Total Banco
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ESTRITAMENTE PRIVADO E CONFIDENCIAL TotalBanco Consultoria e Sistemas S.A. Laudo de Avaliação da Empresa Data base: 30/11/2009 À Diretoria da TOTVS S.A. São Paulo – SP 20 de janeiro de 2010 Atenção: Sr. Gilsomar Maia Gestor de RI, Fusões e Aquisições / IR, M&A Manager Assunto: Laudo de Avaliação da Empresa Prezados senhores, Atendendo a solicitação de V.Sa. e de acordo com o nosso entendimento, efetuamos a avaliação a valor de mercado da empresa TotalBanco Consultoria e Sistemas S.A., na data base de 30/11/2009, conforme relatório anexo. Atenciosamente, Paulo César Domingues Chagas Reinaldo Fernandes Cerri 2 Introdução Parecer de Avaliação do Valor da Empresa Análise de Sensibilidade Empresa Alvo Avaliada Análise Setorial Metodologia de Avaliação Premissas de Projeção de Desempenho da Empresa Cálculo da Taxa de Desconto Demonstrações Econômicas e Financeiras Background Bibliografia e Referências 3 Introdução Este Relatório de Avaliação foi preparado pela Adviser Auditores Independentes (Adviser) com o propósito de estabelecer o Valor de Mercado da TotalBanco Consultoria e Sistemas S.A., (TotalBanco). Esta avaliação não representa uma proposta, solicitação ou recomendação de aquisição por parte da Adviser, sendo a decisão de adquirir ou não a empresa, de responsabilidade única e exclusiva dos executivos da TOTVS S.A. (TOTVS), não podendo a Adviser ser responsabilizada por qualquer decisão tomada por eles. Embora todo cuidado tenha sido tomado para assegurar que os fatos e opiniões expressos neste relatório tenham sido claras e precisas, a Adviser não verificou de forma independente todas as informações da empresa avaliada. As informações deste relatório serão mantidas em sigilo absoluto pela Adviser para preservar a estratégia de negócio das empresas envolvidas, bem como a TOTVS não poderá reproduzi-lo na integra ou em parte sem autorização da Adviser, e ainda, não poderá utilizá-lo para quaisquer outros fins que não seja o da transação em questão. As projeções aqui descritas refletem algumas suposições em relação aos resultados esperados que estão sujeitos às incertezas e adversidades que podem ocorrer na economia como um todo ou somente em determinados setores do mercado. Eventuais informações não disponibilizadas, incorretas ou omitidas podem gerar impacto na avaliação efetuada. Contudo, a Adviser não poderá ser responsabilizada caso este fato tenha ocorrido, por isso, a responsabilidade pela veracidade de tais informações é única e exclusiva dos executivos das empresas envolvidas. 4 Introdução Critérios de Avaliação Escopo Para o cálculo do valor da empresa, utilizamos o critério de Fluxo de Caixa Descontado, uma vez que esta metodologia é a mais adequada para a determinação do valor econômico de uma empresa em atividade e com expectativas de resultados futuros positivos. Base de Informações Foram utilizadas as informação para a financeira da empresa: seguintes avaliação fontes de econômico- • Balanços não auditados de 2007 e 2008; • Balancete de janeiro a novembro/2009; • Relatórios gerenciais; • Informações escritas e verbais apresentadas pelos executivos da TotalBanco e da TOTVS; e O escopo do trabalho contemplou os seguintes procedimentos : • Análise das demonstrações contábeis não auditadas; • Análise de empresa; • Entrevistas com os principais executivos das empresas envolvidas para obter entendimento da operação; • Elaboração de modelo de avaliação; • Estimativa do valor econômico da empresa alvo. relatórios gerenciais da 5 Introdução Parecer de Avaliação do Valor da Empresa Análise de Sensibilidade Empresa Alvo Avaliada Análise Setorial Metodologia de Avaliação Premissas de Projeção de Desempenho da Empresa Cálculo da Taxa de Desconto Demonstrações Econômicas e Financeiras Background Bibliografia e Referências 6 Parecer de Avaliação do Valor da Empresa Conforme metodologia adotada e de acordo com as premissas utilizadas, o valor estimado para a empresa TotalBanco Consultoria e Sistemas S.A., na data-base de 30 de novembro de 2009, foi estabelecido em: em R$ mil Valor da Empresa 25.656 Valor da Empresa Proporcional em 70% 17.959 Salientamos que esta avaliação está fundamentada em premissas fornecidas pelos executivos das empresas alvo e da adquirente, ajustadas segundo nossa análise, para determinação do valor justo de mercado da empresa. Ressaltamos ainda que esta Avaliação não se constitui em uma auditoria ou uma due diligence de informações econômicas e financeiras da TotalBanco, no entanto, sempre que necessário foi analisada a consistência das informações disponibilizadas. São Paulo, 20 de janeiro de 2010. ADVISER AUDITORES INDEPENDENTES Paulo César Domingues Chagas CRC 01 SP 132.722/O-2 Reinaldo Fernandes Cerri CRC 01 SP 193.188/O-8 7 Introdução Parecer de Avaliação do Valor da Empresa Análise de Sensibilidade Empresa Alvo Avaliada Análise Setorial Metodologia de Avaliação Premissas de Projeção de Desempenho da Empresa Cálculo da Taxa de Desconto Demonstrações Econômicas e Financeiras Background Bibliografia e Referências 8 Análise de Sensibilidade Para uma melhor análise do posicionamento do valor da empresa, apresentamos uma análise de sensibilidade, considerando as variáveis : Taxa de Desconto; e Taxa de Crescimento na Perpetuidade. Análise de Sensibilidade - Valor da Empresa em R$ mil Taxa de Desconto - WACC 7,75% 33.147 31.138 29.354 27.761 26.329 25.035 23.861 7,25% 32.086 30.230 28.573 27.085 25.740 24.521 23.409 6,75% 31.142 29.418 27.870 26.473 25.205 24.051 22.995 6,25% 30.296 28.686 27.234 25.916 24.716 23.619 22.613 6,00% 29.906 28.347 26.937 25.656 24.487 23.417 22.433 5,75% 29.535 28.024 26.654 25.408 24.268 23.223 22.261 5,50% 29.182 27.716 26.384 25.170 24.058 23.036 22.094 5,25% 28.846 27.422 26.126 24.941 23.855 22.856 21.934 5,00% 28.525 27.140 25.878 24.722 23.661 22.683 21.780 Análise de Sensibilidade - Valor Proporcional em 70% (R$ mil) Taxa de Desconto - WACC 15,81% 16,31% 16,81% 17,31% 17,81% 18,31% 18,81% Taxa de Crescimento na Perpetuidade Taxa de Crescimento na Perpetuidade ##### 15,81% 16,31% 16,81% 17,31% 17,81% 18,31% 18,81% 7,75% 23.203 21.796 20.548 19.432 18.430 17.525 16.703 7,25% 22.460 21.161 20.001 18.959 18.018 17.164 16.386 6,75% 21.799 6,25% 21.207 20.593 20.080 19.509 19.063 18.531 18.141 17.644 17.301 16.835 16.534 16.096 15.829 6,00% 20.934 19.843 18.856 17.959 17.141 16.392 15.703 5,75% 20.675 19.617 18.658 17.785 16.988 16.256 15.582 5,50% 20.427 5,25% 20.192 19.401 19.195 18.469 18.288 17.619 17.459 16.840 16.699 16.125 15.999 15.466 15.354 5,00% 19.968 18.998 18.115 17.306 16.563 15.878 15.246 9 Introdução Parecer de Avaliação do Valor da Empresa Análise de Sensibilidade Empresa Alvo Avaliada Análise Setorial Metodologia de Avaliação Premissas de Projeção de Desempenho da Empresa Cálculo da Taxa de Desconto Demonstrações Econômicas e Financeiras Background Bibliografia e Referências 10 Empresa Alvo Avaliada A Empresa A TotalBanco Consultoria e Sistemas S.A., Sociedade por Ações”, com sede à Rua dos Andradas, 1001 – 9º andar, sala 901 – Porto Alegre/ RS, foi fundada em 1998 pelo Srs. Carlos Zen, Paulo Ricardo Martins, Tânia Zen e Maria Helena Davila Gabbardo, cujos atos constitutivos acham-se arquivados na Junta Comercial do Estado do Rio Grande do Sul sob o NIRE 43.201527893 e inscrita no CNPJ sob o nº 92.205.368/0001-04. Tipo de Sociedade e Capital Social Em 03/09/2009, os sócios decidiram transformar o tipo societário da sociedade, de “Sociedade por Quotas de Responsabilidade Limitada” para “Sociedade por Ações”, bem como alterar a denominação social de TotalBanco Consultoria e Sistemas Ltda. para TotalBanco Consultoria e Sistemas S.A., conforme sua 14ª Alteração Social registrada sob o no 3215486 em 17/11/2009. O capital social permaneceu inalterado em R$ 500.000,00, ou seja, em 500.000 ações ordinárias nominativas e sem valor nominal, subscritas e integralizadas na exata proporção das respectivas quotas dos sócios Estrutura Acionária em 03/09/2009 Acionitas Carlos Zen Paulo Ricardo Martins Tânia Ligocki Zen Maria Helena Davila Gabbardo Fernanda Ligocki Zen Adriano Bernardon Jeanne Cristina Bezerra Lima Ferreira Adriana Nascimento Zago Joice Gregis Likoski Total Ações ON Quant. Part. 196.251 39,25% 137.519 27,50% 64.990 13,00% 64.990 13,00% 15.000 3,00% 8.750 1,75% 7.500 1,50% 2.500 0,50% 2.500 0,50% 500.000 100,00% 11 Empresa Alvo Avaliada A TotalBanco atua com licenciamento de aplicativos para o setor financeiro, customizações sob demanda e consultoria especializada para instituições como: Financeiras, Bancos, Cooperativas de Crédito e Agências de Fomento. Plataforma Integrada de Produto A TotalBanco oferece soluções em três linhas de negócios: TotalBanco: atendendo a bancos comerciais, bancos de investimentos e financeiras; e TotalCard: voltada para administradoras de cartões e financeiras como emissoras,varejistas e microcrédito; e TotalCoop: crédito. abrangendo as cooperativas de 12 Empresa Alvo Avaliada Plataforma Integrada de Produto Estrutura de Pessoal Modular – A plataforma é divida em módulos de negócio independentes que podem ser adquiridos em conjunto ou separadamente. Composta por 135 colaboradores, sendo 100 em regime CLT, 2 estagiários e 33 PJ (Pessoas Jurídicas). Integrável – Todos os módulos mantém integração entre si, permitem fácil integração com o legado, às demais instituições financeiras e outras soluções de mercado. Do montante de colaboradores 8 são gerentes que representam aproximadamente 13% do valor total dos salários brutos da folha de pagamento de setembro/2009. Independente de Banco de Dados – A solução pode ser executada nos principais banco de dados do mercado. Segurança Unificada – O controle de acesso e autenticação de usuários são gerenciados de forma centralizada, facilitando controle e reduzindo riscos. Clientes Possui um Carteira com 50 clientes do segmento financeiro, sendo que três deles (Cobra Tecnologia, Banco do Estado do Pará e Banco Votorantin) representam cerca de 30% do faturamento bruto. 13 Empresa Alvo Avaliada As Receitas Brutas de Serviços (ROB) do período de 2007 a 2008 apresentaram um crescimento médio anual de 21,5%. 14 Empresa Alvo Avaliada A TotalBanco não controla os custos separadamente, considerando apenas um grupo de Despesas Operacionais, sub-dividido em: Descrição Despesas c/ Pessoal Despesas Administrativas Despesas Tributárias Total 2007 4.784 4.151 30 8.965 Part. 53,4% 46,3% 0,3% 100,0% 2008 4.962 6.480 6 11.447 Part. 43,3% 56,6% 0,0% 100,0% nov/2009 6.201 5.423 60 11.684 Part. 53,1% 46,4% 0,5% 100,0% 15 Empresa Alvo Avaliada 16 Introdução Parecer de Avaliação do Valor da Empresa Análise de Sensibilidade Empresa Alvo Avaliada Análise Setorial Metodologia de Avaliação Premissas de Projeção de Desempenho da Empresa Cálculo da Taxa de Desconto Demonstrações Econômicas e Financeiras Background Bibliografia e Referências 17 Análise Setorial O Mercado de TI “2008-2009 apresentou a mais severa recessão econômica de gerações, e a indústria IT sofreu um grande declínio, comparado apenas com o que ocorreu em 2001, com a bolha das Dot-COM...” Esse foi o parágrafo de abertura do relatório “Gartner Perspective: IT Spending 2010” para iniciar suas projeções de investimentos em TI a partir de 2010, que em resumo traz a expectativa de crescimento gradual a partir do final de 2009 até 2011 como resultado de uma série de pacotes de estímulos governamentais por todo o mundo, e, a partir de 2012 e 2013 um crescimento mais substancial promovido pela recuperação econômica. Essas expectativas variam pouco de uma região para outra e, também, com poucas variações para as verticais de negócios. ”A economia global conta com o inicio de uma gradual restauração que se inicia antes do fim do ano. Entretanto, o sincronismo e a força da recuperação variarão através das regiões, com a Ásia liderando, seguido pelos EUA e Europa, respectivamente. Também irá variar através das indústrias, com o mercado consumidor se revitalizando primeiro, seguido pelos setores de equipamentos, de moradia e negócios”. No contexto da indústria de software especificamente para a vertical financeira, observa-se que, depois de muitos projetos adiados, cancelados ou reestruturados, novos conjuntos de prioridades e estratégias se tornaram mais evidentes no final de 2009. Segundo o IDC Brazil Financial Insights são quatro os principais desafios do segmento: Eficiência Operacional: Relacionamento com Cliente: Gestão dos Riscos: Integração (M&A): A sobrevivência dependerá da habilidade de “fazer mais com menos”. Entender e atender os clientes com relação a produtos e canais de atendimento será crucial para determinar os líderes da indústria. A identificação adequada e o gerenciamento dos riscos determinarão não apenas a sobrevivência das instituições, mas seu sucesso no longo prazo. Quais as implicações para as instituições adquiridas e adquirentes. 18 Análise Setorial O Mercado de Software e Serviços Segundo o relatório ABES, o mercado mundial de software e serviços atingiu, em 2008 o valor de U$ 872,8 bilhões e o Brasil ficou em 12º lugar no ranking mundial com um mercado interno de U$ 14,67 bilhões, equivalente a 0,96% do PIB brasileiro daquele ano. Deste total, foram movimentados 5 bilhões em software, o que representou perto de 1,68% do mercado mundial. Os restantes 10 bilhões foram movimentados em serviços relacionados. 19 Análise Setorial Em resumo o mercado brasileiro apresenta as seguintes características: Software Divisão por Mercado Comprador de Software (Doméstico) • Mercado Total de US$ 5,07 bilhões. • Crescimento anual médio CAGR de 21% ao ano entre 2004 e 2008. • • Origem Representa 1,68% do mercado mundial. Atendido em 32,5% desenvolvidos no país. por programas • Exportação de US$ 82 milhões em licenças. • Conta com 6.517 empresas exploração econômica. dedicadas à Volume Participação Variação Indústria 1.193 23,9% +13,7% Comércio 422 8,5% -1,0% Agroindústria 102 2% +39,7% Governo 350 7% +8,0% Finanças 1.232 24,7% +41,4% Serviços 603 12,1% -7,0% Óleo e Gás 302 6,1% +29,1% Outros 784 15,7% +57,7% 4.988 100% 21,0% Total 20 Análise Setorial Serviços • Divisão por Mercado de Serviços Mercado Total de Us$ 9,94 bilhões. Origem • Crescimento anual médio CAGR de 29% ao ano entre 2004 e 2008, 43,4% em 2008. • Representa 1,72% do mercado mundial. • Exportação de US$ 258 milhões . • Conta com 1.978 empresas exploração econômica. dedicadas à Indicadores Gerais de TI Mercado Total de TI no Brasil US$ 29,3 bilhões Representa 1,99% do mercado mundial e 48,0% do mercado AL. 11,8 milhões de PC’s vendidos em 2008. 44 milhões de PC’s compõe a base instalada. 58 milhões de usuários da Internet. Participação Consultoria 1.093 11% Integração de Sistemas 2.784 28% Outsourcing 3.380 34% Suporte e Implementação 2.385 24% 298 3% 9.940 100 Educação e Treinamento Total Volume 21 Introdução Parecer de Avaliação do Valor da Empresa Análise de Sensibilidade Empresa Alvo Avaliada Análise Setorial Metodologia de Avaliação Premissas de Projeção de Desempenho da Empresa Cálculo da Taxa de Desconto Demonstrações Econômicas e Financeiras Background Bibliografia e Referências 22 Metodologia de Avaliação Metodologia de serem recompensados pelo custo de oportunidade mais o risco de investir na operação, deixando de fazer em outros negócios de risco equivalente. A metodologia utilizada pela Adviser foi a do Fluxo de Caixa Descontado que permite desenvolver uma perspectiva econômicofinanceira da empresa. Para fins da avaliação, considera-se que 100% dos excedentes de caixa estarão disponíveis para distribuir na época em que forem gerados. Esta metodologia é muito utilizada nos processos de avaliação de empresas para fins de negociação, fusão, cisão privatização, análise estratégica, etc. O alvo é sempre o caixa e o que interessa é o futuro. As decisões são tomadas hoje para maximizar os resultados futuros. Breve descrição dessa metodologia: Fluxos de Caixa Descontados A metodologia do Fluxo de Caixa Descontado está fundamentada no conceito de que o valor de uma empresa está diretamente relacionada aos montantes e ao tempo em que os fluxos de caixa livres, oriundos de suas operações, estarão disponíveis para distribuição. Portanto, o valor da Empresa é medido pelo montante de recursos financeiros que se espera que sejam gerados no futuro, descontados ao seu valor presente, para refletir o tempo, por uma taxa de desconto que representa a expectativa dos sócios ou acionistas 23 Metodologia de Avaliação Vantagens da Metodologia de FCD Desvantagens da Metodologia de FCD Pode não refletir a realidade das tendências de preços no mercado; A metodologia demanda a determinação de um grande volume de informações e premissas; e Envolve subjetividade estratégias. Baseia-se num modelo de desempenho operacional e financeiro esperado que têm relações com as ferramentas de implementação mais próxima da realidade gerencial; Permite entender as sensibilidades entre ações e resultados; Reconhece o valor do dinheiro no tempo; Ajuda no entendimento das relações entre desempenho, fluxo de caixa e balanço. no julgamento das 24 Introdução Parecer de Avaliação do Valor da Empresa Análise de Sensibilidade Empresa Alvo Avaliada Análise Setorial Metodologia de Avaliação Premissas de Projeção de Desempenho da Empresa Cálculo da Taxa de Desconto Demonstrações Econômicas e Financeiras Background Bibliografia e Referências 25 Premissas de Projeção de Desempenho da Empresa As premissas utilizadas para a projeção do desempenho futuro da empresa estão expressas em milhares de reais e em moeda corrente ou nominal (com inflação). As projeções a partir de nov/2009 estão de acordo com a expectativa orçada pela administração da TOTVS. Projetando o Desempenho da Empresa Tendo em vista a metodologia utilizada para avaliação da empresa, o desempenho futuro foi projetado com base nos drivers de valor fundamentais que definem o fluxo de caixa e valor da empresa que são : Demonstrativos Financeiros Históricos Uma noção sólida do desempenho da empresa no passado oferece uma perspectiva essencial para o desenvolvimento das projeções criteriosas sobre o desempenho futuro. Assim, para análise do desempenho histórico da empresa, utilizamos os Balanços de 2007 a 2008 e o balancete de jan a nov/2009. 26 Premissas de Projeção de Desempenho da Empresa Obs.: Em 2009 há 11 meses já realizados e 1 projetado. 27 Premissas de Projeção de Desempenho da Empresa Receitas Brutas de Serviços – ROB Projetado um crescimento médio de 8,5% ao ano. 28 Premissas de Projeção de Desempenho da Empresa Cancelamentos de Serviços Projeção em 0,27% sobre a ROB que é uma média dos anos de 2007 e 2008. Impostos s/ as Receita Brutas de Serviços PIS: 0,65% COFINS: 3,00% ISS: 2,00% Custo dos Serviços Vendidos - CSV Como a TotalBanco não possui segregação de custos, foi adotado como critério um percentual gerencial (definido pela administração da TOTVS) de 26,90% da ROL, a partir de 2009. 29 Premissas de Projeção de Desempenho da Empresa Despesas Operacionais Projetado um crescimento médio de 6,7% ao ano. 30 Premissas de Projeção de Desempenho da Empresa Imposto de Renda e Contribuição Social Projetado de acordo com a legislação para empresas tributadas pelo Lucro Real. Em R$ (mil) dez/09 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 315 2.869 3.660 4.538 5.502 6.548 6.941 7.357 7.799 8.267 8.763 15% 10% 47 17 65 430 263 693 549 342 891 681 430 1.111 825 526 1.352 982 631 1.613 1.041 670 1.711 1.104 712 1.815 1.170 756 1.926 1.240 803 2.043 1.314 852 2.167 9% 28 258 329 408 495 589 625 662 702 744 789 93 951 1.220 1.519 1.847 2.202 2.336 2.477 2.628 2.787 2.955 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 93 951 1.220 1.519 1.847 2.202 2.336 2.477 2.628 2.787 2.955 Resultado Antes do IR e CS Cálculo do IR IR Normal IR Adicional (deduzido R$ 240 mil ano) Total do IR Cálculo da CS Total da CS Total IR e CS A Prejuízo Fiscal a Compensar Base de Cálculo: Limite até 30% do Lucro Apurado Total de Impostos a Compesar (34% s/ a Base) B IR e CS a Pagar Percentual de IR e CS s/ o Lucro A-B 0% 34% 29,5% 33,2% 33,3% 33,5% 33,6% 33,6% 33,7% 33,7% 33,7% 33,7% 33,7% 31 Premissas de Projeção de Desempenho da Empresa Distribuição de Lucros Distribuição anual de 25% do lucro líquido. Contas a Receber O prazo médio do contas a receber foi projetado em 30 dias. CAPEX Projeção investimento anual de R$ 134,8 mil, necessário para a continuidade da operação, sendo: Móveis R$ 2,8 mil Equipamento R$ 65 mil Software/Cópias R$ 67 mil 32 Premissas de Projeção de Desempenho da Empresa Depreciação Taxa média utilizada de 19,9% ao ano. Obrigações Fiscais Projetado o saldo de 1 mês a pagar de PIS, COFINS, ISS, IR e CS. Taxa de Desconto Calculada em 17,31% ao ano para moeda corrente ou nominal (com inflação). A demonstração do cálculo está apresentado no próximo tópico. Taxa de Crescimento na Perpetuidade Taxa projetada em 6% a.a. (com inflação), a partir do último ano de projeção. 33 Introdução Parecer de Avaliação do Valor da Empresa Análise de Sensibilidade Empresa Alvo Avaliada Análise Setorial Metodologia de Avaliação Premissas de Projeção de Desempenho da Empresa Cálculo da Taxa de Desconto Demonstrações Econômicas e Financeiras Background Bibliografia e Referências 34 Cálculo da Taxa de Desconto Resultados Obtidos para Cálculo da Taxa de Desconto – Base Novembro/2009 Taxa Livre de Risco Taxa de Desconto = 4,16% Beta + T-Note 10 anos Ke = WACC = 15,66% 0,989 x( NYSE - 3,06% 10,66% - S&P 500 = 12,56% a.a. Inflação EUA Prêmio de Risco Taxa Livre de Risco Taxa Retorno Mercado 4,16% Risco Brasil )+ T-Note 10 anos + 4,70% 3,33% EMBI+Br = Risco Tamanho + 1,74% = 15,66% a.a. Ibbotson 17,31% a.a. Inflação Brasil 6,50% 35 Cálculo da Taxa de Desconto Composição da Taxa Utilizada para Avaliar a TotalBanco na Data Base de 30/11/2009 Componentes do Capital Próprio (Ke). O Custo do Capital próprio foi calculado de acordo com as premissas descritas a seguir: Componentes Valores Rf 4,16% MRP = Rm - Rf (Prêmio de Risco) Rp (Risco Brasil) RtTOTVS (Risco Tamanho) 6,50% Inflação Americana 3,06% 3,33% 1,74% (CPI) Inflação Brasileira (IPCA) 4,70% Observações T-Note para 10 anos, taxa média mensal anualizada no período de Dezembro/2003 a Novembro/2009. (6 anos) Fonte: www.ipeadata.gov.br Market Risk Premium do S&P 500 de 1926 a 2008 Fonte: MRP do Livro IBBOTSON SSBI 2009, p. 62 EMBI+ Brasil, cotação diária de Dezembro/2003 a Novembro/2009. (6 anos) Fonte: www.portalbrasil.net Considerou-se a TOTVS uma empresa Low-Cap em 2008. Fonte: IBBOTSON SSBI 2009, p. 94. CPI - média anual de 2003 a 2009. Em 2009 foi considerada a variação até novembro, anualizada. Fonte: www.ipeadata.gov.br IPCA - média anual de 2005 a 2009. Não foram incluídos os anos de 2003 e 2004 por terem sido anos atípicos, quando a inflação ficou bastante acima da meta de 4,5%, estabelecida como política macroeconômica pelo governo brasileiro. Em 2009 foi considerada a variação até novembro, anualizada. Fonte: www.ipeadata.gov.br 36 Cálculo da Taxa de Desconto Beta (β) de Comparáveis por Segmento Empresas Comparáveis Empresas Ticker Beta (*) Accenture plc. Bottomline Technologies Inc. Reuters País ACN.N IRL EPAY USA Fiserv Inc. Jackson Hewitt Tax Service Inc. Jack Henry & Associates Inc. NetSol Technologies Inc. Trintech Group plc Média FISV JTX JKHY NTWK TTPA D/E Alavancado 0,74 1,41 Debt/Equit 0,09% 0,00% 1,06 0,74 0,70 2,43 1,49 129,62% 152,31% 0,44% 53,80% 0,00% Beta do Setor Desalavancado 0,989 D/E Debt/Equit 0,00% USA USA USA USA IRL T Fórmula Beta Imposto [1+(1-T)*(D/E)] Desalavancado 37,13% 1,001 0,740 19,51% 1,000 1,410 19,51% 34,27% 19,51% 19,51% 19,51% 2,043 2,001 1,004 1,433 1,000 0,519 0,370 0,698 1,696 1,490 0,989 T Fórmula Imposto [1+(1-T)*(D/E)] 33,8% 1,000 Beta Re-alavancado 0,989 (*) Fonte site Reuters Definição do Beta para a Empresa em Análise Empresa em Análise TotalBanco Consultores e Sistemas Ltda. Fonte: Elaborado pela Adviser com dados da Reuters (www.reuters.com). 37 Cálculo da Taxa de Desconto Definição CAPM – Capital Asset Pricing Model Foi avaliada a empresa TotalBanco que atua com licenciamento de aplicativos para o setor financeiro, customizações sob demanda e consultoria especializada para instituições como: Financeiras, Bancos, Cooperativas de Crédito e Agências de Fomento, na data base 30/11/2009. Taxa de Desconto Para apurar a taxa de desconto foi utilizada a metodologia do CAPM, agregando-se o Risco País (Rp) e o Risco Tamanho (Rt). O CAPM foi proposto por Sharpe (1964), Lintner (1965) e Mossin (1966) e largamente revisitado por autores contemporâneos da área de finanças corporativas, como: Brealey & Myers (1998), Ross, Westerfield e Jaffe (2002), Damodaran (2004), Copeland, Koller e Murrin (2002), entre outros. Este modelo mensura o custo de capital do acionista (Ke) ou investidor, pela relação entre o risco e retorno em um investimento, conforme a fórmula a seguir. Ke Rf ( Rm Rf ) Onde: Ke = Custo do Capital Próprio; Rf = Taxa de retorno livre de risco (T-Note 10 anos); β = risco sistemático da empresa (ou de comparáveis do mesmo segmento de atuação); Rm = Taxa de retorno para a carteira de mercado (S&P 500) 38 Cálculo da Taxa de Desconto recomendam “desalavancar” os betas das empresas comparáveis, depois realavancar pela estrutura de capital da empresa, ou da divisão analisada. A forma de cálculo de desalavancagem e realavancagem do beta estão descritas, respectivamente: a D d a 1 (1 T ) d D C 1 (1 T ) C Beta (ß) O beta é um indicador de risco sistemático, é uma medida da sensibilidade dos retornos das ações em relação ao de um índice de mercado. O modelo básico de mensuração foi apresentado na fórmula abaixo, segundo Ross, Westerfield e Jaffe (2002, p. 261). Cov( Rit , Rmt ) Var ( Rmt ) Onde: Cov = Covariância Rit = Retorno da ação “i” no período “t” Rmt = Retorno do índice de mercado “m” no período “t” Var= Variância, ou seja, desvio padrão elevado ao quadrado No cálculo do beta exposto na fórmula está embutido o risco de alavancagem da empresa. Conforme explicado por Copeland, Koller e Murrin (2002, p. 315), o beta é uma medida de risco sistêmico do capital social alavancado das empresas. Outra forma de cálculo do beta pode ser por empresas comparáveis do mesmo segmento, quando a empresa que se pretende avaliar não é de capital aberto. Neste caso Copeland, Koller e Murrin (2002, p. 315) e outros autores como Ross, Westerfield e Jaffe (2002, p. 266) Onde: βd = Beta desalavancado βa = Beta alavancado T = Alíquota tributária marginal corporativa D = Capital de Terceiros (valor de livros do endividamento) C = Capital Próprio (valor de livros do patrimônio líquido) Vale ressaltar que a variável T, representa a alíquota na qual a empresa se enquadra e, não necessariamente, o imposto efetivamente pago (COPELAND, KOLLER e MURRIN, 2002, p. 316). Para esta variável, foi adotada a taxa de imposto media dos últimos cinco anos do setor das empresas comparáveis. Na avaliação da TotalBanco foi utilizado o beta desalavancado de empresas comparáveis, pois a empresa não possui endividamento em sua estrutura de capital. 39 Cálculo da Taxa de Desconto Risco País (Rp) Segundo Copeland, Koller e Murrin (2002, p. 387), a principal diferença entre a avaliação de empresas em países desenvolvidos e mercados emergentes, como o Brasil, está no maior nível de risco. Os principais fatores que podem influenciar no risco do país: dívida pública / PIB, nível de reservas cambiais, taxa de inflação e desemprego, controle da taxa de câmbio, volatilidade no crescimento do PIB, grau de estabilidade política, controles sobre o capital, grau de comprometimento aos direitos contratuais, entre outros. Assim, para adaptar o modelo CAPM ao presente trabalho, adicionou-se o risco-país (Rp) do Brasil, conforme exposto na fórmula a seguir. Ke Rf ( Rm Rf ) Rp O EMBI+ Brasil é um índice que reflete o comportamento dos títulos da dívida externa brasileira. Corresponde à média ponderada dos prêmios pagos por esses títulos em relação aos papéis de prazo equivalente do Tesouro dos Estados Unidos. O indicador mensura o excedente que se paga em relação à rentabilidade garantida pelos bônus do governo norte-americano. Significa dizer a cada 100 pontos expressos pelos Risco-Brasil, os títulos do país pagam uma sobretaxa de 1% sobre os papéis dos EUA. Basicamente o mercado usa o EMBI+ para medir a capacidade de um país honrar os seus compromissos financeiros. A interpretação dos investidores é de que quanto maior a pontuação do indicador de risco, mais perigoso fica aplicar no país. Assim, para atrair capital estrangeiro, o governo tido como “arriscado” deve oferecer altas taxas de juros para convencer os investidores externos a financiar sua dívida, ou seja, prêmio pelo risco. 40 Cálculo da Taxa de Desconto Risco Tamanho - Rt O parâmetro tamanho de empresa, inicialmente utilizado por Ibbotson e Sinquefield (1976), Banz (1981), consiste na evidência empírica de que ações de empresas pequenas apresentam maior retorno médio do que as de empresas grandes. O modelo de precificação de ativos, CAPM, prediz que apenas o risco sistemático, medido pelo beta de uma ação, é remunerado pelo mercado. Assim sendo, a existência do chamado efeito tamanho surgiria como um ajuste a ser feito no modelo tradicional do CAPM, uma vez que as evidências empíricas acerca do efeito tamanho indicam a existência de um tipo de risco não contemplado pelo beta. Fouse (1989) creditou esse efeito ao problema da baixa liquidez das ações de empresas menores. A proxy tradicional para medir o tamanho é o valor de mercado, representado pela multiplicação entre o valor das ações e o número de ações de determinada empresa. Copeland, Koller e Murrin (2002, p. 375 e 376) apontam que empresas de menor porte têm retornos mais elevados do que aquelas de maior porte. O Capital Asset Pricing Modelo (CAPM), desenvolvido por Sharpe (1964), Litner (1965) e Mossin (1966) a partir das conclusões do trabalho de Markowitz (1959), é um dos paradigmas do campo de finanças é um modelo lógico e intuitivo baseado numa sólida fundamentação teórica. O modelo propõe, basicamente, que o único fator de risco que afeta o retorno esperado dos ativos está relacionado ao risco de mercado (risco sistêmico), capturado pelo beta do ativo. No entanto, alguns pesquisadores encontraram evidências empíricas mostrando que existem outros fatores de risco que estão associados aos retornos observados nas ações (FAMA e FRENCH, 1992). As características das empresas que explicam o excesso de retorno das ações são denominadas anomalias de mercado e vão de encontro à fundamentação teórica do CAPM. Fama e French (1992, 1993 e 1996) explicam a existência de anomalias relacionadas ao tamanho a firma 41 Cálculo da Taxa de Desconto (size effect) e relação valor contábil / valor de mercado (book-to-market effect) e documentam que estratégias de valor – investir em ações que possuem baixos preços com relação aos preços históricos e valor patrimonial – produzem sistematicamente maiores retornos que estratégias de crescimento – investir em ações que possuem alto valor de mercado (tamanho) e baixa relação valor contábil / valor de mercado. Nesse sentido, Fama e French (1992) propuseram e testaram um modelo multi-fatorial que capta três fontes de risco simultaneamente: i) o mercado (market effect); ii) o tamanho (BE); e iii) a relação valor contábil / valor de mercado (BE/ME). Esses três fatores explicariam parte dos retornos esperados que não podem ser determinados apenas pelo CAPM. Assim, a partir de evidências empíricas, Fama e French (1996) incluíram dois fatores relacionados com as características das empresas que ajudam explicar o retorno das ações, além do beta do CAPM: i) o tamanho da firma, mensurado pelo valor de mercado das ações; e ii) a relação valor contábil / valor de mercado, mensurado pelo índice book to market. Vários autores têm comprovado empiricamente evidências favoráveis ao modelo no Brasil, como Braga (1999) e Costa Jr. e Neves (2000), que caracterizaram a importância das variáveis tamanho e book-tomarket de forma complementar ao beta, na explicação do comportamento dos retornos das ações. Para Lucenda e Pinto (2005, p. 15): “o modelo de três fatores se mostra adequado para a previsão de retornos no mercado de capitais brasileiro”. Diante deste painel de evidências em relação ao modelo de três fatores, o anuário Ibbotson SSBI (2009, p. 112-115) que é a base para elaborar o modelo da presente avaliação, comparou resultados entre três modelos: o CAPM, o CAPM adicionando-se o fator tamanho e o de três fatores de Fama e French, utilizando os retornos das empresas negociadas nas bolsas dos EUA no período de 1962 até 2008. Constatou-se que o segundo modelo foi o mais adequado para a presente avaliação, por três motivos: 42 Cálculo da Taxa de Desconto 1) O modelo de Fama e French mensurou uma quantidade significativa de empresas com um custo de capital muito elevado (acima de 30%). 2) O modelo de Fama e French mostrou-se menos estável que o CAPM, pois agrega mais fatores, então mudanças em um destes fatores impacta na estabilidade do custo de capital, o que leva a uma maior dificuldade prática de efetuar previsões nas taxas de desconto. 3) O modelo CAPM tradicional não refletiu o maior risco sistemático das empresas de menor porte, o modelo de Fama e French absorveu este efeito, mas os resultados ficaram bastante próximos ao segundo [modelo CAPM mais o fator tamanho]. Portanto, como esta avaliação segue a linha teórica proposta por Ibbotson SSBI (2009) e as evidências, embora não invalidem o modelo de Fama e French, mas levam a adotar um modelo de maior facilidade de emprego na prática, adotou-se o modelo CAPM adicionado o risco país (conforme justificado na seção anterior) e ao efeito tamanho. O modelo representado na equação: adotado está Ke Rf ( Rm Rf ) Rp Rt Onde: Rt = Prêmio de Risco pelo tamanho O prêmio pelo risco tamanho da taxa de desconto foi calculado considerando o valor de mercado da TOTVS, em dezembro de 2008. Para a obtenção do valor do Rt primeiramente foi verificada a classificação do tamanho da empresa. As ações da TOTVS, em dezembro de 2008 foram cotadas, em média, R$ 37 por lote de mil ações. Multiplicou-se o valor desta cotação pela quantidade de 31.152.402 ações, que constava na CVM em dezembro de 2008. Assim, o valor da empresa calculado foi de R$ 1.154 milhões, equivalente a US$ 482 milhões naquele período. 43 Cálculo da Taxa de Desconto De acordo com o anuário Ibbotson SSBI (2009, p. 90), em 2008 as empresas entre US$ 1.848 milhões e US$ 453 milhões foram consideradas como Low-Cap. Assim a TOTVS têm um adicional de risco pelo fator tamanho, no modelo CAPM, de 1,74% (IBBOTSON SSBI 2009, p. 94).Risco Tamanho – Rt. A partir da taxa Kereal, foi efetuado o Ke em valores nominais em moeda brasileira (KenR$). KenR$ 1 Kereal 1 I Br 1 Onde: Ke em Valores Constantes e Nominais em R$ IBr = Inflação no Brasil, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) Os valores obtidos foram transformados em valores reais (Kereal), descontando-se a inflação americana, conforme demonstrado na fórmula a seguir. 1 Ke Kereal 1 I EUA 1 Onde: IEUA = Inflação nos EUA, medida pelo Consumer Price Index (CPI). 44 Introdução Parecer de Avaliação do Valor da Empresa Análise de Sensibilidade Empresa Alvo Avaliada Análise Setorial Metodologia de Avaliação Premissas de Projeção de Desempenho da Empresa Cálculo da Taxa de Desconto Demonstrações Econômicas e Financeiras Background Bibliografia e Referências 45 Demonstrações Econômicas e Financeiras 46 Demonstrações Econômicas e Financeiras 47 Demonstrações Econômicas e Financeiras 48 Demonstrações Econômicas e Financeiras 49 Introdução Parecer de Avaliação do Valor da Empresa Análise de Sensibilidade Empresa Alvo Avaliada Análise Setorial Metodologia de Avaliação Premissas de Projeção de Desempenho da Empresa Cálculo da Taxa de Desconto Demonstrações Econômicas e Financeiras Background Bibliografia e Referências 50 Background Adviser Auditores Independentes É uma empresa com 15 anos no mercado que presta serviços de auditoria, impostos, consultoria contábil, avaliação de empresas, assessoria tributária com enfoque em empresas de médio e grande porte nos mais diversas segmentos do mercado. Sempre realizando serviços regulares e projetos independentes, personalizados e com total sigilo, tanto no Brasil como no exterior. Paulo Cesar Domingues Chagas Sócio fundador, contabilista, atua no mercado de auditoria há mais de 20 anos, tendo realizado serviços de auditoria e consultoria em empresas de diversos ramos, certificado pela Comissão de Valores Mobiliários e membro do IBRACON Instituto dos Auditores Independentes do Brasil. Reinaldo Fernandes Cerri Graduado em Administração de Empresas e Ciências Contábeis com MBA em Finanças pelo IBMEC. Trabalhou como Auditor na KPMG, foi Diretor Administrativo Financeiro da Arinos Química e Gerente de Planejamento Orçamentário da Evadin Indústria e Comércio. Há 5 anos atua como consultor em avaliações de empresas e projetos. No início de 2008 participou do treinamento para Avaliação de Ativos Intangíveis e Elaboração de PPA, aceito pelas IFRS, na sede da empresa Intangible Business, em Londres. 51 Introdução Parecer de Avaliação do Valor da Empresa Análise de Sensibilidade Empresa Alvo Avaliada Análise Setorial Metodologia de Avaliação Premissas de Projeção de Desempenho da Empresa Cálculo da Taxa de Desconto Demonstrações Econômicas e Financeiras Background Bibliografia e Referências 52 Bibliografia e Referências BANZ, R. The relantionship between return and market value of common stocks. Journal of Financial Economics, n.9, p. 3-18, 1981. BREALEY, R. A.; MYERS, S. C. Princípios de finanças empresariais. 5a. Ed. Lisboa: Editora McGraw-Hill de Portugal, 1998. CBONDS. Bond Market Information. www.cbonds.info/all/eng/index.phtml. COPELAND, T.; KOLLER, T. e MURRIN, J. Avaliação de Empresas, Valuation: Calculando e Gerenciando o Valor das Empresas. Editora Makron Books, 3ª edição. São Paulo, 2002. DAMODARAN, A. Finanças corporativas: teoria e prática. Porto Alegre: Bookman, 2004. FOUSE, W. L.. The small stock’s hoax. Financial Analysis Journal, v. 45, n. 4, p. 12-15, Jul/Ago. 1989. IBBOTSON, R. G. e SINQUEFIELD, R. A, Stocks, Bonds, Bills, and Inflation: Year-by-Year Historical Returns (19261974). Journal of Business, University of Chicago Press, vol. 49(1), pages 11-47, 1976. IBBOTSON SBBI. Market Results for Stocks, Bonds, Bills, and Inflation, 1926-2008. ed. Morningstar, Chicago, 2009. IPEADATA. www.ipeadata.gov.br LINTNER, J. The valuation of risk assets and the selection of risky investments in stock portfolios and capital budgets. Review of Economics and Statistic 47, no 1, Feb. 1965, pages 13-37. LINTNER, J. Security prices, risk, and maximal gains from diversification. Journal of Finance 20, no 4, Dec. 1965, pages 587-615. MOSSIN, J. Equilibrium in a capital asset market. Econometrica 34, no 4. Oct. 1966, pages 768-783. PORTAL BRASIL. www.portalbrasil.net REUTERS. www.reuters.com ROSS, S. A. WESTERFIELD, R. W; JAFFE, J. F. Administração Financeira: Corporate Finance. São Paulo: Atlas, 2002. SHARPE, F. W. Capital asset Prices: A Theory of Market Equilibrium under Conditions of Risk. The Journal of Finance, vol. 19, issue 3, Sep. 1964, pages 425-442. 53 Bibliografia e Referências Accenture Plc. Site: www.accenture.com Accenture plc is a management consulting, technology services and outsourcing company. The Company helps clients improve operational performance, deliver their products and services, increase revenues in markets and identify and enter new markets. Its business is organized in five operating groups: Communications & High Tech, Financial Services, Health & Public Service, Products and Resources. In October 2009, the Company acquired Symbian Professional Services from Nokia Corporation. The Financial Services group focuses on the opportunities created by the client’s needs to adapt to changing market conditions, including cost pressures, industry consolidation, regulatory changes, the creation of common industry standards and protocols, and the move to a more integrated industry model. The Financial Services operating group consists of banking, capital markets and insurance. The banking industry group works with retail and commercial banks, and diversified financial enterprises. It helps the organizations develop and execute strategies to target, acquire and retain customer, expand product and service offerings, comply with new regulatory initiatives, and leverage new technologies and distribution channels. The banking industry group represented approximately 56% of the Financial Services operating group’s net revenues in fiscal 2009. The capital markets industry group helps investment banks, broker/dealers, asset-management firms, depositories, exchanges, and clearing and settlement organizations transform their businesses to increase competitiveness. The insurance industry group helps property and casualty insurers, life insurers, reinsurance firms and insurance brokers improve business processes, modernize their technologies and improve the quality and consistency of risk selection decisions. The Company offers a claims management capability that enables insurers to provide better customer service, as well as insurance policy administration technology solutions that enable insurers to bring products to market more quickly and reduce costs. It also provides a variety of outsourcing solutions to help insurers improve working capital and cash flow, deliver permanent cost savings and enhance long-term growth. Its Insurance industry group represented approximately 31% of the Financial Services operating group’s net revenues in fiscal 2009. 54 Bibliografia e Referências Bottomline Technologies Inc. Site: www.bottomline.com Bottomline Technologies, Inc. markets and provides electronic payment, invoice, and document automation solutions to corporations, financial institutions, and banks worldwide. Its solutions are used to streamline, automate, and manage processes and transactions involving global payments, invoice receipt and approval, collections, cash management, document management, reporting, and document archive. The company offers payment and document automation solutions, which produce various domestic and international payment instructions along with consolidated bank reporting of cash activity, including ACH, EDI, Fedwire transfer, BACSTEL-IP and SWIFT messaging, and paper checks in various currencies. It also provides a legal spend management solution, Legal eXchange, which integrates with claims management, and time and billing systems to automate legal invoice management processes and to provide insight into company’s outside legal spend. In addition, the company offers WebSeries Electronic Banking Platform that allows banks and financial institutions to deploy Internet-based cash management services for their corporate clients, as well as hosted and outsourced accounts payable automation solutions. Further, it provides professional services; consumable products for laser check printing, including magnetic ink character recognition toner and blank-paper check stock; and printers and printer-related equipment. Bottomline Technologies (de), Inc. sells and markets its products and services through its sales force, and various channel partners and reseller relationships to various industries, such as financial services, insurance, health care, technology, communications, education, media, manufacturing, and government. The company was founded in 1989 and is headquartered in Portsmouth, New Hampshire. 55 Bibliografia e Referências Fiserv, Inc. Site: www.fiserv.com Fiserv, Inc. provides information management and electronic commerce systems and services, including transaction processing, electronic bill payment and presentment, business process outsourcing, document distribution services, and software and systems solutions primarily in the United States. The company operates through two segments, Financial Institution Services, and Payments and Industry Products. The Financial Institution Services segment offers account processing services, item processing services, loan origination and servicing products, cash management and consulting services, and other products and services. The Payments and Industry Products segment provides products and services that address a range of technology needs, including Internet banking, electronic bill payment, electronic funds transfer and debit processing, fraud and risk management capabilities, card and print personalization services, and check imaging and investment account processing services for separately managed accounts for the financial services industry. The company serves banks and thrifts, credit unions, savings institutions, retailers and merchants, leasing companies, lenders, government agencies, and publicly and privately owned companies. It also has operations in Argentina, Australia, Canada, China, Colombia, Costa Rica, France, India, Indonesia, Luxembourg, Malaysia, Mexico, the Netherlands, the Philippines, Puerto Rico, Poland, Singapore, and the United Kingdom. Fiserv, Inc. was founded in 1984 and is headquartered in Brookfield, Wisconsin. 56 Bibliografia e Referências Jackson Hewitt Tax Service Inc. Site: www.jacksonhewitt.com Jackson Hewitt Tax Service Inc. engages in the computerized preparation of federal, state, and local individual income tax returns in the United States. It also engages in the electronic filing of the customers’ tax returns. The company offers its services through a network of franchised and company-owned tax offices operating under the Jackson Hewitt Tax Service brand name. In addition, it offers a range of financial products, such as refund anticipation loans, which are made by a third party financial institution to a customer and secured by a customer’s anticipated federal tax refund; assisted refunds that are provided by third party financial institutions, which offer customers with the ability to have their tax return preparation fees and other charges withheld directly from their tax refund; and gold guarantee, an extended warranty that a customer may purchase whereby the taxpayer may be reimbursed up to a set limit for any additional tax liability owed due to an error in the preparation of the customer’s tax return. Further, the company provides various disbursement options for financial products, including direct deposit, check, or on the ipower Card, a prepaid Visa card. As of April 30, 2009, its network comprised 5,610 franchised offices and 974 company-owned offices. The company was founded in 1985 and is headquartered in Parsippany, New Jersey. 57 Bibliografia e Referências Jack Henry & Associates, Inc. Site: www.jackhenry.com Jack Henry & Associates, Inc. provides integrated computer systems and services for in-house and outsourced data processing to commercial banks, credit unions, and other financial institutions primarily in the United States. The company provides its products and services through three marketed brands: Jack Henry Banking, Symitar, and ProfitStars. Jack Henry Banking provides integrated data processing systems to approximately 1,500 banks. Its solutions encompass three functionally distinct core processing systems, including SilverLake, an IBM System i-based system primarily designed for commercial-focused banks; CIF 20/20, a parameter-driven system; and Core Director, a Windows-based client/server system. Symitar supports credit unions of various sizes with information and transaction processing platforms. Its solutions include two core processing systems, including Episys, an IBM System pbased system and Cruise, a Windows-based client/server system. ProfitStars provides specialized products and services, and include solutions for generating additional revenue and growth, increasing security and mitigating operational risks, and/or controlling operating costs. The company also offers a range of complementary products and services, including business intelligence and management solutions, retail delivery solutions, business banking solutions, electronic funds transfer solutions, Internet banking solutions, risk management and protection solutions, item and document imaging solutions, and professional services and education. JHA also sells hardware systems, including the IBM power systems and System x servers; Lenovo workstations; Dell servers and workstations; Unisys, RDM, Panini, digital check, Canon, and NCR check scanners; and other devices. It also offers software implementation, data conversion, training, and ongoing support services. The company has strategic relationship with IBM Corporation. JHA was founded in 1969 and is based in Monett, Missouri. 58 Bibliografia e Referências NetSol Technologies Inc. Site: www.NetSoltech.com NetSol Technologies, Inc. provides business services and enterprise application solutions worldwide. Its product and services offerings include credit and finance portfolio management systems, hospital/healthcare information management systems (HIMS), SAP consulting and services, custom development, systems integration, and technical services for the global financial, healthcare, insurance, energy, and technology markets. The company’s clients include Fortune 500 manufacturers, global automakers, financial institutions, utilities, technology providers, and government agencies. NetSol Technologies has operations and offices in Adelaide, Bangkok, Beijing, Lahore, London, and San Pedro Sula. The company was formerly known as NetSol International, Inc. and changed its name to NetSol Technologies, Inc. in 2002. NetSol Technologies, Inc. was founded in 1997 and is headquartered in Calabasas, California. 59 Bibliografia e Referências Trintech Group plc. Site: www.trintech.com Trintech Group PLC, together with its subsidiaries, provides integrated financial governance, transaction risk management, and compliance solutions for commercial, financial, and healthcare markets primarily in the United States. Its reconciliation and financial governance solutions include ReconNET, which is used by treasury and financial control departments in reconciling banking records and cash deposits with point-of-sale transaction records; AssureNET GL, which provides an enterprise process management system for general ledger account reconciliation, review, and certification; Unity, a suite of financial close, enterprise compliance, and risk management applications, which helps customers in managing corporate performance, financial operations, and compliance; and DataFlow Transaction Network, which allows customers to retrieve, process, aggregate, and deliver bank statements and account analysis files. The company also provides SaaS and hosting services for ReconNET and AssureNet, as well as for ClearContracts, which enables healthcare providers in reconciling payments. In addition, it provides project management, product consultation, educational and training, configuration and implementation, post contract customer support, and revenue recovery services, as well as offers technical services to design or enhance information technology infrastructure. The company was founded in 1987 and is based in Dublin, Ireland. 60 Matriz em São Paulo Rua Clélia, 2145 – 13º andar. Lapa – 05042-001 – São Paulo – SP Tel. (11) 3670-6300 Fax. (11) 3670-6301 Unidade Santa Catarina Rua Nove de Março, 820 - 2º andar. Centro - 89201-400 - Joinville – SC Tel.(47) 3434-0034 www.adviserbr.com.br 61