Estratégia de desenvolvimento dos sistemas de educação e de
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Estratégia de desenvolvimento dos sistemas de educação e de
RELATÓRIO FINAL Estratégia de desenvolvimento dos sistemas de educação e de formação Proposta de reordenamento da rede municipal de estabelecimentos de ensino Volume 3 Maio de 2007 Grupo de Trabalho Carta Educativa do Porto Equipa Técnica Coordenação do Grupo de Trabalho para a elaboração da CEP António Lacerda (CMP/GEP) Constituição do Grupo de Trabalho - Câmara Municipal do Porto Gabinete de Estudos e Planeamento Fernando Pau-Preto Idalina Machado Ana Sofia Vasconcelos Colaboração Carlos Oliveira Marta Gomes Natércia Azevedo Sérgio Rocha Departamento de Educação e Juventude Manuela Góis Paula Pimentel Direcção Municipal de Urbanismo / Departamento de Planeamento Urbanístico Lurdes Carreira Direcção Regional de Educação do Norte Vasco Freitas Contactos: Câmara Municipal do Porto Telefone: 222 097 000 Email: [email protected] Gabinete de Estudos e Planeamento Praça General Humberto Delgado 4049-001 Porto Telefone: 222 097 008 Fax: 222 097 081 Email: [email protected] Departamento Municipal de Educação e Juventude Rua de Entre Paredes, 61, 1.º 4000-198 Porto Telefone: 222 061 750 Fax: 222 061 798 Email: [email protected] Porto, Maio de 2007 CEP i Índice volume 3 VI. Estratégia municipal de desenvolvimento dos sistemas de educação e de formação 1. Introdução: Os “Objectivos Estratégicos”, Os “Objectivos Intermédios”, As Acções, O Desafio 2. Objectivos e propostas de acção A – Objectivos e propostas a dinamizar pelo Município do Porto B - Objectivos e propostas recomendados no âmbito da CEP 3. Notas finais 1 5 6 39 Tabelas síntese da estratégia municipal 48 50 VII. Proposta de reordenamento da rede municipal de estabelecimentos de ensino 1. Introdução 2. Análise da rede escolar municipal (JI e EB1) 2.1 Cobertura territorial da rede escolar 2.2 Estado de conservação e áreas livres das escolas públicas do 1º CEB 2.3 Condições de funcionamento 3. Planeamento da rede escolar municipal 3.1 Modelo de previsão adoptado: premissas e resultados 3.2 Principais conclusões 3.3 Perspectivas de crescimento urbanístico 4. Propostas 4.1 Requalificação e ampliação 4.2 Aproveitamento de instalações escolares do Ministério da Educação 4.3 Construção de centros escolares 4.4 Encerramento 5. Programa de manutenção do parque escolar 6. Notas finais 1 2 2 5 6 11 12 18 19 20 21 23 24 26 29 30 VIII. ANEXOS Índice de figuras CAPÍTULO 7 7.1 - Rede municipal de estabelecimentos de ensino ano lectivo 2006/07 2 7.2 - Áreas de influência dos Agrupamentos Verticais de Escolas a 500m 3 7.3 - Áreas de influência dos JI a 500m 3 7.4 - Áreas de influência dos estabelecimentos do 1.º CEB a 500m 4 7.5 - Densidade populacional por secção estatística 4 7.6 - População residente dos 0 aos 5 anos 5 7.7 - Estado de Conservação Geral dos Edifícios (2007) 5 7.8 - Alunos por EB1 em 2006/07 7 7.9 - Regime de funcionamento das EB1 em 2006/07 8 7.10 - Unidades Operativas de Planeamento e Gestão 19 7.11 – Localização dos estabelecimentos de ensino a requalificar 22 7.12 - Proposta de criação de centros escolares com salas de actividade 26 7.13 - Proposta de criação de centros escolares com salas de aula 27 7.14 – Propostas de encerramento 28 7.15 - Novos equipamentos educativos propostos 30 7.16 – Comparação das propostas de intervenção com as carências actuais de salas de aula, por grandes zonas urbanas 7.17 – Novos equipamentos educativos e a rede actual de estabelecimentos de ens. (por dimensão) 32 CEP 32 ii VIII. ANEXOS 8.1 - Metodologia para a elaboração da Carta Educativa do Porto 2 8.2 - Mapa das freguesias do Porto e respectivas zonas 5 8.3 - Localização e denominação dos Jardins-de-Infância, Escolas Básicas do 1.º Ciclo - Escolas Básicas do 1.º Ciclo com Jardim-de-Infância 8.4 - Agrupamentos Verticais de Escolas do Município do Porto (2006/07) 8 9 Ficha de caracterização do AVE Amial 10 Ficha de caracterização do AVE Antas 11 Ficha de caracterização do AVE Areosa 12 Ficha de caracterização do AVE Augusto Gil 13 Ficha de caracterização do AVE Cerco 14 Ficha de caracterização do AVE Clara de Resende 15 Ficha de caracterização do AVE Dr. Augusto César pires de Lima 16 Ficha de caracterização do AVE Dr. Leonardo Coimbra Filho 17 Ficha de caracterização do AVE Eugénio de Andrade 18 Ficha de caracterização do AVE Francisco Torrinha 19 Ficha de caracterização do AVE Gomes Teixeira 20 Ficha de caracterização do AVE Irene Lisboa 21 Ficha de caracterização do AVE Manoel de Oliveira 22 Ficha de caracterização do AVE Maria Lamas 23 Ficha de caracterização do AVE Miragaia 24 Ficha de caracterização do AVE Ramalho Ortigão 25 Ficha de caracterização do AVE Viso 26 Índice de tabelas CAPÍTULO 6 6.1 - Proposta de quadro estratégico / EIXO 1 - Aumentar a qualidade e a eficácia dos sistemas de educação e formação 6.2 - Proposta de quadro estratégico / EIXO 2 - Permitir o acesso de todos à educação e à formação 50 6.3 - Proposta de quadro estratégico / EIXO 3 - Abrir ao mundo exterior os sistemas de educação e formação 6.4 - Recomendações / EIXO 1 - Aumentar a qualidade e a eficácia dos sistemas de educação e formação 6.5 - Recomendações / EIXO 2 - Permitir o acesso de todos à educação e à formação 53 52 54 55 CAPÍTULO 7 7.1 - Estado de conservação geral dos edifícios escolares e áreas livres 6 7.2 - Oferta e procura escolar por estabelecimento de ensino e por Agrupamento Vertical de Escolas 9 7.3 - Dados de base para estimação das necessidades de salas de aula (2001) 13 7.4 - Modelo para a previsão das necessidade de salas de actividades 14 7.5 - Modelo para a previsão das necessidade de salas de aula (2010/2011) 16 7.6 - Modelo para a previsão das necessidade de salas de aula (2015/2016) 17 7.7 - Características das UOPG 20 7.8 - Síntese das propostas para a requalificação 22 7.9 - Estimativa de custos para a requalificação 22 7.10 - Síntese das propostas para aproveitamento de instalações 24 7.11 - Estimativa de custos para aproveitamento de instalações 24 7.12 - Síntese das propostas construção de Centros Escolares 26 7.13 - Estimativa de custos para construção de Centros 26 7.14 – Características e síntese das propostas de encerramento 29 7.15 – Síntese das propostas de intervenção 31 CEP iii VIII. ANEXOS 8.1 - Taxa de saída precoce do sistema de ensino (%), em 2001 3 8.2 - População residente por concelho (GAMP), em 2001 3 8.3 - Distribuição da população residente empregada por nível de instrução, em 2001 3 8.4 - Evolução das frequências escolares na GAMP, entre 2001/02 e 2006/07 4 8.5 - Taxa de variação dos alunos no ensino público e privado na GAMP (2001/02 a 2006/07) 4 8.6 - Frequências escolares por concelho na GAMP, entre 2001/02 e 2006/07 4 8.7 - Peso dos alunos do Porto no total da GAMP, por nível de ensino e regime (público/privado) 4 8.8 - Retenção e abandono por ano de escolaridade por regimes (2000/01) 5 8.9 - Evolução da população residente 5 8.10 - Nados - vivos, óbitos e saldo natural no Porto 5 8.11 - Taxa de natalidade e taxa de mortalidade por freguesia (2001) 6 8.12 - Variação da população residente empregada, entre 1991 e 2001 (%) 6 8.13 - População residente empregada por nível de instrução 6 8.14 - Frequências da Educação Pré-Escolar, por ano de escolaridade (2006/07) 7 8.15 - Frequências do Ensino Básico Regular, por ano de escolaridade (2006/07) 7 8.16 - Frequências do Ensino Secundário Regular, por ano de escolaridade (2006/07) 7 8.17 - Frequências do Ensino Recorrente, por ano de escolaridade (2006/07) 7 8.18 - Frequências dos Cursos Profissionais, por ano de escolaridade (2006/07) 7 8.19 - Frequências dos CEF, CET e CEFA, por tipologia (2006/07) 7 8.20 - Síntese e evolução das frequências nos 17 agrupamentos verticais (2006/07) 9 8.21 - Síntese e evolução do n.º de docentes nos 17 agrupamentos verticais (2005/06) 9 8.22 - Alunos/docentes do 3.º CEB que frequentam/leccionam o 3.º CEB em escolas secundárias e alunos e docentes do ensino secundário público 8.23 - Designação dos espaços físicos nos edifícios escolares da responsabilidade do Ministério da Educação 8.24 - Frequência de Jardim de Infância por ciclo 9 27 8.25 - Reprovação por tipo de ensino 29 8.26 - Reprovação por ciclo de escolaridade 29 8.27 - Número de reprovações por ciclo de escolaridade 29 8.28 - Local onde efectua os TPC 29 8.29 - Quem ajuda nas dificuldades na matéria e nos TPC 29 8.30 - Razões apontadas para as dificuldades sentidas na matéria 30 29 8.31 - Factores importantes para que um aluno tenha sucesso na escola 30 8.32 - Condições para se aprender melhor 30 8.33 - Gosto pelo estudo 30 8.34 - Razões pelas quais é importante ir à escola 30 8.35 - Apreciação das condições de higiene/limpeza e segurança da escola 31 8.36 - Avaliação de condições exteriores à escola 31 8.37 - Satisfação face a um conjunto de dimensões 31 8.38 - Nível máximo de escolaridade que pretendem atingir 31 8.39 - Distribuição dos educandos por nível de escolaridade e zona de residência 31 8.40 - Distribuição dos educandos por regime jurídico da escola e zona de residência 31 8.41 - Benefícios de apoio social usufruídos pelos alunos 32 8.42 - Educandos que já reprovaram por zona de residência 32 8.43 - Apoio dado na realização dos TPC, por zona de residência 32 8.44 - Verificação dos cadernos diários, por zona de residência 32 8.45 - Participação dos encarregados de educação nas reuniões, actividades culturais e recreativas e procura da escola por iniciativa 8.46 - Explicações por área de residência e ciclo de escolaridade do educando 32 8.47 - Apoio dado pela escola e pelos professores aos alunos (sempre/muitas vezes) 33 8.48 - Apreciação das condições de higiene da escola 33 8.49 - Assaltos ao educando dentro da escola 33 CEP 32 iv 8.50 - Avaliação das condições exteriores à escola (% de sim) 33 8.51 - Satisfação das famílias face a um conjunto de dimensões 33 8.52 - Nível máximo de escolaridade que as famílias pretendem que o educando atinja 33 8.53 - Profissão desejada para o educando 34 8.54 - Conteúdo funcional da DME e da DMPIJ 34 8.55 - Visão, Missão e Objectivos Estratégicos do DMEJ 35 8.56 - Situação actual da distribuição de salas de actividade e salas de aula por agrupamento vertical de escolas 8.57 - Indicadores da rede escolar municipal (2006/07) 35 8.58 - Síntese das propostas de requalificação, aproveitamento e construção de Centros Escolares 36 8.59 - Descrição de proposta tipo 36 8.60 - Síntese geral das propostas com estimativa de custos 37 CEP 35 v VI. A estratégia municipal de desenvolvimento dos sistemas de educação e de formação 1. Introdução: Os “Objectivos Estratégicos”, os “Objectivos Intermédios”, as Acções, o Desafio A Carta Educativa do Porto, no que respeita às linhas orientadoras da estratégia de desenvolvimento dos sistemas de educação e de formação, assumiu como seu referencial a Estratégia de Lisboa, consagrada em 2000 e que, em 2005, conheceu novos desenvolvimentos, ao ver proposto o seu relançamento. Saliente-se que a Cimeira de Lisboa teve como principal móbil dar resposta a um desafio global, através de uma estratégia assente em princípios sociais e económicos: a UE deveria transformar-se, até 2010, na “economia baseada no conhecimento mais dinâmica e competitiva do mundo, capaz de garantir um crescimento económico sustentável, com mais e melhores empregos e com maior coesão social”. A implementação desta estratégia requer não só “uma transformação radical da economia europeia”, mas também “um programa estimulante para (...) modernizar os sistemas (...) de ensino”. Daquele grande, novo e ambicioso objectivo, surgiu, em Fevereiro de 2001, o “Relatório sobre os objectivos futuros concretos dos sistemas de educação e de formação”, aprovado no Conselho Europeu de Estocolmo, e, na sua sequência, um programa de trabalho pormenorizado. Esse programa foi objecto de um novo relatório aprovado no Conselho Europeu de Barcelona, em 2002, que identificou três grandes objectivos estratégicos para as áreas da educação e da formação: Aumentar a qualidade e a eficácia dos sistemas de educação e de formação; Facilitar o acesso de todos à educação e à formação; Abrir os sistemas de educação e de formação ao mundo. Reconhecendo o papel preponderante da educação e da formação como meios privilegiados para o fortalecimento da coesão social e, simultaneamente, como uma considerável vantagem para consolidar a competitividade e o dinamismo europeus, estes três vectores de actuação deverão ser concretizados de acordo com as seguintes orientações, à luz do referido relatório: Objectivo 1: aumentar a qualidade e a eficácia dos sistemas de educação e de formação Com este objectivo importa actuar ao nível da formação dos professores, dos formadores e dos educadores, não só no que concerne à formação inicial e à CEP Capítulo VI - 1 apropriação das competências básicas, mas dedicando um especial enfoque na actualização de saberes, de modo a corresponderem à evolução da sociedade do conhecimento. Aqui tem também lugar a melhoria da aptidão dos indivíduos para a leitura, para a escrita, para a matemática e para as novas tecnologias da informação e da comunicação. Cabem também neste objectivo os esforços com vista à melhoria da qualidade dos equipamentos e dos estabelecimentos escolares, com base numa desejável optimização da utilização dos recursos. Além disso, de modo a garantir uma Europa ainda mais competitiva na economia do futuro, deverá ser intensificado o fluxo de indivíduos que procuram estudar nas áreas das ciências, nomeadamente da matemática e das ciências naturais. Melhorar a qualidade dos sistemas de educação e de formação significará, em síntese, adequar os recursos humanos e financeiros existentes às necessidades que vão surgindo, dentro de um quadro em que os estabelecimentos de ensino estabelecem novas parcerias que os vão auxiliar no bom desempenho dos seus novos papéis e nos novos desafios que enfrentam. Objectivo 2: permitir o acesso de todos à educação e à formação Este objectivo, mais do que uma meta a alcançar, é uma condição sine qua non para reforçar a coesão social. Como é sabido o reforço da coesão social constitui, aliás, um desiderato do município, que o assumiu como um objectivo estratégico, corporizando uma das suas prioridades de intervenção. Uma rede de sistemas formais e não formais de educação e de formação, que permita a transição de um sistema para outro (por exemplo, do ensino profissional para o ensino superior), responderá mais cabalmente aos anseios e necessidades dos indivíduos, tornando o ensino mais atractivo e, simultaneamente, desempenhando um importante papel na construção de uma cidadania activa, com a consequente coesão social. A formação ao longo da vida deve ser reforçada, uma vez que a rápida evolução da natureza do trabalho e do acesso à informação exige uma aposta permanente na educação e na formação contínuas. Objectivo 3: abrir os sistemas de educação e de formação ao mundo Com este objectivo pretende-se a construção de um espaço europeu de educação e formação cunhado pelo reforço das relações com o mundo do trabalho e da investigação, dando resposta aos desafios de uma economia mundial, multilingue e multicultural. Todos estes objectivos convergem naquilo que a sociedade espera de um sistema de educação e formação: o desenvolvimento integral do indivíduo, para que possa CEP Capítulo VI - 2 realizar as suas potencialidades; o desenvolvimento da sociedade, fomentando a democracia; a redução das disparidades e das injustiças, e o desenvolvimento da economia, garantindo-se que as competências dos recursos humanos acompanham a evolução económica e tecnológica. As políticas de educação e de formação, de âmbito nacional ou municipal, estão no cerne não só da criação e da transmissão de conhecimentos, mas também do estímulo à criatividade, determinando de forma essencial o potencial de inovação e desenvolvimento da sociedade. Segundo estimativas levadas a cabo, em 2003, por ocasião de um estudo da Comissão Europeia sobre a eficácia do investimento na educação, o aumento de um ano no nível médio de escolaridade da população traduz-se, a curto prazo, num aumento da taxa de crescimento de 5% e num aumento de 2,5% suplementares a longo prazo. Para além disso, os impactos positivos da educação sobre o emprego, a saúde, a inserção social e a cidadania activa são já sobejamente conhecidos: as taxas de desemprego são tanto mais baixas quanto mais elevados forem os níveis de educação, o que vai induzir uma baixa dos custos económicos e sociais delas decorrentes. O diagnóstico desenvolvido no âmbito do processo de elaboração da CEP, permitiu fazer a transposição daqueles três grandes objectivos estratégicos para o caso específico do Porto, conforme o desafio lançado a nível europeu. De facto, o Conselho Europeu ao aprovar o quadro estratégico para o desenvolvimento dos sistemas de educação e de formação, lançou um repto às autoridades nacionais, regionais e locais para que, em função da respectiva realidade educativa, especificassem o sentido de cada um dos objectivos genéricos, desdobrando-os em objectivos concretos, e para que adoptassem as medidas necessárias ao seu cumprimento. Ou seja, às diferentes escalas e de forma concertada, deverão ser delineadas as políticas adequadas para que o desenvolvimento dos sistemas de educação e de formação se possa concretizar, à luz dos princípios explicitados anteriormente, e possa contribuir activamente para o crescimento económico baseado no conhecimento. No decurso do trabalho prévio de preparação da CEP, foram ouvidos diversos sectores da sociedade, procurando garantir-se, desde a génese, o carácter marcadamente participativo e alargado deste exercício de planeamento, permitindo a recolha de contributos valiosos dos agentes educadores, dos alunos, das suas famílias e das entidades com assento no Conselho Municipal de Educação. Aquele diagnóstico revelou a existência de graves problemas estruturais que atingem o concelho do Porto: Baixos níveis de pré-escolarização; Insucesso escolar elevado e generalizado; Procura escolar reduzida nos escalões etários acima dos 15 anos; CEP Capítulo VI - 3 Forte expressão dos fenómenos de saída precoce e de saída antecipada do sistema formal de ensino; Acentuadas disparidades intra-urbanas em termos de rendimento escolar e de permanência no sistema de educação. Estas incidências constituem um considerável obstáculo ao desenvolvimento, ao crescimento económico e à coesão social na cidade, que importa derrubar. É neste contexto que a CEP pode assumir um papel preponderante, ao definir um quadro de acções cujo intuito é o desenvolvimento sustentado dos sistemas de educação e de formação do Porto, na base de uma estreita complementaridade com outros instrumentos do Ministério da Educação, de outros Ministérios e de demais actores sociais. Partindo dos três objectivos estratégicos referidos anteriormente, doravante designados como eixos, seguiu-se uma análise dos objectivos intermédios definidos a nível europeu para se alcançar cada um daqueles eixos. Correspondem a objectivos-meio, ou seja, vias para se alcançarem os objectivos-fim. Refira-se que ao processo de análise e selecção dos objectivos intermédios estiveram sempre subjacentes razões de ordem local ou nacional, tendo sido dado especial enfoque à percepção que os principais agentes educativos (pais, professores e alunos) têm da escola e do sistema educativo. Não foram, portanto, considerados os objectivos saídos do Conselho Europeu de Estocolmo que estivessem desfasados da realidade do Porto. Por outro lado, outros houve que surgiram ex novo a partir do contexto específico local, para dar corpo à necessidade de suprimento de algumas lacunas. A participação das entidades representadas no Conselho Municipal de Educação foi fulcral neste processo. Por isso, tentou apurar-se a pertinência da associação dos objectivos intermédios a cada uma das entidades, a fim de se identificarem as que são mais actuantes em relação a cada um deles. Assim, identificaram-se conjuntos de acções, exemplificativas do tipo de intervenção necessária, aferiu-se a viabilidade da sua execução, potenciaram-se sinergias e complementaridades e assegurou-se a coerência global da intervenção. Naturalmente que as acções-tipo apresentadas não esgotam o leque de intervenções necessárias. Servem fundamentalmente para traçar o caminho a percorrer, constituindo o ponto de partida para o desenvolvimento de um programa de acção concreto a implementar por um conjunto alargado de agentes e instituições, nomeadamente as que compõem o Conselho Municipal de Educação. Por outro lado, e uma vez que existe um Projecto Educativo Municipal, denominado “Porto de Crianças”, foram tomadas em linha de conta as actividades e projectos já em curso que concorrem para a prossecução dos objectivos. CEP Capítulo VI - 4 Com o propósito último de definir estratégias e políticas locais para o desenvolvimento dos sistemas de educação e de formação, a CEP será um meio privilegiado para se cumprirem alguns dos objectivos em que se desdobram as grandes metas que compõem a Estratégia de Lisboa. Como bem se percebe, nem todos esses objectivos irão conhecer a sua concretização sob a alçada da autarquia local, dependendo, antes, de opções governamentais de índole mais estrutural. No entanto, a CEP, para além de obedecer ao fito de delinear políticas municipais de educação e de formação, será, por um lado, o culminar de uma fase de diagnóstico e de avaliação do estado da educação na cidade do Porto, e por outro lado, o preâmbulo de um processo contínuo de mobilização e de sensibilização sociais. Neste documento, que nasceu na sequência de um trabalho aturado, apontam-se pistas para os caminhos a seguir, de modo a construir o Porto como uma verdadeira Cidade Educadora. Paralelamente às ideias vertidas no papel, há que manter um ambiente plural e alargado de discussão em torno das questões da educação e da formação; há que continuar a promover o intercâmbio de opiniões, de sugestões, de experiências e de soluções; há que estimular ainda mais o desenvolvimento de sinergias; há que implementar as acções identificadas. Em suma: há que avaliar o caminho percorrido e proceder às alterações que se afigurarem necessárias. Há que aceitar o desafio! 2. Objectivos e propostas de acção Conhecida a metodologia adoptada, apresentam-se neste ponto os objectivos concretos a prosseguir e as acções que materializam a estratégia de desenvolvimento dos sistemas de educação e de formação. Como foi dito, estas acções-tipo permitem a operacionalização das linhas de actuação a desenvolver em cada um dos objectivos concretos que traduzem, no caso específico do Porto, as três grandes preocupações de natureza estratégica: Aumentar a qualidade e a eficácia dos sistemas de educação e de formação (Eixo 1); Facilitar o acesso de todos à educação e à formação (Eixo 2); Abrir os sistemas de educação e de formação ao mundo (Eixo 3). Estes objectivos concretos e as respectivas propostas de acção foram agrupados em 2 conjuntos. No primeiro, apresentam-se os objectivos que deverão ser dinamizados CEP Capítulo VI - 5 pelo Município do Porto. No segundo, discriminam-se os da competência do Ministério da Educação e que assumem a natureza de recomendações propostas no âmbito da CEP. A explicitação de cada objectivo concreto, que se desenvolve seguidamente, para além de apresentar a justificação da sua pertinência e a indicação das entidades a envolver na sua concretização, contempla a identificação das linhas de actuação a prosseguir e das acções a implementar. A – Objectivos e propostas a dinamizar pelo Município do Porto Eixo 1: Aumentar a qualidade e a eficácia dos sistemas de educação e de formação A.1.1 – Estimular o interesse pela matemática, pelas ciências e pelas tecnologias desde uma idade precoce, de modo a aumentar o número de estudantes que frequentam cursos nessas áreas É notória, e vem de longe, a falta de interesse e motivação para o estudo das disciplinas da área científica. No entanto, estes são, reconhecidamente, saberes basilares para o surgimento e afirmação de uma sociedade competitiva, pelo papel que desempenham na formação de recursos humanos de nível médio ou superior em áreas estratégicas, como a Medicina, o Ambiente, as Telecomunicações ou a Economia. O facto de, segundo dados recolhidos pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica (CESOP), aquando da realização de inquéritos aos alunos e às famílias1, se ter apurado que cerca de 25% dos alunos inquiridos pretendia enveredar por profissões nas áreas da Medicina e da Engenharia, não pode escamotear os maus resultados sucessivamente obtidos nos exames nacionais de Matemática dos 9º e 12º anos. Além disso, de acordo com o Livro Branco da Física e da Química – Opinião dos Alunos 2003, um estudo efectuado com base em 243 escolas do país, as taxas de aproveitamento na área da FísicoQuímica são de 69% ao nível do 8º ano, caindo para os 60% a Química e 50% a Física, no 12º ano. O PISA – Programme for International Student Assessment, um projecto da responsabilidade da OCDE, que consiste na aplicação de testes de diagnóstico a jovens de 15 anos e cujo objectivo é aferir as suas aptidões em termos de literacia em contexto de leitura, em matemática e em ciências, tem tido, no nosso País, 1 O inquérito foi realizado num universo de 1579 alunos a estudar no Porto, a partir do 2º ciclo e até ao final do secundário, e de 897 famílias com filhos a estudar no Porto. CEP Capítulo VI - 6 resultados pouco abonatórios. Em 2003, 30% dos jovens não ultrapassava o nível 1 de proficiência matemática (o nível 1 é o mais baixo de uma escala com 5 níveis). Das entrevistas realizadas aos Agrupamentos Verticais e a algumas escolas secundárias da cidade do Porto, pode afirmar-se que um dos principais e mais recorrentemente citados problemas é o fraco rendimento à disciplina de Matemática. Linhas de Actuação Para obviar a este cenário e para, concomitantemente, alcançar aquele objectivo intermédio, apontam-se a divulgação científica assente na experimentação e a promoção e o desenvolvimento do ensino experimental das ciências. Entidades As entidades participantes em acções concorrentes para atingir o objectivo serão a CMP, o Instituto Português da Juventude (IPJ), o Ministério da Educação, os Estabelecimentos de Ensino não Superior, os Estabelecimentos de Ensino Superior, o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). Acções Exemplificativas a) Acções de Continuidade Estão em curso acções concretas, dentro do Projecto Educativo Municipal “Porto de Crianças” que ilustram o papel fulcral da promoção do espírito científico e do ensino experimental das ciências. Entre elas, o programa “Ao Redor da Ciência”, que prevê a divulgação da ciência experimental nas escolas do 1º ciclo, através do desenvolvimento de sessões nas áreas da nutrição, da genética e da ecologia. A CMP estabelece parcerias com estabelecimentos de ensino superior e com instituições de Investigação e Desenvolvimento (I&D), no sentido de as escolas poderem proporcionar aos seus alunos visitas de estudo a centros de I&D e a equipamentos científicos da cidade, como o Pavilhão da Água ou o Planetário. As experiências dos “Dias Abertos”, que têm lugar em estabelecimentos de ensino superior, e das Feiras de Inovação podem revelar-se profícuas na motivação dos jovens para seguirem cursos superiores nas áreas científicas. Da mesma forma, as Feiras de Oferta de Formação desempenham um importante papel junto dos jovens, como recurso a opções de formação pós 9º ano de escolaridade. CEP Capítulo VI - 7 Uma das acções do projecto “Porto – Cidade da Ciência” está especificamente direccionada para a comunidade escolar e designa-se “Divulgação da Ciência e Promoção da Educação Científica e Tecnológica nas Camadas Jovens”, apresentando como objectivos específicos a difusão das áreas científicas e tecnológicas junto da população mais jovem, o desenvolvimento da cultura científica e artística e a promoção do ensino experimental da Ciência em contexto escolar. Os Concursos de Formação Profissional, promovidos anualmente pelo IEFP, desempenham um papel importante em termos de efeito de demonstração e contribuem de forma inegável para a motivação dos jovens. O Projecto Faraday, que resulta de uma parceria entre o Departamento de Física da Faculdade de Ciência da Universidade do Porto e algumas escolas secundárias do Porto. Em cada escola, estão a ser acompanhadas duas turmas desde o 10º ano (2003/2004) até ao 12º (2005/2006), na leccionação de Física, numa estreita colaboração entre a equipa do Departamento de Física da FCUP e os professores de cada escola, que se envolvem em acções de formação e discussão. Atendendo a que um dos factores que comummente é assinalado como responsável pela fraca adesão, desinteresse e resultados a matemática, é o facto de os métodos de leccionação da disciplina não serem cativantes, é importante a continuação de uma forte aposta ao nível da formação inicial dos professores, em termos de pedagogia da matemática. b) Novas Acções De futuro, poder-se-iam instituir concursos, a nível concelhio, sob os temas da Matemática, da Física, da Química ou da Biologia, à semelhança das “olimpíadas” que se realizam a nível nacional. A.1.2 – Identificar e desenvolver novas competências essenciais à sociedade do conhecimento e harmonizá-las com as competências tradicionais Numa óptica de evolução veloz como aquela que se vive nos dias de hoje, é fundamental o conceito de “literacia tecnológica”, já que as Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) são o principal motor de transmissão de conhecimento, razão pela qual as TIC deverão fazer parte do leque de saberes de todos os cidadãos. CEP Capítulo VI - 8 Uma formação abrangente e consistente na área das TIC irá permitir, a médio prazo, a diminuição do chamado “fosso digital”, uma das formas mais recentes de exclusão social. O desenvolvimento integral das crianças e dos jovens como seres humanos conduz a uma concepção holística da formação. Assim, para além das TIC, a arte, sob as suas diferentes manifestações, deve ocupar um lugar não subestimável no percurso de formação e de aprendizagem dos alunos. Numa sociedade cada vez mais marcada pela globalização, o domínio da Língua Inglesa assume-se como uma importante presença no leque de competências básicas dos indivíduos. Linhas de Actuação O primeiro e mais importante passo a dar na democratização das TIC é assegurar o acesso de todos a este tipo de tecnologias. O desafio que se coloca é o de garantir que os estabelecimentos de ensino disponham de equipamento suficiente, de recursos multimédia e de programas informáticos educativos e formativos de qualidade, bem como de ligações de alta velocidade à internet. A promoção e a experimentação das diferentes formas de arte (dança, música, cinema, fotografia, teatro, pintura, escultura) e a sensibilização para o património cultural e tradicional da cidade são o mote para a referida inclusão das aprendizagens artísticas. Entidades São entidades com responsabilidades e estes níveis a CMP, o Ministério da Educação, os Estabelecimentos de Ensino não Superior, o IEFP, o IPJ, as Instituições Culturais da cidade. Acções Exemplificativas a) Acções de Continuidade No sentido de se promover o acesso de todos às TIC, as acções a empreender poderão passar pela dotação das escolas do 1º ciclo com software e hardware. Neste sentido, a CMP, com a comparticipação financeira do PRODEP III (Programa para o Desenvolvimento da Educação em Portugal), procedeu à aquisição de computadores (1 por sala de aula) e impressoras para as Escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico. Adquiriu ainda software didáctico para todos os estabelecimentos de CEP Capítulo VI - 9 ensino, como forma de estimular a utilização e rentabilização da alta tecnologia. Também o Projecto Educativo Municipal “Porto de Crianças” encetou o programa “Ao Redor da Tecnologia”, que promove a utilização das novas tecnologias através de contactos que as escolas estabelecem com outras cidades e outros países, via Internet. Deste modo, são desenvolvidos projectos que potenciam situações e vivências com outras realidades. Pensando nos mais novos, foi apresentada e aprovada uma candidatura no âmbito do POS_C, que permitiu a dotação dos Jardins-de-Infância com equipamento informático. O “PassaPorto para a Arte”, do Projecto Educativo Municipal, vem dar cabimento à importância que as diferentes formas de arte devem assumir na formação das crianças, enfatizando e abrindo as portas à sua transdisciplinaridade. Esta iniciativa desdobra-se em vários projectos, entre os quais “Ao Redor do Teatro”, “Ao Redor do Cinema de Animação”, “Ao Redor dos Museus”, “Ao Redor da Música”, “Ao Redor da Dança”, etc. As acções promovidas nesses âmbitos vão permitir a captação de novos públicos para várias manifestações culturais, para além de lhes incutir o saber-estar em espaços diferentes (teatro, museu, auditório,...) e de lhes permitir protagonizar algumas vertentes da arte (as crianças são incitadas a dançar, a cantar, a representar, a realizar cinema, a tocar instrumentos, a pintar). O património cultural e tradicional da cidade do Porto, plasmado nos seus monumentos e símbolos, é objecto de acções como “Viver o Porto/Sentir o Porto” ou “Cascatas de São João”, onde as crianças, através do jogo, da banda desenhada, das histórias e das artes plásticas, vão adquirindo um melhor conhecimento do Porto e, ao mesmo tempo, desenvolvendo competências ao nível da leitura, da escrita, da expressão plástica e das capacidades de representação e criação. O projecto “Speak Easy”, que até ao ano lectivo de 2004/2005 era da exclusiva responsabilidade da autarquia e abrangia as crianças do 4º ano de escolaridade, passou a ser implementado junto dos alunos do 3º ano, com o financiamento do Ministério da Educação. A partir deste ano lectivo de 2006/07, a aprendizagem da língua inglesa é uma componente obrigatória do Programa de Actividades de Enriquecimento Curricular. Esta iniciativa irá reforçar o interesse e o contacto das crianças dos 3º e 4º anos de escolaridade com o Inglês. A partir do ano lectivo de 2006/2007 foi também generalizada a todos os alunos do 1º CEB a possibilidade de desenvolverem actividades no âmbito das expressões artística e musical. CEP Capítulo VI - 10 b) Novas Acções Numa lógica de promoção do transporte público e, simultaneamente, facilitadora da frequência de equipamentos e espaços culturais, será equacionada a possibilidade de se criar o “Cartão Jovem Munícipe”, um cartão que se espera que venha a acumular as valências de Cartão Jovem, de passe válido para alguns operadores de transportes públicos e de cartão de desconto no acesso a infraestruturas e serviços da autarquia. Será igualmente estudada a possibilidade de ser criado um cartão para as crianças dos Jardins-de-Infância e das Escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico, cartão esse que dará acesso às cantinas escolares, prolongamento de horário e aos transportes colectivos. A.1.3 – Garantir a melhor ocupação dos tempos dedicados às actividades extracurriculares Uma das medidas recentes do Ministério da Educação consistiu no alargamento do horário de funcionamento das Escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico, que passaram a desenvolver a sua actividade até às 17h30. Para dar cumprimento adequado a esta medida, que conheceu concretização a partir do ano lectivo de 2005/2006, estão a ser implementadas diversas actividades extracurriculares nas escolas. Linhas de Actuação A adopção de estilos de vida saudável e o combate ao sedentarismo são objectivos perseguidos nas sociedades modernas. Haverá, pois, que contribuir para que as crianças adquiram, de forma correcta, as aprendizagens básicas fundamentais que facilitem e promovam o seu desenvolvimento e bem-estar físico, para que, deste modo, adquiram hábitos de vida saudável, assentes na prática desportiva regular. As actividades extracurriculares de carácter lúdico-didáctico dispensam considerações aprofundadas, pois são amplamente reconhecidas como um aspecto fundamental no desenvolvimento das crianças, sendo, por isso, importante reforçar a oferta desse tipo de actividades. Entidades Na prossecução deste objectivo, são fundamentais as intervenções da CMP, do Ministério da Educação, dos Estabelecimentos de Ensino não Superior, dos CEP Capítulo VI - 11 Professores, das Associações de Pais, das Organizações Não Governamentais. Acções Exemplificativas a) Acções de Continuidade Projecto “Xeque-Mate”, uma iniciativa de carácter regular, dirigida às crianças do 1º ciclo do ensino básico, que pretende generalizar a utilização do xadrez como ferramenta para o desenvolvimento das aptidões cognitivas das crianças. Este projecto passou a integrar a actividade física e desportiva no âmbito do plano de Actividades de Enriquecimento Curricular. Como anteriormente referido, o Projecto “Speak Easy” enquanto ferramenta de iniciação precoce a uma língua estrangeira (inglês), implementado desde o ano lectivo de 2002/2003, direccionado aos alunos do 4º ano de escolaridade e alargado aos alunos do 3º ano de escolaridade, no ano lectivo de 2005/2006, que presentemente constitui uma área curricular obrigatória de entre as Actividades de Enriquecimento Curricular. O Programa “Vamos Nadar” direccionado aos alunos do ensino básico, através da disponibilização das piscinas municipais e respectivos monitores, como forma de implementar as actividades de expressão físico-motora, inserido na actividade física e desportiva enquadrada nas Actividades de Enriquecimento Curricular. O Programa “Ténis para Todos” também direccionado aos alunos do ensino básico, levado a cabo nas instalações escolares (recreios) com espaço suficiente e com monitores dos clubes e associações da cidade com esta valência, ainda no âmbito do plano de Actividades de Enriquecimento Curricular, em curso. O Programa de Desporto Escolar implementado pelo Ministério da Educação tem vindo a mobilizar, ano após ano, dezenas de milhares de jovens para a prática da educação física, fomentando também a competição inter-escolas, a competição nacional e a competição internacional. O programa de ocupação dos períodos de férias dos alunos das escolas do 1º ciclo, com um conjunto de actividades de animação desportiva. Esta iniciativa é organizada pelas Juntas de Freguesia e conta com a colaboração da empresa municipal Porto Lazer. A.1.4 – Desenvolver programas e projectos de combate ao abandono, absentismo, saídas antecipadas e insucesso escolar CEP Capítulo VI - 12 Um dos maiores constrangimentos da realidade educativa da cidade do Porto reside nos elevados níveis de abandono, saídas antecipadas e insucesso escolar. Essa situação foi recorrentemente apontada pelos professores das escolas secundárias e Agrupamentos entrevistados, encabeçando a lista dos principais problemas detectados nos alunos ao nível escolar. Vale a pena ter presente os conceitos de abandono escolar e de saída antecipada do sistema de ensino. Por abandono escolar entende-se o total de indivíduos com idades compreendidas entre os 10 e os 15 anos que, num dado momento (habitualmente o censitário), não concluíram o 3º ciclo e não se encontram a frequentar a escola, por cada 100 indivíduos do mesmo grupo etário. Por saída antecipada, o total de indivíduos com idades compreendidas entre os 18 e os 24 anos que não concluíram o 3º ciclo e não se encontram a frequentar a escola, por cada 100 indivíduos do mesmo grupo etário. Os níveis de reprovação dos alunos inquiridos pelo CESOP atingem os 30,1%. Este valor refere-se a alunos que, durante o seu percurso escolar, tenham ficado retidos pelo menos uma vez. Segundo dados do INE, de 2001, o fenómeno do abandono escolar atingia 2,6% da população estudantil do Porto, ao passo que a saída antecipada se situava em 15,6% dos jovens. No que respeita ao insucesso escolar, e com base em dados do Ministério da Educação para o Porto, a taxa de retenção no Ensino Básico foi de 12%, no ano lectivo 1999/2000, e de 35% no ensino secundário. Segundo as Estatísticas da Educação para 2001, as taxas de retenção no ensino público na cidade do Porto são superiores, e em alguns casos bem superiores, às taxas médias a nível do Continente em todos os anos de escolaridade correspondentes ao básico e ao secundário, à excepção do 3º ano. Linhas de Actuação Adopção de medidas de discriminação positiva para escolas situadas em áreas problemáticas. Haverá, contudo, que conjugar esforços e encontrar soluções para que esta discriminação positiva não venha a revelar-se uma estigmatização com reflexos negativos. Essa discriminação positiva encaixa numa lógica que é, aliás, defendida por Marçal Grilo, segundo o qual se deverá “apoiar de forma desigual o que, à partida, é desigual, ou seja, promover apoios diferentes para instituições que têm situações diferentes e que se propõem, muitas vezes, alcançar objectivos CEP Capítulo VI - 13 distintos”2 (GRILO, 2002). Promoção da educação não-formal, que poderá desempenhar um papel importante para contornar os problemas relacionados com o insucesso escolar, o abandono, o absentismo e as saídas antecipadas. Articulação entre os diferentes níveis de ensino, de modo a efectivar a continuidade pedagógica e curricular, como um aspecto que não deve ser descurado no desenvolvimento da actividade das escolas. Reforço de acções de voluntariado que podem, neste âmbito, apoiar os pais e os próprios jovens, contribuindo, simultaneamente, para a criação de capital social. Quanto a este aspecto, afirmamos, com Roberto Carneiro, que “os processos de aprendizagem serão geradores de capital social na exacta medida em que saibam compaginar a iniciativa individual com a colaboração social e comunitária”3 (Carneiro, 2000). Promoção da inserção social e educacional das crianças e jovens em situação de absentismo e abandono escolar, de modo a identificar, acompanhar e caracterizar essas situações e a encontrar soluções adequadas à tipologia dos casos, tendo em conta as respostas existentes. Produção de informação sistemática e actualizada relativamente aos fenómenos do absentismo e do abandono escolar no concelho do Porto. Através da elaboração de estudos, podem fundamentar-se planos municipais de intervenção em matéria de abandono escolar e absentismo, que deverão ser objecto de análise e de tomada de posição por parte do Conselho Municipal de Educação. Entidades O Ministério da Educação, os Estabelecimentos de Ensino não Superior, a CMP, as Associações de Pais, as Juntas de Freguesia, as Associações de Estudantes, o IEFP, os Centros de Formação de Associação de Escolas, o IPJ e as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) terão um papel preponderante a desempenhar neste objectivo. Acções Exemplificativas a) Acções de Continuidade 2 in Marçal Grilo, “Desafios da Educação – Ideias para uma política educativa do século XXI”, Oficina do Livro, 2002 3 in Roberto Carneiro, “2020: 20 Anos para Vencer 20 Décadas de Atraso Educativo” – Síntese do Estudo CEP Capítulo VI - 14 O Programa Aprendizagem, do IEFP, um programa de formação em alternância, oferece a possibilidade de realização de um curso de formação inicial com certificação profissional e equivalência escolar. Estes cursos são dirigidos a jovens com idades compreendidas entre os 15 e os 25 anos, dão equivalência aos 6º, 9º ou 12º anos, e desenvolvem-se em regime de alternância, entre a formação escolar e a formação prática, numa empresa. A generalização da realização de reuniões periódicas entre os Agrupamentos Verticais e as Escolas Secundárias, e entre estas e os Estabelecimentos de Ensino Superior, pode conduzir ao estabelecimento de ligações privilegiadas entre os intervenientes, de modo a construir estratégias de combate ao abandono e ao insucesso escolar. b) Novas Acções Criação de um programa dirigido à população jovem em idade activa com baixos níveis de escolaridade, articulando as necessidades dos mesmos com as ofertas existentes em termos de educação não-formal. Implementação, pelo Ministério da Educação, de medidas tendentes a minorar as taxas de insucesso escolar e de abandono no ensino básico. Assim, já a partir de Janeiro de 2006, os alunos que, no final do primeiro período lectivo, tiverem tido um número de notas negativas que não lhes permita transitar de ano, irão, obrigatoriamente ser sujeitos a um plano de recuperação. Os alunos que, no decurso do segundo período lectivo, revelem dificuldades de aprendizagem que possam comprometer o seu percurso escolar, serão também submetidos a um plano de recuperação. Os planos de recuperação poderão consistir na introdução de pedagogias diferentes na sala de aula, actividades de compensação ou de aulas de recuperação. Os alunos que acabem por ficar retidos no final do ano lectivo, irão beneficiar de um plano de acompanhamento, a ser seguido durante o ano lectivo seguinte. Criação de um observatório centrado nos problemas do abandono escolar e do absentismo. Deste modo, serão possíveis a avaliação e a actualização de diagnósticos, cruzando informação de diferentes proveniências: escolas, Comissões de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ), etc., procurando pontos de convergência e divergência. Este observatório assentará num processo contínuo de recolha/sistematização e análise de informações de carácter qualitativo e quantitativo. Instituição de programas de apoio parental, que funcionassem como uma “Escola CEP Capítulo VI - 15 de Pais” aberta a todos, mas especialmente direccionada aos pais das crianças e jovens em risco, para reforço de algumas competências parentais, para uma melhor relação entre os pais e a escola, e para que os pais reconheçam o seu papel na construção do processo educacional dos filhos. Criação de grupos organizados de entreajuda, onde participem professores, jovens (estudantes motivados que teriam o papel do que se poderá designar como “irmãos mais velhos”) e elementos de serviços sociais locais. As actividades seriam realizadas em regime de voluntariado e ajudariam no combate ao insucesso escolar, integrando socialmente os alunos em risco. As actividades seriam levadas a cabo fora do horário escolar e em instalações que não as do espaço escolar, permitindo que os jovens com dificuldades fossem ajudados por outros jovens, orientados por professores. Implementação dos CASE (Centros de Apoio Sócio Educativo). O Ministério da Educação apresentou, no ano lectivo de 2002/2003, a proposta de criação, a nível nacional, dos CASE. Trata-se de equipas multidisciplinares, compostas por professores, psicólogos, técnicos de serviço social, sociólogos, entre outros, que terão por principal função a articulação directa com todos os estabelecimentos de ensino da área de influência e com a comunidade educativa. Pretende-se, após a avaliação do contexto, uma intervenção sistemática e um acompanhamento aos alunos e jovens dessa comunidade. Servirão, ainda, como elo de ligação entre esses jovens e os diversos recursos da sociedade. Desenvolverão trabalho continuado não só com as crianças e jovens, mas também com os professores e encarregados de educação. A.1.5 – Focalizar a actividade dos serviços municipais nas questões relacionadas com as crianças e os jovens Por todo o mundo, está a disseminar-se uma tendência que se caracteriza pelo crescente protagonismo das necessidades e dos direitos das crianças e dos jovens no planeamento das cidades. Proporcionar bem-estar às faixas etárias mais jovens implica um enfoque muito especial e intencional, por parte de todos os agentes envolvidos no desenvolvimento e implementação de políticas para a cidade. É, pois, importante lançar mão de mecanismos e de canais de comunicação que permitam agilizar os fluxos de informação entre os serviços da CMP, no sentido da optimização dos esforços empreendidos e da definição de acções concertadas. CEP Capítulo VI - 16 Linhas de Actuação A conjugação de esforços ao nível dos vários serviços municipais e entidades participadas, de forma articulada, não pode senão contribuir para a implementação de medidas que permitam à cidade do Porto reforçar a sua vertente de cidade onde as crianças e os jovens se sentem bem. Entidades Está directamente implicada a CMP, nos seus diversos serviços, bem como as entidades participadas. Acções Exemplificativas Adequação dos serviços da CMP aos “tempos” lectivos, apresentando o Projecto Educativo Municipal no início de cada mês de Setembro. Promoção de reuniões periódicas entre os Agrupamentos Verticais, o Departamento Municipal de Educação e Juventude, a empresa municipal Porto Lazer. Criação, no Gabinete do Munícipe, de um “Espaço Jovem” – balcão de atendimento exclusivo para os jovens, que prestaria toda a informação relevante (ex: acesso à oferta de formação, acesso a informação sobre projectos de intercâmbio, acesso a informação sobre equipamentos desportivos municipais, …), e, simultaneamente, receberia propostas por parte dos jovens. A.1.6 – Aumentar o interesse pela língua materna De novo, são os professores entrevistados pelo grupo de trabalho da CEP quem identifica as dificuldades e os fracos desempenhos dos alunos na disciplina de Português. A situação na cidade do Porto reflecte o cenário nacional: 52% dos estudantes portugueses submetidos ao teste de diagnóstico do PISA têm níveis de literacia iguais ou inferiores a 2, na mesma escala de 1 a 5, e 10% dos alunos não atinge o nível 1 e tem grandes dificuldades em usar a informação escrita para adquirir conhecimentos e competências várias. Linhas de Actuação CEP Capítulo VI - 17 “Criar espaços de ouvir, contar, ler, criar, partilhar”, segundo o Projecto Educativo Municipal “Porto de Crianças” . Promoção de hábitos de leitura e de actividades de familiarização com os livros e com os espaços de leitura. Entidades Nas acções a implementar quanto a este objectivo, deverão ser chamadas entidades como o Ministério da Educação, os Estabelecimentos de Ensino não Superior, a CMP, os Professores, os Estabelecimentos de Ensino Superior, as Instituições Culturais da cidade. Acções Exemplificativas a) Acções de Continuidade O programa “Ao Redor da Literatura”, do Projecto Educativo Municipal “Porto de Crianças”, que incorpora projectos como “Os Contadores de Histórias”, onde são abordados os contos populares, jogos, adivinhas e lengalengas. “A Nossa Poesia” vai proporcionar contactos das crianças com poetas e vai fazer com que, elas próprias, sintam e escrevam poesia. As bibliotecas de algumas escolas do 1º ciclo do Porto estão integradas na Rede de Bibliotecas Escolares. A breve trecho, a totalidade das bibliotecas ficará abrangida por essa rede. Abertura das Bibliotecas escolares à comunidade, permitindo que pais, encarregados de educação, cidadãos comuns, possam ter acesso ao espólio documental de cada Biblioteca, sendo-lhes facilitada a respectiva requisição. De destacar, igualmente, o Bibliocarro, que consiste numa biblioteca itinerante, criada em parceria com a STCP, que disponibiliza meios informáticos e uma colecção de documentos organizada em livre acesso para crianças e jovens, servindo diversas zonas da Cidade. b) Novas Acções Implementação do projecto “Porto a ler”, no âmbito do Plano Nacional de Leitura, cujo objectivo é contribuir para o aumento dos níveis de literacia, em particular da população infantil do pré-escolar e do 1º CEB. CEP Capítulo VI - 18 Criação de um programa regular de visitas de poetas e escritores infantis/juvenis às escolas, para um contacto mais próximo com os alunos. Instituição de prémios em várias categorias (conto, poesia, ensaio, texto dramático, texto publicitário, etc.), para escolas do concelho do Porto. Acções de incentivo e promoção da imprensa escolar. A.1.7 – Generalizar e valorizar os bons Projectos Educativos O Projecto Educativo é o documento nuclear da orientação educativa de uma escola. É um instrumento que se projecta no futuro e que visa clarificar o porquê e o para quê de cada uma das actividades escolares, com base no diagnóstico dos problemas e do seu contexto. Tem igualmente o escopo de identificar e rentabilizar os recursos, e de desenvolver métodos e acções para que os objectivos da escola, enquanto instituição educadora, possam ser alcançados. Os Projectos Educativos constituem uma peça fundamental na construção da singularidade de cada escola e da sua cultura organizacional, funcionando como um importante factor agregador de esforços em torno de uma finalidade comum. Das entrevistas realizadas aos Agrupamentos Verticais da cidade do Porto e a algumas escolas do ensino secundário, foi possível retirar a grande importância atribuída aos Projectos Educativos e à sua elaboração, em alguns casos amplamente participada, com recurso, inclusivamente, a inquéritos aplicados a docentes e a funcionários. A CMP solicitou a colaboração da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP) para desenvolver o processo de avaliação externa dos Agrupamentos Verticais da cidade, que teve por base um inquérito respondido por 1.078 professores e educadores. Nas questões relacionadas com a construção dos Projectos Educativos, uma percentagem significativa de docentes não responde (25%) ou não sabe se existe ou não um Projecto Educativo de Agrupamento (15%). Apenas cerca de 26% dos inquiridos afirma que já foi construído o Projecto Educativo de Agrupamento e 34% refere estar ainda a construí-lo. Estes dados, ainda que confinados ao universo dos Agrupamentos Verticais e reportados a 2005, revelam, segundo o relatório da FPCEUP, que os docentes “não estão a conseguir ter um Projecto Educativo de Agrupamento comum”. CEP Capítulo VI - 19 Linhas de Actuação A divulgação e a partilha de boas práticas devem ser impulsionadas, pois se, por um lado, a heterogeneidade de questões que se colocam a uma escola é grande, por outro, os problemas comuns serão inevitavelmente muitos, a pedirem soluções idênticas. Uma das propostas constantes do relatório em que culminou a avaliação externa doa Agrupamentos Verticais do Porto, levada a cabo pela FPCEUP, está relacionado com a identificação de situações e problemas existentes, para que se “reavaliem continuamente essas conhecimento, se situações organizem e problemas estratégias de e que, acção em que função desse comprometam professores/educadores, alunos, funcionários, encarregados de educação e outros agentes da comunidade”. Entidades Desempenharão um papel fundamental na prossecução deste objectivo a CMP, o Ministério da Educação, os Professores, os Estabelecimentos de Ensino não Superior, os Centros de Formação de Associação de Escolas. Acções Exemplificativas a) Acções de Continuidade Banco de Experiências Pedagógicas (BEP), que compreende a concepção, produção e manutenção de um Web site que transmita iniciativa, imaginação e interactividade, seja um ponto de confluência sobre temas de interesse para os utilizadores e se constitua como uma ferramenta de divulgação e fornecimento de informação pedagógica, de referência nacional. b) Novas Acções Atribuição de prémios às escolas, no âmbito das boas práticas pedagógicas, de gestão escolar, etc., contribuindo, assim, para o reconhecimento e visibilidade do desempenho das escolas, e para a promoção de uma cultura de estímulo da excelência e do mérito. A.1.8 – Melhorar a formação dos educadores e professores, através da formação contínua, numa perspectiva de aprendizagem ao longo da vida CEP Capítulo VI - 20 Este objectivo reveste-se de um particular significado no sentido da promoção da qualidade e da eficácia dos sistemas de educação e de formação. De facto, o sucesso das reformas preconizadas nas áreas da educação e da formação dependem, em grande medida, da motivação e da qualidade do corpo docente, conforme foi dado a conhecer no relatório conjunto do Conselho e da Comissão Europeia intitulado Education & Training 2010: the success of the Lisbon strategy hinges on urgent reforms. Os professores e os formadores foram, desde sempre, um dos mais importantes interfaces entre os indivíduos e a sociedade, desempenhando um papel crucial na transmissão do conhecimento e dos valores culturais. No entanto, as transformações económicas e sociais que ocorrem por via da “revolução do conhecimento” exigem respostas rápidas e complexas ao corpo docente. Os requisitos ao nível do perfil de competências de um professor alteraram-se, nomeadamente no que concerne às TIC. Os docentes devem ser preparados para a evolução das suas funções numa “sociedade baseada no conhecimento”. Nos inquéritos efectuados pelo CESOP, um dos aspectos mais valorizados quer pelos alunos, quer pelas suas famílias, foi a qualidade dos recursos humanos da escola, onde, claramente, se incluem os professores. O próprio corpo docente das escolas entrevistadas pelo grupo de trabalho da CEP aponta a sólida formação académica dos professores como uma das principais características de uma escola de qualidade. Linhas de Actuação A actuação a este nível passa pela realização de cursos, workshops, seminários, etc., dirigidos aos professores e abarcando áreas que vão ao encontro das suas necessidades de formação. Entidades As entidades com responsabilidades no quadro deste objectivo são o Ministério da Educação, os Estabelecimentos de Ensino Superior, a CMP e os Centros de Formação de Associação de Escolas. Acções Exemplificativas a) Acções de Continuidade CEP Capítulo VI - 21 A Universidade do Porto e os Centros de Formação de Associação de escolas vêm desenvolvendo actividades nesta matéria, nomeadamente na vertente da oferta de cursos para docentes. O Projecto Educativo Municipal “Porto de Crianças” integra uma rubrica relativa à formação, que se traduz em acções de formação acreditada sobre diversos temas, dirigida a educadores e docentes do pré-escolar e dos 1º e 2º ciclos, e de formação não-acreditada para docentes, auxiliares de acção educativa e outros parceiros educativos. b) Novas Acções É importante reforçar parcerias entre a CMP e os Centros de Formação, bem como incrementar a formação de educadores dos Jardins-de-Infância e de professores das Escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico na área das Necessidades Educativas Especiais. As novas medidas propostas pelo Ministério da Educação, e que vão no sentido de que uma parte significativa da formação que cada docente frequenta deva ser na sua área de docência, contribuirá para um melhor desempenho profissional. A.1.9 –Reforçar a coesão interna dos Agrupamentos Verticais de Escolas Uma das razões que esteve na base da opção política da constituição dos Agrupamentos Verticais de escolas foi a sequencialidade na formação básica. De facto, de acordo com a legislação ao abrigo da qual foram constituídos os Agrupamentos Verticais, pretende-se, com este modelo de organização, reforçar e potenciar “as articulações entre a educação pré-escolar e os ciclos do ensino básico, como estratégia orientada para a melhoria da educação”. O trabalho já referido de avaliação externa dos Agrupamentos Verticais da cidade, da FPCEUP, revela, no entanto, algumas deficiências ao nível da articulação entre as escolas dos Agrupamentos Verticais, desde logo no que diz respeito à construção dos Projectos Educativos de Agrupamento. São identificadas pelos professores inquiridos algumas razões que podem justificar a não existência de um elo de ligação entre as escolas de um mesmo Agrupamento, como sejam a dispersão espacial dos estabelecimentos de ensino, o aumento da burocracia gerado pelo novo modelo ou a falta de planificação. Por outro lado, os docentes apontam lacunas ao nível da cooperação e da CEP Capítulo VI - 22 comunicação dentro do Agrupamento. Segundo o relatório da FPCEUP, “ os professores comunicam pouco para realizarem actividades conjuntas, para articularem procedimentos, para desenvolverem processos de articulação curricular, para avaliarem situações de aprendizagem ou para se envolverem em projectos comuns”. Não obstante o cenário traçado, a FPCEUP considera, no entanto, que “a existência de reuniões entre docentes e até a necessidade de serem estruturados alguns documentos legais cria oportunidades para a existência de dinâmicas de comunicação”. Linhas de Actuação Será necessário promover a criação de outras oportunidades de interacção comunicacional que não apenas as que são desencadeadas pelos imperativos externos. Haverá que fomentar as “iniciativas internas e voluntárias”. Também importante será incentivar uma participação mais ampla dos docentes no funcionamento global do Agrupamento, estimulando, o desenvolvimento do espírito de equipa. Entidades Estarão envolvidos neste objectivo os Estabelecimentos de Ensino, os Professores, o Ministério de Educação e a CMP. Acções Exemplificativas Promoção de iniciativas comemorativas de datas, sessões de partilha de actividades realizadas, etc. Diversificação dos canais de divulgação interna de informações, iniciativas, etc. A.1.10 – Requalificar a rede do 1º Ciclo do Ensino Básico De acordo com a legislação em vigor, as competências dos órgãos municipais em matéria de educação passam por planear e gerir os equipamentos educativos, nomeadamente no que respeita à construção, apetrechamento e manutenção dos estabelecimentos de educação pré-escolar e do 1º ciclo do ensino básico. Na cidade do Porto existem 55 Escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico e 53 JardinsCEP Capítulo VI - 23 de-Infância, da responsabilidade da CMP. Esta responsabilidade é relativa aos edifícios (recuperação e manutenção), aos equipamentos (manutenção e aquisição), aos refeitórios e alimentação das crianças e a auxiliares de acção educativa (exclusivamente para e educação pré-escolar) Nas entrevistas aos Agrupamentos Verticais da cidade, foram referidas, por diversas vezes, deficiências existentes ao nível das infra-estruturas dos edifícios. Quer as famílias quer os alunos inquiridos pelo CESOP foram unânimes em sublinhar a importância das instalações como aspecto positivo e negativo na apreciação global da escola, e como característica de uma escola de qualidade. Linhas de Actuação Estabelecimento de um plano de intervenção/manutenção ao nível das EB1, tendo por base um levantamento dos problemas existentes. Entidades São entidades responsáveis a CMP, as Juntas de Freguesia e a Empresa Municipal Domus Social. Acções Exemplificativas a) Acções de Continuidade Projecto “Escola Viva”, que compreende um plano de requalificação das Escolas do 1º CEB, bem como a manutenção do parque escolar (EB1 e JI). Plano de intervenção para a eliminação de barreiras arquitectónicas. b) Novas Acções Plano de manutenção programado. Trata-se de uma calendarização anual de visitas a todos os estabelecimentos de ensino, por parte de técnicos da Domus Social e que visa a manutenção preventiva: tomar conhecimento de todas as intervenções necessárias e agir em conformidade, no mais curto espaço de tempo possível. No arranque de cada ano lectivo, os estabelecimentos de ensino deverão ser informados dessa visita, devendo colaborar no sentido de ser feita a identificação de situações a resolver. Plano de requalificação dos recreios escolares na sequência do estudo de CEP Capítulo VI - 24 caracterização a cargo da Universidade do Minho. A.1.11 – Garantir condições de segurança na escola e na sua envolvente As questões relacionadas com a segurança, dentro da escola e no espaço envolvente, despertam preocupações nos alunos, nas famílias e nos professores. Linhas de Actuação Fomento de atitudes de prevenção e adopção de posturas e de regras de segurança. Entidades Actuam, neste âmbito, a CMP, a Prevenção Rodoviária Portuguesa, a PSP, a Protecção Civil, os Bombeiros e os Estabelecimentos de Ensino não Superior. Acções Exemplificativas a) Acções de Continuidade O projecto “Ao Redor da Segurança” proporciona sessões de formação para alunos e professores, visitas guiadas ao quartel dos bombeiros e simulacros nas escolas. O programa “Escola Segura” da PSP visa garantir as condições de segurança da população escolar, ao mesmo tempo que promove comportamentos de segurança escolar, através da vigilância das escolas e espaços envolventes, do policiamento dos percursos habituais de acesso às escolas e de acções de sensibilização junto da população escolar. Distribuição de panfletos informativos junto dos alunos, dos pais e dos professores, onde sejam divulgados conselhos de segurança. Elaboração e entrega, a todos os estabelecimentos de ensino, do respectivo Plano de Emergência. Posteriormente a esta entrega, desenvolvimento de trabalho em articulação com os responsáveis de cada Escola, no sentido de os preparar para uma rápida intervenção em caso de risco. Realização periódica de simulacros, com vista a pôr em prática os Planos de CEP Capítulo VI - 25 Emergência. b) Novas Acções Como meio de, simultaneamente, promover o encontro inter-geracional e a prevenção de acidentes rodoviários, poderia adoptar-se um programa de “patrulheiros” junto dos estabelecimentos de educação pré-escolar e do ensino básico situados nas proximidades das artérias com maior fluxo de trânsito. Trabalho em articulação com a Prevenção Rodoviária Portuguesa, implementando um conjunto de iniciativas que promovam, junto dos alunos e junto dos pais, comportamentos de cidadania e de cumprimento das regras rodoviárias. De modo a tornar mais seguro o percurso que as crianças tomam de casa para a escola e da escola para casa, podem ser criadas redes pedonais. Haverá paragens em locais pré-definidos que servem como pontos de encontro, onde as crianças devem esperar por um monitor (reformados, desempregados, alunos mais velhos) que os acompanhará ao seu destino. Eixo 2: Permitir o acesso de todos à educação e à formação A.2.1 – Tornar a aprendizagem mais atractiva para os jovens que estão no sistema de ensino, incentivando-os a prosseguir a sua formação para além da escolaridade obrigatória A conclusão do ensino secundário é cada vez mais importante, não apenas para uma inserção mais fácil no mercado de trabalho, mas também porque proporciona aos jovens o acesso a oportunidades de aprendizagem e formação oferecidas pelo ensino superior e pós-universitário. Torna-se, por isso, urgente encontrar meios de encorajar os jovens a ponderar a possibilidade de prosseguirem os estudos como uma alternativa viável ao ingresso no mercado de trabalho. Um dos desígnios da sociedade do conhecimento é “dotar a generalidade da população portuguesa (...) de um nível secundário completo de conhecimentos”4 (Carneiro, 2000). Os elevados níveis de retenção e de abandono no ensino secundário registados na cidade do Porto (a taxa de retenção no 10º ano do ensino público atingiu 46% no ano lectivo 2000/01) devem ser debelados. 4 in Roberto Carneiro, “2020: 20 Anos para Vencer 20 Décadas de Atraso Educativo” – Síntese do Estudo CEP Capítulo VI - 26 Linhas de Actuação Forte aposta no tecido empresarial, de forma a alertar e cativar no sentido da contratação de activos qualificados. A mais-valia da qualidade justificará essa aposta. Uma maior proximidade e articulação entre os sistemas de educação formal e de formação profissional, rentabilizando recursos e actividades. Entidades Contribuirão para alcançar este objectivo a CMP, o Ministério da Educação, os Estabelecimentos de Ensino não Superior, os Estabelecimentos de Ensino Superior, os Professores, as Empresas, o IEFP. Acções Exemplificativas a) Acções de Continuidade A “Universidade Júnior”, um projecto da Universidade do Porto, pode estimular os jovens a prosseguir os estudos pós-escolaridade obrigatória e mesmo póssecundários. A Bolsa de Experiências Pedagógicas pode, também aqui, desempenhar um importante papel, ao dotar os professores de um manancial de ideias que podem ser aproveitadas como instrumentos para fazer da aprendizagem um processo cativante para os jovens. Os Cursos de Educação-Formação destinam-se a jovens e adultos, dos 15 aos 25 anos, em risco de abandono escolar, ou que já abandonaram o sistema de ensino, antes da conclusão da escolaridade de 12 anos, bem como àqueles que, após conclusão do 12º ano de escolaridade, pretendem adquirir uma qualificação profissional para ingresso no mercado de trabalho. Estes cursos visam a aquisição das competências escolares, técnicas, sociais e relacionais, correspondentes a uma qualificação profissional de nível 1, 2 ou 3, associada à equivalência ao 6º, 9º ou 12º ano de escolaridade, respectivamente. Cabem neste âmbito, igualmente, os cursos de formação em alternância. b) Novas Acções CEP Capítulo VI - 27 Instalação de quadros interactivos em algumas escolas–piloto. Para além de potenciar a apetência que as crianças têm pelas novas tecnologias, esta experiência contribui certamente para tornar a aprendizagem mais rica e atractiva. Os quadros interactivos (smart boards) substituem os quadros tradicionais na sala de aula, e são accionados com um simples toque, permitindo trabalhar com um vasto número de aplicações multimédia, tal como um computador, revolucionando completamente o processo de ensino. Cooperação entre empresas e escolas. O tecido empresarial, numa estratégia de aposta forte na qualidade da Educação, aceitou colaborar directamente com os Agrupamentos Verticais de Escolas do Porto, através de um acompanhamento dos resultados escolares, do apoio à gestão e da implementação de outras medidas que vierem a ser consideradas necessárias. Para o efeito foram celebrados protocolos de cooperação entre os 17 Agrupamentos e 17 empresas do Porto, das mais prestigiadas, na base da partilha de responsabilidades pelo sucesso e pela qualidade da educação. Reforço do ensino profissional nas escolas secundárias públicas. É sabido que a população escolar está a decrescer e que na cidade do Porto há estabelecimentos de ensino sobredimensionados, principalmente no que diz respeito a algumas escolas secundárias da rede pública. A recente iniciativa do Ministério da Educação de diversificar a oferta formativa proporcionada pelas escolas secundárias, através da introdução de novos cursos do ensino profissional, constitui uma das soluções para o reforço da articulação entre o sistema de ensino e o de formação profissional que, no caso do Porto, beneficiará do aproveitamento dos recursos físicos das grandes escolas secundárias públicas da cidade e das competências existentes em determinadas áreas profissionais. A proximidade e a convivência diária dos jovens com a realidade da formação profissional poderão incentivá-los a optar por essa via. A.2.2 – Generalizar a frequência da educação pré-escolar A educação pré-escolar constitui um elemento fundamental para a formação dos mais novos, uma vez que, para além de ajudar o desenvolvimento da criança como pessoa, assegura a aprendizagem da vida em comum, da partilha de espaços, da socialização, das regras de comunicação. Por outro lado, é nos Jardins-de-Infância que as crianças se iniciam nos mundos da ciência e da cultura e na própria aquisição dos instrumentos de conhecimento, segundo procedimentos adequados às suas idades. Na cidade do Porto registam-se baixas taxas de pré-escolarização, com especial CEP Capítulo VI - 28 incidência nas freguesias do Centro Histórico e de Campanhã, com valores inferiores a 50%. É, pois, importante disseminar a frequência deste nível de ensino que constitui uma mais-valia essencial para a formação, especialmente das crianças oriundas dos meios socio-económicos desfavorecidos, que não usufruem de um ambiente familiar culturalmente estimulante. Linhas de Actuação Como anteriormente foi referido, é atribuída à CMP, por lei, a competência para construir, apetrechar e proceder à manutenção dos estabelecimentos de educação pré-escolar. A CMP tem a seu cargo um total de 52 estabelecimentos deste tipo, estando 38 deles a funcionar em EB1. Deve, assim, orientar-se a actuação do município no sentido do alargamento e requalificação da rede de Jardins-deInfância. De capital importância é a divulgação do papel chave da educação pré-escolar junto da comunidade educativa, em particular dos pais das crianças. Impõe-se, igualmente, uma revisão dos horários dos Jardins-de-Infância que integram as EB1, sendo desejável que o horário de funcionamento destes estabelecimentos fosse alargado. Entidades O Ministério da Educação, os Estabelecimentos de Ensino não Superior, as Juntas de Freguesia, as IPSS, a CMP e a Segurança Social podem desempenhar um papel decisivo. Acções Exemplificativas a) Acções de Continuidade Dotação dos JI da rede pública com software educativo multimédia. b) Novas Acções Criação de novos JI e aumento, quando possível e necessário, das salas de actividade dos actuais, no âmbito da proposta de reordenamento da rede escolar. Dinamização de campanhas de sensibilização junto do público-alvo. CEP Capítulo VI - 29 A.2.3 – Prestar informações, aconselhamento e orientação sobre os tipos de aprendizagem disponíveis A falta ou insuficiência de informação adequada e pertinente acerca de opções e/ou percursos educativos ou formativos é frequentemente assinalada por professores, pais e alunos. De acordo com o relatório conjunto do Conselho e da Comissão Education & Training 2010: the success of the Lisbon strategy hinges on urgent reforms, o papel, a qualidade e a coordenação dos serviços prestadores de informação e de orientação devem ser reforçados, de modo a habilitarem as pessoas a gerirem a sua aprendizagem, facilitando-lhes não só o acesso como também a progressão numa diversidade de possibilidades de aprendizagens e de percursos profissionais. Linhas de Actuação Disponibilização de informação através de diversos meios, nomeadamente por via do reforço das estruturas existentes direccionadas para a prestação de apoio e orientação vocacional. Entidades O Ministério da Educação, a CMP, o IEFP, o IPJ, os Estabelecimentos de Ensino não Superior, as Associações de Pais, as Associações de Estudantes, as Juntas de Freguesia e as IPSS podem actuar no sentido de cumprir este objectivo. Acções Exemplificativas a) Acções de Continuidade Organização periódica de Feiras de Cursos, à semelhança do que acontece com a Feira dos Cursos Profissionais. b) Novas Acções Consolidação e desenvolvimento do projecto recentemente criado denominado “Cidade das Profissões”, da responsabilidade da Associação Porto Digital. Este projecto irá colmatar muitas das lacunas a este nível tendo definido, para o efeito, um plano de acção, em articulação estreita com a DREN, vocacionado para prestar apoio às escolas e aos alunos, em particular do 3º CEB, de modo a facultar-lhes a informação necessária sobre diferentes percursos profissionais e académicos. CEP Capítulo VI - 30 Criação de um portal online com todas as informações acerca de cursos, planos de estudos, ofertas formativas das escolas do Porto, etc. Implementação dos CASE (Centros de Apoio Sócio-Educativo) do Ministério da Educação. Integral cobertura dos estabelecimentos de ensino (sedes dos Agrupamentos Verticais de Escolas e Escolas Secundárias), com Serviços de Psicologia e Orientação, com a dimensão adequada às necessidades existentes. Criação, no Gabinete do Munícipe, de um “Espaço Jovem” – balcão de atendimento exclusivo para os jovens, que prestaria toda a informação relevante, conforme já anteriormente mencionado. A.2.4 – Reforçar a acção social Não raras vezes, o percurso escolar é abandonado em favor de uma actividade laboral que permita auferir rendimentos que componham o orçamento familiar. À possibilidade tentadora de ingressar no mercado de trabalho, junta-se a falta de condições que permitam a muitos jovens continuarem a frequentar a escola. É amplamente defendido que a escola tem um importante papel activo a desempenhar na (re)integração social das pessoas, o que é secundado por duas ordens de razão: - Para muitas crianças e jovens que vivem em ambientes marcados pelo desemprego de longa duração, pela toxicodependência e pela desestruturação social, a escola surge como o único local de acolhimento condigno; - A escola pode ser um lugar de intervenção directa nos problemas de exclusão social, não só por via dos inegáveis contributos do ensino e da aprendizagem em si, mas por via do apoio social, que visa ultrapassar os constrangimentos com que as famílias, sobretudo as mais carenciadas, se debatem no seu dia-a-dia. As políticas educativas que se assumem como meio privilegiado de promoção da coesão social, devem funcionar com base em objectivos, entre eles a criação de incentivos sociais. A própria legislação atribui aos municípios algumas competências em matéria de acção social escolar. Na cidade do Porto regista-se um elevado número de famílias carenciadas, situação que é acompanhada pela existência de grandes discrepâncias intraCEP Capítulo VI - 31 urbanas do ponto de vista sócio-económico. Linhas de Actuação Insistir na disseminação de apoios aos alunos, particularmente aos mais carenciados, nomeadamente ao nível da saúde, dos transportes, do material escolar, da alimentação, do acesso a equipamentos municipais, etc. Entidades São aqui chamadas a CMP, o Ministério da Educação, a Segurança Social, a Administração Regional de Saúde (ARS), a STCP e a Metro do Porto. Acções Exemplificativas a) Acções de Continuidade Divulgação de todo o tipo de informação útil para que os interessados usufruam dos apoios a que tenham direito. Prestação de apoios sociais por parte do município do Porto, no exercício das suas competências em matéria de acção social escolar ao nível dos auxílios económicos (atribuindo subsídios para aquisição de material escolar) e da alimentação (garantindo a gratuitidade das refeições ou comparticipando 50% do seu valor), para alunos carenciados que frequentem Jardins-de-Infância e Escolas do 1º Ciclo. Concepção de programas de prevenção e combate de dependências (álcool, tabaco, drogas) e doenças (tuberculose, SIDA, etc.). b) Novas Acções Redução do preço dos transportes públicos para crianças e jovens, pela introdução de um “Passe Estudante”. Promoção de protocolos com as entidades competentes na área da saúde, nomeadamente com as Escolas Superiores de Medicina, no sentido de se efectuarem rastreios de saúde. Eixo 3: Abrir ao mundo exterior os sistemas de educação e formação A.3.1 – Reforçar as ligações com o mundo do trabalho, a investigação e a sociedade em geral CEP Capítulo VI - 32 É reconhecida a necessidade de os estabelecimentos de ensino e de formação estabelecerem ligações com o mundo do trabalho: os estágios são valiosos, porquanto aumentam a capacidade de inserção profissional e oferecem uma visão do mundo do trabalho; os contactos com os empregadores fornecem perspectivas importantes acerca das necessidades em matéria de competências; etc. É fundamental que a sociedade se interesse mais pelos sistemas de educação e de formação, devendo estes retirar os proveitos dessa participação, em termos de motivação dos alunos e de abertura de novas perspectivas nas escolas. As ligações em causa podem ser de índole financeira, já que o investimento conducente à sociedade do conhecimento deve traduzir-se, também, numa mobilização eficaz dos recursos financeiros. A contribuição do sector privado nas áreas da educação e da formação deve ser incentivada, de modo a que os seus investimentos reflictam a partilha de responsabilidades entre os sectores público e privado. Roberto Carneiro defende que “deverão ser criadas parcerias de aprendizagem entre escolas, centros de formação, firmas e unidades de investigação para o seu benefício mútuo”5 (Carneiro, 2000). Linhas de Actuação Em termos gerais, o objectivo poderá concretizar-se através da cooperação entre os sistemas de educação e de formação e a sociedade. Impõe-se o estabelecimento de parcerias entre todos os tipos de instituições de educação e de formação, empresas e organismos de investigação. Os “partenariados alargados entre escolas, centros de formação, empresas e unidades de investigação “ são um dos “ingredientes capitais de uma Sociedade Educativa”6 (Carneiro, 2000). Promoção de intercâmbios entre escolas e entre escolas e organismos de investigação. Entidades Este eixo, em todos os seus objectivos, representa o espaço mais abrangente, 5 6 in Roberto Carneiro, “2020: 20 Anos para Vencer 20 Décadas de Atraso Educativo” – Síntese do Estudo idem, ibidem CEP Capítulo VI - 33 em termos de participação de todos os quadrantes da sociedade. Com efeito, estão envolvidos a CMP, o Ministério da Educação, a PSP, a Segurança Social, os Estabelecimentos de Ensino não Superior, as Associações de Estudantes, as Empresas, os Estabelecimentos de Ensino Superior, as IPSS, as Juntas de Freguesia, as Associações de Pais, a ARS, o IEFP, os Centros de Formação de Associação de Escolas. Acções Exemplificativas a) Acções de Continuidade Os laboratórios de alguns estabelecimentos de ensino da cidade são mantidos por estabelecimentos de ensino superior. Reforçar a realização de estágios profissionais e/ou académicos, em contexto escolar. O Projecto Faraday, referido no ponto A.1.1, e o apadrinhamento de escolas por parte das empresas (ponto A.2.1) são acções que também têm cabimento neste objectivo. A.3.2 – Reforçar a ligação entre a escola e a comunidade local Este objectivo terá uma forte componente de continuidade. Nas entrevistas realizadas aos Agrupamentos Verticais do Porto, muitas foram as escolas que referiram manter uma relação próxima com outras instituições, como associações desportivas e culturais, juntas de freguesia, centros de saúde, bibliotecas, paróquias, etc. A relação que a escola estabelece com a comunidade envolvente será, sem dúvida, precursora de um ambiente de convivência saudável, que poderá resultar em simbioses que ajudem a contornar certas dificuldades, entre as quais o estigma instalado em muitas famílias relativamente à escola e, inclusivamente, a insegurança. Portugal é, tradicionalmente, um país de emigrantes. A diáspora lusa chegou aos quatro cantos do mundo, fruto dos Descobrimentos e dos movimentos migratórios da década de 60 do século passado. Nunca foi, portanto, um destino de eleição para grandes fluxos migratórios de sentido contrário. Com efeito, o nosso País não conheceu, ainda, fenómenos de imigração em massa, mas as comunidades imigrantes começam já a ser numericamente significativas. A cidade do Porto CEP Capítulo VI - 34 também reflecte essa realidade. A escola é, neste contexto, um dos espaços privilegiados para a integração cultural e social das comunidades migrantes. A corroborar esta ideia, refira-se uma Resolução aprovada em Outubro de 2005 pelo Parlamento Europeu, que sublinha o papel da escola neste âmbito. Linhas de Actuação Intensificação das acções de fomento da cooperação com as associações locais. Disponibilização do espaço físico das escolas para outros fins que não aqueles para os quais se destina primordialmente. Disponibilização dos recursos existentes, tanto ao nível físico como humano, para responder às necessidades da comunidade. Reforço da integração social e cultural das comunidades migrantes. Entidades Uma vez mais, serão envolvidas a CMP, o Ministério da Educação, a PSP, a Segurança Social, os Estabelecimentos de Ensino não Superior, as Associações de Estudantes, as Empresas, os Estabelecimentos de Ensino Superior, as IPSS, as Juntas de Freguesia, as Associações de Pais, a ARS, o IEFP, a Agência Nacional de Educação e Formação de Adultos (ANEFA), os Centros de Formação de Associação de Escolas, o Centro de Recursos Educativos Municipais (CREM). Acções Exemplificativas a) Acções de Continuidade Fomento do Projecto de Multiculturalidade, onde já participam o Centro de Recursos Educativos Municipal, o Instituto Orff, a Associação de Ludotecas do Porto/Estúdio de Cinema de Animação da Associação de Ludotecas do Porto (ANILUPA), a EB1 do Fujacal (Braga) e a EB1 do Viso (3º ano de escolaridade). b) Novas Acções Aproveitamento das instalações das escolas do 1º ciclo para se ministrar o ensino recorrente. Acreditação de escolas como centros de Novas Oportunidades. O saber meramente académico, suportado em certificados de habilitações, traduz-se no garante do CEP Capítulo VI - 35 “simples” cumprimento de escolaridade. A experiência profissional, a experiência de vida, o empenhamento em aquisições informais de “saber” não são, normalmente, reconhecidos nem validados. Os processos de reconhecimento, validação, e certificação de competências começam a ganhar o seu lugar na sociedade portuguesa, com particular ênfase na cidade do Porto, através do Projecto “Somar Saberes no Porto”. Propõe-se que às Escolas seja atribuída a sua quota-parte de responsabilidade, proporcionando-lhes também competência para validar, reconhecer e certificar os “saberes somados no Porto”. Preparação de programas continuados de promoção da saúde, com estreita articulação entre os Estabelecimentos de Ensino e os Centros de Saúde, incidindo sobre temas como a alimentação, o tabagismo, a droga, o álcool, etc. Neste âmbito, a formação de professores e de outros profissionais dos Estabelecimentos de Ensino na área da saúde pública é uma das vertentes em que se deverá actuar. Realização de actividades culturais e de prática desportiva no espaço escolar, abertas a toda a comunidade e com a participação activa desta. Cedência de instalações para dinamização de Actividades de Tempo Livre. Leccionação, nas escolas, de cursos de Português para imigrantes. Realização da “Festa das Comunidades”, um evento a ter lugar anualmente, nas escolas, e que terá por objectivo divulgar as diferentes culturas e aproximá-las dentro da sua heterogeneidade. Instituição de um prémio de mérito aos alunos das comunidades migrantes, que poderá consistir numa viagem ao país de origem. A.3.3 – Fomentar aprendizagens de cidadania e de democracia A escola é o local de confluência e, simultaneamente, de disseminação de saberes, mas também de atitudes enformadoras da comunidade. À escola deve reconhecer-se um papel educador, no sentido mais amplo do termo: veiculando conhecimentos e transmitindo os valores da civilização, da cidadania e da democracia, que são, afinal, os valores matriciais da nossa sociedade. As crianças e os jovens vivem hoje uma realidade complexa, a muitos níveis, que lhes lança inúmeros desafios. A este propósito, afirma Roberto Carneiro: “No drama social quotidiano, educa-se para a justiça e para a solidariedade. Na CEP Capítulo VI - 36 contextura política da cidade e nas suas contradições de poder, aprofunda-se o apego à liberdade e à democracia como valores perenes. No confronto com a diversidade, educa-se para a descoberta do diferente e para o respeito com o outro. Na voracidade do consumo, forma-se para discernir entre o necessário e o supérfluo. Perante a multiplicação da violência, conquistam-se corações para a paz”7 (Carneiro, 2000). A escola não pode demitir-se de contribuir para a formação destes cidadãos, sujeitos dos direitos e dos deveres de uma polis civilizada. As próprias famílias reconhecem à escola esse papel fundamental: 49,1% dos pais inquiridos consideram a escola importante para que os seus filhos sejam cidadãos participativos. Plasmada no Decreto-Lei nº 6/2001, de 18 de Janeiro, está a necessidade de a escola assumir uma actuação privilegiada na educação para a cidadania. Esse diploma integra a educação para a cidadania como princípio orientador, com carácter transversal em todas as áreas curriculares. Linhas de Actuação Como corolário, a actuação passará pelo desenvolvimento da consciência democrática e de atitudes cívicas e de cidadania. Entidades De novo a CMP, o Ministério da Educação, a PSP, a Segurança Social, os Estabelecimentos de Ensino não Superior, as Associações de Estudantes, as Empresas, os Estabelecimentos de Ensino Superior, as IPSS, as Juntas de Freguesia, as Associações de Pais, a ARS, o IEFP, os Centros de Formação de Associação de Escolas. Acções Exemplificativas a) Acções de Continuidade O Projecto Educativo Municipal “Porto de Crianças” desenvolve o programa “Ao Redor da Educação para a Cidadania”, que integrou nos últimos anos acções como “Políticos por um Dia” (cujo objectivo é promover a participação das crianças na construção de uma cidade melhor, através de debates moderados por Vereadores da CMP ou Presidentes de Juntas de Freguesia), ou “A Sida e a Criança” (seminários orientados por equipas de especialistas na abordagem do tema). 7 in Roberto Carneiro, “Educação para a Cidadania e Cidades Educadoras”, 2000 CEP Capítulo VI - 37 b) Novas Acções Participação de crianças e jovens em iniciativas do tipo “Encontros com o Presidente”. Promoção de iniciativas que visem a participação efectiva das crianças e dos jovens na discussão dos assuntos da vida pública que lhes digam directamente respeito, como, por exemplo, Educação, Desporto e Lazer, Ambiente, etc. (dar voz aos jovens). A.3.4 – Valorizar a partilha inter-geracional de experiências e de conhecimentos A partilha de experiências entre as diferentes gerações tem vindo a ser defendida como um dos meios para desenvolver relações de respeito mútuo e aprendizagens conjuntas. Enquanto as gerações mais jovens aprendem e as mais velhas descobrem, vão-se ultrapassando barreiras e criando cumplicidades, promovendo o enriquecimento do capital humano e abrindo o caminho da coesão social. Linhas de Actuação Promoção do diálogo e da realização de actividades conjuntas entre as diferentes gerações. Entidades Uma vez mais, a CMP, o Ministério da Educação, a PSP, a Segurança Social, os Estabelecimentos de Ensino não Superior, as Associações de Estudantes, as Empresas, os Estabelecimentos de Ensino Superior, as IPSS, as Juntas de Freguesia, as Associações de Pais, a ARS, o IEFP, os Centros de Formação de Associação de Escolas. Acções Exemplificativas a) Acções de Continuidade Programa “Ao Redor do Intercâmbio Geracional”, do Projecto Educativo Municipal. Estão aqui compreendidas acções como “Histórias vividas acerca do Porto” ou CEP Capítulo VI - 38 “Experiências de Vida”. b) Novas Acções A acção referente aos “Patrulheiros”, mencionada como Nova Acção do Objectivo Intermédio 1.11, tem também cabimento como acção propiciadora do intercâmbio geracional. B – Objectivos e propostas recomendados no âmbito da CEP Eixo 1: Aumentar a qualidade e a eficácia dos sistemas de educação e de formação B.1.1 – Reforçar a autonomia das escolas De acordo com um estudo da rede europeia Eurydice, intitulado “Os Números Chave da Educação na Europa – 2005”, Portugal figura entre os países onde as escolas têm menos autonomia, uma vez que a maior parte das decisões continua centralizada no Ministério da Educação. Pode afirmar-se que a questão mais suscitada pelos professores, aquando da ronda de entrevistas efectuada aos Agrupamentos Verticais, prendia-se com a autonomia das escolas, sob diferentes prismas: - Um dos problemas identificados quanto ao pessoal docente residia na acentuada rotatividade dos professores, relacionada com a falta de autonomia para contratar esses profissionais, e que prejudica o bom funcionamento das escolas e, consequentemente, o rendimento dos alunos (refira-se, a este propósito, que uma das medidas do ME, destinada a promover a estabilidade do corpo docente, em vigor desde este ano lectivo de 2006/2007, diz respeito à celebração de contratos plurianuais com os professores, que deste modo permanecem na mesma escola durante 3 anos); - No que diz respeito aos recursos financeiros, apontaram-se dificuldades de gestão dos orçamentos por falta de autonomia na afectação dos recursos; - Uma das características que deveria marcar a escola de futuro, a escola de qualidade, seria uma maior autonomia ao nível da gestão global. Linhas de Actuação Fomento da frequência de cursos de gestão e de administração escolar: uma maior autonomia só poderá alcançar-se com lideranças fortes e de qualidade. CEP Capítulo VI - 39 Alargamento do quadro de competências dos órgãos de gestão das escolas. Entidades Assumem aqui responsabilidades o Ministério da Educação, os Estabelecimentos de Ensino não Superior, os Estabelecimentos de Ensino Superior. Acções Exemplificativas Criação de “bolsas de professores” nas escolas, de modo a que se possa dar continuidade aos projectos iniciados. Trata-se da possibilidade de as escolas poderem contratar directamente um conjunto restrito de professores para a implementação de novos projectos tendentes a assegurar a diversificação da oferta educativa e formativa. Criação de parcerias entre estabelecimentos de ensino superior e outras instituições, possuidoras de know-how na área do ensino à distância, com o objectivo de oferecer respostas cabais às necessidades de formação especializada das equipas de gestores de educação. De facto, a formação à distância parece ser a solução mais adequada ao perfil do público-alvo: profissionais em exercício, com horários de trabalho alargados e geograficamente dispersos. Reforço dos contratos de autonomia com estabelecimentos de ensino, no seguimento da proposta do Ministério da Educação de celebrar, no ano lectivo de 2006/2007, cerca de vinte contratos. Por esta via prevê-se a descentralização de alguns poderes que pertenciam à tutela, como, por exemplo, a contratação de docentes e a intervenção no processo de selecção de pessoal não docente. B.1.2 – Assegurar condições para que os professores possam prestar apoio nas escolas, fora do horário lectivo A integração de actividades extra-curriculares no sistema educativo foi alvo de um Despacho que determinou que, "sem prejuízo da normal duração semanal e diária das actividades educativas na educação pré-escolar e curriculares do 1.º ciclo, os estabelecimentos de ensino manter-se-ão obrigatoriamente abertos pelo menos até às 17h30 e no mínimo oito horas diárias, com vista à oferta de actividades de animação e de apoio às famílias, bem como de enriquecimento curricular ou outras actividades extra-curriculares, de frequência facultativa por parte das crianças e alunos interessados". Em virtude desta situação, é necessário afectar mais professores, técnicos e CEP Capítulo VI - 40 auxiliares de acção educativa para acompanhamento dos alunos e das famílias. A disponibilidade dos recursos humanos será fundamental para se alcançarem os objectivos fixados, no sentido da promoção de uma escola mais próxima da realidade e das necessidades dos pais e dos alunos. Linhas de Actuação Incremento da presença de recursos humanos nas escolas, nomeadamente animadores, técnicos e pessoal não docente. Redefinição da afectação dos recursos físicos dos estabelecimentos de ensino, de acordo com as actividades a levar a cabo. Entidades Estão directamente envolvidos o Ministério da Educação e os Estabelecimentos de Ensino não Superior. Acções Exemplificativas Adaptação dos quadros de pessoal dos estabelecimentos de ensino às novas necessidades. Contratação de recursos humanos para o bom funcionamento das AEC. B.1.3 – Promover a avaliação e a auto-avaliação das escolas A sociedade actual vive sob o “mandato da transparência”8 (Carneiro, 2000). Ao nível dos sistemas educativos passa-se o mesmo. Bem o comprovam a divulgação de boas práticas, o benchmarking, os rankings (aqui referidos sem qualquer préjuízo maniqueísta), ou as avaliações internacionais de desempenho dos alunos (de que o PISA é exemplo). Porém, as escolas, em si mesmas, não sofrem, ou, mais propriamente, não beneficiam, em geral, deste tipo de acompanhamento, de monitorização. Essa é uma lacuna identificada pelo próprio corpo docente, que reclama, como característica da escola de qualidade, sistemas de avaliação e de auto-avaliação, que envolvam alunos, professores e projectos. 8 in Roberto Carneiro, “2020: 20 Anos para Vencer 20 Décadas de Atraso Educativo” – Síntese do Estudo CEP Capítulo VI - 41 Uma cultura de avaliação, quando enraizada, não servirá meros fins estatísticos, mas contribuirá grandemente para “fomentar uma postura de ‘reflexibilidade’ que aposta na aprendizagem institucional e na melhoria permanente de processos pedagógicos”9 (Carneiro, 2000). Neste âmbito, sublinhe-se a complementaridade entre os dois processos (avaliação interna e avaliação externa). Na verdade, um estudo recente da rede Eurydice10 (Rede Europeia de Informação sobre Educação, 2004), onde se sobreleva a avaliação das escolas como uma questão estratégica no contexto europeu, identifica-se a auto-avaliação como modeladora da avaliação externa, porquanto será “o grau de desenvolvimento da avaliação interna que vai determinar os contornos da avaliação externa. Quanto mais a primeira for sistemática e autónoma, mais a segunda pode tornar-se discreta e complementar”. Linhas de Actuação Dinamização e apoio aos processos de avaliação e auto-avaliação das escolas. Entidades Serão determinantes as actuações do Ministério da Educação, dos Estabelecimentos de Ensino não Superior, dos Professores. Acções Exemplificativas Divulgação anual dos resultados do desempenho formativo/educativo do concelho, com os fins últimos de auxiliar as escolas com mais dificuldades e incentivar, premiando, as que tenham conseguido melhores prestações. Abertura de concursos de financiamento para apresentação de projectos de criação e gestão de programas de auto-avaliação das escolas. B.1.4 – Garantir um forte desenvolvimento do ensino profissional e profissionalizante A desmotivação dos alunos, o insucesso e abandono escolares, tantas vezes sublinhados pelos professores, terão a sua génese numa miríade de factores, é 9 idem, ibidem 10 “L’ évaluation des établissements d’enseignement obligatoire en Europe“ – Rede Europeia de Informação sobre Educação, Bruxelas, 2004 CEP Capítulo VI - 42 certo. No entanto, um deles adquire protagonismo: a desadequação dos curricula às necessidades e aos interesses dos jovens. São os próprios professores quem defende, acerrimamente, a aposta no ensino profissional, numa lógica de diversificação e enriquecimento das oportunidades educativas. Um estudo11 (Azevedo et al., 2003) encomendado pela SEDES – Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, coordenado pelo Professor Joaquim Azevedo, que tem como pano de fundo a oferta do ensino secundário em Portugal, apelida os estabelecimentos do ensino secundário como “escolas de sobreviventes”, em virtude das enormes cifras de abandono antes de concluída a escolaridade obrigatória. O mesmo estudo aponta a função eminentemente propedêutica e tendencialmente única do ensino secundário. Este aspecto é confirmado pelos inquéritos realizados aos alunos pelo CESOP: 76% dos inquiridos pretende terminar os estudos de nível superior. Isto revela, por um lado, expectativas elevadas, e simultaneamente, uma desvalorização do ensino técnico-profissional. Os ensinos profissional e profissionalizante são, geralmente, estigmatizados, sendo habitual vê-los conotados como alternativas pouco prestigiantes e dirigidas a jovens com um percurso escolar marcado pelo insucesso. Linhas de Actuação Credibilizar e dignificar as formações tecnológicas e profissionais junto dos jovens, das famílias e dos empregadores. Tornar mais perceptível para todos (jovens, pais e empregadores) o que é e para que serve o nível secundário de ensino e formação, sobretudo as modalidades tecnológicas e profissionais. Melhorar a eficiência das formações tecnológicas e profissionais, com soluções educativas consentâneas com a diversidade de públicos-alvo. Entidades Terão um contributo importante a dar o Ministério da Educação, os Estabelecimentos de Ensino não Superior, as Empresas, o IEFP. 11 in Joaquim Azevedo et al., “Evolução da oferta e da procura do nível secundário: que estratégias para o ensino tecnológico e profissional em Portugal?” – Fundação Manuel Leão, Março 2003. CEP Capítulo VI - 43 Acções Exemplificativas: Divulgar as ofertas formativas de âmbito tecnológico e profissional e as respectivas saídas profissionais. Reforçar o apoio às Escolas Profissionais. Definir um plano de integração de estagiários no tecido empresarial local. Implementar o “Programa Novas Oportunidades”, cujo principal objectivo é a expansão das formações técnicas e profissionalizantes. Para dar conteúdo àquele objectivo, alargar-se-á consideravelmente a oferta de cursos técnicos e profissionais ao nível do 12º ano, ao mesmo tempo que será incrementado o número de vagas de natureza profissionalizante no 9º ano. B.1.5 – Flexibilizar o modelo do ensino de segunda oportunidade O ensino recorrente configura-se como uma segunda oportunidade para aqueles que não prosseguiram a sua formação na idade própria, sendo o seu público-alvo constituído, maioritariamente, por jovens e adultos já inseridos no mercado de trabalho. Este tipo de ensino deve, pois, caracterizar-se pelas exigíveis flexibilidade e adaptabilidade dos ritmos de aprendizagem à disponibilidade, aos conhecimentos e às vivências dos alunos. Contudo, verifica-se uma desadequação dos moldes de funcionamento do ensino recorrente face às peculiaridades dos seus destinatários, quer em termos de horários, difíceis de conciliar com uma actividade; quer em termos de curricula e de regimes de faltas, que em muito se assemelham aos dos cursos do ensino regular diurno. Linhas de Actuação Revisão do actual modelo de ensino recorrente. Entidades Pode actuar neste âmbito o Ministério da Educação. CEP Capítulo VI - 44 Eixo 2: Permitir o acesso de todos à educação e à formação B.2.1 - Tornar a aprendizagem mais atractiva para os jovens que estão fora do sistema de ensino, incentivando-os a retomar a sua formação para além da escolaridade obrigatória Este objectivo relaciona-se directamente com o fenómeno das saídas precoces, que afectava o concelho do Porto com uma taxa de 29,4%, em 2001. Relembre-se que se entende, por taxa de saída precoce, a percentagem de indivíduos com idades compreendidas entre os 18 e os 24 anos que, no momento censitário, não concluíram o ensino secundário e não se encontram a frequentar a escola, por cada 100 indivíduos do mesmo grupo etário. Linhas de Actuação: Aposta no e-learning, como forma de aproveitamento das potencialidades das TIC ao serviço da formação de uma camada da população que tem uma especial predisposição para usar este tipo de ferramentas. Entidades Para a concretização deste objectivo, são chamadas as seguintes entidades: o Ministério da Educação, o IEFP, os Estabelecimentos de Ensino não Superior, os Estabelecimentos de Ensino Superior. Acções Exemplificativas a) Acções de Continuidade Os cursos de formação em alternância e os cursos de educação-formação, referidos em pontos anteriores. b) Novas Acções Para recuperar os alunos que não concluíram o ensino secundário, poderiam ser ministrados “cursos virtuais” de acesso gratuito. Esta acção, inspirada numa experiência de sucesso ocorrida na Estónia, pressupõe uma ampla articulação entre a escola e os estabelecimentos de ensino superior: estes concebem e acreditam os cursos, especialmente dirigidos àquele tipo de público, ao passo que as escolas, com os seus professores, acompanham e avaliam os alunos. Igualmente seguindo uma lógica de equilíbrio entre a vertente laboral e a da CEP Capítulo VI - 45 educação pós-9º ano, propõe-se a realização de cursos de formação em alternância, que integram formação escolar a par com formação prática nas empresas, de que é exemplo o Programa Aprendizagem, do IEFP. B.2.2 – Valorizar a aprendizagem e a formação ao longo da vida A aprendizagem ao longo da vida designa “toda e qualquer actividade de aprendizagem, empreendida numa base contínua, com o objectivo de melhorar conhecimentos, aptidões e competências”. A aprendizagem e a formação ao longo da vida, sem requisitos de condição ou formação inicial, são hoje entendidas como fundamentais para promover a coesão social, uma vez que vão ao encontro daqueles que, por uma razão ou por outra, foram objecto de exclusão, reabilitando-os na sua auto-estima e confiança, apagando possíveis estigmas escolares pela possibilidade de novas aprendizagens. Um dos mais importantes efeitos da vertiginosa evolução das sociedades modernas, que passa pelos avanços tecnológicos e, consequentemente, pelos próprios modos de organização do trabalho, é a obsolescência dos saberes e das competências tradicionais, outrora valorizados na integração social e profissional dos indivíduos. Para acompanhar esta voragem, deve defender-se o incremento de um plano maciço de educação e de formação ao longo da vida, de modo a reconverter os adultos activos, para que possam ficar a par dos seus congéneres europeus no que respeita a níveis médios de “saberes qualificados”. Será preciso garantir a valorização e o reconhecimento das experiências e dos saberes adquiridos ao longo dos anos e, simultaneamente, o acesso aos conhecimentos e qualificações em falta. Essa formação é também importante para, a médio prazo, assegurar a eficácia das políticas educativas dirigidas aos mais jovens: se eles não forem encontrando, ao longo da sua vida activa, oportunidades de valorização, perder-se-á parte do investimento na sua educação inicial. Linhas de Actuação Sensibilização dos jovens, e da população activa em geral, para a importância da formação ao longo da vida. Intervenção, junto das entidades empregadoras, no sentido de as envolver activamente nos processos de aprendizagem ao longo da vida. CEP Capítulo VI - 46 Entidades Podem contribuir enormemente para este objectivo, além do Ministério da Educação, os Estabelecimentos de Ensino Superior, o IEFP, os Estabelecimentos de Ensino não Superior, os Centros de Formação de Associação de Escolas, as Empresas. Acções Exemplificativas a) Acções de Continuidade Neste âmbito, a Universidade do Porto desenvolve actividades no sentido da oferta de cursos à distância e da creditação de aprendizagem informal. A disponibilização de informação útil relacionada com o trabalho desenvolvido pelo Observatório do Emprego e Formação Profissional permitirá a análise de dados relativos à inserção na vida activa, com o objectivo de se aferir a pertinência e a eficácia dos vários tipos de formação, designadamente, da formação para adultos. b) Novas Acções Desenvolvimento de acções que promovam a efectiva avaliação dos processos formativos. Realização de campanhas de sensibilização junto das entidades empregadoras. Reconhecimento e distinção das empresas que revelem boas práticas ao nível da formação ao longo da vida. B.2.3 – Promover a criação de redes de instituições de educação e de formação a vários níveis, no contexto da aprendizagem ao longo da vida O estabelecimento de redes entre escolas e entre centros de formação é um factor optimizador de esforços, pela articulação de instrumentos, recursos e objectivos, promovendo soluções combinadas de educação-formação. Além disso, permite criar um sistema mais abrangente e diversificado de aprendizagem ao longo da vida. Linhas de Actuação Divulgação das redes operantes a nível nacional e internacional. CEP Capítulo VI - 47 Entidades Novamente, o Ministério da Educação, os Estabelecimentos de Ensino Superior, o IEFP, os Estabelecimentos de Ensino não Superior, os Centros de Formação de Associação de Escolas, as Empresas. Acções Exemplificativas a) Acções de Continuidade A Universidade do Porto integra a rede AUPEC – Associação de Universidades Portuguesas para a Educação Contínua, que actua no âmbito da promoção e do desenvolvimento da educação contínua nas Universidades portuguesas, a rede EUCEN – European Universities Continuing Education Network e a rede Grundtvig, que promove a cooperação europeia em matéria de aprendizagem ao longo da vida. b) Novas Acções Criação de uma rede de Escolas Profissionais. Criação de um portal onde sejam dadas a conhecer as redes existentes. 3. Notas finais Nas páginas anteriores explanou-se a estratégia de desenvolvimento do sistema educativo, ou seja, identificaram-se os objectivos concretos, da natureza operacional, que contribuem para a melhoria e a abertura dos sistemas de educação e de formação e a que correspondem linhas de actuação bem determinadas. A cada objectivo associaram-se ainda, a título exemplificativo, um conjunto de acções e apontaram-se as entidades com competências nessas matérias. O resultado final consubstancia, na prática, um vasto programa de actuação que responsabiliza um conjunto alargado de entidades. Trata-se, de facto, como por várias vezes foi referido ao longo deste processo de elaboração da CEP, de uma carta de compromisso, não assinada, que deverá originar posteriormente um programa de acção concreto. Uma última nota. Há a plena consciência que a CEP contempla várias e distintas propostas de intervenção ou recomendações quanto a medidas de política ou a acções CEP Capítulo VI - 48 concretas, passíveis de virem a ser concretizadas a curto ou a médio prazo. Tal não quer significar que não se reconheçam as questões tidas como prioritárias, ou seja, os aspectos nucleares da estratégia assumida. No que respeita à intervenção municipal há 3+1 vectores-chave que importa referir. No primeiro conjunto inserem-se o reforço da educação pré-escolar de modo a se garantir uma melhor e mais generalizada oferta, a requalificação da rede escolar quanto a JI e a EB1, e ainda, a continuação de uma aposta forte no desenvolvimento de actividades extra-curriculares em articulação estreita com as escolas. No segundo conjunto surge o compromisso do Município do Porto de continuar o trabalho de mobilização e dinamização da comunidade para a valorização da educação como condição de desenvolvimento e para a qualificação dos jovens, dos que se encontram e dos que saíram do sistema formal de ensino. O protocolo de colaboração firmado entre os Agrupamentos Verticais de Escolas e um conjunto de empresas prestigiadas do Porto é um bom exemplo da linha de actuação que se pretende seguir. Os reptos lançados em termos de política nacional de educação referem quatro outras questões tidas como determinantes para a inversão da situação actual: o reforço da autonomia das escolas com alteração do seu modelo de gestão, a melhoria da formação dos professores associada à defesa da maior estabilidade do corpo docente de cada escola, a promoção da avaliação global das escolas desejavelmente a partir de um processo inicial de auto-avaliação e a diversificação das ofertas educativas em articulação com as necessidades derivadas do modelo de desenvolvimento pretendido para o País e para este território metropolitano. CEP Capítulo VI - 49 Tabela 6.1 – Proposta de quadro estratégico / EIXO 1 - Aumentar a qualidade e a eficácia dos sistemas de educação e formação A.1.1 ENTIDADES COM RESPONSABILIDADE Estimular o interesse pela matemática, pelas ciências e pelas tecnologias desde uma idade precoce, de modo a aumentar o nº de pessoas que fazem cursos nessas áreas *Carência de RH qualificados nestas áreas *CMP e excesso de oferta na área das *IPJ Humanidades *ME *Fraco rendimento a Matemática *IEFP *Resultados do PISA *Estabelecimentos de Ensino *Estabelecimentos Ensino Superior A.1.2 JUSTIFICAÇÃO Identificar e desenvolver novas competências essenciais à sociedade do conhecimento e harmonizá-las com as competências tradicionais *Importância da literacia tecnológica *"Fosso digital" *Formação abrangente *Língua inglesa como competência básica A.1.3 OBJECTIVO INTERMÉDIO Garantir a abertura das EB1 para além do horário lectivo e criar condições para o reforço da componente extra-curricular *CMP *ME * Estabelecimentos de Ensino *IEFP *IPJ *Inst. Culturais da cidade *Promoção do acesso de todos às TIC *Reforço do ensino do Inglês *Promoção e experimentação das diferentes formas de arte (dança, música, cinema, teatro, pintura,...) *Sensibilização para o património cultural e tradicional da cidade e do país *Orientações do Governo para o ano lectivo 2005/06 *CMP *ME *Estab. de Ensino e Professores *Associações de Pais *ONGs *Promoção da prática desportiva *Promoção de actividades lúdico - pedagógicas *Dotação de EB1 e JI com software e hardware *Projecto Educativo Municipal (Ao redor da tecnologia) *"Passaporto para a Arte" (Ao Redor do Teatro, Ao Redor da Música, Ao Redor dos Museus,...) *Aulas de expressão artística no 1º ciclo *"Viver o Porto/Sentir o Porto" / "Cascatas de S. João" *”Speak Easy“/ AEC - Reforçar o interesse pela língua inglesa *"Cartão Jovem Munícipe" *AEC ("Xeque-Mate", "Speak Easy", Vamos Nadar", "Ténis para Todos") *Competições inter-escolas *Programa de animação desportiva nos períodos de férias Desenvolver programas e projectos para o combate ao abandono, absentismo, saídas antecipadas e insucesso escolar *Insucesso escolar elevado *Elevadas taxas de abandono escolar, absentismo e saídas antecipadas *Adopção de medidas de discriminação positiva para escolas situadas em áreas problemáticas *Promoção da educação não-formal *Fomento da articulação entre os diferentes níveis de ensino *Reforço de acções de voluntariado (Apoio aos pais e aos jovens) *Promoção da inserção social de crianças e jovens *Produção de informação sistemática e actualizada *"Programa Aprendizagem" (formação em alternância) *Realização de reuniões periódicas entre AV e Esc. Sec. e entre estas e os Estab. Ens. Sup. *Criação do Plano Integrado de Combate ao Abandono e Absentismo Escolar *Planos de recuperação/acompanhamento * Criação de Observatório centrado nos problemas do abandono escolar e do absentismo *Desenvolver programas de apoio parental ("Escola de Pais") *Criação de grupos de interajuda *Implementação dos CASE Focalizar a actividade dos serviços municipais nas questões relacionadas com as crianças e os jovens Aumentar o interesse pela língua materna *Necessidade de uma maior articulação entre serviços da CMP *ME *Estabelecimentos de Ensino *CMP *Associações de. Pais *Juntas de Freguesia *Centros de Formação de Associação de Escolas *IEFP *Associação de Estudantes *IPJ *UDIPSS *CMP *Entidades participadas *Articulação entre serviços da CMP e entidades participadas *Adequação dos serviços da CMP ao calendário lectivo *Realização de reuniões interdepartamentais periódicas *Criação no Gabinete do Munícipe do "Espaço Jovem" *Fraco rendimento a Português *Resultados do PISA *ME *CMP *Estab. de Ensino e Professores *Estabelecimentos Ensino Superior *Instituições culturais Generalizar e valorizar os bons projectos educativos *Grande importância dos Projectos Educativos *"Criar espaços de ouvir, contar, ler, criar, partilhar" *"Ao Redor da Literatura" (Jornalistas por um dia, Os contadores de histórias, A nossa *Promoção de hábitos de leitura e de familiarização com os livros e com os Poesia...) espaços de leitura Criação de bibliotecas escolas em todas as EB1 e sua adesão à RBE *Bibliocarro *"Porto a ler", no âmbito do Plano Nacional de Leitura *Programa de visitas de programa regular de visitas de poetas e escritores infantis/juvenis às escolas *Instituição de prémios (conto, poesia,...) *Promoção da imprensa escolar *Divulgação e partilha de boas práticas *BEP * Reavaliação contínua das situações e dos problemas existentes, com *Instituição de prémios de boas práticas pedagógicas, de gestão escolar,... escopo estratégico Melhorar a formação dos professores, através da formação contínua, numa perspectiva de aprendizagem ao longo da vida *Grande relevo dado à qualidade dos professores por pais e pelos próprios *Necessidade de actualização de competências *CMP *ME *Estab. de Ensino e Professores *Centros de Formação de Associação de Escolas *Realização de cursos, workshops, seminários, fóruns, etc. *ME *Estabelecimentos Ensino Superior *CMP *Centros de Formação de Associação de Escolas Reforçar a coesão interna dos Agrupamentos Verticais *Dados da avaliação externa aos AV revelam deficiências ao nível da articulação entre as escolas dos AV *Estado de conservação das instalações *Requalificação da rede de escolas municipais *Estab. Ensino e Professores *ME *CMP *CMP *JF *Domus Social *Fomento de uma participação mais ampla dos docentes no funcionamento *Promoção de iniciativas comemorativas de datas, sessões de partilha de actividades global dos AV realizadas *Desenvolvimento do espírito de equipa *Diversificação dos canais de divulgação interna de informações, iniciativas *Estabelecimento de um plano de intervenção anual *Programa "Escola Viva" *Eliminação de barreiras arquitectónicas *Plano programado de manutenção *Plano de requalificação dos recreios escolares *Preocupações reveladas pelos Pais no inquérito realizado no âmbito da CEP *PSP *Prevenção Rodoviária Portuguesa *CMP *Protecção Civil *Bombeiros *Estabelecimentos de Ensino *Fomento de atitudes de prevenção e de adopção de posturas e regras de *"Ao Redor da Segurança" (Simulacros nas escolas, visitas ao quartel dos BSB, sessões de segurança formação para alunos e professores no BSB) *Escola Segura *Divulgação de conselhos de segurança junto de pais, alunos e professores *Implementação em todos os estabelecimentos dos Planos de Emergência *"Patrulheiros" *Criação de redes pedonais (percurso casa-escola) A.1.5 A.1.4 *Projecto Educativo Municipal (parcerias com Estabelecimentos de Ensino Superior e com instituições de I&D) *Visitas de estudo a centros de I&D e a equipamentos científicos da cidade *Dias/Semanas Abertos * Divulgação da Ciência e Promoção da Educação Científica e Tecnológica nas Camadas Jovens *Concursos de Formação Profissional *Projecto Fareday *Ensino experimental na sala de aula *Instituição de Concursos municipais de matemática, física, química ou biologia A.1.6 A.1.7 A.1.8 ACÇÕES EXEMPLIFICATIVAS *Divulgação científica assente na experimentação *Promoção e desenvolvimento do ensino experimental A.1 9 A.1.10 LINHAS DE ACTUAÇÃO Requalificar a rede das EB1 A.1.11 Garantir condições de segurança na escola e na sua envolvente CEP *Formação diversificada para docentes e educadores *Reforço das parcerias CMP/Centros de Formação Capítulo VI - 50 Tabela 6.2 – Proposta de quadro estratégico / EIXO 2 - Permitir o acesso de todos à educação e à formação ENTIDADES COM RESPONSABILIDADE JUSTIFICAÇÃO Tornar a aprendizagem mais atractiva para os jovens que estão no sistema de ensino, incentivando-os a prosseguir a sua formação para além da escolaridade obrigatória *Insucesso escolar elevado *Níveis elevados de absentismo e desmotivação *Importância da conclusão do ensino secundário *CMP *ME *Estab. de Ensino e Professores *Estabelecimentos Ensino Superior *IEFP *Empresas Generalizar a frequência do ensino pré-escolar *Importância da educação pré-escolar *Baixas taxas de pré-escolarização Prestar informações, aconselhamento e orientação sobre os tipos de aprendizagem disponíveis *Falta ou insuficiência de informação adequada *Necessidade de reforço na coordenação dos serviços prestadores de informação e de orientação Reforçar a acção social *Abandono escolar *Educação é um instrumento de coesão social *Existência muitas famílias carenciadas *CMP *Juntas de Freguesia *UDIPSS *Estabelecimentos de Ensino *ME *Segurança Social *ME *IEFP *IPJ *CMP e Juntas de Freguesia *Estabelecimentos de Ensino *Associações de Pais *Associações de Estudantes *UDIPSS *CMP *ME *Segurança Social *ARS *STCP *Sociedade Metro do Porto A.2.4 A.2.3 A.2.2 A.2.1 OBJECTIVO INTERMÉDIO LINHAS DE ACTUAÇÃO ACÇÕES EXEMPLIFICATIVAS *Sensibilização das empresas, para contratação de mão-de-obra qualificada *Universidade Júnior *Promoção da proximidade e da articulação entre os sistemas de educação *BEP e de formação profissional *Programas de Cursos de Educação-Formação *Quadros interactivos *Aproveitamento dos recursos físicos das grandes escolas secundárias. públicas da cidade para apoio à formação profissional * Reforço do ensino profissional nas escolas secundárias públicas *Alargamento e requalificação da rede do pré-escolar * Criação de novos jardins-de-infância na rede pública *Divulgação da importância do ensino pré-escolar *Campanhas de sensibilização para a frequência do pré-escolar *Revisão dos horários de funcionamento dos JI *Dotação dos JI da rede pública com software educativo multimédia * Disponibilização de informação através de diversos meios *Feiras de Cursos *Cidade das Profissões *Criação de um portal online com todas as informações acerca de cursos, planos de estudos, ofertas das escolas, etc. *Implementação dos CASE *Criação no Gabinete do Munícipe do "Espaço Jovem" *Disseminação de apoios (saúde, material escolar, transportes, alimentação, etc.) *Divulgação de informação *Prestação de apoios sociais por parte do município (manuais escolares e alimentação) *Programas de prevenção de dependências *Redução do preço dos transportes públicos para crianças e jovens *Rastreios de saúde, controlo da cobertura vacinal Tabela 6.3 – Proposta de quadro estratégico / EIXO 3 - Abrir ao mundo exterior os sistemas de educação e formação A.3.2 A.3.1 OBJECTIVO INTERMÉDIO ENTIDADES COM RESPONSABILIDADE JUSTIFICAÇÃO Reforçar as ligações com o mundo do *Importância da necessidade de os trabalho, a investigação e a estabelecimentos de ensino e de formação sociedade em geral estabelecerem ligações com o mundo do trabalho *Fomentar o interesse da sociedade pelos sistemas de educação e de formação Reforçar a ligação entre a escola e *Manter uma relação próxima das escolas a comunidade local com outras instituições *Necessidade de criação de simbioses entre a escola e a comunidade *A escola como um dos espaços privilegiados para a integração cultural e social das comunidades migrantes *CMP *PSP *Segurança Social *Estabelecimentos de Ensino *Associações de Estudantes *Empresas LINHAS DE ACTUAÇÃO *Cooperação entre os sistemas de educação e a sociedade *Estabelecimento de parcerias entre todos os tipos de instituições de educação e formação, empresas e organismos de investigação *Promoção de intercâmbios entre escolas e entre escolas e organismos de investigação *Valorização dos laboratórios escolares por estabelecimentos de ensino superior * Reforçar a realização de estágios profissionais e/ou académicos, em contexto escolar *Projecto Faraday *Apadrinhamento de escolas por parte das empresas *Fomento da cooperação com as associações locais *Disponibilização do espaço físico escola para outros fins *Disponibilização dos recursos existentes para responder às necessidades da comunidade * Reforço da integração social e cultural das comunidades migrantes *Projecto de Multiculturalidade *Ensino recorrente nas EB1 *Acreditação de escolas como centros de Novas Oportunidades *"Somar saberes no Porto" *Programas continuados de promoção da saúde *Realização de actividades culturais e de prática desportiva no espaço escolar *Cedência de instalações para dinamização de Actividades de Tempo Livre *Formação de docentes em áreas de saúde pública *Cursos de Português para imigrantes *"Festa das Comunidades" *Instituição de prémios de mérito aos alunos das comunidades migrantes *"Ao Redor da Educação para a Cidadania" (Políticos por um dia; debates inter-escolas,...) *"Encontros com o Presidente" *Promoção de iniciativas que visem a participação efectiva das crianças e dos jovens na discussão dos assuntos da vida pública *Estabelecimentos Ensino Superior *UDIPSS *Juntas de Freguesia A.3.4 A.3.3 Fomentar aprendizagens de cidadania e de democracia Valorizar a partilha inter-geracional de experiências e de conhecimentos CEP *A escola é o local de confluência e, simultaneamente, de disseminação de saberes, mas também de atitudes enformadoras da comunidade *Necessidade da escola veicular conhecimentos e transmitir os valores da civilização, da cidadania e da democracia *IEFP ACÇÕES EXEMPLIFICATIVAS *Desenvolvimento da consciência democrática e de atitudes cívicas e de cidadania *ANEFA *Associações de Pais *ARS *Intercâmbio geracional é um meio para se alcançar o desenvolvimento integral das *Centros de Formação de crianças e jovens Associações de Escolas *Promoção do diálogo entre as diferentes gerações *"Ao Redor do Intercâmbio Geracional" (História vividas, partilhadas, inventadas, participadas, recriadas; Experiências de vida partilhadas) *"Patrulheiros" Capítulo VI - 51 B.1.2 B.1.1 Tabela 6.4 – Recomendações / EIXO 1 - Aumentar a qualidade e a eficácia dos sistemas de educação e formação JUSTIFICAÇÃO Reforçar a autonomia das escolas *A falta de autonomia é um dos problemas mais sentidos pelos docentes, prejudicando o bom funcionamento das escolas e o rendimento dos alunos *Introdução das AEC e funcionamento em regime normal *Necessidade de afectar mais professores, técnicos e auxiliares de acção educativa para acompanhamento dos alunos e das famílias *Importância da divulgação de avaliações internacionais de desempenho dos alunos (PISA), ou Rede Europeia de Informação sobre Educação (EURYDICE) *Ausência de sistemas de acompanhamento e de monitorização sistemáticos *Lacuna identificada pelo corpo docente como característica da escola de qualidade *Desadequação dos curricula às necessidades e aos interesses dos jovens *Necessidade de respostas para os interesses dos alunos *Os ensinos profissional e profissionalizante são, geralmente, estigmatizados *ME *Estabelecimentos de Ensino *Estabelecimentos Ensino Superior *Fomento da frequência de cursos de gestão e administração escolar *Alargamento do quadro de competências dos órgãos de gestão *Criação de bolsas de professores *Criação de parcerias na área do ensino à distância *Generalização da celebração de contratos de autonomia *ME *Professores *Estabelecimentos de Ensino *Incremento da presença de recursos humanos nas escolas, nomeadamente, animadores, técnicos e pessoal não docente *Redefinição da afectação dos recursos físicos dos estabelecimentos de ensino, de acordo com as actividades a levar a cabo *Adaptação dos quadros de pessoal às necessidades * Contratação de recursos humanos para o bom funcionamento das AEC *ME *Professores *Estabelecimentos de Ensino *Dinamização e apoio ao processo de auto-avaliação das escolas *Divulgação anual dos resultados do desempenho formativo /educativo do concelho *Abertura de concursos de financiamento para apresentação de projectos de criação e gestão de programas de auto-avaliação das escolas *ME *Estabelecimentos de Ensino *Empresas *IEFP *Credibilizar e dignificar as formações tecnológicas e profissionais junto dos jovens, das famílias e dos empregadores *Tornar mais perceptível para todos o que é e para que serve o nível secundário de ensino e formação *Melhorar a eficiência das formações tecnológicas e profissionais, com soluções educativas consentâneas com a diversidade de públicos-alvo *Divulgação das ofertas formativas de âmbito tecnológico e profissional e as respectivas saídas profissionais *Apoio às escolas profissionais *Integração de estagiários nas empresas *Implementar o “Programa Novas Oportunidades” *Desadequação de horários e curricula ao público-alvo *ME *Revisão do modelo actual de ensino recorrente Assegurar condições para que os professores possam prestar apoio nas escolas, fora do horário lectivo B.1.3 Promover a avaliação e autoavaliação das escolas B.1.4 Garantir um forte desenvolvimento do ensino profissional B.1.5 ENTIDADES COM RESPONSABILIDADE OBJECTIVO INTERMÉDIO Flexibilizar o modelo do ensino de segunda oportunidade LINHAS DE ACTUAÇÃO ACÇÕES EXEMPLIFICATIVAS Tabela 6.5 – Recomendações / EIXO 2 - Permitir o acesso de todos à educação e à formação B.2.3 JUSTIFICAÇÃO ENTIDADES COM RESPONSABILIDADE LINHAS DE ACTUAÇÃO ACÇÕES EXEMPLIFICATIVAS Tornar a aprendizagem mais *Taxas de saída precoce elevadas atractiva para os jovens que abandonaram o sistema de ensino, incentivando-os a retomar a sua formação para além da escolaridade obrigatória *ME *IEFP *Estabelecimentos de Ensino *Estabelecimentos Ensino Superior *Aposta no e-learning *"Programa Aprendizagem" (formação em alternância) *Cursos Virtuais Valorizar a aprendizagem e a formação ao longo da vida *ME *Estabelecimentos Ensino Superior *Empresas *IEFP *Estabelecimentos de Ensino *Centros de Formação de Associações de Escolas *ME *Estabelecimentos Ensino Superior *Empresas *IEFP *Estabelecimentos de Ensino *Centros de Formação de Associações de Escolas *Sensibilização dos jovens para a importância da formação ao longo da vida *Sensibilização dos empregadores *Cursos à distância *Creditação da aprendizagem informal *Disponibilização de informação do Observatório do Emprego e Formação *Avaliação do processo formativo *Realização de campanhas junto das entidades empregadoras *Reconhecimento e distinção das empresas que revelem boas práticas ao nível da formação ao longo da vida *Criação de uma rede de Escolas Profissionais *Criação de um portal onde sejam dadas a conhecer as redes existentes B.2.2 B.2.1 OBJECTIVO INTERMÉDIO *Necessidade de reconversão de adultos activos *Promoção da auto-estima e da confiança *Oportunidades de valorização, de modo a não se perder o investimento na educação inicial *Optimização de esforços Promover a criação de redes de instituições de educação e formação a vários níveis, no contexto da aprendizagem ao longo da vida CEP *Divulgação das redes operantes a nível nacional e internacional Capítulo VI - 52 VII. Proposta de reordenamento estabelecimentos de ensino público da rede de (Educação Pré-Escolar e 1.º Ciclo do Ensino Básico) 1. Introdução Apresentada a estratégia de desenvolvimento do sistema de educação, ou seja, os objectivos e as acções de intervenção defendidas no âmbito da CEP, pretende-se, neste capítulo, dar a conhecer a proposta de reordenamento da rede escolar respeitante aos equipamentos da competência municipal, os Jardins-de-infância e as Escolas básicas do 1º ciclo da rede pública. Não é demais sublinhar a importância da rede escolar, em termos das suas condições físicas e funcionais, para a qualidade do sistema educativo. O espaço da escola, como o demonstram os inquéritos e as entrevistas realizados, é um dos factores valorizados com vista à criação de um ambiente propício ao ensino e à aprendizagem. Por outro lado, convirá reter que a requalificação da rede escolar foi apontada como uma das prioridades de intervenção do Município do Porto, devidamente assinalada, aliás, na estratégia proposta a nível da CEP. A melhoria das condições de funcionamento dos Jardins-de-infância e das Escolas do 1º ciclo passa muito, no que compete à esfera de actuação municipal, pela reabilitação do parque escolar. Este capítulo está estruturado em dois pontos. Primeiramente, retoma-se a análise da rede escolar naqueles parâmetros que interessam directamente ao estudo do seu reordenamento. A atenção centrar-se-á nas questões relativas à cobertura territorial da rede, à sua adequação do ponto de vista das características físicas e funcionais e às suas condições de funcionamento, tendo em conta a procura escolar e a capacidade de acolhimento instalada quanto a salas de actividades e salas de aula. Num segundo ponto, procede-se ao planeamento da rede em função das necessidades actuais e da previsão da sua evolução futura. Apresentam-se os princípios e as opções assumidas neste exercício de planeamento bem como as propostas que dele resultaram e que se traduzem na reconversão e ampliação de instalações existentes e na construção de novos estabelecimentos escolares. Este trabalho envolveu os serviços municipais de educação e de urbanismo e as propostas que se apresentam foram objecto de análise conjunta com a DREN, tendo sido posteriormente debatidas com os Agrupamentos Verticais de escolas. CEP Capítulo VII - 1 2. Análise da rede escolar municipal (JI e EB1) Como foi anteriormente referido, a rede municipal de estabelecimentos de ensino no ano lectivo 2006/07 é formada por 55 Escolas Básicas do 1.º Ciclo (EB1) e 52 Jardinsde-Infância (JI), dos quais 38 associados aos estabelecimentos do 1º CEB e os restantes 14 funcionando autonomamente. Trata-se de uma rede escolar de dimensão bastante razoável e densa, para uma cidade de 42 km2. Figura 7.1 - Rede municipal de estabelecimentos de ensino ano lectivo 2006/07 Fonte: CMP/GTCEP, 2006 Vejamos, em breves traços, os aspectos que importa reter da análise efectuada para efeitos de planeamento da rede escolar. 2.1 Cobertura territorial da rede escolar A figura seguinte evidencia a cobertura territorial proporcionada por todos os estabelecimentos de ensino englobados nos 17 Agrupamentos Verticais de escolas da cidade do Porto, tendo como referência um raio de acção de 500 metros. As principais áreas sem cobertura da rede pública correspondem aos seguintes espaços: na zona ocidental ao Parque da Cidade; na zona central à freguesia de Cedofeita; na freguesia de Paranhos ao Hospital de S. João e ao Pólo Universitário da Asprela; e, finalmente, na zona oriental/sul à área de Azevedo/Campanhã no limite com o município de Gondomar. CEP Capítulo VII - 2 Figura 7.2 - Áreas de influência dos Agrupamentos Verticais de Escolas a 500m (incluindo as sedes de agrupamento) Fonte: CMP/GTCEP 2006, sobre dados DMEJ Efectuando exercício análogo para os equipamentos que asseguram a educação préescolar, pode-se afirmar que as áreas onde não há cobertura através da rede pública beneficiam da oferta da rede solidária e da rede particular. O problema subsiste, contudo, na freguesia de Paranhos e, em parte, na de Campanhã. Figura 7.3 - Áreas de influência dos JI a 500m Fonte: CMP/GTCEP, 2006 Relativamente à cobertura conseguida com as escolas do 1.º CEB, as áreas não preenchidas pela rede pública são colmatadas parcialmente pela escolas particulares, CEP Capítulo VII - 3 nomeadamente no “miolo” do concelho, o que não sucede, no entanto, na periferia, e com especial incidência nas zonas de concentração de bairros de habitação social. Figura 7.4 - Áreas de influência dos estabelecimentos do 1.º CEB a 500m Fonte: CMP/GTCEP, 2006 Com base nos resultados dos Censos de 2001, foi possível analisar, por secção estatística, a concentração da população de acordo com a densidade demográfica e a distribuição espacial das crianças com menos de 5 anos de idade. Constata-se facilmente que os estabelecimentos de ensino da rede pública se encontram implantados nas zonas com maior densidade populacional e ainda que a população, que presentemente tem idade correspondente ao 1.º CEB, se concentrava nas áreas periféricas, ocidental e oriental, da cidade. Figura 7.5 - Densidade populacional por secção estatística Fonte: CMP/GTCEP, 2006 sobre dados INE 2001 Esta última nota é coerente com a informação resultante do inquérito realizado em 2005 às famílias com filhos a estudar na cidade do Porto, a nível do ensino básico e CEP Capítulo VII - 4 secundário, que, face ao elevado peso dos agregados familiares inquiridos residindo em habitações sociais (37%), concluía pela forte concentração da população escolar nas zonas periféricas da cidade onde se regista uma grande expressão de bairros sociais. Figura 7.6 - População residente dos 0 aos 5 anos Fonte: CMP/GTCEP, 2006 sobre dados INE 2001 2.2 Estado de conservação e áreas livres das escolas públicas do 1º CEB O estado global de conservação do parque escolar melhorou significativamente fruto da implementação do Programa “Escola Viva”. Como se pode ver pela figura seguinte, há presentemente 5 escolas em mau estado de conservação, ao passo que em 2005 havia 13, das quais uma foi, entretanto, encerrada. Figura 7.7 - Estado de Conservação Geral dos Edifícios (2007) Fonte: CMP/GTCEP e DOMUS SOCIAL, 2007 A tabela 7.1 identifica as escolas cujos edifícios se encontram em mau ou razoável estado de conservação e ainda as escolas que dispõem de uma área livre para recreio CEP Capítulo VII - 5 abaixo dos 1.000 m2. Refira-se que 4 escolas têm uma área livre inferior a 500 m2, o que denuncia um forte constrangimento para se generalizar a escola a tempo inteiro e assegurar a permanência dos alunos fora do período lectivo. Tabela 7.1 – Estado de conservação geral dos edifícios escolares e áreas livres Designação Estado de Conservação Geral do Edifício (2006/07)* Área livre (m2) Razoável Razoável Óptimo Mau Bom Razoável Razoável Razoável Razoável Mau Óptimo Bom Óptimo Razoável Óptimo Bom Mau Mau Razoável Mau 974 994 708 2.378 958 3.330 5.023 3.039 3.491 390 405 970 218 3.600 541 134 6.810 5.600 6.930 2.439 EB1/JI do Campo 24 de Agosto EB1 das Florinhas EB1/JI da Corujeira EB1/JI do Falcão EB1/JI da Lomba EB1 Augusto Lessa EB1/JI de S. Tomé EB1/JI dos Castelos EB1/JI Paulo da Gama EB1 do Gólgota EB1/JI da Bandeirinha EB1 de S. Miguel de Nevogilde EB1/JI das Cruzes EB1/JI da Pasteleira EB1/JI S. Nicolau EB1 Carlos Alberto EB1 do Pinheiro EB1/JI do Aleixo EB1/JI do Bom do Pastor EB 1/JI de São João de Deus * Caracterização Física e Funcional das EB1 e dos JI do Município do Porto, CEFA da Universidade do Porto, 2005 ** Actualização após intervenções efectuadas pela Domus Social. 2.3 Condições de funcionamento Importa agora avaliar a capacidade da rede escolar, em termos de salas de actividades para a educação pré-escolar e salas de aula para o 1º CEB, relativamente à procura que se tem registado. Em traços rápidos, a situação pode ser descrita da seguinte forma: No ano lectivo de 2006/07 há 2.038 crianças a frequentarem a educação préescolar (EPE) pública, distribuídas por 99 salas de actividades dos jardins-deinfância da rede municipal, o que representa uma média de 20,6 crianças por sala. É de notar que esta rede do pré-escolar responde a 26% da procura total de JI na cidade do Porto e a tendência de evolução do número de crianças matriculadas tem sido crescente. A frequência do 1.º ciclo do ensino básico atinge 9.112 alunos no corrente ano lectivo, distribuídos por 448 turmas e por 370 salas de aula (o que perfaz uma média de 20,3 alunos por turma). A conclusão a retirar é evidente. Faltam salas de aula para se garantir a cada turma a sua sala. CEP Capítulo VII - 6 Como foi referido anteriormente, nos últimos 8 anos assistiu-se a uma quebra significativa da frequência escolar na ordem das 2.000 crianças, o equivalente a 18% dos alunos da escola pública no ano lectivo 1998/99. Esta quebra reflectiu-se na redução da importância relativa do ensino público a nível do 1º CEB que passou de 71 para 66% da totalidade de alunos inscritos na cidade do Porto, neste período de tempo. As EB1 com maior número de alunos, ou seja, acima das 250 crianças, são: Montebello (428), Torrinha (388), João de Deus (377), Costa Cabral (310), Bom Sucesso (287), Cerco (282), S. Miguel de Nevogilde (268), Fernão de Magalhães (264) e Augusto Lessa (259). É de sublinhar que, à excepção da escola Augusto Lessa, as restantes oito escolas só conseguem acolher esta população estudantil dado se encontrarem a funcionar em regime de desdobramento. Figura 7.8 - Alunos por EB1 em 2006/07 Fonte: CMP/GTCEP 2006, sobre dados DMEJ Esta situação atinge outras 16 escolas, isto é, dos 55 estabelecimentos do 1º CEB, há um total de 24 que têm de funcionar em regime duplo. Tal significa que, neste ano lectivo, 188 turmas têm aulas ou da parte da manhã (precisamente 96 turmas), ou da parte da tarde (92). As restantes 260 turmas estão a funcionar em regime normal. Em síntese, no presente ano lectivo, seria necessário dispor de mais 90 salas de aula para ficar assegurado o funcionamento em regime normal da totalidade das turmas, caso se pretendesse resolver esta situação de carência de espaços de aula exclusivamente no seio de cada Agrupamento Vertical de escolas. CEP Capítulo VII - 7 As zonas mais afectadas, em que há maior discrepância entre o número de salas de aula e o número de turmas, correspondem à zona oriental da cidade (Agrupamentos do Cerco e das Antas, com uma carência de 22 e de 9 salas, respectivamente) e à área central (Agrupamentos de Miragaia e de Gomes Teixeira, ambos com menos 10 salas de aula cada, e ainda Augusto Gil, em que seriam necessárias mais 7 salas). No Agrupamento de Francisco Torrinha, na zona ocidental, faltam 13 salas de aula para que todas as turmas funcionassem em regime normal. Figura 7.9 - Regime de funcionamento das EB1 em 2006/07 Fonte: CMP/GTCEP 2006, sobre dados DMEJ É ainda de notar que são as escolas de maior dimensão que têm maior carência de salas de aula. O caso mais flagrante é a Escola de Montebello, nas Antas. É a maior escola do 1º CEB do Porto, com 20 turmas, todas a funcionarem em regime duplo. Seriam precisas 9 salas para resolver esta situação. Seguem-se-lhe a Escola João de Deus, no Agrupamento Clara de Resende, igualmente com as suas 16 turmas em regime duplo, faltando-lhe 8 salas de aula. A Escola do Cerco do Porto necessitaria de 7 salas para ultrapassar o problema das 14 turmas que funcionam em regime de desdobramento. A tabela seguinte sistematiza esta informação para cada estabelecimento escolar. CEP Capítulo VII - 8 Tabela 7.2 - Oferta e procura escolar por estabelecimento de ensino e por Agrupamento Vertical de Escolas Agrupamento Vertical de Escolas Total de salas de actividades JI Total de Crianças EPE 2006/07 Total de salas de aula EB1 Total de alunos EB1 2006/07 Total de Turmas EB1 4 78 15 504 24 11 427 EB1/JI Monte Aventino (n.º 22) 1 20 4 77 JI Rua de Contumil (Dó-Ré-Mi II) 3 58 Areosa 2 50 12 EB1/JI S. João de Deus (n.º 58) 2 50 12 11 213 Denominação da Escola Antas EB1 Montebello (n.º 15) Augusto Gil Turmas EB1 Reg. Normal Turmas EB1 Reg. Duplo Carências Sala de aulas 4 20 9 20 0 20 9 4 4 0 0 149 7 7 0 -5 149 7 7 0 -5 24 668 31 14 17 7 EB1 Fernão de Magalhães (n.º 4) 7 264 13 0 13 6 EB1 Florinhas (n.º 5) 2 96 4 0 4 2 EB1 José Gomes Ferreira (n.º 24) 5 202 5 5 0 0 10 106 9 9 0 -1 487 24 17 7 5 EB1/JI Fontinha (n.º 23) (JI R. Alegria) 1 13 JI Rua de Dr. António Sousa (JI do Bonfim) 4 87 JI Rua João das Regras (JI S.to Ildefonso) 3 56 JI Travessa da Regeneração (JI S.to Ildefonso) 3 57 Amial 5 97 19 7 206 9 6 3 2 EB1/JI S. Tomé (n. 20) 2 40 5 108 6 4 2 1 EB1/JI da Azenha (n.º 21) 1 20 3 93 5 3 2 2 EB1/JI da Agra (n.º 49) 2 37 4 80 4 4 0 0 Clara de Resende 8 377 16 0 16 8 EB1 João de Deus (n.º 47) 8 377 16 0 16 8 EB1 dos Miosótis (n.º 18) Cerco 10 221 26 927 48 4 44 22 EB1/JI da Corujeira (n.º 6) 2 45 5 199 10 0 10 5 EB1/JI do Falcão (n.º 7) 1 17 5 164 9 1 8 4 EB1/JI de S. Roque da Lameira (n.º 12) 1 20 4 163 8 0 8 4 EB1/JI N. Sr.ª de Campanhã (n.º 13) 1 25 4 119 6 2 4 2 EB1/JI do Cerco do Porto (n.º 9) 2 50 8 282 15 1 14 7 JI da Rua do Falcão (Dó-Ré-Mi I) 3 64 Dr. Augusto César Pires de Lima 6 109 22 449 22 22 0 0 EB1/JI do Campo 24 de Agosto (n.º 1) 1 22 11 237 11 11 0 0 EB1/JI da Alegria (n.º 3) 1 20 6 112 6 6 0 0 EB1/JI da Sé (n.º 25) 1 20 5 100 5 5 0 0 19 349 19 19 0 0 5 99 5 5 0 0 JI do Largo Actor Dias (JI da Sé) 3 47 Dr. Leonardo Coimbra Filho 7 133 EB1 Condominhas (n.º 34) EB1/JI Lordelo (n.º 35) 2 29 5 93 5 5 0 0 EB1/JI Pasteleira (n.º 46) 1 22 5 91 5 5 0 0 EB1/JI Aleixo (n.º 56) 1 14 4 66 4 4 0 0 JI da Rua de Estoril (JI do Lordelo) 3 68 Eugénio de Andrade 1 24 29 705 32 24 8 3 11 259 11 11 0 0 10 310 14 6 8 4 8 136 7 7 0 -1 EB1 Augusto Lessa (n.º 16) EB1 de Costa Cabral (n.º 17) EB1/JI do Covelo (n.º 28) CEP 1 24 Capítulo VII - 9 Agrupamento Vertical de Escolas Denominação da Escola Francisco Torrinha Total de salas de actividades JI 8 Total de Crianças EPE 2006/07 172 EB1 S.João da Foz (n.º 33) EB1/JI Paulo da Gama (n.º 32) 1 12 EB1 S. Miguel de Nevogilde (n.º 43) JI da Rua de Corte Real (JI de Nevogilde) 4 95 JI da Rua Padre Luís Cabral (JI de S. João da Foz) 3 65 Gomes Teixeira 5 115 EB1 Pinheiro (n.º 55) EB1/JI Torrinha (n.º 27) 2 40 EB1 Bom Sucesso (n.º 38) EB1 Gólgota (n.º 40) JI da Rua Barbosa du Bocage (JI de Massarelos) 3 75 Irene Lisboa 9 174 Total de salas de aula EB1 22 Total de alunos EB1 2006/07 677 Total de Turmas EB1 35 Turmas EB1 Reg. Normal 9 Turmas EB1 Reg. Duplo 26 8 229 12 4 8 Carências Sala de aulas 13 4 7 180 10 4 6 3 7 268 13 1 12 6 28 781 38 15 23 10 3 78 4 2 2 1 13 388 19 7 12 6 10 287 13 4 9 3 2 28 2 2 0 0 16 409 19 13 6 3 EB1 Constituição (n.º 31) (JI da R. Ribeiro de Sousa) 3 65 5 149 7 3 4 2 EB1/JI Ribeiro de Sousa (n.º 30) 1 25 7 170 8 6 2 1 EB1/JI Bom Pastor (n.º 57) 2 40 4 90 4 4 0 0 JI da Rua das Água Férreas (JI de Cedofeita) 3 44 Manoel de Oliveira 6 137 33 626 30 30 0 -3 9 168 9 9 0 0 -1 EB1 Fonte da Moura (n.º 52) EB1/JI António Aroso (n.º 53) 1 24 7 116 6 6 0 7 161 7 7 0 0 2 45 10 181 8 8 0 -2 23 361 19 19 0 -4 EB1 Ponte (n.º 36) EB1/JI Vilarinha (n.º 39) JI da Rua de Angola 3 68 Maria Lamas 4 90 EB1/JI da Caramila (n.º 41) 1 23 6 102 5 5 0 -1 EB1/JI dos Castelos (n.º 29) 2 44 10 167 8 8 0 -2 EB1/JI do Padre Américo (n.º 45) 1 23 7 92 6 6 0 -1 Miragaia 6 113 15 504 25 4 21 10 EB1 da Bandeirinha (n.º 42)(JI R. Azevedo de Albuquerque) 2 33 5 174 9 0 9 4 EB1/JI de S. Nicolau (n.º 50) (JI da Rua de S. Francisco) 1 15 6 164 8 4 4 2 4 166 8 0 8 4 32 591 32 32 0 0 EB1 Carlos Alberto (n.º 51) JI da Praça de Carlos Alberto 3 65 Ramalho Ortigão 7 146 EB1/JI das Flores (n.º 8) 1 20 7 135 7 7 0 0 EB1/JI da Lomba (n.º 11) 2 45 10 190 10 10 0 0 EB1/JI do Lagarteiro (n.º 10) 2 45 10 198 10 10 0 0 EB1/JI de Noeda (n.º 14) 2 36 5 68 5 5 0 0 Viso 8 166 27 548 27 27 0 0 EB1/JI do Viso (n.º 37) 1 22 9 189 9 9 0 0 EB1/JI das Cruzes (n.º 44) 1 19 2 41 2 2 0 0 EB1/JI dos Correios (n.º 48) 1 23 7 144 7 7 0 0 EB1/JI das Campinas (n.º 54) 1 25 9 174 9 9 0 0 370 9.112 448 260 188 90 JI da Av. Vasco da Gama (JI de Ramalde) TOTAIS 4 77 99 2.038 Fonte: CMP/GTCEP, FEV. 2007. Notas: 1 - Os dados disponibilizados relativos ao ano lectivo 2006-2007 referentes à EPE são provenientes do Acordo de cooperação para o desenvolvimento da Educação Pré-escolar (2006/2007) via DMEJ; 2 - Os dados referentes às EB1s e foram recolhidos a partir do documento de candidatura às AEC`S - validado pela DREN, via DMEJ. CEP Capítulo VII - 10 3. Planeamento da rede escolar municipal A análise anterior estabelece o ponto de partida para a elaboração da proposta de reordenamento da rede escolar. Antes de se explicitar o processo de planeamento adoptado impõe-se sublinhar a importância de se vir a assegurar uma concertação de posições a nível metropolitano nesta matéria. Ou seja, independentemente das propostas que cada município vier a desenvolver de per si no âmbito da respectiva carta educativa, dever-se-á avançar posteriormente para a análise à escala metropolitana com a preocupação de se racionalizar e optimizar a rede de equipamentos educativos o que possibilitará ganhos de eficiência e eficácia na gestão destes recursos. No entanto, o município do Porto aceitou o desafio de centrar a sua análise no caso concreto da cidade do Porto e apresenta uma proposta fundamentada de intervenções a implementar com vista ao reordenamento da rede escolar, que tenha em conta as necessidades previsíveis de equipamentos educativos a curto e médio prazo. A evolução da população residente no Porto constitui a variável chave em que assenta o modelo de previsão de necessidades de salas de actividade e de salas de aula para que a escola pública possa satisfazer a procura que se vier a registar. Para este efeito, recorreu-se naturalmente aos estudos prospectivos realizados pelo INE em matéria de projecções demográficas para 2010 e 2015, questão esta que foi objecto de reunião conjunta entre técnicos das duas partes. O modelo adoptado para estimar as necessidades de salas de actividade e de aula contempla dois dos objectivos que o reordenamento da rede escolar deve prosseguir, em conformidade com a estratégia definida anteriormente: 1. Alargar a cobertura da educação pré-escolar pública; 2. Generalizar o regime normal de funcionamento das EB1. A proposta de reordenamento da rede escolar tem ainda como objectivo melhorar as condições dos JI e das EB1, em termos de conforto, segurança e funcionalidade. Face à incerteza que está sempre associada aos resultados de qualquer exercício prospectivo, exige-se que as propostas de intervenção relativas aos equipamentos a beneficiar e, principalmente, às novas escolas a construir, e que decorrem deste trabalho de planeamento, garantam o cumprimento dos objectivos anteriores, salvaguardando duas questões. Por um lado, as soluções propostas deverão corresponder ao melhor aproveitamento dos recursos que são necessários mobilizar e, CEP Capítulo VII - 11 por outro, a sua implementação deverá ser ajustada em função da evolução efectiva da procura escolar. Ou seja, é indispensável assegurar a monitorização do sistema educativo, em particular das frequências escolares, e, por essa via, actualizar as premissas adoptadas no modelo e tirar as devidas ilações quanto à oferta escolar proporcionada. 3.1 Modelo de previsão adoptado: premissas e resultados Vejamos, então, o processo de estimação das necessidades de salas a curto e médio prazo, isto é, para os anos lectivos 2010/11 e 2015/16. O modelo adoptado baseou-se na informação dos Censos 2001 para a caracterização da situação de partida e foi construído com vista a permitir estimar o número de alunos (da Educação pré-escolar ou do 1º CEB) em função da população residente do grupo etário correspondente, isto é, com idades compreendidas entre os 3 e 5 anos e entre os 6 e os 9 anos, respectivamente. Analisemos a situação para o caso do 1º CEB, dado que para a EPE o processo se torna mais simples. O primeiro passo consistiu na determinação da relação entre o número de alunos do Porto a frequentarem o 1º CEB e o número de crianças com idades dos 6 aos 9 anos, também a residirem na cidade do Porto. Trata-se do ratio alunos do 1º CEB/crianças dos 6-9 anos, para o Porto. Este indicador depende essencialmente de 2 factores: o abandono e o sucesso escolar. O ratio assumiria o valor unitário na situação óptima, isto é, se não houvesse abandono, se todas as crianças entrassem para o 1º ano de escolaridade no ano em que fizessem 6 anos de idade e se não houvesse insucesso escolar. Houve, pois, que estimar os valores relativos ao abandono e ao insucesso escolar tendo presente que o momento censitário foi o dia 12 de Março de 2001, o que impediu a utilização directa dos dados dos Censos e obrigou à introdução de certas correcções1. O resultado final, que se apresenta na tabela seguinte, aponta para uma taxa de abandono escolar na ordem dos 2,2%, no grupo etário dos 6 aos 9 anos, e fixa em 1,6% a percentagem de alunos deste escalão de idades que não frequenta o 1º CEB. Quer isto dizer que 96,3% das crianças dos 6 aos 9 anos residentes no Porto estudam no 1º ciclo de escolaridade. 1 Nomeadamente quanto ao cálculo da taxa líquida de escolarização e quanto ao momento a que se reportam os dados populacionais, 31 de Dezembro de 2000. CEP Capítulo VII - 12 Por sua vez, estima-se que 13,5% dos alunos do Porto que frequentam o 1º CEB têm mais de 9 anos de idade, ou seja, numa situação de sucesso escolar pleno seria de esperar que estivessem matriculados no 2º ciclo . Trata-se, na sua grande maioria, de alunos que ficaram retidos 1 ou mais anos no 1º ciclo. Como corolário da conjugação destes factores o ratio alunos do 1º CEB/crianças dos 6-9 anos, para o Porto, foi estimado em 1,112. Calculado este ratio, procedeu-se à determinação da capacidade atractiva das escolas do 1º CEB do Porto sobre a população escolar residente noutros concelhos. Segundo os Censos de 2001 constata-se que 27% dos alunos que frequentam as escolas do 1º ciclo do Porto estão nesta situação. Em resumo, por cada 100 crianças dos 6 aos 9 anos que viviam no Porto no final de 2000, havia 153 alunos a frequentarem o 1º ciclo. Face aos dados do Ministério da Educação para o ano lectivo 2000/01, o ensino público absorvia 68% do total de alunos matriculados nas escolas do Porto. Com base no número total de alunos nas escolas públicas do 1º CEB do Porto estimase o número de salas de aula necessárias para que todas as turmas funcionem em regime normal. Tabela 7.3 – Dados de base para estimação das necessidades de salas de aula (2001) Crianças 6 - 9 anos residentes no Porto Crianças 6 - 9 anos residentes no Porto a estudar Taxa de escolarização (%) Crianças 6 - 9 anos residentes no Porto a freq. o 1º CEB Ratio Cr. 6-9 no 1º CEB/Cr. 6-9 a estudar (resid. Porto) Taxa líquida de escolarização (%) Alunos residentes no Porto a freq. o 1º CEB Alunos com 10 e + anos residentes no Porto a freq. o 1ª CEB Ratio aluno 1º ciclo/criança 6 - 9 anos (residentes no Porto) Alunos residentes fora do Porto a freq. o 1ª CEB Total alunos a freq. o 1º CEB no Porto Crianças a freq. o 1º CEB na rede pública Turmas do 1º CEB - rede pública Ratio alunos/turma - rede pública Salas de aula do 1º CEB - rede pública Fonte INE/CMP INE/CMP INE/CMP INE/CMP INE/CMP INE/CMP M.E./CMP CMP Ano lectivo 2000/01 9.258 9.052 97,8% 8.911 86,5% 98,44% 96,25% 10.297 100% 1.386 13,5% 1,112 3.837 27% 14.134 100% 9.556 68% CMP Fonte: CMP/GTCEP, 2006 No caso dos Jardins-de-infância só se dispõe de informação respeitante à taxa de préescolarização, através dos Censos, ao total de crianças inscritas em JI e às que frequentam os JI da rede pública, de acordo com os dados do Ministério da Educação. Nos 2 últimos anos, os JI a cargo do município do Porto asseguravam entre 29 e 26% do total de crianças inscritas na Educação Pré-Escolar. CEP Capítulo VII - 13 A tabela seguinte ilustra o cálculo estimado de salas de actividade para os anos 2010/11 e 2015/16. Assumiu-se, como dado de partida, que as crianças dos 3 aos 5 anos residentes no Porto seriam 5.400 no fim de 2010 e 5.050 no fim de 2015, face aos cenários de evolução demográfica conhecidos. Admitiu-se que a taxa de pré-escolarização se situará em 80% em 2011, o que representa um aumento de 20 pontos percentuais em 10 anos, e em 90% em 2015, de acordo com o objectivo de se generalizar a educação pré-escolar. Sendo expectável que se vá reduzindo, progressivamente, a percentagem de crianças residentes noutros concelhos e que vêm frequentar os JI do Porto, estimou-se em cerca de 8.050 e 7.700 o número de crianças que irão procurar os JI do Porto nos dois anos considerados. Se a rede pública continuar a satisfazer 27,5% da procura total de Educação PréEscolar, tal significa que haverá um défice de 12 e de 7 salas de actividade em 2010/11 e em 2015/16, respectivamente, face às 99 salas actualmente existentes. Tabela 7.4 - Modelo para a previsão das necessidade de salas de actividades Fonte Ano lectivo 2000/01 Ano lectivo 2010/11 Ano lectivo 2015/16 Crianças 3 - 5 anos residentes no Porto INE/CMP 6.388 5.400 5.050 Crianças residentes no Porto a freq a EPE INE/CMP 3.825 4.320 4.545 60% 80% Taxa de pré-escolarização (%) 90% Hip. 1: Crianças a residir e a frequentar a EPE no Porto (100%) CMP 3.825 Hip. 1: Crianças residentes fora do Porto a freq a EPE no Porto CMP 4.565 54% 3.727 46,3% 3.165 41,1% Hip. 2: Crianças a residir e a frequentar a EPE no Porto (95%) CMP 3.645 43% 4.104 51,0% 4.318 56,0% Hip. 2: Crianças residentes fora do Porto a freq a EPE no Porto CMP 4.745 57% 3.943 49,0% 3.393 44,0% Total crianças a freq a EPE no Porto M.E./CMP 8.390 100% 8.047 100,0% 7.710 100,0% Crianças a freq a EPE na rede pública M.E./CMP 1.311 16% 2.213 2.120 27,5% Salas de JI - rede pública FAUP Ratio crianças/sala - rede pública Carência de salas de actividade 46% 4.320 53,7% 4.545 58,9% 27,5% 111 106 20,0 20,0 12 7 Fonte: CMP/GTCEP, 2006 Como se viu anteriormente, as variáveis chave do modelo adoptado para o caso do 1º CEB respeitam às taxas de escolarização, à percentagem de alunos do 1º ciclo com mais de 9 anos, ao grau de atractividade das escolas do Porto sobre estudantes residentes noutros concelhos e à relação escola pública/escola particular em termos de procura. CEP Capítulo VII - 14 Face à necessidade de contemplar estes 4 factores na estimação das salas de aula para os anos lectivos 2010/11 e 2015/16 optou-se por construir 3 cenários quanto à evolução previsível do número de crianças que procurarão as escolas públicas do 1º CEB. O primeiro cenário (hipótese 1, na tabela seguinte) representa, em termos gerais, a situação de partida, verificada em 2000/01. Ou seja, trata-se de um cenário tido por “conservador” em que se reproduzem as condições do ano base. Os outros dois cenários correspondem a situações contrastadas, isto é, em que se reforça ou reduz quer o grau de atractividade das escolas do Porto sobre os alunos residentes noutros concelhos, quer a importância da escola pública em termos de procura escolar. Tal significa que os resultados quanto ao número de salas de aula necessárias na rede pública, associados a estes dois cenários, balizam o intervalo de valores aceitável centrado no resultado do cenário 1. Vejamos o quadro respeitante ao ano lectivo 2010/11. Em primeiro lugar, refira-se que se assumiu que a população dos 6 aos 9 anos residente no Porto é de 7.800 crianças. No primeiro cenário traçado (hipótese 1), considerou-se que o ratio aluno/criança de 6 a 9 anos, para a cidade do Porto, aumentará para 1,132 face à redução do abandono escolar de 2,2% (em 2000/01) para 0,5%, na sequência do esforço que se tem desenvolvido para combater esta situação. Em conformidade com a situação de 2000/01, assumiu-se que 25% dos alunos que frequentam o 1º CEB no Porto residem fora da cidade do Porto e que 70% do total de alunos matricular-se-á na escola pública. Com base nestas premissas conclui-se que serão necessárias 412 salas de aula para se assegurar o regime normal de funcionamento, ou seja, faltariam 42 salas para que se cumpra este objectivo integralmente. Nos outros dois cenários começou por se admitir uma maior redução do abandono escolar, que foi fixado em 0,2%. No segundo cenário (hip. 2) simulou-se a possibilidade da escola pública vir a acolher 75% do total de alunos do 1º CEB. Em oposição, o cenário 3 assume que a percentagem de alunos residentes noutros concelhos e a frequentarem as escolas do Porto se confina a 15% do total de estudantes, como consequência da melhoria da rede escolar dos respectivos concelhos. Neste cenário considerou-se ainda que seria de 65% a procura do ensino público. CEP Capítulo VII - 15 Os resultados finais são significativos. No cenário 2 a carência de salas aumenta para 73 ao passo que no cenário 3 o parque escolar actual teria capacidade excedentária, estimada em 31 salas de aula. Tabela 7.5 - Modelo para a previsão das necessidade de salas de aula (2010/2011) Crianças 6 - 9 anos residentes no Porto Crianças 6 - 9 anos residentes no Porto a estudar Taxa de escolarização (%) Crianças 6 - 9 anos residentes no Porto a freq. o 1º CEB Ratio Cr. 6-9 no 1º CEB/Cr. 6-9 a estudar (resid. Porto) Taxa líquida de escolarização (%) Alunos residentes no Porto a freq. o 1º CEB Alunos com 10 e + anos residentes no Porto a freq. o 1ª CEB Ratio aluno 1º ciclo/criança 6 - 9 anos (residentes no Porto) Alunos residentes fora do Porto a freq. o 1ª CEB Total alunos a freq. o 1º CEB no Porto Crianças a freq. o 1º CEB na rede pública Turmas do 1º CEB - rede pública Ratio alunos/turma - rede pública Salas de aula do 1º CEB - rede pública Carência de salas de aula para funcionamento em RN Ano lectivo 2010/11 Hipótese 1 Hipótese 2 Hipótese 3 7.800 7.800 7.800 7.761 7.784 7.784 99,5% 99,8% 99,8% 7.640 86,5% 7.663 86,5% 7.663 86,5% 98,44% 98,4% 98,4% 97,94% 98,24% 98,24% 8.828 100% 8.855 100% 8.855 100% 1.189 13,5% 1.192 13,5% 1.192 13,5% 1,132 1,135 1,135 2.943 25% 2.952 25% 1.563 15% 11.771 100% 11.807 100% 10.418 100% 8.240 70% 8.855 75% 6.771 65% 412 443 339 20,0 20,0 20,0 370 370 370 42 73 -31 Hipótese 1: Hipótese 2: Hipótese 3: Situação semelhante à de 2001: - Redução do abandono escolar - Mesma atractividade - Mesma importância do ensino público - Maior redução do abandono escolar - Aumento do peso do ensino público - Maior redução do abandono escolar - Reforço da atractividade dos concelhos vizinhos sobre a sua população escolar - Redução do peso do ensino público Fonte: CMP/GTCEP, 2006 Nota: 370 é o n.º de salas de aula no ano lectivo 2006/07 Vejamos, por fim, para o ano lectivo 2015/16, as opções tomadas e os respectivos resultados. Para começar, admitiu-se que a população de partida, as crianças com idades entre os 6 e os 9 anos residentes no Porto, é de 7.250 indivíduos. O ratio alunos do 1º CEB/crianças dos 6-9 anos, com o aumento do sucesso escolar neste nível de ensino, reduzir-se-á. Há a convicção plena de que se assistirá a uma tendência de melhoria dos resultados escolares fruto do investimento e da política que tem vindo a ser desenvolvida. Considerou-se, assim, que uma meta razoável seria atingir-se uma diminuição de um ponto percentual por ano, entre 2010 e 2015, na percentagem de crianças com 10 e mais anos a frequentarem o 1º ciclo de escolaridade. No caso do Porto, isto significa que este valor passaria de 13,5 para 8,5%, neste período de tempo. Como consequência o ratio alunos/crianças estimou-se em 1,073 em todos os cenários. CEP Capítulo VII - 16 No cenário 1 manteve-se o peso do ensino público no 1º CEB, na ordem dos 70%, e reduziu-se para 20% a percentagem de estudantes que vivem nos concelhos limítrofes mas que frequentam as escolas do Porto. Nestas condições, o parque escolar actual responderá à procura estimada, do ponto de vista meramente quantitativo, dado que o número de turmas rondará as 340, muito aquém das 370 salas disponíveis. A hipótese que representa a maior pressão sobre a rede pública é o cenário 2, como é sabido. O exercício realizado manteve todas as condições anteriores, à excepção da quota-parte da procura escolar que é satisfeita pela escola pública e que se admitiu ser 75%. Mesmo nesta situação, continua a haver uma oferta ligeiramente superior, em 5 salas, às necessidades estimadas. No cenário 3 a necessidade de salas da rede pública diminui bastante mais, face às premissas adoptadas. Reduziu-se para 10% a percentagem de alunos que estudarão no Porto e que vivem noutros concelhos, e reduziu-se, igualmente, para 65% a procura da escola pública. Nesta situação o número de turmas a constituir é de 281, muito aquém da disponibilidade actual de espaços escolares. Tabela 7.6 - Modelo para a previsão das necessidade de salas de aula (2015/2016) Crianças 6 - 9 anos residentes no Porto Crianças 6 - 9 anos residentes no Porto a estudar Taxa de escolarização (%) Crianças 6 - 9 anos residentes no Porto a freq. o 1º CEB Ratio Cr. 6-9 no 1º CEB/Cr. 6-9 a estudar (resid. Porto) Taxa líquida de escolarização (%) Alunos residentes no Porto a freq. o 1º CEB Alunos com 10 e + anos residentes no Porto a freq. o 1ª CEB Ratio aluno 1º ciclo/criança 6 - 9 anos (residentes no Porto) Alunos residentes fora do Porto a freq. o 1ª CEB Total alunos a freq. o 1º CEB no Porto Crianças a freq. o 1º CEB na rede pública Turmas do 1º CEB - rede pública Ratio alunos/turma - rede pública Salas de aula do 1º CEB - rede pública Carência de salas de aula para funcionamento em RN Ano lectivo 2010/11 Hipótese 1 Hipótese 2 Hipótese 3 7.250 7.250 7.250 7.236 7.236 7.236 99,8% 99,8% 99,8% 7.122 91,5% 7.122 91,5% 7.122 91,5% 98,44% 98,4% 98,4% 98,24% 98,24% 98,24% 7.781 100% 7.781 100% 7.781 100% 659 8,5% 659 8,5% 659 8,5% 1,073 1,073 1,073 1.945 20% 1.945 20% 865 10% 9.726 100% 9.726 100% 8.645 100% 6.808 70% 7.295 75% 5.620 65% 340 365 281 20,0 20,0 20,0 370 370 370 -30 -5 -89 Hipótese 1: Hipótese 2: Hipótese 3: - Aumento do sucesso escolar - Reforço da atractividade dos concelhos vizinhos sobre a sua população escolar - Aumento do sucesso escolar - Reforço da atractividade dos concelhos vizinhos sobre a sua população escolar - Aumento do peso do ensino público - Aumento do sucesso escolar - Maior atractividade dos concelhos vizinhos sobre a sua população escolar - Redução do peso do ensino público Fonte: CMP/GTCEP, 2006 Nota: 370 é o n.º de salas de aula no ano lectivo 2006/07 CEP Capítulo VII - 17 3.2 Principais conclusões Face aos resultados obtidos que conclusões de concreto se podem e devem tirar? Em primeiro lugar, torna-se claro que, no pressuposto de se continuar a verificar uma quebra da população residente no Porto, a carência de salas de aula assume um carácter transitório, ou seja, é uma situação temporária que se prolongará por mais uns 6 ou 7 anos, não atingindo o ano lectivo 2015/16. Mas que exige uma actuação imediata pois não se compadece com o facto do “tempo” ir atenuando esta realidade. Convirá dizer que se procedeu a uma análise de sensibilidade para se perceber o impacto da alteração do parâmetro de base do modelo, a população residente dos 6 aos 9 anos. Se se aumentar esta população em 5% relativamente aos valores assumidos, só no cenário de maior pressão sobre a escola pública (hipótese 2) é que haveria um défice de 13 salas de aula em 2015. Na hipótese 1, a que se poderá considerar mais admissível, a oferta actual continuaria a exceder em 13 salas a procura estimada. Em segundo lugar, constata-se que os resultados alcançados apresentam uma disparidade de valores que não facilitam uma tomada de posição muito segura sobre as propostas a implementar. Dito de outro modo, estes resultados vêm reforçar a necessidade imperiosa de se continuar a acompanhar a evolução das frequências escolares e da realidade educativa para se ir estreitando a margem de incerteza encontrada. Mais ainda, sabendo-se que o sistema educativo é, por natureza, um sistema social, o seu comportamento não segue um modelo determinístico pelo que as políticas e as intervenções que ocorrerem influenciam a sua trajectória. Por outro lado, esta incerteza quanto à “marcha do sistema” também significa que as soluções a implementar, em termos de novos centros educativos, deverão corresponder a soluções escaláveis, isto é, que possam ser facilmente adaptáveis às alterações que se vierem a verificar. Outra consequência a ter presente quanto às propostas de intervenção a inscrever na CEP, prende-se com as prioridades a definir. O critério a seguir deverá privilegiar todas as soluções que assegurem uma resposta rápida ao problema da falta de salas de aula, ou seja, um reforço da capacidade do parque escolar no mais curto prazo de tempo. Muito directamente, isto significa que a construção de novos centros educativos não é uma solução de curto prazo. A prioridade é claramente requalificar e, quando possível, ampliar as instalações escolares existentes, e ainda reconverter edifícios que possam ser facilmente adaptáveis para acolher salas de actividade e/ou salas de aula. É o caso dos edifícios escolares do Ministério da Educação que disponham de espaços subaproveitados. Esta terá de ser a via a privilegiar. CEP Capítulo VII - 18 3.3 Perspectivas de crescimento urbanístico Outra condicionante que muito penaliza o Município do Porto é a escassez e o elevado valor dos terrenos para novas construções escolares. A solução terá de passar pela utilização de terrenos municipais disponíveis ou que, fruto das intervenções urbanísticas previstas, venham para a posse do Município. Vale a pena reter a situação presente deste ponto de vista. A figura seguinte assinala as áreas expectáveis de expansão urbana da cidade, denominadas Unidades Operativas de Planeamento e Gestão (UOPG) e referenciadas em sede de Plano Director Municipal. A tabela 7.7 indica as áreas que estão a ser objecto de análise urbanística e para as quais se desenvolvem os respectivos Planos de Pormenor. No caso das Antas o plano de pormenor já está publicado. À luz destes instrumentos de planeamento e de gestão urbanística é possível afectar terrenos a equipamentos educativos o que viabilizará, a prazo, a construção de novos centros educativos. Figura 7.10 - Unidades Operativas de Planeamento e Gestão Fonte: CMP/DMU – PDM, 2007 Duas notas adicionais. Nas 5 áreas que estão a ser analisadas a capacidade construtiva máxima permitirá acolher cerca de 11 mil novos fogos o que poderá significar uma população da ordem das 30 mil pessoas. Nas 3 unidades da zona oriental aponta-se para a construção de novos pólos habitacionais com uma dimensão superior a 5 mil fogos. Nas Antas já decorre a construção de edifícios habitacionais. Em segundo lugar, é de relembrar que é na zona oriental que mais se faz sentir a carência de salas de aula, com a agravante da resposta existente se limitar ao ensino público. Na zona ocidental o défice actual é de 13 salas no Agrupamento Francisco Torrinha. CEP Capítulo VII - 19 1 4 14 17 18 UOPG Nun'Álvares Requesende Areosa Contumil Antas Tabela 7.7 – Características das UOPG PDM Área (m2) Nº Fogos 2 População acrescida (n.ºhab.)3 P.P. em curso 530 260 2.220 5.994 P.P. em curso 817 358 3.422 9.239 796 Estudos preliminares 190 187 2.149 484.377 2.028 P.P. em curso 5.476 2.750 P.P. publicado 419 989 7.425 Fonte: CMP/DMU – PDM, 2007 Finalmente, teve-se em consideração a bolsa de terrenos municipais com mais de 3.000 m2 e que poderiam ficar afectos à construção de centros escolares. Apenas duas parcelas foram tidas como adequadas para este fim, designadamente, uma parcela do Plano de Pormenor das Antas com 3.000 m2 e um terreno na freguesia da Campanhã, localizado nas “traseiras” da EB1/JI do Falcão com cerca de 30 mil m2. 4. Propostas de intervenção Nas páginas anteriores, quando se procedeu à análise da rede escolar, quantificaramse as carências actuais de salas de actividade para a EPE e de salas de aula para o 1º CEB e identificaram-se as áreas da cidade do Porto onde a insuficiência do parque escolar é mais expressiva. Foram igualmente referenciadas as escolas que, pelo seu estado de conservação ou por razões de natureza funcional, não dispõem das condições mais adequadas face aos padrões de qualidade pretendidos para uma escola moderna. A análise da evolução previsível da procura escolar na cidade do Porto para estes níveis de ensino apontou para uma redução tendencial do forte défice de salas de aula actualmente existente. Torna-se, assim, urgente uma actuação concertada que permita a atenuação deste problema, o que implica atribuir maior prioridade à requalificação/ampliação das escolas existentes e à reconversão dos estabelecimentos de ensino com capacidade claramente excedentária. As propostas de reordenamento da rede escolar do Porto, no sentido mais lato do termo, passam por 3 tipos de intervenção: requalificação/ampliação das actuais escolas, reconversão de instalações escolares do Ministério da Educação para jardinsde-infância e escolas do 1º ciclo, e ainda construção de novos centros escolares. Admite-se igualmente que algumas escolas possam vir a ser encerradas por motivos de manifesta desadequação funcional, exiguidade das instalações ou pela necessidade de se facilitar a integração das populações jovens em escolas inclusivas, isto é, em ambientes escolares abertos, promotores do sucesso escolar e da inclusão social. Esta solução será encarada se e quando se reunirem as condições necessárias, a primeira 2 O cálculo do "Nº de Fogos" tem por base os números já definidos nos estudos existentes ou em curso e, nos restantes casos, o valor foi estimado, assumindo-se um valor médio de 160 m2 por fogo. 3 Para o cálculo da "População Acrescida", aplicou-se o valor de 2,7 habitantes/família como a dimensão média das famílias nas freguesias para onde se propõem UOPG, de acordo com os Censos 2001. CEP Capítulo VII - 20 das quais a existência de espaços escolares alternativas para a população das áreas abrangidas. 4.1 Requalificação e ampliação São 5 as intervenções programadas ou propostas. No caso das EB1/JI do Cerco, do Falcão e de Paulo da Gama trata-se da ampliação das actuais instalações escolares, processos estes que serão iniciados este ano de 2007. No seu conjunto estas 3 intervenções permitirão um acréscimo de 1 sala de actividades e de 10 salas de aula. As outras 2 intervenções constituem propostas que o município pretende concretizar através da negociação com os respectivos proprietários. Referimo-nos à EB1 do Pinheiro e à EB1 das Florinhas. No que respeita à EB1 do Pinheiro, o que se defende é a reconversão total da escola actual pela construção de um novo equipamento educativo que amplie a capacidade em mais 1 sala de aula, perfazendo um total de 5 salas, 1 de actividades e de 4 de aula. No caso da EB1 das Florinhas, que dispõe unicamente de 2 salas de aula, pretende-se assegurar a sua ampliação para um total de 4 salas de aula através da utilização de espaços livres do edifício. Em resumo, as propostas, a que corresponde um investimento total estimado de 1,9 milhões de euros4, são as seguintes: 1. EB1/JI do Cerco Ampliação do refeitório e construção de sete salas de aula. 2. EB1/JI do Falcão Construção de 2 salas de aula e de 1 sala de actividades. 3. EB1/JI de Paulo da Gama Construção de uma sala de aula. 4. EB1 Pinheiro Criação de um novo equipamento educativo, com uma capacidade de 4 salas de aula e de 1 sala de actividades (acréscimo de 1 sala de aula) em substituição da actual escola. 4 Em anexo poderão ser consultados os custos estimados de cada intervenção. CEP Capítulo VII - 21 5. EB1 Florinhas Ampliação do espaço da escola com mais duas salas de aula. Tabela 7.8 – Síntese das propostas para a requalificação Salas de actividades Capacidade Máxima Actuais Novas Total Actuais EB1/JI Cerco EB1/JI Falcão EB1/JI Paulo da Gama EB1 Pinheiro EB1 Florinhas Sub Total 2 1 1 1 1 4 2 40 20 20 2 2 1 1 0 6 20 20 80 Salas de aula Capacidade Máxima Novas Total Actuais Novas Total Actuais Novas Total 40 40 40 20 20 0 120 8 5 7 3 2 25 7 2 1 1 2 13 15 7 8 4 4 38 160 100 140 60 40 500 140 40 20 20 40 260 300 140 160 80 80 760 Fonte: CMP/GTCEP, 2007. Tabela 7.9 – Estimativa de custos para a requalificação EB1/JI Cerco EB/JI Falcão EB1/JI Paulo da Gama EB1 Pinheiro3 EB1 Florinhas 732.200 € 315.000 € 117.500 € 555.380 € 156.800 € 1.876.880 € Fonte: CMP/GTCEP, 2007 Conforme se observa na figura seguinte, estas propostas incidem nas áreas com maior défice de salas de aula: as zonas oriental e central da cidade que passarão a dispor precisamente de mais 10 salas (1+9 para JI e EB1, respectivamente) e de mais 4 salas (1+3, na mesma distribuição). Figura 7.11 – Localização dos estabelecimentos de ensino a requalificar Fonte: CMP/GTCEP, 2007 CEP Capítulo VII - 22 4.2 Aproveitamento de instalações escolares do Ministério da Educação Como tem vindo a ser sublinhado, a forma mais eficaz e rápida de suprir a forte carência de salas de aula passa pelo aproveitamento de instalações escolares que se encontrem sub utilizadas, numa óptica de rentabilização de recursos, neste caso, patrimoniais. Foi este, aliás, um dos princípios que esteve na base do protocolo de colaboração assinado entre o Município do Porto, a Direcção Regional de Educação do Norte e a empresa Parque Escolar E.P.E., em Março último, e que prevê exactamente a possibilidade de se partilharem instalações para utilização de diferentes ciclos de ensino numa visão racional da gestão dos espaços escolares sub utilizados. Nesta conformidade o Município do Porto apresenta 4 propostas que visam a reconversão de parte dos seguintes edifícios escolares, da responsabilidade do Ministério da Educação, para acolhimento de JI e de EB do 1º ciclo: 1. Escola Básica do 2.º e 3.º Ciclo de Gomes Teixeira / Escola Secundária Rodrigues de Freitas Pela sua localização na zona central da cidade, onde não abundam espaços livres para novas construções, e tendo em conta o actual défice de salas, nomeadamente no próprio Agrupamento Gomes Teixeira, propõe-se que sejam afectas à EPE e ao 1º CEB, respectivamente 3 e 8 salas, de um destes equipamentos, no âmbito do processo de reestruturação e de modernização dos equipamentos escolares da responsabilidade do Ministério da Educação. 2. Escola Secundária de António Nobre A utilização de parte das instalações da Escola Secundária de António Nobre permitirá aliviar a pressão sobre o Agrupamento Eugénio de Andrade e servir uma área da cidade que não dispõe de nenhum JI da rede pública. Como tal, propõe-se que possam ser disponibilizadas 3 salas para JI e 8 salas para o 1º CEB. 3. Escola Secundária Artística de Soares dos Reis É uma escola de referência do Porto que se prevê que venha a mudar de instalações para se dotar de melhores condições de funcionamento e outra capacidade de resposta à crescente procura que tem registado. A sua localização na área central da cidade e o défice de salas com que se confronta o Agrupamento Vertical Augusto Gil, são as razões que justificam esta proposta para que o actual edifício possa acomodar 12 salas de aula do 1º ciclo. CEP Capítulo VII - 23 4. Escola Básica do 2.º e 3.º Ciclos do Cerco Face à reestruturação prevista que abrangerá a Escola Secundária do Cerco e esta EB2,3 e ainda à pressão escolar que incide fortemente na zona oriental do Porto seria de todo vantajoso que, no âmbito deste processo de reorganização das 2 escolas, se pudesse assegurar a afectação de 5 salas para o funcionamento do 1º CEB. A concretização destas propostas de partilha de instalações para utilização por diferentes níveis de ensino e que se traduz na cedência de um total de 39 salas (6 para JI e 33 para EB1) pressupõe uma análise detalhada, caso a caso, das condições necessárias à sua viabilização, por parte das entidades competentes (Município, DREN e empresa Parque Escolar). Adianta-se, desde já, uma primeira estimativa do investimento para as obras de adaptação que se terão de realizar e que aponta para um montante de 2,6 milhões de euros. Tabela 7.10 – Síntese das propostas para aproveitamento de instalações 2.ª Prioridade - Aproveitamento de instalações ME Salas de actividades Capacidade Máxima Salas de aula Capacidade Máxima EB 2/3 Gomes Teixeira / ES Rodrigues de Freitas 3 60 8 160 3 60 6 120 8 5 12 33 160 100 240 660 ES António Nobre EB 2/3 do Cerco ESA Soares dos Reis Sub Total Fonte: CMP/GTCEP, 2007 Tabela 7.11 - Estimativa de custos para aproveitamento de instalações EB 2,3 Gomes Teixeira / ES Rodrigues de Freitas 737.630 € ES António Nobre 737.630 € ESA Soares dos Reis 804.530 € EB 2,3 Cerco 361.700 € 2.641.490 € Fonte: CMP/GTCEP, 2007 Na zona central da cidade do Porto conseguir-se-ia, por esta via, reforçar em 3 salas de actividade e 20 salas de aula a capacidade actual do parque escolar. 4.3 Construção de centros escolares As soluções anteriores permitirão uma melhoria substancial do parque escolar, em primeiro lugar, pelo reforço considerável da capacidade instalada em termos de salas, mas também por todo o conjunto de outros recursos de que serão dotadas e que assegurarão os padrões de qualidade que se pretende instituir a nível da EPE e do 1º CEB. CEP Capítulo VII - 24 No entanto, é importante prever o reforço da oferta escolar em zonas em que se perspectiva forte crescimento urbanístico tirando partido do desenvolvimento dos planos de pormenor das UOPG prioritárias, por via da cedência de terrenos para o domínio municipal e sua afectação a equipamentos escolares. A construção de novas escolas deverá ocorrer em função do ritmo de execução das próprias operações urbanísticas em causa e da evolução da procura escolar. É neste sentido que deve ser vista a opção de construção de 5 novos centros escolares, dos quais 4 a inscrever em plano de pormenor. Trata-se dos centros escolares para as Antas, Contumil e Areosa, na zona nordeste da cidade, e ainda para a zona ocidental (UOPG1 – Nun’Álvares). Em qualquer uma destas áreas há um défice de salas para JI e EB1, com a particularidade de, no caso da Areosa, não existir nenhuma escola do 1º ciclo. Estas 4 propostas prevêem a construção de um total de 10 salas de actividade e 30 salas de aula, a que corresponderá um investimento estimado em cerca de 3,8 milhões de euros, conforme se discrimina seguidamente: 1. CE das Antas (PP das Antas) Propõe-se a construção de um centro escolar de tipologia 2 (salas de actividades) + 6 (salas de aula). 2. CE de Nun’Álvares (UOPG 1) Propõe-se a construção de um centro escolar de tipologia 3 (salas de actividades) + 10 (salas de aula). 3. CE de Contumil (UOPG 17) Propõe-se a construção de um centro escolar de tipologia 2 (salas de actividades) + 6 (salas de aula). 4. CE de Areosa (UOPG 14) Propõe-se a construção de um centro escolar de tipologia 3 (salas de actividades) + 8 (salas de aula). Se no caso das Antas a concretização deste centro escolar está facilitada por se dispor do terreno na sequência do plano de pormenor, nos outros o processo está condicionado à conclusão e aprovação dos respectivos planos. É de salientar ainda que a única proposta a nível desta Carta Educativa que permitirá aumentar o número de salas para JI e para EB1 na zona ocidental da cidade é a que resulta da elaboração do plano de pormenor de Nun’Álvares. CEP Capítulo VII - 25 Refira-se igualmente que, por iniciativa da Junta de Freguesia de Ramalde, entrou em funcionamento no passado mês de Abril um novo JI, denominado Ferreira de Castro, com 2 salas de actividade. Tabela 7.12 – Síntese das propostas construção de Centros Escolares 3.ª Prioridade - Construção Salas de de Centros Escolares actividades JI Ferreira de Castro Antas (PPA) Nun'Alvares (UOPG 1) Contumil (UOPG 17) Areosa (UOPG 14) Sub Total 2 2 3 2 3 12 Capacidade Máxima 40 40 60 40 60 240 Salas de aula Capacidade Máxima 6 10 6 8 30 120 200 120 160 600 Fonte: CMP/GTCEP, 2007 Tabela 7.13 - Estimativa de custos para construção de Centros Escolares JI Ferreira de Castro CE Antas (PPA) CE Nun'Alvares (UOPG 1) CE Contumil (UOPG 17) CE Areosa (UOPG 14) 795.130 € 1.211.530 € 795.130 € 1.037.630 € 3.839.420 € Fonte: CMP/GTCEP, 2007 As figuras seguintes permitem visualizar o impacto destas propostas de construção de novos centros escolares e de aproveitamento das instalações a cargo Ministério da Educação. Figura 7.12 - Proposta de criação de centros escolares com salas de actividade Fonte: CMP/GTCEP, 2007 CEP Capítulo VII - 26 Figura 7.13 - Proposta de criação de centros escolares com salas de aula Fonte: CMP/GTCEP, 2007 4.4 Encerramento Conforme foi referido inicialmente admite-se que algumas escolas possam vir a ser encerradas por não oferecerem as condições exigidas a uma escola de qualidade ou por constituírem um espaço socialmente fechado, pouco propício à promoção do sucesso escolar e ao desenvolvimento integral das crianças. Naturalmente que a concretização destas propostas obriga a uma discussão alargada com a comunidade educativa, em primeira instância a DREN, os próprios Agrupamentos de Escolas e a respectiva população, e exige a definição de um quadro de soluções alternativas que signifiquem um ganho efectivo face à situação presente. Mais, a fim de se evitar a rotura do percurso escolar para os alunos que frequentem estas escolas, garantir-se-á, se for essa a intenção manifestada, a conclusão do 1º ciclo de escolaridade para todos os que venham a ser afectados por esta medida. As situações mais problemáticas respeitam à EB1/JI do Aleixo e à EB1 do Gólgota por diferentes razões. No caso da EB1/JI do Aleixo trata-se de uma escola de bairro, praticamente fechada a esta população, e que tem condições nada compatíveis com uma escola aberta, moderna e sobretudo inclusiva. É a primeira prioridade quanto à necessidade de se encontrar um espaço escolar alternativo. CEP Capítulo VII - 27 A EB1 do Gólgota, para além da desadequação funcional do edifício, dispõe unicamente de 2 salas de aula com um número muito reduzido de alunos, pouco superior ao limite de 20 crianças, abaixo do qual se impõe o seu encerramento. As turmas incluem alunos de 2 anos de escolaridade o que do ponto de vista pedagógico não é a situação desejável. Poder-se-á situar este caso num 2º escalão de prioridades. Por fim, merecem um reparo as escolas de Carlos Alberto, Campo 24 de Agosto e Ponte, cujas instalações apresentam condições estruturais menos adequadas para utilização como espaço escolar, e que constituem um 3º nível de prioridades. Nos dois primeiros casos, poder-se-ão colocar como alternativas a EB2,3 de Gomes Teixeira, a ESA Soares dos Reis e, parcialmente, a que se espera que venha a ser a nova escola do Pinheiro. No entanto, encontrando-se localizadas estas 2 escolas numa área com défice reconhecido de salas de aula e que, por outro lado, constitui uma prioridade de intervenção do Município do Porto com vista à sua revitalização global, a perspectiva de encerramento ou de redução da população escolar coloca-se sempre a médio/longo prazo. Figura 7. 14 - Propostas de encerramento Fonte: CMP/GTCEP, 2007-05-04 O eventual encerramento destas escolas traduzir-se-á no fecho de 2 salas de actividade e de 28 salas de aula, conforme se discrimina na tabela seguinte. CEP Capítulo VII - 28 Tabela 7.14 – Características e síntese das propostas de encerramento 1.ª Prioridade EB1/JI Aleixo (n.º 56) Agrupamento Vertical de Escolas Dr. Leonardo Coimbra Filho Sub Total 2.ª Prioridade EB1 Gólgota (n.º 40) Agrupamento Vertical de Escolas Salas de Alunos Turmas Actividade 14 1 66 4 4 1 66 4 4 Crianças 0 Agrupamento Vertical de Escolas EB1/JI Campo 24 de Agosto (n.º 1) Dr. Augusto C. Pires de Lima Salas de aula 14 Salas de Alunos Turmas Actividade Gomes Teixeira Sub Total 3.ª Prioridade Crianças Crianças 28 2 2 28 2 2 Salas de Alunos Turmas Actividade 237 11 11 Miragaia 166 8 4 EB1 Ponte (n.º 36) Manoel de Oliveira 161 7 7 Total 1 Salas de aula EB1 Carlos Alberto (n.º 51) Sub Total 22 0 Salas de aula 22 1 564 26 22 36 Fonte: CMP/GTCEP, 2007 2 658 32 28 5. Programa de manutenção do parque escolar A par do programa “Escola Viva” que permitiu a grande requalificação da rede escolar municipal, decorre em paralelo um programa de manutenção dos JI e das EB1, a cargo da empresa municipal Domus Social, e que extravasa a simples conservação corrente dos edifícios. Justifica-se mencionar 3 obras de beneficiação, que se encontram em fase de conclusão, relativas às seguintes escolas: EB1 S. João da Foz (ampliação da refeitório), EB1 S. Miguel de Nevogilde (requalificação de espaço existente para sala de actividades extracurriculares) e EB1 Gomes Ferreira (adaptação do espaço para refeitório). Foram abertos recentemente concursos públicos para beneficiação geral da EB1 do Covelo (inclui ampliação de refeitório e sala polivalente) e da EB1 da Torrinha. Proximamente serão lançadas novas obras de manutenção que abrangem as escolas: EB1 Corujeira (ampliação do refeitório), EB1 Fernão de Magalhães (colocação de plataforma elevatória), EB1 Carlos Alberto (cobertura do recreio) e JI do Bom Sucesso/R. Barbosa du Bocage (ampliação de sala). Por fim, uma última referência para uma nova frente de actuação centrada na requalificação dos recreios escolares. No âmbito do estudo de caracterização destes espaços, a cargo da Universidade do Minho, está igualmente prevista a intervenção nas seguintes escolas piloto durante este ano de 2007: EB1 Costa Cabral, EB1 João de Deus e EB1 Augusto Lessa. CEP Capítulo VII - 29 6. Notas finais Chegados a este ponto justifica-se tecer algumas considerações finais sobre a proposta de reordenamento da rede escolar apresentada. A primeira observação a reter é sobre a preocupação central que norteou todo este trabalho: dotar o Porto de uma rede escolar equilibrada, com instalações condignas que garantam o acesso de todos à escola pública e que promovam o sucesso escolar. As acções propostas no âmbito do reordenamento da rede atribuem uma clara prioridade, em termos de programação das intervenções, à requalificação e ampliação do parque escolar, bem como ao aproveitamento de instalações escolares sub ocupadas. Defende-se ainda a reserva de terrenos para a construção de novos Centros Escolares o que minimizará o investimento a realizar, assegurando a sua viabilidade, com a preocupação adicional desta bolsa de terrenos proporcionar o reforço da oferta escolar nas áreas de maior potencial de crescimento urbanístico, conforme se pode observar pela figura seguinte. Figura 7.15 - Novos equipamentos educativos propostos Fonte: CMP/GTCEP, 2007 Os benefícios esperados da concretização a médio e longo prazo destas intervenções não se medem unicamente em termos do aumento da capacidade de salas da rede escolar. Os ganhos traduzem-se numa melhoria global das condições de funcionamento das escolas. CEP Capítulo VII - 30 Em jeito de balanço, as intervenções propostas, a concretizarem-se integralmente, representariam um acréscimo de 20 novas salas de actividades e de 76 novas salas de aula, conforme se indica na tabela seguinte. Tabela 7.15 – Síntese das propostas de intervenção Requalificação Aproveitamento M.E. Centros Escolares Total 2 13 15 6 33 39 12 30 42 20 76 96 Salas de actividade Salas de aula Total Fonte: CMP/GTCEP, 2007 O investimento associado a estas intervenções é estimado, numa aproximação ainda bastante sumária, em cerca de 8,4 milhões de euros, conforme se explicita em Anexo (tabela 8.60). A figura 7.16 pretende “espacializar” as propostas de intervenção quanto à criação de novas salas de aula e confrontá-las com as necessidades actuais para que todas as turmas pudessem dispor de um regime normal de funcionamento, como é desejado. Três comentários: As novas salas previstas seriam insuficientes para cobrir o défice existente que é de 90 salas, muito embora se saiba que a tendência de evolução da procura aponte para o abrandamento desta pressão. As propostas de ampliação do actual parque escolar e a reconversão de espaços disponíveis utilizados parcialmente por outros níveis de ensino (sem se considerarem, portanto, os novos Centros Escolares), no cenário de todas serem plausíveis e concretizáveis em 4 anos, correspondem às necessidades estimadas para o ano de 2010/11, o que dá uma ideia da pressão que se coloca à sua implementação. A análise por grandes zonas da cidade mostra que estas mesmas intervenções incidem particularmente na zona central da cidade (23 novas salas de aula) e na zona oriental (14 novas salas de aula). Como resultado, a zona oriental continuaria a apresentar um défice de 17 salas, a que se seguiria a zona ocidental com um défice de 12 salas. Tal significa que o problema actual ficaria praticamente resolvido na área central da cidade. CEP Capítulo VII - 31 Figura 7.16 – Comparação das propostas de intervenção com as carências actuais de salas de aula, por grandes zonas urbanas Fonte: CMP/GTCEP, 2007. Nota: Nas salas de aula propostas (X+Y), X representa o n.º de salas de aula referentes à Requalificação e ao Aproveitamento de instalações do M.E., enquanto que Y representa o n.º de salas de aula dos novos Centros Escolares As propostas de abertura de novas escolas (os Centros Escolares e as actuais instalações do M.E. que se pretendem rentabilizar), como se pode observar pela figura 7.17, localizam-se na proximidade das escolas de maior dimensão e que correspondem, grosso modo, às que maior carência de salas apresentam, o que atenuará esta situação. Figura 7.17 – Novos equipamentos educativos e a rede actual de estabelecimentos de ensino (por dimensão) Fonte: CMP/GTCEP, 2007 CEP Capítulo VII - 32 No caso de se verificar o cenário mais pessimista em termos da procura escolar, que foi contemplado anteriormente, poder-se-á levantar uma questão pertinente que é a de saber se a situação vivida pelas escolas secundárias do Porto se irá repetir nas escolas públicas do 1.º CEB, ou seja, se passaremos a dispor de uma oferta de instalações claramente excedentária, a longo prazo. Num tal cenário, que se espera que não ocorra, é obvio que as soluções passariam por se proceder a um melhor ajustamento da oferta relativamente à procura, o que quer dizer que as escolas com características físicas e funcionais menos adequadas poderiam vir a desempenhar novas funções, nomeadamente como equipamentos de cariz social para fins não escolares. A forma de minimizar este tipo de situação passa por duas preocupações. Em primeiro lugar, pela necessidade de se acompanhar anualmente a evolução das frequências escolares e compreender a resposta da procura à mudança das condições da oferta escolar. Em segundo lugar, pelo acompanhamento do desenvolvimento urbano, que permita antecipar a execução dos Centros Escolares prioritários e assegurar uma gestão mais eficaz da rede de equipamentos educativos. É ainda a necessidade da monitorização das dinâmicas urbanas como solução. Uma última referência à importância de outro tipo de intervenções não referidas até ao momento. Focaram-se os grandes investimentos que são necessários para alterar o panorama actual. Mas há outras soluções, com menor impacto, mas que podem minimizar este quadro. Trata-se da análise com cada estabelecimento de ensino das respostas possíveis para se ganhar um ou outro espaço, para se rentabilizar a utilização deste património que é a rede escolar do Porto. Esta negociação com os estabelecimentos de ensino, que está em curso, merece ser devidamente sublinhada. Trazer as escolas a este debate é um contributo que deve ser devidamente valorizado em prol deste esforço conjunto para que o Porto seja uma referência no sector educativo. CEP Capítulo VII - 33 VIII. ANEXOS CEP ANEXOS - 1 Figura 8.1 – Metodologia para a elaboração da Carta Educativa do Porto DIAGNÓSTICO Construção do Diagnóstico Estratégico Definição da estratégia municipal Definição de um Quadro de Expectativas quanto à Estratégia e às intervenções a desenvolver Caracterização a nível: Demográfico Económico Educativo Urbanístico PROPOSTA DE REORDENAMENTO DA REDE ESTRATÉGIA de desenvolvimento dos sistemas de educação e de formação IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA Bases para a proposta de reordenamento da rede municipal de estabelecimentos de ensino público Apresentação do Sessões de divulgação e de debate Inquéritos dirigidos aos membros do CMED Lançamento da área da CEP no site da autarquia Inquérito on-line Entrevistas aos membros do CMED Caracterização Física e Funcional das EB1 e JI (CEFA-UP) Entrevistas aos Conselhos Executivos dos Agrup. Verticais e restantes escolas Orientações Prioridades Análise Prospectiva das variáveis condicionantes dos Sistemas Educativo e de Formação Apresentação ao Conselho Municipal Evolução do sistema educativo: traços marcantes a nível local e metropolitano Contributos para a reflexão Princípios Reuniões com os Conselhos Executivos dos Agrup. Verticais e restantes escolas Reuniões com os membros do CMED Incorporação de novos contributos Aplicação de inquéritos aos docentes Avaliação externa do funcionamento dos Agrup. Verticais (FPCE-UP) Aplicação de inquéritos aos alunos e às famílias (CESOP-UCP) Votação e aprovação pelo CME Caracterização Física e Funcional das EB1 e JI (CEFA-UP) Documento Análise a: -Frequências -Regime de funcionamento -Áreas de influência (público/privado) -Propostas dos municípios limítrofes Reuniões do GT com: - DMEJ - DMU - Domus Social Reuniões com os Conselhos Executivos dos Agrup. Verticais Planos de acção Evolução demográfica Estratégia de desenvolvimento municipal Desenvolvimento económico Política urbanística concelhia Recursos a mobilizar CEP ANEXOS - 2 Tabela 8.1 – Taxa de saída precoce do sistema de ensino (%), em 2001 HM H M Alemanha 13 12 13 Áustria 10 10 11 Bélgica 14 15 12 Dinamarca 17 17 17 Espanha 29 35 22 Finlândia 10 13 8 França 14 15 12 Grécia 17 20 13 Holanda 15 17 14 Irlanda nd nd nd Itália 26 30 23 Luxemburgo 18 19 17 Portugal 45 52 38 Reino Unido nd nd nd Suécia 11 11 10 UE15 19 22 17 Fonte: Eurostat, 2001 Tabela 8.2 - População residente por concelho (GAMP), em 2001 GAMP 1.551.950 Arouca 24.227 Espinho 33.701 Gondomar 164.096 Maia 120.111 Matosinhos 167.026 Porto 263.131 Póvoa de Varzim 63.470 Santa Maria da Feira 135.964 Santo Tirso 72.396 São João da Madeira 21.102 Trofa 37.581 Valongo 86.005 Vila do Conde 74.391 Vila Nova de Gaia 288.749 Fonte: INE, Censos 2001 Tabela 8.3 - Distribuição da população residente empregada por nível Porto Nº População com actividade económica 126544 Sem nível de ensino 1372 1º Ciclo do Ens. Básico 29231 2º Ciclo do Ens. Básico 12769 3º Ciclo do Ens. Básico 13347 Ens. Secundário e Ens. Médio 29467 Ensino superior 40358 GAMP Nº População com actividade económica 798735 Sem nível de ensino 7625 1º Ciclo do Ens. Básico 244474 2º Ciclo do Ens. Básico 133049 3º Ciclo do Ens. Básico 98960 Ens. Secundário e Ens. Médio 179648 Ensino superior 134979 Portugal Nº População com actividade económica 4990208 Sem nível de ensino 89102 1º Ciclo do Ens. Básico 1531043 2º Ciclo do Ens. Básico 810947 3º Ciclo do Ens. Básico 629360 Ens. Secundário e Ens. Médio 1144082 Ensino superior 785674 de instrução, em 2001 % 100,0 1,1 23,1 10,1 10,5 23,3 31,9 % 100,0 1,0 30,6 16,7 12,4 22,5 16,9 % 100,0 1,8 30,7 16,3 12,6 22,9 15,7 Fonte: INE, Censos 2001 CEP ANEXOS - 3 Tabela 8.4 - Evolução das frequências escolares na GAMP, entre 2001/02 e 2006/07 Educação Pré-Escolar 1.º Ciclo do Ensino Básico 2.º Ciclo do Ensino Básico 3.º Ciclo do Ensino Básico Ensino Secundário Total GAMP 2001/02 35.937 77.331 41.962 61.401 57.339 273.970 2002/03 35.560 76.625 42.775 60.020 55.055 270.035 2003/04 35.990 76.434 42.508 58.955 54.655 268.542 2004/05 36.661 75.393 40.856 58.846 55.215 266.971 2005/06 36.970 76.675 39.470 60.783 51.330 265.228 2006/07 37.574 76.471 38.964 61.273 54.143 268.425 Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP, 2006. Nota: Não estão contabilizados em 2006/07 os CET e os CEFA Tabela 8.5 - Taxa de variação dos alunos no ensino público e privado na GAMP (2001/02 a 2006/07) Ens. Público 9,55 -0,69 -6,71 -0,87 -5,72 -1,89 Educação Pré-Escolar 1.º Ciclo do Ensino Básico 2.º Ciclo do Ensino Básico 3.º Ciclo do Ensino Básico Ensino Secundário Total GAMP Ens. Privado -3,18 -1,99 0,35 -2,07 -21,35 -8,13 Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP, 2006 Tabela 8.6 - Frequências escolares por concelho na GAMP, entre 2001/02 e 2006/07 Arouca Espinho Gondomar Maia Matosinhos Porto Póvoa de Varzim Santa Maria da Feira Santo Tirso São João da Madeira Trofa Valongo Vila do Conde Vila Nova de Gaia GAMP 2001/02 3.994 7.026 21.971 16.428 24.915 62.460 11.875 23.529 13.976 7.069 6.474 15.918 12.704 45.631 273.970 2002/03 4.039 7.042 21.948 16.773 24.502 59.582 12.206 23.737 13.846 6.926 6.475 16.019 12.851 44.089 270.035 2003/04 3.974 7.037 22.050 17.311 25.156 57.409 12.164 23.853 13.334 7.062 6.514 16.124 12.668 43.886 268.542 2004/05 3.802 7.130 21.954 17.368 24.451 56.953 11.905 23.567 13.549 6.736 6.360 15.908 12.648 44.640 266.971 2005/06 3.772 7.140 21.360 17.177 24.255 56.090 12.464 23.122 13.309 6.616 6.534 16.081 12.541 44.767 265.228 2006/07 3.768 7.298 22.555 18.152 25.232 56.685 12.228 22.985 12.836 6.852 6.583 16.025 12.595 45.276 269.070 Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP, 2006 Tabela 8.7 - Peso dos alunos do Porto no total da GAMP, por nível de ensino e regime (público/privado) Alunos Ano lectivo Educação Pré-Escolar Ensino Básico Porto Porto 2001/02 2006/07 9.203 7.896 1º Ciclo 14.662 13.891 GAMP GAMP 2001/02 2006/07 35.937 37.574 77.331 76.471 2º Ciclo 7.688 7.053 41.962 38.964 Ensino 3º Ciclo Secundário 11.737 19.170 11.477 16.228 61.401 61.273 57.339 54.143 TOTAL 62.460 56.545 273.970 268.425 Alunos Ano lectivo Peso do Porto na GAMP Peso do Porto na GAMP 2001/02 2006/07 Educação Pré-Escolar 25,6 21,0 Ensino Básico 1º Ciclo 19,0 18,2 2º Ciclo 18,3 18,1 3º Ciclo 19,1 18,7 Ensino Secundário TOTAL 33,4 30,0 22,8 21,1 Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2006 CEP ANEXOS - 4 Tabela 8.8 - Retenção e abandono por ano de escolaridade por regimes (2000/01) Público Privado Público Privado Público Privado Continente AMP Porto 2º Ano 14,7 6,2 13,8 6,7 18,4 5,7 3º Ano 8,6 4,4 7,8 4,8 8,2 2,7 4º Ano 10,2 5,5 10,2 6,4 10,2 4,1 Retenção e Abandono (%) 5º 6º 7º 8º 9º Ano Ano Ano Ano Ano 12,9 13,1 22,0 17,7 16,0 5,9 6,6 11,4 11,0 10,3 14,7 16,1 26,8 19,6 18,0 3,0 3,0 7,8 9,4 8,5 18,4 19,6 31,8 20,7 17,6 3,3 3,2 7,4 8,0 7,4 10º Ano 40,4 29,5 43,0 36,6 46,2 30,4 11º Ano 25,3 18,8 24,9 22,6 30,4 22,5 12º Ano 53,6 46,9 58,4 52,9 61,3 51,2 Fonte: Min. Educação, GIASE, 2004 Figura 8.2 – Mapa das freguesias do Porto e respectivas zonas Fonte: CMP/GTCEP, 2007 Tabela 8.9 – Evolução da população residente FREGUESIAS Aldoar Bonfim Campanhã Cedofeita Foz do Douro Lordelo do Ouro Massarelos Miragaia Nevogilde Paranhos Ramalde Santo Ildefonso São Nicolau Sé Vitória PORTO 1970 1981 1991 2001 11.780 12.708 15.079 13.957 37.925 38.605 34.497 28.578 45.215 49.289 49.107 38.757 34.145 36.841 32.066 24.784 10.095 13.266 12.231 12.235 17.525 22.316 22.421 22.212 10.400 10.100 9.336 7.756 7.500 6.457 4.771 2.810 4.120 5.674 5.756 5.257 47.635 52.206 50.906 48.686 29.805 38.257 36.300 37.647 20.810 20.145 14.431 10.044 7.175 4.840 3.957 2.937 11.555 10.483 7.343 4.751 5.970 6.181 4.271 2.720 301.655 327.368 302.472 263.131 Fonte: INE, Recenseamentos Gerais da População Tabela 8.10 – Nados - vivos, óbitos e saldo natural no Porto 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Nados - vivos 3.512 3.436 3.193 2.934 2.907 2.828 2.810 2.686 2.785 2.561 2.413 2.430 2.207 2.129 2.189 Óbitos 3.470 3.387 3.401 3.100 3.314 3.408 3.258 3.268 3.326 3.168 3.230 3.080 3.110 2.844 2.963 Saldo Natural 42 49 -208 -166 -407 -580 -448 -582 -541 -607 -817 -650 -903 -715 Fonte: INE, 2006 CEP ANEXOS - 5 -774 Tabela 8.11 - Taxa de natalidade e taxa de mortalidade por freguesia (2001) Taxa de Natalidade Taxa de Mortalidade Centro Histórico Miragaia 9,25 São Nicolau 7,83 Sé 14,10 Vitória 9,19 Centro Tradicional Cedofeita 8,92 Bonfim 7,70 Massarelos 7,86 Santo Ildefonso 8,56 Zona Ocidental Aldoar 9,82 Foz do Douro 12,10 Lordelo do Ouro 9,63 Nevogilde 8,75 Zona Oriental Campanhã 8,64 Paranhos 7,81 Ramalde 11,26 Fonte: INE, Estatística demográficas ,2001 21,71 15,32 24,21 19,85 11,46 16,24 9,15 15,13 8,38 8,50 11,80 8,56 12,90 11,63 10,36 Tabela 8.12 - Variação da população residente empregada, entre 1991 e 2001 (%) Porto Vitória Miragaia Sé Santo Ildefonso São Nicolau Campanhã Cedofeita Massarelos Bonfim Aldoar Nevogilde Paranhos Lordelo do Ouro Foz do Douro Ramalde -15,0 -46,5 -46,1 -39,8 -35,0 -31,4 -25,6 -24,8 -21,4 -19,6 -10,5 -6,6 -6,5 -2,0 -1,0 6,8 Fonte: INE, Estatística demográficas ,1991 e 2001 Tabela 8.13 - População residente empregada por nível de instrução Freguesia Aldoar Bonfim Campanhã Cedofeita Foz do Douro Lordelo do Ouro Massarelos Miragaia Nevogilde Paranhos Ramalde Santo Ildefonso São Nicolau Sé Vitória Inferior ao Com 1.º 1.º CEB CEB 4,1 3,7 5,6 4,2 2,9 4,5 4,0 6,1 2,4 3,8 3,8 5,0 5,7 10,1 8,6 21,1 19,7 32,8 16,5 14,1 21,9 20,0 29,6 9,7 20,9 19,7 22,8 37,6 33,2 34,5 Com 2.º Com 3.º CEB 10,1 10,0 15,2 8,3 6,7 10,3 9,0 14,2 4,5 10,5 9,6 11,5 19,3 15,9 13,5 CEB 14,2 16,0 18,8 15,1 11,9 15,3 14,6 18,1 7,5 16,6 15,6 18,3 19,4 20,3 20,3 Com Com Mestrado Com Ensino Licenciatura ou ou Secundário Bacharelato Doutoramento 19,3 23,5 17,0 23,4 21,3 18,5 21,7 17,9 23,1 21,7 20,7 22,7 12,2 13,6 15,7 27,8 25,2 9,9 29,8 38,5 26,8 27,6 13,1 46,7 24,5 27,7 18,5 5,4 6,7 6,7 3,3 1,9 0,7 2,7 4,5 2,8 3,2 1,1 6,2 2,0 2,8 1,2 0,4 0,2 0,7 Fonte: INE, Recenseamento Geral da População 2001 CEP ANEXOS - 6 Tabela 8.14 – Frequências da Educação Pré-Escolar, por ano de escolaridade (2006/07) Educação Pré-Escolar Nat. Jur. Total 2.152 5.744 7.896 Público Privado Total 3 anos 557 1.845 2.402 4 anos 772 1.963 2.735 5 anos > 6 anos 802 21 1.933 3 2.735 24 Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2006 Tabela 8.15 – Frequências do Ensino Básico Regular, por ano de escolaridade (2006/07) Nat. Jur. Público Privado Total Ensino Básico Regular 1.º Ciclo 2.º Ciclo 3.º Ciclo Total 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano Total 5º ano 6º ano Total 7º ano 8º ano 9º ano 9.154 2.216 2.370 2.264 2.304 4.865 2.362 2.503 7.038 2.578 2.315 2.145 4.737 1.245 1.188 1.161 1.143 2.134 1.043 1.091 2.810 935 896 979 13.891 3.461 3.558 3.425 3.447 6.999 3.405 3.594 9.848 3.513 3.211 3.124 Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2006 Tabela 8.16 – Frequências do Ensino Secundário Regular, por ano de escolaridade (2006/07) Ensino Secundário Regular Nat. Jur. Total 6.616 3.293 9.909 Público Privado Total 10º ano 2.316 891 3.207 11º ano 2.042 965 3.007 12º ano 2.258 1.437 3.695 Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2006 Tabela 8.17 – Frequências do Ensino Recorrente, por ano de escolaridade (2006/07) Ensino Recorrente Nat. Jur. 2.º Ciclo 22 0 22 Público Privado Total 3.º Ciclo Secundário 370 1.662 87 1.616 457 3.278 Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2006 Tabela 8.18 – Frequências dos Cursos Profissionais, por ano de escolaridade (2006/07) Cursos Profissionais Nível 2 Total 1º ano 2º ano 3º ano Total 0 0 0 0 588 0 0 0 0 2.360 0 0 0 0 2.948 Nat. Jur. Público Privado Total Nível 3 1º ano 2º ano 3º ano 493 48 47 953 708 699 1.446 756 746 Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2006 Tabela 8.19 – Frequências dos CEF, CET e CEFA, por tipologia (2006/07) Nat. Jur. Cursos de Educação e Formação (CEF) Total Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3 Tipo 4 Público 1.160 Privado 196 Total 1.356 32 0 32 839 46 885 248 39 287 0 49 49 Tipo FC 10 0 10 CET Tipo 5 Tipo 6 Tipo 7 31 62 93 0 0 0 0 0 0 Cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA) Total 17 0 17 24 40 64 B1 B2 0 0 0 12 16 28 B1+B2 B3 0 24 24 Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2006 CEP ANEXOS - 7 12 0 12 B2+B3 0 0 0 Figura 8.3 – Localização e denominação dos Jardins-de-Infância, Escolas Básicas do 1.º Ciclo - Escolas Básicas do 1.º Ciclo com Jardim-de-Infância A JI da Rua Padre Luís Cabral 1 EB1 do Campo 24 de Agosto com JI integrado 17 EB1 de Costa Cabral 34 EB1 das Condominhas B JI da Avenida Vasco da Gama 3 EB1 da Alegria com JI integrado 18 EB1 dos Miosótis 35 EB1 de Lordelo com JI integrado 49 EB1 do Agra com JI integrado 50 EB1 de S. Nicolau C JI da Rua Barbosa du Bocage 4 EB1 Fernão de Magalhães 20 EB1 de S. Tomé com JI integrado 36 EB1 da Ponte 51 EB1 Carlos Alberto D JI da Rua das Águas Férreas (Miminho) 5 EB1 das Florinhas 21 EB1 da Azenha com JI integrado 37 EB1 do Viso com JI integrado 52 EB1 Fonte da Moura E JI da Praça Carlos Alberto (Vitória) 6 EB1 da Corujeira com JI integrado 22 EB1 Monte Aventino com JI integrado 38 EB1 do Bom Sucesso 53 EB1 António Aroso com JI integrado F JI da Rua Dr. António de Sousa 7 EB1 do Falcão com JI integrado 23 EB1 da Fontinha com JI integrado 39 EB1 da Vilarinha com JI integrado 54 EB1 das Campinas com JI integrado 55 EB1 do Pinheiro G JI da Rua de Contumil (Dó-Ré-Mi II) 8 EB1 das Flores com JI integrado 24 EB1 de José Gomes Ferreira 40 EB1 de Gólgota H JI da Rua do Falcão (Dó-Ré-Mi I) 9 EB1 do Cerco do Porto com JI integrado 25 EB1 da Sé com JI integrado 41 EB1 da Caramila com JI integrado I JI da Rua João das Regras 10 EB1 do Lagarteiro com JI integrado 27 EB1 da Torrinha com JI integrado 42 EB1 da Bandeirinha com JI J JI da Travessa da Regeneração 11 EB1 da Lomba com JI integrado 28 EB1 do Covelo com JI integrado 43 EB1 S. Miguel de Nevogilde K JI do Largo Actor Dias 12 EB1 de S. Roque da Lameira com JI integrado 29 EB1 dos Castelos com JI integrado 44 EB1 das Cruzes com JI integrado L JI da Rua de Corte Real (Um Cantinho ao Sol) 13 EB1 Nossa Sr.ª de Campanhã com JI integrado 30 EB1 Ribeiro de Sousa com JI integrado 45 EB1 do Padre Américo com JI integrado M JI da Rua de Angola 14 EB1 de Noeda com JI integrado 31 EB1 da Constituição com JI integrado 46 EB1 da Pasteleira com JI integrado N JI da Rua do Estoril 15 EB1 de Montebello 32 EB1 Paulo da Gama com JI integrado 47 EB1 João de Deus O JI Ferreira de Castro 16 EB1 Augusto Lessa 33 EB1 S. João da Foz 48 EB1 dos Correios com JI integrado CEP (R. Azevedo de Albuquerque) 56 EB1 do Aleixo com JI integrado 57 EB1 do Bom Pastor com JI integrado 58 EB1 S. João de Deus com JI integrado ANEXOS - 8 Figura 8.4 – Agrupamentos Verticais de Escolas do Município do Porto (2006/07) Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2006 Tabela 8.20 – Síntese e evolução das frequências nos 17 agrupamentos verticais (2006/07) Educação PréEscolar 2001/02 1.584 2006/07 2.038 Taxa de Variação Alunos 1º Ciclo Taxa de Variação 9.762 28,7% -6,7% 9.112 Alunos 2º Ciclo 5.324 4.865 Taxa de Variação -8,6% Alunos 3º Ciclo 5.847 4.752 Taxa de Variação -18,7% Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2006 – EPE e 1.º CEB CMP/DMEJ, 2006 Anote-se que a totalidade da população escolar do 3.º CEB do ensino público inclui ainda os alunos que frequentam as escolas secundárias (ver tabela 9.3), que não foram contemplados nesta tabela. Tabela 8.21 – Síntese e evolução do n.º de docentes nos 17 agrupamentos verticais (2005/06) Educadores de Infância 2001/02 98 2005/06 138 Taxa de Variação Docentes do 1º Ciclo 40,8% 757 613 Taxa de Variação -19,0% Docentes do 2º Ciclo 956 804 Taxa de Variação Docentes do 3º Ciclo 631 -15,9% 617 Taxa de Variação -2,2% Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP Tabela 8.22 – Alunos/docentes do 3.º CEB que frequentam/leccionam o 3.º CEB em escolas secundárias e alunos e docentes do ensino secundário público Escolas Secundárias Alunos 3º Ciclo Docentes do 3º Ciclo * Alunos Secundário Docentes Secundário* 2006/07 2.286 637 6.616 1.064 Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP. * Ano lectivo 2005/06 CEP ANEXOS - 9 Agrupamento Vertical de Escolas do AMIAL Identificação dos Equipamentos Escolares Designação do Agrupamento: Agrupamento Vertical de Escolas do Amial Sede do Agrupamento: EB2,3 Pêro Vaz de Caminha Morada: Rua da Telheira Cód. Postal: 4250-483 Porto Telefone: 228 327 182 Fax: 228 301 947 Email: [email protected] Constituição do Agrupamento: 1 EB2/3 + 1 EB1 + 3 EB1/JI Total de Estabelecimentos: 5 Frequências Escolares Educ. Pré- Escolar 1º Ciclo Ens. Bás. 2º Ciclo Ens. Bás. 3º Ciclo Ens. Bás. Total Ano Lect. 2001/02 68 511 329 411 1.319 Ano Lect. 2006/07 97 487 269 375 1.228 Evolução Recente (%) 42,6% -4,7% -18,2% -8,8% -6,9% Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2005 – EPE e 1.º CEB CMP/DMEJ, 2006 Docentes Educadores Infância 1º Ciclo Ens. Bás. 2º Ciclo Ens. Bás. 3º Ciclo Ens. Bás. Total Ano Lect. 2001/02 4 48 52 45 149 Ano Lect. 2005/06 9 31 49 51 140 Evolução Recente (%) 125,0% -35,4% -5,8% 13,3% -6,0% Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2005 CEP ANEXOS - 10 Agrupamento Vertical de Escolas das ANTAS Identificação dos Equipamentos Escolares Designação do Agrupamento: Agrup. Vertical de Escolas das Antas Sede do Agrupamento: EB 2,3 Nicolau Nasoni Morada: Rua Sto António de Contumil Cód. Postal: 4350-285 Porto Telefone: 225 507 902 Fax: 225 509 585 Email: [email protected] Constituição do Agrupamento: 1 EB2/3 + 1 EB1 + 1 EB1 + 1 JI Total de Estabelecimentos: 4 Frequências Escolares Educ. Pré- Escolar 1º Ciclo Ens. Bás. 2º Ciclo Ens. Bás. 3º Ciclo Ens. Bás. Total Ano Lect. 2001/02 41 463 193 249 946 Ano Lect. 2006/07 78 504 233 207 1.022 Evolução Recente (%) 90,2% 8,9% 20,7% -16,9% 8,0% Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2005 – EPE e 1.º CEB CMP/DMEJ, 2006 Docentes Educadores Infância 1º Ciclo Ens. Bás. 2º Ciclo Ens. Bás. 3º Ciclo Ens. Bás. Total Ano Lect. 2001/02 2 32 39 42 115 Ano Lect. 2005/06 5 30 33 41 109 Evolução Recente (%) 150,0% -6,3% -15,4% -2,4% -5,2% Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2005 CEP ANEXOS - 11 Agrupamento Vertical de Escolas da AREOSA Identificação dos Equipamentos Escolares Designação do Agrupamento: Sede do Agrupamento: Morada: Rua da Igreja de Areosa Telefone: 225 420 540 Fax: Agrupamento Vertical da Areosa EB 2,3 Areosa Cód. Postal: 4200-323 Porto 225 401 726 Email: [email protected] Constituição do Agrupamento: 1 EB2/3 + 1 EB1/JI Total de Estabelecimentos: 2 Frequências Escolares Educ. Pré- Escolar 1º Ciclo Ens. Bás. 2º Ciclo Ens. Bás. 3º Ciclo Ens. Bás. Total Ano Lect. 2001/02 50 304 303 367 1.024 Ano Lect. 2006/07 50 149 197 233 629 Evolução Recente (%) 0,0% -51,0% -35,0% -36,5% -38,6% Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2005 – EPE e 1.º CEB CMP/DMEJ, 2006 Docentes Educadores Infância 1º Ciclo Ens. Bás. 2º Ciclo Ens. Bás. 3º Ciclo Ens. Bás. Total Ano Lect. 2001/02 3 35 73 31 142 Ano Lect. 2005/06 6 20 42 29 97 Evolução Recente (%) 100,0% -42,9% -42,5% -6,5% -31,7% Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2005 CEP ANEXOS - 12 Agrupamento Vertical de Escolas de AUGUSTO GIL Identificação dos Equipamentos Escolares Designação do Agrupamento: Agrupamento Vertical Augusto Gil Sede do Agrupamento: EB 2,3 Augusto Gil Morada: Rua da Alegria, 351 Cód. Postal: 4000-044 Porto Telefone: 222 009 671/2 Fax: 222 085 735 Email: [email protected] Constituição do Agrupamento: 1 EB2/3 + 3 EB1 + 1 EB1/JI + 3 JI Total de Estabelecimentos: 8 Frequências Escolares Educ. Pré- Escolar 1º Ciclo Ens. Bás. 2º Ciclo Ens. Bás. 3º Ciclo Ens. Bás. Total Ano Lect. 2001/02 150 739 347 275 1.511 Ano Lect. 2006/07 213 668 377 220 1.478 Evolução Recente (%) 42,0% -9,6% 8,6% -20,0% -2,2% Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2005 – EPE e 1.º CEB CMP/DMEJ, 2006 Docentes Educadores Infância 1º Ciclo Ens. Bás. 2º Ciclo Ens. Bás. 3º Ciclo Ens. Bás. Total Ano Lect. 2001/02 9 48 54 27 138 Ano Lect. 2005/06 13 41 49 22 125 Evolução Recente (%) 44,4% -14,6% -9,3% -18,5% -9,4% Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2005 CEP ANEXOS - 13 Agrupamento Vertical de Escolas do CERCO Identificação dos Equipamentos Escolares Designação do Agrupamento: Agrupamento Vertical do Cerco Sede do Agrupamento: EB 2,3 do Cerco Morada: Rua Pinheiro Grande Cód. Postal: 4300-423 Porto Telefone: 225 366 171 Fax: 225 105 344 Email: [email protected] Constituição do Agrupamento: 1 EB2/3 + 5 EB1/JI + 1 JI Total de Estabelecimentos: 7 Frequências Escolares Educ. Pré- Escolar 1º Ciclo Ens. Bás. 2º Ciclo Ens. Bás. 3º Ciclo Ens. Bás. Total Ano Lect. 2001/02 178 952 381 251 1.762 Ano Lect. 2006/07 221 927 344 165 1.657 Evolução Recente (%) 24,2% -2,6% -9,7% -34,3% -6,0% Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2005 – EPE e 1.º CEB CMP/DMEJ, 2006 Docentes Educadores Infância 1º Ciclo Ens. Bás. 2º Ciclo Ens. Bás. 3º Ciclo Ens. Bás. Total Ano Lect. 2001/02 14 77 80 22 193 Ano Lect. 2005/06 10 53 60 24 147 Evolução Recente (%) -28,6% -31,2% -25,0% 9,1% -23,8% Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2005 CEP ANEXOS - 14 Agrupamento Vertical de Escolas de CLARA DE RESENDE Identificação dos Equipamentos Escolares Designação do Agrupamento: Sede do Agrupamento: Morada: Rua O 1º de Janeiro Telefone: 226 064 689 Fax: Agrupamento Vertical de Clara de Resende EB2,3/S Clara de Resende Cód. Postal: 4100-365 Porto 226 006 630 Email: [email protected] Constituição do Agrupamento: 1 EB2,3/S + 1 EB1 Total de Estabelecimentos: 2 Frequências Escolares Educ. Pré- Escolar 1º Ciclo Ens. Bás. 2º Ciclo Ens. Bás. 3º Ciclo Ens. Bás. Ens. Secundário Total Ano Lect. 2001/02 372 0 410 326 1.108 372 Ano Lect. 2006/07 377 217 383 270 1.247 377 Evolução Recente (%) 1,3% -6,6% -17,2% 12,5% 1,3% Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2005 – EPE e 1.º CEB CMP/DMEJ, 2006 Docentes 1º Ciclo Ens. Bás. 2º Ciclo Ens. Bás. 3º Ciclo Ens. Bás. Ensino Secundário Total Ano Lect. 2001/02 25 0 54 75 154 Ano Lect. 2005/06 26 24 72 59 181 Evolução Recente (%) 4,0% 33,3% -21,3% 17,5% Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2005 CEP ANEXOS - 15 Agrupamento Vertical de Escolas DR. AUGUSTO CÉSAR PIRES DE LIMA Identificação dos Equipamentos Escolares Designação do Agrupamento: Agrup. Vertical Dr. Augusto César Pires de Lima Sede do Agrupamento: EB 2,3 Dr. Augusto César Pires de Lima Morada: Rua António Carneiro, 290 Cód. Postal: 4349-004 Porto Telefone: 225 193 180 Fax: 225 193 189 Email: [email protected] Constituição do Agrupamento: 1 EB2/3 + 3 EB1/JI + 1 JI Total de Estabelecimentos: 5 Frequências Escolares Educ. Pré- Escolar 1º Ciclo Ens. Bás. 2º Ciclo Ens. Bás. 3º Ciclo Ens. Bás. Total Ano Lect. 2001/02 45 586 432 357 1.420 Ano Lect. 2006/07 109 449 339 316 1.213 Evolução Recente (%) 142,2% -23,4% -21,5% -11,5% -14,6% Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2005 – EPE e 1.º CEB CMP/DMEJ, 2006 Docentes Educadores Infância 1º Ciclo Ens. Bás. 2º Ciclo Ens. Bás. 3º Ciclo Ens. Bás. Total Ano Lect. 2001/02 4 42 68 28 142 Ano Lect. 2005/06 11 32 42 32 117 Evolução Recente (%) 175,0% -23,8% -38,2% 14,3% -17,6% Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2005 CEP ANEXOS - 16 Agrupamento Vertical de Escolas DR. LEONARDO COIMBRA FILHO Identificação dos Equipamentos Escolares Designação do Agrupamento: Agrup. Vertical Dr. Leonardo Coimbra Filho Sede do Agrupamento: EB2,3 Dr. Leonardo Coimbra Filho Morada: R. Pintor António Cruz Cód. Postal: 4150-084 Porto Telefone: 226 185 074 Fax: 226 182 048 Email: [email protected] Constituição do Agrupamento: 1 EB2/3 + 1 EB1 + 3 EB1/JI + 1 JI Total de Estabelecimentos: 6 Frequências Escolares Educ. Pré- Escolar 1º Ciclo Ens. Bás. 2º Ciclo Ens. Bás. 3º Ciclo Ens. Bás. Total Ano Lect. 2001/02 137 447 284 259 1.127 Ano Lect. 2006/07 133 349 195 215 892 Evolução Recente (%) -2,9% -21,9% -31,3% -17,0% -20,9% Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2005 – EPE e 1.º CEB CMP/DMEJ, 2006 Docentes Educadores Infância 1º Ciclo Ens. Bás. 2º Ciclo Ens. Bás. 3º Ciclo Ens. Bás. Total Ano Lect. 2001/02 16 39 58 36 149 Ano Lect. 2005/06 8 27 40 26 101 Evolução Recente (%) -50,0% -30,8% -31,0% -27,8% -32,2% Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2005 CEP ANEXOS - 17 Agrupamento Vertical de Escolas de EUGÉNIO DE ANDRADE Identificação dos Equipamentos Escolares Designação do Agrupamento: Agrupamento Vertical Eugénio de Andrade Sede do Agrupamento: EB 2,3 de Paranhos Morada: R. Augusto Lessa Cód. Postal: 4200-098 Porto Telefone: 225 092 462 Fax: 225 091 008 Email: [email protected] Constituição do Agrupamento: 1 EB2/3 + 1 EB1 + 2 EB1/JI Total de Estabelecimentos: 4 Frequências Escolares Educ. Pré- Escolar 1º Ciclo Ens. Bás. 2º Ciclo Ens. Bás. 3º Ciclo Ens. Bás. Total Ano Lect. 2001/02 25 737 380 461 1.603 Ano Lect. 2006/07 24 705 392 372 1.493 Evolução Recente (%) -4,0% -4,3% 3,2% -19,3% -6,9% Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2005 – EPE e 1.º CEB CMP/DMEJ, 2006 Docentes Educadores Infância 1º Ciclo Ens. Bás. 2º Ciclo Ens. Bás. 3º Ciclo Ens. Bás. Total Ano Lect. 2001/02 1 55 77 44 177 Ano Lect. 2005/06 1 45 65 44 155 Evolução Recente (%) 0,0% -18,2% -15,6% 0,0% -12,4% Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2005 CEP ANEXOS - 18 Agrupamento Vertical de Escolas de FRANCISCO TORRINHA Identificação dos Equipamentos Escolares Designação do Agrupamento: Agrupamento Vertical Francisco Torrinha Sede do Agrupamento: EB 2,3 Francisco Torrinha Morada: Rua S. Francisco Xavier, nº 64 Cód. Postal: 4150-673 Porto Telefone: 226 180 171 Fax: 226 176 875 Email: [email protected] Constituição do Agrupamento: 1 EB2/3 + 2 EB1 + 1 EB1/JI + 2 JI Total de Estabelecimentos: 6 Frequências Escolares Educ. Pré- Escolar 1º Ciclo Ens. Bás. 2º Ciclo Ens. Bás. 3º Ciclo Ens. Bás. Total Ano Lect. 2001/02 57 522 513 539 1.631 Ano Lect. 2006/07 172 677 464 551 1.864 Evolução Recente (%) 201,8% 29,7% -9,6% 2,2% 14,3% Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2005 – EPE e 1.º CEB CMP/DMEJ, 2006 Docentes Educadores Infância 1º Ciclo Ens. Bás. 2º Ciclo Ens. Bás. 3º Ciclo Ens. Bás. Total Ano Lect. 2001/02 4 44 73 48 169 Ano Lect. 2005/06 9 42 61 55 167 Evolução Recente (%) 125,0% -4,5% -16,4% 14,6% -1,2% Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2005 CEP ANEXOS - 19 Agrupamento Vertical de Escolas de GOMES TEIXEIRA Identificação dos Equipamentos Escolares Designação do Agrupamento: Agrupamento Vertical Gomes Teixeira Sede do Agrupamento: EB 2,3 Gomes Teixeira Morada: Praça da Galiza Cód. Postal: 4150-344 Porto Telefone: 226 002 032 Fax: 226 009 617 Email: [email protected] Constituição do Agrupamento: 1 EB2/3 + 3 EB1 + 1 EB1/JI + 1 JI Total de Estabelecimentos: 6 Frequências Escolares Educ. Pré- Escolar 1º Ciclo Ens. Bás. 2º Ciclo Ens. Bás. 3º Ciclo Ens. Bás. Total Ano Lect. 2001/02 186 1.009 512 290 1.997 Ano Lect. 2006/07 115 781 391 301 1.588 Evolução Recente (%) -38,2% -22,6% -23,6% 3,8% -20,5% Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2005 – EPE e 1.º CEB CMP/DMEJ, 2006 Docentes Educadores Infância 1º Ciclo Ens. Bás. 2º Ciclo Ens. Bás. 3º Ciclo Ens. Bás. Total Ano Lect. 2001/02 7 78 91 35 211 Ano Lect. 2005/06 17 80 87 35 219 Evolução Recente (%) 142,9% 2,6% -4,4% 0,0% 3,8% Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2005 NOTA: No ano lectivo de 2006/07 o JI da Praça Carlos Alberto e a EB1 de Carlos Alberto transitaram do Agrupamento Vertical Gomes Teixeira para o de Miragaia. Não estão contabilizados os alunos e docentes da EB1 n.º 2 no Hospital de Crianças Maria Pia. CEP ANEXOS - 20 Agrupamento Vertical de Escolas de IRENE LISBOA Identificação dos Equipamentos Escolares Designação do Agrupamento: Agrupamento Vertical Irene Lisboa Sede do Agrupamento: EB2,3 Irene Lisboa Morada: Rua de Cervantes, 532 Cód. Postal: 4050-186 Porto Telefone: 225 500 306 Fax: 225 509 806 Email: [email protected] Constituição do Agrupamento: 1 EB2/3 + 3 EB1/JI + 1 JI Total de Estabelecimentos: 5 Frequências Escolares Educ. Pré- Escolar 1º Ciclo Ens. Bás. 2º Ciclo Ens. Bás. 3º Ciclo Ens. Bás. Total Ano Lect. 2001/02 121 350 348 459 1.278 Ano Lect. 2006/07 174 409 366 323 1.272 Evolução Recente (%) 43,8% 16,9% 5,2% -29,6% -0,5% Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2005 – EPE e 1.º CEB CMP/DMEJ, 2006 Docentes Educadores Infância 1º Ciclo Ens. Bás. 2º Ciclo Ens. Bás. 3º Ciclo Ens. Bás. Total Ano Lect. 2001/02 3 23 50 44 120 Ano Lect. 2005/06 11 30 44 42 127 Evolução Recente (%) 266,7% 30,4% -12,0% -4,5% 5,8% Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2005 CEP ANEXOS - 21 Agrupamento Vertical de Escolas de MANOEL DE OLIVEIRA Identificação dos Equipamentos Escolares Designação do Agrupamento: Agrupamento Vertical Manoel de Oliveira Sede do Agrupamento: EB 2,3 Manoel de Oliveira Morada: Rua Robert Auzelle, Nº 134 Cód. Postal: 4100-431 Porto Telefone: 226 105 740 Fax: 226 106 664 Email: [email protected] Constituição do Agrupamento: 1 EB2/3 + 2 EB1 + 2 EB1/JI + 1 JI Total de Estabelecimentos: 6 Frequências Escolares Educ. Pré- Escolar 1º Ciclo Ens. Bás. 2º Ciclo Ens. Bás. 3º Ciclo Ens. Bás. Total Ano Lect. 2001/02 74 698 289 383 1.444 Ano Lect. 2006/07 137 626 252 271 1.286 Evolução Recente (%) 85,1% -10,3% -12,8% -29,2% -10,9% Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2005 – EPE e 1.º CEB CMP/DMEJ, 2006 Docentes Educadores Infância 1º Ciclo Ens. Bás. 2º Ciclo Ens. Bás. 3º Ciclo Ens. Bás. Total Ano Lect. 2001/02 4 59 51 39 153 Ano Lect. 2005/06 7 34 45 32 118 Evolução Recente (%) 75,0% -42,4% -11,8% -17,9% -22,9% Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2005 NOTA: No ano lectivo de 2006/07 foi encerrada a EB1 de São Martinho de Aldoar. CEP ANEXOS - 22 Agrupamento Vertical de Escolas de MARIA LAMAS Identificação dos Equipamentos Escolares Designação do Agrupamento: Agrupamento Vertical Maria Lamas Sede do Agrupamento: EB 2,3 Maria Lamas Morada: Travessa da Prelada, 4 Cód. Postal: 4250-379 Porto Telefone: 228 348 620 Fax: 228 348 621 Email: [email protected] Constituição do Agrupamento: 1 EB2/3 + 3 EB1/JI Total de Estabelecimentos: 4 Frequências Escolares Educ. Pré- Escolar 1º Ciclo Ens. Bás. 2º Ciclo Ens. Bás. 3º Ciclo Ens. Bás. Total Ano Lect. 2001/02 82 431 241 298 1.052 Ano Lect. 2006/07 137 626 252 271 1.286 Evolução Recente (%) 67,1% 45,2% 4,6% -9,1% 22,2% Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2005 – EPE e 1.º CEB CMP/DMEJ, 2006 Docentes Educadores Infância 1º Ciclo Ens. Bás. 2º Ciclo Ens. Bás. 3º Ciclo Ens. Bás. Total Ano Lect. 2001/02 7 36 51 32 126 Ano Lect. 2005/06 9 30 44 35 118 Evolução Recente (%) 28,6% -16,7% -13,7% 9,4% -6,3% Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2005 CEP ANEXOS - 23 Agrupamento Vertical de Escolas de MIRAGAIA Identificação dos Equipamentos Escolares Designação do Agrupamento: Agrupamento Vertical de Miragaia Sede do Agrupamento: EB 2,3 Miragaia Morada: Calçada das Virtudes Cód. Postal: 4050-628 Porto Telefone: 223 395 350 Fax: 223 395 359 Email: [email protected] Constituição do Agrupamento: 1 EB2/3 + 1 EB1 + 2 EB1/JI Total de Estabelecimentos: 4 Frequências Escolares Educ. Pré- Escolar 1º Ciclo Ens. Bás. 2º Ciclo Ens. Bás. 3º Ciclo Ens. Bás. Total Ano Lect. 2001/02 35 460 173 284 952 Ano Lect. 2006/07 113 504 125 174 916 Evolução Recente (%) 222,9% 9,6% -27,7% -38,7% -3,8% Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2005 – EPE e 1.º CEB CMP/DMEJ, 2006 Docentes Educadores Infância 1º Ciclo Ens. Bás. 2º Ciclo Ens. Bás. 3º Ciclo Ens. Bás. Total Ano Lect. 2001/02 2 31 33 31 97 Ano Lect. 2005/06 3 27 25 28 83 Evolução Recente (%) 50,0% -12,9% -24,2% -9,7% -14,4% Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2005 NOTA: No ano lectivo de 2006/07 foi encerrada a EB1 de São Miguel. No inicio do mesmo ano lectivo o JI da Praça Carlos Alberto e a EB1 de Carlos Alberto transitaram do Agrupamento Vertical Gomes Teixeira para o de Miragaia. CEP ANEXOS - 24 Agrupamento Vertical de Escolas de RAMALHO ORTIGÃO Identificação dos Equipamentos Escolares Designação do Agrupamento: Agrupamento Vertical Ramalho Ortigão Sede do Agrupamento: EB 2,3 Ramalho Ortigão Morada: Rua Dr. Sousa Avides, 72 Cód. Postal: 4349-026 Porto Telefone: 225 374 679 Fax: 225 106 256 Email: [email protected] Constituição do Agrupamento: 1 EB2/3 + 4 EB1/JI Total de Estabelecimentos: 5 Frequências Escolares Educ. Pré- Escolar 1º Ciclo Ens. Bás. 2º Ciclo Ens. Bás. 3º Ciclo Ens. Bás. Total Ano Lect. 2001/02 155 607 364 314 1.440 Ano Lect. 2006/07 146 591 254 226 1.217 Evolução Recente (%) -5,8% -2,6% -30,2% -28,0% -15,5% Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2005 – EPE e 1.º CEB CMP/DMEJ, 2006 Docentes Educadores Infância 1º Ciclo Ens. Bás. 2º Ciclo Ens. Bás. 3º Ciclo Ens. Bás. Total Ano Lect. 2001/02 8 48 60 34 150 Ano Lect. 2005/06 10 36 60 24 130 Evolução Recente (%) 25,0% -25,0% 0,0% -29,4% -13,3% Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2005 CEP ANEXOS - 25 Agrupamento Vertical de Escolas do VISO Identificação dos Equipamentos Escolares Designação do Agrupamento: Agrupamento Vertical do Viso Sede do Agrupamento: EB 2,3 Viso Morada: Rua das Cegonhas Cód. Postal: 4200-121 Porto Telefone: 228 302 897 Fax: 228 302 926 Email: [email protected] Constituição do Agrupamento: 1 EB2/3 + 4 EB1/JI + 1 JI Total de Estabelecimentos: 6 Frequências Escolares Educ. Pré- Escolar 1º Ciclo Ens. Bás. 2º Ciclo Ens. Bás. 3º Ciclo Ens. Bás. Total Ano Lect. 2001/02 180 574 235 240 1.229 Ano Lect. 2006/07 166 548 231 206 1.151 Evolução Recente (%) -7,8% -4,5% -1,7% -14,2% -6,3% Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2005 – EPE e 1.º CEB CMP/DMEJ, 2006 Docentes Educadores Infância 1º Ciclo Ens. Bás. 2º Ciclo Ens. Bás. 3º Ciclo Ens. Bás. Total Ano Lect. 2001/02 10 37 46 39 132 Ano Lect. 2005/06 12 32 34 25 103 Evolução Recente (%) 20,0% -13,5% -26,1% -35,9% -22,0% Fonte: Min. Educação, GIASE-DSE/CMP-GTCEP, 2005 CEP ANEXOS - 26 EB2,3 Areosa 12 EB2,3 Augusto Gil 23 EB2,3 Cerco 24 EB2,3 Dr. Augusto C. Pires Lima 24 EB2,3 Francisco Torrinha 12 EB2,3 Gomes Teixeira 10 EB2,3 Irene Lisboa 12 4 2 4 EB2,3 Leonardo Coimbra Filho 29 1 1 1 2 EB2,3 Manoel de Oliveira 14 2 1 4 1 EB2,3 Maria Lamas 24 EB2,3 Miragaia, Porto 5 EB2,3 Nicolau Nasoni 18 EB2,3 Paranhos, Porto 15 EB2,3 Pêro Vaz de Caminha 24 EB2,3 Ramalho Ortigão 2 2 3 2 4 1 4 1 4 1 1 1 1 2 1 1 2 1 3 1 2 1 1 3 2 1 1 3 3 1 1 1 2 ES António Nobre 12 ES Carolina Michäelis 24 ES D. Filipa de Vilhena 22 ES Fontes Pereira de Melo 31 3 2 4 ES Garcia da Orta 40 2 3 1 ES Infante D. Henrique 20 5 ES Rodrigues de Freitas 29 3 ES/3 Alexandre Herculano 25 2 ES/3 Aurélia de Sousa 21 3 6 ES/3 Cerco 25 1 2 ES/3 Clara de Resende 19 6 ES/A Soares dos Reis 14 9 1 1 2 4 4 1 1 4 19 1 2 1 3 1 1 1 2 2 1 1 580 23 59 2 1 2 1 3 26 1 1 37 1 1 31 1 1 38 1 1 25 1 1 22 1 1 1 1 3 8 1 1 1 1 4 1 1 2 3 3 1 2 4 4 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 3 1 1 28 1 1 28 1 1 39 9 37 1 9 9 8 4 12 12 18 29 10 5 13 2 1 1 1 1 5 19 34 1 4 2 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1 2 5 19 1 1 34 1 1 27 1 1 57 1 1 53 1 34 43 2 1 48 1 1 40 1 49 1 27 5 1 31 25 1 1 2 37 1 1 3 1 26 1 1 1 1 1 1 1 2 1 8 1 1 6 2 Total por Escola 1 1 1 1 3 1 1 2 1 2 34 14 3 1 2 1 1 2 1 1 1 1 1 Convívio Professores Lab. Electricidade Lab. Físico/Química Lab. Matemática Lab. Ciências Lab. Comunicação Lab.Química 1 4 1 2 1 2 6 6 1 4 4 3 2 4 1 4 Lab. Física Laboratório Esp. Adaptado em Sala Gabinete Matemática Gabinete Dep. Línguas Gabinete Dir. Turma Sala Lavores Sala Comp. Litográfica Sala de Encadernação Sala Impr. Litográfica Sala Des. Litográfico Sala de Olaria Sala de Cinzelagem Sala de Fiação Sala de Tecelagem Sala de Modelação Sala de Formação Sala Cinema Educativo Sala de Ginástica Sala Francês Sala Inglês Sala Electrotecnia Sala de Tecnologia Sala de Biologia Sala Informática Tec. Inf. Com. Educação Visual Ed. Visual e Tec. Ed. Tecnológica Educação Musical 1 2 EB2,3 Viso, Porto Total por Tipologia Sala C. Naturais 2 Convívio Alunos 27 Sala Professores Conservatório Música Porto Sala de Geografia Físico-Química Química Física Ciências Naturais Sala de Trabalho Desenho Técnico Sala Desenho/Ciências Sala de Desenho Sala de Ciências Escola Sala de Aula Tabela 8.23 - Designação dos espaços físicos nos edifícios escolares da responsabilidade do Ministério da Educação 1 5 3 1 3 1 3 13 26 27 32 2 963 Fonte: DREN, 2005 CEP ANEXOS - 27 1 1 1 1 1 EB2,3 Maria Lamas 1 1 1 1 1 EB2,3 Miragaia, Porto 1 1 1 1 1 EB2,3 Nicolau Nasoni 1 1 1 1 1 EB2,3 Paranhos, Porto 1 1 1 1 EB2,3 Pêro Vaz de Caminha 1 1 1 EB2,3 Ramalho Ortigão 1 1 EB2,3 Viso, Porto 1 ES António Nobre 4 1 1 1 1 1 1 1 1 56 1 1 1 1 1 1 1 1 48 1 1 1 1 1 1 1 1 56 1 1 1 1 1 1 1 1 43 1 1 1 1 1 1 1 1 39 1 1 1 1 1 1 1 1 45 1 1 1 1 1 1 1 1 56 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 42 1 1 1 1 1 1 1 1 1 54 1 1 1 1 1 1 1 1 34 1 1 1 1 1 1 1 1 45 1 1 1 1 1 1 1 1 47 1 1 1 1 1 1 1 1 55 2 1 1 1 1 1 1 1 32 1 1 1 1 1 1 1 1 53 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 ES Carolina Michäelis 1 1 1 1 1 ES D. Filipa de Vilhena 1 1 1 1 1 1 ES Fontes Pereira de Melo 1 1 1 1 1 ES Garcia da Orta 1 1 1 1 1 ES Infante D. Henrique 1 1 1 1 ES Rodrigues de Freitas 1 1 1 1 1 ES/3 Alexandre Herculano 1 1 1 1 1 ES/3 Aurélia de Sousa 1 1 1 1 ES/3 Cerco 1 1 1 1 1 1 ES/3 Clara de Resende 1 1 1 1 1 1 ES/A Soares dos Reis 1 1 1 1 Total por Tipologia 29 1 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 35 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 51 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 44 1 1 1 1 1 1 1 1 74 1 1 1 1 1 1 1 1 70 13 1 1 1 1 1 1 1 1 1 63 1 4 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 81 1 1 1 1 1 1 1 1 57 1 1 1 1 1 1 1 1 75 1 1 1 1 1 1 1 1 45 1 1 1 1 1 1 1 1 52 4 1 3 1 1 1 2 8 45 1 1 2 1 2 1 3 1 1 1 1 1 1 1 29 28 28 11 3 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 44 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 Total por Escola EB2,3 Manoel de Oliveira 1 1 Recreio Coberto 1 1 PBX 1 1 1 Papelaria 1 1 1 Câmara Escura 1 1 Inst. Sanitárias/Masculinas 1 1 Inst. Sanitárias/Femininas EB2,3 Leonardo Coimbra Filho 1 1 5 1 Inst. Sanitárias/Deficientes 1 1 Chefe de Secretaria 1 Arquivo 1 Arrecadação Geral 1 Sala Práticas Administrativas EB2,3 Irene Lisboa 1 Sala de Estudo 1 Oficinas 1 Sala Pequenos Grupos 1 Sala de Máquinas 1 Sala Trab. Práticos EB2,3 Gomes Teixeira 1 Sala de Mecânica 1 1 Sala Línguas 1 1 Sala Audio-Visual 1 1 Sala Fotografia 1 1 Enc. Educ./Associação Pais EB2,3 Francisco Torrinha 1 Gab. Psicologia 1 1 Gabinete Reitor 1 1 1 Gabinete do Secretário 1 1 Gabinete Contabilidade 1 Gabinete Chefe Pessoal 1 Gabinete Reuniões EB2,3 Dr. Augusto C. Pires Lima Gabinete Médico 1 Seminários 1 Sala de Conferências 1 1 Anfiteatro 1 Associação Estudantes 1 Sala de Minerologia EB2,3 Cerco Galeria de Arte 1 Museu de História 1 Museu 1 Centro Recursos/ Biblioteca 1 Ludoteca 1 Reprografia EB2,3 Augusto Gil Sala de Impressão 1 Gimnodesportivo 1 Campo de Jogos 1 Ginásio 1 Piscina EB2,3 Areosa Balneário 1 Bufete 1 Cozinha Gab. Conselho Directivo Conservatório Música Porto Escola Refeitório Secretaria Tabela 8.23 - Designação dos espaços físicos nos edifícios escolares da responsabilidade do Ministério da Educação (cont.) 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 25 1 23 1 1 1 2 8 1 1 9 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 3 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 12 1 37 20 1 2 1 2 1 1 1 1 2 2 2 1 1 1 1 15 2 1 1 3 32 29 28 29 29 28 29 29 1 71 1.512 Fonte: DREN, 2005 CEP ANEXOS - 28 Tabela 8.24 - Frequência de Jardim de Infância por ciclo Frequência de Jardim de Infância Média global 77,7% 2º ciclo 86,5% 3º ciclo 74,9% Secundário 74,5% Fonte: CMP-GTCEP, 2005 - Inquérito aos alunos Tabela 8.25 - Reprovação por tipo de ensino Ens. Público 67,6% 32,4% Nunca reprovaram Reprovaram pelo menos uma vez Ens. Privado 74% 26% Fonte: CMP-GTCEP, 2005 - Inquérito aos alunos Tabela 8.26 - Reprovação por ciclo de escolaridade 2º ciclo 3º ciclo Secundário Total Não Sim Não Sim Não Sim Não Sim N 304 98 395 148 396 217 1095 463 % 75,6 24,4 72,7 27,3 64,6 35,4 70,3 29,7 Fonte: CMP-GTCEP, 2005 - Inquérito aos alunos Tabela 8.27 - Número de reprovações por ciclo de escolaridade 1 vez 71,8% 61,6% 52,9% 2º ciclo 3º ciclo Secundário 2 vezes 17,9% 29,0% 32,5% 3 vezes e 10,3% 9,4% 14,6% Fonte: CMP-GTCEP, 2005 - Inquérito aos alunos Tabela 8.28 - Local onde efectua os TPC Em casa Na escola No explicador No ATL/Sala de estudo Em casa de amigos/colegas No café Noutro sítio Em casa de familiares Total 88,9% 8,7% 5,9% 5,8% 3,5% 2,9% 2,5% 1,8% 2º ciclo 78,1% 9,5% 7,5% 12,2% 3,2% 2,2% 3,2% 3º ciclo 91,0% 8,8% 5,0% 5,5% 3,1% 1,1% 1,1% 2,0% Secundário 94,2% 8,1% 5,8% 1,8% 4,1% 6,4% 3,8% 0,7% Fonte: CMP-GTCEP, 2005 - Inquérito aos alunos Tabela 8.29 - Quem ajuda nas dificuldades na matéria e nos TPC Pais Professor Irmãos Outros Explicador Colegas/amigos Ninguém Quem ajuda nas dificuldades na matéria 2º ciclo 3º ciclo Secundário 46,1% 36,8% 11,2% 16,6% 19,1% 30,5% 9,0% 9,2% 6,1% 12,2% 7,1% 4,7% 9,0% 9,2% 14,9% 3,8% 14,1% 29,1% 3,2% 4,4% 3,5% Quem ajuda nos TPC 2º ciclo 54,0% 3,4% 9,3% 10,5% 11,0% 2,0% 9,9% 3º ciclo 44,3% 1,8% 7,2% 6,8% 7,2% 7,6% 24,9% Secundário 15,6% 2,5% 6,2% 4,7% 9,7% 18,1% 43,2% Fonte: CMP-GTCEP, 2005 - Inquérito aos alunos CEP ANEXOS - 29 Tabela 8.30 - Razões apontadas para as dificuldades sentidas na matéria Total 36,7% 43,4% 16,6% 26,5% 2,2% 21,9% 5,7% 23,5% 21,9% 13,0% 12,4% Falta de estudo Matéria complicada Falta de tempo para estudar Aulas com muito barulho Falta de espaço para estudar Dificuldades de anos anteriores Não querer estudar em casa Não gostar da matéria dada Professores não explicam bem Outra situação Não tem dificuldades 2º ciclo 3º ciclo Secundário 25,9% 38,4% 42,1% 42,1% 48,0% 40,2% 12,8% 11,1% 23,7% 45,6% 28,1% 13,0% 3,5% 1,9% 1,7% 13,6% 17,6% 30,9% 4,8% 8,2% 4,0% 15,2% 27,0% 25,7% 7,5% 27,5% 26,0% 21,6% 11,1% 9,2% 19,5% 11,9% 8,5% Fonte: CMP-GTCEP, 2005 - Inquérito aos alunos Tabela 8.31 - Factores importantes para que um aluno tenha sucesso na escola Compreender os professores Estudar muito Ter apoio nos TPC Estar atento nas aulas Gostar da matéria Bom ambiente na aula Total 2º ciclo 52,1% 50,8% 32,6% 45,6% 3,3% 6,3% 62,6% 56,3% 22,0% 14,8% 23,1% 20,8% 3º ciclo Secundário 49,4% 55,3% 27,1% 29,1% 2,4% 2,3% 67,5% 62,5% 22,3% 16,4% 27,9% 20,4% Fonte: CMP-GTCEP, 2005 - Inquérito aos alunos Tabela 8.32 - Condições para se aprender melhor Muito importante 25,8% 26,6% 22,1% 38,2% 16,8% 37,9% 51,0% 21,8% 36,5% Trabalhos de grupo Utilização de laboratórios Frequentar a biblioteca Fazer visitas de estudo Área de Projecto Utilização da internet Testes Actividades extracurriculares Computadores Importante 50,8% 42,9% 43,7% 44,0% 38,8% 43,5% 35,9% 42,6% 44,2% Pouco importante 19,7% 21,0% 27,8% 15,6% 30,9% 16,1% 9,4% 28,2% 16,5% Nada importante 3,7% 9,5% 6,4% 2,2% 13,5% 2,5% 3,7% 7,4% 2,8% Fonte: CMP-GTCEP, 2005 - Inquérito aos alunos Tabela 8.33 - Gosto pelo estudo 2º ciclo 3º ciclo Secundário Sim 61,2% 35,9% 35,9% Não 5,6% 14,1% 16,7% Nem sempre 33,2% 50,0% 47,4% Fonte: CMP-GTCEP, 2005 - Inquérito aos alunos Tabela 8.34 - Razões pelas quais é importante ir à escola 2º ciclo 3º ciclo Secundário Aprender coisas novas Fazer amigos 66,8% 45,7% 36,6% 28,4% 40,3% 31,6% Ter um Ter Não é Ter um futuro empresa importante emprego melhor própria ir à escola 63,9% 64,4% 72,6% 28,7% 37,7% 39,8% 6,0% 4,3% 3,7% 0,6% 1,8% 0,7% Fonte: CMP-GTCEP, 2005 - Inquérito aos alunos CEP ANEXOS - 30 Tabela 8.35 - Apreciação das condições de higiene/limpeza e segurança da escola 2º ciclo 3º ciclo Secundário Escola limpa sim não 65,5% 34,5% 67,3% 32,7% 85,9% 14,1% Salas limpas sim não 78,4% 21,6% 75,7% 24,3% 84,9% 15,1% Bar limpo sim não 91,0% 9,0% 92,6% 7,4% 93,2% 6,8% Sanitários limpo sim não 42,3% 57,7% 44,1% 55,9% 66,1% 33,9% Fonte: CMP-GTCEP, 2005 - Inquérito aos alunos Tabela 8.36 - Avaliação de condições exteriores à escola 2º ciclo 3º ciclo Secundário Carros circulam com velocidade sim não 43,9% 56,1% 45,1% 54,9% 40,7% 59,3% Conhecimentos de roubos e agressões sim não 39,2% 60,8% 67,2% 32,8% 68,1% 31,9% Fonte: CMP-GTCEP, 2005 - Inquérito aos alunos Tabela 8.37 - Satisfação face a um conjunto de dimensões Secundário 3º ciclo 2º ciclo Professores Funcionários Muito satisfeito Satisfeito Pouco satisfeito Nada satisfeito Muito satisfeito Satisfeito Pouco satisfeito Nada satisfeito Muito satisfeito Satisfeito Pouco satisfeito Nada satisfeito 53,1% 37,8% 6,6% 2,6% 28,1% 54,4% 13,9% 3,5% 31,6% 55,7% 10,2% 2,5% 37,0% 47,7% 12,2% 3,1% 23,8% 53,8% 16,6% 5,7% 32,3% 51,9% 12,3% 3,4% Instalações Colegas da O que aprende da escola escola nas aulas 34,5% 66,7% 62,4% 42,5% 26,4% 33,0% 17,5% 4,9% 2,8% 5,4% 2,1% 1,8% 19,6% 63,9% 31,9% 45,9% 29,6% 56,5% 25,6% 5,2% 9,3% 8,9% 1,3% 2,4% 13,0% 51,7% 23,2% 52,3% 40,4% 65,4% 25,2% 5,7% 9,4% 9,5% 2,1% 2,1% Fonte: CMP-GTCEP, 2005 - Inquérito aos alunos Tabela 8.38 - Nível máximo de escolaridade que pretendem atingir 2º ciclo 3º ciclo Secundário Universidade 69,8% 71,6% 84,5% Secundário ou profissional 13,6% 17,1% 15,5% Fonte: CMP-GTCEP, 2005 - Inquérito aos alunos Tabela 8.39 - Distribuição dos educandos por nível de escolaridade e zona de residência Centro histórico Centro tradicional Zona ocidental Zona oriental 1.º CEB 39,7% 24,6% 25,5% 37,3% 2.º CEB 23,8% 20,9% 19,1% 20,2% 3.º CEB 11,1% 20,5% 26,8% 18,4% Secundário 17,5% 32,4% 26,1% 22,4% Profissional 7,9% 1,6% 2,5% 1,8% Fonte: CMP-GTCEP, 2005 - Inquérito aos alunos Tabela 8.40 - Distribuição dos educandos por regime jurídico da escola e zona de residência Centro histórico Centro tradicional Zona ocidental Zona oriental Público 86,9% 73,4% 74,4% 86,1% Privado 13,1% 26,6% 25,6% 13,9% Fonte: CMP-GTCEP, 2005 - Inquérito aos alunos CEP ANEXOS - 31 Tabela 8.41 - Benefícios de apoio social usufruídos pelos alunos Apoios % Sim Senhas de alimentação 17,9 Livros e material escolar 22,6 Transporte 2,7 Isenção de taxas/propinas 6,9 Bolsas de mérito 0,9 Outros apoios 1,6 Fonte: CMP-GTCEP, 2005 - Inquérito aos alunos Tabela 8.42 - Educandos que já reprovaram por zona de residência Média Educandos que já reprovaram 24,9% Centro histórico 27,0% Centro Zona tradicional ocidental 25,2% 21,9% Zona oriental 25,7% Fonte: CMP-GTCEP, 2005 - Inquérito às famílias Tabela 8.43 - Apoio dado na realização dos TPC, por zona de residência Centro histórico Centro tradicional Zona ocidental Zona oriental Média Sempre/ muitas vezes Algumas vezes Poucas vezes/nunca 28,1% 32,4% 40,6% 44,8% 39,3% 28,1% 26,7% 26,9% 21,4% 24,4% 43,8% 40,9% 32,5% 33,8% 36,3% Fonte: CMP-GTCEP, 2005 - Inquérito às famílias Tabela 8.44 - Verificação dos cadernos diários, por zona de residência Centro histórico Centro tradicional Zona ocidental Zona oriental Média Sempre/ muitas vezes Algumas vezes Poucas vezes/nunca 50,0% 39,9% 55,0% 37,3% 47,2% 23,4% 21,4% 15,8% 23,4% 19,3% 26,6% 38,7% 29,2% 39,2% 33,5% Fonte: CMP-GTCEP, 2005 - Inquérito às famílias Tabela 8.45 - Participação dos encarregados de educação nas reuniões, actividades culturais e recreativas e procura da escola por iniciativa Participação reuniões Participação nas actividades culturais/recreativas Procura escola para obter informações Sempre/ muitas vezes 67,8 30,9 54,9 Algumas vezes Poucas vezes/nunca 16,0 15,4 22,8 16,2 53,7 22,3 Fonte: CMP-GTCEP, 2005 - Inquérito às famílias Tabela 8.46 - Explicações por área de residência e ciclo de escolaridade do educando Centro histórico Centro tradicional Zona ocidental Zona oriental Sim 22,2% 19,7% 15,5% 20,3% Não 77,8% 80,3% 84,5% 79,7% 1º CEB 2º CEB 3º CEB Secundário Profissional Sim 15,2% 17,2% 19,8% 27,3% 5,0% Não 84,8% 82,8% 80,2% 72,7% 95,0% Fonte: CMP-GTCEP, 2005 - Inquérito às famílias CEP ANEXOS - 32 Tabela 8.47 - Apoio dado pela escola e pelos professores aos alunos (sempre/muitas vezes) Média Centro Centro Zona Zona histórico tradicional ocidental oriental Escola apoia os alunos em termos de aprendizagem (sempre/muitas vezes) 65,8% 61,9% 66,3% 60,8% 68,1% Professores apoiam os alunos quando têm dúvidas (sempre/muitas vezes) 73,1% 68,3% 71,7% 72,9% 74,9% Fonte: CMP-GTCEP, 2005 - Inquérito às famílias Tabela 8.48 - Apreciação das condições de higiene da escola Higiene da escola Higiene do refeitório/bar Higiene das casas de banho Sim 89,2% 91,0% 74,0% Não 10,8% 9,0% 26,0% Fonte: CMP-GTCEP, 2005 - Inquérito às famílias Tabela 8.49 - Assaltos ao educando dentro da escola Média Educando assaltados dentro da escola 10,7% Centro Centro Zona histórico tradicional ocidental 6,3% 8,5% 7,6% Zona oriental 14,6% Fonte: CMP-GTCEP, 2005 - Inquérito às famílias Tabela 8.50 - Avaliação das condições exteriores à escola (% de sim) passadeiras para peões Centro histórico Centro tradicional Zona ocidental Zona oriental Média 70,3% 86,2% 89,2% 81,7% 83,5% carros zona conhecimento passam venda de circundante de roubos ou droga com agradável agressões velocidade 35,0% 78,7% 29,0% 17,7% 48,7% 75,8% 55,2% 29,8% 48,4% 85,5% 62,2% 31,3% 48,8% 76,2% 50,4% 35,7% 47,7% 78,0% 52,3% 32,0% Fonte: CMP-GTCEP, 2005 - Inquérito às famílias Tabela 8.51 - Satisfação das famílias face a um conjunto de dimensões Muito Pouco Nada Satisfeito satisfeito satisfeito satisfeito Professores Funcionários Turma do educando Instalações da escola Ambiente geral da escola O que educando aprende 33,9% 29,0% 26,5% 21,0% 20,9% 25,7% 54,6% 60,4% 56,5% 53,8% 58,9% 62,1% 9,3% 8,6% 13,0% 20,3% 15,5% 10,2% 2,2% 2,0% 4,0% 4,9% 4,6% 2,0% Fonte: CMP-GTCEP, 2005 - Inquérito às famílias CEP ANEXOS - 33 Tabela 8.52 - Nível máximo de escolaridade que as famílias pretendem que o educando atinja 3.º CEB Centro histórico Centro tradicional Zona ocidental Zona oriental Média 1,6% 1,6% 0,6% 2,1% 1,7% Ensino Ensino Ensino Secundário Profissional Superior 15,6% 10,4% 7,5% 10,2% 10,1% 4,7% 3,2% 1,9% 2,1% 2,6% 53,1% 55,2% 62,7% 60,7% 59,0% Mais que o Ensino Ns/Nr Superior 18,8% 6,3% 20,8% 8,8% 19,9% 7,5% 19,0% 5,9% 19,6% 7,0% Fonte: CMP-GTCEP, 2005 - Inquérito às famílias Tabela 8.53 - Profissão desejada para o educando Profissão Advogado/juiz/jurista Arquitecto Engenheiro Médico Professor Veterinário Outras profissões % 6,8 5,9 10,1 28,7 7,8 6,5 34,2 Fonte: CMP-GTCEP, 2005 - Inquérito às famílias Tabela 8.54 – Conteúdo funcional da DME e da DMPIJ Unidades orgânicas Divisão Municipal de Educação (DME) Divisão para a promoção da infância e juventude (DMPIJ) Conteúdo funcional Administrar os edifícios, equipamentos e materiais escolares. Garantir o apetrechamento dos estabelecimentos de educação pré-escolar e do 1º ciclo do ensino básico. Assegurar os serviços de acção social escolar, no âmbito da educação préescolar e do 1º ciclo. Gerir o pessoal não docente de educação pré-escolar. Administrar os jardins-de-infância da rede pública. Colaborar na elaboração da carta educativa. Cooperar com o Conselho Municipal de Educação. Garantir a administração das refeições nos estabelecimentos de educação pré-escolar e do 1º ciclo do ensino básico. Implementar o sistema de informação e gestão escolar. Garantir a representação do município nas Assembleias de Agrupamentos Verticais de Escolas. Promover a politica municipal de apoio à juventude. Caracterizar e actualizar o universo das associações juvenis do Porto. Propor parcerias com entidades vocacionadas para a juventude. Realizar eventos com vista à prevenção do abandono e absentismo escolar. Colaborar em iniciativas de reconhecimento de boas práticas que conciliem a prossecução dos estudos com a cidadania. Desenvolver e apoiar programas de formação de âmbito infantil e juvenil. Participar no apoio à educação extra-curricular no 1º ciclo do ensino básico. Organizar e implementar programas de ocupação de tempo não lectivo direccionados aos alunos do 1º ciclo do ensino básico. Apoiar e incentivar a rede de bibliotecas escolares, em articulação com a DMC. Coordenar a participação do município em programas e iniciativas para a educação e juventude. Fonte: CMP/DMEJ, 2007. Nota: Publicado em Diário da Republica, 2ª série nº 154 de 10/08/2006. CEP ANEXOS - 34 Tabela 8.55 – Visão, Missão e Objectivos Estratégicos do DMEJ Visão Ser um Departamento Municipal reconhecido como referência na promoção, desenvolvimento e melhoria da qualidade da Educação e das Iniciativas para a Juventude, com o qual os seus clientes (internos e externos) e colaboradores se sintam identificados e valorizados. Missão Assegurar a qualidade da educação nos jardins de infância e escolas de 1º ciclo do ensino básico da rede pública, o direito à cidadania dos jovens e à educação ao longo da vida, contribuindo para o fortalecimento da coesão social da cidade do Porto. Cooperar interna e externamente com iniciativas no âmbito educativo, atendendo aos recursos municipais disponíveis e desenvolvimento das competências dos colaboradores. Objectivos Estratégicos Melhorar a qualidade da Educação na infância, no sentido de aumentar oportunidades e diminuir desigualdades, contribuindo para alcançar a coesão social; Fomentar actividades pedagógico-didácticas e dinamizar a componente sócio-educativa; Promover acções que visem o enriquecimento educativo de crianças, pais, docentes e discentes; Promover actividades dirigidas a jovens, no sentido de proporcionar o desenvolvimento global da sua educação e integração como cidadãos intervenientes na construção da cidadania; Garantir que o Departamento, em sinergia com as demais Direcções Municipais, alcancem uma perspectiva transversal, a redução de custos e a optimização da relação qualidade/custo – implementando práticas de benchmarking. Fonte: CMP/DMEJ, 2007 Tabela 8.56 – Situação actual da distribuição de salas de actividade e salas de aula por agrupamento vertical de escolas Agrupamento Vertical de Escolas Escola sede do AVE Antas EB 2/3 de Nicolau Nasoni Amial EB 2/3 de Pêro Vaz de Caminha Areosa EB 2/3 da Areosa Augusto Gil EB 2/3 de Augusto Gil Cerco EB 2/3 do Cerco Clara de Resende ES/3 Clara deResende Dr. Augusto César Pires de LiEB 2/3 de Dr. Augusto C. Pires de Dr. Leonardo Coimbra Filho EB 2/3 de Dr. Leonardo Coimbra Fi Eugénio de Andrade EB 2/3 de Paranhos Francisco Torrinha EB 2/3 de Francisco Torrinha Gomes Teixeira EB 2/3 de Gomes Teixeira Irene Lisboa EB 2/3 de Irene Lisboa Manoel de Oliveira EB 2/3 de Manoel de Oliveira Maria Lamas EB 2/3 de Maria Lamas Miragaia EB 2/3 de Miragaia Ramalho Ortigão EB 2/3 de Ramalho Ortigão Viso EB 2/3 do Viso TOTAIS Nº de estabelecimentos de ensino (EPE e EB1) Total de salas de actividade 3 4 1 7 6 1 4 5 3 5 5 4 5 3 4 4 5 69 4 5 2 11 10 0 6 7 1 8 5 9 6 4 6 7 8 99 Escolas EB1 / Regime de funcionamento Total de salas de aula Total de turmas 15 19 12 24 26 8 22 19 29 22 28 16 33 23 15 32 27 370 24 24 7 31 48 16 22 19 32 35 38 19 30 19 25 32 27 448 Turmas Turmas em Carências em regime regime de salas de normal duplo aula 4 17 7 14 4 0 22 19 24 9 15 13 30 19 4 32 27 260 20 7 0 17 44 16 0 0 8 26 23 6 0 0 21 0 0 188 9 5 (-5) 7 22 8 0 0 3 13 10 3 (-3) (-4) 10 0 0 90 Fonte: CMP-GTCEP, 2007 Tabela 8.57 – Indicadores da rede escolar municipal (2006/07) Estabelecimentos Nº total de estabelecimentos de ensino individualizados (EPE e EB1) 69 Jardins-de-infância (individualizados) 14 Estabelecimentos básicos do 1.º ciclo 17 Estabelecimentos básicos do 1.º ciclo com jardim de infância 38 EPE Crianças a frequentar EPE público 2.038 Salas de actividade 99 EB1 Alunos a frequentar EB1 público 9.111 Total de turmas 448 Turmas a funcionar em regime normal 260 Turmas a funcionarem regime duplo 188 Salas de aula 370 Carências de salas de aula 90 Fonte: CMP/GTCEP, 2007 CEP ANEXOS - 35 Tabela 8.58 – Síntese das propostas de requalificação, aproveitamento e construção de Centros Escolares 1.ª Prioridade Requalificação Salas de aula Capacidade Máxima - Salas de actividades Capacidade Máxima Actuais Novas Total Actuais Novas Total Actuais Novas Total Actuais Novas Total JI Ferreira de Castro EB1/JI Cerco EB1/JI Falcão EB1/JI Paulo da Gama EB1 Pinheiro* EB1 Florinhas Sub Total 2 2 1 1 1 1 4 2.ª Prioridade - Aproveitamento de instalações ME EB 2/3 Gomes Teixeira / ES Rodrigues de Freitas ES António Nobre EB 2/3 do Cerco ESA Soares dos Reis Sub Total 3.ª Prioridade - Construção de Centros Escolares JI Ferreira de Castro Antas (PPA) Nun'Alvares (UOPG 1) Contumil (UOPG 17) Areosa (UOPG 14) Sub Total Total 4 2 2 2 1 1 0 8 40 40 20 20 40 40 40 20 20 0 8 5 7 3 2 7 2 1 1 2 15 7 8 4 4 160 100 140 60 40 140 40 20 20 40 300 140 160 80 80 160 25 13 38 500 260 760 20 20 80 80 Salas de actividades Capacidade Máxima Salas de aula Capacidade Máxima 3 60 8 160 3 60 6 120 8 5 12 33 160 100 240 660 Salas de actividades Capacidade Máxima Salas de aula Capacidade Máxima 2 2 3 2 3 12 20 40 40 60 40 60 240 400 6 10 6 8 30 46 120 200 120 160 600 1.520 Fonte: CMP/GTCEP, 2007 No aproveitamento das instalações existentes ou na criação de novas, para além das salas de actividade para Jardim de Infância e das salas de aula, deverá ter-se em consideração pelo menos as seguintes características: Tabela 8.59 – Descrição de proposta tipo Sala polivalente (para refeitório com pequena copa) Biblioteca / Mediateca / Centro de recursos Gabinete de professores / Acolhimento de Pais Instalações sanitárias adequadas, vestiário e respectivos arrumos Climatização (acumuladores de calor) Mobiliário, material didáctico e audio-visual diverso, adequado para os vários níveis de ensino Espaço exterior coberto Qualificação do espaço exterior descoberto Acessos a pessoas com mobilidade reduzida Introdução de painéis solares (de acordo com as normas) Fonte: "Programa de Espaços para EB1", de acordo com as Normas para Concepção de Instalações Escolares para o 1.º CEB do ME /Secretaria-Geral, 2005 Para o desenvolvimento dos projectos deverá ainda ser tido em consideração os critérios de programação e de dimensionamento em termos de áreas de terreno necessários, segundo as “Normas para a programação e caracterização de equipamentos colectivos” da DGOTDU. CEP ANEXOS - 36 Tabela 8.60 – Síntese geral das propostas com estimativa de custos Número de salas 1.ª Prioridade - Ampliação / Requalificação Tipologia EB1/JI Cerco EB1/JI EB1 Falcão EB1/JI EB1/JI Paulo da Gama EB1/JI EB1 Pinheiro3 EB1/JI EB1 Florinhas Salas Salas de de actividades aula Custo da AEE (€/m2) Tipologia CUSTO FINAL ESTIMADO 7 1.075 500 € 537.500 € 3.000 50 € 150.000 € 44.700 € 732.200 € 1 2 3 460 500 € 30.000 € 1.700 50 € 85.000 € 17.100 € 315.000 € 1 1 155 500 € 77.500 € 550 50 € 27.500 € 12.500 € 117.500 € 1 4 5 730 500 € 365.000 € 2.900 50 € 145.000 € 45.380 € 555.380 € 2 2 310 300 € 93.000 € 1.100 30 € 2 16 18 1.303.000 € 9.250 2.730 Número de salas 2.ª Prioridade Aproveitamento de instalações ME Custo total de Custo do arranjo da AEE Equipamento construção 2 (ABC) (x103 €) 7 EB1 Sub Total Área Bruta Área Custo da Custo total de de Espaços Total ABC construção (ABC) Construção Exteriores de (€/m2) (x103€) estimado (m2)1 (m2)1 salas Salas Salas de de actividades aula Área Bruta Área Custo da Custo total de de Espaços Total ABC construção (ABC) Construção Exteriores de (€/m2) (x103 €) (m2)1 (m2)1 salas Custo da AEE (€/m2) 55.000 € 8.800 € 156.800 € 462.500 € 128.480 € 1.876.880 € Custo total de Custo do arranjo da AEE Equipamento construção 2 (ABC) (x103 €) CUSTO FINAL ESTIMADO EB 2,3 Gomes Teixeira / ES EB1/JI Rodrigues de Freitas 3 8 11 1.500 300 € 450.000 € 4.200 50 € 210.000 € 77.630 € 737.630 € ES António Nobre 3 8 11 1.500 300 € 450.000 € 4.200 50 € 210.000 € 77.630 € 737.630 € 1.700 300 € 510.000 € 4.400 50 € 220.000 € 74.530 € 804.530 € 730 300 € 219.000 € 2.170 50 € 108.100 € 34.200 € 361.700 € 1.629.000 € 14.970 640.000 € 263.990 € 2.641.490 € EB1/JI ESA Soares dos Reis EB1 12 12 EB 2,3 do Cerco EB1 5 5 33 39 Sub Total 6 5.430 Número de salas 3.ª Prioridade - Construção de TipoloCentros Escolares gia Antas (PPA) EB1/JI Área Bruta Área Custo da Custo total de de Espaços Total ABC construção (ABC) Construção Exteriores de (€/m2) (x103 €) (m2)1 (m2)1 salas Salas de actividades Salas de aula 2 6 8 1.120 500 € 560.000 € 3.420 Custo da AEE (€/m2) 2 50 € Custo total de Custo do arranjo da AEE Equipamento construção 2 (ABC) (x103 €) CUSTO FINAL ESTIMADO 171.000 € 64.130 € 795.130 € Nun'Alvares (UOPG 1) EB1/JI 3 10 13 1.760 500 € 880.000 € 4.800 30 € 240.000 € 91.530 € 1.211.530 € Contumil (UOPG 17) EB1/JI 2 6 8 1.120 500 € 560.000 € 3.420 50 € 171.000 € 64.130 € 795.130 € Areosa (UOPG 14) EB1/JI 500 € 50 € 3 8 11 1.500 750.000 € 4.200 210.000 € 77.630 € 1.037.630 € Sub Total 10 30 40 5.500 2.750.000 € 15.840 792.000 € 297.420 € 3.839.420 € TOTAL 18 79 97 13.660 5.682.000 € 40.060 1.894.500 € 689.890 € 8.357.790 € Fonte: CMP/GTCEP, 2007. Notas: 1 De acordo com as "Normas para a programação e caracterização de equipamentos colectivos", DGOTDU, 2002. 2 De acordo com Despacho - Conjunto n.º 300/2005, de 7 de Março, II.ª Série. 3 Actualmente a EB1 do Pinheiro dispõe de 3 salas de aula, mas pretende-se a construção de novo Centro Escolar com 1 sala de actividades e 4 salas de aula. 4 Para além do disposto, deverá ter-se em linha de conta o "Programa de Espaços para EB1", de acordo com as Normas para Concepção de Instalações Escolares para o 1.º CEB do ME /SecretariaGeral, Junho de 2005. 5 Na estimativa dos custos não foram incluídos os projectos de arquitectura, nem das especialidades, nem os preços dos terrenos. CEP ANEXOS - 37