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PROJETO:
INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA PARA O
CONTROLE DO CÂNCER
COORDENADOR:
HECTOR SEUANEZ
MD, PhD
INSTITUIÇÃO-SEDE:
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Edital No 15/2008
MCT/CNPq/FNDCT/CAPES/FAPEMIG/FAPERJ/FAPESP
INSTITUTOS NACIONAIS DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
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Situação do Câncer no Mundo e no Brasil
O câncer é responsável por mais de 12% de todas as causas de óbitos no
mundo. O número de mortes por câncer em 2007 foi de 7.9 milhões de pessoas e
aumentará para 12 milhões em torno de 2030. A UICC (International Union Against
Câncer) estima que em 2020 haverá 15 milhões de novos casos no mundo. Desses,
53% estariam nos países em desenvolvimento, dentre eles o Brasil.
A carga global do câncer está aumentando rapidamente com um crescimento
conduzido basicamente pelo envelhecimento da população mundial e pela
exposição aos fatores de risco para o câncer. Isso é um resultado direto de grandes
transformações globais das últimas décadas, que alteram a situação de saúde dos
indivíduos, determinados por novos modos de vida e novos padrões de consumo.
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimou que em 2008 haja uma
ocorrência de 466.730 novos casos de câncer no Brasil.
Em 2004 houve o registro de 141 mil óbitos no Brasil e o SUS registrou 423 mil
internações e 1,6 milhão de consultas ambulatoriais por câncer em 2005. Os gastos
federais em assistência oncológica duplicaram entre 2000 e 2004.
A população brasileira sofre mudanças demográficas profundas, e uma fração
cada vez maior se situa hoje em faixa de idade avançada, justamente a mais
atingida pelas formas mais comuns de câncer. Fatores ligados às nossas dimensões
continentais, com suas diferenças regionais evidentes, nossa complexa etnia, assim
como o impacto do desenvolvimento industrial e das mudanças no meio ambiente,
tornam indispensável uma abordagem para o enfrentamento ao câncer no Brasil.
Nesse contexto, o câncer passa a ser considerado um problema de saúde
pública, não só para o mundo desenvolvido, mas sobretudo para as nações em
desenvolvimento. Diante das estimativas é premente que ações para atenção ao
câncer ganhe espaço entre gestores e pesquisadores na área da saúde.
Política de Atenção Oncológica no Brasil
O Ministério da Saúde ciente do seu papel, instituiu a Política Nacional de
Atenção Oncológica (PNAO, PT/GM nº 2439 de 05 de dezembro de 2005), que
sistematiza o enfrentamento ao câncer como problema de saúde pública, doença
identificada como 2ª causa de morte no país, apesar dos esforços anteriores para
seu controle.
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O INCA, órgão do Ministério da Saúde responsável pela PNAO, entende que
“as estratégias de controle do câncer enfrentam problemas que afetam desde os
mecanismos de formulação das políticas de saúde, até a mobilização social,
incluindo a organização e o desenvolvimento das ações e serviços de saúde e as
atividades de geração e difusão de conhecimento” (MS/INCA, 2004).
A PNAO, estruturando-se em redes estaduais e regionais, na lógica da linha
de cuidados progressivos em saúde, busca romper com a organização “em
pirâmide”, propondo a estruturação de uma Rede de Atenção Oncológica (RAO), no
seu mais amplo espectro da atenção ao câncer.
Para atender a esse grande desafio do sistema de saúde no
enfrentamento ao crescente aumento da incidência de câncer, há necessidade de se
agregar um componente de pesquisa ao leque de ações de saúde, bem marcada na
Política Nacional de Atenção Oncológica. A mesma lógica de organização em Rede
passa a ocupar esse cenário científico, foco da presente proposta, que articula
competências em diferentes instituições e regiões do país, complementando a
necessária atuação nos diversos aspectos da história natural da doença.
No incentivo à pesquisa em saúde há que ser considerado o quanto da
produção do conhecimento tem aplicabilidade para a população e o quanto de
inovação e incorporação tecnológicas atingem as ações de saúde da população. A
pesquisa em saúde carece da agregação de tecnologia e inovação. Associar
tecnologia à ciência em saúde pública, ao mesmo tempo em que se caracteriza
como um grande desafio, trará um grande impacto no direcionamento da produção
do conhecimento. A tímida participação da indústria no cenário da pesquisa
brasileira e o baixo número de patentes comparada com a nossa publicação
científica (Morel, 2005) expressa bem o quanto o país precisa investir em tecnologia.
O desenvolvimento de novos fármacos, particularmente em nosso país com a
riqueza da flora terrestre e fauna marinha podem fazer um diferencial na busca do
controle do câncer.
Outro aspecto a ser considerado é a avaliação de tecnologia com vistas à
incorporação no SUS. Nem sempre o conhecimento gerado em outros países com
diferenças étnicas, genéticas, sócio-econômicas e ambientais, se adequa ao perfil
da população brasileira, necessitando portanto de incentivo para avaliação de
incorporação tecnológica. Essas considerações se enquadram bem aos fármacos,
onde a incorporação de tecnologia gerada e/ou avaliada no país é fundamental para
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otimização de recursos públicos em saúde. É necessária a capacitação de
profissionais na área de pesquisa clínica que possam contribuir nesse contexto.
O MAIS-SAÚDE, programa de aceleração do crescimento do Ministério da
Saúde, em seu eixo 3 enfoca o Complexo Industrial da Saúde, priorizando o
financiamento para Redes Tecnológicas, Redes de Pesquisa Clínica, Rede de
Biotérios de alto desempenho e projetos em temas de fronteira com impacto na
indústria e no serviço de Saúde. Nesse contexto o câncer está contemplado e o
programa aponta a criação de Unidades Macro-Regionais de Pesquisa e Ensino em
câncer, coordenadas pelo INCA. Em processo de elaboração, essa proposta vem ao
encontro do presente projeto, onde a sistematização de Rede de Pesquisadores,
onde grupos consolidados se associam a grupos emergentes, permite avaliar e
operacionalizar o embrião dessas Unidades.
O INCA como Instituição-sede
Com o objetivo de melhor desempenhar o seu papel público de órgão
executor, e coordenador da política nacional de controle do câncer no Brasil, o
Instituto Nacional de Câncer tem como Missão realizar ações nacionais integradas
para prevenção e controle do câncer, através da visão estratégica do exercício pleno
do seu papel governamental, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da
população.
O INCA (www.inca.gov.br), instituição com 70 anos de existência, se
caracteriza como uma instituição-referência regional e nacional na atenção
oncológica, com 2400 profissionais voltados integralmente para o controle do
câncer.
Criado inicialmente para realizar atividades assistenciais, foi ao longo dos
anos, incorporando ao seu perfil, ações de prevenção, pesquisa e ensino, que o
habilita a ter um papel relevante para impactar a história natural do câncer nas
várias etapas da sua evolução.
O organograma do INCA compreende sete Coordenadorias, sendo as quatro
primeiras envolvidas diretamente com as atividades-fim da institutição: (i) Prevenção
e Vigilância (CONPREV), (ii) Pesquisa (CPQ), (iii) Assistência (COAS), (iv) Ensino e
Divulgação Científica, (v) Recursos Humanos (vi) Administração (COAD), (vii) Ações
Estratégicas (COAE) e uma Divisão de Comunicação (DCS).
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A tradição do INCA como instituição de ensino e pesquisa sempre esteve associada
à assistência prestada na área de câncer, passando, a partir da promulgação da
Constituição de 1988 e da Lei Orgânica da Saúde, a abranger toda a linha de
cuidados, com Promoção da saúde, Prevenção, Diagnóstico, Tratamento e
Cuidados paliativos em câncer.
Nesse conjunto, surgindo como elemento que unifica e perpassa todos os
níveis da linha do cuidado, a qualidade da gestão em saúde apresenta-se como
outro fator preponderante para o controle do câncer. Para alcançar as inúmeras
dimensões da gestão do câncer no país, ao articular a Rede de Atenção Oncológica,
o INCA adota como estratégia a diversidade de ações e produtos, de modo a
ampliar sua abrangência, para alcançar um máximo de extensão territorial,
buscando chegar a toda sorte de ambientes, equipados ou não, com recursos
tecnológicos.
Essa é a natureza das áreas técnicas do INCA, que atuam em sinergia:
ensino, pesquisa, assistência, prevenção/vigilância e gestão.
Prevenção e Vigilância em Câncer
Além de realizar pesquisa epidemiológica em câncer, o INCA é responsável por
implementar ações de Controle, Prevenção e Vigilância, coordenando as atividades
de:
•
Registro de câncer de base populacional, Registro hospitalar de câncer e
Estimativa de Incidência de câncer no Brasil.
•
Programa Nacional e Rede Ibero-Americana para o Controle do Tabagismo
•
Projeto Expande para instalação de Centros de Alta Complexidade na
assistência ao câncer no país.
•
Programa Nacional do Controle do Câncer de colo de útero e da mama
•
Programa de Qualidade em Radioterapia
Assistência ao Câncer no INCA
A assistência multiprofissional, especializada no tratamento de pacientes com
neoplasia maligna e afecções correlatas, conta com cinco unidades: Hospital do
Câncer I (HC I), Hospital do Câncer II (HC II), Hospital do Câncer III (HC III), Hospital
do Câncer IV (HC IV) e Centro de Transplante de Medula Óssea (CEMO). A área
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responsável planeja e dirige as atividades desse complexo de unidades hospitalares,
nos aspectos de regulação, normas técnicas, faturamento, programas de
humanização e acreditação hospitalar.
As cifras do cuidado ao paciente com câncer no INCA demonstram a
dimensão dessas ações; em 2006 foram 7200 novas matrículas, 254.502 consultas
ambulatoriais, 15119 internações, 11795 cirurgias, 35.966 quimioterapias, 160.407
radioterapias e 83 transplantes de medula óssea (Relatório Anual do INCA, 2006 –
www.inca.gov.br).
O Centro de Transplantes de Medula Óssea, além de realizar pesquisa
através do programa científico Neoplasias Hematológicas e Transplante de Medula
Óssea, sedia o Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea-REDOME, o
Registro Brasileiro de Receptores de Medula Óssea-REREME e centraliza as
consultas aos bancos internacionais de doadores de medula óssea. O Banco de
sangue de cordão umbilical e placentário (BSCUP) foi o primeiro banco público do
país, integrante da Rede Brasileira de Bancos de sangue de cordão umbilicalBRASILCORD, que é coordenado pelo INCA.
Nas unidades hospitalares são desenvolvidas atividades de formação de
recursos humanos especializados e de pesquisa clínica, notadamente
ensaios
clínicos para diversos tipos tumorais. Estão no momento em andamento 63 estudos
clínicos em cânceres de cabeça e pescoço, pulmão, gastrointestinais, genitourinários, mama, pediátricos e hematológicos.
Pesquisa no INCA
Nas ações de pesquisa em câncer o INCA atua como agente ativo para Produção do
Conhecimento e Formação de recursos humanos em Pesquisa, além de
desempenhar atividades como Formulador de Política e Fomentador de pesquisa
em Câncer.
A política de Recursos Humanos do INCA instituiu o Plano de Carreiras de
Ciência e Tecnologia (Lei 8.691/1993), que criou a carreira específica de
pesquisador, que além de possibilitar a admissão de profissionais de saúde
dedicados integralmente à produção do conhecimento, permite a ascensão funcional
por titulação e produtividade.
O planejamento institucional das atividades de pesquisa no Instituto Nacional
de Câncer é realizado pela Coordenação de Pesquisa onde são estabelecidas as
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prioridades institucionais de pesquisa referente a: (i) linhas de pesquisas
estratégicas para a Instituição, (ii) incorporação de pesquisadores, (iii) captação de
recursos, (iv) convênios e colaborações externas, (v) apoio às atividades de Pósgraduação lato sensu e stricto sensu e (vi) política de bolsas de pesquisa, em ação
conjunta com a Coordenação de Ensino e Divulgação Científica.
O INCA apresenta um conjunto de 28 grupos de pesquisa cadastrados na
plataforma Lattes do CNPq, organizados em 10 programas Científicos (Tabela 1) e
integrantes das Redes de Diagnóstico Molecular do Rio de Janeiro/Faperj e da Rede
Nacional de Pesquisa Clínica.
PROGRAMAS CIENTÍFICOS DO INCA
Aconselhamento Genético
Miguel Ângelo Moreira
Biologia Celular
João Viola
Farmacologia
Guilherme Kurtz
Genética
Hector Seuanez
Hemato-oncologia
Raquel Maia
Medicina Experimental
Adriana Bonomo
Neoplasias Hematológicas e
Eliana Abdelhay
Transplante de Medula Óssea
Oncologia e Hematologia
Ma Socorro Pombo de Oliveira
Pediátricas
Pesquisa Clínica
Carlos Gil Ferreira
Pesquisa em Saúde Coletiva
Liz Almeida
Tabela 1: Programas Científicos no INCA com seus respectivos coordenadores.
O modelo de pesquisa no INCA (Figura 1) é voltado para o desenvolvimento
técnico –científico e inovação tecnológica em câncer, buscando contribuir para
aumentar a sobrevida e a qualidade de vida do paciente. Baseado no
estabelecimento de prioridades de pesquisa, é norteado por dados epidemiológicos
relativos aos cânceres que mais impactam o sistema de saúde no país. Atuando nas
áreas básica, translacional, clínica e epidemiológica, através dos seus diferentes
grupos
de
pesquisa,
pesquisa/assistência,
o
INCA
interagir
com
objetiva
grupos
também
de
estabelecer
pesquisadores
integração
nacionais
e
internacionais e contribuir ativamente para a formação de pesquisadores com
capacidade técnica e análise crítica sobre a situação de câncer no país e no mundo.
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Figura 1 : Modelo de Pesquisa do INCA. O esquema integra metas, ações e
estratégias para a produção do conhecimento e formação de recursos humanos em
pesquisa oncológica.
A infra-estrutura de pesquisa do INCA comporta um complexo de laboratórios
de pesquisa, com equipamentos de alta tecnologia, organizados em estruturas multiusuárias, a saber: Unidades de Genômica, Proteômica, Bioinformática, Microscopia
óptica e eletrônica, Banco de Tumores e DNA com Lab. de Patologia Molecular e um
Centro de Recursos Animais para pesquisa experimental em câncer.
O Banco Nacional de Tumores e DNA (BNT) funciona desde 2006 como uma
estrutura que possibilita a coleta e estocagem de amostras tumorais e pareadas
normais, além de sangue de pacientes portadores dos tumores mais prevalentes no
país, agregados a um questionário epidemiológico, que enriquece a qualidade da
amostra. Baseado em critérios éticos e científicos para o fornecimento aos usuários,
dispõe no momento de 5.800 amostras organizadas em sistema informatizado. Está
em processo de expansão através da organização uma rede brasileira de banco de
tumores.
O Centro de Recursos Animais do INCA compreende uma estrutura de 300
m2 dividido em 3 áreas interligadas, com ambientes para criação e produção,
manutenção, quarentena e experimentação animal, incluindo cirurgia experimental.
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Com recursos captados em 2008 está em elaboração um banco de embriões de
animais experimentais e um Laboratório NB3 para experimentos em terapia gênica.
A Divisão de Pesquisa Clínica comporta uma ampla infra-estrutura para
acompanhamento, monitoria e gerenciamento dos ensaios clínicos realizados no
INCA, fazendo parte da Rede Nacional de Pesquisa Clínica.
O Comitê de Ética em Pesquisa permite a qualidade ética e científica dos
trabalhos desenvolvidos na instituição.
Como formulador da política de pesquisa em câncer, o INCA organizou o
seminário de prioridades de pesquisa em câncer em 2005, numa ação conjunta
como o Departamento de Ciência e Tecnologia/MS e o CNPq, que gerou um edital
de financiamento para neoplasias com recursos no valor de 6,3 milhões, onde foram
contemplados 81 pesquisadores (Edital MCT-CNPq/MS-SCTIE-Decit, 06/2005).
Como desdobramento o INCA está organizando um seminário para avaliação dos
resultados desse edital em final de 2008.
Como fomentador, participou em 2006 do PPSUS no Rio de Janeiro em ação
conjunta com o Decit/MS e Faperj financiando a Rede de Diagnóstico Molecular em
Câncer no RJ. Iniciativa semelhante está em curso em 2008/2009.
Ensino e Divulgação Científica no INCA:
A Coordenação de Ensino e Divulgação Científica é responsável pela
elaboração de políticas no campo da formação e qualificação de recursos humanos
para o trabalho e da difusão do conhecimento técnico-científico em âmbito nacional
orientadas ao controle do câncer no país.
O INCA acredita que a produção do conhecimento em câncer só é passível
de se cumprir por meio da adesão à estratégia de educação permanente de forma
plena, incorporando sua lógica na própria estrutura da rede de atenção oncológica,
em seus diferentes níveis de abordagem, da prevenção à pesquisa.
Ensino em Nível Lato Sensu
A abordagem baseia-se na qualidade da atenção integral e nos princípios
ordenadores do SUS. Por essa ótica, a articulação da educação e do trabalho deve
orientar a formação e a organização da atenção oncológica, comprometidas com a
conjunção da qualidade do cuidado e de necessidades da população.
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São modalidades de ensino: Residência , Especialização, Aperfeiçoamento,
Qualificação, Atualização, Estágios Curricular e Acadêmico e Visitas de Observação.
Em sua organização, articulam-se quatro áreas de ensino: técnica, médica, de
enfermagem e das grandes áreas de ensino da saúde, como Psicologia, Serviço
Social, Odontologia, Farmácia Hospitalar, Física Médica, Nutrição, Patologia Clínica,
Engenharia Clínica e Fisioterapia.
Merecem destaque por sua inovação perante outras instituições de ensino e
pesquisa, os cursos de Especialização para Enfermagem em Pesquisa Clínica em
Oncologia e o curso de Qualificação da Gestão para a Atenção Oncológica.
Inédito no país, o primeiro curso destina-se a formar em nível nacional enfermeiros
para atuarem na equipe de pesquisa clínica oncológica. O curso capacita em
aspectos éticos em Pesquisa Clínica, gerência de dados, fundamentos em pesquisa
clínica e conceitos fundamentais de metodologia científica, epidemiologia,
bioestatística e pesquisa translacional.
O Curso de Qualificação da Gestão para a Atenção Oncológica é um projeto
de âmbito nacional, com o objetivo de contribuir para a inserção do problema do
câncer à pauta de trabalho dos gestores das diferentes esferas do Sistema Único de
Saúde. Os cursos se estruturam no trabalho em pequenos grupos de tutoria onde
são desenvolvidos Projetos de Intervenção em um aspecto da gestão em saúde de
sua
localidade/
região.
O
projeto
contempla
a
formação
de
“Núcleos
Descentralizados de Qualificação da Gestão” no retorno do aluno ao seu local de
trabalho, (re)organizando a atenção oncológica em suas loco-regiões.
Ensino em Nível Stricto Sensu
O Programa de Pós-Graduação em Oncologia do INCA (PPGO-INCA)
(http://pgoncologia.inca.gov.br) tem por objetivo formar profissionais altamente
qualificados, de forma crítica e inovadora, em níveis de Mestrado e Doutorado, para
o desenvolvimento de atividades de pesquisa, ensino e desenvolvimento tecnológico
em câncer.
Oferecendo anualmente 20 vagas para Mestrado e 15 para doutorado, o
PPGO-INCA conta com 22 docentes permanentes e 10 colaboradores, sendo
estruturado em 3 áreas de concentração, 8 linhas e 23 projetos de pesquisa, como
segue:
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Área de concentração: Clínica/Epidemiologia
•
Linhas de pesquisa: Pesquisa Clínica em Neoplasia
•
Linhas de pesquisa: Pesquisa Epidemiológica de Tumores
Área de concentração: Translacional
•
Linhas de pesquisa: Farmacologia e Farmacogenômica
•
Linhas de pesquisa: Transplante de Medula Óssea e Terapia Celular
•
Linhas de pesquisa: Pesquisa Molecular Translacional
Área de concentração: Básica
•
Linhas de pesquisa: Biologia Molecular de Neoplasias
•
Linhas de pesquisa: Biologia Celular de Neoplasias
•
Linhas de pesquisa: Mecanismos de Desenvolvimento de Tumores
A
produção
qualificada
do
programa
em
2007
apresentou
índices
satisfatórios, com 45 artigos completos em periódicos de circulação internacional.
Destes artigos, 12 tiveram a participação discente, além da participação de 2 alunos
do Programa de Capacitação. Dos docentes permanentes, 12 publicaram 3 ou mais
artigos Qualis A, sendo que 50% possui Bolsa de Produtividade CNPq e 36% possui
formação de Pós-doutorado.
Atualmente classificado com conceito 5 pela CAPES, a PPGO-INCA instituiu
a política de interação com outras pós-graduações com conceitos inferiores à nossa
e localizadas em regiões com menos densidade científica ou afastados dos grandes
centros de pesquisa, permitindo intercâmbio entre alunos e pesquisadores para
capacitação em tecnologias avançadas existentes no INCA. Em 2007 o INCA foi
contemplado pelo Edital PROCAD da Capes (01/2007 – Programa de Atenção
Oncológica) com R$ 250.000,00 para auxiliar a formação de pessoal de nível
superior dos Programas de Pós-Graduação em Saúde Materno-Infantil da
Universidade Federal do Maranhão.
Estamos
no
momento
organizando
a
implantação
do
Programa
Residência/PhD, numa lógica de interação lato e stricto sensu que permitirá uma
maior cooperação entre a assistência e o desenvolvimento científico em câncer.
Programa de Capacitação e Treinamento em Pesquisa Oncológica
Esse é um programa singular na formação de pesquisadores na área
oncológica, no qual graduados e mestres, oriundos das áreas da Saúde e Ciências
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Biológicas são inseridos nos grupos de Pesquisa ligados ao PPGO-INCA através de
Estágio de Aperfeiçoamento I (para graduados) e II (para mestres), durante um
período máximo de 18 meses. Atualmente são financiados 27 estagiários com
bolsas do INCA.
Outro programa especial é o programa de treinamento em pesquisa pósResidência
Médica.
Essa
também
é
uma
estratégia
de
interação
assistência/pesquisa para a formação de profissionais na área oncológica, onde o
Residente, ao término do período regular, passa mais um ano de estágio nos
laboratórios de pesquisa do INCA.
Programa de Iniciação Científica
O Programa de Iniciação Científica tem um forte envolvimento com alunos de
graduação de instituições públicas e privadas, que realizam treinamento em
laboratórios de pesquisa do |INCA sob orientação e fomentados por bolsas do CNPq
(programa PIBIC) e do INCA, totalizando 61 bolsistas em 2008.
Anualmente é realizada a Jornada de Iniciação Científica do INCA, quando os
trabalhos são avaliados por uma comissão que conta com avaliadores internos e
externos.
Divulgação Científica e Gestão do Conhecimento em Câncer
As ações de divulgação científica em câncer no INCA envolvem o
gerenciamento do Sistema Integrado de Bibliotecas, que totaliza quatro bibliotecas
nas diferentes unidades do INCA e a disponibilização de informação sobre câncer
nos seus mais vários meios, como:
- Criação da Área Temática “Controle de Câncer” da Biblioteca Virtual em Saúde do
Ministério
da
Saúde
–
BVS/MS
(www.saude.gov.br/bvs/controlcancer),
disponibilizada para o Brasil e a América Latina, constituindo-se um novo canal de
representação e divulgação da informação produzida para os membros do Instituto
de pesquisa em Câncer.
- Edição da Revista Brasileira de Cancerologia – é o órgão oficial de divulgação
científica do INCA, indexada à base LILACS e disponível no Portal de Periódicos da
CAPES, com enfoque multidisciplinar e publicação trimestral, é disponibilizada
impressa e em versão digital no site do INCA.
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- Glossário Temático e Microtesauro sobre câncer e oncologia - contribui para a
padronização e o aperfeiçoamento da linguagem utilizada pelo Ministério da Saúde
na esfera federal do Sistema Único de Saúde, objetivando especificamente
disseminar a terminologia sobre câncer e oncologia e estruturar a indexação e a
recuperação da informação nessa temática, tornando mais eficaz a comunicação e o
entendimento dessa linguagem entre os pares.
A gestão do conhecimento também envolve o desenvolvimento de
plataformas através da tecnologia da informação, permitindo a sistematização de
bases de dados, fornecendo subsídios para tomada de decisões e priorização de
ações de controle do câncer, envolvendo gestores e pesquisadores. No início do ano
de 2008 o INCA fez a aquisição de uma ferramenta de Business Intelligence (BI),
que permite a criação de relatórios gerenciais com diferentes visões e formatos,
agilizando o Estabelecimento de Prioridades e o processo de Tomada de Decisão.
No INCA essa ferramenta promoverá uma análise dos dados em áreas como
Planejamento, Controladoria, mas sobretudo para ações de Prevenção, num mesmo
repositório de dados, a partir do cruzamento de informações para gestão global. O
usuário poderá ter autonomia para criar seus próprios relatórios a partir de
operações realizadas sobre as bases de dados mantidas pelo INCA. No campo da
pesquisa científica, a plataforma Lattes do CNPq permite traçar um espelho dos
grupos de pesquisa cadastrados mas sem um olhar e recortes específicos para cada
área do conhecimento. No presente projeto vislumbramos a possibilidade do
desenvolvimento de uma plataforma para identificação de competências de pesquisa
em câncer no país.
Comunicação e Câncer
A política de comunicação do INCA tem se debruçado em estabelecer novas
diretrizes de ação baseadas, dentre outros fatores, em pesquisa qualitativa,
nortearão as estratégias de comunicação para o controle do câncer, componente
importante da Política de Atenção Oncológica.
Com esse objetivo quatro projetos estão em andamento:
- Nível de Informação dos pacientes sobre as ações em câncer no SUS
- Pesquisa de Concepção dos Brasileiros sobre Câncer
- Câncer na Mídia: Uma Questão de Saúde Pública – sua evolução nos últimos 10
anos
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O Projeto
Para enfrentar o impacto na crescente demanda da abordagem ao câncer, nada
mais premente que uma política voltada à produção do conhecimento e formação de
recursos humanos na área oncológica, além da divulgação do conhecimento
científico nessa área.
O grande desafio para os próximos anos é estabelecer a lógica da rede de
pesquisa oncológica em âmbito nacional, procurando identificar grupos emergentes
em regiões cuja pesquisa em câncer seja incipiente e permitindo o envolvimento da
massa crítica nacional de pesquisadores em saúde na problemática do câncer. A
partir dos produtos gerados em cada um dos projetos estabelecidos nas redes,
propõe-se avançar na abordagem ao câncer, não só contribuindo para avaliação de
ações já previamente estabelecidas, mas também propondo metodologias que
possam contribuir, de maneira mais consistente, para a prevenção e diagnóstico,
com otimização da relação custo-efetividade e para a melhora do prognóstico e
tratamento, propiciando mais segurança e maior sobrevida aos pacientes.
O INCA em conjunto com pesquisadores da UFRJ, UERJ, FIOCRUZ, PUCRS, UFRGS, UFPB, Museu Nacional, UNIFESP, Universidade de Mogi das Cruzes,
Universidade de São Carlos e colaboradores internacionais, se propõe a constituir
uma estrutura de interação científica (Figura 2) focada em contribuir para influenciar
de maneira efetiva o curso da história natural do câncer no país.
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Figura 2: Estrutura de interação entre os grupos. O círculo interno representa a
instituição sede, onde há interações entre pelo menos dois setores diferentes.Todos
os grupo existentes na periferia estão os grupos extramurais. As cores representam
algumas interações já existentes.
A atenção ao câncer permite uma gama de intervenções que envolvem
pesquisa epidemiológica, básica, translacional e clínica; nesse sentido, a presente
proposta envolve um projeto multidisciplinar e multiusuário voltado à produção do
conhecimento científico e formação de recursos humanos em pesquisa oncológica,
contribuindo também para avanços na gestão do conhecimento e comunicação em
câncer, através dos seguintes objetivos:
Objetivo Geral: Contribuir para o desenvolvimento técnico-científico em câncer,
atendendo às demandas da atenção oncológica no país, através da estratégia de
formação de rede capaz de conferir sinergia à produção do conhecimento, formação
de recursos humanos, divulgação do conhecimento científico e sua transferência
para a sociedade e o Governo.
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Objetivos Específicos:
1.
Estudar mecanismos de oncogênese, estabelecimento tumoral e
metástase, através de ferramentas celulares, bioquímicas, moleculares,
imunológicas e de modulação do microambiente tumoral
2.
Estudar as interações gene-ambiente para câncer de mama, colo de
útero, melanoma e leucemias infantis
3.
Estudar marcadores biológicos de diagnóstico, prognóstico e resposta
terapêutica para tumores sólidos (esôfago, mama, próstata, retinoblastoma) e
leucemias
4.
Estabelecer uma estrutura para desenvolvimento de novas drogas anti-
neoplásicas, através de abordagem multidisciplinar
5.
Testar produtos sintéticos com potencial anti-neoplásico
6.
Realizar ensaios clínicos para avaliação de incorporação de novas
estratégias terapêuticas em câncer
7.
Avaliação epidemiológica do câncer de colo de útero, enfocando
estimativa de prevalência de HPV por tipo específico, identificação dos fatores
associados ao risco de progressão ou lesões precursoras e estudo de custoefetividade do rastreamento
8.
Estudar o impacto das ações nacionais de controle do tabaco através
de estudos epidemiológicos
9.
Ampliar a formação de recursos humanos em pesquisa, nos diversos
enfoques da atenção ao câncer, com vistas a atender as demandas de
carências regionais no país
10.
Elaborar plataformas de gerenciamento do conhecimento em câncer
para subsidiar estabelecimento de prioridades e tomada de decisões na área
oncológica
11.
Produzir conhecimento para subsidiar a política de comunicação na
atenção oncológica
12.
Ampliar as interações científicas, na perspectiva de avaliar e
operacionalizar a implantação das Unidades Macrorregionais de Ensino e
Pesquisa em câncer no país
O Instituto de C&T em Câncer terá uma estrutura geral como mostrado na
Figura 3. Como estratégia na Rede será incentivado um grupo de pesquisa
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emergente com um equipamento de médio porte. A prioridade foi alcançada pelo
grupo da PUC-RS com a compra de um citômetro.
Figura 3: Estrutura do Projeto
A estrutura organizacional do grupo está apresentada na Figura 4 sendo
constituído por um coordenador, Hector Seuanez, pesquisador do INCA, 1A do
CNPq e assessorado por quatro pesquisadores de diferentes instituições
participantes, a saber: Francisco Sampaio, da UERJ, 1A do CNPq; Wilson Savino,
FIOCRUZ, 1A do CNPq; Vivian Rumjaneck, UFRJ, 1C do CNPq e Eliana Abdelhay,
INCA, 1C do CNPq. O consultor externo internacional indicado no projeto é o Pierre
Hainaut, PhD, responsável pela equipe de Carcinogênese Molecular do IARC
(www.iarc.fr).
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Figura
Estrutura Organizacional do Grupo Proponente.
4:
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TEMA 1: BIOLOGIA DA CÉLULA TUMORAL
O processo de malignização envolve alterações celulares que levam a perda
do controle dos mecanismos de proliferação e morte celular. Tendo perdido o
controle de crescimento, a população de células malignas formará uma massa que
terá que ser nutrida (no caso de tumores não hematopoéticos). Neste momento
torna-se crítica a neoangiogênese determinada pelo tumor aliado a modificações
microambientais. Além da formação de novos vasos proporcionar nutrientes que
serve a sobrevivência das células malignas, as mesmas passam por uma nova fase
onde há perda dos mecanismos de adesão celular e modificação da migração
celular que culminam com o processo de metástase. Mesmo em tumores
hematológicos, algumas vezes há formação de massa tumoral além de haver
migração inadequada leveo a manifestações indesejadas.
Durante todas estas
fases o sistema imune parece não responder ou reconhecer a célula malignizada ou
talvez responda parcialmente sendo modulado negativamente por produtos vindos
do próprio tumor ou do microambiente tumoral.
O presente subprojeto estudará a oncogênese, o estabelecimento do tumor e
suas metástases e os mecanismos possíveis de intervenção sobre o tumor, utilize o
ferramentas imunológicas e de modulação do microambiente tumoral.
Subprojeto 1: Oncogênese: regulação do desenvolvimento tumoral
Racional
Os processos de malignização com conseqüente geração de doença estão
associados a inúmeras questões genéticas, ambientais e de hábitos pessoais. A
obesidade e a inflamação, por exemplo, são fatores de risco importantes, porém não
compreendidos, para o desenvolvimento de vários tipos de câncer. A inflamação
associada à obesidade talvez seja um determinante importante já que cada vez mais
esta se mostra ligada ao desenvolvimento de tumores. O acúmulo intracelular de
lipídios em corpúsculos lipídicos já foi mostrado em células de câncer de cólon bem
como em células epiteliais transformados com H-Ras (Accioly et al., 2008).
Corpúsculos lipídicos são organelas dinâmicas e funcionalmente ativas que
possuem funções novas como domínios intracelulares envolvidos não só na
formação de eicosanoides, mas também como sítios de localização de citocinas,
20
proteínas quinases, GTPases e enzimas de metabolização lipídica sugerindo que os
corpúsculos lipídicos tenham um papel amplo na sinalização celular, comunicação
célula-célula, e no metabolismo lipídico celular (Bozza et al., 1996; Yu et al., 1998;
Yu et al., 2000; Brasaemle et al., 2004; Wan et al., 2007). Estudos do nosso grupo
demonstraram que a leptina produzida pelo tecido adiposo ativa a via de PI3K e
mTOR em macrófagos, moduleo o metabolismo lipídico e formação de corpúsculos
lipídicos
(Maya-Monteiro
et
al.,
2008;
Maya-Monteiro
e
Bozza
2008).
Coincidentemente, mTOR e PI3K estão envolvidas em proliferação celular e podem
contribuir para elucidação da relação entre corpúsculos lipídicos e câncer. Outras
vias de regulação de proliferação também serão estudadas baseados na proposta
de que fatores de ativação nuclear de células T (NFATs) tenham papel oncogênico e
supressor de tumor. Recentemente, mostramos a presença de sítios de ligação para
as proteínas NFAT em promotores de genes que regulam o ciclo celular e apoptose;
exercendo um papel central no controle da diferenciação e transformação celular
(Viola et al., 2005). Resultados gerados no nosso laboratório demonstraram que o
NFAT1 é um regulador negativo do ciclo celular e um repressor da transcrição do
gene da ciclina A2 (Caetano et al., 2002; Carvalho et al., 2007). Além disso, a
proteína NFAT1 parece funcionar como um repressor de proliferação por inibir a
expressão da quinase CDK4 e induzir a expressão de p21 (Santini et al., 2000;
Baksh et al., 2002). Por outro lado, a superexpressão do NFAT2 induz a proliferação
celular e o aumento da expressão de ciclinas e do proto-oncogene c-Myc;
demonstreo que esta proteína é um ativador do ciclo celular (Neal e Clipstone 2003).
Resultados do nosso laboratório sugerem que as proteínas NFAT podem exercer um
efeito dual no controle da proliferação e apoptose, sendo que a proteína NFAT1
pode agir como um gene supressor de tumor e o NFAT2 como um oncogene;
desempenheo um papel central na transformação celular (Robbs et al., 2008).
Além do descontrole de proliferação e morte celular, muitas vezes uma
desregulação da diferenciação celular pode levar a malignização como em alguns
casos de malignidades hematopoiéticas. Particularmente, no caso da geração de
plaquetas a diferenciação de megacariócitos obedece a uma série de passos muito
bem orquestrados que vão da formação do megacárion a fragmentação final. Uma
molécula ceidata a contribuir nesta diferenciação é a acetilcolinesterase (AChE).
Além do seu papel clássico na terminação da ação da Acetilcolina, também é
expressa em tecidos não-colinérgicos e em vários tipos de células hematopoéticas,
21
como eritrócitos e megacariócitos, indiceo uma possível função não-colinérgica para
esta enzima. Recentemente demonstramos o papel da isoforma AChE-R na
maturação de linhagens de MKs (Guimarães-Sternberg et al., 2006). Além disso,
observamos
que
camundongos
transgênicos
super-expresseo
tal
variante
apresentam contagens normais para granulócitos, monócitos e linfócitos e contagem
elevada de plaquetas, refletindo o efeito trombocítico seletivo da AChE-R e seu
papel regulador da diferenciação deste tipo celular (Pick et al., 2006).
Objetivos
1.
Investigar a heterogeneidade lipídica e protéica dos corpúsculos lipídicos em
células neoplásicas;
2.
Investigar o papel dos corpúsculos lipídicos como organela de integração do
metabolismo lipídico e inflamação
3.
Investigar o efeito da leptina na alteração do metabolismo lipídico, formação de
corpúsculos lipídicos e proliferação celular em células do epitélio intestinal
4.
Investigar o papel das vias de sinalização intracelular da leptina em ativar as
vias de sinalização celular mediadas por PI3K, Akt, AMPK e mTOR na
proliferação celular em células intestinais
5.
Avaliar as interações entre corpúsculos lipídicos e vias de proliferação e morte
celular.
6.
Identificar os genes que podem ser diferencialmente regulados NFAT1 e
NFAT2
7.
Determinar se as linhagens linfocitárias são mais susceptíveis a transformação
mediada NFATs
8.
Correlacionar a expressão de NFAT 1 e 2 com a resposta terapêutica e
sobrevida deste pacientes
9.
Estudar a participação da via JAK/STAT na megacariopoiese, uma vez que
esta parece regular a expressão de AchE
10. Avaliar a participação da AChE na AML-M7
11. Estudar a regulação da expressão das variantes da AChE por fatores de
transcrição da família NFAT durante a diferenciação de megacariócitos
12. Entender os processos de ubiquitinação e degradação da AChE-S no processo
de diferenciação de MK.
22
Abordagem experimental
Análise da expressão diferencial de genes que regulam ciclo celular e apoptose
será estudada por “microarray” e das proteínas NFAT1 e NFAT2, assim como as
proteínas envolvidas na biogenese e regulação dos corpúsculos lipídicos em
diferentes
amostras
de
tumores
de
pacientes
por
“tissue
microarray”e
imunofenotipagem. Expressão seletiva das proteínas NFAT1 ou NFAT2 utilizará
animais geneticamente modificados por deleção/expressão condicionada (Lox-Cre)
e as construções das mole´culas constitutivamente ativas (CA-NFAT1 e CA-NFAT2)
A atividade de AChE presente no plasma de pacientes portadores das doenças
estudadas e indivíduos controle será determinada através da reação de Ellman
(método colorimétrico). PCR em Tempo Real será utilizado para validação dos
resultados dos microarrays e para quantificar as diversas isoformas de AchE em
amostras de sangue e medula óssea.
Os projetos utilizeo material humano estão aprovados pelo Comitê de Ética em
Pesquisa do INCa.
Subprojeto 2: Angiogênese, Metástase e Microambiente tumoral
Racional
Para que célula tumoral consiga se estabelecer, se nutrir e fazer metástase a
distância é necessário que haja angiogênese (a partir da proliferação vasos préexistentes ou da incorporação de progenitores endoteliais circulantes - EPCs
-
oriundos da medula óssea), de-adesão das células do tumor e sua transmigração
pelo endotélio para que atinja a corrente sanguínea. O próprio tumor fornece as
condições para o surgimento de novos vasos e modifica a matriz extracelular
favorecendo este processo. Mostramos que o domínio N-terminal de ligação à
heparina (HBD) da TSP-1 possui propriedades angiogênicas in vitro e in vivo, ao
contrário da molécula íntegra, que é angiostática (Bernstein et al., 2002, Nunes et
al., 2008). Estudamos ainda o papel da TN-C na regulação da angiogênese.
Curiosamente, os gliomas, muito ricos em TN-C, caracterizam-se por uma elevada
densidade vascular, porém por vasos pouco juncionais e hiperpermeáveis (Jain,
2007). Observamos que o domínio de homologia ao EGF da TN-C da matriz de
gliomas gera células endoteliais altamente proliferativas, porém estas não se
23
organizam para formar estruturas tubulares. Ambas as proteínas (TSP-1 e TN-C)
interferem nas funções adesivas do sindecan-4, que pode representar um novo alvo
para intervenções terapêuticas no processo angiogênico. O estudo de gliomas nos
trará informações importantes quanto ao controle angiogênese, porém não nos
informará sobre os fenômenos relacionados a mestástase em si, já que gliomas são
tumores não metastáticos.
Para que haja metástase, é necessário um primeiro evento onde as células
perdem sua organização anatômica, perdendo a polaridade (no caso de tumores
epiteliais) e o estreito contato com as células vizinhas. O complexo juncional apical
(CJA) é a estrutura responsável por manter as adesões célula-célula epitelial (Balsa
e Matter 2003) e é formada por junções tight (JT) e junções aderentes (JA) (Nelson e
Nusse 2004). Ambas estruturas são desreguladas na transição epitélio-mesenquimal
(TEM), um evento que acontece no desenvolvimento normal e no inicio do câncer
epitelial (Thiery e Sleeman 2006). Alguns estudos sugerem que este evento e a
progressão tumoral envolve a ativação do EGFR, (Kovacs et al., 2002) além de
outros como a alteração na expressão e modificações pós-traducionais de proteínas
juncionais (Bates e Mercurio 2005; Tobioka et al., 2004; Oliveira et al., 2006). Por
outro lado, a participação de GTPases da família Rho (Rho, Rac e Cdc42) e
proteínas quinases têm sido implicada na desorganização do CJA, assim como na
organização do citoesqueleto de actina (Gonzáles-Mariscal et al., 2008). No entanto,
ambos mecanismos celulares que medeiam estes eventos têm sido estudados
separadamente e a existência de uma ligação entre eles para mediar a regulação de
ambas, CJA e citoesqueleto de actina em câncer epitelial, permanece por ser
definido.
O próximo passo para que ocorra a metástase é a transmigração da célula
malignizada, agora já com seus mecanismos de adesão ao tecido alterado, através
do endotélio vascular. A possibilidade de interferir nestes processos, através da
inibição da adesão de células tumorais ao endotélio por moléculas naturais que
possuem atividade heparina-like como polissacarídeos de invertebrados marinhos
(Borsig et al., 2007) ou veneno de serpente já foram parcialmente documentados
(Cominetti et al., 2004; Ramos et al., 2007 e 2008) e são promissores instrumentos
terapêuticos.
Outro fenômeno relacionado à migração celular, mas não obrigatoriamente
com metástase é o microambiente para o estabelecimento e crescimento tumoral.
24
Por exemplo, pacientes portadores de LL-T cursam com massa mediastinal
enquanto os de LLA-T podem ou não apresentar a mesma. Além disto, LLA-T
envolve a medula óssea enquanto na LL-T isto não ocorre apesar de ambas serem
malignizações de progenitores de linfócitos T. As diferenças de sítios de localização
podem estar relacionadas a moléculas envolvidas na adesão/migração de linfócitos
no timo.O receptor número 1 de esfingosina-1-fosfato (S1P1) tem papel crítico na
migração e principalmente na saída de timócitos do timo para os órgãos linfóides
periféricos. Baixas concentrações dos agonistas de S1P1, esfingosina-1-fosfato
(S1P - agonista fisiológico) e FTY720 (agonista sintético) são suficientes para inibir a
saída de timócitos (Rosen et al., 2003), e precursores T deficientes em S1P1 podem
se diferenciar normalmente, mas não são capazes de sair do timo (Matloublan et al.,
2004). Portanto, moléculas de adesão/de-adesão celular devem estar relacionadas a
localização e ainda há evidências do envolvimento de algumas destas moléculas em
processos proliferativos. APRIL (a proliferation inducing lige) é uma molécula da
família TNF, que estimula o crescimento tumoral e se liga a proteoglicanos
sulfatados presentes na superfície celular. Mostramos que animais transgênicos
para APRIL desenvolvem uma hiperplasia com tendência à malignidade similar à
LLC em humanos. Há acúmulo de células em órgãos linfóides como baço,
linfonodos mesentéricos e placas de Peyer, com infiltração de células neoplásicas
nos rins e fígado (Planelles et al., 2004) relacionados com aumento de células B1.
Estes resultados suscitam questões quanto a características moleculares envolvidas
no estabelecimento e localização destas massas tumorais.
Ao contrário do estabelecimento de uma hiperplasia que pode chegar a
malignização induzida por APRIL, a infecção por HTLV-I pode gerar leucemia de
células T do adulto sem fenômenos proliferativos evidentes e agudos. Este mesmo
vírus, pode induzir um quadro neurológico, (HAM-TSP) dependente de linfócitos T
infectados. A diferença entre a chegada dos linfócitos infectados aos nervos
periféricos
ou
sua
manutenção
no
sistema
linfohematopoiético
pode
ser
hipotéticamente explicado pela expressão diferencial de moléculas de adesão
específicas em células infectadas. Nossos resultados parciais, indicam uma
expressão diferencial de receptor de semaforina 3 A (neuropilina 1) em células
infectadas pelo HTLV-I. Além disto, dependento da linhagem celular infectada, a
capacidade adesiva sobre proteínas de matriz extracelular varia, sugerindo uma
25
possível modulação diferencial das moléculas envolvidas nos pocessos de adesão e
migração.
O estudo de interaçãoes celulares têm contado técnicas de modelagem
envolvendo a utilização de métodos computacionais baseados nas estruturas
tridimensionais das moléculas envolvidas na interação. A combinação das técnicas
de modelagem comparativa, docking molecular e dinâmica molecular possibilita uma
análise detalhada dos mecanismos moleculares e o desenvolvimento de potenciais
agonistas ou antagonistas que poderão se transformar em compostos terapêuticos
aplicáveis ao tratamento de processos metastáticos, em particular na migração de
leucemias e linfomas.
Objetivos
1.
Estudar os mecanismos de ação do sindecan-4 em resposta à TSP-1 e seus
domínios estruturais com atividades angiogênicas, em células endoteliais
maduras e progenitoras
2.
Estudar o papel da TN-C da matriz tumoral na modulação do ciclo celular
endotelial e na diferenciação angiogênica, em modelos de glioma
3.
Estudar o recrutamento e a modulação angiogênica
de EPCs por fatores
tumorais, a fim de identificar novos alvos moleculares e desenvolver estratégias
que visam o bloqueio de etapas chaves do crescimento tumoral
4.
Identificar vias de sinalização celular envolvidas com a perda da adesão célulacélula e relacionar estes eventos com aquisição da TEM e progressão tumoral
em câncer colo-retal
5.
Identificar alterações no citoesqueleto de actina e relacionar estes eventos com
aquisição da TEM e progressão tumoral em câncer colo-retal
6.
Avaliar se as alterações moleculares encontradas anas alterações de CJA são
biomarcadores e promissores ceidatos para terapia no combate do fenótipo
tumorigênico de câncer epitelial
7.
Estudar os mecanismos envolvidos na interação de células tumorais com
células endoteliais, em modelos de tumor de mama e próstata
8.
Caracterizar a expressão de integrinas da família β1 em linhagens de células
humanas tumorais infectadas ou não pelo HTLV-I e a capacidade adesiva e
migratória destas linhagens frente a componentes de matriz extracelular;
26
9.
Determinar o perfil de expressão das linhagens infectadas pelo HTLV-I de
neuropilina1, receptor de semaforina3A e avaliar a possível modulação da
adesão e da migração de linhagens de células T infectadas e não-infectadas
pelo HTLV-I, sob estímulo de Semaforina3A
10. Avaliar a possível modulação da adesão e da migração de células T normais
frente à semaforina produzida por células tumorais infectadas ou nãoinfectadas pelo HTLV-I
11. Analisar o papel de S1P1 e seus ligantes no desenvolvimento de células T
humanas, incluindo o papel destas moléculas nas interações entre timócitos e o
microambiente tímico (inclusive interações mediadas por outras moléculas), e
também nos eventos de morte, proliferação, ciclo e migração celular
12. Analisar o papel do S1P1 e seus ligantes no desenvolvimento da LLA-T e do
LL-T, e a relação da expressão destas moléculas com a localização
preferencial das células tumorais
13. Investigar quais quimiocinas, seus receptores e receptores de ECM, estarão
envolvidos na migração das células B-1 peritoniais em animais transgenicos
para APRIL e controles selvagens
14. Verificar que quimiocinas e moléculas de ECM poderão envolver-se na
formação das massas tumorais nos linfonodos mesentéricos e de placas de
Peyer.de animais transgenicos para APRIL e controles selvagens
15. Construir modelos por modelagem comparativa de integrinas envolvidas em
tais processos, tais como os complexos α4β1 (receptor de fibronectina), α6β1,
α3β1,
α6β4
(receptores
de
laminina),
e
realizar
um
estudo
de
complementaridade estrutural (docking) entre inibidores peptídicos e os
modelos tri-dimensionais propostos. A partir daí construiremos novos
compostos potencialmente inibidores, e os sintetizaremos e testaremos
funcionalmente utilizeo diferentes modelos
Abordagem experimental
Células endoteliais primárias humanas (HUVECs) e EPCs isoladas de sangue
periférico serão utilizadas nos seguintes ensaios: tubulogênese (cultivo 3D em géis
de fibrina e matrigel); interação endotélio/tumor (condições estáticas e dinâmicas/
“shear stress”; migração transendotelial em sistemas de cultura com insertos
27
porosos; interação de células com matrizes nativas: tumor x matriz subendotelial e
endotélio x matriz tumoral);
Células tumorais: carcinoma de mama (MCF-7 e MDA-MB-231), próstata (PC-3
e DU-145, glioma (astrocitoma U373 MG e linhagens de glioblastoma multiforme
(GBM)) adenocarcinoma de cólon humano (Caco-2, HCT-116, HT-29); linhagens de
linfócitos humanos CEM, JURKAT e MOLT4; linhagens de linfócitos humanos
infectados por HTLV-1 (CIB, HUT, C91PL) e linhagem de linfoma tímico humano
SIL-ALL.
Silenciamento de RNA será realizado em células endoteliais, para diminuição
da expressão de sindecan-4 e em células de glioma, para a diminuir a expressão de
TN-C. Também será usado para silenciar proteínas de matriz extracelular e seus
receptores.
Modelo de angiogênese será feito através de implantes de matrigel em
camundongos
nude,
contendo
os
mediadores
estudados
e/ou
anticorpos
bloqueadores de função. Modelo de angiogênese tumoral: avaliação o recrutamento
de EPCs humanas transfectadas com o gene da luciferase e injetadas em
camundongos nude, nos quais tumores (mama/próstata) terão sido pré-implantados.
Para o estudo do CJA e suas vias de sinalização serão usados agentes que
desorganizam o CJA: TPA, EGF, PGE2, LiCl2, (LPA e depleção do cálcio) e
inibidores específicos de diferentes vias de sinalização (MAPK, EGFR, Src, PI3K,
PKA, Wnt, ROCK) além de anticorpos específicos para estas moléculas.
A superexpressão das moléculas identificadas como importantes na via de
sinalização relacionada a CJA e das moléculas do próprio CJA serão empregados
para confirmação dos resultados.
Eventos de proliferação, migração e invasividade serão analisados pelas
técnicas da incorporação do Brdu e citometria de fluxo, “wound healing” e matrigel,
migração em câmaras de “transwell”, imunocitoquímica.
Os diferentes experimentos serão monitorados useo técnicas de microscopia
de imunofluorêscencia convencional ou confocal, imunopecipitação e imunobloting.
Outras técnicas como criofratura e microscopia eletrônica e medidas da resistência
elétrica transepitelial também serão utilizadas
28
Subprojeto 3: Terapias Imunológicas
Racional
Após a transformação maligna as células tumorais são ainda capazes de
escapar da resposta imunológica. Por um lado, a existência de antígenos tumorais
específicos é um evento raro, por outro, queo presente, nem sempre gera uma
resposta eficaz (revisto em Willimsky e Blankenstein 2007). Na sua gree maioria,
mesmo queo há antígenos específicos, os tumores são munidos de mecanismos de
escape que fazem com que não seja reconhecido (falta de apresentação de
antígenos tumorais para os quais o indivíduo não seja tolerante) ou o próprio tumor
inibe a resposta imunológica. Existe uma situação particular onde a resposta
imunológica é extremamente eficaz na resposta anti-tumoral e que ocorre no
transplante de progenitores hematopoiéticos alogênicos. Esta é a forma mais antiga
de terapia celular, tendo aproximadamente 40 anos de existência. No entanto apesar
de ser um tratamento anti-tumoral efetivo, traz um efeito indesejável que é a Doença
do Enxerto Contra Hospedeiro (DECH). Esta tem alta morbi /mortalidade
acometendo até 70% dos pacientes portadores de malignidades submetidos ao
transplante (Goker et al., 2001). Infelizmente o efeito do enxerto contra o tumor
(ECT) está intimamente associado a DECH (Sehn et al., 1999) e a eliminação dos
linfócitos causadores da doença, elimina a resposta anti-tumoral desejada (Huff et
al., 2003 ). Duas estratégias terapêuticas têm sido desenvolvidas por nosso grupo.
Uma relacionada a contraposição aos mecanismos de escape tumoral e outra à
eliminação da DECH.
Os tumores expressam, potencialmente, alvos imunológicos seletivos, no
entanto, uma gree parte dos tumores consegue evadir a sua destruição imunológica.
Precisamos ser capazes de gerar respostas celulares eficazes contra os antígenos
tumorais e além disto, duradouras ou de memória. Sendo a célula dendrítica (DC) a
principal célula da imunidade inata a desencadear a resposta de células T, estas têm
sido utilizadas como uma “vacina” tumoral com alguns resultados encorajadores em
estudos pré-clínicos e clínicos. Apesar dos vários estudos ainda se conhece pouco
sobre a fisiologia das células dendriticas e de como o microambiente tumoral é
capaz de modificá-las. Em célula humanas, situações de estresse aumentam tanto a
atividade de DC quanto a expressão de transportadores ABC. Estes últimos estão
envolvidos na diferenciação, ativação e migração de células dendríticas (Reolph et
29
al., 1998; Robbiani et al., 2000; Schroeijers et al., 2002 ; Pendse et al., 2006; Van de
Ven et al., 2006) podendo ser alvos de estratégias para o desenvolvimento de
“vacinas”com células humanas. Em modelo experimental animal, desenvolvemos um
sistema para estudar a atividade de DC. Neste modelo as respostas T CD8+ e CD4+
à apresentação de antígenos por células dendríticas ativadas pode ser mensurada.
Os resultados preliminares mostram que há apresentação de antígenos tumorais por
células dendríticas (DC) nos linfonodos (LN), com co-estimulação (CD86) moderada,
e isso gera proliferação de células T CD8+ e CD4+ específicas e sua diferenciação
em memória. Contudo, essas células não conseguem impedir o crescimento
tumoral. Queo LPS é introduzido nesse sistema, a expressão de CD86 por DC
aumenta e a proliferação T é maior, mas a reversão da tolerância e a eliminação do
tumor só ocorrem queo o adjuvante é fornecido em uma janela específica de tempo,
que imediatamente antecede a explosão do crescimento tumoral.
Em relação à eliminação da DECH, demonstramos que granulócitos
provenientes de doadores de progenitores hematopoéticos tratados com G-CSF
(granG) por 5 dias apresentavam atividade inibitória sobre linfócitos T in vitro
(Vasconcelos et al., 2003). Estes estudos foram transpostos para o modelo
experimental em onde demonstramos, em camundongos, que a injeção de
granulócitos tratados com G-CSF (in vivo ou in vitro) prevenia a DECH experimental
aguda (Vasconcelos et al., 2006). No entanto os mecanismos pelo qual isto ocorre
são obscuros já que granulócitos são células de meia vida curta e a inibição da
DECH ocorre por até um ano observado. Além disto, a gree maioria dos pacientes
transplantados são portadores de malignidades e não se sabe se o efeito
imunossupressor dos granulócitos impede a reação do enxerto contra células
tumorais.
Objetivos
1.
Avaliar os níveis de expressão de ABCB1 e ABCC1 de DC humanas durante
os processos de diferenciação por GM-CSR e IL-4 e de ativação por TNF ou
LPS.
2.
Verificar a modulação dos níveis de CD86 nessas células e em células tratadas
com inibidores de transportadores ABC
30
3.
Estudar a modulação dos processos de maturação/diferenciação e ativação de
células
dendríticas
humanas
frente
a
vários
estressores
e
agentes
diferenciadores como UV e trombina
4.
Avaliar o nível de ativação de P-p38 em DC humanas após os diversos
estímulos estudados
5.
Estudar o efeito modulador do sobrenadante de células tumorais sobre a
ativação de DC humanas
6.
Num sistema antígeno específico , testar experimentalmente o efeito da injeção
intratumoral de adjuvante (LPS) na reversão da tolerância a antígenos
expressos exclusivamente pelo tumor
7.
Testar o efeito de citocinas produzidas pelo tumor sobre DC e sua capacidade
de ativar células T
8.
Estudar o papel de receptores de quimiocinas na migração de DC do tumor ao
linfonodo
9.
Estudar os mecanismos de inibição da DECH por granulócitos tratados com GCSF e verificar o efeito sobre a rejeição tumoral em modelos experimentais
10. Verificar se é possível gerar granulócitos inibitórios humanos na ausência de
tratamento por 5 dias in vivo com vias de realizar um ensaio clínico.
Abordagem experimental
Estudos com células dendríticas humanas serão feitos a partir da diferenciação
de monócitos cultivados por 5 dias em meio contendo GM-CSF e IL-4. No 5º dia de
cultura será adicionado TNF-alpha e as células serão mantidas por 48 horas, para
ativação. As substâncias que serão testadas como potenciais moduladores dos
processos de diferenciação e ativação das células dendríticas serão adicionadas ao
mesmo momento das respectivas citocinas. CD14, CD1a, CD83 além de outras
moléculas envolvidas na função destas células, serão avaliadas por citometria de
fluxo. Funcionalmente será avaliada a fagocitose, aloestimulação e a secreção de
citocinas. O envolvimento da cinase p38 será avaliada pelos níveis de P-p38 por
citometria de fluxo.
Para avaliação da quebra de tolerância na resposta anti-tumoral, camundongos
C57Bl/6 transgenicos para o receptor de célula T que reconhece OVA ou Ea
receberão o tumor B16F10 transfectado com OVA- e EaRFP (B16 redOVA). Entre
um e cinco dias após, LPS ou citocinas será injetado ou não intratumoral, e a
31
proliferação e produção de interferon-γ pelas células T antígeno específicas será
analisada. Será avaliada a expressão de moléculas de ativação e inibição (PD-1) em
DC, assim como a produção de citocinas será mensurada por PCR em tempo real
nos linfonodos e tecido. A importância da IL-10 produzida pelo tumor na tolerização
das células T será testada useo camundongos IL-10 -/- como receptores e silenciada
no tumor. O papel de CCR5 e CCR7 e TLR4 serão estudadas em animais
deficientes geneticamente para estas moléculas. .
Em todos os tratamentos a
funcionalidade das células de memória geradas será testada com desafio de células
tumorais.
O efeito dos gran-G sobre a resposta anti-tumoral no modelo alogenico de
transplante de progenitores hematopoiéticos será avaliado em quimeras irradiadas
de B6 em F1(DBA X B6). Estas quimeras receberão números variáveis de P815–
GFP (já gerado por transdução com retrovirus). A resposta antitumoral será avaliada
por citometria de fluxo de sangue periférico.
Para testar o efeito inibitório de granulócitos na DECH humana é necessário
antes estabelecer o protocolo de obtenção de granG a partir de doador de MO. Esta
será tratada in vitro com diferentes doses de G-CSF em diferentes tempos (até 18
hs) e serão avaliadas a capacidade inibitória sobre linfócitos T, geração de
granulócitos de baixa densidade, capacidade fagocítica e metabolismo oxidativo.
Este estudo já foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do INCA.
Referências
Accioly et al. Cancer Res 68(6):1732-1740 (2008)
Baksh et al. Mol Cell 10:1071 (2002)
Balda e Matter. Trends Cell Biol 13:310 (2003)
Bates e Mercurio. Cancer Biol Ther 4:365 (2005)
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Cominetti et al. J. Biol. Chem. 279: 18247 (2004)
Goker et al. Exp Hematol 29(3):259-77 (2001)
32
Gonzáles-Mariscal et al. Biochim Biophys Acta 1778:1729 (2008)
Guimarães-Sternberg et al. Leuk Res 30(5):583 (2006)
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Jain RK Nat Rev Neurosci 8:610 (2007)
Kovacs et al. J Biol Chem 277:6708 (2002)
Maya-Monteiro & Bozza. Cell Cycle 7(12):1713-1717 (2008)
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Nelson e Nusse. Science 303:1483 (2004)
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Pendse et al. Am J Transpl 6:2884-2893 (2006)
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Yu et al. Blood 95(3):1078-85 (2000)
33
Metas
Qualitativas
-
Identificar novos alvos terapêuticos e desenhar novas estratégias terapêuticas
através da compreensão: da função dos corpúsculos lipídicos no processo
inflamatório e neoplásico, dos mecanismos moleculares mediados por
proteínas da família NFAT na regulação do crescimento celular linfóide e sua
relação com a transformação maligna de células do sistema linfohematopoiético, da regulação da angiogênese, dos mecanismos de
desregulação do complexo juncional apical em tumores epiteliais, e da
migração celular sobre proteínas de matriz extracelular e da modelagem
molecular computacional
-
Estabelecer novos protocolos de imunoterapia para o tratamento da
malignidade e da DECH sem prejuízo para a resposta anti-tumoral.
Quantitativas
-
Formação de recursos humanos e produção
-
19 Doutores
-
29 Mestres
-
36 Artigos em revistas indexadas Qualis A
Experiência na área de pesquisa
Wilson Savino (Pesquisador 1A do CNPq) possui graduação em Ciências Biológicas
pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1974), mestrado em Histologia e
Embriologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1979) e doutorado em
Ciências (Biologia Celular e Tecidual) pela Universidade de São Paulo (1982).
Presidiu a Sociedade Brasileira de Imunologia no biênio 1993-1995. Atualmente é
membro titular da Academia Brasileira de Ciências e pesquisador titular da
Fundação Oswaldo Cruz, onde dirige o Laboratório de Pesquisas sobre o Timo. Tem
experiência na área de Imunologia, com ênfase em Imunologia Celular, atuando
principalmente nos seguintes temas: 1. Fisiologia da migração celular no sistema
linfohematopoiético; 2. Interações imunoneuroendócrinas em condições normais e
patológicas; 3.Migração e morte de linfócitos na doença de Chagas; 4. Migração
leucocitária em doenças autoimunes e transplante de órgãos; 5. Migração celular em
leucemias e linfomas; 6. Migração celular em doenças neuromusculares. É Editor-
34
chefe do periódico NeuroImmunoModulation, Coordenador do Programa de PósGraduação em Ciências da Saúde em Moçambique, e membro da Diretoria da
Sociedade Brasileira de Biologia Celular.
Patrícia Bozza (Pesquisadora 1A do CNPq) é Pesquisadora Titular. Graduou-se em
Medicina em 1990, pela Faculdade de Ciências Médicas, Universidade do Estado do
Rio de Janeiro; e obteve o título de Doutor em Ciências (concentração em
Farmacologia) em 1993 pelo Programa de Biologia Celular e Molecular do Instituto
Oswaldo Cruz. Em 1994, Patricia foi nomeada Pew Latin American Fellow e
desenvolveu o pós-doutorado no Beth Israel Hospital, Harvard Medical School.
Patrícia Bozza é pesquisadora titular do Instituto Oswaldo Cruz e pesquisadora 1 A
do CNPq. Patricia foi International Scholar do Howard Hughes Medical Institute no
período 2002-2006, e coordenou o comitê Brasileiro do Programa Pew em ciências
biomédicas. O grupo de pesquisa liderado pela Patrícia está voltado para o estudo
dos mecanismos celulares e moleculares da ativação leucocitária e geração de
mediadores inflamatórios na resposta à infecção e outras formas de inflamação.
Vivian Mary Barral Dodd Rumjanek (Pesquisadora 1B do CNPq) é Professora Titular
(UFRJ). Possui graduação em Curso de Ciências Biológicas Modalidade Médica
pela UEG atual UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1969), mestrado
pela University of London (1973) e doutorado pela University of London (1976).
Atualmente é professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem
experiência na área de Imunologia, com ênfase em Imunologia Celular e Imunologia
Tumoral. Atua principalmente em estudos da regulação do sistema imune e no
problema de resistência a múltiplas drogas (MDR) em células tumorais.
Adriana Cesar Bonomo (Pesquisadora 1D do CNPq) é Professora Associada
(UFRJ)/Pesquisador
Cedido
(INCA).
Possui
graduação
em
Medicina
pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro (1985), mestrado em Ciências Biológicas
(Biofísica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1989), doutorado em
Ciências Biológicas (Biofísica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1994). e
pós doutoramento nos NIH (1990-1994) Atualmente é professor associado da
Universidade Federal do Rio de Janeiro, pesquisadora especial do Instituto Nacional
de Câncer, - revisora da Brazilian Journal of Medical and Biological Research , -
35
Journal of Cell Biology , - Journal of Leukocyte Biology , Plos one. Atualmente é
coordenadora do PIBIC no INCA e responsável pelo programa de treinamento em
recursos humanos para pesquisa e chefe da Medicina experimental também no
INCA. Tem experiência na área de Imunologia, com ênfase em Imunologia Celular,
atuando principalmente nos seguintes temas: transplantes, célula T, tolerância,
autoimunidade e medula óssea.
Cristina Beatriz Cazabuena Bonorino (Pesquisadora nível 2 do CNPq) – Professora
Adjunta (PUC-RGS) - Possui graduação em Ciencias Biologicas pela Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (1988), mestrado em Genética e Biologia Molecular Departamento de Genética (1991) e doutorado em Genética Imunologia - Ufrgs e
University Of Colorado (1995). Realizou pos-doutorados no National Jewish Center
for Immunology no Colorado, em modelos de autoimunidade, e na Universidade de
Minesotta, em memoria T. Atualmente é professor adjunto da Pontifícia Universidade
Católica do Rio Grande do Sul, sedo bolsista de produtividade em pesquisa do
CNPq desde julho de 2008. Tem experiência na área de Imunologia Celular, e
coordena o laboratório de Imunologia Celular e Molecular do Instituto de Pesquisas
Biomédicas
da
PUCRS,
atuando
principalmente
nos
seguintes
temas:
desenvolvimento de vacinas, imunologia tumoral e autoimunidade.
Marianne Schrader de Oliveira. Doutoranda
Ana Paula Souza. Doutoranda
Fabio Maito. Pós-doutorando
Giovana Cechim. Mestranda
João Paulo de Biaso Viola (Pesquisador 1D do CNPq) é Pesquisador do INCA.
Possui graduação em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro
(1989), mestrado em Biologia Parasitária pela Fundação Oswaldo Cruz (1994) e
doutorado em Ciências Biológicas (Biofísica) pela Universidade Federal do Rio de
Janeiro (1998). Foi Research Associate do Dana-Farber Cancer Institute e do The
Center for Blood Research (Harvard Medical School) no período de 1994 a 1997.
Atualmente é Pesquisador Associado da Divisão de Biologia Celular do Instituto
Nacional de Câncer (INCA), Pesquisador 1D do CNPq e Cientista do Nosso Estado
da FAPERJ. Foi chefe da Divisão de Biologia Celular do INCA no período de 2000 a
2008. É membro da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI), da American
36
Association of Imunologist (AAI) e da Sociedade Brasileira de Biologia Celular
(SBBC). Foi primeiro secretário da SBI no biênio 2002-2003. É membro do Editorial
Board da Cancer Immunology Immunotherapy (2006-presente) e do International
Journal of Oncology (2008-presente). É revisor da Blood, Cancer Immunology
Immunotherapy, Oncogene, The FASEB Journal, Journal of Leukocyte Biology e The
Journal of Immunology. Orientou 8 dissertações de Mestrado, 3 teses de Doutorado
e supervisionou 1 Pós-Doutorado. Tem experiência na área de Imunologia, Biologia
Celular e Molecular, com ênfase em Imunologia Molecular, atuando principalmente
nos seguintes temas: resposta imune, expressão gênica, ciclo celular e câncer.
Flávia R.G. Carneiro (pós-doutoranda)
Patrícia S.A. Souza (pós-doutoranda)
Bianca A. Barboza. Doutoranda
Bruno K. Robbs. Doutorando
Giuliana P. Mognol Doutoranda
André L.S. Cruz. Mestrando
Nina Carrossini Bastos. Aluna de Aperfeiçoamento
Pedro I.L. Nobrega. Aluno de iniciação Científica
Jose Andrés Morgado Diaz (Pesquisador 2 do CNPq) é Pesquisador do INCA.
Possui graduação em Biologia pela Universidad Nacional de Trujillo - Perú (1981),
Mestrado (1991) e Doutorado (1996) em Bioquímica pela Universidade Federal do
Rio de Janeiro , e Pós Doutorado pelo Instituto Oswaldo Cruz-FIOCRUZ de Rio de
Janeiro. Atualmente é pesquisador associado do Instituto Nacional do Câncer onde
lidera o Grupo de Biologia Estrutural e Pesquisador colaborador da Universidade
Federal do Rio de Janeiro e da Universidad Estadual de Maringá. Vem
desenvolvendo projetos tentando identificar vias de sinalização que medeiam a
perda da adesão célla-célula em câncer epitelial e a sua influência no
desenvolvimento da tumorigênese. Tem experiência na área de Morfologia e
Biologia Celular, com ênfase em biologia celular do câncer, atuando nos temas de
transdução de sinais, invasividade e glicosilação de proteína de adesão em câncer
epitelial .
Flavia Castelo Branco Vidal. Doutorando
Marcelo Neves Tanaka. Doutorando
Fernanda Leve. Doutorando
37
Julio César Madureira de Freitas Junior. Mestrando
Waldemir Fernandes de Souza. Mestrando
Wallace Martins de Araújo. Mestrando
Lilian Gonçalves dos Reis Bastos. Mestrando
Taline Guimarães Corrêa Marcondes. Aluna de iniciacião científica
Pedro Henrique Schumann Lima. Aluna de iniciacião científica
Dea Maria Serra Villa Verde (Pessquisadora 1D do CNPq)- possui graduação em
Farmácia e Bioquímica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1975),
mestrado em Histologia e Embriologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
(1985) e doutorado em Ciências (Microbiologia/Imunologia) pela Universidade
Federal do Rio de Janeiro (1993). Atualmente é Pesquisador Titular da Fundação
Oswaldo Cruz. Tem experiência na área de Imunologia, com ênfase em Pesquisa
Sobre a Fisiologia do Timo, atuando principalmente nos seguintes temas: timo,
matriz
extracelular,
galectinas,
infecção
pelo
Trypanosoma
cruzi
e
neuroimunomodulação.
Raquel C. Maia é Pesquisadora do INCA. Possui graduação em Medicina com
especialização em Hematologia Clínica e Doutorado em Biologia Celular e Molecular
pela Fundação Oswaldo Cruz. É chefe do Laboratório de Hemato-Oncologia Celular
e Molecular do Hospital do Câncer-I do Instituto Nacional de Câncer (INCA), atuando
principalmente nos seguintes temas: 1) Resistência a multiplas drogas (MDR) nas
neoplasias, 2) Mecanismos de indução de apoptose induzida por drogas nas
neoplasias, 3) Identificação de fatores prognósticos nas neoplasias e 4) Efeito antitumoral e anti-MDR por novos quimioterápicos nas neoplasias. Em paralelo as
atividades de pesquisa, atua como médica hematologista no Serviço de
Hematologia, como professora do Programa de Pós-Graduação stricto sensu em
Oncologia, do INCA e como professora colaboradora do Programa de Pósgraduação em Ciências Morfológicas do Departamento de Anatomia do Instituto de
Ciências Biológicas da UFRJ. É participante do Programa de Oncobiologia vinculado
ao Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ.
Clarissa Rodrigues Nascimento. Doutoranda
Ernesto de Meis. Pesquisador
Juliana Maria Gomes da Motta. Mestranda
38
Ana Carolina dos Santos Monteiro é Pesquisadora Visitante (INCA). Possui
graduação em Farmácia pela Faculdade de Farmácia (1995) da UFRJ, Mestrado em
Ciências Biológicas (Biofísica) pelo Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho/UFRJ
(1997), Doutorado em Ciências Biológicas (Biofísica) pelo Instituto de Biofísica
Carlos Chagas Filho/Universidade Federal do Rio de Janeiro (2002) e pós-doutorado
(2003-2005).
Foi
Fisiologia/IBCCF/UFRJ
bolsista
PRODOC/CAPES
(2005-2007).
Atualmente
do
é
Departamento
Professora
Visitante
de
da
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de
Bioquímica/Biologia Molecular e Imunologia Celular, atuando principalmente em
estudos da regulação do sistema imune e desenvolvimento de vacinas.
Flavio Henrique Paraguassú Braga é Chefe do Banco de Cordão Umbilical
Placentário. Concluiu o mestrado em Ciências Morfológicas pela Universidade
Federal do Rio de Janeiro em 2001. Atualmente é supervisor técnico do banco de
sangue de cordão umbilical e placentário do instituto nacional de cancer. Publicou 63
trabalhos em anais de eventos. Participou de 4 eventos no exterior e 27 no Brasil.
Recebeu 4 prêmios e/ou homenagens. Atua na área de morfologia, com ênfase em
citologia e biologia celular. Em suas atividades profissionais interagiu com 42
colaboradores em co-autorias de trabalhos científicos.
Ana Carolina Terra Mercadante. Aluna de Aperfeiçoamento II
Ana Paula Gregório Alves. Técnica-INCA
Rômulo Braga Areal. Mestrando
Rômulo Gonçalves Galvani. Mestrando
Verônica Maria Morandi da Silva (Pesquisadora 1C do CNPq) é Professora Adjunta
(UERJ) 01/09/62. Possui graduação em Bacharelado Em Ciências Biológicas pela
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1983), mestrado em Bioquímica pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro (1987) e doutorado em Biologie Cellulaire Et
Moléculaire Du Vaisseau - Universite de Paris VII - Universite Denis Diderot (1994).
É revisora dos periódicos Experimental Cell Research, Journal of Cellular
Biochemistry e Microbiology. Atualmente é prof. adjunto da Universidade do Estado
do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Morfologia, com ênfase em Biologia
39
de Células Vasculares, atuando principalmente nos seguintes temas: adesão celular,
angiogênese, matriz extracelular, interação de patógenos com o endotélio.
Camila Castro Figueiredo é Professora Adjunta (UERJ). Possui graduação em
Bacharelado Em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro
(1998), mestrado em Biologia (Biociências Nucleares) pela Universidade do Estado
do Rio de Janeiro (2000) e doutorado em Biologia (Biociências Nucleares) pela
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2004). Tem experiência na área de
Morfologia, com ênfase em Citologia e Biologia Celular e atua principalmente no
estudo da célula endotelial, avaliando interações celulares entre o endotélio e outros
tipos celulares.
Aline Oliveira da Silva. Aluna de iniciação científica
Francisco Vardiero Morais. Biólogo
Juliana Vieira Dias. Doutoranda
Laila Ribeiro Fernandes. Aluna de iniciação científica
Marcela Ferreira Marques. Mestranda
Marcos de Oliveira Temperini. Técnico-UERJ
Viviane Wallerstein Mignone Dantas. Aluna de iniciação científica
Cinthya Sternberg é Pesquisadora do INCA. Possui graduação em Ciências
Biológicas (Genetica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1996), e
mestrado (1999) e doutorado (2202) em Ciências Biológicas (Biofísica) pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Com pós-doutoramento na Hebrew
University of Jerusalem (Eric Roland Center for Neurodegenerative Diseases) e no
Technion (Cancer and Vascular Biology Research Center, Rappaport Faculty of
Medicine). É atualmente Pesquisadora Plena no Instituto Nacional do Câncer Divisão Pesquisa Clínica, CPQ. Tem experiência na área de morte celular, com
ênfase em sinalização e mecanismos de apoptose, e em degradação de proteínas
pelo sistema ubiquitina - proteassoma.
Clarissa M. Maya Monteiro é Pesquisadora. Possui graduação em Medicina pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro (1995), mestrado em Química Biológica pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro (1996) e doutorado em Bioquímica pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro (2000). Tem experiência na área de
40
Bioquímica, com ênfase em Lipídeos, atuando principalmente nos seguintes temas:
lipoproteína, carrapato, hemeproteína, fluorescencia e oxidação. Atualmente é
pesquisadora concursada da Fundação Oswaldo Cruz, atuando na área de
metabolismo lipídico e resposta inflamatória, com ênfase nos efeitos da leptina na
resposta imune e formação de corpúsculos lipídicos em leucócitos.
Heloisa D'Avila da Silva é Pós-Doutoranda. Bióloga, Doutora e Mestre em Biologia
Celular e Molecular pela Fundação Oswaldo Cruz (2006). Tem experiência na área
de Biologia Geral, com ênfase em Biologia Celular, atuando principalmente nos
seguintes temas: mediadores lipídicos, BCG, corpúsculos lipídicos, inflamação,
Doença de Chagas e Tuberculose. Aualmente é Responsável Técnica pela
Plataforma
Tecnológica
-
Luminex
e
Pesquisadora
do
Laboratório
de
Imunofarmacologia na Fundação Oswaldo Cruz, RJ.
Cecilia Jacques Gonçalves de Almeida é Pesquisadora. Graduou-se em Ciências
Biológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1991), obteve grau de
mestre em Ciências Biológicas (Biofísica) pela Universidade Federal do Rio de
Janeiro (1996) e de doutor em Ciências Biológicas (Biofísica) pela Universidade
Federal do Rio de Janeiro (2002). Realizou seu pós-doutorado no Lab de Caveolas,
localizado inicialmente no Albert College of Medicina, NY e, posteriormente, no
Kimmel Cancer Center, Thomas Jefferson University, Philadelphia. Sua experiência
concentra-se nas áreas de biologia molecular e celular, no estudo de processos
inflamatórios e respostas celulares de macrófagos.
Kelly Grace Magalhães. Doutoranda
Patrícia Elaine de Almeida – Doutoranda
Rafael M Cardoso. Mestrando
Narayana Fazolini P. Bastos. Mestrando
Natalia Roberta Roque. Aperfeiçoamento Científico
Silvia Lage. Aluna de iniciação científica
Renata Ferreira Senfft. Aluna de iniciação científica
Leonardo Santos de Assunção. Aluno de iniciação científica
Giselle Barbosa Lima. Aluna de iniciação científica
Edson Fernandes de Assis. Tecnologista
41
Suse Dayse Silva Barbosa possui graduação em Biomedicina pela Universidade do
Rio de Janeiro (1988), mestrado em Biologia Celular e Molecular pela Fundação
Oswaldo Cruz (1994), doutorado em Biologia Celular e Molecular pela Fundação
Oswaldo Cruz (1999) e pós-graduação na França (2001). Atualmente é pesquisador
do Instituto Nacional de Câncer, estando cedida para Fundação Oswaldo Cruz, além
de atuar como pesquisador colaborador - Hôpital Pitié-Salpêtrière. Tem experiência
na área de Biologia Celular, com ênfase em Imunologia, atuando principalmente nos
seguintes temas: migração e desenvolvimento de linfócitos T, transplante e
inflamação.
Cronograma
Ano 1, 1o semestre
-
Análise da composição protéica e lipídica de corpúsculos lipídicos estimulados
por diveros agentes
-
Geração dos vetores contendo os cDNAs codificantes para NFAT1 e NFAT2
-
Analise da expressão por “microarray” de células transfectadas
-
Estabelecimento de cultura de progenitores CD34+ a partir de sangue de
cordão ubilical
-
Produção de proteínas recombinantes para ensaios in vitro
-
Estabelecimento da técnica de ubiquitinação e degradação de proteínas in vitro
-
Estabelecimento de protocolos de transfecção
-
Determinação do status colinérgico em pacientes selecionados
-
Validação da interação de AChE com hRUL138
-
Transferência adotivas de células marcadas com CFSE
-
Análise de diferenciação de células T anti-tumoral em memória
-
Análise da apresentação e fenótipo de DC nos modelos experimentais
-
Analisar a expressão e atividade dos transportadores ABC, ABCB1 e ABCC1,
em células dendríticas humanas nas suas várias fases de desenvolvimento
-
Estabelecer o papel de estressores como calor e hipóxia na maturação,
diferenciação e ativação de células dendríticas, correlacioneo-os à expressão
de transportadores ABC
-
Estudar a formação de armadilhas extracelulares por gran-G
-
Estabelecer o modelo de DECH em presença de tumor
42
-
Estabelecer as diferenças de migração entre as diversas linhagens de células
infectadas pelo HTLV-I
-
Analisar o papel de S1P1 e seus ligantes no desenvolvimento de células T
humanas, incluindo o papel destas moléculas nas interações entre timócitos e o
microambiente tímico (inclusive interações mediadas por outras moléculas), e
também nos eventos de morte, proliferação, ciclo e migração celular
-
Padronização da metodologia de obtenção culturas endoteliais transfectadas
para o silenciamento do core protéico do sindecan-4 (células sind-4-)
-
Seleção de linhagens tumorais com baixa expressão de TN-C, ou produzi-las
por técnicas de silenciamento de linhagens tumorais estabelecidas
-
Ensaios de interação entre células de carcinoma de próstata e mama com a
matriz subendotelial nativa, na presença de desintegrinas e polissacarídeos de
invertebrados marinhos
-
Ensaios de diferenciação angiogênica (tubulogênese) e ensaios de proliferação
endotelial na presença de desintegrinas e polissacarídeos de invertebrados
marinhos.
Ano 1, 2 o semestre
-
Análise da composição protéica e lipídica de corpúsculos lipídicos estimulados
por diveros agentes
-
Estudo da sinalização induzida por leptina
-
Analise da expressão por “microarray” de células transfectadas
-
Validação por PCR em tempo real dos genes identificados no “microarray”
-
Caracterização dos efeitos de proteínas transfectantes (XAF, NFAT, JAK2 e
JAK2V617F)
-
Correlacionar a expressão de NFAT com as variantes AChE-S e AChE-R em
CD34+ diferenciadas
-
Determinação do status colinérgico em pacientes selecionados
-
Validação da interação de AChE com hRUL138
-
Estudar a formação de armadilhas extracelulares por gran-G
-
Avaliar a resposta anti-tumoral da DECH
-
Estabelecer o protocolo de geração de gran-G humanas, in vitro, a partir de
células de medula óssea
-
Análise de diferenciação de células T anti-tumoral em memória
43
-
Análise da apresentação e fenótipo de DC nos modelos experimentais
-
Análise de sobrevivência de células T, mecanismos de morte celular (Fas, etc)
-
Continuar com os estudos envolvendo o papel de estressores correlacioneo os
efeitos à expressão de transportadores ABC nas DC
-
Estabelecer o efeito de agentes diferenciadores butirato de sódio e ácido
retinóico, na maturação e diferenciação de células dendríticas assim como os
efeitos dos mesmos na ativação dessas células
-
Verificar a via do EGFR e p38 nos efeitos produzidos por agentes
diferenciadores em células dendríticas
-
Analisar o papel do S1P1 e seus ligantes no desenvolvimento da LLA-T e do
LL-T, e a relação da expressão destas moléculas com a localização
preferencial das células tumorais
-
Verificar que quimiocinas e moléculas de ECM poderão envolver-se na
formação das massas tumorais nos linfonodos mesentéricos e de placas de
Peyer.de animais Tg para APRIL
-
Modelagem comparativa computacional para desenho de novos inibidores de
migração celular.
-
Estudo da expressão e atividade dos receptores de VEGF (VEGFR1 e
VEGFR2/Kdr) nas células endoteliais (selvagens e silenciadas para o sindecan4).
-
Estudo do comportamento adesivo, proliferativo, migratório (papel de cisteínoproteases) e de diferenciação angiogênica de células endoteliais silenciadas
para o sindecan-4 (tubulogênese)
-
Ensaios de interação entre células de carcinoma (próstata e mama) e
monocadas endoteliais in vitro, em condições dinâmicas, na presença de
desintegrinas e polissacarídeos de invertebrados marinhos.
Ano 2, 1 o semestre
-
Estudo da sinalização induzida por leptina
-
Papel da leptina na indução de tumores
-
Estudo do papel de moléculas sinalizadoras e suas relações com corpúsculos
lipídicos
-
Analise do fenótipo linfoproliferativo dos animais NFAT1-/- e NFAT2-/-
44
-
Analise do fenótipo linfoproliferativo dos animais CA-NFAT1 e CA-NFAT2
-
Avaliar o NFAT na indução do splicing alternativo do gene da AChE associado
à diferenciação de linhagem mielóide
-
Determinação
da
expressão
das
isoformas
de
AChE
em
pacientes
selecionados
-
Estudo da degradação da AChE-S in vitro e in vivo
-
Avaliar o efeito de Gran-G na resposta anti-tumoral no modelo de DECH
-
Encaminhar o ensaio clínico com gran-G para testar inibição da DECHaguda
-
Estudar as citocinas envolvidas na resposta anti-hospedeiro e anti-tumoral
-
Testes com diferentes adjuvantes para DC (citocinas e agentes estressores)
-
Verificar o efeito de produtos do microambiente tumoral na diferenciação e
ativação de células dendríticas
-
Verificar a presença de micro-partículas nos sobrenadantes de células tumorais
e seu efeito na diferenciação e ativação de células dendríticas
-
Verificar o efeito de trombina (ativada por micro-partículas e normalmente
produzida em ambiente tumoral) na ativação de células dendriticas
-
Verificar que quimiocinas e moléculas de ECM poderão envolver-se na
formação das massas tumorais nos linfonodos mesentéricos e de placas de
Peyer de animais Tg para APRIL
-
Modelagem comparativa computacional para desenho de novos inibidores de
migração celular.
-
Análise das vias de sinalização ativadas por substratos mistos de
fibronectina/peptídeos de TSP-1, comparativamente em culturas endoteliais
selvagens e silenciadas para o sindecan-4.
-
Estudo do comportamento proliferativo e da diferenciação de células
endoteliais selvagens e silenciadas para o sindecan-4, após contato com
matrizes produzidas por células de glioma expressando diferentes níveis de
TN-C.
-
Estudo preliminar da regulação do ciclo endotelial pela matriz tumoral pela
TN-C: identificação dos domínios funcionais da TN-C envolvidos.
Ano 2, 2 o semestre
-
Estudo do papel de moléculas sinalizadoras e suas relações com corpúsculos
lipídicos de células tumorais
45
-
Identificação de alvos terapêuticos ligados a biogênese e atividade dos
corpúsculos lipídicos
-
Analise do fenótipo linfoproliferativo dos animais NFAT1-/- e NFAT2-/-
-
Analise do fenótipo linfoproliferativo dos animais CA-NFAT1 e CA-NFAT2
-
Avaliar o NFAT na indução do splicing alternativo do gene da AChE associado
à diferenciação de linhagem mielóide
-
Determinação
da
expressão
das
isoformas
de
AChE
em
pacientes
selecionados
-
Estudo da degradação da AChE-S in vitro e in vivo
-
Encaminhar o ensaio clínico com gran-G para testar inibição da DECHaguda
-
Estudar as citocinas envolvidas na resposta anti-hospedeiro e anti-tumoral no
modelo de DECH
-
Análise da Ubiquitinação/degradação da AChE-S na diferenciação de MKs
-
Papel de TLR4, CCR5 e CCR7 na eficiência de vacinação com DC
-
Estabelecer o efeito de ATP extracelular na viabilidade, diferenciação e
ativação de células dendríticas
-
Verificar quais as citocinas presentes no microambiente tumoral, são
responsáveis pelo efeito na diferenciação e ativação de células dendríticas
-
Verificar que quimiocinas e moléculas de ECM poderão envolver-se na
formação das massas tumorais nos linfonodos mesentéricos e de placas de
Peyerde animais ?Tg para APRIL
-
Modelagem comparativa computacional para desenho de novos inibidores de
migração celular e síntese e teste dos peptídeos identificados por esta
abordagem.
-
Estudar comparativamente as vias de sinalização influenciadas pela
composição das matrizes de gliomas, em células endoteliais silenciadas em
sindecan-4 e selvagens.
-
Investigação da modulação de proteínas do ciclo celular (CDKs, ciclinas,
CKIs) em células endoteliais selvagens e silenciadas para o sindecan-4 em
contato com matrizes tumorais nativas, ou produzidas por células de gliomas
silenciadas para TN-C (ou selecionados para baixa expressão desta);
-
Estudo in vitro da interação de células endoteliais progenitoras (selvagens e
silenciadas para o sindecan-4) com endotélio maduro, sob efeito de fatores
tumorais: condição estática e sob fluxo.
46
Anos 3-5
-
Identificar novos alvos terapêuticos e marcadores prognósticos baseados não
conhecimento da biogênese de corpúsculos lipídicos
-
Analisar a expressão das proteínas NFAT1 e NFAT2 em diferentes amostras
de linfomas de pacientes por “tissue microarray” e correlacionar a expressão
destas proteínas com a resposta terapêutica e sobrevida deste pacientes, com
o objetivo de avaliar se as proteínas NFAT podem ser utilizadas como
marcadores de prognóstico em pacientes com doenças linfoprolifetarivas
-
Analisar a atividade de AChE em pacientes portadores da mutação JAK2
V617F; Análise da expressão de mRNA de XAF na medula óssea de pacientes
portadores da mutação JAK2 V617F; Análise da expressão de mRNA da AChE
na medula óssea de pacientes portadores da mutação JAK2 V617F;
Mapeamento dos sítios de ubiquitinação da AChE-S; Resposta plaquetária
induzida por LPS em animais knockout para NFAT1; Análise da expressão da
AChE em animais knockout para proteínas NFAT1
-
Ensaio clínico com gran-G para inibição da DECH
-
Estudar os mecanismos de inibição da DECH por gran-G no que se refere a
microflora intestinal
-
Desenho e teste de terapias celulares incluindo células dendríticas e linfócitos,
no modelo animal (pré-clínico), Desenho e teste de uma terapia experimental
para humanos
-
Com o que foi estabelecido nos dois primeiros anos utilizeo células dendríticas
de indivíduos normais, estudaremos os mesmos parâmetros em (a) células
dendríticas de pacientes com câncer e trombose, e (b) células dendríticas de
pacientes com histiocitose de células de Langerhams
-
Desenho e teste de agentes inibitórios obtidos a partir dos ensaios de
modulação computacional baseado nos doados gerados experimentalmente
-
Modulação dos padrões de migração de malignidades hematopoiéticas a partir
da identificação dos mecanismos que levam a esta migração diferencial.
-
Avaliação do papel da TN-C em células tumorais silenciadas ou selvagens no
modelo de glioma experimental (colaboração com o grupo do Prof. Vivaldo
Moura Neto/UFRJ): estudo morfo-funcional da rede vascular em tumores gliais
implantados.
47
-
Estudo in vivo
do recrutamento e incorporação de EPCs humanas
(silenciadas para o sindecan-4 ou selvagens) em tumores implantados em
camundongos nude (pelo uso do sistema de bioluminescência in vivo –
padronização do modelo).
-
Estudo in vivo
do recrutamento e incorporação de EPCs humanas
(silenciadas para o sindecan-4 ou selvagens) em tumores implantados em
camundongos nude (efeito de moduladores de adesão).
Interações locais e internacionais
Nacionais
-
Hugo Castro-Faria-Neto – IOC/FIOCRUZ.
-
Jonas Perales – IOC/FIOCRUZ.
-
Richard H. Valente – IOC/FIOCRUZ.
-
Rossana Melo – Dept. Biologia Celular – UFJF.
-
Christianne Beeira-Melo – Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho/UFRJ.
-
Roger Chammas, Departamento de Oncologia, USP.
-
Gustavo Amarante Mendes, Departamento de Imunologia, USP.
-
Martin Bonamino – INCA.
-
Ilana Zalcberg Reanult - INCA.
-
Bruno Lourenço Díaz - Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho/UFRJ.
-
Weerley de Souza - Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho/UFRJ.
-
Celso Vataru Nakamura – Departamento de Anàlises Clínicas, Universidade
Estadual de Maringá.
-
Heloisa Selistre de Araujo - Dep. de Ciências Fisiológicas/UFSCar.
-
Vivaldo Moura Neto - Dep. de Anatomia/UFRJ.
-
Julio Scharfstein- Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho/UFRJ.
-
Leila
Maria
Lopes
Bezerra
-
Departamento
de
Biologia
Celular
e
Genética/UERJ.
-
Paulo Antônio de Souza Mourão - Departamento de Bioquímica Médica/UFRJ.
-
Prescilla
Emy
Nagao
Ferreira
-Departamento
Genética/UERJ.
-
David Saitovich –Laboratório de nefrologia- PUC-RS.
-
Clarice Alho - Laboratório Genética- PUC-RS.
-
Carla Bonan- Laboratório Bioquímica- PUC-RS.
de
Biologia
Celular
e
48
-
Nance Nardi - Laboratório de Imunogenética – UFRGS.
-
Gilberto Schwartzman - Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
-
João Santana, USP de Ribeirão Preto.
-
José Barbuto, ICB-USP.
-
Laboratório de Inflamação, Instituto Oswaldo Cruz, Fiocruz.
-
Centro de Pesquisa Básica, Instituto Nacional do Câncer.
-
Setor de Bioinformática, Laboratório Nacional de Computação Científica,
Petrópolis.
-
Instituto Ludwig de Pesquisas Sobre o Câncer.
-
Departamento de Genética, FMRP/USP-Ribeirão Preto.
-
Departamento de Biologia Celular, FMRP/USP-Ribeirão Preto.
-
Departamento de Imunologia, FMRP/USP-Ribeirão Preto.
-
Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade Federal de Alagoas, Maceió.
Internacionais
-
Peter F. Weller – Harvard Medical School – Estados Unidos.
-
Guy Zimmerman – Utah University - Estados Unidos.
-
Anjana Rao - The Center for Research, Harvard Medical School.
-
Chantal Legre – INSERM U533 Hôpital Saint Louis, Université Paris 7.
-
Anne Woods - University of Alabama at Birmingham, Estados Unidos.
-
Cathérine Boisson-Vidal INSERM, Faculté de Pharmacie Université Paris 5.
-
Michel Crépin_ INSERM U 553 Hôpital Saint Louis.
-
Marc Jenkins - Universidade de Minnesota, Estados Unidos.
-
Vince Guerriero, da Universidade do Arizona, Estados Unidos.
-
Barry Rouse, da Universidade do Tenessee, Estados Unidos.
-
William Heath – Austrália.
-
Departamento de Imunologia, Universidade Nacional de Rosário, Argentina.
-
Departamento de Imunologia, Instituto Nacional de Saúde, Moçambique.
-
Departamento de Biologia Celular, Universidade Complutense de Madri,
Espanha.
-
Instituto de Genética Molecular de Montpellier, CNRS, França.
-
Hôpital Pitiè-Salpetrière, Inserm UMR 787, Paris, França.
-
Hôpital Necker, CNRS UMR-8147, Paris, França.
49
Projetos financiados nos últimos cinco anos
João Viola
-
CNPq, Edital Universal 01/2002 (472819/2003-8). Envolvimento do Fator de
Transcrição NFAT1 no Controle do Ciclo Celular e Apoptose na Ativação de
Linfócitos. Pesquisador Principal, 2003-2005. R$49.000.
-
NIH/FIRCA (RO3-TW006466-01). Titulo: Cell Cycle e Apoptosis Regulation by
NFAT. Pesquisador Principal, 2004-2007. US$96.000.
-
CNPq,
Edital
(401130/2005-3).
MCT-CNPq/MS-SCTIE-DECIT-Saúde/Neoplasias
Envolvimento
de
Corpúsculos
Lipidicos
e
06/2005
enzimas
metabolizadoras de lipídeos (PLA2, COX-2 e FACL-4) no adenocarcinoma de
colon. Colaborador. Pesquisador Principal: Patrícia Bozza. 2005-2007.
R$90.000.
-
CNPq,
Edital
MCT-CNPq/MS-SCTIE-DECIT-Saúde/Neoplasias
06/2005
(400968/2005-3). Envolvimento do NFAT na Regulação do Ciclo Celular e
Tumorigênese. Pesquisador Principal, 2005-2007. R$110.000.
-
International Centre for Genetic Engineering e Biotechnology (ICGEB),
Collaborative Research Programme (CRP/BRA04-02). Involvement of NFAT
Transcription Factor in Cell Cycle Regulation. Pesquisador Principal, 20052008. US$60.000.
-
CNPq, Edital Universal 02/2006 (484995/2006-5). Envolvimento do Fator de
Transcrição NFAT na Ativação e Transformação de Linfócitos B. Pesquisador
Principal, 2006-2008. R$37.000.
-
FAPERJ, Cientista do Nosso Estado - Edição 2007 (E-26/100.517/2007). Titulo:
Regulação da Ativação e Transformação de Linfócitos pelos Fatores de
Transcrição NFAT. Pesquisador Principal, 2007-presente. R$56.600.
-
FAPERJ, PensaRio - Apoio ao Estudo de Temas para o Rio de Janeiro (E26/110.374/2007). Bases Celulares e Moleculares da Resposta Inflamatória em
Doenças Infecciosas e Câncer: Identificação de Biomarcadores e Novos Alvos
Terapêuticos. Colaborador (Pesquisador Principal: Dra. Patrícia Bozza), 2007presente. R$600.000.
-
FAPERJ, Auxilio a Pesquisa Edital PPSUS (E-26/171.474/2006). Envolvimento
da Família de Fatores de Transcrição NFAT na Regulação do Ciclo Celular e
Tumorigênese. Pesquisador Principal, 2008-presente. R$40.000.
50
Adriana Bonomo
-
FAPERJ, Edital APQ2 – Auxilio à Organização de Eventos 2008/01 (E-26 /
111.315 / 2008). 15th International Histocompatibility e Immunogenetics
Workshop (15IHIWS) . Pesquisador Principal, 2008. R$18.000,00
-
FAPERJ, Edital Programa Á Inst. De Ensino e Pesquisa Sediadas 2008 (E-26 /
110.949 / 2008). Aplicações de Bioluminescência e fluorescência in vivo em
câncer e inflamação. Pesquisador Principal, 2008.R$200.000,00.
-
FAPERJ, PensaRio - Apoio ao Estudo de Temas para o Rio de Janeiro (E26/110.374/2007). Bases Celulares e Moleculares da Resposta Inflamatória em
Doenças Infecciosas e Câncer: Identificação de Biomarcadores e Novos Alvos
Terapêuticos. Colaborador (Pesquisador Principal: Patrícia Bozza), 2007presente. R$ 50.000,00 (parcial do pesquisador).
-
CNPq, Edital Universal 2007 Faixa C-Edital MCT/CNPq 15/2007 - Universal Faixa C - De R$ 50.001,00 até R$ 150.000,00 (471108/2007-3). Imunologia e
hematopoiese: procura de novas estratégias de regulação. Pesquisador
Principal, 2007-2009. R$ 77000,00
-
CNPq, Edital PQ 10/2007 - (308961/2007-2). Imunologia e hematopoiese:
procura de novas estratégias de regulação.
2008-2010.R$75.600,00 (inclui
taxa de bancada).
-
FAPERJ, Edital BBP – Programa Cientistas do Nosso Estado – Nivel 1 (E26 /
152.896 / 2006). Terapia Celular e Gênica no Transplante de progenitores
Hematopoietios. Pesquisador Principal, 2007-2008. R$ 48.000,00
-
CNPq, Edital CT-Saúde/MCT/CNPq nº 06/2005. Estudo de Neoplasias
(4000998/2005-0). Terapia Celular e Genica no Transplante de Progenitores
Hematopoieticos. Pesquisador Principal, 2005-2007. R$90.000,00
-
CNPq, Edital PQ 10/2004 - (303794/2004-6). Tranplante de Progenitores
Hematopieticos: imunologia e hematopoiese, 2005-2008. R$75.600,00 (inclui
taxa de bancada).
-
SWB – Swiss Bridge Foundation - Cooperação Internacional – Subprojeto 5:
Phase I/II trial on the inhibitory effect of G- CSF induced low density
granulocytes (LDG) over acute Graft Versus Host Disease after allogeneic stem
cell transplantation e studies on LDGs mechanism of action. Pesquisador
Principal, 2006-2008. R$ 360.000,00
51
-
FAPERJ, Edital APQ1 – Auxilio Á Pesquisa 1 (E26 / 170.624 / 2004).
Hematopoiese e Sistema Imun e: Interações na Saúde e na Doença.
Pesquisador Principal, 2004-2005. R$20.000,00.
-
CNPq, Edital Universal 2002 Faixa A - até R$ 25.000,00 (474929/2003-5).
Transplante de progenitores hematopoéticos: implicações do sistema imune e
da interação com o estroma medular. Pesquisador Principal, 2003-2005.
R$24.900,00.
José Morgado
-
Estudo dos mecanismos celulares e moleculares relacionados com a perda da
adesão célula-célula no câncer de colon. Agência financiadora: CNPq,
Processo: 501485/2008-2. Bolsa de Auxilio Técnico Nível Superior. R$
11640,00
-
Manutenção do Sistema de microscopia e Processamento de Imagens da
Divisão de Biologia Celular – INCa. Agência financiadora: FAPERJ, Processo:
E-26/110.885/2008. R$ 51.240,00.
-
Bases Celulares e Moleculares da Resposta Inflamatória em Doenças
Infecciosas e Câncer: Identificação de Biomarcadores e Novos Alvos
Terapêuticos. FAPERJ, PensaRio - Apoio ao Estudo de Temas para o Rio de
Janeiro. Processo: E-26/110.374/2007-2008. R$ 25.000,00.
-
Aspectos celulares e moleculares da transisão epitélio-mesenquimal na
carcinogênese colo-retal. Agencia financiadora: FAPERJ, Processo: E26/170.565/2007 R$ 12500,00.
-
Aspectos Celulares e Moleculares na Adesão Célula-Célula em Câncer
Coloretal: Identificação de Moléculas Alvos Para Uso Potencial Como Agentes
Terapêuticos. Agência financiadora: FAPERJ/MS. 2006 R$ 31.000,00.
-
Aspectos celulares e moleculares da perda da adesão célula-célula em câncer
de cólon Agência financiadora: Ministério da Saúde - Projerto INCA FIOCRUZ. 2006. R$ 120.000,00
-
Aspectos celulares e moleculares da perda da adesão célula-célula em câncer
de cólon Agência financiadora: FAPERJ, Processo: E-26/170.177/2005. R$
12500,00
52
-
Estudo da regulação da organização e função do complexo juncional em
células de adenocarcinoma de cólon. Agência financiadora: FAPERJ,
Processo: E-26/170.000/2003. R$ 12500,00
-
Estudo da regulação e função do complexo juncional em células de
adenocarcinoma
de
cólon.
Agência
financiadora:
CNPq,
Processo:
412043/2003-3 R$ 25000,00
Vivian Rumjanek
-
FINEP- Coordenadora do Projeto Novos quimioterápicos para o tratamento de
neoplasias Proc. 4161/05. Inicio Agosto 2006, valor R$ 970.000,00 (só metade
da verba foi liberada). Vigente.
-
FAPERJ – PENSA RIO – Coordenadora do Projeto Resistência a múltiplas
drogas em câncer: estudo do problema e busca de novas abordagens
terapêuticas. Proc. E-26/110.399/2007. Início Novembro 2007, valor R$
194.075,00. Vigente.
-
CNPq
–
NEOPLASIAS
–
Coordenadora
do
Projeto
Resistência
a
quimioterápicos em câncer de pulmão. Início Janeiro 2006, valor R$ 90.000,00.
Finalizado Janeiro 2008.
Veronica Morandi
-
Bolsa de Produtividade em Pesquisa – Nível 1C – CNPq: março de 2006 a
fevereiro de 2009. R$36.000,00.
-
Estudo do papel do sindecan-4 e da trombospondina-1 na angiogênese, em
modelos de células endoteliais transfectadas - CNPq – Edital Universal 2006proc.485188/2006-6 (implementado em 2007)R$27000,00.
-
Modulação fenotípica de células endoteliais adultas e progenitoras – CNPq
Chamada de Apoio a Cooperação Internacional 2006 – CNPq/INSERM – proc.
490757/2006-5 (implementado em 2007)R$36000,00.
-
Interação de células tumorais com a matriz subendotelial e com o endotélioCNPq – Edital para o Estudo de Neoplasias 06/2005 - Proc. 401188/2005-1 R$ 70.000,00.
-
Novas moléculas pró-angiogênicas para a optimização do cultivo de
precursores endoteliais circulantes de humanos – CNPq Edital para Estudo de
Células-Tronco 024/2005 – Proc. 552412/2005-8 R$ 60.000,00
53
-
Interações de células tumorais com a matriz extracelular e com o endotélio.
CNPq – Edital para o Estudo de Neoplasias 06/2005 – Proc. 401188/2005-1
R$ 17.000,00.
-
Glicobiologia: efeito de polissacarídeos na biologia vascular, aprovado no
âmbito
do
PRONEX/CNPq
(edital
FAPERJ
04/2006)
(participante)
coordenador: Prof. Paulo Antônio de Souza Mourão/UFRJ R$ 75.000,00.
-
Inflamação e Câncer, projeto aprovado no âmbito do Edital de Apoio às
Entidades Estaduais/FAPERJ, (participante) coordenadora: Profa. Thereza
Christina Barja-Fidalgo/UERJ R$ 45.000,00.
-
Tumores Intracranianos: Imagem, cirurgia, classificação, biologia celular e
molecular, projeto aprovado no âmbito do Pensa Rio/FAPERJ (participante)
coordenador: prof. Vivaldo Moura Neto/UFRJ. R$ 67.000,00.
-
Glicobiologia: efeito de polissacarídeos na biologia vascular, aprovado no
âmbito
do
PRONEX/CNPq
(edital
FAPERJ
04/2006)
(participante)
coordenador: Prof. Paulo Antônio de Souza Mourão/UFRJ.
Cristina Bonorino
-
Geração de memória T CD4+ anti-tumoral in vivo - Edital Neoplasias, CNPq,
2005 – R$ 70.000,00.
-
Estudo da proteção de células nervosas da pele dos danos da radiação
UVA/UVB. O Boticário, 2005. R$ 212.000,00.
-
Terapia celular para pacientes com câncer de mama – otimização da terapia
convencional – Edital Procoredes III, FAPERGS, 2006, R$ 35.000,00.
-
Desenvolvimento
de
um
imunossupressor
baseado
na
Hsp70
de
Mycobacterium tuberculosis Finep, 2008. R$120.000,00.
Patrícia Bozza
-
PAPES V-FIOCRUZ- Biogênese e novas funções dos corpúsculos lipídicos na
sinalização celular: Contribuições para a inflamação e câncer. Pesquisador
Principal: Patrícia Bozza, 2008-2010. R$ 60.000,00.
-
CNPq, Programa Nacional de Pós Doutorado (Ed 342007 L3 PD 558697/20089). Bases Celulares e Moleculares da Biogênese e Função dos Corpúsculos
Lipídicos em Macrófagos: Contribuições para a resposta imune inata.
Pesquisador Principal: Patrícia Bozza, 2008-2012. R$ 261300,00.
54
-
CNPq, Edital Universal- (485333/2007-4) Título: O papel dos receptores do tipo
Toll na atividade imunomoduladora de lipídeos de Schistosoma mansoni.
Pesquisador Principal: Patrícia Bozza, 2007-2008. R$ 119.000,00.
-
FAPERJ, PensaRio - Apoio ao Estudo de Temas para o Rio de Janeiro (E26/110.374/2007). Bases Celulares e Moleculares da Resposta Inflamatória em
Doenças Infecciosas e Câncer: Identificação de Biomarcadores e Novos Alvos
Terapêuticos.
Pesquisador
Principal:
Patrícia
Bozza,
2007-2009.
R$
600.000,00.
-
FAPERJ, Cientista do Nosso Estado - Titulo: Heterogeneidade e Função dos
Corpúsculos lipídicos em Macrófagos: Contribuições para a aterosclerose e a
resposta imune inata. Pesquisador Principal: Patrícia Bozza, 2007-2008. R$
48.000,00.
-
CNPQ, Bolsa de Produtividade em Pesquisa (308484/2005-3, PQ 10/2005)
Mecanismos de Formação e Composição de Corpúsculos Lipídicos em
Leucócitos: Impacto para a Geração de Mediadores Inflamatórios. Pesquisador
Principal: Patrícia Bozza, 2005-2008. R$ 48.000,00.
-
PRONEX/MCT/FAPERJ. Mecanismos fisiopatológicos e novas abordagens
terapêuticas das doenças inflamatórias pulmonares: da bancada a prática
clínica. Pesquisador Principal: Walter Zin, 2006-2008. R$ 600.000,00.
-
Edital MCT-CNPq/MS-SCTIE-DECIT-Saúde/Neoplasias 06/005(401130/20053)
Neoplasias.
Envolvimento
de
Corpúsculos
Lipídicos
e
enzimas
metabolizadoras de lipídeos (PLA2, COX-2 e FACL-4) no adenocarcinoma de
cólon. Pesquisador Principal: Patrícia Bozza. R$ 90.000,00.
-
PAPES IV-FIOCRUZ (400131/2006-4). Participação dos corpúsculos lipídicos
na resposta imune inata e na resposta do hospedeiro frente à parasitas
intracelulares. Pesquisador Principal: Patrícia Bozza, 2006-2007. R$ 60.000,00.
Wilson Savino
-
Laminina e migração celular no sistema linfo-hematopoiético: papel funcional e
potencial terapêutico, 2008 – 2011, R$ 470.000,00, CNPq/Faperj – Pronex.
-
Migração linfocitária na infecção pelo vírus HTLV-1, 2008 – 2010, R$
55.000,00, CNPq – Pró África.
-
Migração e Morte de Linfócitos T na Infecção Chagásica Experimental, 2006 –
2008, R$ 40.000,00, CNPq – Pró Sul.
55
-
Participação da Galectina-3 na Migração e Morte de Timócitos em Condições
Fisiológicas e na Infecção Chagásica Experimental, 2008-2010, R$ 39.503,00,
CNPq-Universal.
-
Interação timócitos / células epiteliais tímicas humanas: perfil de expressão
gênica. 2006 – 2008, R$ 35.000,00, CNPq – Universal.
-
Interação timócitos / células epiteliais tímicas humanas: perfil da expressão
gênica, 2007 – 2009, R$ 54.000,00, Faperj – Cientista do Nosso Estado.
-
Distrofia Muscular de Duchenne: estudo do processo inflamatório, 2008 – 2010,
60.000,00 R$ , PAPES – Fiocruz.
-
Moléculas envolvidas no endereçamento de Células - Tronco Humanas, 2006 –
2008, R$ 190.000,00, INCA Fiocruz.
-
Interações celulares e moleculares na fisiopatologia da infecção por HTLV-1:
modelos de estudo de migração linfocitária e transferência de material viral,
2006 – 2008, R$ 350.000,00, INCA Fiocruz.
Participação em Pós-graduações
João Viola
-
Programa de Pós-graduação em Oncologia, Instituto Nacional de Câncer (nível
5), Docente Permanente.
-
Programa de Pós-graduação em Biofísica, Instituto de Biofísica Carlos Chagas
Filho, UFRJ (nível 7), Docente Colaborador.
-
Programa de Pós-graduação em Ciências Morfológicas, Instituto de Ciências
Biomédicas, UFRJ (nível 6), Docente Colaborador.
Patrícia Bozza
-
Pós-graduaçao em Biologia Celular e Molecular / IOC-FIOCRUZ (nível 6),
Docente permanente.
-
Pós-graduaçao em Clinica Médica (Pneumologia) UFRJ (nível6), Docente
Colaborador.
-
Pós-graduaçao em Imunologia ICB USP (nível 7), Docente Colaborador.
Adriana Bonomo
-
Programa de Pós-graduação em Oncologia, Instituto Nacional de Câncer (nível
5), Docente Permanente.
56
-
Programa de Pós-graduação em Microbiologia, Instituto de Microbiologia
Professor Paulo de Góes (nível 6), Docente permanente.
-
Programa de Pós-graduação em Biofísica, Instituto de Biofísica Carlos Chagas
Filho, UFRJ (nível 7), Docente Colaborador.
Cristina Bonorino
-
Programa de Pós Graduação em Biologia Celular e Molecular – PUCRS (nível
4), Docente Permanente.
Veronica Morandi
-
Programa
de
Pós-Graduação
em
Biologia/UERJ
(nível
6),
Docente
Permanente.
Wilson Savino
-
Biologia Celular e Molecular – Fiocruz (nível 6).
-
Oncologia – INCA (nível 5).
-
Neuro-Imunologia – UFF (nível 4).
Déa Maria Serra Villa Verde
-
Biologia Celular e Molecular – Fiocruz (nível 6).
-
Biologia Parasitária – Fiocruz (nível6).
-
Genética e Biologia Molecular – Unicamp (nível 7).
-
Medicina Veterinária – UFF (nível 5).
Suse Dayse Silva Barbosa
-
Biologia Celular e Molecular – Fiocruz (nível 6).
Carla Eponina de Carvalho Pinto
-
Biologia Celular e Molecular – Fiocruz (nível 6).
-
NeuroImunologia – UFF (nível 4).
Vivian Rumjanek
-
Programa de Pós-Graduação em Química Biológica , Instituto de Boquímica
Médica, UFRJ (nível 7), Docente Permanente.
57
-
Programa de Pós-graduação em Biofísica, Instituto de Biofísica Carlos Chagas
Filho, UFRJ, (nível 7), Docente Permanente.
José Morgado
-
Programa de Pós-graduação em Oncologia, Instituto Nacional de Câncer (nível
5), Docente Permanente.
Contrapartida Institucional
No INCA: Equipamentos de PCR (6), fontes e cubas para eletroforese (verticais
e horizontais), cabines para preparo de PCR, centrífugas clínicas (5), estufas de CO2, cabine de fluxo laminar nível II-A2 (4), microcentrífugas (3), microcentrífuga
refrigerada, banho-maria, centrífuga a vácuo, equipamento para preparo de cortes
congelados (criostato Reichter-Jung), agitadores orbitais, “shaker” para crescimento
de bactérias, banho-maria, geladeiras, freezers –20 (4), freezers –80 (4), centrífugas
refrigeradas (2), microscópio invertido e direto (fase e fluorescência), lupa para
dissecção, fluorímetro, sistema de filtração de agua miliQ, microcomputadores,
scanner, impressoras jato de tinta e laser.
Estrututra e equipamentos institucionais: biotério de camundongos com
controle de patógenos e sistema isolamento individual de salas para controle de
infecções e sala de procedimentos com fluxo laminar e centrífuga clínica,
manutenção de animais de várias linhagens. Citômetro de Fluxo FACSCalibur com
dois
lasers
e
sorter.
Equipamento
para
contagem
de
cintilação
líquida,
Seqüenciadores de DNA MEGA-BACE e ABI377, Real-Time-PCR, microscópio
eletrônico de transmissão, ultracentrífuga, microarray, tissue microarray, sistema de
pinças ópticas, espectrofotômetro Nanodrop, sala própria para manipulação de
patógenos com ar filtrado, porta dupla e equipada com cabines de fluxo laminar nível
II-B2 (2).
Três fluxos laminares e 3 estufas de CO2 para cultura de células, um freezer
de -80° C, 4 freezers e 4 geladeiras para estoque de reagentes. Dentre os
equipamentos de importância podemos mencionar: um microscópio eletrônico Zeiss
900 e toda a infraestrutura necessária para trabalhos de microscopia eletrônica, e
um microscópio Axiovert acoplado a um processador de imagens para trabalhos de
imunofluorescência. Além disso, contamos com toda a infraestrutura necessária para
trabalhos bioquímicos: eletroforese, imunobloting e dosagens enzimáticas, e
58
fisiológicas
para
especializadas
medida
de
resistência
transepitelial.
como criofratura, microscopia
de
Algumas
técnicas
varredura, trabalhos
com
microscopia confocal, e trabalhos de transfecção celular, vêm sendo realizadas nos
laboratórios dos colaboradores antes mencionados.
Atualmente estamos adquirindo o sistema de bioluminescência in vivo IVIS
(chegada prevista para 02/2009), um microscópio confocal com sistema multifoton
(chegada prevista para 05/2009) e implementeo um laboratório BL-II+ no biotério e
um banco de embriões (conclusão prevista para 10/2009).
Na UERJ: 02 câmaras de fluxo laminar,01 centrífuga refrigerada de
bancada, 02 estufas de CO2,01 microscópio invertido, com sistema de captura
digital de imagens, 01 microscópio ótico de fluorescência Nikon, com sistema de
captura digital de imagens, 01 microscópio ótico Nikon , 03 jogos de micropipetas
reguláveis, 01 pipeta Multicanal regulável, 02 sistemas de eletroforese, 02
sistemas
para
eletrotransferência,
02
leitores
de
microplacas,
espectrofotômetros, 01 Espectrotômetro UV/Vis.
Equipamentos multiusuário (centro Biomédico da UERJ):
-
Microscópio Eletrônico de Transmissão marca Zeiss modelo 906
-
Microscópio Eletrônico de Varredura marca LEO modelo 1450VP
-
Metalizador marca CRESSINGTON modelo SPUTTER COATER 108
-
Ponto Critico marca PELCO, modeloCPD2 Critical Point Dryer
-
Microscópio Confocal Zeiss modelo LSM 510 META
-
Citômetro de fluxo FACS-Excalibur BD.
Na PUC-RS: Estantes ventiladas tecniplast para 100 gaiolas comporteo 10
animais cada,Unidade de ventilação para gaiolas ,Sala exclusiva para camundongos
no vivário da Faculdade de biocièncias, Autoclave, Milliq, estufa CO2, 2 fluxos
laminares, máquina pcr, cubas de gel dna (2), cubas de gel sds-page (3), transblot
unit – 2,fontes eletroforese – 3, centrifuga eppendorf refrigerada – 01, centrifuga
clinica refrigerada - o1, mini-centrifuga – 01, centrifuga baby fanem – 01, centrifuga
para tubos falcon sem refigeração – 01, pipetador automático – 02, microscopio
invertido, freezer –80, centrifuga sorvall, shaker p; bacterias, camara fria,
microscópio, fluorescencia zeiss ax70 3 cores, microscopio invertido com
fluorescencia verde.
59
Na FIOCRUZ: sala de cultura de células com fluxo laminar (3), estufa de CO2
(2) e microscópio invertido; leitora de ELISA com capacidade de fluorescência;
sistema de microscopia de fluorescência; luminômetro, luminex, eletroporador,
citometro de fluxo (FACS), duas citocentrífugas; centrífuga refrigerada; fluxo laminar
para manipulação de animais; sistemas de eletroforese de DNA/RNA e proteínas;
espectrofotômetro; recipientes de nitrogênio líquido para armazenamento de
amostras e ainda estantes isoladoras com ambiente controlado para manutenção
dos animais em experimentação. Além disto, o Departamento de Fisiologia e
Farmacodinâmica, onde o Laboratório de Imunofarmacologia está inserido ainda
possui equipamentos de uso comum como um espectrômetro de massa, sistema de
HPLC, ultracentrífuga; seqüenciador de proteínas; câmara fria; contadores de
radioatividade e um citosensor. O laboratório está conectado a rede mundial
decomputadores através de rede de fibra ótica de acesso rápido, e os profissionais e
estudantes possuem amplo acesso ao portal de periódicos CAPES além de contar
com o importante acervo de periódicos e livros da biblioteca de Manguinhos. As
técnicas relacionadas à investigação da ativação e celular e a liberação de
mediadores inflamatórios propostas neste projeto são realizadas de maneira
rotineira no Laboratório de Imunofamacologia por pessoas treinadas e com
experiência mínima de dois anos na realização destes ensaios
================================================================
60
TEMA 2: BIOMARCADORES EM CÂNCER
Sub-projeto 1- Biomarcadores biológicos de diagnóstico
Racional
O Carcinoma epidermoide de esôfago (CEE) corresponde a mais de 90% dos
tumores esofágicos no Brasil e no mundo. Esta neoplasia está presente
principalmente em países em desenvolvimento, sendo que o Brasil é uma das áreas
de alta incidência (Parkin et al., 2001). No Brasil o CEE é a quarta neoplasia mais
freqüente entre os homens e a sétima entre as mulheres (Estimativa 2008:
Incidência de Câncer no Brasil). O CEE possui alta letalidade e, independente dos
avanços cirúrgicos, quimioterápicos e radioterápicos, não houve melhora significante
no prognóstico do CEE, que apresenta sobrevida em cinco anos em torno de 5%
somente (Ribeiro et al., 1996). A principal razão para a baixa sobrevida dos
pacientes com CEE é devido ao seu diagnóstico tardio (mais de 60% dos tumores
no Brasil são diagnosticados em estádios 3 e 4) (Estimativa 2008: Incidência de
Câncer no Brasil). Porém, pacientes com diagnóstico precoce de CEE, com tumores
restritos a mucosa e com invasão de submucosa tem sobrevida média de 90% e
45% em cinco anos (Skinner et al., 1982).
A
realização
de
rastreamentos
endoscópicos
e
citológicos
não
tem
demonstrado viabilidade clínica nem econômica para a detecção de CEE em
estágios precoces. Esta realidade enfatiza a necessidade urgente de identificação,
desenvolvimento e aplicação de biomarcadores que tenham impacto na biologia
tumoral e que possam funcionar como marcadores moleculares de detecção
precoce e efetiva previsão da sua evolução clínica e/ou como alvos de desenho de
drogas (Zhou et al., 2005).
Dentre os grupos de risco que apresentam maior potencial para diagnóstico
precoce do CEE estão pacientes com tumores de cabeça e pescoço (HNSCC), que
apresentam sobrevida em 5 anos superior a 50%, caso não tenham um segundo
tumor primário de esôfago. Porém, estudos demonstram que por volta de 30% dos
pacientes com HNSCC apresentam de forma sincrônica um segundo CEE primário
ou lesão pré-neoplásica esofágica (Mcguilt et al., 1982, nossos resultados não
publicados).
Os resultados de Wang et al. (2006) quanto ao perfil proteômico sérico em
pacientes com lesões cancerosas e pré-cancerosas são promissores como
61
biomarcadores para rastreamento em pacientes com alto risco para carcinoma
escamoso de esôfago. De forma similar, instabilidades genômicas (Eisenberger et
al., 2003) e alterações epigenéticas (Carvalho et al., 2008) tecido-específicas podem
ser utilizadas como biomarcadores em soro através da análise de perda de
microsatélite ou hipermetilação de região promotora de determinados genes. Análise
de alterações em genes de baixa penetrância também podem ajudar a identificar
indivíduos mais susceptíveis e em maior risco para o desenvolvimento de CEE
(Ribeiro Pinto et al., 2003; Rossini et al., 2007).
Recentemente, o nosso grupo descreveu o perfil de expressão da proteína
GBP-2 (Guanylate binding protein-2) (Guimarães et al., 2008), sugerindo um
possível papel de GBP-2 na carcinogênese esofagiana e um potencial de GBP-2
como biomarcador e futuro alvo de drogas, justificando assim a sua melhor
caracterização. Variantes geradas por splicing alternativo podem ter um papel
fundamental durante o desenvolvimento e progressão de tumores. Nessa linha,
nosso grupo selecionou candidatos de eventos de splicing alternativo do gene GBP2, através de ferramentas de bioinformática utilizando uma plataforma de
bioinformática que integra dados de transcriptoma e proteoma recentemente
desenvolvida pelo nosso grupo (pedido de patente de invenção requerido no INPI na
petição número 020070063423-RJ de 15 de Maio de 2007). Foram identificadas e
validadas
experimentalmente
três
variantes
(GBP-2e,
GBP-2d
e
GBP-2c)
diferencialmente expressas em linhagens celulares tumorais e em tecidos normais
(dados ainda não publicados). Entretanto, para caracterizar essas variantes como
possíveis biomarcadores, são necessários estudos futuros.
Mutações no DNA mitocondrial estão correlacionadas com diversos tipos de
tumores sólidos (Brandon et al,2006). O padrão de herança do DNA mitocondrial é
matrilinear sendo então possível especular que a filogeografia do câncer possa
também estar relacionada a certos haplogrupos presentes na população. Como um
todo tal estudo contribuiria como ferramenta para detecção precoce do câncer. Não
há na população brasileira estudos envolvendo mutações no DNA mitocondrial e a
etiologia de câncer.
Objetivos
Buscar a elucidação de mecanismos de carcinogênese e identificar marcadores
tumorais de diagnóstico precoce e de susceptibilidade com sensibilidade e
62
especificidade altas, no carcinoma epidermoide de esôfago, tanto na área
experimental como clínica, com os objetivos específicos:
1.
Diagnosticar CEE em pacientes assintomáticos, epidemiologicamente em
condições de risco, como aqueles com tumores de cabeça e pescoço.
2.
Realizar intervenção terapêutica sustentada no conhecimento dos mecanismos
de carcinogênese.
3.
Monitorizar a resposta terapêutica.
4.
Seqüenciar toda a extensão do DNA mitocondrial isolado de material de
biópsias de CEE, câncer de mama e de pulmão de pacientes diagnosticados.
5.
Investigar a correlação entre a presença de mutações e o câncer e o valor
preditivo destas em indivíduos incluídos nos grupos de risco para obter
marcadores informativos para diagnóstico precoce de câncer.
6.
Determinar a filogeografia das mutações por meio da identificação dos
haplogrupos dos indivíduos portando mutações como forma de reconhecer a
composição genética da população afetada.
Desenho Experimental
Pacientes com HNSCC atendidos no INCA (1000) serão submetidos e
cromoendoscopia para coleta de lesões pré-neoplásicas ou CEE. Serão coletados
sangue e fragmentos de HNSCC e das lesões esofágicas de pacientes que
apresentem lesões sincrônicas em cabeça e pescoço e esôfago ou somente em
cada tecido. Serão extraídos DNA e RNA das lesões e DNA a partir do sangue.
Análises de marcadores de diagnóstico envolverá perda de heterozigose utilizando
chip de instabilidade genômica da Affymetrix e subseqüente confirmação por CGH e
sequenciamento de microsatélites marcadores de regiões cromossômicas, tanto nos
tecidos, como no sangue (Eisenberger et al., 2003). De forma complementar a
análise de perfil de hipermetilação da região promotora de genes que ocorram de
forma tecido-específica será analisada também a partir do soro dos pacientes
(Carvalho et al., 2008). Iremos também investigar o perfil de mutação do gene TP53
nos tumores destes pacientes, bem como polimorfismos em genes ligados à
farmacocinética, farmacodinâmica do etanol e compostos do tabaco, bem como de
enzimas de reparo do DNA (Rossini et al., 2007).
Amostras de biópsia endoscópica de pacientes serão processadas para a
extração de RNA e síntese de cDNA e analisadas por PCR em tempo real (qPCR)
63
pela técnica de Sybergreen. No qPCR serão utilizados os iniciadores específicos
previamente utilizados para a validação experimental de cada variante em linhagens
tumorais. A reação de transcrição reversa será seguida pela reação de qPCR no
sistema ABI PRISM 7000 Sequence Detection. Nas reações de qPCR o gene
GAPDH será utilizado como controle endógeno. A quantificação expressão gênica
das variantes entre as amostras de tecido tumoral e não-tumoral adjacente de cada
paciente será determinada pelo programa 7000System SOS Software.
Sangue e urina de 60 indivíduos sadios (controle) e 60 pacientes portadores de
CEE serão coletados. Os pacientes são indivíduos de ambos os sexos com
diagnóstico de CEE e que não tenham sido submetidos a qualquer tratamento prévio
para a neoplasia. Os controles serão pareados com o grupo caso, e terão sido
submetidos
a
esofagoduodenoscopia
nos
últimos
trinta
dias,
estando
comprovadamente livres de qualquer lesão esofagogástrica suspeita.
Será feia a análise proteômica do soro e sangue destes indivíduos e
comparadas entre os casos e controles para avaliação de potenciais biomarcadores
de detecção tumoral. Estas análises também serão comparadas com aquelas
obtidas a partir de modelo experimental: Dois grupos de camundongos mus
musculus, sendo um grupo de 120 animais submetido a ingestão de Nnitrosodietilamina (NDEA) na água de beber por um período de 180 dias. O grupo
controle é composto por 20 animais que não receberão NDEA. A cada trinta dias
serão sacrificados 20 animais do grupo NDEA e 1 animal do grupo controle e será
feita a análise do perfil proteômico da mucosa esofágica, urina e sangue destes
animais. Todos as amostras serão coletadas sob rígido controle de qualidade para
amostras biológicas, segundo os critérios do inclusão de pacientes e coleta de
dados epidemiológicos, clínicos e de amostras de tecidos pelo Banco Nacional e
Tumores do Instituto Nacional de Câncer (BNT-INCA).
Serão também obtidas biópsias de pacientes com câncer de mama e pulmão
do INCA. Haplogrupos: as seqüências obtidas serão pesquisadas usando algoritmos
com base em seqüências que compõem o banco de dados MITOMAP
(http://www.mitomap.org/). PCR: serão usados 32 pares de iniciadores já descritos
na literatura (Tan et al., 2008). Identificação conformacional das mutações: os
produtos de amplificação obtidos na PCR serão fracionados no sistema TTGE
(temporal temperature gel electrophoresis), (BioRad Dcode TTGE). Seqüenciamento
de DNA: amplicons com mutações serão seqüenciadas em um analisador
64
automático de DNA (Applied Biosystems mod 5130; quatro capilares) pelo método
de terminação com análogo didesoxi usando o kit BigDye de acordo com as
recomendações do fabricante.
Bibliografia
Brandon et al. Oncogene 25:46-47 (2006)
Carvalho et al. Clin Cancer Res 14:97-107 (2008)
Eisenberger et al. Clin Cancer Res 9:4178-4183 (2003)
Estimativa 2008: Incidência de Câncer no Brasil. http://www.inca.gov.br/estimativa/2008.
Guimarães et al. Int J Cancer, in press (2008)
Mcguilt et al. Cancer 50:1195–1199 (1982)
Parkin et al. Eur J Cancer 37: S4-S66 (2001)
Ribeiro et al. Br J Surg 83:1174-1185 (1996)
Ribeiro Pinto et al. Mut Res 544:365-373 (2003)
Rossini et al. Carcinogenesis 28:2537-2542 (2007)
Shiozaki H. et al. Cancer 60:2068-2071 (1990)
Tan D. et al. Carcinogenesis 29:1170-1177 (2008)
Zhou et al. Proteomics 5(14):3814-3821 (2005)
Wang et al. Ai Zheng 25(5):549-54 (2006)
Metas
Qualitativas
-
Melhorar a taxa de sobrevida de pacientes com carcinoma epidermoide através
da implementação na clínica médica de biomarcadores de diagnóstico precoce
identificados neste projeto.
Quantitativas
-
5 teses de doutorado, 9 dissertações de mestrado, 18 artigos científicos.
Resultados esperados e impactos
-
Identificar marcadores moleculares de diagnóstico precoce para CEE
melhorando o custo-efetividade de programas de rastreamento para CEE.
Impacto: Potencial aplicabilidade em grupos de risco para CEE como pacientes
com HNSCC e alcoólicos anônimos. Aumento de sobrevida e possibilidade de
65
cura de pacientes com CEE e HNSCC. Economia para o SUS no diagnóstico
de CEE em pacientes com HNSCC.
-
Realizar intervenção terapêutica sustentada no conhecimento dos mecanismos
de carcinogênese e monitorizar a resposta terapêutica. Impacto futuro na
prática clínica através do uso desses marcadores no desenho de drogas.
-
Identificação de mutações no mitDNA que possam constituir marcadores
moleculares precoces de câncer. A presença das mutações, tanto no mitDNA
de
biópsias
e
permitirá especular
no
sangue
sobre
periférico
de
os mecanismos
indivíduos
com
bioquímicos
câncer
associados à
transformação celular. A detecção de haplogrupos nos indivíduos afetados
pode revelar detalhes importantes sobre a filogeografia do câncer.
Cronograma
Ano 1, 1o semestre
-
Exames clínicos e coleta de material de pacientes com CEE somente ou com
CEE e HNSCC
-
Coleta de biópsias de pacientes com câncer de mama e pulmão. Extração de
DNA e RNA das amostras biológicas coletadas
-
Experimento de carcinogênese experimental
Ano 1, 2o semestre
-
Exames clínicos e coleta de material em pacientes com CEE somente ou com
CEE e HNSCC
-
Coleta de biópsias de pacientes com câncer de mama e pulmão. Extração de
DNA e RNA das amostras biológicas coletadas
-
Análise do perfil proteômico do ensaio experimental
Ano 2, 1o semestre
-
Array de instablidade genômica de HNSCC e CEE
-
Análise do perfil proteômico do ensaio experimental. Análise da expressão
gênica das variantes de GBP2
-
Amplificação de DNA mitocondrial total (amplificação parcial de trechos com
300 pb aproximadamente)
66
Ano 2, 2o semestre
-
Análises dos resultados dos arrays, CGH e sequenciamento de microsatélites
em DNA de tecidos
-
Análise do perfil proteômico do ensaio clínico.
-
Análise da expressão gênica das variantes de GBP2. Seqüenciamento dos
produtos de amplificação
Ano 3
-
CGH e sequenciamento de microsatélites em DNA de tecidos e soro.
-
Análise do perfil proteômico do ensaio clínico.
-
Análise da expressão gênica das variantes de GBP2. Seqüenciamento dos
produtos de amplificação
Ano 4
-
Análise de regiões hipermetiladas em tecidos e soro
-
Análise do perfil proteômico do ensaio experimental
-
Análise de mutações em TP53. Anotação das mutações, freqüências, e
haplogrupos
Ano 5
-
Análise de polimorfismos. Interpretação dos resultados e publicação.
Experiência prévia na área de pesquisa
O Grupo de Estudos Clínicos e Moleculares do Câncer de Esôfago do CNPq,
que vem trabalhando durante mais de 10 anos com diversas linhas ligadas ao
carcinoma epidermoide de esôfago (CEE), indo desde a análise da interação multifatorial dos fatores etiológicos envolvidos com o CEE em modelos experimentais,
passando pela análise de fatores de susceptibilidade do esôfago a carcinógenos
ambientais em modelos experimentais em comparação com humanos, análise dos
mecanismos de mutagênese e reparo de nitrosaminas (em particular da NDEA),
risco genético ligados a genes de baixa penetrância e também por alterações
genéticas e epigenéticas em genes supressores de tumor e proto-oncogenes em
CEE de brasileiros. Especificamente, o grupo do Dr. Kruel introduziu a
carcinogênese esofágica experimental no país e trabalha desde 1990 nesta área e
67
desde 1990 foram publicados mais de 10 artigos na área, com objetivo de fazer
avaliação dos fatores de risco para o câncer de esôfago. Nos últimos 5 anos este
grupo do CNPq produziu mais de 20 trabalhos publicados, 2 capítulos de livros, 11
teses de doutorados e 24 dissertações de mestrado orientadas pelo Dr. Ribeiro
Pinto, Dr. Kruel e outros. O trabalho da Dra. Guimarães resultou em recente
publicação descrevendo o perfil da expressão da proteína GBP-2 no câncer de
esôfago, projeto este financiado pela Swiss Bridge Foundation. Dr. Rumjaneck tem
participação em vários projetos envolvendo câncer, em colaboração com a Dra.
Claudete Esteves Klumb, Dr. Marcos Paschoal e Dra. Vivian Rumjanek, além de
diversas publicações na área.
Participação em programas de pós-graduação
-
Programa de Pós-Graduação em Oncologia (conceito 5), Instituto Nacional de
Câncer (Dr. Ribeiro Pinto é o Coordenador).
-
Programa de Pós-Graduação em Biologia (conceito 6), e Programa de PósGraduação em Fiosiopatologia Clínica e Experimental (conceito 6), ambas da
Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
-
Programa de Pós-Graduação em Medicina-Cirurgia (conceito 4) da Faculdade
de Medicina da UFRGS. Química Biológica, Instituto de Bioquímica Médica,
UFRJ, Grau 7 da CAPES.
Relação de projetos financiados nos últimos 5 anos
Nacionais
-
CNPq: Universal (473898) 2004 (R$ 21700,00), Produtividade em Pesquisa
2003 (bolsista 2) e 2006 (bolsista 1D). CNPq (bolsa de produtividade).
-
Faperj: APQ1 (E-26/171.368/2005) 2005 (R$ 100000,00), PPSUS-Neoplasia
(E-26/171.477/2006) 2006 (R$ 38000,00), 2 x Cientista do Nosso Estado (E26/100.572/2007) 2007 (R$ 2400,00/mês, por 24 meses), FAPERJ, Pensa Rio.
-
Fundo de Pesquisa do Hospital das Clínicas de Porto Alegre: 3 projetos
financiados em 2004, 1 em 2005, 2 em 2006, e 1 em 2007, com montante por
projeto entre R$ 5000,00 e R$ 10000,00
-
Capes: Projeto CAPES/COFECUB.
-
Fundação Ary Frauzino (Programa de oncobiologia FAF).
68
Internacionais
-
Swiss Bridge Foundation (2003-2008) - Oesophageal cancer project / CNPq Edital MCT/CNPq 15/2007 (Universal). Swiss Bridge Foundation 2008 (275000
francos suíços)
Interações locais e internacionais
Nacionais
Gastrocentro (Dr. Nelson Andreollo) da Universidade Estadual de Campinas,
-
Serviço de Gastroenterologia (Sergio Gabriel da Silva Barros), Hospital das Clínicas,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto Fernandes Figueira, (Dr. Dante
Pagnoncelli) FIOCRUZ.
Internacionais
Agência Internacional da Pesquisa em Câncer (IARC), Lyon, França (Dr. Pierre
-
Hainaut, Dr. Zdenko Herceg),
-
Universidade de Uppsala, Suécia (Dr. Matti A. Lang),
-
University College London, Inglaterra (Dr. Peter F. Swann),
-
Universita degli Studi di Milano, Milão, Itália (Professor Luigi Bonavina),
-
University Southern Califórnia, Estados Unidos (Dr.Tom DeMeester).
-
Dr. Yegor Vassetzky, Diretor de Pesquisa em Cromatina e Câncer, do Instituto
Gustave-Roussy, Villejuif, Paris, França (projeto CAPES-COFECUB 287/2008).
Contrapartidas institucionais
Além da estrutura do Laboratório de Bioinformática e Biologia Computacional
do Instituto Nacional de Câncer (INCA), esse projeto está amparado na estrutura de
um Banco Nacional de Tumores (INCA), de um Serviço de Pesquisa Clínica (INCA)
e translacional e na expertise dos pesquisadores que formam a equipe envolvida.
Diversos equipamentos, como seqüenciadores de DNA (Megabace), máquinas de
PCR em tempo real, PCR, e outros equipamentos de análise genômica estã
alocados na UFRJ e UERJ e serão utilizados nestes projetos.
69
Sub-projeto 2 - Marcadores biológicos de prognóstico e preditivos
Racional
Com a detecção da presença de um câncer torna-se importante obter
informações sobre o mesmo que auxiliem na condução do tratamento e no
acompanhamento da resposta do tumor ao mesmo. Isto pode ser feito identificando
a presença de características presentes nas células neoplásicas, ou por moléculas
produzidas por elas, que indiquem alternativas terapêuticas, progressão da doença,
ou o início de resistência ao tratamento.
Na Leucemia Mielóide Aguda (LMA), por exemplo, a ocorrência de alterações
citogenéticas e moleculares são altamente preditivas da resposta à terapia de
indução (Mrózek et al., 2001). No entanto, apesar de todo o avanço nas
metodologias de detecção destas anormalidades e de estratégias terapêuticas que
melhoram a resposta destes pacientes, a sobrevida de pacientes adultos com LMA é
de somente 30% (Grinwade et al. 2001). Esta estatística demonstra a necessidade
de se encontrar novos parâmetros que levem ao desenvolvimento de novas
estratégias que melhorem a taxa de cura dos pacientes. Neste sentido, a utilização
de novas ferramentas para tentar melhorar a capacidade de tratar pacientes adultos
com LMA, e identificar e validar novos biomarcadores capazes de predizer o
prognóstico e a resposta terapêutica (especialmente naqueles pacientes com
cariótipos normal aonde estes marcadores nunca foram identificados), são
estratégias importantes.
Ainda dentro das leucemias, a introdução das técnicas citogenéticas e
moleculares na rotina de acompanhamento do paciente com Leucemia Mielóide
Crônica (LMC) têm permitido o sucesso terapêutico devido à intervenção precoce
em um período no qual o paciente ainda apresenta baixa carga tumoral, sendo esta
última o principal parâmetro prognóstico da evolução do paciente (Hochhaus, 2003;
Gabert et al., 2003). Outra estratégia importante é o desenvolvimento de
metodologias que permitam a detecção de mutações no domínio tirosina quinase do
gene quimérico BCR-ABL (causador da LMC) que levam à resistência ao tratamento
(Azam et al., 2003). Este domínio é alvo terapêutico principal utilizando inibidores de
sua atividade tirosina quinase como o Imatinib ou Gleevec. Deste modo o
desenvolvimento de uma análise mutacional quantitativa do domínio quinase do
BCR-ABL em pacientes com LMC para avaliação da potencial perda de resposta em
70
pacientes submetidos a diferentes modalidades terapêuticas, inibidores tirosina
quinase e transplante alogenico de precursores hematopoéticos, pode (1) criar
algoritimos clínicos individualizados de acordo com as características clinicasbiológicas do paciente para a utilização da modalidade terapêutica mais apropriada
e (2) discriminar os mecanismos adjacentes à resistência aos inibidores de tirosina
quinase (Branford et al., 2004).
Em outros tipos de tumores com câncer de ovário e câncer de próstata, apesar
de muito estudado, a caracterização de biomarcadores capazes de predizer a
doença metastática é
de extrema importãnce, uma vez que estás são as
complicações mais freqüentemente relacionadas à causas de morte em pacientes
portadores destas neoplasias. A descrição do papel funcional de produtos gênicos
envolvidos na formação de metástases, do perfil de expressão de isoformas de
“splicing” e da resposta imune humoral contra antígenos tumorais (AT) constituem
estratégias promissoras tanto para a caracterização de biomarcadores como de
alvos terapêuticos (Brito et al., 2008).
Ainda no câncer de próstata falta de um método seguro para avaliar o
prognóstico destes doentes levou os pesquisadores da área a buscar técnicas
novas. O estroma apresenta papel fundamental na patogênese do cancer (Condon
2005; Chung et al., 2005). Em estudo recente (Zhao et al., 2007) sugeriu que
ENPP2/autotaxina e o ácido lisofosfatídico sejam um dos mediadores entre estroma
e epitélio implicados no câncer de próstata. Estudos recentes têm mostrado que os
proteoglicanos e suas cadeias laterais de glicosaminoglicanos (GAG), assim como o
GAG livre hialuronan desempenham um papel importante na patologia da próstata
podendo inclusive ser usadas para fins de diagnóstico e prognóstico (Ricciardelli et
al., 1997; 1998; Zellweger et al., 2003). Em investigação recente mostramos que as
características da matriz extracelular do estroma periacinar favorecem uma ação
parácrina de fatores epiteliais sobre as células de músculo liso adjacentes (Babinski
et al., 2007). De fato, dados nossos anteriores sobre o acúmulo seletivo de
proteoglicanos de condroitin sulfato em torno de ácinos, na HPB, dão suporte a esse
hipótese (Cardoso et al., 2004).
Em vários tumores a metilação de regiões promotoras de genes supressores
de tumor têm surgido como um importante mecanismo de inativação de alguns
genes, e representam um mecanismo alternativo às mutações ou deleções
previamente descritas em genes supressores de tumor (Laird, 2003). Nos últimos
71
anos tem aumentado a evidência da relevância de hipermetilação gênica como um
mecanismo de silenciamento gênico contribuindo na patogênese de diversos
cânceres. Estas alterações podem também apontar para uma perspectiva no
monitoramento da progressão de neoplasias (Fiegl et al., 2005). Em alguns tumores
como Linfoma Não-Hodgkin (LNH) da infância o papel de padrões aberrantes de
metilação ainda são pouco investigados limitando-se ao estudo dos genes
p16/INK4a e p15/INK4b (Klangby et al., 1998; Lindström et al., 2001). Estas
observações indicam a necessidade de investigar o significado prognóstico de
eventos genéticos e, especialmente, epigenéticos em crianças com LNH.
Já
nos
casos
de
câncer
hereditário
estratégias
de
identificação
e
caracterização de mutações de predisposição ao desenvolvimento de tumores são
fundamentais para o desenvolvimento do aconselhamento genético adequado,
estabelecendo procedimentos de detecção precoce dos tumores em indivíduos
portadores destas mutações. Entretanto um sério problema na determinação de
risco para indivíduos que carregam determinadas alterações é a deficiência de
informação em relação à associação ou não ao câncer destas variantes encontradas
na população, denominadas variantes não classificados (UCVs). Os UCVs são,
geralmente, muito raros e, e certos casos, restrito a determinados grupos etnicos,
fazendo a condução de estudos epidemiológicos bastante difícil. Em BRCA1, por
exemplo, estudos recentes mostraram uma excelente correlação entre resultados
obtidos através de um ensaio bioquímico funcional baseado na capacidade de
ativação transcricional de BRCA1 e os dados de estudos genéticos (Carvalho et al.,
2007; Karchin et al., 2006). Por outro lado, em tumores hereditários o contínuo
aprimoramento das metodologias de detecção de mutações é fundamental para
caracterizar o espectro de alterações presentes em uma população. No caso do
retinoblastoma, a identificação de mutações germinativas em um dos pais de
indivíduos afetados, o que é observado frequentemente, também tem papel
relevante no planejamento familiar (Barbosa et al., 2008).
Existem ainda muitas questões básicas sobre o processo de tumorigênese. Ele
ocorre em múltiplas etapas nas quais a célula adquire uma série de alterações
genéticas e epi-genéticas que culminam com mudanças no seu fenótipo, incluindo
aumento na capacidade de proliferação e sobrevivência (Hanahan & Weinberg,
2000). A identificação de genes cuja perda da expressão resulta na progressão
maligna foi significativamente facilitada pelo desenvolvimento de metodologias que
72
permitem o uso de “RNA interference” (RNAi). A recente disponibilização de
bibliotecas de “short-hairpin RNA” (shRNA) que bloqueiam a expressão de todos os
mensageiros expressos pelo genoma de um organismo fornece uma maneira
eficiente e de baixo custo para estudos de perda da função em sistemas biológicos
complexos.
Objetivos
O presente projeto tem por objetivo gerais identificar utilizando diferentes
metodologias marcadores de prognóstico de progressão tumoral e de resposta ao
tratamento, descrever e avaliar funcionalmente variantes genéticas de genes de
supressão tumoral relacionadas a maior susceptibilidade ao o desenvolvimento de
tumores e identificar genes que possam desempenhar o papel de supressores
tumorais.
Objetivos específicos
1.
Introduzir a ferramenta proteômica no estudo de pacientes adultos com LMA
estratificados por suas características clínicas, morfológicas, imunofenotípicas
e por seu perfil genético de modo a identificar biomarcadores de relevância
prognostica e à resposta terapêutica especialmente naqueles pacientes com
cariótipos normal aonde estes marcadores nunca foram identificados;
2.
Realizar um estudo mutacional quantitativo no domínio quinase do gene BCRABL, para quantificar os sub-clones mutados e não mutados para a
determinação da cinética clonal e do comportamento frente a distintos
inibidores tirosina quinase;
3.
Investigar padrões aberrantes de metilação nos genes PIG7/LITAF, NOXA e
BIM envolvidos na regulação da apoptose, correlacionado com parâmetros
clínicos biológicos e à sobrevida global e sobrevida livre de eventos em
pacientes com Linfoma Não-Hodgkin (LNH) da infância;
4.
Caracterizar o papel dos diferentes componentes da matriz extracelular e fibras
musculares lisas no câncer de próstata e sua relação com o grau de gleason;
5.
Investigar o papel funcional de genes diferencialmente expressos entre
tumores primários e metastáticos de Câncer de Prostata e Câncer de Ovário
avaliando seu potencial de uso como biomarcadores de predição e/ou de
acompanhamento de doença metastática;
73
6.
Avaliar a funcionalidade de variantes não classificadas de BRCA1 e seu papel
no desenvolvimento de tumores de mama e ovário;
7.
Detectar mutações no gene RB1 e alterações cromossômicas com material já
fixado em parafina, em tumor fresco e em sangue periférico de pacientes,
aprimorarando técnicas moleculares de diagnóstico.
8.
Para identificação do papel de novos genes no processo de tumorigênese
propomos o uso de uma biblioteca retroviral de shRNAs que cobre todo o
genoma murino expresso em um ensaio para a descoberta de novos genes
supressores de tumor.
Desenho experimental
Proteômica em Leucemia Mielóide Aguda
Este projeto pretende utilizar novas ferramentas para tentar melhorar nossa
capacidade de tratar pacientes adultos com LMA. Nosso objetivo principal é o de
identificar e validar novos biomarcadores capazes de predizer o prognóstico e a
resposta terapêutica especialmente naqueles pacientes com cariótipos normal
aonde estes marcadores nunca foram identificados.
Para atingir este objetivo, nós vamos adicionar análises proteômicas, para as
quais possuímos a infra-estrutura e expertise necessária, ao nosso conjunto de
análises celulares e moleculares utilizadas para diagnosticar os pacientes com LMA
como citomorfologia, imunofenotipagem, citogenética convencional, hibridização
fluorescente in situ e biologia molecular. Para esta análise, células leucêmicas da
medula óssea ou do sangue periférico serão analisadas para o seu perfil proteômico
incluindo modificações pós-tradução por várias abordagens proteômicas como
eletroforese em gel 2D e espectrometria de massas (Maldi-TOF/TOF) e tecnologia
de identificação protéica multidimensional (MudPIT).
Estes perfis proteômicos serão estratificados de acordo com a classificação
FAB do paciente, grupo citogenético, perfil genético, grupo de risco e resposta
terapêutica. Como controle serão analisadas amostras de células mononucleares
de medula óssea de doadores saudáveis.
Proteínas diferencialmente expressas em cada classe de pacientes serão
consideradas como biomarcadores. Todos os biomarcadores de interesse serão
validados para sua expressão alterada em outras amostras de LMA por Westernblot, quando houver disponibilidade de anticorpo, ou por Q RT-PCR.
74
A correlação entre os dados proteômicos e todos os outros critérios utilizados
no diagnóstico de pacientes adultos com LMA em nossa instituição vai contribuir na
estratificação de novos subtipos e irá indicar novos alvos para o desenvolvimento de
drogas racionais levando a uma melhor taxa de cura para estes pacientes.
Mutações em BCR-ABL e Resistência ao Tratamento
Avaliação
dos
pacientes
adultos
com
diagnóstico
de
LMC
em
acompanhamento pelo Serviço de Hematologia do INCA, Rio de Janeiro (em
acompanhamento molecular n=85), além dos casos novos atendidos no período de
março de 2006 a dezembro de 2007. Estimativa de novos casos: INCA (30 pacientes
com LMC/ano; novos centros (75 pacientes/ano). Estimativa de acompanhamento:
190 pacientes/ano. Cada amostra será processada por lise celular. c-DNA será
sintetizado a partir de 2 µg de RNA total. A quantificação absoluta dos transcritos
BCR-ABL será realizada mediante o sistema TaqMan em termociclador Applied
Biosystems 7000, incluindo sonda específica marcada 5’FAM-3’TAMRA e primers
para isoformas P210 b3a2 e b2a2. Os níveis de BCR-ABL serão calculados pela
relação BCR-ABL/ABL em comparação com o grupo baseline. Identificação de
mutações do DQ será realizada por AS-PCR e seqüenciamento direto num
seqüenciador MegaBACE 100 (Amersham). A semi-quantificação dos clones
mutados e não mutados mediante a técnica de RFLP e confirmados por piroseqüênciamento, em colaboração com os Drs Jaspal Kaeda e John McVey, do
Serviço de Hematologia do Hammersmith Hospitals Trust, Londres.
Padrões Aberrantes de Metilação em LNH
Pacientes e controles: 80 pacientes pediátricos não previamente tratados com
diagnóstico de LNH (60 linfomas de células B e 20 de células T) serão incluídos no
estudo. A seleção dos casos terá como base a disponibilidade de material tumoral
incluído em parafina (PET) para análise molecular e imuno-histoquímica, e a
uniformidade do tratamento nos diferentes grupos. Vinte amostras de sangue
periférico de indivíduos saudáveis serão utilizadas como controle do status de
metilação dos genes alvos do estudo nos linfócitos normais.
Ensaios de Metilação PCR específicos: O DNA será extraído de amostras
incluídas em parafina e submetido a tratamento químico com bissulfito de sódio
como descrito previamente (Herman et al., 1996). A presença de DNA modificado
75
em cada amostra será aferida pela amplificação por PCR de um fragmento do gene
da B-actina. A análise do status de metilação das regiões promotoras dos genes
PIG7/LITAF, NOXA (genes induzidos pela proteína p53) e BIM, todos envolvidos na
regulação da apoptose.
Immuno-histoquímica (IHQ) em microarranjos teciduais:
A expressão das
proteínas PIG 7/LITAF, NOXA e BIM será analisada por imuno-histoquímica com
anticorpos direcionados aos epitopos das referidas proteínas, em microarranjos
teciduais
(TMA) obtidos com o uso do equipamento TMA Beecher Instrument,
SilverSpring, MD, USA.
A análise da correlação entre o status de metilação de cada gene
individualmente e parâmetros clinico-patológicos será investigada utilizando os
testes do qui-quadrado e o teste exato de Fisher. Para determinar a correlação do
status de metilação com a sobrevida e sobrevida livre de eventos será utilizada a
curva de Kaplan-Meier e o teste de log-rank. O programa SPSS versão 11.5 será
utilizado para as análises.
Biomarcadores de progressão tumoral em câncer de próstata e ovário
Os genes a serem estudados serão selecionados baseando-se em dados da
literatura e de dados prévios gerados por nosso grupo de pesquisa e também
através da estratégia de “biopanning”. A validação do perfil de expressão gênica
será realizada através de ensaios de qRT-PCR, imunoblot, imunohistoquímica por
microarranjos de tecidos e in silico. Os ensaios funcionais serão realizados através
de superexpressão estável das proteínas de interesse e de interferência de RNA em
linhagens celulares. O efeito biológico dos tratamentos acima na proliferação,
migração e invasividade celulares serão avaliados como eventos representativos de
tumorigênese e progressão tumoral destas neoplasias. Os AT serão testados em
ensaios imunológicos frente a bancos de amostras de soros destas neoplasias em
estudo. Sendo assim, este estudo propõe-se a investigar o papel de produtos
gênicos envolvidos na formação de metástases do CaP e CO, permitindo desta
forma descrever novos potenciais biomarcadores de progressão destas neoplasias e
potenciais alvos terapêuticos.
76
Papel dos componentes da matriz extracelular e fibras musculares lisas no câncer
de próstata
Serão
estudadas
30
próstatas
oriundas
de
pacientes
submetidos
a
prostatectomia radical divididos em grupos de acordo com o grau de gleason. Grupo
1: gleason 2-6, grupo 2: gleason 7, grupo 3: gleason 8-10. Serão realizadas as
técnicas a seguir: Histoquímica seguida de morfometria e estereologia: Vermelho de
Picrosirius com e sem polarização para evidenciação do colágeno, a resorcinafucsina de Weigert com e sem prévia oxidação com oxona para evidenciação das
fibras do sistema elástico, e o tricrômico de Masson para colágeno e fibras
musculares. Imunohistoquímcia seguida de morfometria e estereologia: Serão
utilizados anticorpos específicos para a marcação dos colágenos Tipo I, III, IV e VI e
das glicoproteínas não colagenosas laminina, fibronectina e entactina. Microscopia
Eletrônica de Transmissão e Varredura: As amostras de tecido prostático serão
fixadas em glutaraldeido 2,5% e processadas segundo técnica de rotina. Estudo
Bioquímico de Proteoglicanos, Glicosaminoglicanos e Colágenos: Os principais
parâmetros a serem estudados são: 1)- Concentração das moléculas no tecido; 2)Proporção das diferentes cadeias de glicosaminoglicanos. Ensaios de interferência
de RNA para determinar um possível papel de genes diferencialmente expressos no
CA de próstata e sua relação com o grau de gleason. Western blot: Análise da
expressão de proteínas que podem estar diferencialmente expressas e ter relação
com o grau de gleason. PCR em tempo real: Análise da expressão de genes que
podem estar diferencialmente expressos e ter relação com o grau de gleason.
Funcionalidade de variantes não classificadas de BRCA1
De forma a contornar a limitação de cobertura do ensaio de ativação
transcricional (TA) nós testaremos uma variação do ensaio de transcrição para
avaliar o impacto de vários UCVs (selecionados na base de dados do Breast Cancer
Iinformation Core - http://research.nhgri.nih.gov/bic/) na atividade da região Cterminal de BRCA1 estendida ao exon 12 e porção final do exon 11; dados genéticos
disponíveis serão usados para a validação cruzada do método.Nessa análise
avaliaremos os produtos de fusão de domínios de ligação ao DNA (DBD; LexA ou
GAL4) e a porção C-terminal de BRCA1 (no novo contexto, compreendendo os
aminoácidos 1315 a 1863) carregando variantes missense em sistemas eucariotos
(levedura e célula de mamífero). A capacidade de ativação transcricional é
77
determinada pela expressão de um sistema trepórter controlado pelos promotores
de ligação aos sítios LexA ou GAL4 (Carvalho et al., 2007).
Mutações no gene RB1 em Retinoblastoma
Serão amplificados por PCR os exons do Gene RB1 a partir de maostras
tumorais incluídas em parafina de pacientes (30 por ano) com Retinoblastoma do
Instituto Nacional de Câncer. Os éxons amplificados serão analisados primeiramente
por SSCP. Os fragmentos com padrão de migração diferencial no SSCP serão
submetidos a seqüenciamento. Alterações com potencial patogênico serão
pesquisadas em amostras de sangue periférico para verificar o caráter constitutivo
destas alterações. Amostras tumorais frescas serão avaliadas para alterações
cromossômicas a partir de cultivo das células tumorais in vitro para preparações
citogenéticas.
Experimentos de Interferência de RNA para caracterização de novos genes com
papel supressor tumoral
Propomos o uso de uma biblioteca retroviral cujo shRNA está embebido no
contexto do miR30, um microRNA que ocorre naturalmente (Paddison et al., 2004;
Silva et al., 2008). A expressão do shRNA embebido na seqüência do miR30 resulta
num melhor processamento do shRNA pela maquinaria celular com conseqüente
melhoria na etapa de silenciamento do gene alvo do shRNA (Stegmeier et al., 2005).
Inicialmente serão testados shRNAs que conferem capacidade de crescimento
independente da adição de fator de crescimento para uma linhagem celular
hematopoiética que é dependente da adição de IL-3 (células FL5-12/BAF 3). Os
shRNAs selecionados nesta primeira etapa serão então testados para sua
capacidade de supressão tumoral em um modelo in vivo de linfoma de Burkitt
(modelo Eµ-myc). Usaremos vetores retrovirais para introduzir em precursores
hematopoiéticos derivados do fígado de embriões de camundongs Eµ-myc, os
shRNAs selecionados no ensaio in vitro. Estas células serão usadas para
transplantar camundongos selvagens irradiados que serão monitorados para o
desenvolvimento tumoral através de contagem de blastos sanguíneos e apalpação.
A aceleração do desenvolvimento tumoral nos animais transplantados com os
vetores que expressam o shRNA comparado com os animais controle, será um
indicativo de um efeito cooperativo do gene silenciado pelo shRNA e o oncogene
78
Myc. Aqueles genes, cujo silenciamento no modelo murino resultarem no
desenvolvimento de linfoma, terão sua expressão analisada em amostras humanas
de linfoma a fim de averiguar a sua perda de expressão como um mecanismo que
levou à progressão maligna. Dados preliminares corroboram a exeqüibilidade e a
importância do trabalho proposto. Os genes cuja perda de expressão confere uma
vantagem de crescimento à linhagem celular FL5-12 estarão envolvidos na
sobrevivência celular sob condições de carência de fatores de crescimento sendo,
portanto potenciais supressores de tumor. O modelo murino Eµ-myc fornece uma
ferramenta que permite uma rápida avaliação desta atividade de supressão tumoral
uma vez que os tumores se desenvolvem num período de 3 mêses. Estes mesmos
genes terão a sua perda de expressão assim como mutações na sequência
codificadora avaliadas em amostras humanas a fim de avaliar uma possível
correlação entre estes dados e a progressão da doença e resposta ao tratamento.
Participantes
Pesquisadores
Hector N. Seuanez Abreu (INCA)
Miguel A. Martins Moreira (INCA)
Cibele R. Bonvicino (INCA)
Fernando Regla Vargas (INCA/UNIRIO)
Eliana Saul Furquim Werneck Abdelhay (INCA)
Maria Luiza Macedo Silva (INCA)
Etel Rodrigues Pereira Gimba (INCA)
Renata Binato Gomes (INCA)
Teresa de Souza Fernandez (INCA)
Luciana Pizzatti Barboza (INCA)
Sayonara Gonzalez (INCA)
Francisco Sampaio (UERJ)
Cristiane da Fonte Ramos (UERJ)
Waldemar Silva Costa (UERJ)
Luiz Eduardo Macedo Cardoso (UERJ)
Luciano Alves Favorito (UERJ)
Marcelo Alex de Carvalho (INCA/CEFETq)
79
Pós Doutores
Claudia Esther Alicia Rocio Hassan (INCA)
Alunos de Dutorado
Flávia Cristina Morone Pinto (UERJ)
Maria Cristina Dornas (UERJ)
Vanesa Scholl (INCA)
Renato Sampaio Carvalho (INCA)
Alunos de Mestrado
André Luiz Mencalha (UFRJ)
Henrique da Costa Rodrigues (UERJ)
Antonio Henrique de Almeida Duarte (UERJ)
Bruno Félix Patrício (UERJ)
Jorge Luiz de Medeiros Junior (UERJ)
Leslie Clifford Noronha Araújo (UERJ)
Sicilia Da Rocha Colli (UERJ)
Fernanda Da Silveira Cavalcante (UERJ)
Rafaela Veiga Ferreira (UERJ)
Carolina Lazzaroto Silva (UFRJ)
Daniela de Oliveira Pinto (UFRJ)
Daniela Salles César de Oliveira (UFRJ)
Roberta Bitencourt Moreira (INCA)
Iniciação Científica
Carolina Dos Santos Silva (UERJ)
Juliane Moraes Ferreira de Souza (UERJ)
Pamella Campos Silva (UERJ)
Alan A. Medeiros Ferreira de Souza (UERJ)
Flavia Meirelles Gombar, 16/06/1987 (UERJ)
Stephany Christiane Correa (UNIRIO)
Bárbara Du Rocher (UERJ)
80
Apoio Técnico
Telma de França Padilha (INCA)
Elsa Moraes, Apóio Técnico (INCA)
Jorge Luiz Alves Pereira (UERJ)
Metas
Qualitativas
-
Caracterização de biomarcadores com potencial prognóstico nos diversos tipos
de tumores estudados.
-
Capacitação científica e tecnológica, com o desenvolvimento de metodologias
e estratégias avançadas para a caracterização de biomarcadores de
prognóstico.
-
Transferência de tecnologia da pesquisa para o diagnóstico.
-
Capacitação de profissionais da área de diagnóstico e atenção ao câncer, para
desenhar, executar e interpretar estas novas tecnologias.
-
Ampliação das redes de estudo multidisciplinar aprimorando as já existentes no
sistema de saúde do Brasil.
-
Otimização na administração de terapias alvo-específicas, caracterizando,
dentre o conjunto de métodos, aqueles com maior capacidade informativa em
relação ao prognóstico e com melhor relação custo-benefício.
Quantitativas
-
Produção de 85 artigos científicos em revistas indexadas.
-
Formação de 45 novos mestres em temas relacionados à área.
-
Formação de 30 novos doutores em temas relacionados à área
Resultados esperados e impactos
Proteômica em Leucemia Mielóide Aguda
O câncer hematológico de maior agressividade é a Leucemia Mielóide Aguda
(LMA).Particularmente em idosos a sobrevida é menor que 30% e poucos são os
que atingem a cura. Apesar das melhorias das técnicas diagnósticas e estratificação
de sub-grupos prognósticos um número importante de pacientes não se encaixam.
Portanto existe necessidade de estudos capazes de definir a resposta terapêutica
destes pacientes. Uma nova abordagem capaz de preencher esta lacuna é o estudo
81
das proteínas da célula maligna através de técnicas proteômicas.A definição de que
célula molecularmente é capaz de responder a cada quimioterapia pode prevenir
efeitos tóxicos de tratamentos ineficazes assim como auxiliar na escolha de
tratamentos específicos para aquele padrão molecular.
Padrões Aberrantes de Metilação em LNH
Expandir o conhecimento dos eventos genéticos para a investigação de
alterações epigenéticas que possam estar envolvidas no prognóstico dos LNH da
infância. De forma adicional, o nosso estudo pode contribuir para o desenvolvimento
de novos alvos terapêuticos e apontar para uma estratégia de investigação em
amostras de plasma durante o tratamento.
Mutações em BCR-ABL e Resistência ao Tratamento
Identificar fatores que permitam a estratificação dos pacientes segundo as
chances de resposta a um inibidor tirosina quinase de primeira geração (Gleevec).
Dessa forma, pacientes sem chances de se beneficiar desta modalidade terapêutica
seriam submetidos a outras modalidades com maior chance de sucesso terapêutico
e em fase inicial de doença, fator prognóstico importante para a resposta a qualquer
tipo de modalidade terapêutica .Ao mesmo tempo através de uma classificação
molecular, seria possível se definir grupos de pacientes que se beneficiariam de
terapias mais direcionadas para um determinado alvo molecular, como por exemplo
aquelas que funcionem em presença de mutação da treonina na posição 315 (T315).
Biomarcadores de progressão tumoral em câncer de próstata e ovário
Espera-se através da realização deste projeto descrever e caracterizar
produtos gênicos que apresentem papel importante no processo de formação de
metástases e que portanto possam servir como potenciais biomarcadores e alvos
terapêuticos para a doença metastática de CaP e CO.
Papel dos Componentes da matriz extracelular e fibras musculares lisas no câncer de
próstata
Caracterizar o papel dos diferentes componentes da matriz extracelular e fibras
musculares lisas no câncer de próstata e sua relação com o grau histológico de
Gleason.
82
Funcionalidade de variantes não classificadas de BRCA1
Aperfeiçoar a cobertura de análise do ensaio de ativação transcricional para
determinação de associação ao câncer de variantes misssense de BRCA1.Aumentar
o número de variantes analisados, com determinação do perfil de associação ao
câncer. Disponibilizar dados de associação ao risco de câncer para o aprimoramento
das rotinas de aconselhamento genético e tratamento..
Mutações no gene RB1 em Retinoblastoma
Obter dados inéditos sobre a incidência e localização das mutações
causadoras de retinoblastoma na população brasileira, e melhorar a qualidade de
atendimento a pacientes afetados e familiares, e fornecer subsídios para o
estabelecimento de Aconselhamento Genético para retinoblastoma a nível nacional.
Experimentos de Interferência de RNA para caracterização de novos genes com
papel supressor tumoral
Identificar in vitro de mediadores de sinais de sobrevivência e apoptose
envolvidos na resposta à depleção de fatores de crescimento. Avaliar a significância
clínica de candidatos à supressores de tumor usando amostras humanas de
linfomas e identificar genes envolvidos na sinalização para sobrevivência celular e
apoptose através do uso de uma biblioteca de shRNAs que cobre todo os genes
expressos pelo genoma murino. Identificar em amostras humanas a expressão de
genes cuja depleção com o uso de shRNAs específicos induziram a sobrevivência
celular in vitro ou o desenvolvimento tumoral in vivo.
Experiência prévia na área de pesquisa
No Centro de Transplante de Medula Óssea do Instituto Nacional de
Câncer,cujos laboratório são coordenados pela Dra. Eliana Abdelhay, as leucemias
têm sido estudadas por mais de 10 anos. Vários estudos sobre o perfil genético
genético e cariotípico de pacientes brasileiros foram realizados. Nos últimos anos
várias linhas de pesquisa têm sido desenvolvidas objetivando caracterizar melhor os
pacientes para fins prognósticos usando abordagens de biologia molecular. Há cerca
de dois anos o estabelecimento de infraestrutura para estudos proteômicos foi
iniciada visando dar continuidade aos trabalhos sobre o proteoma da Leucemia
83
Mielóide Crônica (Pizzatti et al., 2006). Nesse estudo células mononucleares
normais foram comparadas com células mononucleares de pacientes em fase
crônica da LMC, e alguns biomarcadores foram encontrados. A seguir foram
comparadas células mononucleares de pacientes nas fases crônicas e blastica da
LM, assim como pacientes sensíveis e resistentes ao Gleevec. Estes resultados
estão sendo preparados para publicação. Nos dois últimos anos foram iniciadas as
análises em Leucemia Mielóide Aguda e, até o momento, 75 amostras foram
coletadas e 37 analisadas. Comparações dos perfis de eletroforeses bi-dimensionais
indicaram a presença de algumas diferenças relacionadas ao subtipo FAB, presença
de rearranjos cromossômicos e estatus mutacional. Mais de 700 peptídeos foram
caracterizados por MS/MS e um grande número de modificações pós-tradução foi
detectado. Todos os pacientes são acompanhados e amostras estão sendo
coletadas para avaliar a resposta terapêutica. Dando continuidade estão sendo
concluídas as analises estatística das 75 amostras obtidas e serão incluídos no
presente estudo mais 100 pacientes.
A Dra Claudete Esteves Klumb é médica Hematologista do Instituto Nacional
de Câncer onde exerce esta atividade desde 1987. Após a conclusão de seu curso
de Pós Graduação em Ciências – área concentração em Biologia Molecular em
2002 – iniciou uma linha de pesquisa cujo escopo principal é a investigação de
mecanismos relacionados à patogênese dos linfomas na infância e em adultos com
ênfase na busca de marcadores preditivos de resposta ao tratamento. Esta atividade
resultou em 20 publicações (3 in press). É docente da Pós Graduação em Oncologia
do INCA e do Programa de Pós Graduação em Bioquímica Médica do Departamento
de Bioquímica Médica da UFRJ. Também é membro da Comissão de Pós
Graduação em Oncologia do INCA. Em ambos programas orienta alunos. É membro
do Programa de Iniciação e Aperfeiçoamento Científico do INCA cuja meta é
incentivar jovens estudantes de Graduação e Pós Graduação no desenvolvimento
de capacidade científica em atividades teóricas e laboratoriais relacionadas à
pesquisa.
O grupo de pesquisadores envolvidos nos estudos de resistência ao tratamento
em LMC, coordenado pela Dra Ilana Zalcbeg-Reanult vem desenvolvendo desde
1996 diversas linhas de pesquisa de Desenvolvimento Técnico Científico volvtado a
pesquisa translacional: (1) Monitorização do quimerismo hematopoiético após
transplante alogênico (2) Acompanhamento Pós-TMO da Leucemia Mielóide Crônica
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(3) classificação biológico-molecular da Leucemia Mielóide Aguda (LMA) do adulto e
da criança (4) Definição de subgrupos prognóstico de linfomas difusos de células
grandes B baseado na identificação de alterações genéticas (5) Alterações
Genéticas e Epigenéticas no Mieloma Múltiplo (6) Estudo dos rearranjos dos
receptores de células B e T na Leucemia Linfóide Aguda (7) Valor prognóstico da
Hipermutação somática do VH na Leucemia Linfocítica Crônica.
Os
pesquisadores da
Unidade
de
Pesquisa
em
Sistema Urogenital
(www.urogenitalresearch.org) UERJ, coordenados pelo Dr. Francisco Sampaio, se
dedicam ao avanço do conhecimento em sistema urogenital sob uma perspectiva
básica e clínica aplicada. A pesquisa é conduzida em diversos modelos, que incluem
pesquisa clínica e experimentos em animais de laboratório, com uma grande
variedade de metodologias. A unidade possui os seus próprios laboratórios,
especializados em técnicas anatômicascirúrgicas, cirurgia experimental, bioquímica
da matriz extracelular, histoquímica, imunohistoquímica, microscopia eletrônica,
cultura de células, biologia molecular, etc. Além disso, a unidade possui colaboração
forte com outros departamentos da UERJ, outras instituições do Rio de Janeiro, de
outros estados, e de outros países. A característica principal da unidade urogenital é
a integração forte e colaboração entre o trabalho de pesquisa experimental realizado
nos laboratórios da unidade e a prática clínica, o que fornece um ambiente
estimulante e produtivo. Nos últimos 5 anos foram publicados mais de 40 artigos,
orientadas mais de 13 dissertações de mestrado e 11 teses de doutorado.
A Dra. Etel Pereira Gimba possui publicações na área de identificações de
marcadores tumorais em câncer de próstata e carcinoma renal (Brito et al. Molecular
Carcinogenesis 17, DOI 10.1002/mc.20433 , 2008; Pontes et al., The Prostate
66:1463, 2006) e é orientadora pela Pós-Graduação em Oncologia do Instituto
Nacional de Câncer e pesquisadora no mesmo Instituto.
O grupo,coordenado pelo Dr. Marcelo Alex de Carvalho encontra-se muito bem
posicionado científicamente para a condução do projeto proposto. O laboratório se
dedica ao estudo de genes que estão envovidos na predisposição ao câncer de
mama utilizando uma abordagem multidisciplinar que envolve bioquímica, genética,
biologia estrutural e a bioinformática com reconhecida expertise. O grupo colabora
intensamente com o Dr. A. Monteiro (H. Lee Moffitt Cancer Center, Tampa, FL,
USA), quem originalmente descreveu a atividade de transaticação transcricional de
BRCA1. Nossa proposta é o uso do ensaio de ativação transcricional no auxílio da
85
classificação de alelos variantes de BRCA1 segundo uma análise funcional e
estrutural para predição de comportamento desses mutantes. A proposta é
significativamente importante porque permite a identificação precoce de mulheres
com predisposição ao câncer que, no cénario atual, não tem informação sobre seu
grau de risco. Um dos focos primários do grupo é o uso da informação obtida com a
pesquisa básica em benefício direto ao paciente. Esses resultados serão de grande
importância para identificação de alvos para intervenção preventiva e teraupêutica
no câncer feminino.
O grupo de Aconselhamento Genético do Instituto Nacional de Câncer (INCA),
vinculado à Divisão de Genética, chefiada pelo Dr. Héctor N. Seuanez Abreu,
atendeu desde o ano 2000, um total de 190 famílias com retinoblastoma. Este grupo
é o único no Brasil dedicado a identificação de mutações e de aberrações
cromossômicas em retinoblastoma. Os pacientes são encaminhados pelo Serviço de
Pediatria do INCA, Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade
de Medicina de Ribeirão Preto e Hospital das Clínicas de Porto Alegre.
Paralelamente, foram iniciados estudos retrospectivos em material tumoral fixado em
formalina e mantido em blocos de parafina no Serviço de Anatomia Patológica e
Citopatologia do INCA. Estudos realizados no Brasil pelo grupo de Aconselhamento
Genético em Câncer do INCA, foram publicados por Braggio et al. (Journal of
Clinical Pathology 57:585-590, 2004), Andrade et al (Cancer Genet Cytogenet
167:43-46, 2006) e Barbosa et al. (Pediatric Blood and Cancer, no prelo, DOI
10.1002/pbc.21687). Finalmente, nossos estudos em retinoblastoma foram tema de
três dissertações defendidas por alunos de pós-graduação (Braggio 2002, Andrade
2004, Barbosa 2006).
O Dr Ricardo Luis Alves Silva é pesquisador pleno no Instituto Nacional de
Câncer, tem experiência na área de Genética Molecular do Câncer, atuando
principalmente nos seguintes temas: análise do perfil de expressão gênica por
microarray e modelos murinos para o estudo de neoplasias humanas. Recebeu
treinamento no uso de bibliotecas para o silenciamento global de genes baseadas
em shRNAs assim como no uso do modelo murino Eu-Myc durante o período de um
ano em que permaneceu como “Research Associate” no Memorial Sloan Kettering
Cancer Center (Nova Iorque, EUA).
86
Bibliografia
Azam et al. Cell112:831-843 (2003)
Babinski et al. BJU Internat, 100(4): 940-944 (2007)
Barbosa et al. Ped Blood & Cancer (in press, DOI 10.1002/pbc.21687).
Branford et al. Blood 104(9):2926-2932 (2004)
Brito et al.. Molecular Carcinogenesis, DOI 10.1002/mc.20433 (2008)
Cardoso et al. BJU Int. 93:532-538 (2004)
Carvalho et al. Cancer Res 67:1494 (2007)
Chung et al. J Urol 173:10–20 (2005)
Condon. Semin Cancer Biol 15:132-137 (2005)
Dapic e Monteiro Crit Rev Eukaryot Gene Expr 16:233 (2006)
Fiegl et al. Cancer Res 65:1141 (2005)
Gabert et al. Leukemia 17:2318-57 (2003)
Grimwade et al. Blood98:1312 (2001)
Hochhaus. Semin. Hematol 40:69 (2003)
Klangby et al. Blood 91:1680 (1998)
Laird PW. Nat Rev Cancer 3:253 (2003)
Lindström et al. Oncogene 20:2171 (2001)
Mrózek et al.Best Pract Res Clin Haematol 14:19 (2001)
Ricciardelli et al. Clin Cancer Res 3:983-992 (1997)
Ricciardelli et al. Clin Cancer Res 4:963-971 (1998)
Zellweger et al. Prostate 55:20-29 (2003)
Zhao et al. J Cel Physiol 210:111-121 (2007)
Hanahan W. Cell 100:57 (2000)
Paddison et al. Nature 428:427 (2004)
Silva et al. Science 319:617 (2008)
Stegmeier et al. Proc Natl Acad Sci USA 102:13212 (2005)
Cronograma
Ano 1, 1o semestre
-
Coleta das amostras de adultos com LMA e preparação dos extratos protéicos
para estudos de Proteoma.
-
Seleção de amostras de pacientes com LNH e dos controles.
87
-
Seleção de pacientes e amostras para os estudos de resistência ao tratamento
da LMC. Extração de RNA e síntese de cDNA e PCR quantitativo para BCRABL.
-
Obtenção de amostras de câncer de próstata e análise histopatológica para
determinação dos diferentes graus de gleason. Histoquímica seguida de
morfometria e estereologia: Vermelho de Picrosirius para análise do colágeno,
resorcina-fucsina de Weigert com e sem prévia oxidação com oxona para
análise das fibras do sistema elástico, e tricrômico de Masson para colágeno e
fibras musculares. Estudo Bioquímico de Proteoglicanos, Glicosaminoglicanos
e Colágenos: Os principais parâmetros a serem estudados são: 1)Concentração das moléculas no tecido; 2)- Proporção das diferentes cadeias
de glicosaminoglicanos.
-
Coleta de amostras de soros e tecidos tumorais de pacientes com câncer de
ovário.
-
Identificação de variantes missense de BRCA1 na região compreendida entre
os resíduos de aminoácios 1314 e 1396 (exon 12 e porção terminal do exon
11) na base de dados do Breast Cancer Information Core - BIC
(http://research.nhgri.nih.gov/bic/).
-
Isolamento de DNA de amostras tumorais de retinoblastoma incluídas em
parafina. Obtenção de preparações cromossômicas e FISH de amostras
tumorais frescas de retinoblastoma. Realização de PCR mutltiples para
amplificação dos exons de RB1 para experimentos de SSCP e seqüenciamento
dos fragmentos com migração diferencial.
-
Experimentos in vitro com a biblioteca de shRNA e células FL5-12/BAF 3 (nontransformed murine pro-B lymphocytes lineage) em condições de carência de
fatores de crescimento.
Ano 1, 2 o semestre
-
Coleta das amostras de adultos com LMA e preparação dos extratos protéicos
para os estudos de Proteoma. Início da análise em géis 2D.
-
Seleção das amostras de pacientes de pacientes com LNH e dos controles.
Isolamento do DNA a partir dos blocos de parafina. Realização de Ensaios de
metilação. Contrução dos microarranjos de tecido e marcação por imunohistoquímica das proteínas de interesse.
88
-
Extração de RNA e Síntese de cDNA das amostras de LMC. PCR quantitativo
para BCR-ABL. Amplificação por RT-PCR do Domínio Quinase seguido de
seqüênciamento e análise de seqüências.
-
Histoquímica seguida de morfometria e estereologia das amostras de câncar
de próstata: tricrômico de Masson para colágeno e fibras musculares. Estudo
Bioquímico de Proteoglicanos, Glicosaminoglicanos e Colágenos: Os principais
parâmetros a serem estudados são: 1)- Concentração das moléculas no tecido;
2)- Proporção das diferentes cadeias de glicosaminoglicanos. Westernblot:
Análise da expressão de proteínas que podem estar diferencialmente
expressas em relação ao grau de gleason. Imunohistoquímcia seguida de
morfometria e estereologia: Serão utilizados anticorpos específicos para a
marcação dos colágenos Tipo I, III, IV e VI. PCR em tempo real: Análise da
expressão de genes que podem estar diferencialmente expressos e ter relação
com o grau de gleason. Publicação de artigos científicos.
-
Coleta de amostras de soros e tecidos tumorais de pacientes com câncer de
ovário. Seleção de genes diferencialmente expressos a serem estudados e
validação do perfil de expressão. Caracterização de isoformas de splicing da
proteína OPN: estudos funcionais e imunológicos. Caracterização dos
antígenos tumorais em ensaios imunológicos.
-
Identificação de variantes missense de BRCA1 na região compreendida entre
os resíduos de aminoácios 1314 e 1396 (exon 12 e porção terminal do exon
11)
na
base
de
dados
do
Breast
Cancer
Information
Core-BIC
(http://research.nhgri.nih.gov/bic/). Identificação dos variantes missense de
BRCA1 na região compreendida entre os resíduos de aminoácios 1314 e 1396
que dispõem de estudos genéticos populacionais de associação ao câncer de
mama e ovário.
-
Isolamento de DNA de amostras tumorais de retinoblastoma incluídas em
parafina. Obtenção de preparações cromossômicas e FISH de amostras
tumorais frescas de retinoblastoma. Realização de PCR mutltiples para
amplificação dos exons de RB1 para experimentos de SSCP e seqüenciamento
dos fragmentos com migração diferencial. Análise dos dados de seqüência
para identificação de mutações.
-
Experimentos in vitro com a biblioteca de shRNA em células FL5-12/BAF 3
(non-transformed murine pro-B lymphocytes lineage) em condições de carência
89
de fatores de crescimento. Seleção de shRNAs para construções retrovirais
para infecção em células hematopoiéticas do fígado Eµ-myc e transplante
destas células em camundongos selvagens irradiados letalmente.
Ano 2, 1 o semestre
-
Coleta das amostras de adultos com LMA e preparação dos extratos protéicos
para os estudos de Proteoma. Análise em géis 2D e descrição dos perfis
proteômicos de LMA.
-
Seleção das amostras de pacientes com LNH. Isolamento do DNA genômico a
partir de blocos de parafina e realização dos ensaios de metilação. Análise por
imuno-histoquímica dos microarranjos de tecido.
-
Realização de PCR quantitativo para os transcritos BCR-ABL. Amplificação por
RT-PCR do Domínio Quinase e seqüenciamento dos produtos amplificados.
-
Imunohistoquímcia seguida de morfometria e estereologia para as amostras de
câncer de próstata: Serão utilizados anticorpos específicos para a marcação
das glicoproteínas não colagenosas laminina, fibronectina e entactina.
Westernblot:
Análise
da
expressão
de
proteínas
que
podem
estar
diferencialmente expressas em relação ao grau de gleason. PCR em tempo
real: Análise da expressão de genes que podem estar diferencialmente
expressos e ter relação com o grau de gleason. Microscopia Eletrônica de
Transmissão e Varredura: Análise da expressão de genes que podem estar
diferencialmente expressos e ter relação com o grau de gleason. Ensaios de
interferência de RNA em linhagens celulares para determinar um possível
papel de genes diferencialmente expressos no CA de próstata.
-
Estudos funcionais in vitro e in vivo dos genes selecionados em câncer de
ovário. Caracterização dos antígenos tumorais em ensaios imunológicos.
Caracterização de isoformas de splicing da proteína OPN: estudos funcionais e
imunológicos. Análise dos resultados e identificação de antígenos que
apresentam reatividade adequada. Preparação de artigos com os dados
obtidos ao longo do desenvolvimento do projeto.
-
Identificação dos variantes missense de BRCA1 na região compreendida entre
os resíduos de aminoácios 1314 e 1396 que dispõem de estudos genéticos
populacionais de associação ao câncer de mama e ovário. Identificação
resíduos de aminoácidos conservados entre os ortólogos de BRCA1 na região
90
compreendida entre os resíduos de aminoácios 1314 e 1396 (exon 12 e porção
terminal do exon 11) para modelagem de variantes artificiais com perfil neutro e
deletério.
-
Isolamento de DNA de amostras tumorais de retinoblastoma incluídas em
parafina. Obtenção de preparações cromossômicas e FISH de amostras
tumorais frescas de retinoblastoma. Realização de PCR mutltiples para
amplificação dos exons de RB1 para experimentos de SSCP e seqüenciamento
dos fragmentos com migração diferencial. Análise dos dados de seqüência
para identificação de mutações.
-
Seleção de shRNAs para construções retrovirais para infecção em células
hematopoiéticas do fígado Eµ-myc e
transplante destas células em
camundongos selvagens irradiados letalmente. Seleção de amostras clínicas
tumorais.
Ano 2, 2 o semestre
-
Coleta das amostras de adultos com LMA e preparação dos extratos protéicos
para os estudos de Proteoma. Análise em géis 2D e descrição dos perfis
proteômicos de LMA .Análise protéica Multidimensional (MudPit). Estratificação
dos dados de acordo com a classificação das amostras. Identificação e
validação dos biomarcadores em LMA. Preparação de manuscritos.
-
Seleção das amostras de pacientes com LNH. Isolamento do DNA genômico a
partir de blocos de parafina e realização dos ensaios de metilação. Análise por
imuno-histoquímica dos microarranjos de tecido. Compilação dos resultados
sobre os estudos em LNH. Apresentações e Congressos e Publicações.
-
Realização de PCR quantitativo para os transcrito BCR-ABL. Amplificação por
RT-PCR do Domínio Quinase e seqüenciamento dos produtos amplificados.
Análise de dados.
-
Ensaios de interferência de RNA em linhagens celulares para determinar um
possível papel de genes diferencialmente expressos no CA de próstata.
Microscopia Eletrônica de Transmissão e Varredura. Defesa de dissertações de
mestrado e teses de doutorado dos alunos envolvidos no projeto. Publicação
de artigos científicos.
-
Estudos funcionais in vitro e in vivo dos genes selecionados em câncer de
ovário. Caracterização dos antígenos tumorais em ensaios imunológicos.
91
Caracterização de isoformas de splicing da proteína OPN: estudos funcionais e
imunológicos. Análise dos resultados e identificação de antígenos que
apresentam reatividade adequada. Montagem de painel de antígenos e análise
dos resultados. Preparação de artigos com os dados obtidos ao longo do
desenvolvimento do projeto.
-
Identificação resíduos de aminoácidos conservados entre os ortólogos de
BRCA1 na região compreendida entre os resíduos de aminoácios 1314 e 1396
(exon 12 e porção terminal do exon 11) para modelagem de variantes artificiais
com perfil neutro e deletério. Geração dos variantes missense selecionados (de
ocorrência natual e artificiais) por muatagênese sítio-dirigida por extensão de
sobreposição. Clonagem dos variantes gerados nos vetores pLex e pGBT9,
sub-clonagem em pCDNA3.
-
Isolamento de DNA de amostras tumorais de retinoblastoma incluídas em
parafina. Obtenção de preparações cromossômicas e FISH de amostras
tumorais frescas de retinoblastoma. Realização de PCR mutltiples para
amplificação dos exons de RB1 para experimentos de SSCP e seqüenciamento
dos fragmentos com migração diferencial. Análise dos dados de seqüência
para identificação de mutações. Preparação de manuscrito para publicação.
-
Seleção de shRNAs para construções retrovirais para infecção em células
hematopoiéticas do fígado Eµ-myc e
transplante destas células em
camundongos selvagens irradiados letalmente. Seleção de amostras clínicas
tumorais e preparação de Microarranjos de tecidos.
Anos 3-5
-
Nas análises proteômicas de LMA pretende-se nos próximos três anos
continuar as análise em géis 2D, continuar as análises de espectrometria de
massas, descrever os perfis proteômicos de LMA, realizar análises protéicas
Multidimensionais (MudPit), estratificar os dados de acordo com a classificação
das amostras, validar os biomarcadores e preparar novos manuscritos.
-
Para o LNH da infância nos três anos subseqüentes pretendemos estender a
análise de metilação para outros genes com potencial envolvimento no
prognóstico. Os resultados dos estudos de metilação serão comparados com
as análises da expressão por IHQ das proteínas dos genes pré-selecionados.
Em casos com material disponível, será analisada a expressão dessas
92
proteínas por Western blotting utilizando agentes que revertem o status de
metilação. A pesquisa de mutações do gene TP53 será realizada em novos
casos e pretende-se traçar um perfil das alterações genéticas e epigenéticas
observadas nestes linfomas, que presentes desde a gênese do tumor, também
possam alterar a resposta ao tratamento influenciando vias de apoptose.
-
Na análise de mutações no Domínio Quinase em pacientes com LMA pretendese continuar acompanhando os pacientes amostrados, coletando dados
clínicos que possam ser relacionados aos dados sobre as mutações
identificadas e incluir novos pacientes.
-
Para o câncer de próstata pretende-se dar continuidade à caracterização dos
genes diferencialmente expressos evidenciados pelas técnicas de bioquímica,
Western blot e Real time PCR nos anos anteriores. Finalização das
dissertações de mestrado e teses de doutorado dos alunos envolvidos no
projeto. Publicação de artigos científicos.
-
No câncer de ovário pretende-se: selecionar os biomarcadores de potencial
aplicação como marcadores de predição de doença metastática e validação por
ensaios in vivo; Testar dos painéis de antígenos em amostras de diferentes
bancos de soros disponívies para fins de validação multi-institucional; realizar
uma avaliação funcionalr in vivo de potenciais alvos terapêuticos.
-
Nos estudos de avaliação funcional de BRCA1 os variantes missense artificiais
na região compreendida entre os resíduos de aminoácios 1314 e 1396 serão
analisados em o ensaio de ativação transcricional em leveduras e também em
células de mamífero. Os resultados obtidos serão validados a partir de dados
genéticos disponíveis de associação ao câncer mama. Publicação dos
resultados encontrados.
-
Em retinoblastoma pretende-se dar continuidade a inclusão de novos pacientes
para serem analisados molecularmente assim como para a obtenção de dados
cariotípicos.
-
Na descrição de novos genes com função supressora tumoral pretende-se dar
continuidade a execução dos experimentos envolvendo o modelo in vitro e in
vivo, selecionando novas amostras tumorais humanas para a preparação de
novos microarranjos de tumores e publicar os resultados obtidos.
93
Projetos financiados nos últimos 5 anos
Nacionais
-
CNPQ - 06/2005 - Estudos cito-moleculares para a identificação de grupos de
risco terapêutico e marcadores de prognóstico em pacientes adultos e
pediátricos com Leucemia Mielóide Aguda (LMA). Pesquisadora Principal: Ilana
Zalcberg-Reanault (R$ 70.000,00).
-
CNPq - 478264/2003-8 2003-2005. Estudos imunomoleculares sobre a
patogênese do linfoma de Burkitt no Brasil. Pesquisadora Principal: Ilana
Zalcberg-Reanault.
-
CNPq - Bolsa de Produtividade em Pesquisa (1A) Processo: 303413/2007-7
Pesquisador Principal: Francisco José Barcelos Sampaio.
-
CNPq - CNPq - 400893/2005-3, Edital Universal (480256/2007-1). Pesquisador
Principal: Francisco José Barcelos Sampaio.
-
CNPq - Edital MCT/CNPq 02/2006-Universal-processo 478117/2006-6. projeto:
Auto-anticorpos como potenciais maracdores séricos no carcinoma de próstata
e ovário. Pesquisador Principal: Etel Rodrigues Pereira Gimba.
-
CNPq - Edital MCT/CNPq 15/2007 -Universal-processo 482431/2007-5; projeto:
Caracterização de antígenos tumorais e resposta de autoanticorpos como
potenciais marcadores séricos para os carcinomas de próstata e ovário.
Pesquisador Principal: Etel Rodrigues Pereira Gimba.
-
CNPq - Edital Universal 2007-2009. Desenvolvimento e validação de uma
abordagem para quantificação de herpesvírus após transplante de progenitores
hematopoiéticos. Pesquisador Responsável: Cláudia Esther Alicia Rocio
Hassan.
-
CNPq- Ed Apoio às Atividades de Pesquisa em Genética Clínica -Rede
Nacional de Cãncer Familial. Coordenador: Héctor N Seuanez Abreu (R$
455.000,00).
-
CNPq-Ed Neoplasias 2005/2006 – Identificação e validação de biomarcadores
da resposta preditiva ao tratamento em pacientes adultos com leucemia
mielóide aguda- Pesquisador Principal: Eliana Abdelhay (R$ 50.000,00).
-
CNPq-Ed.Universal 2005/2006- O proteoma como uma ferramenta na
identificação de marcadores moleculares de prognóstico em LMC. Pesquisador
Principal: Eliana Abdelhay (R$ 30.000,00).
94
-
Edital MCT-CNPq / MS-SCTIE-DECIT / CT-Saúde – Nº 06/2005, 2006-2008.
Quantificação do DNA do vírus Epstein-Barr (EBV) no diagnóstico e no
monitoramento da resposta ao tratamento dos linfomas não Hodgkin-B da
infância. – concluído. Pesquisadora Principal: Claudete Esteves Klumb.
-
FAPERJ - Edital de Apoio a Grupos Emergentes de Pesquisa RJ 2008processo
E-26/111.496/2008.
Avaliação
funcional
e
caracterização
de
biomarcadores de progressão tumoral e metástases nos carcinomas de
próstata e ovário. Pesquisador Principal: Etel Rodrigues Pereira Gimba.
-
FAPERJ - Edital FAPERJ Apoio à Infra-estrutura de Biotério de Inst. de
Pesq/Ensino RJ Proc E-26/111.099/2008. Implantação do Banco de Embriões
de Camundongos no Instituto Nacional de Câncer (INCA). Coordenador:
Ricardo Luis Alves Silva.
-
FAPERJ - Edital: APQ1N° de processo:E-26/171.392/2 006. Caracterização
funcional de Wnt4 e análise do perfil de expressão em tumores e linhagens
celulares de tumores de próstata. Pesquisador Principal: Etel Rodrigues Pereira
Gimba.
-
FAPERJ – Processo 110.146-2007
R$ 59.355,00
2007/2-2008/2.
Pesquisador Principal: Marcelo Alex de Carvalho.
-
FAPERJ – Processo 170.822-2006
R$ 24.000,00
2007/1-2009/1.
Pesquisador Principal: Marcelo Alex de Carvalho.
-
FAPERJ – Processo 171.129-2006
R$ 29.000,00
2007/1-2009/1.
Pesquisador Principal: Marcelo Alex de Carvalho.
-
FAPERJ E-26/152.006/2004, FAPERJ - E-26/171.276/2004, FAPERJ - E26/170.962/2006, FAPERJ (E-26/152.813/2006), FAPERJ - E-26/171.499/2006,
FAPERJ E-26/110.033/2007, FAPERJ - E-26/110.331/2007, FAPERJ E26/110.019/2007,
FAPERJ
- E-26/100.515/2007.
Pesquisador Principal:
Francisco José Barcelos Sampaio.
-
FAPERJ- Ed PRONEX 2008 - Genomica em grande escala:instabilidade,
polimorfismos e expressão em câncer, AIDS e anomalias congenitas –Vigente.
Coordenador do projeto: Héctor N Seuanez Abreu (R$ 470.000,00).
-
FAPERJ-APQ1 Processo E-26/171.479/2006. Estudo prospectivo da carga viral
do vírus Epstein-Barr (EBV) como marcador preditivo de resposta ao
tratamento
nos
linfomas
associados
ao
EBV.
Pesquisadora Principal: Claudete Esteves Klumb.
2007-2009
–
vigente.
95
-
FAPERJ – Implantação do Banco de Embriões de Camundongos no Instituto
Nacional de Câncer (INCA) - (Edital FAPERJ Apoio à Infra-estrutura de Biotério
de Inst. de Pesq/Ensino RJ Proc E-26/111.099/2008). Coordenador do projeto:
Ricardo Luis Alves Silva.
Internacionais
-
Fundação Swissbridge (Suiça) - Heterogeneidade molecular das leucemias e
linfomas- Pesquisador Principal: Héctor N Seuanez Abreu (CHF 838.000,00).
Participação em programas de Pós-Graduação
-
Pós Graduação em Biologia Celular e Molecular da Fundação Oswaldo Cruz
(Conceito 6).
-
Pós Graduação em Bioquímica Médica da Universidade Federal do Rio de
Janeiro (Conceito 7).
-
Pós Graduação em Genética e Bioquímica da Universidade Federal de
Uberlândia (Conceito 3).
-
Pós Graduação em Oncologia do Instituto Nacional do Câncer (Conceito 5).
-
Pós-graduação em Biologia Humana e Experimental da Universidade do
Estado do Rio de Janeiro (Conceito 5).
-
Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Biofísica) da Universidade Federal do
Rio de Janeiro (Conceito 7).
-
Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Genética) da Universidade Federal do
Rio de Janeiro (Conceito 6).
-
Pós-graduação em Fisiopatologia e Ciências Cirúrgicas da Universidade da
Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro
(Conceito 5).
Interações locais e internacionais
Nacionais
-
Cordenação da Rede Nacional de Câncer Familial com 14 centros nacionais
http://www.inca.gov.br/cancer_familial/. Interação com
Héctor N. Seuanez
Abreu.
-
Hospital AC Camargo-SP - Dr. Fernando Soares na área de patologia
molecular e microarranjos de tecidos. Interação com Etel Rodrigues Pereira
Gimba.
96
-
Hospital Municipal Souza Aguiar, RJ (Dr. AG Cavalcanti). Interação com
Francisco José Barcelos Sampaio.
-
Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, UFRJ- Dr. Rony Schaffel,
Médico do Serviço de Hematologia. Interação com Ilana Zalcberg-Reanult.
-
Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ)- Dr Mariano Zalis. Laboratório de Infectologia e Parasitologia
Molecular. Interação com Cláudia Esther Rocio Hassan.
-
Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora- Dr. Angelo
Attala, Médico do Serviço de Hematologia. Interação com Ilana ZalcbergReanult.
-
Hospital Universitário Oswaldo Cruz, Universidade de Pernambuco, Recife Dra Tereza Cartaxo Muniz. Centro de Oncologia Pediátrica -CEON). Interação
com Cláudia Esther Rocio Hassan.
-
InCor – SP - Grupo de Biologia Computacional do Laboratório de Genética e
Cardionalogia Molecular), coordenado pelo Dr. Paulo Sergio Lopes de Oliveira.
Interação com Etel Rodrigues Pereira Gimba.
-
Santa Casa da Misericórdia”, Itabuna, Bahia - Dra Teresa Cristina Fonseca.
Centro de Tratamento do Câncer Pediátrico. Interação com Cláudia Esther
Rocio Hassan.
-
UFRJ - Dr Nelson Spector. Interação com Eliana Abdelhay.
-
Universidade de São Paulo(USP), São Paulo, Departamento de Patologia Carlos E. Bacchi da. Interação com Claudete Esteves Klumb.
-
Universidade Federal de Urbelândia - Grupo do Dr Luiz Ricardo Goulart Filho,
em estudos funcionais de proteínas envolvidas na progressão no CaP (Dr.
Carlos Moreno, Emory University, Atanta, EUA). Interação com Etel Rodrigues
Pereira Gimba.
-
Universidade Federal Fluminense- Dr. Adelmo Daumas Gabriel, MD Médico do
Serviço de Hematologia. Interação com Ilana Zalcberg-Reanult.
-
Universidade Federal Fluminense, RJ. Dr. HJ Bagetti Filho. Interação com
Francisco José Barcelos Sampaio.
Internacionais
-
Asociación Española Primera de Socorros Mútuos, Montevidéu, Uruguay- Dr.
María del Rosario Uriarte, PhD. Interação com Ilana Zalcberg-Reanult.
97
-
Geogetown University, EUA - Diretora do Protein Information Resource Dra.
Cathy H. Wu. Interação com Etel Rodrigues Pereira Gimba.
-
H. Lee Moffitt Cancer Center & Research Institute, Laboratory of Cancer
Genetics Tampa, FL, USA. Dr. Alvaro N. A. Monteiro, PhD (pesquisador
responsável). Interação Responsável: Marcelo Alex de Carvalho.
-
Hospital de Pediatria “Ricardo Gutierrez”, Buenos Aires, Argentina.- Dras Maria
Victoria Preciado e Paola Chabay. Laboratório de Virologia. Interação com
Cláudia Esther Rocio Hassan.
-
Hospital Hammersmith, Londres UK – Dr. Jaspal Kaeda Departamento de
Hematologia. Interação com Ilana Zalcberg-Reanult.
-
Institute of Human Genetics and Anthropology, Jena, Germany - Dr Thomas
Liehr. Interação com Eliana Abdelhay.
-
Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira UFRJ- Dr Marcelo Land.
Interação com Eliana Abdelhay.
-
St Jude Children’s Research Hospital-Memphis,TN - Dr Susana RaimondiDepartment of Pathology-. Interação com Eliana Abdelhay.
-
St
Jude
Children’s
Research
Hospital-Memphis,TN
Dr
Raul
Ribeiro-
Department of Oncology. Interação com Eliana Abdelhay.
-
UNESP (Convênio genérico para estabelecimento de programa de cooperação
acadêmica) . Interação com Francisco José Barcelos Sampaio.
-
Universidade de Caen, França - Dr. Serge Carreau. Interação com Francisco
José Barcelos Sampaio.
-
Universidade Stanford, CA, Estados Unidos (Dr. H. Zhao e Dr. D. Peehl).
Interação com Francisco José Barcelos Sampaio.
-
University College Dublin, Irlanda - William Gallagher, Conway Institute.
Interação com Etel Rodrigues Pereira Gimba.
-
University Hospital Göttingen, Göttingen, Germany - Prof. Dieter Kube,
Department of Haematology and Oncology. Interação com Cláudia Esther
Rocio Hassan.
-
University of Cincinnati Medical Center - Grupo Dr. Geord F Weber EUA
caracterização de isoformas de “splicing” da proteína OPN. Interação com Etel
Rodrigues Pereira Gimba.
98
-
William
J.
Harrington
Hematologia/Oncologia,
Jr.,
Professor
de
Medicina
/
Divisão
de
Universidade de Miami, Sylvester Comprehensive
Cancer Center, Miami, USA. Interação com Claudete Esteves Klumb.
-
Memorial Sloan Kettering Cancer Center, Nova Iorque, EUA - Dr. Hans-Guido
Wendel. Interação com Ricardo Luis Alves Silva.
-
Serviço de Hematologia do Hammersmith Hospitals Trust, Londres.- Drs Jaspal
Kaeda e John McVey. Interação com Ilana Zalcberg Ranault.
Contrapartida Institucional
O Instituto Nacional de Câncer custeia os serviços de secretaria, manutenção
predial e de equipamentos. Possui um Biotério para roedores. A instituição possui
ainda aparelhos de grande porte que serão utilizados na realização deste projeto
como: um seqüenciador automático de DNA MegaBACE 1000 com 96 capilares, um
seqüenciador automático de DNA ABI-PRISM 377 para 64 amostras, 4 aparelhos de
PCR em Tempo Real, dois leitores de microarranjos (Bio-Rad VersArray Chip
Reader e Affymetrix Gene Chip Scanner 3000), Tissue Microarray, 10 Freezers a 80º C, um sistema de criopreservação em Nitrogênio para 10.000 amostras.
A Unidade de Pesquisa em Sistema Urogenital, localizada na UERJ, possui os
seus próprios laboratórios, especializados em técnicas anatômicas, cirúrgicas,
cirurgia
experimental,
bioquímica
da
matriz
extracelular,
histoquímica,
imunohistoquímica, microscopia eletrônica, cultura de células, biologia molecular,
etc. Nos últimos 5 anos recebeu mais de 10 auxílios financeiros o que permitiu
equipar e modernizar esses laboratórios.
================================================================
99
TEMA
3:
ENSAIOS
CLÍNICOS
EM
ONCOLOGIA:
BASE
PARA
DESENVOLVIMENTO E INCOPORRAÇÃO TECNOLÓGICA NO COMPLEXO
ECONÔMICO-INDUSTRIAL DA SAÚDE
RACIONAL
Estudos clínicos, sejam eles prospectivos ou observacionais, formam a base
para o processo decisório em medicina, sobretudo em especialidades relativamente
recentes como a oncologia clínica, na qual, a cada ano, surgem novas drogas e
opções terapêuticas. Muitas dessas novas opções e alternativas são frutos de uma
revolução que vem ocorrendo na oncologia com a incorporação dos conhecimentos
oriundos da biologia molecular e celular do câncer, gerando, cada vez mais,
hipóteses, com bases biológicas definidas, a serem testadas em estudos clínicos.
Atento a essa realidade e buscando cumprir o seu papel de formulador de
políticas de câncer no Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) vem conduzindo,
há cerca de 10 anos, um projeto de desenvolvimento de estudos clínicos próprios
que, ao mesmo tempo em que tenha um caráter inovador, seja capaz de gerar
dados que interessem ao Ministério da Saúde. Além disso, seguindo uma tendência
mundial de pesquisa em oncologia, o INCA tem investido em grupos de pesquisa
translacional, isto é, que desenvolvem projetos visando à transição rápida dos
conhecimentos da ciência básica para a prática clínica. Ao mesmo tempo que tem o
potencial de beneficiar de uma maneira mais rápida e efetiva os pacientes, esse tipo
de pesquisa está também diretamente ligado e dependente de políticas e estruturas
voltadas para o desenvolvimento tecnológico na área da saúde.
O Ministério da Saúde estabeleceu como uma das suas diretrizes o
investimento e desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde.
Dessa forma, há o interesse de, a médio prazo, o país passar da condição de
importador de tecnologias a produtor e exportador de fármacos e kits diagnósticos,
com conseqüente impacto na balança de pagamentos. Alinhado a isso, o INCA vem
investindo, desde 2005, no estabelecimento de parcerias para a implantação de um
programa multidisciplinar de desenvolvimento de biotecnologia em oncologia. Para
tal, grandes investimentos em infraestrutura já vem ocorrendo para a criação de um
Centro de Desenvolvimento Tecnológico (CDT-INCA). Outra missão que cabe ao
setor público na área de oncologia é avaliar o custo da incorporação de novas
tecnologias através de instrumentos de mensuração da custo-efetividade. Em suma,
100
o projeto de ensaios clínicos tem 2 pilares: A) o desenvolvimento de drogas antineoplásicas utilizando diferentes estratégias B) ensaios avaliando a incorporação de
novas estratégias terapêuticas com enfoque na sua eficácia e custo-efetividade.
O projeto tem o potencial de transferência dos resultados tanto para o setor
privado quanto o público: Privado: uma vez que moléculas interessantes sejam
identificadas, as mesmas serão desenvolvidas em parceria com a indústria
farmacêutica nacional. Para tal, mecanismos como do Profarma do BNDES poderão
ser utilizados para consolidar as parcerias público-privadas. Público: os dados
gerados nos estudos de incorporação de novas estratégias terapêuticas poderão
subsidiar o Ministério da Saúde na tomada de decisões sobre incorporação
tecnológica. Além disso, o projeto tem o potencial para a geração de patentes, uma
vez que novas moléculas sejam elas de origem natural ou sintética serão
desenvolvidas.
Abordagens específicas
-Programa de Desenvolvimento de Drogas
O INCA conta hoje com um centro de referência nacional e internacional em
pesquisa clínica. Esse centro está capacitado para propor e conduzir estudos de
fase I, II e III. Por esse papel, a instituição vem sendo procurado e tem estabelecido
parcerias com instituições acadêmicas brasileiras para testar moléculas candidatas a
agentes
antineoplásicos.
Com
isso,
foi
estabelecido
o
Programa
de
Desenvolvimento de Novas Drogas do INCA (PDD-INCA) que funciona na Divisão
de Pesquisa Clínica do INCA. Para tal, o INCA tem investido na criação de uma
infraestrutura específica e na formação de uma rede de pesquisadores. Essa rede
envolve instituições nacionais como: INCa, Fiocruz, Universidade de São Carlos-SP,
Universidade de Mogi das Cruzes-SP, UNIFESP e Museu Nacional da UFRJ, todas
integrantes dessa proposta. Além disso, aproveitando a oportunidade dom presente
edital, a rede pode ser ampliada agregando pesquisadores da UFRJ, Universidade
Federal da Paraíba e outros setores do INCA (Laboratório de Hematologia Molecular
e Celular). Esses novos pesuisadores têm projetos que são complementares a rede
original, ampliando o escopo do PDD-INCA.
Uma vez consolidada, a rede tendo o INCA como centro coordenador poderá
atuar nos moldes NCI americano (National Cancer Institute). No geral, o programa
101
se baseia em 3 pilares que cobrirão as estratégias hoje vigentes no campo do
desenvolvimento de medicamentos antineoplásicos no mundo:
1-
Explorar a biodiversidade (marinha e vegetal)
2-
Testar compostos sintéticos com potencial antineoplásico
3
Gerar a alterar a estrutura de peptídeos através de biologia da computação, a
partir de alvos (biomarcadores) previamente identificados. Essa estratégia é
também conhecida como desenho racional de drogas.
A partir da identificação de compostos promissores, o INCA realizará as
etapas subseqüentes do desenvolvimento através de parcerias com a Fiocruz
(toxicologia animal), Farmanguinhos (formulação de medicamentos) e indústria
farmacêutica nacional (transposição de escala e estudos de fase III). Os estudos
clínicos de fase I, II e III serão realizados na estrutura de pesquisa clínica já em
funcionamento no INCA, bem como em centros que comporão a Rede INCA de
Pesquisa Clínica (já operante e em fase de expansão). Com essa estratégia, o
INCA, através da sua rede almeja tornar-se centro de referência mundial no campo
do desenvolvimento de drogas.
-Ensaios
Clínicos
para
Avaliação
da
Incorporação
de
Novas
Estratégias
Terapêuticas com Enfoque na Sua Eficácia e Custo-Efetividade.
Os ensaios clínicos terão duas vertentes:
-
Estudo de fase III utilizando a terapia com laser de baixa potência como método
de prevenção de mucosite oral em pacientes submetidos à radioterapia e
quimioterapia concomitantes para tratamento de tumores na região de cabeça e
pescoço.
-
Impacto da Imagem Molecular no Planejamento Radioterápico e na Avaliação
da Resposta Terapêutica de Pacientes com Câncer de Colo Uterino e Canal
Anal: Um Método Definitivo
102
OBJETIVOS GERAIS
1-
Consolidar o programa de desenvolvimento de drogas do INCA e sua
respectiva rede
2-
Desenvolver ensaios clínicos para avaliação de novas estratégias terapêuticas
que permitam avaliação da incorporação de novas tecnologias com enfoque em
custo-efetividade
DESENHO EXPERIMENTAL
1 - PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DE DROGAS:
O programa é baseado em 4 fases descritas a seguir:
Fase 1 -Identificação de Moléculas Candidatas
a)
Prospecção e screening de produtos naturais de origem marinha, vegetal e
metabólitos bacterianos utilizando plataforma de high throughput.
Produtos de Origem Marinha: A metodologia de coleta utilizada consiste na tomada
de amostras manualmente, em paralelo ao registro fotográfico submarino de
parâmetros tais como cor e forma dos espécimes, habitat, profundidade e
temperatura da água, e número de tombo do voucher na coleção MNRJ. As coletas
almejarão o maior número possível de ecossistemas, dentre os quais estarão
compreendidos costões rochosos rasos, recifes de coral, de algas e de arenito, a
diferentes distâncias da costa, bancos recifais, fundos areno-lamosos e manguesais;
distribuídos ao longo de duas ecoregiões distintas. O acesso aos pontos de coleta
poderá ser feito a nado ou a bordo de embarcações condizentes com as condições
de mar e a distância a ser percorrida (p.e. jangadas, traineiras, lanchas). Os
vouchers serão fixados em etanol a 96% e o material destinado à bioprospecção,
neste mesmo meio ou congelado, conforme o solicitação dos colaboradores deste
segmento. A identificação das amostras incluirá preparação de cortes espessos e
espículas dissociadas para exame aos microscópios óptico e eletrônico de
varredura, este último, no caso de identificações mais difíceis, ou de espécies que
se pretenda descrever taxonomicamente. As preparações serão identificadas ao
103
nível de gênero com auxílio do Systema Porifera (Hooper & van Soest, 2002), e
posteriormente, ao nível de espécie, após obtenção de lista de espécies do gênero
na World Porifera Database (van Soest et al., 2005) e compilação de descrições
pertinentes a partir da biblioteca particular Taxpo (Laboratório de Taxonomia de
Poríferos - MN/UFRJ).
Preparar extratos brutos de 180 amostras de esponjas coletadas. Enviar
alíquotas de cada um dos 180 extratos de esponjas para o INCA avaliar a atividade
anticancerígena de cada um dos extratos obtidos. Os extratos brutos que
apresentarem atividade anticâncer serão selecionados. Estes serão separados em
frações de diferentes polaridades. As diferentes frações serão novamente enviadas
ao INCA para avaliar a atividade anticancerígena de cada uma das frações. As
frações ativas deverão ser separadas em seus constituintes químicos.
Os constituintes obtidos deverão ser purificados por HPLC até apresentarem
95-100% de pureza.
Os constituintes puros deverão ser identificados por análises de ressonância
magnética nuclear, espectrometria de massas, espectrofotometria no infravermelho
e, ocasionalmente, por dicroísmo circular, de maneira a se determinar a estrutura
completa e absoluta de cada constituinte químico isolado e purificado dos extratos
que apresentaram atividade anticancerígena.
Enviar alíquotas dos constituintes químicos puros e identificados serão
enviados ao INCA para que suas atividades anticancerígenas sejam avaliadas.
Produtos de Origem Vegetal: No caso de fontes vegetais, serão exploradas fontes
de flavanóides (Paraíba). Para tal, as seguintes espécies serão utilizadas como
fontes respectivos produtos:
-Tilirosideo: Herissantia tiubae; Herissantia crispa; Sida galheirensis; Backeridesia
pickelli; Sidastrum micranthus; Sidastrum paniculatum; Wissadula periplocifolia.
-Diraminosídeo:
Herissantia
tiubae;
Herissantia
crispa;
Sida
galheirenses;
Backeridesia pickelli e Sidastrum micranthus.
-Canferol : Backeridesia pickelli.
Estas substâncias foram isoladas das fases acetato de etila e n-butanólica do
extrato etanólico ou metanólico bruto (isto porque tanto fizemos extratos etanólico
quanto metanólico) das partes aéreas destas espécies. As substâncias que obtemos
104
em maior quantidade são tilirosideo e diraminosideo, que são dois glicosideos
flavanóidicos.
Estamos isolando também outros flavonódes, porém em pequenas quantidades.
Por outro lado, o grupo da Raquel Maia tem analisado alguns compostos
modificados, sintéticos, derivados de lapachol. Os resultados preliminares em células
de linhagens leucêmicas demonstraram efeito anti-tumoral e anti-MDR potente. Isto
indica que tais substâncias não são substratos para as proteínas MDR e atingem
concentrações intracelulares necessárias para o efeito citotóxico. Os compostos
LQB118 e seus análogos, com estrutura semelhante ao do lapachol, foi desenhado
pelo Prof. Costa PRR do Laboratório de Química Biorgânica do Núcleo de Pesquisas
de Produtos Naturais (NPPN), UFRJ, RJ, Brasil.
Produtos de Origem Bacteriana: Várias neoplasias são refratárias às drogas utilizadas
atualmente, existindo assim grande interesse na identificação de novos compostos
com
atividade
anti-câncer.
A
grande
diversidade
biológica
nos
oceanos,
principalmente em regiões costeiras, apresenta-se como uma fonte alternativa de
fármacos. Várias drogas já foram isoladas de animais marinhos e algumas destas
como a Briostatina I e Dolastatina, estão sendo avaliadas em testes clínicos. Estes
compostos são de difícil isolamento, e uma grande massa inicial do animal marinho é
necessária para purificação de pequena quantidade de droga. Dados da literatura
mostram que alguns compostos são na verdade produzidos por bactérias simbiontes
destes animais marinhos. As briostatinas, por exemplo são produzidas pelas bactérias
simbionte Candidatus Endobugula glebosa presentes nos briozoários. A filogenia do
grupo indica que este simbionte é relacionado ao clado Teredinibacter, que possui
como espécie tipo a bactéria Teredinibater turnerae. Esta é um endosimbionte de
moluscos da família Teredinidae e é de grande relevância, pois é uma bactéria
intracelular in symbio, porém cultivável in vitro. O genoma de T. turnerae possui 9
cassetes gênicos para biossíntese de policetídeos, incluindo genes similares a genes
bry para a produção de Briostatina. Outros genes são similares a genes envolvidos na
síntese da outras drogas anti-câncer como a bleomicina. Dados preliminares indicam
que extratos metanólicos de T. turnerae reduzem a proliferação de células tumorais in
vitro. O presente projeto visa avaliar com maiores detalhes, a produção de compostos
com atividade anti-tumoral por T.turnerae crescida sob diferentes condições de cultivo,
onde sabidamente genes de policetídeo sintases (PKS) são expressos. Além disso,
105
pretendemos avaliar o efeito dos extratos de T.turnerae sobre diferentes processo
celulares.
b)
Desenvolvimento de moléculas sintéticas (parceria com Universidade de Mogi
das Cruzes)
A eficiência de drogas quimioterápicas é determinada por diferentes fatores,
incluindo o genótipo da célula tumoral. Muitos agentes antitumorais induzem danos
na molécula de DNA disparando como resposta um processo apoptótico dependente
de p53.resposta. O gene supressor de tumor p53 é deformado em até 50% de
tumores humanos, fato que pode contribuir para resistência para vários tipos de
terapias. Assim, a identificação de drogas que induzem a apotose por uma via
independente de p53 é muito importante (1). A citotoxicidade do Taxol foi descrita
como independente da função do p53. Além deste, várias outras drogas foram
descritas como possuindo mecanismos de ação independentes de p53 (2). Não está
claro se a apoptose independente de p53 é um fenômeno comum gerado por um
número grande de drogas ou se estes mecanismos são exceções.Estudos de vários
laboratórios mostraram que a ruptura de lisossomos é um primeiro evento dentre
vários no processo de apoptose apoptotic processos, incluindo os iniciados por
estresse oxidativo, retirada de soro, e ligação de Fas. De forma interessante foi
demonstrado que a apoptose induzida por p53 envolve como um primeiro evento a
permeabilização da membrana lisossomal (LMP) (3). A translocação da protease
lisossomal, catepsina B, no citosol pode induzir a apoptose. Foi recentemente
demonstrado que a imortalização e/ou transformação aumenta a susceptibilidade
das células às vias de morte lisossomal sugerindo que essas vias são alvos
potenciais para o desenvolvimento de drogas anticancer (4). Assim, conforme o
descrito o principal objetivo deste projeto é o desenvolvimento agentes
quimioterápicos baseados em propriedades lisossomotrópicas de paladaciclos (5-7))
que ativam a apoptose por via independente de p-53 (7).
c) modelagem de proteínas através de estratégias de biologia da computação e
bioinfomática.
106
Fase 2-Toxicologia animal
Será realizada na Fiocruz (ENSP – Laboratório do Professor Francisco
Paumgartten), utilizando metodologia já validada para testes de toxicidade aguda e
subaguda, mutagênese e carcinogênese
Fase 3-Formulação;
Será realizada em Farmanguinhos, segundo padrões locais de GMP.
Fase 4 - Testes clínicos
A fase 4 será conduzida pelo INCA e sua rede de pesquisa clínica. O INCA
dispõe de expertise e estrutura para os ensaios de fase I, II e III, bem como para
estudos de farmacocinética, farmacogenética e identificação de biomarcadores.
2-
ENSAIOS
CLÍNICOS
PARA
AVALIAÇÃO
DE
INCORPORAÇÃO
TECNOLÓGICA:
-Estudo de fase III utilizando a terapia com laser de baixa potência como método de
prevenção de mucosite oral em pacientes submetidos à radioterapia e quimioterapia
concomitantes para tratamento de tumores na região de cabeça e pescoço.
Serão avaliados 78 pacientes, matriculados no Instituto Nacional de Câncer,
com diagnóstico de carcinoma de células escamosas localizado em orofaringe,
hipofaringe e serão randomizados previamente ao início do estudo entre receber
tratamento com nasofaringe inelegíveis para cirurgia, submetidos ao tratamento com
radioterapia e quimioterapia. Os pacientes laser (grupo investigatório) e não receber
tratamento com laser (grupo controle ou placebo). A aplicação será efetuada com o
aparelho da DMC, um diodo de fosfeto de indio galio e alumínio (InGaAlP) com
emissão de radiação na região vermelha do espectro eletromagnético (660 nm), com
potência de 100mW, com área de feixe de 0,246 cm². Determinou-se uma densidade
de energia de 4 J/cm²/ponto, que será aplicada de forma pontual, com uma distância
entre pontos de 1 cm , durante 10s por ponto, totalizando 9 pontos por região.As
regiões da mucosa oral que serão tratadas são: mucosa jugal direita e esquerda,
lábio inferior e superior, mucosa labial superior e inferior, borda lateral da língual
direita e esquerda, ventre lingual, assoalho bucal e trígono retromolar direito e
esquerdo.
107
-Impacto da Imagem Molecular no Planejamento Radioterápico e na Avaliação da
Resposta Terapêutica de Pacientes com Câncer de Colo Uterino e Canal Anal: Um
Método Definitivo
Todos os pacientes irão realizar estudos de imagem molecular (18F-FDGPET/CT) antes e após terapia (quimio + radioterapia). Análises qualitativas e
quantitativas das imagens serão realizadas com o intuito de se verificar as
alterações metabólicas pós-terapia. As captações do
18
F-FDG (pré- e pós-terapia)
serão correlacionadas com o perfil genético/molecular do câncer utilizando-se de
dados provenientes da imunohistoquímica e microarranjo. Além disso, as imagens
realizadas pré-terapia serão utilizadas para o planejamento radioterápico. Os
resultados dessa análise serão comparados com o planejamento realizado
rotineiramente com a TC.
PARTICIPANTES
Carlos Gil Ferreira , Divisão de Pesquisa Clínica do INCA (Pesquisador
Responsável)
Roberto Gomes de Souza Berlinck, Pesquisador, USP – São Carlos (Pesquisador
Responsável)
Eduardo Carlos Meduna Hadju, Pesquisador, Museu Nacional, UFRJ (Pesquisador
Responsável)
Antonio Carlos Fávero Caíres, Pesquisador, Universidade de Mogi das Cruzes
Marcelo Mamede Lewer, Pesquisador, Divisão de Pesquisa Clínica do INCA
(pesquisador responsável)
Carlos Augusto Gomes Soares, Pesquisador, Departamento de Genética da UFRJ
(Pesquisador Responsável)
Ana Lúcia Moraes Giannini, Pesquisadora, Departamento de Genética da UFRJ
Franklin David Rumjanek, Pesquisador, Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ
Raquel
Ciuvalschi
Maia,
Pesquisadora,
Serviço
de
Hematologia,
INCA
(Pesquisadora Responsável)
Paulo RR Costa, Pesquisador, Laboratório de Química Biorgânica do Núcleo de
Pesquisas de Produtos Naturais, UFRJ.
Alcides JM da Silva, Pesquisador, Laboratório de Química Biorgânica do Núcleo de
Pesquisas de Produtos Naturais, UFRJ.
108
Marcos Antonio Maurício Scheiner, Biólogo, Serviço de Hematologia, Instituto
Nacional de Câncer.
Flavia da Cunha Vasconcelos, Bióloga (doutoranda), Serviço de Hematologia,
Instituto Nacional de Câncer.
Marcia Regina Piuvezam, Pesquisadora, Laboratório de tecnologia Farmacêutica da
Universidade Federal da Paraiba (Pesquisadora Responsável)
METAS
Qualitativas para o Programa de Desenvolvimento de Drogas:
- Prospecção: Coletar 80kg de poríferos na costa. Testar 5.000 extratos de origem
marinha. Preparar pelo menos extratos brutos de 180 amostras coletadas. Purificar e
identificar constituintes puros.
- Identificar novas substâncias, derivadas do Lapachol que sejam
capazes de
induzir morte celular em amostras com determinado padrão de polimorfismo
- Identificar flavonóides potencial anti-tumoral
-Estudar do efeito de extratos metanólicos de T. turnerae sobre a proliferação de
linhagens tumorais e não-tumorais;
- Desenvolver e testar compostos quimioterápicos inovadores com propriedades
lisossomotrópicas de paladacíclicos, identificando os mais promissores
- Fazer a toxicologia animal dos compostos promissores
- Desenvolver ensaios clínicos de fase I desses compostos
- Através de biologia da computação, fazer desenho racional de novos compostos
Qualitativas para os Ensaios com Novas Estratégias Terapêuticas:
- Padronizar a aplicação preventiva do laser de baixa potência para todos os
pacientes submetidos a radioterapia na região de cabeça e pescoço.
- Conduzir e concluir o estudo do impacto da imagem molecular no planejamento
radioterápico e avaliação de resposta em pacientes com Ca de colo uterino. As
metas deste estudo serão a avaliação das alterações metabólicas que ocorrem
durante e após diferentes modalidades terapêuticas e o impacto no planejamento
radioterápico através das imagens moleculares.
Quantitativas:
- Teses e dissertações: 4 mestrado e 2 doutorado
- Artigos: 12 artigos publicados em revistas Qualis A
109
- Possibilidades de patentes:
EXPERIÊNCIA PRÉVIA NA ÁREA DE PESQUISA (pesquisadores responsáveis)
Carlos Gil Ferreira, M.D., Ph.D, possui graduação em Medicina pela Universidade
Federal de Juiz de Fora (1992), residência em Oncologia Clínica pelo INCA em 1997
e doutorado em Oncologia Experimental - Free University of Amsterdam (2001).
Atualmente é Bolsista EXP-A do CNPq e Pesquisador Sênior e Chefe do Serviço de
Pesquisa Clínica e Aplicada do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Tem
experiência na área de Medicina, com ênfase em Cancerologia, atuando
principalmente nos seguintes temas: câncer de pulmão, desenvolvimento de drogas,
biologia molecular, apoptose e banco de tumores.
Antonio Carlos Fávero Caíres, Ph.D, possui graduação em Bacharelado em Química
pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1982), Mestrado em
Tecnologia Nuclear pela Universidade de São Paulo (1985) e Doutorado em
Química Inorgânica pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
(1993). Atualmente é professor adjunto e pesquisador da Universidade de Mogi das
Cruzes, atuando no corpo permanente do Curso de Pós-Graduação em
Biotecnologia. Tem experiência nas áreas de Química e Bioquímica, dando ênfase
em suas pesquisas à síntese, caracterização e aplicações tecnológicas de
Compostos Organo-Metálicos. Destacam-se neste setor as aplicações e Estudos
Mecanísticos de compostos organometálicos de Paládio na inibição de enzimas e na
área médica, com o desenvolvimento de eficientes compostos de combate ao câncer
e desenvolvimento de marcadores de biomoléculas. Trabalha com a técnica de
FTIR/ATR e de reflectância especular para a resolução de problemas e mecanismos
pertinentes à área biotecnológica. Neste campo já desenvolveu trabalhos mostrando
a modificação da estrutura secundária de cisteíno-proteases por ação de drogas. É
mentor intelectual de uma família de patentes internacionais nesta área, cuja
titularidade pertence à FAPESP (Fundação de Ampara à Pesquisa do Estado de
São Paulo).
Marcelo Mamede, M.D., Ph.D. é graduado pela UFJF em 1994 com PhD em Nuclear
Medicine at the Kyoto University (2004). O principal investigado trabalhou no campo
de imagem molecular em grandes centros de pesquisa dos EUA (National Institute of
Health and Brigham and Women’s Hospital - Harvard Medical School) onde o
mesmo avaliou a acurácia diagnóstica em tumores neuroendócrinos, o impacto no
110
planejamento radioterápico e na avaliação de resposta terapêutica em câncer de
esôfago.
Carlos Augusto Gomes Soares é professor Adjunto 4 do Dept. Genética (Inst.
Biologia - Univ. Federal do Rio de Janeiro) e membro da comissão de pós
graduação do Dept. Genética-UFRJ. Formado em Ciências Biológicas-Biologia
Marinha e mestrado em Ecologia, tendo enfatizado seus estudos em ecologia
microbiana e interação microrganismos/invertebrados marinhos. Obteve doutorado
em
Genética,
especializando-se
em
genética
molecular
das
interações
bactérias/invertebrado. Obteve seu Pos-doutorado no CDC/Divisão de doenças
infecciosas transmitidas por vetores, com estudos de genética da interface
bactérias/carrapatos/hospedeiro. Atualmente desenvolve pesquisas relacionadas a:
i) genética molecular da interação de bactérias cellulolíticas/fixadoras de nitrogênio
simbiontes de moluscos Teredinidae, com uma abordagem em biotecnologia
marinha e no estudo da biossíntese de policetídeos com potencial atividade anticâncer; ii) genética de bactérias transmitidas por carrapatos e o estudo da interface
bactéria/carrapatos/hospedeiro. Foi premiado em 2006 pela Royal Entomological
Society-Londres. Atua como consultor Ad Hoc do CNPq, da Univ.Cat.Brasília, como
revisor e do corpo editorial da revista Oecologia Brasiliensis.
Raquel Ciuvalschi Maia possui graduação em Medicina com especialização em
Hematologia Clínica e Doutorado em Biologia Celular e Molecular pela Fundação
Oswaldo Cruz. É chefe do Laboratório de Hemato-Oncologia Celular e Molecular do
Hospital do Câncer-I do Instituto Nacional de Câncer (INCA), atuando principalmente
nos seguintes temas: 1) Resistência a multiplas drogas (MDR) nas neoplasias, 2)
Mecanismos de indução de apoptose induzida por drogas nas neoplasias, 3)
Identificação de fatores prognósticos nas neoplasias e 4) Efeito anti-tumoral e antiMDR por novos quimioterápicos nas neoplasias. Em paralelo as atividades de
pesquisa, atua como médica hematologista no Serviço de Hematologia, como
professora do Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Oncologia, do INCA e
como professora colaboradora do Programa de Pós-graduação em Ciências
Morfológicas do Departamento de Anatomia do Instituto de Ciências Biológicas da
UFRJ. É participante do Programa de Oncobiologia vinculado ao Instituto de
Ciências Biomédicas da UFRJ.
Antonio Carlos Fávero Caíres, possui graduação em Bacharelado em Química pela
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1982), Mestrado em
111
Tecnologia Nuclear pela Universidade de São Paulo (1985) e Doutorado em
Química Inorgânica pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
(1993). Atualmente é professor adjunto e pesquisador da Universidade de Mogi das
Cruzes, atuando no corpo permanente do Curso de Pós-Graduação em
Biotecnologia. Tem experiência nas áreas de Química e Bioquímica, dando ênfase
em suas pesquisas à sintese, caracterização e aplicações tecnológicas de
Compostos Organo-Metálicos. Destacam-se neste setor as aplicações e Estudos
Mecanísticos de compostos organometálicos de Paládio na inibição de enzimas e na
área médica, com o desenvolvimento de eficientes compostos de combate ao câncer
e desenvolvimento de marcadores de biomoléculas. Trabalha com a técnica de
FTIR/ATR e de reflectância especular para a resolução de problemas e mecanísmos
pertinentes à área biotecnológica. Neste campo já desenvolveu trabalhos mostrando
a modificação da estrutura secundária de cisteíno-proteases por ação de drogas. É
mentor intectual de uma família de patentes internacionais nesta área, cuja
titularidade pertence à Fapesp (Fundação de Ampara à Pesquisa do Estado de São
Paulo).
Marcia Regina Piuvezam é Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível
2, possui graduação em Farmacia e Bioquimica pela Universidade Estadual de
Londrina (1982), mestrado em Ciências (Microbiologia) pela Universidade Federal do
Rio de Janeiro (1988) sob a orientação do Professor José Mauro Peralta e
doutorado em Ciências (Microbiologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
(1994). A parte experimental do doutorado (CNPq) foi realizada no Seattle
Biomedical Research Institute sob a coordenação do Dr. Steven G. Reed e
colabaração da Immunex Co, Seattle, WA, EUA. O Pós-Doutorado foi realizado no
Department of Immunology, University of Strathclyde, Todd Centre, Glasgow, UK, no
laboratório do Professor James Alexander. Atualmente é professora associada da
Universidade Federal da Paraíba e pesquisadora nível 2 no CNPq. Tem experiência
na área de Imunologia, com ênfase em Imunologia Celular. Tem atuado nos
seguintes temas: As plantas medicinais e seus efeitos no modelo experimental de
alergia (camundongos BALB/c e ovalbumina) com colaborações com a UFBA, UFRJ
e FIOCRUZ/Rio de Janeiro. As plantas em estudo são: Cissampelos sympodialis
Eichl (Menispermaceae), Amburana cearensis (Fabaceae) e Cida cordifolia
(Malvaceae).
112
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Tolis, C. et al. European Journal of Cancer 35:796 (1999)
Ueda et al. Ann Nucl Med 18:337 (2004)
Vincent et al. The Oncologist 11:243 (2006)
114
CRONOGRAMA
1º Semestre:
-Bioprospecção de produtos marinhos
- Purificação de extratos marinhos
- Iniciar testes de screening com produtos naturais (origem vegetal , marinha e
bacteriana)
- Prosseguir (já iniciados) os testes funcionais e toxicológicos com os compostos
sintéticos (paladacíclicos)
- Prosseguir testes funcionais com compostos derivados de Lapachol
- Prosseguir o estudo clínico de terapia laser
- Prosseguir o estudo de imagem molecular no planejamento da Rxt
2º Semestre:
-Bioprospecção de produtos marinhos
- Purificação de extratos marinhos
- Prosseguir testes de screening com produtos naturais (origem vegetal , marinha e
bacteriana)
- Prosseguir testes funcionais com Paladacíclicos
- Finalizar testes toxicológicos com Paladacíclicos
- Finalizar coleta de dados do estudo de terapia laser
- Prosseguir o estudo de imagem molecular no planejamento da Rxt
- Prosseguir testes funcionais com compostos derivados de Lapachol avaliando o
impacto dos polimorfismos
3º Semestre:
-Bioprospecção de produtos marinhos
- Purificação de extratos marinhos
- Prosseguir testes de screening com produtos naturais (origem vegetal , marinha e
bacteriana)
- Prosseguir testes funcionais com Paladacíclicos
- Iniciar estudo de fase I com Paladacíclicos
- Publicar os dados do estudo de terapia laser
- Prosseguir o estudo de imagem molecular no planejamento da Rxt
- Prosseguir testes funcionais com compostos derivados de Lapachol avaliando o
impacto dos polimorfismos
4º Semestre
115
- Finalizar etapa de bioprospecção de produtos marinhos
- Finalizar a purificação de extratos marinhos
- Identificar moléculas de flavopiridol candidatas e prosseguir em estudo
- Finalizar testes funcionais com Paladacíclicos
- Seguir estudo de fase I com Paladacíclicos
- Publicar os dados do estudo de terapia laser
- Finalizar o estudo de imagem molecular no planejamento da Rxt
- Publicar dados dos
testes funcionais com compostos derivados de Lapachol
avaliando o impacto dos polimorfismos
3º ano
-Testes funcionais com outros compostos de origem marinha identificados
- Testes funcionais com flavopirirdol
- Iniciar estudo de fase II com paladacíclicos
- Toxicologia animal com produtos bacterianos
- Publicar os dados do estudo de imagem molecular no planejamento da RxT
- Sintetizar novas moléculas derivadas do Lapachol
4º ano
-Testes funcionais com outros compostos de origem marinha identificados
- Toxicologia animal com flavopiridol
- Estudo de fase I com compostos bacterianos
- Seguir estudo de fase II com paladacíclicos
- Sintetizar novas moléculas derivadas do Lapachol
5º ano
-Testes funcionais com outros compostos de origem marinha identificados
- Estudos de Fase I com flavopirirdol
- Estudo de fase II com produtos bacterianos
- Iniciar estudo de fase II com paladacíclicos
- Publicar os dados do estudo de imagem molecular no planejamento da RxT
- Testes novas moléculas derivadas do Lapachol
116
PROJETO FINANCIADOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS
-
Fundação SWISSBRIDGE. “Determinantes Moleculares Da Resistência Às
Drogas Nas Leucemias: Implicações Prognósticas. Início: 2004 (Vigente).
Pesquisadora Participante: Raquel C. Maia.
-
FAPERJ – Pensa Rio – “Resistência A Múltiplas Drogas Em Câncer:
Estudando O Problema E Buscando Novas Abordagens Terapêuticas”
Coordenado Por Vivian M. Rumjanek. Proc. E-26/110.399/2007. Início: 2007
(Vigente). Pesquisadora Principal: Raquel C. Maia.
-
Instituto Ronald Mc Donald – “Ampliação Do Laboratório De Hematologia
Celular E Molecular. Uma Aplicação: Identificação De Fatores Prognósticos
Nas Leucemias E Linfomas Da Infância”. Início: 2006 (Vigente). Pesquisadora
Principal: Raquel C. Maia.
-
Fundação Ary Frauzino/ Programa de Oncobiologia/Ufrj – “Análise Das
Proteínas Inibidoras Da Apoptose E De Seus Antagonistas Nas Leucemias Da
Infância: Possível Contribuição Na Resistência Ao Tratamento” Início: 2007
(Vigente). Pesquisadora Principal: Raquel C. Maia.
-
FAPERJ- APQ1
- Incorporação
dos
marcadores
de
resistência
aos
quimioterápicos na prática clínica: implicações para o tratamento da leucemia
mielóide aguda’ (Processo No E-26/171.482/2006). Início: 2007 (Vigente).
Pesquisadora Principal: Raquel C. Maia.
-
Financiadora de Estudos e Projetos/FINEP (V985600212862). Criação do
Banco Nacional de Tumores e DNA. Início: 2003 (Vigente). Pesquisador
principal: Carlos Gil Ferreira.
-
Fundação SWISS BRIDGE (D000300000995). Criação do Banco Nacional de
Tumores e DNA. Início: 2003 (Vigente) Pesquisador principal: Carlos Gil
Ferreira.
-
Financiadora de Estudos e Projetos/FINEP e DECIT/MS (V985600212862)Unidade de Pesquisa Clínica - UPC-INCA Rede de Pesquisa Clínica. Início:
2005 (Vigente). Pesquisador principal: Carlos Gil Ferreira.
-
DECIT/MS Ministério da Saúde (V028200000004 MS)- Unidade de Pesquisa
Clínica - UPC-INCA Rede de Pesquisa Clínica. 2005 (Vigente). Pesquisador
principal: Carlos Gil Ferreira.
-
CNPq – Edital Universal 2005 - Verdade ou artefato? O problema das
distribuições postuladamente muito amplas de poríferos perfurantes marinhos
117
na América do Sul: Cliona aff. celata e Cliona chilensis. Pesquisador principal:
Eduardo Hadju (R$22.000,00).
-
FAPERJ Novos Recursos Biológicos Renováveis do Brasil: Biodiversidade,
Química e Potencial Farmacológico de Poríferos Marinhos.– Edital Cientista do
Nosso Estado 2004. Pesquisador principal: Eduardo Hadju (R$48.000,00).
-
CNPq – Edital 15/2004 PROSUL. PROJETO EMBARC - Bioprospecção,
Taxonomia, Filogenia e Biogeografia de Esponjas Marinhas do Brasil,
Argentina e Chile. Pesquisador principal: Eduardo Hadju(R$40.000,00).
-
CNPq – Edital de Cooperação Brasil/Alemanha em Ciências do Mar Health
status of marine ecosystems: Immunocompetence of aquatic invertebrates as a
novel target for biomonitoring and bioprospecting (immunophilin inhibitors).
2006. Pesquisador principal: Eduardo Hadju (R$500.000,00).
-
FAPERJ – Edital Cientista do Nosso Estado Encontro de Biotas: Composição e
Distribuição de Poríferos na Confluência Austral dos Oceanos Pacífico e
Atlântico. 2007. Pesquisador principal: Eduardo Hadju (R$57.600,00).
-
CNPq – Edital 15/2007 PROSUL Capacitação para Pesquisa em Taxonomia,
Filogenia e Biogeografia de Poríferos da América do Sul (PROJETO
EsponjAS). Pesquisador principal: Eduardo Hadju (R$50.000,00)
PARTICIPAÇÃO EM PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO
-
Pós Graduação em Bioquímica Médica da Universidade Federal do Rio de
Janeiro (conceito 7).
-
Pós-Graduação em Oncologia do Instituto Nacional de Câncer (conceito 5).
-
Pós-Graduação em Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro (conceito 4).
-
Pós-Graduação em Ciências Biológica (Zoologia) da Universidade federal do
Rio de Janeiro (conceito 4).
-
Pós-Graduação em Genética da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(conceito 6).
-
Pós-Graduação em Biotecnologia da Universidade de Mogi das Cruzes
(conceito 4).
118
CONTRAPARTIDA INSTITUCIONAL
O Laboratório de Taxonomia de Poríferos Microscópio localizado no Museu
Nacional possui equipamentos no valor de R$ 50.000,00, viaturas para realização de
coletas, Eletrônico de Varredura JEOL no valor de US$200.000,00, acesso à maior
da América Latina em obras raras de história natural.
O INCA é o órgão do Ministério da Saúde (MS), responsável por desenvolver e
coordenar ações integradas para a prevenção e controle do câncer no Brasil. O
regimento do MS, aprovado pelo Decreto Presidencial n° 109 de 2 de maio de 1991
e reafirmado pelos Decretos Presidenciais n° 2.477 de 28 de janeiro de 1998 e n°
3.496 de 1º de junho de 2000, dá ao INCA, dentre outras, a competência de
"coordenar,
programar
e
realizar
pesquisas
clínicas,
epidemiológicas
e
experimentais, em cancerologia". Nesse sentido, os procedimentos adotados para a
implantação de um plano de desenvolvimento da infra-estrutura institucional de
pesquisa compreenderam a construção de um novo Centro de Pesquisa inaugurado
em Dez de 2002, onde se encontram (a) O Serviço de Pesquisa Clínica, (b) a
Divisão de Farmacologia, (c) a Divisão de Genética, (d) a Divisão de Biologia
Celular, (e) a Divisão de Medicina Experimental, (f) o Biotério, (g) Banco Nacional de
Tumores e DNA, e (h) dependências administrativas. As Divisões do Centro de
Pesquisa contam com infraestrutura geral de laboratório e dispõem de equipamentos
tais como seqüenciador automático ABI-Prism 377 para 64 amostras, dHPLC, e
termocicladores básicos (14 unidades para 96 tubos cada), e para PCR em tempo
real (Applied Biosystems 7500), , centrifuga de placas refrigerada (2), freezer a -80o
C (dois freezers), um sistema de criopreservação de amostras para 10.000
amostras. Além disso, o INCA conta com os seguintes serviços: manutenção de
equipamentos, Nitrogênio líquido para armazenamento de amostras, material
plástico descartável (ponteiras, tubos de polipropileno), reagentes gerais de uso
comum (Tris, EDTA, Agarose, criotubos, etc).
Outra estrutura de apoio fundamental é uma unidade de coleta de sangue de
pacientes e doadores sadios que funciona a partir de uma parceria entre o Serviço
de Pesquisa Clínica e a Divisão de Farmacologia do INCA. Essa estrutura conta com
sala de coleta, enfermeiras de pesquisa, centrífuga, refrigeradores e freezers. A
existência dessa estrutura garante conforto aos indivíduos durante a coleta do
sangue. Finalmente, outro ponto facilitador do INCA é a experiência do Comitê de
Ética na análise de projetos que envolvam amostras humanas. O INCA conta ainda
119
com um Programa de Pós-Graduação em Oncologia e um Programa de Formação
de Recursos Humanos para Pesquisa. Além do apoio financeiro e das bolsas de
pós-graduação do CNPq e da CAPES, tais programas contam também com um
sistema interno de bolsas oferecidas pelo Ministério da Saúde, o que amplia a
capacidade de atração de estudantes e de formação de pessoal especializado nas
diferentes áreas de pesquisa em oncologia.
================================================================
120
TEMA 4: EPIDEMIOLOGIA DO CÂNCER NO BRASIL
O Programa MAIS SAÚDE – direito de todos, do Ministério da Saúde,
constitui-se numa reorientação radical da política de saúde em busca do
fortalecimento do sistema Único de Saúde e na melhoria do quadro de morbimortalidade no Brasil. É um passo forte para que o Estado brasileiro garanta a todos
o direito constitucional à saúde”. Seus objetivos estratégicos visam reduzir as
iniqüidades e ampliar o acesso a serviços de saúde; garantir políticas sociais e
econômicas que promovam a saúde da população; contribuir para o fortalecimento
da consciência da população sobre o seu direito a saúde e a importância das
práticas e comportamentos saudáveis, reduzir a vulnerabilidade social brasileira,
fortalecendo
o
complexo
industrial
da
saúde,
fortalecer
a
cooperação
bilateral/multilateral em saúde e ampliar e qualificar a força de trabalho do SUS.
Alinhado com essa política, o Instituto Nacional de Câncer definiu também os
seus objetivos estratégicos, quais sejam de qualificar e ampliar as ações promovidas
pelo INCA, aumentando sua eficiência, eficácia e produtividade; expandir a atenção
oncológica especializada nas regiões do país; promover a estruturação da rede
oncológica especializada nas regiões do país; desenvolver ações voltadas para a
prevenção do câncer e a promoção da saúde; promover o desenvolvimento da
pesquisa e da avaliação tecnológica em saúde na área do câncer; incentivar a
cooperação internacional e a integração regional das políticas de controle do câncer
e contribuir para a produção, integração e difusão do conhecimento na área de
câncer, promovendo sua aplicação na qualificação dos recursos humanos e dos
serviços.
O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia, proposto pelo CNPq, por sua
vez, tem por missão a promoção da pesquisa de vanguarda e elevada qualidade, a
formação de recursos humanos, a transferência de conhecimento para a sociedade
e a transferência de conhecimento para o setor empresarial ou para o governo.
E é exatamente no encontro dessas propostas que o subgrupo de pesquisa
em epidemiologia do câncer no Brasil vem propor um conjunto de estudos pautados
na relevância epidemiológica e oportunidade de seus objetos.
121
Racional
O câncer é normalmente reconhecido como uma doença genética, resultante
de mutações sucessivas, que se acumulam em uma célula precursora, gerando um
fenótipo maligno (Loeb et al., 2000). Entretanto, a crescente incidência de variados
tipos de câncer nos últimos 50 anos levanta dúvidas quanto às origens causais das
mutações carcinogênicas.
O crescimento e envelhecimento da população, bem
como os avanços diagnósticos, não parecem suficientes para explicar a expansão
do câncer, cuja incidência aumentou em todas as categorias de idade, incluindo
crianças e adolescentes (Belpomme et al., 2007). Tais observações sugerem que
fatores ambientais tenham um papel importante na carcinogênese.
Com relação às causas ambientais de câncer, fatores relacionados ao estilo
de vida, tais como tabagismo, alcoolismo, sedentarismo e padrão alimentar
[Belpomme et al., 2007], bem como a exposição involuntária a agentes físicos
(radiações ionizantes), químicos (xenobióticos) ou biológicos (vírus) presentes no
ambiente que cerca o indivíduo [Das, 2003; Clapp et al., 2006; Sasco et al., 2003]
podem contribuir para a ocorrência da doença. Os hábitos de vida são mais
claramente definidos e, portanto, mais facilmente avaliados em abordagens
epidemiológicas clássicas. Por outro lado, a identificação de potenciais carcinógenos
presentes no ambiente e a quantificação da exposição individual involuntária
requerem uma combinação de avaliações biológicas e toxicológicas, que devem ser
consideradas em associação com estudos de susceptibilidade genética, de forma a
interpretar dados epidemiológicos no contexto de interações gene-ambiente.
O reconhecimento de fatores de risco ambientais e ocupacionais é
fundamental para que se possam definir políticas de prevenção, visando limitar a
exposição a carcinógenos evitáveis, presentes no ambiente em geral ou em
situações relacionadas ao exercício profissional. De forma semelhante, campanhas
informativas devem ser orientadas para alertar a população quanto a potenciais
comportamentos de risco e estimular estilos de vida mais saudáveis.
O projeto apresentado a seguir está dividido quatro linhas de pesquisa: 1)
Estudo de interações gene-ambiente sobre o risco de desenvolvimento e/ou
progressão de diferentes tipos de câncer; 2) Caracterização dos fatores genéticos e
ambientais envolvidos na infecção por Papilomavirus humano (HPV) e no
desenvolvimento do câncer de colo do útero; 3) Identificação de elementos atrativos
122
relacionados à iniciação e/ou manutenção do tabagismo e avaliação de intoxicação
aguda por nicotina entre trabalhadores da cultura do fumo; 4) Desenvolvimento de
sistema para coleta, transmissão on line e extração de bancos de dados
epidemiológicos com aplicação em registros de câncer e pesquisas de campo.
Linha de Pesquisa I: Interações Gene-Ambiente e Desenvolvimento do Câncer
Estudos moleculares têm revelado diversos alvos de carcinogêncese,
incluindo oncogenes, genes supressores de tumor, genes envolvidos no reparo de
DNA e na susceptibilidade à carginogênese (Hahn et al., 2002; Hoyer et al., 2002).
Tais descobertas geraram o conceito de que o câncer é, em essência, uma doença
genética. Entretanto, a análise de co-ocorrência de câncer em uma coorte de
gêmeos idênticos mostrou uma taxa de concordância relativamente baixa, indicando
uma predominância da contribuição ambiental sobre os fatores genéticos na
etiologia do câncer (Lichtenstein et al., 2000). De fato, com exceção de alguns tipos
de câncer de origem familial, como a adenomatose poliposa de cólon, a contribuição
de fatores hereditários para o desenvolvimento de câncer parece limitada (Li, 1995;
Easton, 1994; Fearon, 1997). Esta conclusão, contudo, é baseada em genes
dominantes e não se aplica a fenótipos recessivos ou gerados por combinação de
diferentes genes, cuja contribuição para o risco de câncer esporádico não pode ser
avaliada em estudos familiares (Lander e Schork, 1994).
O câncer esporádico, que corresponde à maioria dos casos de câncer, resulta
da exposição a fatores de risco ambientais em indivíduos geneticamente
susceptíveis (Mucci, 2001). Variações individuais na ativação ou detoxificação de
carcinógenos exógenos contribuem para diferentes perfis de susceptibilidade ao
câncer (Irigaray et al., 2007). Tais atividades enzimáticas são produtos de genes
polimórficos, cujas variações alélicas podem ocorrer com freqüências diferentes
entre grupos de origem ancestral distinta. Assim, o risco de câncer pode diferir tanto
entre indivíduos quanto entre populações, como conseqüência de variações
genéticas e ambientais.
A identificação de variações genéticas com potencial influência no risco de
desenvolvimento do câncer tem-se beneficiado do uso de abordagens genômicas e
proteômicas em estudos de biologia molecular. Contudo, a confirmação do papel
biológico de tais polimorfismos genéticos requer suporte de análises bioquímicas
123
e/ou toxicológicas, assim como avaliação do valor prognóstico associado a tais
variações genéticas em situações clínicas. As linhas de pesquisa que compõem este
subprojeto reúnem abordagens de epidemiologia clássica e molecular, em diferentes
tipos de câncer, combinadas a estudos de validação funcional in vitro ou de
investigação clínica, para avaliação do papel biológico de polimorfismos genéticos
sobre o risco de desenvolvimento e/ou de progressão do câncer. A combinação
destas diferentes abordagens poderá ajudar a definir o valor clínico da informação
genética para diagnóstico, prognóstico e decisões quanto às opções de conduta
terapêutica.
Aspectos Éticos: Todos os subprojetos descritos a seguir foram aprovados
pelo Comitê de Ética em Pesquisa do INCA. Todos os participantes ou seus
representantes legais assinaram termo de consentimento livre e esclarecido.
Subprojeto I.1: Estudo da associação entre os polimorfismos dos genes NQ01,
CYP17 e CYP19 com neoplasias de mama em mulheres jovens
Racional
O câncer de mama é a principal causa de morte, por câncer, entre as
mulheres brasileiras (Brasil / Ministério da Saúde / INCA, 2003). Apesar da maior
incidência do câncer de mama ocorrer em mulheres a partir dos 50 anos de idade,
tem-se verificado um aumento na incidência da doença em mulheres jovens
(Cardona e Agudelo, 2007). Entre 1998 e 2003 constatou-se aumento significativo
no percentual de internações por câncer de mama entre as mulheres mais jovens
(até 29 anos de idade), em todos os Estados da região Sudeste analisados (São
Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo). No Rio de Janeiro também se
observou um aumento no número de óbitos por câncer de mama feminino nas faixas
etárias mais jovens (30-49 anos), sendo as taxas de mortalidade do Rio de Janeiro
nessa idade as mais altas em relação aos demais estados da região Sudeste
(Gonçalves e Barbosa, 2006). Em vista do aumento das taxas de incidência de
câncer de mama em mulheres brasileiras jovens, observado na última década e das
informações limitadas disponíveis sobre os polimorfismos genéticos associados ao
desenvolvimento de câncer de mama nestas mulheres, foi realizado um estudo
caso-controle de base hospitalar na cidade do Rio de Janeiro, quando se obtiveram
124
informações epidemiológicas e amostras biológicas (sangue e células da mucosa
oral) das mulheres com menos de 36 anos.
Objetivos
Determinar a magnitude de associação entre o polimorfismo MspAI do gene
CYP17 e o câncer de mama em mulheres jovens e explorar a ocorrência de
interação entre este polimorfismo e a menarca precoce; determinar a magnitude de
associação entre o polimorfismo Arg 264 Cys do gene CYP19 e o câncer de mama
em mulheres jovens e explorar a ocorrência de interação entre este polimorfismo e
obesidade.
Desenho experimental
Durante o período de janeiro de 1999 a dezembro de 2005 foi realizado um
estudo de caso-controle de base hospitalar na cidade do Rio de Janeiro para
analisar a contribuição de fatores de risco no desenvolvimento de câncer de mama
em mulheres com 35 anos de idade ou menos.
População do Estudo
A base de estudo é composta pela população de mulheres com 35 anos de
idade ou menos que viviam na região sudeste do Brasil no período de 1/1/1999 a
31/12/2005. A amostra de análise para esta investigação é composta por 246
mulheres cm câncer de mama diagnosticado em idade menor de 36 anos, e igual
número de controles sem antecedentes pessoais de câncer.
Coleta de dados
A todas as participantes foi empregado um questionário validado para avaliar
os antecedentes de exposição a fatores de risco selecionados. As variáveis
analisadas foram substâncias hormonais, ítens da dieta, medicamentos, radiação,
pesticidas
e
outras
substâncias
químicas.
Além
disso,
construiu-se
um
heredrograma com os dados de câncer de mama na família da participante,
revisaram-se os valores de colesterol total e triglicerídeos e calculou-se o índice de
massa corporal (IMC = peso (kg) / altura2) e a relação cintura/quadril. Ao final da
entrevista foram coletadas duas amostras de 5 mL de sangue.
Análise dos dados
Os dados estão sendo armazenados no banco de dados ACCESS 2000
(Microsoft ®).
Em seguida se procederá a realização de análise bivariada das
125
variáveis analisadas, buscando identificar as relações de confundimento e/ou
interação entre as mesmas. Posteriormente, se procederá ao desenvolvimento de
modelagem multivariada, mediante emprego de regressão logística não condicional,
determinando-se a magnitude de associação das variáveis estudadas através de
odds ratios com os respectivos intervalos de confiança de 95%. A interação entre os
polimorfismos genéticos analisados com variáveis ambientais selecionadas será
explorada através da detrminação das odds ratios de interação, com os respectivos
intervalos de confiança de 95%, mediante abordagem de estudos em casos de
câncer (“case-only study”).
Equipe
Sergio Koifman (Pesquisador Responsável)
Anke Bergmann (Pesquisador Colaborador)
Rosalina Jorge Koifman (Pesquisador Colaborador)
Dirce Maria Lobo Marchioni (Pesquisador – Bolsista de Pós-Doutorado)
Sabrina da Silva Santos (Mestre em Parasitologia - Estudante de Aperfeiçoamento)
Subprojeto I.2: Polimorfismos do gene PTGS2 e risco de câncer de mama
Racional
A enzima inflamatória ciclooxigenase-2 (COX-2) não é detectada na maioria
dos tecidos normais, mas pode ser induzida por citocinas, fatores de crescimento ou
promotores tumorais. A COX-2 tem sua expressão aumentada em diversos tipos de
tumores sólidos e, em câncer de mama, sua presença está associada a parâmetros
de agressividade, incluindo tamanho tumoral, status nodal positivo e menor
sobrevida (Ristimaki et al., 2002; Spizzo et al 2003). Os mecanismos envolvidos na
regulação da expressão de COX-2 ainda não estão esclarecidos e podem estar
sujeitos a variações genéticas. A análise da região promotora (RP) do gene da COX2 humana (PTGS2, lócus 1q25.2-q25.3) revela a existência de diversos elementos
regulatórios potenciais. Diversas variantes genéticas têm sido descritas em regiões
próximas a tais pontos de regulação e podem afetar a transcrição do gene (Papafili
et al., 2002; Zhang et al., 2005). Além de variações na RP, outros sítios na região 3’não traduzida (3´-UTR) podem também afetar a expressão de COX-2. A região 3’UTR
do gene PTGS2 contém 30 cópias de elementos “ATTTA”, que geram
126
seqüências-consenso para a ligação de proteínas e mediadores inflamatórios que
regulam a estabilidade e a degradação do RNAm (Caput et al., 1986; Di Marco et al.,
2001, Dixon et al., 2001). Entretanto, não há ainda estudos moleculares que avaliem
os efeitos de polimorfismos na região 3´-UTR do gene PTGS2 sobre a estabilidade
do RNAm ou sobre a expressão de COX-2. A freqüência de polimorfismos no gene
PTGS2 varia entre grupos étnicos, o que pode resultar em diferentes impactos sobre
o risco de câncer em função da população estudada. O nosso grupo caracterizou a
freqüência de polimorfismos do gene PTGS2 na população brasileira (Piranda e
Vianna-Jorge, 2007) e identificou quatro variações com freqüência superior a 10%,
sendo três localizados na RP (-1290AG, -1195AG, -765GC) e um na região 3´-UTR
(8473TC).
Objetivos
Avaliar
a
influência
de
polimorfismos
PTGS2
sobre
o
risco
de
desenvolvimento e de progressão do câncer de mama, sobre a expressão de COX-2
em amostras de tecido tumoral e sobre o controle de expressão gênica in vitro.
Desenho Experimental
Realizaremos um estudo caso-controle, comparando a freqüência destes
quatro polimorfismos, suas distribuições genotípicas e haplotípicas entre pacientes
com câncer de mama e controles saudáveis, pareados por idade. As freqüências
serão comparadas usando-se os testes de qui-quadrado ou Fisher enquanto a
associação entre diferentes genótipos ou haplótipos e o desenvolvimento de câncer
será avaliada pela razão de risco (Odds Ratio), com ajustes para eventuais covariáveis. Resultados preliminares, com 216 pacientes e 131 controles, sugerem que
a variação 8473TC aumente o risco de desenvolvimento de câncer de mama em
brasileiras (OR= 1,72; IC95%: 1,08-2,76). Para confirmação deste resultado em
associação com outras co-variáveis, estimamos que o tamanho amostral deva ser
expandido para 600 casos e controles. Dando continuidade à etapa de avaliação
clínica, realizaremos um estudo caso-caso para avaliação da associação entre
genótipos e/ou haplótipos PTGS2 e desfechos clínicos, tais como estadiamento ao
diagnóstico, sobrevida global e livre de doença e progressão tumoral. Nesta etapa,
avaliaremos também a influência dos polimorfismos PTGS2 sobre os níveis de
expressão de COX-2 em amostras tumorais (por análise imunohistoquímica). Para
127
avaliação do papel funcional do polimorfismo 8473TC sobre o controle de expressão
gênica e sobre a estabilidade do RNAm, empregaremos abordagens de biologia
molecular. A influência do polimorfismo 8473TC no controle da transcrição gênica
será avaliada através da expressão de um gene repórter (luciferase) em células
transfectadas com construções variante (pGL3-RP-3UTR-8473) e selvagem (pGL3RP-3UTR). A influência do polimorfismo 8473TC na estabilidade do RNAm será
avaliada por meio de PCR em tempo real, de forma a quantificar o decaimento
temporal dos níveis de RNAm para luciferase. A combinação dos resultados do
estudo caso-controle e dos ensaios moleculares e de avaliação da expressão de
COX-2 poderá contribuir para a compreensão dos mecanismos patofisiológicos
envolvidos na gênese e/ou na progressão do câncer de mama.
Equipe
Rosane Vianna Jorge (Pesquisador Responsável)
Marcelo Alex de Carvalho (Pesquisador Colaborador)
Anke Bergmann (Pesquisador Colaborador)
Diogo Nascimento Piranda (Mestre em Oncologia - estudante de doutorado)
Juliana Simões Festa (estudante de Iniciação Científica)
Subprojeto I.3:
Epidemiologia
molecular do melanoma: interações genético-
ambientais e sobrevida de base hospitalar
Racional
O melanoma é a neoplasia com maior potencial metastatizante por miligrama
de tecido.
Apesar de representar apenas cerca de 5% do total das neoplasias
cutâneas diagnosticadas, representa a maioria dos óbitos relacionados ao câncer
cutâneo. Embora venha se observando uma modificação do quadro epidemiológico
da incidência e da mortalidade por melanoma no país, caracterizada pela elevação
destes indicadores, existe uma relativa escassez de informações epidemiológicas
acerca do curso clínico desta neoplasia no Brasil, bem como sobre a contribuição de
interações genético-ambientais associadas a sua determinação em nossa
população.
128
Objetivos
Determinar a magnitude de associação entre polimorfismos genéticos
selecionados (metabolismo de folato e vitamina D) e intensidade da exposição
pregressa à radiação ultravioleta em pacientes com melanoma; determinar a
sobrevida global em amostra de base hospitalar de pacientes com melanoma
primário da pele e de sítio primário indeterminado segundo estadiamento; determinar
a sobrevida livre de recidiva dos pacientes submetidos a cirurgia de acordo com o
estágio e de acordo com o microestadiamento; determinar a sobrevida global dos
pacientes portadores de metástases a partir do diagnóstico das mesmas e de acordo
com a terapêutica utilizada; descrever a distribuição de características clínicas e de
estadiamento dos pacientes portadores de melanoma atendidos no período da
investigação; comparar sobrevida geral segundo padrão de procedimentos
terapêuticos adotados durante o período da investigação.
Desenho experimental
Será realizado um estudo epidemiológico com duas coortes de pacientes com
diagnóstico de melanoma realizado no Instituto Nacional do Câncer. A primeira será
constituída pelo universo de casos incidentes diagnosticados n o período 1996-2005
(coorte histórica), sendo a segunda formada por casos incidentes diagnosticados
durante o período 2008-2010 (coorte concomitante). Será desenvolvido um estudo
de sobrevida de 5 anos a partir do seguimento da coorte histórica, sendo estimada a
sobrevida global e sobrevida livre de doença. Com a coorte concomitante, será
realizado um estudo caso-caso, determinando-se odds ratios de associações entre
polimorfismos genéticos selecionados do metabolismo de folato (gene MTHFR) e da
vitamina D (VDR) e antecedentes de exposição à radiação ultravioleta na infância e
adolescência, com os respectivos intervalos de confiança de 95%.
População do Estudo
Serão identificados os casos de melanoma matriculados no INCA no período
de 1996 a 2005.
Estima-se que sejam matriculados anualmente cerca de 100
pacientes com melanoma, o que potencialmente gera uma população de cerca de
1000 pacientes na série a ser estudada.
Coleta e Análise dos dados
129
Serão coletadas informações referentes ao paciente, ao tumor e à evolução
da doença mediante consulta aos prontuários e entrevista. Será utilizado um modelo
de questionário de freqüência alimentar qualitativo (QFAQ) para coleta de dados
dietéticos. A partir de então será possível uma análise descritiva dos casos através
de análises demográficas, das freqüências de cada uma das apresentações clínicas,
dos tipos de tratamento realizados. Será realizada análise de sobrevida através do
método de Kaplan Méier, com a análise da sobrevida global (a partir da data do
diagnóstico até o óbito ou perda de seguimento), sobrevida livre de doença (até a
recidiva ou perda de seguimento), do tipo de recidiva para cada uma das
apresentações
possíveis
(doença
localizada,
doença
locorregional,
doença
metastática). Estas análises serão realizadas para toda a população de estudo e
para cada grupo definido pelo estadiamento e pelo microestadiamento. Informações
acerca de sobrevida mediana, sobrevida em 1, 2 e 5 anos serão obtidos. Com
relação aos pacientes portadores de metástases, será realizada uma análise
comparando a utilização ou não de terapia sistêmica, bem como o tipo de terapia
sistêmica através do método de log-rank, e uma análise multivariada será conduzida
com a utilização do modelo de Cox levando-se em conta outros potenciais fatores de
confusão tais como sexo, idade, status de performance e níveis sangüíneos de
desidrogenase láctica.
Equipe
Sergio Koifman (Pesquisador Responsável)
Rosalina Jorge Koifman (Pesquisador Colaborador)
Gelcio Mendes(Médico - Oncologista)
Dirce Maria Lobo Marchioni (Pesquisador – Bolsista de Pós-Doutorado)
Sabrina da Silva Santos (Mestre em Parasitologia - Estudante de Aperfeiçoamento)
Subprojeto I.4: Interação genética e ambiental nas neoplasias malignas na infância
Racional
A identificação das fusões gênicas anômalas (ETV6-RUNX1 AML1/ETO,
MLL/AF4, rearranjos TCR e IgH) no teste do pezinho indicam claramente a origem
pré-natal de algumas leucemias infantis. A proporção dos casos identificados, no
entanto parece superior à incidência de leucemias agudas, demonstrando que estes
130
clones celulares não têm sustentação contínua. O período variável para o início da
doença suporta a hipótese de que fatores pós-natais adicionais são necessários
para o completo fenótipo leucêmico (Greaves, 2006). Exceto os rearranjos do MLL
que têm alta penetrância e sustentabilidade e são os marcadores mais associados
com leucemias de período curto de latência, conforme demonstrado em modelagem
experimental em camundongos (Barabe et al, 2007), as demais fusões anômalas
necessitam de outros eventos adicionais (modelo de 2 hits). Existe um consenso
quanto aos mecanismos multi-causais das neoplasias: alterações genéticas no
metabolismo de xenobióticos, no sistema de reparo de DNA e/ou no controle das
funções do ciclo celular, interagindo com fatores externos podem originar as
neoplasias pediátricas. Até hoje, no entanto, nenhuma interação direta geneambiente foi estabelecida de forma convincente. Recentemente, a associação entre
exposições materna durante a gestação com medicamentos e leucemias infantis
gerou uma questão se estas neoplasias são de novo ou secundárias (Pombo-deOliveira et al., 2006, Koifman et al., 2008). As semelhanças encontradas nas
leucemias e nos tumores sólidos embrionários, tais como marcador genético, idade
precoce de aparecimento, peso ao nascimento, sugerem que possa haver
interações genéticas e ambientais semelhantes (Sharpe et al, 1996). Existe uma
relação inversa entre o aporte vitamínico e de folatos nos tumores embrionários da
infância, no entanto nenhum estudo foi realizado para validar estes resultados com
base no perfil genético (Goh et al, 2007, French et al 2003). Devido ao pouco
conhecimento, estudos de polimorfismos genéticos e exposição ambiental são
necessários para preencher esta lacuna. Novas ferramentas como micro arranjos de
DNA, identificação de perfis de expressão coordenada de grupos de genes
relacionados com proliferação ou resposta a determinados estímulos celulares serão
de grande valor para sustentação das pesquisas de caráter translacional.
Objetivo
Conduzir um estudo epidemiológico-molecular dos tumores de origem
embrionária na infância para identificar biomarcadores envolvidos na etiopatogenia e
no prognóstico.
131
Objetivos específicos
Identificar alterações somáticas silenciosas em sangue de cordão umbilical
(através de real-time PCR) e testar se as possíveis translocações encontradas estão
associadas a alterações moleculares (através de SNPs arrays) capazes de favorecer
o desenvolvimento de neoplasias na infância; Determinar se o risco de ocorrência
dos tumores embrionários e os polimorfismos dos genes MTHR, MS, TS, RFC
interagem com o aporte vitamínico durante a gestação e hábitos alimentares,
avaliado através de um estudo caso-controle; Avaliar experimentalmente se a
dipirona e derivados de benzeno induzem leucemia em filhotes de camundongo
quando expostos in utero em comparação aos filhotes não expostos, e determinar
quantos animais afetados apresentam rearranjos cromossômicos (translocações do
MLL); Identificar padrões de expressão gênica via estudo de transcriptoma total, e
padrões de microRNAs em células leucêmicas de pacientes com alto e baixo risco
de recaídas; Identificar proteínas diferencialmente expressas em células leucêmicas
de pacientes de acordo com fatores prognósticos (alto e baixo risco)
Desenho do estudo
Este estudo utilizará a estrutura do programa Hematologia-oncologia
pediátrica e inclusão de casos novos diagnosticados no período de 2009-2014 e a
estrutura laboratorial dos participantes. Será realizado um estudo caso-controle
(n=3000) com aplicação de questionários maternos, estruturados para responder as
questões referentes às exposições ambientais e caracterização de polimorfismos
genéticos (através de seqüenciamento) nas vias de reparo, de metabolismos
carcinogênicos e do ciclo do folato; Células de pacientes com LLA serão utilizadas
para extração de mRNA e microRNAs para análise quantitativa e qualitativa
utilizando a plataforma Solid (Applied Biosystems) (Cloonan et al., 2008). Estas
mesmas células serão utilizadas para análise proteômica utilizando a separação de
proteínas em fase líquida e seqüenciamento daquelas diferencialmente expressas
entre os pares de grupos (RB com e sem recaída; AR com e sem recaída) (Hegedus
et al., 2005). As regiões genômicas serão recuperadas do DNA total utilizando
microarrays desenhados para este propósito (Hodges et al., 2007). Estas regiões
serão analisadas através de seqüenciamento massivo utilizando a plataforma Solid
(Applied Biosystems) no Centro de Genômica de Alto Desempenho do Distrito
Federal, localizado na Universidade Católica de Brasília. Para avaliação do potencial
132
leucemogênico da dipirona, serão utilizados camundongos CD-1, que serão
expostos in utero à dipirona (grupo teste), ao benzeno (controle positivo) ou ao
veículo de diluição (controle negativo). A caracterização da leucemia, nos filhotes,
será feita por citometria de fluxo e a avaliação das principais translocações por PCR
(Soszynska et al., 2008; Barabé et al., 2007).
Equipe
Maria do Socorro Pombo de Oliveira (Pesquisador Responsável)
Beatriz de Camargo (Pesquisador Colaborador)
Sérgio Koifman (Pesquisador Colaborador)
Isis Maria Quezado Magalhães (Pesquisador Colaborador)
Rosane Vianna Jorge (Pesquisador Colaborador)
Rinaldo Wellerson Pereira (Pesquisador Colaborador)
Dora Márcia Alencar (Pesquisador Colaborador)
Virginia Maria Coser (Pesquisador Colaborador)
Márcia Amorim (Pesquisador – Bolsista de Pós-Doutorado)
Linha de Pesquisa II: Papilomavirus Humano (HPV) e Câncer de Colo Uterino
O câncer de colo uterino é o segundo tipo de câncer mais comum entre as
mulheres e tem como principal fator de risco para o seu desenvolvimento a infecção
pelo Papilomavirus humano (HPV). A infecção pelo HPV é considerada uma doença
sexualmente transmissível, sendo detectada em aproximadamente 10-20% da
população sexualmente ativa entre 15 e 49 anos de idade (Nonnenmacher et al.
2002). Atualmente, são conhecidos mais de 120 genótipos diferentes de HPV. Os
genótipos são subdivididos em baixo, médio e alto-risco, de acordo com o seu
potencial oncogênico. Quinze dos genótipos de HPV anogenital podem conduzir ao
desenvolvimento de câncer cervical (Rosenblatt et al. 2006). A infecção persistente
por um ou mais tipos de HPV oncogênicos é um fator etiológico importante para o
desenvolvimento de neoplasia intraepitelial cervical (NIC) e a sua progressão para o
câncer cervical (Sellors et al. 2003). A principal estratégia de controle da doença em
nível populacional é o exame preventivo periódico conhecido como Papanicolaou,
seguido de tratamento adequado das lesões precursoras ou malignas.
133
O papel do Papilomavirus humano no câncer do colo do útero está bem
estabelecido e a evidência do potencial oncogênico dos tipos 16, 18, 31, 33, 35, 39,
45, 51, 52, 56, 58, 59 e 66 é considerada suficiente. (Muñoz, et al, 2006; IARC,
2007). Atualmente, o HPV é considerado uma causa necessária para o câncer do
colo do útero e aproximadamente 100% dos casos são atribuíveis ao vírus (Parkin,
2006). O desenvolvimento recente da vacina quadrivalente contra os vírus 6, 11, 16
e 18 e da vacina bivalente contra o HPV 16 e 18 pode ser uma importante estratégia
para o controle desse câncer. Ambas as vacinas foram aprovadas pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil (ANVISA), recebendo autorização para
comercialização com indicação profilática para mulheres entre 9 e 26 anos
(quadrivalente) e 10 e 25 anos (bivalente). O monitoramento do HPV associado com
o câncer do colo do útero em nosso país, antes da introdução em larga escala das
vacinas é recomendado, considerando a possibilidade de persistência da infecção
associada com outros tipos de HPV menos prevalentes e para os quais pode não
ocorrer reação cruzada das vacinas disponíveis (WHO, 2007; Lowdes CN, 2006).
Compreendendo, portanto, o aprimoramento do conhecimento sobre o HPV
circulante em nosso meio, assim como a contribuição dos fatores de risco
associados à infecção que resultam na formação do câncer do colo do útero, estão
sendo apresentadas as seguintes investigações para os próximos 3 anos: 1)
Avaliação de estratégias para o rastreamento para o câncer do colo do útero em
áreas cobertas por a Estratégia de Saúde da Família; 2) Estudo dos genótipos de
HPV presentes em tumores cervicais de mulheres internadas em hospitais da rede
SUS de capitais brasileiras selecionadas segundo a magnitude de incidência; 3)
Prevalência do HPV e diferentes genótipos em uma coorte de gestantes HIVpositivas e fatores de risco para a persistência da infecção pelo HPV após o parto.
Subprojeto II.1: Avaliação de estratégias para o rastreamento para o câncer do colo
do útero em áreas cobertas por a Estratégia de Saúde da Família
Racional
O exame citopatológico (Papanicolaou) é o método utilizado mundialmente
para o rastreamento das lesões precursoras do câncer do colo do útero. A
dificuldade de se obter impacto na mortalidade pela doença em países em
desenvolvimento que disponibilizam apenas o Papanicolaou tem levantado o
134
questionamento quanto à efetividade do rastreamento convencional. Com isto,
ênfase vem sendo dada ao teste de detecção do DNA-HPV. Ao mesmo tempo, em
países desenvolvidos que investiram maciçamente no rastreamento com base no
Papanicolaou, a ocorrência do câncer do colo do útero foi declinante. Mais
recentemente, mesmo em países da América Latina como Chile, Costa Rica e
México, onde o rastreamento é organizado e com alta cobertura, tem sido observado
impacto na mortalidade por este tipo de câncer. Atualmente, a discussão sobre a
incorporação do exame de identificação do HPV entre as ações de rastreamento
vem crescendo, em parte, impulsionada pela comercialização da vacina contra HPV.
Várias lacunas precisam ser respondidas sobre o papel de fatores relacionados à
progressão de lesões cervicais e se a utilização desta nova tecnologia levaria ao
sobrediagnóstico ou a uma real efetividade do rastreamento. Os resultados deste
estudo podem contribuir para avaliar as estratégias futuras de rastreamento do
câncer do colo do útero no Brasil voltadas para população de baixo nível sócioeconômico onde conseqüentemente, o risco para a doença é maior.
Objetivo Geral
Avaliar estratégias de rastreamento para o câncer do colo do útero e suas
lesões precursoras e fatores associados à progressão em município da Região
Nordeste coberto pela Estratégia de Saúde da Família.
Objetivos Específicos
1-
Estimar a prevalência de HPV por tipo específico;
2-
Identificar os fatores associados ao risco de progressão para câncer do colo
do útero ou lesões precursoras;
3-
Comparar o custo-efetividade do rastreamento para câncer do colo do útero
utilizando-se o exame de Papanicolaou e este exame associado à detecção
do HPV.
Desenho Experimental
Ensaio de intervenção em comunidade para testes diagnósticos.
a) População de estudo: mulheres de 18 a 59 anos que já tiveram iniciação sexual,
residentes em área assistida pela Estratégia Saúde da Família (ESF).
135
b) Procedimento: O material cérvico-vaginal será submetido ao exame de
Papanicolaou e para uma amostra aleatória de mulheres (grupo de intervenção) será
feita a identificação de HPV através de PCR.
c) Desfechos estudados: NIC2 + pela avaliação histopatológica e infecção pelo HPV.
d) Variáveis independentes: idade, escolaridade, renda familiar per capita, infecção
por HPV, carga viral, tabagismo, história reprodutiva e sexual.
e) Análise de dados: 1. Estimativa de prevalência do HPV por tipo específico e
análise dos fatores associados à progressão. 2. Cálculo de sensibilidade,
especificidade e valor preditivo das estratégias utilizadas. 3. Análise de custoefetividade.
Equipe:
Gulnar Azevedo e Silva (Pesquisador responsável)
Luiz Claudio Santos Thuler (Pesquisador Colaborador)
Vania Reis Girianelli (Pesquisador Colaborador)
Subprojeto II.2: Estudo dos genótipos de HPV presentes em tumores de colo do
útero em mulheres internadas em hospitais da rede SUS de capitais brasileiras
selecionadas
Racional
O papel do papilomavirus humano no câncer do colo do útero está bem
estabelecido e a evidência do potencial oncogênico dos tipos de HPV 16, 18, 31, 33,
35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, and 66 é considerada suficiente (Muñoz, et al, 2006;
IARC, 2007). Atualmente, a infecção pelo HPV é considerada causa necessária para
o câncer do colo do útero e aproximadamente 100% dos casos nessa localização
são atribuíveis ao vírus (Parkin, 2006). O desenvolvimento recente da vacina
quadrivalente contra o HPV 6,11,16 e 18, e da vacina bivalente contra o HPV 16 e
18 pode ser uma importante estratégia no controle desse câncer. Ambas as vacinas
foram registradas como novos produtos pela ANVISA, recebendo permissão para
comercialização no Brasil, com indicação profilática para meninas e mulheres de 9 a
26 anos (vacina quadrivalente) e 10 a 25 anos (vacina bivalente). O monitoramento
dos tipos de HPV associados com o câncer do colo do útero em nosso país, antes e
depois da introdução da vacina é recomendado, considerando a possibilidade de
136
manutenção da infecção associada com outros tipos menos prevalentes que não
são cobertos pelas vacinas disponíveis e para os quais pode não ocorrer proteção
cruzada. (WHO, 2007; Lowdes CN, 2006).
Objetivos
1-
. Descrever a distribuição dos genótipos de HPV associados ao câncer do
colo do útero tratados em hospitais públicos de capitais selecionadas antes da
implementação da vacina, em larga escala, em nosso país;
2-
Descrever o perfil epidemiológico da população de estudo.
Desenho experimental
Amostras de tumor, com 0,5cm X 0,5cm X 0,5cm, serão coletas por
patologistas em cada centro. As amostras serão armazenadas em criotubos com
DNAZOL® e enviadas à Divisão de Genética do Instituto Nacional de Câncer. O DNA
será isolado e submetido a amplificação por PCR utilizando primers para a região do
gene
L1
de
HPV.
Os
fragmentos
amplificados
serão
seqüenciados
em
seqüenciadores automáticos. Os fragmentos amplificados também serão utilizados
em hibridizações contra oligonucleotídios específicos para HPV de alto risco
oncogênico para detectar possibilidade de co-infecção. As seqüências obtidas serão
comparadas com as depositadas em bancos de dados públicos de seqüências para
a identificação do tipo viral. Serão feitas também análises comparativas e
filogenéticas utilizando os programas Arlequin e Mega 4.0 para determinar a
diversidade dentro de cada tipo viral encontrado.
Estudo epidemiológico
As mulheres que concordarem em participar do estudo responderão a um
questionário epidemiológico abrangendo perguntas relacionadas aos co-fatores da
infecção do HPV (dados sócio-demográficos, comportamento sexual, história
reprodutiva, tabagismo e história de infecção por outras DST).
Equipe:
Liz Maria de Almeida
Moyses Szklo.
Cibele Rodrigues Bonvicino
137
Miguel Angelo Moreira
Paulo de Faria
Maria do Carmo Esteves da Costa
Lucília Maria Gama Zardo
Ana Lúcia Mendonça
Luís Felipe Martins
Mirian Carvalho de Souza
Ana Maria Ramalho,
Tereza Maria Piccinini Feitosa
Cláudio Pompeiano Noronha
Subprojeto II.3: Caracterização dos genótipos do HPV em uma coorte de gestantes
HIV-positivas e avaliação de fatores de risco para permanência da infecção pelo HPV
após o parto
Racional
Pacientes com o sistema imune comprometido apresentam um aumento de
100 vezes na incidência de carcinoma da vulva e do ânus, assim como um risco
aumentado de aproximadamente 14 vezes para o câncer cervical (Rosenblatt et al.,
2006). Em mulheres infectadas pelo HIV, há uma maior prevalência de infecção por
HPV e também de lesões intra-epiteliais (Levi et al. 2004), sendo estas mais graves,
com uma progressão mais rápida, difíceis de tratar e com elevada taxa de
recorrência (Souza et al. 2001). No Brasil, a prevalência do HPV em mulheres
soropositivas determinada através da técnica de PCR varia de acordo com a região
estudada. No Rio de Janeiro um estudo recente achou uma prevalência de 51%
(Ginsztejn et al, 2006), enquando Levi et al (2004) reportam uma prevalência de
87% em São Paulo, assim como alta prevalência de infecção por múltiplos genótipos
(Levi et al, 2002; Muñoz et al., 2003). O polimorfismo do gene supressor de tumor
tp53 no códon 72 tem sido investigado extensivamente para associação com vários
cânceres em todo mundo (Kietthubthew et al. 2003). O primeiro relato da correlação
entre risco aumentado de cancer cervical e polimorfismos no gene da p53 foi feito
em 1998 (Storey el al. 1998). Esses autores detectaram a presença do genótipo
p53Arg em 76,7% dos casos de tumores cervicais em comparação com 36,6% de
138
controles. Estudos brasileiros que avaliaram a presença de polimorfismos no codon
72 da p53 comfirmam que a presença do genótipo Arg está associada a uma maior
susceptibilidade à carcinogenese cervical naqueles infectados pelo HPV, e também
com uma maior chance que recorrência nos que já desenvolveram cancer cervical
(Brenna et al. 2004; Souza & Villa, 2003).
Objetivos Gerais
1-
Determinar a prevalência do HPV e seus diferentes genótipos em gestantes
HIV-positivas;
2-
Definir fatores de risco para persistência da infecção pelo HPV após o parto.
Específicos: Determinar a prevalência da infecção pelo HPV; investigar quais
genótipos são mais freqüentes nesta população; relacionar os dados da citologia
oncótica com os genótipos encontrados; verificar a prevalência dos quatro genótipos
cobertos pela vacina quadrivalente contra o HPV; determinar fatores de risco
demográficos, clínicos e genéticos que possam estar relacionados com a
persistência do HPV após o parto.
Desenho Experimental
Este é um estudo longitudinal, prospectivo da prevalência de HPV em uma
coorte de gestantes HIV-positivas. Serão convidadas a participar do estudo todas as
pacientes que fazem acompanhamento no Programa de Assistência Integral à
Gestante HIV-positiva da UFRJ. Serão incluídas as pacientes que concordarem em
assinar o termo de consentimento livre e esclarecido. Uma média de 80 pacientes
com HPV é acompanhada por ano. O estudo molecular será realizado no
Laboratório de Virologia Humana da UFRJ. As amostras serão colhidas, sempre que
possível, no início do 3º trimestre da gestação. Uma nova amostra será coletada 4 a
6 meses após o parto. Os exames de CD4 e de carga viral são feitos como
avaliação de rotina, na UFRJ, para todas as gestantes HIV-positivas no início da
gestação e ao redor da 34ª semana de gestação. A presença de doenças
sexualmente transmissíveis faz parte da rotina do pré-natal e inclui: VDRL e FTAAbs em cada trimestre da gestação, exame direto e cultura do esfregaço periférico
para N. gonorrhoeae e G. vaginalis, determinação do pH e exame direto para
exclusão de vaginose bacteriana e exame direto para T. vaginalis. Após a extração e
139
purificação do DNA genômico extraído de esfregaços vaginais, diferentes pares de
primers específicos serão utilizados para a amplificação do DNA por PCR e
determinação do genótipo. Para determinação do gênero Papilomavírus, será
realizada uma PCR aninhada. O primeiro “round” será realizado com primers
externos MY09/11 e primers internos GP5/GP6 (Molijn et al. 2005). A detecção dos
genótipos será feita por seqüenciamento automático direto dos produtos. Serão
considerados tipos específicos se a homologia for ≥ 95%. O PCR para análise do
polimorfismo em p53 será feito através do mesmo material. Serão utilizados 2 pares
de primers para cada polimorfismo, como já descrito anteriormente (Ojeda et al.
2003). Os dados serão analisados através do programa Stata version 8.0 (Stata
Corp., College Station, TX). A análise univariável sera feita usando t-tests para
variáveis com distribuição normal ou Wilcoxon (Mann-Whitney) para aquelas que
não tiverem uma distribuição normal. O teste Qui-quadrado ou teste exato de Fisher
sera usado para avaliar associações entre variáveis categóricas. Variáveis com valor
de p ≤0,15 serão incluídas na análise multivariada. Valor de p ≤ 0,05 será
considerado como estatísticamente significante.
Equipe:
Marcelo Alves Soares (Pesquisador Responsável)
Elizabeth Stankiewicz Machado (Pesquisador Colaborador)
Tomaz Pinheiro da Costa (Médico - Ginecologista)
Cristina B. Hofer (Médico - Infectologista)
Gutemberg Leão de Almeida Filho (Pesquisador Colaborador)
Angela Rosa Império Meyrelles (Médica – Estudante de doutorado)
Linha de Pesquisa III: Controle do Tabagismo e Prevenção de Intoxicações
Relacionadas ao Uso ou à Produção do Tabaco
Segundo a Agência Internacional Para Pesquisa em Câncer (IARC), o
tabagismo é a principal causa de morte por câncer no mundo. O consumo de tabaco
causa principalmente câncer de pulmão, mas é também fator de risco para outras
localizações como esôfago, faringe, laringe, boca, rim, bexiga, colo do útero e
pâncreas. Entre fumantes, o risco de desenvolvimento de câncer de pulmão é 20
140
vezes maior e entre fumantes passivos de 15 a 30% mais elevado (WHO,2003). No
Brasil ocorrem, a cada ano, cerca de 18.000 mortes e, estima-se, 27.270 casos de
câncer de pulmão (BRASIL, 2007; BRASIL, 2008). Desses, aproximadamente 90%
são atribuíveis ao tabagismo.
A prevenção do tabagismo consiste na via mais eficaz para redução da
morbimortalidade por câncer de vários tipos, em especial o de pulmão. Em
Novembro de 2005, o Brasil ratificou a Convenção Quadro Para o Controle do
Tabaco (CQCT), primeiro tratado internacional sob os auspícios da Organização
Mundial da Saúde que compromete os países signatários a implementar um
conjunto de medidas efetivas para o controle do tabagismo. Diante da magnitude do
problema e dos compromissos assumidos pelo Brasil para seu enfrentamento, é
necessário que se desenvolva uma linha de pesquisa sobre tabagismo que possa
gerar conhecimento sobre o tema e subsidiar o Ministério da Saúde no planejamento
e avaliação da efetividade e o custo-benefício das medidas da CQCT
implementadas no País.
Diante do contexto apresentado, visando atender os novos os desafios para o
controle do tabaco no Brasil, propõe-se realizar sub-projetos de pesquisa em três
frentes: (a) pesquisas sobre avaliação do impacto de políticas de controle do tabaco;
(b) pesquisas sobre situação de saúde e trabalho na cultura do fumo, (c) pesquisas
sobre estratégias da indústria do tabaco, em especial na promoção da iniciação.
Subprojeto III.1: Avaliação de Política de Controle do Tabaco (ITC) – módulo
publicidade e promoção de produtos do tabaco - através de inquérito por telefone na
cidade de Porto Alegre.
Racional
A fim de avaliar a implementação da CQCT em vários campos, o Brasil entrou
recentemente no grupo de países que realizarão o Projeto Internacional de
Avaliação de Políticas de Controle do Tabaco (International Tobacco Control Policy
Evaluation Project - ITC). O ITC consiste em estudos de coorte em painel, com duas
ou mais ondas de coleta de dados para avaliação de políticas através de
metodologia padronizadas que garantem a comparabilidade internacional e entre
distintas regiões do Brasil. Entendendo-se a importância das estratégias de
propaganda e promoção da indústria, pretende-se estender o ITC de modo a
141
incorporar este tema no questionário a uma subamostra de jovens de Porto Alegre,
cidade com maior percentual de iniciação do tabagismo, segundo estudo prévio
realizado.
Objetivos específicos
Realizar duas ondas de coleta do Projeto de Avaliação de Políticas de
Controle do Tabaco (International Tobacco Control Policy Evaluation Project - ITC),
através de inquérito por telefone em município com boa cobertura de telefones.
Desenho Epidemiológico
A metodologia prevê a realização de entrevistas por telefone ou face a face
utilizando-se questionários padronizados aplicados a uma amostra probabilística de
indivíduos que possuem telefones fixos ou que residem em domicílios selecionados.
A coleta de dados ocorre em dois momentos com intervalo de um ano a fim de se
analisar mudanças no impacto das políticas durante o período de estudo. O
questionário é composto por vários módulos temáticos. No Brasil, encontra-se em
curso um projeto para realização de dois temas do ITC – advertências de saúde dos
maços de cigarros e iniciativas de ambientes livres - em 4 cidades. Em 3 cidades –
São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre, será adotada a metodologia de coleta de
dados por telefone, com uma amostra de 600 residentes em cada cidade. No Rio de
Janeiro, será adotada a metodologia de coleta de dados por telefone em uma
amostra de 600 indivíduos e uma metodologia de estudo domiciliar face a face entre
400 indivíduos. Além das atividades previstas no ITC será realizado um inquérito
numa sub-amostra de jovens em Porto Alegre, para avaliar as estratégias de
publicidade e de promoção da indústria do tabaco.
Equipe:
Cristina de Abreu Perez (pesquisador responsável)
Valeska Carvalho Figueiredo (pesquisador colaborador)
Liz Maria de Almeida (participante dos 3 projetos)
Tânia Cavalcante (pesquisador colaborador)
André Salem Szko (pesquisador colaborador)
Leticia Casado (pesquisador colaborador)
142
Cristiane Ferreira Vianna (pesquisador colaborador)
Vera Colombo (pesquisador colaborador)
Subprojeto III.2: Inquérito de prevalência de intoxicação aguda por nicotina entre
trabalhadores da cultura do fumo do município de Pinhal Grande – RS.
Racional
O Brasil é o primeiro país produtor de folhas do tabaco no mundo e necessita
definir medidas que protejam a saúde das 300.000 famílias envolvidas com o
trabalho na cultura do fumo. Essa cultura é executada, no país, sob supervisão da
indústria do tabaco que compra, dos agricultores, praticamente toda a sua produção.
Para garantir uma safra de qualidade, a folha de tabaco requer o uso intensivo de
agrotóxicos. O amplo uso dessas substâncias ocasiona o adoecimento de inúmeros
plantadores de fumo, já que aproximadamente 55% dos fumicultores não utilizam
equipamentos de proteção, como máscaras, luvas e botas. As justificativas para tal
inadvertência incluem o alto custo e a inadequação dos equipamentos, considerados
quentes para o clima na lavoura. O contato excessivo com agrotóxicos pode
ocasionar náuseas, tonturas, dores de cabeça, alergias, lesões renais e hepáticas,
cânceres, alterações genéticas, incapacidade para o trabalho e até a morte. Além do
risco de exposição a agrotóxicos, o contato com a folha de tabaco, molhada por
herbicidas no momento da colheita, leva à absorção da nicotina através da pele,
desencadeando um quadro de intoxicação com os sintomas: náuseas, vômitos,
fraqueza, dores de cabeça, tontura, dores abdominais, dificuldade respiratória e
alterações nos níveis de pressão arterial. A intoxicação específica pela nicotina na
fumicultura é conhecida como "Doença da mão verde", sendo considerada de
natureza ocupacional. A situação se torna mais grave na medida em que a
fumicultura é, em geral, uma atividade realizada por toda a família. Assim, em
comparação com outras plantações, lidar com o fumo pode se tornar muito tóxico
para as crianças e para o agricultor. A prevalência dessa doença em nosso meio é
ainda desconhecida, embora o número de famílias envolvidas com a cultura do fumo
seja expressivo, em especial na região sul do país.
143
Objetivos específicos
Estimar a prevalência de intoxicação aguda por nicotina entre trabalhadores da
cultura do fumo do município de Pinhal Grande – RS.
Desenho epidemiológico
Estudo transversal de base populacional em uma amostra da população
residente em Pinhal, Rio Grande do Sul. A coleta de dados será feita através de
questionários estruturados com informações sobre condições de saúde, sinais e
sintomas de intoxicação aguda e crônica por agrotóxico e doença da folha verde do
tabaco e sobre características do trabalho na cultura do fumo. Serão também
coletadas amostras de sangue e urina para análise de cotinina e exposição a
agrotóxicos.
Equipe
Silvana Rubano Turci (pesquisador responsável)
Valeska Carvalho Figueiredo (pesquisador colaborador)
Liz Maria de Almeida (pesquisador colaborador)
Luíz Felipe Leite Martins (pesquisador colaborador)
José Azevedo Lozana (pesquisador colaborador)
Leticia Casado (pesquisador colaborador)
Paula Fernandes de Brito (pesquisador colaborador)
Marianne de Medeiros Tabalipa (pesquisador colaborador)
Patrícia Vaz Guimarães (pesquisador colaborador)
Cristina de Abreu Perez (pesquisador colaborador)
Cristiane Ferreira Vianna (pesquisador colaborador)
144
Subprojeto III.3: Estudo dos fatores associados às estratégias de promoção e
propaganda de marcas de cigarros em pontos de venda na iniciação e manutenção
ao tabagismo.
Racional
Pesquisas em tabagismo devem gerar evidências que apóiem os quatro eixos
de prevenção do tabagismo: controle da iniciação, estímulo à cessação, iniciativas
de expansão de ambientes livres da fumaça do tabaco e regulação dos produtos do
tabaco. Para prevenção da iniciação especificamente, uma das estratégias
recomendadas é a proibição total da publicidade do fumo. O Brasil avançou muito
neste campo, proibindo a propaganda de produtos do tabaco em todos os tipos de
mídia, com exceção dos pontos de venda. Neste contexto, os pontos de venda
tornaram-se o principal veículo promocional da indústria do tabaco. Mesmo depois
de proibida a publicidade nos principais meios de comunicação, estudo recente
realizado entre escolares de 13 a 15 anos de idade de 13 cidades do Brasil mostrou
um elevado percentual de jovens (36,0% a 48%) que referiu ter visto propaganda de
tabaco em pontos de venda “muitas vezes”. Este dado sugere que a indústria se
mantém eficaz em suas atuais estratégias promocionais. Para analisar e propor
novos medidas de controle da propaganda, torna-se fundamental avaliar as
estratégias da indústria nos pontos de venda.
Objetivo específico
Conhecer o perfil do usuário dos produtos de tabaco adquiridos em pontos de
venda e os fatores associados à escolha dos produtos no município do Rio de
Janeiro
Desenho Experimental
Estudo de base populacional em uma amostra por conveniência de pontos de
venda e da população que compra cigarros no Rio de Janeiro. Será aplicado um
questionário estruturado para descrição dos aspectos relacionados a publicidade no
ponto de venda: tamanho dos cartazes, marcas mais expostas, uso de elementos
atrativos. Será realizada uma entrevista com uma amostra por conveniência das
pessoas que compram cigarros em 100 pontos de venda do município do Rio de
145
Janeiro, coletando-se informações sobre seguintes aspectos: sexo, idade, grau de
escolaridade, bairro de moradia, tipo de produto adquirido, preferências de marcas,
impacto visual dos maços, impacto visual das advertências sanitárias, impacto de
cigarros de baixos teores. Os dados serão digitados, consolidados, procedendo-se
uma análise descritiva dos mesmos.
Equipe
Liz Maria de Almeida (pesquisador responsável)
Moyses Szklo (pesquisador colaborador)
Valeska Carvalho Figueiredo (pesquisador colaborador)
Tânia Cavalcante (pesquisador colaborador)
Luíz Felipe Leite Martins (pesquisador colaborador)
José Azevedo Lozana (pesquisador colaborador)
André Salem Szko (pesquisador colaborador)
Elaine Masson (pesquisador colaborador)
Leticia Casado (pesquisador colaborador)
Linha de Pesquisa IV: Desenvolvimento Tecnológico da Produçâo de
Informaçâo no Controle do Câncer
Introdução
O SIG, ou Sistema de Informações Gerenciais, é um sistema integrado de
apoio à tomada de decisões, proposto como uma ferramenta essencial para
implementar a modernização da gestão. Este sistema integra e consolida os dados
operacionais e históricos de todos os demais sistemas, alimentando o processo de
tomada de decisões na instituição, com informações gerenciais e estratégicas.
Como produto, o SIG gera um conjunto de relatórios e/ou gráficos de gestão.
Aplicado à saúde, o sistema é desenvolvido para atender a pesquisas de saúde
considerando a distribuição espacial de doenças, riscos ambientais, localização de
serviços de saúde e relacionando-os com dados da população. Seu principal
objetivo é a geração de bases de dados e desenvolvimento de metodologias de
análise espacial e georreferenciamento de dados em micro regiões que viabilizem a
análise do processo de distribuição populacional em áreas urbanas, o mapeamento
146
de áreas de risco epidemiológico, a alocação de recursos públicos e a localização de
equipamentos urbanos.
O objetivo principal desta proposta é promover a geração e disseminação do
conhecimento em prevenção e controle do câncer, especificamente voltado para
registros de câncer de modo a oferecer aos profissionais da área, à comunidade
científica e aos gestores de saúde um conjunto de metodologias que possibilitem
uma análise diferenciada no que diz respeito às ações de vigilância de câncer tais
como, monitoramento de tendências espaço-temporais, avaliação da qualidade da
assistência prestada em unidades hospitalares e também dos serviços de saúde
prestados pela rede assistencial.
A proposta se desenvolve em dois eixos centrais, compreendidos como
fundamentais para agregar qualidade e fomentar a incorporação de novas
metodologias na forma de analisar, intervir e propor novas estratégias na prevenção
e controle do câncer. Os eixos temáticos referem-se a ações de monitoramento da
morbi-mortalidade por câncer e avaliação dos serviços prestados à população
traduzidos por estudos de análise de sobrevida.
Subprojeto IV.1: Modelagem espacial das informações epidemiológicas como
estratégia de monitoramento da morbi-mortalidade por câncer
Racional
A modelagem da distribuição espacial da incidência e mortalidade por câncer
pode conduzir a hipóteses que dizem respeito ao impacto das condições ambientais
e sócio-econômicas, próprias de cada região. A variabilidade espacial pode ser
interpretada, de acordo com as circunstâncias, como evidência da existência de
influências ambientais ou genéticas na incidência e mortalidade por câncer. O
reconhecimento do padrão espacial do câncer numa determinada população pode
conduzir a estudos mais elaborados, possibilitando o mapeamento do risco de
câncer nesta população. A experiência de utilização de geoprocessamento com
informações dos Registros de Câncer de Base Populacional – RCBP qualifica os
profissionais da área na utilização de ferramentas espaciais para análise de dados.
O acúmulo desta experiência permitirá a expansão do conhecimento e a utilização
desta técnica em todos os RCBP que o INCA apóia, conferindo uma dimensão de
qualidade a análise rotineira dos dados.
147
Objetivo específico
Consolidar um Sistema de Informações Geográficas - SIG em câncer em nível
nacional, que possa oferecer indicadores sobre este agravo, a fim de subsidiar as
ações de planejamento, execução e avaliação de programas de prevenção e
controle do câncer, por parte dos órgãos competentes de saúde, em todo o Brasil.
Desenho experimental
Serão calculadas as taxas de incidência ou mortalidade para a menor
desagregação de área possível (bairro ou região administrativa) e os mesmos serão
descritos espacialmente. Será verificada a existência de heterogeneidade espacial,
segundo a análise de diagrama de caixa ou diagrama de dispersão. Uma vez
detectada heterogeneidade espacial, a existência de aglomerações espaciais será
testada segundo metodologia estatística apropriada (Satscan, Coeficiente de Moran
dentre outros). A correlação destas taxas com indicadores sócio-econômicos e
ambientais será verificada através da elaboração de modelagem estatística espacial.
Subprojeto IV.2: Fatores prognósticos para os principais tipos de câncer (hospitalar e
de base populacional) como subsídios para as ações de vigilância de câncer.
Racional
A
avaliação
prognóstica
pode
subdividir-se
em
dois
segmentos: a
determinação da qualidade da assistência prestada nas unidades hospitalares
especializadas, através dos estudos de sobrevida hospitalar e a avaliação do acesso
aos serviços de saúde, através dos estudos de sobrevida populacional. A análise de
sobrevida no escopo de uma unidade hospitalar refere-se a um conjunto de
procedimentos estatísticos para interpretação de dados, no qual o interesse é
estudar o que acontece no tempo decorrido entre o diagnóstico da doença e a
ocorrência de um determinado evento que seja estabelecido, que na maioria das
vezes é o evento morte. São de relevante importância informações sobre a eficiência
dos protocolos terapêuticos a que estão submetidos os pacientes; ou seja, o que
acontece com os pacientes ao longo do tempo. Tais informações deveriam integrar o
sistema de informações que subsidiará ações de vigilância do câncer. É importante
que se estabeleça uma rotina, por parte dos profissionais que atuam nos Registros
Hospitalares de Câncer - RHC em promover a coleta, análise e divulgação de dados
148
sobre o seguimento de pacientes. Para o desenvolvimento harmônico de um sistema
de vigilância para o câncer, é necessário que se institua o processo de coleta e
análise dessas bases de dados dos RHC, não somente para o conhecimento do
perfil desses pacientes como também da qualidade da assistência a eles oferecida.
A descrição e o monitoramento da evolução da incidência do câncer é um
importante objetivo do RCBP, pois a mortalidade é influenciada pela sobrevida dos
pacientes de modo a possibilitar o cálculo de índices de sobrevida padronizados
para a população da área de cobertura do RCBP. A utilização destes índices
possibilita avaliar o impacto da qualidade da assistência prestada à população, bem
como compará-las. Se diferenças reais forem encontradas, as ações para
diagnóstico e tratamento poderão ser direcionadas para os setores da população
que experimentarem sobrevida menos favorável.
Objetivos específicos
Estimar e analisar as taxas de sobrevida para os principais tipos de câncer
atendidos nas principais unidades hospitalares especializadas do país para um
determinado intervalo de tempo e que atendam as ações nacionais do INCA; Avaliar
o impacto da qualidade da assistência prestada à população, bem como comparálos nas diferentes populações onde existe Registro de Câncer de Base Populacional.
Desenho experimental
Para os principais tipos de câncer selecionados, serão estruturados os
processos de seguimento ativo destes pacientes. Será estruturado um banco de
dados com variáveis de relevância para avaliar fatores de risco e de prognóstico. A
sobrevida geral e a sobrevida relativa em cinco anos serão calculadas através do
método de Kaplan-Meyer e sua significância testada segundo a estatística de logrank. A análise univariada será realizada através da elaboração de curvas de
sobrevida e serão testadas as diferenças entre as categorias. A análise multivariada
será realizada segundo a significância observada no modelo univariado segundo o
modelo de Cox.
Equipe da linha de pesquisa 4:
Marise Souto Rebelo (pesquisador responsável pela linha e pelo sub-projeto 2)
Marceli de Oliveira Santos (pesquisador responsável pelo sub-projeto 1)
Rejane de Souza Reis (participam dos 2 projetos)
149
Elisângela Siqueira Costa Cabral (participam dos 2 projetos)
Julio Fernando Pinto Oliveira (participam dos 2 projetos)
Danielle Nogueira Ramos (participam dos 2 projetos)
Juliana Moreira de Oliveira Ferreira (participam dos 2 projetos)
METAS
-
Desenvolvimento de um grupo multidisciplinar, envolvendo pesquisadores com
experiência em diferentes abordagens experimentais in vitro e de avaliação
clínico/ epidemiológica para estudo da interação de variáveis genéticas e
ambientais sobre o risco de desenvolvimento e/ou progressão do câncer.
-
Transferência de informações para o banco de dados da Rede Nacional de
Farmacogenética/Farmacogenômica (REFARGEN) quanto à freqüência de
polimorfismos em genes de interesse farmacológico em indivíduos saudáveis e
em pacientes com câncer.
-
Estabelecimento de uma Rede Nacional de Tumores Pediátricos, com a missão
de integrar pesquisas translacionais para definição de condutas diagnósticas do
câncer pediátrico no Brasil.
-
Estimativa de prevalência de HPV e dos quatro genótipos cobertos pela vacina
quadrivalente na população geral, em pacientes com câncer de colo uterino e em
gestantes HIV-positivas
-
Identificação dos fatores de risco (demográficos, comportamentais, genéticos e
ambientais) para infecção persistente do HPV e para progressão para câncer do
colo do útero ou lesões precursoras.
-
Comparação de custo-efetividade do rastreamento para câncer do colo do útero
utilizando-se o exame de Papanicolaou e detecção do HPV e exame de
Papanicolaou.
-
Avaliação da Política de Controle do Tabaco em relação à publicidade e
promoção de produtos do tabaco, em jovens, na cidade de Porto Alegre.
-
Avaliação das condições de vida, saúde e trabalho e determinação do grau de
intoxicação aguda por nicotina em fumicultores brasileiros.
-
Identificação de fatores atrativos usados para promoção e propaganda de
marcas de cigarro.
-
Incorporação de ferramentas e capacitação de profissionais da área de registros
de câncer, coordenadores estaduais, gestores e demais interessados para
150
implantação de um Sistema de Informações Geográficas para registro de casos
de câncer.
-
Disponibilização da malha cartográfica dos municípios que possuam Registro de
Câncer de Base Populacional – RCBP para fins de geocodificação com a base
de dados de casos novos de câncer.
-
Definição de um modelo metodológico a ser aplicado para implantação de um
Sistema de Informações Geográficas para registro de casos de câncer.
-
Caracterização da distribuição espacial e temporal dos principais tipos de câncer
nas localidades onde existe Registro de Câncer de Base Populacional – RCBP
-
Caracterização do fluxo de pacientes dentro do município em relação ao seu
domicílio e os centros de referência para diagnóstico e tratamento de câncer por
área geográfica.
-
Incorporação de ferramentas e capacitação de profissionais da área de registros
de câncer, coordenadores estaduais, gestores e demais interessados para
desenvolvimento de estudos de sobrevida de base populacional e de base
hospitalar em câncer.
-
Consolidação de um modelo de estrutura que apóie os registros de câncer com
pelo menos cinco anos de informação consolidada a realizar o seguimento ativo
dos pacientes com diagnóstico de câncer, subsidiando estudos de sobrevida.
-
Formação de Pessoal: 01 mestre, 04 doutores, 1 pós-doutor.
-
Publicação de no mínimo 12 artigos científicos em periódicos indexados QualisA.
-
Divulgação em congressos nacionais e internacionais com conseqüente
publicação nos anais dos congressos.
RESULTADOS ESPERADOS E IMPACTOS
Geração de novos conhecimentos acerca da influência de polimorfismos
genéticos como fatores de susceptibilidade ao desenvolvimento do câncer.
Com a implantação da vacina contra o HPV espera-se que o perfil viral
associado aos casos de câncer do colo do útero em nosso meio se modifique a
médio e longo prazo. Ao mesmo tempo, é possível que os impactos esperados
sobre a morbi-mortalidade sofram o efeito do recrudescimento da infecção por tipos
de HPV ausentes na vacina. O monitoramento desse perfil viral pode subsidiar a
vigilância de HPV após a incorporação da vacina no Brasil e auxiliar na tomada de
151
decisão política sobre futuras formulações das vacinas. A prevalência do HPV
aumenta durante a gestação, mas ainda se desconhece o impacto da detecção
precoce da infecção e de seus subtipos na persistência da infecção após o parto e
que fatores estão envolvidos nessa persistência. Os resultados deste estudo
permitirão que sejam avaliadas políticas de prevenção para essa população mesmo
antes que a doença clínica seja diagnosticada. É possível que pacientes que
apresentam infecção por subtipos do HPV ditos de alto risco devam ser
acompanhadas de forma mais frequente do que aquelas com subtipos mais
benignos. Outra vantagem do estudo de subtipos nessa população reside no fato de
que em breve a vacina para HPV estará disponível para uso geral. Essa vacina é
eficaz para alguns subtipos de alto risco para HPV, porém ainda não se sabe se ela
será eficaz também para outros subtipos, não constituintes na vacina, que também
são considerados de alto risco, como os subtipos 45 e 56, entre outros. Por fim, a
utilização de gestantes nesse estudo se justifica por ser um período que a mulher é
mais aderente ao tratamento e seu acompanhamento médico, sendo uma época
eficaz para evitar a perda de oportunidades na detecção da infecção pelo HPV e
suas complicações.
A observação das variações na incidência dos tipos de câncer no espaço
pode conduzir a hipóteses quanto ao impacto das condições ambientais e sócioeconômicas. O INCA assim cumpre sua missão de ser referência na pesquisa em
câncer a nível nacional.
Os subprojetos da linha de pesquisas em tabagismo têm a finalidade de
subsidiar o governo brasileiro na implementação de medidas estratégicas propostas
pela Convenção Quadro Para o Controle do Tabaco, do qual o Brasil é signatário. A
avaliação do impacto de advertências sanitárias dos produtos derivados do tabaco
permitirá a elaboração de imagens mais efetivas, ampliando o impacto das mesmas
no estímulo à cessação e redução da iniciação do tabagismo. Conhecendo as
condições de saúde dos trabalhadores da cultura do fumo será possível propor
medidas relacionadas ao processo de trabalho que reduzam os riscos a saúde dos
fumicultores, em especial reduza a incidência de doença da folha verde (intoxicação
aguda da nicotina), inclusive entre crianças que, ilegalmente, exercem atividades
nesta na agricultura local. Os resultados do estudo permitirão ainda que se elaborem
estratégias para contraposição das estratégias de venda e promoção da indústria do
fumo, em geral dirigidas a jovens.
152
A elaboração de um modelo metodológico para registro dos casos de câncer
em tempo real permitirá a organização e padronização do seguimento nas unidades
hospitalares favorecendo os estudos de sobrevida. Será possível determinar que
fatores melhor predizem o prognóstico dos tumores, bem como avaliar a qualidade
da assistência prestada nas unidades hospitalares participantes que atendam às
ações nacionais do INCA. Em nível populacional será possível consolidar um
modelo de estrutura que apóie os registros de câncer com pelo menos cinco anos de
informação consolidada a realizar o seguimento ativo dos pacientes com diagnóstico
de câncer, subsidiando estudos de sobrevida.
Transferência de resultados para formulação de políticas públicas
Os resultados deste grupo de pesquisa terão impacto direto na identificação
de fatores genéticos e ambientais com potencial de risco para desenvolvimento e/ou
progressão do câncer podendo contribuir para orientação de políticas públicas de
prevenção de exposição involuntária a agentes carcinogênicos e à orientação de
campanhas informativas quanto a hábitos de vida e condutas de risco, bem como à
definição de leis para restrição ao tabagismo, para proteção da saúde de
trabalhadores e para definição de condutas de saúde pública com melhor relação
custo-benefício.
A obtenção de dados sobre a prevalência dos tipos virais de HPV em câncer
cervical permitirá verificar se as vacinas disponíveis no momento são adequadas à
imunização contra os tipos de HPV associados ao câncer cervical no país. A
pesquisa gerará dados para comparações futuras sobre: (1) a prevalência dos tipos
virais associados ao câncer cervical, permitindo avaliar a eficiência de imunização
obtidas com as vacinas atualmente disponíveis; (2) identificar variantes virais
associadas à imunização cruzada; (3) caracterizar variantes de tipos virais de alto
risco oncogênico associado ao escape vacinal. Os dados serão importantes para a
definição de políticas públicas de saúde no combate ao câncer cervical.
Os resultados das pesquisas e tabagismos serão transferidos através de
relatórios que serão enviados aos responsáveis pelo Programa Nacional de Controle
do Tabagismo no INCA/MS e Secretarias de Estado de Saúde e para a Secretaria
Executiva da Comissão Nacional Para Implementação da Convenção Quadro Para o
Controle do Tabaco no Brasil, subsidiando o planejamento de medidas de controle
do tabaco efetivas. Medidas de promoção da saúde e prevenção de câncer e de
153
intoxicação aguda por nicotina entre fumicultores serão promovidas juntamente com
os Coordenadores Estaduais de Saúde do Trabalhador dos municípios fumicultores.
A observação das variações na incidência dos tipos de câncer no espaço
permitirá o mapeamento do risco dos tumores mais incidentes na população
proporcionando assim uma alocação melhor direcionada de recursos e esforços.
A consolidação de um modelo de estrutura nacional que apóie os registros de
câncer com pelo menos cinco anos de informação permitirá o seguimento ativo dos
pacientes com diagnóstico de câncer. O resultado destas ações será o diagnóstico
da qualidade da assistência prestada nas unidades hospitalares e da rede como um
todo, possibilitando a avaliação e o redirecionamento das ações para prevenção e
controle do câncer.
EXPERIÊNCIA PRÉVIA NA ÁREA DE PESQUISA
Os investigadores inseridos neste subgrupo de pesquisa têm experiências
comprovadas através de publicações e de atuação profissional nas áreas propostas
no escopo geral do projeto. A seguir apresentamos um resumo da experiência dos
pesquisadores envolvidos diretamente na condução científica dos subprojetos:
Moyses Szklo (Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível IA) - Possui
graduação em Medicina - UERJ (1963), Mestrado em Saúde Pública - Johns
Hopkins University (1972) e Doutorado em Saúde Pública - Johns Hopkins University
(1974). Editor-chefe do American Journal of Epidemiology desde 1988. Professor
Titular de Epidemiologia e Políticas de Saúde da UFRJ. Full Professor por 33 anos
da Escola de Saúde Pública da Johns Hopkins University (EUA). Membro do corpo
editorial de diversas revistas científicas. Já publicou quase 200 artigos científicos na
área de área de Saúde Pública, com ênfase em Epidemiologia.
Sérgio Koifman (Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível IA )- Possui
graduação em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1974),
mestrado em Medicina Social , área de Epidemiologia, pela Universidad Nacional
Autonoma de Mexico Xochimilco (1978), doutorado em Medicina Preventiva pela
Universidade de São Paulo (1988) e pós-doutorado na School of Ocupational Health,
McGill University, em Montreal, Canada (1991-93). Coordenou o Programa de
154
Mestrado Inter-institucional em Saúde Pública Universidade Federal do Pará/
Fiocruz e foi Coordenador Adjunto do Programa de Pós-Graduação em Saúde
Pública da Escola Nacional de Saúde Pública (1999-2002). Atualmente é
pesquisador titular da Fundação Oswaldo Cruz, onde coordena o Programa de PósGraduação em Saúde Pública e Meio Ambiente da Escola Nacional de Saúde
Pública/ Fiocruz, sendo docente permanente no mesmo programa e no Mestrado em
Saúde Coletiva da Universidade Federal do Acre (Associação Temporária UFACFiocruz). Tem experiência acadêmica na área de Saúde Coletiva, com ênfase em
Epidemiologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Epidemiologia do
Câncer e Epidemiologia Ambiental.
Maria do Socorro Pombo de Oliveira (Bolsista de Produtividade em Pesquisa do
CNPq - Nível 2)-Possui graduação em Medicina pela Universidade de Pernambuco
(1974), mestrado em Hematologia, Hopital Saint-Louis,Universite de Paris VII (1979),
Fellow-Research no Royal Pos-Graduated Medical School-Hammersmith Hospital,
Londres (1984-1988) e doutorado em Biologia Celular e Molecular pela Fundação
Oswaldo Cruz (1991). Atualmente é médica-pesquisadora do Instituto Nacional de
Câncer. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Hematologia,
atuando principalmente nos seguintes temas: leucemias agudas da infância,
alterações moleculares na etiopatogênese das leucemias agudas, epidemiologiamolecular.
Gulnar Azevedo e Silva Mendonça (Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq
- Nível 2 )- Graduada em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro
(1978) com mestrado em Saúde Coletiva pela Universidade do Estado do Rio de
Janeiro (1991) e doutorado em Medicina Preventiva pela Universidade de São Paulo
(1997). Atualmente é professora adjunta do Departamento de Epidemiologia do
Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Foi
coordenadora de prevenção e vigilância do Instituto Nacional de Câncer entre
outubro de 2003 e setembro de 2007. Desenvolve pesquisas dentro das áreas de
epidemiologia do câncer e fatores de risco para doenças não-transmissíveis.
Marcelo Soares (Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2)- É
docente pesquisador do Departamento de Genética da UFRJ desde 2002.
155
Atualmente, chefia o Laboratório de Virologia Humana daquele departamento, onde
vem desenvolvendo intensa pesquisa em virologia, principalemente em HIV, e mais
recentemente em outros vírus de importância médica. Desde 2006 é Pesquisador
Colaborador da Divisão de Genética, do Centro de Pesquisa do INCA, onde também
desenvolve parte de sua pesquisa. Sua produção intelectual listada em seu CV
Lattes, e o panorama de projetos de pesquisa aprovados e financiados demonstra
sua atuação científica nos últimos anos. O Prof. Marcelo Soares atua no Programa
de PG em Genética da UFRJ, do qual foi Coordenador Titular de 2004 a 2008, onde
mantém a maioria de seus alunos orientados. Atua também no Programa de PG em
Modelagem Matemática e Computacional, Ênfase em Bioinformática, do LNCCMCT, onde orienta dois alunos de Mestrado. É membro das Comissões de PG de
ambos os Programas.
Elizabeth Machado (Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2)Obteve seu Mestrado na UFRJ em miocardites na leptospirose, e cursou um
Doutorado sanduích no Laboratório de Imunorregulação do NIH, já em HIV/Aids.
Após seu retorno ao Brasil, a Dra. Machado desenvolveu pesquisa relacionada à
patogenia do HIV em crianças infectadas, em colaboração com o Dr. Anthony
DeVico do Institute of Human Virology, Baltimore, USA, com Grant R01 do NIH de 5
anos. Tem linha de pesquisa básica no Laboratório de Virologia Humana da UFRJ
relacionada à resistência aos anti-retrovirais, fatores de restrições do hospedeiro à
infecção pelo HIV, e patogenia do HIV. Também atua na pesquisa clínica na UFRJ e
Hospital dos Servidores do Estado que envolve adolescentes e gestantes HIV
positivas nas áreas de HPV, tuberculose, HIV, efeitos colaterais dos anti-retrovirais
em gestantes e adolescentes e linha de pesquisa clínica em dengue na Fiocruz. Faz
parte do grupo de pesquisa clínica do NIAID para estudos observacionais em
gestantes e crianças expostas ao HIV (Estudo Longitudinal NISDI em Países da
América Latina (NISDI Longitudinal Study in Latin American Countries, LILAC) –
Niaid – NIH e fez parte do clinical trial entitulado ATN 024i: A Randomized, OpenLabel Trial of Three Hepatitis B Vaccination Schemas in HIV-Positive Youth – NIAID,
NIH. Foi consultora Ad Hoc - Perinatal Executive Committee NICHD International
HIV Site Development Initiative (NISDI). 2007. Atualmente é Pesquisadora 2 do
CNPq. A Dra. Machado atua nos Programas de Pós-graduação em Doenças
Infecciosas e Parasitárias do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, UFRJ, e
156
de Pós Graduação em Genética da UFRJ, na orientação de alunos de Mestrado e
Doutorado.
Cibele Rodrigues Bonvicino (Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível
2)- Possui doutorado em Genética pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
(1994). Atualmente é pesquisadora do Instituto Nacional de Câncer, pesquisadora
da Fundação Oswaldo Cruz. Tem experiência na área de Genética, com ênfase: em
diversidade genética e filogenia e evolução molecular; genética de câncer hereditário
(Retinoblastoma); diversidade genética de viral de HBV. É orientadora credenciada
pela Pós-Graduação em Genética da UFRJ, Pós Graduação em Oncologia do
Instituto Nacional de Câncer, Pós Graduação em Bioquímica e Biologia Molecular da
FIOCRUZ.
Liz Maria de Almeida - Possui doutorado em Ciências pela Universidade do Estado
de São Paulo (2002, USP). Desde 2004, trabalha como chefe da Divisão de
Epidemiologia do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Coordenou diversos
inquéritos epidemiológicos nos campos da saúde mental, saúde ambiental,
tabagismo e fatores de risco para o câncer. É ponto focal no Brasil do Global
Tobacco Surveillance System da Organização Mundial da Saúde, sendo
responsável por inquéritos de tabagismo realizados em várias cidades do país. É
responsável pela disciplina de epidemiologia do Programa de Pós-graduação do
INCA onde é orientadora credenciada e membro da Comissão de pós-graduação.
Recentemente, ela participou como co-investigadora do projeto: "Prevalence of
human papillomavirus DNA in a community in the city of Rio de Janeiro".
Valeska Carvalho Figueiredo - Possui graduação em Medicina pela Universidade do
Estado do Rio de Janeiro (1986) e mestrado (1997) e Doutorado (2007) em Saúde
Coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, área de concentração
Epidemiologia. Trabalha no INCA desde 1997. Atualmente é pesquisadora da
Divisão de Epidemiologia da Coordenação de Prevenção e Vigilânca do Instituto
Nacional de Câncer onde desenvolve e participa de pesquisas e projetos em
tabagismo e fatores de risco de doenças não transmissíveis. Participou como coinvestigadora principal dos seguintes projetos realizados através de uma parceria
entre o INCA e o Instituto para o Controle do Tabaco da Escola de Saúde Pública da
157
Universidade Johns Hopkins: Epidemiology & Intervention Research for Tobacco
Control. International and Health Research & Capacity Building. The Study in Brazil,
financiada pela Fogarty International Center dos National Institutes for Health dos
Estados Unidos da América; Secondhand Smoke Exposure in Non-smoking Women
and Children. The Study in Brazil; e Determinants of Salivary Cotinine Levels in
Smokers from Different National and Ethnic Groups. The Study in Brazil. Como parte
da parceria com a Organização Panamericana da Saúde, foi também co-IP do
projeto Custos da Atenção Médica das doençcas associadas ao tabagismo em
quatro países da América Latina. Estudo no Brasil.
Cristina de Abreu Perez . Possui graduação em Psicologia pela Universidade Gama
Filho (1993). Atualmente é Supervisora de Controle de Câncer do Instituto Nacional
do Câncer. Tem experiência na área de Saúde Coletiva.
Cristiane Ferreira Vianna. Graduada em Direito, trabalha há 10 anos no Programa
Nacional de Controle do Tabagismo, especialmente na área da legislação de
controle do tabaco. Participou de todo o processo de negociação do 1º Tratado
Internacional de Saúde Pública, denominado Convenção-Quadro para o Controle do
Tabaco (CQCT). Atualmente exerce o cargo de Vice-Secretária Executiva da
Comissão Nacional para Implementação da CQCT e é Vice Coordenadora da
Delegação Brasileira da Comissão Intergovernamental para o Controle do Tabaco
no MERCOSUL. Esteve envolvida na elaboração de todas as legislações que tratam
sobre as advertências sanitárias nas embalagens de produtos do tabaco no Brasil
desde 1999.
Ana Lucia Souza de Mendonça - possui graduação em Nutrição pela Universidade
do Estado do Rio de Janeiro (1985) e mestrado em Saúde Pública pela University of
California - Berkeley (1990) . Atualmente é Analista de Programa de Câncer Sênior
do Instituto Nacional do Câncer.
Luís Felipe Leite Martins - possui graduação em Estatística pela Escola Nacional de
Ciências Estatísticas (2000) e mestrado em Saúde Coletiva pelo Instituto de
Medicina Social (2005). Atualmente é técnico da Divisão de Epidemiologia da
Conprev/INCA. Tem experiência na área de Probabilidade e Estatística (com ênfase
158
em Análise Estatística e Amostragem) e Epidemiologia do Câncer (com ênfase em
Estudos Transversais e detecção precoce do câncer do colo do útero).
Paulo Antonio Silvestre de Faria - Tem experiência na área de Medicina, com ênfase
em Anatomia Patológica, incluindo Patologia Cirúrgica, Citopatologia e Autópsias.
Em Patologia Cirúrgica tem interesse especial em Patologia Pediátrica Oncológica e
Uropatologia. Ainda em Anatomia Patológica tem experiência em Gestão de
Serviços de Patologia e em Sistemas de Informação em Patologia.
Lucília Maria Gama Zardo - Atua na área de Medicina, com ênfase em Citopatologia.
Atualmente, é mestranda em Oncologia no Instituto Nacional de Câncer INCA, onde
é médica citopatologista e chefe do laboratório da Seção Integrada de Tecnologia
em Citopatologia SITEC. Concluiu a graduação pela Faculdade de Medicina de
Petrópolis em 1978 e especializou-se em Citopatologia. Tem pós-graduação em
Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde pela Escola Nacional de Saúde Pública da
Fundação Oswaldo Cruz Fiocruz. Foi Secretária Geral da Sociedade Brasileira de
Citopatologia, no período de 1998 a 2000, e Primeira Secretária no período 1995 a
1997. Em suas atividades profissionais e publicações está voltada principalmente
para os seguintes temas: prevenção e controle do câncer cervical, citopatologia,
HPV, câncer de mama e neoplasia do colo uterino.
Mirian Carvalho de Souza - possui graduação Ciências Estatísticas pela Escola
Nacional de Ciências Estatísticas (1997) e mestrado em Epidemiologia pela Escola
Nacional de Saúde Pública (2000). Atualmente é analista de programa de controle
de câncer do Instituto Nacional de Câncer e doutoranda da Escola Nacional de
Saúde Pública. Tem experiência na área de saúde coletiva, com ênfase em
epidemiologia, atuando principalmente nos seguintes temas: realização de estudos
epidemiológicos, vigilância do câncer e seus fatores de risco, análise de sobrevida,
análise de dados epidemiológicos e ensino em saúde.
Cláudio Pompeiano Noronha - possui graduação em Medicina pela Faculdade de
Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1979), residência
em Medicina Preventiva e Social (1983), especialização em Epidemiologia(1984) e
mestrado em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pùblica da Fundação
159
Oswaldo Cruz (1993). Atualmente é médico de saúde pública - Secretaria Municipal
de Saúde do Rio de Janeiro, exercendo cargo de chefia da Coordenação de
Prevenção e Vigilância do Instituto Nacional do Câncer. Tem experiência na área de
Saúde Coletiva, com ênfase em Saúde Pública, atuando principalmente nos
seguintes temas: sistemas de informação em saúde, indicadores de avaliação de
desempenho em saúde, prevenção, controle e vigilância do câncer, estudos de
incidência, mortalidade e sobrevida em neoplasia.
Maria do Carmo Esteves da Costa- possui graduação em Medicina pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro (1980) , especialização em Residência
Médica Em Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1982) ,
especialização em Administração e Planejamento de Hospitais Públicos pelo
Fundação Oswaldo Cruz (1986) e mestrado em Saúde Coletiva pela Universidade
do Estado do Rio de Janeiro (1997) . Atualmente é Médico do Instituto Nacional do
Câncer. Entre 1990 e 1996 foi responsável pelo seguimento de pacientes com
exames citopatológicos alterados no município do Rio de Janeiro. A partir de 2002,
no INCA, foi membro da equipe da Divisão da Detecção Precoce da Coordenação
de Prevenção e Vigilância do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Foi coinvestigadora do estudo: "Prevalence of human papillomavirus DNA in a community
in the city of Rio de Janeiro".
Silvana Rubano Barretto Turci - possui graduação em Farmácia pela Faculdade de
Ciências Farmacêuticas e Bioquímica Oswaldo Cruz São Paulo (1984) e mestrado
em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz (1994). Atualmente ocupa o cargo
de tecnologista senior na Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz). Vem,
desde 1996, desenvolvendo colaboração tecnica, junto ao Instituto Nacional do
Câncer na Coordenação de Prevenção e Vigilância do Câncer. Tem experiência na
área de Saúde Coletiva, com ênfase em Toxicologia Ocupacional e Ambiental,
atuando principalmente nos seguintes temas: tratamento do fumante, prevenção
primária, prevenção de cancer, cancer ocupacional e controle do tabagismo.
Rosane Vianna Jorge- Possui graduação pela Faculdade de Farmácia da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (1990), com mestrado em Química Biológica
pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1992) e doutorado em Química
160
Biológica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1997). Desenvolveu um
curto pós-doutorado (1997) na Merck Research Laboratories (Rahway - New
Jersey/USA), na área de Farmacologia de canais iônicos. Atualmente é professora
adjunta de farmacologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e pesquisadora
bolsista do Instituto Nacional do Câncer (INCA), na condição de pesquisadora
associada, como parte de um convênio de colaboração entre UFRJ e INCA. Lidera o
Grupo de Farmacologia Clínica e Assistência Farmacêutica, registrado no CNPq, e
integra
a
Rede
Nacional
de
Farmacogenética/Farmacogenômica
(www.refargen.org.br). Tem experiência em Farmacologia Geral e Farmacologia
Clínica, com ênfase em Farmacocinética e Farmacogenética. É revisora do periódico
Clinical Pharmacology & Therapeutics, que é líder na área da farmacologia clínica.
Atualmente, concentra sua atuação no estudo de polimorfismos de genes
relacionados ao metabolismo de fármacos e/ou envolvidos com o risco de
desenvolvimento e de progressão do câncer.
Miguel Ângelo Martins Moreira - Possui doutorado em Genética pela Universidade
Federal do Rio de Janeiro (1996). Atualmente é pesquisador associado do Instituto
Nacional de Câncer. Tem experiência na área de Genética, com ênfase em Genética
Molecular e de Microorganismos, atuando principalmente nos seguintes temas:
Câncer Hereditário de mama e Ovário, Mapeamento Genético, Seqüenciamento de
Genomas, Evolução Molecular e Resistência a Drogas. É orientador credenciado
pela Pós-Graduação em Genética da UFRJ.
Marcelo Alex de Carvalho - Possui graduação em Farmácia pela Universidade
Federal Fluminense (1995), mestrado em Bioquímica pela Universidade Federal do
Rio de Janeiro (1998), doutorado em Ciências Biológicas (Biofísica) pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro (2004) e pós-doutorado pelo H. Lee Moffitt
Cancer Center & Research Institute (2006). Atualmente é professor do Centro
Federal de Educação Tecnológica de Química e pesquisador da Divisão de
Farmacologia do INCA. Tem experiência na área de Bioquímica, com ênfase em
Biologia Celular e Molecular, atuando principalmente nos modelos moleculares de
estudo de BRCA1 e câncer de mama.
161
Beatriz de Camargo - Professora e livre-docente da Universidade de Medicina de
São Paulo, desenvolve atividades de ensino em cursos de pós-graduação (lato
senso e strictu senso) com ampla experiência em pesquisa clínica na área de
pediatria oncológica. Através da Coordenação de Estudos Cooperativos Brasileiros
executa projetos de caráter epidemiológico das neoplasias pediátricas. Atualmente
desenvolve uma linha de pesquisa no INCA no Programa de Hematologia-Oncologia
Pediátricos-CPq em conjunto com a CONPREV em relação a registros de incidência
e
mortalidade
de
câncer
infanto-juvenil.
Participante
ativa
da
Sociedade
Internacional de Oncologia Pediatrica (SIOP) e referencia nos estudos de Tumor de
Wilms e neuroblastoma.
Rinaldo Wellerson Pereira - Graduado em Veterinária pela Universidade Federal de
Viçosa (1995), Mestre em Bioquímica e Imunologia pela Universidade Federal de
Minas Gerais (1997), Doutor em Bioquímica e Imunologia pela Universidade Federal
de Minas Gerais (2002) com parte desenvolvida no Stanford Genome and
Technology Center - Stanford University (2000-2001). Atualmente é professor doutor
da Universidade Católica de Brasília onde coordena a área de Genética para os
cursos de Graduação e também ministra as disciplinas de Genética Básica,
Genética Humana, Genética Aplicada a Medicina e Genética Forense. É orientador
de Mestrado e Doutorado no Programa de Pós Graduação em Ciências Genômicas
e Biotecnologia e também no Programa de Educação Física. Seus projetos de
pesquisa focam na aplicação de variabilidade genética para compreensão de
fenótipos complexos e no desenvolvimento de aplicações para Genética Forense.
Gutemberg de Almeida Filho - Possui Mestrado em Medicina (Ginecologia) pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro (1992), doutorado em Medicina
(Ginecologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1998) e residência
médica pelo Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (1979).
Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Médico
da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Membro de corpo editorial da Femina
(Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstétrícia), Membro de
corpo editorial da Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Membro de corpo
editorial da Revista Brasileira de Genitoscopia e Membro de corpo editorial do Jornal
Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis. Tem experiência na área de
162
Medicina, atuando principalmente nos seguintes temas: neoplasias vulvares,
neoplasia intra-epitelial vulvar e papilomavirus humano.
Marise Souto Rebelo - Possui Graduação em Medicina pela Universidade Federal do
Estado do Rio de Janeiro (1982), Mestrado em Saúde Pública pela Fundação
Oswaldo Cruz (1996) e Doutorado em Clínica Médica (Pesquisa Clínica) pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro (2004). Atualmente é gerente da Divisão de
Informações da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Instituto Nacional de
Câncer. Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Epidemiologia,
atuando principalmente nos seguintes temas: câncer, epidemiologia, registros de
câncer, incidência e mortalidade por câncer. Foi responsável pela especificação
técnica para desenvolvimento do aplicativo específico para RHC – Registros
Hospitalares de Câncer e também pela especificação técnica do aplicativo para
integração nacional dos RHC.
Tomaz Pinheiro da Costa - Possui graduação em Medicina pela Pontifícia
Universidade Católica do Paraná (1974) e Mestrado em Medicina (Doenças
Infecciosas e Parasitárias) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1980).
Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem
experiência na área de Medicina, com ênfase em saúde materno-infantil. Atua
principalmente nos seguintes temas: prematuridade, prevenção, infecção intrauterina.
Cristina Hoffer - Trabalha com HIV/gestantes desde 2003, com alguns artigos
escritos na área e é pesquisadora principal de alguns projetos na área como a
avaliação de colonização por Listeria monocytogenes em gestantes infectadas pelo
HIV.
Marceli de Oliveira Santos - Possui graduação em Estatistica pela Escola Nacional
de Ciências Estatísticas (1991), mestrado em Saúde Pública pelo Fundação
Oswaldo Cruz (1997). Atualmente é Analista de Programas de Controle de Câncer
do Instituto Nacional de Câncer. Tem experiência na área de Probabilidade e
Estatística , com ênfase em Estatística. Atuando principalmente nos seguintes
temas: vigilância, saúde pública, análise de dados e estudos prognósticos em
163
câncer. Participou do aprimoramento e desenvolvimento de aplicativo específico
para Registros de Câncer de Base Populacional-RCBP. É responsável pela
coordenação dos RCBP em nível central (capacitação, supervisão, análise e
divulgação das informações). Desenvolve também estudos de geo-análise em
câncer
Rejane de Souza Reis - Possui graduação em Licenciatura Plena em Ciências
Biológicas pela Faculdade da Cidade (2000), aperfeiçoamento em Curso Para
Registradores de Câncer pelo Instituto Nacional de Câncer (1997), aperfeicoamento
em Excelência no Atendimento pelo Instituto Nacional de Câncer (1996),
aperfeicoamento em Curso de Inverno Em Epidemiologia do Câncer pela Fundação
Oswaldo Cruz (2003) , aperfeiçoamento em Curso de Atualização Em Epidemiologia
Para Serviço pelo Fundação Oswaldo Cruz (2003) , aperfeiçoamento em Atualização
em Epidemiologia do Câncer pelo Instituto Nacional de Câncer (2003) e
aperfeiçoamento em Curso de Atualização Em Epidemiologia Molecular do pelo
Fundação Oswaldo Cruz (2004) .Mestrado em Saúde Coletiva pelo Instituto de
Estudos de Saúde coletiva – IESC/UFRJ (2007). Atualmente é Analista de
Programas de Controle de Câncer do Instituto Nacional do Câncer.
Ana Maria Ramalho - Chefe da Divisão de Atenção Oncológica da CONPREV /
INCA, responsável pelo Programa Nacional de controle do câncer do colo do útero.
Tereza Maria Piccinini Feitosa - Trabalha na Divisão de Atenção Oncológica, no
programa nacional de controle do câncer do colo do útero.
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Zhang et al. Gastroenterology 129:565 (2005)
CRONOGRAMA
Ano 1
Primeiro semestre: Revisão bibliográfica, seleção e contratação de recursos
humanos, treinamento da equipe para atividades diversas (abordagens de
recrutamento de indivíduos, realização de entrevistas e coleta de dados, utilização
de ferramentas computacionais), aquisição de material de consumo e de malha
cartográfica, aquisição de equipamentos de informática e para o desenvolvimento de
metodologias de análise molecular, estabelecimento de metodologias de análise
molecular (validação de métodos de genotipagem, construção de seqüências
selvagens e variantes, avaliação imuno-histoquímica), aquisição de animais e
estabelecimento de modelos experimentais de avaliação toxicológica
Segundo semestre: Recrutamento de participantes, coleta de dados, coleta de
amostras
biológicas,
realização
de
análises
moleculares
e
celulares,
acompanhamento clínico de pacientes, criação de banco de dados, análise de
consistência, depuração e geo-codificação de dados, capacitação de parceiros
externos (Oficinas Regionais).
168
Ano 2
Primeiro semestre: Limpeza e análise dos dados clínicos e moleculares
Segundo semestre: Análise de correlação entre variáveis genéticas e ambientais e
desfechos clínicos de risco de desenvolvimento e de progressão neoplásica, Análise
de custo-efetividade.
Ano 3
Realização de experimentos de avaliação da expressão gênica e de controle
da estabilidade do RNAm em função de polimorfismos genéticos; Aprimoramento
das análises demográficas, continuação (análise de seguimento) para correlação
entre variáveis genéticas e ambientais e desfechos clínicos de progressão
neoplásica; Digitação, análise de consistência e depuração de dados (etapa final);
Relacionamento das bases de dados; Oficina de acompanhamento; Elaboração de
artigos e divulgação dos resultados
Anos 4 e 5
Redefinição de estratégias e prioridades de análise. Análise estatística
espacial de dados de área; Correlação com os indicadores sócio-econômicos e
ambientais; Identificação do fluxo do paciente; Análise dos indicadores de avaliação
da qualidade da assistência; Análises de sobrevida; Análise e divulgação de
resultados finais; Oficina de avaliação de resultados.
PROJETOS FINANCIADOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS
Sergio Koifman
-
Qualidade de vida subseqüente ao tratamento do câncer de colo de útero
(CNPq e FAPERJ)
-
Exposição a pesticidas organoclorados e efeitos reprodutivos em Cidade dos
Meninos, Duque de Caxias,RJ (CNPq)
-
Polimorfismos genéticos (CYP17 e MTHFR), exposições ambientais e câncer
de mama em mulheres jovens no Rio de Janeiro (CNPq)
169
-
Avaliação epidemiológica e caracterização radiológica ambiental na população
residente dos municípios de Monte Alegre, Prainha e Alenquer, PA (CNPq)
-
Exposições ambientais e câncer de tireóide: estudo caso-controle de base
populacional em Goiânia,GO (CNPq)
-
Estudo Latino-Americano de Sobrevida de Câncer (CNPq)
-
Exposição a campos eletromagnéticos e leucemias na infância: analise
exploratória de sua associação no município de São Paulo (CNPq)
-
Efeitos na saúde decorrentes da exposição a substâncias químicas em pilotos
agrícolas (CNPq).
Maria do Socorro Pombo de Oliveira
-
Estudo multidisciplinar e imunomolecular das Leucemias Agudas
Marcelo Alves Soares
-
“Apoio ao Laboratório Integrado de Cultura de Células (Dept. Genética, IBUFRJ): Estudos Funcionais de Fatores de Restrição ao HIV-1, da Ligase de
Ubiquitina TRAC-1 e da Atividade Anti-Neoplásica de Metabólitos Bacterianos”.
Projeto FAPERJ PROGRAMA APOIO A INSTITUIÇÕES DE ENSINO E
PESQUISA SEDIADAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – 04/2008. Valor:
R$ 100.200,00
-
“Reativação e Manutenção de Seqüenciador Automático de DNA para Projetos
de Seqüenciamento do Departamento de Genética da UFRJ”. Projeto FAPERJ
PROGRAMA Apoio À manutenção de equipamentos Multiusuários – 05/2008.
Valor: R$ 44.600,00
-
“Citometria de fluxo em estudos de interação hospedeiro/vírus e função de
proteínas celulares e compostos exógenos na ativação celular e câncer”.
Projeto FAPERJ PROGRAMA APOIO A GRUPOS EMERGENTES DE
PESQUISA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – 08/2008. Valor: R$
194.400,00
-
“Implementação de Seqüenciador Automático de DNA Multi-Usuário para
Projetos de Seqüenciamento do Departamento de Genética da UFRJ”. Projeto
FAPERJ PROGRAMA TREINAMENTO E CAPACITAÇÃO TÉCNICA –
11/2008. Valor: 12.000,00
-
“Incidência de polimorfismos nos genes humanos TRIM5alfa e APOBEC3G/3F
em crianças HIV-positivas correlacionados com diferentes padrões de evolução
da Aids”. Projeto CNPq Apoio Técnico – 04/2008. Valor: R$ 18.792,24
170
-
“Incidência de polimorfismos nos genes humanos TRIM5alfa e APOBEC3G/3F
em crianças HIV-positivas correlacionados com diferentes padrões de evolução
da Aids”. Projeto CNPq Bolsa de Produtividade em Pesquisa 2007
-
“Incidência de polimorfismos nos genes humanos TRIM5alfa e APOBEC3G/3F
em crianças HIV-positivas correlacionados com diferentes padrões de evolução
da Aids”. Projeto CNPq Universal 2007. Valor: R$40.000,00
-
“Melhoria da infra-estrutura para técnicas de análise genética no programa de
pós-graduação em Ciências Biológicas (Genética) da Universidade Federal do
Rio de Janeiro”. Projeto FAPERJ PADCT-RIO 2006. Valor: R$ 59.900,00
-
“Caracterização de uma nova classe de mutações de resistência a antiretrovirais no domínio da RNAse H do vírus da imunodeficiência humana do
tipo 1 (HIV-1)”. Edital FAPERJ Cientistas do Nosso Estado 2006. Valor: R$
48.000,00
-
“Análise Genotípica do HIV de crianças HIV+ nascidas de mães que usaram
anti-retroviral durante a gestação ou parto através da técnica de PCR em tempo
real”. Edital Programa Nacional de DST e AIDS – MS - CSV 107/2006 nº 59.
Valor: RS 394.400,00
-
“11º Workshop Internacional em Epidemiologia Molecular e Evolução Viral”.
Editais de Apoio a Organização de Eventos Internacionais de 2005: Programa
Nacional de DST e Aids – MS – Valor: R$ 95.500,00; CAPES – Valor: R$
30.000,00; FAPERJ – Valor: R$ 12.000,00; CNPq – Valor: R$ 10.000,00
-
“Transmissão materno-infantil de diferentes subtitpos do HIV-1 e co-infecção
por DST em gestantes infectadas pelo HIV na Região Sul e Sudeste do Brasil:
fatores preditivos e momento da transmissão vertical”. Edital PROCAD CAPES
2005-2009. Valor: R$ 267.000,00
-
“Transmissibilidade materno-infantil do HIV-1 dos subtipos B e C na Região Sul
do Brasil: fatores preditivos e momento da transmissão vertical”. Edital CNPq
36/2004 - Cooperação Técnica CNPq/MS/DECIT. Valor: R$ R$ 19.000,00
-
“Caracterização do polimorfismo genético no gene da protease do HIV-1 de
subtipos B e C e seu impacto na susceptibilidade aos inibidores de protease em
pacientes
em
tratamento
anti-retroviral”.
FAPERJ/CNPq 2003. Valor: R$ 27.600,00
Edital
Primeiros
Projetos
171
-
“Estudo de determinantes moleculares de susceptibilidade de primatas do novo
mundo a infecção por lentivírus”. Edital CNPq Universal 2003. Valor: R$
20.000,00
Elizabeth S. Machado
-
“Investigation of the role of Integrin alfa4beta7 in HIV transmission”. Intramural
NIH Grant 2008. Valor: US$ 60,000.00 (Colaboradora)
-
“Fatores associados à ocorrência de dengue grave: da assistência e ambiente à
imunologia e genética”. Edital FAPERJ Apoio ao Estudo de Doenças
Negligenciadas e Reemergentes – 2008 (Colaboradora)
-
“Mutações de resistência em gestantes HIV+ que fizeram uso de anti-retrovirais
durante a gestação”. Edital FAPERJ APQ-1 2006. Valor: R$ 16.500,00.
-
“Transmissão materno-infantil de sífilis e diferentes subtitpos do HIV-1 na
Região Sul e Sudeste do Brasil: fatores preditivos e momento da transmissão
vertical”. Edital CNPq PQ 10/2005 – Bolsa de Produtividade em Pesquisa.
Gulnar Azevedo e Silva
-
CNPq – Produtividade em Pesquisa “Fatores de risco e prognósticos para
câncer”
-
FAPERJ Modalidade APQ1 “Sobrevida e fatores de risco para câncer de
próstata em pacientes assistido em Serviço Especializado no Rio de Janeiro
-
CNPq – Edital Universal “ Fatores associados ao risco de progressão para o
câncer do colo do útero e lesões precursoras em mulheres residentes em
municípios da Baixada Fluminense”.
-
Empresa GSK – Prevalência de HPV e fatores associados em mulheres de
comunidade do Rio de Janeiro.
Cibele Rodrigues Bonvicino
-
Estudos filogenéticos e geográficos em Thrichomys (rodentia: echimyidae), com
ênfase nas espécies envolvidas no ciclo silvestres de tripanosomíases".
Universal CNPq. Valor: R$19.900 (2003).
-
Estudos taxonômicos filogenéticos e populacionais em membros do gênero
Cebus (Primates). Edital Universal do CNPq. Valor: R$19.900 (2005).
-
Estudos taxonômicos, populacionais, geográficos e evolutivos em membros do
gênero Aotus (Primates)". Edital Universal do CNPq. Valor: R$26.000,00
(2006).
172
-
Retinoblastoma:
estudos
moleculares
das
alterações
cromossômicos".
Situação: aprovado. FAPERJ. Valor: R$12.000,00 (2006).
Liz Maria de Almeida
-
“Estudo dos fatores que influenciam o seguimento das mulheres que realizam o
exame preventivo para o câncer do colo do útero na rede SUS no município do
Rio de Janeiro” – FAPERJ R$ 43.000,00.-
-
Global Health Professional Students Survey. Organização Pan-Americana da
Saúde Estudos financiados desde 2006. R$ 20.000,00
-
Global Youth Tobacco Survey. Organização Pan-Americana da Saúde Estudos
financiados desde 2004. R$ 48.000,00
Valeska Carvalho Figueiredo
Epidemiology & Intervention Research for Tobacco Control. International and
Health Research & Capacity Building. The Study in Brazil. Financiado pelo
Institute for Global Tobacco Control, Johns Hopkins Bloomberg School of Public
Health com recursos do Fogarty International Center do National Institute for
Health dos Estados Unidos da América, 2004-2007. R$: 54.000,00
-
Secondhand Smoke Exposure in Non-smoking Women and Children. The Study
in Brazil. Financiado pelo Institute for Global Tobacco Control e pelo
Department of Environmental Health Sciences, Johns Hopkins Bloomberg
School of Public Health, 2006. R$ 10.000,00
-
Custo da atenção médica de doenças atribuíveis ao tabagismo em quatro
países da América Latina. O estudo do Brasil. Financiado pela Organização
Pan-Americana da Saúde 2004-2006. R$ 69.000
Silvana Rubano Turci
Condições de vida, saúde e trabalho dos fumicultores do Brasil. Inquérito
Domiciliar sobre as condições de saúde e trabalho da população de Paraíso do
Sul. Financiado pelo Fundo Nacional de Saúde. 2006-2008. R$ 300.000,00
Tânia Maria Cavalcante
Promoção de Ambientes Livres de Tabaco. Bloomberg Global Initiative to
Reduce Tobacco Use Foundation 2008. R$ 908.000,00
Cristiane Ferreira Vianna
Beliefs, Values and attitudes of Brazilian lawmakers towards the Framework
Convention on Tobacco Control. International Development Research Centre Research for International Tobacco Control, 2004. R$ 10.000,00
173
Rosane Vianna Jorge
-
Pensa-Rio
2008
(FAPERJ:Pesquisador
Colaborador:
projeto
BASES
CELULARES E MOLECULARES DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA EM
DOENÇAS
INFECCIOSAS
E
CÂNCER:
IDENTIFICAÇÃO
DE
BIOMARCADORES E NOVOS ALVOS TERAPÊUTICO – Pesquisador
responsável: Patrícia Torres Bozza)
-
APQ-1 (FAPERJ: Pesquisador Responsável, processo: E-26/ 170.721/ 2007)
-
Edital
Neoplasias
2006
(CNPq:
Pesquisador
Colaborador,
processo
400997/2005-3, Pesquisador Responsável: Carlos Gil Ferreira)
-
APQ-1 (FAPERJ: Pesquisador Responsável, processo: E-26/ 170.184/ 2005)
Miguel Ângelo Martins Moreira
-
Polimorfiosmos, Metilação e Padrão de Expressão Gênica na Resistência
Drogas em Leucemias. FAPERJ. Valor: R$28.800,00 (2008).
-
Identificação de Alterações e Metilação no Promotor do Gene BRCA1 em
Pacientes com Câncer de Mama e/ou Ovário Hereditários. FAPERJ. Valor: R$
12.000,00 (2005).
-
Desenvolvimento de Resistência ao STI571 em Leucemia Mielóide Crônica.
FAPERJ. Valor: 19.300,00 (2003).
Marcelo Alex de Carvalho
- APQ-1 (FAPERJ - 2006: Pesquisador Responsável)
Cristina Hoffer:
-
“Oportunidades Perdidas para a Prevenção da Transmissão Vertical do HIV no
Rio de Janeiro” Edital Ministério da Saúde DST/AIDS e UNESCO, Chamada TC
285/ 2007 (Coordenadora).
-
“Avaliação de fatores neonatais associados com a morbi/mortalidade pelo HIV
no Rio de Janeiro”. Edital CNPq Chamada Mobi-Mortalidade Materno-Infantil –
036/ 2004 (Coordenadora).
Luiz Claudio Thuler
-
Instituto Avon/2003 - Rastreamento para o câncer de mama por meio do
exame clínico: projeto piloto no Estado do Mato Grosso do Sul
Marise Souto Rebelo
174
-
INCA/ Fiocruz: Acesso à assistência oncológica – mapeamento de fluxos
origem-destino. Linha Temática: Avaliação de modelos de atenção em
pacientes com câncer de mama e colo de útero.
-
Cepesq/INCA: Geoprocessamento em Câncer no Município do Rio de Janeiro
no período entre 1995 e 1998, a partir da base de dados do Registro de
Câncer de Base Populacional do Município de Rio de Janeiro - RCBP - RJ
Linha Temática: Vigilância do Câncer e de Fatores de Risco
-
Cepesq/INCA: Estudo de sobrevida para tumores selecionados em pacientes
atendidos no Instituto Nacional de Câncer - Rio de Janeiro
Linha Temática: Estudos Prognósticos em Câncer
-
UERJ: Estudo Pró-Saúde
-
ELSA: Estudo Longitudinal da Saúde do Adulto – MS
-
CENEPI/MS: Projeto Centro Colaborador INCA/ CENEPI
INTERAÇÕES LOCAIS E INTERNACIONAIS
Moyses Szklo
Johns Hopkins University
Sergio Koifman
Interações Locais: Grupo de Pesquisa em Oncologia Ginecológica – Instituto
Nacional do Câncer
Maria do Socorro Pombo de Oliveira
Interações Locais: Alexandre Apa2, Jozina Aquino1, Alejandro Mauricio Arancibia12,
Flávia Nogueira Araújo1, Rosania Maria Basegio16, Silvia R. Brandalise3, Lilian
Burlemaqui1, Eni Guimarães Carvalho4, José Carlos Córdoba5, Virginia M. Coser6,
Imaruí Costa, Maria Lydia D’Andrea14, Tereza Cristina Cardoso Fonseca17, Mônica
Lankszner15, Maria Lucia de Marino Lee8, Luis Fernando Lopes10, Carmen M.
Mendonça10, Núbia Mendonça1, Flávia Nogueira1, Waldir Pereira7, Vitória P.
Pinheiro5, Elisângela Ribeiro13, Terezinha J M Salles9.
1. Sociedade de Oncologia da Bahia, Salvador-Bahia; 2. Centro de Pesquisa e
Serviço de Hematologia - Instituto Nacional de Câncer, Rio de Janeiro; 3. Centro
175
Infantil de Investigações Hematológicas D. Boldrini, Campinas, São Paulo; 4.
Hospital Martagão Gesteira, Salvador-Bahia; 5. Hospital de Apoio Brasília, Unidade
de Onco-Hematologia Pediátrica, Brasília, DF; 6. Departamento de Hematologia,
Universidade Federal de Santa Maria- Rio Grande do Sul; 7. 8. Instituto de
Oncologia Pediátrica-GRAAC, São Paulo, São Paulo; 9. Hospital Oswaldo Cruz,
CEON, Recife, Pernambuco; 10.Hospital de Câncer, AC Camargo, São Paulo, São
Paulo; 12. Hospital Santa Marcelina, São Paulo, São Paulo; 13. Associação de
Combate ao Câncer em Goiás, Hospital Araújo Jorge, Goiás, Goiânia; 14. Hospital
Infantil Darcy Vargas, São Paulo, São Paulo; 15. Hospital Bom Jesus – ISPON,
Ponta Grossa, Paraná; 16. Hospital Regional de Mato Grosso do Sul Rosa
Pedrossian, Campo Grande, Mato Grosso do Sul;17. Santa Casa de Misericórdia–
Hospital Manoel Novaes, Itabuna, Bahia.
Interações Internacionais:
-Anthony Ford,Ph.D e Mel Greaves, Ph.D- Institut of Cancer Research-UK através
de intercâmbios com formação de recursos humanos e desenvolvimento de projetos
em leucemias;
-Ralph Marchleck, Ph.D e Clauss Mayer, Ph.D- Diagnostikzentrum für Akute
Leukämie (DCAL) Frankfurt- Alemanha, colaboradores com finalização das analises
de identificação de parceiros do gene MLL através de clonagem;
-Giovanni Casagniga,Ph.D e Andréa BiondiM.D., Ph.D- Fundazioni Tettamanti:
através de intercâmbios com formação de recursos humanos na abordagem de SNP
arrays nos projetos de leucemias agudas linfoblasticas;
-Joseph Wielmels,Ph.D - Associate Professor Laboratory for Molecular Epidemiology
UCSF: através de intercâmbios com formação de recursos humanos com
elaboração e desenvolvimento de projetos referentes a fatores etiopatológicos das
neoplasias pediatricas;
-Patrícia Buffler,Ph.D- Professor of Epidemiology and Dean Emerita Kenneth and
Marjorie Kaiser Endowed Chair University of California, Berkeley School of Public
Health - Division of Epidemiology: coordenadora do Childhood Leukemia
International Consortium e colaboradora nos desenhos de estudos epidemiologicos
referentes a epidemiologia-molecular.
176
Gulnar Azevedo e Silva
Instituto de Biologia da UERJ, Instituto Ludwig de Pesquisa em Câncer,
Departamento de Medicina Preventia-USP, IARC
Marcelo Alves Soares
Departamento de Genética; Laboratório de Virologia Humana – Inst. Biologia –
UFRJ.
Elizabeth Stankiewicz Machado
Interações Locais: Programa de Assistência Integral à Gestante soropositiva
(Hospital Universitário Clementino Fraga Filho); Hospital dos Servidores do Estado–
RJ;
Interações Internacionais: Dr. Anthony DeVico (Institute of Human Virology,
Baltimore, USA); NISDI Longitudinal Study in Latin American Countries (LILAC) –
Niaid – NIH.
Liz Maria de Almeida
WHO/CDC – Global Tobacco Surveillance System
OPAS - Brasília
Rosane Vianna Jorge
Interações Locais Insitucionais: Programa de Farmacologia – INCA; Programa de
Pesquisa
em
Farmacologia
Celular
e
Molecular
–
Instituto
de
Ciências
Biomédicas/UFRJ; Rede Nacional de Farmacogenética/Farmacogenômica
Interações Locais Pessoais: Guilherme Suarez Kurtz – INCA; Edson Rondinelli IBCCF/UFRJ; Patrícia Torres Bozza – FIOCRUZ; Carlos Gil Ferreira – INCA
Tania Cavalcante
Secretaria Executiva da Comissão Inter-ministerial para Implementação da
Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (FCTC).
Representação do Ministério da Saúde na Comissão Inter-governamental para
Controle do Tabaco no Mercosul a Países Associados.
Coordenação da Rede Ibero Americana do Controle do Tabaco.
Coordenação da Rede Por um Mundo sem Tabaco.
177
Valeska Carvalho Figueiredo
Institute for Global Tobacco Control – Johns Hopkins Bloomberg School of Public
Health
Organização Panamericana da Saúde
“International Tobacco Control Policy Evaluation Project”, Universidade de Waterloo,
Canadá
Cristina de Abreu Perez
“International Tobacco Control Policy Evaluation Project”, Universidade de Waterloo,
Canadá
Rede Ibero Americana do Controle do Tabaco
Cristiane Vianna
Secretaria Executiva da Comissão Inter-ministerial para Implementação da
Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (FCTC).
“International Tobacco Control Policy Evaluation Project”, Universidade de Waterloo,
Canadá
Rede Ibero Americana do Controle do Tabaco
Silvana Rubano Turci
Coordenadores Estaduais de Saúde do Trabalhador de municípios fumicultores
Gutemberg Leão de Almeida Filho
Serviço de Ginecologia da UFRJ
PARTICIPAÇÃO EM PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO
Moyses Szklo
Programa de Pós-graduação Saúde Pública IESC – UFRJ (conceito 4)
Sergio Koifman
Programa de Pós-graduação Saúde Pública e Meio Ambiente da Escola Nacional de
Saúde Pública – Fiocruz (conceito 6).
178
Maria do Socorro Pombo de Oliveira
Programa de Pós-graduação em Oncologia – INCA (conceito 5).
Gulnar Azevedo e Silva:
Programa de Pós-graduação em Oncologia – INCA (conceito 5).
Pós-graduação em Saúde Coletiva do Instituto de Medicina Social – UERJ (conceito
5)
Marcelo Soares
Programa de Pós-graduação em Genética – UFRJ (conceito 6).
Programa de Pós-graduação em Modelagem Matemática e Computacional, Ênfase
em Bioinformática - LNCC-MCT (conceito 5).
Elizabeth Machado
Programa de Pós-graduação em Doenças Infecciosas e Parasitárias (UFRJ)
Programa de Pós Graduação em Genética – UFRJ (conceito 6).
Cibele Rodrigues Bonvicino
Programa de Pós-graduação em Genética – UFRJ (conceito 6).
Programa de Pós-graduação em Bioquímica e Biologia Molecular FIOCRUZ
(conceito 6)
Liz Maria de Almeida
Programa de Pós-graduação em Oncologia – INCA (conceito 5).
Rosane Vianna Jorge
Programa de Pós-graduação em Oncologia – INCA (conceito 5).
Programa de Pós-graduação em Farmacologia e Química Medicinal - UFRJ
(conceito 4)
Valeska Carvalho Figueiredo
Programa de Pós-graduação em Oncologia - (INCA) (conceito 5)
Mirian Carvalho de Souza
Programa de Pós-graduação em Oncologia - (INCA) (conceito 5)
179
Luís Felipe Leite Martins
Programa de Pós-graduação em Oncologia - (INCA) (conceito 5)
Miguel Ângelo Martins Moreira
Programa de Pós-graduação em Oncologia – INCA (conceito 5).
Programa de Pós-graduação em Genética – UFRJ (conceito 6).
Marcelo Alex de Carvalho
Programa de Pós-Graduação em Biofísica – UFRJ (conceito 7)
Programa de Pós-graduação em Oncologia – INCA (conceito 5).
Beatriz de Camargo
Programa de Pós-Graduação em Ciências Fundação Antonio Prudente-São Paulo
(conceito 7)
Programa de Pós-Graduação em Ciências em Oncologia da Universidade de São
Paulo (conceito 5)
Rinaldo Wellerson Pereira
Programa
de
Pós-Graduação
em
Ciências
Genômicas
e
Biotecnologia
-
Universidade Católica de Brasília – UCB (conceito 5)
Luiz Claudio Santos Thuler:
Pós Graduação em Neurologia – UNIRIO (conceito 4)
Pós Graduação em Oncologia – INCA (conceito 5)
CONTRAPARTIDA INSTITUCIONAL
INCA: O INCA é o órgão do Ministério da Saúde (MS), responsável por desenvolver
e coordenar ações integradas para a prevenção e controle do câncer no Brasil. O
regimento do MS, aprovado pelo Decreto Presidencial n° 109 de 2 de maio de 1991
e reafirmado pelos Decretos Presidenciais n° 2.477 de 28 de janeiro de 1998 e n°
3.496 de 1º de junho de 2000, dá ao INCA, dentre outras, a competência de
"coordenar,
programar
e
realizar
pesquisas
clínicas,
epidemiológicas
e
180
experimentais, em cancerologia". Nesse sentido, os procedimentos adotados para a
implantação de um plano de desenvolvimento da infra-estrutura institucional de
pesquisa compreenderam a construção de um novo Centro de Pesquisa inaugurado
em Dez de 2002, onde se encontram (a) O Serviço de Pesquisa Clínica, (b) a
Divisão de Farmacologia, (c) a Divisão de Genética, (d) a Divisão de Biologia
Celular, (e) a Divisão de Medicina Experimental, (f) o Biotério, (g) Banco Nacional de
Tumores e DNA, e (h) dependências administrativas. As Divisões do Centro de
Pesquisa contam com infraestrutura geral de laboratório e dispõem de equipamentos
tais como seqüenciador automático ABI-Prism 377 para 64 amostras, dHPLC, e
termocicladores básicos (14 unidades para 96 tubos cada), e para PCR em tempo
real (Applied Biosystems 7500), , centrifuga de placas refrigerada (2), freezer a -80o
C (dois freezers), um sistema de criopreservação de amostras para 10.000
amostras. Além disso, o INCA conta com os seguintes serviços: manutenção de
equipamentos, Nitrogênio líquido para armazenamento de amostras, material
plástico descartável (ponteiras, tubos de polipropileno), reagentes gerais de uso
comum (Tris, EDTA, Agarose, criotubos, etc).
Outra estrutura de apoio fundamental é uma unidade de coleta de sangue de
pacientes e doadores sadios que funciona a partir de uma parceria entre o Serviço
de Pesquisa Clínica e a Divisão de Farmacologia do INCA. Essa estrutura conta com
sala de coleta, enfermeiras de pesquisa, centrífuga, refrigeradores e freezers. A
existência dessa estrutura garante conforto aos indivíduos durante a coleta do
sangue. Finalmente, outro ponto facilitador do INCA é a experiência do Comitê de
Ética na análise de projetos que envolvam amostras humanas. O INCA conta ainda
com um Programa de Pós-Graduação em Oncologia e um Programa de Formação
de Recursos Humanos para Pesquisa. Além do apoio financeiro e das bolsas de
pós-graduação do CNPq e da CAPES, tais programas contam também com um
sistema interno de bolsas oferecidas pelo Ministério da Saúde, o que amplia a
capacidade de atração de estudantes e de formação de pessoal especializado nas
diferentes áreas de pesquisa em oncologia.
ENSP/Fiocruz: Colaboração nas atividades de implementação e análise dos
resultados dos estudos.
181
Laboratório de Virologia Humana (LVH) da UFRJ: possui toda a infra-estrutura
necessária para o processamento e posterior análise molecular das amostras
clínicas de HPV do sub-projeto proposto. O laboratório conta com um ambiente P2A
separado, com duas câmaras de fluxo laminar, microscópio de fluorescência,
ultrafreezer a -80oC, centrífuga refrigerada, incubadora de CO2 e tanques de N2
líquido. Este ambiente é mais do suficiente e requerido para o processamento de
amostras HPV- e HIV-positivas. No ambiente de Biologia Molecular, o laboratório
conta com 4 máquinas de PCR e um seqüenciador automático de DNA (em uma
sala separada do laboratório principal), e um outro seqüenciador mais moderno no
Departamento, de caráter multi-usuário. O laboratório tem todos os pequenos
equipamentos necessários, como cubas de eletroforese, micropipetas, reagentes e
kits de Biologia Molecular. Assim, o laboratório está apto a executar com segurança
todas as etapas moleculares requeridas ao projeto de pesquisa proposto.
No que tange o acompanhamento clínico e laboratorial das pacientes, o
IPPMG já dispõe de toda a infra-estrutura e logística necessárias a estas tarefas. De
fato, as pacientes serão atendidas e acompanhadas de acordo com o cronograma
regular do serviço. Da mesma forma, os exames laboratoriais pré-natais e
complementares, como ultrassom, serão disponibilizados pelo serviço como
contrapartida. Igualmente, os exames para acompanhamento da infecção pelo HIV
(contagem de CD4, carga viral) também serão disponibilizados como contrapartida
da Instituição, não sendo inseridos nos custos do projeto.
Na parte de recursos humanos, vale ressaltar que o tempo dedicado do Prof.
Marcelo Soares e de seus técnicos e alunos de graduação e de PG, e da Dra.
Machado e de todos os residentes, enfermeiras, assistentes sociais, etc, devem ser
considerados como contrapartida institucional para a execução do projeto.
================================================================
182
TEMA 5:TRANSFERÊNCIA DE CONHECIMENTO PARA O GOVERNO E A
SOCIEDADE AVANÇOS NO CAMPO DO ENSINO E GESTÃO DO
CONHECIMENTO EM CÂNCER
O Instituto de Ciência e Tecnologia em Câncer se propõe a realizar atividades
que propiciem um avanço de iniciativas em curso nas instituições aqui associadas e
que podem ganhar sinergia com essa interação através do Instituto. Além dos
resultados científicos que poderão ser incorporados ao SUS, as diferentes áreas
técnicas no campo do ensino lato sensu e de comunicação poderão se fortalecer
com essa iniciativa, gerando impacto para os serviços de saúde e para a sociedade,
além .
Sub-projeto 1: Curso de Especialização para Enfermagem em Pesquisa Clínica
na Área de Oncologia semi-presencial
A pesquisa clínica em câncer carece de infra-estrutura e pessoal
especializados. O INCA vem há dois anos formando profissionais em enfermagem
de pesquisa clínica, com enfoque mais local e loco-regional. Usando tecnologias de
informação, comunicação e instrumentos de telemedicina dentro da Rede RUTE,
nossa proposta objetiva ampliar o Curso de Especialização para Enfermagem em
Pesquisa Clínica na Área de Oncologia, adaptando-o ao modelo semi-presencial,
onde apenas o módulo de práticas aconteceria no INCA, favorecendo o acesso de
profissionais de outros estados e a dinamização da iniciativa que responde a uma
demanda clara dos centros de pesquisa clínica em oncologia.
Objetivos
1.
Identificar capacidade instalada de 100% das instituições parceiras como
usuários de práticas para o curso semi-presencial de enfermagem em pesquisa
em EAD
2.
Definir as estratégias de articulação teoria/prática no desenho da iniciativa
semi-presencial de forma a empregar a totalidade da capacidade instalada para
a formação de enfermeiros em nível de especialização
183
3.
Desenvolver curso semi-presencial com apoio de tutores qualificados para as
atividades
Meta
Quantitativa
1. Oferecer anualmente o curso semi-presencial de Especialização para
Enfermagem em Pesquisa Clínica para todos os integrantes do Instituto
envolvidos no sub-grupo de ensaios clínicos a partir de 2009
2. Ampliar em 50% a oferta de vagas para o curso e oferecer a outras
instituições no país, a partir de 2010
Sub-projeto 2: Atenção Oncológica na Rede RUTE
A utilização plena da Rede Universitária de Telemedicina (RUTE) pelos
parceiros institucionais ampliará o potencial dinamizador da rede de pesquisa. A
possibilidade de uso de imagens em alta resolução, o compartilhamento de sessões
clínicas e científicas por meio da utilização de tecnologias de informação e
comunicação, poderão conferir maior conectividade e integração às instituições de
ensino e pesquisa participantes. O INCA dispõe hoje de aparelhos de
videoconferência e organização de infra- estrutura básica para ocupar o lugar de
pólo articulador no campo da pesquisa em câncer no país.
Objetivos
1. Identificar o grau e potencial de conectividade de 100% das instituições parceiras
2. Construir a agenda semestral de eventos compartilhados por tecnologia da
informação/comunicação, de forma a conferir:
(i) sinergia e complementaridade às iniciativas de qualificação e desenvolvimento
de recursos humanos para pesquisa
(ii) facilitar a comunicação e decisões colegiadas em ambiente virtual
(iii) dinamizar a cultura de construção de comunidades virtuais
184
Metas
Qualitativas
1.
Estabelecer um canal regular de comunicação entre os grupos de pesquisa,
fazendo a interface entre as instituições através da Rede RUTE
Sub-Projeto 3: Mineração de Competências para Análise Espaço-Temporal da
Pesquisa em Câncer no País
Muitas informações contidas em documentos ou planilhas estáticas, quando
devidamente analisados e processados por técnicas automatizadas, permitem gerar
conhecimentos que auxiliarão e orientarão a tomada de decisão por diferentes
atores envolvidos em determinado tema. A técnica de Mineração de Textos (Text
Mining) é um processo utilizado para extrair padrões ou conhecimento, interessantes
e
não-triviais,
a
partir
de
documentos
textuais
http://ww.ewastrategist.com/papers/text_mining_kdad99.pdf),
(TAN,
1999
tratando
as
informações de forma a apresentar ao usuário algum tipo de conhecimento útil e
novo evitando uma procura artesanal e demorada. A pesquisa oncológica, embora
possa ter identificação de seus grupos na plataforma Lattes do CNPq, não permite
ao usuário uma análise sistematizada e objetiva dos dados ali presentes. Na busca
pela abordagem multidisciplinar ao câncer, organizando os pesquisadores em redes,
onde a complementaridade de expertises e de infra-estrutura tecnológica são
fundamentais, a implantação de uma plataforma de pesquisa em câncer utilizando a
mineração de textos e planilhas mostra-se bastante estratégica.
Objetivos
1.
Avaliar e mensurar competências individuais, de um grupo de pesquisa, setor,
departamento, organização ou rede de colaboração em câncer no país, bem
como suas especializações e distribuição geográfica.
2.
Avaliar pontos fortes e fracos, ameaças ou oportunidades no campo técnicocientífico em câncer.
3.
Auxiliar o planejamento estratégico de instituições de pesquisa e agências de
fomento, gerando dados para tomada de decisões no financiamento à
pesquisa, interações entre grupos de pesquisadores, formação de redes,
185
criação de novas áreas de pesquisa em câncer, com otimização de aplicação
de recursos financeiros.
4.
Auxiliar estratégias de homogeneização do mercado de trabalho e da produção
científica no país.
Meta
Quantitativa
1.
Criar um instrumento de Identificação automática ou semi-automática de
competências científicas na área do câncer através da mineração a partir dos
indicadores de produção científica, disponibilizando-a para a comunidade
científica e gestores.
Referência
TAN, A. (1999). In: Pacific-Asia Workshop on Knowledge Discovery from Advanced
Databases – PAKDD´99, p.65-70, Beijing, April 1999.
Disponível em
http://www.ewastrategist.com/papers/text_mining_kdad99.pdf.
Sub-projeto 4: Projeto de Comunicação para o Instituto de Ciência e
Tecnologia em Câncer
Implementar um Programa de Comunicação em Câncer dentro do âmbito do
Instituto de Ciência e Tecnologia com o intuito de desmistificar a doença que ainda
carrega muito estigma e preconceito. A comunicação em saúde é uma forma de
democratizar a informação de ciência e tecnologia produzida no país, contribuindo
para a discussão de alguns dos problemas da nossa sociedade. Sendo assim, o
campo da divulgação científica pode se configurar num excelente instrumento para
circulação de informação, seja ela dentro da própria comunidade científica ou para o
público leigo, e fortalecimento da pesquisa nacional.
Objetivos
1.
Aumentar a comunicação entre os grupos de pesquisa que integram o projeto e
a interação entre outros grupos de pesquisa em câncer
186
2.
Aumentar a interface com a mídia que trabalha na área de saúde e com a
sociedade, aumentando o acesso ao conhecimento sobre o câncer
Metas
Quantitativa
1.
Criar um veículo de comunicação eletrônica entre os membros do Instituto de
C&T em Câncer e outros grupos de pesquisa em câncer no país.
2.
Criar um ambiente na Internet de divulgação, que municie os jornalistas
rotineiramente
com informações
sobre as pesquisas em andamento,
aproximando os pesquisadores da mídia e da sociedade através de ações de
comunicação.
Experiência na área de Ensino e Gestão do Conhecimento
Eliana Claudia de Otero Ribeiro, possui graduação em Medicina pela Universidade
do Estado do Rio de Janeiro (1975), mestrado em Saúde Pública - Harvard
University (1981) e doutorado em Saúde Coletiva pela Universidade do Estado do
Rio de Janeiro (2003). Atualmente é coordenador de ensino e divulgação científica
do Instituto Nacional de Câncer e professor adjunto da Universidade Federal do Rio
de Janeiro. Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Recursos
Humanos em Saúde, atuando principalmente nos seguintes temas: educação
médica, formação de recursos humanos em saúde, formação docente, educação
permanente em saúde.
Antonio Augusto Gonçalves, possui graduação em Engenharia Civil pela
Universidade Federal de Juiz de Fora (1985), mestrado em Engenharia de Produção
pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1990) e doutorado em Engenharia de
Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2004). Atualmente é
professor adjunto da UNESA e Gerente de Sistemas do Instituto Nacional do
Câncer. Tem experiência na área de Administração, com ênfase em Tecnologia de
Informação, atuando principalmente nos seguintes temas: teoria das restrições,
simulação computacional e sistemas de informações. Seu foco de atuação é
investigar as práticas empresariais utilizadas para a transformação de conhecimento
187
em tecnologia, e seu aproveitamento em inovações de produtos e processos. Áreas
temáticas: criação de conhecimento, transferência de conhecimento, ambientes
indutores de criação e transferência de conhecimento, gestão de tecnologia
(desenvolvimento e aquisição), gestão do processo de inovação, captura e proteção
de conhecimento organizacional, aprendizado organizacional.
Claudia Jurberg, possui graduação em Comunicação Social pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro (1987) e doutorado em Educação, Gestão e
Difusão em Biociências pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2000).
Atualmente é tecnologista da Fundação Oswaldo Cruz, jornalista da Universidade
Federal do Rio de Janeiro, onde coordena o Núcleo de Divulgação do Programa de
Oncobiologia. Jornalista correspondente do Bulletin da Organização Mundial da
Saúde e do site Intellectual Property Watch. Colaboradora na área de assessoria de
imprensa da Academia Nacional de Medicina e também da Federação de
Sociedades de Biologia Experimental. Tem experiência na área de Comunicação,
com ênfase em jornalismo científico, câncer, propriedade intelectual, saúde pública e
biociências.
Valdelice Oliveira Santos, enfermeira do INCA, docente do curso de Especialização
para Enfermagem em Pesquisa Clínica na Área de Oncologia.
188
ORÇAMENTO
1-
CAPITAL (Equipamentos Solicitados)
EQUIPAMENTO
1 - Câmera MegaView 3 de alta resolução para aplicações de microscopia eletrônica de transmissão, com
câmara CCD e adaptador para o microscópio eletrônico de transmissão (01 Unidade)
2- Câmera digital de alta resolucao Axiocam mrc 5 color resolucão: 646 x 484 / 861 x 645 / 1292 x 968 / 2584 x
1936 pixels mid range color, 5 megapixels, 2/3" ccd, spectro: 400 a 710nm com software de aquisição incluso
peltier refrigeraçao, conexao firewire / ieee1394 com socket de 6 pinos (400 mbits/s), para adaptação no
microscópio de fluorescência (01 unidade)
3- Computador 625 W, 64 Bits, Processador Intel Core Duo E6850 (3Ghz.4, Windows Vista, 2 GB de memória
DDR2, Placa gráfica NVIDIA NVS 290, 256 Mb, SATA-1 disco-Sem RAID, Disco rígido de 320 Gb SATA 3.0
Gb/s com NCQ 2 16 Mb Data Burst Cachê e monitor DELL 19 Pul. E198AP, Tela plana analógica, e demais
acessórios, para ser adaptado junto à câmara MegaView 3 do microscópio eletrônico (01 unidade)
VALOR TOTAL
(R$)
57.600,00
16.248,00
4.382,00
4- Cuba de transferência semi-seca (01 unidade)
6.000,00
5- Câmera de alta sensibilidade digital para microscópio
32.000,00
6- Leitor óptico para PCR em Tempo Real adaptável a termociclador modelo PTC200 – Bio-Rad
30.000,00
7- Termomixer eppendorff para tubos de 1,5 ml
8- Dois (02) Citometros de fluxo FACscalibur, com dois lazers, 4 cores, 6 parametros para análise de
fluorescência.
9- Real Time PCR–Termociclador em tempo real para quantificação de DNA para 96 tubos de 0,2 ml ou placas
de 96 poços
9.000,00
400.000,00
10- Termociclador para placas de 96 poços com gradiente de temperatura (02 unidade)
48.000,00
11- Sistema p/ eletroforese vertical BioRad (Mini Protean) (01 unidade)
5.300,00
12- Sistema de Transf. Semi-Seco BioRad (01 unidade)
4.800,00
55.190,00
13- Homogenizador de tecidos (01 unidade)
1.580,00
14-Espectrofotômetro Nanodrop para pequenos volumes (01 unidade)
15- Analisador Agilent Analyser (01 unidade)
16.000,00
16- Concentrador de amostras Speed-Vac com trap para solvente orgânico (01 unidade)
20.000,00
17- Ultra Centrifuga Refrigerada (01 unidade)
120.000,00
18- Knife maker
12.000,00
19- Leitor de Elisa (01 unidade)
20- Dois (02) Reguladores de mergulho (1º e 2º estágios)
45.000,00
21- Dois (02) Consoles de mergulho com manômetro e bússola
1.600,00
22- Dois (02) Computadores de mergulho
2.600,00
23- Um (01) Cabo para transferência de dados e programa para compilacão do histórico de mergulho
40.000,00
3.000,00
500,00
24- Uma (01) Câmera fotográfica digital e caixa estanque para uso submarino
2.000,00
25- Um (01) Microscópio de campo (01 unidade)
2.000,00
26- Um (01) freezer a -80C (01 unidade)
60.000,00
27- Colposcopio (01 unidade)
15.000,00
28- Computadores PALM-Top (06 unidades)
7.800,00
TOTAL
1.017.600,00
Justificativa para os itens solicitados:
Itens 01 a 04 – Os itens solicitados visam equipar adequadamente o laboratório da
Divisão de Biologia Celular do Instituto Nacional de Câncer, servindo como
acessórios de equipamentos já existentes (como microscópio eletrônico e
microscópio de fluorescência) ou para aumentar a capacidade de processamento
de amostras. São equipamentos multi-usuários.
189
Itens 05 – O item solicitado será utilizado como acessório de equipamento já
existente (microscópio de fluorescência) presente no Laboratório de
Imunofarmacologia, Dept. Fisiologia e Farmacodinâmica. Equipamento multi-usuário.
Item 06 – Componente de PCR em Tempo real adaptável a termociclador modelo
PCT 200 da Bio-Rad (equipamento localizado na Divisão de Biologia Celular do
Instituto Nacional de Câncer), destinado a atender à necessidade crescente de
análises quantitativas de expressão gênica (RNA). Equipamento multi-usuário.
Item 07 – Aumentar a capacidade de processamento de amostra. Item a ser alocado
na Divisão de Pesquisa Clinica do Instituto Nacional de Câncer.
Item 08- Dois citômetros destinados a equipar os Laboratórios de Pesquisa sobre o
Timo da FIOCRUZ e de Imunoreumatologia Instituto de Pesquisas Biomédicas,
PUC-RS, com a finalidade de agilizar o processamento de amostras, fundamental
para o desenvolvimento das linhas de pesquisa vinculadas a este projeto.
Equipamento multi-usuário.
Item 09- Equipamento destinado a aumentar a capacidade de processamento de
amostras para identificação de polimorfismos a ser alocado na divisão de Medicina
Experimental do INCA.
Item 10- Equipamentos necessários para aumentar a capacidade de processamento
de amostras dos laboratórios da Divisão de Genética e da Divisão de Medicina
Experimental do Instituto Nacional de Câncer. Equipamentos multi-usuários.
Item 11 e 12- Equipamentos destinados a aumentar a capacidade de processamento
de amostras de géis de proteínas na Divisão de Farmacologia do Instituto Nacional
de Câncer.
Item 13 e 14- Itens a preparação de amostras para experimentos de microarranjos
para análises de expressão gênica a ser alocado na Divisão de Medicina
Experimental do Instituto Nacional de Câncer. Destinado ao processamento de
amostras para detecção de marcadores.
Item 15- Item destinado a aumentar a capacidade de processamento de amostras.
Item 16- Item destinado a concentração de amostras para experimentos de
proteômica, a ser alocado no Centro de Transplante de Medula do Instituto Nacional
de Câncer.
Item 17 a 19- Equipamentos destinados a processamento de amostras a serem
alocados no Laboratório de Pesquisa em Sistema Urogenital da Universidade
Estadual do Rio de Janeiro.
Item 20 a 25-Equipamentos destinados ao Laboratório de Poríferas do Museu
Nacional (Universidade do Rio de Janeiro) destinado a coleta de amostras
biológicas.
Item 26- Item destinado a equipar o laboratório do Grupo de Química Orgânica de
Produtos Naturais da Universidade de São Paulo-São Carlos, destinado a
preservação de amostras processadas.
Item 27- Equipamentos necessários a entrevistas para coletas de dados
epidemiológicos a serem alocados nos diferentes centros para coletas de amostras
para estudos de HPV.
190
2-
CUSTEIO
ITEM
Material de Consumo
Diárias
Passagens
Bolsas
TOTAL
VALOR TOTAL (R$)
3.775.541,00
147.322,00
213.250,00
846.287,16
4.982.400,16
Os demais itens de custeio (exceção das bolsas) serão distribuídos de acordo
com os projetos realizados conforme orçamento encaminhado pelos pesquisadores
e distribuídos dentro de quatro dos grandes temas de pesquisa propostos, do
seguinte modo:
Tema 1: Biologia da célula tumoral:
Tema 2: Biomarcadores em câncer
Tema 3: Ensaios clínicos em oncologia:
base para desenvolvimento e
incoporação tecnológica no
complexo econômico-industrial
da saúde
Tema 4: Epidemiologia do câncer no
Brasil
R$ 815.849,68
R$ 909.089,65
R$ 330.224,87
R$ 534.834,79
O quinto tema (Transferência de Conhecimento para o Governo e Sociedade:
Avanços no Campo do Ensino e Gestão do Conhecimento em Câncer) será
contemplado com parte das bolsas solicitadas. O valo de R$ 1.546.113,85, referente
a 1/3 do valor do projeto (excluindo-se o valor das bolsas), será reservado a
decisões do Comitê Gestor, conforme solicitado no regulamento do edital.
191
CONCORDÂNCIA DAS INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES
192
193
194
195
196
197
198
199
200