Goiás, a nova vitrine da Rede Globo
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Goiás, a nova vitrine da Rede Globo
“A notícia como forma de conhecimento” Robert Park 2ª quinzena de janeiro de 2015 Ano I n° 15 Goiás, a nova vitrine da Rede Globo Página 3 ? Fotos: Divulgação ARTIGO Folia de Reis, uma tradição católica [4 e 5 Piracanjuba inova na administração [6 e 7 Festa no céu [3 Seria a Opus Dei uma religião tucana? [10 Ah nem, Enem! [8 Charlie Hebdo: a falácia do discurso jornalístico [12 Divulgação / Chalie Hebdo. EDITORIAL 2ª quinzena de janeiro de 2015 Nós do ‘Gazeta’ não somos Charlie JORNAL QUINZENÁRIO CNPJ 20.555.772/0001-05 Redação - (62) 3248 8238 (62) 8227-4063 www.gazetauniversitaria.jor.br E-mail: [email protected] Fundador Waldemar Rêgo - editor-geral Administração, Redação e Edição Rua Manguari Qd. 21A Lt. 12 Vila Brasília Aparecida de Goiânia-GO Tiragem desta edição 10.000 exemplares Distribuição Aparecida de Goiânia Grande Goiânia Hidrolândia Senador Canedo Bela Vista Trindade Ronaldo Coelho: jornalista responsável Jornalista e colaborador desta edição: Waldemar Rêgo Décio Parma: diagramação Fátima Tolêdo - revisão 2 NACIONAL Carta Capital / Divulgação 2ª quinzena de janeiro de 2015 Festa no céu P O novo ministro Joaquim Levy, do “Bradesco” e da Fazenda, sendo nomeado por Dilma. O contraditório do enunciado petista arece absurdo, mas não é porque o absurdo é real que deve acontecer a qualquer momento. Os ganhos salariais dos que dizem promover a justiça no Brasil (aí são todos, de mamando a caducando) podem chegar até a R$ 30.800 por mês. Para se chegar a essa acintosa soma salarial, a mágica contábil é feita pelo intermédio do efeito “cascata”, que escalona os ganhos do Supremo Tribunal Federal (STF) até aos promotores e procuradores. O cardápio dessa festa no céu da justiça tem inclusas aberrações como o pagamento de benefícios do tipo: auxílio moradia, alimentação e, pasmem, livros. A eles recomenda-se a leitura de um livro ainda não escrito: Como Escravizar a Sociedade Através da Lei. Livro que poderá ser escrito por qualquer um desses práticos da ignomínia. Para aguentar essa inominável situação, o novo superministro da Dilma, do PT, Joaquim Levy, da Fazenda, deverá esfaquear o contribuinte pelas costas com o que ele jura de pés juntos não ser um saco de maldades tributárias. São essas benesses que causam o inchaço das impagáveis contas públicas e esfregam na cara do cidadão sua própria nulidade. Nulidade confirmada pelo Legislativo, que deveria barrar as aberrações do tipo, mas nossos deputados e senadores também estão na festa. Eles são convidados de honra dessa orgia financeira à custa do contribuinte e passam a receber mensalmente a soma de R$ 33.700, fora verbas de gabinete. Nós do Gazeta não somos Charlie 3 cidades Folia de Reis, uma tradição católica de muitos significados Dona Nazaré, mãe de Anselmo Pereira, presidente da Câmara de Vereadores de Goiânia, recebeu em sua residência, no Setor Universitário, a passagem de uma das mais tradicionais festas do catolicismo A família de Dona Nazaré recebeu no último dia 6, às 20h, os foliões para a celebração de uma das mais ricas tradições católicas: a Folia de Reis. Estiveram presentes vários segmentos religiosos, representados por seus seguidores, que, de uma forma ou de outra, são absorvidos pela passagem bíblica de um dos importantes momentos da história cristã: a adoração dos Reis Magos, a humildade do presépio onde nascera Cristo e a dor causada pela perseguição e morticínio das crianças. De origem cristã e desenvolvida na cultura ibérica, em particular a portuguesa, a tradicional adoração dos Reis Magos, como são chamados os três reis que vieram do Oriente (Melchior, Baltazar e Gaspar) para adorar o menino Jesus por ocasião de seu nascimento em Belém da Judeia. A comemoração chegou ao Brasil já nas primeiras décadas do descobrimento com o período de colonização, porém com celebrações modestas, até mesmo em virtude do pequeno adensamento populacional. A festa teve maior acolhida na cultura brasileira a partir do século XVIII, com a secularização dos costumes católicos e a igreja assumindo o papel de “igreja oficial”. Fotos: Divulgação Dona Maria de Nazaré, anfitriã: o próprio nome é revelador quanto à fé e à história da festa Uma história dramática entoada por vozes femininas: a dor da perda dos filhos Quando anunciada a Herodes, o Grande, a visita dos reis vindos do Oriente para adoração daquele que seria o Rei dos Judeus, Herodes, temendo ter seu trono “usurpado”, mandou matar todas as crianças abaixo de 2 anos. Foi a chamada matança dos inocentes. O lamento pela morte das crianças é lembrado pelas mães na interpretação feminina dos cânticos que acompanham a festividade de casa em casa, quando, em tons agudos que mais se assemelham a um grito de lamento e desespero, elas evocam o sentido de grande angústia pela perda dos filhos. Passagens musicais que levam a uma profunda reflexão sobre a terrível perseguição sofrida por Jesus Cristo desde seu nascimento. “Então se cumpriu o que foi dito pelo profeta Jeremias: ‘Ouviu-se um clamor em Ramá, choro e grande lamento. Era Raquel chorando a seus filhos, e não querendo ser consolada, porque eles já não existem.” Mateus 2:16-17 ao citar Jeremias 31:15. Anselmo recebe os foliões Presentes e costumes Presentes Ouro, Incenso e Mirra, ofertas dos Reis Magos que representam prosperidade, oração e sacrifício, são lembrados nas ocasiões festivas da celebração. O simbolismo das dádivas ofertadas pelos reis é celebrado como prenúncio de uma vida pautada por sacrifícios em benefício da humanidade. Entre os convidados, a troca de presentes – que, em alguns casos, são dirigidos a uma instituição de caridade ou mesmo doados a famílias carentes – possui caráter representativo das obrigações cristãs. Na festa, os participantes foram convidados a doar frutas, a serem entregues ao Hospital do Câncer, que, segundo Anselmo, é uma forma de refletir sobre as dádivas recebidas da natureza por aqueles que são capazes de prover o alimento para a manutenção da vida. “Posto que gozamos de perfeita saúde, cabe a nós levarmos aos que padecem, através do ofício da caridade, e dividir a prosperidade com nosso semelhante”, disse Anselmo em discurso improvisado que sensibilizou a todos. Costumes Já em tom mais descontraído, o vereador revelou o segredo de seu sucesso na política ao dividir entre todos sementes de romã. A cada um dos convidados, foram distribuídas nove semen- tes, que, segundo ele, devem ser divididas em três partes. A primeira deve ser jogada no quintal de casa para germinar a prosperidade na família; a segunda, engolida para que haja saúde para o benefício da caridade, e a terceira deve ser guardada para ser jogada nas águas no ano seguinte. Segundo ele, o segredo é jogar as sementes em uma grande quantidade de água para que a prosperidade também seja grande, aconselha. Anselmo e Dona Nazaré recebem a bandeira dos foliões Mais de 300 convidados estiveram presentes na tradicional recepção, que já dura 30 anos CIDADES 2ª quinzena de janeiro de 2015 4e5 Uma fé intimamente ligada ao nome da anfitriã Quando José, avisado por anjos de que Herodes queria matar a Jesus, partiu de Belém com Maria e o menino rumo ao Egito, Herodes, ao não ser avisado pelos Reis Magos sobre a exata localização do filho de Deus, foi tomado de ódio e mandou matar os infantes, numa tentativa de eliminar a Jesus e “proteger” o seu trono. Passados esses idos, a sagrada família retornou do Egito e fixou morada em Nazaré. A festa é, acima de tudo, uma celebração da família. Seus personagens são contextualizados dentro do cenário familiar de proteção e providência divinas. Nesse sentido, a festa possui inúmeros promotores. Em Goiânia, um deles é Anselmo Pereira, vereador pelo PSDB e atual presidente da Câmara. Ele realiza a festividade católica na residência de sua mãe e anfitriã, Dona Maria de Nazaré Pereira da Silva, que tem, a partir do próprio nome, uma ligação profunda com a história do nascimento de Cristo. Dona FOLIA DE REIS Jovens e adultos mantêm viva a tradição católica Deputado estadual Santana (PSL) Nazaré, que recebeu cerca de 300 convidados em sua residência no Setor Universitário, confirmou uma tradição que já dura mais de 30 anos e é aberta ao público. Como é carinhosamente chamada por todos, Dona Nazaré, mãe de Anselmo, a anfitriã, aos 87 anos leu vários textos na celebração, mostrando que, apesar da idade avançada, possui leitura impecável, a qual exerce sem uso de óculos, fato incomum para a idade dela. Alegre e divertida, ela diz ter um carinho especial pelos sete filhos. Ao ser indagada sobre as festas religiosas e o interesse da juventude pelos eventos da igreja, ela respondeu que, para se ter um exemplo, no início das comemorações da Folia de Reis na casa dela, há mais de 30 anos, poucas pesso- as afluíam a festa. Este ano, segundo ela, mais de 300 pessoas participaram do evento e no ano de 2014 (em janeiro), foram recebidas quase 500 pessoas. “A fé está viva e os jovens participam com muito mais interesse”, disse. Dona Nazaré, viúva de Benedito Lucimar Hesketh da Silva, nasceu em Brejão, uma pequena cidade entre Balsas e Carolina, no Maranhão. Mudou-se para Goiânia para criar e dar melhores oportunidades aos filhos. “Foram tempos difíceis, mas superamos as adversidades”, relembra. E completa: “Hoje sou grata a Deus pelos filhos que tenho.” Sem fazer distinção entre todos e demonstrando prudência quanto ao futuro do filho político, ela respondeu que “o futuro a Deus pertence e cabe a ele, ao Anselmo, seguir o caminho que melhor lhe aprouver. A política é sua vida, sempre esteve envolvido com ela.” No evento religioso, estiveram presentes o deputado estadual Santana (PSL) e os vereadores Jorge do Hugo (PSL), Drª Cristina (PSDB), Felizberto Tavares (PT) e Zander Fábio (PSL), que discursaram sobre a fé católica e a importância de tradições como esta, que celebram a família como elemento agregador de valores para uma Vereadora Drª Cristina (PSDB) Vereador Zander Fábio (PSL) Vereador Jorge do Hugo (PSL) sociedade carente de Deus. Vereador Felizberto Tavares (PT) Nós do ‘Gazeta’ não somos Charlie cidades 2ª quinzena de janeiro de 2015 6e7 Mesmo com grandes dificuldades, prefeito de Piracanjuba realiza dezenas de obras E Fotos: Divulgação m 25 meses de administração, o prefeito de Piracanjuba, Amauri Ribeiro (PRP), implantou um ritmo de trabalho diferenciado à frente do comando das ações públicas, dando ênfase ao coletivo e priorizando os setores que estavam mais deficitários, como limpeza urbana, saúde e transporte. EDUCAÇÃO Na área da educação, aconteceram reformas nas escolas da rede pública. Nenhum espaço escolar foi esquecido e está em andamento a construção de duas Creches Pró-infância tipo B. CULTURA Com a “Semana da Cultura”, a comunidade piracanjubense foi brindada com vários eventos culturais, tais como peças de teatro, cinema e música. O “Piracanjuba – Uçu” foi o nome do evento realizado pelo governo da cidade através da Secretaria Municipal de Cultura (SMC), com assessoria da Secretaria de Cultura do Estado (Secult). Mais de 6.000 pessoas afluíram aos eventos culturais. Ônibus adquiridos. Benefícios para alunos da rede pública Na atual gestão, aproximadamente 20 pontes foram construídas em benefício dos fazendeiros do município SAÚDE Na saúde, aconteceram várias mudanças, como o fortalecimento dos Postos de Saúde da Família (PSF), com a permanência dos médi- cos durante 32h (trinta e duas horas), mais 8h presenciais para especialização e qualificação profissional, atingindo 40h (quarenta horas) semanais, passando a uma média de 240 consultas diárias. Implantação da Equipe Multidisciplinar de Atenção Domiciliar (EMAD). Entre várias ações, houve investimento significativo na qualificação profissional dos servidores do hospital municipal. Reforma do hospital municipal; realização de mais de dez mutirões da saúde; semana de atenção aos hipertensos, diabéticos e outras doenças crônicas; realização do dia D do Outubro Rosa e Novembro Azul e todos os PSFs estão com seus estoques de medicamento completo. LIMPEZA URBANA Ao assumir a prefeitura, o prefeito Amauri Ribeiro encontrou um caos generalizado na limpeza urbana e determinou às equipes de colaboradores agilidade na execução dos serviços de coleta de lixo, que ocorre agora em dois turno. Também criou a implantação da obrigatoriedade de caçambas para colocar entulhos (aos moradores que não têm condições, a Prefeitura de Piracanjuba disponibiliza as caçambas gratuitamente). LAZER A cidade tomou nova fisionomia, com praças e jardins bem cuidados; implantação de academias ao ar livre em seis praças, sendo duas na zona rural, todas para uso comunitário. O Parque Ecológico “Afonso Dias Fernandes Sobrinho – Fonfon” foi revitalizado, urbanizado e disponibilizado para exercícios físicos, pescaria em datas especiais, como no aniversário da cidade; foi construída uma área de lazer para as famílias passarem o dia junto à natureza; está em andamento a iluminação em toda a orla do lago e melhorias nos canteiros que contornam o lago (também em andamento). Na área de esporte e lazer, o governo de Piracanjuba, através da Secretaria de Esportes, Lazer e Turismo, tem apoiado os torneios de várias modalidades e oferecido aos atletas o apoio necessário para que tenham expressão no mundo dos esportes. Ao lado do lago, foi concluído e entregue à população o “Palácio das Orquídeas”, que estava há várias gestões condenado a ser um “elefante branco”. O prefeito Amauri Ribeiro não mediu esforços para a finalização desse trabalho. Piracanjuba-Açu: valorização da cultura presente no governo da cidade Em seis praças, foram construídas academias a céu aberto ZONA RURAL As estradas vicinais foram revitalizadas, dando maior condição de movimento e segurança aos moradores da zona rural. Chega a quase 20 a quantidade de pontes construídas com a parceria dos produtores de várias regiões, algo que nunca aconteceu na cidade. SEGURANÇA A segurança pública é uma das prioridades do prefeito Amauri Ribeiro. Para isso, ele cons- truiu a “Chefatura da Polícia Militar”; trouxe para a cidade, em parceria com o governo do Estado, um delegado fixo para o município, cinco agentes da Polícia Civil, um capitão da Polícia Militar (PM), um tenente (PM) e dez policiais (PM). O prefeito Amauri Ribeiro tem uma convivência respeitosa e participativa com o povo de Piracanjuba, pois todos estão empenhados na luta por uma cidade melhor, com justiça social, Estradas vicinais são patroladas e recuperadas Chefatura da Polícia Militar Saúde é prioridade: reforma do hospital municipal e construção da UBS, a ser entregue transparência e bem-estar permanente. Grandes obras e ainda na metade de sua gestão Nesses 25 meses de gestão, o prefeito Amauri Ribeiro, além de ter pago mais de R$ 6 milhões de dívidas herdadas de gestões anteriores, mostrou que é possível fazer as coisas acontecerem mesmo em meio a tantas dificuldades financeiras em que o município vive hoje. “Basta ter força de vontade e caráter”, diz o prefeito. Por essas e outras que o prefeito Amauri Ribeiro esteve entre “os melhores da política” em 2013 e 2014, escolhido pelas revistas Fala Prefeito e Prefeito em Destaque. Nos próximos anos, mais obras serão feitas e, com certeza, será alcançado um nível de cidadania digno e decente e politicamente ético. Esta é a gestão do prefeito Amauri Ribeiro, uma gestão justa, transparente e participativa, onde sua marca é o trabalho. Nós do ‘Gazeta’ não somos Charlie cidades 2ª quinzena de janeiro de 2015 6e7 Mesmo com grandes dificuldades, prefeito de Piracanjuba realiza dezenas de obras E Fotos: Divulgação m 25 meses de administração, o prefeito de Piracanjuba, Amauri Ribeiro (PRP), implantou um ritmo de trabalho diferenciado à frente do comando das ações públicas, dando ênfase ao coletivo e priorizando os setores que estavam mais deficitários, como limpeza urbana, saúde e transporte. EDUCAÇÃO Na área da educação, aconteceram reformas nas escolas da rede pública. Nenhum espaço escolar foi esquecido e está em andamento a construção de duas Creches Pró-infância tipo B. CULTURA Com a “Semana da Cultura”, a comunidade piracanjubense foi brindada com vários eventos culturais, tais como peças de teatro, cinema e música. O “Piracanjuba – Uçu” foi o nome do evento realizado pelo governo da cidade através da Secretaria Municipal de Cultura (SMC), com assessoria da Secretaria de Cultura do Estado (Secult). Mais de 6.000 pessoas afluíram aos eventos culturais. Ônibus adquiridos. Benefícios para alunos da rede pública Na atual gestão, aproximadamente 20 pontes foram construídas em benefício dos fazendeiros do município SAÚDE Na saúde, aconteceram várias mudanças, como o fortalecimento dos Postos de Saúde da Família (PSF), com a permanência dos médi- cos durante 32h (trinta e duas horas), mais 8h presenciais para especialização e qualificação profissional, atingindo 40h (quarenta horas) semanais, passando a uma média de 240 consultas diárias. Implantação da Equipe Multidisciplinar de Atenção Domiciliar (EMAD). Entre várias ações, houve investimento significativo na qualificação profissional dos servidores do hospital municipal. Reforma do hospital municipal; realização de mais de dez mutirões da saúde; semana de atenção aos hipertensos, diabéticos e outras doenças crônicas; realização do dia D do Outubro Rosa e Novembro Azul e todos os PSFs estão com seus estoques de medicamento completo. LIMPEZA URBANA Ao assumir a prefeitura, o prefeito Amauri Ribeiro encontrou um caos generalizado na limpeza urbana e determinou às equipes de colaboradores agilidade na execução dos serviços de coleta de lixo, que ocorre agora em dois turno. Também criou a implantação da obrigatoriedade de caçambas para colocar entulhos (aos moradores que não têm condições, a Prefeitura de Piracanjuba disponibiliza as caçambas gratuitamente). LAZER A cidade tomou nova fisionomia, com praças e jardins bem cuidados; implantação de academias ao ar livre em seis praças, sendo duas na zona rural, todas para uso comunitário. O Parque Ecológico “Afonso Dias Fernandes Sobrinho – Fonfon” foi revitalizado, urbanizado e disponibilizado para exercícios físicos, pescaria em datas especiais, como no aniversário da cidade; foi construída uma área de lazer para as famílias passarem o dia junto à natureza; está em andamento a iluminação em toda a orla do lago e melhorias nos canteiros que contornam o lago (também em andamento). Na área de esporte e lazer, o governo de Piracanjuba, através da Secretaria de Esportes, Lazer e Turismo, tem apoiado os torneios de várias modalidades e oferecido aos atletas o apoio necessário para que tenham expressão no mundo dos esportes. Ao lado do lago, foi concluído e entregue à população o “Palácio das Orquídeas”, que estava há várias gestões condenado a ser um “elefante branco”. O prefeito Amauri Ribeiro não mediu esforços para a finalização desse trabalho. Piracanjuba-Açu: valorização da cultura presente no governo da cidade Em seis praças, foram construídas academias a céu aberto ZONA RURAL As estradas vicinais foram revitalizadas, dando maior condição de movimento e segurança aos moradores da zona rural. Chega a quase 20 a quantidade de pontes construídas com a parceria dos produtores de várias regiões, algo que nunca aconteceu na cidade. SEGURANÇA A segurança pública é uma das prioridades do prefeito Amauri Ribeiro. Para isso, ele cons- truiu a “Chefatura da Polícia Militar”; trouxe para a cidade, em parceria com o governo do Estado, um delegado fixo para o município, cinco agentes da Polícia Civil, um capitão da Polícia Militar (PM), um tenente (PM) e dez policiais (PM). O prefeito Amauri Ribeiro tem uma convivência respeitosa e participativa com o povo de Piracanjuba, pois todos estão empenhados na luta por uma cidade melhor, com justiça social, Estradas vicinais são patroladas e recuperadas Chefatura da Polícia Militar Saúde é prioridade: reforma do hospital municipal e construção da UBS, a ser entregue transparência e bem-estar permanente. Grandes obras e ainda na metade de sua gestão Nesses 25 meses de gestão, o prefeito Amauri Ribeiro, além de ter pago mais de R$ 6 milhões de dívidas herdadas de gestões anteriores, mostrou que é possível fazer as coisas acontecerem mesmo em meio a tantas dificuldades financeiras em que o município vive hoje. “Basta ter força de vontade e caráter”, diz o prefeito. Por essas e outras que o prefeito Amauri Ribeiro esteve entre “os melhores da política” em 2013 e 2014, escolhido pelas revistas Fala Prefeito e Prefeito em Destaque. Nos próximos anos, mais obras serão feitas e, com certeza, será alcançado um nível de cidadania digno e decente e politicamente ético. Esta é a gestão do prefeito Amauri Ribeiro, uma gestão justa, transparente e participativa, onde sua marca é o trabalho. Nós do ‘Gazeta’ não somos Charlie educação Z ero. É isso mesmo. 8,5% dos candidatos tiraram zero na redação do Enem. Não é piada. Não se faz piada com coisa séria (veja o Charlie Hebdo). Foram 529 mil alunos reprovados na redação. A culpa, segundo os especialistas de plantão, é dos alunos e dos professores e não de quem deu o tema “Publicidade Infantil”. Algum cabeção do Ministério da Educação deve ter tido a grande sacada e dado a sugestão, portanto, o pitaco é do governo. Publicidade Infantil. Assunto simples esse, que envolve, entre outras coisinhas, Semiótica, Teoria da Imagem, bem como a construção da cultura através da comunicação e consumismo, coisas banais para o ensino médio em nossas escolas, que têm reputação de estar entre as melhores do primeiro mundo. Parece piada. O tema é recente e não foi fácil e não é fácil em nenhum lugar do mundo, e implica uma questão que afeta não só o Brasil, mas o planeta inteiro. A obesidade infantil é um reflexo imediato dessa deslavada publicidade, e isso traz reflexo na saúde pública não só nos países ricos, mas nos países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil. O poder da mídia em modificar o comportamento de quem está na bica do consumo e indefeso contra as obscenidades dessa ciência chamada Publicidade e Propaganda, a criança, envolve: de bancos às fábricas de refrigerantes, passando por ursinhos de pelúcia, 2ª quinzena de janeiro de 2015 Ah nem, Enem! Reprodução/NBR TV Presidente do Inep, Francisco Soares; ministro da Educação, Cid Gomes; e o secretário do MEC, Luiz Cláudio Costa, em coletiva sobre o Enem quando não, animados por um bondoso Papai Noel vendendo uma garrafa de Coca-Cola. Tudo é estímulo para ferver o cérebro das crianças, despertando-as para a insaciável sede de consumo. Tudo isso constrói uma cultura, a do consumismo, que deságua em problemas como até mesmo suicídio. Pesquisadores americanos da Georgia State University dizem que 5,6% dos jovens estão insatisfeitos com o próprio corpo, o que levaria esses jovens a terem pensamentos suicidas e a probabilidade de tentativas efetivas chegam a 3,2%. Vale lembrar que os problemas com a obesidade começam na infância. Dificilmente uma pessoa educada com hábitos saudáveis irá se desviar de uma conduta que preserve a própria saúde. CAPITALISMO Para o capitalista desenfreado, o consumismo deverá sempre ser estimulado, desde a infância, para a sobrevivência das corporações e para que o ciclo econômico não se interrompa e o mercado mantenha sua alta rotatividade, sustentando a economia. (Veja o caso da batatinha frita chamada Ruffles). Por isso devemos educar nossas crianças para o consumo, despertando nelas um desejo profundo de ter e comer. A construção dessa consciência cultural, já na infância, prepara o homem para a modernidade em que estamos atolados – ironia à parte, é o que dizem os comerciais. O tema da redação, pouco divulgada pela imprensa – parte interessada em manipular crianças e adolescentes para o consumo e benefício de seus cliente –, ficou restrito aos fóruns de debate privado, longe da opinião pública, portanto, de quem fez a tal redação. A imprensa jamais teria interesse em trazer a público questão de tamanha relevância para a sociedade brasileira, talvez por isso o jovem que fez o Enem estivesse tão alheio ao tema. LEGISLAÇÃO O Conselho Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) não é reconhecido pelos meios de produção de mídia publicitária para essa destinação, a de regular o mercado, mas países desenvolvidos apresentam, conforme o próprio texto do Enem, certa regulação para a produção publicitária, que, segundo o texto III da prova, aborda o direito do consumidor. Uma necessidade de se construir um cidadão capaz de se autodeterminar sobre seu Nós do ‘Gazeta’ não somos Charlie papel como consumidor e até mesmo de sua responsabilidade ambiental – assunto que sequer perpassou pela síntese da prova. Mas o cabresto moral estava lá, no terceiro quesito de des- classificação, proibindo a livre manifestação do pensamento. Uma prova de que no Brasil se quer educar por força de lei e não através de uma consciência plural e livre, construída sobre valores de uma sociedade assertiva, inclusive imputando responsabilidades. O texto diz que “receberá nota zero a redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos”. Para uma sociedade que educa de forma esclarecida, uma imposição como essa seria desnecessária, mas no Brasil temos uma necessidade absurda de leis e de normas para regulamentar a sociedade exatamente porque o Estado não tem o altruísmo necessário para prover uma educação que desperte o básico do pensamento humano, ou seja, os tais direitos humanos. 8 POLÍTICA 2ª quinzena de janeiro de 2015 Marconi, a bola da vez da Rede Globo Q uando a Rede Globo deu um golpe de Estado branco no Brasil, ao eleger Fernando Collor de Mello, o inoxidável caçador de marajás das Alagoas, o País inteiro aplaudiu, tanto que Collor foi eleito. Logo em seguida, a mesma Globo, temendo o erro em que incorrera, levou-o ao cadafalso da execração pública e puxou a alavanca do patíbulo, e ele, o herói fabricado às expensas da mídia, foi enforcado pelos Caras-Pintadas. O Congresso, com a verruma da opinião pública, capitulou ao provocar seu impeachment. O País aplaudiu de novo, afinal, Collor era corrupto. Para o bem da história, é bom que se diga, condenado sem provas, segundo o STF, um lugar onde se imagina que se proceda justiça – imagina-se. Collor caiu por questões políticas, isso é fato. Pois bem. Afora a Fiat Elba, uma bobagem, nada tem prosperado contra ele, tanto que o ex-presidente Fernando Collor de Mello foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) da acusação por desvios em contratos de publicidade ocorridos durante Geraldo Magela/Agência Senado Seria Marconi um projeto global para 2018? seu governo. A ministra relatora Cármen Lúcia rejeitou a teoria do Domínio do Fato apresentada pela Procurado- ria-Geral da República (PGR) alegando falta de provas concretas de que o ex-presidente tivesse conhecimento de ativi- Futebol, homicídio e política Acusado de mandar assassinar, em 2012, o radialista Valério Luiz, filho de Mané de Oliveira, comentarista esportivo, o cartorário Maurício Sampaio foi eleito presidente do Atlético Clube Goianiense, com o apoio do deputado federal Jovair Arantes (PTB), que se elegeu como presidente do conselho deliberativo do clube. Quem está também no meio desse negócio é Alcides Ribeiro (PSC), dono da Unifan, que agora tem curso de Medicina. Professor Alcides, como é conhecido, foi candidato à vice em chapa com Vanderlan Cardoso (PSB). Nos bastidores da imprensa, há uma pergun- João Paulo Di Medeiros / MEI João Paulo Bezerra Di Medeiros / Divulgação O futebol brasileiro está, de fato, muito bem servido, a medir pelos seus dirigentes. Na foto, os principais da “tchurma eleita”: Jovair Arantes, Maurício Sampaio, Alcides Ribeiro e demais “colegas” ta que não se cala: qual o envolvimento dessas pessoas (políticos) com Maurício Sampaio e até onde pode chegar a ruína do futebol brasileiro? A medir por essa eleição no Atlético, os 7x1 que tomamos da Alemanha na Copa do Mundo foram pouco. PERIGO CONSTANTE Segundo o site Rota Jurídica, com informações publicadas em O Popular, Maurício ameaçou de morte o interventor de seu cartório, Irismar Dantas de Souza, por ele ter demitido a esposa do ex-dono do cartório. Segundo o site, o interventor fez um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) para se precaver do acusado de ter mandado cometer o assassinato de Valério Luiz. A imprensa séria do Estado diz que vai boicotar o Atlético, que nada teria a ver com isso. A ideia é não dar cobertura ao clube. Essa editoria entende que o que se deve fazer é esgarçar ao máximo para a opinião pública as ações dessa diretoria empossada, para que, até que seja julgado o caso pelo júri popular, a população goiana não esqueça que o atual presidente é acusado de ter mandado assassinar o radialista Valério Luiz. Nós do ‘Gazeta’ não somos Charlie dades criminosas. Esse prelúdio textual serve apenas para mostrar que a história se repete, porém, agora em Goiás. Marconi Perillo (PSDB) é a bola da vez. A Globo, aqui e ali, vem posicionando Goiás na sua grade de transmissão e faz de nosso Estado uma vitrine. De forma positiva ou negativa, Goiás é a bola da vez. Esse é o primeiro passo para o destaque final: mostrar a ilha de excelência produzida nos governos de Marconi Perillo. Logicamente que entre Marconi e Collor há uma diferença brutal. Collor nunca teve história pujante como Marconi. Com as derrotas sucessivas enfiadas no PT e no PMDB no Estado, o governador mostra ao País sua viabilidade política – é um vencedor e, de quebra, do PSDB. Com o enxugamento da máquina estatal, cortes nos gastos de custeio, investimentos em transporte público, e uma reforma fiscal que atenda à indústria, o governador será a mercadoria política dos sonhos a ser oferecida pela Globo na sua vitrine noticiosa. É só esperar. 9 nacional Seria a Opus Dei uma religião tucana? A Opus Dei (Obra de Deus), fundada na Espanha em 1928 pelo iluminado Josémaria Escrivá de Balanguer, um padre que, segundo os críticos mais agudos dessa seita, foi um personagem ao modelo da antiquada Santa Inquisição. Tido como louco, mas nem tanto, haja vista que a Opus Dei é prelazia particular do Papa e só a ele deve obediência, possuindo inclusive autonomia, Escrivá foi canonizado de forma meteórica por João Paulo II – em apenas dez anos –, ao passo que outros “santos” levam até séculos para alcançar tamanha graça de sua santidade, o Papa. Por trás do esquema de sua canonização estava ninguém menos do que Joseph Ratzinger, ex-chefe da repressora Congregação para a Doutrina da Fé e futuro papa Bento XVI. Divinamente iluminado, Escrivá escreveu uma peça teológica bastante curiosa que resultou em um livro chamado Caminho, que ensina entre outras coisas, que a dor é um meio de santificação. Dan Brown, em seu O Código Da Vinci, tripudia sobre o assunto e mostra o estranho monge Silas, da seita Opus, passando pelo suplício voluntário através do cilício (instrumento de penitência preso à coxa do fiel) enquanto persegue os inimigos de Deus. A cena do filme, com base no livro de Dan Brown, dirigido por Ron Howard, com Tom Hanks no papel de Robert Langdon, um professor de Harvard, mostra por alto o sadomasoquismo da religião católica e a que ponto chega a loucura em nome de Deus. (Cabe aqui dizer que não são apenas os muçulmanos os fanáticos religiosos. As penas e suplícios a que se infligem nessa religião dão a nota exata do que é o fanatismo em qualquer cultura). As muitas ilações sobre a Opus Dei dão a ela o necessário para se criar a sua volta uma aura de mistério, coisa tão necessária para a instigação da curiosidade pública. Com o filme, a Opus Dei conseguiu projeção mundial e hoje está na boca miúda da imprensa, tanto que um de seus representantes chegou a Goiânia para o exercício de funções até então desconhecidas. Trata-se do novo bispo da Arquidiocese, d. Levi Bonatto. Já existem línguas dando conta de que ele traz no seu catecismo o interesse de influenciar na estruturação da igreja goiana sabidamente petista. Seria a Doutrina da Fé contra a Teologia da Libertação, que tem em Leonardo Boff seu veemente profeta. Como certas coisas geram especulações de todos os lados – a medir pelas diretrizes políticas em Goiás, sob a batuta do PSDB –, há uma inquietação na surdina: em Goiás, devido à interferência da Opus Dei no cenário político e na imprensa brasileira, alguns já se perguntam se o tucanato de alta plumagem foi cooptado pela seita. Geraldo Alckmin, governador de São Paulo e do PSDB, é sectário não confesso da ordem. Isso tem deixado transparecer a força da denominação religiosa no círculo político brasileiro. A pergunta que fica depois dessa missa é se há algum político do PSDB goiano iniciado pela Opus Dei em Goiás? ENERGIA A conta que o PT apresenta Há dois anos, o PT, em uma medida eleitoreira, reduziu as tarifas de energia e agora terá que liberar geral. Não haverá repasse do governo para o lobby de empresas que dominam o sistema elétrico brasileiro, coisa de R$ 9 bilhões. Com isso a conta cai, como sempre, no bolso do contribuinte. A energia estava sendo subsidiada e todos os economistas do País alertaram que isso seria mais um tiro no pé. Mas como diz a música: “Tô nem aí, tô nem aí.” O governo não errou, ele sabia o que estava fazendo, mas para reforçar na cabeça do idiota que vota no PT que esse partido tabajara é a solução para seus problemas, ele baixou a conta de luz, fazendo ponte entre esse tipo de eleitor e a urna que elegeria a presidenta Dilma. Feito o estrago, toma o remendo. A coisa boa é que esse tipo de eleitor que vota no PT não terá um reajuste muito agressivo. O governo deve escalonar o aumento na conta de quem pode pagar mais, ou seja, a classe média, que não tolera esse partido. Nós do ‘Gazeta’ não somos Charlie 2ª quinzena de janeiro de 2015 10 Divulgação Silas (Paul Bettany), o monstro da fé descrito por Dan Brown em O Código Da Vinci: o quanto de real existe nessa ficção? Josémaria Escrivá de Balanguer, fundador da Opus Dei: em tempos de intolerância, o que dizer dele? ENTREVISTA 2ª quinzena de janeiro de 2015 11 Arthur Rios - Opus Dei Divulgação D e aspecto sinistro, a seita católica chega à arquidiocese de Goiânia através do bispo d. Levi Bonatto. Polêmico e com muitas pontas a serem aparadas e fornecendo uma série de ganchos para todo tipo de especulação, o advogado Arthur Rios publicou dia 20 de dezembro de 2014 um artigo revelador: a presença da Opus Dei na Capital. Com o título ‘A Opus Dei chega a Goiânia’, o artigo foi publicado em O Popular. Com exclusividade, ele concedeu entrevista à Gazeta Universitária: SAÚDE Nosso cérebro, que parece ter vida própria, às vezes precisa ser enganado, e é exatamente isso que propõem os pesquisadores do Instituto Salk (EUA) para dar um jeito nos gordinhos gulosos e preguiçosos – aqueles que não querem malhar e comer menos e com mais qualidade ou os que padecem de obesidade mórbida. Os pesquisadores, coordenados por Ronald Evans, diretor do Laboratório de Expressão Gênica de Salk e autor principal da pesquisa publicada na revista Nature Medicine, descobriram esse meio de enganar o cérebro. O senhor diz que o bispo já implantou a OD em outras cidades, quais foram? Está no site da organização. Na apresentação de d. Levi Bonatto, a cidade de Londrina-PR e outras são citadas. Josémaria Escrivá, com seu ‘Caminho’, seria um apologista da Santa Inquisição para os tempos modernos? Não, absolutamente. O culto à dor, pregado por ele como meio de santificação, encontra aceitação no segmento católico, como o senhor avalia isso? No Evangelho de Paulo (1TS.4,3ª), temos: “Esta é a vontade de Deus, a vossa santificação”. Portanto, há aceitação. A morte de Cristo na cruz é um momento de muita dor e amor pela humanidade. O cálice da dor não foi afastado. A OD faz frente à Teologia da Libertação? Não digo que faça frente. É uma maneira diferente de se encarar o que deve ser primeiro no tempo, na ordem e na prioridade da igreja. De um lado, a OD vem afirmar que a ‘melhora’ humana pode ser alcançada pelo sacrifício e pela dor, já a Teologia da Libertação busca fazer valer os direitos humanos, principalmente com relação à distribuição de renda das classes C, D e E. Nesse contexto, poderia se afirmar que há uma clara divergência política dentro da igreja? Poder-se-ia dizer que uma teologia é mais conservadora (O.D.) e a outra, mais revolucionária (T.L.). Divergências existem em todos os segmentos sociais. Na hierarquia católica, a Teologia da Libertação sempre foi combatida, in- clusive pelo Papa Bento XVI. A igreja não deveria estar ao lado dos pobres? Penso que combater a T.L. não significa que a igreja não esteja ao lado dos pobres e oprimidos e contra os opressores, numa luta em busca de justiça. O que se combate na T.L., pelo que sei, são os fundamentos marxistas. A luta de classes. A OD é uma instituição secreta, isso cria diversas ilações sobre sua forma de atuar e agregar novos membros, inclusive ela é acusada de fazer verdadeira lavagem cerebral em seus seguidores. Quanto de verdade há sobre isso? Não sei se a OD pode ser conhecida como uma instituição secreta. É uma prelazia direta do Papa. Todas as organizações, religiosas ou não, fazem proselitismo para conseguir adeptos. A expressão lavagem cerebral talvez seja um ponto de vis- ta daqueles que são contra o princípio para o qual se faz o proselitismo. O senhor disse que a OD sabe sensibilizar os políticos, os profissionais e os religiosos. Que o senhor quis dizer exatamente com isso? Ela teria métodos escusos de atuação e convencimento, como a chantagem, por exemplo? A história da OD é de muita sensibilização social exitosa, principalmente na Espanha. Não acredito que tenha usado métodos escusos em toda a sua existência e atuação. Em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin, do PSDB, já deu declarações de que não pertence a essa seita católica, mas segundo a revista Época de 2006, em matéria assinada por Eliane Brum e Ricardo Mendonça, o tucano já cedeu até o Palácio dos Bandeirantes para reuniões da seita. Qual seria a ligação desse segmen- Solução para os gordinhos O remédio, na verdade uma pílula, mais parece uma invenção encontrada nos melhores filmes de ficção científica – aqueles comprimidos que astronautas tomam para ficar por dias bem alimentados, só que nesse caso o efeito é inverso, o tal comprimido tira a vontade de comer. A experiência foi feita, “por enquanto, em ratos”, mas logo será testada em humanos. A “Refeição Imaginária”, que é como eles apelidaram a invenção, possui um composto chamado Fexaramina, que controla o diabetes, pois diminui os níveis de açúcar no sangue e o colesterol. A Fexaramina não penetra na corrente sanguínea, permanecendo apenas no aparelho digestivo, o que reduz os efeitos colaterais. “A pílula é como uma refeição imaginária”, compara Ronald Evans, diretor do Laboratório. “Ela manda os mesmos sinais que normalmente ocorrem quando a pessoa come uma grande quantidade de alimentos, de modo que o corpo começa a abrir espaço para estocá-los. Mas não há calorias nem mudanças no apetite, então, consequentemente, há perda de peso.” A Fexaramina ativa uma proteína chama- da receptor farensoid X (FXR), que controla a liberação de ácidos biliares do fígado, a digestão do alimento e o estoque de gorduras e açúcares. Outras drogas contra a obesidade bloqueiam a absorção de gordura, já esta queima seu excesso. O laboratório de Evans trabalha há 20 anos com o FXR, mas há outros centros de pesquisa que também estão estudando drogas com função parecida. No Brasil, mais de 50% da população já enfrenta problemas com o peso corporal, uma medicação como essa poderia to católico com a política brasileira? Ela estaria se imiscuindo em questões de Estado no Brasil? O Palácio dos Bandeirantes, como próprio público, já deve ter sido palco de reuniões das mais diferentes matizes políticas, religiosas ou sociais. Não creio que a OD se imiscua em questões do Estado no Brasil, assim como outros segmentos, como a Teologia da Libertação, não se imiscuem. A maçonaria é uma força antagônica ao OD? Não acredito. O senhor é maçom? Não sou maçom. Admiro muito aqueles que o são, assim como a história da maçonaria. Arthur Rios é advogado, jornalista e professor aposentado da UFG; autor dos livros: Manual do Direito Imobiliário; Direito e Justiça e Responsabilidade Civil pelo Risco Profissional www.salt.edu Ronald Evans, diretor do Laboratório de Expressão Gênica de Salk e autor principal da pesquisa publicada na revista “Nature Medicine” em tese ser a solução para vários casos, mas de nada adiantaria se os hábitos alimentares e o estilo de vida não forem modificados, afirma Isabela Bussade, endocrinologista e professora da pós-graduação de Endocrinologia da PUC-Rio. Nós do ‘Gazeta’ não somos Charlie artigo 2ª quinzena de janeiro de 2015 12 Charlie Hebdo: a falácia do discurso jornalístico waldemar rêgo O que é este artigo contra bilhões de mentes ajoelhadas perante deus – um deus chamado Mídia Formadora de Opinião? Primeiro, a humanidade é podre e é podre porque pimenta no c... dos outros é refresco. Eu posso falar mal do outro até que ele, nutrido de um ódio profundo por mim, me ataque e me mate. Então ele passa a ser visto como terrorista e eu, como vítima da intolerância. Se para os ocidentais, Maomé é passível de chacotas, o Jesus católico não o seria? Que tal uma charge de um Jesus “viado” (da palavra desviado) beijando outro viado? Ou a imagem de uma santa sendo chutada por um evangélico para desmerecer uma crença? Ou até mesmo o repúdio da sociedade goiana ao ver bonecos que representam figuras do candomblé espetadas no lago Vaca Brava? Nossa hipocrisia não tem limites, principalmente quando se trata do tal direito à liberdade de imprensa. Essa liberdade seria expor o outro ao ridículo até que, tomado de ódio por mim, ele me agrida? Insisto na pergunta. Os valores ocidentais de nossa cultura judaico-cristã têm por base a evolução de um espírito cientificista que não aceita o arcaísmo muçulmano com sua teologia pré-medieval em pleno século XXI, não só o islamismo, mas qualquer crença não conforme com nossa “modernidade” liberticida. Não gostamos da religião do preto, do judeu, do árabe e mais: não gostamos de crentes, principalmente Testemunhas de Jeová. Rimos da suposta ignorância contida na fé islâmica como se a nossa fosse superior, sendo que a religião sempre foi, na história, a desgraça da humanidade. E a imprensa, com seu direito de falar o que quiser sem ser punida? Sim, se erramos, depois fazemos aí uma notinha de reparo, coisa costumeira, para o desagravo desta ou daquela figura pública. O que se vê no Charlie Hebdo é a irresponsabilidade como resultado Divulgação / Chalie Hebdo. de uma sociedade libertina como é a francesa, na qual se espelhou, em grande parte, o liberalismo ideológico dessa cultura ocidental chamada de “nossa” e que se tornou aos poucos em libertinagem irresponsável ao ponto de permitir o imiscuir-se no foro íntimo da fé alheia para dela fazer chacota e sucesso como jornalismo irreverente, mas que na verdade nunca passou de bullying midiático. Lógico, nada justifica o terrorismo, o assassínio de pessoas inocentes e a violência, mas nada também justifica a ofensa gratuita. Isso nos lembra o eterno 11 de setembro. E aí, toma outra pergunta: por que o muçulmano mata? É fácil pôr a culpa no petróleo, mas o observável é que o “árabe” é violento por natureza. Isso é o que sempre nos mostrou o cinema americano, a grande mídia, assim como outras “nações inimigas” ou potencialmente não conforme com nossas diretrizes “democráticas para o mundo”. Enfim, os grandes formadores de opinião – os construtores dessa “cultura ocidental”. Por aí vai a irrespondível pergunta. O caso Charlie Hebdo suscita a polêmica do direito a uma imprensa livre que tem de tudo, menos ética. Aqui vale lembrar que os meios de comunicação possuem, de um modo geral, duas éticas: uma para dentro e outra para fora, e nesse caso, nenhuma, porque ao receptor da notícia é dado saber apenas o que é interessante para um desses lados dessa “suposta ética”. A informação como subsídio da construção cultural é desviada pelo canal da irresponsabilidade, da ideologia, da questão financeira, das rotinas de produção da notícia, e por aí vai, coisa enormemente discutida em qualquer escolinha de jornalismo. Waldemar Rêgo é escritor, jornalista e artista plástico – [email protected] Deus, Filho e Espírito Santo. O desrespeito aos valores humanos.
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