Mondrian: Da Paisagem Holandesa à Criação do Novo
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Mondrian: Da Paisagem Holandesa à Criação do Novo
MondrianeomovimentoDeStijl CENTROCULTURALBANCODOBRASILDESÃOPAULO Mondrian:DaPaisagemHolandesaàCriaçãodoNovo PietMondrian 1872 Holanda – 1944 Estados Unidos Mondrian (que assinava seu nome original, Mondriaan, até 1912) foi o filho mais velho de um professor politicamente engajado num movimento calvinista conservador, mas que também admirava profundamente o desenho e a pintura. Por volta de 1886, o jovem decidiu estudar arte e matriculou-se na Rijksakademie em Amsterdã. Em 1892, tornou-se membro da Arti et Amicitiae e, em 1897, da São Lucas, dois grupos de artistas, o que lhe possibilitou exibir suas obras. Pintava então paisagens ao estilo de Willem Maris. Quando, em 1908, conheceu Jan Toorop e o grupo de vanguarda associado à colecionadora Marie Tak van Poortvliet no balneário de Domburg, passou a se interessar por todos os movimentos artísticos contemporâneos que buscavam expressar visualmente os sentimentos. Em 1910, tornou-se membro do conselho do recém-fundado Moderne Kunstkring (Círculo de Arte Moderna) de Conrad Kickert, ao qual se juntaram muitos artistas progressistas holandeses. Após o contato com a obra de Picasso e Le Fauconnier, fixouse em Paris, onde conheceu Jakob van Domselaer, com quem discutiu a afinidade entre música e pintura. Passou a atribuir títulos neutros a suas obras para diluir a imaginação figurativa e acentuar a sensibilidade artística. Em 1914 voltou à Holanda para visitar seu pai enfermo, mas o início da Primeira Guerra Mundial impediu seu retorno à França. Começou então a colocar suas ideias no papel para posterior publicação e trabalhou em uma série de desenhos em Domburg. Em 1915, encontrou alojamento barato na colônia artística de Laren. Conheceu Bart van der Leck e Theo van Doesburg, que descreveram entusiasticamente suas composições totalmente abstratas. Mondrian dedicou-se com afinco a um ensaio sobre o desenvolvimento e a função da arte, o qual, em 1917, forneceria a base para o primeiro número da revista De Stijl. Voltou a Paris em 1919, quando suas pinturas já não faziam mais nenhuma referência à realidade e seus escritos também deixavam claro que o artista não mais desejava “expressar intenções”, apenas “evidenciar relações”. Fez experimentos em seu ateliê com pedaços de papel colorido que montava na parede, que o deixaram muito satisfeito. Escreveu um livro sobre sua arte, que chamou de “neoplasticismo”. Em 1921, uma série de artigos na De Stijl apresentou o projeto de seu ateliê, tornando-o amplamente conhecido. Graças às mostras na Alemanha e ao interesse de seus amigos artistas alemães, conseguiu vender algumas peças para, entre outros, o Provinzialmuseum em Hannover. Em 1925 Mondrian se afastou de Van Doesburg. Mais e mais visitantes vinham a seu ateliê para adquirir obras. A partir de 1926, passou a vender a colecionadores da Alemanha, Suíça e Estados Unidos. Mondrian declarou que jamais retornaria à Holanda se o charleston fosse banido naquele país, pois considerava o ritmo livre do jazz um modelo para tudo o que fosse novo, assim como sua própria arte. A partir de 1932, fez experimentos fragmentando a estrutura fechada de linhas pretas, dividindo-as e duplicando-as. Aos poucos, toda cor desapareceu de suas pinturas, as quais foram dominadas por campos brancos e linhas pretas, cada vez mais impregnados de ritmo. Morou em Londres de 1938 a 1940 e fez contatos nos Estados Unidos, para onde emigrou em 1940, estabelecendo-se em Nova York. INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA SOBRE A EXPOSIÇÃO: AGÊNCIA TALES ROCHA DF: (61) 4063-8770 | SP: (11) 3253-3227 | RJ: (21) 4063-7021 | BH: (31) 4063-6331 [email protected] [email protected] [email protected] [email protected]
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