(auto)(bio)gráficos ficções e fabulações Profa. Tânia Ramos

Transcrição

(auto)(bio)gráficos ficções e fabulações Profa. Tânia Ramos
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LITERATURA
SEMESTRE: 2012.1
Disciplina: PGL510067 – Literatura, História e Memória
Curso: Pactos (auto)(bio)gráficos: ficções e fabulações
Professor Responsável: Profa. Dra. Tânia Regina Oliveira Ramos
EMENTA: Discursos representativos do biográfico; formas narrativas do
discurso biográfico.
Objetivo: A disciplina objetivará investigar os discursos representativos do
biográfico e as formas narrativas que eles assumem.
Ao se considerar a vida como texto e as suas
personagens como figurantes deste cenário de representação, o
exercício da crítica biográfica irá certamente responder pela
necessidade de diálogo entre a teoria literária, a crítica cultural e
a literatura comparada, ressaltando o poder ficcional da teoria e
a força teórica inserida em toda ficção.
Eneida Maria de Souza
Notas sobre a crítica biográfica
In:
1
Crítica Cult
Antes de começar.
Usos e ilusões das escritas biográficas.
2. Por onde começar:
* Phillipe Lejeune traduzido, o pacto no século XXI: De Rousseau à Internet.
* O que Vale é o escrito de Sylvia Molloy
3. A vida como narração:
* O autoconhecimento e o descobrimento do outro:
* Estratégias de autorreferencialização, segundo Leonor Arfuch.
O Filho Eterno, de Cristóvão Tezza.
O Lugar Escuro, de Heloísa Seixas.
5. O Brasil não conhece o Brasil: As janelas indiscretas de Eneida Maria de Souza
Suplementos: entrevistas, cartas, egohistórias, acervos, materialidades.
6. Por onde terminar:
A vida como texto: A Chave de Casa, Tatiana Salem Lévy.
Bibliografia
AGAMBEN, G. Infância e História. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2005.
ALLAM, Malik. Journaux Intimes. Une sociologie de l’écriture personelle. Préface de
Philippe Lejeune. Paris : L’Harmattan, 1996.
ALVAREZ, A. A Voz do escritor. RJ: Civilização Brasileira, 2006.
ARFUCH, Leonor. O Espaço Biográfico. Dilemas da Subjetividade Contemporânea.
EDUERJ, 2010.
AZEVEDO, Maria Helena. “Algumas reflexões sobre a construção biográfica”. In: Anais. IV
Congresso ABRALIC, SP: 1994, p. 687-689
BARTHES, Roland. “A Morte do Autor”. In: O Rumor da Língua. SP: Brasiliense, 1988, p.
65-92.
______________ . “Escritores, intelectuais e escreventes”. In: O Rumor da Língua. São
Paulo: Brasiliense, 1988
_______________ . Barthes, Roland por Roland Barthes. SP: Cultrix, 1977.
BAUMAN, Zygmunt. Vida para Consumo. RJ: Zahar, 2008.
BECKFORD, Peter. Memórias Biográficas de Pintores Extraordinários. SP: Ateliê
Editorial, 2001.
BOURDIEU, Pierre. “A ilusão biográfica”. In: AMADO, Janaína & FERREIRA, Marieta
de Moraes. Usos e abusos da história oral. RJ: Fundação Getúlio Vargas, 1996, p. 183-192.
CANDIDO, Antonio. “Pessoa e Personagem”. In: A personagem de ficção. SP: Perspectiva,
1978.
CERTEAU, Michel de. “Relatos de espaço”. In: A invenção do cotidiano. RJ: Vozes, 1996,
p. 199-215.
COMPAGNON, Antoine. “A Literatura”. In: O Demônio da Teoria. BH: Editora da UFMG,
, 2001, p. p. 29-45.
CUNHA, Maria Teresa Santos Cunha et alii. Refúgios do eu. Florianópolis: Editora
Mulheres, 2000.
,DELEUZE, Gilles e PARNET, Claire. Diálogos. SP : Escuta, 1998.
FOUCAULT, Michel. “O que é um autor?”. In: O que é um autor? Lisboa: Vegas, 1992.
GALVÃO, Walnice Nogueira e GOTLIB, Nádia Batella. Prezado Senhor, Prezada Senhora.
SP: Companhia das Letras, 2000.
GOTLIB, Nádia B. “Na contramão da história biográfica”. In: Histórias da Literatura:
teorias, Temas e Autores. Porto Alegre: Mercado Aberto, 2003, p. 86-94.
HISGAIL, Fani. Aparte Biográfico. SP: Hacker Editores, 1996.
LASCH, Christopher. O Mínimo eu. SP: Brasiliense, 1987.
LIVI, Giovanni. “Usos da biografia”. In: AMADO, Janaína & FERREIRA, Marieta de
Moraes. Usos e abusos da história oral. RJ: Fundação Getúlio Vargas, 1996, p. 167-182.
MALCOLM, Janet. A Mulher Calada. Sylvia Plath e os limites da biografia. SP: Companhia
das Letras, 1995.
MIRANDA, Wander Melo. Corpos Escritos. SP: EDUSP,1992.
MOLLOY, Sylvia. Vale o escrito. A escrita autobiográfica na América hispânica. Chapecó,
Argos, 2003.
MOYSÉs, Leila Perrone. “Biografemas”. In: Barthes. Encanto Radical. SP: Brasiliense,
1983
OLINTO, Heidrun K. “Ego Histórias nos estudos literários”. Ensaio apresentado no GT
História da Literatura no Encontro Nacional da ANPOLL, Maceió, 2004. In:
www.pucrs.br/fale/histdaliteratura/gt/heidrun.php Acesso em 10 de maio de 2009.
RAGO, Margareth et alii. Narrar o passado, repensar a história. Campinas, Unicamp, 2000.
RAMOS, Tânia Regina Oliveira. Memórias: uma oportunidade poética. Tese de doutorado.
PUC: RJ, 1990.
___________________________. “Talentos e Formosuras”. In: Estudos de literatura
brasileira contemporânea. A personagem do romance. Brasília, julho dezembro de 2005, P.
97-106.
SCHEFFEL, Marcos. Do registro diário à criação. Joinville, Letra D’Água, 2006.
SOUZA, Eneida. “Notas sobre a crítica biográfica”. In: Crítica Cult. BH: Editora da UFMG,
2002, p. 111-120.
SOUZA, Eneida Maria. Janelas Indiscretas. Ensaios de crítica biográfica. BH: Editora da
UFMG, 2011.
STAROBINKI, Jran. “A vida teorética e a função do exemplo”. In: Montaine em
movimento. SP: Companhia das Letras, 1992, p. 23-41.
TFOUNI, Leda V. Múltiplas Faces da Autoria. Ijuí: Unijuí, 2008.
Vários Autores. Arte de la biografia. Estudo preliminar de Hernán Diaz Arrieta. México:
Contraculta oceano, 1999.
VILLAÇA, Nizia. “Novas subjetividades”. In: Paradoxos do pós-Moderno. RJ: Editora da
UFRJ, 1996, p. 33-58.
VILAS BOAS, Biografias e Biógrafos. SP: Summus Editorial, 2002.
WELLEK, R. & WARREN, Austin. “Literatura e Biografia”. In Teoria da Literatura.
Lisboa: Europa América, p. 91-98.
WERNECK, Maria Helena. “Um novo biografismo”. In: paLavra 2: Departamento de
Letras, PUCRJ, Grypho, 1994, p. 31-39.
WERNECK, Maria Helena. O homem encadernado. Machado de Assis nas escritas das
biografias. RJ: Editora da UERJ, 1996.
60 dias após o dia do encerramento do semestre deverá ser entregue o ensaio final. O ideal deste
trabalho é que ele estabeleça uma relação com a sua dissertação, tese ou objeto de pesquisa, o que
não impede a elaboração de um ensaio, com especificidade própria, mas centrado em questões
teóricas ou práticas levantadas no transcorrer da disciplina. A maioria dos textos lidos será
organizada em polígrafos. Alguns livros podem/devem ser adquridos, caso haja interesse para
pesquisas futuras. As biografias, autobiografias e ficções que serão sugeridas para leituras serão
decididas de acordo com o número de alunos matriculados (algumas delas deverão ser
compartilhadas). Serão conhecidas também algumas dissertações e teses que trabalharam com “a
ilusão biográfica” ou “os usos da biografia”. Os trabalhos defendidos na UFSC de Mary Jane
Fernandes Franco – Augusto dos Anjos; Artur Emílio Alarcon Vaz - Oswaldo Cruz; André da Silva
Menna – Qorpo Santo; Rafael Villari – Freud; Tânia Regina de Souza – Graciliano Ramos, Marcos
Scheffel e Luiz Alberto Scotto – Lima Barreto, Stélio Furlan – Machado de Assis, Carla Giovanna
Cabral – Clarice Lispector, Camila Morgana Lourenço, Caio Fernando Abreu e Márcio
Markendorf, Sylvia Plath podem ser encontrados no setor de teses e dissertações da BU.UFSC.
Tânia Fone: 3223-2193 / 9982-8255
UFSC: Sala 229 (2o andar – CCE B)
(r 222) nuLIME Sala 507 Fone: 37216589 [email protected]
Fone: 3721-9293

Documentos relacionados