O embalo do trigo

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O embalo do trigo
O embalo do trigo
Área plantada com a cultura no oeste
do Paraná teve um acréscimo de 40%
em comparação ao ano passado
R$23 milhões
em novas filiais
Ibema, Corbélia e Céu Azul recebem mais de R$23 milhões em
investimentos para implantação de novas filiais da I.Riedi
nº 12 | JUN/JUL/AGO 14
A REVISTA DO AGRONEGÓCIO, INFORMAÇÃO E CULTURA.
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SUMÁRIO
4 TÉCNICA AGRÍCOLA
Produtores investem em tecnologia de aplicação e aumentam a rentabilidade
6 EDUCAÇÃO DIGITAL
Conecte-se aos seus filhos e netos
7 MERCADO AGRÍCOLA
O embalo do trigo
11 INÉDITO
Ficará mais fácil decidir pelas tecnologias
12 EXEMPLO
Por um pouquinho de sangue
13 DOAÇÃO
14 mil vale um sorriso
14 ACONTECEU I.RIEDI
15 MÚSICA
A herança dos LPs
16 NÚMEROS DO CAMPO
Cultivares recordistas da safra de soja 2013/14
18 REFLITA / AGENDA
Por uma política de verdade
19 GASTRONOMIA
O casamento e o vinho
EXPEDIENTE:
Diretora Presidente: Wanda Inês Riedi
Coordenação Editorial: Lariane Aline Paludo
(R.P 8477/PR)
Colaboração: Débora Garbin
Revisora: Eliane Cabral Beck
Projeto Gráfico/Diagramação: Agência
freeamerica
Impressão: Midiograf
Tiragem: 3.000 exemplares
Circulação Direcionada: Clientes e
Fornecedores da I.Riedi
Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus
autores e não expressam necessariamente a opinião deste
veículo.
ATENDIMENTO AO LEITOR:
INTERNET:
www.iriedi.com.br
EMAIL:
[email protected]
© FOTO: débora garbin
8 INVESTIMENTOS
I.Riedi expande atuação em três municípios
8
Investimentos
I.Riedi expande atuação em três municípios:
Corbélia(foto), Ibema e Céu Azul
EDITORIAL
E por que mesmo
reclamamos da vida?
Já dizia Madre Tereza de Calcutá: “Os melhores professores são as crianças”.
Aparentemente tão inocentes e frágeis, é difícil compreender de onde elas tiram
tamanha força e sabedoria para vencer batalhas e ainda ensinar os adultos descrentes as mais importantes lições de vida. No Brasil, 11 mil crianças e adolescentes são diagnosticadas com câncer a cada ano. Uma doença, que há meio século
era encarada como sentença de morte para a maioria. Hoje, com o avanço dos
tratamentos médicos, 80% dos pequenos que são diagnosticados ainda na fase
inicial têm grandes chances de cura.
Encarar uma doença como esta, definitivamente não é para qualquer um. Gustavo (5), Gabriela (5) e João (4), pacientes da Uopeccan, lutam diariamente pela
vida. Como qualquer outra criança, andam de bicicleta, gostam de comer doces,
choram quando se machucam e fazem manha quando querem algo. Diferente
das outras crianças, elas não vão à escola, ficam dias carregando uma agulha no
peito e passam meses ou anos dentro de um hospital.
E por que mesmo reclamamos da vida? A rotina intensa do dia a dia nos leva ao
egoísmo, a pensar que as nossas dificuldades ou limitações são sempre maiores
que a dos outros. No ser humano, esse impulso é um fator limitante da expansão
da consciência, fazendo com que a sua restrita percepção do todo fique mais
limitada ainda.
Enxergar uma nova realidade de coração aberto é uma chance de nos tornarmos
mais benevolentes. Atitude como esta tiveram os funcionários, clientes e demais
pessoas que contribuíram com a campanha “Faça parte deste sorriso” da I.Riedi
em parceria com a Fipal, Planovale, Transvale e Basf. O resultado deste esforço
conjunto foi a maior arrecadação de leite da história do Hospital do Câncer de
Cascavel - mais de 14 mil litros. Caixinhas que tiveram que ser levadas num caminhão e descarregadas por muitas mãos.
Tudo isso é impagável, afinal não se compram atitudes. O sorriso das crianças foi
a maior recompensa que podíamos esperar e nos mostrou que somos capazes de
transformar vidas, basta agir. E digam, tem aprendizado melhor que este?
Wanda Inês Riedi – Diretora Presidente da I.Riedi
© FOTO: LARIANE PALUDO
TÉCNICA AGRÍCOLA
O agricultor cascavelense Ademir Pazzinatto conheceu
o KISS no Dia de Campo da I.Riedi e resolveu apostar
na tecnologia. “Estou colhendo os resultados do investimento que fiz.”
Produtores investem em
tecnologia de aplicação e
aumentam a rentabilidade
Além de suprir os elementos necessários do solo e da planta, o Kit Inteligente no
Sulco da Semeadura facilita o trabalho no campo e aumenta consideravelmente a
rentabilidade da cultura
P
roduzir mais com rentabilidade é o sonho de
qualquer empresário rural. E quando o retorno é
imediato, melhor ainda. Nesta busca incansável
por melhores resultados, uma tecnologia inovadora de aplicação de fertilizantes entrou definitivamente nas lavouras da região.
O Kit Inteligente no Sulco da Semeadura (KISS) é um programa criado pela Agrichem do Brasil S/A para garantir uma
boa implantação da cultura, fazendo a correção e reposição
dos elementos necessários no momento da semeadura na
linha do plantio. A tecnologia, desenvolvida no estado de
Goiás, tem apresentado resultados surpreendentes nos solos
argilosos da região oeste do Paraná principalmente com a
aplicação de carbonato de cálcio. Há apenas cinco anos sendo comercializado na região, o KISS já proporcionou acréscimos de produtividade além do esperado e resultados técnicos
imensuráveis.
“O programa tem o objetivo de promover uma micro correção no sulco de semeadura, entre 0 a 10 centímetros do
solo, proporcionando a formação de um microambiente apropriado na região do sistema radicular”, explica o engenheiro
agrônomo da Agrichem, Alexandre Bernardes Cunha.
Os resultados desta tecnologia implicam diretamente na
quantidade de pelos radiculares, que aumentam a absorção
de água e consequentemente diminuem as perdas com es-
4
tresses hídricos, além de promover um melhor desenvolvimento radicular por todo o sulco, aumentar a espessura da
folha, dar praticidade na inoculação e promover uma melhor
homogeneidade em toda a área de aplicação.
Absorção imediata de calcário
A calagem é considerada uma das práticas que mais contribuem para o aumento da eficiência dos adubos e, consequentemente da produtividade e da rentabilidade no campo.
No plantio direto, a calagem é realizada na superfície e por
isso a ação do calcário é mais lenta e restrita às camadas superficiais do solo, em comparação à do sistema convencional
de preparo, em que o calcário é incorporado.
“Com o uso do KISS, os produtores perceberam que podiam aplicar o Cálcio, Boro e Enxofre, elementos pouco usados até então, e com isso explorar a eficiência dos nutrientes absorvidos pela planta. Como são elementos essenciais,
quando aplicados no sulco de plantio têm melhor absorção e
assimilação e além de tudo, o resultado é imediato”, afirma
o engenheiro agrônomo da filial da I.Riedi de Toledo, Jean
Fagner Pauly.
Além da calagem, experimentos da tecnologia na região
mostraram resultados positivos também com tratamento de
sementes. Os produtos que têm incompatibilidade na calda podem ser aplicados pela máquina e os inoculantes, se
I.RIEDI AGROCULTURA | JUN/JUL/AGO 14
© FOTO: Jean Fagner Pauly
O equipamento promove uma micro correção no sulco da semeadura, entre 0 e 10 centímetros do
solo, proporcionando a formação de um microambiente apropriado na região do sistema radicular
aplicados no sulco de plantio, onde os
produtos de mistura não são prejudiciais
para a bactéria, potencializam seus resultados.
Equipamento moderno
O Kit Inteligente no Sulco da Semeadura é composto por um pacote técnico
de produtos da Agrichem que podem ser
incorporados no equipamento da marca
Micron Technology.
O equipamento serve para pulverizar o sulco de plantio, em jato dirigido
ou leque e sua autonomia pode variar
dependendo da capacidade do tanque.
“Quando o equipamento foi lançado
apresentava alguns problemas como
homegeneidade, entupimento de bico
e regulagem, mas à medida que foi se
popularizando até os dias atuais, a máquina recebeu uma série de ajustes que
a transformaram na mais moderna da
categoria do Brasil”, relata Jean.
O equipamento passa constantemente por melhorias, atualmente possui três
agitadores, um tanque de retrolavagem
e uma bomba elétrica de maior potência.
Rentabilidade de no mínimo 4 sacas por alqueire
O mais importante em todo o processo é a rentabilidade que a tecnologia
traz ao empresário. “Já na primeira safra, ao adquirir a máquina, o produtor
terá um custo de duas sacas por alqueire e um retorno mínimo de seis sacas”,
orienta Alexandre.
Com os aprimoramentos, a expansão
desta tecnologia na região alavancou a
partir de 2012. Foi quando o produtor
do distrito Dez de Maio de Toledo, Carlos
I.RIEDI AGROCULTURA | JUN/JUL/AGO 14
Jaime Pauly, adquiriu o seu equipamento. “O maior benefício é a homogeneidade da lavoura. Utilizei a máquina em
duas safras e já na primeira, comparando lado a lado, percebi um acréscimo de
14 sacas por alqueire”, conta.
Tecnologia exclusiva
da I.Riedi
A I.Riedi foi uma das primeiras empresas do Paraná a apostar na tecnologia e possui exclusividade de representação do equipamento na região.
O agricultor Ademir Pazzinatto, que
tem propriedade na colônia São João
em Cascavel, conheceu o KISS em um
dos Dias de Campo da I.Riedi e resolveu
apostar na tecnologia. “Estou colhendo
os resultados do investimento que fiz.
Achei de suma importância a I.Riedi ter
trazido ao Dia de Campo estas tecnologias diferenciadas. Foi interessante para
empresa e para nós agricultores”, diz.
Para implantar o KISS na propriedade, o empresário deve seguir alguns
passos. O primeiro é fazer a análise de
solo, que identificará os níveis de nutrientes. Depois esta análise deve passar
pela interpretação do técnico, que por
fim fará a recomendação para aplicação.
“Este processo é importante para que a
recomendação seja assertiva e na dosagem exata, para o melhor aproveitamento da tecnologia e maior produtividade”,
finaliza o engenheiro agrônomo da filial
da I.Riedi de Terra Roxa, João Bianconi.
5
EDUCAÇÃO DIGITAL
Conecte-se
aos seus
filhos e netos
Eles já manuseiam o celular antes de aprenderem a amarrar os sapatos. A geração Alpha nasceu
plugada, porém mesmo com todas as habilidades tecnológicas, precisam de orientação dos pais
P
ara aqueles que foram
alfabetizados com a cartilha
Caminho Suave, usavam
livros de papel ou enciclopédias pesadonas para estudar e se achavam modernos com um tocador de CDs portátil, é
hora de esquecer tudo o que conhecem
por tecnologia e aceitar o movimento
tecnológico das gerações dos seus filhos
e netos para poderem acompanhar as
mudanças.
Afinal, quem nunca foi socorrido por
uma criança na hora de manusear algum
aplicativo do celular, tablet ou acessar
com agilidade um site na internet?
As chamadas gerações Z e Alpha,
que representam os nascidos a partir
de 1990 e 2010, interagem tecnologicamente com as mídias com a mesma
facilidade de amarrar os sapatos.
Aliás, não é bem assim. Uma pesquisa feita pela AVG Technologies afirmou
que a maioria das crianças de até cinco anos (57%) sabe usar aplicativos em
smartphones, mas somente 14% sabe
amarrar os sapatos.
Inusitado, mas compreensível. Segundo a professora do colegiado de
Pedagogia da Unioeste e com vasta
experiência em Educação Tecnológica,
Marciana Pelin Kliemann, amarrar os sapatos é uma habilidade motora complexa até os cinco anos de idade. Já as habilidades tecnológicas são desenvolvidas
com maior facilidade em tenra idade.
“O computador tem status de material básico de ensino hoje. A naturalidade dos pequenos diante das máquinas
comprova essa afirmação”, pontua a pedagoga coordenadora psicopedagógica
do colégio Marista de Cascavel, Márcia
Ionara Eichstadt Piovezani.
Isto explica por que as gerações mais
antigas patinam tanto com as modernidades, enquanto os filhos já nascem
tecnológicos, os pais estão tendo que se
adaptar às novidades.
Surge aí o maior dos desafios: como
aconselhar estas crianças e adolescentes que já sabem mais sobre tecnologia
que seus pais?
Marciana orienta que é essencial
despertar nos pais a necessidade das
crianças serem tratadas como crianças e
poderem desfrutar de vários estímulos,
não somente os cognitivos e intelectivos,
mas também os neuropsicomotores.
Como faz o professor Angelo Alfredo
Sucolotti, com a filha Letícia de 10 anos.
“Nossa filha tem sempre à disposição
tecnologias de informação e comunica-
Quando apresentar a tecnologia aos filhos
Não existe uma regra, pois cada criança possui um nível de quociente intelectual.
Contudo, a área de Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem determina uma
tabela de idades
Faixa Etária
6
Período Escolar
Aparato tecnológico
4 e 5 anos
1° ano
Tablet
6 e 7 anos
3° ano
Computador
8 e 10 anos
4° ano
Celular
ção, pois acreditamos que quando utilizadas como instrumento de aprendizado
associadas a conteúdos curriculares podem reforçar a aprendizagem e permitem acesso a conteúdos que não seriam
possíveis nos formatos tradicionais”, diz.
Letícia é plugada em seu tablet desde
os sete anos, idade em que os pais decidiram liberar a utilização das tecnologias para a filha. O acesso, no entanto, é
supervisionado com rigor, com a limitação do tempo de uso e com o auxílio de
ferramentas de filtragem, que impedem
o acesso a conteúdos considerados inadequados para a idade.
É importante saber que não existe
uma fórmula que diz quando a criança deve utilizar a tecnologia, mesmo
porque, ainda no momento da gestação, quando a mãe ouve músicas para
se acalmar, o bebê já está recebendo
os primeiros estímulos tecnológicos. O
mais importante, segundo especialistas,
é acompanhar atentamente o que o filho
está acessando e não desenvolver um
tecnofobismo. A tecnologia veio para ficar e evolui mais rápido que os nossos
pensamentos. O que nos resta é aceitar
e entrar nesta “onda” interativa da geração Alpha.
Jogos educativos
Os joguinhos digitais fazem parte do
aprendizado das crianças. Conheça alguns indicados pela professora Marciana
Pelin Kliemann
www.escolagames.com.br
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http://marianacaltabiano.com.br/
http://www.abelhudos.com.br/
http://tvcultura.cmais.com.br/cocorico
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I.RIEDI AGROCULTURA | JUN/JUL/AGO 14
© FOTO: lariane paludo
É essencial que as crianças possam
desfrutar de vários estímulos, não
somente os cognitivos e intelectivos,
mas também os neuropsicomotores
MERCADO AGRÍCOLA
O embalo do trigo
Preços atrativos e boa rentabilidade ressuscitam o trigo nesta safra de
inverno. Área plantada com a cultura teve um acréscimo de 40% em
comparação ao ano passado
I.RIEDI AGROCULTURA | JUN/JUL/AGO 14
outro sinal importante da aposta dos produtores. Levando em consideração o custo médio para implantação da cultura e o valor atual de balcão para a saca,
o produtor que investe em trigo leva vantagem faturando 680 reais a mais daquele que optou pelo milho.
Mas nada garante que o preço do trigo continue
nestes patamares. Segundo a operadora do mercado
de trigo da I.Riedi, Graciella Vieira, para o próximo
ano comercial, que se inicia em 1° de agosto deste
ano, a safra brasileira está estimada em 7 milhões de
toneladas e se isso se confirmar, a necessidade brasileira de importação cairá em torno de 4,5 mls de ton.
“A safra da Argentina deve vir maior, então é possível que vejamos os preços perdendo força a partir do
segundo semestre”, orienta.
Em contrapartida outros fatores externos poderão
influenciar positivamente no preço do trigo, como a
safra dos EUA, que não está indo muito bem e uma
possível guerra na Ucrânia, que pode levar o país a
bloquear as exportações. Isso daria suporte aos preços nas bolsas norte-americanas, o que elevaria o valor na Argentina e influenciaria os preços brasileiros,
evitando perdas significativas a partir da metade do
ano.
Rentabilidade Trigo x Milho
MILHO SAFRINHA
TRIGO
PREÇO DE BALCÃO:
R$22,00
PRODUÇÃO MÉDIA:
230 SACAS
VALOR BRUTO:
R$5.060,00
CUSTO IMPLANTAÇÃO: R$2.700,00
PREÇO DE BALCÃO:
R$42,00
PRODUÇÃO MÉDIA:
120 SACAS
VALOR BRUTO:
R$5.040,00
CUSTO IMPLANTAÇÃO: R$2.000,00
VALOR LÍQUIDO
VALOR LÍQUIDO
(por alqueire)
R$2.360,00
(por alqueire)
R$3.040,00
O produtor toledense Jair Luiz
Kunner plantou mais trigo este
ano visando maior rentabilidade
na cultura
© FOTO: LARIANE PALUDO
E
ntre as estradas rurais e no limite das rodovias um novo cenário se molda nesta safra
de inverno. Para quem estava acostumado
a ver a cultura do milho dominando, agora
observa entre um talhão e outro o trigo ressurgindo. A cultura tem perdido força, ano
após ano, pelo risco de perdas e falta de preço, mas
nesta safra ganhou um novo fôlego.
Dados do Departamento de Economia Rural (Deral)
de Toledo e Cascavel, que abrangem 48 municípios da
região, divulgam um aumento de 40% na área de plantio. Na safra passada os produtores destinaram 111 mil
hectares, este ano a estimativa é de 157 mil hectares.
Com isso o Paraná poderá colher duas vezes mais
que no último ano, alcançando uma produção de 3,8
milhões de toneladas. Uma safra que não se via desde
2010/12, ano em que o Paraná teve a maior produção
de trigo da história, de 3,31 milhões de toneladas. A
expectativa este ano é superar o recorde.
“O plantio do trigo aumentou, mas ainda é pequeno se comparar a sua evolução. Há quatro anos a
área total destinada à cultura era de 94 mil hectares
e estava diminuindo até a alavancagem nesta safra”,
diz a técnica do Deral de Toledo, Jean Marie Ferrarine
Triches.
Ela explica que o preço foi o estopim deste aumento
de área. “Além dos produtores estarem preocupados
com a rotação de cultura, o preço da saca está tentador”, pontua a especialista.
O produtor toledense Jair Luiz Kunner tem uma
área de 45 alqueires e apostou quase todas as fichas
no trigo. Nos anos anteriores, trigo e milho dividiam o
mesmo percentual de terra. Este ano, Jair aumentou
a área de trigo para 30 alqueires. “Invisto na cultura
para manter uma janela de proteção contra o capim-amargoso, buva e conservação do solo, mas o preço
alto foi um motivo a mais que resultou no aumento de
área”, relata.
Atualmente, o trigo vale quase duas vezes o milho
no Paraná. Em preços de balcão, o primeiro cereal foi
cotado a 42 reais a saca e o segundo em 22,80 reais.
Dados da consultoria Safras & Mercado sobre os
preços de venda de lote disponível praticados em Cascavel – PR mostram uma evolução contínua dos preços. Em maio de 2010, a tonelada valia 421,43 reais e
neste mesmo mês de 2014, a tonelada do trigo está
sendo vendido a 850 reais - o dobro.
A rentabilidade do trigo frente ao milho também é
7
INVESTIMENTOS
I.Riedi expande
atuação em três
municípios
Mato
Grosso do
Sul
8
Paraná
I.RIEDI AGROCULTURA | JUN/JUL/AGO 14
Com as novas filiais de Ibema, Corbélia
e Céu Azul, I.Riedi amplia atuação para
22 municípios do Paraná e Mato Grosso
do Sul
D
UNIDADES:
Mundo Novo - MS
Guaíra - PR
Terra Roxa - PR
Santa Rita - PR
Palotina - PR
Maripá - PR
Assis Chateaubriand - PR
Nova Santa Rosa - PR
Iracema do Oeste - PR
Pérola - PR
Toledo - PR
Cascavel - PR
São Luis do Oeste - PR
São Pedro do Iguaçu - PR
Bragantina - PR
Encantado do Oeste - PR
Espigão Azul - PR
Maracaju - PR
Ouro Verde do Oeste - PR
Sede Alvorada - PR
NOVAS UNIDADES:
Corbélia - PR
Céu Azul - PR
© ILUSTRAÇÃO: FREEAMERICA
Ibema - PR
I.RIEDI AGROCULTURA | JUN/JUL/AGO 14
uzentos
e
trinta
quilômetros é a distância que separa
Mundo Novo – MS
de Ibema – PR. Os
municípios demarcam
a área de atuação
da I.Riedi nos estados de Mato Grosso
do Sul e Paraná. Entre Mundo Novo e
Ibema estão outras 22 filiais da empresa
operantes em cidades de grande potencial agrícola.
Com olhos voltados para as “jazidas” produtivas de soja, milho e trigo, a
I.Riedi reiniciou em 2014 um novo ciclo
de investimentos, estimados em R$23
milhões. O montante está sendo direcionado à abertura de três novas filiais nas
cidades de Ibema, Corbélia e Céu Azul.
“Sempre tivemos a intenção de crescer para esta região por causa de sua logística, clima e potencial de crescimento
agrícola”, explica a presidente da I.Riedi,
Wanda Inês Riedi.
Juntas, as três cidades produzem
mais de 430 mil toneladas de grãos por
ano em 3.700 propriedades rurais, segundo fontes do DERAL e IBGE.
As unidades de Corbélia e Céu Azul
foram adquiridas de outras empresas e
passaram por reformas. Ambas começarão a operar nesta segunda safra 2014.
Em Ibema está sendo construída uma
nova estrutura e o recebimento de grãos
está previsto para a safra 2014/15. “Esta
unidade será a mais moderna da I.Riedi,
com quatro moegas e tomador de carreta móvel, máquinas de limpeza com
alta capacidade, silos de última geração
e secadores com elevada qualidade e
potencial de secagem”, detalha o gerente da divisão de Grãos e Operacional da
I.Riedi, Charles Cervi.
Com o início das operações da filial
de Ibema, a estrutura de Guaraniaçu
será desativada pela I.Riedi. A mudança
prevê um melhor atendimento aos clien-
tes nestes dois municípios vizinhos e
entorno. “A unidade de Ibema terá uma
estrutura com tecnologia de ponta que
causará menores impactos ambientais,
como a redução da emissão de poeira e
sistema de captação de resíduos, além é
claro de proporcionar maior agilidade no
recebimento de grãos”, destaca o gerente da divisão Administrativa e Financeira
da I.Riedi, André Frighetto.
A estimativa da I.Riedi é receber mais
de 120 mil toneladas de grãos por ano
nas unidades de Ibema, Corbélia e Céu
Azul.
Além dos investimentos em infraestrutura, a empresa intensificou o ritmo
de treinamentos aos seus funcionários.
“Contribuiremos com as novas regiões
de atuação oferecendo soluções inteligentes para os produtores por meio de
uma equipe técnica altamente qualificada e produtos inovadores”, garante o gerente da divisão de Insumos da I.Riedi,
Edson Hachiya.
O ciclo de investimentos em infraestrutura da I.Riedi começou no ano passado com a injeção de R$30 milhões em
onze filiais da empresa. Cerca de vinte
municípios e milhares de produtores foram beneficiados com as melhorias dos
sistemas de recebimento, ampliação
da capacidade estática de grãos, o que
gerou maior segurança e comodidade a
todos.
“Tempo é dinheiro e nós produtores
sabemos disso muito bem. A colheita de
uma safra já vem seguida do plantio de
uma nova cultura e hoje isso acontece
quase que simultaneamente. A I.Riedi
reconhece esta urgência e bem por
isso vem investindo em estruturas para
agilizar os processos de recebimento e
expedição, para que os nossos clientes
percam o mínimo de tempo na fila e potencializem seus resultados. Afinal, com
bons resultados, ganha o produtor e ganha a I.Riedi”, diz a presidente Wanda.
9
Céu Azul
Ibema
Corbélia
O município de Céu Azul encontra-se
no oeste do Paraná, com uma população de 11.121 habitantes (Censo 2012).
Tem uma área total de 1.179 Km², dos
quais 851 Km² são formados por mata
nativa preservada pelo Parque Nacional
do Iguaçu.
O nome Céu Azul surgiu dos colonizadores que desbravaram o local, enquanto observavam uma clareira em meio à
mata que contrastava com o verde do
Parque Nacional, a beleza do céu era admirável. A cidade tem 36 anos de emancipação. Destaca-se economicamente no
agronegócio e por apresentar uns dos
melhores Índices de Desenvolvimento
Humano (IDH) do estado.
O município com 6.066 habitantes
(Censo de 2010) é reconhecido por cortar a Br. 277, que liga Foz do Iguaçu a
Paranaguá, servindo como via de escoamento da produção agrícola do Paraná,
Mato Grosso do Sul e Paraguai. Também
é beneficiada pelo ramal da Ferroeste.
A escolha do nome de Ibema deve-se
a Indústria Brasileira de Madeiras S/A,
que se instalou no município em 1961
e iniciou um processo de loteamento e
infraestrutura.
Antes disso, Ibema foi palco da Revolução de 1924 e deixou marcas, como
armamentos e outros utensílios e o cemitério localizado na Linha Gaúcha, que
guarda corpos dos soldados mortos nos
confrontos. Ibema foi desmembrado de
Catanduvas e emancipado em 1990.
O nome da cidade Corbélia foi inspirado na palavra francesa Corbeille, que
significa pequeno cesto de flores. O
município de 16.954 habitantes (Censo
2013) é reconhecido pela tradição de
plantar e exibir belas flores, que também dão nome às ruas da cidade. As
avenidas homenageiam os colonizadores
do município, com referência aos seus
estados de origem e as praças públicas
recebem denominações de países.
Desmembrada de Cascavel, Ibema
foi emancipada em 1961. Possui uma
área territorial de 529,384 Km² e forte
influência agrícola.
Potencial Agrícola de Céu
Azul e entorno
© FOTO: DÉBORA GARBIN
© FOTO: MARCOS PAZINATO
Localização: Lote nº 17-M, da Colônia “A” Cascavel
Em processo de reforma, a filial de
Corbélia passa a operar na safra de
inverno 2014
Localização: Rodovia BR 277, Colônia Ibema
© FOTO: Assessoria DE IBEMA
© FOTO: Assessoria DE corbélia
© FOTO: Débora Garbin
© FOTO: Assessoria Céu Azul
A unidade de Céu Azul passa por
reformas e receberá grãos da safra
de inverno 2014
10
Produção: 155 mil toneladas anuais
Produtividade média: 3.500 quilos
(por hectare ao ano)
Propriedades rurais: 2.000
Em Ibema está sendo construída
uma nova estrutura e o recebimento
de grãos está previsto para a safra
2014/15
Localização: Rodovia 277, Km 619
“A vinda da I.Riedi para Céu Azul representa mais um apoio aos produtores rurais
do nosso município, que têm sua economia baseada no campo. A I.Riedi é uma
opção a mais para o agricultor comercializar seus cereais e também adquirir os
insumos agrícolas para a sua propriedade,
gerando mais emprego e renda ao nosso
município.”
Produção: 175 mil toneladas anuais
Produtividade média: 4.000 quilos
(por hectare ao ano)
Propriedades rurais: 900
Potencial Agrícola de Ibema
e entorno
Produção: 104 mil toneladas anuais
Produtividade média: 3.600 quilos
(por hectare ao ano)
Propriedades rurais: 800
Jaime Basso – prefeito de Céu Azul
Potencial Agrícola de
Corbélia e entorno
Ivanor Bernardi – prefeito de Corbélia
Antônio Rabel – prefeito de Ibema
“A vinda de uma empresa idônea como a
unidade de recebimento do Grupo I.Riedi
ao município demonstra que a administração pública está no caminho certo, em
se tratando de oferecer total apoio para
que empresas e indústrias se instalem no
município a fim de gerar mais emprego e
consequentemente aumento na renda da
população, o que inevitavelmente acaba
fortalecendo o comércio local.”
“Nós do município de Corbélia nos sentirmos lisonjeados em ter uma filial da
empresa I.Riedi em nosso município. É
emprego que será gerado na cidade, isso
ajuda os moradores que estão desempregados, ajuda os comerciantes locais.
Quem ganha é o município. Sabemos que
a I.Riedi é uma empresa séria e estamos
muito felizes em receber mais uma empresa em nosso município. Estamos aqui para
ajudar no que for necessário, certamente
vamos crescer juntos.”
I.RIEDI AGROCULTURA | JUN/JUL/AGO 14
Equipe de campo da I.Riedi gerou 70
trabalhos das culturas de milho e soja.
Os melhores serão publicados no Caderno de Resultados
INÉDITO
Ficará mais fácil decidir
pelas tecnologias
•
R
HO
EL
SO
I.RIEDI AGROCULTURA | JUN/JUL/AGO 14
Mosaic, Timac Agro, Agrichem e Fort
Green.
“De junho a março deste ano, cada
técnico e produtor acompanharam rigorosamente todas as etapas da lavoura,
entre a plantação, desenvolvimento e
colheita para que cada detalhe fosse sistematicamente registrado”, explica um
dos coordenadores do projeto e engenheiro agrônomo, Fernando Berti.
Cerca de 70 trabalhos foram executados nas filiais da I.Riedi e os melhores
serão publicados no Caderno de Resultados.
A empresa espera promover a difusão de um conhecimento já convertido
em rentabilidade e produtividade. “Acreditamos que os técnicos têm uma enorme capacidade de gerar produtividade
na lavoura e por isso a I.Riedi destina
25% do tempo da equipe em treinamentos e aperfeiçoamentos. O Caderno de
Resultados é mais uma proposta para
registrar o desempenho das melhores
tecnologias e disponibilizar essas informações de forma simples, para ajudar o
nosso cliente na escolha da melhor solução para a sua lavoura”, pontua Watson.
O Caderno de Resultados será publicado uma vez por ano e destinado aos
técnicos e produtores envolvidos no projeto. A edição de 2014 será lançada em
breve e a do próximo ano já começou a
ser executada pela equipe, que irá trabalhar além das marcas já mencionadas,
a cultura de trigo e um novo produto exclusivo da I.Riedi, Penergetic.
SEU
T
ão importante quanto a
tecnologia escolhida pelo
produtor é o esforço conjunto entre ele e a equipe
técnica da I.Riedi. O empreendedorismo de um
lado, aliado ao conhecimento técnico do
outro, só pode levar a um único resultado: produtividade.
Aproveitando desta sinergia entre
técnico e produtor, a I.Riedi lançou um
projeto inédito na região – o Caderno de
Resultados. O nome sugestivo remete
ao principal objetivo: agilizar a decisão
pelas melhores práticas agrícolas, poupando tempo e evitando prejuízos para
o produtor.
“Os agricultores fazem experiências
no campo para aprimorar a tecnologia
usada na propriedade. Muitas vezes
levam-se anos para validar apenas uma
inovação. Essa demora prejudica o objetivo fundamental da propriedade rural
que é a rentabilidade. Portanto, quanto maior for a adoção de práticas rentáveis, melhor será o desenvolvimento
dela como um negócio”, relata o assessor de marketing da I.Riedi e engenheiro agrônomo, Watson Sabatovicz.
Para que isso seja possível, a equipe
técnica foi desafiada a elaborar trabalhos comparativos em diversas regiões
do oeste do Paraná. A execução iniciou
em maio do ano passado nas culturas de
milho (2ª safra e verão) e soja (verão)
e utilizou-se de produtos exclusivos da
I.Riedi das marcas: Microgeo, Calsite,
LIDADE C
QUA
OM
DE
ADA
OV
PR
I.Riedi lançará em breve o Caderno de Resultados, um material
de apoio que facilitará a escolha das tecnologias agrícolas pelo
agricultor
• PRO
DU
TO
© FOTO: Andréia Antonin
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de nutrientes e micronutrientes
do solo, como Fósforo, Enxofre
e Potássio, e fornece alta
concentração de Cálcio e Silício,
elementos essenciais para
as plantas. O resultado é um
crescimento da fertilidade do
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11
Gabriela e Gustavo
mostram que para
se cadastrar como
doador de medula
só é preciso 10 ml
de sangue
Por um
pouquinho
de sangue
Gustavo Baptista de Lima e Gabriela Hach lutam
para vencer uma leucemia grave e motivar novos
doadores de medula óssea. O transplante é a única
solução para os dois
G
ustavo se aproxima a passos curtos
da mãe de Gabriela e faz uma entrega especial com um pedido audacioso. As bochechas imediatamente
ganham cor e os olhos baixos expressam a timidez inocente de uma
criança. Ao pé do ouvido Marilice recebe a importante
missão: dar à filha um anel de plástico e repassar o
pedido de casamento.
Separados pelas alas do hospital para proteger a
imunidade, Gustavo e Gabriela (5 anos) compartilham,
além de uma amizade pura, a Leucemia Linfoide Aguda (LLA) - uma doença que afeta as células linfoides e
agrava-se rapidamente.
Gabriela começou com uma simples infecção de
garganta que nunca sarava. Depois de passar por três
médicos e diversos exames, descobriu-se a leucemia.
Por mais de dois anos frequentou o hospital para fazer
as quimioterapias. Os pais, Marilice e Adilson Hach,
venderam a empresa que tinham para acompanhar
exclusivamente o tratamento da filha. O tempo passou, mas não deu para comemorar a cura. Uma recidiva da doença fez com que Gabi voltasse ao ritmo
anterior de quimioterapias com uma diferença, a necessidade em receber a doação de medula. “Corremos
contra o tempo e nos empenhamos em campanhas de
doação. Afinal, não é só a vida de nossa filha que está
em jogo, mas de muitas outras pessoas que precisam
da medula para viver”, relata Marilice.
O caso de Gustavo é ainda mais complicado. Ele
12
© FOTOS: Lariane Paludo
EXEMPLO
luta contra a leucemia desde 1 ano e 9 meses. Naturais de Palmas (sudoeste do Paraná), os pais Clarisse
de Fátima da Cruz e Antônio Marcos de Lima percorreram mais de 600 quilômetros de viagem, durante três
anos, para tratar a doença do filho, que tinha 80%
de chance de cura. Mas uma recidiva da leucemia de
uma forma mais rara e na cabeça amorteceu toda a
família e equipe médica. “Não conseguia entender o
porquê, fizemos todo o tratamento certinho. Perdemos
o chão”, lamenta-se a mãe. O segundo tratamento do
Gustavo, que começou em novembro do ano passado
é mais agressivo e a única chance de sobrevida do
garoto é um transplante urgente de medula.
Na cabecinha do Gustavo a única dúvida é quando
poderá ir à escolinha como as outras crianças e de
Gabriela quando irá viajar novamente com os pais.
Para estas crianças, a solução é simples. Um pouquinho de sangue é o suficiente para aumentar suas
chances de vida. E porque não seria simples, não é?
Inciativa que salva vidas
As histórias de Gustavo e Gabriela comovem e nos
aproximam da batalha das famílias para encontrar um
doador de medula compatível. No entanto, para quem
precisa, não é tão fácil – estima-se que a chance de
achar alguém compatível é de 1 a cada 100 mil.
De acordo com a assistente social do Hemocentro
de Cascavel, Eliane Vignatti Avancini, qualquer pessoa
entre 18 e 55 anos de idade que tenha bom estado geral de saúde pode ser doador. O primeiro passo é ir até
um hemocentro ou banco de sangue público, levando
o documento de identidade, CPF e cartão SUS. Os doadores preenchem um formulário com dados pessoais
e é coletada uma amostra de 10 ml de sangue para o
exame HLA (Antígenos Leucocitários Humanos), que
identifica a compatibilidade entre doador e paciente.
A médica oncologista da UOPECAN, Meide Urnau,
explica que existem dois tipos de transplante: o autólogo, no qual o doador e receptor são a mesma pessoa, e o alogênico, em que o doador e receptor são
pessoas diferentes. Há poucos riscos no transplante
de medula óssea. “Trata-se de um procedimento que
necessita de anestesia, sendo retirada do doador a
quantidade de medula óssea necessária (menos de
15%). Dentro de poucas semanas, a medula do doador estará inteiramente recuperada. Os sintomas
mais comuns após a doação são dor local, fraqueza
temporária e dor de cabeça. De modo geral são passageiros e aliviam com medicamentos simples, como
analgésicos”.
I.RIEDI AGROCULTURA | JUN/JUL/AGO 14
DOAÇÃO
14 mil
vale um
sorriso
I.RIEDI AGROCULTURA | JUN/JUL/AGO 14
bin, Super-Homem e o Homem-Aranha
atenderam voluntariamente o convite e
apareceram para ajudar. As crianças e
os grandões, óbvio, adoraram a visita.
O leite arrecadado abastecerá o hospital
durante seis meses e beneficiará além
dos pacientes internados, aqueles que
recebem cestas básicas.
A Uopeccan é referência no tratamento de pacientes portadores de câncer para o estado do Paraná e demais
estados do Brasil. Apesar de ser uma
entidade filantrópica, mantida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), necessita
de doações para atender toda a demanda e garantir excelência do tratamento
aos seus pacientes.
“Se não fossem os eventos, parcerias e doações das pessoas não conseguiríamos manter um padrão elevado
e custear os R$3 milhões por mês de
despesas do hospital. Gestos como este
das empresas do grupo I.Riedi e Basf
enaltecem os trabalhos da entidade e
garantem a chance de cura para muitas
pessoas”, diz o presidente da Uopeccan,
Ciro Kreuz.
último semestre e Wellington demitiu-se
de um emprego promissor. Morando em
Cascavel há oito meses, João já está no
oitavo ciclo de dez quimioterapias. Reage bem ao tratamento e em breve fará o
exame PET Scam para saber se o câncer
foi superado.
Se depender da crença dos pais, do
trabalho atencioso dos profissionais da
Uopeccan, do próprio João com sua energia e de todos aqueles que participaram,
mesmo que indiretamente doando o leite, o garoto propaganda da campanha
“Faça parte deste sorriso” continuará por
muitos e muitos anos exibindo este belo
sorriso no Paraná, em Rondônia ou em
qualquer lugar do Brasil.
De quem é o sorriso?
Ele cativou muita gente e foi um dos
responsáveis pelo sucesso da arrecadação. João Victor de Oliveira Limana
é o dono daquele sorriso inocente e encantador estampado em todos os materiais da campanha.
Com quatro anos de idade, João trata
de um câncer renal, também conhecido
como tumor de Wilms. A descoberta da
doença do filho no ano passado fez com
que os pais Natália (23) e Wellington Nogueira (27), atravessassem o país - de
Rondônia ao Paraná - para vir em busca
do melhor tratamento para o filho. Natalia abandonou a faculdade de Direito no
© FOTO: Mayara Silva
N
o dia 14 de abril de
2014, às 14h, o Hospital
de Câncer de Cascavel
(Uopeccan) recebeu a
maior doação de leite da
história – 14 mil litros.
Com o lema “Faça parte deste sorriso”
e um rostinho muito especial estampado
no material de divulgação, milhares de
funcionários, clientes e sociedade se comoveram e participaram da doação de
leite.
A campanha, que iniciou com I.Riedi
e Basf, tinha como meta arrecadar, no
mês de março, não mais que mil litros
da bebida. “Acreditávamos que o número era audacioso”, confirmou o representante técnico de vendas da BASF, Claudionor Emilio.
Para a surpresa geral, a quantidade
já tinha sido ultrapassada nos primeiros
dias da campanha. Apenas a filial da
I.Riedi de Guaíra alcançou a marca de
3.875 litros de leite. Com os ânimos elevados e todos muito envolvidos, outras
empresas do grupo - Fipal, Transvale e
Planovale – não quiseram ficar de fora
e ajudaram a arrecadar até o final do
prazo da campanha 13.794 mil litros.
Acrescentando algumas doações posteriores, o volume chegou aos exatos
14.010 litros.
“Dedicamos um tempinho de nossas
vidas para fazer o bem e por um gesto
tão singelo recebemos o sorriso sincero
das crianças e funcionários da Uopeccan. Devemos o sucesso da campanha
a todos os colaboradores, clientes e demais pessoas que se solidarizaram com
a causa”, agradece a presidente do grupo I.Riedi, Wanda Inês Riedi.
O clima era de festa e a entrega
dos suprimentos na Uopeccan foi uma
tarefa para super-heróis. Batman, Ro-
Além dos super-heróis, estiveram presentes na entrega do leite à Uopeccan: Wanda
Inês Riedi (presidente do Grupo I.Riedi),
Laura Riedi (vice-presidente da Fipal),
Claudionor Emilio (Basf), Ciro Kreuz (presidente da Uopeccan) e o garoto propaganda da campanha e paciente do hospital,
João Victor de Oliveira Limana
© FOTO: Mayara Silva
I.Riedi, Fipal, Planovale e Basf se unem em campanha e promovem a maior arrecadação de leite da história da Uopeccan
João (à direita) e Gustavo, ambos
pacientes da UOPECCAN
13
ACONTECEU I.RIEDI
Diferentes temas marcam a II SIPAT
e prevenção de doenças sexualmente
transmissíveis. Organizada anualmente
pela Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes (CIPA) em conjunto com o
Serviço Especializado em Engenharia de
Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), o objetivo da SIPAT é conscientizar
os funcionários sobre a saúde e segurança no trabalho, além da prevenção de
acidentes.
“Funcionários Destaques”
viajam para Fortaleza
Os selecionados da campanha “Funcionários Destaques 2013” viajaram no
início de abril para Fortaleza. Os 12 colaboradores premiados e acompanhantes
saíram no dia 5 de abril para a capital
Cearense e retornaram no dia 12. Entre
os passeios realizados pelos colaboradores e seus acompanhantes estavam: City
tour por Fortaleza, visita a feiras de arte-
sanato, à praia do Cumbuco e às praias
Águas Belas. Durante o dia livre os viajantes conheceram outros pontos, como
museus, exposição da FIFA e o mercado
central. A viagem para os premiados do
próximo ano já está definida: será para a
Serra Gaúcha. As normas da premiação
já estão disponíveis aos colaboradores.
© FOTO: Débora Garbin
Durante os dias 12 e 16 de maio, colaboradores da sede administrativa e das
filiais de Cascavel, Espigão Azul e Sede
Alvorada participaram da II Semana Interna de Prevenção de Acidente do Trabalho (SIPAT). Com o lema “Na rua, no
trabalho e no lar: Segurança em primeiro lugar”, as palestras abordaram: educação financeira, dependência eletrônica, segurança no lar, hábitos alimentares
Campanha do
agasalho
Durante a abertura da II SIPAT, foi
lançada a Campanha do Agasalho 2014.
Na edição deste ano, além da I.Riedi, as
demais empresas do grupo Transvale, Fipal, Fipal Consórcio, Aerovale, Localiza e
Planovale participarão da arrecadação. A
campanha tem como objetivo arrecadar
entre colaboradores e clientes roupas,
calçados, agasalhos e cobertores. Outra
novidade desta edição, que irá até o dia
13 de junho, é que as filiais terão a meta
de arrecadar no mínimo 200 peças.
A campanha consiste na arrecadação
de cobertores, roupas e calçados. Funcionários, clientes e comunidade podem
participar da campanha, levando a doação nos pontos de arrecadação.
© FOTOS: DIVULGAÇÃO
Treinamento
com Carlos
Hilsdorf
14
© FOTO: DIVULGAÇÃO
A equipe de vendas da I.Riedi participou no dia 30 de
abril do treinamento da Basf. O evento aconteceu na AFFITRA (Associação dos funcionários da I.Riedi, Fipal, Transvale, Aerovale e Planovale). Durante o treinamento, os
vendedores participaram de um concurso, no qual quem
errasse a pergunta levava uma “torta na cara”. Após o
treinamento, aconteceu uma palestra com o economista,
consultor de empresas, pesquisador do comportamento
humano, escritor e palestrante brasileiro, Carlos Hilsdorf.
I.RIEDI AGROCULTURA | JUN/JUL/AGO 14
A herança dos LPs
© FOTO: DIVULGAÇÃO
MÚSICA
Avô e neto compartilham uma afeição clássica pelos
discos de vinil
O
cenário é perfeito. Sobre um
silêncio absoluto, um som
único e original reverbera
num ambiente em que ouvidos afinados apreciam todas
as suas nuances com o único propósito:
reviver um passado distante ou imaginar-se numa época que não volta mais.
Toda esta nostalgia faz parte do cotidiano de Silvino Mioto e Mateus Mioto
dos Santos. Avô e neto apreciam sem
medidas as produções artísticas que dominaram o final do século 20. Os discos
de vinil, LPs ou bolachões marcaram
uma época de grande referência para
a música e apesar de não serem mais
fabricados em grande escala, as “obras
de arte” continuam instigando gerações.
Há 60 anos, Silvino ganhou o seu
primeiro disco de vinil. Cascatinha &
Inhana com suas músicas Índia e Meu
primeiro amor despertaram uma paixão
que, segundo ele, lhe traz vida. A falta
de equipamentos no mercado fez com
que Silvino fabricasse artesanalmente as
primeiras eletrolas em Cascavel. Dono
da eletrônica mais antiga da cidade, até
hoje ele possui em seu acervo algumas
relíquias e continua consertando equipamentos.
Para os aficionados, como Silvino,
I.RIEDI AGROCULTURA | JUN/JUL/AGO 14
os LPs trazem a originalidade do som.
O disco reproduz a gama total da curva
tornando-a mais próxima da realidade,
ou, como se dizia, com alta fidelidade.
Este apreço pela música foi carinhosamente transmitido ao neto Mateus
quando ele tinha quatro anos de idade.
O avô recorda-se das diversas vezes em
que o neto trocava os brinquedos para
assistir com ele às grandes orquestras
na TV. Tamanho estímulo fez de Mateus
um músico baterista de uma banda tributo ao Deep Purple e a trabalhar no
maior Sebo de Cascavel – Arca. O jovem
de 23 anos exibe com orgulho os discos
preferidos The Godftather – Part III (trilha sonora do filme Poderoso Chefão),
Machine Head – Deep Purple (gravado
no estúdio móvel dos The Rolling Stones) e o exclusivo SUB Segunda Edição,
que acredita ser o único disco na região.
Esta obra lhe custou 96 reais e representa uma raridade de um movimento
contracultura esquecido no Brasil.
Silvino e Mateus possuem um acervo próximo aos 1.500 discos de vinil e
reafirmam juntos a teoria de Nietzsche,
“a vida sem música seria um erro, é o
que me dá alegria”. Se depender deles,
esta herança musical persistirá ainda por
muitas gerações.
15
NÚMEROS DO CAMPO
Cultivares recordistas da safra de soja 2013/14
NA 5909 RR, BMX Potência RR, BMX Tornado e BMX 5.9 Alvo destacaram-se pelas altas produtividades no oeste do Paraná
C
om uma produção de 14,5 milhões de toneladas – já computando a quebra de 8% devido
à estiagem e às temperaturas elevadas - a safra de soja 2013/14 do Paraná registrou boas
produtividades. A opção por cultivares adequadas para a região fez com que agricultores alcançassem mé-
dias superiores a 190 sacas por alqueire no oeste do estado.
Experimentos e lavouras comerciais conduzidos pela I.Riedi
destacaram as cultivares: NA 5909 RG, BMX Potência RR, BMX
Tornado 6863RSF e BMX Alvo DM 5.9i com os melhores resultados.
Taylor Maróstica - Produtor
VARIEDADE
TÉCNICO DA I.RIEDI
CIDADE
ÁREA DO TALHÃO (alq)
PRODUTIVIDADE (sc/alq)
NA 5909
RG - Nidera
Rogério Roberto Witte
Cascavel - Sede Alvorada
16
187
Taylor Maróstica: “O 5909 é um material estável com bom histórico de produtividade. Pretendo plantar novamente.”
Rogério Roberto Witte: “NA 5909 apresenta boa estabilidade de produção, flexibilidade na época de plantio, resistência à
estiagem e alto potencial produtivo.”
Jacinto Hipolito - Fazenda Bandeirantes
VARIEDADE
TÉCNICO DA I.RIEDI
CIDADE
ÁREA DO TALHÃO (alq)
PRODUTIVIDADE (sc/alq)
BMX Potência RR
Brasmax
Ricardo Topper
Guaíra
4
192
Jacinto Hipolito: “Apesar da falta de chuvas durante 19 dias e temperaturas superiores a 40°, a Fazenda Bandeirantes tem feito
investimentos contínuos em tecnologias e por isso conseguiu alcançar uma produção de 192 sc/alq numa área de 4 alq. Nos
outros 120 alq. a média foi de 148 sc/alq.”
Ricardo Topper: “É um cultivar de ciclo mais longo (130 a 135 dias), tem bom engalhamento e porte alto. Se comporta bem num
plantio antecipado e com baixas populações (10 a 12 plantas finais por metro linear), além de desenvolver-se bem com pouca
chuva e em regiões onde a temperatura é elevada.”
Darci J. Boesing - Produtor
VARIEDADE
TÉCNICO DA I.RIEDI
CIDADE
ÁREA DO TALHÃO (alq)
PRODUTIVIDADE (sc/alq)
BMX Tornado- 6863
RSF -Brasmax
Diego Pastório
Bragantina
12,5
192
Darci J. Boesing: “Abri o plantio com o BMX Tornado no finalzinho de setembro. Tive a impressão que a soja não cresceria
muito, mas o material apresentou um ótimo engalhamento. Mesmo não tendo uniformidade na maturação consegui colher bons
resultados. Surpreendi-me com a cultivar e pretendo plantá-la novamente em setembro numa área maior.”
Diego Pastório: “É um material excelente para abertura de plantio, do grupo de maturação 6.2 (ciclo de 125 dias), porte médio
e um bom engalhamento. Com elevado potencial produtivo, proporcionou resultados positivos na região de Bragantina.”
Gilberto Winter e Edgar Netzel - Produtores
VARIEDADE
TÉCNICO DA I.RIEDI
CIDADE
ÁREA DO TALHÃO (alq)
PRODUTIVIDADE (sc/alq)
BMX Alvo – DM
5.9 i Brasmax
Fábio Tobaldini
São Luis do Oeste
1
192
Gilberto Winter e Edgar Netzel: “Esta cultivar mostrou um bom retorno em produtividade por ser precoce. Pretendo aumentar
a área de plantio com essa cultivar na próxima safra.”
Fábio Tobaldini: “Material precoce do grupo de maturação 5.9, apresenta altíssimo potencial produtivo em ambiente de alta
tecnologia, além de ser resistente a doenças como a Phytophthora.”
Alberto Angelo Corteze - Produtor
VARIEDADE
TÉCNICO DA I.RIEDI
CIDADE
ÁREA DO TALHÃO (alq)
PRODUTIVIDADE (sc/alq)
NA 5909
RG - Nidera
Orestes Corteze
Santa Tereza do Oeste
12
198
Alberto Angelo Corteze: “Há duas safras uso a soja NA 5909. Ela supera as demais cultivares em produtividade e por isso continuarei apostando na tecnologia.”
Orestes Corteze: “Destaca-se pelo ótimo engalhamento, a arquitetura da planta favorece o manejo fitossanitário, maior número
de vagens e altura adequada de inserção da primeira vagem da planta.”
16
I.RIEDI AGROCULTURA | JUN/JUL/AGO 14
REFLITA
Por uma política
de verdade
A Escola de Atenas de Rafael Sanzio
Texto Evandro José Machado - Mestre em Ética e Filosofia Política pela UNIOESTE
© FOTO: rafael sanzio
c
omo brasileiros, estamos vivendo um ano atípico, a
saber, a tão sonhada copa do mundo no Brasil! Olimpíadas! E, quase que despercebida, chegando de mansinho, as eleições, sobretudo as presidenciais... Pois é,
novamente as eleições! Para alguns, as eleições não
passam de perda de tempo, pois entram “engravatados”, saem
“engravatados” e tudo continua a mesma coisa! O povo sofre, é
humilhado e menosprezado. Os interesses, que deveriam ser coletivos, são voltados à particularidade voraz de alguns. A conjuntura
não muda. Permanece como sempre foi! Isso é um forte indício
de que os brasileiros perderam a credibilidade na política. Para esses é mais cômodo assistir ao espetáculo orquestrado por Neymar
e companhia. Para outros, as eleições significam possibilidade de
mudança, “sangue novo” no cenário político representativo. Entretanto, política não se faz de dois em dois anos e sim de cada ato
deliberado em prol da coletividade.
A origem da política, tal como a conhecemos hoje, remonta aos
gregos do século V a.C. que, a partir da necessidade daquele tempo
e espaço específicos, reorganizaram a noção de ‘coisa pública’ (política). A transformação foi simples, ou seja, houve a descentralização do poder e da autoridade de alguns privilegiados (aristocracia)
e a sua posterior transferência aos cidadãos (democracia). Quando
pensamos em política, devemos pensar em uma forma harmônica
de organização do espaço público. A história já nos mostrou muitas
formas de organização (aristocracia, oligarquia e monarquia são
exemplos), mas nenhuma supera, sem dúvida, a democracia, pois
se não fosse essa, com certeza eu não estaria escrevendo esse
artigo.
A democracia (poder do povo) surgiu em 470 a.C. em um cenário
grego que valorizava a figura do cidadão. Vale ressaltar que apenas
30% das pessoas da época gozavam o ônus de cidadão, isto é, homens com posse e nascidos nos demos. Não obstante, a democra-
cia consiste no princípio da soberania, isso quer dizer que o poder
é do povo e em função do povo! Este princípio é inalienável. Além
do mais, duas outras características emanam: a isonomia (igualdade de direito) e a isegoria (representa a liberdade de expressão).
Esses elementos garantiam que o cidadão ateniense participasse
da vida pública com dignidade e prestígio. Com o passar dos anos,
esse modelo de democracia, que era direto (os cidadãos discutiam
os nortes da cidade na ágora) passou a ser representativo, isto é,
elegemos os nossos representantes para tomar as decisões mais
relevantes ao nosso bem estar coletivo.
Esse fato faz de nós, cidadãos brasileiros, os únicos responsáveis
pelos rumos tomados na coletividade. A cada ato particular desperdiçado, a cada sujeito que pensa que a política é perda de tempo,
uma nação é estigmatizada por essa falta de compromisso com
a coisa pública. Notemos que temos em mãos uma importante e
decisiva solução aos nossos problemas coletivos. Somos nós que
ditamos as coordenadas do que é do bojo da coisa pública. O que
nos falta, então, se a realidade hodierna nos mostra exatamente
o oposto? Ouso dizer que há uma crescente e preocupante falta
de conhecimento e consciência política! Precisamos dar exemplos
concretos de cidadania que sirvam de alicerces práticos e conceituais às pessoas e, com isso, mostrar que vale à pena sonhar uma
sociedade melhor, com menos injustiça e desigualdade social. Mesmo que utópico, não podemos parar de labutar por uma política de
verdade, aquela que valoriza o cidadão e está em função da coisa
pública!
Agenda
18
FERIADOS NACIONAIS
IRACEMA DO OESTE
PÉROLA
28/06 – Dia do Agricultor
10/08 – Dia dos Pais
05 e 06/07 – 1º Expo Iracema - Festa
do Município
03/08 - Festa do Costelão do Clube de
Pérola
BRAGANTINA
JESUÍTAS
TOLEDO
29/06 – Festa do Padroeiro da Capela
São Pedro Apóstolo
01, 02 e 03/08 – Festa do Padroeiro
Santo Inácio de Loyola - Jesuítas
14/06 – Festa da codorna com polenta Clube Real Santo Antônio
ASSIS CHATEAUBRIAND
FORMOSA DO OESTE
20/08 – Aniversário de Assis Chateaubriand
03, 07 e 08/06 – Festa do Padroeiro
Santo Antônio - Formosa do Oeste
I.RIEDI AGROCULTURA | JUN/JUL/AGO 14
O casamento
e o vinho
© FOTO: lariane paludo
GASTRONOMIA
No Brasil o consumo de moscatel ainda é grande, pois o iniciante
sempre opta pelo vinho docinho
Sonia Maria Petri, professora sommelier com mais de 25 anos de
experiência na área de Vinhos e Gastronomia na Itália e autora do
blog www.enogastronomiadeclasse.com.br orienta como harmonizar pratos e vinhos
E
m francês a mesma palavra usada para casamento
é empregada para designar a harmonização entre
vinho e comida “MARIAGE”. Tem sentido, não?
Afinal um dos segredos de um casamento feliz é o equilíbrio de forças: um não
deve preponderar de forma absoluta ou
impor a sua posição, enquanto o outro
se submete.
É assim entre o vinho e a comida.
Vinho bom é aquele que
você mais gosta
Do vinho, como de qualquer outra
bebida, é preciso gostar se não vai ser
um martírio. Eu particularmente gosto
muito de brancos, então sou mais feliz
quando abro um bom branco, mas quando o momento é de tinto, vou apreciá-lo
com sabedoria.
Da planta à adega
O vinho começa na planta. Para ter
um bom produto cada cuidado é im-
portante, como observar e conhecer o
terroir na hora de colher. Depois que o
vinho está pronto, e sendo um produto
vivo, é preciso conservá-lo em lugares
escuros e com a temperatura adequada.
Estamos de parabéns!
O Rio Grande do Sul desponta em espumantes e tintos. No Paraná tem uma
vinícola em Toledo que me impressionou
muito. Grande tecnologia é usada no BR,
o problema é que o vinho ainda não é
competitivo.
Paladar brasileiro
No Brasil o consumo de moscatel
ainda é grande, pois o iniciante sempre
opta pelo vinho docinho, mas também
está apreciando os espumantes como os
da Cava Geisse. Entre os internacionais,
Chile é o país que mais vende por aqui, e
infelizmente por falta de conhecimento,
muitos compram vinhos com o escrito
“Reservado” e acham que estão abafando. Não quer dizer nada, aliás, é o mais
básico.
Junção Perfeita
Sugestões da sommelier para harmonizar pratos e vinhos
CARNE VERMELHA acompanha: Carne na Brasa: Malbec frutado e Carne
em Molho: Cabernet Sauvignon
PEIXES E FRUTOS DO MAR (exceto bacalhau) acompanham: Vinhos Rosé
AVES acompanham: Chardonnay (Chileno ou Americano)
APERITIVOS acompanham: Espumantes, vinhos brancos leves (Pinot
Grigio e Sauvignon Blanc)
MASSAS acompanham: Com molhos leves: Branco Pinot Grigio, Com molho
de tomates leve: Rose da Provence e Com molho encorpado (tipo carne
moída ou frango): Tinto - Montepulciano d’Abruzzo
I.RIEDI AGROCULTURA | JUN/JUL/AGO 14
DICA
Não deixe de provar
Vinhos aconselhados pela sommelier com ótimo custo benefício
Vinhos tintos Yume Montepulciano d’Abruzzo da importadora Porto a
Porto. É um vinho tinto com ótimos taninos, aromas de amoras negras e chocolate. Na boca um sabor aveludado.
Prazia Primitivo di Manduria - Lucarelli da importadora Porto a Porto. É um
tinto encorpado com aromas de groselhas
e couro, na boca um sabor único dá uma
sensação plena com grande persistência
gustativa.
Chateaux Cantegrill sauternes da
importadora Porto a Porto. É um vinho de
sobremesa dito vin d’or ( vinho de ouro),
mas ao mesmo tempo que cai bem uma
sobremesa
pode acompanhar queijos
azuis ou foie gras.
Chardonnay Arboleda do importador
Expand. Vinho branco importante que dá
uma sensação de densidade na boca, no
nariz maçã verde e um pouco de damasco.
Sauvignon Blanc Cefiro do importador Porto a Porto. Vinho com ótima acidez,
no nariz maracujá e abacaxi, na boca sensação de grande frescor.
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MAIOR PRODUTIVIDADE E
QUALIDADE DOS GRÃOS
Abacus HC
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SEU MILHO TURBINADO,
DO PLANTIO À COLHEITA.
CONTROLE DAS
PRINCIPAIS DOENÇAS
Abacus HC
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MELHOR
ENRAIZAMENTO
Standak Top
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Aplique somente as doses recomendadas. Descarte corretamente as embalagens e restos de produtos.
Incluir outros métodos de controle dentro do programa do Manejo Integrado de Pragas (MIP) quando
disponíveis e apropriados. Uso exclusivamente agrícola. Standak® Top com restrição temporária no
Estado do Paraná. Registro MAPA: Standak® Top nº 01209 e Abacus® HC nº 09210.
Sistema AgCelence Milho
0800 0192 500
www.agro.basf.com.br