Luna Pagã - Hospedagemdesites.Ws

Revista
Luna Pagã
ESPECIAL
Wakanda Layuth Mahtab
Mestre Maior
Lua Serena
Sacerdotisa
Valdir Callegari
Mestre
aldir
As 9 Madeiras da Fogueira de Beltane
Nove madeiras no Caldeirão vão,
Queimam rápido ou não.
Ao fogo a Bétula irá,
Para representar o que a Senhora saberá.
Na floresta o Carvalho torre pode ser,
No fogo trará do Deus o saber.
A Sorveira é a arvore do poder,
Fazendo vida e magia florescer.
O Salgueiro tem sempre água a mão,
Para conduzir a Terra do Verão.
O Espinheiro-branco queima-se para purificar,
E encanto em seus olhos lançar.
Aveleira arvore de aprendizado e sabedoria,
Junta sua força ao fogo que queima e brilha.
Branca são as flores de macieira,
E da fertilidade são frutos de sua madeira.
Uvas que crescem na vinha,
Trazem consigo vinho e alegria.
O Abeto marca o verde permanente,
Que a imortalidade nunca vista represente.
z
O Sabugueiro será a arvore da Senhora,
Queima-lo não se deve, ou se amaldiçoará.
Hoodoo e Voodoo
Pelo Mestre Valdir Callegari
Qual é a diferença entre Hoodoo e Voodoo?
Hoodoo e Voodoo ambos são praticados em
Luisiana USA e tem muitas coisas em comum. No
entanto existem diferenças entre os dois. O Vodu
ou Voodoo é uma religião praticada no Haiti e na
“Jamaica” uma ilha a principio habitada pelos índios
taianos (ou arawaka). O Nome Jamaica é uma
corruptela de Xaimaca que na língua dos taianos
significa “Terra da água e da madeira”
Os negros chegaram em 1517, trazidos pelos espanhóis . Em 1655, a Ilha foi
conquistada pela Grã-Bretanha. Sendo o século XVIII o boom do ciclo do açúcar, a
escravatura é motivada pela plantação, a monocultura canavieira. . Nessa data
foram trazidos a ilha como escravos os ashantis, os fantes, os ibos, e os yorubas.
Com o final da escravidão na Jamaica em 1833. A religião que se formou dessas
culturas indígenas locais, mais a dos escravos negros originou o Voodoo como
religião predominante. Práticas populares ficaram como o Hoodoo, o que é
particularmente inovador nesta tradição é a "utilização de figuras bíblicas" em suas
práticas e na vida de seus praticantes. A palavra "Hoodoo" foi documentada em
primeiro Inglês Americano em 1875. Em Africano americano Vernacular Inglês
(AAVE), é frequentemente utilizado para descrever um feitiço ou poção, mas pode
também ser usado como um adjetivo para um (praticante). Sinônimos regionais
para Hoodoo incluem conjurador, conjurar, trabalho de raiz, ou bruxaria. Essa
religião "Voodoo" foi espalhada por imigração e intercambio, encontraremos
paralelos em todas as Américas, incluindo o Brasil. Desta forma, temos a Santeria,
o Candomblé, o Catimbó, o Vodu e a Obeah dentre outros cultos e tradições. E o
Hoodoo é um sistema "Africano Americano" de prática de magia popular que
normalmente tem sido transmitida de geração em geração, por oralidade.
“
Marie Leveau
Muito pouco é conhecido com algum grau de certeza sobre a vida de
Marie Laveau. Supõe-se que ela nasceu no Bairro Francês de Nova
Orleans, Louisiana em 1794, filha de um agricultor branco e uma mulher
negra. Ela casou-se com Jacques Paris, um negro livre, em 4 de
agosto de 1819; sua certidão de casamento foi conservada na Catedral de
Saint Louis, em Nova Orleans
M. Paris morreu em 1820, em circunstâncias não
explicadas; após sua morte, Marie Laveau tornou-se
cabeleireira e trabalhou para famílias brancas
abastadas. Ela arranjou um amante, Luis Christopher
Duminy de Glapion, com quem viveu até a morte
dele, em 1835
Sobre sua carreira como paranormal, pouco pode
ser dito conclusivamente. Diz-se que tinha uma
cobra chamada Zumbi Tradições orais sugerem
que a parte oculta de sua magia era uma
mistura sincrética de
crenças católicas com
espíritos de cultos africanos e outros conceitos
religiosos.
Alega-se também que seu suposto poder mágico provinha, na verdade, de
uma rede de informantes nas casas dos figurões nas quais ela tinha
trabalhado como cabeleireira, e que ela era dona de um bordel. Ela
especializou-se em obter informações privilegiadas de seus patrões ricos ao,
aparentemente, instilar medo nos servos destes a quem ela "curava" de
males misteriosos (os quais ela pode ter causado ou sugerido, numa espécie
de Síndrome de Munchausen profissional).
Em 16 de junho de 1881, os jornais de Nova Orleãs publicaram que Marie
Laveau havia morrido. Isto é digno de nota, porque ela teria continuado a ser
vista na cidade após esta data. Afirma-se que uma de suas filhas com M.
Glapion assumiu seu nome e prosseguiu com a prática mágica após a morte
dela. Marie Laveau foi sepultada no Cemitério de São Luís em Nova Orleans,
na cripta da família Glapion. A tumba continua a atrair visitantes que
desenham três cruzes (XXX) na lateral, esperando que o espírito dela lhes
conceda a realização de um desejo.
Dagydes ou Boneco Voodoo
Os dagydes são bonecos que ficaram conhecidos pelo Voodoo e também
são utilizados na Bruxaria para fins negativos e positivos, neste caso,
cada pessoa é responsável pelo que faz e deve ter consciência de que
está prática de magia é séria e perigosa para quem a utiliza para o mal,
se usados corretamente para proporcionar a cura, limpeza, para atrair energias
positivas ou de prosperidade, para curar até problemas de ordem espiritual é
um trabalho muito eficaz se bem feito. Os Dagydes podem ser feitos de
qualquer material, pode ser utilizado para curas a distancia e até para beneficio
próprio desde que seja feitos com muita dedicação e principalmente
concentração, costuma-se ser confeccionados com argila, feltro, panos, palha e
biscuit, onde podemos enchê-los com ervas, flores, unta-los com óleo de acordo
com o problema de cada um. Para os resultados serem mais eficazes utilize das
tabelas e horários mágicos dos planetas, saiba os significados das ervas e as
fases da lua, e também quanto mais coisas você tiver
sua, ou da pessoa a ser tratada no boneco, mais conexão ele terá com ambos, quanto mais
energia você atrair para o boneco, mais será seu vinculo com ele, e depois de consagra-lo, uma
ligação se forma como se fosse um cordão umbilical, ou o cordão que prende nossa alma ao
corpo quando estamos vivos.
Noções do Corpo Humano
Somos reflexos da natureza, e os elementos que nela
estão também fazem parte de nós, o ar é o
pensamento, tudo começa pela mente, a terra são
nossos ossos e pele, a agua está presente em todo
nosso corpo e as aguas do mar escorrem por nossos
olhos, o fogo é o calor que nos mantem vivos e nos da
energia, é nosso sangue...
Como confeccionar seu
Dagyde
Confeccione com o material de preferência
utilizando de alguma coisa da pessoa a ser curada,
como por exemplo, fios de cabelo, saliva, uma gota
de sangue, pedaços de roupa, algo especial que a
pessoa ou você gosta muito, um exemplo, faça com
a argila a forma da pessoa de corpo inteiro que fique
o mais parecido com ela, ponha os fios de cabelo na
cabeça ou na mistura da argila, faça roupas com os
retalhos que a pessoa te conceder e etc...
Consagração
Normalmente consagramos os bonecos em noites de lua cheia, pois são as noites que a energia
da lua mais nos influenciam. Nesta noite se prepare antes, tomando um banho de sal e de ervas
para se purificar de energias negativas, abra o circulo antes do trabalho mágico se preferir, faça
exercícios de concentração dias antes para não pensar coisas diferentes no dia da consagração,
pois estamos mexendo com a energia de outra pessoa, se já tiver confiança e segurança em seu
controle energético, não há necessidade de abrir o circulo, só defume o espaço onde estiver e
mentalize energias positivas enquanto trabalha, peça bênçãos a deusa que está em sua face
mãe em união total com o Deus, peça bênçãos ao Deus e poder pela união dos dois, que eles
concedam o poder em suas mãos para fortalecer e potencializar sua magia.
Comece a confeccionar o boneco mentalizando a pessoa, chamando e atraindo a energia da
pessoa e através de suas mãos, impregne o boneco com as energias, cante mantras, visualize o
boneco como se estivesse construindo o corpo da própria pessoa, antes de confeccionar anote
em um papel os costumes de vida dessa pessoa, do que ela gosta e etc.. Para lembrar na hora
do ritual.
Depois de confeccionado, coloque o boneco na direção norte sobre a terra e diga:
- Agora em nome do Deus e da Deusa, pelos poderes da terra, de seus guardiões, pelo submundo,
pelos elementais, por aquela que tudo gera, esse boneco tem um corpo vivo!
Que assim seja!
Volte-se para o sul e diga passando o boneco pela chama de uma vela:
- Pelos poderes do fogo, das veias da Deusa, do calor do meio dia, dos guardiões e elementais esse
boneco pode escolher e ter um espirito!
Volte-se para o oeste e diga:
- Pelos poderes do oeste, ventre da deusa que nutre a vida, pelos elementais e guardiões, pelas
ondinas, pelas ondas dos mares, pelos rios e cachoeiras agora esse boneco tem sentimentos e
possui um coração pulsante!
Derrame um pouco de água na testa do boneco e diga com força:
- Que assim seja!
Vire-se para o leste, passe o boneco na fumaça de um incenso e diga:
- Pelos poderes do leste, do sol nascente, pelos poderes dos elementais e guardiões do ar, agora esse
boneco pode pensar!
Que assim seja!
Agora o mais importante! Continue virado para o leste, traga o boneco até o ouvido do boneco e
diga:
- Agora em nome dos deuses e protetores que aqui se encontram recebas o nome
de_____________.
Diga o nome da pessoa a ser trabalhada 3 vezes!
Por último Mostre o boneco para a Deusa e o Deus e diga:
Pelos deuses abençoo, purifico e trago a vida para esse boneco, pelo sopro divino que da a vida
para todos os seres e está em meu pulmão, eu concedo 3 vezes a vida para esse boneco!
Assopre 3 vezes a boca do boneco e diga:
-Agora esse boneco possui uma alma! Vive e está ligado à própria pessoa com o cordão que liga a
vida, este boneco, é a própria pessoa e com ela trabalharei!
Depois disso faça os rituais, as limpezas e os trabalhos de cura...
Dagyde para Cura de tristeza sem explicação
Faça um Boneco de cor amarela, depois de seguir os
processos de consagração, chame pelo Deus Apolo, deus
do sol e da medicina, peça pela cura da pessoa ao deus,
faça uma coroa com flores amarelas para o Deus e ponha o
boneco no meio, primeiro passe um incenso de Salvia por
todo o boneco para limpar as energias negativas e salpique
orégano ou ponha orégano dentro do peito no lado
esquerdo que fica o coração, salpique orégano por toda
volta do boneco, pois é uma erva que atrai alegria, por fim
molhe todo o boneco com um chá de hortelã, pois ele tem
o poder de dissolver toda energia negativa, guarde toda
essa mistura e o boneco enrolado em um pano branco ou
amarelo até a pessoa se curar, se demorar faça o trabalho
várias vezes.
Dagyde para Cura da Depressão
Faça o ritual de consagração, faça uma limpeza com
incenso de sálvia branca passando por todo o boneco, você
pode também passar incenso de balsamo, pois afasta a
irritabilidade causada pela depressão, depois da limpeza,
encha o boneco com alecrim e alfazema, o alecrim é
conhecido da arte para afastar a depressão e acalmar as
energias da pessoa, a ansiedade e etc... A alfazema atrai a
paz, a tranquilidade e acalma a mente, deixe o boneco
tomar um banho de sol logo pela manhã, tomar um banho
de lua, leve na beira de um riacho para receber as forças da
natureza, peça com amor para essa pessoa receber a cura
ou pelo menos para essas ervas ajudarem essa pessoa a se
curar, se a depressão estiver avançada, o trabalho mágico
deve ser associado junto com o tratamento médico, pois os
remédios auxiliam na cura do corpo e o Dagyde na cura da
alma, você pode depois enfeitar os bonecos com
gardênias, pois elas restauram a paz e protegem a alma!
Dagyde para Acalmar e Melhorar a Concentração
Faça o ritual de consagração e emanação de energias, você pode utilizar das
imposições de mãos, é só visualizar as energias vindas do céu, uma luz azul,
esfregue suas mãos até esquentar e fique por um tempo emanando essas
energias para o boneco, isso pode ser feito em todos os outros, encha o boneco
de camomila, flores de laranjeira, a flor de laranjeira além de proporcionar um
sono tranquilo, estimula a concentração, e para aumentar ainda a concentração
da pessoa deixe uma sodalita pequena na parte da cabeça do boneco e assim o
guarde.
Dagyde para quebrar uma maldição, o azar ou influências que
estão estacionando de alguma forma sua vida.
Confeccione o boneco com musgo de carvalho e faça o corpo de canela em pau, o musgo
cura e a canela atraem boas energias contra o mal, se não achar o musgo faça-o de feltro ou
argila mesmo.
Faça o ritual de consagração, mas esse ritual faça na lua
minguante, a lua para quebrar energias negativas
enviadas a ti, ou atraídas por você sem querer ou até por
pensamentos negativos. Confeccione o boneco, encha-o
com mirra, ela quebra qualquer maldição, afasta o mal,
afasta espíritos mal intencionados, você pode colocar
folhas de hortelã junto, pois anula energias negativas.
Depois de encher o boneco com as ervas, pegue um
cordão preto e amarre todo o boneco dando nós o
deixando-o bem preso
. A corda negra simboliza o mal feito que esteja prendendo a
pessoa, depois disso você vai usar um ramo de sete ervas, molhe
na água de preferência agua de fonte, agua marinha, ou agua
com sal, bata varias vezes as ervas pelo boneco o limpando,
passe as ervas por todo o boneco, faça movimentos circulares
fazendo preces, pedindo limpeza. Depois disso corte o cordão
como se estivesse cortando a própria maldição ou energia ruim,
pegue o cordão junto com o ramo de sete ervas e ateie fogo,
depois de queimar, para potencializar ainda mais essa magia,
faça um cordãozinho com um pingente de turmalina e ponha no
pescoço do boneco, para renovar energias e proteger a pessoa.
Dê o boneco para a pessoa junto com uma rosa branca, pois ela
limpa o lar de energias ruins e o purifica.
Dagyde para Proteção
Faça o ritual de consagração, e encha o boneco com hera, cravos da índia, eucalipto, amarre
uma fita vermelha por todo o boneco, pedindo aos deuses que proteja a pessoa de qualquer
mal ou energia negativa.
Dagyde para Limpeza Espiritual
Faça o ritual de consagração, encha o boneco com cravos da índia para exorcizar energias
ruins, em uma tigela a prova de fogo, misture grãos de olibano, folhas de guiné secas, folhas
de arruda, folha de sálvia, assopre levemente até sair uma fumaça branca, passe o boneco
pela fumaça dessa mistura visualizando as energias ruins indo embora.
Dagyde para Fertilidade
Essa magia é para quem deseja engravidar e deve ser feita na noite de Beltane, pois é a
noite da união do Deus e da Deusa, momento propicio para rituais de fertilidade, faça um
boneco masculino com alcaparras dentro, elas aumentam a potência sexual masculina, faça
uma boneca feminina e ponha ervas de fertilidade, como por exemplo, narciso, maça e etc...
Unte a parte sexual feminina da boneca com mel, e a parte masculina com leite, amarre os
dois bonecos um de frente para o outro, com fitas coloridas... Ponha o Dagyde em uma
caixa cor de rosa e jogue várias sementes de flores por cima dos dois, junto com arroz, feche
a caixa e dê de presente para o casal que pediu a magia, nesta noite eles devem fazer amor
ou até duas noites após o dia de Beltane.
Dagyde para Abrir Caminho
Faça a consagração, mas consagre o boneco ao Deus Hermes, protetor dos viajantes , Deus
da magia, dos ventos, dos novos caminhos, faça o boneco com pedaços de roupa amarela,
encha-o com lavanda, e flores amarelas que ele agora, peça a Hermes que ele abra seus
caminhos assim como seus ventos atravessam tudo que está bloqueado, com uma fitinha
amarela, amarre uma chave em uma das mãos do boneco e agradeça ofertando um incenso
ao Deus, chame o deus tocando um sino e você pode por penas na cabeça no boneco
simbolizando o ar!
Use sua criatividade para confeccionar os bonecos, junção de ervas e cores, junto com os
pertences da pessoa, mas é importantíssimo não queimar o boneco e nem joga-lo fora, pois
é o mesmo que prejudicar a pessoa! Existe um elo forte entre a pessoa e o boneco, então a
melhor forma seria dar de presente e a pessoa guardar, ou fazer um ritual de desligamento
que seria um ato de cortar o cordão que liga o boneco a pessoa, mas de preferência se você
não tem pratica, dê de presente ou guarde para quando precisar usar de novo. Bênçãos da
Deusa a todos!
Altar Voodoo Africano
Foto de uma possível cerimonia Voodoo
Pela Mestre maior Wakanda Layuth Mahatb
Tradição Imortais da Terra
Diante de Beltane, canto aos quatro ventos para o
retorno do Macho Pagão!!!
O Sagrado Masculino há muito foi esquecido, diante de um tempo
em que a humanidade cultivou o medo, e criou verdadeiras muralhas
entre os Deuses e os homens.
Nosso primeiro passo é compreender
que na natureza, em Gaia, desde os
primórdios dos tempos, os chifres
são símbolo de poder. Quanto maior
a galhada, maior o poder do animal,
maior sua virilidade.
A humanidade copiou estas honras
colocando em seus Reis coroas
pontudas. Assim, a imagem de seres
masculinos detentores de poder se
perpetuou, infelizmente deturpando
sua origem.
Em um tempo muito anterior a Cristo e
toda a mitologia que o circunda, a
imagem do ser ainda hoje tido por boa
parte da população do planeta como “O
grande ser maligno” não passa do
simbolismo mais antigo do poder
masculino nas florestas – o Grande
Cernunos, Deus Chifrudo cultuado por
Pagãos de todo o mundo até hoje.
Escolhida a dedo pelos primeiros
comandantes da Igreja, a representação
do “mal absoluto” com grandes chifres e
corpo meio humano, meio animal, se
enquadra exatamente nos padrões dos
seres divinos e elementais com os quais
as Bruxas mais antigas tinham relação
Muito apropriado, aliás, em um grande golpe político associar a figura do
macho pagão com a natureza fétida do ser humano para poder destinar milhares
de pessoas ao fim de sua cultura. Felizmente, o povo antigo sempre retorna . A
verdade é que independente de para onde olhamos no Mundo Antigo, Lúcifer (do
Latim “lux” – luz; e “fero” – portador) está lá como um grande sábio, conhecedor
íntimo da alma humana. Seja como “A Estrela da Manhã” da Babilônia, associada
com o planeta Vênus, formando um esterno casal sagrado; seja como o Grande
Guardião das florestas de Elêusis, nas quais diante dos Mistérios Iniciáticos
Gregos homens e mulheres se viam em meio aos seus maiores temores para
provarem sua lealdade consigo e com seus irmãos de jornada; seja como Deus
romano da Luz, amante de Diana (a Deusa romana da Lua) com quem teve a filha
Aradia; seja como Pã, o grande fauno amante das ninfas mais belas; seja como o
maior de todos os Guardiões do Mundo Inferior, posição detida até os dias atuais.
Se voltarmos no tempo e espaço do Mito do Fogo e da Luz, chegaremos a
Prometeu, e seu principal mito explica detalhadamente a transformação deste
Imortal em Guardião do Mundo Inferior e o Portador da Luz.
Vamos à Investigação Intelectual Sagrada – ou seja, pensar sobre os fatos!
Resumo do Mito
Prometeu, sabendo que pela quinta vez os Deuses destruiriam a humanidade, por
sua incapacidade de alcançar o Sagrado, rouba o Fogo Olímpico e nos entrega. Já
possuíamos o fogo, mas não sua consciência espiritual. Assim a humanidade
ganha um novo caminho para sua evolução e é salva da destruição.
Prometeu foi condenado por Zeus a viver 30 mil anos preso a uma montanha,
onde todas as manhãs uma águia lhe comia o fígado, que a noite voltava a
refazer, devido a sua imortalidade.
Voltamos a Investigação intelectual! Sagrada!
Energeticamente o fígado é responsável por manter o livre fluxo do corpo. Assim,
ele direciona a circulação do sangue e regula principalmente o ciclo menstrual.
Chegando a ser considerado o órgão mais importante no corpo feminino. Mas o
seu principal papel é o equilíbrio emocional, é ele o responsável energeticamente
por todas as nossas respostas e estímulos emocionais.
Nossas emoções passam pelo fígado
24h por dia, boas ou ruins, e são por
ele equilibradas. Quando reprimimos
nossos sentimentos, ele entre em um
desequilíbrio energético, que irá se
manifestar de diversas formas,
dependendo da sua localização.
Podemos
então,
ter
insônia,
hipertensão, enxaqueca, gastrite,
tensão pré-menstrual, e por aí vai.
Sendo
assim,
retirar
o
fígado
magicamente, ou tê-lo comido pela ave
de Zeus, é uma alusão máxima no Mito
ao fato de ter retirado de sua matéria
ciclicamente a água, e portanto o
feminino ativo.
O Mito também fala que Prometeu foi
preso por Hefesto na pedra, por
correntes por ele forjadas. Assim temos
o seguinte processo mágico a nossa
frente:
Prometeu sobre a pedra (terra) preso a ela por correntes (terra + fogo) e tendo o
fígado comido (água sendo retirada) pela águia (ar)
Resultado: a dualidade potencializada para o Masculino.
O Preparo de um Portador de Fogo!
Tornando-se o Portador da Luz, assumiu seu novo lugar e trono, o Mundo
Inferior. E isso reflete-se no Mito na passagem em que ele assume o “carregar a
humanidade nas costas”. Ou seja, viver no mundo abaixo de nós, e nos ajudar na
evolução e equilíbrio que ele afirmou sermos capazes.
Durante este longo processo, Prometeu não estava sendo punido por Zeus e sim
transformado!
Tanto que sua história e feitos não ficaram parados durante todo este tempo...
Ele é citado como, já falamos, como o Portador da Luz pela história da
humanidade.
Fato é que principalmente nos últimos 11 mil anos é clara a Formação Sagrada da
Dualidade Divina, que foi manifesta pelo primeiro Consorte em diversas faces. Até
chegarmos ao Macho Pagão, símbolo máximo do Sagrado Masculino.
Mas o ato de confiança à humanidade
precisava ser honrado e reconhecido
por todos. E é por isso que a
imposição de Zeus deixava claro que
Prometeu só poderia ser solto se mais
alguém concordasse com seu ato e o
soltasse, e que isso só seria válido se
alguém tomasse o seu lugar
perpetuando a ato à humanidade.
E chegamos a Hercules e Kiron. Foi
Hercules quem abateu a águia de
Zeus e Kiron, o centauro ferido, se
oferece para ficar em seu lugar. Ato
que garante o fim de seu
sofrimento, pois foi desta forma
que
Zeus
lhe
concede
a
mortalidade.
Tanto que sua história e feitos não ficaram parados durante todo este tempo...
Ele é citado como, já falamos, como o Portador da Luz pela história da
humanidade.
Fato é que principalmente nos últimos 11 mil anos é clara a Formação Sagrada da
Dualidade Divina, que foi manifesta pelo primeiro Consorte em diversas faces. Até
chegarmos ao Macho Pagão, símbolo máximo do Sagrado Masculino.
Lúcifer jamais deixou sua
essência primordial, e em meio
a todo o processo de
desconfiguração
do
ser
humano como sagrado e,
portanto, de suas energias
como sagradas, ele esteve
presente olhando atentamente
a tudo e guiando como podia as
ações humanas em Gaia.
Assim, chega à Tradição Imortais da Terra como uma de suas maiores fontes de
sabedoria antiga.
A Bruxaria é versada sobre o equilíbrio entre tudo o que rodeia e permeia a vida
humana. Os mundos paralelos são tão importantes quanto o físico onde
acordamos, trabalhamos e dormimos todos os dias. E não é diferente com o
plano descencionado. Muito pelo contrário!
Afinal, como diz o próprio sábio Lúcifer: “Se acima de nós está o mundo
ascencionado e abaixo de nós o descencionado, habitamos o meio. E se habitamos
o meio é porque somos o equilíbrio entre estas duas forças”. Ambas as forças nos
habitam e devemos cuidar de cada uma de forma homogênea. E ainda podemos
completar: se o mundo ascencionado cuida do espírito, é o descencionado que
cuida da matéria.
Sendo assim, em muito tempo não é de tão vital importância que olhemos com
cuidado e carinho para nossa vida material, física. Durante 2000 anos fomos
mergulhados constantemente em um grande mar de tropeços, dores e traumas
por termos sido afastados da vida espiritual natural, direta. Mas mais ainda por
termos esquecido de que alimentar o corpo é tão importante quanto alimentar o
espírito.
Lúcifer chega aos tempos atuais forçando-nos a erguer a cabeça e respirar os ares
de Aquário, saindo das águas turbulentas de Peixes que em tese geraram dor e
resignação nas pessoas. Em algum lugar ouvi que Lúcifer é um fã do ser humano.
E olhando para ele em sua forma e regência originais, olhando para cada veia do
Sagrado em que já se fez presente, é bastante simples concordar com esta
afirmativa.
Quando o resgate da essência espiritual do ser humano se torna uma feliz
realidade mundialmente, se faz necessário também olharmos com o mesmo
cuidado para o nosso resgate enquanto seres dependentes do mundo material
para viver e sobreviver sobre estas terras. E tão importante quanto o mundo que
nos cerca é o corpo que carregamos todos os dias, tão sagrado quanto nosso
espírito. Não apenas uma máquina perfeita para o trabalho e estudo, mas mais
ainda para a geração da vida que habita este mesmo mundo.
Resgatar a imagem original de Lúcifer é
resgatar a luz original, seja do masculino
hoje também deturpado, seja do mundo
descencionado hoje marginalizado, seja
do ser humano hoje esquecido.
Alimente o espírito e chegará aos Deuses
que habitam seu interior. Alimente a
matéria e chegará ao ápice da Criação
Divina.
O Caminho da Galhada é a Reconquista
do Poder!
Como Trabalhar Magicamente com o Tarô
Pela Sacerdotisa Lua Serena
Há muitas formas de utilizar o Tarô como
ferramenta mágica, uma vez que em seus
mistérios (arcanos) o oráculo apresentam
universo
de
situações,
condutas
e,
principalmente, lições. Uma forma até que
bastante
simples,
consiste
em
dispor
determinada jogada com as cartas que você
deseja, da maneira que deseja ver realizada
determinada situação. Digamos que seja uma
questão envolvendo a solução de um conflito.
Utilizando um método por você conhecido, você
pode dispor as cartas que julgar corretas para o
deslinde do problema e deixa-las em seu altar,
durante um ritual ou durante um determinado
período, seguindo a fase da Lua apropriada, por
exemplo. Outra forma muito interessante, é levar
consigo um arcano cuja a força, a energia, a
lição, você queira atrair para si numa
determinada fase, num determinado dia, ou
ocasião, sempre mentalizando o que aquele
mistério
representa,
quais
são
seus
ensinamentos e refletindo sobre a energia que
dele você quer imbuir suas próprias ações,
emoções e/ou pensamentos. Seguindo essa
mesma trilha, você pode também desenhar o
arcano, diversas vezes, trabalhando as mesmas
questões, mentalizando, refletindo e moldandose à energia daquele arcano
Esses são simples exemplos de como
podemos trabalhar magicamente com os
arcanos do Tarô. Porém, devemos lembrar
que além desses atos mágicos, também
devemos nos trabalhar para que consigamos
resultados mágicos e práticos em nosso
cotidiano. Por esse motivo é que sempre
dizemos que não adianta aprender a fazer
feitiços, se você não sabe fazer de seu dia a
dia um ritual, de seu viver o maior ato
mágico. E essa proeza, só conseguimos
quando nos trabalhamos internamente,
enfrentando
nossos
medos,
nossas
angústias, limpando nosso lixo. Por essa
razão, para mim, a forma mais eficaz e
mágica de se trabalhar o Tarô na Bruxaria é
a de trabalharmos nossas curas através das
cartas. Assim, costumo usar o Tarô como
ferramenta de cura, num contexto pagão,
dentro da minha família espiritual. São,
como nós mesmos as chamamos, “CARTAS
DE CURA”. Isso é algo que eu fazia
enquanto solitária, e achei que seria muito
importante para as pessoas que comigo
trilhassem, afinal, trabalhar minhas curas foi
e é fundamental no meu caminho. Por isso,
as Cartas de Cura nasceram.
Então, retire uma carta. Anote o arcano que
sair em seu BOS ou diário. Procure estudar a
carta durante esse período, procurando
ligações com o que você deve trabalhar.
Preste bastante atenção aos acontecimentos,
sincronicidades. Não deixe de registrar em
seu BOS. No outro esbá, antes de retirar uma
noiva carta, converse consigo sobre o que
aprendeu com o arcano tirado, as lições, o
que ficou claro, o que não ficou claro, o que
você ainda precisará de mais tempo para se
curar. Esse momento de resolução é
extremamente importante. Deixe que seu Eu
Divino fale com você e anote tudo. Volte
sempre para reler suas impressões. Com um
grupo, a dinâmica é mais ou menos a mesma.
Vocês podem se reunir e retirar as cartas em
cada esbá ou sabá, dependendo de como é a
dinâmica do grupo de vocês. Vocês retiram
cada um uma carta e então, falam brevemente
sobre o significado de cada uma. Aqueles que
possuem mais familiaridade com o Tarô pode
auxiliar os demais no significado, mas é muito
importante que cada um pesquise sobre o
arcano no decorrer dos dias, sempre
vivenciando, tentando buscar as respostas e
decifrar os enigmas que se escondem
naquelas cartas... Sim, algumas cartas vem
de forma muito difícil de decodificar. Nesse
momento, um grupo em perfeito amor e
perfeita confiança é muito importante, pois
cada membro pode opinar, conversar, alertar
sobre o que determinado arcano está
querendo revelar. Muitas vezes, as fichas
caem apenas no momento em que estamos
fazendo a, como também chamamos,
resolução das cartas de cura. Isso por que, às
vezes, precisamos de um toque de quem vê
de fora e, nesse contexto, um grupo acaba
sendo mais proveitoso do que trabalhar as
cartas de forma solitária. Porém, lembre-se de
que a resposta sempre deve vir de você, pois
até nossos enganos durante o processo de
autoconhecimento podem nos auxiliar na
cura... isso por que um dia o véu se rompe e
você consegue enxergar aquilo que seu
emocional ou racional, sua sombra, não
deixaram ver. É aí que a cura se opera e cada
um tem seu tempo de despertar. Importante
se faz dizer que em processos como esses,
em grupo, o perfeito amor e a perfeita
confiança são imprescindíveis para que haja o
se soltar na hora de falar de suas cartas de
cura.
E isso, para aqueles que acabaram de entrar num
grupo, muitas vezes, é difícil... mas superável se
houver perfeito amor e perfeita confiança. Um
empecilho com relação ao grupo é o seu
tamanho. Grupos com mais de cinco pessoas
começam a dificultar a resolução das cartas de
cura, por questões como o tempo. Pense. Se
cada membro falar por 15 minutos – e às vezes,
algum membro pode precisar de mais que isso –
acaba ficando um pouco cansativa a dinâmica, e
o propósito pode se perder. A solução que encontrei
em meu grupo é dividir em subgrupos. Eu sempre
acompanho todos os subgrupos e relato minhas
curas com todos, até mesmo por que... se estou a
liderar um grupo, para o bem do próprio grupo,
sou a que de mais cura necessitará, na certa! Na
divisão, seja sábio na hora de dividir os grupos
para não gerar “facções”. Um método
interessante é a rotatividade de membros que vão
compor determinado subgrupo, se isso for
possível. No caso do meu grupo, membros
iniciados me auxiliam na condução de membros
dedicados novos, de forma que amadrinham
esses – o que é de grande valia para o próprio
aprendizado sacerdotal do iniciado e também
para a união do grupo. Logo, coloquei afilhados
juntos dos padrinhos e madrinhas para que esses
acompanhem o trilhar iniciático do dedicado.
Aproveito para ir dando toques de como proceder
em questões X ou Y. Outra forma que utilizo, e
que pode ser útil para quem tem grupo grande em
que há membros de lugares distantes (como o
meu), é utilizar a internet para fazer com os
distantes e agrupar os que são da mesma região.
De todo modo, se alguém precisa partilhar algum
assunto com todos, então isso é posto para o
grupo numa reunião que chamamos de Reunião
de Círculo, que ocorre sempre no dia seguinte de
cada sabá. Bem, todas essas questões precisam
ser vistas e testadas quando estamos
trabalhando em grupo, para cartas de cura e para
outras questões de grupo. Mas o mais importante
é que as cartas de cura sejam de fato um objetivo
a ser alcançado por todos, em perfeito amor e
perfeita confiança. Seja de forma solitária ou em
grupo, depois de um tempo fazendo as cartas de
cura, você conseguirá notar bem claramente
quais pontos são mais difíceis para você
trabalhar, quais curas demandam mais de seu
autoconhecimento. E isso é fundamental,
inclusive, para que num segundo momento, você
seja capaz de praticar magia com o Tarô, e acima
de tudo com em sua própria vida.
Revista
Luna Pagâ
Agradece:
Mestre
Valdir Callegari
Mestre Maior – Tradição Imortais da Terra
Wakanda Layuth Mahtab
Sacerdotisa
Lua Serena
Editores:
Edmur Lopes (Dylan Caico)
Camila Matos