para o governo. E é exatamente no encontro dessas propostas que o subgrupo de pesquisa em epidemiologia do câncer no Brasil vem propor um conjunto de estudos pautados na relevância epidemiológica e oportunidade de seus objetos. 121 Racional O câncer é normalmente reconhecido como uma doença genética, resultante de mutações sucessivas, que se acumulam em uma célula precursora, gerando um fenótipo maligno (Loeb et al., 2000). Entretanto, a crescente incidência de variados tipos de câncer nos últimos 50 anos levanta dúvidas quanto às origens causais das mutações carcinogênicas. O crescimento e envelhecimento da população, bem como os avanços diagnósticos, não parecem suficientes para explicar a expansão do câncer, cuja incidência aumentou em todas as categorias de idade, incluindo crianças e adolescentes (Belpomme et al., 2007). Tais observações sugerem que fatores ambientais tenham um papel importante na carcinogênese. Com relação às causas ambientais de câncer, fatores relacionados ao estilo de vida, tais como tabagismo, alcoolismo, sedentarismo e padrão alimentar [Belpomme et al., 2007], bem como a exposição involuntária a agentes físicos (radiações ionizantes), químicos (xenobióticos) ou biológicos (vírus) presentes no ambiente que cerca o indivíduo [Das, 2003; Clapp et al., 2006; Sasco et al., 2003] podem contribuir para a ocorrência da doença. Os hábitos de vida são mais claramente definidos e, portanto, mais facilmente avaliados em abordagens epidemiológicas clássicas. Por outro lado, a identificação de potenciais carcinógenos presentes no ambiente e a quantificação da exposição individual involuntária requerem uma combinação de avaliações biológicas e toxicológicas, que devem ser consideradas em associação com estudos de susceptibilidade genética, de forma a interpretar dados epidemiológicos no contexto de interações gene-ambiente. O reconhecimento de fatores de risco ambientais e ocupacionais é fundamental para que se possam definir políticas de prevenção, visando limitar a exposição a carcinógenos evitáveis, presentes no ambiente em geral ou em situações relacionadas ao exercício profissional. De forma semelhante, campanhas informativas devem ser orientadas para alertar a população quanto a potenciais comportamentos de risco e estimular estilos de vida mais saudáveis. O projeto apresentado a seguir está dividido quatro linhas de pesquisa: 1) Estudo de interações gene-ambiente sobre o risco de desenvolvimento e/ou progressão de diferentes tipos de câncer; 2) Caracterização dos fatores genéticos e ambientais envolvidos na infecção por Papilomavirus humano (HPV) e no desenvolvimento do câncer de colo do útero; 3) Identificação de elementos atrativos 122 relacionados à iniciação e/ou manutenção do tabagismo e avaliação de intoxicação aguda por nicotina entre trabalhadores da cultura do fumo; 4) Desenvolvimento de sistema para coleta, transmissão on line e extração de bancos de dados epidemiológicos com aplicação em registros de câncer e pesquisas de campo. Linha de Pesquisa I: Interações Gene-Ambiente e Desenvolvimento do Câncer Estudos moleculares têm revelado diversos alvos de carcinogêncese, incluindo oncogenes, genes supressores de tumor, genes envolvidos no reparo de DNA e na susceptibilidade à carginogênese (Hahn et al., 2002; Hoyer et al., 2002). Tais descobertas geraram o conceito de que o câncer é, em essência, uma doença genética. Entretanto, a análise de co-ocorrência de câncer em uma coorte de gêmeos idênticos mostrou uma taxa de concordância relativamente baixa, indicando uma predominância da contribuição ambiental sobre os fatores genéticos na etiologia do câncer (Lichtenstein et al., 2000). De fato, com exceção de alguns tipos de câncer de origem familial, como a adenomatose poliposa de cólon, a contribuição de fatores hereditários para o desenvolvimento de câncer parece limitada (Li, 1995; Easton, 1994; Fearon, 1997). Esta conclusão, contudo, é baseada em genes dominantes e não se aplica a fenótipos recessivos ou gerados por combinação de diferentes genes, cuja contribuição para o risco de câncer esporádico não pode ser avaliada em estudos familiares (Lander e Schork, 1994). O câncer esporádico, que corresponde à maioria dos casos de câncer, resulta da exposição a fatores de risco ambientais em indivíduos geneticamente susceptíveis (Mucci, 2001). Variações individuais na ativação ou detoxificação de carcinógenos exógenos contribuem para diferentes perfis de susceptibilidade ao câncer (Irigaray et al., 2007). Tais atividades enzimáticas são produtos de genes polimórficos, cujas variações alélicas podem ocorrer com freqüências diferentes entre grupos de origem ancestral distinta. Assim, o risco de câncer pode diferir tanto entre indivíduos quanto entre populações, como conseqüência de variações genéticas e ambientais. A identificação de variações genéticas com potencial influência no risco de desenvolvimento do câncer tem-se beneficiado do uso de abordagens genômicas e proteômicas em estudos de biologia molecular. Contudo, a confirmação do papel biológico de tais polimorfismos genéticos requer suporte de análises bioquímicas 123 e/ou toxicológicas, assim como avaliação do valor prognóstico associado a tais variações genéticas em situações clínicas. As linhas de pesquisa que compõem este subprojeto reúnem abordagens de epidemiologia clássica e molecular, em diferentes tipos de câncer, combinadas a estudos de validação funcional in vitro ou de investigação clínica, para avaliação do papel biológico de polimorfismos genéticos sobre o risco de desenvolvimento e/ou de progressão do câncer. A combinação destas diferentes abordagens poderá ajudar a definir o valor clínico da informação genética para diagnóstico, prognóstico e decisões quanto às opções de conduta terapêutica. Aspectos Éticos: Todos os subprojetos descritos a seguir foram aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa do INCA. Todos os participantes ou seus representantes legais assinaram termo de consentimento livre e esclarecido. Subprojeto I.1: Estudo da associação entre os polimorfismos dos genes NQ01, CYP17 e CYP19 com neoplasias de mama em mulheres jovens Racional O câncer de mama é a principal causa de morte, por câncer, entre as mulheres brasileiras (Brasil / Ministério da Saúde / INCA, 2003). Apesar da maior incidência do câncer de mama ocorrer em mulheres a partir dos 50 anos de idade, tem-se verificado um aumento na incidência da doença em mulheres jovens (Cardona e Agudelo, 2007). Entre 1998 e 2003 constatou-se aumento significativo no percentual de internações por câncer de mama entre as mulheres mais jovens (até 29 anos de idade), em todos os Estados da região Sudeste analisados (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo). No Rio de Janeiro também se observou um aumento no número de óbitos por câncer de mama feminino nas faixas etárias mais jovens (30-49 anos), sendo as taxas de mortalidade do Rio de Janeiro nessa idade as mais altas em relação aos demais estados da região Sudeste (Gonçalves e Barbosa, 2006). Em vista do aumento das taxas de incidência de câncer de mama em mulheres brasileiras jovens, observado na última década e das informações limitadas disponíveis sobre os polimorfismos genéticos associados ao desenvolvimento de câncer de mama nestas mulheres, foi realizado um estudo caso-controle de base hospitalar na cidade do Rio de Janeiro, quando se obtiveram 124 informações epidemiológicas e amostras biológicas (sangue e células da mucosa oral) das mulheres com menos de 36 anos. Objetivos Determinar a magnitude de associação entre o polimorfismo MspAI do gene CYP17 e o câncer de mama em mulheres jovens e explorar a ocorrência de interação entre este polimorfismo e a menarca precoce; determinar a magnitude de associação entre o polimorfismo Arg 264 Cys do gene CYP19 e o câncer de mama em mulheres jovens e explorar a ocorrência de interação entre este polimorfismo e obesidade. Desenho experimental Durante o período de janeiro de 1999 a dezembro de 2005 foi realizado um estudo de caso-controle de base hospitalar na cidade do Rio de Janeiro para analisar a contribuição de fatores de risco no desenvolvimento de câncer de mama em mulheres com 35 anos de idade ou menos. População do Estudo A base de estudo é composta pela população de mulheres com 35 anos de idade ou menos que viviam na região sudeste do Brasil no período de 1/1/1999 a 31/12/2005. A amostra de análise para esta investigação é composta por 246 mulheres cm câncer de mama diagnosticado em idade menor de 36 anos, e igual número de controles sem antecedentes pessoais de câncer. Coleta de dados A todas as participantes foi empregado um questionário validado para avaliar os antecedentes de exposição a fatores de risco selecionados. As variáveis analisadas foram substâncias hormonais, ítens da dieta, medicamentos, radiação, pesticidas e outras substâncias químicas. Além disso, construiu-se um heredrograma com os dados de câncer de mama na família da participante, revisaram-se os valores de colesterol total e triglicerídeos e calculou-se o índice de massa corporal (IMC = peso (kg) / altura2) e a relação cintura/quadril. Ao final da entrevista foram coletadas duas amostras de 5 mL de sangue. Análise dos dados Os dados estão sendo armazenados no banco de dados ACCESS 2000 (Microsoft ®). Em seguida se procederá a realização de análise bivariada das 125 variáveis analisadas, buscando identificar as relações de confundimento e/ou interação entre as mesmas. Posteriormente, se procederá ao desenvolvimento de modelagem multivariada, mediante emprego de regressão logística não condicional, determinando-se a magnitude de associação das variáveis estudadas através de odds ratios com os respectivos intervalos de confiança de 95%. A interação entre os polimorfismos genéticos analisados com variáveis ambientais selecionadas será explorada através da detrminação das odds ratios de interação, com os respectivos intervalos de confiança de 95%, mediante abordagem de estudos em casos de câncer (“case-only study”). Equipe Sergio Koifman (Pesquisador Responsável) Anke Bergmann (Pesquisador Colaborador) Rosalina Jorge Koifman (Pesquisador Colaborador) Dirce Maria Lobo Marchioni (Pesquisador – Bolsista de Pós-Doutorado) Sabrina da Silva Santos (Mestre em Parasitologia - Estudante de Aperfeiçoamento) Subprojeto I.2: Polimorfismos do gene PTGS2 e risco de câncer de mama Racional A enzima inflamatória ciclooxigenase-2 (COX-2) não é detectada na maioria dos tecidos normais, mas pode ser induzida por citocinas, fatores de crescimento ou promotores tumorais. A COX-2 tem sua expressão aumentada em diversos tipos de tumores sólidos e, em câncer de mama, sua presença está associada a parâmetros de agressividade, incluindo tamanho tumoral, status nodal positivo e menor sobrevida (Ristimaki et al., 2002; Spizzo et al 2003). Os mecanismos envolvidos na regulação da expressão de COX-2 ainda não estão esclarecidos e podem estar sujeitos a variações genéticas. A análise da região promotora (RP) do gene da COX2 humana (PTGS2, lócus 1q25.2-q25.3) revela a existência de diversos elementos regulatórios potenciais. Diversas variantes genéticas têm sido descritas em regiões próximas a tais pontos de regulação e podem afetar a transcrição do gene (Papafili et al., 2002; Zhang et al., 2005). Além de variações na RP, outros sítios na região 3’não traduzida (3´-UTR) podem também afetar a expressão de COX-2. A região 3’UTR do gene PTGS2 contém 30 cópias de elementos “ATTTA”, que geram 126 seqüências-consenso para a ligação de proteínas e mediadores inflamatórios que regulam a estabilidade e a degradação do RNAm (Caput et al., 1986; Di Marco et al., 2001, Dixon et al., 2001). Entretanto, não há ainda estudos moleculares que avaliem os efeitos de polimorfismos na região 3´-UTR do gene PTGS2 sobre a estabilidade do RNAm ou sobre a expressão de COX-2. A freqüência de polimorfismos no gene PTGS2 varia entre grupos étnicos, o que pode resultar em diferentes impactos sobre o risco de câncer em função da população estudada. O nosso grupo caracterizou a freqüência de polimorfismos do gene PTGS2 na população brasileira (Piranda e Vianna-Jorge, 2007) e identificou quatro variações com freqüência superior a 10%, sendo três localizados na RP (-1290AG, -1195AG, -765GC) e um na região 3´-UTR (8473TC). Objetivos Avaliar a influência de polimorfismos PTGS2 sobre o risco de desenvolvimento e de progressão do câncer de mama, sobre a expressão de COX-2 em amostras de tecido tumoral e sobre o controle de expressão gênica in vitro. Desenho Experimental Realizaremos um estudo caso-controle, comparando a freqüência destes quatro polimorfismos, suas distribuições genotípicas e haplotípicas entre pacientes com câncer de mama e controles saudáveis, pareados por idade. As freqüências serão comparadas usando-se os testes de qui-quadrado ou Fisher enquanto a associação entre diferentes genótipos ou haplótipos e o desenvolvimento de câncer será avaliada pela razão de risco (Odds Ratio), com ajustes para eventuais covariáveis. Resultados preliminares, com 216 pacientes e 131 controles, sugerem que a variação 8473TC aumente o risco de desenvolvimento de câncer de mama em brasileiras (OR= 1,72; IC95%: 1,08-2,76). Para confirmação deste resultado em associação com outras co-variáveis, estimamos que o tamanho amostral deva ser expandido para 600 casos e controles. Dando continuidade à etapa de avaliação clínica, realizaremos um estudo caso-caso para avaliação da associação entre genótipos e/ou haplótipos PTGS2 e desfechos clínicos, tais como estadiamento ao diagnóstico, sobrevida global e livre de doença e progressão tumoral. Nesta etapa, avaliaremos também a influência dos polimorfismos PTGS2 sobre os níveis de expressão de COX-2 em amostras tumorais (por análise imunohistoquímica). Para 127 avaliação do papel funcional do polimorfismo 8473TC sobre o controle de expressão gênica e sobre a estabilidade do RNAm, empregaremos abordagens de biologia molecular. A influência do polimorfismo 8473TC no controle da transcrição gênica será avaliada através da expressão de um gene repórter (luciferase) em células transfectadas com construções variante (pGL3-RP-3UTR-8473) e selvagem (pGL3RP-3UTR). A influência do polimorfismo 8473TC na estabilidade do RNAm será avaliada por meio de PCR em tempo real, de forma a quantificar o decaimento temporal dos níveis de RNAm para luciferase. A combinação dos resultados do estudo caso-controle e dos ensaios moleculares e de avaliação da expressão de COX-2 poderá contribuir para a compreensão dos mecanismos patofisiológicos envolvidos na gênese e/ou na progressão do câncer de mama. Equipe Rosane Vianna Jorge (Pesquisador Responsável) Marcelo Alex de Carvalho (Pesquisador Colaborador) Anke Bergmann (Pesquisador Colaborador) Diogo Nascimento Piranda (Mestre em Oncologia - estudante de doutorado) Juliana Simões Festa (estudante de Iniciação Científica) Subprojeto I.3: Epidemiologia molecular do melanoma: interações genético- ambientais e sobrevida de base hospitalar Racional O melanoma é a neoplasia com maior potencial metastatizante por miligrama de tecido. Apesar de representar apenas cerca de 5% do total das neoplasias cutâneas diagnosticadas, representa a maioria dos óbitos relacionados ao câncer cutâneo. Embora venha se observando uma modificação do quadro epidemiológico da incidência e da mortalidade por melanoma no país, caracterizada pela elevação destes indicadores, existe uma relativa escassez de informações epidemiológicas acerca do curso clínico desta neoplasia no Brasil, bem como sobre a contribuição de interações genético-ambientais associadas a sua determinação em nossa população. 128 Objetivos Determinar a magnitude de associação entre polimorfismos genéticos selecionados (metabolismo de folato e vitamina D) e intensidade da exposição pregressa à radiação ultravioleta em pacientes com melanoma; determinar a sobrevida global em amostra de base hospitalar de pacientes com melanoma primário da pele e de sítio primário indeterminado segundo estadiamento; determinar a sobrevida livre de recidiva dos pacientes submetidos a cirurgia de acordo com o estágio e de acordo com o microestadiamento; determinar a sobrevida global dos pacientes portadores de metástases a partir do diagnóstico das mesmas e de acordo com a terapêutica utilizada; descrever a distribuição de características clínicas e de estadiamento dos pacientes portadores de melanoma atendidos no período da investigação; comparar sobrevida geral segundo padrão de procedimentos terapêuticos adotados durante o período da investigação. Desenho experimental Será realizado um estudo epidemiológico com duas coortes de pacientes com diagnóstico de melanoma realizado no Instituto Nacional do Câncer. A primeira será constituída pelo universo de casos incidentes diagnosticados n o período 1996-2005 (coorte histórica), sendo a segunda formada por casos incidentes diagnosticados durante o período 2008-2010 (coorte concomitante). Será desenvolvido um estudo de sobrevida de 5 anos a partir do seguimento da coorte histórica, sendo estimada a sobrevida global e sobrevida livre de doença. Com a coorte concomitante, será realizado um estudo caso-caso, determinando-se odds ratios de associações entre polimorfismos genéticos selecionados do metabolismo de folato (gene MTHFR) e da vitamina D (VDR) e antecedentes de exposição à radiação ultravioleta na infância e adolescência, com os respectivos intervalos de confiança de 95%. População do Estudo Serão identificados os casos de melanoma matriculados no INCA no período de 1996 a 2005. Estima-se que sejam matriculados anualmente cerca de 100 pacientes com melanoma, o que potencialmente gera uma população de cerca de 1000 pacientes na série a ser estudada. Coleta e Análise dos dados 129 Serão coletadas informações referentes ao paciente, ao tumor e à evolução da doença mediante consulta aos prontuários e entrevista. Será utilizado um modelo de questionário de freqüência alimentar qualitativo (QFAQ) para coleta de dados dietéticos. A partir de então será possível uma análise descritiva dos casos através de análises demográficas, das freqüências de cada uma das apresentações clínicas, dos tipos de tratamento realizados. Será realizada análise de sobrevida através do método de Kaplan Méier, com a análise da sobrevida global (a partir da data do diagnóstico até o óbito ou perda de seguimento), sobrevida livre de doença (até a recidiva ou perda de seguimento), do tipo de recidiva para cada uma das apresentações possíveis (doença localizada, doença locorregional, doença metastática). Estas análises serão realizadas para toda a população de estudo e para cada grupo definido pelo estadiamento e pelo microestadiamento. Informações acerca de sobrevida mediana, sobrevida em 1, 2 e 5 anos serão obtidos. Com relação aos pacientes portadores de metástases, será realizada uma análise comparando a utilização ou não de terapia sistêmica, bem como o tipo de terapia sistêmica através do método de log-rank, e uma análise multivariada será conduzida com a utilização do modelo de Cox levando-se em conta outros potenciais fatores de confusão tais como sexo, idade, status de performance e níveis sangüíneos de desidrogenase láctica. Equipe Sergio Koifman (Pesquisador Responsável) Rosalina Jorge Koifman (Pesquisador Colaborador) Gelcio Mendes(Médico - Oncologista) Dirce Maria Lobo Marchioni (Pesquisador – Bolsista de Pós-Doutorado) Sabrina da Silva Santos (Mestre em Parasitologia - Estudante de Aperfeiçoamento) Subprojeto I.4: Interação genética e ambiental nas neoplasias malignas na infância Racional A identificação das fusões gênicas anômalas (ETV6-RUNX1 AML1/ETO, MLL/AF4, rearranjos TCR e IgH) no teste do pezinho indicam claramente a origem pré-natal de algumas leucemias infantis. A proporção dos casos identificados, no entanto parece superior à incidência de leucemias agudas, demonstrando que estes 130 clones celulares não têm sustentação contínua. O período variável para o início da doença suporta a hipótese de que fatores pós-natais adicionais são necessários para o completo fenótipo leucêmico (Greaves, 2006). Exceto os rearranjos do MLL que têm alta penetrância e sustentabilidade e são os marcadores mais associados com leucemias de período curto de latência, conforme demonstrado em modelagem experimental em camundongos (Barabe et al, 2007), as demais fusões anômalas necessitam de outros eventos adicionais (modelo de 2 hits). Existe um consenso quanto aos mecanismos multi-causais das neoplasias: alterações genéticas no metabolismo de xenobióticos, no sistema de reparo de DNA e/ou no controle das funções do ciclo celular, interagindo com fatores externos podem originar as neoplasias pediátricas. Até hoje, no entanto, nenhuma interação direta geneambiente foi estabelecida de forma convincente. Recentemente, a associação entre exposições materna durante a gestação com medicamentos e leucemias infantis gerou uma questão se estas neoplasias são de novo ou secundárias (Pombo-deOliveira et al., 2006, Koifman et al., 2008). As semelhanças encontradas nas leucemias e nos tumores sólidos embrionários, tais como marcador genético, idade precoce de aparecimento, peso ao nascimento, sugerem que possa haver interações genéticas e ambientais semelhantes (Sharpe et al, 1996). Existe uma relação inversa entre o aporte vitamínico e de folatos nos tumores embrionários da infância, no entanto nenhum estudo foi realizado para validar estes resultados com base no perfil genético (Goh et al, 2007, French et al 2003). Devido ao pouco conhecimento, estudos de polimorfismos genéticos e exposição ambiental são necessários para preencher esta lacuna. Novas ferramentas como micro arranjos de DNA, identificação de perfis de expressão coordenada de grupos de genes relacionados com proliferação ou resposta a determinados estímulos celulares serão de grande valor para sustentação das pesquisas de caráter translacional. Objetivo Conduzir um estudo epidemiológico-molecular dos tumores de origem embrionária na infância para identificar biomarcadores envolvidos na etiopatogenia e no prognóstico. 131 Objetivos específicos Identificar alterações somáticas silenciosas em sangue de cordão umbilical (através de real-time PCR) e testar se as possíveis translocações encontradas estão associadas a alterações moleculares (através de SNPs arrays) capazes de favorecer o desenvolvimento de neoplasias na infância; Determinar se o risco de ocorrência dos tumores embrionários e os polimorfismos dos genes MTHR, MS, TS, RFC interagem com o aporte vitamínico durante a gestação e hábitos alimentares, avaliado através de um estudo caso-controle; Avaliar experimentalmente se a dipirona e derivados de benzeno induzem leucemia em filhotes de camundongo quando expostos in utero em comparação aos filhotes não expostos, e determinar quantos animais afetados apresentam rearranjos cromossômicos (translocações do MLL); Identificar padrões de expressão gênica via estudo de transcriptoma total, e padrões de microRNAs em células leucêmicas de pacientes com alto e baixo risco de recaídas; Identificar proteínas diferencialmente expressas em células leucêmicas de pacientes de acordo com fatores prognósticos (alto e baixo risco) Desenho do estudo Este estudo utilizará a estrutura do programa Hematologia-oncologia pediátrica e inclusão de casos novos diagnosticados no período de 2009-2014 e a estrutura laboratorial dos participantes. Será realizado um estudo caso-controle (n=3000) com aplicação de questionários maternos, estruturados para responder as questões referentes às exposições ambientais e caracterização de polimorfismos genéticos (através de seqüenciamento) nas vias de reparo, de metabolismos carcinogênicos e do ciclo do folato; Células de pacientes com LLA serão utilizadas para extração de mRNA e microRNAs para análise quantitativa e qualitativa utilizando a plataforma Solid (Applied Biosystems) (Cloonan et al., 2008). Estas mesmas células serão utilizadas para análise proteômica utilizando a separação de proteínas em fase líquida e seqüenciamento daquelas diferencialmente expressas entre os pares de grupos (RB com e sem recaída; AR com e sem recaída) (Hegedus et al., 2005). As regiões genômicas serão recuperadas do DNA total utilizando microarrays desenhados para este propósito (Hodges et al., 2007). Estas regiões serão analisadas através de seqüenciamento massivo utilizando a plataforma Solid (Applied Biosystems) no Centro de Genômica de Alto Desempenho do Distrito Federal, localizado na Universidade Católica de Brasília. Para avaliação do potencial 132 leucemogênico da dipirona, serão utilizados camundongos CD-1, que serão expostos in utero à dipirona (grupo teste), ao benzeno (controle positivo) ou ao veículo de diluição (controle negativo). A caracterização da leucemia, nos filhotes, será feita por citometria de fluxo e a avaliação das principais translocações por PCR (Soszynska et al., 2008; Barabé et al., 2007). Equipe Maria do Socorro Pombo de Oliveira (Pesquisador Responsável) Beatriz de Camargo (Pesquisador Colaborador) Sérgio Koifman (Pesquisador Colaborador) Isis Maria Quezado Magalhães (Pesquisador Colaborador) Rosane Vianna Jorge (Pesquisador Colaborador) Rinaldo Wellerson Pereira (Pesquisador Colaborador) Dora Márcia Alencar (Pesquisador Colaborador) Virginia Maria Coser (Pesquisador Colaborador) Márcia Amorim (Pesquisador – Bolsista de Pós-Doutorado) Linha de Pesquisa II: Papilomavirus Humano (HPV) e Câncer de Colo Uterino O câncer de colo uterino é o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres e tem como principal fator de risco para o seu desenvolvimento a infecção pelo Papilomavirus humano (HPV). A infecção pelo HPV é considerada uma doença sexualmente transmissível, sendo detectada em aproximadamente 10-20% da população sexualmente ativa entre 15 e 49 anos de idade (Nonnenmacher et al. 2002). Atualmente, são conhecidos mais de 120 genótipos diferentes de HPV. Os genótipos são subdivididos em baixo, médio e alto-risco, de acordo com o seu potencial oncogênico. Quinze dos genótipos de HPV anogenital podem conduzir ao desenvolvimento de câncer cervical (Rosenblatt et al. 2006). A infecção persistente por um ou mais tipos de HPV oncogênicos é um fator etiológico importante para o desenvolvimento de neoplasia intraepitelial cervical (NIC) e a sua progressão para o câncer cervical (Sellors et al. 2003). A principal estratégia de controle da doença em nível populacional é o exame preventivo periódico conhecido como Papanicolaou, seguido de tratamento adequado das lesões precursoras ou malignas. 133 O papel do Papilomavirus humano no câncer do colo do útero está bem estabelecido e a evidência do potencial oncogênico dos tipos 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59 e 66 é considerada suficiente. (Muñoz, et al, 2006; IARC, 2007). Atualmente, o HPV é considerado uma causa necessária para o câncer do colo do útero e aproximadamente 100% dos casos são atribuíveis ao vírus (Parkin, 2006). O desenvolvimento recente da vacina quadrivalente contra os vírus 6, 11, 16 e 18 e da vacina bivalente contra o HPV 16 e 18 pode ser uma importante estratégia para o controle desse câncer. Ambas as vacinas foram aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil (ANVISA), recebendo autorização para comercialização com indicação profilática para mulheres entre 9 e 26 anos (quadrivalente) e 10 e 25 anos (bivalente). O monitoramento do HPV associado com o câncer do colo do útero em nosso país, antes da introdução em larga escala das vacinas é recomendado, considerando a possibilidade de persistência da infecção associada com outros tipos de HPV menos prevalentes e para os quais pode não ocorrer reação cruzada das vacinas disponíveis (WHO, 2007; Lowdes CN, 2006). Compreendendo, portanto, o aprimoramento do conhecimento sobre o HPV circulante em nosso meio, assim como a contribuição dos fatores de risco associados à infecção que resultam na formação do câncer do colo do útero, estão sendo apresentadas as seguintes investigações para os próximos 3 anos: 1) Avaliação de estratégias para o rastreamento para o câncer do colo do útero em áreas cobertas por a Estratégia de Saúde da Família; 2) Estudo dos genótipos de HPV presentes em tumores cervicais de mulheres internadas em hospitais da rede SUS de capitais brasileiras selecionadas segundo a magnitude de incidência; 3) Prevalência do HPV e diferentes genótipos em uma coorte de gestantes HIVpositivas e fatores de risco para a persistência da infecção pelo HPV após o parto. Subprojeto II.1: Avaliação de estratégias para o rastreamento para o câncer do colo do útero em áreas cobertas por a Estratégia de Saúde da Família Racional O exame citopatológico (Papanicolaou) é o método utilizado mundialmente para o rastreamento das lesões precursoras do câncer do colo do útero. A dificuldade de se obter impacto na mortalidade pela doença em países em desenvolvimento que disponibilizam apenas o Papanicolaou tem levantado o 134 questionamento quanto à efetividade do rastreamento convencional. Com isto, ênfase vem sendo dada ao teste de detecção do DNA-HPV. Ao mesmo tempo, em países desenvolvidos que investiram maciçamente no rastreamento com base no Papanicolaou, a ocorrência do câncer do colo do útero foi declinante. Mais recentemente, mesmo em países da América Latina como Chile, Costa Rica e México, onde o rastreamento é organizado e com alta cobertura, tem sido observado impacto na mortalidade por este tipo de câncer. Atualmente, a discussão sobre a incorporação do exame de identificação do HPV entre as ações de rastreamento vem crescendo, em parte, impulsionada pela comercialização da vacina contra HPV. Várias lacunas precisam ser respondidas sobre o papel de fatores relacionados à progressão de lesões cervicais e se a utilização desta nova tecnologia levaria ao sobrediagnóstico ou a uma real efetividade do rastreamento. Os resultados deste estudo podem contribuir para avaliar as estratégias futuras de rastreamento do câncer do colo do útero no Brasil voltadas para população de baixo nível sócioeconômico onde conseqüentemente, o risco para a doença é maior. Objetivo Geral Avaliar estratégias de rastreamento para o câncer do colo do útero e suas lesões precursoras e fatores associados à progressão em município da Região Nordeste coberto pela Estratégia de Saúde da Família. Objetivos Específicos 1- Estimar a prevalência de HPV por tipo específico; 2- Identificar os fatores associados ao risco de progressão para câncer do colo do útero ou lesões precursoras; 3- Comparar o custo-efetividade do rastreamento para câncer do colo do útero utilizando-se o exame de Papanicolaou e este exame associado à detecção do HPV. Desenho Experimental Ensaio de intervenção em comunidade para testes diagnósticos. a) População de estudo: mulheres de 18 a 59 anos que já tiveram iniciação sexual, residentes em área assistida pela Estratégia Saúde da Família (ESF). 135 b) Procedimento: O material cérvico-vaginal será submetido ao exame de Papanicolaou e para uma amostra aleatória de mulheres (grupo de intervenção) será feita a identificação de HPV através de PCR. c) Desfechos estudados: NIC2 + pela avaliação histopatológica e infecção pelo HPV. d) Variáveis independentes: idade, escolaridade, renda familiar per capita, infecção por HPV, carga viral, tabagismo, história reprodutiva e sexual. e) Análise de dados: 1. Estimativa de prevalência do HPV por tipo específico e análise dos fatores associados à progressão. 2. Cálculo de sensibilidade, especificidade e valor preditivo das estratégias utilizadas. 3. Análise de custoefetividade. Equipe: Gulnar Azevedo e Silva (Pesquisador responsável) Luiz Claudio Santos Thuler (Pesquisador Colaborador) Vania Reis Girianelli (Pesquisador Colaborador) Subprojeto II.2: Estudo dos genótipos de HPV presentes em tumores de colo do útero em mulheres internadas em hospitais da rede SUS de capitais brasileiras selecionadas Racional O papel do papilomavirus humano no câncer do colo do útero está bem estabelecido e a evidência do potencial oncogênico dos tipos de HPV 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, and 66 é considerada suficiente (Muñoz, et al, 2006; IARC, 2007). Atualmente, a infecção pelo HPV é considerada causa necessária para o câncer do colo do útero e aproximadamente 100% dos casos nessa localização são atribuíveis ao vírus (Parkin, 2006). O desenvolvimento recente da vacina quadrivalente contra o HPV 6,11,16 e 18, e da vacina bivalente contra o HPV 16 e 18 pode ser uma importante estratégia no controle desse câncer. Ambas as vacinas foram registradas como novos produtos pela ANVISA, recebendo permissão para comercialização no Brasil, com indicação profilática para meninas e mulheres de 9 a 26 anos (vacina quadrivalente) e 10 a 25 anos (vacina bivalente). O monitoramento dos tipos de HPV associados com o câncer do colo do útero em nosso país, antes e depois da introdução da vacina é recomendado, considerando a possibilidade de 136 manutenção da infecção associada com outros tipos menos prevalentes que não são cobertos pelas vacinas disponíveis e para os quais pode não ocorrer proteção cruzada. (WHO, 2007; Lowdes CN, 2006). Objetivos 1- . Descrever a distribuição dos genótipos de HPV associados ao câncer do colo do útero tratados em hospitais públicos de capitais selecionadas antes da implementação da vacina, em larga escala, em nosso país; 2- Descrever o perfil epidemiológico da população de estudo. Desenho experimental Amostras de tumor, com 0,5cm X 0,5cm X 0,5cm, serão coletas por patologistas em cada centro. As amostras serão armazenadas em criotubos com DNAZOL® e enviadas à Divisão de Genética do Instituto Nacional de Câncer. O DNA será isolado e submetido a amplificação por PCR utilizando primers para a região do gene L1 de HPV. Os fragmentos amplificados serão seqüenciados em seqüenciadores automáticos. Os fragmentos amplificados também serão utilizados em hibridizações contra oligonucleotídios específicos para HPV de alto risco oncogênico para detectar possibilidade de co-infecção. As seqüências obtidas serão comparadas com as depositadas em bancos de dados públicos de seqüências para a identificação do tipo viral. Serão feitas também análises comparativas e filogenéticas utilizando os programas Arlequin e Mega 4.0 para determinar a diversidade dentro de cada tipo viral encontrado. Estudo epidemiológico As mulheres que concordarem em participar do estudo responderão a um questionário epidemiológico abrangendo perguntas relacionadas aos co-fatores da infecção do HPV (dados sócio-demográficos, comportamento sexual, história reprodutiva, tabagismo e história de infecção por outras DST). Equipe: Liz Maria de Almeida Moyses Szklo. Cibele Rodrigues Bonvicino 137 Miguel Angelo Moreira Paulo de Faria Maria do Carmo Esteves da Costa Lucília Maria Gama Zardo Ana Lúcia Mendonça Luís Felipe Martins Mirian Carvalho de Souza Ana Maria Ramalho, Tereza Maria Piccinini Feitosa Cláudio Pompeiano Noronha Subprojeto II.3: Caracterização dos genótipos do HPV em uma coorte de gestantes HIV-positivas e avaliação de fatores de risco para permanência da infecção pelo HPV após o parto Racional Pacientes com o sistema imune comprometido apresentam um aumento de 100 vezes na incidência de carcinoma da vulva e do ânus, assim como um risco aumentado de aproximadamente 14 vezes para o câncer cervical (Rosenblatt et al., 2006). Em mulheres infectadas pelo HIV, há uma maior prevalência de infecção por HPV e também de lesões intra-epiteliais (Levi et al. 2004), sendo estas mais graves, com uma progressão mais rápida, difíceis de tratar e com elevada taxa de recorrência (Souza et al. 2001). No Brasil, a prevalência do HPV em mulheres soropositivas determinada através da técnica de PCR varia de acordo com a região estudada. No Rio de Janeiro um estudo recente achou uma prevalência de 51% (Ginsztejn et al, 2006), enquando Levi et al (2004) reportam uma prevalência de 87% em São Paulo, assim como alta prevalência de infecção por múltiplos genótipos (Levi et al, 2002; Muñoz et al., 2003). O polimorfismo do gene supressor de tumor tp53 no códon 72 tem sido investigado extensivamente para associação com vários cânceres em todo mundo (Kietthubthew et al. 2003). O primeiro relato da correlação entre risco aumentado de cancer cervical e polimorfismos no gene da p53 foi feito em 1998 (Storey el al. 1998). Esses autores detectaram a presença do genótipo p53Arg em 76,7% dos casos de tumores cervicais em comparação com 36,6% de 138 controles. Estudos brasileiros que avaliaram a presença de polimorfismos no codon 72 da p53 comfirmam que a presença do genótipo Arg está associada a uma maior susceptibilidade à carcinogenese cervical naqueles infectados pelo HPV, e também com uma maior chance que recorrência nos que já desenvolveram cancer cervical (Brenna et al. 2004; Souza & Villa, 2003). Objetivos Gerais 1- Determinar a prevalência do HPV e seus diferentes genótipos em gestantes HIV-positivas; 2- Definir fatores de risco para persistência da infecção pelo HPV após o parto. Específicos: Determinar a prevalência da infecção pelo HPV; investigar quais genótipos são mais freqüentes nesta população; relacionar os dados da citologia oncótica com os genótipos encontrados; verificar a prevalência dos quatro genótipos cobertos pela vacina quadrivalente contra o HPV; determinar fatores de risco demográficos, clínicos e genéticos que possam estar relacionados com a persistência do HPV após o parto. Desenho Experimental Este é um estudo longitudinal, prospectivo da prevalência de HPV em uma coorte de gestantes HIV-positivas. Serão convidadas a participar do estudo todas as pacientes que fazem acompanhamento no Programa de Assistência Integral à Gestante HIV-positiva da UFRJ. Serão incluídas as pacientes que concordarem em assinar o termo de consentimento livre e esclarecido. Uma média de 80 pacientes com HPV é acompanhada por ano. O estudo molecular será realizado no Laboratório de Virologia Humana da UFRJ. As amostras serão colhidas, sempre que possível, no início do 3º trimestre da gestação. Uma nova amostra será coletada 4 a 6 meses após o parto. Os exames de CD4 e de carga viral são feitos como avaliação de rotina, na UFRJ, para todas as gestantes HIV-positivas no início da gestação e ao redor da 34ª semana de gestação. A presença de doenças sexualmente transmissíveis faz parte da rotina do pré-natal e inclui: VDRL e FTAAbs em cada trimestre da gestação, exame direto e cultura do esfregaço periférico para N. gonorrhoeae e G. vaginalis, determinação do pH e exame direto para exclusão de vaginose bacteriana e exame direto para T. vaginalis. Após a extração e 139 purificação do DNA genômico extraído de esfregaços vaginais, diferentes pares de primers específicos serão utilizados para a amplificação do DNA por PCR e determinação do genótipo. Para determinação do gênero Papilomavírus, será realizada uma PCR aninhada. O primeiro “round” será realizado com primers externos MY09/11 e primers internos GP5/GP6 (Molijn et al. 2005). A detecção dos genótipos será feita por seqüenciamento automático direto dos produtos. Serão considerados tipos específicos se a homologia for ≥ 95%. O PCR para análise do polimorfismo em p53 será feito através do mesmo material. Serão utilizados 2 pares de primers para cada polimorfismo, como já descrito anteriormente (Ojeda et al. 2003). Os dados serão analisados através do programa Stata version 8.0 (Stata Corp., College Station, TX). A análise univariável sera feita usando t-tests para variáveis com distribuição normal ou Wilcoxon (Mann-Whitney) para aquelas que não tiverem uma distribuição normal. O teste Qui-quadrado ou teste exato de Fisher sera usado para avaliar associações entre variáveis categóricas. Variáveis com valor de p ≤0,15 serão incluídas na análise multivariada. Valor de p ≤ 0,05 será considerado como estatísticamente significante. Equipe: Marcelo Alves Soares (Pesquisador Responsável) Elizabeth Stankiewicz Machado (Pesquisador Colaborador) Tomaz Pinheiro da Costa (Médico - Ginecologista) Cristina B. Hofer (Médico - Infectologista) Gutemberg Leão de Almeida Filho (Pesquisador Colaborador) Angela Rosa Império Meyrelles (Médica – Estudante de doutorado) Linha de Pesquisa III: Controle do Tabagismo e Prevenção de Intoxicações Relacionadas ao Uso ou à Produção do Tabaco Segundo a Agência Internacional Para Pesquisa em Câncer (IARC), o tabagismo é a principal causa de morte por câncer no mundo. O consumo de tabaco causa principalmente câncer de pulmão, mas é também fator de risco para outras localizações como esôfago, faringe, laringe, boca, rim, bexiga, colo do útero e pâncreas. Entre fumantes, o risco de desenvolvimento de câncer de pulmão é 20 140 vezes maior e entre fumantes passivos de 15 a 30% mais elevado (WHO,2003). No Brasil ocorrem, a cada ano, cerca de 18.000 mortes e, estima-se, 27.270 casos de câncer de pulmão (BRASIL, 2007; BRASIL, 2008). Desses, aproximadamente 90% são atribuíveis ao tabagismo. A prevenção do tabagismo consiste na via mais eficaz para redução da morbimortalidade por câncer de vários tipos, em especial o de pulmão. Em Novembro de 2005, o Brasil ratificou a Convenção Quadro Para o Controle do Tabaco (CQCT), primeiro tratado internacional sob os auspícios da Organização Mundial da Saúde que compromete os países signatários a implementar um conjunto de medidas efetivas para o controle do tabagismo. Diante da magnitude do problema e dos compromissos assumidos pelo Brasil para seu enfrentamento, é necessário que se desenvolva uma linha de pesquisa sobre tabagismo que possa gerar conhecimento sobre o tema e subsidiar o Ministério da Saúde no planejamento e avaliação da efetividade e o custo-benefício das medidas da CQCT implementadas no País. Diante do contexto apresentado, visando atender os novos os desafios para o controle do tabaco no Brasil, propõe-se realizar sub-projetos de pesquisa em três frentes: (a) pesquisas sobre avaliação do impacto de políticas de controle do tabaco; (b) pesquisas sobre situação de saúde e trabalho na cultura do fumo, (c) pesquisas sobre estratégias da indústria do tabaco, em especial na promoção da iniciação. Subprojeto III.1: Avaliação de Política de Controle do Tabaco (ITC) – módulo publicidade e promoção de produtos do tabaco - através de inquérito por telefone na cidade de Porto Alegre. Racional A fim de avaliar a implementação da CQCT em vários campos, o Brasil entrou recentemente no grupo de países que realizarão o Projeto Internacional de Avaliação de Políticas de Controle do Tabaco (International Tobacco Control Policy Evaluation Project - ITC). O ITC consiste em estudos de coorte em painel, com duas ou mais ondas de coleta de dados para avaliação de políticas através de metodologia padronizadas que garantem a comparabilidade internacional e entre distintas regiões do Brasil. Entendendo-se a importância das estratégias de propaganda e promoção da indústria, pretende-se estender o ITC de modo a 141 incorporar este tema no questionário a uma subamostra de jovens de Porto Alegre, cidade com maior percentual de iniciação do tabagismo, segundo estudo prévio realizado. Objetivos específicos Realizar duas ondas de coleta do Projeto de Avaliação de Políticas de Controle do Tabaco (International Tobacco Control Policy Evaluation Project - ITC), através de inquérito por telefone em município com boa cobertura de telefones. Desenho Epidemiológico A metodologia prevê a realização de entrevistas por telefone ou face a face utilizando-se questionários padronizados aplicados a uma amostra probabilística de indivíduos que possuem telefones fixos ou que residem em domicílios selecionados. A coleta de dados ocorre em dois momentos com intervalo de um ano a fim de se analisar mudanças no impacto das políticas durante o período de estudo. O questionário é composto por vários módulos temáticos. No Brasil, encontra-se em curso um projeto para realização de dois temas do ITC – advertências de saúde dos maços de cigarros e iniciativas de ambientes livres - em 4 cidades. Em 3 cidades – São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre, será adotada a metodologia de coleta de dados por telefone, com uma amostra de 600 residentes em cada cidade. No Rio de Janeiro, será adotada a metodologia de coleta de dados por telefone em uma amostra de 600 indivíduos e uma metodologia de estudo domiciliar face a face entre 400 indivíduos. Além das atividades previstas no ITC será realizado um inquérito numa sub-amostra de jovens em Porto Alegre, para avaliar as estratégias de publicidade e de promoção da indústria do tabaco. Equipe: Cristina de Abreu Perez (pesquisador responsável) Valeska Carvalho Figueiredo (pesquisador colaborador) Liz Maria de Almeida (participante dos 3 projetos) Tânia Cavalcante (pesquisador colaborador) André Salem Szko (pesquisador colaborador) Leticia Casado (pesquisador colaborador) 142 Cristiane Ferreira Vianna (pesquisador colaborador) Vera Colombo (pesquisador colaborador) Subprojeto III.2: Inquérito de prevalência de intoxicação aguda por nicotina entre trabalhadores da cultura do fumo do município de Pinhal Grande – RS. Racional O Brasil é o primeiro país produtor de folhas do tabaco no mundo e necessita definir medidas que protejam a saúde das 300.000 famílias envolvidas com o trabalho na cultura do fumo. Essa cultura é executada, no país, sob supervisão da indústria do tabaco que compra, dos agricultores, praticamente toda a sua produção. Para garantir uma safra de qualidade, a folha de tabaco requer o uso intensivo de agrotóxicos. O amplo uso dessas substâncias ocasiona o adoecimento de inúmeros plantadores de fumo, já que aproximadamente 55% dos fumicultores não utilizam equipamentos de proteção, como máscaras, luvas e botas. As justificativas para tal inadvertência incluem o alto custo e a inadequação dos equipamentos, considerados quentes para o clima na lavoura. O contato excessivo com agrotóxicos pode ocasionar náuseas, tonturas, dores de cabeça, alergias, lesões renais e hepáticas, cânceres, alterações genéticas, incapacidade para o trabalho e até a morte. Além do risco de exposição a agrotóxicos, o contato com a folha de tabaco, molhada por herbicidas no momento da colheita, leva à absorção da nicotina através da pele, desencadeando um quadro de intoxicação com os sintomas: náuseas, vômitos, fraqueza, dores de cabeça, tontura, dores abdominais, dificuldade respiratória e alterações nos níveis de pressão arterial. A intoxicação específica pela nicotina na fumicultura é conhecida como "Doença da mão verde", sendo considerada de natureza ocupacional. A situação se torna mais grave na medida em que a fumicultura é, em geral, uma atividade realizada por toda a família. Assim, em comparação com outras plantações, lidar com o fumo pode se tornar muito tóxico para as crianças e para o agricultor. A prevalência dessa doença em nosso meio é ainda desconhecida, embora o número de famílias envolvidas com a cultura do fumo seja expressivo, em especial na região sul do país. 143 Objetivos específicos Estimar a prevalência de intoxicação aguda por nicotina entre trabalhadores da cultura do fumo do município de Pinhal Grande – RS. Desenho epidemiológico Estudo transversal de base populacional em uma amostra da população residente em Pinhal, Rio Grande do Sul. A coleta de dados será feita através de questionários estruturados com informações sobre condições de saúde, sinais e sintomas de intoxicação aguda e crônica por agrotóxico e doença da folha verde do tabaco e sobre características do trabalho na cultura do fumo. Serão também coletadas amostras de sangue e urina para análise de cotinina e exposição a agrotóxicos. Equipe Silvana Rubano Turci (pesquisador responsável) Valeska Carvalho Figueiredo (pesquisador colaborador) Liz Maria de Almeida (pesquisador colaborador) Luíz Felipe Leite Martins (pesquisador colaborador) José Azevedo Lozana (pesquisador colaborador) Leticia Casado (pesquisador colaborador) Paula Fernandes de Brito (pesquisador colaborador) Marianne de Medeiros Tabalipa (pesquisador colaborador) Patrícia Vaz Guimarães (pesquisador colaborador) Cristina de Abreu Perez (pesquisador colaborador) Cristiane Ferreira Vianna (pesquisador colaborador) 144 Subprojeto III.3: Estudo dos fatores associados às estratégias de promoção e propaganda de marcas de cigarros em pontos de venda na iniciação e manutenção ao tabagismo. Racional Pesquisas em tabagismo devem gerar evidências que apóiem os quatro eixos de prevenção do tabagismo: controle da iniciação, estímulo à cessação, iniciativas de expansão de ambientes livres da fumaça do tabaco e regulação dos produtos do tabaco. Para prevenção da iniciação especificamente, uma das estratégias recomendadas é a proibição total da publicidade do fumo. O Brasil avançou muito neste campo, proibindo a propaganda de produtos do tabaco em todos os tipos de mídia, com exceção dos pontos de venda. Neste contexto, os pontos de venda tornaram-se o principal veículo promocional da indústria do tabaco. Mesmo depois de proibida a publicidade nos principais meios de comunicação, estudo recente realizado entre escolares de 13 a 15 anos de idade de 13 cidades do Brasil mostrou um elevado percentual de jovens (36,0% a 48%) que referiu ter visto propaganda de tabaco em pontos de venda “muitas vezes”. Este dado sugere que a indústria se mantém eficaz em suas atuais estratégias promocionais. Para analisar e propor novos medidas de controle da propaganda, torna-se fundamental avaliar as estratégias da indústria nos pontos de venda. Objetivo específico Conhecer o perfil do usuário dos produtos de tabaco adquiridos em pontos de venda e os fatores associados à escolha dos produtos no município do Rio de Janeiro Desenho Experimental Estudo de base populacional em uma amostra por conveniência de pontos de venda e da população que compra cigarros no Rio de Janeiro. Será aplicado um questionário estruturado para descrição dos aspectos relacionados a publicidade no ponto de venda: tamanho dos cartazes, marcas mais expostas, uso de elementos atrativos. Será realizada uma entrevista com uma amostra por conveniência das pessoas que compram cigarros em 100 pontos de venda do município do Rio de 145 Janeiro, coletando-se informações sobre seguintes aspectos: sexo, idade, grau de escolaridade, bairro de moradia, tipo de produto adquirido, preferências de marcas, impacto visual dos maços, impacto visual das advertências sanitárias, impacto de cigarros de baixos teores. Os dados serão digitados, consolidados, procedendo-se uma análise descritiva dos mesmos. Equipe Liz Maria de Almeida (pesquisador responsável) Moyses Szklo (pesquisador colaborador) Valeska Carvalho Figueiredo (pesquisador colaborador) Tânia Cavalcante (pesquisador colaborador) Luíz Felipe Leite Martins (pesquisador colaborador) José Azevedo Lozana (pesquisador colaborador) André Salem Szko (pesquisador colaborador) Elaine Masson (pesquisador colaborador) Leticia Casado (pesquisador colaborador) Linha de Pesquisa IV: Desenvolvimento Tecnológico da Produçâo de Informaçâo no Controle do Câncer Introdução O SIG, ou Sistema de Informações Gerenciais, é um sistema integrado de apoio à tomada de decisões, proposto como uma ferramenta essencial para implementar a modernização da gestão. Este sistema integra e consolida os dados operacionais e históricos de todos os demais sistemas, alimentando o processo de tomada de decisões na instituição, com informações gerenciais e estratégicas. Como produto, o SIG gera um conjunto de relatórios e/ou gráficos de gestão. Aplicado à saúde, o sistema é desenvolvido para atender a pesquisas de saúde considerando a distribuição espacial de doenças, riscos ambientais, localização de serviços de saúde e relacionando-os com dados da população. Seu principal objetivo é a geração de bases de dados e desenvolvimento de metodologias de análise espacial e georreferenciamento de dados em micro regiões que viabilizem a análise do processo de distribuição populacional em áreas urbanas, o mapeamento 146 de áreas de risco epidemiológico, a alocação de recursos públicos e a localização de equipamentos urbanos. O objetivo principal desta proposta é promover a geração e disseminação do conhecimento em prevenção e controle do câncer, especificamente voltado para registros de câncer de modo a oferecer aos profissionais da área, à comunidade científica e aos gestores de saúde um conjunto de metodologias que possibilitem uma análise diferenciada no que diz respeito às ações de vigilância de câncer tais como, monitoramento de tendências espaço-temporais, avaliação da qualidade da assistência prestada em unidades hospitalares e também dos serviços de saúde prestados pela rede assistencial. A proposta se desenvolve em dois eixos centrais, compreendidos como fundamentais para agregar qualidade e fomentar a incorporação de novas metodologias na forma de analisar, intervir e propor novas estratégias na prevenção e controle do câncer. Os eixos temáticos referem-se a ações de monitoramento da morbi-mortalidade por câncer e avaliação dos serviços prestados à população traduzidos por estudos de análise de sobrevida. Subprojeto IV.1: Modelagem espacial das informações epidemiológicas como estratégia de monitoramento da morbi-mortalidade por câncer Racional A modelagem da distribuição espacial da incidência e mortalidade por câncer pode conduzir a hipóteses que dizem respeito ao impacto das condições ambientais e sócio-econômicas, próprias de cada região. A variabilidade espacial pode ser interpretada, de acordo com as circunstâncias, como evidência da existência de influências ambientais ou genéticas na incidência e mortalidade por câncer. O reconhecimento do padrão espacial do câncer numa determinada população pode conduzir a estudos mais elaborados, possibilitando o mapeamento do risco de câncer nesta população. A experiência de utilização de geoprocessamento com informações dos Registros de Câncer de Base Populacional – RCBP qualifica os profissionais da área na utilização de ferramentas espaciais para análise de dados. O acúmulo desta experiência permitirá a expansão do conhecimento e a utilização desta técnica em todos os RCBP que o INCA apóia, conferindo uma dimensão de qualidade a análise rotineira dos dados. 147 Objetivo específico Consolidar um Sistema de Informações Geográficas - SIG em câncer em nível nacional, que possa oferecer indicadores sobre este agravo, a fim de subsidiar as ações de planejamento, execução e avaliação de programas de prevenção e controle do câncer, por parte dos órgãos competentes de saúde, em todo o Brasil. Desenho experimental Serão calculadas as taxas de incidência ou mortalidade para a menor desagregação de área possível (bairro ou região administrativa) e os mesmos serão descritos espacialmente. Será verificada a existência de heterogeneidade espacial, segundo a análise de diagrama de caixa ou diagrama de dispersão. Uma vez detectada heterogeneidade espacial, a existência de aglomerações espaciais será testada segundo metodologia estatística apropriada (Satscan, Coeficiente de Moran dentre outros). A correlação destas taxas com indicadores sócio-econômicos e ambientais será verificada através da elaboração de modelagem estatística espacial. Subprojeto IV.2: Fatores prognósticos para os principais tipos de câncer (hospitalar e de base populacional) como subsídios para as ações de vigilância de câncer. Racional A avaliação prognóstica pode subdividir-se em dois segmentos: a determinação da qualidade da assistência prestada nas unidades hospitalares especializadas, através dos estudos de sobrevida hospitalar e a avaliação do acesso aos serviços de saúde, através dos estudos de sobrevida populacional. A análise de sobrevida no escopo de uma unidade hospitalar refere-se a um conjunto de procedimentos estatísticos para interpretação de dados, no qual o interesse é estudar o que acontece no tempo decorrido entre o diagnóstico da doença e a ocorrência de um determinado evento que seja estabelecido, que na maioria das vezes é o evento morte. São de relevante importância informações sobre a eficiência dos protocolos terapêuticos a que estão submetidos os pacientes; ou seja, o que acontece com os pacientes ao longo do tempo. Tais informações deveriam integrar o sistema de informações que subsidiará ações de vigilância do câncer. É importante que se estabeleça uma rotina, por parte dos profissionais que atuam nos Registros Hospitalares de Câncer - RHC em promover a coleta, análise e divulgação de dados 148 sobre o seguimento de pacientes. Para o desenvolvimento harmônico de um sistema de vigilância para o câncer, é necessário que se institua o processo de coleta e análise dessas bases de dados dos RHC, não somente para o conhecimento do perfil desses pacientes como também da qualidade da assistência a eles oferecida. A descrição e o monitoramento da evolução da incidência do câncer é um importante objetivo do RCBP, pois a mortalidade é influenciada pela sobrevida dos pacientes de modo a possibilitar o cálculo de índices de sobrevida padronizados para a população da área de cobertura do RCBP. A utilização destes índices possibilita avaliar o impacto da qualidade da assistência prestada à população, bem como compará-las. Se diferenças reais forem encontradas, as ações para diagnóstico e tratamento poderão ser direcionadas para os setores da população que experimentarem sobrevida menos favorável. Objetivos específicos Estimar e analisar as taxas de sobrevida para os principais tipos de câncer atendidos nas principais unidades hospitalares especializadas do país para um determinado intervalo de tempo e que atendam as ações nacionais do INCA; Avaliar o impacto da qualidade da assistência prestada à população, bem como comparálos nas diferentes populações onde existe Registro de Câncer de Base Populacional. Desenho experimental Para os principais tipos de câncer selecionados, serão estruturados os processos de seguimento ativo destes pacientes. Será estruturado um banco de dados com variáveis de relevância para avaliar fatores de risco e de prognóstico. A sobrevida geral e a sobrevida relativa em cinco anos serão calculadas através do método de Kaplan-Meyer e sua significância testada segundo a estatística de logrank. A análise univariada será realizada através da elaboração de curvas de sobrevida e serão testadas as diferenças entre as categorias. A análise multivariada será realizada segundo a significância observada no modelo univariado segundo o modelo de Cox. Equipe da linha de pesquisa 4: Marise Souto Rebelo (pesquisador responsável pela linha e pelo sub-projeto 2) Marceli de Oliveira Santos (pesquisador responsável pelo sub-projeto 1) Rejane de Souza Reis (participam dos 2 projetos) 149 Elisângela Siqueira Costa Cabral (participam dos 2 projetos) Julio Fernando Pinto Oliveira (participam dos 2 projetos) Danielle Nogueira Ramos (participam dos 2 projetos) Juliana Moreira de Oliveira Ferreira (participam dos 2 projetos) METAS - Desenvolvimento de um grupo multidisciplinar, envolvendo pesquisadores com experiência em diferentes abordagens experimentais in vitro e de avaliação clínico/ epidemiológica para estudo da interação de variáveis genéticas e ambientais sobre o risco de desenvolvimento e/ou progressão do câncer. - Transferência de informações para o banco de dados da Rede Nacional de Farmacogenética/Farmacogenômica (REFARGEN) quanto à freqüência de polimorfismos em genes de interesse farmacológico em indivíduos saudáveis e em pacientes com câncer. - Estabelecimento de uma Rede Nacional de Tumores Pediátricos, com a missão de integrar pesquisas translacionais para definição de condutas diagnósticas do câncer pediátrico no Brasil. - Estimativa de prevalência de HPV e dos quatro genótipos cobertos pela vacina quadrivalente na população geral, em pacientes com câncer de colo uterino e em gestantes HIV-positivas - Identificação dos fatores de risco (demográficos, comportamentais, genéticos e ambientais) para infecção persistente do HPV e para progressão para câncer do colo do útero ou lesões precursoras. - Comparação de custo-efetividade do rastreamento para câncer do colo do útero utilizando-se o exame de Papanicolaou e detecção do HPV e exame de Papanicolaou. - Avaliação da Política de Controle do Tabaco em relação à publicidade e promoção de produtos do tabaco, em jovens, na cidade de Porto Alegre. - Avaliação das condições de vida, saúde e trabalho e determinação do grau de intoxicação aguda por nicotina em fumicultores brasileiros. - Identificação de fatores atrativos usados para promoção e propaganda de marcas de cigarro. - Incorporação de ferramentas e capacitação de profissionais da área de registros de câncer, coordenadores estaduais, gestores e demais interessados para 150 implantação de um Sistema de Informações Geográficas para registro de casos de câncer. - Disponibilização da malha cartográfica dos municípios que possuam Registro de Câncer de Base Populacional – RCBP para fins de geocodificação com a base de dados de casos novos de câncer. - Definição de um modelo metodológico a ser aplicado para implantação de um Sistema de Informações Geográficas para registro de casos de câncer. - Caracterização da distribuição espacial e temporal dos principais tipos de câncer nas localidades onde existe Registro de Câncer de Base Populacional – RCBP - Caracterização do fluxo de pacientes dentro do município em relação ao seu domicílio e os centros de referência para diagnóstico e tratamento de câncer por área geográfica. - Incorporação de ferramentas e capacitação de profissionais da área de registros de câncer, coordenadores estaduais, gestores e demais interessados para desenvolvimento de estudos de sobrevida de base populacional e de base hospitalar em câncer. - Consolidação de um modelo de estrutura que apóie os registros de câncer com pelo menos cinco anos de informação consolidada a realizar o seguimento ativo dos pacientes com diagnóstico de câncer, subsidiando estudos de sobrevida. - Formação de Pessoal: 01 mestre, 04 doutores, 1 pós-doutor. - Publicação de no mínimo 12 artigos científicos em periódicos indexados QualisA. - Divulgação em congressos nacionais e internacionais com conseqüente publicação nos anais dos congressos. RESULTADOS ESPERADOS E IMPACTOS Geração de novos conhecimentos acerca da influência de polimorfismos genéticos como fatores de susceptibilidade ao desenvolvimento do câncer. Com a implantação da vacina contra o HPV espera-se que o perfil viral associado aos casos de câncer do colo do útero em nosso meio se modifique a médio e longo prazo. Ao mesmo tempo, é possível que os impactos esperados sobre a morbi-mortalidade sofram o efeito do recrudescimento da infecção por tipos de HPV ausentes na vacina. O monitoramento desse perfil viral pode subsidiar a vigilância de HPV após a incorporação da vacina no Brasil e auxiliar na tomada de 151 decisão política sobre futuras formulações das vacinas. A prevalência do HPV aumenta durante a gestação, mas ainda se desconhece o impacto da detecção precoce da infecção e de seus subtipos na persistência da infecção após o parto e que fatores estão envolvidos nessa persistência. Os resultados deste estudo permitirão que sejam avaliadas políticas de prevenção para essa população mesmo antes que a doença clínica seja diagnosticada. É possível que pacientes que apresentam infecção por subtipos do HPV ditos de alto risco devam ser acompanhadas de forma mais frequente do que aquelas com subtipos mais benignos. Outra vantagem do estudo de subtipos nessa população reside no fato de que em breve a vacina para HPV estará disponível para uso geral. Essa vacina é eficaz para alguns subtipos de alto risco para HPV, porém ainda não se sabe se ela será eficaz também para outros subtipos, não constituintes na vacina, que também são considerados de alto risco, como os subtipos 45 e 56, entre outros. Por fim, a utilização de gestantes nesse estudo se justifica por ser um período que a mulher é mais aderente ao tratamento e seu acompanhamento médico, sendo uma época eficaz para evitar a perda de oportunidades na detecção da infecção pelo HPV e suas complicações. A observação das variações na incidência dos tipos de câncer no espaço pode conduzir a hipóteses quanto ao impacto das condições ambientais e sócioeconômicas. O INCA assim cumpre sua missão de ser referência na pesquisa em câncer a nível nacional. Os subprojetos da linha de pesquisas em tabagismo têm a finalidade de subsidiar o governo brasileiro na implementação de medidas estratégicas propostas pela Convenção Quadro Para o Controle do Tabaco, do qual o Brasil é signatário. A avaliação do impacto de advertências sanitárias dos produtos derivados do tabaco permitirá a elaboração de imagens mais efetivas, ampliando o impacto das mesmas no estímulo à cessação e redução da iniciação do tabagismo. Conhecendo as condições de saúde dos trabalhadores da cultura do fumo será possível propor medidas relacionadas ao processo de trabalho que reduzam os riscos a saúde dos fumicultores, em especial reduza a incidência de doença da folha verde (intoxicação aguda da nicotina), inclusive entre crianças que, ilegalmente, exercem atividades nesta na agricultura local. Os resultados do estudo permitirão ainda que se elaborem estratégias para contraposição das estratégias de venda e promoção da indústria do fumo, em geral dirigidas a jovens. 152 A elaboração de um modelo metodológico para registro dos casos de câncer em tempo real permitirá a organização e padronização do seguimento nas unidades hospitalares favorecendo os estudos de sobrevida. Será possível determinar que fatores melhor predizem o prognóstico dos tumores, bem como avaliar a qualidade da assistência prestada nas unidades hospitalares participantes que atendam às ações nacionais do INCA. Em nível populacional será possível consolidar um modelo de estrutura que apóie os registros de câncer com pelo menos cinco anos de informação consolidada a realizar o seguimento ativo dos pacientes com diagnóstico de câncer, subsidiando estudos de sobrevida. Transferência de resultados para formulação de políticas públicas Os resultados deste grupo de pesquisa terão impacto direto na identificação de fatores genéticos e ambientais com potencial de risco para desenvolvimento e/ou progressão do câncer podendo contribuir para orientação de políticas públicas de prevenção de exposição involuntária a agentes carcinogênicos e à orientação de campanhas informativas quanto a hábitos de vida e condutas de risco, bem como à definição de leis para restrição ao tabagismo, para proteção da saúde de trabalhadores e para definição de condutas de saúde pública com melhor relação custo-benefício. A obtenção de dados sobre a prevalência dos tipos virais de HPV em câncer cervical permitirá verificar se as vacinas disponíveis no momento são adequadas à imunização contra os tipos de HPV associados ao câncer cervical no país. A pesquisa gerará dados para comparações futuras sobre: (1) a prevalência dos tipos virais associados ao câncer cervical, permitindo avaliar a eficiência de imunização obtidas com as vacinas atualmente disponíveis; (2) identificar variantes virais associadas à imunização cruzada; (3) caracterizar variantes de tipos virais de alto risco oncogênico associado ao escape vacinal. Os dados serão importantes para a definição de políticas públicas de saúde no combate ao câncer cervical. Os resultados das pesquisas e tabagismos serão transferidos através de relatórios que serão enviados aos responsáveis pelo Programa Nacional de Controle do Tabagismo no INCA/MS e Secretarias de Estado de Saúde e para a Secretaria Executiva da Comissão Nacional Para Implementação da Convenção Quadro Para o Controle do Tabaco no Brasil, subsidiando o planejamento de medidas de controle do tabaco efetivas. Medidas de promoção da saúde e prevenção de câncer e de 153 intoxicação aguda por nicotina entre fumicultores serão promovidas juntamente com os Coordenadores Estaduais de Saúde do Trabalhador dos municípios fumicultores. A observação das variações na incidência dos tipos de câncer no espaço permitirá o mapeamento do risco dos tumores mais incidentes na população proporcionando assim uma alocação melhor direcionada de recursos e esforços. A consolidação de um modelo de estrutura nacional que apóie os registros de câncer com pelo menos cinco anos de informação permitirá o seguimento ativo dos pacientes com diagnóstico de câncer. O resultado destas ações será o diagnóstico da qualidade da assistência prestada nas unidades hospitalares e da rede como um todo, possibilitando a avaliação e o redirecionamento das ações para prevenção e controle do câncer. EXPERIÊNCIA PRÉVIA NA ÁREA DE PESQUISA Os investigadores inseridos neste subgrupo de pesquisa têm experiências comprovadas através de publicações e de atuação profissional nas áreas propostas no escopo geral do projeto. A seguir apresentamos um resumo da experiência dos pesquisadores envolvidos diretamente na condução científica dos subprojetos: Moyses Szklo (Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível IA) - Possui graduação em Medicina - UERJ (1963), Mestrado em Saúde Pública - Johns Hopkins University (1972) e Doutorado em Saúde Pública - Johns Hopkins University (1974). Editor-chefe do American Journal of Epidemiology desde 1988. Professor Titular de Epidemiologia e Políticas de Saúde da UFRJ. Full Professor por 33 anos da Escola de Saúde Pública da Johns Hopkins University (EUA). Membro do corpo editorial de diversas revistas científicas. Já publicou quase 200 artigos científicos na área de área de Saúde Pública, com ênfase em Epidemiologia. Sérgio Koifman (Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível IA )- Possui graduação em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1974), mestrado em Medicina Social , área de Epidemiologia, pela Universidad Nacional Autonoma de Mexico Xochimilco (1978), doutorado em Medicina Preventiva pela Universidade de São Paulo (1988) e pós-doutorado na School of Ocupational Health, McGill University, em Montreal, Canada (1991-93). Coordenou o Programa de 154 Mestrado Inter-institucional em Saúde Pública Universidade Federal do Pará/ Fiocruz e foi Coordenador Adjunto do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública (1999-2002). Atualmente é pesquisador titular da Fundação Oswaldo Cruz, onde coordena o Programa de PósGraduação em Saúde Pública e Meio Ambiente da Escola Nacional de Saúde Pública/ Fiocruz, sendo docente permanente no mesmo programa e no Mestrado em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Acre (Associação Temporária UFACFiocruz). Tem experiência acadêmica na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Epidemiologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Epidemiologia do Câncer e Epidemiologia Ambiental. Maria do Socorro Pombo de Oliveira (Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2)-Possui graduação em Medicina pela Universidade de Pernambuco (1974), mestrado em Hematologia, Hopital Saint-Louis,Universite de Paris VII (1979), Fellow-Research no Royal Pos-Graduated Medical School-Hammersmith Hospital, Londres (1984-1988) e doutorado em Biologia Celular e Molecular pela Fundação Oswaldo Cruz (1991). Atualmente é médica-pesquisadora do Instituto Nacional de Câncer. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Hematologia, atuando principalmente nos seguintes temas: leucemias agudas da infância, alterações moleculares na etiopatogênese das leucemias agudas, epidemiologiamolecular. Gulnar Azevedo e Silva Mendonça (Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2 )- Graduada em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1978) com mestrado em Saúde Coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1991) e doutorado em Medicina Preventiva pela Universidade de São Paulo (1997). Atualmente é professora adjunta do Departamento de Epidemiologia do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Foi coordenadora de prevenção e vigilância do Instituto Nacional de Câncer entre outubro de 2003 e setembro de 2007. Desenvolve pesquisas dentro das áreas de epidemiologia do câncer e fatores de risco para doenças não-transmissíveis. Marcelo Soares (Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2)- É docente pesquisador do Departamento de Genética da UFRJ desde 2002. 155 Atualmente, chefia o Laboratório de Virologia Humana daquele departamento, onde vem desenvolvendo intensa pesquisa em virologia, principalemente em HIV, e mais recentemente em outros vírus de importância médica. Desde 2006 é Pesquisador Colaborador da Divisão de Genética, do Centro de Pesquisa do INCA, onde também desenvolve parte de sua pesquisa. Sua produção intelectual listada em seu CV Lattes, e o panorama de projetos de pesquisa aprovados e financiados demonstra sua atuação científica nos últimos anos. O Prof. Marcelo Soares atua no Programa de PG em Genética da UFRJ, do qual foi Coordenador Titular de 2004 a 2008, onde mantém a maioria de seus alunos orientados. Atua também no Programa de PG em Modelagem Matemática e Computacional, Ênfase em Bioinformática, do LNCCMCT, onde orienta dois alunos de Mestrado. É membro das Comissões de PG de ambos os Programas. Elizabeth Machado (Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2)Obteve seu Mestrado na UFRJ em miocardites na leptospirose, e cursou um Doutorado sanduích no Laboratório de Imunorregulação do NIH, já em HIV/Aids. Após seu retorno ao Brasil, a Dra. Machado desenvolveu pesquisa relacionada à patogenia do HIV em crianças infectadas, em colaboração com o Dr. Anthony DeVico do Institute of Human Virology, Baltimore, USA, com Grant R01 do NIH de 5 anos. Tem linha de pesquisa básica no Laboratório de Virologia Humana da UFRJ relacionada à resistência aos anti-retrovirais, fatores de restrições do hospedeiro à infecção pelo HIV, e patogenia do HIV. Também atua na pesquisa clínica na UFRJ e Hospital dos Servidores do Estado que envolve adolescentes e gestantes HIV positivas nas áreas de HPV, tuberculose, HIV, efeitos colaterais dos anti-retrovirais em gestantes e adolescentes e linha de pesquisa clínica em dengue na Fiocruz. Faz parte do grupo de pesquisa clínica do NIAID para estudos observacionais em gestantes e crianças expostas ao HIV (Estudo Longitudinal NISDI em Países da América Latina (NISDI Longitudinal Study in Latin American Countries, LILAC) – Niaid – NIH e fez parte do clinical trial entitulado ATN 024i: A Randomized, OpenLabel Trial of Three Hepatitis B Vaccination Schemas in HIV-Positive Youth – NIAID, NIH. Foi consultora Ad Hoc - Perinatal Executive Committee NICHD International HIV Site Development Initiative (NISDI). 2007. Atualmente é Pesquisadora 2 do CNPq. A Dra. Machado atua nos Programas de Pós-graduação em Doenças Infecciosas e Parasitárias do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, UFRJ, e 156 de Pós Graduação em Genética da UFRJ, na orientação de alunos de Mestrado e Doutorado. Cibele Rodrigues Bonvicino (Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2)- Possui doutorado em Genética pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1994). Atualmente é pesquisadora do Instituto Nacional de Câncer, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz. Tem experiência na área de Genética, com ênfase: em diversidade genética e filogenia e evolução molecular; genética de câncer hereditário (Retinoblastoma); diversidade genética de viral de HBV. É orientadora credenciada pela Pós-Graduação em Genética da UFRJ, Pós Graduação em Oncologia do Instituto Nacional de Câncer, Pós Graduação em Bioquímica e Biologia Molecular da FIOCRUZ. Liz Maria de Almeida - Possui doutorado em Ciências pela Universidade do Estado de São Paulo (2002, USP). Desde 2004, trabalha como chefe da Divisão de Epidemiologia do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Coordenou diversos inquéritos epidemiológicos nos campos da saúde mental, saúde ambiental, tabagismo e fatores de risco para o câncer. É ponto focal no Brasil do Global Tobacco Surveillance System da Organização Mundial da Saúde, sendo responsável por inquéritos de tabagismo realizados em várias cidades do país. É responsável pela disciplina de epidemiologia do Programa de Pós-graduação do INCA onde é orientadora credenciada e membro da Comissão de pós-graduação. Recentemente, ela participou como co-investigadora do projeto: "Prevalence of human papillomavirus DNA in a community in the city of Rio de Janeiro". Valeska Carvalho Figueiredo - Possui graduação em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1986) e mestrado (1997) e Doutorado (2007) em Saúde Coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, área de concentração Epidemiologia. Trabalha no INCA desde 1997. Atualmente é pesquisadora da Divisão de Epidemiologia da Coordenação de Prevenção e Vigilânca do Instituto Nacional de Câncer onde desenvolve e participa de pesquisas e projetos em tabagismo e fatores de risco de doenças não transmissíveis. Participou como coinvestigadora principal dos seguintes projetos realizados através de uma parceria entre o INCA e o Instituto para o Controle do Tabaco da Escola de Saúde Pública da 157 Universidade Johns Hopkins: Epidemiology & Intervention Research for Tobacco Control. International and Health Research & Capacity Building. The Study in Brazil, financiada pela Fogarty International Center dos National Institutes for Health dos Estados Unidos da América; Secondhand Smoke Exposure in Non-smoking Women and Children. The Study in Brazil; e Determinants of Salivary Cotinine Levels in Smokers from Different National and Ethnic Groups. The Study in Brazil. Como parte da parceria com a Organização Panamericana da Saúde, foi também co-IP do projeto Custos da Atenção Médica das doençcas associadas ao tabagismo em quatro países da América Latina. Estudo no Brasil. Cristina de Abreu Perez . Possui graduação em Psicologia pela Universidade Gama Filho (1993). Atualmente é Supervisora de Controle de Câncer do Instituto Nacional do Câncer. Tem experiência na área de Saúde Coletiva. Cristiane Ferreira Vianna. Graduada em Direito, trabalha há 10 anos no Programa Nacional de Controle do Tabagismo, especialmente na área da legislação de controle do tabaco. Participou de todo o processo de negociação do 1º Tratado Internacional de Saúde Pública, denominado Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT). Atualmente exerce o cargo de Vice-Secretária Executiva da Comissão Nacional para Implementação da CQCT e é Vice Coordenadora da Delegação Brasileira da Comissão Intergovernamental para o Controle do Tabaco no MERCOSUL. Esteve envolvida na elaboração de todas as legislações que tratam sobre as advertências sanitárias nas embalagens de produtos do tabaco no Brasil desde 1999. Ana Lucia Souza de Mendonça - possui graduação em Nutrição pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1985) e mestrado em Saúde Pública pela University of California - Berkeley (1990) . Atualmente é Analista de Programa de Câncer Sênior do Instituto Nacional do Câncer. Luís Felipe Leite Martins - possui graduação em Estatística pela Escola Nacional de Ciências Estatísticas (2000) e mestrado em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social (2005). Atualmente é técnico da Divisão de Epidemiologia da Conprev/INCA. Tem experiência na área de Probabilidade e Estatística (com ênfase 158 em Análise Estatística e Amostragem) e Epidemiologia do Câncer (com ênfase em Estudos Transversais e detecção precoce do câncer do colo do útero). Paulo Antonio Silvestre de Faria - Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Anatomia Patológica, incluindo Patologia Cirúrgica, Citopatologia e Autópsias. Em Patologia Cirúrgica tem interesse especial em Patologia Pediátrica Oncológica e Uropatologia. Ainda em Anatomia Patológica tem experiência em Gestão de Serviços de Patologia e em Sistemas de Informação em Patologia. Lucília Maria Gama Zardo - Atua na área de Medicina, com ênfase em Citopatologia. Atualmente, é mestranda em Oncologia no Instituto Nacional de Câncer INCA, onde é médica citopatologista e chefe do laboratório da Seção Integrada de Tecnologia em Citopatologia SITEC. Concluiu a graduação pela Faculdade de Medicina de Petrópolis em 1978 e especializou-se em Citopatologia. Tem pós-graduação em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz Fiocruz. Foi Secretária Geral da Sociedade Brasileira de Citopatologia, no período de 1998 a 2000, e Primeira Secretária no período 1995 a 1997. Em suas atividades profissionais e publicações está voltada principalmente para os seguintes temas: prevenção e controle do câncer cervical, citopatologia, HPV, câncer de mama e neoplasia do colo uterino. Mirian Carvalho de Souza - possui graduação Ciências Estatísticas pela Escola Nacional de Ciências Estatísticas (1997) e mestrado em Epidemiologia pela Escola Nacional de Saúde Pública (2000). Atualmente é analista de programa de controle de câncer do Instituto Nacional de Câncer e doutoranda da Escola Nacional de Saúde Pública. Tem experiência na área de saúde coletiva, com ênfase em epidemiologia, atuando principalmente nos seguintes temas: realização de estudos epidemiológicos, vigilância do câncer e seus fatores de risco, análise de sobrevida, análise de dados epidemiológicos e ensino em saúde. Cláudio Pompeiano Noronha - possui graduação em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1979), residência em Medicina Preventiva e Social (1983), especialização em Epidemiologia(1984) e mestrado em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pùblica da Fundação 159 Oswaldo Cruz (1993). Atualmente é médico de saúde pública - Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, exercendo cargo de chefia da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Instituto Nacional do Câncer. Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Saúde Pública, atuando principalmente nos seguintes temas: sistemas de informação em saúde, indicadores de avaliação de desempenho em saúde, prevenção, controle e vigilância do câncer, estudos de incidência, mortalidade e sobrevida em neoplasia. Maria do Carmo Esteves da Costa- possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1980) , especialização em Residência Médica Em Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1982) , especialização em Administração e Planejamento de Hospitais Públicos pelo Fundação Oswaldo Cruz (1986) e mestrado em Saúde Coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1997) . Atualmente é Médico do Instituto Nacional do Câncer. Entre 1990 e 1996 foi responsável pelo seguimento de pacientes com exames citopatológicos alterados no município do Rio de Janeiro. A partir de 2002, no INCA, foi membro da equipe da Divisão da Detecção Precoce da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Foi coinvestigadora do estudo: "Prevalence of human papillomavirus DNA in a community in the city of Rio de Janeiro". Silvana Rubano Barretto Turci - possui graduação em Farmácia pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas e Bioquímica Oswaldo Cruz São Paulo (1984) e mestrado em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz (1994). Atualmente ocupa o cargo de tecnologista senior na Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz). Vem, desde 1996, desenvolvendo colaboração tecnica, junto ao Instituto Nacional do Câncer na Coordenação de Prevenção e Vigilância do Câncer. Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Toxicologia Ocupacional e Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: tratamento do fumante, prevenção primária, prevenção de cancer, cancer ocupacional e controle do tabagismo. Rosane Vianna Jorge- Possui graduação pela Faculdade de Farmácia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (1990), com mestrado em Química Biológica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1992) e doutorado em Química 160 Biológica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1997). Desenvolveu um curto pós-doutorado (1997) na Merck Research Laboratories (Rahway - New Jersey/USA), na área de Farmacologia de canais iônicos. Atualmente é professora adjunta de farmacologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e pesquisadora bolsista do Instituto Nacional do Câncer (INCA), na condição de pesquisadora associada, como parte de um convênio de colaboração entre UFRJ e INCA. Lidera o Grupo de Farmacologia Clínica e Assistência Farmacêutica, registrado no CNPq, e integra a Rede Nacional de Farmacogenética/Farmacogenômica (www.refargen.org.br). Tem experiência em Farmacologia Geral e Farmacologia Clínica, com ênfase em Farmacocinética e Farmacogenética. É revisora do periódico Clinical Pharmacology & Therapeutics, que é líder na área da farmacologia clínica. Atualmente, concentra sua atuação no estudo de polimorfismos de genes relacionados ao metabolismo de fármacos e/ou envolvidos com o risco de desenvolvimento e de progressão do câncer. Miguel Ângelo Martins Moreira - Possui doutorado em Genética pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1996). Atualmente é pesquisador associado do Instituto Nacional de Câncer. Tem experiência na área de Genética, com ênfase em Genética Molecular e de Microorganismos, atuando principalmente nos seguintes temas: Câncer Hereditário de mama e Ovário, Mapeamento Genético, Seqüenciamento de Genomas, Evolução Molecular e Resistência a Drogas. É orientador credenciado pela Pós-Graduação em Genética da UFRJ. Marcelo Alex de Carvalho - Possui graduação em Farmácia pela Universidade Federal Fluminense (1995), mestrado em Bioquímica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1998), doutorado em Ciências Biológicas (Biofísica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2004) e pós-doutorado pelo H. Lee Moffitt Cancer Center & Research Institute (2006). Atualmente é professor do Centro Federal de Educação Tecnológica de Química e pesquisador da Divisão de Farmacologia do INCA. Tem experiência na área de Bioquímica, com ênfase em Biologia Celular e Molecular, atuando principalmente nos modelos moleculares de estudo de BRCA1 e câncer de mama. 161 Beatriz de Camargo - Professora e livre-docente da Universidade de Medicina de São Paulo, desenvolve atividades de ensino em cursos de pós-graduação (lato senso e strictu senso) com ampla experiência em pesquisa clínica na área de pediatria oncológica. Através da Coordenação de Estudos Cooperativos Brasileiros executa projetos de caráter epidemiológico das neoplasias pediátricas. Atualmente desenvolve uma linha de pesquisa no INCA no Programa de Hematologia-Oncologia Pediátricos-CPq em conjunto com a CONPREV em relação a registros de incidência e mortalidade de câncer infanto-juvenil. Participante ativa da Sociedade Internacional de Oncologia Pediatrica (SIOP) e referencia nos estudos de Tumor de Wilms e neuroblastoma. Rinaldo Wellerson Pereira - Graduado em Veterinária pela Universidade Federal de Viçosa (1995), Mestre em Bioquímica e Imunologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1997), Doutor em Bioquímica e Imunologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2002) com parte desenvolvida no Stanford Genome and Technology Center - Stanford University (2000-2001). Atualmente é professor doutor da Universidade Católica de Brasília onde coordena a área de Genética para os cursos de Graduação e também ministra as disciplinas de Genética Básica, Genética Humana, Genética Aplicada a Medicina e Genética Forense. É orientador de Mestrado e Doutorado no Programa de Pós Graduação em Ciências Genômicas e Biotecnologia e também no Programa de Educação Física. Seus projetos de pesquisa focam na aplicação de variabilidade genética para compreensão de fenótipos complexos e no desenvolvimento de aplicações para Genética Forense. Gutemberg de Almeida Filho - Possui Mestrado em Medicina (Ginecologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1992), doutorado em Medicina (Ginecologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1998) e residência médica pelo Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (1979). Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Médico da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Membro de corpo editorial da Femina (Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstétrícia), Membro de corpo editorial da Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Membro de corpo editorial da Revista Brasileira de Genitoscopia e Membro de corpo editorial do Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis. Tem experiência na área de 162 Medicina, atuando principalmente nos seguintes temas: neoplasias vulvares, neoplasia intra-epitelial vulvar e papilomavirus humano. Marise Souto Rebelo - Possui Graduação em Medicina pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (1982), Mestrado em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz (1996) e Doutorado em Clínica Médica (Pesquisa Clínica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2004). Atualmente é gerente da Divisão de Informações da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Instituto Nacional de Câncer. Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Epidemiologia, atuando principalmente nos seguintes temas: câncer, epidemiologia, registros de câncer, incidência e mortalidade por câncer. Foi responsável pela especificação técnica para desenvolvimento do aplicativo específico para RHC – Registros Hospitalares de Câncer e também pela especificação técnica do aplicativo para integração nacional dos RHC. Tomaz Pinheiro da Costa - Possui graduação em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (1974) e Mestrado em Medicina (Doenças Infecciosas e Parasitárias) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1980). Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em saúde materno-infantil. Atua principalmente nos seguintes temas: prematuridade, prevenção, infecção intrauterina. Cristina Hoffer - Trabalha com HIV/gestantes desde 2003, com alguns artigos escritos na área e é pesquisadora principal de alguns projetos na área como a avaliação de colonização por Listeria monocytogenes em gestantes infectadas pelo HIV. Marceli de Oliveira Santos - Possui graduação em Estatistica pela Escola Nacional de Ciências Estatísticas (1991), mestrado em Saúde Pública pelo Fundação Oswaldo Cruz (1997). Atualmente é Analista de Programas de Controle de Câncer do Instituto Nacional de Câncer. Tem experiência na área de Probabilidade e Estatística , com ênfase em Estatística. Atuando principalmente nos seguintes temas: vigilância, saúde pública, análise de dados e estudos prognósticos em 163 câncer. Participou do aprimoramento e desenvolvimento de aplicativo específico para Registros de Câncer de Base Populacional-RCBP. É responsável pela coordenação dos RCBP em nível central (capacitação, supervisão, análise e divulgação das informações). Desenvolve também estudos de geo-análise em câncer Rejane de Souza Reis - Possui graduação em Licenciatura Plena em Ciências Biológicas pela Faculdade da Cidade (2000), aperfeiçoamento em Curso Para Registradores de Câncer pelo Instituto Nacional de Câncer (1997), aperfeicoamento em Excelência no Atendimento pelo Instituto Nacional de Câncer (1996), aperfeicoamento em Curso de Inverno Em Epidemiologia do Câncer pela Fundação Oswaldo Cruz (2003) , aperfeiçoamento em Curso de Atualização Em Epidemiologia Para Serviço pelo Fundação Oswaldo Cruz (2003) , aperfeiçoamento em Atualização em Epidemiologia do Câncer pelo Instituto Nacional de Câncer (2003) e aperfeiçoamento em Curso de Atualização Em Epidemiologia Molecular do pelo Fundação Oswaldo Cruz (2004) .Mestrado em Saúde Coletiva pelo Instituto de Estudos de Saúde coletiva – IESC/UFRJ (2007). Atualmente é Analista de Programas de Controle de Câncer do Instituto Nacional do Câncer. Ana Maria Ramalho - Chefe da Divisão de Atenção Oncológica da CONPREV / INCA, responsável pelo Programa Nacional de controle do câncer do colo do útero. Tereza Maria Piccinini Feitosa - Trabalha na Divisão de Atenção Oncológica, no programa nacional de controle do câncer do colo do útero. BIBLIOGRAFIA Ahsan et al. Breast Cancer Res 7:R71 (2005) Ambrosone et al. Breast Cancer Res 5:R45 (2003) Asher et al. Proc Natl Acad Sci U S A 99:3099 (2002) Bailey, Gatrell. Interactive Spatial Data Analysis. Longman, Harlow, 1995 Balmain, Gray, Ponder. Nat Genet. 33 Suppl: 238 (2003) Barabe et al. Science,316: 600 (2007) Baxter et al. Carcinogenesis 22:347 (2001) Beall, Winski. Front Biosci 5:D639 (2000). 164 Belpomme et al. Int J Oncol 30:1037 (2007). Birch Jm. Arch Dis Child 80: 1 (1999) Boffetta . Scand J Work Environ Health 28:30 (2002) Bosch , De Sanjosé. Dis Markers 23:213 (2007) Bosch et al. 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Gastroenterology 129:565 (2005) CRONOGRAMA Ano 1 Primeiro semestre: Revisão bibliográfica, seleção e contratação de recursos humanos, treinamento da equipe para atividades diversas (abordagens de recrutamento de indivíduos, realização de entrevistas e coleta de dados, utilização de ferramentas computacionais), aquisição de material de consumo e de malha cartográfica, aquisição de equipamentos de informática e para o desenvolvimento de metodologias de análise molecular, estabelecimento de metodologias de análise molecular (validação de métodos de genotipagem, construção de seqüências selvagens e variantes, avaliação imuno-histoquímica), aquisição de animais e estabelecimento de modelos experimentais de avaliação toxicológica Segundo semestre: Recrutamento de participantes, coleta de dados, coleta de amostras biológicas, realização de análises moleculares e celulares, acompanhamento clínico de pacientes, criação de banco de dados, análise de consistência, depuração e geo-codificação de dados, capacitação de parceiros externos (Oficinas Regionais). 168 Ano 2 Primeiro semestre: Limpeza e análise dos dados clínicos e moleculares Segundo semestre: Análise de correlação entre variáveis genéticas e ambientais e desfechos clínicos de risco de desenvolvimento e de progressão neoplásica, Análise de custo-efetividade. Ano 3 Realização de experimentos de avaliação da expressão gênica e de controle da estabilidade do RNAm em função de polimorfismos genéticos; Aprimoramento das análises demográficas, continuação (análise de seguimento) para correlação entre variáveis genéticas e ambientais e desfechos clínicos de progressão neoplásica; Digitação, análise de consistência e depuração de dados (etapa final); Relacionamento das bases de dados; Oficina de acompanhamento; Elaboração de artigos e divulgação dos resultados Anos 4 e 5 Redefinição de estratégias e prioridades de análise. Análise estatística espacial de dados de área; Correlação com os indicadores sócio-econômicos e ambientais; Identificação do fluxo do paciente; Análise dos indicadores de avaliação da qualidade da assistência; Análises de sobrevida; Análise e divulgação de resultados finais; Oficina de avaliação de resultados. PROJETOS FINANCIADOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS Sergio Koifman - Qualidade de vida subseqüente ao tratamento do câncer de colo de útero (CNPq e FAPERJ) - Exposição a pesticidas organoclorados e efeitos reprodutivos em Cidade dos Meninos, Duque de Caxias,RJ (CNPq) - Polimorfismos genéticos (CYP17 e MTHFR), exposições ambientais e câncer de mama em mulheres jovens no Rio de Janeiro (CNPq) 169 - Avaliação epidemiológica e caracterização radiológica ambiental na população residente dos municípios de Monte Alegre, Prainha e Alenquer, PA (CNPq) - Exposições ambientais e câncer de tireóide: estudo caso-controle de base populacional em Goiânia,GO (CNPq) - Estudo Latino-Americano de Sobrevida de Câncer (CNPq) - Exposição a campos eletromagnéticos e leucemias na infância: analise exploratória de sua associação no município de São Paulo (CNPq) - Efeitos na saúde decorrentes da exposição a substâncias químicas em pilotos agrícolas (CNPq). Maria do Socorro Pombo de Oliveira - Estudo multidisciplinar e imunomolecular das Leucemias Agudas Marcelo Alves Soares - “Apoio ao Laboratório Integrado de Cultura de Células (Dept. Genética, IBUFRJ): Estudos Funcionais de Fatores de Restrição ao HIV-1, da Ligase de Ubiquitina TRAC-1 e da Atividade Anti-Neoplásica de Metabólitos Bacterianos”. Projeto FAPERJ PROGRAMA APOIO A INSTITUIÇÕES DE ENSINO E PESQUISA SEDIADAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – 04/2008. Valor: R$ 100.200,00 - “Reativação e Manutenção de Seqüenciador Automático de DNA para Projetos de Seqüenciamento do Departamento de Genética da UFRJ”. Projeto FAPERJ PROGRAMA Apoio À manutenção de equipamentos Multiusuários – 05/2008. Valor: R$ 44.600,00 - “Citometria de fluxo em estudos de interação hospedeiro/vírus e função de proteínas celulares e compostos exógenos na ativação celular e câncer”. Projeto FAPERJ PROGRAMA APOIO A GRUPOS EMERGENTES DE PESQUISA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – 08/2008. Valor: R$ 194.400,00 - “Implementação de Seqüenciador Automático de DNA Multi-Usuário para Projetos de Seqüenciamento do Departamento de Genética da UFRJ”. Projeto FAPERJ PROGRAMA TREINAMENTO E CAPACITAÇÃO TÉCNICA – 11/2008. Valor: 12.000,00 - “Incidência de polimorfismos nos genes humanos TRIM5alfa e APOBEC3G/3F em crianças HIV-positivas correlacionados com diferentes padrões de evolução da Aids”. Projeto CNPq Apoio Técnico – 04/2008. Valor: R$ 18.792,24 170 - “Incidência de polimorfismos nos genes humanos TRIM5alfa e APOBEC3G/3F em crianças HIV-positivas correlacionados com diferentes padrões de evolução da Aids”. Projeto CNPq Bolsa de Produtividade em Pesquisa 2007 - “Incidência de polimorfismos nos genes humanos TRIM5alfa e APOBEC3G/3F em crianças HIV-positivas correlacionados com diferentes padrões de evolução da Aids”. Projeto CNPq Universal 2007. Valor: R$40.000,00 - “Melhoria da infra-estrutura para técnicas de análise genética no programa de pós-graduação em Ciências Biológicas (Genética) da Universidade Federal do Rio de Janeiro”. Projeto FAPERJ PADCT-RIO 2006. Valor: R$ 59.900,00 - “Caracterização de uma nova classe de mutações de resistência a antiretrovirais no domínio da RNAse H do vírus da imunodeficiência humana do tipo 1 (HIV-1)”. Edital FAPERJ Cientistas do Nosso Estado 2006. Valor: R$ 48.000,00 - “Análise Genotípica do HIV de crianças HIV+ nascidas de mães que usaram anti-retroviral durante a gestação ou parto através da técnica de PCR em tempo real”. Edital Programa Nacional de DST e AIDS – MS - CSV 107/2006 nº 59. Valor: RS 394.400,00 - “11º Workshop Internacional em Epidemiologia Molecular e Evolução Viral”. Editais de Apoio a Organização de Eventos Internacionais de 2005: Programa Nacional de DST e Aids – MS – Valor: R$ 95.500,00; CAPES – Valor: R$ 30.000,00; FAPERJ – Valor: R$ 12.000,00; CNPq – Valor: R$ 10.000,00 - “Transmissão materno-infantil de diferentes subtitpos do HIV-1 e co-infecção por DST em gestantes infectadas pelo HIV na Região Sul e Sudeste do Brasil: fatores preditivos e momento da transmissão vertical”. Edital PROCAD CAPES 2005-2009. Valor: R$ 267.000,00 - “Transmissibilidade materno-infantil do HIV-1 dos subtipos B e C na Região Sul do Brasil: fatores preditivos e momento da transmissão vertical”. Edital CNPq 36/2004 - Cooperação Técnica CNPq/MS/DECIT. Valor: R$ R$ 19.000,00 - “Caracterização do polimorfismo genético no gene da protease do HIV-1 de subtipos B e C e seu impacto na susceptibilidade aos inibidores de protease em pacientes em tratamento anti-retroviral”. FAPERJ/CNPq 2003. Valor: R$ 27.600,00 Edital Primeiros Projetos 171 - “Estudo de determinantes moleculares de susceptibilidade de primatas do novo mundo a infecção por lentivírus”. Edital CNPq Universal 2003. Valor: R$ 20.000,00 Elizabeth S. Machado - “Investigation of the role of Integrin alfa4beta7 in HIV transmission”. Intramural NIH Grant 2008. Valor: US$ 60,000.00 (Colaboradora) - “Fatores associados à ocorrência de dengue grave: da assistência e ambiente à imunologia e genética”. Edital FAPERJ Apoio ao Estudo de Doenças Negligenciadas e Reemergentes – 2008 (Colaboradora) - “Mutações de resistência em gestantes HIV+ que fizeram uso de anti-retrovirais durante a gestação”. Edital FAPERJ APQ-1 2006. Valor: R$ 16.500,00. - “Transmissão materno-infantil de sífilis e diferentes subtitpos do HIV-1 na Região Sul e Sudeste do Brasil: fatores preditivos e momento da transmissão vertical”. Edital CNPq PQ 10/2005 – Bolsa de Produtividade em Pesquisa. Gulnar Azevedo e Silva - CNPq – Produtividade em Pesquisa “Fatores de risco e prognósticos para câncer” - FAPERJ Modalidade APQ1 “Sobrevida e fatores de risco para câncer de próstata em pacientes assistido em Serviço Especializado no Rio de Janeiro - CNPq – Edital Universal “ Fatores associados ao risco de progressão para o câncer do colo do útero e lesões precursoras em mulheres residentes em municípios da Baixada Fluminense”. - Empresa GSK – Prevalência de HPV e fatores associados em mulheres de comunidade do Rio de Janeiro. Cibele Rodrigues Bonvicino - Estudos filogenéticos e geográficos em Thrichomys (rodentia: echimyidae), com ênfase nas espécies envolvidas no ciclo silvestres de tripanosomíases". Universal CNPq. Valor: R$19.900 (2003). - Estudos taxonômicos filogenéticos e populacionais em membros do gênero Cebus (Primates). Edital Universal do CNPq. Valor: R$19.900 (2005). - Estudos taxonômicos, populacionais, geográficos e evolutivos em membros do gênero Aotus (Primates)". Edital Universal do CNPq. Valor: R$26.000,00 (2006). 172 - Retinoblastoma: estudos moleculares das alterações cromossômicos". Situação: aprovado. FAPERJ. Valor: R$12.000,00 (2006). Liz Maria de Almeida - “Estudo dos fatores que influenciam o seguimento das mulheres que realizam o exame preventivo para o câncer do colo do útero na rede SUS no município do Rio de Janeiro” – FAPERJ R$ 43.000,00.- - Global Health Professional Students Survey. Organização Pan-Americana da Saúde Estudos financiados desde 2006. R$ 20.000,00 - Global Youth Tobacco Survey. Organização Pan-Americana da Saúde Estudos financiados desde 2004. R$ 48.000,00 Valeska Carvalho Figueiredo Epidemiology & Intervention Research for Tobacco Control. International and Health Research & Capacity Building. The Study in Brazil. Financiado pelo Institute for Global Tobacco Control, Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health com recursos do Fogarty International Center do National Institute for Health dos Estados Unidos da América, 2004-2007. R$: 54.000,00 - Secondhand Smoke Exposure in Non-smoking Women and Children. The Study in Brazil. Financiado pelo Institute for Global Tobacco Control e pelo Department of Environmental Health Sciences, Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, 2006. R$ 10.000,00 - Custo da atenção médica de doenças atribuíveis ao tabagismo em quatro países da América Latina. O estudo do Brasil. Financiado pela Organização Pan-Americana da Saúde 2004-2006. R$ 69.000 Silvana Rubano Turci Condições de vida, saúde e trabalho dos fumicultores do Brasil. Inquérito Domiciliar sobre as condições de saúde e trabalho da população de Paraíso do Sul. Financiado pelo Fundo Nacional de Saúde. 2006-2008. R$ 300.000,00 Tânia Maria Cavalcante Promoção de Ambientes Livres de Tabaco. Bloomberg Global Initiative to Reduce Tobacco Use Foundation 2008. R$ 908.000,00 Cristiane Ferreira Vianna Beliefs, Values and attitudes of Brazilian lawmakers towards the Framework Convention on Tobacco Control. International Development Research Centre Research for International Tobacco Control, 2004. R$ 10.000,00 173 Rosane Vianna Jorge - Pensa-Rio 2008 (FAPERJ:Pesquisador Colaborador: projeto BASES CELULARES E MOLECULARES DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA EM DOENÇAS INFECCIOSAS E CÂNCER: IDENTIFICAÇÃO DE BIOMARCADORES E NOVOS ALVOS TERAPÊUTICO – Pesquisador responsável: Patrícia Torres Bozza) - APQ-1 (FAPERJ: Pesquisador Responsável, processo: E-26/ 170.721/ 2007) - Edital Neoplasias 2006 (CNPq: Pesquisador Colaborador, processo 400997/2005-3, Pesquisador Responsável: Carlos Gil Ferreira) - APQ-1 (FAPERJ: Pesquisador Responsável, processo: E-26/ 170.184/ 2005) Miguel Ângelo Martins Moreira - Polimorfiosmos, Metilação e Padrão de Expressão Gênica na Resistência Drogas em Leucemias. FAPERJ. Valor: R$28.800,00 (2008). - Identificação de Alterações e Metilação no Promotor do Gene BRCA1 em Pacientes com Câncer de Mama e/ou Ovário Hereditários. FAPERJ. Valor: R$ 12.000,00 (2005). - Desenvolvimento de Resistência ao STI571 em Leucemia Mielóide Crônica. FAPERJ. Valor: 19.300,00 (2003). Marcelo Alex de Carvalho - APQ-1 (FAPERJ - 2006: Pesquisador Responsável) Cristina Hoffer: - “Oportunidades Perdidas para a Prevenção da Transmissão Vertical do HIV no Rio de Janeiro” Edital Ministério da Saúde DST/AIDS e UNESCO, Chamada TC 285/ 2007 (Coordenadora). - “Avaliação de fatores neonatais associados com a morbi/mortalidade pelo HIV no Rio de Janeiro”. Edital CNPq Chamada Mobi-Mortalidade Materno-Infantil – 036/ 2004 (Coordenadora). Luiz Claudio Thuler - Instituto Avon/2003 - Rastreamento para o câncer de mama por meio do exame clínico: projeto piloto no Estado do Mato Grosso do Sul Marise Souto Rebelo 174 - INCA/ Fiocruz: Acesso à assistência oncológica – mapeamento de fluxos origem-destino. Linha Temática: Avaliação de modelos de atenção em pacientes com câncer de mama e colo de útero. - Cepesq/INCA: Geoprocessamento em Câncer no Município do Rio de Janeiro no período entre 1995 e 1998, a partir da base de dados do Registro de Câncer de Base Populacional do Município de Rio de Janeiro - RCBP - RJ Linha Temática: Vigilância do Câncer e de Fatores de Risco - Cepesq/INCA: Estudo de sobrevida para tumores selecionados em pacientes atendidos no Instituto Nacional de Câncer - Rio de Janeiro Linha Temática: Estudos Prognósticos em Câncer - UERJ: Estudo Pró-Saúde - ELSA: Estudo Longitudinal da Saúde do Adulto – MS - CENEPI/MS: Projeto Centro Colaborador INCA/ CENEPI INTERAÇÕES LOCAIS E INTERNACIONAIS Moyses Szklo Johns Hopkins University Sergio Koifman Interações Locais: Grupo de Pesquisa em Oncologia Ginecológica – Instituto Nacional do Câncer Maria do Socorro Pombo de Oliveira Interações Locais: Alexandre Apa2, Jozina Aquino1, Alejandro Mauricio Arancibia12, Flávia Nogueira Araújo1, Rosania Maria Basegio16, Silvia R. Brandalise3, Lilian Burlemaqui1, Eni Guimarães Carvalho4, José Carlos Córdoba5, Virginia M. Coser6, Imaruí Costa, Maria Lydia D’Andrea14, Tereza Cristina Cardoso Fonseca17, Mônica Lankszner15, Maria Lucia de Marino Lee8, Luis Fernando Lopes10, Carmen M. Mendonça10, Núbia Mendonça1, Flávia Nogueira1, Waldir Pereira7, Vitória P. Pinheiro5, Elisângela Ribeiro13, Terezinha J M Salles9. 1. Sociedade de Oncologia da Bahia, Salvador-Bahia; 2. Centro de Pesquisa e Serviço de Hematologia - Instituto Nacional de Câncer, Rio de Janeiro; 3. Centro 175 Infantil de Investigações Hematológicas D. Boldrini, Campinas, São Paulo; 4. Hospital Martagão Gesteira, Salvador-Bahia; 5. Hospital de Apoio Brasília, Unidade de Onco-Hematologia Pediátrica, Brasília, DF; 6. Departamento de Hematologia, Universidade Federal de Santa Maria- Rio Grande do Sul; 7. 8. Instituto de Oncologia Pediátrica-GRAAC, São Paulo, São Paulo; 9. Hospital Oswaldo Cruz, CEON, Recife, Pernambuco; 10.Hospital de Câncer, AC Camargo, São Paulo, São Paulo; 12. Hospital Santa Marcelina, São Paulo, São Paulo; 13. Associação de Combate ao Câncer em Goiás, Hospital Araújo Jorge, Goiás, Goiânia; 14. Hospital Infantil Darcy Vargas, São Paulo, São Paulo; 15. Hospital Bom Jesus – ISPON, Ponta Grossa, Paraná; 16. Hospital Regional de Mato Grosso do Sul Rosa Pedrossian, Campo Grande, Mato Grosso do Sul;17. Santa Casa de Misericórdia– Hospital Manoel Novaes, Itabuna, Bahia. Interações Internacionais: -Anthony Ford,Ph.D e Mel Greaves, Ph.D- Institut of Cancer Research-UK através de intercâmbios com formação de recursos humanos e desenvolvimento de projetos em leucemias; -Ralph Marchleck, Ph.D e Clauss Mayer, Ph.D- Diagnostikzentrum für Akute Leukämie (DCAL) Frankfurt- Alemanha, colaboradores com finalização das analises de identificação de parceiros do gene MLL através de clonagem; -Giovanni Casagniga,Ph.D e Andréa BiondiM.D., Ph.D- Fundazioni Tettamanti: através de intercâmbios com formação de recursos humanos na abordagem de SNP arrays nos projetos de leucemias agudas linfoblasticas; -Joseph Wielmels,Ph.D - Associate Professor Laboratory for Molecular Epidemiology UCSF: através de intercâmbios com formação de recursos humanos com elaboração e desenvolvimento de projetos referentes a fatores etiopatológicos das neoplasias pediatricas; -Patrícia Buffler,Ph.D- Professor of Epidemiology and Dean Emerita Kenneth and Marjorie Kaiser Endowed Chair University of California, Berkeley School of Public Health - Division of Epidemiology: coordenadora do Childhood Leukemia International Consortium e colaboradora nos desenhos de estudos epidemiologicos referentes a epidemiologia-molecular. 176 Gulnar Azevedo e Silva Instituto de Biologia da UERJ, Instituto Ludwig de Pesquisa em Câncer, Departamento de Medicina Preventia-USP, IARC Marcelo Alves Soares Departamento de Genética; Laboratório de Virologia Humana – Inst. Biologia – UFRJ. Elizabeth Stankiewicz Machado Interações Locais: Programa de Assistência Integral à Gestante soropositiva (Hospital Universitário Clementino Fraga Filho); Hospital dos Servidores do Estado– RJ; Interações Internacionais: Dr. Anthony DeVico (Institute of Human Virology, Baltimore, USA); NISDI Longitudinal Study in Latin American Countries (LILAC) – Niaid – NIH. Liz Maria de Almeida WHO/CDC – Global Tobacco Surveillance System OPAS - Brasília Rosane Vianna Jorge Interações Locais Insitucionais: Programa de Farmacologia – INCA; Programa de Pesquisa em Farmacologia Celular e Molecular – Instituto de Ciências Biomédicas/UFRJ; Rede Nacional de Farmacogenética/Farmacogenômica Interações Locais Pessoais: Guilherme Suarez Kurtz – INCA; Edson Rondinelli IBCCF/UFRJ; Patrícia Torres Bozza – FIOCRUZ; Carlos Gil Ferreira – INCA Tania Cavalcante Secretaria Executiva da Comissão Inter-ministerial para Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (FCTC). Representação do Ministério da Saúde na Comissão Inter-governamental para Controle do Tabaco no Mercosul a Países Associados. Coordenação da Rede Ibero Americana do Controle do Tabaco. Coordenação da Rede Por um Mundo sem Tabaco. 177 Valeska Carvalho Figueiredo Institute for Global Tobacco Control – Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Organização Panamericana da Saúde “International Tobacco Control Policy Evaluation Project”, Universidade de Waterloo, Canadá Cristina de Abreu Perez “International Tobacco Control Policy Evaluation Project”, Universidade de Waterloo, Canadá Rede Ibero Americana do Controle do Tabaco Cristiane Vianna Secretaria Executiva da Comissão Inter-ministerial para Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (FCTC). “International Tobacco Control Policy Evaluation Project”, Universidade de Waterloo, Canadá Rede Ibero Americana do Controle do Tabaco Silvana Rubano Turci Coordenadores Estaduais de Saúde do Trabalhador de municípios fumicultores Gutemberg Leão de Almeida Filho Serviço de Ginecologia da UFRJ PARTICIPAÇÃO EM PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO Moyses Szklo Programa de Pós-graduação Saúde Pública IESC – UFRJ (conceito 4) Sergio Koifman Programa de Pós-graduação Saúde Pública e Meio Ambiente da Escola Nacional de Saúde Pública – Fiocruz (conceito 6). 178 Maria do Socorro Pombo de Oliveira Programa de Pós-graduação em Oncologia – INCA (conceito 5). Gulnar Azevedo e Silva: Programa de Pós-graduação em Oncologia – INCA (conceito 5). Pós-graduação em Saúde Coletiva do Instituto de Medicina Social – UERJ (conceito 5) Marcelo Soares Programa de Pós-graduação em Genética – UFRJ (conceito 6). Programa de Pós-graduação em Modelagem Matemática e Computacional, Ênfase em Bioinformática - LNCC-MCT (conceito 5). Elizabeth Machado Programa de Pós-graduação em Doenças Infecciosas e Parasitárias (UFRJ) Programa de Pós Graduação em Genética – UFRJ (conceito 6). Cibele Rodrigues Bonvicino Programa de Pós-graduação em Genética – UFRJ (conceito 6). Programa de Pós-graduação em Bioquímica e Biologia Molecular FIOCRUZ (conceito 6) Liz Maria de Almeida Programa de Pós-graduação em Oncologia – INCA (conceito 5). Rosane Vianna Jorge Programa de Pós-graduação em Oncologia – INCA (conceito 5). Programa de Pós-graduação em Farmacologia e Química Medicinal - UFRJ (conceito 4) Valeska Carvalho Figueiredo Programa de Pós-graduação em Oncologia - (INCA) (conceito 5) Mirian Carvalho de Souza Programa de Pós-graduação em Oncologia - (INCA) (conceito 5) 179 Luís Felipe Leite Martins Programa de Pós-graduação em Oncologia - (INCA) (conceito 5) Miguel Ângelo Martins Moreira Programa de Pós-graduação em Oncologia – INCA (conceito 5). Programa de Pós-graduação em Genética – UFRJ (conceito 6). Marcelo Alex de Carvalho Programa de Pós-Graduação em Biofísica – UFRJ (conceito 7) Programa de Pós-graduação em Oncologia – INCA (conceito 5). Beatriz de Camargo Programa de Pós-Graduação em Ciências Fundação Antonio Prudente-São Paulo (conceito 7) Programa de Pós-Graduação em Ciências em Oncologia da Universidade de São Paulo (conceito 5) Rinaldo Wellerson Pereira Programa de Pós-Graduação em Ciências Genômicas e Biotecnologia - Universidade Católica de Brasília – UCB (conceito 5) Luiz Claudio Santos Thuler: Pós Graduação em Neurologia – UNIRIO (conceito 4) Pós Graduação em Oncologia – INCA (conceito 5) CONTRAPARTIDA INSTITUCIONAL INCA: O INCA é o órgão do Ministério da Saúde (MS), responsável por desenvolver e coordenar ações integradas para a prevenção e controle do câncer no Brasil. O regimento do MS, aprovado pelo Decreto Presidencial n° 109 de 2 de maio de 1991 e reafirmado pelos Decretos Presidenciais n° 2.477 de 28 de janeiro de 1998 e n° 3.496 de 1º de junho de 2000, dá ao INCA, dentre outras, a competência de "coordenar, programar e realizar pesquisas clínicas, epidemiológicas e 180 experimentais, em cancerologia". Nesse sentido, os procedimentos adotados para a implantação de um plano de desenvolvimento da infra-estrutura institucional de pesquisa compreenderam a construção de um novo Centro de Pesquisa inaugurado em Dez de 2002, onde se encontram (a) O Serviço de Pesquisa Clínica, (b) a Divisão de Farmacologia, (c) a Divisão de Genética, (d) a Divisão de Biologia Celular, (e) a Divisão de Medicina Experimental, (f) o Biotério, (g) Banco Nacional de Tumores e DNA, e (h) dependências administrativas. As Divisões do Centro de Pesquisa contam com infraestrutura geral de laboratório e dispõem de equipamentos tais como seqüenciador automático ABI-Prism 377 para 64 amostras, dHPLC, e termocicladores básicos (14 unidades para 96 tubos cada), e para PCR em tempo real (Applied Biosystems 7500), , centrifuga de placas refrigerada (2), freezer a -80o C (dois freezers), um sistema de criopreservação de amostras para 10.000 amostras. Além disso, o INCA conta com os seguintes serviços: manutenção de equipamentos, Nitrogênio líquido para armazenamento de amostras, material plástico descartável (ponteiras, tubos de polipropileno), reagentes gerais de uso comum (Tris, EDTA, Agarose, criotubos, etc). Outra estrutura de apoio fundamental é uma unidade de coleta de sangue de pacientes e doadores sadios que funciona a partir de uma parceria entre o Serviço de Pesquisa Clínica e a Divisão de Farmacologia do INCA. Essa estrutura conta com sala de coleta, enfermeiras de pesquisa, centrífuga, refrigeradores e freezers. A existência dessa estrutura garante conforto aos indivíduos durante a coleta do sangue. Finalmente, outro ponto facilitador do INCA é a experiência do Comitê de Ética na análise de projetos que envolvam amostras humanas. O INCA conta ainda com um Programa de Pós-Graduação em Oncologia e um Programa de Formação de Recursos Humanos para Pesquisa. Além do apoio financeiro e das bolsas de pós-graduação do CNPq e da CAPES, tais programas contam também com um sistema interno de bolsas oferecidas pelo Ministério da Saúde, o que amplia a capacidade de atração de estudantes e de formação de pessoal especializado nas diferentes áreas de pesquisa em oncologia. ENSP/Fiocruz: Colaboração nas atividades de implementação e análise dos resultados dos estudos. 181 Laboratório de Virologia Humana (LVH) da UFRJ: possui toda a infra-estrutura necessária para o processamento e posterior análise molecular das amostras clínicas de HPV do sub-projeto proposto. O laboratório conta com um ambiente P2A separado, com duas câmaras de fluxo laminar, microscópio de fluorescência, ultrafreezer a -80oC, centrífuga refrigerada, incubadora de CO2 e tanques de N2 líquido. Este ambiente é mais do suficiente e requerido para o processamento de amostras HPV- e HIV-positivas. No ambiente de Biologia Molecular, o laboratório conta com 4 máquinas de PCR e um seqüenciador automático de DNA (em uma sala separada do laboratório principal), e um outro seqüenciador mais moderno no Departamento, de caráter multi-usuário. O laboratório tem todos os pequenos equipamentos necessários, como cubas de eletroforese, micropipetas, reagentes e kits de Biologia Molecular. Assim, o laboratório está apto a executar com segurança todas as etapas moleculares requeridas ao projeto de pesquisa proposto. No que tange o acompanhamento clínico e laboratorial das pacientes, o IPPMG já dispõe de toda a infra-estrutura e logística necessárias a estas tarefas. De fato, as pacientes serão atendidas e acompanhadas de acordo com o cronograma regular do serviço. Da mesma forma, os exames laboratoriais pré-natais e complementares, como ultrassom, serão disponibilizados pelo serviço como contrapartida. Igualmente, os exames para acompanhamento da infecção pelo HIV (contagem de CD4, carga viral) também serão disponibilizados como contrapartida da Instituição, não sendo inseridos nos custos do projeto. Na parte de recursos humanos, vale ressaltar que o tempo dedicado do Prof. Marcelo Soares e de seus técnicos e alunos de graduação e de PG, e da Dra. Machado e de todos os residentes, enfermeiras, assistentes sociais, etc, devem ser considerados como contrapartida institucional para a execução do projeto. ================================================================ 182 TEMA 5:TRANSFERÊNCIA DE CONHECIMENTO PARA O GOVERNO E A SOCIEDADE AVANÇOS NO CAMPO DO ENSINO E GESTÃO DO CONHECIMENTO EM CÂNCER O Instituto de Ciência e Tecnologia em Câncer se propõe a realizar atividades que propiciem um avanço de iniciativas em curso nas instituições aqui associadas e que podem ganhar sinergia com essa interação através do Instituto. Além dos resultados científicos que poderão ser incorporados ao SUS, as diferentes áreas técnicas no campo do ensino lato sensu e de comunicação poderão se fortalecer com essa iniciativa, gerando impacto para os serviços de saúde e para a sociedade, além . Sub-projeto 1: Curso de Especialização para Enfermagem em Pesquisa Clínica na Área de Oncologia semi-presencial A pesquisa clínica em câncer carece de infra-estrutura e pessoal especializados. O INCA vem há dois anos formando profissionais em enfermagem de pesquisa clínica, com enfoque mais local e loco-regional. Usando tecnologias de informação, comunicação e instrumentos de telemedicina dentro da Rede RUTE, nossa proposta objetiva ampliar o Curso de Especialização para Enfermagem em Pesquisa Clínica na Área de Oncologia, adaptando-o ao modelo semi-presencial, onde apenas o módulo de práticas aconteceria no INCA, favorecendo o acesso de profissionais de outros estados e a dinamização da iniciativa que responde a uma demanda clara dos centros de pesquisa clínica em oncologia. Objetivos 1. Identificar capacidade instalada de 100% das instituições parceiras como usuários de práticas para o curso semi-presencial de enfermagem em pesquisa em EAD 2. Definir as estratégias de articulação teoria/prática no desenho da iniciativa semi-presencial de forma a empregar a totalidade da capacidade instalada para a formação de enfermeiros em nível de especialização 183 3. Desenvolver curso semi-presencial com apoio de tutores qualificados para as atividades Meta Quantitativa 1. Oferecer anualmente o curso semi-presencial de Especialização para Enfermagem em Pesquisa Clínica para todos os integrantes do Instituto envolvidos no sub-grupo de ensaios clínicos a partir de 2009 2. Ampliar em 50% a oferta de vagas para o curso e oferecer a outras instituições no país, a partir de 2010 Sub-projeto 2: Atenção Oncológica na Rede RUTE A utilização plena da Rede Universitária de Telemedicina (RUTE) pelos parceiros institucionais ampliará o potencial dinamizador da rede de pesquisa. A possibilidade de uso de imagens em alta resolução, o compartilhamento de sessões clínicas e científicas por meio da utilização de tecnologias de informação e comunicação, poderão conferir maior conectividade e integração às instituições de ensino e pesquisa participantes. O INCA dispõe hoje de aparelhos de videoconferência e organização de infra- estrutura básica para ocupar o lugar de pólo articulador no campo da pesquisa em câncer no país. Objetivos 1. Identificar o grau e potencial de conectividade de 100% das instituições parceiras 2. Construir a agenda semestral de eventos compartilhados por tecnologia da informação/comunicação, de forma a conferir: (i) sinergia e complementaridade às iniciativas de qualificação e desenvolvimento de recursos humanos para pesquisa (ii) facilitar a comunicação e decisões colegiadas em ambiente virtual (iii) dinamizar a cultura de construção de comunidades virtuais 184 Metas Qualitativas 1. Estabelecer um canal regular de comunicação entre os grupos de pesquisa, fazendo a interface entre as instituições através da Rede RUTE Sub-Projeto 3: Mineração de Competências para Análise Espaço-Temporal da Pesquisa em Câncer no País Muitas informações contidas em documentos ou planilhas estáticas, quando devidamente analisados e processados por técnicas automatizadas, permitem gerar conhecimentos que auxiliarão e orientarão a tomada de decisão por diferentes atores envolvidos em determinado tema. A técnica de Mineração de Textos (Text Mining) é um processo utilizado para extrair padrões ou conhecimento, interessantes e não-triviais, a partir de documentos textuais http://ww.ewastrategist.com/papers/text_mining_kdad99.pdf), (TAN, 1999 tratando as informações de forma a apresentar ao usuário algum tipo de conhecimento útil e novo evitando uma procura artesanal e demorada. A pesquisa oncológica, embora possa ter identificação de seus grupos na plataforma Lattes do CNPq, não permite ao usuário uma análise sistematizada e objetiva dos dados ali presentes. Na busca pela abordagem multidisciplinar ao câncer, organizando os pesquisadores em redes, onde a complementaridade de expertises e de infra-estrutura tecnológica são fundamentais, a implantação de uma plataforma de pesquisa em câncer utilizando a mineração de textos e planilhas mostra-se bastante estratégica. Objetivos 1. Avaliar e mensurar competências individuais, de um grupo de pesquisa, setor, departamento, organização ou rede de colaboração em câncer no país, bem como suas especializações e distribuição geográfica. 2. Avaliar pontos fortes e fracos, ameaças ou oportunidades no campo técnicocientífico em câncer. 3. Auxiliar o planejamento estratégico de instituições de pesquisa e agências de fomento, gerando dados para tomada de decisões no financiamento à pesquisa, interações entre grupos de pesquisadores, formação de redes, 185 criação de novas áreas de pesquisa em câncer, com otimização de aplicação de recursos financeiros. 4. Auxiliar estratégias de homogeneização do mercado de trabalho e da produção científica no país. Meta Quantitativa 1. Criar um instrumento de Identificação automática ou semi-automática de competências científicas na área do câncer através da mineração a partir dos indicadores de produção científica, disponibilizando-a para a comunidade científica e gestores. Referência TAN, A. (1999). In: Pacific-Asia Workshop on Knowledge Discovery from Advanced Databases – PAKDD´99, p.65-70, Beijing, April 1999. Disponível em http://www.ewastrategist.com/papers/text_mining_kdad99.pdf. Sub-projeto 4: Projeto de Comunicação para o Instituto de Ciência e Tecnologia em Câncer Implementar um Programa de Comunicação em Câncer dentro do âmbito do Instituto de Ciência e Tecnologia com o intuito de desmistificar a doença que ainda carrega muito estigma e preconceito. A comunicação em saúde é uma forma de democratizar a informação de ciência e tecnologia produzida no país, contribuindo para a discussão de alguns dos problemas da nossa sociedade. Sendo assim, o campo da divulgação científica pode se configurar num excelente instrumento para circulação de informação, seja ela dentro da própria comunidade científica ou para o público leigo, e fortalecimento da pesquisa nacional. Objetivos 1. Aumentar a comunicação entre os grupos de pesquisa que integram o projeto e a interação entre outros grupos de pesquisa em câncer 186 2. Aumentar a interface com a mídia que trabalha na área de saúde e com a sociedade, aumentando o acesso ao conhecimento sobre o câncer Metas Quantitativa 1. Criar um veículo de comunicação eletrônica entre os membros do Instituto de C&T em Câncer e outros grupos de pesquisa em câncer no país. 2. Criar um ambiente na Internet de divulgação, que municie os jornalistas rotineiramente com informações sobre as pesquisas em andamento, aproximando os pesquisadores da mídia e da sociedade através de ações de comunicação. Experiência na área de Ensino e Gestão do Conhecimento Eliana Claudia de Otero Ribeiro, possui graduação em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1975), mestrado em Saúde Pública - Harvard University (1981) e doutorado em Saúde Coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2003). Atualmente é coordenador de ensino e divulgação científica do Instituto Nacional de Câncer e professor adjunto da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Recursos Humanos em Saúde, atuando principalmente nos seguintes temas: educação médica, formação de recursos humanos em saúde, formação docente, educação permanente em saúde. Antonio Augusto Gonçalves, possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1985), mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1990) e doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2004). Atualmente é professor adjunto da UNESA e Gerente de Sistemas do Instituto Nacional do Câncer. Tem experiência na área de Administração, com ênfase em Tecnologia de Informação, atuando principalmente nos seguintes temas: teoria das restrições, simulação computacional e sistemas de informações. Seu foco de atuação é investigar as práticas empresariais utilizadas para a transformação de conhecimento 187 em tecnologia, e seu aproveitamento em inovações de produtos e processos. Áreas temáticas: criação de conhecimento, transferência de conhecimento, ambientes indutores de criação e transferência de conhecimento, gestão de tecnologia (desenvolvimento e aquisição), gestão do processo de inovação, captura e proteção de conhecimento organizacional, aprendizado organizacional. Claudia Jurberg, possui graduação em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1987) e doutorado em Educação, Gestão e Difusão em Biociências pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2000). Atualmente é tecnologista da Fundação Oswaldo Cruz, jornalista da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde coordena o Núcleo de Divulgação do Programa de Oncobiologia. Jornalista correspondente do Bulletin da Organização Mundial da Saúde e do site Intellectual Property Watch. Colaboradora na área de assessoria de imprensa da Academia Nacional de Medicina e também da Federação de Sociedades de Biologia Experimental. Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em jornalismo científico, câncer, propriedade intelectual, saúde pública e biociências. Valdelice Oliveira Santos, enfermeira do INCA, docente do curso de Especialização para Enfermagem em Pesquisa Clínica na Área de Oncologia. 188 ORÇAMENTO 1- CAPITAL (Equipamentos Solicitados) EQUIPAMENTO 1 - Câmera MegaView 3 de alta resolução para aplicações de microscopia eletrônica de transmissão, com câmara CCD e adaptador para o microscópio eletrônico de transmissão (01 Unidade) 2- Câmera digital de alta resolucao Axiocam mrc 5 color resolucão: 646 x 484 / 861 x 645 / 1292 x 968 / 2584 x 1936 pixels mid range color, 5 megapixels, 2/3" ccd, spectro: 400 a 710nm com software de aquisição incluso peltier refrigeraçao, conexao firewire / ieee1394 com socket de 6 pinos (400 mbits/s), para adaptação no microscópio de fluorescência (01 unidade) 3- Computador 625 W, 64 Bits, Processador Intel Core Duo E6850 (3Ghz.4, Windows Vista, 2 GB de memória DDR2, Placa gráfica NVIDIA NVS 290, 256 Mb, SATA-1 disco-Sem RAID, Disco rígido de 320 Gb SATA 3.0 Gb/s com NCQ 2 16 Mb Data Burst Cachê e monitor DELL 19 Pul. E198AP, Tela plana analógica, e demais acessórios, para ser adaptado junto à câmara MegaView 3 do microscópio eletrônico (01 unidade) VALOR TOTAL (R$) 57.600,00 16.248,00 4.382,00 4- Cuba de transferência semi-seca (01 unidade) 6.000,00 5- Câmera de alta sensibilidade digital para microscópio 32.000,00 6- Leitor óptico para PCR em Tempo Real adaptável a termociclador modelo PTC200 – Bio-Rad 30.000,00 7- Termomixer eppendorff para tubos de 1,5 ml 8- Dois (02) Citometros de fluxo FACscalibur, com dois lazers, 4 cores, 6 parametros para análise de fluorescência. 9- Real Time PCR–Termociclador em tempo real para quantificação de DNA para 96 tubos de 0,2 ml ou placas de 96 poços 9.000,00 400.000,00 10- Termociclador para placas de 96 poços com gradiente de temperatura (02 unidade) 48.000,00 11- Sistema p/ eletroforese vertical BioRad (Mini Protean) (01 unidade) 5.300,00 12- Sistema de Transf. Semi-Seco BioRad (01 unidade) 4.800,00 55.190,00 13- Homogenizador de tecidos (01 unidade) 1.580,00 14-Espectrofotômetro Nanodrop para pequenos volumes (01 unidade) 15- Analisador Agilent Analyser (01 unidade) 16.000,00 16- Concentrador de amostras Speed-Vac com trap para solvente orgânico (01 unidade) 20.000,00 17- Ultra Centrifuga Refrigerada (01 unidade) 120.000,00 18- Knife maker 12.000,00 19- Leitor de Elisa (01 unidade) 20- Dois (02) Reguladores de mergulho (1º e 2º estágios) 45.000,00 21- Dois (02) Consoles de mergulho com manômetro e bússola 1.600,00 22- Dois (02) Computadores de mergulho 2.600,00 23- Um (01) Cabo para transferência de dados e programa para compilacão do histórico de mergulho 40.000,00 3.000,00 500,00 24- Uma (01) Câmera fotográfica digital e caixa estanque para uso submarino 2.000,00 25- Um (01) Microscópio de campo (01 unidade) 2.000,00 26- Um (01) freezer a -80C (01 unidade) 60.000,00 27- Colposcopio (01 unidade) 15.000,00 28- Computadores PALM-Top (06 unidades) 7.800,00 TOTAL 1.017.600,00 Justificativa para os itens solicitados: Itens 01 a 04 – Os itens solicitados visam equipar adequadamente o laboratório da Divisão de Biologia Celular do Instituto Nacional de Câncer, servindo como acessórios de equipamentos já existentes (como microscópio eletrônico e microscópio de fluorescência) ou para aumentar a capacidade de processamento de amostras. São equipamentos multi-usuários. 189 Itens 05 – O item solicitado será utilizado como acessório de equipamento já existente (microscópio de fluorescência) presente no Laboratório de Imunofarmacologia, Dept. Fisiologia e Farmacodinâmica. Equipamento multi-usuário. Item 06 – Componente de PCR em Tempo real adaptável a termociclador modelo PCT 200 da Bio-Rad (equipamento localizado na Divisão de Biologia Celular do Instituto Nacional de Câncer), destinado a atender à necessidade crescente de análises quantitativas de expressão gênica (RNA). Equipamento multi-usuário. Item 07 – Aumentar a capacidade de processamento de amostra. Item a ser alocado na Divisão de Pesquisa Clinica do Instituto Nacional de Câncer. Item 08- Dois citômetros destinados a equipar os Laboratórios de Pesquisa sobre o Timo da FIOCRUZ e de Imunoreumatologia Instituto de Pesquisas Biomédicas, PUC-RS, com a finalidade de agilizar o processamento de amostras, fundamental para o desenvolvimento das linhas de pesquisa vinculadas a este projeto. Equipamento multi-usuário. Item 09- Equipamento destinado a aumentar a capacidade de processamento de amostras para identificação de polimorfismos a ser alocado na divisão de Medicina Experimental do INCA. Item 10- Equipamentos necessários para aumentar a capacidade de processamento de amostras dos laboratórios da Divisão de Genética e da Divisão de Medicina Experimental do Instituto Nacional de Câncer. Equipamentos multi-usuários. Item 11 e 12- Equipamentos destinados a aumentar a capacidade de processamento de amostras de géis de proteínas na Divisão de Farmacologia do Instituto Nacional de Câncer. Item 13 e 14- Itens a preparação de amostras para experimentos de microarranjos para análises de expressão gênica a ser alocado na Divisão de Medicina Experimental do Instituto Nacional de Câncer. Destinado ao processamento de amostras para detecção de marcadores. Item 15- Item destinado a aumentar a capacidade de processamento de amostras. Item 16- Item destinado a concentração de amostras para experimentos de proteômica, a ser alocado no Centro de Transplante de Medula do Instituto Nacional de Câncer. Item 17 a 19- Equipamentos destinados a processamento de amostras a serem alocados no Laboratório de Pesquisa em Sistema Urogenital da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Item 20 a 25-Equipamentos destinados ao Laboratório de Poríferas do Museu Nacional (Universidade do Rio de Janeiro) destinado a coleta de amostras biológicas. Item 26- Item destinado a equipar o laboratório do Grupo de Química Orgânica de Produtos Naturais da Universidade de São Paulo-São Carlos, destinado a preservação de amostras processadas. Item 27- Equipamentos necessários a entrevistas para coletas de dados epidemiológicos a serem alocados nos diferentes centros para coletas de amostras para estudos de HPV. 190 2- CUSTEIO ITEM Material de Consumo Diárias Passagens Bolsas TOTAL VALOR TOTAL (R$) 3.775.541,00 147.322,00 213.250,00 846.287,16 4.982.400,16 Os demais itens de custeio (exceção das bolsas) serão distribuídos de acordo com os projetos realizados conforme orçamento encaminhado pelos pesquisadores e distribuídos dentro de quatro dos grandes temas de pesquisa propostos, do seguinte modo: Tema 1: Biologia da célula tumoral: Tema 2: Biomarcadores em câncer Tema 3: Ensaios clínicos em oncologia: base para desenvolvimento e incoporação tecnológica no complexo econômico-industrial da saúde Tema 4: Epidemiologia do câncer no Brasil R$ 815.849,68 R$ 909.089,65 R$ 330.224,87 R$ 534.834,79 O quinto tema (Transferência de Conhecimento para o Governo e Sociedade: Avanços no Campo do Ensino e Gestão do Conhecimento em Câncer) será contemplado com parte das bolsas solicitadas. O valo de R$ 1.546.113,85, referente a 1/3 do valor do projeto (excluindo-se o valor das bolsas), será reservado a decisões do Comitê Gestor, conforme solicitado no regulamento do edital. 191 CONCORDÂNCIA DAS INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES 192 193 194 195 196 197 198 199 200