O embalo do trigo
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O embalo do trigo
O embalo do trigo Área plantada com a cultura no oeste do Paraná teve um acréscimo de 40% em comparação ao ano passado R$23 milhões em novas filiais Ibema, Corbélia e Céu Azul recebem mais de R$23 milhões em investimentos para implantação de novas filiais da I.Riedi nº 12 | JUN/JUL/AGO 14 A REVISTA DO AGRONEGÓCIO, INFORMAÇÃO E CULTURA. Com Fox, este anúncio é o mais próximo que a ferrugem vai chegar da lavoura do Walter Horita. Com a confiança dos produtores, a eficácia de Fox hoje é a solução absoluta para a soja brasileira, graças à sua molécula inédita e seu grupo químico exclusivo. Faça como o Walter Horita: torne-se você também um fã do fungicida que mais cresce em uso no Brasil. Mais de 40 milhões de hectares tratados; Maior eficácia contra Ferrugem; Excelente controle da Antracnose, Oídio e Mancha-Alvo. www.bayercropscience.com.br 0800 011 5560 Fox – De primeira, sem dúvida. Walter Horita. Grupo Horita - Barreiras/BA SUMÁRIO 4 TÉCNICA AGRÍCOLA Produtores investem em tecnologia de aplicação e aumentam a rentabilidade 6 EDUCAÇÃO DIGITAL Conecte-se aos seus filhos e netos 7 MERCADO AGRÍCOLA O embalo do trigo 11 INÉDITO Ficará mais fácil decidir pelas tecnologias 12 EXEMPLO Por um pouquinho de sangue 13 DOAÇÃO 14 mil vale um sorriso 14 ACONTECEU I.RIEDI 15 MÚSICA A herança dos LPs 16 NÚMEROS DO CAMPO Cultivares recordistas da safra de soja 2013/14 18 REFLITA / AGENDA Por uma política de verdade 19 GASTRONOMIA O casamento e o vinho EXPEDIENTE: Diretora Presidente: Wanda Inês Riedi Coordenação Editorial: Lariane Aline Paludo (R.P 8477/PR) Colaboração: Débora Garbin Revisora: Eliane Cabral Beck Projeto Gráfico/Diagramação: Agência freeamerica Impressão: Midiograf Tiragem: 3.000 exemplares Circulação Direcionada: Clientes e Fornecedores da I.Riedi Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não expressam necessariamente a opinião deste veículo. ATENDIMENTO AO LEITOR: INTERNET: www.iriedi.com.br EMAIL: [email protected] © FOTO: débora garbin 8 INVESTIMENTOS I.Riedi expande atuação em três municípios 8 Investimentos I.Riedi expande atuação em três municípios: Corbélia(foto), Ibema e Céu Azul EDITORIAL E por que mesmo reclamamos da vida? Já dizia Madre Tereza de Calcutá: “Os melhores professores são as crianças”. Aparentemente tão inocentes e frágeis, é difícil compreender de onde elas tiram tamanha força e sabedoria para vencer batalhas e ainda ensinar os adultos descrentes as mais importantes lições de vida. No Brasil, 11 mil crianças e adolescentes são diagnosticadas com câncer a cada ano. Uma doença, que há meio século era encarada como sentença de morte para a maioria. Hoje, com o avanço dos tratamentos médicos, 80% dos pequenos que são diagnosticados ainda na fase inicial têm grandes chances de cura. Encarar uma doença como esta, definitivamente não é para qualquer um. Gustavo (5), Gabriela (5) e João (4), pacientes da Uopeccan, lutam diariamente pela vida. Como qualquer outra criança, andam de bicicleta, gostam de comer doces, choram quando se machucam e fazem manha quando querem algo. Diferente das outras crianças, elas não vão à escola, ficam dias carregando uma agulha no peito e passam meses ou anos dentro de um hospital. E por que mesmo reclamamos da vida? A rotina intensa do dia a dia nos leva ao egoísmo, a pensar que as nossas dificuldades ou limitações são sempre maiores que a dos outros. No ser humano, esse impulso é um fator limitante da expansão da consciência, fazendo com que a sua restrita percepção do todo fique mais limitada ainda. Enxergar uma nova realidade de coração aberto é uma chance de nos tornarmos mais benevolentes. Atitude como esta tiveram os funcionários, clientes e demais pessoas que contribuíram com a campanha “Faça parte deste sorriso” da I.Riedi em parceria com a Fipal, Planovale, Transvale e Basf. O resultado deste esforço conjunto foi a maior arrecadação de leite da história do Hospital do Câncer de Cascavel - mais de 14 mil litros. Caixinhas que tiveram que ser levadas num caminhão e descarregadas por muitas mãos. Tudo isso é impagável, afinal não se compram atitudes. O sorriso das crianças foi a maior recompensa que podíamos esperar e nos mostrou que somos capazes de transformar vidas, basta agir. E digam, tem aprendizado melhor que este? Wanda Inês Riedi – Diretora Presidente da I.Riedi © FOTO: LARIANE PALUDO TÉCNICA AGRÍCOLA O agricultor cascavelense Ademir Pazzinatto conheceu o KISS no Dia de Campo da I.Riedi e resolveu apostar na tecnologia. “Estou colhendo os resultados do investimento que fiz.” Produtores investem em tecnologia de aplicação e aumentam a rentabilidade Além de suprir os elementos necessários do solo e da planta, o Kit Inteligente no Sulco da Semeadura facilita o trabalho no campo e aumenta consideravelmente a rentabilidade da cultura P roduzir mais com rentabilidade é o sonho de qualquer empresário rural. E quando o retorno é imediato, melhor ainda. Nesta busca incansável por melhores resultados, uma tecnologia inovadora de aplicação de fertilizantes entrou definitivamente nas lavouras da região. O Kit Inteligente no Sulco da Semeadura (KISS) é um programa criado pela Agrichem do Brasil S/A para garantir uma boa implantação da cultura, fazendo a correção e reposição dos elementos necessários no momento da semeadura na linha do plantio. A tecnologia, desenvolvida no estado de Goiás, tem apresentado resultados surpreendentes nos solos argilosos da região oeste do Paraná principalmente com a aplicação de carbonato de cálcio. Há apenas cinco anos sendo comercializado na região, o KISS já proporcionou acréscimos de produtividade além do esperado e resultados técnicos imensuráveis. “O programa tem o objetivo de promover uma micro correção no sulco de semeadura, entre 0 a 10 centímetros do solo, proporcionando a formação de um microambiente apropriado na região do sistema radicular”, explica o engenheiro agrônomo da Agrichem, Alexandre Bernardes Cunha. Os resultados desta tecnologia implicam diretamente na quantidade de pelos radiculares, que aumentam a absorção de água e consequentemente diminuem as perdas com es- 4 tresses hídricos, além de promover um melhor desenvolvimento radicular por todo o sulco, aumentar a espessura da folha, dar praticidade na inoculação e promover uma melhor homogeneidade em toda a área de aplicação. Absorção imediata de calcário A calagem é considerada uma das práticas que mais contribuem para o aumento da eficiência dos adubos e, consequentemente da produtividade e da rentabilidade no campo. No plantio direto, a calagem é realizada na superfície e por isso a ação do calcário é mais lenta e restrita às camadas superficiais do solo, em comparação à do sistema convencional de preparo, em que o calcário é incorporado. “Com o uso do KISS, os produtores perceberam que podiam aplicar o Cálcio, Boro e Enxofre, elementos pouco usados até então, e com isso explorar a eficiência dos nutrientes absorvidos pela planta. Como são elementos essenciais, quando aplicados no sulco de plantio têm melhor absorção e assimilação e além de tudo, o resultado é imediato”, afirma o engenheiro agrônomo da filial da I.Riedi de Toledo, Jean Fagner Pauly. Além da calagem, experimentos da tecnologia na região mostraram resultados positivos também com tratamento de sementes. Os produtos que têm incompatibilidade na calda podem ser aplicados pela máquina e os inoculantes, se I.RIEDI AGROCULTURA | JUN/JUL/AGO 14 © FOTO: Jean Fagner Pauly O equipamento promove uma micro correção no sulco da semeadura, entre 0 e 10 centímetros do solo, proporcionando a formação de um microambiente apropriado na região do sistema radicular aplicados no sulco de plantio, onde os produtos de mistura não são prejudiciais para a bactéria, potencializam seus resultados. Equipamento moderno O Kit Inteligente no Sulco da Semeadura é composto por um pacote técnico de produtos da Agrichem que podem ser incorporados no equipamento da marca Micron Technology. O equipamento serve para pulverizar o sulco de plantio, em jato dirigido ou leque e sua autonomia pode variar dependendo da capacidade do tanque. “Quando o equipamento foi lançado apresentava alguns problemas como homegeneidade, entupimento de bico e regulagem, mas à medida que foi se popularizando até os dias atuais, a máquina recebeu uma série de ajustes que a transformaram na mais moderna da categoria do Brasil”, relata Jean. O equipamento passa constantemente por melhorias, atualmente possui três agitadores, um tanque de retrolavagem e uma bomba elétrica de maior potência. Rentabilidade de no mínimo 4 sacas por alqueire O mais importante em todo o processo é a rentabilidade que a tecnologia traz ao empresário. “Já na primeira safra, ao adquirir a máquina, o produtor terá um custo de duas sacas por alqueire e um retorno mínimo de seis sacas”, orienta Alexandre. Com os aprimoramentos, a expansão desta tecnologia na região alavancou a partir de 2012. Foi quando o produtor do distrito Dez de Maio de Toledo, Carlos I.RIEDI AGROCULTURA | JUN/JUL/AGO 14 Jaime Pauly, adquiriu o seu equipamento. “O maior benefício é a homogeneidade da lavoura. Utilizei a máquina em duas safras e já na primeira, comparando lado a lado, percebi um acréscimo de 14 sacas por alqueire”, conta. Tecnologia exclusiva da I.Riedi A I.Riedi foi uma das primeiras empresas do Paraná a apostar na tecnologia e possui exclusividade de representação do equipamento na região. O agricultor Ademir Pazzinatto, que tem propriedade na colônia São João em Cascavel, conheceu o KISS em um dos Dias de Campo da I.Riedi e resolveu apostar na tecnologia. “Estou colhendo os resultados do investimento que fiz. Achei de suma importância a I.Riedi ter trazido ao Dia de Campo estas tecnologias diferenciadas. Foi interessante para empresa e para nós agricultores”, diz. Para implantar o KISS na propriedade, o empresário deve seguir alguns passos. O primeiro é fazer a análise de solo, que identificará os níveis de nutrientes. Depois esta análise deve passar pela interpretação do técnico, que por fim fará a recomendação para aplicação. “Este processo é importante para que a recomendação seja assertiva e na dosagem exata, para o melhor aproveitamento da tecnologia e maior produtividade”, finaliza o engenheiro agrônomo da filial da I.Riedi de Terra Roxa, João Bianconi. 5 EDUCAÇÃO DIGITAL Conecte-se aos seus filhos e netos Eles já manuseiam o celular antes de aprenderem a amarrar os sapatos. A geração Alpha nasceu plugada, porém mesmo com todas as habilidades tecnológicas, precisam de orientação dos pais P ara aqueles que foram alfabetizados com a cartilha Caminho Suave, usavam livros de papel ou enciclopédias pesadonas para estudar e se achavam modernos com um tocador de CDs portátil, é hora de esquecer tudo o que conhecem por tecnologia e aceitar o movimento tecnológico das gerações dos seus filhos e netos para poderem acompanhar as mudanças. Afinal, quem nunca foi socorrido por uma criança na hora de manusear algum aplicativo do celular, tablet ou acessar com agilidade um site na internet? As chamadas gerações Z e Alpha, que representam os nascidos a partir de 1990 e 2010, interagem tecnologicamente com as mídias com a mesma facilidade de amarrar os sapatos. Aliás, não é bem assim. Uma pesquisa feita pela AVG Technologies afirmou que a maioria das crianças de até cinco anos (57%) sabe usar aplicativos em smartphones, mas somente 14% sabe amarrar os sapatos. Inusitado, mas compreensível. Segundo a professora do colegiado de Pedagogia da Unioeste e com vasta experiência em Educação Tecnológica, Marciana Pelin Kliemann, amarrar os sapatos é uma habilidade motora complexa até os cinco anos de idade. Já as habilidades tecnológicas são desenvolvidas com maior facilidade em tenra idade. “O computador tem status de material básico de ensino hoje. A naturalidade dos pequenos diante das máquinas comprova essa afirmação”, pontua a pedagoga coordenadora psicopedagógica do colégio Marista de Cascavel, Márcia Ionara Eichstadt Piovezani. Isto explica por que as gerações mais antigas patinam tanto com as modernidades, enquanto os filhos já nascem tecnológicos, os pais estão tendo que se adaptar às novidades. Surge aí o maior dos desafios: como aconselhar estas crianças e adolescentes que já sabem mais sobre tecnologia que seus pais? Marciana orienta que é essencial despertar nos pais a necessidade das crianças serem tratadas como crianças e poderem desfrutar de vários estímulos, não somente os cognitivos e intelectivos, mas também os neuropsicomotores. Como faz o professor Angelo Alfredo Sucolotti, com a filha Letícia de 10 anos. “Nossa filha tem sempre à disposição tecnologias de informação e comunica- Quando apresentar a tecnologia aos filhos Não existe uma regra, pois cada criança possui um nível de quociente intelectual. Contudo, a área de Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem determina uma tabela de idades Faixa Etária 6 Período Escolar Aparato tecnológico 4 e 5 anos 1° ano Tablet 6 e 7 anos 3° ano Computador 8 e 10 anos 4° ano Celular ção, pois acreditamos que quando utilizadas como instrumento de aprendizado associadas a conteúdos curriculares podem reforçar a aprendizagem e permitem acesso a conteúdos que não seriam possíveis nos formatos tradicionais”, diz. Letícia é plugada em seu tablet desde os sete anos, idade em que os pais decidiram liberar a utilização das tecnologias para a filha. O acesso, no entanto, é supervisionado com rigor, com a limitação do tempo de uso e com o auxílio de ferramentas de filtragem, que impedem o acesso a conteúdos considerados inadequados para a idade. É importante saber que não existe uma fórmula que diz quando a criança deve utilizar a tecnologia, mesmo porque, ainda no momento da gestação, quando a mãe ouve músicas para se acalmar, o bebê já está recebendo os primeiros estímulos tecnológicos. O mais importante, segundo especialistas, é acompanhar atentamente o que o filho está acessando e não desenvolver um tecnofobismo. A tecnologia veio para ficar e evolui mais rápido que os nossos pensamentos. O que nos resta é aceitar e entrar nesta “onda” interativa da geração Alpha. Jogos educativos Os joguinhos digitais fazem parte do aprendizado das crianças. Conheça alguns indicados pela professora Marciana Pelin Kliemann www.escolagames.com.br www.duendes.com.br www.smartkids.com.br http://marianacaltabiano.com.br/ http://www.abelhudos.com.br/ http://tvcultura.cmais.com.br/cocorico http://senna.globo.com/senninha I.RIEDI AGROCULTURA | JUN/JUL/AGO 14 © FOTO: lariane paludo É essencial que as crianças possam desfrutar de vários estímulos, não somente os cognitivos e intelectivos, mas também os neuropsicomotores MERCADO AGRÍCOLA O embalo do trigo Preços atrativos e boa rentabilidade ressuscitam o trigo nesta safra de inverno. Área plantada com a cultura teve um acréscimo de 40% em comparação ao ano passado I.RIEDI AGROCULTURA | JUN/JUL/AGO 14 outro sinal importante da aposta dos produtores. Levando em consideração o custo médio para implantação da cultura e o valor atual de balcão para a saca, o produtor que investe em trigo leva vantagem faturando 680 reais a mais daquele que optou pelo milho. Mas nada garante que o preço do trigo continue nestes patamares. Segundo a operadora do mercado de trigo da I.Riedi, Graciella Vieira, para o próximo ano comercial, que se inicia em 1° de agosto deste ano, a safra brasileira está estimada em 7 milhões de toneladas e se isso se confirmar, a necessidade brasileira de importação cairá em torno de 4,5 mls de ton. “A safra da Argentina deve vir maior, então é possível que vejamos os preços perdendo força a partir do segundo semestre”, orienta. Em contrapartida outros fatores externos poderão influenciar positivamente no preço do trigo, como a safra dos EUA, que não está indo muito bem e uma possível guerra na Ucrânia, que pode levar o país a bloquear as exportações. Isso daria suporte aos preços nas bolsas norte-americanas, o que elevaria o valor na Argentina e influenciaria os preços brasileiros, evitando perdas significativas a partir da metade do ano. Rentabilidade Trigo x Milho MILHO SAFRINHA TRIGO PREÇO DE BALCÃO: R$22,00 PRODUÇÃO MÉDIA: 230 SACAS VALOR BRUTO: R$5.060,00 CUSTO IMPLANTAÇÃO: R$2.700,00 PREÇO DE BALCÃO: R$42,00 PRODUÇÃO MÉDIA: 120 SACAS VALOR BRUTO: R$5.040,00 CUSTO IMPLANTAÇÃO: R$2.000,00 VALOR LÍQUIDO VALOR LÍQUIDO (por alqueire) R$2.360,00 (por alqueire) R$3.040,00 O produtor toledense Jair Luiz Kunner plantou mais trigo este ano visando maior rentabilidade na cultura © FOTO: LARIANE PALUDO E ntre as estradas rurais e no limite das rodovias um novo cenário se molda nesta safra de inverno. Para quem estava acostumado a ver a cultura do milho dominando, agora observa entre um talhão e outro o trigo ressurgindo. A cultura tem perdido força, ano após ano, pelo risco de perdas e falta de preço, mas nesta safra ganhou um novo fôlego. Dados do Departamento de Economia Rural (Deral) de Toledo e Cascavel, que abrangem 48 municípios da região, divulgam um aumento de 40% na área de plantio. Na safra passada os produtores destinaram 111 mil hectares, este ano a estimativa é de 157 mil hectares. Com isso o Paraná poderá colher duas vezes mais que no último ano, alcançando uma produção de 3,8 milhões de toneladas. Uma safra que não se via desde 2010/12, ano em que o Paraná teve a maior produção de trigo da história, de 3,31 milhões de toneladas. A expectativa este ano é superar o recorde. “O plantio do trigo aumentou, mas ainda é pequeno se comparar a sua evolução. Há quatro anos a área total destinada à cultura era de 94 mil hectares e estava diminuindo até a alavancagem nesta safra”, diz a técnica do Deral de Toledo, Jean Marie Ferrarine Triches. Ela explica que o preço foi o estopim deste aumento de área. “Além dos produtores estarem preocupados com a rotação de cultura, o preço da saca está tentador”, pontua a especialista. O produtor toledense Jair Luiz Kunner tem uma área de 45 alqueires e apostou quase todas as fichas no trigo. Nos anos anteriores, trigo e milho dividiam o mesmo percentual de terra. Este ano, Jair aumentou a área de trigo para 30 alqueires. “Invisto na cultura para manter uma janela de proteção contra o capim-amargoso, buva e conservação do solo, mas o preço alto foi um motivo a mais que resultou no aumento de área”, relata. Atualmente, o trigo vale quase duas vezes o milho no Paraná. Em preços de balcão, o primeiro cereal foi cotado a 42 reais a saca e o segundo em 22,80 reais. Dados da consultoria Safras & Mercado sobre os preços de venda de lote disponível praticados em Cascavel – PR mostram uma evolução contínua dos preços. Em maio de 2010, a tonelada valia 421,43 reais e neste mesmo mês de 2014, a tonelada do trigo está sendo vendido a 850 reais - o dobro. A rentabilidade do trigo frente ao milho também é 7 INVESTIMENTOS I.Riedi expande atuação em três municípios Mato Grosso do Sul 8 Paraná I.RIEDI AGROCULTURA | JUN/JUL/AGO 14 Com as novas filiais de Ibema, Corbélia e Céu Azul, I.Riedi amplia atuação para 22 municípios do Paraná e Mato Grosso do Sul D UNIDADES: Mundo Novo - MS Guaíra - PR Terra Roxa - PR Santa Rita - PR Palotina - PR Maripá - PR Assis Chateaubriand - PR Nova Santa Rosa - PR Iracema do Oeste - PR Pérola - PR Toledo - PR Cascavel - PR São Luis do Oeste - PR São Pedro do Iguaçu - PR Bragantina - PR Encantado do Oeste - PR Espigão Azul - PR Maracaju - PR Ouro Verde do Oeste - PR Sede Alvorada - PR NOVAS UNIDADES: Corbélia - PR Céu Azul - PR © ILUSTRAÇÃO: FREEAMERICA Ibema - PR I.RIEDI AGROCULTURA | JUN/JUL/AGO 14 uzentos e trinta quilômetros é a distância que separa Mundo Novo – MS de Ibema – PR. Os municípios demarcam a área de atuação da I.Riedi nos estados de Mato Grosso do Sul e Paraná. Entre Mundo Novo e Ibema estão outras 22 filiais da empresa operantes em cidades de grande potencial agrícola. Com olhos voltados para as “jazidas” produtivas de soja, milho e trigo, a I.Riedi reiniciou em 2014 um novo ciclo de investimentos, estimados em R$23 milhões. O montante está sendo direcionado à abertura de três novas filiais nas cidades de Ibema, Corbélia e Céu Azul. “Sempre tivemos a intenção de crescer para esta região por causa de sua logística, clima e potencial de crescimento agrícola”, explica a presidente da I.Riedi, Wanda Inês Riedi. Juntas, as três cidades produzem mais de 430 mil toneladas de grãos por ano em 3.700 propriedades rurais, segundo fontes do DERAL e IBGE. As unidades de Corbélia e Céu Azul foram adquiridas de outras empresas e passaram por reformas. Ambas começarão a operar nesta segunda safra 2014. Em Ibema está sendo construída uma nova estrutura e o recebimento de grãos está previsto para a safra 2014/15. “Esta unidade será a mais moderna da I.Riedi, com quatro moegas e tomador de carreta móvel, máquinas de limpeza com alta capacidade, silos de última geração e secadores com elevada qualidade e potencial de secagem”, detalha o gerente da divisão de Grãos e Operacional da I.Riedi, Charles Cervi. Com o início das operações da filial de Ibema, a estrutura de Guaraniaçu será desativada pela I.Riedi. A mudança prevê um melhor atendimento aos clien- tes nestes dois municípios vizinhos e entorno. “A unidade de Ibema terá uma estrutura com tecnologia de ponta que causará menores impactos ambientais, como a redução da emissão de poeira e sistema de captação de resíduos, além é claro de proporcionar maior agilidade no recebimento de grãos”, destaca o gerente da divisão Administrativa e Financeira da I.Riedi, André Frighetto. A estimativa da I.Riedi é receber mais de 120 mil toneladas de grãos por ano nas unidades de Ibema, Corbélia e Céu Azul. Além dos investimentos em infraestrutura, a empresa intensificou o ritmo de treinamentos aos seus funcionários. “Contribuiremos com as novas regiões de atuação oferecendo soluções inteligentes para os produtores por meio de uma equipe técnica altamente qualificada e produtos inovadores”, garante o gerente da divisão de Insumos da I.Riedi, Edson Hachiya. O ciclo de investimentos em infraestrutura da I.Riedi começou no ano passado com a injeção de R$30 milhões em onze filiais da empresa. Cerca de vinte municípios e milhares de produtores foram beneficiados com as melhorias dos sistemas de recebimento, ampliação da capacidade estática de grãos, o que gerou maior segurança e comodidade a todos. “Tempo é dinheiro e nós produtores sabemos disso muito bem. A colheita de uma safra já vem seguida do plantio de uma nova cultura e hoje isso acontece quase que simultaneamente. A I.Riedi reconhece esta urgência e bem por isso vem investindo em estruturas para agilizar os processos de recebimento e expedição, para que os nossos clientes percam o mínimo de tempo na fila e potencializem seus resultados. Afinal, com bons resultados, ganha o produtor e ganha a I.Riedi”, diz a presidente Wanda. 9 Céu Azul Ibema Corbélia O município de Céu Azul encontra-se no oeste do Paraná, com uma população de 11.121 habitantes (Censo 2012). Tem uma área total de 1.179 Km², dos quais 851 Km² são formados por mata nativa preservada pelo Parque Nacional do Iguaçu. O nome Céu Azul surgiu dos colonizadores que desbravaram o local, enquanto observavam uma clareira em meio à mata que contrastava com o verde do Parque Nacional, a beleza do céu era admirável. A cidade tem 36 anos de emancipação. Destaca-se economicamente no agronegócio e por apresentar uns dos melhores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do estado. O município com 6.066 habitantes (Censo de 2010) é reconhecido por cortar a Br. 277, que liga Foz do Iguaçu a Paranaguá, servindo como via de escoamento da produção agrícola do Paraná, Mato Grosso do Sul e Paraguai. Também é beneficiada pelo ramal da Ferroeste. A escolha do nome de Ibema deve-se a Indústria Brasileira de Madeiras S/A, que se instalou no município em 1961 e iniciou um processo de loteamento e infraestrutura. Antes disso, Ibema foi palco da Revolução de 1924 e deixou marcas, como armamentos e outros utensílios e o cemitério localizado na Linha Gaúcha, que guarda corpos dos soldados mortos nos confrontos. Ibema foi desmembrado de Catanduvas e emancipado em 1990. O nome da cidade Corbélia foi inspirado na palavra francesa Corbeille, que significa pequeno cesto de flores. O município de 16.954 habitantes (Censo 2013) é reconhecido pela tradição de plantar e exibir belas flores, que também dão nome às ruas da cidade. As avenidas homenageiam os colonizadores do município, com referência aos seus estados de origem e as praças públicas recebem denominações de países. Desmembrada de Cascavel, Ibema foi emancipada em 1961. Possui uma área territorial de 529,384 Km² e forte influência agrícola. Potencial Agrícola de Céu Azul e entorno © FOTO: DÉBORA GARBIN © FOTO: MARCOS PAZINATO Localização: Lote nº 17-M, da Colônia “A” Cascavel Em processo de reforma, a filial de Corbélia passa a operar na safra de inverno 2014 Localização: Rodovia BR 277, Colônia Ibema © FOTO: Assessoria DE IBEMA © FOTO: Assessoria DE corbélia © FOTO: Débora Garbin © FOTO: Assessoria Céu Azul A unidade de Céu Azul passa por reformas e receberá grãos da safra de inverno 2014 10 Produção: 155 mil toneladas anuais Produtividade média: 3.500 quilos (por hectare ao ano) Propriedades rurais: 2.000 Em Ibema está sendo construída uma nova estrutura e o recebimento de grãos está previsto para a safra 2014/15 Localização: Rodovia 277, Km 619 “A vinda da I.Riedi para Céu Azul representa mais um apoio aos produtores rurais do nosso município, que têm sua economia baseada no campo. A I.Riedi é uma opção a mais para o agricultor comercializar seus cereais e também adquirir os insumos agrícolas para a sua propriedade, gerando mais emprego e renda ao nosso município.” Produção: 175 mil toneladas anuais Produtividade média: 4.000 quilos (por hectare ao ano) Propriedades rurais: 900 Potencial Agrícola de Ibema e entorno Produção: 104 mil toneladas anuais Produtividade média: 3.600 quilos (por hectare ao ano) Propriedades rurais: 800 Jaime Basso – prefeito de Céu Azul Potencial Agrícola de Corbélia e entorno Ivanor Bernardi – prefeito de Corbélia Antônio Rabel – prefeito de Ibema “A vinda de uma empresa idônea como a unidade de recebimento do Grupo I.Riedi ao município demonstra que a administração pública está no caminho certo, em se tratando de oferecer total apoio para que empresas e indústrias se instalem no município a fim de gerar mais emprego e consequentemente aumento na renda da população, o que inevitavelmente acaba fortalecendo o comércio local.” “Nós do município de Corbélia nos sentirmos lisonjeados em ter uma filial da empresa I.Riedi em nosso município. É emprego que será gerado na cidade, isso ajuda os moradores que estão desempregados, ajuda os comerciantes locais. Quem ganha é o município. Sabemos que a I.Riedi é uma empresa séria e estamos muito felizes em receber mais uma empresa em nosso município. Estamos aqui para ajudar no que for necessário, certamente vamos crescer juntos.” I.RIEDI AGROCULTURA | JUN/JUL/AGO 14 Equipe de campo da I.Riedi gerou 70 trabalhos das culturas de milho e soja. Os melhores serão publicados no Caderno de Resultados INÉDITO Ficará mais fácil decidir pelas tecnologias • R HO EL SO I.RIEDI AGROCULTURA | JUN/JUL/AGO 14 Mosaic, Timac Agro, Agrichem e Fort Green. “De junho a março deste ano, cada técnico e produtor acompanharam rigorosamente todas as etapas da lavoura, entre a plantação, desenvolvimento e colheita para que cada detalhe fosse sistematicamente registrado”, explica um dos coordenadores do projeto e engenheiro agrônomo, Fernando Berti. Cerca de 70 trabalhos foram executados nas filiais da I.Riedi e os melhores serão publicados no Caderno de Resultados. A empresa espera promover a difusão de um conhecimento já convertido em rentabilidade e produtividade. “Acreditamos que os técnicos têm uma enorme capacidade de gerar produtividade na lavoura e por isso a I.Riedi destina 25% do tempo da equipe em treinamentos e aperfeiçoamentos. O Caderno de Resultados é mais uma proposta para registrar o desempenho das melhores tecnologias e disponibilizar essas informações de forma simples, para ajudar o nosso cliente na escolha da melhor solução para a sua lavoura”, pontua Watson. O Caderno de Resultados será publicado uma vez por ano e destinado aos técnicos e produtores envolvidos no projeto. A edição de 2014 será lançada em breve e a do próximo ano já começou a ser executada pela equipe, que irá trabalhar além das marcas já mencionadas, a cultura de trigo e um novo produto exclusivo da I.Riedi, Penergetic. SEU T ão importante quanto a tecnologia escolhida pelo produtor é o esforço conjunto entre ele e a equipe técnica da I.Riedi. O empreendedorismo de um lado, aliado ao conhecimento técnico do outro, só pode levar a um único resultado: produtividade. Aproveitando desta sinergia entre técnico e produtor, a I.Riedi lançou um projeto inédito na região – o Caderno de Resultados. O nome sugestivo remete ao principal objetivo: agilizar a decisão pelas melhores práticas agrícolas, poupando tempo e evitando prejuízos para o produtor. “Os agricultores fazem experiências no campo para aprimorar a tecnologia usada na propriedade. Muitas vezes levam-se anos para validar apenas uma inovação. Essa demora prejudica o objetivo fundamental da propriedade rural que é a rentabilidade. Portanto, quanto maior for a adoção de práticas rentáveis, melhor será o desenvolvimento dela como um negócio”, relata o assessor de marketing da I.Riedi e engenheiro agrônomo, Watson Sabatovicz. Para que isso seja possível, a equipe técnica foi desafiada a elaborar trabalhos comparativos em diversas regiões do oeste do Paraná. A execução iniciou em maio do ano passado nas culturas de milho (2ª safra e verão) e soja (verão) e utilizou-se de produtos exclusivos da I.Riedi das marcas: Microgeo, Calsite, LIDADE C QUA OM DE ADA OV PR I.Riedi lançará em breve o Caderno de Resultados, um material de apoio que facilitará a escolha das tecnologias agrícolas pelo agricultor • PRO DU TO © FOTO: Andréia Antonin SEU SOLO MERECE O MELHOR LO MERECE O M Calsite é um fertilizante inteligente com ação multifuncional imediata, que corrige, fertiliza e condiciona o solo. Calsite ajuda na liberação de nutrientes e micronutrientes do solo, como Fósforo, Enxofre e Potássio, e fornece alta concentração de Cálcio e Silício, elementos essenciais para as plantas. O resultado é um crescimento da fertilidade do solo, aliado à produtividade e qualidade no produto final. AÇÃO IMEDIATA BAIXA DOSAGEM MAIOR RESIDUAL CORREÇÃO DO SOLO ALTA SOLUBILIDADE NÃO pRECISA INCORpORAR www.tmffertilizantes.com.br 11 Gabriela e Gustavo mostram que para se cadastrar como doador de medula só é preciso 10 ml de sangue Por um pouquinho de sangue Gustavo Baptista de Lima e Gabriela Hach lutam para vencer uma leucemia grave e motivar novos doadores de medula óssea. O transplante é a única solução para os dois G ustavo se aproxima a passos curtos da mãe de Gabriela e faz uma entrega especial com um pedido audacioso. As bochechas imediatamente ganham cor e os olhos baixos expressam a timidez inocente de uma criança. Ao pé do ouvido Marilice recebe a importante missão: dar à filha um anel de plástico e repassar o pedido de casamento. Separados pelas alas do hospital para proteger a imunidade, Gustavo e Gabriela (5 anos) compartilham, além de uma amizade pura, a Leucemia Linfoide Aguda (LLA) - uma doença que afeta as células linfoides e agrava-se rapidamente. Gabriela começou com uma simples infecção de garganta que nunca sarava. Depois de passar por três médicos e diversos exames, descobriu-se a leucemia. Por mais de dois anos frequentou o hospital para fazer as quimioterapias. Os pais, Marilice e Adilson Hach, venderam a empresa que tinham para acompanhar exclusivamente o tratamento da filha. O tempo passou, mas não deu para comemorar a cura. Uma recidiva da doença fez com que Gabi voltasse ao ritmo anterior de quimioterapias com uma diferença, a necessidade em receber a doação de medula. “Corremos contra o tempo e nos empenhamos em campanhas de doação. Afinal, não é só a vida de nossa filha que está em jogo, mas de muitas outras pessoas que precisam da medula para viver”, relata Marilice. O caso de Gustavo é ainda mais complicado. Ele 12 © FOTOS: Lariane Paludo EXEMPLO luta contra a leucemia desde 1 ano e 9 meses. Naturais de Palmas (sudoeste do Paraná), os pais Clarisse de Fátima da Cruz e Antônio Marcos de Lima percorreram mais de 600 quilômetros de viagem, durante três anos, para tratar a doença do filho, que tinha 80% de chance de cura. Mas uma recidiva da leucemia de uma forma mais rara e na cabeça amorteceu toda a família e equipe médica. “Não conseguia entender o porquê, fizemos todo o tratamento certinho. Perdemos o chão”, lamenta-se a mãe. O segundo tratamento do Gustavo, que começou em novembro do ano passado é mais agressivo e a única chance de sobrevida do garoto é um transplante urgente de medula. Na cabecinha do Gustavo a única dúvida é quando poderá ir à escolinha como as outras crianças e de Gabriela quando irá viajar novamente com os pais. Para estas crianças, a solução é simples. Um pouquinho de sangue é o suficiente para aumentar suas chances de vida. E porque não seria simples, não é? Inciativa que salva vidas As histórias de Gustavo e Gabriela comovem e nos aproximam da batalha das famílias para encontrar um doador de medula compatível. No entanto, para quem precisa, não é tão fácil – estima-se que a chance de achar alguém compatível é de 1 a cada 100 mil. De acordo com a assistente social do Hemocentro de Cascavel, Eliane Vignatti Avancini, qualquer pessoa entre 18 e 55 anos de idade que tenha bom estado geral de saúde pode ser doador. O primeiro passo é ir até um hemocentro ou banco de sangue público, levando o documento de identidade, CPF e cartão SUS. Os doadores preenchem um formulário com dados pessoais e é coletada uma amostra de 10 ml de sangue para o exame HLA (Antígenos Leucocitários Humanos), que identifica a compatibilidade entre doador e paciente. A médica oncologista da UOPECAN, Meide Urnau, explica que existem dois tipos de transplante: o autólogo, no qual o doador e receptor são a mesma pessoa, e o alogênico, em que o doador e receptor são pessoas diferentes. Há poucos riscos no transplante de medula óssea. “Trata-se de um procedimento que necessita de anestesia, sendo retirada do doador a quantidade de medula óssea necessária (menos de 15%). Dentro de poucas semanas, a medula do doador estará inteiramente recuperada. Os sintomas mais comuns após a doação são dor local, fraqueza temporária e dor de cabeça. De modo geral são passageiros e aliviam com medicamentos simples, como analgésicos”. I.RIEDI AGROCULTURA | JUN/JUL/AGO 14 DOAÇÃO 14 mil vale um sorriso I.RIEDI AGROCULTURA | JUN/JUL/AGO 14 bin, Super-Homem e o Homem-Aranha atenderam voluntariamente o convite e apareceram para ajudar. As crianças e os grandões, óbvio, adoraram a visita. O leite arrecadado abastecerá o hospital durante seis meses e beneficiará além dos pacientes internados, aqueles que recebem cestas básicas. A Uopeccan é referência no tratamento de pacientes portadores de câncer para o estado do Paraná e demais estados do Brasil. Apesar de ser uma entidade filantrópica, mantida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), necessita de doações para atender toda a demanda e garantir excelência do tratamento aos seus pacientes. “Se não fossem os eventos, parcerias e doações das pessoas não conseguiríamos manter um padrão elevado e custear os R$3 milhões por mês de despesas do hospital. Gestos como este das empresas do grupo I.Riedi e Basf enaltecem os trabalhos da entidade e garantem a chance de cura para muitas pessoas”, diz o presidente da Uopeccan, Ciro Kreuz. último semestre e Wellington demitiu-se de um emprego promissor. Morando em Cascavel há oito meses, João já está no oitavo ciclo de dez quimioterapias. Reage bem ao tratamento e em breve fará o exame PET Scam para saber se o câncer foi superado. Se depender da crença dos pais, do trabalho atencioso dos profissionais da Uopeccan, do próprio João com sua energia e de todos aqueles que participaram, mesmo que indiretamente doando o leite, o garoto propaganda da campanha “Faça parte deste sorriso” continuará por muitos e muitos anos exibindo este belo sorriso no Paraná, em Rondônia ou em qualquer lugar do Brasil. De quem é o sorriso? Ele cativou muita gente e foi um dos responsáveis pelo sucesso da arrecadação. João Victor de Oliveira Limana é o dono daquele sorriso inocente e encantador estampado em todos os materiais da campanha. Com quatro anos de idade, João trata de um câncer renal, também conhecido como tumor de Wilms. A descoberta da doença do filho no ano passado fez com que os pais Natália (23) e Wellington Nogueira (27), atravessassem o país - de Rondônia ao Paraná - para vir em busca do melhor tratamento para o filho. Natalia abandonou a faculdade de Direito no © FOTO: Mayara Silva N o dia 14 de abril de 2014, às 14h, o Hospital de Câncer de Cascavel (Uopeccan) recebeu a maior doação de leite da história – 14 mil litros. Com o lema “Faça parte deste sorriso” e um rostinho muito especial estampado no material de divulgação, milhares de funcionários, clientes e sociedade se comoveram e participaram da doação de leite. A campanha, que iniciou com I.Riedi e Basf, tinha como meta arrecadar, no mês de março, não mais que mil litros da bebida. “Acreditávamos que o número era audacioso”, confirmou o representante técnico de vendas da BASF, Claudionor Emilio. Para a surpresa geral, a quantidade já tinha sido ultrapassada nos primeiros dias da campanha. Apenas a filial da I.Riedi de Guaíra alcançou a marca de 3.875 litros de leite. Com os ânimos elevados e todos muito envolvidos, outras empresas do grupo - Fipal, Transvale e Planovale – não quiseram ficar de fora e ajudaram a arrecadar até o final do prazo da campanha 13.794 mil litros. Acrescentando algumas doações posteriores, o volume chegou aos exatos 14.010 litros. “Dedicamos um tempinho de nossas vidas para fazer o bem e por um gesto tão singelo recebemos o sorriso sincero das crianças e funcionários da Uopeccan. Devemos o sucesso da campanha a todos os colaboradores, clientes e demais pessoas que se solidarizaram com a causa”, agradece a presidente do grupo I.Riedi, Wanda Inês Riedi. O clima era de festa e a entrega dos suprimentos na Uopeccan foi uma tarefa para super-heróis. Batman, Ro- Além dos super-heróis, estiveram presentes na entrega do leite à Uopeccan: Wanda Inês Riedi (presidente do Grupo I.Riedi), Laura Riedi (vice-presidente da Fipal), Claudionor Emilio (Basf), Ciro Kreuz (presidente da Uopeccan) e o garoto propaganda da campanha e paciente do hospital, João Victor de Oliveira Limana © FOTO: Mayara Silva I.Riedi, Fipal, Planovale e Basf se unem em campanha e promovem a maior arrecadação de leite da história da Uopeccan João (à direita) e Gustavo, ambos pacientes da UOPECCAN 13 ACONTECEU I.RIEDI Diferentes temas marcam a II SIPAT e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Organizada anualmente pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) em conjunto com o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), o objetivo da SIPAT é conscientizar os funcionários sobre a saúde e segurança no trabalho, além da prevenção de acidentes. “Funcionários Destaques” viajam para Fortaleza Os selecionados da campanha “Funcionários Destaques 2013” viajaram no início de abril para Fortaleza. Os 12 colaboradores premiados e acompanhantes saíram no dia 5 de abril para a capital Cearense e retornaram no dia 12. Entre os passeios realizados pelos colaboradores e seus acompanhantes estavam: City tour por Fortaleza, visita a feiras de arte- sanato, à praia do Cumbuco e às praias Águas Belas. Durante o dia livre os viajantes conheceram outros pontos, como museus, exposição da FIFA e o mercado central. A viagem para os premiados do próximo ano já está definida: será para a Serra Gaúcha. As normas da premiação já estão disponíveis aos colaboradores. © FOTO: Débora Garbin Durante os dias 12 e 16 de maio, colaboradores da sede administrativa e das filiais de Cascavel, Espigão Azul e Sede Alvorada participaram da II Semana Interna de Prevenção de Acidente do Trabalho (SIPAT). Com o lema “Na rua, no trabalho e no lar: Segurança em primeiro lugar”, as palestras abordaram: educação financeira, dependência eletrônica, segurança no lar, hábitos alimentares Campanha do agasalho Durante a abertura da II SIPAT, foi lançada a Campanha do Agasalho 2014. Na edição deste ano, além da I.Riedi, as demais empresas do grupo Transvale, Fipal, Fipal Consórcio, Aerovale, Localiza e Planovale participarão da arrecadação. A campanha tem como objetivo arrecadar entre colaboradores e clientes roupas, calçados, agasalhos e cobertores. Outra novidade desta edição, que irá até o dia 13 de junho, é que as filiais terão a meta de arrecadar no mínimo 200 peças. A campanha consiste na arrecadação de cobertores, roupas e calçados. Funcionários, clientes e comunidade podem participar da campanha, levando a doação nos pontos de arrecadação. © FOTOS: DIVULGAÇÃO Treinamento com Carlos Hilsdorf 14 © FOTO: DIVULGAÇÃO A equipe de vendas da I.Riedi participou no dia 30 de abril do treinamento da Basf. O evento aconteceu na AFFITRA (Associação dos funcionários da I.Riedi, Fipal, Transvale, Aerovale e Planovale). Durante o treinamento, os vendedores participaram de um concurso, no qual quem errasse a pergunta levava uma “torta na cara”. Após o treinamento, aconteceu uma palestra com o economista, consultor de empresas, pesquisador do comportamento humano, escritor e palestrante brasileiro, Carlos Hilsdorf. I.RIEDI AGROCULTURA | JUN/JUL/AGO 14 A herança dos LPs © FOTO: DIVULGAÇÃO MÚSICA Avô e neto compartilham uma afeição clássica pelos discos de vinil O cenário é perfeito. Sobre um silêncio absoluto, um som único e original reverbera num ambiente em que ouvidos afinados apreciam todas as suas nuances com o único propósito: reviver um passado distante ou imaginar-se numa época que não volta mais. Toda esta nostalgia faz parte do cotidiano de Silvino Mioto e Mateus Mioto dos Santos. Avô e neto apreciam sem medidas as produções artísticas que dominaram o final do século 20. Os discos de vinil, LPs ou bolachões marcaram uma época de grande referência para a música e apesar de não serem mais fabricados em grande escala, as “obras de arte” continuam instigando gerações. Há 60 anos, Silvino ganhou o seu primeiro disco de vinil. Cascatinha & Inhana com suas músicas Índia e Meu primeiro amor despertaram uma paixão que, segundo ele, lhe traz vida. A falta de equipamentos no mercado fez com que Silvino fabricasse artesanalmente as primeiras eletrolas em Cascavel. Dono da eletrônica mais antiga da cidade, até hoje ele possui em seu acervo algumas relíquias e continua consertando equipamentos. Para os aficionados, como Silvino, I.RIEDI AGROCULTURA | JUN/JUL/AGO 14 os LPs trazem a originalidade do som. O disco reproduz a gama total da curva tornando-a mais próxima da realidade, ou, como se dizia, com alta fidelidade. Este apreço pela música foi carinhosamente transmitido ao neto Mateus quando ele tinha quatro anos de idade. O avô recorda-se das diversas vezes em que o neto trocava os brinquedos para assistir com ele às grandes orquestras na TV. Tamanho estímulo fez de Mateus um músico baterista de uma banda tributo ao Deep Purple e a trabalhar no maior Sebo de Cascavel – Arca. O jovem de 23 anos exibe com orgulho os discos preferidos The Godftather – Part III (trilha sonora do filme Poderoso Chefão), Machine Head – Deep Purple (gravado no estúdio móvel dos The Rolling Stones) e o exclusivo SUB Segunda Edição, que acredita ser o único disco na região. Esta obra lhe custou 96 reais e representa uma raridade de um movimento contracultura esquecido no Brasil. Silvino e Mateus possuem um acervo próximo aos 1.500 discos de vinil e reafirmam juntos a teoria de Nietzsche, “a vida sem música seria um erro, é o que me dá alegria”. Se depender deles, esta herança musical persistirá ainda por muitas gerações. 15 NÚMEROS DO CAMPO Cultivares recordistas da safra de soja 2013/14 NA 5909 RR, BMX Potência RR, BMX Tornado e BMX 5.9 Alvo destacaram-se pelas altas produtividades no oeste do Paraná C om uma produção de 14,5 milhões de toneladas – já computando a quebra de 8% devido à estiagem e às temperaturas elevadas - a safra de soja 2013/14 do Paraná registrou boas produtividades. A opção por cultivares adequadas para a região fez com que agricultores alcançassem mé- dias superiores a 190 sacas por alqueire no oeste do estado. Experimentos e lavouras comerciais conduzidos pela I.Riedi destacaram as cultivares: NA 5909 RG, BMX Potência RR, BMX Tornado 6863RSF e BMX Alvo DM 5.9i com os melhores resultados. Taylor Maróstica - Produtor VARIEDADE TÉCNICO DA I.RIEDI CIDADE ÁREA DO TALHÃO (alq) PRODUTIVIDADE (sc/alq) NA 5909 RG - Nidera Rogério Roberto Witte Cascavel - Sede Alvorada 16 187 Taylor Maróstica: “O 5909 é um material estável com bom histórico de produtividade. Pretendo plantar novamente.” Rogério Roberto Witte: “NA 5909 apresenta boa estabilidade de produção, flexibilidade na época de plantio, resistência à estiagem e alto potencial produtivo.” Jacinto Hipolito - Fazenda Bandeirantes VARIEDADE TÉCNICO DA I.RIEDI CIDADE ÁREA DO TALHÃO (alq) PRODUTIVIDADE (sc/alq) BMX Potência RR Brasmax Ricardo Topper Guaíra 4 192 Jacinto Hipolito: “Apesar da falta de chuvas durante 19 dias e temperaturas superiores a 40°, a Fazenda Bandeirantes tem feito investimentos contínuos em tecnologias e por isso conseguiu alcançar uma produção de 192 sc/alq numa área de 4 alq. Nos outros 120 alq. a média foi de 148 sc/alq.” Ricardo Topper: “É um cultivar de ciclo mais longo (130 a 135 dias), tem bom engalhamento e porte alto. Se comporta bem num plantio antecipado e com baixas populações (10 a 12 plantas finais por metro linear), além de desenvolver-se bem com pouca chuva e em regiões onde a temperatura é elevada.” Darci J. Boesing - Produtor VARIEDADE TÉCNICO DA I.RIEDI CIDADE ÁREA DO TALHÃO (alq) PRODUTIVIDADE (sc/alq) BMX Tornado- 6863 RSF -Brasmax Diego Pastório Bragantina 12,5 192 Darci J. Boesing: “Abri o plantio com o BMX Tornado no finalzinho de setembro. Tive a impressão que a soja não cresceria muito, mas o material apresentou um ótimo engalhamento. Mesmo não tendo uniformidade na maturação consegui colher bons resultados. Surpreendi-me com a cultivar e pretendo plantá-la novamente em setembro numa área maior.” Diego Pastório: “É um material excelente para abertura de plantio, do grupo de maturação 6.2 (ciclo de 125 dias), porte médio e um bom engalhamento. Com elevado potencial produtivo, proporcionou resultados positivos na região de Bragantina.” Gilberto Winter e Edgar Netzel - Produtores VARIEDADE TÉCNICO DA I.RIEDI CIDADE ÁREA DO TALHÃO (alq) PRODUTIVIDADE (sc/alq) BMX Alvo – DM 5.9 i Brasmax Fábio Tobaldini São Luis do Oeste 1 192 Gilberto Winter e Edgar Netzel: “Esta cultivar mostrou um bom retorno em produtividade por ser precoce. Pretendo aumentar a área de plantio com essa cultivar na próxima safra.” Fábio Tobaldini: “Material precoce do grupo de maturação 5.9, apresenta altíssimo potencial produtivo em ambiente de alta tecnologia, além de ser resistente a doenças como a Phytophthora.” Alberto Angelo Corteze - Produtor VARIEDADE TÉCNICO DA I.RIEDI CIDADE ÁREA DO TALHÃO (alq) PRODUTIVIDADE (sc/alq) NA 5909 RG - Nidera Orestes Corteze Santa Tereza do Oeste 12 198 Alberto Angelo Corteze: “Há duas safras uso a soja NA 5909. Ela supera as demais cultivares em produtividade e por isso continuarei apostando na tecnologia.” Orestes Corteze: “Destaca-se pelo ótimo engalhamento, a arquitetura da planta favorece o manejo fitossanitário, maior número de vagens e altura adequada de inserção da primeira vagem da planta.” 16 I.RIEDI AGROCULTURA | JUN/JUL/AGO 14 REFLITA Por uma política de verdade A Escola de Atenas de Rafael Sanzio Texto Evandro José Machado - Mestre em Ética e Filosofia Política pela UNIOESTE © FOTO: rafael sanzio c omo brasileiros, estamos vivendo um ano atípico, a saber, a tão sonhada copa do mundo no Brasil! Olimpíadas! E, quase que despercebida, chegando de mansinho, as eleições, sobretudo as presidenciais... Pois é, novamente as eleições! Para alguns, as eleições não passam de perda de tempo, pois entram “engravatados”, saem “engravatados” e tudo continua a mesma coisa! O povo sofre, é humilhado e menosprezado. Os interesses, que deveriam ser coletivos, são voltados à particularidade voraz de alguns. A conjuntura não muda. Permanece como sempre foi! Isso é um forte indício de que os brasileiros perderam a credibilidade na política. Para esses é mais cômodo assistir ao espetáculo orquestrado por Neymar e companhia. Para outros, as eleições significam possibilidade de mudança, “sangue novo” no cenário político representativo. Entretanto, política não se faz de dois em dois anos e sim de cada ato deliberado em prol da coletividade. A origem da política, tal como a conhecemos hoje, remonta aos gregos do século V a.C. que, a partir da necessidade daquele tempo e espaço específicos, reorganizaram a noção de ‘coisa pública’ (política). A transformação foi simples, ou seja, houve a descentralização do poder e da autoridade de alguns privilegiados (aristocracia) e a sua posterior transferência aos cidadãos (democracia). Quando pensamos em política, devemos pensar em uma forma harmônica de organização do espaço público. A história já nos mostrou muitas formas de organização (aristocracia, oligarquia e monarquia são exemplos), mas nenhuma supera, sem dúvida, a democracia, pois se não fosse essa, com certeza eu não estaria escrevendo esse artigo. A democracia (poder do povo) surgiu em 470 a.C. em um cenário grego que valorizava a figura do cidadão. Vale ressaltar que apenas 30% das pessoas da época gozavam o ônus de cidadão, isto é, homens com posse e nascidos nos demos. Não obstante, a democra- cia consiste no princípio da soberania, isso quer dizer que o poder é do povo e em função do povo! Este princípio é inalienável. Além do mais, duas outras características emanam: a isonomia (igualdade de direito) e a isegoria (representa a liberdade de expressão). Esses elementos garantiam que o cidadão ateniense participasse da vida pública com dignidade e prestígio. Com o passar dos anos, esse modelo de democracia, que era direto (os cidadãos discutiam os nortes da cidade na ágora) passou a ser representativo, isto é, elegemos os nossos representantes para tomar as decisões mais relevantes ao nosso bem estar coletivo. Esse fato faz de nós, cidadãos brasileiros, os únicos responsáveis pelos rumos tomados na coletividade. A cada ato particular desperdiçado, a cada sujeito que pensa que a política é perda de tempo, uma nação é estigmatizada por essa falta de compromisso com a coisa pública. Notemos que temos em mãos uma importante e decisiva solução aos nossos problemas coletivos. Somos nós que ditamos as coordenadas do que é do bojo da coisa pública. O que nos falta, então, se a realidade hodierna nos mostra exatamente o oposto? Ouso dizer que há uma crescente e preocupante falta de conhecimento e consciência política! Precisamos dar exemplos concretos de cidadania que sirvam de alicerces práticos e conceituais às pessoas e, com isso, mostrar que vale à pena sonhar uma sociedade melhor, com menos injustiça e desigualdade social. Mesmo que utópico, não podemos parar de labutar por uma política de verdade, aquela que valoriza o cidadão e está em função da coisa pública! Agenda 18 FERIADOS NACIONAIS IRACEMA DO OESTE PÉROLA 28/06 – Dia do Agricultor 10/08 – Dia dos Pais 05 e 06/07 – 1º Expo Iracema - Festa do Município 03/08 - Festa do Costelão do Clube de Pérola BRAGANTINA JESUÍTAS TOLEDO 29/06 – Festa do Padroeiro da Capela São Pedro Apóstolo 01, 02 e 03/08 – Festa do Padroeiro Santo Inácio de Loyola - Jesuítas 14/06 – Festa da codorna com polenta Clube Real Santo Antônio ASSIS CHATEAUBRIAND FORMOSA DO OESTE 20/08 – Aniversário de Assis Chateaubriand 03, 07 e 08/06 – Festa do Padroeiro Santo Antônio - Formosa do Oeste I.RIEDI AGROCULTURA | JUN/JUL/AGO 14 O casamento e o vinho © FOTO: lariane paludo GASTRONOMIA No Brasil o consumo de moscatel ainda é grande, pois o iniciante sempre opta pelo vinho docinho Sonia Maria Petri, professora sommelier com mais de 25 anos de experiência na área de Vinhos e Gastronomia na Itália e autora do blog www.enogastronomiadeclasse.com.br orienta como harmonizar pratos e vinhos E m francês a mesma palavra usada para casamento é empregada para designar a harmonização entre vinho e comida “MARIAGE”. Tem sentido, não? Afinal um dos segredos de um casamento feliz é o equilíbrio de forças: um não deve preponderar de forma absoluta ou impor a sua posição, enquanto o outro se submete. É assim entre o vinho e a comida. Vinho bom é aquele que você mais gosta Do vinho, como de qualquer outra bebida, é preciso gostar se não vai ser um martírio. Eu particularmente gosto muito de brancos, então sou mais feliz quando abro um bom branco, mas quando o momento é de tinto, vou apreciá-lo com sabedoria. Da planta à adega O vinho começa na planta. Para ter um bom produto cada cuidado é im- portante, como observar e conhecer o terroir na hora de colher. Depois que o vinho está pronto, e sendo um produto vivo, é preciso conservá-lo em lugares escuros e com a temperatura adequada. Estamos de parabéns! O Rio Grande do Sul desponta em espumantes e tintos. No Paraná tem uma vinícola em Toledo que me impressionou muito. Grande tecnologia é usada no BR, o problema é que o vinho ainda não é competitivo. Paladar brasileiro No Brasil o consumo de moscatel ainda é grande, pois o iniciante sempre opta pelo vinho docinho, mas também está apreciando os espumantes como os da Cava Geisse. Entre os internacionais, Chile é o país que mais vende por aqui, e infelizmente por falta de conhecimento, muitos compram vinhos com o escrito “Reservado” e acham que estão abafando. Não quer dizer nada, aliás, é o mais básico. Junção Perfeita Sugestões da sommelier para harmonizar pratos e vinhos CARNE VERMELHA acompanha: Carne na Brasa: Malbec frutado e Carne em Molho: Cabernet Sauvignon PEIXES E FRUTOS DO MAR (exceto bacalhau) acompanham: Vinhos Rosé AVES acompanham: Chardonnay (Chileno ou Americano) APERITIVOS acompanham: Espumantes, vinhos brancos leves (Pinot Grigio e Sauvignon Blanc) MASSAS acompanham: Com molhos leves: Branco Pinot Grigio, Com molho de tomates leve: Rose da Provence e Com molho encorpado (tipo carne moída ou frango): Tinto - Montepulciano d’Abruzzo I.RIEDI AGROCULTURA | JUN/JUL/AGO 14 DICA Não deixe de provar Vinhos aconselhados pela sommelier com ótimo custo benefício Vinhos tintos Yume Montepulciano d’Abruzzo da importadora Porto a Porto. É um vinho tinto com ótimos taninos, aromas de amoras negras e chocolate. Na boca um sabor aveludado. Prazia Primitivo di Manduria - Lucarelli da importadora Porto a Porto. É um tinto encorpado com aromas de groselhas e couro, na boca um sabor único dá uma sensação plena com grande persistência gustativa. Chateaux Cantegrill sauternes da importadora Porto a Porto. É um vinho de sobremesa dito vin d’or ( vinho de ouro), mas ao mesmo tempo que cai bem uma sobremesa pode acompanhar queijos azuis ou foie gras. Chardonnay Arboleda do importador Expand. Vinho branco importante que dá uma sensação de densidade na boca, no nariz maçã verde e um pouco de damasco. Sauvignon Blanc Cefiro do importador Porto a Porto. Vinho com ótima acidez, no nariz maracujá e abacaxi, na boca sensação de grande frescor. 19 MAIOR PRODUTIVIDADE E QUALIDADE DOS GRÃOS Abacus HC ® SEU MILHO TURBINADO, DO PLANTIO À COLHEITA. CONTROLE DAS PRINCIPAIS DOENÇAS Abacus HC ® MELHOR ENRAIZAMENTO Standak Top ® Aplique somente as doses recomendadas. Descarte corretamente as embalagens e restos de produtos. Incluir outros métodos de controle dentro do programa do Manejo Integrado de Pragas (MIP) quando disponíveis e apropriados. Uso exclusivamente agrícola. Standak® Top com restrição temporária no Estado do Paraná. Registro MAPA: Standak® Top nº 01209 e Abacus® HC nº 09210. Sistema AgCelence Milho 0800 0192 500 www.agro.basf.com.br