Apostila de Consolidação

Transcrição

Apostila de Consolidação
IGREJA BATISTA ÁGAPE DE PERDIZES
Apostila de Consolidação
Agosto de 2009
São Paulo – SP
Igreja Batista Ágape de Perdizes
TRANCANDO A PORTA DO FUNDO ATRAVÉS DA CONSOLIDAÇÃO.
Introdução - Quais os Benefícios da Consolidação?
Vivemos em uma socidade cada vez mais individualista, onde cada um procura seus
próprios interesses, no entanto, nós como corpo de Cristo devemos refletir e agir de acordo com
Jesus, se doando se se sacrificando, sendo a expressão de Jesus na terra através da Igreja,
ganhando almas e buscando firmá-las para que sejam reprodutores da mensagem de salvação e
vida através do evangelho.
“Vocês não me chamaram, mas eu os escolhi para irem e darem fruto, fruto que
permaneça, a fim de que o Pai lhes conceda o que pedirem em meu nome. Este é o meu
mandamento: Amem-se uns aos outros” João 15:16-17
Muitas vezes o que acontece é que, um grande número de novos crentes não se firma na
fé, não tem segurança, não tem estabilidade e não tem compromisso com Jesus. É que eles
precisam ser consolidados, firmados e afirmados na fé e a consolidação traz justamente os
benefícios de evitar que a vida ganha se perca, mostrando que existem pessoas que a amam,
preocupadas não só com o início de sua caminhada cristã, mas também sua continuidade.
Principais benefícios:
Firmar o cristão promovendo o amor
Crescimento estável e maduro
Resgata o modelo bíblico de discípulado
Não se perde o esforço para ganhar almas
Crescimento qualitativo e quantitativo
O que é Consolidar?
Consolidar significa firmar, dar estabilidade, tornar sólido, seguro. Significa fazer
inabalável e imperturbável, cada cristão comprometido com o Salvador. Firmar as pessoas na fé.
Consolidar é:
1. Confirmar a decisão por Cristo. At 14:22
2. Gerar a pessoa em Cristo. I Coríntios 4:15; Tiago 1:18; Gálatas 4:19
Confirmando as almas e, fazendo com que o fruto permaneça e se reproduza.
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Igreja Batista Ágape de Perdizes
Fator Barnabé
Lembre-se: tão importante quanto a decisão pública e a integração que se faz através de um
relacionamento de amizade, com capacidade de conviver com o que ainda não está pronto.
Barnabé é um exemplo bíblico. Ele consolidou Paulo no início de sua conversão.
1. Bar (filho) nabe (consolação). At 4:36
2. Barnabé foi um exemplo de liberalidade. At 4:36-37
 Liberalidade: tempo, bens, dons, talentos, amizade.
3. Barnabé foi exemplo de integração dos que:
A. Não eram bem aceitos. At 9:26-28
a) Paulo queria “se” integrar, mas era temido. v.26 (At. 9:21)
b) Barnabé arrisca sua reputação como fator de integração. v.27
c) A crédito de Barnabé Paulo é integrado no grupo. v.28
- “entrando e saindo: familiaridade e companheirismo”
d) A amizade entre eles é fortalecida. I Coríntios 9:6; Gálatas 2:1,9; Atos 14:4
B. Eram “de fora”. At. 11:19-24
C. Estavam afastados e problemáticos. At. 11:25-26
a)
b)
c)
d)
Paulo, no inicío da seu ministério causou problemas. At. 9:29 (polêmico)
Os irmãos não tiveram paciência e o despacham para Tarso. At 9:30
A igreja entrou num período de paz. At. 9:31
Barnabé foi buscá-lo. At 11: 25 (integrá-lo)
Paulo precisava de alguém, cuja a assimilação pela igreja tivesse sido difícil, e que
sofrera na carne o julgamento da legitimidade da conversão. Barnabé, já integrado, integra Paulo
no convívio dos irmãos desconfiados da sua conversão. At 15:37-39 (At. 13:13 João apartou)
2 Tm. 4:11 (João Marcos é útil) Cl. 4:10
4. O segredo de Barnabé
Era bom, cheio do Espírito e de fé. At. 11:24
a) A importância de ser cheio do Espírito Santo. Gl. 5:22
b) A importância de ser cheio de fé. Fl.1:6; Rm. 15:14
Homem bom que atraia as pessoas:
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a) Fazendo visitas de encorajamento. At 11:22-23
b) Ele se alegrava com eles e convidava para o culto. v. 26
Por que Consolidar?
No processo de consolidação, o consolidador ajuda o novo crente se firmar em sua
decisão e faz do novo crente um discípulo de Cristo.
Propósitos da consolidação para o novo crente:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Torná-lo consciente da sua decisão por seguir a Cristo.
Mostrar interesse por suas necessidades.
Fazê-lo sentir-se amparado por um Cristão maduro
Integrá-lo nas atividades da célula e da Igreja
Fazê-lo entender e viver os benefícios de pertencer à família de Deus
Ser ajudado nas dúvidas e inquietações que devem ser resolvidas
Questões para reflexão:
1. Porque a pessoa toma a decisão e encontra dificuldade em voltar?
2. O que faria você como decidido, voltar e firmar-se na igreja?
3. Porque as pessoas, ao se converterem, deveriam voltar para nossa igreja?
4. É possível “fazer discípulos” sem consolidar? Porque? Mateus 28
5. Em que sentido o “decidido” pode ser considerado um bebê na fé?
Como Consolidar?
A consolidação é o verdadeiro pastoreio, é o cuidado pelos pequeninos que o Senhor nos
entregou para zelar. Sem amor não há consolidação.
Consolidação é atenção, zelo, acompanhamento através de um discipulado competente
nos primeiros meses de conversão.
Como firmar a pessoa e comprometê-la com Jesus, com sua fé, com sua Igreja, para que
não se desvie e não se deixe levar por "qualquer vento de doutrina?" A conversão deve ser
gerada em oração por parte do consolidador, no pré-evangelismo e a consolidação segue a partir
do momento em que a pessoa recebe Jesus como Senhor e Salvador
Grupo de Consolidação
O grupo de consolidadores reunido vai batalhar, jejuar e orar por conversões em cada
culto e pela consolidação dos novos convertidos. Estabeleceremos turnos de consolidação,
reuniões de oração, planejamento e avaliação. Consolidadores são recepcionistas, assistentes ou
acompanhantes, conselheiros especiais, que, devidamente preparados e treinados, dedicam-se a
receber e atender carinhosamente aos novos convertidos.
Responsabilidades:
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1) Contato pessoal (após o apelo)
O papel do grupo de consolidação é estar a postos nos momentos de apelo, seja ele em
culto ou evento de evangelismo, intercedendo, indo a frente para assistir o novo convertido e
acompanhá-lo à sala de consolidação.
2) Telefonema
Deve-se então telefonar para cada um dos que lhe foram confiados dentro de 48 horas
após o evento. Neste telefonema o consolidador irá verificar se o convertido pode falar no
momento falar sobre os pedidos de oração escritos em sua ficha, ter uma conversa amistosa e
aberta, e se possível, já deve ser marcada a primeira visita pessoal à pessoa contatada.
3) Visita pessoal
Nessa visita, o contato pessoal é importante para buscar aproximação com o novo
convertido, conhecendo sua realidade espiritual, familiar e social no lar. Deve-se separar um
momento de oração e leitura da Palavra, buscando em Deus direção, operando nos dons
espirituais para edificação do novo convertido e de seu lar.
4) Integração na célula
O consolidador deve buscar integração do novo convertido na célula, conversando com o
líder da célula para onde esse novo convertido irá frequentar, acompanhando-o na célula até que
ele seja integrado. Nesta célula ele deverá ser discipulado por um cristão mais maduro, buscando
também uma preparação para o “Encontro”.
Exemplos de Consolidação
O primeiro propósito da consolidação é levar a pessoa a um encontro com Jesus como
Felipe fez com o eunuco em Atos 8
1. O eunuco estava buscando ter um encontro com Jesus, mas precisava de alguém que pudesse
ajudá-lo.
a) Ele conhecia o templo (igreja), mas ainda não conhecia Jesus. v.26, 27
“Ele tinha ido para Jerusalém adorar a Deus, e estava voltando pra casa.” v28
 Tem gente que freqüenta a igreja e ainda não é salva.
b) ele lia a Bíblia, mas não tinha entendimento do evangelho. v.28, 30, 31
c) ele tinha dúvidas que precisavam ser esclarecidas. v.34
 Quem já entendeu explica para quem ainda não entendeu
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 Não precisa ser mestre em teologia levar uma pessoa a Jesus
2. Felipe revela em sua atitude, como devemos proceder para ajudar as pessoas a terem um
encontro com Jesus.
a)
b)
c)
d)
e)
f)
Precisamos, em obediência a Deus, nos aproximar das pessoas. v.26, 29
Precisamos abordá-las com simpatia e amor. v.30 (iniciativa)
Precisamos separar um tempo para estar com eles. v. 30
Precisamos expor o plano da salvação, dando oportunidade a perguntas. v.32-35
Precisamos levar as pessoas a confessarem Jesus como salvador. v.37
Precisamos encorajá-las a dar testemunho público da fé através do batismo nas águas.
v.36-38
g) Precisamos incentivar que voltem e testemunhem para os de casa. v.39
O segundo propósito da consolidação é integrar a pessoa no corpo de Cristo, como
Barnabé fez com Paulo. Atos 9
a. Paulo já estava convertido, mas precisava de alguém que o recomendasse, porque
as pessoas não acreditavam muito na conversão dele.
b. Paulo já tinha um ministério, mas precisa de alguém que pudesse recomendálo e ajudá-lo na consolidação desse ministério.
c. Barnabé, revela em sua atitude, como devemos proceder para ajudar as pessoas a
se integrarem no corpo de Cristo, que é a igreja.
Conclusão
1. Precisamos ajudar as pessoas a se integrarem na família de Deus (v.26), apresentando aos
outros irmãos e líderes. v.27a (tomando consigo) Gálatas 2:1, 9
2. Precisamos testemunhar a obra que o Senhor tem feito na vida do novo na fé para que seu
ministério seja reconhecido pela comunidade. v.27-28
Portanto, no processo de consolidação seguem-se alguns estágios a serem cumpridos pelo
consolidador deste novo crente.
1. Comprometer: oração, telefonema, visita, discipulado (pré-encontro), ensino,
acompanhamento.
2. Integrar: fator Barnabé, integrando o novo crente à igreja e à célula, seguindo batismo,
treinamento e ministério.
3. Interceder: conhecer as necessidades e orar juntos.
4. Dedicar: encorajar e apoiar o novo crente
A. Atento as suas necessidades
B. Priorizá-lo em suas orações e ministrações
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C. Estar disponível para ajudá-lo em ocasiões de crise , envolvendo sacrifício da sua
parte.
D. Ser o primeiro da célula a criar laços de amizade com ele.
5. Amar: sendo canal do amor de Deus para ele. A base da consolidação é o amor.
6. Testemunhar: diante de Deus, da igreja e da célula, na intercessão, no investimento de tempo,
no ensino e no relacionamento de prestação de contas
Dez Primeiras Dificuldades do Novo Convertido
O novo convertido enfrenta muita luta no início da conversão. Ele está num processo de
transformação em que precisa de encontrar na nova família aceitação, orientação, intercessão,
proteção, comunhão e referências.
1. EMOÇÕES CONFLITANTES
(VIDA PELA FÉ)
Dentro das 24 horas seguintes à sua experiência qualquer novo convertido pode ter
dúvida sobre a realidade da sua experiência. Aquela emoção inicial pode diminuir e fazer com
que o novo convertido pense que sua experiência com Cristo foi um tipo de alucinação ou uma
experiência irreal.
Precisamos mostrar a ele que as emoções são afetadas pelas circunstâncias e que a nossa
posição em Cristo não depende delas.
2. CRISE DE TRANSFORMAÇÃO (A SALVAÇÃO É DESENVOLVIDA)
Vícios e hábitos nem sempre desaparecem imediatamente e isto pode ser motivo de muita
ansiedade.
O novo convertido deseja corresponder à expectativa de mudança instantânea. (II Cor.
5:17). Ele espera vencer imediatamente o cigarro, a droga e o álcool talvez por causa do
testemunho de outros que tiveram sucesso. A verdade é que algumas pessoas precisam de um
acompanhamento pessoal e outras precisam até mesmo ser internadas num centro de reabilitação.
3. PRESSÃO DAS PESSOAS (ACEITAÇÃO DOS IRMÃOS)
As pessoas do seu ambiente social vão pressioná-lo para que retorne aos padrões de sua
vida antiga. Isto é especialmente difícil para os jovens, mas acontece com todos.
Velhos amigos possuem um grande poder de influência e podem levar o novo convertido
a desistir da fé. É vital, portanto, que os irmãos o envolvam até que ele seja capaz de responder
apropriadamente aos antigos amigos.
4. FALTA DE TEMPO (O DIA DO SENHOR)
O novo convertido precisa separar tempo para a comunhão com os irmãos. Isto pode ser
um problema para pessoas que possuem uma agenda muito cheia.
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Igreja Batista Ágape de Perdizes
A fim de ser edificado na fé o novo convertido precisa reorganizar seu tempo para incluir
a igreja em sua rotina. Ele não conseguirá fazer isso sozinho, daí a importância de um
consolidador.
5. HOSTILIDADE DA FAMÍLIA (UMA NOVA FAMÍLIA)
PRECONCEITO
É comum surgir uma tensão em casa, principalmente se o novo convertido é o primeiro
membro da família a ter uma experiência com Cristo.
Ele certamente será acusado de destruir a paz e a unidade da família, o que pode
ocasionar muita hostilidade contra ele. Ele será pressionado a manter sua lealdade à família e
deixar Cristo de lado. Sem o apoio de um consolidador ele dificilmente conseguirá superar a
pressão de uma família hostil ao evangelho.
6. PERSEGUIÇÃO (PROTEÇÃO)
ZOMBARIA E HOSTILIDADE DE OUTROS
Não se pode evitar o sofrimento por causa da fé. Jesus disse que seríamos perseguidos.
Em algumas circunstâncias a perseguição torna o novo convertido mais forte, mas em
outras pode leva-lo a desistir e retroceder. É sábio preparar o novo convertido para a
possibilidade de perseguição e estar com ele quando ela acontecer.
ATAQUES DO INIMIGO
Por desconhecer a palavra (fundamento da fé) e sua posição em Cristo, ele fica mais
vulnerável às retaliações e enganos de satanás (dúvidas quanto sua experiência com Cristo).
Como criança tudo que pega no chão ele leva a boca.
7. SUPERSTIÇÃO (BONDADE DE DEUS)
FÉ TOLA, INFUNDADA SEM FIRMEZA NA VERDADE
Existe uma tendência comum de se culpar a Deus por todas as coisas ruins que
acontecem depois da conversão. Muitos novos na fé são convencidos pelos de fora de que a
conversão só lhes trouxe problemas, e que, portanto não vale a pena insistir nesse caminho. Sem
um irmão para protegê-lo de tais influências ele sucumbirá na fé.
8. COBRANÇAS DO PASSADO (UM PROCESSO PARA O FUTURO)
DÍVIDAS E PECADOS NÃO RESOLVIDOS
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É provável que haja uma série de pendências e questões não resolvidas do passado, como
dívidas, conflitos e ressentimentos. O novo convertido precisa ser ajudado e orientado nessas
questões. Muitos cobradores aproveitarão esse momento para pressioná-lo. Alguns poderão se
sentir envergonhados e indignos de serem cristãos, abandonando assim a fé.
9. SOLIDÃO (COMUNHÃO)
CARÊNCIA
Por causa de sua decisão por Cristo, o novo convertido pode ter sido abandonado por
todos os seus antigos amigos e, por alguma razão ele não foi capaz de preencher o espaço com
novos amigos que compartilham de sua fé. O resultado disso é uma grande solidão que pode
levá-lo a se sentir ressentido e abandonado.
10. CRENTES CARNAIS (CRENTES ESPIRITUAIS)
Crentes carnais podem ser uma fonte de desapontamento e desencorajamento. Eles
podem fazer comentários insensíveis e dar conselhos errados.
O novo convertido pensa que todo crente é maduro e capaz de ajudá-lo, mas nós sabemos
que existem muitos anões espirituais. Longevidade não é sinônimo de maturidade. É triste, mas
às vezes precisamos proteger um novo na fé de alguns velhos na fé.
Por causa do seu potencial de transformação, uma vez que ele é mais ensinável, mais
sincero, e mais ávido pelas coisas de Deus que o crente religioso (Pv 27:7) ele se torna mais
reprodutível. No calor do “primeiro amor” ele olha para as amizades de sua vida pregressa como
um campo missionário.
Discipulado
No que consiste um discipulado?
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
Em fazer uma escolha certa: ensináveis e disponíveis.
Estabelecer com o discípulo um relacionamento Jesus convive com seus discíplulos.
Exercer autoridade espiritual: exige obediência.
Transmitir vida.
Dar exemplo. Jo. 13:20
Delegar tarefas. Mc. 6:7, Mt. 10:5, Lc .10:1 e Lc. 10:17-20
Supervisionar. Mc. 7:30, Lc. 10:17-20
Torna-los reprodutores. Jo. 15:16
Porque o “novo crente” precisa ser discipulado? (propósitos)
1. Por desconhecer a palavra (fundamento da fé) e sua posição em Cristo, ele fica mais
vulnerável às retaliações e enganos de satanás (dúvidas quanto sua experiência com Cristo),
portanto devemos ensiná-lo na Palavra para firmar sua fé e trazer crescimento.
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2. Ele precisa de ajuda para quebrar os vínculos com o passado (despir-se do velho homem e
vestir-se do novo. Ef. 3 e Cl. 3).
3. Por causa do seu potencial de transformação ensinável: tradição, sinceridade, religiosidade,
fome. Pv. 27:7 Ele é mais reprodutível: primeiro amor, universo de amizades.
4. Ele precisa ser consolidado. Mt 28:18 (conservação do fruto)
5. Ele precisa ser um multiplicador. 2 Tm 2:2 (três gerações) em seis anos 24 pessoas podem
gerar 1.536 novos crentes.
6. Para que haja formação de liderança.
Como deve ser a escolha do discípulo? 2 Tm 2:2
Jesus selecionou (12): disponibilidade, ensináveis.
Deve ser escolhido aquele que:
a) Assume, de início, o compromisso: assiduidade, pontualidade, tarefas, mudanças, corpo,
reprodução.
b) Pertence a sua célula (tempo, proximidade, comunhão, cobertura).
c) Está sendo preparado para a multiplicação da sua célula
O discipulado é uma transmissão de vida, por isso o discipulador precisa se propor como
modelo. 2 Tss. 2:8.
O ensino deve ser por “preceito” e pelo “exemplo”.
 sua vida fala tão alto que eu não ouço tua voz.
 o mestre ensinou quanto o discípulo viveu (aprendeu).
Jesus chama para o convívio (relacionamento) Mt. 4:19, Mc. 3:14
Jesus ensinava e eles ouviam; ministrava e eles viam; reagia diante de situações, pessoas
e acontecimento e eles aprendiam. Seus dicípulos reproduziriam o padrão. Lc 6:40; At.
11:26.
Cristo maior que Paulo (I Co 11:1), Paulo maior que Timóteo (2 Tm 3:10, 2 Tm 2:2)
O mestre ensina e mostra a verdade através do exemplo. I Tss. 1:5-8
O mestre precisa cuidar da sua vida pessoal. 1 Tm. 4:12,16 ; 2 Tm. 2:15,20
O mestre precisa ser acessível e interessado. Pv 17:17; Pv 18:24. Ele não pode fugir de
um envolvimento mais profundo.
Modelo do Discipulado
1. Aconselhamento: ouve e faz perguntas (questionário)
2. Ensino formal: doutrinas básicas da fé, estudos em tópico, livro.
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3. Oração (confissão, louvor, petição, intercessão)
Conteúdo do ensino: certeza de salvação, posição em cristo, tentação, devocional,
memorização da bíblia, confissão, vida no espírito, obediência, disciplina, vontade de deus,
mordomia, igreja, métodos de estudos bíblicos, disciplina, provação, batalha espiritual,
evangelismo, testemunho, etc.
O Discípulo Fica Sob Autoridade do Mestre
 Jesus tinha liberdade para ordenar, corrigir, repreender, admoestar, disciplinar.
Correção: mostra o erro e aponta a solução
Admoestação: alerta para o perigo da insistência no erro
Repreensão: adverte solenemente quanto a disciplina iminente
Disciplina: imposta pela liderança em conjunto.
1. Na primeira etapa: o discipulador corre atrás do discípulo
Para pastorear: cuidando, protegendo, intercedendo, ensinando, etc.
2. Segunda etapa: o discípulo corre atrás do discipulador
Exemplo de Elias e Eliseu. I Rs. 19:19-21
Visão Geral do Discipulado:
1. Estabeleça o discipulado como uma prioridade em sua vida. Você só faz aquilo que acha
importante reconsidere suas atividades atuais, crie tempo para o discipulado.
2. Concentre seu esforço para a multiplicação. A qualidade depende da quantidade. (Jesus tinha
500 seguidores)
3. Estabeleça as condições antes de aceitar o discipulado: assiduidade, pontualidade,tarefas,
mudanças, corpo, reprodução, deixando claro de que se não foram cumpridas o discipulado pode
ser interrompido, dando a lugar a quem quer de fato ser discipulado.
4. Estabeleça o propósito de ser um “intercessor do seu discípulo”. Gl. 4:19
5. Homem discipula homem, mulher discipula mulher.
6. Não finja ser um “gigante espiritual” e um “sabe tudo para o seu discípulo. Mas também não
compartilhe aquilo que ele ainda não tem maturidade para avaliar (sabedoria). Fl. 3:12
(equilíbrio) compartilhe com sabedoria vitórias e derrotas.
7. Ajude-o no processo decisório, mas não decida por ele: “ele precisa aprender a andar com as
próprias pernas”.
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8. Delegue tarefas fáceis e supervisione para avaliar a sua motivação.
9. Se estamos discipulando é necessário que estejamos sendo discipulados por alguém
espiritualmente maduro e emocionalmente sadio. Tg 1:19, 21, 22; 3:1
Precisamos de um confidente, do mesmo sexo, para avaliar nossa vida espiritual,
familiar, profissional, ministerial, emocional.
Para orar junto, estudar a palavra e confessar pecados. Sistema de apoio para vencer a
tentação) Tg 5:16; Ecc. 4:9-10.
Vencer: solidão, depressão, tentação, improdutividade
Conta com: apoio, intercessão, cobertura espiritual.
Qual o Papel do Discipulado Dentro da Consolidação?
Lembre-se que você foi chamado a fazer discípulos, no entanto, discipular não é apenas
levar alguém a confessar que Jesus Cristo é o Senhor e Salvador de sua vida. Isto é apenas o
primeiro passo.
Agora é necessário ajudá-lo a entender o senhorio de Cristo em todas as áreas da sua
vida. Depois da decisão, tem que vir a consolidação. É o segundo passo no processo do
discipulado.
Discipular é uma das atividades do processo de consolidação, assim como os passos de
apelo para aceitar Jesus, contato telefônico, integração na célula, encontro, etc., o discipulado é
parte fundamental no processo de consolidação onde o novo crente pode ter contato com um
cristão mais maduro passando tempo de oração juntos, ensino e leitura da Bíblia fazendo com
que ele também aprenda a importância do discipulado na vida dele e também na vida de futuros
convertidos que ele venha a fazer.
No discípulado cuidar é a palavra chave. As pessoas serão tocadas mais pelo quanto você
se importa com elas, do que o quanto você sabe. Seu discípulo é sua prioridade, demanda tempo
e esforço para assisti-lo, onde será lançado o fundamento de uma vida em Cristo e do serviço
cristão.
Como discipulador, você é o elemento de união para o novo crente, você é o ligamento
chave entre esse novo crente e a Igreja. Como tal você tem a missão de:
1. Aproxima-lo de Cristo, através de uma experiência cada vez mais profunda com Ele.
2. Integrá-lo à Célula, através de uma participação efetiva em suas reuniões.
3. Integrá-lo à Igreja, como um todo, através da sua participação, batismo e compromisso.
4. Passar a visão da Igreja de Evangelizar, Consolidar, Treinar e Enviar.
O amor tem papel fundamental neste processo, sua suprema motivação para cuidar de um
novo crente deve ser o amor. Primeiro, seu amor a Jesus. Segundo, seu amor ao novo crente.
O amor de Deus já foi derramado no seu coração. É só deixá-lo fluir através de você para
o discípulo.
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Igreja Batista Ágape de Perdizes
1. Seja um canal do amor de Deus para o seu discípulo. É através de você, em primeiro
lugar, que ele vai provar o amor e cuidado do Pai, através da Igreja.
2. Ame-o incondicionalmente. Deus ama porque o amor é a essência do Seu ser. Você é
filho de Deus e pode dispensar essa qualidade de amor.
3. Seu amor não depende da atitude do novo crente, mas da vida de Deus em você.
Ame-o em todas as circunstâncias, porque o amor é a força motora no cuidado do novo
crente.
Conclusão
A consolidação é fundamental para o desenvolvimento da vida cristã do novo convertido
para firmar sua fé e amadurecer em Deus.
Ao colocar me prática os princípios apresentados, você certamente colherá os frutos de
ver vidas sendo genuinamente transformadas através do poder do Espírito Santo em operação em
sua vida. Receberá o galardão celestial eterno por ser um agente reconciliador, com base no
amor, sacrifício e obediência, não faltarão almas e vidas que Deus confiará a você para trazer ao
seu Reino.
Consolidar é o cumprir o mandamento de dar frutos e fazer com que eles permanecam
(Jo. 15:16-17). Portanto, é importante se comprometer com esse propósito, fazendo disso um
estilo de vida, amando, servindo e expandindo o Reino de Deus na Terra através da obra de Deus
em nossas vidas.
Informações de Contato
Igreja Batista Ágape de Perdizes
Largo Padre Péricles, 7 – Perdizes – São Paulo – SP
F: 11 3873-1344
Website: www.igrejabatistaagape.org.br
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