Peregrino
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IMPRESSO Peregrino Informação, Cultura e Livre Expressão www.jperegrino.com.br 1ª edição - Maio / 2000 Ribeirão Preto - SP - Ano V - Nº 7 - Novembro/2004 - R$ 1,00 Florais de Bach Perguntas freqüentes 13 - Sei que é indicado colocar-se no máximo cinco florais no mesmo frasco. Mas quero saber qual a coisa certa a fazer se alguém necessita mais do que cinco florais? É correto colocarse os outros florais em outro frasco e tomá-los alternadamente? O que vocês sugerem?... PÁGINA 12 DOULA – Uma nova luz no nascimento Certamente você nunca ouviu falar em doula. Ainda não presente nos dicionários da maioria dos brasileiros, a palavra “doula” vem do grego e significa “mulher que serve”, sendo hoje utilizada para referir-se às Acompanhantes de Parto - mulheres com experiência no nascimento que dão suporte físico, informativo e emocional a outras mulheres antes, durante e após o nascimento... PÁGINA 4 Una burla a los verdaderos escritores Una burla, una gran burla a la creación, al esfuerzo y a “ese querer creer en la transparencia de los concursos literarios”. Puedo ser yo - y muchos otros escritores chilenos o de otro país - excelente escritora, excelente poetisa, puedo tener cuentos, poemas sociales, de amores, crónicas duras y que acusan a culpables.- He ahí la razón... Vamos falir a Roubrasil S.A.? PÁGINA 9 Após a relevante aprovação da volta dos bingos, o Congresso acena na pauta com uma decisiva proposta para o País, a ser votada em breve: a criação de 13 novos Estados (sim, amigo leitor, E-S-T-A-D-O-S da Federação), num pacote que já vem até com nome e embalagem, onde se destacam pérolas como Maranhão do Sul e São Paulo do Leste, dentre outras... PÁGINA 6 FALAR BEM... a Língua Portuguesa. Ela teve duas GRAVIDEZ difíceis? Lamentável, Prezado Leitor. Mas não posso deixar de contribuir com suas GRAVIDEZES, pelo menos no que diz respeito à Língua Portuguesa. O correto é GRAVIDEZES. Lembre-se que também temos o plural de invalidez(es), mesquinhez(es), estupidez(es)... PÁGINA 4 Acupuntura e Doenças Psicossomáticas A acupuntura é com certeza um dos mais antigos tratamentos para as doenças psicossomáticas. Os textos antigos de acupuntura afirmam que se o psiquismo estiver em paz, equilibrado, o ser estará menos sujeito e até mesmo isento de doenças, mesmo as de origem externa, pois ele não contrairá doenças, mesmo contagiosas... PÁGINA 5 PIMENTA-DA-JAMAICA Pimenta dioica Este condimento foi encontrado pelos colonizadores espanhóis nas terras da América Central e México e chamou atenção pelo seu aroma característico... PÁGINA 7 2 Ribeirão Preto - SP - Novembro/2004 Peregrino Informação, Cultura e Livre Expressão Editorial A morte como tema nunca é coisa bem aceita. Parece que a moira torta, a ceifadora é algo distanciado de nós anos-luz. Ela atinge os vizinhos e é tudo muito triste, porém nós somos imunes. Pois é. Que ironia! Morremos todos os dias na medida em que envelhecemos e que células velhas vão-se embora. Morrem pequenas e grandes coisas. Morrem nossas ilusões, morrem muitas vezes nossas esperanças. Tudo que é vivo morre. Estamos atrelados à morte desde que nascemos. Ainda assim fazemos um esforço danado para ludibriá-la, boicotando a velhice, afastando-a de nossos pensamentos. Dizem que há muito tempo um homem, que tinha doze filhos, engravidou a mulher pela décima terceira vez. Ele não tinha um padrinho para ser escolhido já que houvera escolhido todos da cidade. Pensou e pensou e resolveu escolher a morte como sua comadre. Afinal de contas era vantagem escolher a morte. Quem sabe seu filho pudesse escapar-lhe e tornar-se eterno. Assim foi. A morte tornou-se madrinha do rapaz. Passaram-se os anos e ele tornou-se médico. A madrinha ofereceu-lhe uma erva curadora e explicoulhe que todos que a tomassem seriam curados, porém se ao visitar o doente ela estivesse na cabeceira da cama, nada poderia ser feito. Durante anos tudo funcionou e o rapaz tornou-se famoso. Porém - há sempre um porém nas estórias - um dia o médico foi atender o rei e viu a morte à sua cabeceira. Simplesmente ele girou a cama e o doente se curou. A morte não gostou nem um pouco, mas deixou passar. Posteriormente a filha do rei adoeceu e ele proclamou que quem a curasse, casaria com ela. Lá foi o doutor e quem ele viu: a morte plantada na cabeceira da cama. E o que ele fez: virou a cama. A morte ficou possessa, mas não disse nada. Ela o convidou para conhecer uma caverna profunda onde mostrou as velas que representavam as vidas na terra. Lá estava a vela do médico luzindo fracamente. Ele pediu para a madrinha que trocasse a vela por uma de chama alta e ela disse que sim. Fingindo que ia fazer a troca ela assoprou a chama da vela do afilhado. No mesmo instante, ele caiu morto. Mariza Helena [email protected] Temas Abordados Arte (Música, Pintura, Escultura, Arquitetura, Cinema), Ecologia, Misticismo, Ciência, Filosofia, Psicologia, História, Mitologia, Museus, Povos, Países e Costumes, Saúde, Literatura e outros que se enquadrem na filosofia de nosso periódico. JPeregrino Comunicação Visual Ltda. Direção José Roberto Ruiz - MTb 36.952 Redatora Mariza Helena R. Facci Ruiz [email protected] WebDesign Francisco G. R. Ruiz Impressão Gráfica Spaço As idéias emitidas em artigos, matérias ou anúncios publicitários, são de responsabilidade de seus autores e, não são expressão oficial do informativo, salvo indicação explícita neste sentido. Endereço para correspondência: Av. Guilhermina Cunha Coelho, 350 A6 - City Ribeirão - Ribeirão Preto - SP 14021-520 - Telefone: (0**16) 621 9225 / 9992 3408 Site: www.jperegrino.com.br / e-mail: [email protected] O HOMEM BOMBA Como se as tâmaras e as palmeiras desistissem do lento crescimento e na semente da semente - por não suportar o futuro o presente detonassem, quando o amante da mulher encontrasse, há nele outra face a mulher grávida de bomba que chega à rua ou praça como se à maternidade chegasse, de cujo útero explosivo fecundada a morte nasce. como se as cabras o leite das crias na areia urinassem, como se no poço a possibilidade de água se esgotasse e no deserto a sede fosse tanta, que o sedento o oceano incendiasse, O que é preciso para destampar o pino de uma jovem bomba-viva? O que no adolescente já explodiu quando nele sob a primeira barba a bomba entumece ativa? como se a travessia a nenhuma saída levasse, como se a terra prometida fosse estéril areia que nenhum oásis abrigasse, Noutras terras diante da conjuntura ninguém diz: meu filho está se formando e pretende explodir na formatura. como o narrador que pelo fim sua estória contasse e o autor que pusesse o epílogo no lugar do prefácio, Noutras terras ninguém diz: meu filho decidiu formar-se em arquitetura: mas seu projeto é projetar-se pela morte na utopia futura. o homem-bomba não é um simples suicida, é aquele que pela morte decide inaugurar sua vida. Noutras terras ninguém diz: meu filho sairá essa noite para uma bela aventura. vai dar tremenda festa dentro e ao redor de sua sepultura. O homem-bomba é o jardineiro que arranca a planta como se a plantasse que apaga a própria luz como se nele algo se iluminasse. Não bastasse o homem-bomba ejaculando estilhaços apunhando-se a si mesmo Affonso Romano de Sant’Anna [email protected] Errata Na edição do mês anterior por equívoco de nossa parte, deixamos de colocar a autora do texto - Reiki - sua Origem, Níveis, Benefícios e Princípios, que é a Dra. Claudete França, pelo que pedimos desculpas aos nossos leitores e a Dra. Claudete França. JPeregrino (16) 621 9225 / Comunicação Visual Ltda. 9992 3408 e-mail: [email protected] Ribeirão Preto - SP - Novembro/2004 3 Peregrino Informação, Cultura e Livre Expressão O ISOLAMENTO SOCIAL DA PERDA AUDITIVA O estresse e a falta de paciência são comuns atualmente. Quanto mais a humanidade tem evoluído, o convívio social, principalmente no âmbito familiar, inexoravelmente tornou-se parte de um plano secundário. Não podemos negar que estamos sempre sem tempo para olharmos mais atentamente aqueles que fazem parte da nossa vida. Se na maioria das vezes deixamos de lado os que julgamos não precisarem de uma atenção especial, imagine então, como estamos tratando os que necessitam de um pouco mais de carinho. Infelizmente, as vítimas são as pessoas que de um modo ou de outro não estão dentro da normalidade com parte dos seus “sentidos”. Desta feita, vou detalhar apenas o caso dos que não ouvem bem. Sem me reportar diretamente à sua idade ou a causa da sua “Perda de Audição”, quero destacar apenas o fato de alguém que não pode participar de nosso dia-a-dia, por precisar de um “olhar” mais cuidadoso dos que vivem ao seu redor. Quase sempre, pelo fato de termos que, rotineiramente, repetir tudo o que dizemos para uma pessoa, a nossa falta de paciência, indiretamente, sem qualquer intenção de ferir, nos condiciona a afastar, ou pior, evitar um diálogo com aqueles que não podem mais nos ouvir com clareza. O isolamento social é a primeira causa da “Perda Auditiva”. O fato é que com o passar do tempo, outros distúrbios surgem na vida de quem sofre desse mal:- Depressão, desinteresse, solidão, angústia, desestímulo e a sensação de ser um enorme peso na vida dos que amamos são os principais problemas causados pela “Perda de Audição”. Precisamos prestar maior atenção a esse tipo de problema. Soluções simples como amor, carinho e paciência, são apenas o primeiro passo. È muito importante amenizar o sofrimento dos acometidos pela “Perda de Audição”. O avanço tecnológico está cada vez mais apresentando soluções para os que sofrem por não ouvirem bem. Uma prótese auditiva hoje em dia tem se tornado principal fator de reintegração social. Procure conhecer melhor como você pode se ajudar, ou auxiliar quem realmente precisa de você. Um simples aparelho pode tornar-se o único remédio para muitos, cuja esperança de ter uma vida normal já não existe mais. Todavia, nunca devemos nos esquecer que, apesar de tudo o que o nosso dinheiro puder comprar, o “amor” jamais deixará de ser o ingrediente principal para uma receita de vida harmoniosa. Viver em paz e feliz depende diretamente do quanto somos capazes de amar o próximo como a nós mesmos. O peregrino do Universo Ao me levarem de vez, não digam “à eterna morada!”: coloquem, junto à mortalha, sapatos de caminhada! Três dias descansarei. Depois, seguirei meu destino. Aqui geleira, ali brasas: árduo é o caminho ao divino. O ar das alturas faz bem; em breve estarei sem mazelas. Meu passo liberto ascende por sete cirandas de estrelas. Veste terrena eu usava, que não era imaculada; o orvalho, ao plenilúnio, já a fará purificada. Se eu trilhara penitência, fiel ao argênteo rastro, Mercúrio emprestará, a meus pés, áleos sapatos. O cansaço do caminho recua ao rumor divino: A graça de Vênus brilha e remoça o peregrino. Fulgurante como a rosa, como os lírios inocente, a alma humana transpõe o portal do Sol ardente. O anjo solar acena: “Escudo e lança maneja! O campo de Marte chama-te à universal peleja. P’ra no Espírito do Cosmo, humano espírito, acordares, teu lume no brilho de Júpiter é preciso inflamares!” Na morte e na vida cuida Saturno do abrigo eterno; silêncio matura o nascer: “No princípio era o Verbo”. De estelares profundezas soa o Verbo Universal p’ra desenlaçar da morte a eterna forma espiritual. Assim o espírito humano à luz de Deus vem crescer, até que o impulso do amor à Terra o reinduza a descer. “Eterna morada” ignora quem na veste é peregrino, com sapatos de jornada, apto à trilha do destino! Rudolf Meyer Fonte: Tomar a vida nas próprias mãos – Gudrun Burkhard – Editora Antroposófica Ltda. Charles Berbare Biomédico e Administrador de Empresas Consultor na área de Audiometrias Ocupacionais CESAUDIO “M.V.” - Centro Especializado em Audiologia [email protected] [email protected] Telefones: (16) 636 7836 / 3916 1104 Esperanto Fale com o mundo Se você deseja conhecer e/ou aprender esta língua internacional, visite a página de Esperanto em nosso site (www.jperegrino.com.br) e, faça o download em seu computador pessoal (elsuto em Esperanto) de dicionários, gramáticas, livros e cursos, possibilitando assim um primeiro contato. Em nossa página de Links, indicamos alguns endereços, onde você poderá conhecer um pouco mais sobre o universo oferecido pelo Esperanto. 4 Peregrino Informação, Cultura e Livre Expressão FALAR BEM... Ribeirão Preto - SP - Novembro/2004 DOULA Uma nova luz no nascimento Prezado Leitor, nesta coluna, espero poder esclarecer algumas dúvidas a respeito da Língua Portuguesa. 1) Ela teve duas GRAVIDEZ difíceis? Lamentável, Prezado Leitor. Mas não posso deixar de contribuir com suas GRAVIDEZES, pelo menos no que diz respeito à Língua Portuguesa. O correto é GRAVIDEZES. Lembre-se que também temos o plural de invalidez(es), mesquinhez(es), estupidez(es)... 2) Abreviatura da palavra PÁGINA leva acento? Com certeza, leva. Dica: quando houver acento gráfico na parte restante da palavra que foi abreviada, esse acento sempre se manterá. Ex.: número: núm.; página: pág.; gênero: gên. 3) Ganhou o prêmio NÓBEL e ficou feliz? Para aumentar a sua felicidade, acerte no prêmio de forma correta... A sílaba forte (tônica) dessa palavra é a última (e sem acento). O certo é dizer NOBEL (bel é a sílaba forte). Colaboração: Renata Carone Sborgia Advogada e Profª de Português e Inglês [email protected] “Deve-se ler pouco e reler muito. Há uns poucos livros totais, três ou quatro, que nos salvam ou que nos perdem. É preciso relê-los, sempre e sempre, com obtusa pertinácia. E, no entanto, o leitor se desgasta, se esvai, em milhares de livros mais áridos do que três desertos.” Nelson Rodrigues Para anunciar ligue (16) 621 9225 / 9992 3408 Certamente você nunca ouviu falar em doula. Ainda não presente nos dicionários da maioria dos brasileiros, a palavra “doula” vem do grego e significa “mulher que serve”, sendo hoje utilizada para referir-se às Acompanhantes de Parto mulheres com experiência no nascimento que dão suporte físico, informativo e emocional a outras mulheres antes, durante e após o nascimento. Antigamente o nascimento humano era marcado pela presença experiente das mulheres da família: irmãs mais velhas, tias, mães e avós acompanhavam, instruíam e apoiavam a parturiente e recém mãe durante todo o trabalho de parto, o próprio parto e os cuidados com o recémnascido. E hoje que cenário temos? Os partos acontecem em ambiente hospitalar e rodeado por especialistas: o médico obstetra, a enfermeira, o pediatra... cada qual com sua especialidade e preocupação técnica pertinente. O cuidado com o bem estar físico e emocional da parturiente acabou ficando perdido em meio ao ambiente impessoal dos hospitais, tendendo a aumentar o medo, a dor e a ansiedade daquela que está dando a luz. A doula veio justamente para preencher esta lacuna, suprindo a demanda de emoção e afeto neste momento de intensa importância e vulnerabilidade. Assim, a doula está presente no parto a fim de diminuir a dor, a tensão e o desconforto ajudando a parturiente a comunicar-se com a equipe médica, entender os complicados termos e procedimentos hospitalares, encontrar posições mais confortáveis, propondo medidas naturais e simples que ajudam a minimizar a dor, como banhos, massagens, relaxamento e técnicas de respiração. A descoberta da função das doulas deu-se acidentalmente na década de 70, quando dois médicos norte-americanos, J. Kennel e M. Klaus realizavam uma pesquisa sobre o vínculo entre mãe e recém-nascido logo após o parto e perceberam que os partos mais fáceis e com menos complicações tinham em comum a presença da observadora da pesquisa, uma menina chamada Wendy, que também dava atenção, fazia carinho e segurava a mão das parturientes. Atualmente, muitas pesquisas apontam que a atuação da doula no parto pode diminuir em 50% as taxas de cesáreas, diminuir em 20% a duração do trabalho de parto, diminuir em 40% o uso de fórceps e em 60% o uso de anestesia, além de promover significativamente o vínculo entre mãe e bebê. A doula chega ao cenário do nascimento apenas para somar. Não substitui qualquer profissional da área médica (não realiza exames, não questiona decisões) e não substitui o marido ou o acompanhante de escolha da parturiente. Veio a fim de auxiliar na conquista de um parto seguro e gratificante, sendo assim um elo de ligação e uma nova luz entre a mulher, sua família e a equipe que a assiste. Eleonora de Moraes Psicóloga – Coordenadora do Curso para casais gestantes “Nove Luas” Doula pela ANDO (Associação Nacional de Doulas) Tel.: (16) 9705 8922 / 629 0625 [email protected] Ribeirão Preto - SP - Novembro/2004 5 Peregrino Informação, Cultura e Livre Expressão Acupuntura e Doenças Psicossomáticas A acupuntura é com certeza um dos mais antigos tratamentos para as doenças psicossomáticas. Os textos antigos de acupuntura afirmam que se o psiquismo estiver em paz, equilibrado, o ser estará menos sujeito e até mesmo isento de doenças, mesmo as de origem externa, pois ele não contrairá doenças, mesmo contagiosas. Sabemos que o fator psíquico desempenha um papel importante na vulnerabilidade das doenças, pois pela Medicina Tradicional Chinesa podemos adoecer quando respiramos mal, nos alimentamos mal, quando temos alguma falha em nossa energia ancestral, ou quando temos algum distúrbio de ordem emocional. Haverá dessa forma um desequilíbrio na circulação de energia dos meridianos, que posteriormente poderá se transformar no que chamamos doença. A Medicina Tradicional Chinesa nos mostra cinco emoções principais: A raiva, o medo, a alegria ou euforia, a preocupação, e a tristeza. Cada emoção está ligada a um órgão. Por exemplo: A raiva em excesso irá após algum tempo lesar o meridiano do fígado, a alegria em excesso lesará o coração, o excesso de preocupação lesará o Baço-Pâncreas, a Tristeza prejudicará o pulmão e o medo lesará após um certo tempo os rins. Pela Medicina Tradicional Chinesa sabemos que cada órgão possui uma alma vegetativa, que indica um principio psíquico muito abstrato, e é vegetativa por mostrar a relação com a fisiologia corporal, que lhe deu origem. Essa energia que é uma essência psíquica será elaborada pelo coração, e depois subirá para o cérebro através dos meridianos distintos. Por exemplo, a alma vegetativa do fígado é o hum, assim um excesso de atividade do órgão fígado, produz um excesso de hum e leva a um comportamento colérico. Já uma insuficiência no fígado causa uma insuficiência na elaboração do hum e uma dificuldade de agir em seu meio, de agredir, ou de se defender e leva a timidez, à ansiedade, e à falta de confiança em si. Os textos clássicos Chineses de Acupuntura lembram tanto essa relação que dizem: A alegria em excesso ou euforia, reduz o funcionamento da circulação de energia nos meridianos, a tristeza oprime o coração e prejudica o pulmão, o temor espolia a energia essencial ou ancestral, o excesso de preocupação pode prejudicar o baço-pâncreas, a cólera pode causar morte súbita por apoplexia e um medo muito grande pode enlouquecer uma pessoa ou lhe causar um acidente vascular cerebral. Quando a Medicina tradicional Chinesa fala que os humores psíquicos são elaborados no coração, e enviados para o cérebro, quer dizer que esses humores são um conceito imaterial energético e psíquico, se dirigindo também para um coração energético, um centro organizador em contato direto com os meridianos. Para resumir, a atividade psíquica não está separada da atividade orgânica e quando estamos cuidando do paciente o olhamos de uma forma integral, cuidando tanto dos problemas físicos e emocionais, no sentido de equilibrá-lo amplamente. Para tanto a acupuntura possui pontos psíquicos específicos e pontos determinados para combater problemas como, Síndrome do pânico, depressão, fíbromialgia, estresse, e outros tantos distúrbios de fundo emocional com somatização no corpo físico. Colaboração: Lauro Pereira Pagani e Ana Maria Barbosa Pagani Fisioterapeutas, Acupunturistas e Kirliangrafistas Tel.: (16) 636 5968 Aprendizagem significativa e Aprendizagem Memorística É importante e inclusive necessário que os alunos retenham alguns dados do conteúdo em sua memória para que possam acionálos quando necessário. Porém, esse tipo de aprendizagem deve restringir-se a uma proporção adequada, evitando que represente para os alunos a forma fundamental de aprender uma matéria. O objetivo maior da retenção de alguns dados deve ser o de poder interpretá-los, ou seja, devem ter um significado para eles. Os dados fundamentais são úteis quando são relevantes, ou seja, quando facilitam a compreensão de uma tarefa e quando servem para adquirir novos conceitos. Compreender é psicologicamente mais complexo do que memorizar, de tal forma que, para um aluno poder compreender um material, é necessário que tanto o material quanto o aluno preencham certas condições. Do contrário, é muito provável que, embora o objetivo da tarefa seja a compreensão, essa acabe produzindo principalmente memorização. Para tanto o material deve estar internamente organizado, onde cada parte tenha uma conexão lógica ou conceitual com o restante das partes. Para ser significativo um texto, por exemplo, sobre as mudanças produzidas pela revolução industrial deve remeter aos efeitos da industrialização sobre o meio ambiente e as mudanças climáticas que podem ser provocadas. O aluno precisa perceber a importância do conteúdo para sua realidade a fim de ter interesse por ele, acionando o desejo que lhe dá energia para a aprendizagem do conteúdo. Por fim deve ter a possibilidade de realização de uma prática consciente, ativa e transformadora, que supere o viés “reprodutivista” (fazer sem crítica o que sempre se fez) ou idealista (ficar nas idéias e não alterar a realidade). Colaboração: Débora Mourão Mantovanini Psicopedagoga Professora de metodologia do ensino fundamental e psicologia da educação Aprendiz da UNIPAZ Tel.: (16) 3916 2277 6 Peregrino Informação, Cultura e Livre Expressão Ribeirão Preto - SP - Novembro/2004 Vamos falir a Roubrasil S.A.? Após a relevante aprovação da volta dos bingos, o Congresso acena na pauta com uma decisiva proposta para o País, a ser votada em breve: a criação de 13 novos Estados (sim, amigo leitor, E-S-T-A-D-O-S da Federação), num pacote que já vem até com nome e embalagem, onde se destacam pérolas como Maranhão do Sul e São Paulo do Leste, dentre outras. A aguardar a criação dos Estados da Berinjela, do Torrone e da Bigorna. Como sempre, a proposta dos políticos tem beneficiários diretos: a criação de mais 13 cargos de governadores, 200 Secretários de Estados, 300 Deputados Estaduais, e cerca de 5000 Assessores de segundo escalão, só para chegar até esse “nível”. Não vamos mencionar os Tribunais, autarquias, cartórios, etc..., etc... Um dos últimos cabra-macho da Nação, o economista Eduardo Gianetti da Fonseca vem lutando na mídia incessantemente, numa batalha solitária e inglória, alertando para o enorme perigo representado por outra medida que o pessoal da Ilha da Fantasia está para votar, e que pretende criar mais algumas milhares de “vagas” para vereadores nos municípios (independentemente da criação dos Estados do Aipim e da Borduna). Somente em salários diretos, onerariam o Tesouro em alguns bilhões por “legislatura”, sem contar os estragos que os nobres Edis costumam causar na coisa pública e notória, com suas inventivas do gênero “Dia do Implantador de Silicone” e que tais... O economista Gianetti não se cansa de lembrar que há poucas décadas, quando o Brasil era um País pobre, mas limpinho, os vereadores de municípios modestos eram pessoas da sociedade local (barbeiros, alfaiates, médicos) que trabalhavam de graça, em prol da melhoria do município e tendo como importante missão, que cumpriam à risca, a de fiscalizar os atos do prefeito. Só. E com muito orgulho em representar a comunidade. Tempos em que a escola pública municipal era motivo de júbilo nacional, onde se aprendia latim e todas as crianças escreviam o português correto, por exemplo, e os serviços públicos de medicina salvavam vidas, ao invés de deixar pobres coitados com apendicite aguda esperando na fila. Passar a pagar essa gente (a “nova classe”) foi um dos artifícios maléficos dos militares para perpetuarem vinte anos de ditadura militar, à custa de privilégios, mas garantindo medidas maravilhosas como a inclusão da Educação Moral e Cívica nos currículos, para decorar a letra da “Canção do Soldado” e saber com que idade o general Médici teve coqueluche, dentre outras relevâncias... A Moral da história a gente já conhece: nunca se viu tanta falta de Civismo no País, que virou uma terra de ninguém, de mondrongos, gente esculachada, mal vestida, enfiando dois “aí, ó” por frase, e sem um pingo de educação, respeito aos idosos e honestidade nas coisas mínimas. Fui criado num meio em que pessoas modestas tinham orgulho em trabalhar por anos na mesma empresa. E agora estamos formando uma geração (por incrível que pareça, dentre os mais humildes) cujo único pensamento é arrumar um emprego para, segundo seu plano de carreira, aprontar e ganhar “os ‘direito’ na Justiça”. O que estamos presenciando é a evolução de um quadro caótico, que vai da falta de respeito e cordialidade no trânsito à violência nos estádios de futebol, das madrugadas em lojas de (in)conveniência às brigas de gang em casas noturnas. Assim vai o Brasil, à deriva. Aos amigos, digo que lutei pela volta da democracia, com sacrifício em certo momento até de minha liberdade individual, e por isso falo com todas as letras, sem medo de passar por adepto do autoritarismo: o estado a criar no Brasil, do jeito que vai, é o Estado de Sítio. Não há mais como conviver com a IMPUNIDADE que campeia, com políticos fazendo o que bem entendem, e considerando-se que o que eles entendem não é o BEM público. O Jáder está lá de novo? O Estevão tá solto? Desses exemplos de malversação impune do dinheiro que deveria se destinar a escolas, hospitais, saneamento e estradas, e da continuidade ad eternum dessa casta no poder, surge o câncer da revolta e da falta de autoridade geral, que deságua no cidadão comum da periferia e termina dentro dos lares. Se os “grandes” prevaricam, todo e qualquer funcionário público investido de alguma autoridade (dos policiais aos oficiais de justiça, passando por qualquer tipo de “fiscal”, do tributário ao de estabelecimentos gastronômicos) só não vai “achacar” se tiver uma formação muito, mas muito sólida. Essa é outra herança da ditadura militar que foi de 1964 a 1984, revistando gente de bem na rua, sem prévia explicação: como resultado, o medo da população investiu toda e qualquer “autoridade” de um poder absoluto. E já disse um pensador: “O poder corrompe. O poder absoluto corrompe absolutamente”. À época, disse Pedro Aleixo: “Numa ditadura, o que me mete medo não é o general de plantão, mas o fiscal da esquina”. São poucos, infelizmente, mas gigantes, os honestos, esses verdadeiros heróis do serviço público, cujo idealismo e luta diária começa pelo calvário do “clima” interno criado na própria repartição onde trabalham: minoria são mal vistos. Atrapalham o “esquema”. É preciso punir exemplarmente, começando urgentemente pela pessoa investida de algum poder público. É preciso colocar os corruptos na cadeia. Eles são o câncer, a causa primeira de tanta criminalidade e da bagunça geral que assola a Nação... É preciso dar um basta nessa gente, sob severo risco do País descambar, num futuro não muito distante, para uma insurreição popular, e um “salve-se quem puder”, tamanho o descalabro e a falta de qualidade de vida, situação surrealista onde gente de bem, além de não encontrar trabalho, ainda é assaltada à luz do dia, recorrentemente, nos mesmos lugares, sem que o Estado saiba sequer responsabilizar-se pela Segurança Pública. Falam em colocar o exército para patrulhar o Rio de Janeiro. Como vão fazer isso, se não conseguem tomar conta nem sequer do próprio quartel, invadido por bandidos que levaram fuzis de guerra, para usar na “proteção” do tráfico? Onde está a autoridade, meu Deus? A quem vamos recorrer? É preciso dar um basta nisso. Ouço agora pela manhã que num único município do Nordeste, com cerca de 5000 habitantes (deveria ser um bairro), descobrese um rombo de 3 milhões, na “construção” de uma estrada que vai do nada para lugar nenhum. Multiplique-se por mais de 5000 municípios de maior porte e chegarse-á rapidamente à conta que não fecha: a de um País com PIB de US$ 500 bilhões (!), com assalto tributário de 36%, onde se marca uma operação “urgente” no hospital público para daqui a quatro meses e crianças na 5ª série não conseguem escrever o próprio nome. Vai mal. Não tenho receio de passar por “catastrofista” (um passeio pela periferia de São Paulo dá uma ducha de noção histórica): vem coisa ruim por aí, gente, se a sociedade não se organizar e parar a “classe” política (olho no MST, e nos movimentos urbanos de “ocupação”, que proliferam silenciosamente). O povo brasileiro é pacato por natureza histórica. Mas no decorrer de minha vida já vi gente em cujas veias parecia correr suco de maracujá , num determinado momento, virar “bicho”: é o tipo que ninguém segura, depois que explode. Multiplique por uma centena de milhão de insatisfeitos e revoltados. Não é bom nem pensar nisso. É hora de união nacional. É hora de todo e qualquer cidadão comum, mas que teve o privilégio de um mínimo de instrução, como você e eu, em nossos círculos de convivência diários, abandonarmos a postura jocosa e distante, na base do “o que eu posso fazer...?” Para assumirmos a importância de cada um de nós nos destinos de nossas vidas e batermos na tecla diária e incessantemente contra a falta de rumo que os políticos estão dando à Nação. É hora de cada brasileiro assumir o papel de agente do processo, em cada conversa, no trabalho, no seio da família, pois o momento é grave e com alto teor latente de explosão social, como provavelmente nenhum outro na história do País. Há muito desemprego (e desespero). Há muita insatisfação. Há muita violência. E, pior, há uma crise de autoridade. O Brasil precisa acabar com a IMPUNIDADE. Esse é o monstro a derrotar, a tirar a vida, cremar e enterrar as cinzas, por precaução. Das mínimas transgressões no trânsito ao Crime Organizado, mas com foco centrado na vigília e punição exemplar dos maus atos políticos em alto escalão. Hei de ver essa pasmaceira de “direitos humanos” sepultada e assistir na TV à imagem de um exministro ou governador, com uma bola de ferro acorrentada à canela, colocando dormentes na estrada de ferro Rio - São Paulo; hei de ver o homicida colocando pedras na encosta do canal criado com a transposição do rio São Francisco, que vai irrigar o Nordeste e fazer do País o celeiro do mundo. Vamos mudar o País. A Roubrasil S.A. é a única empresa próspera hoje, em suas várias facetas. Precisamos falir a Roubrasil S.A., antes que ela acabe com o País. Chega de impunidade. Chega de impunidade. Colaboração: Marcio de Mello Castanho [email protected] Ribeirão Preto - SP - Novembro/2004 7 Peregrino Informação, Cultura e Livre Expressão Hoje alguém, amanhã ninguém PIMENTA-DA-JAMAICA (Pimenta dioica) enho conversado com muitas pessoas que perderam o emprego e não encontram outro, embora procurem desesperadamente. O motivo: Adentraram a provecta fase dos “enta” e têm ainda o defeito imenso de ter um bom currículo. Isto significa que ninguém vai querer empregá-los porque terão que lhes pagar bem e é melhor contratar dois “incompetentes” ganhando pouco do que um competente oneroso. Pode significar, também que as pessoas têm medo de alguém que as supere. Alguém cuja experiência ameace o “status quo” da empresa. Pode ser é claro que lhe falte mérito, mas poucas vezes são eles de fato testados. Currículos são enviados onde deve ser especificada a idade e sabemos que ela é fator de rejeição. Muitas desculpas aparecem. O estranho é pensar que o sujeito, de repente, desaprendeu tudo o que acumulou no decorrer de sua vida profissional. Em um passe de mágica ele perdeu seu valor. Se estivesse trabalhando aos quarenta anos como funcionário credenciado, seria considerado pela sua experiência, porém se aos quarenta e um anos e um mês fosse demitido e se pusesse a procurar emprego ser-lhe-ia imputada a pecha de estar defasado e velho. Não é preciso que muito tempo se passe. O desempregado pode ser recente e mesmo assim alguém pode vir e dizer-lhe que ele agora é um programa ultrapassado. Como tal deverá ser deletado? Não haverá uma maneira da sociedade utilizar o potencial desses indivíduos? Utilizá-los como uma espécie de educadores das novas gerações nas firmas? Talvez se olharmos à nossa volta e nos lembrarmos de que aquele fulano está precisando de emprego nossos olhos possam ver algum cartaz escondido, oferecendo adivinhemos o quê: emprego! Pode ser que se pensarmos neles, naqueles de que acabamos de falar, nos lembremos que temos um amigo, que tem uma empresa, que tem uma vaga...Talvez possamos oferecer parcerias em que não entre tanto dinheiro, mas que ofereçam possibilidades de algo criativo e digno. Talvez possamos apenas tratá-lo como alguém em situação difícil da mesma forma que gostaríamos de ser tratados se estivéssemos em seu lugar. E, principalmente devêssemos deixar de lado a solidariedade do faz-deconta de que estou contribuindo com as pessoas quando na verdade estou defendendo meus próprios interesses e, realmente abrir-lhes uma porta. Caso contrário poderá ele querer bandear-se para o mundo de Hades. Provavelmente não vai poder porque não possuirá moeda para negociar com Caronte. É que não se oferecem empregos de menor monta para alguém que já foi alguém. No entanto embora ele já tenha sido “alguém”, hoje é ninguém para arranjar um emprego bom ou mediano. É bem possível que não tenha nenhuma moeda no bolso nem para tomar um ônibus que dirá para o barqueiro mitológico! Mariza Helena Ribeiro Facci Ruiz Terapeuta Floral Practitioner pela Dr. Edward Bach Foundation, escritora e membro da UBE [email protected] Este condimento foi encontrado pelos colonizadores espanhóis nas terras da América Central e México e chamou atenção pelo seu aroma característico. Já era utilizado pelos povos pré-colombianos em sua cultura diária. Principalmente os Maias já a empregavam para aromatizar o chocolate e até mesmo nos processos de embalsamamento dos cadáveres dos sacerdotes devido à presença de óleos essenciais nos frutos desta espécie. Atualmente é utilizada em alguns pratos e em algumas regiões. Seu aroma é uma mistura de canela, gengibre, cravo-da-índia e noz-moscada, daí o nome em inglês all spice (todas as especiarias). Na Europa é empregado por alguns cozinheiros, e está presente, segundo alguns autores, no movimento francês conhecido por “Nouvelle Cousine”. É uma planta de porte arbóreo, de crescimento não tão rápido, com folhas elípticas, coriácea, de coloração verde escuro, e de aroma característico da espécie, lembrando muito o cravo-da-índia, só que menos intenso quando comparado com os frutos. As flores são de pequeno porte e de coloração branca. Os frutos são pequenos, de coloração escura, quase que preta quando secos. Em Ribeirão Preto temos alguns pés plantados já há mais de 15 anos, e até o momento ainda não vimos a presença de flores e conseqüentemente nem de frutos. Os frutos são empregados como especiarias. Para a destilação e obtenção de óleo essencial utilizam-se as folhas, já que este óleo é rico em eugenol, substância de grande valor comercial. Como quase todos os condimentos, possui ação digestiva e carminativa. Também é anti-séptico, por isso era empregado para conservar os cadáveres. É tido também como afrodisíaco. Como a noz-moscada, é um condimento empregado tanto em pratos salgados quanto em pratos doces. Muito usado em bolos e pudins, principalmente pelo aroma que lembra o cravo e a canela. Também pelo seu aroma exótico é muito empregado no preparo de marinadas de carnes, principalmente de carneiro e porco. Utiliza-se na produção de patês, presuntos e até mesmo picles, mas isto já para a área industrial. Em embutidos de uma forma geral também vai muito bem, como no codeguim, salames e até mesmo salsichas. No preparo de vinagres aromáticos coloque alguns grãos da pimenta dentro de uma garrafa de um bom vinagre e deixe macerar por uns 15 a 20 dias antes de usar. Quem trabalha com chocolate, experimente preparar um chocolate com pimenta, mas pimentada-jamaica e não pimentas do gênero Capsicum, como a dedo-de-moça, ou pimenta-do-reino como estivemos vendo nos últimos tempos. Ademar Menezes Jr Eng. Agrônomo – Especializado em Plantas Medicinais [email protected] 8 Peregrino Informação, Cultura e Livre Expressão Ribeirão Preto - SP - Novembro/2004 Natureza - Flora e Fauna Maravilhas do Maracujá Afelandra – (Aphelandra squarrosa) Foi uma das primeiras delícias que os portugueses descobriram no Brasil: uma planta que os índios chamavam mboruku’ya, lindamente decorativa e com propriedades medicinais no fruto e nas folhas. O maracujá é tão bonito, gostoso e saudável que merece um lugar em sua casa. A melhor época para o plantio é de julho a setembro; resistente ao sol, a planta se desenvolve bem no quintal ou em vasos (adubados com terra vegetal e esterco curtido). Conheça as mil e uma utilidades dessa maravilha. Folha - Excitações nervosas, depressão, insônia, asma, bronquite, coqueluche, disenteria, diarréia, convulsão infantil, dor de cabeça nervosa... Quase não tem fim a lista de males curados pela infusão das folhas do maracujá. Os adeptos da medicina caseira descobriram também que, usadas como loções ou cataplasmas, as folhas curam feridas. Para a infusão, coloque as folhas para ferver numa panela com água (quatro folhas por copo de água); a cataplasma você faz passando as folhas secas no ferimento ou socando as folhinhas até virarem uma pasta (se estiverem secas, jogue água fervendo até formar a pasta). Fruto - Há quem goste do fruto, que é um excelente diurético; outros reclamam da consistência e do sabor ligeiramente azedo. Mas quase todo mundo adora o suco de maracujá, que não é só bom como refresco: combate inflamações e males do estômago e intestino. Plantando a semente em casa, apenas seis meses depois da germinação você vai ter o fruto formado. Flor - Famosa pela beleza e pela variedade de tonalidade (lilás, vermelha, rosa), a flor de maracujá pode enfeitar casas e até apartamentos, surgindo em trepadeiras muito decorativas. Você não terá muito trabalho: o principal é criar um suporte para a evolução das gavinhas que sustentam a planta. Sugerimos dois tipos de suporte: para apartamentos, basta esticar horizontalmente alguns fios de arame numa janela, a uma distância de 10 em um do outro, e as gavinhas terão onde se a enrolar; num quintal, o melhor é fazer um caramanchão com ripas estreitas ou com os mesmos fios de arame. A afelandra é uma dessas plantas que sempre provocam amor à primeira vista. E não é para menos. A folhagem, brilhante, fica bonita o ano todo e, sob condições adequadas de luz, ela ainda produz.florzinhas amarelas. Ela cresce no máximo 30 cm e fica realmente magnífica dentro de casa. Açafrão - (Crocus officinalis) Essa planta, originária da região onde hoje se encontram a Grécia, a Itália e a Turquia, já foi citada nas lendas mitológicas. Seus efeitos embriagadores provocavam, nos antigos, euforia e estados alterados de consciência. O corante vermelho, fluorescente, obtido a partir das flores, é até hoje utilizado no tingimento de tecidos. Partes utilizadas: Estigmas da flor. Ajuda a tratar de: Espasmos, suspensão de menstruação, tensão nervosa, insônia. Em excesso, leva à embriaguez e a estados alterados de consciência. Laranja-amarga – (Uso cosmético) Coloque dois litros de água em fogo brando. Acrescente quatro colheres (sopa) de folhas bem picadas, quatro colheres (sopa) de casca ralada ou picada e quatro colheres (sopa) de flores em botão. Meia hora depois, coe e junte à água da banheira, ou passe pelo corpo lentamente, com uma esponja macia. Deixe agir por no mínimo quinze minutos. Luz - Média a alta intensidade durante o crescimento e altíssima intensidade durante a floração. Temperatura - 18 a 20ºC, tolerando até 10ºC. Água - Conserve o solo do vaso úmido, mas não encharcado. Adubação - A cada dois meses. Propagação - Estacas de ponteiros (prefira os galhos mais velhos). Cuidados específicos - Passe mensalmente um pano úmido na folhagem, para remover a poeira. Problemas comuns - Se houver perda de folhas, encharque bem o solo para eliminar o excesso de sais. Borboleta-rabo-de-andorinha A ficha Nome popular: Borboleta-rabo-de-andorinha Nome científico: Parides ascanius Onde vive: vive nas praias do Estado do Rio O que come: a trepadeira Aristolochia macroura Quanto mede: 10 centímetros Esta borboleta de asas branca, rosa e negra foi o primeiro inseto brasileiro ameaçado de extinção. A borboleta é tão bonita que já em 1775 os cientistas a estudaram, publicaram sua descrição em livros e os museus conseguiram o inseto para suas coleções, mas sempre morto, porque viva a borboleta-rabo-deandorinha é raríssima. O azar da borboleta é que a única planta que serve de alimento para sua lagarta é uma trepadeira que nem tem nome popular, só científico, Aristolochia macroura. Essa plantinha nascia nos terrenos baldios de Copacabana, do Leme, que hoje não existem mais, e nas áreas alagadas do Estado do Rio, que foram sendo aterradas e descaracterizadas. Atualmente, só na Reserva Biológica de Poço das Antas, onde é preservado o mico-leão-dourado, há algumas dessas borboletas, e alguns entomólogos tentam com algum sucesso sua criação em cativeiro, a partir do cultivo da planta-alimento. Na natureza, formigas predam os ovos da borboleta e as lagartas que nascem 20 dias após da postura com 1,5 milímetros de comprimento. As lagartas que conseguem crescer tecem um casulo para a metamorfose. No fim de um mês, nasce a borboleta, que tem como único inimigo o homem, pois as cores de suas asas são um símbolo, no mundo animal, de que a borboleta é venenosa e por isso ela é poupada pelos passarinhos. Fontes: Flora: Essencial - Um guia prático pra a saúde e beleza; Fauna: 100 Animais Brasileiros publicados no Estadão de Luiz Roberto de Souza Queiroz. Informação, Cultura e Livre Expressão Assinatura - Para todo o Brasil 06 meses - R$15,00 / 12 meses - R$30,00 Através dos telefones (0**16) 621 9225 / 9992 3408, pelo email: [email protected], ou deposite no Banco Itaú - Ag. 0332 - Conta: 74194-1 e envie o comprovante do depósito juntamente com seus dados para Av. Guilhermina Cunha Coelho, 350 A6 - Ribeirão Preto - SP - CEP: 14021-520. Ribeirão Preto - SP - Novembro/2004 9 Peregrino Informação, Cultura e Livre Expressão Una burla a los verdaderos escritores Maria Cristina Aliaga Luna – Chile [email protected] Una burla, una gran burla a la creación, al esfuerzo y a “ese querer creer en la transparencia de los concursos literarios”. Puedo ser yo - y muchos otros escritores chilenos o de otro país - excelente escritora, excelente poetisa, puedo tener cuentos, poemas sociales, de amores, crónicas duras y que acusan a culpables.- He ahí la razón. Cada uno de los Concursos Literarios convocados van directamente de la mano del que está en el poder, está amarrado a lo que se quiere ocultar y como los escritores, novelistas, cuentistas y poetas que NO SE VENDEN, Y SOMOS LOS CRONISTAS DE UNA EPOCA O DE LA HISTORIA, y acusamos a estos “demonios de la mente y de la carne”, seguramente estaremos vedados en los concursos nacionales. Personalmente, he enviado excelentes trabajos de poesía y biografías, y nadie ha sido capaz siquiera de decir por qué no quedé seleccionada en un Concurso que se dice organizado por un “Comité del Libro y la Lectura”. También he sido columnista de diarios y dejé de serlo, desde el momento en que me colocaron “trabas” o cambios a lo que yo quiero expresar, a mi sentimiento. ¿Debo escribir de acuerdo al partido político que impera o a la enemistad que se genera entre estos partidos? ¡¡Qué vergüenza!! Y sin embargo, quienes no son ni siquiera escritores, han ganado concursos de “el Libro y la Lectura” y quizás cuántos más. Sé de personas que publican un libro con esos fondos y luego el mismo libro es “adquirido” por la entidad correspondiente para ser repartido en todas las bibliotecas del país. ¡¡Gran negocio!! Recupero y gano dinero a montones. ¡Felicitaciones a tan insigne autor y ser humano! Y cosa mejor es cuando un solo ser humano presenta varios proyectos con nombres de sus amigos que ni siquiera son escritores ni trabajan en la cultura pero “ganan un concurso”... y ganan todos. No quiero decir con estas palabras que todos los concursantes ganadores no lo hayan merecido, lo que quiero decir es que, seguramente, han tenido muchos amigos (“pitutos” como le llamamos en Chile”, ese amiguito o amiguita que te debe favores y te paga con plata del estado). Gran negocio. Yo callo y me editas, yo soy de tu bando y me haces popular. Y lo más increíble que los diarios locales publican “críticas literarias” de señores que apenas saben escribir literatura, que tienen una vergüenza de libros publicados y, si es uno, es un librillo de mala calidad, hasta literaria, pero como el individuo conoce su amistad, no coloca su nombre en la crítica sino que utiliza un nombre de un Sr. X y lo ubica en la Universidad de …. aquí en Chile. Esto no es un decir. Se ha investigado y se ha comprobado este delito literario, y si hace más de “su famosas críticas literarias” nunca coloca su nombre, va de un nombre a otro, inventando señores sesudos que sólo existen en su cabeza y que al periódico al que los envía no le interesa saber quién es ni lo que dice si es de su agrado político. Si, triste realidad que hace que los buenos y honestos escritores editen de su bolsillo sus propias obras – escritores, empleados de una empresa con 8 ó 12 horas de trabajo, que editan restando horas al descanso. Y como no soy ACTIVISTA de un partido político, no participo más en Concursos Literarios, pierdo tiempo, dinero en materiales, en arriendo de computadores y me desilusiona cada día más esta mugre en la literatura. Sé que Neruda, para mí, es uno de los mejores poetas de Chile junto a la Mistral. Bueno, y muchísimos más. Sin embargo, políticamente, Neruda ha sido alabado, festejado, requetefestejado porque estamos en un gobierno de su partido. Indignada me encuentro cuando hasta las mujeres que están en el poder actual en mi país hablan de la “igualdad entre hombre y mujer”. ¿Y qué de Gabriela Mistral? Alguna vez recordarán que fue y es la única mujer de Chile capaz de decir las verdades y por eso fue vilipendiada y rechazada en una sociedad decadente y prejuiciosa, y es la única mujer ganadora de un PREMIO NOBEL, que no bajó la cabeza ni perdonó el olvido ni el desaire y la terrible marca “DE HABER SIDO MUJER” en un tiempo en que el hombre (y hoy también) no soportaba que una mujer fuera superior a él y las que lo son deben aceptar ciertas condiciones que les impone un partido. “Cómo vender el alma al diablo” igual, pero sin uniforme. No pongo en duda mi capacidad literaria y la de muchos que permanecen en silencio, simplemente quise decir la verdad de lo que sucede con los escritores chilenos. Tampoco pongo en dudo que en provincias existen, y desde allí emigran, algunos - los mejores escritores de la literatura chilena; y creo que ellos también deben tener esta espinita clavada en sus corazones. Siendo escritora he ganado amigos, he participado en encuentros - que nada dejan al final. Fui Presidente de una Sociedad de Escritores que terminó en solamente hacer ¡!Salud!! por el poema, razón por la cual me retiré. Hoy en día hago mis creaciones sola, las comparto con mis amigos de la red y cuando escribo esto, lo escribo por ellos y por nosotros, porque las realidades deben ser muy similares. Es una lástima. Pero las verdades seguirán saliendo de mi alma, aunque jamás pueda obtener la regalía de “ganar un concurso literario”, simplemente porque el arte va más allá de un fajo de billetes inmundos. Colaboração: Antonio Carlos Tórtoro – Presidente da ARL – Academia Ribeirãopretana de Letras. Auto-retrato - 1919 Pintor Amedeo Modigliani – (1884 – 1920) – pintor, escultor e desenhista italiano. Pinta, com poucas exceções, nus femininos, enquanto as esculturas representam cabeças ou figuras recurvadas. Sua obra caracteriza-se por apresentar formas simplificadas, extremamente alongadas, com grande senso de vitalidade rítmica. Nu - 1913 10 Pilgrimanto Ribeirão Preto - SP - Novembro/2004 Informado, Kulturo kaj Libera Esprimado Historio de la pico La urbo San Pauxlo, cxefurbo de nia samnoma sxtato, estas ne nur la plej granda urbo de Brazilo. Gxi estas ankaux ties gastronomia cxefurbo. Tamen unu el la plej reprezentaj mangxajxoj de la urbo estas la unuavide simpla kaj singela pico. Certe nekonata al plej multaj brazilanoj, mi kredis interesa la prezentadon en La Lampiro de eta historio pri gxi. La inventadon de la pico oni atribuas al egiptoj aux grekoj. Oni kredas, ke la paston inventis la egiptoj, kiel la unuaj, kiuj miksis farunon kaj akvon kaj bakis tion sur varmaj sxtonoj. Historiaj raportoj asertas, ke la grekoj pioniris en la preparado de pasto el tritika faruno, rizo kaj kikero, bakita sur varmaj brikoj. Tamen la kovrajxoj kaj formo de pico naskigxis en Italio. Napolanoj aldonis tomatan sauxcon kaj oreganon al la pasto. La plej ricxaj aldonigis fromagxon mozarelan, kalabriajn kolbasojn kaj ovojn al la supra tavolo. Oni mangxis la pecojn falditaj, kvazaux sandvicxon. James Rezende Piton - Campinas-SP En Brazilon la pico venis kun la unuaj italaj enmigrintoj, kiuj alfluis en la dua duono de la 19-a jarcento. La cxefenirejo estis la havenurbo Santos, en nia sxtato, kaj la celo de tiuj italoj estis labori en bienoj de la internlando kaj industrioj de la cxefurboo San Pauxlo. En la cxefurbo, ili instaligxis unue en kvartalo Bras, kaj poste Bom Retiro, Barra Funda (baha funda] kaj Bixiga [bisxiga]. Krom la lingvo, ilin markis la esprimivaj gestoj, la muziko kaj la kuirarto. Dum multaj jaroj picoj estis troveblaj nur en restoracietoj kaj italaj bakejoj de Bras, kiujn oni starigis en fino de la 19-a jarc. Tiam la preferata pico inter (sanpauxlanoj)sanpaýlanoj estis la t.n. Margherita, elpensajxo de la napolano Raffaele Esposito, kiel omagxo al la regxino Margherita el Savojo. Sxi petis de li la preparadon de unu el tiuj bakajxoj, tiel popularaj inter la plebanoj. Esposito kreis picon kun la koloroj de la flago de la lando, per la rugxa tomato, la blanka mozarela (bubalina) fromagxo kaj la verda bazilio. Niaj nuntempaj kovrajxoj, je centoj da variajxoj) (ecx viandaj, dolcxaj, cxokoladaj, ekaperis en la 50-aj jaroj, cxefe laux usona influo. «Prenu iom da pana pasto, bone platigu gxin per rulbastono aux la manplato, kovru tion per kio ajn placxa al vi, spicu per olivoleo, enfornigu, magxu kaj vi trovos tion, kio estas pico.» Boucard, Napolo 1850. Fonto: La Lampiro / 45a jaro / N-ro 108 / Januaro-Aprilo 2004. Pilgrimanto (16) 621 9225 9992 3408 No Esperanto em determinados momentos algumas letras são acentudas (c, g, h, j, s levam acento circunflexo e o u braquia). No momento não estamos, no PageMaker, conseguindo fazer uso desses acento. Por este motivo nos textos em Esperanto lançamos mão de um recurso utilizado pelos esperantistas que é o de colocar a letra “x” em seguida da letra acentuada. Se alguém puder nos ajudar neste sentido, contate-nos através do e-mail [email protected]. Ribeirão Preto - SP - Novembro/2004 11 Peregrino Informação, Cultura e Livre Expressão Leitura Filosofia de Banheiro – Gregory Bergman Dinastia Americana – A aristocracia, a fortuna e a política da fraude na casa dos Bush - Kevin Phillips Neste livro o autor, comentarista político e econômico, revela como quatro gerações dos Bush, começando com a aliança original entre George Herbert Walker e Samuel Prescott Bush, subindo a escada do poder nacional desde a Primeira Guerra Mundial, solidificaram o seu lugar no estabelecimento dos EUA – em Yale, em Wall Street, no Senado, na CIA, na vicepresidência e na Casa Branca. Grupo Editorial Madras Tel.: (11) 6959 1127 - Fax.: (11) 6959 3090 www.madras.com.br Refletir, meditar, formar ou combinar pensamentos ou idéias, lembrar são todos sinônimos de pensar. O ser humano é movido pelo pensamento. Mas o fato de pensar envolve uma ciência que há séculos vem ensinando o homem não somente a pensar mas como pensar, desenvolver melhor o seu intelecto, as suas idéias. Esta ciência é a Filosofia. Para o iniciante no assunto, o autor incluiu, em cada capítulo, uma metáfora comum para ser usada como uma ferramenta de explicação. Conheça o mundo de Tales, Sócrates, Platão... e outros pensadores que fizeram a história da Filosofia. Grupo Editorial Madras Tel.: (11) 6959 1127 - Fax.: (11) 6959 3090 www.madras.com.br DOE LIVROS À BIBLIOTECA DE SUA CIDADE História de um Sonho – Adolpho Bezerra de Menezes Com este livro resgatamos para o público espírita uma eletrizante história contada por um dos maiores benfeitores do espiritismo no Brasil, Bezerra de Menezes, publicada, quando ele ainda estava em vida, em folhetins pela revista Reformador. O romance traz a história do próprio narrador. O desenrolar dá-se nos dois planos: ora no espaço, ora em estado de vigília. Vale a pena conferir. Boa leitura! Grupo Editorial Madras Tel.: (11) 6959 1127 - Fax.: (11) 6959 3090 www.madras.com.br DIVULGAÇÃO GRATUITA DE LIVROS Se você tem uma editora ou livraria e deseja divulgar GRATUITAMENTE os livros que estão disponíveis para venda em nosso periódico e site www.jperegrino.com.br, basta enviar-nos um exemplar do livro a ser divulgado. Os livros assim recebidos são ao final/início de cada ano doados às bilbiotecas Padre Euclides e Altino Arantes de Riberião Preto. Curiosidades em Geral *Nos conventos, durante a leitura das Escrituras Sagradas, ao se referir a São José, diziam sempre “Pater Putatibus”, abreviando em “P.P”. Assim surgiu a idéia, nos países de colonização espanhola, de chamar os José de Pepe. *Cada rei no baralho representa um grande Rei/Imperador da história: Espadas: Rei David (Israel) Trevo: Alexandre Magno (Grécia/Macedônia) Coração: Carlos Magno (Franca) Diamantes: Júlio César (Roma) Assinatura e/ou Anúncio ligue: (16) 621 9225 9992 3408 12 Peregrino Ribeirão Preto - SP - Novembro/2004 Informação, Cultura e Livre Expressão Florais de Bach - Perguntas freqüentes (continuação) Tradução: Mariza Helena Ribeiro Facci Ruiz 13 - Sei que é indicado colocar-se no máximo cinco florais no mesmo frasco. Mas quero saber qual a coisa certa a fazer se alguém necessita mais do que cinco florais? É correto colocar-se os outros florais em outro frasco e tomá-los alternadamente? O que vocês sugerem? Na realidade é usual dar-se seis ou sete florais juntos ao mesmo tempo, e isto é o máximo que sugerimos. O Dr. Bach é conhecido por ter dado nove essências juntas em duas ocasiões, mas lembre-se de que ele estava acompanhando milhares de pessoas durante um período de vários anos. É muito comum as pessoas sentirem que precisam muito mais do que este número. A resposta a isto é não fazer digamos dois frascos, mas ao invés utilizar uma quantidade de florais inferior a seis ou sete. O importante é pensar sobre a maneira como você se sente agora e tratar isto. Trate os sentimentos principais que você tem agora, e quando os florais lidarem com eles você pode então tratar outras questões que vierem. 14 – Pode-se tomar os florais de Bach com chá, café? Você pode colocar as essências florais no chá, café, refrigerantes e neste aspecto elas não funcionam como os remédios homeopáticos. 15 – Gostaria de saber se posso colocar gotas do floral em bebidas quentes sem destruir a capacidade de cura do floral. Sim, você pode colocar gotas de floral em bebidas quentes – água, chá, café, etc... Isto não afetará a potência dos florais, e por causa do calor fará com que o álcool colocado junto com o floral evapore. É um método que às vezes recomendamos para pessoas que por uma razão ou outra desgostem do álcool. 16 – Um par de meses atrás eu derrubei um vidro de Rescue e o vidro quebrou-se em dois pedaços na parte superior, mas o líquido ainda ficou dentro. Eu o guardei desta forma, coberto, mas certamente o ar entrou. Ainda é usável? O ar não estragará o floral, embora o brandy possa começar a perder o sabor. A única coisa a nos preocupar poderia ser pedaços de vidro. A melhor coisa a fazer seria filtrar o floral em um vidro para floral sobressalente. Um simples filtro de café pode ser usado. 17 - Ouvi dizer que se você toma Pine por muito tempo você experimentará o estado negativo de Pine. Isto não é verdade. Os florais são totalmente positivos e não podem sob nenhuma circunstância provocar o aparecimento de um estado negativo. 18 – Você deve adicionar álcool em um vidro de floral? O modo padrão de misturar os florais em um vidro é colocar duas gotas de cada essência selecionada em um vidro de 30 ml e, depois preencher com água mineral. Se você mantém em lugar fresco – preferivelmente no “refrigerador” – e se você tomar o cuidado de não deixar o conta-gotas tocar sua língua, então a água permanecerá fresca por duas ou três semanas, período que deve durar o conteúdo do frasco. Você somente necessita adicionar álcool se a garrafa não ficar em lugar fresco – se, digamos, você pretende carregá-la em seu bolso durante todo o tempo. A única razão pela qual você necessita do álcool é para que a água não se evapore. Uma colher de chá de brandy, de cerca de 5 ml, é o suficiente para este fim. Alternativamente você pode se utilizar vinagre de cidra ou glicerina vegetal. 19 – Quando se deve parar de tomar os florais? Quando o problema que está sendo tratado for embora, não há necessidade em continuar tomando. 20 – Se as coisas pioram uma vez que você tenha começado a tomar os florais, deve-se parar ou continuar a tomá-los? Os florais de Bach não causam efeitos colaterais ou agravantes, mas pode ser que os florais estejam trazendo à tona sentimentos represados que devem ser clareados antes que uma cura completa possa ter efeito. Se você sente isto neste caso então você pode olhar para ver se há uma necessidade de outro floral em vez dos que você está tomando. Quando as coisas estão piorando a despeito dos florais isto pode significar uma de duas coisas. Ou os florais não tiveram tempo de agir (dois ou mais meses ou mesmo anos de doses regulares podem ser necessários para lidar com problemas profundos enraizados) ou a seleção foi errada. Em qualquer caso, os florais não irão por conta própria causar sintomas ou problemas que já não estavam em você e são totalmente benéficos em seus efeitos. Isto significa que não há necessidade de parar de tomar os florais. 21 – É sempre melhor indicar poucos florais? É sempre melhor indicar poucos florais. A linha normal de conduta é tentar não usar mais do que seis ou sete de uma só vez, desde que a experiência tem mostrado que mais do que este número é desnecessário. Tomando mais florais do que o necessário, podemos perder o foco, e os que são realmente necessários não funcionarão tão bem ou tão rápido como poderiam. Também, não é verdade de que três florais são melhores do que quatro, ou de que o tratamento ideal é com um simples floral: se seis (ou oito, ou mesmo nove) florais realmente são necessários é o quanto você deve tomar. 22 – Existem algumas combinações de florais que nunca deveriam ser usadas? Não. Mesmo os florais que parecem ir em direções opostas (Vervain e Wild Rose, por exemplo, ou Vine e Centaury) podem ocasionalmente ser necessários uma vez para a mesma pessoa. Tudo depende da personalidade e dos estados emocionais de quem está sendo tratado. 23. Estou procurando ajuda para clarear meu entendimento sobre o floral Sweet Chestnut. Como é a depressão do Sweet Chestnut comparada ao do Mustard? E como se compara a desesperança do Gorse e a falta de fé do Gentian? Gentian é para uma branda melancolia após um transtorno. Por exemplo, você pode ter concorrido a um emprego e falhado em obtêlo. Você diz “Eu poderia desistir” – mas, porém, com um coração pesaroso, você inscreve-se em outra função para um trabalho diferente. Gorse é para quando você se sente muito pessimista. Alguma coisa saiu errado e você decide desistir porque não há “razão” em tentar novamente. Para usar o mesmo exemplo, você se candidata para um emprego e falha em consegui-lo. Em um estado Gorse você diz “É isto, desisto” e rasga o outro formulário para outro emprego. Sweet Chestnut é uma coisa totalmente diferente. Dr. Bach classificou o Gentian e o Gorse no grupo da “Incerteza”, porque nos dois momentos o problema não é desespero genuíno, mas falta de fé. O estado de Sweet Chestnut é para quando realmente todas as avenidas estão fechadas. Imagine alguém que tentou e tentou conseguir um emprego. Todo tempo ele está em busca de trabalho e o aluguel permanece não pago. Sua mulher e filhos estão morrendo de fome. Ele não tem dinheiro para viajar para uma entrevista e suas roupas estão muito desgastadas para que ele consiga um emprego de qualquer maneira. Então os fiadores chegam para retirá-los da casa. Isto é absolutamente desesperador. A noite escura da alma, quando todos os possíveis caminhos foram cortados. Porém ele não pensa em suicídio e continua lutando. A diferença entre Gentian e Gorse e Sweet Chestnut é clara. Finalmente, Mustard é um floral para quando tudo na vida está bem, mas ainda sentimos desânimo, como se houvesse uma nuvem pairando sobre nós. Para usar o mesmo exemplo, você pode ter conseguido o emprego que você realmente queria. Você pode estar excitado, mas seu espírito está em baixa. Quando as pessoas dizem “Por que você está tão desanimado?” Você pode apenas balançar seus ombros e não saber o porquê. (Continua na próxima edição) Fonte: www.bachcentre.com