28/07/2012 - Edição 38 - Grupo de Poetas Livres

Transcrição

28/07/2012 - Edição 38 - Grupo de Poetas Livres
IMPRESSO
VENTOS DO SUL
Revista do Grupo de Poetas Livres
Difundindo a Poesia e fazendo amigos.
ANO XIv – JANEIRO A JULHO DE 2012 – Nº 38
Distribuição gratuita - Uma revista sem prazo de validade.
www.poetaslivres.com.br
Residência da Família de Carlos Piccoli, do GPL, São Carlos, SC, 1942, data da construção.
O Casarão, reformado e transformado em Centro Cultural, São Carlos, SC. 2012.
CONTEÚDO DA REVISTA
ESTA REVISTA CONTÉM:
Oração do Poeta
Hino dos Poetas Livres
Editorial
Obras em Destaque – “Lascívia”, de Licinho Campos (in memoriam)
Obras em Destaque – “Há (mar) e bebê (r ) III”, de Ivan Alves Pereira
7º Concurso On-line (1º Concurso Licinho Campos de Poesias de Amor)
Homenagem I – Claudio Piccoli
Homenagem II - Heralda Victor
O mais novo Manezinho da Ilha
Mantenha em dia suas
contribuições para que a chama
do GPL continue brilhando.
O Centro Cultural no Oeste do Estado,São Carlos, SC
Encontros com a Poesia
Colaborações de Amigos e Associados
Poeta, participe de instituições
literárias. Estas são, com certeza,
os fóruns para você expor suas
ideias e projetos, apresentar seus
textos, entrosar-se no mundo
literário, compor, publicar e
divulgar suas obras. Pense nisso.
Sócios Correspondentes
Aos Poetas Mortos... – Sylvia Amélia Carneiro da Cunha
De braços abertos... Estamos!
Aos Poetas Mortos... – Sylvia Amélia Carneiro da Cunha
É na Escola que começa!
Promovendo...Poetas do Grupo
Biblioteca Maria Vilma Nascimento Campos
Aconteceu
ORAÇÃO DO POETA (*)
Dá-me, Senhor, as palavras certas
para que eu possa expressar
o amor pela vida e pela humanidade.
Dá-me inspiração para mostrar
que somos todos irmãos.
Aponta-me, Senhor, o caminho
da compreensão do mundo.
Permite-me apresentar as belezas da vida,
as dores do mundo, as injustiças sociais
e exprimir o que me vai na alma.
Autoriza-me a falar as verdades do coração.
Abençoa, Senhor, minhas palavras
para que possam atingir
aqueles que amam a vida e a Arte.
Faz com que todos sintam,
por meu intermédio,
que só o Amor maior
pode revolucionar o mundo
e que esta revolução de Paz
venha por meio da Poesia.
ZEULA SOARES
(julho de 2009)
(*) Autoria de Zeula Soares, do GPL.
Instituída através da Portaria 02/2009,
Assinada pela vice-presidente
Heralda Victor, em 7 de agosto de 2009
HINO DOS POETAS LIVRES (*)
A E7
/. Faz bem sonhar
A
Poetar é bom
F#m E A
No G P L tenho união, amor e paz. /. (estribilho)
C#7 F#m
Com a rima penso a vida
EA
Com o metro ajudo a fala
F#m Bm
Nos versos livres meu coração
EA
Vai ao teu e diz assim:
DA
Poetas Livres, meu grupo amado
F#m Bm
Que me transporta e me aconchega
EA
Com ternura noite e dia.
F#m Bm
Nas linhas do “Ventos do Sul”
EA
Meus escritos dizem paz
Bm E A
Voando em rumo do saber que o amor traz.
Bm E A
Dizendo ao mundo a oração da poesia
(*) Hino Oficial do Grupo, letra e música de José Cacildo Silva.
Instituído por Portaria n.3/2009, de 4 de setembro de 2009,
assinada pela vice-presidente Heralda Victor.
2oesia.
Minha alma sentada na arquibancada
do meu coração, torce pela vitória
do amor e da poesia.
[Antonio Pereira Mello, Santa Maria,RS]
Enxuga as lágrimas todas as vezes que eu te olhar serenamente.
[Susana Zilli de Mello, Florianópolis, SC]
EDITORIAL
Caros poetas amigos,
O ano de 2012 marca eleições no GPL, com a renovação de sua Diretoria. Igualmente a retomada dos Encontros com a Poesia,
projeto do Grupo Armação (teatro) e a parceria do Grupo de Poetas Livres. Com nova Direção, o Grupo Armação completa em 2012,
40 anos de ininterruptas atividades. Previstas muitas peças, performances, espetáculos musicais e o GPL participa com seus poetas,
músicos, cantores.
O ano de 2012 assinala dois importantes aniversários:1) de 20 anos de estrada do Grupo Musical Dazaranha, grupo aqui criado
que, na Maratona Cultural de 2012 introduziu em uma apresentação nosso jovem poeta José Luiz Amorim, o Zé Luiz, com suas
irreverentes poesias; 2) de 40 anos do Grupo Armação e, iniciando as comemorações, o GPL apresentou um Encontro com a Poesia.
Leia a matéria especial.
O Projeto “O Escritor e Sua Obra” terá também apresentações ao longo do ano. Este Projeto consiste em apresentação de
pesquisa de biografia e obra de autor catarinense ou de autor aqui radicado há bastante tempo e que tem ou tenha contribuído para o
engrandecimento das artes em Santa Catarina. Zeli Maria Dorcina e Sonia Ripoll apresentaram sobre a vida e a obra de Manuel
Bandeira e Antonieta de Barros, respectivamente.
No 1º. Semestre o GPL fez dois importantes lançamentos de livros: o livro
póstumo de Licinho Campos, organizado por sua presidente com a colaboração financeira de amigos e editada na Editograf, parceira
amiga de todas as horas, e de Ivan Alves Pereira, a obra terceira da série “Há(mar) e bebê( r) III”, com homenagem ao autor em 19 de
abril de 2012.
O livro “Lascívia”, de Licinho Campos foi lançado dia 8 de março de 2012, tendo por local o Auditório Abelardo Sousa com a
presença de familiares, amigos e membros do GPL, em que membros do Grupo apresentaram poemas do nosso amado amigo.
O 7º Concurso On-line do Grupo, com o 1º Prêmio Licinho Campos de Poesias de Amor foi veiculado no primeiro semestre com
266 participantes, 589 poemas e internautas de Portugal, do Japão e da Inglaterra, além dos catarinenses e brasileiros.
O Troféu Manezinho da Ilha recebido por Alzemiro Lídio Vieira, tem destaque na RVS; igualmente o Recital dentro do Projeto
Encontros com a Poesia com Cacildo Silva, Rita de Cássia Dircksen e Vidomar Silva Filho, na Casa do Teatro Grupo Armação, em 31
de maio.
Uma nota triste do falecimento da nossa poetisa e declamadora de mão cheia Alcita Varela Corrêa Leite. Mais um poeta que se
vai e temos a certeza, irá reunir-se a outros poetas para promover belíssimas tertúlias.
Há pessoas sensibilizadas com a cultura, sobretudo a literatura/poesia. A elas rendemos nossa gratidão. Uma dessas pessoas
em particular é o deputado Gelson Merizio, presidente da ALESC.
Poemas de associados, amigos novos e antigos, homenagens, seção especial com jovens poetas são os ingredientes que
fazem da Revista Ventos do Sul uma revista sem prazo de validade, feita com carinho para todos.
Maura Soares
Presidente
Então te procuro / e de permeio te acho / te beijo, e do teu abraço/
vem a cura / para o coração doente” (Licinho Campos)
3
OBRAS EM DESTAQUE I
“Viva por saber / pelas coisas boas da vida /
pelas pessoas queridas/ viva não só por viver”.
No Dia Internacional da Mulher, 08 de março de 2012, uma homenagem a todas aquelas que
inspiraram os milhares de poetas espalhados no nosso planeta.
A partir de uma conversa informal a respeito de membros do Grupo e seus livros já lançados e
outros no prelo, questionaram-me se o Licinho já havia lançado seu livro de poemas. Disse-lhes que eu
o estimulava a fazer isto, pois possuía uma boa produção e que eu detinha em minha casa um arquivo
com seus poemas que, futuramente, ele pretendia lançar.
O Patrão o chamou antes de realizar este pleito, mas aqui estamos nós a reverenciá-lo com sua
obra e hoje é o dia em que nós é que declamaremos seus poemas.
Um pouco de sua vida no grupo que publicamos na Revista Ventos do Sul n.37, toda dedicada a
ele.
Adelício Manoel Campos, Licinho para todos seus amigos, parentes, pessoas da comunidade as
quais ele atendeu no balcão das lojas de material de construção em que trabalhou até a aposentadoria,
era uma figura-chave no Grupo de Poetas Livres. Membro de sua diretoria, cumpridor dos deveres, era
um dos primeiros a chegar e dos últimos a sair. Ficava triste quando as reuniões eram suspensas.
Licinho nasceu em Florianópolis em 04 de setembro de 1952. Veio para o GPL em 26 de abril de
2002, recebendo o número 204 em sua ficha cadastral.
LASCIVIA, de Licinho
Dizer somente isto não basta. Licinho era, posso dizer sem errar, uma figura doce, compenetrada. Nos seus primeiros tempos
do Grupo seus poemas eram declamados com o poeta contido, quase sem gestos, meio que amarrado. Insistia com ele para que se
soltasse, abrisse seus braços, soltasse sua voz, como o poeta Alzemiro faz quando declama. Em pouco tempo o Poeta deu vazão ao
seu sentimento e suas declamações ganharam vida.
No ano seguinte à sua entrada iniciou a trajetória de 1º. Colocado em Assiduidade recebendo Medalha (2003) e não parou
mais. Vejamos: Troféu em argila com a figura de um poeta, mandado confeccionar especialmente para o ano de 2004; Troféu em
Madeira pela artista plástica Leuzi Soares, em 2005; Troféu Garapuvu (2006); Troféu Garapuvu em 2007; Troféu Garapuvu em 2008;
Placa de Prata Fidelidade ao Grupo(2009). Em 2010 recebeu a Medalha do Poeta “Maria Vilma Campos”. Neste ano não ficou em
1º.lugar na assiduidade, por extrema necessidade de se ausentar das reuniões.
Participações, com Certificado, em recitais, feiras e outros eventos: Encontros com a Poesia, projeto do Grupo Armação-parceria GPL,
com o espetáculo “A utilidade da utopia”,projeto de Alzemiro L.Vieira(2005);Semana do Bibliotecário (2006); Feira de Rua do Livro
(2006); 1ª. Feira do Livro do SENAC, em agosto 2006; 50 Anos da Biblioteca Barreiros Filho(2006); Semana Nacional do Livro e da
Biblioteca, na Biblioteca do Estado com o espetáculo “Balada dos Já-com-Terra”, de Julio de Queiroz, direção de Zeula Soares(2007);
51 Anos da Biblioteca Barreiros Filho (2007); 2ª.apresentação de “A utilidade da Utopia”, na Biblioteca Barreiros Filho(2007); 1ª.Feira
Catarinense do Livro e VII Feira de Rua do Livro de Florianópolis(2008); Performance Poética do Projeto “O escritor e sua obra”,do
GPL, em comemoração aos 10 anos do Grupo(2008); 11º.aniversário do GPL,Recital (2009); Recital Poético-Celebração inauguração
das Placas Sala Manoel Jover Teles, Biblioteca Maria Vilma Campos(2009);Feira do Livro Largo da Alfândega(2010); “São João do
Continente 2010”,pela Sec.Regional do Continente(2010);Recital Litero-Musical com o Coral Italo-Brasileiro(2010); 54 Anos da
Biblioteca Barreiros Filho(2010);Lançamento 6ª.Antologia do GPL(2010);Membro da Comissão do 6º. Concurso “Liberte-se...nas Asas
da Poesia”(2010);25ª.Feira do Livro (2010); 1º.Sarau Litero-Musical da Câmara de Vereadores de Florianópolis,com o compositor
Ricardo Boppré e família(2011);Membro da Comissão do 6º.Concurso On-line “A casa caiu”(2011);Membro da Comissão do
1º.Concurso “Liberte-se...nas Asas da Poesia”,Penitenciária de Florianópolis(2011); Membro da Comissão do 7º. Concurso “Libertese...nas Asas da Poesia”, Presídio Regional de Tijucas (2011); Sarau Litero-Musical em comemoração aos 50 anos do Banco BRDE
(2011).
No ano de 2012 nosso poeta está sendo imortalizado no prêmio que leva seu nome “Prêmio Licinho Campos de Poesias de
Amor”, em sua primeira edição, em concurso on-line. Já está na internet e pretende atrair os internautas que escrevem sobre o amor,
ponto inicial e final de todos os seus poemas.
Licinho cantava o amor, a paixão. Seus poemas eram impregnados de sensualidade, mas ao declamar dizia-os com suavidade
com seus gestos cadenciados que encantava a todos e ao final de cada declamação sempre um “hummmm” corria pela plateia.
Licinho teve uma página própria em forma de entrevista, publicada na Revista Ventos do Sul.
Quando escrevi que Licinho não havia deixado obra publicada, mas seus poemas andavam por aí, nos vidros dos coletivos da
Capital, nos jornais, nas páginas das Revistas Ventos do Sul e nas Antologias e também em nossos corações, não poderia prever a
conversa que tive para que eu reunisse seus escritos em uma obra específica.
Licinho, que era todo doçura, recebe nossos sentimentos e é o poema Eternos Sentimentos, na página 68, que cito:
ETERNOS SENTIMENTOS
Nascem as flores em um jardim,
vivem, reflorescem rosas,
cravos, jasmins que com o tempo murcham
e os sentimentos ficam
Passam carros, pessoas, surgem bonanças,
Vão-se saudades, vaidades,
vão-se esperanças,
carinhos, paixões, felicidades
vem e passam
e os sentimentos ficam
4
Passam-se os anos,
criam-se brigas, vidas, tristezas,
sofrimentos, danos;
nascem fontes cristalinas,
amor de mulher, de meninas;
vejo olhos que se descortinam
e o que sinto
saem dos meus lábios para dizer
e pressinto
que os meus sentimentos...ficam.
(In Revista Ventos do Sul n.19, abr/mai/
jun 2003)
(ms./)
OBRAS EM DESTAQUE II
HÁ (MAR) E BEBÊ (R)III, de Ivan Alves Pereira
Ivan Alves Pereira; Ivan de Paulo Jacintho, Cazzivan. De todas as
formas que escreve seu nome em sua prosa poética, seus minicontos e
minicrônicas ele continua sendo um observador não só das curvas da
mulher bem como das coisas da sua terra natal e igualmente da que adotou
para viver, nossa terra Santa e Bela Catarina.
Escolhi para citar nesta ocasião o que está estampado na Edição
número II de Há mar e bebê-r ele cita à página 165, que publicamos na
Revista Ventos do Sul n.36:
“Quero voltar para minha terra e ver os vestidos das mulheres que
passam até o fim da feira. Meninos, mulheres e homens de lá, andam
cantando nos seus ritmos. Alguns bebem cachaça barata e forte; outros,
depois da feira, vão se afastando porque moram longe e a maioria leva
maior a pobreza que trouxeram. Alguns contos de pobreza de meu pai, ouvi
dele com ou sem vontade. Revejo abrindo sempre que posso, minha mala
de saudade.”
Homem culto, conhecedor da Arte, de filósofos, de grandes nomes da
literatura mundial, em seus poemas sempre os cita mesmo que o tom do
texto seja irreverente, como no caso de “Beiras” da obra lançada hoje,
página 13.
Cito: “Teilhard de Chardin me lembra “eiras e beiras” lá em Marechal
Deodoro, Alagoas. Eiras e beiras são feitas de telhas. Cheguei a rezar
numa igreja, infestada de cupim,em Marechal Deodoro. Também é válido beber o chá no estilo oriental. Orientais são cheios de poses.
Pensar mudou para meditar. Todas as religiões e seitas ou sejam lá o que forem, tem suas abobrinhas.
Poesia do mestre Zen: Sente em silêncio, sem fazer nada, que a primavera vem e a grama cresce por si mesma.
Estamos atentos para agir nos momentos, mesmo que tenhamos que buscar novo direcionamento. Estamos envolvidos no
Tempo, Espaço. Será Deus o Tempo?
O meu Deus é só bondade e esta bondade é para sempre.”
(Ivan de Paulo Jacintho)
Embora este poema possa parecer sem nexo, na verdade é a construção de um pensamento como se Ivan estivesse
conversando com alguém e daí surgisse seu comentário.
Ou esta, “Caminhos”, página 14:
“É bom ter liberdade e escolher um dos tantos caminhos.
Sair da meditação Zen e meditar nas ações da alegria.
Também é bom sair saltitando com dentes de alegria que é amarelo-luz e vendo areia limpa do chão e tudo mais. Ir brincalhão
cruzando pernas e grafitando.
O sol amarelo tem sombra azul e ilumina tudo para a gente ver. O Tempo é imagem de Deus.(Ivan Alves Pereira)
A Revista Ventos do Sul em seu número 35 (2010) faz uma homenagem ao Ivan citando as duas edições de Há mar e bebê (r ).
Suas duas primeiras obras “demonstram o sentimento do Ivan, as coisas que vivenciou quando embarcado como Oficial da Marinha de
Guerra. Declara em seus poemas o sentimento do marinheiro, os portos, as mulheres que todos eles encontram. Passou por maus
pedaços no ano de 2010 com sua saúde abalada, mas o Patrão lá de cima disse pra ele ficar mais um pouco entre nós e nos alegrar
nas reuniões do GPL.
Nascido em 13 de maio de 1935, em Paulo Jacintho, Alagoas - (nasceu na mesma data do aniversário da nossa Ponte Hercilio
Luz, que como ele mesmo diz “eu e a Hercílio somos da terceira”) .
Formado pelo CEART-UDESC, em Educação Artística, Habilitação em Artes Plásticas, tendo sido o Orador da Turma.
Além do GPL é membro da ACPCC e utiliza os pseudônimos Ivan de Paulo Jacintho e Cazzivan. É também membro da
Academia Catarinense de Letras de Artes-ACLA. Estudou Administração de Empresas na Faculdade de Ladário, Mato Grosso e na
ESAG, curso não concluído. Oficial da Reserva da Marinha de Guerra e, já na reserva, dedicou-se intensamente à pintura e à poesia.
Colabora com o Jornal Letras Santiaguenses.”
Participa de todos os projetos do Grupo de Poetas Livres.
Esta a singela homenagem que fazemos ao nosso poeta e artista plástico Ivan Alves Pereira, Ivan de Paulo Jacintho ou
Cazzivan é o associado número 40, com data de 25 de setembro de 1998, portanto no primeiro ano de fundação do nosso GPL.
Obrigada, Ivan, pelo carinho, pela fidelidade nestes 14 anos.
(ms./)
5
7º CONCURSO ON-LINE
1º CONCURSO LICINHO CAMPOS DE POESIAS DE AMOR
Após o falecimento de Licinho Campos, publicamos seu livro póstumo “Lascívia” e instituímos um Concurso de Poesias, o Sétimo Online, cujo resultado publicamos nesta RVS. Foram 266 internautas participantes durante o período de março a junho de 2012, com 589
poemas, dentre 131 poetas do sexo masculino e 135 do sexo feminino, dos mais diversos Estados do Brasil:Santa Catarina, Rio
Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Bahia, Ceará, Sergipe, Pernambuco,
Tocantins, Pará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Distrito Federal,Alagoas, Paraíba,Maranhão,Acre. Portugal, Inglaterra e Japão se
apresentaram, dentre os internautas do exterior. A lista das cidades foram publicadas no site.
Participaram da Comissão Avaliadora os membros do GPL: Eunice Leite da Silva Tavares, Heralda Victor, Zeula Soares, Maura
Soares.
Classificados
1º.Lugar:
JOSÉ ALBERTO BARBOSA - Jaraguá do Sul, SC.
3º.Lugar:
(nasc.1939)
RODRIGO SCHIAVINI, São Lourenço –sul de Minas Gerais
(nasc.1977)
ALMA PEREGRINA
Durante da Paixão Alighieri
PONTE DOS DESEJOS
Quem vive em um quarto de hotel,
sem a medicina de um sorriso,
privado da doçura desse mel,
o qual, pra viver, é mui preciso;
Essências tépidas e femininas que almejo
Volúpias letais e doridas que atormentam
Fragrâncias de rosas lúbricas que agitam
Todo o meu ser tomado pela febre intensa do desejo
quem vive em quarto, assim, trancado,
vitimado por fado adverso;
quem tem seu amor tão abafado
enquanto sua alma faz um verso;
Ânsias virginais e angústias que argentam
Um sonho de luxúria em meu peito
Lágrimas de pranto definem meu jeito
Em sonhar um beijo roubado em que os solitários se apascentam
quem, por ordem vinda lá do Céu,
veio a se afastar de sua ventura,
sem ter como teve Adão – o réu –
junto a si Eva, o amor, a ternura;
Passai cortejo macabro e multiforme
Através da ponte dos gracejos, colossal, enorme.
Embaixo das águas turbulentas do desamor
um consolo apenas, um só lhe resta,
ó poeta, ó Dante infeliz:
ir pelo Inferno – via funesta –
para no Céu encontrar sua Beatriz.
Passai, passai, conduza a carruagem das ilusões
No lombo dos homens dilacerados por seus esporões
Caminho dolente e de lamentos, ao encontro dos tormentos, segue o amor.
PRÊMIO ESPECIAL
DELCY RODRIGUES CANALLES, Porto Alegre, RS
(nasc. 1931)
ACRÓSTICO – ADELICIO MANOEL CAMPOS
2º.Lugar:
EDWEINE LOUREIRO DA SILVA, Saitama, Japão
(nasc.1975)
AMA!
Adelício Manoel Campos, quero
Dedicar-te este acróstico e espero
Encontrar-te, feliz, na Eternidade,
Longe de nós, mas perto na saudade!
Imprimiste tanto amor na poesia
Como se o vivesses, a cada dia!
Irmão do Grupo de Poetas Livres,
Ofertaste teus sonhos em ser livres...
Acende uma luz,
se, no coração,
faz escuro.
Despe tua alma
da mesquinhez.
Derruba muros.
Deita-te, em paz,
mas, antes, cobre
o teu desafeto.
Muita sensualidade tem teus versos!
Amaste todo o amor dos universos!
Nas poesias eróticas, sensuais,
Ostentavas teus puros ideais!
Eu gostaria “Poeta Licinho”
Levar-te meu respeito e meu carinho!
Abdica do orgulho
e das expectativas.
Ama, por completo.
Sem amarras.
Sem penas.
Sem exigências
ou cenas.
Cá no Concurso “Poesias de Amor”
A ti, eu canto todo o teu valor!
Meu Poeta do Amor, hoje, eu queria
Parabenizar-te com minha poesia.
Os céus te cubram de benesses mil,
Ama, apenas.
Senhor do Amor: “Licinho do Brasil!”
6
MENÇÕES HONROSAS
ANDRÉ LUIS SOARES, Guarapari, ES (nasc. 1964)
SUSANA ZILLI DE MELLO, Florianópolis,SC (nasc. 1960)
VERBOS, POR TI
Revelar-me, somente ante teu beijo,
dócil ato que espero, em desespero,
pois meu corpo te aguarda,novamente,
na distância de alguma madrugada,
para tomar-te em meus braços,
linda amante...
sem limites,sem tempo, sem ressalvas.
UM QUERER
Por quanto tempo,
ficarei a desejar
teus abraços,
que não ganhei,
teus beijos,
que apenas imaginei
e o sorriso que pensei
que me bastasse.
Ah, quanta saudade!
daqueles dias vividos
ao som das tuas palavras,
que em meio às madrugadas
com melodias me presenteavas.
Agora, volto do passado,
e ao ver-te novamente,
sinto que te espero,
do mesmo jeito que antes
com os abraços e os beijos,
que ainda quero.
Dominar-te, suave,cravando dentes
nessa pele em que já eriçam pelos,...
e se as mãos sufocam teus movimentos
liberdade te chega por entre orgasmos,...
para fazer de ti,a minha mulher,
loucamente a andar sobre meus rastros.
Saciar-te os desejos mais ousados,
batizar novas loucuras com teu nome,
de tua carne jamais sentir-me farto,
aos teus olhos ser rei, teu deus e homem,...
tendo sempre no amor
meu (belo) horizonte,...
fonte eterna de augusta felicidade.
(*) considerada, pela equipe, como sendo a mais “Liciana” das poesias.
PAULO CEZAR TÓRTORA, Rio de Janeiro, RJ
(pseudônimo Jornaleiro) (nasc. 1947)
PERFUME DE AMOR
Nosso amor meteórico
alucinante,
eufórico,
é consumido
na própria ardência.
ACELONE CUSTÓDIO, Florianópolis, SC (nasc. 1969)
A CANÇÃO QUE FIZ PRA TI
Ouço ao longe uma seca melodia
faltam palavras... falta alegria.
Tem o som do meu coração
que pulsa descompassado na saudade.
Trago a ti hoje o som da noite que cala
do pássaro que agoniza...do mar que acalma.
Minha canção para ti está no silêncio de meus dias...
na paz que eu persigo...
e na esperança de esquecer-te.
Um novo sol nasce, é um novo dia.
Recomeçar em outra melodia, em outros sonhos...
sentimentos absortos... Esperança tardia.
O entardecer traz o som da solidão
e a canção que fiz pra ti
embala o vazio de meu coração.
É efêmero
como o é a existência.
Tal um poema ligeiro,
inebriante,
passageiro,
é transitório enleio
de Vésper em seu lume.
É vulnerável flor,
à beira do penhasco.
É exótico perfume,
cativo devaneio
em diminuto frasco.
MARIA JOÃO MOREIRA, Maia, Portugal
(nasc. 1970)
REGA-ME
Talvez não tenhas dado conta
mas é quase primavera.
Corta-me estes galhos secos
restos do frio que me queimou
já de nada servem
apenas me impedem de crescer.
Corta as ervas daninhas
tira as pedras
revolve a terra à minha volta.
No final,
rega-me.
Com água fresca.
Todos os dias.
Uma destas manhãs
verás que estou mais verde.
Nesse dia
saberás que é primavera.
ALEXANDRE WAGNER MALOSTI,Taubaté, SP
(nasc. 1970)
O AMOR QUE EU QUERO
Não quero um amor modelado dentro de formas
Quero um amor modelado à mão
Perfeito na sua imperfeição
Autêntico em seus traços, texturas e até rachaduras
O amor que quero não exige perfeição
Não quero um amor embalado pelo canto que agoniza na gaiola
Quero um amor celebrado pelo bater das asas da liberdade
Livre que aceita e admite escolhas
O amor que quero não vinga em prisão
Não quero um amor enganado para suprir carências
Quero um amor que enriqueça minha existência
Aquele que agrega, que partilha, que liberta
O amor que quero não é alimentado por aparências
O amor
Esse que quero
Utopia com uma pitada de serenidade
7
HOMENAGEM I
FALANDO DE AMOR (*)
Hoje vamos falar de amor/ Daquele amor sem reservas,/ Daquele amor que ama sem medida,/ Daquele amor que ama sem
distinção, /Daquele amor que ama com o coração. /
Entre nós temos uma pessoa assim. /Não digo que os outros não sejam como ele, /Mas ele é especial. /Ele é aquele que se
dedica, que se desdobra, / Que acarinha, que consola. /Este amor que esta pessoa sente /É um amor enorme que não cabe nesta
sala, / Não cabe nesta biblioteca, /Não cabe no bairro, não cabe na cidade, /Por que? / Porque é um amor universal. / É um amor
maior que o mundo; /É um amor do espírito e o espírito não tem dimensão, / Não tem forma, passa nas ideias, / Enche o coração
de alegria. /
Hoje, presto homenagem a este ser que está entre nós nesta noite, mesmo tendo perdido um ente querido. /Este ente querido a
quem ele dedicou este amor universal. / Esta pessoa que partiu, que retornou ao Pai / Chama-se CLAUDIO/ E o ser do AMOR
MAIOR /Chama-se CARLOS PICCOLI / A quem dedico a noite de hoje. / Obrigada, Carlos por tudo que tens feito pelo Grupo de
Poetas Livres.
Maura Soares
Aos 18 de agosto de 2011
(*) lido em reunião.
O EXCEPCIONAL
Já ouvi os chamarem de louquinhos;
Já ouvi os chamarem de santinhos;
Já vi tratarem-nos como animais;
Já vi tratarem-nos como especiais.
Quem dá mais?
Deus sabe quem eles são;
Deus sabe quanto valem.
A humanidade julga com distinção,
Poucos ainda deles algo sabem.
Vamos conhecer nosso irmão?...
Quão difícil compreender
Como vivem nossos irmãos.
Só em transportar-se, para entender
A árdua caminhada e sua missão.
Estendamos as mãos...
Fazem parte do nosso Universo,
Convivem em família e lar,
Mesmo vivendo dispersos,
Precisam carinho, compreensão...compartilhar...
Ao excepcional dando as mãos,
Estaremos com o Criador em conexão.
CARLOS PICCOLI
[In: Um novo olhar, pág. 68]
(Por um lapso da edição 37, omitimos este poema)
8
HOMENAGEM II
HERALDA VICTOR
A MOÇA QUE VEIO DO SUL
A dor da perda a levou a deixar sua terra natal, Araranguá, SC, e vir para a Ilha da
Magia, Ilha dos Casos e Ocasos Raros, Ilha de Santa Catarina, Florianópolis ou “Floripa”
como os surfistas a batizaram, ou foi o Beto Stodieck?
E, poetisa de mão cheia, chegou ao Grupo de Poetas Livres com seu sorriso
contagiante, seu jeito meigo de ser. Tive o prazer de fazer uma das apresentações de seu
livro “Quando as estrelas mudam de lugar”, livro tocante, envolvente que foi sendo
construído à proporção que a dor foi diminuindo da perda de uma de suas flores, Cristine.
Intitulei minha apresentação de “Na casa de Meu Pai há muitas moradas” e disse,
entre outras palavras: “Quando as estrelas mudam de lugar”... é puro sentimento, ao
relatar as diversas fases pós-falecimento de uma de suas flores. Heralda sentiu a dor,
aquela dor que ninguém avalia, pois a dor da mãe ao perder um filho, seja em que
circunstância for, é lastimável e única. Só quem a sente, sabe e sofre. (...)O tempo apaga
a dor,mas não apaga o sentimento. Apaga o choro, mas não apaga a saudade. Apaga a
tristeza, mas não devolve mais a alegria, aquela sentida quando todos estavam juntos. Mas a imagem da ‘estrela-flor’, fica retida na memória e o
sentimento de amor, aflora”.
E assim é Heralda, toda sentimento, toda emoção.
Nas reuniões do Grupo de Poetas Livres, quando se levanta para declamar, há como uma essência divina no ar e ela declama com uma
maestria surpreendente.
Fez parte com Licinho Campos (nosso amado que não mais está por aqui) em dupla com contraponto de suas românticas poesias, em
diversas apresentações poéticas. A ‘dupla’ improvisada arrancava aplausos de emoção e puro sentimento.
Quero marcar, nesta Edição de Ventos do Sul o sentimento de gratidão a Heralda por tão bem conduzir a vice-presidência do GPL não só
nas minhas ausências eventuais nas reuniões bem como no período em que estive afastada em 2009, afastamento ocasionado por um acidente.
Partiram dela as ideias da instituição da Oração e do Hino dos Poetas Livres, da Medalha do Poeta “Maria Vilma Campos” e da Bandeira do
Grupo. Grandes ideias concretizadas através de Portarias completando os símbolos do GPL.
Na eleição da diretoria do GPL deste ano, para o biênio 2012-2014, escusou-se em mais uma vez participar devido a inúmeros afazeres aos
quais empresta sua capacidade.
Heralda veio para o GPL pelas mãos da nossa Poeta da Paz, Sueli Rodrigues Bittencourt, idealizadora e coordenadora do Projeto Paz &
Poesia – Sementes da Paz.
Agradeço, em meu nome e no da diretoria tudo o que Heralda fez quando exerceu a vice-presidência.
Para ilustrar e como fui agraciada com a declamação desta poesia quando recebi o Troféu Maricota de Destaque Literário, oferecido pela
Academia Blumenauense de Letras, devolvo a homenagem com o seu poema.
SIMPLESMENTE MULHER (extrato do Poema)
Mulher...Simplesmente Mulher!
Mulher brasileira!
De todas as raças, de todas as classes,
De todos os credos ou estrangeira.
Mulher operária, mulher empresária,
Analfabeta ou intelectual
És tu a porta sempre aberta,
A voz que acalenta o sonho, o choro e o ideal!
Mulher!...
Senhora da beleza que encanta,
Seja como amiga, mãe, namorada,
Noiva, irmã, companheira ou santa.
Mulher que embala o berço e sustenta
O sonho que a humanidade alimenta!
Ah, Mulher!...
Soubessem os homens do que és capaz!
Que além da vaidade feminina,
Teus projetos de amor proclamam a paz!
(...)
[In: Heralda Victor, “Travessia de ilusões”, p.19]
À Heralda, a minha gratidão, o meu carinho. Serviu com galhardia como vice-presidente, apresentou ideias e projetos.
Heralda, mulher. Simplesmente.
(Maura Soares)
9
O MAIS NOVO MANEZINHO DA ILHA
Maristela Giassi, José Luiz Amorim, Maura Soares, Alzemiro Lídio Vieira e Heralda Victor, do GPL.
Em cerimônia realizada no Iate Clube Veleiros da Ilha, dia 31 de maio de 2012, o nosso poeta ALZEMIRO LIDIO
VIEIRA sagrou-se o mais novo Manezinho da Ilha, recebendo o Troféu que retrata o Mercado Público de
Florianópolis. O Prêmio idealizado pelo saudoso jornalista Aldírio Simões, completa neste ano de 2012, 25 anos de
premiação. Juiz de Supremo Tribunal, Jornalista, Escritor, Presidente de Clube de Futebol, Padre, Poeta, foram
algumas das profissões dos homenageados, irmanados em torno da figura que representa o nativo da Ilha. Música
com a Velha Guarda da Protegidos da Princesa, conversas animadas, reinaram pelo salão impregnado de torcedores
dos times Avaí e Figueirense, com colunistas dos mais diversos segmentos. O nosso poeta Alzemiro, com a esposa
Elza e os filhos Daniel e Raquel foram abraçados pelos poetas do GPL, Heralda Victor, Maristela Giassi, Maura
Soares e José Luiz Amorim, com a namorada Regina.
Agora Alzemiro vai ter que se acostumar a dizer “olhólhó, tás tolo, tas?”, ele que é nascido em São José,
município vizinho da Capital, também de colonização açoriana, mas não tem o hábito de falar assim, porém se sente
em casa com mais esta premiação.
O Troféu foi entregue pela professora Terezinha Junkes, viúva do saudoso professor Lauro Junkes, expresidente da Academia Catarinense de Letras.
Ser manezinho, entre outras coisas, é ter estado de espírito, como consta na obra de Francisco Amante(in
memoriam), “Ser manezinho é...”, obra ofertada a todos os agraciados com o Prêmio.
Parabéns, Miro, por mais este Prêmio.
(ms./)
Ser Manezinho...
É ter o espírito ilhéu, e vivenciar os usos e costumes da ilha. ( Atila Alcides de Ramos)
É ser gozador, ter bom humor e ótimo estado de espírito. ( André Kowalsky Neto)
Manezinho é um estado de graça! ( Antonio Santos de Miranda—Mirandinha)
“ Ser Manezinho...”, de Francisco Hegidio Amante”
10
O CENTRO CULTURAL NO OESTE
O antigo casarão Piccoli hoje servindo a comunidade.
Carlos Piccoli entrega livro a Cristiane, da Biblioteca do Centro Cultural.
Se todos os administradores municipais tomassem como exemplo o que existe no município de São Carlos, SC, muita coisa boa
em cultura aconteceria, livrando as cidades da violência e do vício, pois os jovens estariam aproveitando cultura e lazer. Vejamos o que
conta nosso associado Carlos Piccoli.
Um exemplo de trabalho conjunto Governo Federal, Estadual e principalmente municipal e Empresa, podemos observar em São
Carlos, oeste de Santa Catarina em que o prefeito daquela localidade, senhor Helio Godói, juntamente com o diretor do Consórcio
Energético Foz do Chapecó, Sr. Schneider, uniram-se para uma causa maior em benefício da população já que queriam compensar os
transtornos que causariam com a construção da barragem do Rio Chapecó junto ao Rio Uruguai, naquela cidade.
O casarão da Família Silvênio Piccoli foi adquirido pelo Consórcio citado. Silvênio foi um desbravador e, junto com seu cunhado
João Muxfeldt, colonizaram a hoje cidade e comarca de Modelo. Comerciante tradicional, foi Juiz de Paz do município de São Carlos
por 45 (quarenta e cinco) anos. Antigo prefeito de São Carlos, nomeado pelo governador de então, posteriormente foi eleito para um
mandato completo.
O Consórcio reformou para uso próprio da Construtora enquanto fosse necessário (5 anos) para depois ser doado para a
prefeitura de São Carlos (sem ônus para o município),a título de compensação pela barragem que construíram no Rio Uruguai, com
prejuízo para os ribeirinhos do município.
Atualmente, entre outros setores, o casarão abriga a Secretaria de Educação, Biblioteca Pública Municipal; Rede Feminina de
Combate ao Câncer; Sine- Sistema Nacional de Emprego; Almoxarifado da Saúde Pública; moderno Auditório para eventos montado e
ampliado para 150 pessoas.
Esta obra revela o gesto de estadistas competentes, de um prefeito visionário, e um administrador da barragem.
Competente com o apoio irrestrito de um Governo Estadual e Federal entregue ao município em 2010.
Parabéns São Carlos e seus Administradores, dando um exemplo de seriedade, administração e bom uso do dinheiro.”
(Carlos Piccoli, do GPL) Colaboraram nesta matéria Walmor Piccoli e Rodolfo Beirith.
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ENCONTROS COM A POESIA
Cacildo Silva, Vidomar Silva Filho e Rita de Cássia Dircksen.
Foto: Maristela Giassi
A noite do dia 31 de maio de 2012 foi memorável. Numa forma de homenagear o GRUPO ARMAÇÃO que completa neste ano
de 2012, 40 anos de dedicação às artes cênicas, o GPL apresentou dentro do Projeto do Armação, “Encontros com a Poesia”, um
recital com Cacildo Silva, Vidomar Silva Filho e Rita de Cássia Dircksen. Violões e flautas doce e transversa foram os instrumentos
usados e a harmoniosa voz de Rita de Cássia.
Idealizado pelo Grupo Armação no ano 2000, o Projeto teve a parceria do Grupo de Poetas Livres, com apresentações às
segundas-feiras a partir de outubro. Pelo palco da Casa do Teatro Grupo Armação, no espaço Waldir Brazil, desfilaram não só atores
do Armação: Zeula Soares(também do GPL), Edio Nunes, Antonio Cunha, Sandra Ouriques, Marlete, Regina Prates e Igor Kiev, bem
como pelo GPL Geraldo Pereira Lopes, Tony Roberson de Mello Rodrigues, Neusita Luz de Azevedo Churkin, Rosemari Vieira
Machado, Maurilia Freitas, Cacildo Silva, Licinho Campos, Alzemiro Lídio Vieira, Alcita Varela Corrêa Leite, Leatrice Moelmann, José
Ricardo Abreu, Pedro de Camargo (convidado) e Marcia Konder(convidada).
Doze melodias foram apresentadas nessa noite de 31 de maio: “Depois”(Marisa Monte);”Jeito de Mato”(Paula Fernandes);
“Chão de Estrelas”(Silvio Caldas); “Carinhoso”(Pixinguinha); “Modinha”(Taiguara); “As Rosas não falam”(Cartola); “Rosa”(Pixinguinha);
“Tocando em frente”(Almir Sater); “Yesterday(The Beatles)(solo); “Gente Humilde”(Chico Buarque) e “Ainda bem”(Marisa Monte). Rita
de Cássia além de solar ao violão cantou algumas melodias e outras foram apresentadas por Vidomar e Cacildo(flauta e violão).
Lenir de Fátima e Maura apresentaram os sonetos de Cacildo, extraídos da obra Alma e a Angelitude: Estimação(pág.57); Cor
do beijo(pág.39); Mãos(pág.77) e Formosura(pág.63).
Para ilustrar, reproduziremos o soneto Formosura, da obra Alma e Angelitude, de Cacildo Silva.
FORMOSURA
Lá fora, a tremular, a silenciosa água;
cá dentro o flamejar do coração sedento.
Dentre as imagens, vidros, escondendo o vento
e camuflando o frio, aturdente em sua saga.
Mais que o céu, de presente, amor, sem dar-lhe paga,
Deus deu-me o mar, o sol, a terra, o firmamento;
e mais o que em minha alma alegra em sentimento;
- as curvas e os contornos que o teu ser consagra.
Mas tudo isso ainda é pouco, e não diz a que vim!
O que mais me enternece, o mais santo pra mim
é seres musa e deusa em feminis meneios.
É o calor, a maciez, o cheiro, a formosura,
a juvenil beleza e a virginal candura
dos teus aconchegantes e gostosos seios.
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COLABORAÇÕES DE SÓCIOS E AMIGOS
POR QUE ESCREVEMOS? (*)
Começamos escrevendo para viver e acabamos escrevendo para não morrer.
Para quem edifica palavras mal rompe a aurora, escrever é inadiável e urgente, mesmo que nada externamente nos obrigue a
isso. Mas a necessidade interna é visceral, orgânica, chama e fogo, flecha, algo colado à pele.
Não conseguimos escapar desse apelo.
Escrevemos para perdurar, para vencer a poeira do tempo, para despistar a morte, para regar nossos fantasmas e (por que
não?), para amar e ser amado.
A literatura é o refúgio da sinceridade num mundo de pose.
“A literatura é um apelo de fogo, onde mora meu desespero, a minha inquietação e o meu paraíso”, escreveu alguém.
Eu sei: tento escrever um hino de amor à palavra.
Qual a maior viagem (interior) que podemos fazer, senão aquele que é um mergulho no livro, nesta criação de outros mundos,
nessa peregrinação às áfricas interiores?
“Se o mundo dos objetos palpáveis e vida prática, não é mais real que o mundo das ficções, dos sonhos e dos labirintos, então
pode ser que o autor de artifícios verbais tenha mais direito à condição de demiurgo que qualquer outro candidato”, escreveu Samuel
Titan Jr., falando sobre Borges.
Hoje, a realidade chamada virtual fica sendo mais importante que o humano propriamente dito.
Uma personalidade não aparece porque é boa, mas é boa porque aparece.
Vivemos uma mudança de época e não uma época de mudanças.
Ou está inapelavelmente decretado que não há nada mais a fazer, que o destino já rabiscou todos os destinos?
Queremos um modelo de consumidores ou de cidadãos?
Aceita-se passivamente um mundo onde são as coisas que comandam e não os valores.
Queremos pessoas abúlicas, inertes, numa globalização onde impera a uniformidade e não a igualdade?
A literatura é um sonho do eterno. Sua morte tem sido decretada diariamente.
Mas por que ela continua tão viva?
Pois há dentro do homem uma sede de infinito que nenhum modelo meramente mercantil pode saciar.
EMANUEL MEDEIROS VIEIRA(*)
(*) Emanuel Medeiros Vieira, natural de Florianópolis, de tradicional família, reside atualmente em Salvador, Bahia. É escritor e poeta.
Seu romance “Olhos Azuis – Ao Sul do Efêmero”(Thesaurus Editora/FAC, Brasília,2009), recebeu o Prêmio Internacional de Literatura,
promovido pela União Brasileira de Escritores – UBE, em 2010. Foi contemplado com o respeitado “Prêmio Lúcio Cardoso” para o
melhor romance – na avaliação da entidade – publicado no Brasil em 2009. Tive a satisfação de ter meu comentário sobre a obra
publicado no Jornal da ANE e em blogs. (ms./)
Catedral Metropolitana de Florianópolis
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SÓCIOS CORRESPONDENTES
ORAÇÃO
Meu Deus! – Um Novo dia,
te agradeço pela vida
te agradeço pelos tempos alegres
– e também duros,
te agradeço pela “Taquara”
em que me fizeste,
que se dobra com o vento – resiste –
e não quebra.
Te peço um pouco mais de tua suprema
sabedoria para vencer
todos os males
AO RAIAR DO DIA
dos nossos Tempos.
Não sei que horas são
ANNEMARIE MULDER-HENDEL
Deve ser cedo ainda
Arraial do Cabo, RJ
E eu já com esta saudade infinda
É como se não te visse há semanas
É como se me assaltassem necessidades insanas
Não há relógio que comande o meu coração
Cedo ou tarde de noite ou de dia
És sempre a minha inspiração
NOITE DE TANGO
O pipilar dos passarinhos anuncia
Há tangos ecoando no jardim
O raiar do dia
Na calma duma noite aluarada,
E eu sinto no ar uma vibração
E os violinos, de alma enamorada,
É como se fosse uma canção
Soam pela alameda, sem ter fim.
Doce e forte como a nossa relação
Que de corpo e alma me arrebata
Voando com sapatos de cetim,
No céu ainda brilham estrelas de prata
Ela caminha etérea, embriagada
És o ouro do sol que colore a minha jornada
Dos beijos que trocou, apaixonada,
Desde que raia a madrugada
Leva, nas faces, rosas de carmim.
LEATRICE MOELLMANN
Florianópolis, SC
E ele, de coração saltando o peito,
A conduz, docemente, p´ra o salão
Ao som que, no momento, está surgindo,
Rodeia-lhe a cintura, com preceito,
E pegando na suave e nívea mão,
PASSOS
Começam a dançar um tango lindo.
Piso macio, piso grama...capim?
ANTÓNIO JOSÉ BARRADAS BARROSO
Sei lá, piso...deslizo...sonho!
[In:”...antes que chegue o inverno, pág.108]
O tempo...passando, correndo...
Parede, Portugal
Corro também, voo!
Crio asas, subo no vento...
Transponho as galáxias.
Flutuando chego ao infinito,
Me deslumbro...assombro.
Luz, paz, alegria, felicidade,
Transforma-se meu ser...
Sou verdadeira,
Sou total.
LUCY GOLINO
Belo Horizonte
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SÓCIOS CORRESPONDENTES
SONHOS I
Eu caminhava por todos os sonhos
Apanhava ouro na aurora do dia
Enchia a sacola do tempo
De imagens e de belezas.
Vasculhava a vida, podava as cores da terra
e plantava girassóis nas soleiras das janelas.
Atravessava pontes e bebia a água
das fontes claras.
Andava por caminhos floridos
VAMOS SAIR . . .
deixar o copo com sede
e as estradas cansadas,
não acordemos o sol agora
ainda há muito a se descobrir
nesta escuridão,
agora, falemos de nós . . .
que tal encher o copo,
marcar as estradas,
acender o sol,
assim poderei ver
com melhor nitidez
a cor da solidão.
NEOMAR NARCISO CEZAR BORGES JÚNIOR
Florianópolis, SC
e planícies encantadas.
Altas árvores, sons e ressonâncias.
Sonoridade mística, versos e rimas.
Bailava ao sabor dos ventos nômades
em noites estreladas.
Brincava com a lua e vestia a noite
com laços brilhantes de ternura.
Enfeitava a vida com sonhos
e verdes esperanças.
Embalo de tempo, cânticos,
Ritual e harmonia perfeita.
Quem dera que a vida de sonhos, assim fosse!
ELOAH WESTPHALEN NASCHENWENG
[In: Fragmentos, pág.81]
Florianópolis, SC
TEMPO
AMEI-TE DOCEMENTE
Há muita gente por aí que sabe
Que eu gosto muito, muito de você
Embora o nosso amor assim se acabe
Ao menos sem saber qual e por quê
Acostumei-me a suportar na vida
As faltas que você pode causar
Amei-te docemente, sofri suavemente
Espero que um dia hás de voltar
Mas pode ser que eu pense muito em ti
E que não poderei mais te esquecer
Pois há muita gente por aí que ainda sabe
Que eu gosto muito de você.
NÉLSON CARNEIRO
São José do Rio Preto, SP
Perguntei ao Tempo
Por que quando dois seres cintilam,
na mais alta harmonia sem ao menos
sentir a brisa passar
Não podemos neste tempo parar?
Ou nele voltar?
Será que naquele momento você parou?
Porque tudo o que eu via era uma
orquestra em perfeita sintonia.
Não te vi, oh Tempo!
Aonde você estava?
O relógio parou e tudo flutuou
sem nem uma discórdia ou ironia
Foi onde sussurrou que independe dele
e o que vale é a magia
Podemos construí-lo, desperdiçá-lo,
atropela-lo
ou simplesmente degusta-lo.
(07-08-2011)
ANDRÉIA PEREIRA
Blumenau,SC
,
15
SÓCIOS CORRESPONDENTES
Sensível e furtiva
A alma se assenta
Voa o espírito
Busca sua Luz
Abrem-se as redomas
Um menino solitário
Incorporam-se os
sonhos.
De alma grandiosa
No místico embalo
A HISTÓRIA DO SOL
Jogava bola num bosque
Debruço-me
Bola maravilhosa
Em profundo devaneio
Bordo meus versos.
A bola era amarela
Eloah
O menino! Mágica fazia...
Jogou a bola pro céu
E começou a aparecer todo dia.
Em forma de luz aparecia
Esquentava o homem no mar
A criança que brincava
E o idoso a caminhar.
Aquecia toda a terra
SAUDADE, DURA REALIDADE
Ia embora com o luar
QUE AMADURECE A ALMA!"
Ao Edson
Quem diria o sol
Seria a bola jogada
Pelo menino
Saudade não se embrulha para presente,
Que mágica fazia.
mas se aloja no coração.
se eu pudesse me livrar da saudade,
MÁRCIA REIS BITTENCOURT
não deixaria sangrar o meu coração.
Canelinha,SC
Passam instantes, momentos,
tempos que só se vão,
Não vejo o tempo de volta, para arrancar
esta saudade de dentro do meu coração.
Se eu pudesse, eu iria visitar a imensidão,
só para te-lo por mais um momento
e curar a dor deste meu coração.
Saudade, palavra tão dura,
que dilacera o coração.
Só me livraria da saudade, se me debruçasse
em teu peito e ouvisse de novo,
o pulsar do teu coração!
Não me iludo com a saudade e aqui,
dela não me livrarei,
Mas um dia no céu, o encontrarei,
e a felicidade,
enfim contemplarei!
EMERITA BETEL DE OLIVEIRA E SILVA
Carapicuíba, SP
16
SÓCIOS CORRESPONDENTES
APRENDIZADO
Faz mais de 36 anos
Que eu deixei de andar
Não estava nos meus planos,
Mas eu tive que concordar.
Tive uma perna amputada,
Já fui um cadeirante
A outra perna está atrofiada,
Mas a mente está atuante.
QUEM NASCE EM MINAS
Quem nasce em Minas
Economiza nas sílabas
Porque a prosa é longa
Faz mais de 16 anos
Que eu vivo numa cama,
Mandei embora os desenganos,
Aprendo muito com meu drama.
Uai!
Quem nasce em Minas
Não fala, sussurra
Pra num quebrar o silêncio
Faz 14 anos que faço poesias
Já tenho 3 livros publicados,
Eles me dão muitas alegrias
E vários amigos abençoados.
Das montanhas de Minas
Sô!
Quem nasce em Minas
Até mesmo no Japão,
Eu tenho correspondente
Que recebe notícias do Sertão,
De clima seco e sol ardente.
Fala tão pouquinho
Causa de que
Mineiro é telepático
Né!
Aos meus amigos e leitores
Só posso dizer muito obrigado
Vocês diminuem minhas dores
E me deixam mais incentivado.
JOÃO BIRICO FILHO
[In: Esperança-Poesia,pág. 73, 2004]
Floresta, Pernambuco
Quem nasce em Minas
Tem fome de letras
Come as palavras
Por isso é Poeta
E num é!
Quem nasce em Minas
Sabe que pingo é letra
Tem parcimônia na fala
Mas quando se junta
Funda Banco, ou
Faz música bonita
No Clube da Esquina
Né memo!
ARNALDO GOLINO
(25.03.2012, 03.00h)
Belo Horizonte, MG
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SÓCIOS CORRESPONDENTES
CANÇÕES DO CLAUSTRO
AMOR
1. A NOITE
Quero um amor verdadeiro
Guardava na limpidez da cela seca
Um amor diferente
Cavalos e gosto de mel
Que caiba no meu peito
Que da memória lhe escorriam.
Um amor sobrevivente
Sinos calavam os dias,
Porém, às noites, urravam
Quero ternura e aconchego
Fome de luas e andanças
Um amor livre da febre da paixão
Escondida em folhas do missal.
Um amor romântico
Que caminhos caminhados!
Que nasça do coração
Que bosques de oliveiras!
Que palmitais escondidos
Quero um amor-companheiro
Em longas vestes negras!
Cúmplice e sem mordaça
Claustros de luz e brasas
Que seja perene o bem-querer
De tocos soltos na aurora
Não importa o que se faça
E já tão logo dormidos.
Ao longe ninam-se sinos
Quero um amor feliz
Barrigudos como badalos de ferro
Com os laços dos que se amam
Enquanto o monge passeia
O prazer dos caminhos conhecidos
Seus desejos de prata
Livres dos grilhões que aprisionam
Na escuridão deslumbrada
De tanta força perdida.
Quero a arte de cultivar o amor
JULIO DE QUEIROZ
O prazer dos apaixonados
[In: Revista da ACL,n.23-2008, pág.38-39]
A felicidade dos que amam
Florianópolis, SC
E a beleza de ser amado.
ALCIDES CALAZANS
(25.8.2011)
Florianópolis,SC
SEM DIREÇÃO
Como os candelabros
apagam suas chamas
por uma rajada de vento revolto
Indignação e tristeza
A vida como a chama se consome
na existência do ser mulher, homem
Na escuridão nos encontramos
Tudo silencia após um ai de surpresa
Em cada peito acelera os batimentos
O que os olhos não veem
o nosso eu, temor sente
Assim nos deparamos às vezes
com situações inerentes
A FLOR DA MARCELA
Era num mês de outono
O mês de colher a marcela
Acordei cedo com meu amor
Fomos lá num lindo campo de flor
Colher a flor, para o travesseiro dela.
Estávamos nós dois sozinhos
No campo entre o céu, o sol e o mar.
Eu dei um beijo nela no meio da marcela
Envolvida com o cheio da flor
Eu disse Vera, eu quero te amar...
Tudo vemos aos nossos olhos
De repente, perdemos a direção
O rumo, o caminho
No escuro do obscuro
nos perdemos nas sombras
do que não vemos.
Escurece como a sombra noturna
Tudo é possível na claridade do dia
VALTER OSVALDO SANT´ANA
(07.05.2011)
A alma sente a luz penetrar
O negrume das noites sanar
Ela se recolhe, se encolhe
Tem até medo de abrir seus olhos e olhar
Momentos na vida nos falta iluminação
Discernimento e a própria razão
Oh, Deus, tem misericórdia,
me estenda Sua Mão!
MARINÊS POTÓSKÊI
Pato Branco, PR
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SÓCIOS CORRESPONDENTES
QUEM SOU EU?
Quebrei o teu prato
Eu sou o cantor
Tranquei o meu quarto
Que canta todas as manhãs.
Eu sou um ciscador
Bebi teu licor
Que cisco minhocas.
Já arrumei a sala
Eu sou valente...
Já fiz tua mala
Enfrento patos, galinhas,
Pus no corredor.
Gatos e outros animais ferozes.
As minhas cores são cinza, branco,
( Bilhete, de Ivan Lins e Victor
Martins
Laranja e vermelho.
Gosto de andar no terreiro,
Gosto de voar,
Adoro brincar,
Com meus amigos.
Eu sou o cantor,
Mas, não sei tocar violão.
Não sei tocar piano.
MOMENTOS
Não sei tocar guitarra.
Não sei tocar bateria.
Não sei tocar cavaquinho.
Há momentos de tua vida;
Enfim, não sei tocar
Que você para e silencia.
Nenhum instrumento musical...
Pensa na época percorrida,
Não sei compor músicas,
Época de tristeza e alegria.
No entanto eu sou o cantor.
São momentos marcantes
Sou um cantor famoso
Que você jamais se esquece.
Acordo muito cedo
Mas os mais importantes
Para cantar
Foram aqueles que tu estavas em prece.
Meu nome é Galo Cinza.
MANOEL MÁRIO REIS BITTENCOURT
Orando em outro lugar tu te sentias
(Poema escrito quando Manoel tinha 10 anos).
Um lugar de harmonia e amor!
Canelinha, SC
Suas mágoas você esquecia
Conversando com Nosso Senhor.
Muitos momentos você pensou, parou...
E o último momento de sua vida chegou....
JANETE VEIGA
Itaiópolis, SC
Não sei
Que intensa magia
Teu corpo irradia
Que me deixa louco assim
Mulher
( Mulher, de Custódio Mesquita e Sadi Cabral
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AOS POETAS MORTOS... FONTES DE MUITAS INSPIRAÇÕES!
SYLVIA AMÉLIA CARNEIRO DA CUNHA
[*Rio de Janeiro, 3 de novembro de 1914—+Florianópolis, 10 de março de 2012]
Justa homenagem feita no Boletim “O Trinta-réis”, n. 62, maio-junho 2012, ano XVII , órgão de divulgação da Academia São
José de Letras, presidida por Artemio Zanon, , a esta mulher que conheci quando estava no exercício de Secretária das Câmaras do
Conselho Estadual de Cultura, sob a presidência de Osvaldo Ferreira de Melo, que esta RVS já homenageou em 2009.
No Conselho estive por oito anos, saindo para ser Supervisora em um colégio estadual e dali para o Instituto Histórico e
Geográfico de Santa Catarina onde encontrei com Sylvia Amélia novamente. Antes ela havia sido minha professora de Estenografia no
Curso de Secretariado do Colégio Catarinense, curso este pago pela Cotesc(Telesc) a seus funcionários, para melhor desempenho de
suas funções.
Pois bem, peço licença para o confrade Artemio Zanon e transcrevo parte do que ele publicou no referido Boletim, pois
conseguiu colocar com propriedade a vida e a obra desta extraordinária mulher, gentil, amável para com todos e para comigo, um
carinho especial. Partiu dela a proposta de enviar, pelo Conselho de Cultura, os agradecimentos daquele órgão por meu trabalho de
oito anos. Coisa que se guarda no coração.
Extraímos, portanto, do Boletim, o que segue:
“ Filha de Silvino Elvídio Carneiro da Cunha e de Consuelo Richard Carneiro da Cunha... fez os cursos: primário no Colégio
Coração de Jesus (Florianópolis,1922-1925); secundário (idem,1926-1931); médio (Instituto Comercial do Rio de Janeiro e Escola
Prática de Comércio de Santa Catarina, 1932-1934)(*), e superior (Faculdade de Direito de Santa Catarina, 1950-1955, colando grau
na data de 8 de dezembro, no Cine Ritz).”
(...) Exerceu a advocacia(**), o magistério superior (por concurso), cargo técnico em Administração no IAPI e o jornalismo.
(...) Participou, efetivamente, em certames culturais, na imprensa, detentora de vários certificados de conclusões de cursos, foi
conferencista e palestrante; sua atividade cultural foi intensa como escritora e oradora.
(...) Sylvia Amélia é autora de A Taquigrafia em Santa Catarina(1939), A Técnica Comercial e Processos de Propaganda (1942),
A Natureza Jurídica da Convenção Coletiva do Trabalho(1955), Livros de Ajebiana(1979), Ajebianas de Sul a Norte, e Poemas do meu
caminho(1993), e Gustavo Richard – um republicano histórico em Santa Catarina(Editora do Senado, 1996).”
Sylvia Amélia participou ativamente não só da Academia Catarinense de Letras bem como do Instituto Histórico, fazendo parte
das diretorias e publicando textos de sua lavra em antologias e revistas. No Boletim citado há um minucioso trabalho com a lista da
produção literária desta insigne mulher.
Recebeu prêmios, foi homenageada em sessão solene no Instituto Histórico, enfim, em vida recebeu a coroação por seu
trabalho.
Em 2009, repetimos, a Revista Ventos do Sul prestou uma homenagem a ela. Encaminhamos a Revista à sua sobrinha que já a
tinha sob seus cuidados, mas cremos que já não apresentava condições de memória para usufruir daquilo que publicamos, mesmo
porque nada recebemos dela. Valeu, no entanto, nossa homenagem a esta doce mulher que no momento em que necessitava valer
sua autoridade, assim fazia, sem levantar a voz.
Sylvia Amélia era ternura, Silviamélia, como assinava seus poemas, era uma Mulher de Verdade. Nosso carinho eterno e a
nossa saudade.
(*) No prédio onde funcionou a Escola de Comércio abriga, desde dezembro de 2011, o Instituto Histórico e a Academia Catarinense
de Letras, instituições as quais Sylvia pertenceu.
(**) Sylvia, como advogada, fez o desquite de Maura de Senna Pereira, anos 40, quando Maura saiu de um casamento frustrado e foi
para o Rio de janeiro, viver até seus últimos dias, um grande amor com José de Almeida Cousin.
(ms./)
20
DE BRAÇOS ABERTOS ...ESTAMOS!
A CARTA DO CELESTINO
Não podemos deixar de registrar, aqui neste espaço dos Amigos, o recebimento de mais uma Carta que intitulamos “A Carta do
Celestino”. A RVS já publicou na íntegra outras duas missivas deste eminente Professor, Palestrante, Membro da Academia
Catarinense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina que possui em sua bagagem excelentes obras sobre a
literatura catarinense. Se fossemos novamente escanear não ficaria nítida, então resolvemos transcrevê-la, pois ela mais uma vez
incentiva o Grupo de Poetas Livres a continuar seu trabalho em prol da literatura catarinense, especialmente a Poesia. Ei-la, na
íntegra.
“Florianópolis, 1º de maio 2012
Querida Maura
Neste Dia do Trabalho, tive o prazer de me deliciar com uma caminhada poética percorrendo o “Ventos do Sul” – nº 37, Julho a
dezembro de 2011. Mais uma vez, as 44 páginas me trouxeram à tona aspectos do poema que vem sendo cultivado pelo estado afora,
pelo Brasil adentro até a América Latina e, mais longe para alcançar o Japão (p.25) e a Espanha (p.19). Claro que estão reunidos na
revista diferentes níveis de poemas, entre eles, os de poetas já submetidos à lide há tantos anos como é o caso de Leatrice Moellmann
(p.13), do Júlio de Queiroz (p.13), Zenilda Nunes Lins (p.19), Alzemiro Lídio Vieira (p.25) e...claro, Maura Soares (p.33). – teus três
últimos versos estão excelentes. Os nomes não citados não significam “qualidade” ou “não qualidade”, são apenas vítimas de pequena
“folha em branco” e seu pequenino espaço. Como é o meu caso.
Aplaudo o hábito da revista de trazer poemas publicados em livro numa excelente oportunidade de trazer a público tanto o
poema quanto o livro (Da próxima vez, quando publicarem textos em língua espanhola publiquem também o original ao lado da
tradução).
Creio que o fato valoriza a revista. Não só o espanhol, mas qualquer língua estrangeira, mesmo que seja o japonês e o árabe!
Um abraço de muitos aplausos do Celestino.
(Celestino Sachet)
*Dada ciência em reunião do GPL, dia 03 de maio de 2012. Com carinho, acatamos a sugestão, porém ficamos com receio em
traduzir, pois não teríamos um Celestino Sachet ao nosso lado, PHD em Espanhol para nos auxiliar, eis que a RVS é feita em horas
inusitadas e por uma única digitadora. Nada obsta de convidar o querido Professor para umas próximas traduções. Teríamos que
enviar-lhe as poesias via correio postal já que o Professor ainda não está familiarizado com o computador. (Nota da RVS). Obrigada,
CONFLITO INTERIOR
FLORIPA TOTAL: ELOGIO CARIJÓ
(F)ilha de Geia e Netuno, de mar e morros
nascida!
Desterro do Olimpo (no verde curul)
Do carro dos deuses, que viaja no azul!
Floripa das Bruxas! Oh Deusa do Sul!
Ilha divina (que as núpcias demonstram)!
Corpo tatuado, com prédios e vias
Ah teus colares de pontes e carros,
que Ivo e Salles, Ivo e Salles
Noite e dia!
De tão linda tu me olhas
(como a imagem de Jesus)
De tão minha tu me abraças
(com a Ponte Hercílio Luz):
No universo da minha mente
COMO HAS TARDADO TANTO
pensamentos antagônicos
¿Cómo has tardado tanto?
digladiam-se
Para ti ya se que son unos días,
pelo controle dos meus
para mi ha sido un siglo
sentimentos.
y por favor, no te rías.
Uns tentam desviar-me do que
Que culpa tengo, amigo mio,
e de quem gosto
de haberte tomado afecto,
Outros defendem o que sinto
no siempre se encuentra eso,
por minha musa
una amistad y respeto.
e pelos meus ideais poéticos.
Ser afines en muchas cosas,
Minha alma sentada
sobre todo en los versos.
na arquibancada
Con que gracia lees los míos
do meu coração,
aunque a veces haces gestos.
torce pela vitória
Nuestros encuentros casuales
do amor e da poesia.
no es que sean muy literarios,
ANTONIO PEREIRA MELLO
ahora el café con el bollito
Santa Maria, RS
es lo mejor de la tarde.
Bueno, y lo que viene después.
Ressuscitas-me paisagem
Tu te agarras a las fichas del domino
Se subo, e MORRO DA CRUZ!
y yo disfruto viéndote jugar
JOSÉ ISAAC PILATI
pues pones mucho calor.
(IHGSC, ADL, ALP, ACF)
Le he pedido al Señor Santiago,
[In: Prelúdio, pág. 37]
que también es mi amigo
que te de salud y suerte
y que te acorte el camino.
MANUEL GONZALEZ ALVAREZ
Madri,Espanha
21
DE BRAÇOS ABERTOS... ESTAMOS!
LA CORONA COMPLICA
CONFISSÃO
Esquivaría las formalidades
QUEM PODERIA SUPOR
Sinto tua leveza
como un mortal cualquiera
Eras a mais bela estrangeira
no abismo dos meus lábios
si no tuviera que adiestrarme para Rey
Que um dia conheci.
Tua beleza era tão grande,
e nas saudades adormecidas
Que igual eu nunca vi.
engulo teus desejos.
La enoja mi recelo
Trago sempre na boca
a la nueva delfina de Francia
o gosto da tua energia
No sabría qué hacer con esa rubia
Lembro-me com grande saudade.
Do teu rosto encantado...
e a cada momento
fantasio o instante
Prefiero al herrero con el que lucho
Desses teus olhos castanhos,
nos fios da memória.
Es más fuerte que yo
Que eram muito admirados.
LUIZ FERNANDES DA SILVA
Y me enseña.
João Pessoa, Paraíba
ROLANDO REVAGLIATTI
(Mayo, 1999)
Buenos Aires, Argentina
Como eras estrangeira.
TU E A ROSA
Uma rosa,
teu corpo.
Dos parentes e principalmente,
A fragrância,
tua presença.
Mas um dia resolveste
As pétalas suaves
a carícia de tuas mãos.
Isto voltar para Portugal...
Os espinhos, em seu caule,
por teu ciúme, sangram minhas mãos.
E principalmente a tua querida tia
BLACKBIRD U.S.A.
O voo livre do pássaro de metal
são penas de plástico
a iludir as massas
e o canto pré-gravado
e sampleado soa falso e adulterado
e o sonho de mundo melhor
é sepultado!
São aviões não tripulados
voos mortais a fazer vítimas
pelo mundo pobre...
Ei, senhor Robert Bales,
quem atirou e matou...
o meu sonho?
Sonho de liberdade...
e de um mundo melhor!
São penas sintéticas e abstratas!
Voos vazios
São voos não tripulados
a fazer vítimas invisíveis impossíveis!
São sonhos falsos
que alguém inventou
Quem tripula os “drones”
no jogo imortal
que ninguém vê?
O voo livre do pássaro de metal
e não tripulado
e a mira do senhor Robert Bales
Mira impossível e abstrata
que ninguém condena.
SAMUEL CONGO DA COSTA
Itajaí, SC
[email protected]
CONTEMPLAR
Contemplo essas paisagens
há muito sombrias
foi-se a primavera
de flores e alegrias
eis um vazio a me sufocar
neste existir
a ausência do amor
há de me extinguir.
JOSÉ VIEIRA
Galiléia, MG
Eu sei que falta sentias,
Dos teus amigos distantes...
De dona Amália tua tia.
Fazer o que mais querias.
Rever amigos parentes,
Quem poderia supor...
Tu e a rosa
dão vida à vida.
Que um dia me deixarias,
Passam os anos,
caem as pétalas,
mas em meu coração
viverá sempre uma rosa.
DONATO PERRONE
(representa o GPL em Buenos Aires)
[email protected]
Buenos Aires, Argentina
Nosso amor era tão grande,
Que a tudo se excedia.
VIVALDO TERRES
Itajaí,SC .
AMOR E CONFUSÃO
Manhãs de setembro...
Tardes de verão...
QUANDO A MANHÃ DESMAIA
(...)perfeição seria a gente ir
errando menos nossos dias...
(Poeta amigo Irineu Volpato,
Santa Bárbara do Oeste,SP)
Desenho mais perfeito de autoria de Deus
paste nossos dias imperfeitos
entre as pedras toscas do mato,
mastigue com seus grandes dentes
nossa gorda, antiga fome
deitada no campo de seca, rasa grama.
Paste nossa ira
nossas umidades invisíveis
porque a densa ausência de palavras
são feridas abertas
em nossas bocas fechadas.
O rio está longe do leito.
Não me confesso por mim
- a concordância é no plural:
Há tantos verões desaprendemos
nossa fome de viver.
(10.01.2012, São Francisco do Retiro)
LARI FRANCESCHETTO - Veranópolis, RS
22
Noites de inverno...
e madrugadas de confusão!
Estar ao seu lado é isso!
o mundo se agita!
tudo se transforma
e a vida parece ilusão!
É: frio na primavera,
calor no inverno,
insônia na madrugada
e chuvas no verão!
[In: Fragmentos D´Alma –Poesias]
NILSON MELLO
Florianópolis,SC
DE BRAÇOS ABERTOS ...ESTAMOS!
1º CLARIM
AGNELA... EM CONFLITO...
Cores correm macias
Escolhi o pecado...
na pele encantada
Encolheste-me!
Em mim mesma...
VESPERTINA ORAÇÃO
Aprisionada! Subjugada!
Quando a noite cala
Nego o meu ser!
e as sombras descem,
Já não sei quem sou...
e ao som de banjos
Será que tenho vida?
cantam os anjos,
Vida... Penso que existo...
e os querubins
Mas em outras dimensões e existências.
tocam seus flautins,
Corro de olhos fechados. Nada quero ver!
abro as algemas
Quero fugir de todos e de tudo...
do pensamento,
De mim mesma... Escolhi o pecado...
banho minh´alma
Devora-me!
com bons momentos,
Mas com quem, irei confessar?
trago as estrelas
Se nada existe!
bem junto a mim,
Correr é o melhor a fazer!
e diante da Luz do
Esconder de mim mesma. De todos!
Sagrado Manto
Na agonia morrerei.
reflexiono
Mas há vida? Já estou morta?
em nome do Pai,
Nada sei e nada saberei...
do Filho,
Esconda-me daquele santo!
e do Espírito Santo.
Divino simplesmente divino.
GILDÁSIO TABORDA BARBOSA
Símbolo do amor...
Sant´Ana do Livramento,RS
chega um Galo inteiro
pra acordar o sábado
nas ruas do Recife.
ESTA PRESSA
Esta pressa incontida de viver
Esta mágoa que me acompanha eternamente
Esta raiva de não ter vivido a vida
Já tanto se disse do mar,
do que esconde em labirintos
de sombra, do que é capaz
em suas raízes magnânimas.
Mas não se disse tudo,
o que ele próprio não pode
dizer: o mistério em que se faz
mar: nada mais, nada menos.
O poeta, imerso nas travas
e trevas da língua, desespera-se.
O mar, porém, o aguarda
– sem ranço ou rancor. Bem sabe
que o poema é isto: o vazio
que sustenta o vazio; um litro
de vodka na superfície do acaso.
ALCIDES BUSS
[In: Janela para o Mar, pág. 30]
Este não sei o quê de melancolia
Esta miséria humana de que sou feita
Esta ânsia de ter que esperar a noite
Sempre que abrimos uma porta o inesperado
poderá já estar à nossa porta e devemos
ter a certeza que nossa mente conduzirá
o nosso estado. Se assustador for, é porque
já esperávamos por isto.
Momentos que se repetem na vida e nunca
aprendemos a conduzi-los sem que algo
possa sair de errado. Estes desacertos
provém
dos pensamentos, pois muitas vezes o que
vemos
é o que queríamos ver. Mudar as forças,
analisar
os ângulos, nada de precipícios, pois
podemos evitar
muitas quedas. Aprender a controlar o lado
emocional
que poderá nos dar os maiores problemas
centrais.
O coração tem muita força e vida, devemos
deixá-lo exprimir, explodir e reagir, mas
jamais
tomar conta de tudo. A união fará a diferença
e a força será apenas o início.
Portas que se abrem, janelas que se fecham
e podemos ter a certeza que em cada uma
delas
haverá lições
e forças para abri-las e para fechá-las...
(09.09.2005)
ADRIANA DA SILVA MOREIRA
LONGE DE MAIAKÓVSKI
Esta guerra fria permanente
Este pecado de ter que fugir ao dia
Em um mundo só meu...
Uruana, GO
[In:Digitais,inédito]
RECIFE,PE
REFLEXÃO – PORTAS E JANELAS
[email protected]
MALUNGO
www.myspace.com/sospoema2
Finjo estar viva...
DHIOGO CAETANO
esperando
do guiness book,
à minha volta.
Não sei quem sou eu!
um frevo de rua descansa
das páginas
Estou escondida no nada de um tudo
Nego o santo, divino, amor...
na praça Sérgio Loreto,
um novo fevereiro
Mas o que é amar? Que sou eu?
Esqueço que escolhi o pecado!
da rua da Aurora
Florianópolis, SC
Este futuro incerto e obscuro
Esta fuga solitária que procuro,
Faz-me sentir um grão de areia
Que no deserto vagueia
Por entre cactos passeia
Ao encontro do escorpião que sou feita...!
MANOELA BARROSO
(In: Inquietudes, p 22)
PORTO, PORTUGAL
LEMBRANÇAS
Meu passado nada me trouxe
A não ser a convicção de ser poeta.
Rimando minhas dores e alegrias,
Imaginando o futuro do nosso amor,
E agora que sofri tanto, não tenho certeza.
Certeza, pois mais sofri do que vivi,
Amando passei todos os meus dias
Renascendo a cada sonho vivido,
De nós quero ter a lembrança,
Ostentando a imagem dos teus olhos meigos.
Seja qual for o destino do nosso amor,
O que eu quero é jamais esquecer você.
FERNANDO CESAR GOMES MACHADO
(INGESC)
São José, SC
Florianópolis, SC
23
É NA ESCOLA QUE COMEÇA
Excepcionalmente abrimos esta página para estampar poemas de alunos da EMEF Antenor Nascentes - Rua Antonio Fernandes de Oliveira, 112,
São Paulo, Região de Santo Amaro, SP, em que as professoras trabalharam o Tema Amor. Como estava dentro do Tema do 1º Prêmio Licinho
Campos de Poesias de Amor, referente ao nosso 7º Concurso On-Line, achamos por bem acolher o material que nos foi enviado pela professora
Adenilza Almeida Lira para o referido concurso. O incentivo dado pelos professores, em todos os momentos da vida escolar, refletem-se na vida
futura. Cerca de 1085 alunos estudam em dois turmas com 16 turmas do Ensino Fundamental II e 15 turmas de Ensino Fundamenta I. A Diretora
é a Professora Denise Ribeiro de Carvalho. A RVS acolhe com carinho poesias singelas que tocam o coração. Na sequência, temos:
Amor: Sabrina Oliveira dos Santos (7ª ano A)
O amor: Bianca Mendes de P. Sobrinho (7º ano B)
Um lindo sonho de amor: Sulamita Oliveira de Sousa (8º ano B)
Amor à primeira vista: Fabiula Fernanda de Abreu ( 7º ano A)
Sentimentos: Luiz Felipe de Assis Teixeira ( 8º ano C)
Uma carta de amor: Felipe Pereira Moreira (8º ano C)
Simplicidade: Milena Silva Brito ( 7º ano B)
Uma simples carta de amor: Jéssica Apolinário Lima.( 7º ano A)
Sinfonia do silêncio: Profª Adenilza Almeida Lira
Pelo esforço, dedicação e iniciativa, abrimos uma exceção para Adenilza e publicamos seu poema junto aos alunos da EMEF Antenor Nascentes,
São Paulo, SP.
O AMOR
O amor é um objetivo
Que temos a alcançar,
Se não pode nos fazer chorar...
O amor é vida e morte,
Pois estando ao lado de quem se ama
Quer-se viver,
Mas estando longe
Quer-se morrer...
A vida nos traz várias surpresas,
Inclusive o amor,
Que para alguns é muito bom,
Mas que para outros talvez não...
O amor não tem idade,
Só vive o momento.
Também não tem escalas,
Só sentimento...
BIANCA MENDES DE P. SOBRINHO
(Nasc.: 11/01/2000)
Nome do responsável: Alessandra Mendes
Silvestre
São Paulo – SP
UMA CARTA DE AMOR
Hoje eu estou carente
Por um amor ardente.
Hoje sou prisioneiro da solidão.
Amanhã libertarei meu coração...
Amanhã encontrarei meu amor, minha paixão
Para trazer calor a este frio coração,
Mas tenho certeza,
Quando te ver:
Vou me ofuscar com sua beleza
E me afastar de toda a minha tristeza...
Hoje termino a minha carta dizendo:
Se entre duas pedras nasce uma flor,
Por que entre nós não pode nascer o amor?
FELIPE PEREIRA MOREIRA
Nasci.: 03/01/1999
São Paulo, SP
AMOR À PRIMEIRA VISTA
Subindo aquela escada, te encontrei e me
apaixonei.
Pensei que era ilusão, mas logo vi que não...
Dei desculpas para você falar,
Perguntei nome e tive resposta.
Até sem jeito fiquei.
Quando percebi correspondência,
Até cinema rolou...
Arrumação minha e buquê de flores dele
Pensava estar sonhando...
Sentada ao seu lado no cinema,
Bem grudadinhos ficamos.
Para você eu era linda
E por isso eu vi estrelas.
No final, sorvete foi um show,
Mas quem pensa que por aí ficou,
Saiba que a história ainda não acabou...
FABIULA FERNANDA DE ABREU
(Nasc: 27/09/1999)
Nome do responsável: José de Abreu
São Paulo – SP
SIMPLICIDADE
A vida é feita de coisas muito simples.
Cada um tem um jeito de se expressar.
Muitos não sabem dizer “Eu te amo”
E acabam deixando passar certos momentos
Ou a chance de serem ou fazer alguém
feliz...
Para viver feliz não é preciso muito.
Apenas um olhar, um carinho,
Um aperto de mão, um sorriso,
Um beijo, uma brincadeira sadia...
Então, viva cada instante com amor e
dignidade
E conte aos seus filhos e netos o segredo
Para se viver feliz:
O amor é tudo o que importa!
MILENA SILVA BRITO
(nasc 12/04/2000)
Nome do responsável: Lizania Silva S.Brito
São Paulo – SP
24
UMA SIMPLES CARTA DE AMOR
O amor é aquele que nunca acabará.
Fica para sempre no coração.
Quanto mais longe você pensa em ir,
Mais perto ele quer ficar...
O amor nunca se separará de você.
Até o fim do mundo ele irá...
JÉSSICA APOLINÁRIO LIMA
Nome do responsável: Silvana Rodrigues
Apolinário
(nasc. 20.11.2000)
SÃO PAULO, SP
UM LINDO SONHO DE AMOR...
Amor não é tentar rimar
Nem se olhar.
É somente uma expressão
Que vem do fundo do coração...
Se o amor fosse ficar perto
Eu então estaria sempre junto a ti,
Pois só em ti sinto o calor
E uma união sem fim...
O amor é igual ao calor,
Bate forte, sem dor,
Com palpitações sem parar
E que nos faz sonhar...
O amor pode ser apenas um sentimento
Que está preso ao coração,
Mas mesmo assim o sinto
E por ele tenho imensa satisfação...
SULAMITA OLIVEIRA DE SOUSA
(Nasc.: 10/07/1998)
Nome do responsável: Maria Cristina
Oliveira de Sousa
São Paulo,SP
É NA ESCOLA QUE COMEÇA
SENTIMENTOS
SINFONIA DO SILÊNCIO
Ouvir uma canção
É melhor do que chorar...
Sem sonhos suaves
Saudade sente somente
Sinto tanto calor
Se o som silencia.
E meu coração não vai se entregar...
Sentidos simples sucumbem
Ao soar dos sinos silenciados.
Não vou esperar que o mundo acabe.
Sem sinais similares
Vou sorrir, curtir e aproveitar,
À sua suavizada sina
Caminhar e lutar até o fim...
Salta sozinho suavemente
Principalmente acreditar
Sobre símbolos de sagacidade.
E não parar até chegar lá,
Súbito sente silenciar sentimentos
Pois meu amor virá...
Solitários salvando-se somente
Na santidade desta sinfonia...
Eu vou acreditar,
Lutar por quem eu gostar...
ADENILZA ALMEIDA LIRA
Pode estar para chegar ou não,
Professora da EMEF
Mas não vou desistir,
SÃO PAULO, SP
Pois quem sonhei estou a buscar...
A dor às vezes vem para derrubar
E tentar nos derrotar,
Mas terei que lutar
Até o meu amor comigo estar...
LUIZ FELIPE DE ASSIS TEIXEIRA
(Nasc.: 08/10/1998)
Nome do responsável: Selma P. de Assis
São Paulo, SP
AMOR...
Esse amor que estou falando
É o verdadeiro...
Aquele que todo mundo sente
Quando se está apaixonado...
Aquele que faz parte da vida
E que em tudo quer estar...
É eterno e por isso mesmo
Nunca deve ser tirado do coração...
SABRINA OLIVEIRA DOS SANTOS
(Nasc.: 29/01/2000)
Nome do responsável: Maria da Luz T.
O. Santos
São Paulo – SP
Adenilza de Almeida Lira e os alunos que enviaram poemas ao 7º Concurso Online—1º Prêmio Licinho Campos de
Poesias de Amor, com seus Certificados de Participação.
25
PROMOVENDO ...POETAS DO GRUPO
Destaque para José Luiz Amorim, na 2a. Maratona Cultural de Florianópolis em 25 de
março de 2012, quando declamou o poema “Desterro” de introdução ao “Rancho de
Amor à Ilha”, de Zininho, com a Banda Dazaranha ( que completou em 2012, 20 anos
de atividades artísticas), tendo por local o Parque de Coqueiros para um público de
cerca de 5.000 espectadores. Foto de Carol Grechi.
SUBLIME
CANTILENAS
Leito breve território
CANTILENA Nº 1
De corpos transitórios
Sublimando poesia
A vencer obstáculos
Vou levando a vida assim.
Ausente em oráculos.
Vou cantando melodia
Pra não ser o fim do fim...
Cama, fofa e macia.
Onde o eterno principia
CANTILENA Nº 2
Seguido de inúmeros ais
Trago mantra, quero rezar,
A afinar cordas vocais
A vida encanta poetizar...
Estado único, à tona.
CANTILENA Nº 3
Risos deitados extasiados
Trago em minha alma
Com leve ar de pernoitados
Cantilenas para cantar,
Novamente olhos se tocam
TRISTEZA
Sei que é noite
Não vês meu rosto, minha face.
Mas a aurora vai chegar...
Uso máscara.
Medos
E corpos se encontram
CANTILENA Nº 4
Receios
JOSÉ LUIZ AMORIM
O amor alimenta a alma
Incertezas.
www.poetailheu.blogspot.com
O néctar, o beija-flor
Máscara da ilusão.
E que assim, eterno seja...
Máscara dos nãos.
ALZEMIRO LIDIO VIEIRA
Procuro reter, sob minha face encoberta,
Além do que encontram.
os anseios de uma vida não vivida.
Atrás dos obstáculos que não quero
ENCANTAR
ou não consigo transpor,
SEGREDO
vivo.
Desencantar tem duplo entendimento:
desiludir, perder,nublar a vida
Segredo, quem o não tem?
Ou sobrevivo?
ou achar, encontrar coisa perdida:
Segredo de amor, segredo de dor,
Na busca de me reservar,
pode ser dito desencantamento.
Segredo que se guarda a sete chaves
encontro-me no ostracismo.
Segredo que faz mal
Quero me desvendar, deixar cair a máscara
Prefiro, minha linda, o encantamento
Segredo que faz bem.
e poder olhar a vida por outro prisma.
de uma flor divinal, quase escondida
Meu segredo é tão bom
Não consigo.
no jardim do teu ser, tão florescida,
Me faz feliz
Renego meus sentimentos.
que trespassa no olhar com sentimento
Dá-me forças na dificuldade
Revolto-me.
Alegra-me ao recordá-lo
Choro e, por entre lágrimas,
da fada celestial, nos sonhos meus.
É mais sonho que segredo
sinto o tempo escorrer.
Eu desencanto o canto do meu peito
É tão bom saber guardá-lo
Nego minha existência,
plantado com doçura, o mais fecundo!
Não dividir com ninguém
nada me faz enxergar a felicidade.
Para que fique comigo
Vivo por viver.
Daí que toda noite eu rezo a Deus,
Aqui agora e além
ADRIANA CRUZ
pra que ele desencante o amor perfeito
(2005)
que se encontra escondido no teu mundo. ALCITA VARELA CORRÊA LEITE
CACILDO SILVA
In memoriam
[In: Alma e Angelitude, pág. 53]
[In: Poemas e Lembranças, pág. 72]
(Falecida em 12 de maio De 2012)
26
PROMOVENDO ...POETAS DO GRUPO
DIVIDINDO A POESIA
AH, SE O POVO DESCOBRISSE...
Na praia da Armação
Morava um tal alemão
Veio de terras distantes
Para fazer habitação
Não tenho i Phone, nem I Pad e nem I Pod
Como é que pode?
ENVOLVIDOS
Portas da paixão se abrem
lúbrico desejo de te amar me envolve
E foi nesta bela praia
Que se deu o arrastão
Pescou-se muita baleia
Trazendo até a areia
O peixe da imensidão
e um lençol de fogo
Tinha osso, tinha óleo
Para encher o lampião
Enquanto meu pai tocava
A música no violão
quando meu corpo te busca
Dedilhava cada nota
Com o som do coração
Este era o Seu Carmo
A minha grande paixão.
me aquece e me cobre
árdego fogo
que meu interior chamusca
deixa minha alma em ebulição
e a carne em festa
sem pressa comemora
Não sigo as tendências para criar um “new look”
E pasmem, não estou no facebook!
Hoje a educação é à distância
O amor é à distância
E ficar fora do que é virtual
É perder em qualquer instância
As compras são virtuais
Em sites atraentes e até coletivos
Compramos desenfreadamente
Nem sempre com plausíveis objetivos
e essa incandescente chama
faz corpos amados serem ceias
cujo apetite são sementes
que o amor como o mar
Na rádio só toca Michel Teló
E a música que todos cantam
É ruim que só
que a areia na praia semeia
Ele tocava até rabeca
Após a pescaria
Mas, imagine a euforia
Quando na praia chegava
A baleia a revelia
E havia o pasquinzeiro
E de olho ele estava
Para fazer um novo verso
De tudo o que se passava
Quem ia ver a baleia
Prestasse muita atenção
Se desse alguma bobeira
Dava aquela confusão
Com certeza no outro dia
O assunto ele seria
Mas o autor da história
O povo não conhecia
e esta agradecida
suavemente, se deixa envolver.
LICINHO CAMPOS—In memoriam
[In Lascívia, pág.41 e
Folha de Coqueiros, ANO IX, n.87,
julho 2005, Coluna do Barão]
Fico entristecida
Pois quase não se escrevem
mais cartas manuscritas
Agora é tudo impresso
Proveniente de tecnologias infinitas
Sinto saudades de minha mãe gritar:
ESPERANÇA
Vocês se perguntam:
Por que ter esperanças
Se por todo lado vê-se
tristezas nas pessoas
No que dizem no que fazem
Com tanto medo e desesperança
Para encontrar o que desejam
Às vezes pensamos em revidar
O mal com outro mal
- Guria, sai do telefone!
Hoje falo o quanto quero por centavos
na minha operadora
E pessoalmente já não tem assunto
Porque foi esgotado pela emissora
Eu quero é descer da nave
Mas já não há outro destino
Ou me insiro nesse mundo
Ou permaneço em desatino
ANA CRISTINA RIBEIRO CASCAES
Mas não se iluda
Só com a esperança
Ma se o povo descobrisse
Quem o Pasquim escrevia
Se tem a felicidade
Eu lhe digo com certeza
Uma surra levaria!
esteja nos matando
ANTÔNIA MARIA GAMA
Mesmo que os outros carreguem tristezas,
Mesmo que a derrota
Precisamos ser alegres
devemos ser corretos.
Mesmo que haja incorreções
por todos os lados.
Não é porque há tantas
tristezas no mundo inteiro
Que você deva ser um triste a mais.
Vigie-se
Deus dá a cada um
O que merece...
THEREZINHA CACILDA MONTEIRO MANN
27
PROMOVENDO ...POETAS DO GRUPO
O SER AMADO
Quem ama de verdade
quer o bem da pessoa amada.
Por nada deste mundo
quer vê-la humilhada.
Quando se está com o ser amado
as noites são mais pequenas.
A lua fica mais clara
a vida é mais serena.
Com amor e sinceridade
a vida é mais bonita.
A gente fita o céu
a beleza é infinita.
Com amor e carinho
vive-se com alegria.
Parece que ouço um concerto
com uma bela sinfonia.
MAURILIA FREITAS
[In: Minha saudade, pág.62]
CICLO
Como um beija-flor que beija a flor
sugando seu néctar,
assim tu chegaste.
Te apoderaste de mim,
bebeste a minha seiva
e voaste para outras flores.
Ser errante
de muitos lugares visitados,
outras flores beijaste,
seus néctares absorveste
e também partiste.
Murcharam minhas pétalas
que róseas buscavam
todos os dias os raios do sol.
Caíram uma a uma no ciclo
de vida-morte-vida
de todas as espécies.
O chão fertilizou,
as pétalas renasceram.
Nova vida,
novo beija-flor pousou em mim
SER LIVRE
Desejos de liberdade...
Talvez outro país, outra cidade,
conhecer novas pessoas,
novo ambiente...
Deixar meu chão, minha gente...
Sei que o sorriso e o rosto amigo,
em pensamento estarão comigo.
Mas, e quando bater a saudade
do meu céu cheio de estrelas,
meu jardim de belas flores
e o canto do sabiá?
Do cheiro da terra molhada,
do mar azul e das matas,
da água fresca das cascatas...
nada que eu possa levar...
Chorarei então, num lamento,
relembrando cada momento
que não soube aproveitar.
EUNICE LEITE DA SILVA TAVARES
EM HOMENAGEM AOS MEUS FILHOS
...e nem era Primavera.
GLORINHA E SÉRGIO
No jardim da minha vida
Quatro rosas e quatro cravos
Jesus me deu
Todos sadios e bonitos
Eu criei com muito amor
Pensava que todos eram meus
Depois de 56 anos
MAURA SOARES
(14.09.2010)
www.lachascona.blogspot.com
DO OUTRO LADO
Às vezes olho e não me vejo,
Uma rosa Jesus mandou buscar
Eu não conseguia me conformar
Depois de cinco meses
Para nós mortais e falíveis
Dividir o indivisível
E um lampejo revela outro aspecto do meu ser.
Surge um desejo sem fim, de encontrar o outro
lado de mim,
De o meu vir a ser...
Agora o poeta também entende
Um cravo Jesus levou
Disse que no seu jardim estava faltando flores
Eu fiquei desesperada
Cheguei à conclusão que neste mundo
Nada é nosso
É tudo ilusão
Jesus dá os filhos
Para as mães criarem
Não marca tempo e nem hora
De quando manda buscar
Eu peço para Jesus
Que das mães tenha compaixão
Tenha pena de mim
Cuide bem das nossas flores
Dentro do seu jardim.
MARIA DA ANUNCIAÇÃO PEREIRA
PERDÃO
Recolhe cada lágrima
que choras
Transforma em sintonia
teus ais
Busca na luta insana
a felicidade
REFLEXÃO
O poeta assim pensou
Assim verbalizou
E um dia
Assim escreveu:
É humanamente impossível
Vago pela mente infinita
Que pela própria vontade limita
A minha imortal essência.
Paciência, paciência...
Eis a virtude mãe dos desavisados,
Passados a limpo pela fase terrena.
Que pena! Tão adormecidos, neutralizados.
Do outro lado de mim
Vejo possibilidades sem fim,
Vejo meu ideal
Que apesar de real
Parece tão distante errante.
Que é altamente criminoso
Não dividir o Divisível
GERALDO PEREIRA LOPES
[In: Para SE (R)... encontrar, pág.84]
ATRAÇÃO
Quebram-se as algemas
Liberam-se as emoções
Soltam-se as amarras
Palpitam os corações
Vibram de alegria
Qual botão em flor...
Calam-se os sentidos
Unem-se dois lábios
Cheios de desejos
Num beijo temido
Busco a cada instante
Coroam o amor...
E por mais inconstante que pareça ser,
Estou consciente do meu outro lado, calado,
HERALDA VICTOR
Mas que um dia, assim de repente vai florescer.
[In: Travessia de ilusões, pág.61]
LENIR CÓRDOVA
Que o perdão não
seja tua maior
dificuldade.
IVONE LIDIA RODRIGUES
28
PROMOVENDO...POETAS DO GRUPO
DIVAGAÇÕES
Perdão
para evolução.
Eleva o pensamento.
Alivia o peso corporal.
Enaltece o ser.
Acordeon a refutar
transpassa com raça,
nota por nota.
Desbaratina a retina.
Segredos,
sonhados acordados.
Tropicália a escuta do silêncio.
Levita o alevino leviano.
Gemido sofrido calado.
Esbugalha os olhos esmerilhados.
Ramifica os sentidos plantados.
Esgoela o grito tido fivela.
Safira felina mergulhada
no manancial terreno.
Especula o óvulo óvni craquelado
na triste tristeza ameaçada no entremeio.
Veio, seio, reio satisfeito, mas incompleto.
Leve como pena.
Plumas salinas a completar novos
horizontes.
Zuni na predileta dimensão.
Desmancha a mancha e prolifera ondas
guarnecida por anjo vivo, perpétuo
em sua imaculada ingenuidade
de lidar convosco.
SANDRA REGINA CLARA
NEPOMOCENO PINTO
O DOCE SABOR DO AMOR
Nem tudo está perdido.
Assim como não está perdido meu coração.
Disseste-me que sim, mas eu te digo que não.
Não é porque me apaixonei que me perdi.
Se me perdi, foi e é por amor,
e nunca se está perdido, quando por amor...
O Amor é sublime e só nos faz crescer,
e quando se sofre, então não é Amor, é Paixão.
O Amor nos liberta, amplia nossos horizontes,
alegra nossos dias, horas e, principalmente,
noites...
Sim. Nossas noites de amor e de amar,
de amor por ti e de amar a ti.
Me envaideço nesse Amor, me enlouqueço
desse amor,
fazendo de um pequeno brinquedo
querendo brincar.
Fazendo de mim um pedaço a ser oferecido,
e outro pedaço a pegar...
Sim. Sou consumido e me consomes.
Bebo desse Amor, me embriago desse Amor,
como um viciado, um doido,
enlouquecido no doce sabor do Amor.
PEDRO ROBERTO OCKER
NOITE PLENA. VERÃO!
suavemente
aconchega-se, e dorme a tarde...
penetrante,
adeja a viração, avivando
um cheiro verde-vivo-de-mato...
maliciosamente
estrelas rutilam e se exibem...
displicentemente
cigarras e pirilampos
cravejam o ébano aqui...acolá...
numa cativante e nostálgica seresta...
espalhafatosamente
EMOÇÕES CONVERGENTES
a cascata, no silêncio sombrio da selva,
Olhos brilhantes
abandona o ventre da terra...
Lábios tremulantes
preguiçosamente
Mãos que procuram
o córrego, sinuoso se arrasta...
Braços que apertam quase tudo
cumprindo seu curso!
Não resta tempo para retirada das vestes.
***
Sussurros sem sentido que tudo
Que saudade gostosa, ah!
dizem no meio da respiração ofegante.
indefinível...inexplicável...
Aí, sim,a roupa se desfaz,
aparecendo o teu corpo quente e ***
minh´alma toda cheira a saudade!
deslumbrante.
MARIA VILMA NASCIMENTO CAMPOS
Nada me ofereces e tudo me dás.
Presidente-perpétuo do GPL
Ativos, nossos dez sentidos
[1962. Publicado em Devaneios, p.83]
explodem numa alucinação de amor.
Grito, gritas e nossas emoções
JAZ INERTE
convergem no ápice
Jaz inerte um corpo na avenida
da paixão e do prazer.
Sonhos esparramados,
SINVAL SANTOS DA SILVEIRA
Bagunçados
Nunca mais vivenciados
DISPARADA
O sol se esconde
A sombra do teu vulto
Nuvens espessas me encobrem
Os sentimentos fundem-se
A nostalgia invade minh´alma
Nas noites insones
A inquietude cresce
A vida passa a esfumar-se no tempo
E eu continuo na busca incessante
A galopar no tempo
Que avança em disparada.
NEUSITA LUZ DE AZEVEDO CHURKIN
Jaz inerte
Jaz se foram
Tudo que não poderia ter ido
Esperança
Inerte são os sonhos
Jaz, inerte
Tão inerte
Quanto este corpo jaz
Jazem os sonhos
Inertes em um corpo com vida
MARISTELA GIASSI
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NO MAR
Nas ondas, meu navio amola o casco
e retira as cracas.
O mar é longo e cansa os enjoados
das primeiras viagens.
Eu nunca deixei de marear nos anos
todos de embarcado.
Fundeados e atracados os navios
não passam.
A retinida quando enlaça o cabeço,
aumenta a esperança de festas.
As fêmeas de graça faziam a diferença.
Também havia moedas de trocas
para realizações dos aconchegos.
Nas adriças no mastro
há composição bonita
de galhedetes, bandeiras e cornetas.
Após a terceira cerveja já dizia:
Isso aqui tá um céu. E vamos que vamos!
Chegou o cisne-branco com presentes e dinheiro;
diziam eufóricas,as quengas agradáveis.
Marinheiros alegres e saudáveis desciam
pela escada-de-portaló já com
destinos pré-concebidos.
Os filhos-da-terra iam direto para
casa dos parentes. Dois ou três gatinhos saiam
depois da janta e iam para culto de crentes.
Creia:
Peixe é bom. Marujos contemporâneos
ainda comem sardinhas;
já Ulisses de Ítaca, amarrado,
gozou nos cantos das Sereias.
IVAN ALVES PEREIRA
[In: Há (mar) e Bebê (r) III,pág. 46 ]
A CIDADE DORME
A noite se envolve
em profundo silêncio
a madrugada é fria
o homem dorme no banco da praça
o frio não o incomoda
dorme tranquilamente
O vento passa despercebido
o cachorrinho procura
um lugar para passar a noite
as flores do jasmim-do-cabo
se abrem e enchem o ar com seu perfume
O céu pontilhado de estrelas
com a mais bela decoração
como se fossem pedras preciosas
as nuvens também decoram o céu
a lua caminha lenta
ilumina toda a terra
e a cidade dorme
A noite também se acomodou
e espera o sol nascer
para mais um novo dia.
DORALICE ROSA DE SOUZA SILVA
[setembro 2009]
PROMOVENDO POETAS DO GRUPO
O COLCHÃO
É no colchão que lágrimas
são absorvidas
pedindo perdão, falando de coisas
mal resolvidas
que às vezes não se encaixa no perfil
da pessoa amada, fingindo muitas vezes
pra não perder o foco do casamento.
É no colchão que corpos se encontram
pra momentos de amor e de conflitos,
onde se resgata carinho quase falido
num momento de desejo,
onde se diz eu te amo, te odeio,
onde o beijo é fervoroso ou simplesmente
por formalidade.
É no colchão que os abraços se encontram
durante horas ou se perdem
pelo resto de uma vida.
ZELI MARIA DORCINA
TEU OLHAR
Teu olhar!
Cintilar de estrelas
Que os meus procuram,
Sem cessar...
Como é doce perceber
Teus olhos vagando em mim,
De maneira tão intensa,
Sentir todo o teu querer...
Ah! como eu queria!
Permanecer nesse encanto,
Embargada de emoção...
Por todos os meus dias...
Nossos corações ao léu,
Sorvendo tal encantamento,
Nas asas da poesia...
Adoro fitar teu céu!
SONIA RIPOLL
[In: A quem amo, pág.11
MEU POETA
Te sinto poetando o tempo inteiro
Não apenas quando escreves
Te sinto poetando, não só quando estás
sentindo meu calor ardente em teu corpo
sedento, cheirando a versos.
Te sinto poeta em todos os momentos.
No nosso dia a dia, na nossa alegria
No café da manhã e ao alimentar
o sanhaçu cantador...te sinto poeta
ao me jurar teu amor..
te sinto poetando ao me mostrar
o sabiá laranjeira banhando-se
e molhando teu rosto sorridente,
com os respingos de água luminosos
que saltam pela gaiola ao reflexo do sol,
como se a brincar contigo.
Te sinto poeta ao me fazer
dançar para ti...ao cantar feliz
depois que fizemos amor...
te sinto poetando quando
falas... Sou feliz...
Te sinto poeta...quando gritas, querida...
e me mostras a lua cheia cor de prata
te sinto poeta quando vejo...teus olhos
percorrer meu corpo e falar...
És só minha...
te sinto poeta o tempo todo
Meu doce e eterno amor!
VERA PORTELLA
HORIZONTE
Onde quer que habites,
Onde quer que estejas,
Sempre terás teus limites
Nos horizontes em que te vejas.
Se nas tuas condições te contentares,
Pensa também em progredir
Contentando-se contigo, bem vais estar,
Progredindo, teu horizonte também irá subir.
Se quiseres olhar acima de tua capacidade,
Não contente com teu aquinhoado,
Trarás à tua vida infelicidade
Em futuro incerto e angustiado.
Se permaneceres em teu horizonte,
Compartilhando-o com teu semelhante,
Poderás ir preparando tua ponte
Pra com boas instruções seguir adiante.
Sendo o céu nosso limite,
Sempre teremos o que aprender
Boas palestras, leituras, companhias... comunica-te...
Elevando teu horizonte, engrandecendo teu ser.
CARLOS PICCOLI
[In: Um novo olhar-Reflexões para
mudar sua vida,pág. 99]
BOM DIA, MAR!
Que eu seja merecedor de encantar-me
com sua real beleza
Bom dia! Querido amigo
Como é bom observar a constância
MÃOS
REMINISCÊNCIAS
O serpentear do rio que corre, lentamente,
ao encontro do mar,
leva-me ao passado distante
à infância inocente, num povoado qualquer.
Vejo-me subindo em laranjeiras,
banhando-me no rio, brincando de amarelinha,
plantando bananeira.
O rio, de então, límpido e tranquilo,
está, hoje, poluído
por indústrias implantadas no lugar.
Ainda assim, sinto-me presa
à memória infanto-juvenil.
Que belas tardes vivi!
Quanta felicidade encontrei ali!
de suas ondas
Mãos poderosas e expressivas,
Que curam, que transmitem energias...
Mãos que criam, produzem, trabalham,
mãos que tanta arte e amor espalham...
Mãos que afagam, que abençoam,
mãos que consolam e doam!
É importante saber usar as mãos
para nós e para nossos irmãos!
SUELI RODRIGUES BITTENCOURT
Autora e Coordenadora do Projeto Paz & Poesia.
Que uma após outra insistem
sempre em ir em frente...
Mesmo tendo barreiras,obstáculos...
à frente sempre tende a ir
Que a brisa que sopra sobre suas ondulações
Encha-me o peito com os aromas
mais encantadores de suas fragrâncias
Abençoa-me, mar!
Doa-me à minha alma a energia necessária
para o dia de hoje
Que com sabedoria, paciência e uma dose de
bom humor eu possa percorrer mais um dia
e poder estar aqui vendo o sol lá no fundo,
no horizonte de sua magnitude
Recordo da praça central,
das conversas sem fim e sem conteúdo,
dos namoricos, dos bailes,
das alegres domingueiras com sanfona e arrastapé.
De tudo recordo com saudade
ao ver, em qualquer lugar,
o serpentear de um rio correndo a procura do mar.
ZEULA SOARES
a esquentar meu existir.
Obrigado, querido amigo, por mais um dia começar
desde cedo a sorrir
pelo simples fato de viver.
CELSO JOÃO DE SOUZA
30
BIBLIOTECA DOS POETAS “MARIA VIIMA NASCIMENTO CAMPOS”
No primeiro semestre de 2012, a Biblioteca do Grupo ficou enriquecida com as seguintes doações, as quais encaminhamos
agradecimentos:
De Luiz Carlos Amorim, o Suplemento Literário A Ilha, dez. 2011, n. 119, ano XXXI.
De Artemio Zanon, o Boletim O trinta-réis(ASAJOL) out-nov-2011, ano VI, n.59.
De Artemio Zanon ,o Boletim O Trinta-réis(ASAJOL), n.60, dez. 2011, fev. 2012, ano XVI.
De Maria do Carmo Tridapalli Fachinni,(através de Lenir Córdova) a Revista Passatempoesia (trimestral), de Nova Trento, ano 1, n.1, dez,
2011.
De Maura, da obra dupla de Marcello Ricardo Almeida e Carlos Braga Mueller “Ein Prosit, Dionisio” e “Contos que eu conto”.
De Maura, de Marcello Ricardo Almeida “Uma teoria do paradoxo”.
De Mario Tessari, de Jaguaruna, a obra “As amigas miúdas que fazem mel sem ferroar”.
Dois recortes do Jornal Notícias do Dia, com as colunas de Ricardinho Machado e Carlos Damião de 07 de março de 2012, ano 6, n. 1868, a
respeito do lançamento da obra “Lascivia”, de Licinho Campos.
De Sonia Ripoll, a obra de Roberto Rodrigues de Menezes, “Ao correr da vida”.
De Edmar Bernardes: DVDs “Confraternização 2003-GPL”; “GPL 10 anos vídeo matriz”; “GPL 10 anos, na TVCOM”; “GPL Clip” e “GPL Fim-deAno”; “GPL Catedral Fpolis – Biblioteca 47 anos”; “Reencontro com Cruz e Sousa(22.10.1990)”; “GPL na Rede TV, no Dia Nacional de
Poesia, 14 de março de 2007”.
De Antonio Pereira Mello, Santa Maria,RS: Jornal Letras Santiaguenses n.96, ano 16,Nov-dez-2011; n.97, ano 17, jan-fev-2012; n.98, ano 18,
março-abril-2012.
De Antonio Pereira Mello, Santa Maria, RS, Poema/conto “Papai Noel existe, eu encontrei”, de sua autoria.
De Antonio Pereira Mello, Santa Maria, RS, Revista Literarte, SP, Ano XXVII, junho 2011, n.314.
De Antonio Pereira Mello, Santa Maria, RS, Revista Literarte, SP, Ano XXVII, ago-2011, n.316, da Federação Brasileira de Alternativos
Culturais.
De Antonio Pereira Mello, Santa Maria, RS, Fanzine As Acadêmicas,n. 164, ano 13, Vitória,ES.
De Antonio Pereira Mello, Santa Maria, RS, Farroupilha Folha Cultural, ano VII, 24ª. edição, 5.4.2012, Triunfo – abr-mai-jun(RS).
De Antonio Pereira Mello, Santa Maria, RS,Revista O Patusco n.95, ano XII, jan-fev 2011, Caucaja,Ceará.
De Antonio Pereira Mello, Santa Maria, RS, Fanzine “Falando a sós”, n.24, Nov. 2009, edição de Mauro Sousa, Santos, SP.
De Antonio Pereira Mello, Santa Maria, RS, Fanzine “Poesia em casa”,ano I, n. 01, jan-mar-2011, Ferraz de Vasconcelos, SP.
De Antonio Pereira Mello, Santa Maria, RS, Fanzine Cotiporã Cultural n. 39, março-abril 2012, Cotiporã, RS.
De Antonio Pereira Mello, Santa Maria, RS, Zine Poético “Escritos”, n. 29, ano V, jan-fev 2009, São Vicente,SP.
De Artemio Zanon, Boletim O Trinta-réis (ASAJOL) março-abril 2012, ano XVI, n. 61.
De Miguel Malty, exemplares de sua obra “Platão A Poesia e os Poetas”, 2012.
De Lari Franceschetto, Veranópolis,RS, Fundinho Cultural out-2011, ano VIII, n. 21, Uberlândia,MG.
De Lari Franceschetto, Veranópolis,RS, recorte Jornal Linguagem Viva, ano XXII, n. 269, janeiro 2012, São Paulo.
De Lari Franceschetto, Veranópolis,RS, Jornal O Nheçuano, ano 3, n.12, fev-mar-2012,Roque Gonzales,RS.
De Lari Franceschetto, Veranópolis,RS, poesias de Lari, ‘Quando a manhã desmaia’; comunicado que é membro da IWA-International Writers
and Artists Association, Ohio, EUA, e seu poema “Lembranças de abril”(O estafeta fev-2012); Poema Outono, Menção Honrosa do I
concurso Nacional Letra Livre, Nova Friburgo,RJ (os recortes são do Jornal O estafeta, Veranópolis, RS, n.1054, março 2012.
Da ANE – Associação Nacional de Escritores, Jornal da ANE, ano VII, n.44, fev-mar 2012.
Do IHGSC- Boletim do Instituto Histórico, n. 161, ano XV, jan-fev-março 2012., com a posse de Therezinha Cacilda Monteiro Mann, do GPL, em
7 de dezembro de 2011, encerrando o Ano Acadêmico de 2011,com as presenças de Maura, Alcides, Cacildo, Lenir, Carlos,Carmem,Celso,
Leatrice.
De Artemio Zanon, o boletim O Trinta-réis, da ASAJOL, maio-junho 2012, Ano XVII,n.62. Traz biografia da poetisa Sylvia Amélia Carneiro da
Cunha e matéria sobre a Revista Ventos do Sul, do GPL,n. 37, tecendo elogios ao trabalho do Grupo.
De Lari Franceschetto, Veranópolis,RS, cópia dos poemas ‘Mãe’ e ‘Quando a manhã desmaia’. O poema ‘Mãe” obteve o 2º. Lugar nacional no
Concurso Efemérides “Nelson Falltinelli” 2005 e Troféu Brasil Concurso Internacional do Clube Panamericano, Pelotas,RS.
De
Lari Franceschetto, Veranópolis, RS, jornal Letras Santiaguenses, ano 17,n. 98,março-abril 2012, destacando seu poema Outono,
estampado à página 8.
De Lari Franceschetto, Veranópolis,RS, Jornal O Estafeta ded 18.4.2012, n. 1058, com seu poema Mundos, p.15.
Jornal da ANE-Associação Nacional de Escritores, ano VII, n.45, abril-maio, 2012.
De Lenir Córdova, doação de uma estante e um mural para recados.
De Silvério da Costa, Chapecó, SC, recorte do Jornal SulBrasil, ano 18, n. 5397, de 24.5.2012, com sua coluna Fronte Cultural, em que publica
o poema de Maura intitulado ‘Saudade’.
De Artemio Zanon, o boletim O Trinta-réis, da ASAJOL, maio-junho 2012, Ano XVII,n.63, com soneto de Alzemiro L Vieira e registra a eleição e
posse da nova diretoria da ADL, em que Maura participa.
De Artemio Zanon, sua obra Evangelho dos Amantes- sonetos, 7ª. edição.
De Artemio Zanon, sua obra Minhas horas cristãs - poemas.
De Artemio Zanon, sua obra Somos pouco todos nós- poemas.
De Luiz Fernandes da Silva, João Pessoa, PB, o jornal alternativo Correio da Poesia, número extra 1013, junho 2012.
De Eliana Pontes sua obra Ilha de Sonhos.
Recorte do Jornal Noticias do Dia, ano 7, n. 1962, na seção Perfil, com texto de Paulo Clóvis Schmitz, o perfil sobre a vida e a obra de Alzemiro
Lídio Vieira.
De Mario Tessari, Jaguaruna, SC, seu livro de contos “Roda de Chimarrão”.
31
ACONTECEU
Iniciamos os registros nesta seção, com o poeta premiado no 7º. Concurso On-line, Edweine Loureiro da Silva, natural de Manaus, Amazonas,
mas residente em Saitama, Japão, com sua esposa Nao Loureiro da Silva. Edweine, após receber a notícia do 2º.lugar com seu poema “Ama!”
enviou-nos um relatório das premiações recebidas e, como incentivamos todos os amigos a ler bons autores e escrever, assim temos inicialmente,
seu poema “Imigrante” e seguem as outras informações:
IMIGRANTE
Lembra do lar,
distante…
E segue adiante.
(Nota: O poema “Imigrante” foi premiado no Concurso “Aluísio de Almeida” com o Certificado de Neófito da Ordem (Fevereiro 2012)
Autor de “Clandestinos (e outras crônicas)”
“No dia 24 de dezembro de 2011, meu livro “Clandestinos (e outras crônicas)” foi agraciado com dois selos do Clube de Autores: primeiro, o Selo
de Publicamente Reconhecido, pelo fato de haver notícias sobre o livro em mais de dez sites e mídias. O segundo, pelo autor possuir uma Biografia
Definida. http://www.clubedeautores.com.br/authors/3437
http://www.clubedeautores.com.br/book/40992--Clandestinos”
“Em 31 de dezembro de 2011, fui um dos selecionados com a Crônica “Sombras da ribalta”, crônica selecionada por Valdeck Almeida de Jesus
com vistas a uma Antologia.”
“Dia 10 de fevereiro de 2012, fui o Vencedor do Concurso de Minicontos em homenagem a Charles Dickens:um concurso promovido pela L&PM
Editores, que contou com mais de 450 concorrentes, de todas as partes”.
“Dia 15 de março de 2012, registro que estou presente com meu poema no Projeto “Um poema em cada árvore”, em Xapuri, AC, terra de Chico
Mendes.”
“Dia 16 de março de 2012, fui aceito como Membro Correspondente da Academia de Letras de Nordestina, juntamente com outros literatos: Vera
Jacobina (Jacobina,Bahia); Fernando Peltier (Araci, Bahia).”
“Dia 21 de março de 2012, foi lançado, em Condeixa-Nova (Portugal), o livro “Esquecidos dos Dias Mortais do Destino”, fruto do II Concurso Poesia
na Biblioteca, em que meu poema APOCALIPSE recebeu distinção. Foi minha primeira conquista literária em terras lusitanas.”
“Dia 24 de março de 2012, fui pré-indicado ao Press Awards 2012, entre os dez maiores destaques literários brasileiros no Japão. A lista para a
votação para eleger os três finalistas foi veiculada com o endereço:
http://50.57.99.120/PressAward.com/votacao.php ---Com vinte anos militando na literatura, senti-me feliz com a pré-indicação e em julho de 2012,
estive na cerimônia, ficando em 5º. Lugar”.(Edweine Loureiro)
Dia 11 de janeiro de 2012, na sede do GPL aconteceu a gravação de entrevista para a TV Record News, com vistas ao Programa de Heródoto
Ribeiro. O repórter Clayton Ramos entrevistou Adriana, Cacildo e Maura. A reportagem foi veiculada no mesmo dia à noite e em outros horários,
em reprise.
Em fevereiro de 2012,nosso poetamigo de Goiás, Dhiogo José Caetano foi entrevistado pelo escritor, poeta e editor Valdeck Almeida de Jesus.
Dhiogo, natural de Uruana, interior de Goiás, na longa entrevista fala sobre vida literária e jovem como é já está como membro de Academia de
Letras. Licenciado em História pela Universidade Estadual de Goiás e pós-graduado em Memória, Literatura e Imaginário Histórico. É autor da obra
“O medo da morte na Idade Média: Uma visão coletiva do Ocidente”. É professor, historiador, conselheiro da comunidade e secretário de um
laboratório de análises clínicas e patológicas. Possui muitos artigos e poemas publicados em vários sites que se dedicam à literatura.
Dia 04 de fevereiro de 2012, no Bar Recanto das Pedras, Itaguaçu, Florianópolis, aconteceu a gravação do Clip “Beija,beija”, com Júlio Black, da
marchinha de Maristela Giassi, do GPL, com vistas ao Concurso de Marchas e Marchinhas de Carnaval. Maura e Maristela representaram o GPL.
Dia 11 de fevereiro de 2012, Celso João de Souza e Neusita Luz de Azevedo Churkin estiveram no Casarão Galotti, em Tijucas, na Noite Literária,
comandada pelo presidente da Academia de Letras do Brasil para Santa Catarina, Miguel João Simão. Ambos se apresentaram representando o
GPL.
Em fevereiro de 2012, o poeta, historiador e escritor Dhiogo Caetano, de Uruana, Goiás, recebeu o Prêmio Literarte de Cultura 2012, criado pela
Associação Internacional de Escritores e Artistas, com sede em Curitiba, PR.O prêmio é dado àqueles que brilharam durante o ano de 2011 no
cenário cultural e tem como objetivo central, reconhecer e trazer à público as melhores iniciativas culturais tendo como critério: talento, criatividade,
empreendedorismo, respeito e companheirismo e apoio cultural.
Dia 01 de março de 2012 (até junho), início da veiculação pela internet do 7 º Concurso On-line de Poesias – 1º Prêmio Licinho Campos de
Poesias de Amor.
Registro na reunião do dia 01 de março de 2012, da entrega na ALESC,no Relatório das Atividades do GPL durante o ano de 2011.
Dia 08 de março de 2012, Dia Internacional da Mulher, lançamento da obra “Lascívia” de Licinho Campos (in memoriam), tendo por local o
Auditório da Biblioteca Pública Municipal Prof. Francisco Barreiros Filho.
Dia 19 de março de 2012, nosso poetamigo Dhiogo José Caetano, de Uruana, Goiás, conquistou o Título de Correspondente da ACLAC Academia Cabista de Letras Artes e Ciências, por sua atividade na poesia. O poeta publicou seu primeiro livro “O medo da morte na Idade Média:
uma visão coletiva do ocidente”. O livro trabalha o medo da morte em uma perspectiva coletiva do Ocidente em um período de conflitos e
mudanças sociais, econômicas e religiosas, na Europa central em meio ao feudalismo clássico ocidental. Publicação de:
[email protected], editor Abilio Pacheco.
Dia 20 de março de 2012, registro de reunião no SENAC com Heralda e Maura representando o GPL, com vistas a edição de uma obra pelo
SENAC com textos e poemas de alunos que concorreram aos concursos Lauro Junkes, Rachel de Queiroz e Euclides da Cunha de Literatura
(contos, crônicas e poesias).
Dia 22 de março de 2012, registro de entrevista de Maura ao colunista do Jornal Noticias do Dia, Carlos Damião, na seção Papo Cabeça.Recorte
do dia 17-18 de março.
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ACONTECEU
Dia 29 de março de 2012, Sessão de Saudade em memória de Osvaldo Ferreira de Melo, promovida pela Academia Catarinense de Letras. Maura compareceu,
pelo GPL.
Dia 30 de março de 2012, na sede da Academia Desterrense de Letras Sessão Solene com Painel sobre História, com as presenças dos painelistas Nereu do
Vale Pereira, Sara Regina Poyares dos Reis e José Isaac Pilati. Em seguida a confraternização pelo aniversário da ACPCC, cujo presidente Augusto de Abreu é
presidente. Representaram o GPL Heralda e Maura.
Destaque para o Projeto Paz e Poesia, idealizado e coordenado pela associada Sueli Bittencourt. Leiam o que nos escreveu:
“ Agradecimento e "Cultivando a paz com poesia"
Projeto Paz e Poesia
Meus sempre amigos muito queridos!
“Tenho estado meio quieta (calada)... Parece até que parei com meu trabalho pela Paz e Não Violência. Porém, na realidade, faço quase só isso. Tenho estudado
muito o assunto e tenho tentado em vão, de uma forma e de outra, movimentá-lo (até através do Facebook). Nada acontece... O trabalho é complexo, quase
desanimador...
“Há uns dois meses comuniquei-me com a ONU/UNESCO, falando do nosso trabalho pela paz através do Projeto Paz e Poesia, pedindo orientação e colocandonos ao dispor como possíveis colaboradores. Recebi resposta por e-mail de uma das muitas representantes da UNESCO, parabenizando-nos, mas bem simples,
nada animador. Porém, em 28/5 recebi deles um pacote (sem nada escrito além do endereço da UNESCO no verso do pacote): 16 livros sobre a Cultura de Paz,
um farto material, rico em conteúdo e experiências realizadas a partir da Década Internacional da Paz", em escolas de quatro Estados: Rio, S.Paulo, Pernambuco
e Bahia. Tudo da Década Internacional da Paz - 2000/2010.
“Enviei hoje para o endereço da UNESCO que veio no verso do pacote o e-mail que aqui encaminho a vocês para acompanharem o desenrolar do meu lento
trabalho. Em um dos anexos enviei umas poesias relacionadas à paz e a não violência, "Cultivando a paz com poesia". E no outr o, enviei trechos do livro SIM OU
NÃO? POR QUÊ? (neste citei parte do parecer de Heralda...). Quem sabe eles encontram algum valor em nosso trabalho...
“Desejo que vocês continuem como sempre, crescendo, felizes, em pleno sucesso!... Que Edweine continue a receber muitos prêmios de Literatura! Tenho
grande orgulho de ter amigos como vocês. Beijos
Sueli”.
......Leiam a cópia da Carta para a UNESCO:
Prezados Senhores Diretores e Coordenadores da UNESCO
“Acusamos o recebimento do material sobre Cultura da Paz e da Não Violência, o que muito apreciamos e agradecemos.
“Mediante o vasto e rico conteúdo desse material, nós, do Projeto Paz e Poesia e do Grupo de Poetas Livres, sentimo-nos como humildes "formiguinhas" tentando
ajudar a cultivar a paz e a não-violência... Contudo, trabalhamos (também como formiguinhas...) continuamente, com fé e dedicação.
“Como idealizadora e coordenadora do Projeto, eu, Sueli Bittencourt, sempre fui inclinada à realização desse ideal. E, mesmo diante da complexidade do assunto
e de minha idade avançada, prosseguirei estudando e trabalhando por ele enquanto viver.
“Como professora que fui em toda a minha vida, tenho feito alguns trabalhos educativos. Aqui, em anexo, envio (em resumo) dois pequenos trabalhos meus, que
creio poderem motivar nossos educandos no cultivo da Paz: "Cultivando a Paz com Poesia" e alguns trechos do pequeno livro e áudio livro "SIM ou Não? POR
QUÊ?".
“Agradecidos, teremos sempre muita satisfação em colaborar com a UNESCO em seu importante e complexo trabalho.
Sueli Bittencourt
Poetisa da Paz
projetopazepoesia.blogspot.com/
tudoporummundobemmelhor.blogspot.com/
www.poetaslivres.com.br
Florianópolis/SC –Brasil................E Sueli, a nossa batalhadora pela Paz!!
Dia 12 de abril de 2012, Assembleia Geral para Eleição e Posse da Diretoria do GP, biênio 2012-2014 e comemoração do aniversário de 14 anos (que se
comemora dia 13). A Diretoria eleita para mais dois anos: Presidente- Maura Soares; Vice-presidente - Lenir Córdova; 1º.secretário- Eunice Leite da Silva
Tavares; 2º.secretário – Therezinha Cacilda Monteiro Mann; 1º. Tesoureiro – Adriana Cruz; 2º. Tesoureiro – Zeula Soares; Responsável pelo site (em junho
mudança no estatuto que será “Diretor Cultural”)- Sinval Santos da Silveira; Presidente Perpétuo – Maria Vilma Nascimento Campos e Presidente de Honra
Manoel Philippi. Nesse dia Lenir Córdova e Cacildo Silva apresentaram a Bandeira do GPL, cujo batismo será feito em outra ocasião.
Dia 17 de abril de 2012, a Academia de Letras de Palhoça homenageou o escritor J.J.Silva, autor de “Aos pés do Cambirela” e “Sem eira nem beira” com o
Prêmio Ivo Silveira de Cultura, no Dia Municipal do Escritor de Palhoça, tendo por local a Câmara Municipal.
Dia 26 de abril de 2012, apresentação de Zeli Maria Dorcina sobre a vida e a obra de Manuel Bandeira, dentro do Projeto
“O escritor e sua obra”.
Dia 8 de maio de 2012, na Fundação Cultural Badesc, o lançamento da obra de Alcides Buss “Janela para o mar”. Heralda
representou o GPL.
Dia 11 de maio de 2012, no SENAC, Heralda e Maura participaram da reunião para conclusão da seleção de obras de
alunos que participaram dos concursos do SENAC, com vistas a edição de uma Coletânea, com 17 poemas, 14 contos e
crônicas. Maura doou a obra ‘Lascívia’, de Licinho Campos, para a Biblioteca do SENAC.
Dia 12 de maio de 2012, faleceu a ex-associada Alcita Varela Corrêa Leite. Alcita possuía um jeito peculiar em declamar
seus poemas. Fazia uma boa figura no palco quando se apresentava. Perde-se mais uma poetisa que encantava a todos.
Pertenceu também à ACPCC, tendo exercido a presidência. Autora da obra Poemas e Lembranças, lançado quando havia completado 80 anos de
idade, em 2008. Estudava informática, inglês e espanhol. Além da poesia, era artista plástica. Ao velório, no dia 13 de maio, compareceram
representando o GPL os associados Sonia Ripoll, Lino Lopes e Sinval Santos da Silveira. Esta Revista estampa um poema de Alcita, in memoriam.
Dia 14 de maio de 2012, na sede da Academia Desterrense de Letras, Hiamir Polli Mathias assumiu a presidência daquele sodalício.
33
ACONTECEU
Dia 17 de maio de 2012, no Anfiteatro Leda Regina, em Tijucas, numa promoção da Academia de Letras do Brasil-Governador Celso Ramos,
aconteceu Sarau Literário. Celso representou o GPL e apresentou seus poemas. Neusita também compareceu e declamou seus poemas.
Dia 17 de maio de 2012, na Livraria Livros e Livros aconteceu Sarau Literário de Letras no Jardim. O Grupo conta com os batalhadores pela Arte
em geral, Milka e Julião.
Dia 17 de maio de 2012, Neusita apresentou-se no Colégio Cruz e Sousa, de Tijucas, com poesias de sua autoria e cantou canções brasileiras.
Dia 19 de maio de 2012, em evento na AABB de Coqueiros, em reunião com a família de Renato Alcides Lima A.Magalhães, declamou poesias de
sua autoria e interagiu com jovens e crianças participantes da reunião.
Dia 26 de maio de 2012, no Teatro Adolpho Mello, Centro Histórico de São José, aconteceu a 3ª Noite Poética Josefense, idealizada, coordenada e
apresentada por Hiamir Polli. Celso João de Souza apresentou-se e representou oficialmente o Grupo de Poetas Livres. Zeli também compareceu.
Dia 28 de maio de 2012, aconteceu Sessão Conjunta da Academia Desterrense de Letras e Câmara Municipal de Florianópolis, no Dia do Escritor
do Município de Florianópolis, com a entrega do Prêmio Vilson Mendes de Literatura Desterrense, que neste ano foi concedido ao escritor e poeta
Julio de Queiroz. A sessão contou com a apresentação da nova diretoria da ADL que tem como presidente a confreira Hiamir Polli. O evento
aconteceu no Plenário da Câmara de Vereadores de Florianópolis e também marcou os 14 anos da Academia. Após a sessão, aconteceu um
Sarau Literário com membros da Academia apresentando seus poemas. Maura e Heralda representaram o GPL.
Dia 31 de maio de 2012, na Casa do Teatro Armação, aconteceu o Encontro com a Poesia, dentro do Projeto do Grupo Armação “Encontros com a
Poesia”. Com Cacildo Silva, Rita de Cássia Dircksen e Vidomar Silva Filho, com violão, voz, flauta e sonetos de Cacildo que abrilhantaram a noite.
Lenir e Maura apresentaram quatro sonetos da obra Alma e Angelitude. Neste ano o GPL iniciou as comemorações dos 40 anos daquele Grupo de
teatro que tem Zeula Soares como uma das atrizes e que também exerceu a presidência. Matéria sobre o evento estampa página desta Revista.
Presentes: Maura, Lenir, Maristela, Eunice,Andréia, Sonia, Lino, Doralice, Antonia, familiares de Rita de Cássia e Cacildo, Sinval, Vera, José Luiz,
Sandra e pelo Grupo Armação José Vieira(Zica), Rogaciano e Chico De Nez.
Dia 31 de maio de 2012, na sede do Iate Clube Veleiros da Ilha, a entrega a personalidades da Ilha do Troféu Manezinho. Alzemiro Lidio Vieira foi
um dos agraciados. Compareceram José Luiz, Maristela, Heralda e Maura. Esta RVS publica matéria especial.
Dia 01 de junho de 2012, com início às 09 horas da manhã, o 1º Encontro da Academia de Letras do Brasil Santa Catarina (ABL/SC), seccional
Florianópolis, ocasião em que foi abordado o tema "Integração da Literatura Catarinense". Local do evento: Assembleia Legislativa de Santa
Catarina. Lenir Córdova, vice-presidente do GPL e membro daquela Academia, representou o Grupo na ocasião. Cerca de 50 entre acadêmicos e
convidados compareceram ajudando no sucesso do evento.
Dia 04 de junho de 2012, recebemos o comunicado de Donato Perrone, nosso representante na Argentina que nos relata:
“Este é un informe relacionado a la Reconciliación y Paz ... que vamos a realizar en la Embajada por la paz.
En esta oportunidad declamaré poesías relacionadas a dicho evento, en mi presentación mencionaré mi actividad como coordinador del Rincón
Lírico del Café Tortoni, Ateneo Poético Argentino y por supuesto como representante del Grupo de Poetas Livres de SC.
Saludos e um abraço al GPL --- com saudades de vcs --E o convite do Conselho da Paz:
Consejo de Paz
De nuestra estima y consideración:
Invitamos a Ud. a la celebración artística-cultural “Reconciliación y Paz con el Medio Ambiente”, que se desarrollará el viernes 8 de junio, a
partir de las 18.30 horas, en Tacuarí 202 – 8° Piso (Buenos Aires). Durante la misma se presentarán distintas expresiones artísticas (músicapoesía) y proyectaremos el Video “Escuela de héroes”, en el marco de la Ronda de Paz 2012 (*), que tiene como lema “Construyamos la Paz con el
Medio Ambiente”.
Será un gusto compartir este encuentro, organizado por UPF Argentina y Agua y Juventud Argentina en adhesión al Día Mundial del Medio
Ambiente (**). También puede hacerse presente a través de una adhesión institucional, que puede enviar a: [email protected] /
[email protected] / Tel-Fax: 4343-3005
(*) Ronda de Paz 2012: “Construyamos la Paz con el Medio Ambiente”
En la edición Ronda de Paz 2012, el Consejo de Paz de la República Argentina (CPaz) invita a organizaciones y personas de todo el mundo a
sumarse a la conmemoración del Día Mundial del Medio Ambiente con distintas acciones en red que:
+ Propicien la sensibilización de la ciudadanía mundial sobre los múltiples daños ambientales que el ser humano le está infringiendo a su PlanetaHogar.
+ Promuevan la reconciliación entre el Ser Humano y la Naturaleza en todos los ámbitos donde se ha puesto en peligro la mutua coexistencia.
+ Impulsen la sanación consciente de nuestra relación personal con la Tierra.
(**) Día Mundial del Medio Ambiente: 5 de junio
En la Resolución 2994 (XXVII), del 15 de diciembre de 1972, la Asamblea General de la ONU designó el 5 de junio Día Mundial del Medio
Ambiente, para sensibilizar a la opinión pública respecto de la necesidad de preservar y mejorar el medio ambiente.
El Día Mundial del Medio Ambiente es uno de los principales vehículos que las Naciones Unidas utilizan para fomentar la sensibilización mundial
sobre el medio ambiente y promover la atención y acción política al respecto. Los objetivos son darle una cara humana a los temas ambientales,
motivar que las personas se conviertan en agentes activos del desarrollo sostenible y equitativo, promover el papel fundamental de las
comunidades en el cambio de actitud hacia temas ambientales, y fomentar la cooperación, la cual garantizará que todas las naciones y personas
disfruten de un futuro más prospero y seguro.
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Aconteceu
No mês do Meio Ambiente, Junho de 2012, em Buenos Aires, Argentina, o Conselho da Paz,
no Encontro Reconciliação e Paz no Meio Ambiente. Donato Perrone, representante do GPL na
Argentina, de camisa xadrez ao centro, declamou Poesia de sua autoria sobre o tema Paz.
Dia 12 de junho de 2012, em Chapecó, SC,o lançamento da obra de Anair Weirich, intitulada
“Portal do sol nascente/Portal do sol poente”. Anair é presidente da ACHE- Associação
Chapecoense de Escritores. Presente no lançamento nosso poetamigo Silvério da Costa.
Dia 12 de junho de 2012, foi eleita a nova diretoria da ALIFLOR – Associação Florianopolitana de Escritores, que será comandada pela escritora
Mara Rubia Roloff. A RVS congratula a nova diretoria.
Diia 15 de junho de 2012, Sandra Clara Nepomoceno, representou o Grupo de Poetas
Livres, declamando o poema 'O Ser Poeta' de sua autoria no Seminário do Serviço de
Apoio ao Doador-SAD da HEMORREDE no HEMOSC de Florianópolis.
Dia 21 de junho de 2012, em reunião do GPL, Lenir comunicou que estavam abertas as
inscrições para os cursos de Poesia e soneto e A arte de escrever, na Casa do Escritor,
sob sua direção.
Dias 21 e 22 de Junho de 2012, no Teatro da UBRO, apresentação pelo Grupo Letras no
Jardim da peça O livro do destino.
Dia 21 de junho de 2012, em reunião, comunicado de Sonia, como presidente da
Academia de Letras da Palhoça, do lançamento do concurso on-line ‘Veredas da Poesia
Ano 1’ com os temas ‘Mundo atual’ para adultos e ‘Dialogando com a natureza’, para
crianças, com premiação.
Dia 23 de junho de 2012, na Biblioteca Prof.Barreiros Filho, lançamento da obra ‘Tribunal do Júri’, de Carlos Pinto da Luz, pela Casa do escritor,
que tem na direção Lenir Córdova.
Dia 25 de junho de 2012, o Jornal Noticias do Dia, Florianópolis, ano 7, número 1962,no Caderno Plural, com assinatura da matéria pelo escritor
Paulo Clovis Schmitz, nosso confrade Alzemiro Lídio Vieira, em página inteira, fala de sua vida na poesia, seu tempo na UFSC, no teatro, cita o
Grupo Armação, o Grupo de Poetas Livres, a Academia Desterrense de Letras e a Academia São José de Letras.
Dia 28 de junho de 2012, no Auditório Abelardo Sousa, Sonia apresentou performance artística em memória de Antonieta de Barros, dentro do
programa
O Escritor e sua Obra. Com a colaboração de Lini Lopes, Sonia apresentou trechos de autoria de Antonieta com dramatização.
Dia 30 de junho de 2012, em Itapoá,SC, instalação da seção da Academia de Letras do Brasil naquela localidade.
Dia 3 de julho de 2012, na ALESC, lançamento da obra Palavras em Preconceitos, de Paulo Corrêa, edição da Casa do Escritor, sob a direção de
Lenir Córdova.
Dia 14 de julho de 2012, na sede da Casa do Escritor, festa julina e exposição de esculturas de Elbe Araujo.
Dia 20 de julho de 2012, na residência da presidente, reunião para a tarefa final da Comissão Avaliadora do 7º. Concurso On-line – 1º. Prêmio
Licinho Campos de Poesias de Amor, com Zeula Soares(ausente, porém enviou seus votos), Eunice Leite da Silva Tavares e Heralda Victor. Foram
333 páginas de cópias dos 589 poemas enviados pelos 266 internautas de Santa Catarina, diversas cidades brasileiras e de Maia, Leiria, Almada,
Vizela, Fânzeres-Gondomar (Portugal); Saitama e Shizouka(Japão) e Londres(Inglaterra). Todos os participantes foram registrados no Livro n. 2 de
Registros de Diplomas, Certificados e outras premiações, com seus dados completos e as poesias concorrentes. Os vencedores estão em página
especial desta RVS. Difícil escolher dentre tantas coisas boas, as 3 vencedoras e a Comissão optou por Menções Honrosas em número de seis e
um Prêmio Especial a uma senhora internauta com a idade de 80 anos que concorreu com um Acróstico com o nome do poeta Adelício Manoel
Campos (Licinho Campos).
O GPL tem o doloroso dever de comunicar o falecimento do progenitor de nossa associada Sandra Regina Clara Nepomoceno Pinto, acontecido
em Laguna, dia 30 de julho de 2012, de mau súbito. À família enlutada e em especial à nossa associada Sandra Clara, nossos sentimentos.
A todos os colaboradores que enriqueceram a RVS com suas poesias, a Equipe envia seus agradecimentos.
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VENTOS DO SUL
Presidente: Maura Soares
Organização e Digitação: Maura Soares
Editoração: Eloah W. Naschenweng
Sede: Biblioteca Pública Municipal Prof. Francisco
Barreiros Filho – Rua João Evangelista da Costa 1160
– 88090-300
Florianópolis, SC—(48) 3271 7914
End. para correspondência: Av. Patrício Caldeira de
Andrada 581/ 306- Abraão—88085-150 –
Florianópolis,SC—fone (48) 3249 6082
GRUPO DE POETAS LIVRES – Biênio 20122014
Presidente: Maura Soares
Vice-Presidente: Lenir Córdova
1º secretário: Eunice Leite da Silva Tavares
2º secretário: Therezinha Cacilda M. Mann
1º tesoureiro: Adriana Cruz
2º tesoureiro: Zeula Soares
Diretor Cultural: Sinval Santos da Silveira
Presidente-Perpétuo: Maria Vilma N.Campos
Presidente de Honra: Manoel Philippi
Foto:Praia de Sambaqui, Florianópolis, SC

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