Guia da Cooperação Educacional França-Brasil - EDUC
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Guia da Cooperação Educacional França-Brasil - EDUC
Guia Informativo da Cooperação Educacional FrançaBrasil O advento e a promoção do programa Ciência sem Fronteiras, desafios e perspectivas PARIS 2012 Ambassade du Brésil Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil É importante ressaltar que as informações aqui contidas tem propósito exclusivamente informativo. 2012 2012 Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil Cooperação Educativa França Brasil O advento e promoção do programa Ciência sem fronteiras, desafios e perspectivas Sumário Introdução (Breve Histórico da Cooperação Educacional Brasil-França) 1. Sistemas de Educação Superior - Brasil e França 1.1. Apresentação do Sistema de Educação Superior Francês e suas Recentes Reformas 1.1.1. Panorama do Ensino Superior Francês 1.1.2. Instituições 1.1.2.1. As Universidades 1.1.2.2. As Grandes Escolas 1.1.2.3. Escolas e Instituições Especializadas 1.1.3. Formações 1.1.3.1. Formações Longas nas Universidades 1.1.3.2. Formações Longas nas Escolas Superiores 1.1.3.3. Formações Curtas 1.1.4. Ingresso 1.1.4.1. Ingresso de Alunos Estrangeiros 1.1.5. A pesquisa na França e suas Ultimas Reformas 1.1.5.1. A lei de Responsabilidade Universitária 1.1.5.2. Os PRES – Os Polos de Pesquisa do Ensino Superior 1.1.5.3. A “Operação Campus” 1.1.5.4. Os Polos de Competitividade 1.1.5.5. As Redes de Pesquisas Avançadas 1.1.5.6. Unidades Mistas de Pesquisa – UMR 1.2. Apresentação do Sistema Educativo Superior Brasileiro 1.2.1. Panorama do Ensino Superior Brasileiro 1.2.2. Formas de acesso 1.2.2.1. O Ingresso de Aluno Estrangeiro ou Proveniente de Instituição Estrangeira no Sistema de Ensino Superior Brasileiro. 1.2.3. Programas e ações do Setor de Educação Superior Brasileiro 1.2.4. A pesquisa no Brasil 1.2.4.1. CAPES 1.2.4.2. CNPq 1.2.4.3. FINEP 1.2.4.4. CONFAP e FAPs 1.3. Quadro Comparativo de Equivalência entre os dois Sistemas 1.4. Coordenação e Mobilidade Internacional: Cooperação Universitária e Cientifica Brasil-França 1.4.1. Panorama 1.4.2. Os Instrumentos de Cooperação Universitária Brasil-França 1.4.2.1. Acordos entre Universidades e Programas 1.4.2.1.1. Programa regional MATH-AmSud 1.4.2.1.2. Programa Capes/Brafitec 3 5 9 9 9 11 11 12 14 14 15 16 16 17 17 18 19 20 21 22 25 26 29 29 30 30 31 33 34 34 35 35 36 38 38 42 43 44 44 Ambassade du Brésil Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil 1.4.2.1.3. Programa CAPES/Brafagi 1.4.2.1.4. CAPES/Cofecub 1.4.2.1.5. Colégio Doutoral- Brasil-França 1.4.2.1.6. Programa CAPES/Fundação Agrópolis 1.4.2.1.7. Programa Saint-Hilaire 1.4.2.2. Duplo diploma 1.4.2.3. Cotutela de tese 1.4.3. Órgãos Específicos Envolvidos 1.4.3.1. CampusFrance 1.4.3.1.1. CampusFrance no Brasil 1.4.3.2. CENDOTEC 1.4.3.3. Setores de Cooperação Educacional nas Embaixadas 1.4.3.3.1. Setor de Cooperação Educacional (SERE e Embaixada na França) 1.4.3.3.2. SCAC - Serviço de Cooperação e Ação Cultural – SCAC 1.4.3.4. Coordenações de Relações Internacionais das Universidades 1.4.4. Outras bolsas, programas e financiamentos – Brasil-França 2. O programa Ciência sem Fronteiras 2.1. Objetivo e Finalidades 2.2. Base Jurídica 2.3. Principais órgãos e Instituições de Promoção na França 2.3.1. O programa Ciência sem Fronteiras na França 2.3.2. O programa Ciência sem Fronteiras na França e os níveis de Formação 44 44 44 45 45 45 46 46 47 47 48 49 49 2.4. Instituições participantes do programa (2012) 2.5. Lista das Principais Instituições de Ensino Superior na França no âmbito do Programa Ciência em Fronteiras e Revistas Internacionais. Classificação Referente às Áreas Prioritárias do Programa Ciência sem Fronteiras. 2.6. As Universidades Francesas e a classificação de Xangai. 3. Procedimentos e Informações Úteis para os Interessados 4. Desafios e Perspectivas 61 66 51 51 52 55 55 58 58 59 60 80 81 83 2012 Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil Introdução « La France et le Brésil sont liés par d’ambitieux projets bilatéraux, en vertu de l’alliance stratégique que nous avons établie. Je suis certaine que nous allons poursuivre cette coopération au cours des prochaines années 1 » Dilma Rousseff A cooperação científica e universitária Brasil-França já é antiga, alicerçada em vínculos históricos e acontecimentos que marcaram a memória coletiva dos referidos Estados, entre os quais: a missão artística e científica de 1816 2; a criação da Academia de Belas Artes em 1826 3; e a criação da primeira escola de engenharia em Ouro Preto 4, em 1876, além de missões universitárias, como a participação de uma missão francesa na fundação da Universidade de São Paulo (USP) em 1934 5, composta por jovens e futuros influentes 1 Em mensagem com os cumprimentos ao presidente eleito da França, François Hollande em 6 de Maio de 2012. A Missão Artística Francesa consistiu-se em um grupo de artistas e artífices franceses que, deslocando-se para o Brasil no início do século XIX, revolucionou o panorama das Belas-Artes no país introduzindo o sistema de ensino superior acadêmico e fortalecendo o Neoclassicismo que ali estava iniciando seu aparecimento. O grupo era liderado por Joachim Lebreton e foi amparado pelo governo de Dom João VI. In: Neves, Lúcia M. B. Pereira das. A missão artística francesa. Rede da Memória Virtual Brasileira. 3 A fundação de uma escola de artes e ofícios no Brasil se deve, segundo informa Rafael Denis, à iniciativa da ala francófila do conselho de ministros de Dom João, representada pelo Conde da Barca. Uma escola desta feição se tornava cada vez mais necessária para a formação de profissionais especializados para servirem ao Estado e às indústrias nascentes, quando no país até então praticamente nada existia em termos de ensino regular e a tradição artística se transmitia através do antigo sistema das corporações. A implementação da ideia exigia a contratação de professores estrangeiros, de modo que enviados do Conde entraram em contato em Paris com Joachim Lebreton, então secretário perpétuo da seção de Belas Artes do Institut de France, para que ele reunisse o grupo de mestres necessários. In: Denis, Rafael Cardoso. "Academicism, Imperialism and national identity: the case of Brazil's Academia Imperial de Belas Artes", In: Denis, Rafael Cardoso; Trod, Colin. Art and the academy in the nineteenth century. Manchester University Press, 2000. pp. 55-56. 4 A Escola de Minas de Ouro Preto, instituição de ensino superior localizada em Ouro Preto, foi fundada em 12 de outubro de 1876, pelo cientista francês Claude Henri Gorceix a pedido do então imperador Dom Pedro II na tentativa de ensejar no Brasil a pesquisa cientifica nos moldes do empirismo. Ela se destaca por ter sido pioneira na formação de geólogos nacionais. Cf: Carvalho, José Murilo. A Escola de Minas de Ouro Preto. O peso da glória. 2002. 2 5 Cf: Lefebvre J.P., 1990, Les professeurs français des missions universitaires au Brésil (1934-1944). Cahiers du Brésil Contemporain, 1990. 5 Ambassade du Brésil Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil professores como Claude Lévi-Strauss, Roger Bastide, Fernand Braudel, Pierre Monbeig entre outros. Formalizada bilateralmente através de um acordo em 1967 6, a cooperação científica e universitária entre os dois países foi marcada pelo espírito da parceria, formando, através de convênios, grande número de instituições administrativas, instituições de ensino superior e centros de pesquisa. A parceria estratégica lançada por ocasião do encontro entre os presidentes Luís Inácio Lula da Silva e Nicholas Sarkozy em São Jorge do Oiapoque, no dia 12 de fevereiro de 2008, que teve seqüência por um plano de ação apresentado na Cúpula do Rio, em 23 de dezembro de 2008, é um marco para a relação bilateral entre o Brasil e a França. Para além das alianças políticas, a parceria visa também o aumento das trocas, o fortalecimento das cooperações, bem como o desenvolvimento da transferência de tecnologia em diversas áreas: econômica, acadêmica e científica, militar, espacial, ambiental, educacional. Nas ultimas décadas 7 delineou-se uma cooperação centrada em programas representativos e iniciativas conjuntas implementadas por diversas ações e programas de mobilidade universitária (CAPES/COFECUB, BRAFAGRI, BRAFITEC), permitindo: a) realização de pesquisas de brasileiros e franceses no país parceiro; o desenvolvimento de intercâmbios universitários através de convites de professores e cátedras francesas de excelência em universidades brasileiras, em paralelo aos programas de mobilidade estudantil; b) fortalecimento das parcerias científicas com a publicação de editais temáticos para programas de pesquisa em redes e a criação de unidades de pesquisa ou laboratórios mistos relacionados com centros de pesquisa; c) incentivo de projetos de inovação tecnológica em conjunto aos laboratórios públicos e empresas dos dois países; d) valorização e o desenvolvimento da produção científica em ciências humanas e sociais através do apoio de estudos brasilianistas (rede de estudos franco-brasileiros - Refeb) e 6 Acordo de Cooperação Científica e Técnica, de 16 de janeiro de 1967. Em 2009, o Ano da França no Brasil contribuiu para estreitar os laços já fortes que unem os dois países, abrindo o caminho a novas colaborações e ao desenvolvimento de novas cooperações na base da reciprocidade e benefícios mútuos. 7 2012 Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil divulgação de pesquisas conjuntas por meio de novo programa de apoio a publicações científicas sobre as evoluções econômicas e sociais do Brasil contemporâneo (Saint Hilaire); e) apoio à divulgação da cultura e do pensamento científicos franceses e a contribuição para debates de idéias através de seminários de prospectiva organizados conjuntamente; f) garantia de uma missão de vigilância científica, tecnológica e acadêmica através de resenhas, artigos e revistas eletrônicas; g) contribuição para o levantamento, informação e animação da rede de ex-alunos e estagiários brasileiros (CenDoTec); h) cooperação entre os setores de tecnologias espaciais para trocas de informações e dados (GPM, medição de precipitações, monitoramento do desmatamento, satélites geoestacionários, plataformas multimissão); i) troca de experiências e boas práticas para a proteção, manejo e valorização da floresta (programa do bioma amazônico) e implementação das disposições do acordo sobre criação do Centro Franco-Brasileiro da Biodiversidade Amazônica (CFBBA) para a realização de um programa de projetos de pesquisa conjuntos (acordo ANR/CNPq - janeiro de 2011); j) formação profissional através da criação de redes de escolas técnicas francesas e IFETs; k) desenvolvimento de programas de inovação tecnológica agregando empresas e laboratórios de pesquisa (um novo acordo de cooperação foi submetido à parte brasileira); l) vários projetos com países da África desenvolvidos, em colaboração com entidades de pesquisa: CIRAD (temáticas de agricultura familiar e aquicultura) e IRD (entre outros, um projeto de monitoramento florestal na floresta do Congo, através da instalação de uma estação de recepção satelital no Gabão); e m) projetos de cooperação com os Estados e as Fundações de Amparo à Pequisa, participando universidades federais, autoridades estaduais do Amapá com parceiros franceses (autoridades locais, universidades e entidades de pesquisa, empresas): os Estados do Amapá, Amazonas e Pará são parceiros de um programa de cooperação acadêmica e científica transfronteiriça nas temáticas do CFBBA, que é apoiado pela Embaixada, pela IRD e pelo departamento da 7 Ambassade du Brésil Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil Guiana Francesa, visando ao fortalecimento das capacidades científicas ligadas à biodiversidade amazônica na área em. No dia 26 de Julho de 2011 foi apresentado à sociedade brasileira e à comunidade internacional a proposta do programa Ciência sem Fronteiras, propondo 75 mil bolsas para estudantes brasileiros realizarem parte de seus estudos de graduação ou da pós-graduação e cursos integrais de doutorado, bem como trazer para o Brasil pesquisadores seniores e pesquisadores jovens para contribuírem com a universidade brasileira. O programa busca promover a consolidação, expansão e internacionalização da Ciência e Tecnologia, bem como da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. A iniciativa é fruto de esforço conjunto dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC), por meio de suas respectivas instituições de fomento – CNPq e Capes –, e Secretarias de Ensino Superior e de Ensino Tecnológico do MEC, cabendo ao MRE cooperar para sua promoção e êxito de objetivos. É neste âmbito de histórica, intensa e crescente cooperação que se insere o programa Ciência sem Fronteiras em relação à França. Em discurso proferido pela Presidenta Dilma Rousseff no Palácio do Planalto no dia 13 de dezembro de 2011 8, o programa foi exaltado como um dos grandes marcos do seu governo, ao cumprir dois objetivos essenciais: abrir o Brasil para o mundo e permitir que brasileiros e brasileiras olhem para as diferentes áreas do conhecimento, em diferentes países, como uma questão essencial para o Brasil; capacitar os estudantes brasileiros a produzir ciência, inovar e absorver tecnologia, transformando a sociedade brasileira dentro da conjuntura próspera e urgente em que o pais se encontra; e diminuir a diferença tecnológica entre o Brasil e os principais países do mundo. Sendo assim, o presente Guia visa elucidar os sistemas educacionais brasileiro e francês e apresentar o programa Ciência sem Fronteiras, seus objetivos e finalidades. Procura traçar as compatibilidades e possibilidades de cooperação, além de alinhavar e promover a consulta aos gestores públicos, professores universitários, estudantes e pesquisadores interessados na consolidação e aprimoramento do programa. 8 Discurso da Presidenta da República, Dilma Rousseff, na cerimônia de regulamentação do programa Ciência sem Fronteiras e de anúncio de chamadas públicas para bolsas de estudo no exterior - Brasília/DF – Palácio do Planalto. 13 de Dezembro de 2011. 2012 Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil 1. Sistemas educativos superiores - França e Brasil A elucidação e a compreensão dos sistemas educativos superiores da França e do Brasil nas suas convergências e divergências mostram-se essenciais para a promoção da cooperação educacional do Brasil dentro do âmbito do advento do programa Ciência sem Fronteiras na França. Assim, de maneira breve e sistemática, são apresentados a seguir. 1.1. Sistema Educacional Superior Francês 1.1.1 – Panorama do ensino superior na França: O ensino superior na França pode ser definido como o conjunto de cursos que dão prosseguimento aos estudos depois do baccalauréat [exame de conclusão do ensino médio]. No ano escolar de 2008-2009, a França contou com um número de 2,2 milhões de alunos, divididos da seguinte forma: Panorama da distribuição de alunos 1,3 milhões nas universidades 724.000 Licence 470.000 Mestrado 72.000 Doutorado 75.500 em formação de engenheiros (fora das universidades) 115.500 em IUT: Institutos Universitários de Tecnologia (dois anos de estudos técnicos). 238.000 Em ensinos técnicos superiores (dois anos de estudos técnicos). 79.000 No CPGE: classes preparatórias para as Grandes Escolas (dois anos de preparação para entrada e exames nas grandes escolas de engenharia, comércio, administração e outras) 9 Ambassade du Brésil Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil Panorama do número de Instituições de Ensino Superior 3500 instituições de ensino superior, públicas e privadas. 85 Universidades e estabelecimentos similares 224 Escolas de Engenharia 220 Escolas de Comércio, Gestão e Contabilidade. 3000 Outros estabelecimentos: lycées (ensino médio) com ensinos técnicos e/ou classes preparatórias para as Grandes Escolas A França, assim como mais de 50 países europeus, é signatária da proposta de construção de um Espaço Europeu de Ensino Superior, ratificada durante as Conferências de Bolonha (1999) e de Praga (2001). O sistema divide-se em três grandes níveis: Licence, Master e Doctorat. Tal sistema implantou o ECTS ( European Credit Transfert System, Sistema Europeu de Acumulação e Transferência de Créditos), que mede as horas que o estudante tem de trabalhar para alcançar os objetivos do programa de estudos. Este sistema facilita a mobilidade intra-européia dos estudantes durante seus estudos e eventuais programas de intercâmbio. 2012 Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil 9 1.1.2. Instituições Francesas 1.1.2.1. As Universidades As 85 universidades francesas, desde a tradicional Sorbonne, fundada em Paris, em 1257, até as instituições mais modernas, são públicas e multidisciplinares. Assim, cobrem diversas áreas científicas (matemática, física, química, biologia), tecnologia (informática, engenharia, Eletrotécnica, materiais), letras, línguas, artes, ciências sociais, direito, economia, gestão, saúde, desporto e outros. Elas representam a via acadêmica clássica. As universidades estão distribuídas em todo o território francês. Embora alguns deles tenham um maior reconhecimento do que outras em função das disciplinas, muitas vezes devido à sua antiguidade, oferecem um nível equivalente de excelência. Além da estrutura clássica acadêmica, a universidade se adaptou às exigências do seu ambiente econômico, desenvolvendo treinamentos e setores tecnológicos ou profissionais: 9 Fonte: MESR 11 Ambassade du Brésil Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil • Os institutos acadêmicos de tecnologia (IUT) oferecem dois anos em formações de tecnológica • As graduações profissionais (licences professionelles), obtidas pela adição de um ano após um ciclo de dois anos da graduação. • O mestrado profissional (masters professionnelles), masters focados para áreas especificas e especializadas, que às vezes equiparam-se a certos diplomas de grandes escolas. • Institutos de Administração de Empresas (IAE), propondo formações de gestão. • Institutos de Estudos Políticos (IEP), centros de referência em ciências políticas e economia. • Alguns centros universitários propõem formações em Jornalismo e comunicação. . A pesquisa é um componente estrutural das universidades. Animados por 62.000 professorespesquisadores e 300 escolas doutorais, a formação para a investigação científica está em estreita ligação com mais de 1.200 laboratórios de pesquisa. As escolas doutorais estão desde sempre em contato com parceiros internacionais. Assim, cerca de 1 doutorado em 3 é realizado por um estudante estrangeiro. As universidades tem a exclusividade de cursos específicos: formações em medicina, odontologia, farmácia, solicitando de cinco a onze anos de estudos. O governo estabeleceu desde 2007 uma lei relativa às liberdades e as responsabilidades para as Universidades (LRU). Assim, após a autonomia das primeiras 18 universidades no início de 2009, havia ao todo 51 instituições autônomas em 2010.. Em 2012, o número de universidades autônomas alcançou 81. 1.1.2.2 – As Grandes Escolas As Grandes Escolas, uma particularidade francesa que funciona complementarmente ao sistema universitário e remonta ao início do século XIX, propõem um ensino profissionalizado de alto nível, comportando aproximadamente 100.000 estudantes, dos quais cerca de 30 mil estrangeiros efetuam seus estudos nessas instituições renomadas. 2012 Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil As Grandes Escolas Existem na França 215 escolas públicas e privadas de formação de engenheiros nas mais variadas áreas. Écoles d’ingénieur (formação de engenheiros) Escolas de Comércio e gestão Escolas de Administração Escolas de Arte Os cursos podem durar três anos (concurso após dois anos de preparação em escola especializada) ou cinco anos (o estudante deve enviar dossiê de candidatura e passar por entrevista logo após a obtenção do Bac). Ambos conferem ao estudante o título de Bac+5. Algumas escolas de engenharia também oferecem cursos de Master (2 anos) aos estudantes graduados. Todas as escolas de comércio e gestão, aproximadamente 220, são reconhecidas pelo Estado, sendo majoritariamente privadas. As taxas de matricula e anuidade variam em geral entre 3.000 e 10.000 euros por ano. Existem também as escolas nos setores de administração pública (ENA), de defesa, de ensino superior e investigação, assim como as Escolas Normais Superiores 10. As Écoles Nationales Supérieures d’Art, equivalentes às Grandes Écoles, que conferem o diploma nacional após quatro a cinco anos de estudos. Écoles des Beaux-Arts, que estão ligadas ao Ministério da Cultura e concedem diplomas após três ou cinco anos de estudos. Écoles d’Arts Appliqués, vinculadas ao Ministério da Educação, outorgam o DSAA (Diplôme Supérieur d’Arts Appliqués) em dois anos após o BTS (240 créditos ECTS) 11. 1.1.2.3 – Escolas e Institutos Especializados 10 Existem 4 ENS, em Paris, Cachan e Lyon (ciências e letras). Elas formam docentes e pesquisadores de alto nível, tanto nas disciplinas literárias como nas científicas. Para estudantes estrangeiros, a seleção é feita mediante dossiê e concurso de nível licence. 11 Não é considerada uma Grande Escola, mas foi colocada junto ao quadro para complementação da informação. 13 Ambassade du Brésil Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil Além das universidades e grandes escolas, mais de 3.000 outros estabelecimentos de ensino públicos ou privados propõem cursos em setores específicos: Escolas e Intitutos Especializados As escolas especializadas completam a oferta de formação superior francesa em setores específicos como arte, design, moda, turismo, arquitetura, saúde, e disciplinas sociais. Escolas Especializadas Os Institutos de Estudos Políticos – IEP – são renomadas instituições públicas, assim como a Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais – EHESS (École des Hautes Études en Sciences Sociales). A formação em arquitetura também passa por uma grande école específica. Há 20 escolas de arquitetura e mais 2 escolas de engenharia habilitadas para outorgar o diploma. Seguem o sistema LMD: Licence (Bac+3), Master (Bac+5), Doctorat (Bac+8). 1.1.3. Formações O primeiro diploma nacional de um estudante francês é o baccalauréat (ou simplesmente Bac), obtido após o término dos 12 anos iniciais de estudo (primaire + collège + lycée). O Bac pode ser comparado ao ENEM brasileiro (Exame Nacional do Ensino Médio, com o mesmo conteúdo para todos). É comum que os franceses façam referência ao nível de estudos superiores através do número de anos acumulados ou de ciclos, ou seja, Bac + 2 para os diplomas de nível tecnológico superior (Diplôme universitaire de technologie ou Brevet de technicien supérieur), Bac + 3 para a Licence, Bac + 5 para o Master e, finalmente, Bac + 8 para o Doctorat. 1.1.3.1 - Formações longas nas universidades 2012 Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil A Licence é acessível após o Baccalauréat ou equivalente e é realizada em três anos, totalizando 180 créditos (6 semestres de 30 créditos). O Master organiza-se em dois anos e corresponde a 120 créditos depois da Licence, ou seja, 300 créditos após o Baccalauréat. De acordo com as novas orientações, o primeiro ano é uma etapa comum. No segundo ano, o estudante opta pelo Master Recherche, que corresponde ao Mestrado e conduzirá ao Doctorat, ou então pelo Master Professionnel, que corresponde a uma especialização e inclui estágios de três a seis meses no segundo semestre. O Doctorat corresponde a 180 créditos além do Master, ou seja, 480 créditos depois do Baccalauréat. Consiste na redação de uma tese sobre um tema específico, além de seminários e estágios de pesquisa. Corresponde ao Doutorado no Brasil e é obtido em três anos após o Master Recherche, ou seja, após oito anos de estudos superiores. Em 2008, foram recenseados na França cerca de 70.000 doutorandos e mais de 200.000 pesquisadores, dos quais cerca de metade no setor público. Aproximadamente 10.000 teses são defendidas por ano. A formação doutoral é realizada dentro de uma equipe ou de uma unidade de investigação (UR), ligada a uma escola doutoral (ED), sob o controle e a responsabilidade de um orientador de tese. Em 2007, existiam 295 escolas doutorais na França. Localizadas principalmente nas universidades, organizam suas linhas de pesquisa mediante diversos critérios, garantindo a coerência e o desenvolvimento das teses. As escolas doutorais estão sob a responsabilidade dos estabelecimentos de ensino superior, elas oferecem ao futuro doutor um enquadramento cientifico de alto nível; uma preparação à inserção profissional e uma formação profissional aberta à diversidade das áreas de pesquisa. As escolas são abertas ao plano internacional por meio de de convenções institucionais e parcerias internacionais, que redundam em de codireções e cotutelas. No intervalo de quatro anos elas são avaliadas pela Agência de Avaliação do Ensino Superior (AERES) 12. 12 www.aeres-evaluation.fr 15 Ambassade du Brésil Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil Habilitation à Diriger les Recherches (HDR) – Na França, a qualificação para orientar pesquisas doutorais passa pela obtenção da HDR, que correspondente à livre docência. Os cursos de Doutorado são organizados pelas écoles doctorales 13. 1.1.3.2 - Formações longas nas Grandes Escolas As formações longas cursadas nas Grandes Escolas e nas escolas especializadas possuem duração de cinco anos, que incluem dois anos de preparação na própria instituição ou em outros estabelecimentos: são as classes preparatórias ou prépas, que antecedem um ou mais concursos de admissão muito rigorosos. As disciplinas contempladas pelas Grandes Écoles costumam compreender as áreas de engenharia, administração, arquitetura, artes, medicina veterinária e estudos políticos (IEP). Cerca de 30 mil estudantes estrangeiros efetuam seus estudos nessas instituições renomadas. Os diplomas conferidos pelas Grandes Ecoles correspondem ao nível Master. Praticamente todas as Grandes Ecoles recebem estudantes estrangeiros com base principalmente em suas qualificações, seus diplomas e suas experiências. 1.1.3.3 - Formações curtas As formações curtas têm o objetivo de formar técnicos superiores que poderão se inserir no mercado de trabalho para exercer funções na indústria e no setor de serviços (comércio, turismo, transportes etc.). O Brevet de Technicien Supérieur (BTS) é um diploma preparado nos Liceus, em dois anos, e oferece mais de 100 especialidades em todos os setores profissionais. 13 Um catálogo das formações encontra-se no site www.campusfrance.org propondo a totalidade das escolas doutorais e as unidades de pesquisa: aproximadamente 3 000. 2012 Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil O Diplôme Universitaire de Technologie (DUT) tem duração de dois anos e é mais generalista do que o BTS, oferecendo menos especialidades (cerca de 25). Esse diploma é obtido em um Instituto Universitário de Tecnologia (IUT). Instituts Universitaires de Technologie (IUT), ligados às universidades. Os titulares de um BTS ou de um DUT podem iniciar sua atividade profissional em empresas, ou ainda prosseguir seus estudos em Licence professionnelle. Eles podem também ingressar em uma escola de engenheiros ou de comércio, ou ainda, em uma universidade. 1.1.4. Ingresso O sistema francês é caracterizado também pela coexistência de um setor seletivo e um nãoseletivo. Essa problemática de seleção, extremamente sensível, apresenta-se já no momento do acesso ao ensino superior. Todos os alunos aprovados no Baccalauréat ou detentores de um diploma semelhante tem acesso garantido ao primeiro ciclo de ensino superior. Existem dois sistemas: O aberto (não seletivo), nas universidades públicas. Esse sistema recebe o maior número de alunos aprovados no Baccalauréat sem processo seletivo. Os programas de ensino são bastante diversificados. O seletivo é rigoroso, com número de vagas reduzido. A seleção é feita por concurso, exame/prova, ou por currículo, seguido de entrevista. Esse é o caso das Grandes Écoles, escolas especializadas e nos Instituts universitaires de technologie (IUTs). 1.1.4.1. Ingresso de alunos estrangeiros O ingresso de alunos estrangeiros ocorre por meio de processo seletivo que varia de acordo com a instituição, e de acordo com o nível de estudo desejado. O ensino superior francês pode se caracterizar pela coexistência de uma pluralidade de cursos, cujas finalidades, estruturas administrativas, condições de admissão e organização dos estudos são muito variadas. Todas as préinscrições e processes seletivos aos estudos superiores na França, mais especificamente nos cursos Licence (3º ano) ou Master (1º ou 2º ano) oferecidos pelas universidades e escolas cadastradas, são efetuadas na plataforma online de candidatura 17 Ambassade du Brésil Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil CampusFrance. O CampusFrance é um serviço oficial francês de fomento aos estudos superiores na França e também um trâmite pré-consular obrigatório para a obtenção de um visto de estudante. Assim, antes de proceder às formalidades administrativas de inscrição, é importante que estudantes e pesquisadores escolham os estabelecimentos de ensino superior de sua preferência. A maioria deles possui uma página web, onde se podem encontrar informações práticas sobre a instituição e sobre a cidade onde ele se encontra 14. 1.1.5. A pesquisa na França A investigação científica é uma prioridade na França, que dedicou 25 milhões de euros em 2008. Em 2010, as despesas com pesquisa e desenvolvimento somaram 2,25% do Produto Interno Bruto (PIB). Na França, a pesquisa científica se desenvolve da seguinte forma: • Nas universidades e outros estabelecimentos de ensino superior, assim como em instituições de pesquisa (CNRS, Inserm, Inra, etc.). • Nas unidades de pesquisa mista, associando as universidades à organismos de pesquisa. Ver (1.1.5.6). Estas unidades de pesquisa são avaliadas a cada quatro anos pela agência de avaliação do ensino superior e da pesquisa (AERES) que publica avaliações periódicas em seu site (www.aeres-avaliação.fr). • Nas empresas privadas ( Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento). Na França, o ensino superior e a pesquisa vivenciou as seguintes evoluções importantes, além da elevação de recursos orçamentários (de 10 a 15 bilhões de euros entre 2010 e 2015): 14 Consulte a lista das universidades em www.enseignementsuprecherche.gouv.fr/cid20269/liste-desuniversites.html 2012 Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil • A nova lei LRU ( Lei da Responsabilidade Universitária ), que favoreceu a autonomia das universidades. • Uma nova organização do ensino superior e da pesquisa, com a criação do PRES ( Polos de Pesquisa e Ensino Superior), os RTRA ( Rede de Pesquisas Avançadas) , e os RTRS ( Redes Temáticas de Pesquisa e Tratamento) e os pólos de competitividade. • A chamada para projetos “Operação Campus” em favor do patrimônio imobiliário da universidade, que tem como ambição redinamizar os Campus Universitários. 1.1.5.1. A lei de Responsabilidade Universitária A LRU relativa às liberdades e responsabilidades das Universidades (10 de Agosto de 2007) segue dois objetivos essenciais: Transformar a Universidade autônoma e fornecer meios equivalentes aos das suas instituições homologas da OCDE. 15 1.1.5.2. 15 Les PRES – Os polos de pesquisa do ensino superior 51 Universidades autônomas em 2010 19 Ambassade du Brésil Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil A constituição dos PRES – Pôles de Recherche et d’Enseignement Supérieur (lei de programa para a pesquisa, de 18 de abril de 2006) atende à necessidade de pôr fim à fragmentação territorial do mapa universitário e de pesquisa. Os PRES são ferramentas de mutualização das atividades e dos recursos dos estabelecimentos de ensino superior e de pesquisa, públicos ou privados, em um determinado território. Podem coordenar as escolas doutorais, mutualizar as atividades transversais dentro de estruturas em comum, reforçar as parcerias e as atividades de valorização, em ligação com as empresas. Por fim, permitem que os estabelecimentos de ensino superior e de pesquisa adquiram dimensões que reforcem sua visibilidade e sua atratividade em nível internacional. Desta maneira tal organização proporciona uma maior coordenação dentro das linhas de pesquisa das universidades vizinhas. 2012 Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil 1.1.5.3. A “Operação Campus” A operação Campus, lançada em fevereiro de 2008, é um programa de renovação do patrimônio imobiliário das universidades, cujo objetivo é reestruturar os campus universitários e atingir, assim, uma maior visibilidade internacional. Dez projetos foram selecionados, dentro dos seguintes critérios: ambição cientifica e pedagógica do projeto; urgência da situação; disponibilidade de residências estudantis; e 21 Ambassade du Brésil Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil caráter estrutural do projeto e do seu meio, que promova o intercambio e a conectividade a pólos de competição e redes de pesquisas locais. 1.1.5.4. Os pólos de competitividade A política dos pólos de competitividade, lançada em Setembro de 2004, tem por finalidade reforçar a competitividade industrial da França em áreas que concentram atividades industriais e atividades de pesquisa. 2012 Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil Os pólos de competitividade têm por vocação reforçar a ligação entre indústria e pesquisa, bem como entre indústria e ensino; estimular a cooperação em matéria de inovação; promover e sustentar iniciativas emanadas de atores econômicos e acadêmicos regionais. Foram criados 71 pólos de competitividade na França, 7 pólos internacionais, 10 pólos de vocação internacional , e 54 pólos nacionais. internacionais e de vocação internacional. 23 O mapa a seguir indica os 17 pólos Ambassade du Brésil Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil Polos internacionais e de vocação internacional 1 Angers, pôle Végépolys (végétal spécialisé) Especializado em vegetais 2 Brest, pôle mer Bretagne(activités liées à la mer) Atividades ligadas ao mar 3 Grenoble, pôle Minalogic (nanotechnologies) Nanotecnologia 4 Lannion, pôle Images et réseaux (nouvelles technologies de l’image et des réseaux) Nova tecnologia de sistemas e Laon, pôle Industries et Agro-ressources (valorisation non-alimentaire du végétal) Estudos 6 Lille, pôle I-Trans (transports innovants) Inovação dos transportes 7 Lyon, pôle Lyonbiopôle (santé) Saúde 8 Lyon, pôle Axelera (chimie et environnement) Química e Meio Ambiente 9 Paris, pôle Finance innovation (projets industriels et de recherche dans le secteur financier) Projetos Industriais e pesquisas 5 imagem não alimentar vegetais do setor financeiro 10 Paris, pôle Cap Digital Paris Région (technologies numériques) Tecnologias numéricas 11 Paris, pôle System@tic Paris Région Concepção, (conception, réalisation et maîtrise des systèmes complexes) dos realização operação de e sistemas complexos. 12 Paris, pôle Medicen Paris Région (hautes technologies pour la santé et les nouvelles thérapies) 13 Rouen, pôle Mov’eo (transports individuels et collectifs) Altas tecnologias para saúde e novas terapias Transportes individuais e coletivos 14 Sophia 15 Antipolis-Rousset, pôle Solutions Communicantes Sécurisées (nouvelles technologies pour des informations fiables et sécurisées) Strasbourg, pôle Innovations thérapeutiques (robotique, nouveaux médicaments) 16 Toulon, pôle mer PACA (maîtrise du développement durable et de la sécurité) 17 Toulouse, pôle Aerospace Valley (aéronautique, espace et systèmes embarqués) 1.1.5.5. Novas tecnologias da informação Robótica, e novos medicamentos. Desenvolvimento Sustentável e Segurança Aeronáutica, espaço e embarcações. As Redes de Pesquisas Avançadas Os RTRA funcionam sob o estatuto de fundação científica de cooperação cientifica, após a assinatura de uma convenção. Eles constituem-se de vários estabelecimentos de pesquisa e de ensino superior públicos ou privados, e eventualmente empresas podem colaborar em um ou 2012 Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil mais campos de pesquisa. Sendo reconhecida de utilidade pública, o estatuto da fundação científica de cooperação autoriza os RTRA solicitar parceiros privados. Tiveram por objetivo favorecer a emergência de laboratórios científicos avançados na França, reconhecidos no mais elevado nível internacional. Treze RTRA funcionam desde 2007. As Redes de Pesquisas Avançadas na França 1. Digiteo, 2. École d'économie de Paris, 25 Ambassade du Brésil Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil 3. École des neurosciences de Paris Ile-de-France, 4. Fondation Pierre-Gilles de Gennes pour la recherche, 5. Fondation sciences mathématiques de Paris, 6. Triangle de la physique, 7. Réseau français des instituts d’études avancées, 8. Centre international de recherche aux frontières de la chimie, 9. Innovations en infectiologie, 10. Fondation Sciences et technologies pour l'aéronautique et l'espace, 11. Toulouse School of Economics (TSE), 12. Agropolis Fondation, 13. Fondation Nanosciences. 1.1.5.6. Unidades Mistas de Pesquisa – UMR A maioria dos laboratórios franceses é constituída por equipes que compartilham recursos de laboratórios de universidades e de institutos nacionais de pesquisa, de onde são provenientes. Essas estruturas são as chamadas UMR s – Unités Mixtes de Recherche. Os principais organismos de pesquisa são: Unidades Mistas de Pesquisa – UMR CNRS – Centre National de la Recherche Scientifique [Centro Nacional de Pesquisa Científica], principal centro de pesquisa francês, com 11 mil pesquisadores em todas as disciplinas científicas. www.cnrs.fr INSERM – Institut National de la Santé et de la Recherche Médicale [Instituto Nacional de Saúde e de Pesquisa Médica], com 6 mil pesquisadores. www.inserm.fr INRIA – Institut National de Recherche en Informatique et Automatique [Instituto Nacional de Pesquisa em Informática e Automação]. www.inria.fr CNES – Centre National d’Etudes Spatiales [Centro Nacional de Estudos Espaciais]. www.cnes.fr CEA – Commissariat à l’Energie Atomique [Comissariado de Energia Atômica]. www.cea.fr CIRAD – Centre de Coopération Internationale en Recherche Agronomique pour le Développement 2012 Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil [Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento]. www.cirad.fr IRD – Institut de Recherche pour le Développement [Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento]. www.ird.fr IFP – Institut Français du Pétrole [Instituto Francês do Petróleo]. www.ifp.fr IFREMER – Institut Français d’Etude de la Mer [Instituto Francês de Estudo do Mar]. www.ifremer.fr Institut Pasteur – pesquisa em ciências biomédicas (fundação privada sem fins lucrativos). www.pasteur.fr ANRS – Agence Nationale de Recherche sur le Sida et les Hépatites Virales [Agência Nacional de Pesquisa sobre a Aids e as Hepatites Virais]. www.anrs.fr CEMAGREF – Centre National du Machinisme Agricole, du Génie Rural, des Eaux et des Forêts [CentroNacional de Maquinismo Agrícola, Engenharia Rural, Águas e Florestas]. www.cemagref.fr INRA – Institut National de la Recherche Agronomique [Instituto Nacional de Pesquisa Agronômica]. www.inra.fr O CIRAD e o IRD têm implantação física no Brasil, onde trabalham cerca de 50 pesquisadores franceses e vários estudantes fazendo estágio ou doutorado. Reciprocamente, cerca de 20 pesquisadores brasileiros estão desenvolvendo projetos no CIRAD, na França. Cada um desses organismos possui um representante em Brasília, assim como o INRA , representado pelo CIRAD . O CNRS possui no Brasil dois Laboratórios Internacionais Associados: um com a Fiocruz, no Rio de janeiro, e o outro com a Universidade Estadual de Santa Cruz, na Bahia. Também possui, no Rio de Janeiro, uma Unidade Mista Internacional com o Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada – IMPA. O CNRS, o INSERM , o INRIA e o Institut Pasteur colaboram com instituições brasileiras de pesquisa graças a acordos que possibilitam a realização de projetos conjuntos e intercâmbios de pesquisadores, principalmente doutorandos 16. 16 Para mais informações, consultar os sites web, contatar o CenDoTeC ou o Serviço de Cooperação e de Ação Cultural da Embaixada da França no Brasil. 27 Ambassade du Brésil Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil 1.2 - Apresentação do Sistema Educativo Superior Brasileiro O ensino superior no Brasil é oferecido por universidades, centros universitários, faculdades, institutos superiores e centros de educação tecnológica. O aluno pode optar por três tipos de graduação: bacharelado, licenciatura e formação tecnológica. Os cursos de pós-graduação são divididos entre lato sensu (especializações e MBAs) e strictu sensu (mestrados e doutorados). Além da forma presencial, em que o aluno deve ter frequência em pelo menos 75% das aulas e avaliações, ainda é possível formar-se por ensino à distância (EAD). Nessa modalidade, o aluno recebe livros, apostilas e pode utilizar a internet. A presença do aluno na sala de aula não é necessária. Existem também cursos semipresenciais, com aulas em sala e também à distância. A Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres), órgão do Ministério da Educação, é a unidade responsável por garantir que a legislação educacional seja cumprida para garantir a qualidade dos cursos superiores do País. Para medir a qualidade dos cursos de graduação no país, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e o Ministério da Educação (MEC) utilizam o Índice Geral de Cursos (IGC), divulgado uma vez por ano, logo após a publicação dos resultados do Enade. O IGC usa como base uma média dos conceitos de curso de graduação da instituição, ponderada a partir do número de matrículas, mais notas de pós-graduação de cada instituição de ensino superior. 1.2.1. Panorama • Uma rede universitária diversificada e em plena expansão: uniformização e acesso ao ensino superior. • 6 milhões de estudantes no ensino superior. • Majoritariamente voltado ao setor privado: 2069 institutos privados e 245 escolas públicas superiores. • Qualitativamente e cientificamente publico: 100 universidades e centros de pesquisa públicos contra 86 privados. 2012 Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil • O sistema é completamente sob a supervisão federal, mas sob tutelas diversificadas: 94 escolas federais, 84 estaduais e 67 municipais. 1.2.2. Formas de acesso O aluno interessado em estudar nas instituições brasileiras de ensino superior tem diversas formas de acessá-las. O vestibular é o modo mais tradicional e testa os conhecimentos do estudante nas disciplinas cursadas no ensino médio. Pode ser aplicado pela própria instituição ou por empresas especializadas. O Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), outro modo voluntário de ingressar no ensino superior, também traz questões objetivas sobre o conteúdo aprendido no ensino médio e uma redação. A Avaliação Seriada no Ensino Médio é outra modalidade de acesso universitário que acontece de forma gradual e progressiva, com provas aplicadas ao final de cada série do ensino médio. Diversas instituições aplicam, ainda, testes, provas e avaliações de conhecimentos voltados à área do curso que o estudante pretende fazer. Algumas faculdades e universidades também optam por processos de seleção baseados em entrevistas ou nas informações pessoais e profissionais dos candidatos, como grau de escolaridade, cursos, histórico escolar ou experiência e desempenho profissional. 1.2.2.1 – O Ingresso de aluno estrangeiro ou de instituição estrangeira no sistema de ensino superior brasileiro. Assim como o estudante brasileiro na França, o estudante estrangeiro que pretende estudar no Brasil, seja em cursos de graduação ou pós-graduação, deve cumprir alguns requisitos. O principal deles é que para ser aceito em universidades brasileiras, o aluno deve ter bom conhecimento da língua portuguesa. Para comprová-lo, deve se submeter a um exame reconhecido internacionalmente, denominado Celpe-Bras - Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros. O certificado, aceito por empresas e instituições, tem quatro níveis: intermediário, intermediário superior, avançado e avançado superior. Nos países em que o teste não é aplicado, a prova é realizada pela Capes. O Celpe-Bras é também apoiado pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) no envio de professores brasileiros de língua portuguesa a outros países. 29 Ambassade du Brésil Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil Além de provar que sabe português, é necessário que o estudante obtenha o visto adequado no seu passaporte, válido durante todo o período de permanência para a realização de estudos, que deverá ser obtido na divisão consular da Embaixada do Brasil no país de origem. Diferentemente da França o Brasil ainda não possui um órgão que centralize e coordene o trâmite de estudantes estrangeiros no Pais, o qual é competência de de diversos órgãos, como os setores de Cooperação Educacional das Embaixadas. 1.2.3. Programas e ações no setor de educação superior No âmbito interno do país, o Estado brasileiro mantém projetos que facilitam o acesso de alunos e professores à educação superior e ajudam a melhorar a qualidade de ensino das instituições federais. Conheça alguns deles: Fies O objetivo do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) é financiar a graduação de estudantes que não têm condições de arcar com os custos de sua formação. Para candidatar-se ao Fies, os alunos devem estar regularmente matriculados em instituições pagas, cadastradas no programa e com avaliação positiva nos processos avaliativos do MEC 17. Pibid O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) oferece bolsas de iniciação à docência para alunos de cursos presenciais que se dedicam ao estágio nas escolas públicas e que, quando graduados, se comprometam a trabalhar no magistério da rede pública de ensino. O objetivo é antecipar o vínculo entre os futuros mestres e as salas de aula. Com 17 http://www3.caixa.gov.br/fies/ 2012 Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil essa iniciativa, o Pibid faz uma articulação entre a educação superior (por meio das licenciaturas), a escola e os sistemas estaduais e municipais 18. ProUni O Programa Universidade para Todos (ProUni) foi criado em 2004, pela Lei nº 11.096/2005. Sua finalidade é conceder bolsas de estudos integrais e parciais a estudantes de cursos de graduação e de cursos seqüenciais de formação específica, sempre em instituições privadas de educação superior. Quem adere ao programa recebe isenção de tributos 19. Reuni O Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) busca ampliar o acesso e a permanência na educação superior. A meta estipulada foi dobrar, a partir de 2008, o número de alunos nos cursos de graduação em dez anos, além de permitir o ingresso de 680 mil alunos nos cursos de graduação. Para saber, acesse site especial do Reuni 20. Promisaes O Projeto Milton Santos de Acesso ao Ensino Superior (Promisaes) pretende fomentar a cooperação técnico-científica e cultural entre o Brasil e os países – em especial os africanos – nas áreas de educação e cultura. O programa oferece apoio financeiro (no valor de um salário mínimo mensal) para alunos estrangeiros participantes do Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G) que sejam regularmente matriculados em cursos de graduação em instituições federais de educação superior 21. 1.2.4. A Pesquisa no Brasil 18 http://www.capes.gov.br/educacao-basica/capespibid http://siteprouni.mec.gov.br/ 20 http://reuni.mec.gov.br/ 21 http://portal.mec.gov.br/ 19 31 Ambassade du Brésil Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil O cumprimento das finalidades do ensino superior, baseado na prioridade para o ensino, extensão e pesquisa, prevista no artigo 43, da lei 9394/96 22, justifica a necessidade de se definir um campo de organização e alternativas de oferecimento e desenvolvimento diversificadas, consistentes e que contemplem tanto os elementos da ciência, como os componentes do ensino. Em 13º lugar no ranking dos países com maior volume de produção científica do mundo, o Brasil já colhe bons resultados por investir no setor. Com a ajuda da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), R$ 2,4 milhões são repassados por ano para financiar revistas científicas brasileiras. Editores e sociedades científicas também recebem subsídios para garantir as publicações, além dos repasses para ampliar a concessão de bolsas de estudo. Entre 2007 e 2008, o Brasil aumentou em 56% o número de artigos publicados em revistas internacionais especializadas, ficando à frente de nações com comunidades científicas de tradição no ranking mundial. Em 1981, por exemplo, o País assinava 0,44% dessas publicações. A taxa de crescimento na elaboração de trabalhos científicos é de 8% ao ano, enquanto a média mundial está em 2%. No Brasil, a produção científica concentra grande parte de sua força nas áreas de pesquisas agrícolas e ciências naturais. Atualmente, o número de estudantes de mestrado e doutorado – responsáveis pelo maior volume de produção científica no Brasil – é dez vezes maior do que há 20 anos. A expectativa do Ministério da Educação era de fechar o período entre 2005 e 2010 com 17 mil novos doutores lecionando nas universidades do País. 1.2.4.1. CAPES 23 22 23 Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. www.capes.gov.br 2012 Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil Orgão do Ministério da Educação, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é uma agência de fomento à pesquisa brasileira que atua na expansão e consolidação da pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) em todos os estados do país. É a única entidade que tem competência para determinar o descredenciamento (na prática, o fechamento) dos cursos que apresentam nota baixa ou deficiente. Desde 2000, a CAPES contribui para o desenvolvimento da pesquisa brasileira por meio do Portal .periodicos, do qual participam gratuitamente instituições de ensino em diversos níveis, como instituições federais de ensino superior; instituições de pesquisa com pósgraduação avaliada pela CAPES; instituições públicas de ensino superior estaduais e municipais com pós-graduação avaliada com nota 4 (quatro) pela CAPES; instituições privadas de ensino superior com pelo menos um doutorado com avaliação trienal 5 (cinco) ou superior pela CAPES. Outras instituições podem aderir ao Portal na categoria "pagantes", com acesso restrito às coleções contratadas. Através de acordos bilaterais e parcerias binacionais, a CAPES fomenta as atividades da pósgraduação brasileira em âmbito internacional. 1.2.4.2. CNPq 24 O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), agência do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), tem como principais atribuições fomentar a pesquisa científica e tecnológica e incentivar a formação de pesquisadores brasileiros. Criado em 1951, desempenha papel primordial na formulação e condução das políticas de ciência, tecnologia e inovação. Sua atuação contribui para o desenvolvimento nacional e o reconhecimento das instituições de pesquisa e pesquisadores brasileiros pela comunidade científica internacional. O CNPq oferece várias modalidades de bolsas de formação e fomento a pesquisa, a alunos de ensino médio, graduação, pós-graduação, recém-doutores e pesquisadores já experientes do 24 http://www.cnpq.br/ 33 Ambassade du Brésil Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil País e do exterior. As bolsas são concedidas diretamente pelo CNPq ou por instituições de ensino e pesquisa para as quais o CNPq destina quotas de bolsas. Bolsas do CNPq em andamento na França /2012 Modalidade Quant. Apoio a Participação/Realização de Eventos 5 Bolsas de Doutorado 80 Bolsas de Graduação 97 Bolsas de Pós-doutorado 60 Estágio 3 TOTAL 245 1.2.4.3. FINEP A Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) é uma empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia que promove o desenvolvimento econômico e social por meio do fomento público à inovação em empresas, universidades, institutos tecnológicos e outras instituições públicas ou privadas do País. 1.2.4.4. CONFAP et FAPs A CONFAP funciona como órgão de coordenação e articulação dos interesses das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa dos Estados (FAPs) , do Distrito Federal e entidades equivalentes. As FAPs estão ligadas aos governos estaduais de cada Estado e ao incentivo e financiamento à pesquisa. 1.3 - Quadro comparativo de equivalência universitária França – Brasil O quadro comparativo abaixo é simplesmente ilustrativo: é importante destacar que não apresenta correspondência exata. 2012 Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil Acima de tudo, dificilmente se pode considerar que haja equivalência exata entre um diploma de graduação e uma licence ; isto porque, mesmo que o número de horas seja similar, a graduação é feita num total de 4 a 5 anos, ao passo que a licence consome 3 anos, uma vez que a carga horária semanal é diferente. Assim, um estudante brasileiro frequentemente terá uma experiência um pouco maior (estágio de longa duração, principalmente). Além disso, o conteúdo da licence é mais generalista que o da graduação, diploma já direcionado para uma profissão. Geralmente existe uma incompatibilidade de 1 ano, ficando a critério das universidades e de seus comitês de equivalência o enquadramento dos alunos estrangeiros e de outras universidades. Quadro comparativo de equivalência universitária França – Brasil Brasil França Doutorado (3 a 5 anos; curso e tese) Mestrado (stricto sensu, de 500 a 1.500 horas) Doctorat (3 a 8 anos; thèse) Especialização (lato sensu, de 500 a 1.000 horas) Graduação: Bacharelado ou Licenciatura 4 a 5 anos, de 2.500 a 3.000 horas Master 2 Recherche 120 créditos 1.500 horas (2º ano) Master Professionnel 120 créditos 1.500 horas (2º ano) Master Recherche 120 créditos 1.500 horas (1º ano) Master Professionnel 120 créditos 1.500 horas (1º ano) Licence: 180 crédito 3 anos, 2.250 horas Vestibular ou ENEM Baccalauréat 35 Ambassade du Brésil Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil Desta forma, podemos ter um panorama sucinto do ensino superior e da pesquisa na França e do Brasil. É importante ressaltar que a promoção do intercâmbio educacional e cientifico entre a França e o Brasil depende profundamente do interesse intersubjetivo entre o efetivo humano de cada um dos países e os temas de pesquisa. É neste cenário que surgirá o programa ciência sem fronteiras. 1.4 - Coordenação e Mobilidade Internacional e a Cooperação Universitária e Cientifica França-Brasil. 1.4.1. Panorama O Brasil é um país de tamanho continental. Através dos últimos estímulos governamentais na área da Educação e da Ciência e Tecnologia, busca-se ampliar o acesso ao ensino superior e consequentemente a mobilidade internacional de alunos das mais diversas regiões do país. O perfil de mobilidade internacional resulta de uma mobilidade em parceria (69%) e financiada (34 % ), centrada em nas áreas de Mestrado e Doutorado (67%), oriundos majoritariamente das regiões sul e sudeste (75%). 2012 Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil Em 2010, os estudantes brasileiros participaram de 699 acordos interuniversitários, incluindo 331 em trocas simples, 292 em programas bilaterais e 76 duplos-diplomas. Em 2010, 2908 alunos partiram para França, o país contou com uma presença permanente de 3130 estudantes (fora cidadãos brasileiros com dupla-cidadania europeia). 37 Ambassade du Brésil Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil Como mostram os indicadores da Campus France, o número de bolsas e parcerias encontra-se em uma curva crescente, ocupando o Brasil, entre os países da America Latina, a primeira colocação em relação à mobilidade em direção à França. 2012 Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil Podemos perceber que a pós-graduação representa 67% da mobilidade de estudantes brasileiros na França. 39 Ambassade du Brésil Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil Outra característica da mobilidade brasileira constitui a grande procura pot áreas de ciências sociais aplicadas e ciências humanas. 1.4.2. Os instrumentos de Cooperação Universitária Brasil -França A França e o Brasil implementaram vários instrumentos de cooperação, muitos deles cofinanciados pela CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior e pelo governo francês. 1.4.2.1. Acordos interuniversitários Os acordos interuniversitários constituem a base da cooperação no ensino superior. Permitem que dois estabelecimentos (ou grupos de estabelecimentos) formalizem os procedimentos de intercâmbio de estudantes. Geralmente, estes passam na instituição parceira um ano de sua formação, ao mesmo tempo em que permanecem inscritos em sua instituição de origem, mesmo durante a estadia no exterior. 2012 Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil Atualmente, a grande maioria dos estabelecimentos de ensino superior brasileiros e franceses tem vários acordos bilaterais. As maiores universidades brasileiras possuem acordos com mais de 20 estabelecimentos franceses; embora nem todos os acordos sejam de aplicação imediata. Em 2008, por exemplo, houve 583 acordos que efetivamente deram lugar a intercâmbios de estudantes; portanto, esse número é circunstancial ao ano 2008 e não representa todo o fundo de cooperação existente. Desses acordos ativos, 296 levaram a intercâmbios simples do tipo descrito acima. Os outros acordos ativos de 2008 referem-se a: duplos diplomas (53 acordos ativos); Brafitec (51 projetos de parceria entre 30 universidades brasileiras e mais de 100 estabelecimentos franceses); Brafagri (8 projetos de parceria entre 14 escolas francesas e 9 universidades brasileiras); Capes-Cofecub (132 projetos de cooperação científica); Colégio Doutoral Franco-Brasileiro (mais de 30 estudantes brasileiros e 12 estudantes franceses recebem bolsas de doutorado nesse contexto). Os acordos interuniversitários simples não são necessariamente acompanhados de financiamentos; nesse caso os dirigentes, professores e estudantes procuram ativar mecanismos de maior envergadura para viabilizar os intercâmbios. Estima-se por volta de 700 acordos interuniversitários. Em 2012, estão elencados pelo CAPES os seguintes programas com a França: 1.4.2.1.1. Programa regional MATH-AmSud O Programa regional MATH-AmSud é uma iniciativa para gerar e fortalecer as capacidades regionais da América do Sul e a cooperação com a França mediante implantação de redes de pesquisa-desenvolvimento em matemática, através da apresentação de projetos comuns. 1.4.2.1.2. Programa Capes/Brafitec 41 Ambassade du Brésil Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil Apoia a cooperação bilateral entre o Brasil e a França por meio de parcerias universitárias nas especialidades das engenharias, favorecendo o intercâmbio de estudantes de graduação, as iniciativas para aproximação de estrutura e conteúdos curriculares e de metodologias de ensino nos dois países. 1.4.2.1.3. Programa CAPES/Brafagi O programa fomenta a parceria universitária entre os dois países para promoção do intercâmbio de estudantes em nível de graduação nas áreas de ciências agronômicas, agroalimentares e veterinária, concedendo bolsas de estudos e apoio financeiro para operar o projeto. É implementado pela CAPES, e a Direção Geral de Ensino e Pesquisa - DGER, do Ministério da Agricultura e Pesca - MAP, com o apoio do Ministério das Relações Exteriores - MAE da França. 1.4.2.1.4. CAPES/Cofecub O programa tem como objetivo o intercâmbio científico entre instituições de ensino superior do Brasil e da França e a formação de recursos humanos de alto nível nos dois países. 1.4.2.1.5. Colégio Doutoral-Franco Brasileiro Busca promover o intercâmbio de doutorandos brasileiros e franceses, matriculados, respectivamente, em Instituições de Ensino Superior brasileiras (IES) e Instituições membros do consórcio francês, em regime de cotutela ou coorientação, visando a formação de recursos humanos de alto nível no Brasil e França, nas diversas áreas do conhecimento. 1.4.2.1.6. Programa CAPES/Fundação Agrópolis O Programa CAPES/Fundação Agrópolis é resultado de um esforço conjunto que objetiva contribuir para a difusão de conhecimentos e a capacitação científica entre Brasil e França. A iniciativa prevê o apoio a projetos conjuntos de pesquisa focados em questões relacionadas a temáticas agrícolas e de desenvolvimento sustentável, os quais poderão ainda contar com o 2012 Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil envolvimento de grupos de pesquisa de países africanos. A Fundação Agrópolis tem a missão de incentivar a pesquisa de alto nível e a educação superior no seu país, além de estreitar os laços de cooperação científica internacional de grupos franceses, atuando nas ciências agrícolas e na pesquisa em desenvolvimento sustentável. 1.4.2.1.7. Programa Saint-Hilaire O Programa Saint-Hilaire é uma parceria entre a Capes e o Ministério das Relações Exteriores Européias da França (MAEE), representado pela Embaixada da França no Brasil, para apoiar propostas de edição de obras científicas nas áreas de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. Seu objetivo é fortalecer a parceria entre centros de ensino e pesquisa brasileiros e franceses vinculados à pós-graduação, dando visibilidade à produção conjunta. 1.4.2.2. Duplo diploma O acordo de duplo diploma constitui um nível de cooperação suplementar ao de um intercâmbio simples. O estudante beneficiado por esse procedimento obtém no final do curso os diplomas das duas instituições, o que lhe permitirá, caso assim deseje, prosseguir seu percurso acadêmico no país parceiro, sem precisar revalidar o diploma obtido no país de origem. O estudante realiza uma parte da formação na universidade estrangeira que o recebe. Seu curso total dura então, em média, um ano a mais que o ciclo convencional. O primeiro acordo de duplo diploma foi assinado em 2001, entre o Intergroupe des Ecoles Centrales e várias grandes universidades brasileiras: Universidade de São Paulo – USP , Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC -RJ, Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS , Universidade Estadual de Campinas – UNI - CAMP e Universidade Federal do Ceará – UFC. 1.4.2.2. Cotutela de tese 43 Ambassade du Brésil Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil A cotutela de tese é um procedimento pelo qual é outorgado ao estudante simultaneamente um diploma de doutor de cada um dos estabelecimentos parceiros. O andamento de um doutorado feito em cotutela segue quatro etapas: • É assinada uma convenção entre um estabelecimento de ensino superior brasileiro e um homólogo francês. • O doutorando efetua seus trabalhos em períodos alternados entre os estabelecimentos, ficando sob responsabilidade de dois orientadores de tese, um em cada país. Esses orientadores exercem suas funções em colaboração. • A língua na qual é redigida a tese – português ou francês – é definida pela convenção; a redação é complementada com um resumo substancial na língua do outro país. • Há uma única defesa de tese; a banca é composta por membros de cada estabelecimento em proporção equilibrada e inclui também personalidades que não fazem parte desses estabelecimentos. 1.4.3. Órgãos Específicos Envolvidos Além dos Ministérios de Educação e Ciência e Tecnologia, foram criados órgãos específicos referentes à mobilidade internacional, além de setores dentro das embaixadas para tratar de maneira mais aprofundada o assunto: 1.4.3.1. Campus France Criada em 1998, a agência CampusFrance (na época “EduFrance”) dedica-se à mobilidade internacional de universitários e cientístas. É uma estrutura pública sob tutela dos Ministérios das Relações Exteriores e Européias, da Educação Nacional e do Ensino Superior e da Pesquisa. Representantes dos estabelecimentos franceses também participam do seu conselho administrativo. A CampusFrance tem como objetivo promover mundialmente as formações superiores francesas e facilitar aos estudantes estrangeiros o acesso aos estudos superiores na França, 2012 Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil desde a informação no país de origem até a estadia e o retorno definitivo. Já implantou mais de 100 espaços em 75 países. Em cerca de 30 deles, entre os quais o Brasil, foi implementado um dispositivo de candidatura on line, que proporciona aos estudantes um processo uniformizado, ao mesmo tempo em que possibilita um melhor acompanhamento dos dossiês pela agência. 1.4.3.1.1. CampusFrance no Brasil O espaço CampusFrance Brasil localiza-se no CenDoTeC, em São Paulo; um posto opera no Consulado Geral da França no Rio de Janeiro. As missões do espaço são: Promoção dos estudos na França No território brasileiro, a agência CampusFrance organiza ações de promoção junto aos estudantes: conferências, salões, missões de estabelecimentos franceses etc, em parceria com as universidades brasileiras, os Serviços de Cooperação e de Ação Cultural – SCAC da Embaixada da França e as Alianças Francesas. Orientação dos estudantes brasileiros e acompanhamento dos dossiês de candidatura Desde 2007, o trabalho de orientação dos estudantes é feito principalmente através do site Internet www.brasil.campusfrance.org. O espaço CampusFrance Brasil responde às solicitações dos estudantes unicamente por e-mail e telefone. O site é o principal recurso para os estudantes, agrupando todas as informações sobre os estudos na França, acessíveis por meio de um motor de busca preciso sobre as áreas universitárias e um outro sobre as oportunidades de bolsas. O processo de candidatura para um estudante brasileiro junto a um ou vários estabelecimentos franceses também pode ser feito on line, por meio de um único dossiê CampusFrance. Em seguida, o espaço CampusFrance Brasil faz o acompanhamento dos dossiês de candidatura até a aceitação em uma formação solicitada e a obtenção dos vistos pelos estudantes. 45 Ambassade du Brésil Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil Promoção de parcerias universitárias A agência também realiza, em ligação com os SCAC’s (Service de Coopération et d'Action Culturelle ), um trabalho de aproximação entre os estabelecimentos de ensino superior franceses e brasileiros. O objetivo é promover o desenvolvimento e eficácia dos acordos interuniversitários franco-brasileiros, bem como divulgar para os parceiros as ferramentas da cooperação, como financiamentos, bolsas etc. 1.4.3.2. CENDOTEC O Centro Franco-Brasileiro de Documentação Técnica e Científica – CenDoTeC, localizado em São Paulo, tem duplo estatuto: estabelecimento com autonomia financeira ligado ao Ministério das Relações Exteriores – MRE , de Ministère des Affaires Etrangères – francês e associação brasileira sem fins lucrativos. Seus recursos provêm essencialmente do MRE . Sua função central é atuar como plataforma de documentação e de informação a serviço da cooperação acadêmica e científica entre a França e o Brasil. Essa missão geral especifica-se em vários eixos: • Informação direcionada para brasileiros e franceses sobre as atualidades universitárias e de pesquisa do outro país, visando ao desenvolvimento e ao aprofundamento da cooperação bilateral e multilateral (particularmente no contexto “Europa – América Latina”). As principais ferramentas dessa difusão de informações são o Bulletin Electronique, destinado aos franceses, e o França Flash, para os brasileiros; ambos são enviados por e-mail, com uma apresentação particularmente eficiente. O BE é enviado a cerca de 20 mil destinatários e o FF, a 45 mil. • Promoção dos estudos na França, de modo geral e num contexto de parceria francobrasileira, pela gestão do espaço CampusFrance Brasil. • Centro de recursos documentais sobre a ciência e a tecnologia na França, agora oferecidos de modo preferencial no site Internet. 2012 Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil • Acompanhamento das associações de ligação entre brasileiros e franceses – principalmente da Comunidade França-Brasil, que já somava 9 mil membros em julho de 2009 –, bem como dos estagiários e diplomados de estabelecimentos superiores franceses. 1.4.3.3. Setores de Cooperação Educacional das Embaixadas A relação entre os países não está ligada apenas a questões estratégicas de alçada do Estado, como a segurança das fronteiras, o diálogo político entre altos representantes e a defesa de setores do comércio exterior. Até meados do século passado, questões como essas dominavam quase integralmente a agenda das relações internacionais. Na atualidade, entretanto, outras dimensões da interação entre atores internacionais vêm ganhando importância. A educação é um dos temas que diversificaram as relações internacionais nas últimas décadas. Parte de uma agenda positiva, ou seja, que implica em ações de benefício mútuo para os países, o tema está fortemente ligado ao desenvolvimento econômico e social, à cooperação internacional e à promoção da convivência cultural das sociedades. 1.4.3.3.1. Setor de Cooperação Educacional (SERE e Embaixada na França) Na Secretaria das Relações Exteriores do Brasil (SERE), a Divisão de Temas Educacionais é a responsável pelos temas ligados à Cooperação Educacional. A Divisão de Temas Educacionais (DCE), antiga Divisão de Cooperação Educacional, tem como principais atribuições: tratar dos assuntos relativos à cooperação educacional oferecida pelo Brasil; tratar dos assuntos relativos à cooperação educacional recebida pelo Brasil de outros países, organismos internacionais ou agências estrangeiras; participar da negociação de acordos, programas executivos de trabalho e demais atos internacionais referentes à cooperação educacional no plano internacional, bem como acompanhar sua execução; coordenar cursos, estágios e seminários de curta duração, promovidos por entidades públicas brasileiras e oferecidos à participação de estrangeiros; identificar necessidades de formação ou especialização de recursos humanos no campo da cooperação educacional no Brasil e buscar, por meio das Missões Diplomáticas e Repartições Consulares, os cursos de excelência 47 Ambassade du Brésil Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil existentes no exterior, nas áreas de conhecimento correspondentes; responder às consultas sobre os Acordos Internacionais na área de educação bem como sobre a legislação brasileira relativa ao reconhecimento e à revalidação de títulos e diplomas obtidos no exterior; divulgar oportunidades de emprego oferecidas a brasileiros pelo Sistema das Nações Unidas. O Setor de Cooperação Educacional da Embaixada do Brasil na França foi criado em janeiro de 2012, na seqüência dos acordos, entre os dois países, que selaram o compromisso de acolhida dos bolsistas do Programa Ciência sem Fronteiras pela França. Dentro de suas competências estão: • O leitorado, que consiste no programa para o professor universitário, de nacionalidade brasileira, que se dedica ao ensino da língua portuguesa falada no Brasil, e da cultura e da literatura nacionais em instituições universitárias estrangeiras. • A promoção e acompanhamento do programa Ciência sem Fronteiras. • Aplicação do CELPE-Bras, que é o Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros, desenvolvido e outorgado pelo Ministério da Educação do Brasil, aplicado em outros países com o apoio do Ministério das Relações Exteriores do Brasil. O CELPE-Bras é o único certificado brasileiro de proficiência em português como língua estrangeira reconhecido oficialmente no Brasil. • Fomentar o intercâmbio acadêmico e de pesquisa entre os dois países. • Apoiar os estudantes e pesquisadores brasileiros exercendo atividades acadêmicas na França. 1.4.3.3.2. SCAC - Serviço de Cooperação e Ação Cultural – SCAC Dentro do Ministério dos Negócios Estrangeiros da França o SCAC é a divisão homóloga ao DCE e os Setores de Cooperação Educacional das Embaixadas brasileiras. Dentro das funções do setor esta a coordenação do REFEB. 2012 Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil Com o intuito de dinamizar a pesquisa francesa em ciências humanas e sociais sobre o Brasil, a Embaixada da França no Brasil criou em 2001 a Rede Francesa de Estudos Brasileiros (REFEB). O objetivo do REFEB é principalmente impulsionar e em seguida consolidar as vocações científicas brasileiras. . O ano passado, dezesseis estudantes e jovens pesquisadores foram selecionados. Todo ano, o REFEB lança um edital destinado aos estudantes e jovens pesquisadores em ciências humanas e sociais cujo objeto de estudo ou de pesquisa necessita de uma estada no Brasil. 1.4.3.4. Coordenações de Relações Internacionais das Universidades e Escolas As Coordenações de Relações Internacionais das Universidades, Faculdades, Institutos e Escolas são órgãos, diretamente subordinados à Reitoria ou coordenação das Escolas, que têm como finalidade estimular e apoiar o processo de internacionalização das mesmas, através de suporte administrativo às atividades de mobilidade acadêmica e cooperação internacional. As CRIs propõem planejar, executar e avaliar a política de cooperação internacional no contexto de suas instituições e contribuir para a inserção destas Universidades na configuração de redes interinstitucionais. O desenvolvimento de tais órgãos varia segundo a atratividade, tradição internacional e linhas de pesquisa, entre outros aspectos dos atores envolvidos. Na França existe um projeto de centralização das CRIs em razão dos PRES ( Polos de Pesquisa do Ensino Superior, no entanto tal centralização ainda não se concluiu. A excelência de tais coordenações está diretamente ligada à efetividade de programas de cooperação internacional. São elas as responsáveis diretas pela informação para os alunos e pesquisadores de suas respectivas instituições. 1.4.4 – Lista de bolsas, programas e financiamentos – França-Brasil. 49 Ambassade du Brésil Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil Bolsas dos programas de cooperação franco-brasileiros • • • • Brafitec Brafagri Colégio Doutoral Franco-Brasileiro Bolsa no contexto de um programa Arcus Bolsas da França e da União Europeia União Europeia • • • Erasmus Mundus – Ação 1: programas conjuntos de masters e doutorados Erasmus Mundus – Ação 2: parcerias E rasmus Mundus França • • • Bolsas por critérios sociais do Ministério francês do Ensino Superior e da Pesquisa Bolsas por critérios sociais do Ministério francês da Agricultura e da Pesca Bolsas de excelência Eiffel, do Ministério francês das Relações Exteriores e Europeias: master, doutorado Bolsas de excelência Major, da AE FE e do Ministério francês das Relações Exteriores e Europeias (estudantes titulares de um baccalauréat, provenientes de liceus franceses) Programa Alten & n+1, do Ministério francês das Relações Exteriores e Europeias Projeto de teses da Agência do Meio Ambiente e de Controle da Energia – ADEME , de Agence de l’Environnement et de la Maîtrise de l’Energie Bolsas doutorais do Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento – IRD , de Institut de Recherche pour le Développement Bolsas de pesquisa pós-doutoral Hermès (ciências humanas e sociais) Bolsas Diderot para pós-doutorandos (ciências humanas e sociais) Programa de bolsas de estudo em teologia, do Ministério francês das Relações Exteriores e Europeias Alocações de pesquisa da Assembléia Nacional francesa • • • • • • • • Bolsas provenientes de parcerias entre empresas e Estado • • • • Programa Thalès Academia – Ministério francês das Relações Exteriores e Europeias Bolsas Orange – Ministério francês das Relações Exteriores e Europeias Convenções Industriais de Formação pela Pesquisa – CI FRE , de Conventions Industrielles de Formation par la Recherche – Doutorado Bolsas para doutorandas L’Oréal France-UNESCO Bolsas de regiões e cidades francesas • • • • • • • • Região Alsace: Bolsas de pesquisa / Bolsas doutorais e pós-doutorais Região Basse-Normandie: Alocações de tese Região Bourgogne: Bolsas de master 2 pesquisa / Alocações de pesquisa Região Centre: Bolsas de doutorado Região Franche-Comté: Estadias de pesquisadores estrangeiros Região Ile-de-France: Bolsas de estadia para masters / Alocações doutorais e pós-doutorais em Áreas de Máximo Interesse – DIM , de Domaines d’Intérêt Majeur / Alocações doutorais fora das DIM (o Brasil é um dos países prioritários) Região Languedoc-Roussillon: alocações doutorais em cofinanciamento Região Limousin: Bolsas de master pesquisa / doutorado / pós-doutorado / Alocação 2012 Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil • • • • • • • Pesquisa Inovação Valorização – ARI V, de Allocation Recherche Innovation Valorisation Região Lorraine: Bolsas de doutorado Região Midi-Pyrénées: Alocações de pesquisa doutorais e pós-doutorais Região Pays de la Loire: Bolsas de estadia de estudantes estrangeiros / A locações doutorais / Alocações pós-doutorais Região Picardie: Bolsas de excelência Philéas Região Poitou-Charentes: Alocações doutorais Cidade de Paris: Programa Research in Paris – doutorado Cidade de Paris: Bolsas de pesquisa sobre xenofobia e antissemitismo Bolsas de Fundações e Agências • • • • • • • • Bolsas da Agência Universitária da Francofonia – AU F de Agence Universitaire de la Francophonie: masters, estágios, pós-doutorado – USP , UFRJ, UER J Bolsas de pós-doutorado da Fondation Fyssen – comportamento animal e humano Bolsas da Fondation d’Entreprises Francis Bouygues Bolsas da Fondation ED F Diversiterre Bolsas de estudos da Fondation Internationale Nadia et Lili Boulanger – músicos compositores, intérpretes, musicólogos Bolsas de pesquisa da Fondation Charles de Gaulle Créditos de pesquisa da Association pour l’Histoire do grupo Caisse d’Epargne Bolsas do Fonds Louis Dumont – pesquisa em antropologia social Nas temáticas da saúde • • • • • • • Alocações de pesquisa da Agência Nacional de Pesquisas sobre a Aids e as Hepatites Virais – ANRS , Agence Nationale de Recherche sur le Sida et les Hépatites Virales Financiamentos em pesquisa médica da Fondation de France Bolsas de 3.º ciclo da Académie Nationale de Médecine Bolsas da Federação Internacional de Mulheres Diplomadas das Universidades – FIFDU de Fédération Internationale des Femmes Diplômées des Universités Bolsas de pesquisa da Association François Aupetit – doenças inflamatórias do intestino Bolsas da Fondation Médéric Alzheimer – doutorado Bolsa da Fondation Internationale de Génève pour l’enseignement académique et professionnel – graduação / máster Bolsas de universidades, escolas e centros de pesquisa • • • • • • • • • • Bolsas de pesquisa do Centro Nacional de Estudos Espaciais - CNES , de Centre National d’Etudes Spatiales Institut d’Etudes Politiques de Paris (Sciences Po): Bolsas Emile-Boutmy – licence / master / doutorado; Bolsas Emmanuel Imbert – master; Bolsas L’Oréal – master Bolsas BDI – PED do Centro Nacional de Pesquisa Científica – CNRS , de Centre National de la Recherche Scientifique Bolsas doutorais e pós-doutorais do Instituto Francês de Pesquisa para Exploração do Mar – IFREMER , de Institut Français de Recherche pour l’Exploitation de la Mer Bolsas de excelência de estudos em engenharia da Rede n+1 Bolsas de master da Université Paris-Sud 11 Bolsas doutorais de mobilidade da Université Paris Descartes Bolsas de estadia de pós-doutorado do Instituto Nacional de Ciências Aplicadas – INSA , de Institut National des Sciences Appliquées, de Toulouse Programa AMERINSA Bolsas de pesquisa da Federação Francesa das Companhias de Seguros (Fédération Française des Sociétés d’Assurances) 51 Ambassade du Brésil Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil • Bolsas doutorais da Escola Nacional Superior de Seguridade Social – EN 3S, de Ecole N ationale Supérieure de Sécurité Sociale Escolas de comércio, gestão, marketing • • Escola de gestão Audencia Nantes: Bolsas Grande Ecole / Bolsas International Master in Management / Bolsas de MBA / Alocação de tese Bolsas de excelência da CERAM Business School – bachelor / especializações / 3.º ciclo / M aster of Science Programa Copernic (4 escolas de gestão + Ministério francês das Relações Exteriores) Bolsas do Groupe Ecole Supérieure de Commerce – ESC Dijon Bourgogne para seus estudantes estrangeiros Escola de Altos Estudos Comerciais – EDHEC , de Ecole des Hautes Etudes Commerciales: Bolsas Fondation / Bolsas Excellence Bolsas da Ecole Supérieure de Gestion de Paris • Bolsas de mérito para os programas Master of Science in Management da grande école HEC • • • • 2. O programa Ciência sem Fronteiras O Ciência sem Fronteiras (CsF) é um programa que busca promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. A iniciativa é fruto de esforço conjunto dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC), por meio de suas respectivas instituições de fomento – CNPq e CAPES – e Secretarias de Ensino Superior e de Ensino Tecnológico do MEC. Em dezembro de 2011, na presença da Presidente Dilma Rousseff e do então Primeiro Ministro francês François Fillon, o CampusFrance, a CAPES e o CNPq assinaram a adesão da França ao Programa. Por esse acordo, a França disponibiliza 10 mil vagas a estudantes brasileiros em suas instituições de ensino superior até 2015. 2.1. Objetivo e Finalidades O programa tem como objetivos: • Investir na formação de pessoal altamente qualificado nas competências e habilidades necessárias para o avanço da sociedade do conhecimento; 2012 Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil • Aumentar a presença de pesquisadores e estudantes de vários níveis em instituições de excelência no exterior; • Promover a inserção internacional das instituições brasileiras pela abertura de oportunidades semelhantes para cientistas e estudantes estrangeiros; • Ampliar o conhecimento inovador de pessoal das indústrias tecnológicas; • Atrair jovens talentos científicos e investigadores altamente qualificados para trabalhar no Brasil. São modalidades para bolsa para brasileiros no exterior: Graduação, Tecnólogo, Desenvolvimento Tecnológico, Doutorado Sanduiche, Doutorado Pleno, Pós-Doutorado. De maneira resumida, as metas a serem alcançadas por modalidade até 2015 são: Modalidade Nº de Bolsas Programas no exterior Doutorado sanduíche Doutorado pleno Pós-doutorado Graduação sanduíche Treinamento de Especialista no Exterior (empresa) Programas no país Jovem Cientista de grande talento (no Brasil) Pesquisador Visitante especial (no Brasil) 24.600 9.790 11.560 27.100 700 860 390 Além das 75.000 bolsas oferecidas pelo Governo Federal, mais 26.000 bolsas serão concedidas com recursos da iniciativa privada. Portanto, o Programa Ciência sem Fronteiras irá oferecer 101.000 bolsas a estudantes e pesquisadores no País e no Exterior 25. No programa Ciência sem Fronteiras, as áreas prioritárias são: 25 Em Setembro de 2012 os primeiros bolsistas brasileiros do programa Ciência Sem Fronteiras foram recepcionados pela embaixada brasileira na Casa do Brasil da Cidade Internacional Universitária de Paris. Andrea Giovannetti, chefe do Setor de Cooperação Educacional, explicou como funciona o programa e alguns bolsistas falaram de suas expectativas na França. Os estudantes receberam as boas-vindas do embaixador José Maurico Busani e representantes franceses da parceria com o Brasil. 53 Ambassade du Brésil Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil Áreas prioritárias do programa Ciência sem fronteiras 17. Engenharias e demais áreas tecnológicas Ciências Exatas e da Terra Biologia, Ciências Biomédicas e da Saúde Computação e Tecnologias da Informação Tecnologia Aeroespacial Fármacos Produção Agrícola Sustentável Petróleo, Gás e Carvão Mineral Energias Renováveis Tecnologia Mineral Biotecnologia Nanotecnologia e Novos Materiais Tecnologias de Prevenção e Mitigação de Desastres Naturais Biodiversidade e Bioprospecção Ciências do Mar Indústria Criativa (voltada a produtos e processos desenvolvimento tecnológico e inovação) Novas Tecnologias de Engenharia Construtiva 18. Formação de Tecnólogos 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. para 2.2. Base Jurídica Em dezembro de 2011, na presença da Presidente Dilma Rousseff e do então Primeiro Ministro francês François Fillon, o CampusFrance, a CAPES e o CNPq assinaram a adesão da França ao Programa. Por esse acordo, a França disponibiliza 10 mil vagas a estudantes brasileiros em suas instituições de ensino superior até 2015. Atos assinados por ocasião da visita do Primeiro-Ministro da França, François Fillon, ao Brasil -Brasília, 15 de dezembro de 2011 26 1- MEMORANDO DE ENTENDIMENTO ENTRE O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (MEC) DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, O MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E 26 Memorando e acordos disponíveis em: http://www.itamaraty.gov.br/sala-de-imprensa/notas-aimprensa/atos-assinados-por-ocasiao-da-visita-do-primeiro-ministro-da-franca-francois-fillon-ao-brasil-brasilia15-de-dezembro-de-2011 2012 Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil INOVAÇÃO (MCTI) DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O O MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES E EUROPÉIAS DA REPÚBLICA FRANCESA, RELATIVO À RECEPÇÃO DE ESTUDANTES BOLSISTAS BRASILEIROS NA FRANÇA. 2- ACORDO DE COOPERAÇÃO ENTRE A FUNDAÇÃO COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR (CAPES) E CAMPUSFRANCE VISANDO A IMPLANTAÇÃO DE BOLSAS DE ESTUDO DE GRADUAÇÃO SANDUÍCHE NA FRANÇA, PREVISTAS NO PROGRAMA CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS. 3- ACORDO DE COOPERAÇÃO ENTRE O CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO (CNPq) E CAMPUSFRANCE VISANDO A IMPLANTAÇÃO DE BOLSAS DE ESTUDO DE GRADUAÇÃO SANDUÍCHE NA FRANÇA, PREVISTAS NO PROGRAMA CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS 2.3. Principais órgãos e instituições envolvidos na promoção na França O Campus France é a agência oficial de informação e orientação sobre estudos na França. A agência depende dos Ministérios franceses da Educação e das Relações Exteriores e existe em mais de 100 países, sempre vinculada às Embaixadas francesas. Em muitos países, inclusive no Brasil, o Campus France é uma passagem obrigatória para todos os estudantes que desejam complementar seus estudos na França, seja na graduação ou na pós. O Campus France apoia o Ciência sem Fronteiras, funcionando como interlocutor do Programa, dos estudantes e das universidades da França e do Brasil durante o processo de implementação, seleção e atribuição das bolsas. Além disso, o Campus France organiza, em parceria com o Governo Brasileiro e as universidades francesas, um curso de francês de dois meses para os estudantes selecionados cujo nível de francês deva ser aperfeiçoado. 2.3.1. O programa Ciência sem Fronteiras na França Em Setembro de 2012 os primeiros bolsistas brasileiros do programa Ciência Sem Fronteiras foram recepcionados pela embaixada brasileira na Casa do Brasil da Cidade Internacional Universitária de Paris. Andrea Giovannetti, chefe do Setor de Cooperação Educacional, 55 Ambassade du Brésil Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil explicou como funciona o programa e alguns bolsistas falaram de suas expectativas na França. Os estudantes receberam as boas-vindas do embaixador José Maurico Busani e representantes franceses da parceria com o Brasil. O Programa de Graduação Sanduíche na França oferece bolsas de 9 a 12 meses de estudos em uma instituição francesa durante o curso de graduação. Os programas Brafitec e Brafagri também promovem o intercâmbio de até um ano de graduação em todas as especialidades da engenharia, no primeiro caso, e das ciências agronômicas, no segundo. Além dos editais de bolsas para graduação sanduíche, doutorado sanduíche, doutorado pleno e pós-doutorado, o Programa Ciência sem Fronteiras abrange agora os três programas de bolsas bilaterais da CAPES que fomentam projetos conjuntos de pesquisa entre universidades brasileiras e francesas: • CAPES-Brafitec: intercâmbio durante a graduação nas especialidades das engenharias. • CAPES-Brafagri: intercâmbio durante a graduação nas áreas de ciências agronômicas, agroalimentares e veterinária. • CAPES-COFECUB: aperfeiçoamento de doutorandos e docentes brasileiros na França. 2.3.2. O programa Ciência sem Fronteiras na França e os níveis de Formação. Relativo à participação para o nível de graduação, o estudante brasileiro pode optar em um destes três programas diferentes: A Graduação Sanduíche, o programa Brafitec e o programa Brafagri. Todos no âmbito do intercâmbio acadêmico. Ou seja, uma parte da graduação já iniciada no Brasil é cursada ou completada na França. Na modalidade Graduação Sanduíche, os estudantes de Universidades brasileiras realizarem parte de sua graduação em uma instituição francesa. O aluno, indicado ou não pelo estabelecimento brasileiro faz sua inscrição a partir da abertura do edital pela própria CAPES 2012 Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil e depois recebe propostas das Universidades francesas. A bolsa é garantida e a alocação em uma Universidade também. Assim que acontecem as alocações, mediadas pelo CampusFrance, os documentos de aprovação são encaminhados e o procedimento de visto começa. Os programas Brafitec e Brafagri são acordos de cooperação acadêmica que assumem compromisso em promover o intercâmbio de estudantes em todas as especialidades da engenharia (Brafitec) e das ciências agronômicas e agroalimentares e da veterinária (Brafagri). Estudantes brasileiros podem cursar parte de sua graduação na França e estudantes franceses podem estudar no Brasil pelo mesmo período. A possibilidade da realização de um intercâmbio na modalidade duplo-diploma também é possível. Para o nível de doutorado, o candidato tem a opção de obter o aceite em uma unidade de pesquisa doutoral em Universidades ou em Escolas Doutorais e depois solicitar a bolsa. O aceite é pré-requisito para solicitação e pode ser obtido de duas formas: contato direto do candidato com a Universidade em que deseja estudar, ou contato por meio dos parceiros do Programa CsF no país de destino. Na França os parceiros são o IRD (Institut de recherche pour le développement), o CNRS (Centre national de la recherche scientifique) e o INSERM (Institut national de la santé et de la recherche médicale). Além disso, O site do Campus France disponibiliza um Anuário das Escolas Doutorais, no qual a busca pode ser feita. Após a admissão, a inscrição no Programa Ciências sem Fronteiras pode ser realizada. Outra opção para doutorandos é participar do programa CAPES-COFECUB, um programa tem como objetivo o intercâmbio científico entre instituições de ensino superior do Brasil e da França e a formação de recursos humanos de alto nível nos dois países. As Universidades brasileiras realizam inscrição no programa para conseguir bolsas que podem ser oferecidas a seus alunos. 2.4. Instituições participantes do programa (2012) Abaixo estão relacionadas as Universidades francesas participantes do programa Ciência sem Fronteiras de acordo com informações do Campus France. A adesão das instituições ao 57 Ambassade du Brésil Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil programa facilita a coordenação entre os alunos e o enquadramento dos mesmos em relação ao interesse de suas áreas de estudos. Instituições de ensino 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. Engenharia AgroParisTech Chimie ParisTech Ecole Catholique d'Arts et Métiers Ecole Centrale de Lyon Ecole Centrale de Nantes Ecole Centrale Marseille Ecole Centrale Paris Ecole Centralle de Lille Ecole des Mines d'Albi-Carmaux Ecole des Mines d'Ales Ecole des Mines de Douai Ecole des Mines de Nancy Ecole des Mines de Nantes Ecole Internationale des Sciences du Traitement de l'Information Ecole Nationale d'Arts et Métiers Ecole Nationale de la Statistique & de l'Administration Economique Ecole Nationale de l'Aviation Civile Ecole Nationale d'Ingénieurs de Metz Ecole Nationale d'Ingénieurs de SaintEtienne Ecole Nationale Supérieure de Chimie de Clermont-Ferrand Ecole Nationale Supérieure de Chimie de Lille Ecole Nationale Supérieure de Chimie de Montpellier Ecole Nationale Supérieure de Chimie de Rennes Ecole Nationale Supérieure de Mécanique et des Microtechniques Ecole Nationale Supérieure de Techniques Avancées Ecole Nationale Supérieure d'Informatique pour l'Industrie et l'Entreprise Ecole Polytechnique Ecole pour l'Informatique et les Siglas ENSC Paris ECAM Lyon Centrale Lyon Centrale Nantes Centrale Marseille Centrale Paris Centrale Lille EM Albi Carmaux EM Alès EM Douai EM Nancy EM Nantes EISTI Arts et Métiers ParisTech ENSAE ParisTech ENAC ENIM ENISE ENSC Clermont-Ferrand ENSC Lille ENSC Montpellier ENSC Rennes ENSMM ENSTA ParisTech ENSIIE EPITA 2012 Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. 45. 46. 47. 48. 49. 50. 51. 52. 53. 54. 55. Techniques Avancées Ecole Spéciale des Travaux Publics, du Bâtiment et de l'Industrie Ecole Supérieure de Chimie Organique et Minérale Ecole Supérieure des Technologies Industrielles Avancées Ecole Supérieure d'Ingénieurs Ecole Supérieure d'Ingénieurs de Luminy EFREI ESME-Sudria Groupe des Ecoles des Mines Institut d'Optique Graduate School Institut National des Sciences Appliquées de Lyon Institut National des Sciences Appliquées de Rennes Institut National des Sciences Appliquées de Rouen Institut National des Sciences Appliquées de Strasbourg Institut National des Sciences Appliquées de Toulouse Institut National Poytechnique de Toulouse Institut Polytechnique de Bordeaux Institut Polytechnique de Grenoble Institut Supérieur de l'Aéronautique et de l'Espace Institut Supérieur de Mécanique de Paris Mines ParisTech ParisTech (Institut des Sciences et Technologies) PolyTech'Lille Polytech'Marseille Polytech'Nice-Sophia PolyTech'Orléans Telecom Bretagne Telecom ParisTech ESTP ESCOM ESTIA ESIGELEC ESIL EFREI ESME-Sudria INSA Lyon INSA Rennes INSA Rouen INSA Strasbourg INSA Toulouse INP Toulouse IPB INPG ISAE SUPMECA ParisTech Universidades Université Blaise Pascal Université Bordeaux 1 Université Bordeaux 2 - Bordeaux Segalen Université Claude Bernard Lyon 1 Université d'Aix-Marseille Clermont-Ferrand 2 Bordeaux 1 Bordeaux 2 Lyon 1 59 Ambassade du Brésil Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil Université d'Angers Université d'Artois Université d'Avignon et des Pays de Vaucluse UAPV Université de Bourgogne Université de Bretagne Occidentale UBO Université de Bretagne Sud UBS Université de Caën Basse-Normandie Université de Cergy-Pontoise Université de Franche-Comté Université de Lorraine Université de Nantes Université de Nimes Université de Pau et des Pays de l'Adour Université de Perpignan Via Domitia Université de Picardie Jules Verne Université de Poitiers Université de Reims Champagne-Ardenne Université de Rennes 1 Rennes 1 Université de Rouen Université de Savoie Université de Technologie de BelfortUTBM Montbéliard Université de Technologie de Compiègne UTC Université de Valenciennes et du Hainaut-Cambrésis Université d'Evry-Val-d'Essonne Université d'Orléans Université du Havre Université du Littoral Côte d'Opale Université du Maine-Le Mans Université du Sud Toulon-Var Université François Rabelais Université Joseph Fourier - Grenoble 1 Grenoble 1 Université Lille 1 Lille 1 Université Lille 2 Droit et Santé Lille 2 Université Montpellier 1 Montpellier 1 Université Montpellier 2 Sciences et Montpellier 2 Techniques Université Paris 13 Paris 13 Université Paris Descartes Paris 5 Université Paris Diderot Paris 7 Université Paris Sud Paris 11 Université Paris-Est Créteil Val de Marne UPEC Université Paul Sabatier - Toulouse 3 Toulouse 3 Université Pierre et Marie Curie Paris 6 Université Rennes 2 Rennes 2 Université Sciences Humaines et Sociales Lille 3 Lille 3 2012 Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil Université Sorbonne Nouvelle Paris 3 Université Stendhal - Grenoble 3 Ecole Normale Supérieure de Cachan Ecole Normale Supérieure de Lyon Paris 3 Grenoble 3 Escolas superiores ENS Cachan ENS Lyon Escolas de arte e arquitetura Ecole Nationale Supérieure d'Architecture ENSA Strasbourg de Strasbourg Ecole Nationale Supérieure d'Architecture ENSA Toulouse de Toulouse Ecole Nationale Supérieure d'Architecture et ENS{ap}Lille de Paysage de Lille Ecole Supérieure d'Art du Nord-Pas de ESA Dk-Tg Calais/Dunkerque - Tourcoing Groupe EAC - Ecole des Métiers de la Culture, de la Communication et du Luxe Groupe Ecole Supérieure du Bois ESB MOD'ART International Olivier Gerval Fashion + Design Institute OGFDI 4 polos de pesquisa e ensino superior - PRES ParisTech (Institut des Sciences et Technologies) PRES Université de Grenoble PRES Université de Toulouse PRES Université Lille Nord de France Association des Directeurs d'IUT ParisTech Outras estruturas ASSODIUT 61 Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil Ambassade du Brésil 2.5. Lista das principais instituições de ensino superior na França no âmbito do programa ciência sem fronteiras e revistas internacionais francesas. Classificação referente às áreas prioritárias do programa Ciência sem Fronteiras Lista das principais instituições de ensino superior na França no âmbito do programa ciência sem fronteiras e revistas internacionais. Classificação referente às áreas prioritárias do programa Ciência sem Fronteiras Engenharias e demais áreas tecnológicas; Novas Tecnologias de Engenharia Construtiva; Formação de Tecnólogos Principais Universidades e Centros de Pesquisa na França Polytechnique - Palaiseau Mines ParisTech INSA Lyon INP Toulouse UTC - Compiègne Grenoble INP Centrale Paris Mines Nancy Arts et Métiers ParisTech École des Ponts ParisTech Mines Saint-Etienne Centrale Lyon UTT - Troyes INSA Toulouse Revistas Cientificas • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Advances in Production Engineering & Management Annales de la Voirie Annales des Ponts & Chaussees Nos 89-92 Annual Review of Biomedical Engineering Applitec Batiment Artisanal Batirama BTP Magazine Bul Bibliographique du Cerib Bul des Laboratoires des Ponts & Chaussees Bul du Ciment Bul Europeen du Moniteur Chantiers Cooperatifs Chantiers de France Charpente Menuiserie Parquet Chronique des Travaux Publics & Particuliers Ciments Betons Platres Chaux Construction Metallique Contrat BTP Contrat BTP Ile de France FDC Fondations Demolitions Carrieres Fluid Phase Equilibria Industrial & Engineering Chemistry Research International Journal of Functional Informatics and Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil • • • • • • • • • • • • • • • • • Ciências Exatas e da Terra Principais Universidades e Centros de Pesquisa na França 27 2012 Personalized Medicine Journal of Environmental Engineering Journal of Hydrologic Engineering Journal of the IEST Materials & Structures NASA Tech Briefs Projet a Long Terme Radioelectronics and Communications Systems Reseaux Voiries Divers Revue Generale des Routes & Aerodromes Revue Technique du Batiment & des Constructions Industrielles Revue Technique du Batiment & des Constructions Industrielles Series Tacheronne The Post Office Electrical Engineers' Journal TN Techniques Nouvelles TPE Techniques & Politiques d' Equipement Travaux Travaux & Innovations Revistas Cientificas École Normale Supérieure Paris • • • • • • Université Paris Diderot (Paris 7) PRES Sorbonne Paris Cité 27 63 Atmosphere-Ocean Bulletin of the American Meteorological Society Journal of Applied Meteorology and Climatology Journal of the Atmospheric Sciences Monthly Weather Review Weather and Forecasting Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil Ambassade du Brésil Biologia, Ciências Biomédicas e da Saúde Principais Universidades e Centros de Pesquisa na França Amiens • • • • • • • • • • • • Besançon Rennes I Angers Faculté libre de Lille Tours Brest Limoges Nouvelle-Calédonie Caen Corse Nantes Dijon Poitiers Clermont-Ferrand I Nancy I Reims Paris Descartes (Paris V) UPMC (Paris VI) Paris VII Revistas Cientificas The New England Journal of Medicine The Lancet JAMA (Journal of American Medical Association) Annals of Internal Medicine British Medical Journal Cell PLoS Biology et les journaux de la PLoS Genes and Development The EMBO Journal Journal of Clinical Investigation Journal of Cell Biology Nature Biotechnology Computação e Tecnologias da Informação Principais Universidades e Centros de Pesquisa na França Revistas Cientificas Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Ensimag (Grenoble) EISTI (Cergy Pontoise) EPITA (paris) Tecnologia Aeroespacial Principais Universidades e Centros de Pesquisa na França ISAE - Toulouse • • • • ENAC - Toulouse ESTACA - Levallois Perret 65 2012 Neural Computation Computer Speech Language Applied Mathematical Modelling Applied Numerical Mathematics Design Studies Future Generation Computer Systems Information Systems Integration, the VLSI Journal Journal of Systems Architecture Microelectronic Engineering Microelectronics Journal Microprocessors and Microsystems Pervasive and Mobile Computing Robotics and Autonomous Systems Revue de l' Intelligence Artificielle Revue de Sommaires Automatiques Robotiques Japonais Revue des Systemes de Decision Revue Française de l' Audit & du Conseil Informatique Revue Int de CFAO & d' Infographie Revue Int de Systemique Revistas Cientificas Aerospace Science&Technology; Air & Cosmos /Aviation International; Air Actualites; Air Fan; Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil Ambassade du Brésil ISAE-ENSMA • • • • • • • • Fármacos Principais Universidades e Centros de Pesquisa na França Amiens - l’Université de Picardie Jules Verne 28 Besançon - UFR Sciences Médicales et Pharmaceutiques SMP - Université de Franche Comté29 Bordeaux - Faculté de Pharmacie - Université Victor Segalen Bordeaux 2 30 Caen - UFR des Sciences Pharmaceutiques Université de Caen - Basse Normandie 31 Châtenay-Malabry - Faculté de Pharmacie - Paris Sud 11 32 Clermont-Ferrand Faculté de pharmacie de Clermont Ferrand 33 Dijon l’Université de Bourgogne 34 Grenoble UFR de Pharmacie de Grenoble 35 Lille Faculté des Sciences Pharmaceutiques et Biologiques 36 28 http://www.u-picardie.fr/ http://medecine-pharmacie.univ-fcomte.fr/ 30 http://www.pharmacie.u-bordeaux2.fr/ 31 http://www.pharmacie.unicaen.fr/ 32 http://www.pharmacie.u-psud.fr/ 33 http://pharmacie.u-clermont1.fr/ 34 http://www.u-bourgogne.fr/ 35 http://www-sante.ujf-grenoble.fr/ 29 Air Zone; Lettre de L'Industrie &Spacial/Lettre du GIFAS; Luft & Raumfahrt; Regase; Revue Aerospatiale; Revue de Geomatique; Scoop; Terres de Bourgogne. Française Aeronautique Revistas Cientificas • • • • • • • • • • Actualites Pharmaceutiques Annales Pharmaceutiques Françaises Antibiotiques Biomedicine & Pharmacotherapy Comptes Rendus de Therapeutique & de Pharmacologie Clinique Depeche Internationale des Drogues Dossier du CNIMH Droit & Pharmacie Actualité Droit & Pharmacie/Bul Int d' Informations Fundamental & Clinical Pharmacology Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil Limoges Faculté de Pharmacie – Université de Limoges 37 Lyon Institut des Sciences Pharmaceutiques et Biologiques ISPB 38 Marseille Faculté de Pharmacie - Université de la Méditerranée - AIX-MARSEILLE II 39 Montpellier Faculté de Pharmacie - Université de Montpellier 40 Nancy Faculté de Pharmacie de Nancy Université Henri OINCARE 41 Nantes UFR des Sciences Pharmaceutiques - Université de Nantes 42 Paris V Faculté des Sciences Pharmaceutiques et Biologiques - Université René Descartes 43 Poitiers Faculté de Médecine et de Pharmacie de Poitiers 44 Reims UFR de Pharmacie - Université Champagne Ardenne 45 Rennes Faculté de Pharmacie de Rennes 46 Rouen Site de l’Université de Rouen 47 Strasbourg Faculté de Pharmacie - Université Louis Pasteur 48 Toulouse Faculté De Pharmacie - Université Paul Sabatier 49 Tours Faculté de Pharmacie Philippe Maupa - Université François Rabelais 50 36 http://arachosia.univ-lille2.fr/ http://www.unilim.fr/ 38 http://ispb.univ-lyon1.fr/ 39 http://www.pharmacie.univ-mrs.fr/ 40 http://www.univ-montp1.fr/l_universite/ufr_et_instituts/ufr_pharmacie 41 http://www.pharma.uhp-nancy.fr/ 42 http://www.pharmacie.univ-nantes.fr/ 43 http://www.pharmacie.univ-paris5.fr/ 44 http://medphar.univ-poitiers.fr/ 45 http://www.univ-reims.fr/ 46 http://www.pharma.univ-rennes1.fr/ 47 http://www.univ-rouen.fr/ 48 http://www-fac-pharma.u-strasbg.f/ 49 http://www.pharmacie.ups-tlse.fr/ 50 http://pharma.univ-tours.fr/ 37 67 • • • • • • • • • • • • • • • • • • Impact Pharmacien Interventions Journal de Pharmacie Clinique Lettre de Pharmacologue Moniteur des Pharmacies & des Laboratoires Moniteur Hospitalier Pharma Flash Pharmaceutiques Pharmacie Contemporaines Pharmacien de France Pharmacien Hospitalier Pharmacien Information Pharmascope ( France) Pharmeuropa Porphyre Quotidien du Pharamcien Revue d' Histoire de la Pharamcie Revue Documentaire Toxibase 2012 Ambassade du Brésil Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil • • • Produção Agrícola Sustentável Principais Universidades e Centros de Pesquisa na França Institut des sciences et industries du vivant et de l'environnement (Agro Paris Tech) École nationale de formation agronomique (ENFA) École nationale d'industrie laitière, des analyses biotechnologiques et de l'eau (ENIL) École nationale d'industrie laitière et des biotechnologies (ENILBIO) École nationale d'ingénieurs des techniques des industries agricoles et alimentaires (ENITIAA) École nationale d'ingénieurs des travaux agricoles de Bordeaux (ENITAB) École nationale d'ingénieurs des travaux agricoles de Clermont-Ferrand (ENITAC) École nationale du génie de l'eau et de l'environnement de Strasbourg (ENGEES) Centre international d'études supérieures en sciences agronomiques (Montpellier Sup Agro) Institut supérieur des sciences agronomiques, agroalimentaires, horticoles et du paysage (Agro campus Ouest) École nationale supérieure du paysage (ENSP) École nationale vétérinaire d'Alfort (ENVA) École nationale vétérinaire de Lyon (ENVL) École nationale vétérinaire de Nantes (ENVN) École nationale vétérinaire de Toulouse (ENVT) Institut national supérieur des sciences agronomiques, de l'alimentation et de l'environnement (AgroSup)(ex ENESAD) Institut de technologie agroalimentaire (ITA) (Québec): École nationale supérieure agronomique de Toulouse (ENSAT) École nationale supérieure d'agronomie et des industries alimentaires de Nancy (ENSAIA) École supérieure d'agriculture d'Angers (ESA) École d'Ingénieurs de Purpan (EIP - ex-ESAP : École Supérieure d'Agriculture de • • STP Pharma Sciences Toxicorama Trebuchet Revistas Cientificas Biotechnologie, Agronomie, Société et Environnement (BASE) Les Cahiers Agricultures Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil 2012 Purpan), à Toulouse École Supérieure du Bois (ESB) Institut Polytechnique LaSalle Beauvais (LaSalle Beauvais, ex.ISAB) Institut supérieur d'agriculture de Lille (ISA) Institut supérieur d'agriculture et d'agroalimentaire Rhône-Alpes (ISARA) Lycée Agricole La Touche de Ploërmel École supérieure La Raque École supérieure d'ingénieurs et de techniciens pour l'agriculture (ESITPA) École d'ingénieurs en agro-développement international (ISTOM) Centros de Pesquisa Cemagref, l’Institut de recherche pour l'ingénierie de l'agriculture et de l'environnement AFSSA, Agence Française de Sécurité Sanitaire des Aliments INSERM, Institut National de la Santé et de la Recherche Médicale, IFREMER, Institut Français de Recherche pour l'Exploitation de la Mer Cirad, Centre International de Recherche Agronomique pour le Développement Petróleo, Gás e Carvão Mineral; Energias Renováveis Principais Universidades e Centros de Pesquisa na França Revistas Cientificas École nationale supérieure du pétrole et des moteurs • • • • IFP Énergies nouvelles (IFPEN) Polytechnique - Palaiseau Mines ParisTech INSA Lyon INP Toulouse 69 Revue de l' Institut Français de Petrole Petrole & Gaz Arabes/Edition Française Petrole & Techniques Petrole Informations Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil Ambassade du Brésil UTC - Compiègne Grenoble INP Centrale Paris Mines Nancy Arts et Métiers ParisTech École des Ponts ParisTech Mines Saint-Etienne Centrale Lyon UTT - Troyes INSA Toulouse Principais Centros de Pesquisa CEA, Commissariat à l'énergie atomique et aux énergies alternatives CIRAD, la recherche agronomique pour le développement ÉNERGIES Rhône-Alpes – Grenoble universités EMMA, Énergie mécanique et matériaux IBEB, Institut de biologie environnementale et biotechnologie IFB, Institut Français de la Biodiversité INES, Institut National de l’Énergie Solaire IFP, Énergies nouvelles Institut Carnot Énergies du futur PROMES, Laboratoire des Procédés Matériaux et Énergie Solaire Savoie Technolac Pôle Tecnologia Mineral Principais Universidades e Centros de Pesquisa na França École nationale supérieure des mines d'Albi-Carmaux (Mines Albi-Carmaux) Revistas Cientificas • American Mineralogist Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil École nationale supérieure des mines d'Alès (Mines Alès) École nationale supérieure des mines de Douai (Mines Douai) École nationale supérieure des mines de Nancy École nationale supérieure des mines de Nantes (Mines Nantes) École nationale supérieure des mines de Paris (Mines ParisTech) qui forme aussi les ingénieurs du corps des mines 71 • • • • • • • • • • • Applied Clay Science The Canadian Mineralogist Clays and Clay Minerals Contributions to Mineralogy and Petrology Elements European Journal of Mineralogy Lithos Mineralogical Magazine The Mineralogical Record Physics and Chemistry of Minerals Reviews in Mineralogy and Geochemistry 2012 Ambassade du Brésil Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil Biotecnologia; Nanotecnologia e Novos Materiais Principais Universidades e Centros de Pesquisa na França EBI - Cergy Université Paul Sabatier (Toulouse 3) Université Paris Diderot Ecole d'ingénieurs Denis Diderot Paris (EIDD Paris) Institut national polytechnique de Grenoble (Grenoble INP) Université de Nantes UFR de sciences et techniques Université de Reims Champagne-Ardenne UFR de sciences exactes et naturelles Revistas Cientificas • • • • • • • • Advanced Composite Materials Advanced Functional Materials Advanced Materials Biomedical Microdevices Biosensors and Bioelectronics, by Elsevier Computational Materials Science Current Nanoscience JOM Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil Université Joseph Fourier - Grenoble 1 (UJF) UFR de PHysique, Ingénierie, Terre, Environnement, Mécanique (PhITEM) (PhITEM Institut national polytechnique de Toulouse (INP Toulouse) • • • • • • • • • • • • • 2012 Journal of Electronic Materials Lab on a Chip, by Royal Society of Chemistry Light Metal Age Materials Today Metallurgical and Materials Transactions Nano Letters, by American Chemical Society Nano Today, by Elsevier, launched 2006 Nanotechnology, by Institute of Physics Nature Materials Nature Nanotechnology, by Nature Publishing Group Plasmonics, by Springer Science and Technology of Advanced Materials Small, by Wiley-VCH, launched 2005 Tecnologias de Prevenção e Mitigação de Desastres Naturais Principais Universidades e Centros de Pesquisa na França Revistas Cientificas Institut des sciences et industries du vivant et de l'environnement (Agro Paris Tech) • Journal of Desaster Research Université Paris-Dauphine Biodiversidade e Bioprospecção Principais Universidades e Centros de Pesquisa na França Université Pierre et Marie Curie - UPMC (UPMC) UFR Terre, environnement, biodiversité Ecole normale supérieure (ENS) Ecole nationale vétérinaire de Toulouse (INP ENVT) Ecole pratique des hautes études (EPHE Université Rennes 1 (Rennes 1) Revistas Cientificas • • • • Ciências do Mar 73 Biodiversity Journal Biodiversity and Conservation Biodiversity Research and Conservation Journal for Nature Conservation Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil Ambassade du Brésil Principais Universidades e Centros de Pesquisa na França Université de Bretagne Occidentale – Brest 51 UFR des Sciences de la Terre et de la Mer - Université Bordeaux 1 Revistas Cientificas • • • Centre des sciences de la mer -Université Pierre et Marie CURIE Journal of Sea Research Journal of Oceanographie (Japan) Deep Sea Research Aix-Marseille II Principais Centros de Pesquisa Centre d’Etudes Techniques Maritimes et Fluviales Institut de Recherche pour le Développement Service Hydrographique et Océanographique de la Marine ENSTA Bretagne est une école du Groupe ENSTA : Ecoles Nationales Supérieures de Techniques Avancées Ecole Navale Agrocampus Rennes IFREMER IUEM Indústria Criativa (voltada a produtos e processos para desenvolvimento tecnológico e inovação) Principais Universidades e Centros de Pesquisa na França Ecole nationale supérieure de création industrielle Les Ateliers (ENSCI) Ecole nationale supérieure des arts et industries textiles - Roubaix (ENSAIT) Ecole nationale supérieure des arts appliqués et des métiers d'art - Olivier de Serres (ENSAAMA) 51 http://perso-sdt.univ-brest.fr/~wthese/merscidoc/edsm/edsm.html Revistas Cientificas • • • • • Industrie Textile + Filiere Maille Modes & Techniques Modes & Travaux: Serie A (Revue Seule) Modes de Paris Nature Materials Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil 75 2012 2.6. As Universidades Francesas e a classificação de Xangai As Universidades Francesas e a classificação de Classificação 2012 Classificação 2011 Paris-Sud Orsay (Paris XI) 37 40 Pierre-et-Marie-Curie (Paris-VI) 42 41 Ecole normale supérieure (ENS) 73 69 Aix Marseille University 101-150 102-150 Université Joseph Fourier (Grenoble 1) 101-150 151-200 Université Paris Diderot (Paris VII) 101-150 102-150 Université Strasbourg (UNISTRA) 101-150 102-150 Université Paris Descartes (Paris V) 151-200 151-200 Université Claude Bernard (Lyon 1) 201-300 201-300 Université Paul Sabatier (Toulouse 3) 201-300 201-300 Université de Lorraine (UHP Nancy) 201-300 201-300 Université de Montpellier 2 201-300 201-300 Université Paris Dauphine (Paris IX) 201-300 201-300 Ecole Polytechnique 301-400 301-400 ESPCI - Paris Tech 301-400 301-400 Université de Bordeaux 301-400 301-400 Ecoles des Mines Paris 401-500 401-500 Université de Lille 1 401-500 401-500 Université de Nice Sophia Antipolis (UNS) 401-500 401-500 Université de Rennes 1 401-500 301-400 Xangai Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil 3. Procedimentos e Informações úteis para os Interessados. 2012 Aqui vão algumas dicas, procedimentos e informações para facilitar a preparação dos estudos na França e a coordenação internacional das Universidades ao programa Ciência sem Fronteiras. Para os estudantes: • Comece a preparar sua viagem de estudos com um ano de antecedência. Assim você conseguirá constituir um projeto de estudos consistente e cumprir todos os prazos. • Crie um ambiente propício para aperfeiçoar o seu francês: filmes, literatura, exposições de arte, música e até a culinária francesa poderão ajudá-lo a melhorar seus conhecimentos da língua e da cultura do país de uma maneira simples e divertida. Morar e estudar no exterior são processos individuais. Não espere da bolsa uma solução, mas sim um meio para alcançar seus objetivos. • Procure informações sobre o curso desejado, não hesite em entrar em contacto com professores, alunos, instituições e organismos envolvidos no processo. • Não deixe de ler as informações e dicas nas páginas do Campus France, ex: “Morar na França ». Como estudante você tem direito a uma série de benefícios que tornarão seu período de estudos uma experiência muito mais agradável e enriquecedora: auxíliomoradia, assistência médica, descontos em viagens, restaurantes universitários, lazer, eventos culturais etc. Para professores, instituições e coordenações internacionais: • Se a sua instituição ainda não faz parte do programa Ciência sem Fronteiras, todas as informações constam no site do programa. 77 Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil Ambassade du Brésil • Procure pesquisar e ler sobre as áreas de pesquisa e desenvolvimento dentro de suas matérias, procurando assim centros de pesquisas em que seus alunos possam realmente adquirir e usufruir do programa em sua plenitude. Não hesite em falar nas salas de aula sobre o programa. • Esteja sempre atento às datas de períodos de seleção, divulgando ao máximo nas Universidades. • Busque acompanhar os alunos que fizeram o programa, muitas vezes eles serão pontes para futuros acordos universitários e para o intercâmbio acadêmico entre Instituições. • Consulte também o guia Escolher a França, editado pelo Campus France Paris em diversas línguas, que reúne as principais dicas para aqueles que querem realizar estudos na França. E sobre as chamadas do programa Ciência sem Fronteiras no país. Links referentes ao programa Ciência sem Fronterias Site Ciência sem Fronteiras www.cienciasemfronteiras.gov.br/web/csf/areas-prioritarias • Veja quais são as áreas abrangidas pelo Programa Ciência sem Fronteiras Site Ciência sem Fronteiras no Campus France www.csf.campusfrance.org • Acompanhe todas as notícias sobre as bolsas para a França • Conheça as universidades francesas que fazem parte do Programa Site do Campus France www.campusfrance.org • • • • Entenda o ensino superior na França Fique em contato com a equipe de orientação do Campus France Informe-se sobre os testes de proficiência em francês www.campusfrance.org/fr/page/trouver-sa-formation-0 O Campus France Paris oferece um catálogo completo e atualizado dos cursos superiores oferecidos na França que permite uma busca por nível, área de estudos e também por região geográfica. Além disso, nesse catálogo, há também as opções de MBAs, cursos ministrados Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil 2012 em inglês, formações a distância e programas de curta duração. 4. Desafios e Perspectivas “Há um ditado que ensina "o gênio é uma grande paciência"; sem pretender ser gênio, teimei em ser um grande paciente. As invenções são, sobretudo, o resultado de um trabalho teimoso, em que não deve haver lugar para o esmorecimento”. Alberto Santos Dumont ( 1873 – 1932 ) Como podemos perceber ao longo deste guia, a cooperação educativa França-Brasil é um arcabouço cultural secularmente arquitetado. Os laços históricos e culturais entre os dois países estreitasse em sua academia. Apesar das de algumas dissonâncias dos sistemas de ensino superior Francês e Brasileiro, estes apresentam compatibilidade e, não obstante, subjetivamente se mostram complementares dentro de um intercâmbio acadêmico e formalmente passiveis de equivalência o que não impede de maneira alguma a troca entre os dois países de seus alunos, pesquisadores e projetos. Podemos observar programas científicos de longa data celebrados entre os países, no entanto o advento do programa Ciência sem Fronteiras aumentou de maneira quantitativa e social o acesso do aluno brasileiro ao intercâmbio acadêmico, outrora reservado para uma pequena camada no Brasil. O Brasil investe em seus filhos, investe na sua educação superior como desenvolvimento, consequentemente traça uma indiscutível e certa caminhada qualitativa de seus cidadãos e de sua sociedade. Preliminarmente, a partir de uma análise não aprofundada, podemos perceber que o êxito de tal programa, está estritamente ligado à troca de informações e a coordenação internacional entre instituições de ensino, governo, setores da ciência e tecnologia e o aproveitamento profundo dos alunos e pesquisadores dentro do processo. A coordenação internacional do programa e das relações bilaterais já estabelecidas é de suma importância. É desta maneira 79 Ambassade du Brésil Guia Informativo da Cooperação Educativa França-Brasil que este guia, em um primeiro momento visou elucidar e informar as partes interessadas ao desbravamento deste processo. Até 2015 estima-se o intercâmbio de 10.000 bolsas entre a França e o Brasil, é por esta razão que o afinamento e atenta coordenação do setor de Cooperação Educacional da Embaixada do Brasil na França faz-se de imprescindível zelo, observação e suporte para a capacitação e desenvolvimento dos alunos e pesquisadores do programa Ciência sem Fronteiras, pois apenas assim o saber e o conhecimento podem-se concretizar e se multiplicar em desenvolvimento e dignidade humana, valores intrínsecos e, sob a égide da Republica Federativa do Brasil.