Poveiros de Toronto comemoram 30 anos da sua

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Poveiros de Toronto comemoram 30 anos da sua
THE LEADER
PORTUGUESE CANADIAN NEWSPAPER • CANADA’S LEADING AND LARGEST PORTUGUESE LANGUAGE NEWSPAPER
Semanário / Weekly | Director António Perinú | Editora Alice Perinú
Ano XXXIV | Edição 1657 | Sexta-feira, 16 de Setembro de 2016 | Preço $1.95 |36 páginas
Tel 416 538-1788 | Fax 416 538-7953 | [email protected] | www.solnet.com
Entrevista:
Carmen Moscatel regressa
com novo álbum depois de
vencer grave e prolongada
doença
Com quase duas décadas de carreira, a fadista
luso-canadiana Carmen
Moscatel prepara-se para o
lançamento daquele que
será o seu segundo trabalho
discográfico, “Meu Fado”,
uma obra inspirada pelos artistas e temas...
Pág. 10
Governo do Ontário vai
abdicar da taxa sobre a
electricidade
A Primeira-ministra do Ontário,
Kathleen Wynne, anunciou na segunda-feira (12) que o governo da
província vai eliminar os seus 8% na
Taxa de Harmonização...
Pág. 2
Canadá poderá facilitar
concessão de residência a
trabalhadores estrangeiros
O Ministro da Imigração, John
McCallum, disse no passado domingo
(11) que o governo do Canadá está a
considerar a possibilidade de tornar
mais fácil a obtenção de...
Pág. 3
Uma década de fé e devoção:
Senhor Santo Cristo dos Milagres atrai
milhares de peregrinos a Brampton
Por Isabel Alves
Sol Português
O culto do Senhor
Santo Cristo foi trazido
para o Canadá pelos primeiros imigrantes vindos
dos Açores, quando estes aqui se começaram a
fixar em maior número a
partir da década de 1950,
e desde então tem sido
celebrado em várias paróquias, desde o centro
de Toronto às cidades
circunvizinhas, para
onde a comunidade lusa
tem mais recentemente
vindo a gravitar.
Há 10 anos, em
Brampton, a Igreja de
Nossa Senhora de Fátima instituiu...Págs. 12-13
Poveiros de Toronto comemoram
30 anos da sua colectividade
Por Noémia Gomes
Sol Português
De visita ao Canadá:
Sociedade Lira do Norte
recebida em convívio de Amigos
de Rabo de Peixe do Ontário
Pág. 16
Fundada em 1986, a
Casa dos Poveiros de Toronto tem vindo ao longo de três décadas a desempenhar um papel importante na divulgação
das tradições do conselho que representa, Póvoa de Varzim, com os
seus associados a participarem orgulhosamente
nas festas e eventos culturais que esta promove.
Foi nesse espírito
de orgulho pelas suas
raízes que a colectividade celebrou no passado
sábado (10) o seu 30.º
aniversário... Pág. 19
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16 de Setembro de 2016
CANADÁ EM FOCO
Câmara de Brampton
despede 25
trabalhadores
A Câmara Municipal de Brampton despediu 25
trabalhadores, incluindo vários chefes de divisão, numa
acção que a Presidente considerou como sendo a maior
reestruturação alguma vez feita na história da cidade.
A Assembleia
Municipal tinha
aprovado, por unanimidade, estas alterações na estrutura burocrática da liderança camarária,
que tinham sido propostas por Harry
Schlange, o recémcontratado Chefe dos Serviços Administrativos.
Linda Jeffrey, a Presidente da Câmara, disse que
este abanão fará com que o governo da cidade seja
mais eficiente e mais rápido na resposta aos problemas
que enfrenta. A edil acrescentou que estas mudanças
eram necessárias, numa cidade que espera acolher
mais 300.000 pessoas nos próximos anos, e que espera
ver uma nova universidade ser instalada dentro dos
seus limites geográficos.
Harry Schlange disse que a sua proposta de
despedimentos teve por base a observação da organização dos serviços da Câmara, durante vários meses.
Acrescentou querer acabar com “pequenos grupinhos”
e com a duplicação desnecessária de recursos humanos.
Por fim, Schlange esclareceu ter optado pela
solução “big bang” para evitar que os empregados da
Câmara continuassem preocupados com o processo de
dispensas. Com estes cortes, as alterações na estrutura
estão concluídas.
Estes despedimentos vão custar, à Câmara, entre
3,5 e 4 milhões de dólares, em indemnizações, e a
Presidente Jeffrey disse que estes pagamentos serão
“uma dor de curto prazo” para a cidade, que ficará bem
melhor a longo prazo.
Governo do Ontário vai abdicar da
taxa sobre a electricidade
A Primeira-ministra
do Ontário, Kathleen
Wynne, anunciou na segunda-feira (12) que o governo da província vai eliminar os seus 8% na Taxa de
Harmonização de Vendas
(THV - HST, na sigla inglesa), para ajudar a travar
o aumento astronómico registado nas facturas da electricidade, este Verão.
Durante o “discurso
do trono”, Wynne especificou que a retirada desta taxa
de 8% terá início em Janeiro de 2017, e que não tem
data prevista para voltar a
ser reposta; acrescentando
que serão adicionadas outras medidas de alívio para
as zonas rurais. No entanto, uma eventual eliminação da taxa terá que ser
aprovada pelo Parlamento
provincial.
No final do discurso,
o Ministro da Energia,
Glenn Thibeault, fez questão de salientar aos jornalistas que, “É importante
reconhecer que estamos a
fazer muito pelos consumidores das zonas mais remotas, das áreas rurais, e da
região Norte da província.”
Segundo Thibeault, a
eliminação dos 8% na THV
significa mil milhões de
dólares de perda anual para
os cofres do Ontário, e significará uma poupança de
130 dólares anuais para os
consumidores médios da
província, e mais 540 dólares por ano para os consumidores das áreas rurais
e remotas da província.
A oposição mostrou-se pouco impressionada com o anúncio feito por Kathleen Wynne.
Andrea Horwath,
líder do Partido da Nova
Democracia, lembrou
que foram os Liberais
que criaram a Taxa de
Harmonização de Vendas, e colocou dúvidas
sobre a efectividade da
decisão anunciada: “Seis
anos depois (da criação
da taxa), a Primeira-ministra diz que a vai retirar. Mas
as pessoas vão ter que esperar ainda quatro meses.
Isso levanta dúvidas sobre
durante quanto tempo esta
eliminação vai durar, e
como vai funcionar.”
O líder do Partido
Conservador,
Patrick
Brown, classificou a retirada da taxa como “uma mera
solução temporária”, e sublinhou que Wynne ignorou anos de queixas dos
consumidores acerca do aumento das facturas da electricidade, e só decidiu fazer alguma coisa depois de
ter perdido o bastião Liberal de Scarborough-Rouge
River, nas eleições intercalares do passado dia 1 de
Setembro.
“Depois de ter perdido as terceiras eleições intercalares consecutivas,
desta vez numa localidade
que votava Partido Liberal
há 20 anos, este governo já
entende que há uma crise
(no aumento dos custos da
electricidade). Ou seja, os
problemas diários dos ci-
dadãos nunca são um problema, até ao momento em
que se tornam um problema
de Kathleen Wynne.”, disse
Brown.
O Auditor Geral
do Ontário, Bonnie
Lysyk, lembrou, recentemente, que os custos
da electricidade para os
consumidores domésticos e para as pequenas
empresas aumentaram
70%, entre 2006 e 2014.
Durante o “discurso do trono”,
Kathleen Wynne anunciou outras medidas,
entre elas: um plano
para criar mais 100.000
espaços licenciados para
cuidarem de crianças com
idades até aos quatro anos,
isto num horizonte temporal até 2021; e repetiu o
anúncio da entrada em vigor em Janeiro de 2017 de
um novo sistema de taxação
que representará, segundo
o governo, um acréscimo de
cerca de 5 dólares mensais
nas facturas de aquecimento das casas, e cerca de mais
4 cêntimos em cada litro de
gasolina.
Ontário
Universidade de Waterloo recebe
aluno de 12 anos
A Universidade de Waterloo, uma das
mais bem cotadas do Canadá, vai receber
este Outono um jovem indonésio de apenas
12 anos de idade que conseguiu excelentes
resultados nos testes
de admissão.
Cendikiawan
Suryaatmadja ou Diki,
como gosta de ser chamado, vai estudar física e ter aulas de matemática, química e economia, anunciou a administração da universidade.
Nascido
na
Indonésia, o novo aluno - o mais jovem da história da universidade - aprendeu inglês a ver filmes na
televisão.
A idade é irrelevante, apenas as notas
foram tomadas em consideração, disse a
administração da universidade, salientando que teve “excelentes resultados” nos
exames.
“Foram notas fenomenais. Ele está
academicamente preparado. A nossa preocupação é por ser apenas
um rapaz de 12 anos”,
disse o Vice-chefe do
processo de admissões,
André Jardim.
Diki disse estar
“muito animado por conhecer novos alunos e
fazer novos amigos”,
sublinhando que deseja aplicar o conhecimento que vai adquirir no campo das energias renováveis.
O jovem aluno vai viver no campus
universitário com o seu pai, e quer aprender a jogar hóquei no gelo.
16 de Setembro de 2016
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CANADÁ EM FOCO
John Tory experimentou a “tempestade
perfeita” na viagem de metro
O Presidente da Câmara Municipal de Toronto, John Tory, disse que a
viagem que fez no metropolitano da cidade,
numa carruagem sem
ar condicionado, foi
uma “tempestade perfeita” de desafios, que
lhe deram a ideia perfeita sobre o que os
utilizadores diários daquele meio de transporte suportam.
Tory fez a viagem na linha 2 entre as
estações de Kennedy e
Kipling, na quarta-feira (7),
com Bianca Spence, que lhe
tinha lançado o desafio através do Twitter, em Julho
passado, depois de ter feito
uma viagem da qual saiu
toda molhada por causa da
transpiração.
“Isto foi uma tempestade perfeita que acabei de
experienciar, não só por
causa do desconforto, que
era bastante por estar dentro de uma carruagem muito quente, mas também devido à experiência de um
sistema de transporte que,
neste dia e a esta hora, esta-
va a registar muitos atrasos”, disse John Tory aos
repórteres, depois de sair
na estação Kipling mais de
meia-hora depois de
ter entrado no metro.
Bianca Spence,
que desafiou o Presidente da Câmara, disse que não podia ter
pedido melhor dia
para fazer esta viagem com o edil. Para
além da carruagem
estar realmente muito quente e abafada,
e superlotada, ficaram parados num túnel, tiveram
que sair várias vezes da carruagem, e ainda se registou
uma emergência médica
dentro da carruagem.
Tory disse também
que tem estado a trabalhar
com o Director-executivo
dos Transportes Públicos de
Toronto (TPT - TTC, na
sigla inglesa), para garantir
que a reparação do ar condicionado nas carruagens
do metropolitano fica concluída, e disse que “o sistema estará muito melhor no
próximo ano, e nos anos
seguintes”.
Andy Byford, Director-executivo dos TPT, disse aos jornalistas que os trabalhadores já estão a fazer
horas extraordinárias, para
arranjarem todos os equipamentos de ar condicionado, e até já foram chamados empregados, já reformados, que são especialistas no sistema HVAC.
Toronto Hydro não vai compensar
as falhas de energia em CityPlace
A empresa Toronto
Hydro não vai oferecer
qualquer espécie de compensação aos seus clientes
do complexo habitacional
de CityPlace, apesar dos residentes daquele condomínio terem ficado sem electricidade na quarta-feira (7)
pela quarta vez em apenas
duas semanas.
Segundo a Toronto
Hydro, qualquer tipo de
compensação só seria devido, nos termos da lei, se as
falhas de fornecimento da
energia eléctrica fossem da
sua responsabilidade.
“Nós não garantimos
fornecimento de energia
eléctrica aos nossos clientes a 100 por cento do tempo.”, disse o porta-voz da
Toronto Hydro, Brian
Buchan, à CBC News.
“Seria necessário con-
firmar-se a existência de
qualquer tipo de negligência da nossa parte, ou alguma outra circunstância estranha, para que fossemos
obrigados a pagar pela falta do fornecimento de energia.”, acrescentou Buchan.
A Toronto Hydro disse que, durante a tempestade que se abateu sobre a
cidade de Toronto na noite
do dia 7, as suas equipas
estiveram ocupadíssimas a
responder a casos de cabos
que caíram, e outros casos
de segurança pública, o que
levou a que demorassem
mais tempo do que o habitual a responder aos problemas domésticos, como
foi o caso do condomínio
CityPlace que ficou sem
electricidade durante várias horas.
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Canadá poderá facilitar
concessão de residência a
trabalhadores estrangeiros
O Ministro da Imigração, John McCallum, disse
no passado domingo (11) que o governo do Canadá
está a considerar a possibilidade de tornar mais fácil a
obtenção de autorização
permanente de residência e, eventualmente,
mesmo de nacionalidade, aos trabalhadores estrangeiros.
Falando no programa “Período de perguntas”, da CTV, McCallum
não se alongou em mais
pormenores, dizendo que está à espera de um relatório
do Parlamento que deverá estar concluído durante este
mês de Setembro.
O governo federal já tinha dito que está a rever o
programa de concessão de vistos para trabalhadores
estrangeiros, que permite a entrada no país de trabalhadores com baixas qualificações profissionais. Os
sindicatos têm criticado o programa, dizendo que ele
faz baixar o nível dos salários e põe em causa os postos
de trabalho para os canadianos, enquanto os trabalhadores estrangeiros e os grupos que os defendem se
queixam das miseráveis condições de trabalho e da
violação dos seus direitos. Os trabalhadores estrangeiros têm-se queixado também das dificuldades para
obterem uma autorização de residência permanente.
Questionado sobre se o governo de Otava está a
considerar aligeirar as exigências para a autorização
de residência permanente, McCallum respondeu que o
executivo “está, certamente, a considerar a possibilidade de encontrar um caminho para facilitar a residência permanente”.
Recorde-se que no passado mês de Junho, o governo federal já tinha atenuado as medidas que limitam o
número de trabalhadores temporários estrangeiros,
com baixas qualificações, que as empresas podem
contratar. Isto, depois das empresas se terem queixado
que os números da limitação estavam a causar falta de
mão-de-obra no Canadá.
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CANADÁ EM FOCO
Visita da Imagem
Peregrina de Nossa
Senhora de Fátima à
Arquidiocese de Toronto
Como preparação da grande celebração do Centenário das Aparições de Fátima, a Conferência Episcopal Portuguesa propôs que a Imagem Peregrina de
Nossa Senhora de Fátima percorresse todo o país,
visitando todas as Dioceses.
Associando-se à iniciativa dos Bispos portugueses, a Paróquia de São
Mateus, o Padre André
Grecki SVD e o Padre
João Mendonça, com o
apoio da Arquidiocese de
Toronto, sabendo da importância da Mensagem de
Fátima na vida das comunidades Portuguesas, formulou um convite ao Santuário de Fátima manifestando o desejo sincero de
receber a Imagem Peregrina na Arquidiocese de
Toronto. O convite foi aceite pelo Santuário.
Assim sendo, a Imagem Peregrina visitará Toronto dos dias 5 de Outubro a 14 de Outubro de 2016.
Com a alegria própria de quem recebe uma ilustre
visitante e com o intuito de proporcionar a todos os
devotos momentos de profunda espiritualidade.
Foi elaborado o seguinte programa:
• Dia 5 de Outubro - 18:45hs - Chegada da
Imagem Peregrina na Sata Airlines - 840321 - (Pearson
Airport)
- 21:00 hs - Eucaristia na Igreja de São Mateus e
Vigília de Oração
• Dia 6 de Outubro - 9:00am. - Eucaristia na
Igreja de Santa Cruz
16:00 - Acolhimento da Imagem, Eucaristia e
Vigília de Oração na Igreja de Santo António
• Dia 7 de Outubro - 9:00am - Acolhimento da
Imagem Peregrina na Igreja de São Sebastião, celebração da Eucaristia - Primeira Sexta Feira do mês
• Dia 8 de Outubro - 4:00am. - Eucaristia de
envio dos Peregrinos a Marylake na Igreja de São
Sebastião
-14:00hs Partida da Imagem Peregrina para
Marylake
• Dia 9 de Outubro - 19:00hs Procissão de Velas
- Igreja de Cristo Rei em Mississauga e Vigília de
Oração
• Dia 10 de Outubro - 10:00am - Missa de Acção
de Graças - Igreja de Cristo Rei em Mississauga
- 16:00hs - Acolhimento da Imagem Peregrina,
Terço com os idosos, Eucaristia e Vigília de Oração Igreja de Santa Inês
• Dia 11 de Outubro - 9:00am Acolhimento da
Imagem Peregrina e Eucaristia - Igreja de Santa Helena
- 16:00 - Acolhimento da Imagem, Eucaristia e
Vigília de Oração Igreja de Nossa Senhora de Fátima
em Brampton
• Dia 12 de Outubro - 9:00am. - Acolhimento da
Imagem Peregrina, e Eucaristia na Igreja de Santa
Maria dos Anjos
- 15:00 hs - Acolhimento da Imagem Peregrina na
Igreja de São João Bosco
- 19:00 hs - Procissão de Velas pela rua de Rogers
Str com concentração na Igreja de São João Bosco
- 21: 00 hs - Eucaristia Campal no pátio da escola
de São Mateus
• Dia 13 de Outubro - 19:00 hs - Eucaristia
Solene presidida pelo Cardeal Tomas Collins no pátio
da Escola de São Mateus e Vigília de Oração
• Dia 14 de Outubro - 9:00am. - Eucaristia na
Igreja de Santa Maria e Vigília de Oração até á despedida da Imagem Peregrina que partirá na Sata Airlines
- 840322 pelas 21:45hs (Pearson Airport)
Fazemos um forte apelo à participação de todos
neste acontecimento raro que, de certo, trará muitas
bênçãos e graças do Céu às nossas comunidades.
Para mais informações pedimos que se contacte as
respectivas paróquias.
Gratos pela atenção dispensada
ça
16 de Setembro de 2016
Padre André Grecki SVD e o Padre João Mendon-
Mais de 600 candidatos inscritos
para a 11.ª edição do Concurso
de Cantores
Por Noémia Gomes
Sol Português
A edição 2016/2017 do Concurso de Cantores com
John Santos começou no domingo (11), com a realização
da primeira sessão de audições e provas.
Neste que marca o 11.º ano para este concurso de
talentos cada vez mais multicultural estão já inscritos
mais de 600 participantes, sendo que na primeira audi-
sessões de orientação para a escolha das canções e tons
de música.
Em breve ficarão aprovados os 60 candidatos que
este ano irão competir, sendo que os primeiros 20 poderão ser ouvidos pelo público durante a primeira ronda de
qualificação que terá lugar no dia 2 de Novembro na
Casa do Alentejo de Toronto.
No total haverão cinco rondas de qualificação,
sendo a última no dia 15 de Fevereiro, ficando a primeira
ção compareceram cinco concorrentes luso-canadianos:
André Costa, Victória Raimundo, Jana Pimentel, Carina
Freitas e Melanie Cabral.
Sob o ouvido atento de Lisa Santos e Mário Aguiar,
e segunda semifinais da competição agendadas para
Março, e a grande final para 29 de Abril, no Centro de
Convenções Pearson.
Entretanto estão já vários eventos programados
que seleccionaram os candidatos, ficaram desde já apurados 32 aspirantes, havendo ainda mais duas audições e
para os concorrentes, desde ensaios a seminários,
workshops e sessões fotográficas e de vídeo.
16 de Setembro de 2016
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PORTUGAL EM FOCO
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Museu do Pão aumentou oferta cultural de Seia e
atrai 200 mil pessoas por ano
O Museu do Pão, inaugurado na cidade de Seia
em Setembro de 2002, contribuiu para aumentar a
oferta turística daquele
município da região da Serra da Estrela, atraindo anualmente cerca de 200 mil
visitantes.
O presidente da Câmara Municipal de Seia,
Carlos Filipe Camelo, reconhece que, sendo o Museu do Pão “uma iniciativa
privada, tem funcionado
muito bem em termos de
complementaridade, quer
com a comunidade, quer
também com o próprio município”.
“Foi uma ideia concebida num contexto muito
próprio daquilo que é o valor da região. Porventura,
nem todos acreditavam naquela iniciativa, mas é, na
sua essência, algo que conduz a Seia cerca de 200 mil
pessoas por ano. Tanto assim é que, no final dos cinco primeiros anos, celebrou
a presença do visitante um
milhão”, sublinha.
Para o autarca, o sucesso do equipamento cultural e turístico, “não deixa
de ser também o sucesso do
próprio concelho”.
O director científico
do Museu do Pão, Sérgio
Carvalho, lembra que o espaço “desde cedo” se “pretendeu assumir como um
polo cultural e institucional
do concelho de Seia e da
região em que se insere”,
sem prejuízo de se afirmar,
também, “como um museu
de âmbito nacional”.
Adoptando a máxima
“Se queres ser universal,
fala sobre a tua aldeia” –
numa adaptação da frase de
Tolstoi ‘Se queres ser universal, começa por pintar a
tua aldeia’ -, “o museu cedo
assumiu que a sua tarefa
começava e começa, antes
de mais, no concelho onde
se instalou. Só devidamente sedimentado e enraizado
no terreno poderia o Museu
do Pão alcançar os seus
objectivos globais. Essa inserção decorreu naturalmente”, refere Sérgio Carvalho.
Catorze anos após a
abertura do complexo, “e
bem mais de um milhão de
visitantes depois”, o director científico do espaço reconhece que o museu e o
concelho de Seia “fazem
parte da mesma família,
com interligações necessa-
riamente culturais, mas também sociais e económicas”.
Mário Jorge Branquinho, responsável pela Casa
Municipal da Cultura de
município.”Um fenómeno
que tem demonstrado como
a cultura contribui para o
desenvolvimento destas zonas de montanha fustigadas
Seia e director do Festival
Internacional de Cinema
Ambiental CineEco, diz à
Lusa que a abertura do Museu do Pão constituiu um
“fenómeno” e um “acontecimento relevante” para o
pelo
abandono
populacional, mas de elevado potencial turístico.
Neste caso, o Museu do Pão
tem-se afirmado como um
instrumento de afirmação
cultural de Seia, graças à
visão dos seus promotores
e à coerência seguida no
seu plano de acção”, afirma.
Em sua opinião, trata-
visitantes e reforça a identidade local, complementando de forma decisiva a
estratégia de desenvolvimento turístico do município em torno do seu potencial eco cultural, fortalecendo a sua atractividade
ao nível paisagístico,
ambiental e histórico-cultural”, sublinha.
Segundo Mário Jorge
Branquinho, o museu “tem
contribuído para a melhoria
da oferta cultural da cidade
de Seia” e, desde a sua abertura, “foi determinante no
reforço da notoriedade” no
quadro turístico e cultural,
“tão relevante quanto decisivo no desenvolvimento
deste território”.
O complexo do Museu do Pão, com mais de
3.500 metros quadrados de
área coberta, possui, entre
outros espaços, salas
expositivas sobre “Ciclo do
Pão”, “Pão Político, Social
e Religioso”, “Arte do Pão”
e “Espaço Temático”, resse de um equipamento “que taurante, biblioteca e merreforça a memória e identi- cearia antiga.
dade, construindo simultaneamente caminhos de desenvolvimento
e
de
revitalização do território”.
“Cria emprego, atrai
Se beber...
não conduza
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16 de Setembro de 2016
PENA E LÁPIS
Donald Trump e a Comunidade Portuguesa
da Califórnia
Por Diniz Borges
Sol Português
É fácil fazer-se generalizações. Quase sempre são
incorrectas, baseiam-se em falácias e perigosas para
conversas e debates sérios e coesos. Daí que quando se
ouve: os portugueses da Califórnia são todos a favor de
Donald Trump fico arrepiado e consternado. Primeiro
porque é incorrecto e isso é grave, segundo porque se
fosse verdade dizia muito mal de quem somos como
povo.
A outra generalização absurda que se ouve, ainda
há poucos anos por uma senhora pseudo líder da nossa
comunidade, é: os portugueses da Califórnia são todos
conservadores. Mais um paralogismo feito porque, infelizmente, achamos que como portugueses somos todos
iguais e feitos da mesma moldura e porque muitos lusoamericanos têm um conhecimento muito superficial da
sua cultura. Aliás, dizer-se que os portugueses são todos
conservadores é não conhecer a história do nosso povo,
a nossa ligação aos valores da justiça social
implementados em cada um de nós pelo catecismo.
Há portugueses de todas as tendências políticas e
se houve alguma viragem à direita, em alguns sectores
das nossas comunidades, deve-se em parte às vicissitudes
do nouveaux riches, ou pior aos pseudo nouveaux riches.
A cultura portuguesa, que nunca foi, nem nunca
será estática, está repleta de características basilares que
não têm nada em comum com a actual ideologia conservadora, muito menos com a
bombástica, xenófoba, cruel e desrespeitadora atitude
do magnata nova-iorquino.
Mais, para uma comunidade maioritariamente açordescendente, praticante do
culto do Espírito Santo, presente em cada uma das nossas ilhas e nas comunidades, Donald Trump é a antítese desse culto.
Como já referenciei num texto sobre a nossa participação no mundo político californiano, baseado em
números oficiais do “census” de 2010, 86 mil eleitores
recenseados identificaram-se como sendo de origem
portuguesa. Desses, 36.137 estão recenseados como democratas, 26.809 como republicanos e 23.347 como
independentes. Sabe-se, segundo todos os inquéritos e
estudos que os independentes, no momento do voto
tendem em votar democrata. Na Califórnia geralmente,
70 a 75% dos independentes votam à esquerda. Portanto,
os números refutam, como sempre, todas as afirmações
generalistas e simplistas que se fazem, umas vezes por
insipiência, outras por maleficência.
A verdade é que a maioria dos californianos de
origem portuguesa tendem a votar em candidatos do
Partido Democrático. E mesmo os ligados ao Partido
Republicano, nem todos são apoiantes de Donald Trump,
começando pelos próprios candidatos ao Congresso de
origem portuguesa no Vale de San Joaquim.
Do lado Democrata temos o veterano Jim Costa.
Um amigo da nossa comunidade e amigo pessoal há muitos anos. O congressista Costa tem
defendido a multiculturalidade americana e os
contributos que todos os emigrantes têm feito
para este país. Ainda recentemente recusou,
publicamente, a ideia de construir paredes e o
princípio de banir emigrantes para os Estados
Unidos por motivos religiosos. Obviamente
por ser apoiante de Hillary Clinton, Jim Costa,
que antes de ser Congressista foi legislador estadual
durante 24 anos, conhece bem o seu distrito, no qual 4
em cada 10 eleitores são latinos, daí não perder uma
única oportunidade para se debruçar sobre a história
americana como uma história de imigrantes, de apoiar a
reforma do sistema de imigração dando aos cerca de 11
milhões de indocumentados a oportunidade de se legalizarem e continuarem a viver e contribuir para o sistema
americano.
Durante a convenção do Partido Democrático em
Filadélfia, num painel sobre a ruralidade americana, Jim
Costa que representa uma das zonas com maioria produção agrícola no país e onde se vê placards com a frase
“Farmers for Trump - Agricultores com Trump” fazendo
uma alusão directa a esses placards disse: “se pensam
que Donald Trump sabe o que é plantar e cuidar de
colheitas, estão certamente a ver outra pessoa e não
Donald Trump.”
O seu opositor, o mesmo que teve há dois anos,
Johnny Tacherra, que é de origem portuguesa, com o
nome de Teixeira, mudado para Tacherra, especula-se
por razões fonéticas, e muito menos em sintonia com os
valores da sua herança cultural do que Costa, não tem
feito muitas afirmações sobre Trump. O seu director de
campanha, também luso-descendente, Lee Neves, foi
citado pelo Los Angeles Times como tendo dito que a
candidatura de Trump é positiva para o seu patrão e
positiva para o Vale de São Joaquim, afirmando, numa
narrativa que se poderá interpretar como fantasia ficcional,
que os “latinos do vale são mais conservadores.”
A campanha de Tacherra é famosa por em Dezembro de 2015 ter feito um jantar de angariação de fundos
tendo como prémio de porta uma arma de fogo. O distrito
tem uma população na ordem de 712 mil pessoas, 424
mil hispânicas e17.174 eleitores de origem portuguesa,
ou seja 2,4%. Por sinal o distrito com maior número de
portugueses.
Mais a sul, no vigésimo-segundo distrito, onde
vivo há quase cinco décadas, temos o jovem congressista
e meu amigo pessoal Devin Nunes. Um líder no Partido
Republicano a nível nacional, com influência na actual
liderança conservadora na Câmara dos Representantes,
Devin Nunes, tem uma das reeleições mais fáceis. No
acto eleitoral de 2014 ganhou com 71% dos votos e em
2012 com 61% dos votos. Segundo números do “census”
é um distrito com uma população na ordem dos 739 mil
habitantes dos quais 435 mil são latinos e 12.125 de
origem portuguesa. Os anglo-saxónicos representam 42%
da população, os latinos 44%, os asiáticos 7,3%, os afroamericanos 2,8% e os descendentes dos portugueses,
1,8%.
No distrito de Devin Nunes, sobejamente conhecido nos Açores pela sua liderança na questão da base
das Lajes, 44% dos recenseados são republicanos,
33% democratas e 23% independentes.
Apesar de recentemente ter organizado, com
apoiantes de Donald Trump
uma visita do candidato a
Tulare, para um almoço privado em que o preço do
bilhete oscilava entre os
2.700 e os 25 mil dólares,
dando para os cofres da
campanha do magnata mais
de um milhão de dólares, o Congressista lusodescendente, que apoia o candidato republicano não o tem feito com muito entusiasmo.
Devin Nunes, um jovem com pouco mais
de 40 anos, tem já mais de uma dúzia de anos
de experiência política em Washington, faz
parte do sistema do partido e sabe muito bem
que uma colagem a Trump poderá provocar,
num distrito cada vez mais hispânico, se não a
curto, pelo menos a médio prazo, alguns dissabores.
Em pleno contraste a Devin Nunes está o seu colega
republicano, o congressista David Valadão que em Julho
deste ano distanciou-se completamente de Donald Trump.
Filho de emigrantes da ilha Terceira, de uma família
conhecida e respeitada na nossa comunidade, é o único
dos três congressistas que é fluente em português. David
Valadão, disse numa conferência de imprensa que não
apoia o candidato do seu partido à Presidência. Separouse de Trump, afirmando que não pode apoiar um candidato com um discurso tão inflamatório e uma retórica
altamente divisionista. Acrescentou que não votará por
nenhum dos candidatos, nem Trump, nem Clinton, não se
sabendo se votará por um candidato de um terceiro
partido político ou se não votará, o que não é bom
indicador democrático, particularmente para quem é eleito. Mais, a meados deste Verão todos os placards que
Valadão tinha junto das auto-estradas, ligados aos de
Donald Trump, foram removidos.
O distrito de David Valadão é composto por 712
mil pessoas, 520 mil das
quais latino-americanas, apenas 11.910 são
de origem portuguesa
ou seja 1,8%. Apenas
20 mil pessoas possuem um curso universitário e a zona tem dados
socioeconómicos bastante preocupantes. O
distrito, para além de
ser altamente hispânico tem tendência democrática, com
47% democratas recenseados, 33% republicanos e 20%
de independentes. David Valadão cedo percebeu que
para ter qualquer hipótese neste acto eleitoral teria que
distanciar-se de Donald Trump. É mais do que óbvio que
o fez por razões políticas, mas espero que também o
tenha feito pela sua herança cultural e a história pessoal
de família imigrante.
Ao entrarmos na fase final da campanha presidencial nos Estados Unidos da América, uma campanha sem
precedentes, motivada pelo ódio, o espírito vil e denegridor de Donald Trump, é provável que ainda mais uma
vez, nos queiram colocar todos no mesmo saco político.
Para quem não se interessa com factos é fácil dizer-se
que todos os portugueses e luso-descendentes da
Califórnia são conservadores. É mais ou menos como
dizer-se que todos os açorianos se perdem por touradas
à corda, quando elas existem em basicamente uma ilha,
com casos esporádicos em mais duas ou três. As generalizações são sempre perigosas e quase sempre falaciosas.
Vemo-las precisamente nas afirmações de Donald Trump.
A realidade é que dos votantes recenseados na
Califórnia, que se identificam como portugueses, 42%
identificam-se como democratas, 31% como republicanos e 27% como independentes. E acredito que dos 31%
que são republicanos, alguns meus amigos, há muitos
que não se identificam com a antítese da açorianidade e
da portugalidade representada na xenofobia, no racismo,
na arrogância, no desrespeito pela dignidade humana e
assaltos aos princípios do catecismo que todos aprendemos em criança e que são emblemas da campanha de
Donald Trump.
Não acredito que a comunidade da Califórnia esteja em sintonia com Donald Trump. Se o estiver estará,
certamente, a fugir de si própria.
Califórnia, 7 de Setembro 2016
16 de Setembro de 2016
SOL PORTUGUÊS | PORTUGUESE SUN
PORTUGAL EM FOCO
Correspondente de Portugal:
Aos Papéis
Por Hélio Bernardo Lopes
Sol Português
Como qualquer um de nós conhece já perfeitamente, os portugueses, graças à transparência da nossa vida em
sociedade, ficaram verdadeiramente aos
Papéis da Mossack Fonseca. E ninguém
imagina – nem os escritores mais criativos de temas policiais – que algum dia algo venha a
ser conhecido por estas bandas. A partir do momento
em que se falou de políticos e de jornalistas, a
dissipação das novidades teve uma aceleração incomensuravelmente superior à do fumo de um cigarro.
Não se deu isto com os Estados que alumiam
duas vezes, como agora se está a ver com a Dinamarca. Por isso mesmo, eles vivem bem e nós sempre à
espera do regresso do prejuízo. Basta escutar as
lideranças do PSD e do CDS/PP, e logo se percebe
que, por ali, só a continuação da anterior desgraça
social, mas de modo mais veloz e global.
Pois, o Governo Dinamarquês determinou-se
agora a pagar perto de um milhão e duzentos mil
euros, a fim de comprar informação fidedigna que
permita conhecer os contribuintes suspeitos de evasão fiscal. A seguir, proceder-se-á nos termos determinados pelas boas e justas leis dinamarquesas.
Por entre nós, como seria de esperar, nem uma
palavrinha sobre esta realidade. E logo a começar
pelos jornalistas, pelos comentadores, pelos analistas, pelos magistrados, advogados ou polícias. E se
alguma conversa vier a ter lugar, será logo para nos
ser dito que a procura da verdade não justifica descer-se tão baixo como andar a comprar informação
útil. Isto para cá dos mil e um argumentos e salamaleques logo trocados entre os porventura convidados
(a dedo). A nossa comunicação social livre, muito
diferente da angolana, da norte-americana ou
da russa...
No entretanto, parece que, em Genebra,
as autoridades terão detido o alegado
informador dos Papéis da Mossack Fonseca,
embora o jornal alemão que recebeu a documentação acredite que a pessoa em causa não
se trata da fonte principal do caso.
Como se vê, o crime quase não se descobriu – e quase por todo o mundo –, mas quem o
denunciou – não tinha outro modo de o fazer – é que
foi detido. Será ouro sobre azul se João Soares conseguir perceber como funciona, no mundo ocidental, o
tal seu constantemente brandido Estado de Direito
Democrático, agora ampliado de Social pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa. Conversas...
Por fim, uma naturalíssima consequência: Joseph
Stiglitz, Nobel da Economia, e Mark Pieth, penalista
de renome, deixaram os seus cargos na estrutura internacional criada após o escândalo dos Papéis da
Mossack Fonseca, destinada a investigar o sistema
financeiro do Panamá e da Suíça, porque o governo do
primeiro recusou comprometer-se com a divulgação
do resultado da investigação. Dos Estados Unidos,
mormente de Obama ou da líder da Reserva Federal,
nem uma palavrinha...
Tudo isto, junto ao salto quântico silencioso que
se abateu sobre o caso em Portugal – sim, porque nós
temos a comunicação social livre e a democracia
transparente, ao contrário de Angola...–, mostra bem
o modo criminoso global das ditas democracias de
hoje. Objectivamente e a menos de um ínfimo de
dúvida, valem zero. Tarefas bem remuneradas e que
sustentam prolongados e inúteis tempos de antena.
Por aqui se vê que – aqui, não em Angola, claro –
temos o Estado de Direito Democrático… Ah, e Social!
Festival “Post-Punk Strikes Again”
em Lisboa e no Porto
Lisboa e Porto vão acolher o festival “Post-Punk Strikes Again”, sexta e
sábado, na Caixa Económica Operária e
no Hard Club, respectivamente, com bandas como Branderburg (Rússia), Japan
Suicide (Itália) e Alma Mater Society
(Portugal).
Nos dois palcos, e dentro do género
surgido em finais dos anos 70, mas ainda
a marcar a actualidade, actuarão ainda
Whispering Sons (Bélgica), Bleib
Modern (Alemanha) e Poison Point
(França).
Entre os seis nomes escolhidos, os
russos Brandenburg, de Moscovo, e os
italianos Japan Suicide, de Terni, são um
dos exemplos maiores da sobrevivência
do género e da forma como se adequou às
sonoridades contemporâneas, tendo em
conta que são bandas fundadas bem depois de 2000, mas de explícitas influências de “new-wave” ou “dark-wave”, por
exemplo.
Os portugueses Alma Mater
Society, com um percurso feito nos palcos mais alternativos desde 2014, estão
em fase de pré-lançamento do seu primeiro álbum, que foi anunciado no primeiro trimestre do ano e que sairá sob a
chancela da 4AD, a carismática editora
que, nos anos 80 e 90, apostou no género
post-punk, entre outros, menos comerciais.
7
Breves de Portugal
PORTO: Restauro da Igreja e Torre dos Clérigos
vence 9.ª edição do Prémio Vilalva
O projecto de restauro e recuperação da Igreja e Torre
dos Clérigos, no Porto, venceu a 9.ª edição do Prémio Vasco
Vilalva, no valor de 50 mil euros, anunciou a Fundação
Calouste Gulbenkian.
LISBOA: Casas vendidas em menos de seis meses
Cerca de 55% das casas à venda na Área Metropolitana
de Lisboa (AML) entre o segundo trimestre de 2015 e o
primeiro trimestre deste ano demoraram menos de seis meses
a ser vendidas, revelou segunda-feira a Confidencial Imobiliário.
Os dados, apurados no âmbito do SIR – Sistema de
Informação Residencial, indicam que, desde Abril de 2015
até Março deste ano, as empresas que integram o sistema
para a região de Lisboa registaram “um total de 6.746 casas
transaccionadas na AML, das quais cerca de 20% vendidas
em menos de três meses e 35% entre os três e os seis meses”.
“O facto de mais de metade das casas evidenciarem um
tempo de absorção até seis meses e de os imóveis com mais
potencial serem mesmo vendidos em apenas três meses, é já
um sinal da crescente procura de habitação”, segundo o
director da Confidencial Imobiliário, Ricardo Guimarães.
De acordo com os dados da Confidencial Imobiliário, do
total de vendas realizadas, 40% concentrou-se no concelho
de Lisboa, com um preço médio de venda entre 1.750 euros
e os 3.000 euros por metro quadrado. Depois de Lisboa, os
concelhos de Sintra, Cascais e Oeiras foram os que registaram
mais vendas, com valores entre 8 e 9% do total de vendas.
ALCOBAÇA: Acção de limpeza na Praia da Légua
A Praia da Légua, no concelho de Alcobaça, vai ser alvo,
no sábado, dia 17, de uma acção de limpeza integrada na
campanha global “International Coastal Cleanup”, promovida pela organização Ocean Conservancy.
A campanha visa reduzir a quantidade de resíduos nos
oceanos.
A iniciativa conta com o apoio da Câmara Municipal de
Alcobaça e realizar-se-á entre as 09:30 e as 12:30, devendo
os participantes levar luvas de jardinagem, chapéu, protector
solar e água, divulgou a organização.
SOL PORTUGUÊS | PORTUGUESE SUN
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16 de Setembro de 2016
PENA E LÁPIS
Correspondente do Brasil:
Impeachment, julgamento, farsa, etc.
Por Francisco G. de Amorim
Sol Português
Há tempo que não faço comentários à política,
economia, segurança e outras áreas do Brasil... para que
fazer?
O impeachment da madama dona presidenta foi um
teatro de comédia. Comédia pobre, mal-educada, grosseira, podre, falsa. Mandaram a dona para casa, mas não
lhe caçaram os direitos políticos o que foi uma violação
à Constituição. Isso quer dizer que ela pode se candidatar
novamente e voltar para onde estava, daqui a pouco mais
de um ano. Brilhante, né?
Isto porque a grande maioria dos políticos – deputados, senadores e até juizes – preferem ficar em cima do
muro, para o caso da senhora voltar eles continuarem a
mamar na teta da res publica.
Entretanto assume o vice – o do “golpe”, que nem
foi ele que deslanchou – e é obrigado a chamar para o
governo indivíduos com um, dois ou dúzias de processos
em tribunal. Porquê? Porque precisa do cãogresso e sem
o apoio dessa banditagem todos os projectos de acerto do
país lhe serão negados e entraremos em super colapso.
Em colapso já estamos.
Foi publicado há poucos meses um livro sobre o
juiz Sérgio Moro (que muito recomendo, escrito por um
professor universitário de direito, Luiz Scarpino) que
tem conduzido com muita coragem e isenção o aplaudido
processo “Lava Jato”, que já meteu na cadeia um monte
de grandões de colarinho branco.
Até Maio ou Junho deste ano, foram expedidas
largas centenas de mandados de prisão, preventiva ou
temporária, de busca e apreensão e de condução coerciva, a presidentes das maiores empresas do país, e seus
diretores, a diretores da Petrobrás, traficantes (doleiros),
amigos do Lula, Lulinha e Diliminha, ex ministros e toda
uma canalha envolvida em desvios que se calcula atinjam
a “montuêra” de largos bilhões de reais, roubados aos
cofres públicos.
Infelizmente no Brasil há toda
uma gangue – senadores, deputados, ministros e governadores, que
usufrui de uma manobra escandalosa chamada de “foro privilegiado”,
por eles criada, como é óbvio, que
obriga a justiça a só poder processálos junto ao Supremo Tribunal Federal, hoje entupido de processos, o
que protela até, por vezes, à prescrição!
O presidente do Senado tem um monte de processos em juízo – corrupção, abuso de poder, lavagem de
dinheiro e outras mil brincadeiras – e continua sendo
uma das figuras mais importantes e influentes no quadro
político do país, assim como uma imensidão de outros
senadores e deputados.
Se hoje fosse possível meter essa turma toda na
cadeia, o que significa algo em torno de quatrocentos
indivíduos (!!!!!) vários problemas, graves, surgiriam:
- primeiro não há cadeias que cheguem!
- depois, tal como já refere o Dr. Luiz Scarpino no
livro citado, e aconteceu na operação “Mane Pulite” na
Itália contra a máfia, de repente o Brasil ficaria acéfalo,
sem líderes (mesmo que se saiba que os de hoje são
“piores que o Deus me livre”) o que permitiria o aparecimento de outra casta de malandros espertos (malandro
e esperto é pleonasmo), como aconteceu na Itália com
Berlusconi!
Como resultado estes processos contra a corja que
se apropriou do país, têm que ir “piano, piano”, apesar
de todos esperarmos que não leve tempo demais até que
possam os bandidos se livrarem do cutelo da justiça.
Já tem muitos na cadeia, alguns com penas de 10,
15 e mais de 20 anos, e inclusive com multas que vão a
vários milhões de cada um. Mas ainda é só o começo.
O que está agora na moda, e essa moda veio também da Itália, são as delações premiadas que, de acordo
com a lei, prevê que pode beneficiar o acusado com:
- diminuição da pena de 1/3 a 2/3;
- cumprimento da pena em regime semiaberto;
- extinção da pena;
- perdão judicial;
E o povo fica estarrecido ao saber que um doleiro,
implicado pela segunda vez em lavagem de dinheiro, e
muitíssissimo dinheiro traficado entre a gangue do governo, depois de, na primeira vez há uns dez anos, ter
jurado pela saúde da mamãe e dos filhinhos que ia
portar-se direitinho, volta a ser apanhado neste processo
“Lava Jato”, é condenado a 124 anos de cadeia, entra
com a delação premiada e... passa 3 anos na cadeia
(cadeia com quarto privativo, sala de almoço, tv, e o
máximo de mordomias possível) e quando sair volta a ser
um “grande senhor”, dono de milhões em paraísos fiscais, e, certamente vai continuar com o seu trabalhinho
de comprar políticos e mandar dinheiro para fora!
É evidente que todos queremos acreditar na justiça, e que o povo torce por juizes como o Sérgio Moro ou
Joaquim Barbosa, os aplaude e até gostaria de vê-los a
comandar os destinos do Brasil.
Mas também sabemos que estes processos não só
não acabam nunca e que mesmo uma pequena melhoria,
leva anos a acontecer.
Se não se educar desde os primeiros momentos da
vida de um indivíduo que a ÉTICA e a educação são o
alicerce básico para se construir uma nação respeitável,
prendem-se agora um monte de facínoras bilionários,
mas no vácuo deixado outros tantos aparecerão.A educação começa em casa e nos primeiros bancos da escola.
Em casa, onde o povo está habituado ao jeitinho, a
ver milhões receberem propinas, na Petrobrás, institutos
de Seguros de aposentadorias, nos hospitais, no Detran
(para obter carta de condução mesmo sem fazer exame),
em TODAS as obras públicas, federais, estaduais ou
municipais, na polícia que é muitas vezes obrigada (ou
voluntária) a negociar com os narcotraficantes, agora na
organização das Olimpíadas com obras sobre faturadas e
onde até o presidente do CO da Irlanda vendia, aqui no
Brasil, ingressos igualmente superfaturados, será em
casa que os pais poderão ensinar os filhos a comportarem-se? Será que a maioria sabe o que é ética, ou quer
que país deixe de ter o “jeitinho”?
Será que vão aprender nas escolas primárias e
infantis onde a grande maioria vive um descalabro impressionante?
Só o tempo dirá.
A argumentação mais gasta é que aqui tudo é reminiscência do tempo colonial, dos portugueses! Ontem
comemoraram-se 196 anos do “grito” do D. Pedro, quando o Brasil se livrou de Portugal.
Continua-se a roubar e a culpa é do Cabral!
08/09/2016
www.fgamorim.blogspot.com
Politécnico de Viseu
aumenta número de novos
estudantes
O Instituto Politécnico de Viseu (IPV) aumentou,
pelo terceiro ano consecutivo, o número de novos estudantes colocados no concurso nacional de acesso, reforçando o seu posicionamento entre os cinco maiores
politécnicos do país.
Segundo o IPV, na primeira fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior (CNAES) foram
colocados 746 alunos. “Este número representa mais 54
estudantes (9%) em relação aos 692 registados em 2015.
Em 2014 tinham sido colocados 528”, refere.
A estes candidatos provenientes do Concurso Nacional de Acesso, acrescem os novos estudantes colocados
nos regimes de reingresso, mudanças de curso e concursos especiais, que são 428.
16 de Setembro de 2016
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PORTUGAL EM FOCO
9
A Bonita Zona de Monchique
Por Idalina da Silva
Sol Português
Recordar os dias de lazer nas
nossas férias de Verão é sempre agradável, e agora que estamos quase a
chegar ao Outono, a razão ainda mais
se justifica. A época preferida por
mim para fazer férias na Europa é
entre Maio e Junho. Os dias são menos quentes, menos
pessoas nas praias e muito mais espaço nos restaurantes
e lugares a visitar.
A Zona de Monchique é sempre bonita de visitar
nesta altura do ano com temperaturas na casa dos 30
às Caldas de Monchique, evitando alguns turistas já por
ali e apreciar a beleza da verdura e caminhos. Fui até à
zona de piqueniques, um lugar calmo e tranquilo, acima
da praça principal. O lugar não é enorme mas o ar é puro
e fresco com muitas árvores centenárias, que mesmo com
muito calor não faz diferença para se explorar o local.
Pelo caminho escondidas, são muitas voltas e voltinhas,
na esplanada, com maravilhosa vista de Portimão, e a
área de casinhas brancas.
Vale a pena ir até lá. Gosto de ver as esculturas
feitas pelos caminhos da montanha – parece que foi ali
alguém de propósito e deixou esculturas por todo o lado
feitas com as muitas pedras soltas que se encontra no
caminho – por exemplo, gostei de ver esta que até me faz
lembrar ser uma pessoa. E já agora chegou a altura de
compartilhar convosco o meu lugar preferido no Algarve
para comer galinha com piri-piri. Um pequeno restaurante, mesmo abaixo de fóia, chamado “A Rampa”.
Enquanto espera no terraço pela comida pode também comer um pouco do saboroso queijo local, que é uma
Caldas de Monchique
prontas a serem exploradas. A zona é geralmente ocupada durante o fim-de-semana pelos locais com as suas
merendas e família. As crianças correm à solta, livres
dos cuidados que geralmente os pais têm nas grandes
cidades. Durante a semana é sempre um local muito mais
tranquilo.
Nesta zona há pequeninos lugares maravilhosos
que nos fazem parar por completo para observar e relaxar pela janela da natureza a beleza que por ali paira,
mesmo as coisas que podem parecer menos importantes
acabam por nos dar uma visão grandiosa. A luz reflecte
na folhagem e faz dela uma pintura deslumbrante, e sem
se esperar encontramos lindos lírios brancos em plena
abundância.
A zona é pavimentada com pedra natural e muitos
bancos de madeira, ideal para uma pequena paragem de
descanso depois de uma caminhada ao calor e refrescar
maravilha. Não vou dizer quanto me importou este almoço pois o artigo não tem a finalidade de fazer reclame a
nenhum restaurante, porém posso dizer, que tudo o que
comi, e foi bastante…foi menos que 10.00 Euros! Pronto
graus. Pode ser muito agradável ir até à praia e deitar a
toalha de banho em qualquer lugar que assim entender,
pois espaço é algo que não falta. Porém também é igual-
com a água da nascente escondida entre a verdura. Depois de horas a explorar esta beleza nada melhor que
procurar para beber alguma coisa. Fui ao “O Tasco”.
Entre o tentar uma pose decente no tronco da árvore e
saborear a bebida, deu muito mais trabalho que a caminhada… puxa!
mente agradável encontrar uma sombra e descansar ao ar
E assim também chegou a altura de ir até Fóia –
livre.
quando a temperatura está quente de mais, outro lugar
Durante a última visita por estes lados decidi ir até agradável com boa comida. Aqui há sempre um ventinho
já disse.!!! Para desmoer tudo o que comi nada melhor
que outra caminhada e ver o maravilhoso cenário do sol
se escondendo através da folhagem da descida até ao
hotel…foi um dia perfeito!
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16 de Setembro de 2016
ENTREVISTA
Entrevista:
Carmen Moscatel regressa com novo álbum
depois de vencer grave e prolongada doença
Por Isabel Alves
Sol Português
Com quase duas décadas de carreira, a fadista luso-canadiana Carmen
Moscatel prepara-se para o lançamento daquele que será o seu segundo trabalho
discográfico, “Meu Fado”, uma obra inspirada pelos artistas e temas que mais a
tocaram e gravado pouco antes de ser confrontada por uma doença grave e
inesperada.
Foi, como nos conta, uma longa luta para conseguir recuperar dos efeitos de
uma infecção bacteriana que a atacou subitamente, obrigando-a a um período
intenso de terapia para a recuperação de grande número das suas faculdades
motoras, incluindo a fala e até a própria respiração.
Agora, ultrapassada a crise que quase lhe ceifou a vida e a retirou dos palcos,
a artista volta “renascida”, com uma voz diferente – “mais bagaceira e mais
fadista”, como salienta – e uma nova perspectiva de vida, intenta no lançamento
do trabalho que esteve em limbo durante todo o período de recuperação.
Para isso tem marcado um espectáculo para o dia 24 de Setembro, na Casa do
Alentejo de Toronto, a propósito do qual tivemos oportunidade de com ela
conversar, no âmbito de uma entrevista que a fadista nos concedeu na nossa
redacção e durante a qual nos relatou um pouco da sua história e da saga que viveu.
Sol Português – A
Carmen é uma reconhecida fadista da comunidade
portuguesa, com um percurso que já se iniciou há
alguns anos. Fale-nos um
pouco de como tudo começou?
Carmen Moscatel –
Começou há mais ou menos uns 16 ou 17 anos. Comecei a cantar, sem responsabilidade, nas noites de
fado vadio que aconteciam
na Casa do Alentejo – até
porque o meu marido [Manuel Moscatel] tocava lá.
Fui assim progredindo e um
dia ele disse-me: “Vamos
gravar um CD”.
Lancei o meu primeiro CD em Fevereiro de 2006
com o título “Nós e o fado”,
[álbum] que teve este nome
porque é o meu marido que
toca todos os instrumentos
e eu canto.
S.P. – Vocês têm essa
particularidade de estarem
juntos na música. A Carmen só canta se for acompanhada pelo seu marido?
C.M. – Não, até porque não posso fazer isso.
Não é justo. Claro que gosto e prefiro ser acompanha-
***
da pelo meu marido, mas
não é exclusivo. Se for convidada a cantar num sítio e
houver outros guitarras, eu
canto na mesma, sem problema.
S.P. – Mas sente diferença em palco? Essa cumplicidade que têm também
se nota em palco?
C.M. – Claro que há
aquela cumplicidade. Eu sei
o tocar dele. Mas para isso
é que servem os ensaios,
porque cada guitarrista tem
a sua maneira de tocar, com
determinadas particularidades.
S.P. – E foi ele que a
trouxe para o fado ou a
Carmen já tinha interesse
neste estilo musical?
C.M. – Eu já gostava,
mas foi uma grande ajuda
da parte dele, porque ele já
é guitarrista há muitos anos,
desde novinho – começou
com 14 anos.
S.P. – Como é que vê
a carreira de fadista num
país [Canadá] que não tem
o fado como tradição e
onde, por isso, também não
existem tantos locais para
cantar como, por exemplo,
em Lisboa?
C.M. – Bom, aqui não
se pode fazer vida disso. Eu
digo que é o meu part-time
agradável. É um prazer que
eu tenho. Gostava de fazer
alguma coisa profissional,
mas embora tenha esse sonho sei que não é possível
[aqui].
S.P. – Nestes seus 17
anos de carreira certamente não se limitou aos palcos
de Toronto. Em que outros
locais já actuou?
C.M. – Já actuei nos
Estados Unidos, em New
Bedford, e há uns seis anos
atrás, em Edmonton. Não
tive assim uma grande saída porque eu pensava à
maneira antiga: achava que
sabendo que eu existo, me
iam telefonar e convidar
para [actuar noutros] sítios,
mas não é bem assim. Hoje
temos de nos lançar e estar
sempre a mostrar o nosso
trabalho, e eu aprendi isso
com os mais jovens.
S.P. – Entretanto, lançou o seu primeiro CD. Era
composto só por originais
ou tinha também outros temas?
C.M. – Tinha um original de letra, não de músi-
ca, com letra de Mário Jorge. Os restantes eram fados
antiquíssimos dos meus artistas favoritos.
S.P. – Quem são então as suas inspirações no
fado?
C.M. – Eu tenho várias. Umas pela voz, outras
pela maneira de ser, com as
suas características em palco... mas a artista que realmente mais me entusiasmava era a Maria Valejo; uma
senhora com uma voz fabu-
do de gravar o segundo CD,
em Novembro de 2014. Em
Janeiro de 2015 fui ao festival Winterfest [nas
Caraíbas], porque o meu
marido ia lá tocar. A cabeça de cartaz era a Soraia
Mejdoubi, mas eu abria o
palco para ela. Infelizmente, na segunda semana senti-me mal do estômago e
acabei no hospital, onde me
induziram em coma porque
eu estava a morrer por causa de uma [infecção
de saber respirar.
Estive em recuperação
no hospital durante três semanas, voltei a casa e dois
dias depois entrei [novamente] no hospital, onde
voltaram a induzir-me em
coma porque estava com
uma infecção enorme, por
causa dos tubos que eu tinha tido, e que me estava a
sufocar. Como eles [médicos] dizem, eu não era para
estar aqui. Disseram que é
um milagre eu estar viva e
Carmen Moscatel nas nossas instalações, falou-nos dos problemas que teve de
saúde e sobre o lançamento do seu novo CD, no dia 24 de Setembro
losa. Para temas e fados
maravilhosos tenho a
Amália. Pela maneira de
estar em palco era a
Hermínia Silva e a Maria
Fernanda, na maneira de se
expressar a Teresa de
Noronha. Gosto muito também da Lucília do Carmo...
Gosto de um bocadinho de
cada.
S.P. – Mais recentemente, sabemos que estava
já a agravar o seu segundo
álbum quando algo dramático aconteceu na sua vida.
Quer falar-nos um pouco
sobre isso?
C.M. – Tinha acaba-
provocada por uma] bactéria.
Só sei que acordei já
no Canadá, duas semanas
depois, sem conseguir falar
nem fazer nada. Depois entrei num processo de recuperação complicado. Estive dois meses e meio no
hospital e [desde então]
praticamente tem sido este
tempo todo de recuperação.
Perdi a fala e cheguei a acreditar que não voltasse a cantar. Tive de aprender tudo:
a engolir, a comer, como
falar, a respirar..., porque o
meu corpo ficou de tal maneira fraco que deixei até
que tinha de ter paciência.
Consegui recuperar com
muita força de vontade.
A voz, continuo a fazer lições, mas já não estão
preocupados comigo [do
ponto de vista médico] .
S.P. – Ficou com um
timbre diferente?
C.M. – Sim, está assim uma voz mais bagaceira
e mais fadista, o que por um
lado foi bom. [Os médicos]
disseram que precisava de
mais um ano para recuperar
definitivamente e não me
deixam voltar às Caraíbas,
mas eu ia; não tenho medo.
S.P. – Este episódio
16 de Setembro de 2016
SOL PORTUGUÊS | PORTUGUESE SUN
ENTREVISTA
Carmen Moscatel regressa
mudou a sua vida?
C.M. – Mudou sim,
profundamente. Eu sempre
dei valor à vida, até porque
sempre trabalhei em hospitais e clínicas. Nunca fui
muito materialista, mas era
um bocadinho vaidosa.
Tudo o que eu via e gostava, comprava e agora já não
é assim. Não tenho paciência para essas coisas. Gosto
de estar bem, mas o que eu
quero mais é gozar a vida.
Viver o dia-a-dia como se
fosse o meu último dia.
S.P. – Uma vez que o
novo álbum foi todo gravado antes da crise médica,
então a voz que temos no
CD não é bem a mesma que
vai estar em palco?
C.M. – É verdade.
S.P. – Já tinha escolhido o título “Meu Fado”
antes de lhe acontecer todo
este episódio?
C.M. – Sim. Este CD
tem mais fados antigos.
Tem dois inéditos, que são
o “Ser mãe”, o fado da
Maria Rita, com letra de
Euclides Cavaco, e também
o “Açores e o fado”, dedicado ao arquipélago, que
ele teve a amabilidade de
escrever. Por acaso foi um
senhor muito prestável que
assim que eu disse que gostava de ter uma letra dele,
mandou-me logo uma dúzia
para eu escolher. Os outros
são temas antigos.
Acho que o fado está
um pouco mudado porque
muitos jovens querem
mudá-lo. Mas o fado é nosso, fado é fado e as pessoas
que gostam de fado apreciam aqueles fados antigos.
Isso vê-se quando estamos
a cantar um fado mais novo
e de seguida cantamos um
mais sentido ou antigo, que
as pessoas cresceram a ouvir. O bater de palmas e a
reacção do público é totalmente diferente.
S.P. – Então não gosta desta nova geração que
quer reinventar o fado?
C.M. – A bem dizer,
eles não estão a inventar
nada. Eles estão a ir aos
fados antigos e dão-lhe uma
nova roupagem. Não devem
mudar o fado como ele é.
Há um ou outro músico que
faz uma coisa diferente;
colocam outros instrumentos misturados com as guitarras, o que não quer dizer
que não seja bonito.
S.P. – Dentro do fado
tradicional, identifica-se
com aqueles fados mais
pesados e que falam de um
destino cruel, ou gosta de
fados alegres?
C.M. – Eu gosto do
fado sentido, mas gosto do
que fale de amor. Eu não
escolho fados muito pesa-
com os outros músicos.
Ele também trabalha
todo o dia e chega ao final
do dia cansado porque, é
como digo, o fado é o nosso
passatempo. Talvez quando estivermos reformados
seja diferente, mas pelo que
vejo nos outros é a mesma
coisa.
S.P. – Este CD, já com
algum atraso, vai ser lançado numa grande noite de
fado, que vai ter lugar na
Casa do Alentejo...
C.M. – No dia 24 de
Setembro...
S.P. – Mas a Casa do
Alentejo não foi escolhida
ao acaso, pois não?
“quero convidar a nossa comunidade portuguesa
para virem aos fados”
dos, mas a principal palavra que eu tenho nas letras
que escolho é Amor.
S.P. – Isso tem a ver
com o facto de haver um
casal envolvido no fado lá
em casa?
C.M. – Não, sabe
como é: “em casa de ferreiro espeto de pau” [risos].
Normalmente eu escolho uma letra e perguntolhe se um fado fica bem na
minha voz. Aprendo a letra
e depois ele toca enquanto
eu canto. Depois ralha comigo: “Não é assim que
deves cantar”. Naquela noite estamos duas ou três horas de volta daquilo. Ele
ralha comigo, eu fico zangada porque ele não está
com paciência... mas depois
aprendo, faço as coisas da
maneira que devem de ser,
ele guarda a viola e só volta
a tocar comigo no ensaio,
C.M. – Não. Para além
de ter muitos conhecidos e
amigos lá, foi lá que eu comecei a cantar e é lá que
gostava de lançar o meu CD.
S.P. – Nesse espectáculo vão actuar também
outros artistas da comunidade?
C.M. – Vou ter o Paulo Filipe, a Soraia Medjoubi
e o Luís Ferraz. Podiam ser
outros artistas, mas eles,
além de serem amigos, foram pessoas que apoiaram
a minha família quando adoeci. E deixo um agradecimento ao Valdemar e à
Adélia Medjoubi, à D.
Fernanda Almeida e ao Sr.
José.
S.P. – Neste espectáculo podemos esperar surpresas? Sente-se uma pessoa diferente em palco?
C.M. – Sinto. Experimentei cantar agora, quan-
do estive de férias em S.
Miguel, graças ao guitarrista Alfredo Gago da Câmara que conheci durante
visita [e] quero convidar a
nossa comunidade portuguesa para virem aos fados. Vai ser uma noite agradável. Vão ouvir fado alegre, sentido, com amor e
muita alegria. Gostava que
estivessem todos presentes
e adorava que a casa esti-
vesse cheia.
Os bilhetes estão à
venda na Casa do Alentejo
(telefone: 416-537-7766) e
comigo (telefone: 416-9308101).
S.P. – Tem alguma
mensagem especial que
gostasse de enviar aos leitores?
C.M. – Quero agradecer profundamente a todos
os que me abordaram na
11
minha recuperação e me
deram palavras de carinho
e de força, mas muito em
especial à minha família, ao
meu filho e ao meu marido
porque eles ajudaram-me
mesmo muito. Não é fácil
tratar de uma pessoa que
precisa de ajuda para tudo,
incluindo comer, e o meu
marido esteve sempre ao
meu lado.
Estreia de Miguel Vieira na
semana de moda de Nova Iorque
com viagem ao África Minha
Depois de uma espera de anos, o
criador Miguel Vieira estreou-se terçafeira na semana de moda de Nova Iorque
com uma colecção de Verão inspirada
no filme “África Minha”, onde predomina o tradicional preto e branco e o
dourado.
O ditado popular diz que “quem
espera, sempre alcança” e neste dia foi a
vez de Miguel Vieira finalmente pisar a
‘passerelle’ do New York Fashion Week,
uma estreia que marcou o regresso do
Portugal Fashion ao evento de moda
americano depois de 15 anos de
interregno.
“A minha presença em Nova Iorque
era uma presença da qual eu estava à
espera há bastantes anos, é algo que eu
já sonho há muitos anos e acho que neste
momento chegou o momento certo de
apresentar a colecção aqui nos Estados
Unidos”, disse à agência Lusa Miguel
Vieira antes do desfile que decorreu no
Pier 59 Studios.
O criador confessou estar muito
feliz com a presença em Nova Iorque e,
apesar de se confessar “demasiadamente nervoso” - o que habitualmente diz
não acontecer antes dos desfiles -, foi
peremptório: “estou a ser muito bem
tratado em Nova Iorque, Vai correr muito
bem, tanto para mim, como para Portugal”.
Segundo Miguel Vieira, a inspiração desta colecção tem a ver com o
filme o “África Minha”, obra cinematográfica com “actores e actrizes maravilhosos, que vestem de forma bastante
elegante”, especialmente durante a noite.
“Tem a ver com o pôr-de-sol, tem
a ver com os dourados, com o preto e
branco Miguel Vieira tradicional e tem
a ver sobretudo com várias formas geo-
métricas e de prints de animal, tanto
pequenos como bastantes grandes nas
próprias peças”, descreveu.
Com linhas essencialmente direitas, Miguel Vieira apostou em peças de
mulher com elementos para suavizar a
silhueta, com um toque romântico e por
vezes leve.
“Em parte safari, em parte tribal,
minimalista, é impossível fugir às experiências sensoriais que África nos transmite, transportadas para um cenário metropolitano”, pode ler-se no descritivo
da colecção.
O criador trouxe à semana de moda
nova-iorquina apenas parte da sua colecção para a próxima Primavera/Verão,
apostando mais nos coordenados femininos, com alguns apontamentos daquilo que criou para homem na próxima
estação quente.
“A partir de agora, farei a New
York Fashion Week mulher, com apontamentos de homem, e farei Milão
Fashion Week homem, com apontamentos de mulher”, revelou à Lusa.
Segundo o designer, vários agentes nos Estados Unidos, nomeadamente
da colecção Miguel Vieira Júnior, pediam-lhe para que apresentasse a colecção
em Nova Iorque.
“Seria uma maneira, nomeadamente através de jornalistas presentes, de
poderem difundir a marca de uma forma
não tão dispendiosa”, explicou.
Miguel Vieira encerrou a participação do Portugal Fashion na semana de
moda de Nova Iorque, depois de segunda-feira Katty Xiomara ter sido a primeira a trazer as propostas nacionais a
território americano.
Antes da edição nacional, o roteiro
além-fronteiras do Portugal Fashion ainda passa por Londres, Milão e Paris.
O
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16 de Setembro de 2016
COMUNIDADE EM FOCO
Uma década de fé e devoção:
Senhor Santo Cristo dos Milagres atrai milhares
de peregrinos a Brampton
Por Isabel Alves
Sol Português
O culto do Senhor Santo Cristo foi trazido para o
Canadá pelos primeiros imigrantes vindos dos Açores,
quando estes aqui se começaram a fixar em maior número a partir da década de 1950, e desde então tem sido
celebrado em várias paróquias, desde o centro de Toronto às cidades circunvizinhas, para onde a comunidade
lusa tem mais recentemente vindo a gravitar.
Há 10 anos, em Brampton, a Igreja de Nossa Senhora de Fátima instituiu as suas próprias festividades em
honra de “Ecce Homo”e tornou-se epicentro da que se
viria a constituir na maior cerimónia religiosa portuguesa da actualidade, atraindo fiéis que ali se deslocam
tugueses que devido ao seu estado de saúde têm poucas
oportunidades ao longo do ano para assistirem a uma
homilia num templo cristão.
Vindo de São Miguel e pela terceira vez entre nós
esteve o padre Norberto Brum, que acompanhou as
festividades trazendo consigo a memória viva destas
tradições, tal como elas são celebradas nas ilhas dos
Açores.
Ainda nesse dia procedeu-se à bênção da nova capa
para a imagem do Senhor Santo Cristo, que este ano foi
oferecida pela primeira vez pela própria comissão
organizadora do evento, como explicou à nossa reportagem o seu presidente, Guido Pacheco.
Em declarações ao jornal Sol Português, Guido
Pacheco lembrou que nesta festa tudo tem vindo a cres-
Mas foi sobretudo da zona em torno da Área da
Grande Toronto que se deslocaram milhares de visitantes, engrossando as hostes dos fiéis.
E seria a todo esse povo, que participa de diversas
formas nestas festas, que Guido Pacheco faria questão de
agradecer mais tarde, lembrando que sem ele “elas não
seriam possíveis”.
No segundo dia de actividades as manifestações de
fé continuaram, começando por volta das 16h00 quando
se procedeu à mudança da imagem, procissão e ritual que
teve o acompanhamento de duas bandas filarmónicas
visitantes: a Lira do Norte, vinda de São Miguel, e a do
Divino Espírito Santo de Laval, que se deslocou de
Montreal.
Também a banda da casa, a Lira Portuguesa de
vindos um pouco de todo o Canadá e até dos Estados
Unidos.
Entre os dias 9 e 12 de Setembro ali se comemorou
uma vez mais o culto do Senhor Santo Cristo dos Milagres, perante milhares de pessoas e entre fortes manifestações de fé e arraiais profanos dignos das grandes festas
que se realizam todos os anos em São Miguel e que são
a sua inspiração.
cer ao longo desta primeira década, a começar pela
própria comissão organizadora, que inicialmente tinha
apenas oito membros e este ano registou 27 elementos.
“Começámos pequenos, mas com muita força”,
salientou o dirigente, ressalvando que o apoio do pároco
Andrzej Chilmon, de origem polaca, tem sido incondicional ao longo de todos estes anos.
“A fé é que trás o povo”, acrescentou, justificando
Brampton, esteve presente nesta cerimónia e teve a acrescida honra, a convite da organização, de transportar o
andor do Senhor Santo Cristo ao longo do percurso.
Seguiu-se então uma celebração eucarística vespertina após o que como já é rito nas festividades portuguesas se iniciou o arraial profano com entretenimento em
língua portuguesa.
Apesar das previsões meteorológicas apontarem
A componente religiosa das celebrações teve o seu
início na passada sexta-feira (9) com a celebração da
Missa de Cura e Bênção dos doentes, que este ano juntou
mais de sete dezenas de pessoas só em cadeira de rodas,
na sua maioria idosos.
Este ritual, que desde há sete anos foi adicionado
ao calendário das festividades, leva à igreja muitos por-
assim os milhares de pessoas que anualmente afluem às
festividades, vindas um pouco de todo o lado.
Exemplo disso foram as pelo menos 15 excursões
que contámos, vindas de pontos tão distintos como Montreal, Kingston, London, Cambridge e até dos Estados
Unidos, e que lembram que esta celebração faz já parte
do roteiro turístico religioso da América do Norte.
para uma noite desagradável, de frio, chuva e trovoada,
o público não se deixou intimidar e compareceu em
força, precavido com chapéus de chuva que apenas viriam a ser necessários por um curto espaço de tempo.
Em todo o caso, a organização estava preparada
para o pior e tinha o salão de festas, que se situa na cave
da igreja, preparado para receber o espectáculo caso as
16 de Setembro de 2016
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COMUNIDADE EM FOCO
Um década de fé e devoção:
condições atmosféricas não permitissem a sua realização
no exterior.
Não seria necessário e a festa decorreu ao ar livre,
a começar por um concerto da banda montrealense convidada, Divino Espírito Santo de Laval, seguida por uma
E as demonstrações de fé eram muitas,
exemplificadas pela multidão de cumpridores de promessas que seguiam o andor, alguns transportando enormes velas e intercalando períodos de silêncio com momentos de intensa oração.
Integrados no cortejo viam-se várias individualidades da comunidade portuguesa, incluindo um dos pioneiros da imigração lusa para o Canadá, Afonso Tavares,
bem como o presidente da Azores Airlines em Toronto,
Carlos Botelho.
Seguiam também importantes representantes políticos locais, incluindo a presidente da Câmara de
Brampton, Linda Jeffrey, o vereador luso-canadiano
Martin Medeiros e a deputada federal Sonia Sidhu.
Por ocasião das bênçãos finais, o Bispo John
Boissonneau elogiou a fé e o trabalho desenvolvido
pelos portugueses na propagação do cristianismo, dei-
actuação do rancho folclórico Estrelas do Atlântico, que
aqui se deslocou proveniente da mesma localidade.
Com apresentação do radialista António César, o
espectáculo continuou com a animação característica do
cantor popular Mário Marinho, com temas animados e
xando votos de que daqui a 10 anos todos possam continuar a assistir a esta celebração anual.
Na sua capacidade de presidente da comissão de
festas ao longo destes 10 anos, Guido Pacheco deixou
publicamente palavras de agradecimento a todos os responsáveis, fazendo questão de salientar que o seu lugar
está à disposição de quem desejar assumir essas funções
e contribuir para a grandeza desta realização.
Nessa tarde o arraial profano viria a abrir com os
13
(12), altura em que decorreu o tradicional desfile de
oferendas, que foi acompanhado pela Banda Lira de
Brampton e após o qual se procederam as arrematações
das ofertas.
De acordo com os organizadores, mais do que o
arraial profano e tudo o que lhe é associado, são as
crenças religiosas e a devoção ao Senhor Santo Cristo
que fazem deste evento um sucesso todos os anos, podendo ser considerada neste momento a maior festividade
religiosa da comunidade portuguesa da área metropolitana de Toronto.
Em números largos, 220 voluntários reuniram esforços contribuindo para o sucesso das festividades,
ocupados em diferentes funções – na cozinha, no bar, na
confecção das famosas mal-assadas, no bazar ou até
mesmo a nível de coordenação.
Só para satisfazer os apreciadores de mal-assadas
foram necessários 700 quilos de farinha e mais de 30
voluntárias que trabalharam arduamente para servir a fila
sempre continua de clientes para o famoso doce frito,
estimando-se que foram confeccionadas e servidas entre
8.000 e 9.000 unidades.
Entretanto, e segundo o responsável por esta reali-
divertidos que depressa levaram várias pessoas à pista de
dança.
Cerca de uma hora mais tarde era a vez dos irmãos
Justino, vindos dos Estados Unidos, entreterem o público com temas tradicionais acompanhados à concertina e
depois, a encerrar a noite, o artista comunitário João
Marques, que voltaria ao palco no arraial do dia seguinte.
Chegava-se assim ao domingo (11) e para esse dia
estavam reservadas as principais cerimónias religiosas,
concertos das filarmónicas Lira do Norte e Lira Portuguesa de Brampton, prosseguindo depois com a actuação
da dupla local Lucy e Bella, a aquecer os ânimos para a
banda cabeça de cartaz, Starlight, que tinha previsto um
espectáculo de cerca de três horas.
O último dia das festividades foi segunda-feira
a começar pela celebração eucarística por volta das
12h00 e atingindo o seu auge com a procissão do Senhor
Santo Cristo, cerca de duas horas mais tarde.
O gigantesco cortejo percorreu as ruas
circunvizinhas à Igreja e cortou por completo o trânsito
na Hurontario Street (auto-estrada 10) naquela zona,
uma das principais artérias que atravessa a cidade de
Brampton.
As três bandas – Lira Portuguesa de Brampton, Lira
do Norte e Divino Espírito Santo de Laval – acompanharam o enorme desfile de fé, no qual se incorporavam
vários grupos religiosos da paróquia, bem como o rancho
folclórico visitante e um grupo de romeiros, entre outros.
Entretanto, o andor do Senhor Santo Cristo, majestosamente adornado de flores, destacava-se no desfile,
transportado por oito homens que devido ao peso se iam
revezando nessa missão,
Em seu redor via-se o séquito religioso, composto
por sacerdotes locais e pelo padre visitante, mas também
pelo Bispo John Boissonneau, da arquidiocese de Toronto, que mais viria a pronunciar-se para destacar o
contributo da comunidade portuguesa para a divulgação
da fé cristã.
zação, há sete anos que as verbas resultantes deste evento
são repartidas entre a igreja e os mais necessitados.
Uma parte fica para a igreja, para pagar as despesas
associadas às festas, mas Guido Pacheco destaca que a
maior fatia se destina a ajudar famílias carenciadas da
comunidade portuguesa.
Essa ajuda não é em dinheiro mas em bens porque,
como frisou o presidente da Comissão de festas, “o
Senhor Santo Cristo é isto: ajudar os que mais precisam”.
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16 de Setembro de 2016
PORTUGAL EM FOCO
Reportagem:
Chá branco dos Açores desperta interesse de
apreciadores de todo o mundo
Por Eduardo Costa
O chá branco dos Açores, na variante Índia, projecto-piloto que está a ser
desenvolvido na ilha de São
Miguel e visa contribuir
para diversificar a agricultura da região, tem despertado o interesse de apreciadores de todo o mundo.
de experimentação do Serviço de Desenvolvimento
Agrário da ilha de São
Miguel, nas Sete Cidades e
na Ribeira Grande, ocupando actualmente uma área
total de 2.200 metros quadrados.
As folhas desta variante, colhidas entre Abril e
Outubro, têm servido para
À agência Lusa, o director regional da Agricultura, Fernando Moniz
Sousa, explicou que desde
o final do século passado
foi introduzida a variante
Índia da planta em campos
a produção de chá branco,
nomeadamente o “agulha de
prata”, tido como “o topo
de gama dos chás, por ser o
menos processado”.
A engenheira agronómica Clara Estrela Rego
adiantou, por seu turno, que
só desde 2009 se começou
a explorar o potencial desta
variante, através do processamento laboratorial, e
“os resultados obtidos têm
sido muito satisfatórios”.
Além da variante Índia, existe a variante China
(esta introduzida nos Açores no século XIX) e das
duas é possível fazer vários
tipos de chá.
No caso da cultura da
primeira, “a folha e os gomos são grandes” e tolera
mais o calor, enquanto a
segunda tem uma folha muito mais pequena e “dá-se
melhor em altitude mais altas, tolera mais o frio”.
“Seja que chá for, o
que se tem de colher é o
gomo, a primeira folha e
eventualmente a segunda
folha, porque isto é uma cultura industrial e a qualidade é feita no campo, não é
feita em nenhuma fábrica”,
referiu Clara Estrela Rego,
acrescentando que “as plantas crescem sem recurso a
químicos e as folhas são
secas sem utilização de
energia eléctrica”.
Para melhorar a pro-
dução experimental da va- pessoas, conhecedoras de a planta, na variante China,
riante Índia foram envia- chá, no campo experimen- tendo surgido a indústria
das amostras para Paris e tal nas Sete Cidades, con- de transformação a partir
de 1878.
Mantêm-se hoje duas
fábricas em laboração,
Gorreana e Porto Formoso,
ambas na Ribeira Grande,
na ilha de São Miguel, que
produzem chá verde e preto
da variante China.
Fernando
Moniz
Sousa acrescentou que está
em conclusão a candidatura do chá a Denominação
de Origem Protegida
(DOP).
“É uma candidatura
que está a ser conduzida
pela Associação Agrícola
foi estabelecido um proto- celho de Ponta Delgada.
de São Miguel”, declarou o
colo com a Companhia
Segundo o director re- director regional.
Portugueza do Chá, em Lis- gional da Agricultura, o obA classificação DOP
boa, que a comercializa.
jectivo do projecto-piloto é atribuída a produtos cujas
“Desde que se estabe- visa estudar a rentabilida- produção, transformação e
leceu o protocolo e o chá de da produção para que elaboração ocorrem numa
b r a n c o c o m e ç o u a s e r depois os agricultores aço- área geográfica delimitada,
comercializado pela Com- rianos a possam aprovei- com um saber fazer reco-
panhia Portugueza do Chá,
houve uma explosão do chá
branco dos Açores”, afirmou Clara Estrela Rego,
acrescentando que também
já recebeu visitas de várias
tar, diversificar as suas culturas e aumentar os seus
rendimentos.
A cultura do chá nos
Açores remonta ao século
XIX, quando foi importada
nhecido e verificado.
Nos Açores estão já
classificados como DOP
produtos como o ananás, o
mel ou o queijo de São Jorge.
16 de Setembro de 2016
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INFORMAÇÃO GERAL
Governo da Madeira destaca papel liderante
dos professores na abertura do ano lectivo
O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque,
disse terça-feira, no
Funchal, que os professores constituem uma “classe
liderante” e desafiou-os a
desenvolver nas escolas
uma “visão prospectiva” do
futuro da sociedade.
“Os professores não
são uma classe profissional
qualquer. É uma classe profissional determinante nos
comportamentos futuros da
população e das novas gerações e, por isso, é muito importante termos uma visão
prospectiva daquilo que vai
ser a nossa sociedade dentro
de poucos anos”, afirmou
Albuquerque, na cerimónia
de abertura do ano lectivo
2016/2017, que decorreu na
Escola Básica e Secundária
João Gonçalves Zarco.
Na Região Autónoma
da Madeira, um total de 48
mil alunos, ao nível público e privado, iniciam no dia
19 de Setembro o novo ano
escolar, distribuídos por
cerca de 200 estabelecimentos de ensino e orientados
por um corpo docente composto por 6.200 professores.
“A classe docente nesta terra, como neste país,
deve ser e é uma classe
liderante em termos de opinião pública e em termos
de nortear a população pelo
exemplo e pelos juízos de
valor que emitem”, disse
Miguel Albuquerque, salientando que a educação
deve assentar em três “componentes fundamentais”: as
humanidades, a criatividade
e as ciências aplicadas.
O presidente do Governo Regional coloca em
primeiro lugar a formação
humanística, que considera
determinante para a realização e o enriquecimento
espiritual e intelectual do
ser humano, embora não
seja capaz de “bloquear a
barbárie” da humanidade.
Albuquerque desafiou, por outro lado, as escolas a “puxar pela imaginação e pela criatividade
artística” dos alunos, bem
como a apostar nas ciências aplicadas.
“Aí [ao nível das ciências aplicadas], temos um
desafio muito importante e
eu estou bastante satisfeito
com a evolução que a Região tem tido neste sector”,
disse, realçando que algumas
das empresas tecnologicamente mais avançadas da Europa estão sedeadas na Madeira e que há cerca de 400
madeirenses especializados
em altas tecnologias.
O secretário regional
da Educação, Jorge Carvalho, sublinhou, por seu lado,
o processo de colocação de
professores, que decorreu
este ano de “forma satisfatória”, pelo que “todas as escolas estão em condições de
iniciar as suas actividades
com normalidade”.
O governante vincou,
também, que as regras de
relacionamento com as escolas estão “mais claras” e
“mais condizentes” com a
autonomia que estas gozam.
“Temos menos intervenção administrativa por
via de informações que nem
sempre foram claras e em
tempo útil, e temos maior
afirmação do nível de competência dos responsáveis
pelas escolas”, afirmou.
Uma em cada duas empresas em Portugal prevê
aumentar efectivos este ano, revela estudo
Um estudo da consultora Mercer terça-feira revelado indica que 49% das
empresas em Portugal, uma
em cada duas, prevê aumentar o seu número de efectivos este ano, “reforçando a
tendência de crescimento
verificada em 2015”.
Por seu turno, 44%
das empresas consultadas
refere a intenção de manter
o número de colaboradores
e 07% admite reduzir as
suas equipas, prossegue o
mesmo estudo, intitulado
“Total Compensation Portugal 2016”.
A Mercer define este
trabalho como o “maior estudo nacional sobre tendências de compensação e benefícios” e nele é indicado
que “apenas 05% das empresas em Portugal optou por
congelar os salários para toda
a estrutura em 2016, um número que diminuiu face aos
22% verificados em 2015”.
O salário base anual dos recém-licenciados, no primeiro emprego, “situa-se tendencialmente entre os 13.057
euros e os 17.984 euros, nota
ainda a consultora.
O estudo analisou
160.232 postos de trabalho,
em 305 empresas no mercado português: a amostra foi
constituída por empresas multinacionais (54%), empresas
nacionais privadas (45%) e
uma minoria de empresas nacionais públicas (1%).
Em relação ao volume
de negócios, foi analisada,
segundo a Mercer, “uma
amostra diversificada, estando representadas pequenas,
médias e grandes empresas”.
“O universo encontrase, no entanto, repartido
sobretudo entre as empresas com menos de 50 mi-
Brasil: Lula da Silva era o “grande general” nos
crimes da Lava Jato, diz Ministério Público
O procurador Deltan
Dallagnol, que coordena a
força-tarefa da Operação
Lava Jato em Curitiba, disse quarta-feira que o exPresidente brasileiro Lula
da Silva era o “grande general” do esquema criminoso descoberto pelas autoridades.
Em conferência de imprensa em Curitiba, o procurador afirmou que o ex-
Chefe de Estado era o “comandante” que “determinou a realização e a continuidade da prática dos crimes” num mega-esquema
de corrupção, associado à
petrolífera Petrobras.
O procurador referiu
que o núcleo político está
no topo da “pirâmide criminosa” do Petrolão e no
centro do esquema aparece
Lula da Silva.
O Ministério Público
Federal (MPF) denunciou
neste dia o ex-Presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, a
sua mulher, Marisa Letícia,
Paulo Okamotto, presidente
do Instituto Lula, Léo Pinheiro, presidente da OAS,
e outras quatro pessoas ligadas à mesma empreiteira.
Em causa estão crimes de
corrupção activa e passiva
e lavagem de dinheiro.
lhões de euros de facturação
(62% da amostra) e mais de
100 milhões de euros de
facturação (20% da amostra). Verifica-se ainda uma
presença revelante de grandes grupos económicos,
com volumes de facturação
superiores a 500 milhões de
euros, que representam 6%
da amostra analisada”, frisa ainda a consultora.
15
Breves da Madeira
FUNCHAL:
Artistas promovem espectáculo solidário
Um grupo de artistas madeirenses e de fora da
região participam no domingo num espectáculo solidário para apoiar as vítimas dos incêndios que ocorreram na Madeira na segunda semana de Agosto, no
Teatro Municipal Baltazar Dias, no Funchal.
Segundo uma nota terça-feira divulgada pela Câmara do Funchal, esta é “uma iniciativa espontânea de
alguns nomes bem conhecidos do grande público”,
revertendo as receitas “totalmente para a conta ‘Funchal
Solidário’, criada pela autarquia no rescaldo dos incêndios e destinada exclusivamente a ajudar a população afectada”.
Os humoristas madeirenses do grupo 4litro, a Banda Jamie & The Marx, o vocalista Tiago Sena Silva, a
cantora Vânia Fernandes, vencedora de um Festival
RTP da Canção, e o cantor António Manuel Ribeiro,
fundador e líder da Banda Rock portuguesa UHF, são
alguns dos participantes neste espectáculo.
FUNCHAL:
Grupo Dançando com a Diferença dá três
espectáculos
O grupo Dançando com a Diferença protagoniza,
no teatro Baltazar Dias, no Funchal, de 16 a 18 de
Setembro, o espectáculo “Madeira. No Centro da Cor,
o Som”, integrado no programa comemorativo dos 40
Anos da autonomia regional.
Com entrada livre, o espectáculo é uma criação de
Henrique Amoedo, com música de Vitor Sardinha e
que foi apresentada em 2015.
Este grupo é conhecido pelo projecto de dança
inclusiva que tem promovido e pretende com este
espectáculo levar o público “numa viagem encantatória
pelos mais variados aspectos da ilha da Madeira, dos
elementos da natureza às cores e aos sons, do trabalho
e coragem das suas gentes à vida e ao futuro, tendo
como fundo musical obras de Vítor Sardinha aos quais
o público não ficará certamente indiferente”, refere a
informação divulgada sobre o evento.
Anuncie e Divulgue Sol Português
Operação Marquês: PGR dá mais seis
meses para conclusão da acusação
A Procuradoria-Geral
da República (PGR) informou quarta-feira que concedeu mais 180 dias (seis
meses) para a “realização
de todas as diligências de
investigação consideradas
imprescindíveis” na Operação Marquês, que envolve o ex-primeiro-ministro
José Sócrates.
Em nota enviada à imprensa ao final da tarde, a
PGR sublinha que, “nos
últimos dias”, os magistrados do Departamento
Central de Investigação e
Acção Penal (DCIAP)
“afectos ao inquérito informaram o superior hierárquico de que circunstâncias
imponderáveis e extraordinárias impediam a conclusão da investigação” no
tempo previsto, 15 de Setembro, quinta-feira.
“No essencial”, os magistrados referiram que durante a investigação “o Ministério Público foi sendo
confrontado com novos factos, integráveis no objecto
do processo”, foram
“identificadas suspeitas
de operações de favor em
novas áreas de negócios”,
existe uma “falta parcial
de cumprimento dos pedidos de cooperação internacional dirigidos à
justiça da Suíça e do Reino Unido” e “subsistem ficheiros informáticos apreendidos que dependem de
apreciação judicial, antes
de serem disponibilizados
e analisados pela investigação”.
SOL PORTUGUÊS | PORTUGUESE SUN
16
16 de Setembro de 2016
COMUNIDADE EM FOCO
De visita ao Canadá:
Sociedade Lira do Norte recebida em convívio
de Amigos de Rabo de Peixe do Ontário
Por Natividade Ledo e Carlos Ledo
Sol Português
No Canadá para participar nas festas do Senhor
Santo Cristo que decorreram no passado fim-de-semana
em Brampton, a Sociedade Filarmónica Lira do Norte, da
vila de Rabo de Peixe, São Miguel - Açores, foi reconhecida durante um jantar convívio do grupo de conterrâneos
local que se realizou na sexta-feira (9) no Clube Vasco
da Gama, sito naquela cidade.
A prestigiosa Banda rabopeixense é a mais antiga
nas de músicos, participa em todas as actividades locais,
sobretudo nas grandes festas do Divino Espírito Santo,
com maior destaque para a “Bandeira da Beneficência”,
impérios e respectivas procissões que se realizam ao
longo do ano em Rabo de Peixe, assim como nas várias
festividades religiosas em diferentes freguesias, vilas e
cidades da ilha.
Entre as deslocações que efectuou, não só pelas
ilhas do arquipélago açoriano mas também à Madeira,
somam-se passagens pelos Estados Unidos da América e
da vila e conta com mais de um século de existência, pelo Canadá, onde já por três vezes – 1978, 2005 e agora
tendo a sua fundação no ano de 1867, e tem como 2016 – visitou as comunidades rabopeixenses neste país,
mais propriamente na cidade de Toronto e arredores,
onde reside grande parte dos imigrantes oriundos desta
vila e que aqui se radicaram nas últimas décadas.
Nesta mais recente viagem a banda teve passagem
primeiro pelos Estados Unidos, a convite de Elvira Raposo, em memória do pai, Mariano Teixeira Raposo, e do
filho, Mariano Amaral Raposo, que há muitos anos se
fixaram em Fall River.
Ali participou nas grandes festas do Divino Espírito Santo, que todos os anos se realizam naquela localidade americana, e teve ainda parte nas festividades da
Portuguese Holy Ghost em West Warwich, Rhode Island.
A visita ao Canadá – onde a Banda viria a participar
nas festividades do Senhor Santo Cristo dos Milagres
dos num dos autocarros do conterrâneo Joe Rebelo, que
lhes ofereceu a viagem desde os Estados Unidos.
Para os receber, esta organização luso-canadiana
preparou um jantar convívio em sua honra, que no passada sexta-feira esgotou a lotação do Clube Vasco da
Gama de Brampton, dado o número de amigos de longa
data que quiseram matar saudades da Banda.
A refeição foi servida pela empresa de banquetes
luso-canadiana Catitas Catering e o som nessa noite
ficou a cargo de Durval Ferreira, D.J. da All Stars,
começando a Banda por tocar os hinos português e
açoriano ao abrir do encontro.
Mais tarde, uma exposição de fotografias retratava
a evolução da Banda ao longo dos anos, sendo ainda de
registar algumas intervenções e trocas de ofertas que
decorreram após o jantar, incluindo da parte de Martin
Medeiros – o vereador luso-canadiano da Câmara Municipal de Brampton que em seu nome e da presidente da
autarquia, Linda Jeffrey, entregou uma lembrança à Banda – e de Artur Macedo, presidente dos Amigos de Rabo
de Peixe do Ontário.
O serão terminou da melhor forma, com arraial a
cargo da Lira do Nordeste e o público alegremente a
rever e a recordar tradições e temas da sua terra.
A Lira do Norte é actualmente dirigida pelo maestro Aquilos Preto. que viria a convidar Artur Macedo –
também ele antigo músico desta Banda e Maestro de
padroeira Santa Cecília, conhecida tradicionalmente levadas a efeito pela Igreja de Nossa Senhora de Fátima outras Filarmónicas luso-canadianas – para dirigir uma
como protectora da música e dos músicos.
em Brampton – foi a convite do grupo Amigos de Rabo marcha com letra musical de sua autoria e intitulada
Constituída actualmente por mais de quatro deze- de Peixe do Ontário, com os músicos a serem transporta- “Adeus Amigo”.
16 de Setembro de 2016
SOL PORTUGUÊS | PORTUGUESE SUN
INTERNACIONAIS
Angola desbloqueou 75 milhões de euros em divisas
para pagar salários de expatriados num mês
O Banco Nacional de
Angola (BNA) disponibilizou quase 75 milhões de
euros em divisas para salários de expatriados, o que
tem vindo a aliviar a pressão sobre trabalhadores
portugueses, alguns dos
quais não faziam transferências há um ano.
Devido à crise económica, financeira e cambial
que Angola atravessa, só de
trabalhadores portugueses,
segundo o Governo de Lisboa, aguardavam por transferência no final de Julho
cerca de 160 milhões de
euros em salários. Milhares destes trabalhadores
começaram a regressar a
Portugal devido à situação
económica em Angola.
Contudo, só na última
semana, entre 5 e 9 de Setembro, o BNA disponibilizou aos bancos comerciais 13,4 milhões de euros
especificamente para operações de salários de expatriados. Somam-se mais 13,4
milhões de euros entre 29 de
Agosto e 2 de Setembro, e
17,9 milhões de euros entre
15 e 19 de Agosto.
O valor máximo destas transferências neste pe-
ríodo registou-se entre 8 e
12 de Agosto, com o BNA a
entregar aos bancos comerciais 29 milhões de euros
para garantir as transferências de salários de expatriados.
Valores que não encontram paralelo nos meses
anteriores, segundo dados
do BNA.
Trabalhadores portugueses contactados pela
Lusa em Luanda confirmaram que já viram nas últimas semanas desbloqueadas
transferências de salários
pendentes, algumas por realizar há vários meses.
Este cenário tinha já
sido traçado pelo secretário
de Estado da Internacionalização de Portugal, Jorge
Costa Oliveira, que a 20 de
Julho, após reunir-se com o
governador do BNA em
Luanda, se mostrou convicto que os vários meses de
atraso nas transferências de
salários dos trabalhadores
expatriados em Angola poderiam começar a ser resolvidos a partir de Agosto.
“Fico com a sensação
que há intenção de fazer pagamentos a partir de Agosto. Não me pareceu que houvesse capacidade para fazer
uma assunção no calendário, porque é necessário fazer o levantamento junto
da banca comercial dos
montantes em atraso”, explicou o governante português, no final da reunião
com Valter Filipe.
Ressaltou que “até ao
fim do ano há a intenção de
fazer alguma regularização” dessas transferências
por parte de Angola, “de
alguma forma ordenada e
priorizada” para “satisfazer vários dos pagamentos”.
“Temos uma especial
preocupação em relação à
situação que atinge muitos
trabalhadores e expatriados
portugueses que aqui estão,
alguns dos quais têm atrasos nas transferências cambiais de muitos meses e que
começam a reflectir-se em
termos significativos no
orçamento familiar dessas
pessoas”, admitiu o
governante português.
Durante a mesma visita a Luanda, Jorge Costa
Oliveira anunciou que o
Governo português estava
a estudar o lançamento, ainda este ano, de uma linha
de crédito para permitir re-
17
Breves Internacionais
Missão espacial Gaia mapeou já mais de mil milhões
de estrelas
A missão espacial Gaia, da Agência Espacial Europeia,
gularizar os então 160 mi- mapeou já, desde que foi lançada em 2013, mais de mil
lhões de euros de salários milhões de estrelas na Via Láctea, expandindo o invenque há vários meses os tra- tário de estrelas na galáxia, anunciou a ESA.
balhadores portugueses em
Angola não conseguiam re- Bayer compra norte-americana Monsanto por 59 mil
milhões de euros
patriar.
O grupo alemão Bayer anunciou a compra do fabriGarantiu que a linha
cante de transgénicos Monsanto por 66 mil milhões de
que está a ser pensada, com
dólares (59 mil milhões de euros), após aumentar a
o eventual recurso ao Teoferta para criar a maior companhia de sementes e
souro português, dará priofertilizantes do mundo.
ridade aos salários dos
expatriados nacionais por
transferir para Portugal “há Barack Obama renova embargo económico a Cuba
por mais um ano
vários meses”, face à escasO
Presidente
dos
EUA renovou por mais um ano a
sez de divisas, mas também
poderá ser utilizada para designada Lei do Comércio com o Inimigo, um estatuto
garantir pagamentos em de 1917 que sustenta o embargo económico imposto a
atraso a empresas portugue- Cuba, o que prolonga as sanções ao regime cubano.
sas em Angola.
“Os nossos cálculos Obama condena críticas “injustas” a Hillary Clinton
O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez
preliminares apontam para
160 milhões de euros, só de a sua estreia a solo na campanha democrata para as
[salários de] trabalhadores, eleições presidenciais de Novembro, classificando como
mas que nós julgamos que “injustas” as críticas feitas a Hillary Clinton.
deve ser dado tratamento preFranz Beckenbauer recebeu 5,5 milhões por
explicar antes do Mundial2006
ferencial, uma vez que há aqui
Franz Beckenbauer, uma das maiores figuras da históproblemas gravíssimos de
gestão de orçamentos famili- ria do futebol alemão, recebeu 5,5 milhões de euros de
ares que estão em causa. Até um patrocinador, verba não declarada às autoridades e
porque em muitos casos são presumivelmente relacionada com o Mundial2006.
p a g a m e n t o s e m a t r a s o Director Financeiro da Oi demite-se e é substituído
[transferências de divisas dos
por membro da Pharol
valores recebidos em moeda
O director de financeiro e relações com investidores
nacional] desde Novembro do da Oi, Flavio Nicolay Guimarães, demitiu-se e foi subsano passado”, explicou na tituído por um elemento do conselho de administração
ocasião o secretário de Esta- da Pharol, antiga PT SGPS, anunciou aquela operadora
do da Internacionalização. brasileira de telecomunicações.
Pharol vai pagar 1,25 milhões de dólares ao
regulador dos EUA
A Pharol, ex-Portugal Telecom SGPS, aceitou pagar
1,25 milhões de dólares (cerca de 890 mil euros) ao
regulador do mercado dos Estados Unidos por uma
das assembleias foi suspensa multa relacionada com a exposição da empresa ao Grupo
pela justiça brasileira, que Espírito Santo.
determinou mediação entre
as partes.
Além disso, o plano de
recuperação judicial apresentado pela empresa na segunda-feira passada (5) não
Caracas classificou terça-feira de “descaradas e
agradou ao grupo de credoimorais” as declarações do ministro dos Negócios Estranres representado pela Moelis
geiros do Brasil, que afirmou estar preocupado pelas deten& Company, detentor de
ções arbitrárias na Venezuela e disse ser impossível
40% dos títulos de dívida da
relacionar-se com o Governo de Nicolás Maduro.
Oi e que fez saber que está a
“A República Bolivariana da Venezuela refuta as
discutir com outros credo- descaradas e imorais declarações do ‘canciller’ [minisres a formulação de um novo tro dos Negócios Estrangeiros] José Serra”, escreveu a
plano.
ministra das Relações Exteriores venezuelana na sua
A empresa - que é a conta no Twitter.
maior operadora de telefoDelcy Rodríguez escreveu ainda que “o Governo de
ne fixo do Brasil e a quarta facto no Brasil, produto de um golpe parlamentar, violou
em rede móvel - enfrenta a ordem democrática naquela irmã nação sul-americana”.
um processo de recupera“A vontade de 54 milhões de cidadãos que elegeram
ção judicial por não ter con- a Presidente Dilma (Rousseff) foi violada por uma elite
seguido negociar a sua dívi- desrespeitadora dos Direitos Humanos e da Democrada de 65,4 mil milhões de cia”, frisou.
reais (17,66 mil milhões de
Na última segunda-feira, o ministro brasileiro José
euros).
Serra disse aos jornalistas que acreditava que as fricções
A Pharol, antiga PT diplomáticas do Brasil com o Equador e a Bolívia,
SGPS, detém cerca de 27% da ocasionadas pela destituição da ex-Presidente Dilma
empresa brasileira, enquanto Rousseff, vão ser superadas, afirmando-se no entanto
o fundo brasileiro Société incrédulo com relação a Caracas.
Mundiale conta com 7%.
“Esperamos que, no caso do Equador e da Bolívia,
se encontrem outro tipo de caminhos para a nossa relação,
mas no caso da Venezuela, parece que isso será impossível,
pelo menos enquanto o Presidente Nicolás Maduro estiver
caso na região que tinha o
no poder”, disse, citado pela imprensa venezuelana.
mais baixo nível migratóPor outro lado, um comunicado divulgado pelo Mirio. Isso mudou radicalmen- nistério das Relações Exteriores, com declarações de
te depois que Nicolás Ma- José Serra, explicava que o Brasil estava muito preocuduro assumiu a Presidência pado “com a multiplicação recente de detenções arbitrárida República (em 2013)”, as na Venezuela, como a do jornalista chileno Braulio Jatar,
afirma.
ocorridas à revelia do devido processo legal e em claro
(...) A Venezuela, um desrespeito pelas liberdades e garantias fundamentais”.
dos países com as maiores
A nota acrescenta que as prisões são “um desdobrareservas petrolíferas do mento que dificulta ainda mais o diálogo entre Governo
mundo, está a ser abalada e a oposição, indispensável para superar a dramática
por uma crise política, eco- crise política, económica, social e humanitária que afecnómica e social, que levou à ta a Venezuela”.
declaração, em Janeiro últiBráulio Jatar, jornalista chileno-venezuelano que
mo, de um Estado de Emer- mora na ilha de Margarita, foi preso a 3 de Setembro
gência Económica, que ain- “por cometer infracções penais graves”, segundo as
da vigora no país.
autoridades venezuelanas.
Brasil: Membro do conselho de administração
da Oi renuncia ao cargo
Marcos Grodetzky,
do conselho de administração da brasileira Oi, renunciou segunda-feira ao cargo, numa altura em que o
accionista minoritário
Société Mondiale pedia a
sua saída e a de outros membros ligados à Pharol, antiga PT SGPS.
Em comunicado enviado neste dia ao mercado, a
operadora de telecomunicações, que enfrenta um processo de recuperação judicial para evitar a falência,
i n f o r m o u que Marcos
Grodetzky “apresentou a sua
renúncia ao cargo de membro do conselho de administração no dia 9 de Setembro”.
O comunicado, contudo, não aponta as razões para
a renúncia, nem quem será o
substituto. Contactada pela
agência Lusa, a assessoria
de imprensa da Oi também
não prestou mais informações.
Marcos Grodetzky en-
trou para o conselho de administração como membro
independente a 13 de Junho, como suplente de
Robin Bienenstock, especialista em telecomunicações.
Segundo a Oi, Marcos
Grodetzky, com experiência de perto de 30 anos na
indústria financeira, “exerceu funções no alto escalão
de bancos” e entre “2002 e
2010, foi vice-presidente de
finanças e relações com investidores da Telemar/Oi,
Aracruz Celulose/Fibria e
Cielo S.A”.
“É sócio fundador da
Mediator Assessoria Empresarial Ltda., empresa que
desde 2011 actua com mediação entre empresas e accionistas, além de oferecer
serviços de consultoria estratégica e financeira”, segundo a operadora de telecomunicações.
No currículo de Marcos Grodetzky consta que
até Outubro de 2013, “foi
presidente executivo da em-
presa DGB S.A., holding de
logística pertencente ao Grupo Abril S.A. e controladora”
de várias empresas.
“É membro independente do conselho de administração da Smiles S.A. e
da Eneva S.A. e director financeiro da União Israelita
Brasileira do Bem Estar Social - UNIBES, entidade filantrópica sem fins lucrativos”, de acordo com a Oi.
A saída acontece
numa altura em que a gigante brasileira apresenta
fortes divisões.
O accionista brasileiro Société Mundiale Fundo
de Investimento em Acções, que quer a destituição de vários membros do
conselho de administração
da Oi e a abertura de processos contra administradores e ex-administradores
da empresa, tentou agendar
duas assembleias-gerais
para 8 de Setembro com
esse propósito.
Contudo, a realização
Aumenta número de venezuelanos que ponderam emigrar
Uma sondagem realizada em Agosto e divulgada
no dia 9 em Caracas dá conta
que 57 por cento dos 30,8 milhões de cidadãos radicados
na Venezuela pondera emigrar para o estrangeiro, 12%
mais que no ano anterior.
“O êxodo massivo de
venezuelanos para outros
países converte-se no mais
grave dos problemas da
Venezuela, superior inclusive à falta de abastecimento, ao alto custo da vida e à
criminalidade, devido ao
seu impacto histórico e às
consequências que gera no
desempenho da sociedade”,
afirma-se no estudo da empresa Datincorp.
Na sondagem “Estudo
da Conjuntura do País”, realizada a 22 de Agosto, participaram 1.200 cidadãos de
diferentes estratos sociais e
de diferentes regiões da
Venezuela. “Ao realizar um
cruzamento das variáveis
por definição política, encontramos que a quarta parte dos ‘chavistas’ (simpatizantes do regime) e a maioria
absoluta
(71%)
dos
opositores querem ir-se
embora”, afirma a empresa.
Segundo o estudo,
69% dos jovens, 58% dos
adultos e 42% dos cidadãos
da terceira idade também
querem emigrar, sendo “as
mulheres as mais propensas ao êxodo, que os homens”.
“O caso venezuelano
é mais grave que o de outros países da América Latina, que sempre têm registado altas taxas migratórias. Até há 10 anos os
venezuelanos eram o único
Venezuela classifica de “descaradas
e imorais” declarações de ministro
brasileiro
SOL PORTUGUÊS | PORTUGUESE SUN
18
16 de Setembro de 2016
FINANÇAS EM FOCO
Property Assessment Notices
2017 to 2020 Property Tax Years
Por Jorge Oliveira
Sol Português
O mês passado nós falamos sobre o novo aviso de avaliação da sua propriedade em
2016. O aviso que recebeu da
Municipal
Property
Assessment Corporation ou
seja a MPAC indicando o valor actual
da sua propriedade a partir do dia 1 de
Janeiro de 2016. Este valor é usado pela
cidade para calcular o imposto sobre a
propriedade dos anos 2017-2020.
E já que este valor vai determinar
os impostos ou seja as taxas da casa que
o proprietário vai ter que pagar até 2020
é muito importante que este valor esteja
correcto.
Por isso apresentamos o tópico de
hoje, como apelar ou pedir uma
reconsideração se chegar à conclusão
que este valor está demasiado alto.
O prazo para apresentar um pedido de reconsideração ou seja na situação onde o proprietário não concorda
com avaliação enviada que está indicada
no aviso.
Este ano, os proprietários têm 120
dias a partir da data de recepção do
aviso de avaliação. Na maioria estes
avisos foram enviados no início de Junho, por isso tem apenas mais 1 mês
para apelar ao valor da sua propriedade.
Comparando a avaliação da sua
propriedade com a de propriedades se-
de uma propriedade residencial
incluindo a localização do lote,
tamanho, idade do prédio e a
qualidade de construção.
Se você fez melhorias,
renovações ou uma nova construção, o MPAC pode e vai aumentar a sua avaliação dentro
de um período de três anos.
O local da sua propriedade também
pode aumentar ou diminuir o valor de
avaliação da propriedade por razões tais
como o nível de tráfego, estando situado
num lote de esquina, proximidade de
torres de electricidade, linhas de comboio e ou espaços verdes.
Deve
visitar
o
site
www.aboutmyproperty.ca através de um
comprador, aqui neste site consegue ver as
informações que a MPAC tem em arquivo
sobre a sua propriedade. Estas informações não estão indicadas no aviso que
recebeu-o, mas aqui neste mesmo site
pode comparar a sua avaliação à de outras
propriedades semelhantes na sua área.
Depois de fazer esta pesquisa, se
acredita que a informação da sua propriedade ou o valor da sua avaliação estão
incorrectos, deve apresentar um pedido
para reconsideração. O MPAC irá rever
a sua avaliação gratuita.
Deve de apresentar um pedido de
reconsideração como já mencionei até
120 dias após receber o aviso, a esta
altura deve faltar apenas 1 mês.
Para o fazer pode utilizar este mesmo site onde pode incluir documentos,
imagens e relatórios para acompanhar o
seu pedido.
Mas se preferir pode preencher um
formulário e enviar por email ou fax.
Vai receber uma confirmação assim que o MPAC analise o seu pedido,
você será informado do resultado por
escrito normalmente dentro de 180 dias.
Nesta altura se continuar a não estar satisfeito com o resultado, tem 90
dias para apelar.
Um pequeno erro nas informações
registadas com o MPAC que você descobrir ou um erro na avaliação da sua casa,
podem vir a poupar-lhe milhares de dólares ao fim de 3 anos.
Se precisa de uma explicação sobre como fazer este pedido de
reconsideração ou se está em dúvida se a
sua avaliação pode estar demasiado alta,
informe-se com quem de direito, ou se
necessitar de ajuda e pudermos a ajudar,
contacte-nos.
melhantes na sua área é a melhor maneira para determinar se a sua avaliação
está correcta.
Mas antes de explicar como é que
pode fazer esta comparação deve primeiro examinar a sua avaliação e depois
iremos falar de como é que a MPAC
determina o valor de uma propriedade.
Deve de verificar se os detalhes da
avaliação da sua propriedade estão correctos, o tamanho do lote, o número de
casas de banho, cozinhas e quartos. Até
o número de lareiras, se tem ar condicionado torna-se importante para determinar o valor da sua propriedade.
Jorge Oliveira é agente imobiliário
Há uma série de factores que em Toronto e pode ser contactado através
MPAC utiliza para determinar o valor do telefone 416 535-8000
Ter mais de 50 mil euros na conta
bancária não é ser rico, diz CDS
A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, afirmou sábado, em Oliveira do Bairro, que quem tem mais de 50 mil euros na
conta bancária não pode ser “tratado como
rico”, pela Autoridade Tributária.
“Para nós, quem trabalha a vida inteira e quem poupa - tantas vezes com
esforço - e, no fim da sua vida, tem 50 mil
euros na conta bancária não é rico nem é
suspeito de cometer fraude fiscal”, afirmou Assunção Cristas, que falava durante
a sua intervenção na ‘rentrée’ do partido,
em Oliveira do Bairro, distrito de Aveiro.
A líder do CDS-PP mostrou-se contra a Autoridade Tributária “espiolhar as
contas bancárias de todos aqueles que tenham mais de 50 mil euros”.
Assunção Cristas reagia ao diploma
aprovado na quinta-feira pelo Conselho
de Ministros, que obriga os bancos a informar a Autoridade Tributária sobre contas com saldo superior a 50 mil euros.
Num discurso fortemente marcado
por críticas ao Governo, a presidente
centrista frisou que o seu partido fará “oposição firme” e “consistente” para destruir
um executivo “das esquerdas unidas radicais”, ao mesmo tempo que estará empenhado em “fazer política pela positiva”.
Dirigindo-se a uma plateia repleta
de militantes vindos de todo o país, Cristas prometeu um partido que, para cada
matéria que criticar, vai dizer “qual a solução”.
Atletas deficientes são grande
exemplo de como se vencem os
maiores obstáculos da vida
Por Alexandre Sousa
Sol Português
Como certamente todos
têm conhecimento, os Jogos
Paralímpicos de Verão 2016
estão a realizar-se no Rio de
Janeiro, Brasil, terminando
este domingo, dia 18.
Este é um evento que decorre normalmente após a realização dos Jogos
Olímpicos de Verão na mesma cidade e
destina-se a atletas com deficiências,
sejam físicas ou mentais.
Estas deficiências, no entanto, apesar de limitadoras em alguns aspectos,
não impedem que estes atletas pratiquem
os mais diversos desportos, sofrendo estes apenas alguns ajustes ao desporto
original, mas permanecendo fiéis à linha
orientadora de cada modalidade.
Temos exemplos que atravessam
quase todo o espectro desportivo, como
o futebol de cinco ou de sete, o basquetebol ou ténis em cadeira de rodas, a
natação, o remo, o hipismo, o atletismo e
o judo, entre outros.
Tal como nos desportos para pessoas sem deficiência, também aqui
estamos a falar de gente com muita garra. Os objectivos que traçam para si
mesmos são ambiciosos e de difícil cumprimento. São precisas muitas horas de
treino, ao longo de vários anos,
traduzidas por muitos sacrifícios pessoais, abandono das rotinas de um cidadão
normal e muitas vezes com prejuízos
financeiros de monta.
Se já não é fácil os atletas conseguirem uma presença nos jogos olímpicos, imagine como será para os atletas
com deficiência. Além de todas as contrariedades dos outros atletas, a estes
temos que somar os constrangimentos
devido à sua limitação física ou mental.
Encontramos recorrentemente casos de limitações físicas, como a falta de
um ou mais membros, a cegueira ou um
atraso mental significativo que tolhe os
movimentos.
Não é por isso, no entanto, que
estes atletas deixam de nadar, correr ou
praticar um desporto tão específico de
pessoas incapacitadas como é o caso da
Bocha. Aqui, os problemas e limitações
são encarados de frente, atacados e resolvidos. Se não se puder fazer de uma
maneira, faz-se de outra; se não ficar
perfeito, fica quase perfeito. O que é
certo é que não se desiste nem se procuram desculpas para deixar de fazer uma
actividade.
O exemplo dado por milhares de
atletas com deficiência deveria ser muito mais badalado, divulgado e elogiado,
mostrando ao ser comum que os proble-
mas do dia-a-dia se podem resolver muito mais facilmente
do que geralmente se pensa.
Quando, no dia-a-dia, tentamos desculpar as nossas falhas e omissões com vulgares
constrangimentos, estamos a esquecer-nos de tudo aquilo que
o ser humano é capaz de fazer,
bem como da nossa capacidade de nos
superarmos.
De uma forma mais ou menos engenhosa, os atletas com deficiências procuram ultrapassar as suas limitações com
muito empenho, garra, dedicação e inteligência. Complementam toda esta actividade com a ajuda preciosa dos seus
treinadores.
Quando estou na presença de alguns clientes, é comum encontrar mil e
uma desculpas para não subscreverem
um produto financeiro ou até para iniciarem um plano financeiro: desde a limitação do ordenado a uma despesa que
não estava prevista; um filho que nasce
ou que casa; até um carro que avaria ou
um problema na casa. Todas estas razões parecem suficientes às pessoas para
não se envolverem financeiramente num
plano.
Quando insisto com o cliente e
acabamos por “desembrulhar “ toda esta
argumentação, acabamos quase sempre
por arranjar uma solução e descobrir
que, afinal, havia muito mais condições
para subscrição de um produto ou para
o início de um plano financeiro do que
inicialmente parecia.
É apenas uma questão de atitude
pessoal e de aproveitamento das ajudas
que estão à sua disposição.
O caro leitor ainda acha que tem
problemas que o impedem de construir
e atingir objectivos financeiros, ou até
de os superar? Como disse no início
deste artigo, os jogos Paralímpicos terminam neste domingo. Se puder assista
a algumas actividades desportivas destes atletas com deficiência. São um verdadeiro caso de superação das suas limitações.
Vai ver que aquelas limitações que
pensa que não o deixam atingir os seus
objectivos financeiros, lhe irão parecer
bem mais pequenas.
Para terminar, não se esqueça de
recorrer também à ajuda do seu consultor financeiro. Se calhar, afinal de contas a grande maioria de nós nem tem
limitações. Digo eu..
Alexandre Sousa é membro da firma Maia & Associates, consultores financeiros e especialistas em seguros, e
pode ser contactado através do telefone 647 463-8984.
Montepio prevê que PIB cresce entre 0,2%
e 0,4% em cadeia no terceiro trimestre
O Montepio estima que o Produto Interno Bruto (PIB) avance entre 0,2% e
0,4% no terceiro trimestre face ao anterior, suportado pela procura interna e pelas
exportações líquidas, considerando que os
últimos indicadores económicos são
“tendencialmente positivos”.
“Indicadores de actividade revelaram
leituras tendencialmente positivas (negativas ao nível dos serviços, mas favoráveis
ao nível do comércio externo e, de forma
menos notória, da construção), continuando a permitir-nos sustentar as nossas pers-
pectivas de um crescimento em cadeia do
PIB entre 0,2% e 0,4%, no terceiro trimestre”, afirmam os analistas do
Montepio.
No semanal de economia e mercados
divulgado segunda-feira, os economistas
do Departamento de Estudos do Montepio
afirmam que, entre Julho e Setembro, a
economia “deve ser suportada tanto pela
procura interna, como pelas exportações
líquidas, que deverão ter continuado a
recuperar do forte contributo negativo observado no arranque do ano”.
16 de Setembro de 2016
SOL PORTUGUÊS | PORTUGUESE SUN
COMUNIDADE EM FOCO 19
Poveiros de Toronto comemoram 30 anos
da sua colectividade
Por Noémia Gomes
Sol Português
Fundada em 1986, a Casa dos Poveiros de Toronto
tem vindo ao longo de três décadas a desempenhar um
papel importante na divulgação das tradições do conselho que representa, Póvoa de Varzim, com os seus associados a participarem orgulhosamente nas festas e eventos culturais que esta promove.
Foi nesse espírito de orgulho pelas suas raízes que
a colectividade celebrou no passado sábado (10) o seu
30.º aniversário com um jantar de gala, que decorreu no
Presentes estiveram a vereadora Ana Bailão e a
deputada Cristina Martins, políticas luso-canadianas que
viriam a congratular os poveiros e a elogiar a cidade e
província de onde estes são originários e que, em nome
próprio e dos governos que representam, apresentaram
certificados comemorativos do aniversário à Casa dos
Poveiros, gesto que foi retribuído com um medalhão da
autarquia da Póvoa de Varzim.
José Cesário, deputado da Assembleia da República e ex-secretário de Estado das Comunidades, tem um
confesso carinho especial pela comunidade de Toronto e
deslocou-se propositadamente a esta cidade para estar
Destacando a existência de um
gabinete para apoio aos emigrantes,
“que presta serviços a todos que
precisem de tratar de qualquer assunto em Portugal”, o edil despediu-se com votos de contínuo sucesso para a Casa dos Poveiros e
uma manifestação de apreço pelos seus anfitriões.
Ao longo do serão foram trocadas algumas ofertas
e conferidas medalhas a sócios e amigos que contribuíram para aquele encontro aniversariante, incluindo José
Ferreira, José Lino Pires, Manuel de Paulos, Rui Gomes,
salão do sindicato LIUNA Local 183 e teve por convidados de honra os elementos de uma comitiva especial
vinda de Portugal.
Composto pelo presidente da Câmara da Póvoa,
Aires Pereira, pelo deputado da Assembleia da República José Cesário e pelo grupo de cantares Poveiros da
Póvoa de Varzim, o grupo visitante conviveu com as
presente nesta festa e dar o seu apoio à Casa dos Poveiros,
destacando o papel que esta representa para os milhares
de descendentes daquela região.
Entretanto chegava a vez do orador convidado, o
presidente da Câmara da Póvoa de Varzim, se expressar,
começando por realçar a honra que sentia em ali poder
estar a representar o seu município.
Graciano, Fernando Santos, Elisabeth Correia, Fernando
Ferreira e Carlos Moreira .
Foram igualmente reconhecidas duas associações
presentes: o Rancho da Nazaré, representado por José
Mafra, e a Associação Cultural do Minho de Toronto,
representado por Olívia Rites, para além de dirigidas
palavras elogiosas à cozinheira Quina e para os elemen-
centenas de sócios e simpatizantes que encheram o salão
nessa noite e que constituíram a razão de ser desta
realização, como ressalvou a presidente do Executivo
poveiro ao destacar que “sem vocês não havia festa”.
A desempenhar o papel de mestre-de-cerimónias,
Linda Correia viria logo após o jantar a chamar também
ao pódio o presidente da Assembleia-Geral, Laurentino
Esteves, que recordou que estes 30 anos não têm sido
passados sem algumas dificuldades, “mas fazemos os
possíveis – e com o vosso apoio e carinho tudo é possível”, afirmou.
Aires Pereira, que começou por pedir uma salva de
palmas para os pioneiros e fundadores da Casa dos
Poveiros após ter saudado o público, trouxe uma oferta
especial, na forma de um cheque no valor de 5.000 euros
que prontamente entregou aos dirigentes da colectividade.
“Há 27 anos que estou no município e é a primeira
vez que tive oportunidade de cá vir com a minha esposa
e um grupo de poveiros músicos que nos vão mostrar um
pouco da nossa cultura”, disse, aludindo ao grupo que
nessa noite viria a actuar.
tos da comunicação social da comunidade ali presentes.
Depois de um intervalo deu-se início ao baile, com
a actuação do conjunto Santa Fé, após o que se formalizou a comemoração deste aniversário através da cerimónia
do corte do bolo de aniversário com a participação dos
convidados e dos directores da agremiação.
A finalizar o convívio registou-se a actuação do
Grupo de Cantares Poveiros, composto por seis elementos, que através dos seus cantares trouxe um pouco das
tradições da sua terra, a evocar a faina dos pescadores e
o dia-a-dia vivido na Póvoa de Varzim.
SOL PORTUGUÊS | PORTUGUESE SUN
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16 de Setembro de 2016
CULINÁRIA EM FOCO
Pensamento da Semana
“Há sempre muitos inimigos. Mas acabam todos por se reunir apenas num: aquele que nos diz
como devemos pensar”.
- Norman Mailer (1923), escritor norte-americano.
Bolachinhas de nozes
Iscas de cebolada
Ingredientes:
250 gr de farinha
250 gr de nozes
160 gr de açúcar
10 gr de fermento
100 gr de manteiga
3 ovos
Margarina para barrar
Confecção: Bata o açúcar com a manteiga até obter um creme, junte depois os
ovos batendo sempre.
Numa tigela à parte misture a farinha com o fermento, peneire e adicione de
seguida ao preparado anterior batendo
sempre.
Ligue o forno a 180º, unte um tabuleiro com margarina e disponha colheradas do preparado.
Lamine as nozes e coloque-as por
cima das porções de massa. Leve ao forno
aproximadamente 15 minutos até ficarem
coradinhos.
Retire do forno e descole imediatamente com uma espátula.
Deixe arrefecer e sirva.
- Maria da Silveira.
Ingredientes:
800gr de iscas de porco
1 folha de louro
3 dentes de alho
1 colher de sopa de massa de pimentão
150 ml de vinho branco
100 ml de azeite
3 cebolas
Sal, pimenta e salsa q.b.
Confecção: Tempere as iscas com os alhos laminados, o louro,
sal, pimenta, a massa de pimentão e o vinho.
Deixe marinar durante 30 minutos escorra as iscas da marinada
e frite-as no azeite quente, de ambos os lados.
Descasque as cebolas, corte-as em rodelas finas e adicione-as as
iscas, deixando alourar ligeiramente.
Verta a marinada e deixe ferver. Rectifique os temperos e sirvaas decoradas com folhinhas de salsa.
- Silvina F.
Conselhos da minha Avó
Como tirar a casca ao alho
Para tirar a casca do alho antes de o picar, dê-lhe um golpe com
o cabo e uma faca pesada ou com um batedor de carne. Isto fará com
que a casca se desprenda com muita facilidade.
Ou se puser o alho de molho em água morna verá como a casca
sairá facilmente.
Aceitam-se receitas de cozinha
Se gosta de cozinhar e tem alguma receita que gostaria de partilhar connosco e vê-la publicada no jornal,
pode enviá-la por carta ou por e-mail ou pessoalmente no nosso escritório.
977 College St West,, Toronto, Ontario M6H 1A6. E-mail: [email protected]
Se deseja colaborar connosco, por favor mencione o seu telefone, morada ou email, para que possamos
pôr no nosso ficheiro.
Colabore e faça também parte da equipa de Sol Português.
Horóscopo
CARNEIRO
21 Março a 20 Abril
Amor: Trate a pessoa de
quem gosta com suavidade
e compreensão, terá os melhores resultados. Finanças:
Os problemas deste momento serão ultrapassados de
forma diplomática e ganhará novos amigos. Saúde:
Momento está forte e decidido ainda assim deve
dosear as suas energias.
BALANÇA
24 Setembro a 22 Outubro
Amor: Alguns problemas ou
dúvidas devem ser abordados e tratados de forma cuidadosa, não entre a matar.
Finanças: Pode trocar mensagens e informações, o
feedback virá mais tarde.
Saúde: Uma situação de
doença pode estar resistente, tente não cometer imprudências.
TOURO
21 Abril a 21 Maio
Amor: Sentirá alguma instabilidade por querer alcançar tudo demasiado rápido
e à sua maneira. Finanças:
Empenhe-se com unhas e
dentes para garantir resultados satisfatórios. Saúde:
Tenha atenção aos primeiros indicadores de estados
de fragilidade.
ESCORPIÃO
23 Outubro a 21 Novembro
Amor: Poderá vencer obstáculos, estará capaz de gerir as relações a seu gosto e
fazer conquistas. Finanças:
A conjuntura é de concentração, meça bem os seus
gestos, as consequências
serão imediatas e compensadores. Saúde: Está frágil
e sensível, podem surgir sintomas de doença.
GÉMEOS
22 Maio a 21 Junho
Amor: Conseguirá encontrar a melhor forma de estar
numa relação ou em convívios familiares. Finanças:
Terá recursos para ultrapassar dificuldades e obter
melhorias profissionais e
financeiras. Saúde: Alguns
desarranjos orgânicos marcam este período, faça uma
alimentação moderada.
SAGITÁRIO
22 Novembro a 21 Dezembro
Amor: Não tente resolver os
seus problemas sozinho/a,
embora com alguma dificuldade deve partilhar as emoções. Finanças: Pense bem
antes de tomar iniciativas, não
é uma boa altura para correr
riscos. Saúde: Instabilidade
nervosa que tende a ser passageira não podendo ser considerada doença.
CARANGUEJO
22 Junho a 23 Julho
Amor: Boas influências, os
acontecimentos deste período vão fazer com que se
sinta bem. Finanças: Conseguirá ter resultados superiores ao que estava à espera, são de esperar evoluções auspiciosas. Saúde: Algumas informações poderão
ser importantes para melhorar a sua qualidade de vida.
CAPRICÓRNIO
22 Dezembro a 20 Janeiro
Amor: Defenda a harmonia
do seu lar ou de um amor,
não deve esconder sentimentos ou propósitos. Finanças: Está numa fase ascendente quer profissional
quer económica mas algumas entradas de dinheiro
não serão imediatas. Saúde: Tendência para evoluções favoráveis.
LEÃO
24 Julho a 23 Agosto
Amor: Alguns conflitos e
insatisfações tendem a aparecer e desaparecer, não
faça tempestades. Finanças:
Precisa de acertar melhor
algumas estratégias, com esforços concertados tudo correrá melhor. Saúde: A saúde
dentária deve merecer-lhe os
maiores cuidados, alguns
problemas espreitam.
AQUÁRIO
21 Janeiro a 19 Fevereiro
Amor: Tende a viver momentos fantásticos, agora
no amor não deve colocar
limites. Finanças: Pode receber novas informações
que vão valorizar as suas
actividades e resultados.
Saúde: Pode melhorar aspectos da sua personalidade se fizer boas leituras e
dialogar sobre elas.
VIRGEM
24 Agosto a 23 Setembro
Amor: Mostre-se sereno/a
mesmo que tenha de tomar uma
decisão que considere difícil.
Não revele antes do tempo o
que vai fazer. Finanças: Conseguirá entrar numa nova fase
da sua vida profissional, contudo terá de esforçar-se mais
para mostrar que é uma aposta ganha. Saúde: Tenha atenção no manuseamento de
objectos.
PEIXES
20 Fevereiro a 20 Março
Amor: O seu coração não
deve levá-lo/a a cometer imprudências, pondere com
bom senso os seus actos. Finanças: Promova uma reconciliação ou tente apaziguar
ânimos no local de trabalho
ou em família. Saúde: Cuidado com objectos cortantes
ou ferramentas de trabalho,
risco de pequenos cortes.
16 de Setembro de 2016
SOL PORTUGUÊS | PORTUGUESE SUN
CULTURA EM FOCO
Señoritas editam no dia 23
o álbum “Acho que é meu
dever não gostar”
Leia o Salmo 34
Leia o Salmo 34, 3 vezes ao dia e veja o que lhe acontece
ao quarto dia. Eu agradeço as graças recebidas P.P.
Saudade e Vida
Por Luís Marcelino
Sol Português
Por Maria José Branco
Sol Português
Barcos navegando
Na imensidão do mar
Ao longe uma ilha
Gaivotas esvoaçando
No horizonte o luar
Natureza, maravilha
Eu sei que tu ó saudade
Tentas vencer minha vida
Mas porquê? Diz-me a verdade
Porque me queres ver vencida
Vives em mim ó saudade
Quer ou queira ou não
Com a sua sagacidade
Mágoas no meu coração
Passou um barco à vela
Fotografia mais bela
Natureza, luz e cor
Qual pintura em aguarela
Que Deus pintou numa tela
Tela pintada com amor
Deixa agora saudade
A minha vida viver
Existes com falsidade
Não me faças mais sofrer
Na imensidão do mar
Minha vida a naufragar
Qual ilha perdida
Ilha de sonhos constantes
Onde somos amantes
É a Natureza da vida
Não mostres saudades não
Que és altiva e atroz
Diz a todo o coração
Que ainda gostas de nós.
(in livro “Vida, Amor e Saudade”)
Meu anjo
Novena Irresistível
Ó Jesus, que disseste: “Procurai e achareis, batei à porta
e abrir-se-vos-á pedi e recebereis”, com Maria, Vossa
Santíssima Mãe, nós, procuramos, nós batemos à porta,
nós pedimos que as nossas orações sejam ouvidas. (Três
vezes) Meu Deus, vinde em meu auxílio; senhor apressaiVos a socorrer-me. Glória ao Pai, etc. Ó Jesus, que dissestes:
Tudo o que pedires a meu Pai, em Meu nome, Ele, Vo-lo
concederá”, com Maria Vossa Mãe Santíssima, a Vosso
Pai em Vosso nome, pedimos humildemente e instantemente
que as nossas orações sejam ouvidas. (Três vezes) Meu
Deus, vinde em meu auxílio, etc. Ó Jesus que dissestes: “O
céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão”, pela intercessão de Maria Vossa Santíssima Mãe, nós
obteremos que sejam as nossas orações. (Três vezes) Meu
Deus, vinde em meu auxílio, etc. Esta novena tem-se
mostrado tão eficaz quando feita com grande fé e piedade,
que o povo lhe pôs o nome de Novena Irresistível. P.P.
Por Eduardo Duque
Sol Português
Semeaste uma nova flor...
Canteiro do teu lugar ser rosa,
Foi caridade, foi amor...
Foi de ti, alma caridosa!
Alimentaste a vida, a esperança
A alegria de viver ao teu semelhante...
Fizeste acreditar, crer, ter confiança...
Desta alma agradecida, relutante.
O mundo nunca chegou a saber,
Que o amor morre, para renascer...
Foi heróica a decisão,
Do coração, ser alma perfeição!
Oração a Santo Expedito
Gravada tua alma
Nos céus, azul e ouro...
Se na terra foi fama,
Nos céus, que mais tesouro!
Oração ao Divino Espírito Santo
Ó Divino Espírito Santo! Vós que esclareceis tudo, que
iluminais todos os meus caminhos para que eu possa
atingir a felicidade; Vós que me concedeis o sublime dom
de perdoar e esquecer as ofensas e até o mal que me têm
feito. A vós que estais comigo em todos os instantes, eu
quero humildemente agradecer por tudo o que tenho e que
sou e confirmar uma vez mais a minha intenção de nunca
me afastar de vós, por maiores que sejam a ilusão, ou as
tentações materiais, com a esperança de um dia merecer e
poder juntar-me a Vós e a todos os meus irmãos, na
perpétua glória e paz. Amém. Obrigado mais uma vez.
(Rezar um Pai Nosso e uma Avé-Maria.) Obrigado pela
graça recebida. (A pessoa deverá rezar esta oração por
três dias seguidos, sem dizer o pedido. Dentro de três dias
será alcançada a graça, por mais difícil que seja. Publicar
a oração assim que receber a graça. M.C.A.M.N.C.
AS
TE
CANETAS
CHEQU CANECPORTA-CH PLACAS PUZZLES AVEN E-SHIRTS
AVES
TAIS
ES
TAPETES DE RATO
e muito mais...
Para fins profissionais
ou pessoais
PERSONALIZE
(Se você está com algum problema de difícil solução e
precisa de ajuda urgente, peça esta ajuda a Santo Expedito.
Este Santo é invocado nos negócios que demandam Pronta
Solução e cuja invocação nunca é tardia.). “Meu Santo Expedito das causas justas e urgentes,
interceda por mim junto ao nosso
Senhor Jesus Cristo, socorre-me nesta
hora de aflição e desespero. Vós que
sois um Santo Guerreiro, Vós que
sois o Santo dos aflitos, Vós que
sois o Santo dos desesperados, Vós
que sois o Santo das causas urgentes, protegei-me, ajudai-me, daime força, coragem e serenidade.
Atendei o meu pedido. (Fazer o pedido) Meu Santo Expedito! Ajudame a superar estas horas difíceis,
proteja-me de todos que possam
prejudicar-me, proteja a minha família, atenda ao meu pedido com
urgência. Devolva-me a Paz e a tranquilidade. Meu Santo
Expedito! Serei grata(o) pelo resto da minha vida e levarei
seu nome a todos que têm fé. Muito Obrigada. (Rezar um Pai
Nosso, uma Avé Maria e fazer o sinal da Cruz. Mandar
publicar após o pedido). H.M.P.C.A.
Printing • Copying
Publishing & Graphic Design
Mitó Mendes e Sandra Baptista, duas das fundadoras do grupo A Naifa, são agora as Señoritas e, no
dia 23, lançam o álbum “Acho que é meu dever não
gostar”, a apresentar no Outono, numa dezena de
cidades.
“Acho que o título - que é também o nome da
primeira música - resume o espírito do disco e é uma
boa apresentação de nós”, disse à agência Lusa Mitó
Mendes, cantora.
Mitó Mendes e Sandra Baptista avançaram com
a criação das Señoritas depois do fim de A Naifa.
Neste novo projecto predomina a voz feminina e poucos instrumentos, com Sandra Baptista no baixo e
acordeão, Mitó Mendes a cantar e a tocar guitarra. E
junta-se ainda um ‘set’ de programações.
As letras são de Sandra Baptista, mas as músicas
são de ambas, escritas em sessões de estúdio que
funcionavam como ponto de encontro.
“Temos o mesmo gosto musical, muito intuitivo
e fomos mantendo contacto também através destas
sessões. Em vez de ir à praia íamos tocar”, contou
Mitó Mendes. As duas autoras baptizaram o projecto
com o nome de uma canção de A Naifa, de 2006.
As 12 canções são “densas, directas, cruas e
giram em torno de um universo emocional muito íntimo, tendencialmente feminino”, como se lê na nota de
imprensa.
Mitó Mendes explica: “Queremos usar a música
como uma catarse. Quem não gosta, paciência. Não
nos queremos sentir condicionadas. Estamos seguras,
sabemos o que temos e as canções surgiram por puro
gozo”.
Além do tema homónimo, “Acho que é meu
dever não gostar” inclui, por exemplo, “Alice”, “Os
funerais são os casamentos dos mortos” e duas músicas, “Confissão” e “Confesso”, que se ligam por uma
oração, numa espécie de “deboche sobre a beatice e a
religiosidade”.
“Somos duas mulheres, falamos sobre o nosso
dia-a-dia, sobre as nossas experiências de vida, por
isso é normal que se diga que isto é um projecto do
universo feminino. É um projecto com uma personalidade, mas também com experiência. Fazer uma coisa
destas aos 40 tem outro sabor e descontracção”, referiu Sandra Baptista à Lusa, numa entrevista anterior.
As Señoritas escreveram, produziram, gravaram
e assinam a edição de autor do disco e preparam agora
a curta digressão nacional, na qual irão interpretar
todos os temas.
No dia 30 apresentam-se no Teatro Aveirense,
em Outubro andarão por Coimbra (dia 8), Almada (dia
21), Setúbal (dia 22), Leiria (dia 28) e Barreiro (dia
29).
Em Novembro, as Señoritas passam pelo Porto
(dia 4), Sabrosa (dia 5) e, em Dezembro, por Caldas da
Rainha (dia 3) e Évora (dia 9).
Mitó Mendes e Sandra Baptista integraram A
Naifa, mas, antes disso, a instrumentista passou pelos
Sitiados e colaborou com Megafone, ao lado de João
Aguardela.
Natureza da vida
21
977 College Street - Toronto
(between Rusholme & Dovercourt)
[email protected]
416.538.1788
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22
16 de Setembro de 2016
SAÚDE EM FOCO
Reportagem: Toxicodependentes e alcoólicos querem
deixar de ser “ovelhas negras” da sociedade
Por Sónia Miguel e
Miguel A. Lopes
Conscientes de que
estão “presos” a uma doença
crónica,
toxicodependentes e alcoólicos aprendem a viver livres
de
substâncias
psicoactivas através de comunidades terapêuticas.
Querem voltar a ter uma
vida saudável e deixar de
ser “ovelhas negras” da sociedade.
“A dificuldade é pedir ajuda e reconhecer o
problema”, comentou à
Lusa Daniela, que é assistente social - já estava habituada a lidar com este tipo
de problemas, agora senteos na pele.
Internada no CRETA
- Centro de Recuperação
para Toxicodependentes e
Alcoólicos, em Cascais
(distrito de Lisboa),
Daniela, de 35 anos, combate a adição ao álcool,
substância da qual ficou
“refém” nos últimos dois
anos.
“O desgoverno foi total a todos os níveis: financeiro, social, familiar e, es-
sencialmente, para com a
minha filha”, reconheceu.
Com medo de ficar sem a
guarda da menor, decidiu
ser tratada. Meteu férias do
trabalho e entrou de imediato no CRETA.
Apoiada pela família,
pagou do próprio bolso cerca de 10.500 euros pelo tratamento de três meses.
“Não é caro. Num ho-
tel bom, sem terapeutas,
pagamos uma média de 70
a 80 euros. Aqui, pagamos
uma média de 100 euros por
dia
com
excelentes
terapeutas. Se há dinheiro
muito bem empregue é aqui.
Não consigo chorar um
cêntimo”, afirmou.
Para Daniela, esta é a
primeira experiência de
internamento numa comunidade terapêutica. Para
Adonis, de 35 anos, é mais
uma tentativa de tratamento de drogas.
Internado também no
CRETA, Adonis já é reincidente. Fez vários tratamentos comparticipados
pelo Estado, mas recaiu
sempre. Começou com 12
anos a beber álcool e a fumar drogas com os amigos.
Hoje, é dependente de
heroína, cocaína e haxixe,
tem adição ao álcool e ao
sexo, e sofre de perturbações do comportamento alimentar. “Acabei por largar
o meu trabalho e a minha
casa, perder tudo, devido
às drogas”, contou.
No CRETA, o tratamento é multidisciplinar,
juntando as valências de
psiquiatria e psicoterapia,
através de sessões individuais e, sobretudo, em grupo.
“Há muitas activida-
des de grupo, porque as pessoas que aqui temos internadas têm todas um objectivo comum e quando funcionam em conjunto, em
grupo, esses objectivos são
muito mais facilmente atingidos”, disse o coordenador terapêutico, João Soares, considerando que quan-
sóbrio, de andar sem ser
sob o efeito de uma substância”, contou, acrescentando que não tem na família
exemplos
de
toxicodependência nem de
alcoolismo, por isso é a
“ovelha negra”.
Para Bruno, o consumo de álcool servia como
do há um grande investimento no tratamento, desde
o internamento ao pósinternamento, a probabilidade da pessoa recair é
muito baixa.
Apesar de ainda estarem em fase de tratamento
no CRETA, Adonis e
Daniela já pensam como vai
ser quando saírem. Ambos
querem continuar a manterse ligados à comunidade
terapêutica, de forma a evitar uma recaída.
Na comunidade terapêutica Ares do Pinhal, em
Sintra, no mesmo distrito,
os tratamentos são de longa
duração, entre um ano e um
ano e meio, divididos em
três fases: acolhimento, reflexão interior e reinserção
socio-profissional. A maioria dos utentes tem apoio
do
Estado
na
comparticipação dos tratamentos.
Entre trabalhos agrícolas, tarefas domésticas e
sessões terapêuticas na Ares
do Pinhal, Bruno, de 32
anos, cumpre o segundo tratamento de dependência de
álcool e medicação.
“Durante muitos anos
não me lembro de andar
refúgio para os problemas.
Tinha 20 anos quando fez
o primeiro tratamento e esteve quatro anos sem consumir álcool até uma recaída em que voltou a beber
todos os dias.
Empenhado no novo
tratamento e motivado para
a mudança, sabe que vai
ser difícil resistir quando
sair do tratamento: “Tenho
que me manter vigilante.
[…] Saio muito pouco à
noite, mas, caso saísse,
também não ia à procura,
não me ia pôr na boca do
lobo”.
Dependente de heroína e cocaína, Pedro, de 57
anos, já vai no quinto tratamento, mas acredita que é
desta vez que o problema
fica arrumado.
Em todos os tratamentos, trabalhou sempre na
correcção dos comportamentos aditivos, mas nunca
resultou. “Não foram os tratamentos que falharam”, assumiu, reconhecendo não
ter tido força de vontade
suficiente.
“O consumo no fundo
é o sintoma e não a doença
em si. A doença que está cá
dentro é uma doença das
emoções e dos sentimentos
e só aqui [na Ares do Pinhal] é que consegui perceber de facto isso e identificar aquilo que tinha que trabalhar em mim”, disse
Pedro.
Responsável por coordenar a comunidade terapêutica, Miguel Esteves assume que o tratamento de
um toxicodependente é um
processo complexo, feito de
avanços e recuos.
Como nem sempre se
consegue a abstinência to-
tal do utente, sublinhou, é
importante “pelo menos
mudar um pouco os seus
hábitos e tentar encontrar
hábitos mais saudáveis, que
lhe permitam um maior ajustamento social, que não ponha em risco a sua vida e a
dos outros”.
16 de Setembro de 2016
SOL PORTUGUÊS | PORTUGUESE SUN
SAÚDE EM FOCO
Ministro da Saúde quer 15 mil camas de
cuidados continuados integrados no país
Por Nuno Fox
O ministro da Saúde,
Adalberto
Campos
Fernandes, disse segundafeira que o país conta com
7.800 camas disponíveis na
Rede Nacional de Cuidados Continuados e está, por
isso “a meio da viagem” das
15 mil camas pretendidas.
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo
e o Instituto de Segurança
Social assinaram esta tarde
um contrato-programa, no
âmbito da Rede Nacional
de Cuidados Continuados
Integrados,
para
disponibilizar 12 camas e
um total de 365 dias para
internamento de média duração em reabilitação, na
Unidade de Saúde Maria
José Nogueira Pinto, em
Cascais.
“As necessidades do
país andarão por volta das
15 mil [camas]. Estamos
pouco mais de meio desta
viagem, sendo certo que
este ano estamos a ter a
maior vaga de abertura de
camas de cuidados continuados integrados, cerca de
700, que acrescerão a curto
prazo mais 300 em saúde
mental. Estamos, portanto,
a fazer um esforço para retomar um caminho que é
imperativo, tendo em conta
as condições de envelhecimento e as necessidades que
dez anos deram poucas respostas deste tipo”.
“Não interessa falar do
passado, interessa dizer que
estamos a reconciliar o país
e os portugueses com as
respostas sociais e com as
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes
(E), acompanhado por Pedro Santana Lopes (2D),
Provedor da Santa Casa da Misericórdia, e pelo
autarca de Cascais, Carlos Carreiras (D)
são manifestas de resposta”, afirmou o ministro, aos
jornalistas.
Adalberto Campos
Fernandes reconheceu que
as necessidades na rede de
cuidados continuados existem há muitos anos e sublinhou que a responsabilidade deve ser partilhada por
“todos os que nos últimos
respostas de saúde e é essa
a nossa obrigação. A resposta que tardou muito. A
própria região de Lisboa e
Vale do Tejo está muito
carenciada, mas vamos procurar nos próximos três
anos, até ao fim da
legislatura, por Lisboa e
Vale do Tejo na média nacional”, frisou.
Sobre o esforço financeiro, o ministro não adiantou valores, mas assegurou que “é muito mais caro
e imprudente do ponto de
vista clínico tê-los [aos doentes] inadequadamente
num hospital do que em respostas como estas”.
As novas camas são as
primeiras de internamento
da Rede Nacional de Cuidados continuados Integrados no concelho de Cascais,
uma aspiração antiga da
autarquia.
“É um dia histórico,
porque Cascais não tinha
nenhuma oferta nos cuidados continuados, quer de
curta, média ou longa duração. Estamos a falar das
primeiras 12 de 107 que já
estão assinadas por despacho e com o compromisso
de serem reforçadas em
mais 400”, afirmou à Lusa
o presidente da Câmara de
Cascais, Carlos Carreiras.
O autarca sublinhou
ainda que a Câmara tem o
objectivo de adquirir edifícios do Estado para
convertê-los em equipamentos com a mesma finalidade social e de saúde,
assegurando que “todo o
investimento terá retorno”.
Utentes do Centro Hospitalar Médio Ave
com “elevada satisfação”
Um estudo do Centro
Hospitalar do Médio Ave
(CHME) aponta que 92,6%
dos utentes classifica de
“excelente” ou “bom” o serviço de cirurgia de ambulatório, enquanto 70,8% dá
indicadores semelhantes ao
serviço de urgência.
O CHME integra unidades de saúde nos concelhos de Santo Tirso e Vila
Nova de Famalicão, atendendo igualmente utentes
da Trofa.
De acordo com um resumo de um estudo que teve
como base as respostas de
mais de 800 utentes ficou
confirmada “a elevada satisfação dos utentes relativamente aos serviços de
saúde prestados pelo
CHMA”.
Este centro hospitalar
refere mesmo que foi classificando de “excelente” ou
“bom” a Cirurgia de Ambulatório
(92,6%),
o
Internamento (84,9%), a
Consulta Externa (83%), os
Meios Complementares de
Diagnóstico e Terapêutica
(79,6%) e o Serviço de Urgência (70,8%).
O estudo, que foi realizado pelo oitavo ano consecutivo, foi realizado em
parceria com uma entidade
externa, a Cooperativa de
Ensino Superior Politécnico
Universitário (CESPU),
com recurso a entrevistas
telefónicas, durante o se-
gundo trimestre de 2016.
“Apesar dos bons resultados obtidos em inquéritos anteriores, a tendência
generalizada foi de subida
relativamente aos inquéritos realizados nos anos anteriores, nomeadamente em
quatro categorias: Cirurgia
de Ambulatório, Internamento, Consulta Externa e
Meios Complementares de
Diagnóstico e Terapêutica”, descreve o resumo remetido à agência Lusa.
Entre as áreas avaliadas em cada serviço, destaca-se o atendimento de médicos, enfermeiros e auxiliares, tendo estas áreas combinadas apresentado um índice de satisfação médio de
96% e 91,4% nos Serviços
de Cirurgia de Ambulatório e Internamento, respectivamente.
O CHME garante que
“o elevado grau de satisfação dos utentes estende-se
ainda a outras áreas”, enumerando a Imagem, a Lealdade ou a Qualidade.
23
Bastonária dos
enfermeiros quer acabar
com estágios nos Açores
até final do ano
A Bastonária da Ordem dos Enfermeiros defendeu segunda-feira que o Governo dos Açores deve
acabar, até ao final do ano, com estágios para os
profissionais da classe, ao abrigo do programa Estagiar
L, que considera ilegais.
“As vagas para os enfermeiros abrem em Janeiro
de 2017 e não queremos que abra o próximo Estagiar
L para os profissionais da classe. É uma solução que
nos parece de bom senso. Até ao final do ano resolvese a situação e o estágio já não abre para os enfermeiros”, declarou Ana Rita Cavaco aos jornalistas, na
sequência de uma visita ao hospital de Ponta Delgada,
na ilha de São Miguel.
A Bastonária, que neste dia terminou uma visita
à região, disse que cabe à Ordem dos Enfermeiros
definir ou não se existem estágios profissionais após o
curso de enfermagem, acrescentando que este “já está
estabelecido de uma determinada forma em que 50% é
prática e, os restantes 50%, teoria”.
“Se houvesse necessidade de introduzir um estágio, a Ordem dos Enfermeiros diria. Não o fez, portanto não vai permitir a nenhum governo, seja o Governo
Regional dos Açores ou outro qualquer, que imponha
um estágio”, afirmou a responsável.
Ana Cavaco frisou que, para os enfermeiros,
“esta situação não é legal”, sustentando que a Ordem
“não autoriza nem definiu no seu estatuto que exista
um período de introdução ou de estágio profissional,
muito menos de dois anos, que é aquilo que está
previsto”.
“Há regras e não podemos ter uma visão limitada
que é preferível ter enfermeiros a estagiar e a ganhar
700 euros do que não ter nenhuns. O Governo quer
ficar o ónus de não contratar enfermeiros para salvaguardar a vida da sua população? Creio que não”,
disse.
Citado pelo gabinete de imprensa do executivo
açoriano, o secretário regional da Saúde, Luís Cabral,
disse no domingo não reconhecer qualquer ilegalidade
na gestão do programa Estagiar L para enfermeiros,
salientando “ser uma boa forma dos recém-licenciados
terem um primeiro contacto com a profissão”.
Luís Cabral defendeu que os programas de estágio dão aos enfermeiros “a possibilidade de terem já
alguma experiência profissional quando se
candidatarem ao primeiro emprego”.
O governante adiantou que em 2015 o Serviço
Regional de Saúde admitiu 71 novos enfermeiros e que
está prevista a abertura de um total de 136 vagas este
ano.
SOL PORTUGUÊS | PORTUGUESE SUN
24
16 de Setembro de 2016
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Sexta-feira, 30 de Setembro: Porto de Honra do 30.º Aniversário do Arsenal do Minho, às 19h30, no Poveiros Community Centre (337 Symington
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ASSOCIAÇÃO CULTURAL 25 DE ABRIL
1117 Queen Street West, Toronto
Sábado, 17 de Setembro: 22.º Aniversário, às 19h00, na Casa da Madeira
(1621 Dupont St), com a presença dos ex-furriéis milicianos de Abril, António
Gonçalves e Henrique da Silva. Actuações de Ótilia de Jesus, Victor Martins,
Duo The Ritz, Banda do Sagrado Coração de Jesus e Rancho Folclórico
Pérolas do Atlântico da CAO. Entrada grátis. Informações: 416-450-0014.
ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DE RABO DE PEIXE DO ONTÁRIO
127 McRoberts Avenue, Toronto. Tel: 416-654-9313
Sábado, 17 de Setembro: 18.º Aniversário, às 18h00, na Local 183 (1263
Wilson Av.). Jantar seguido dos espectáculos de Henrik Cipriano, Mexe
Mexe e do bailinho tradicional de Rabo de Peixe: Baile dos Pescadores.
Informações: 905-230-9013, 905-794-7517, 905-457-6058, 416-651-5193
ou 416-731-1720.
CASA DAS BEIRAS C.C.C. OF TORONTO
34 Caledonia Road, Toronto. Tel.: 416-604-1125
De 17 a 24 de Setembro: Semana Cultural Beirã. Sábado (17): Içar das
Bandeiras e cantar dos hinos de Portugal e Canadá, às 18h30, pelo R.F. Académico de Viseu. Exposição de livros, artesanato e fotografias. Recepção com
os convidados de honra, Álvaro dos Santos Amaro (Presidente da Câmara
Municipal da Guarda) e Francisco Manuel Lopes (Presidente da Câmara
Municipal de Lamego). Actuações de Hélder Pereira e Luizinho de Portugal
(vindo de Portugal). Domingo (18): Festival de Folclore às 15h00. Actuação
de Luizinho de Portugal. Segunda-feira (19): Encontro de empresários lusocanadianos e convidados de honra, às 10h00. Actuações dos R.F. da Nazaré
(Mississauga) e do Portuguese Club of Vaughan, Tony Gouveia e Eduardo
Câmara. Terça-feira (20): Noite dedicada aos patrocinadores. Actuação de
Luizinho de Portugal. Quarta-feira (21): Actuações dos R.F. da Associação
Cultural do Minho, do Académico de Viseu e de Tânia Barbosa. Quintafeira (22): Noite da Juventude. Actuações do Grupo de dança City Dance
Corps, Peter Serrado e Victoria Azevedo. Sexta-feira (23): Noite de Fados.
Actuações de Elizabeth Gouveia, Tony Gouveia, Clara Santos e João Brito,
acompanhados pelos guitarristas Manuel Muscatel, Valdemar Mejdoubi e
Hernâni Raposo, Eduardo Câmara e Pedro Joel. Sábado (24): Encerramento
da Semana Cultural. Actuações de Henrik Cipriano, Humberto Domingues
e Luizinho de Portugal. De domingo a sábado haverá almoços e jantares regionais. Som a cargo de 5 Star Productions. Informações: 416-824-5675.
CASA DO ALENTEJO COMMUNITY CENTRE
1130 Dupont Street, Toronto. Tel.: 416-537-7766
Sábado, 24 de Setembro: Lançamento de CD de Carmen Moscatel com
noite de fado, às 18h30. Actuações de Carmen Moscatel, Luiz Ferraz, Soraia
Mejdoubi e Paulo Filipe acompanhados pelos músicos, Manuel Moscatel,
Hernani Raposo, Valdemar Mejdoubi e Sérgio Santos. Informações: 416930-8101 e 416-537-7766.
CASA DOS AÇORES DO ONTÁRIO
1136 College Street, Toronto.Tel.: 416-603-2900
Sábado, 17 de Setembro: Abertura da nova época com jantar às 19h00,
seguido de baile com Tony Silveira Band. Sábado, 1 de Outubro: 1.º Jantar
do Divino Espírito Santo, seguido de baile com Lídia Sousa e DJ Nazaré
Praia. Informações: 289-997-8946.
CONSULADO GERAL DE PORTUGAL EM TORONTO
438 University Avenue, 14th floor, Toronto. Tel.: 416-217-0966 ext. 227
Sexta-feira, 30 de Setembro: Lançamento do livro “AndarIlha - Viagens
de um Hífen”, da autora Maria João Dodman, a realizar na Galeria Almada
Negreiros, às 19h00.
CENTRO CULTURAL PORTUGUÊS DE MISSISSAUGA
53 Queen Street Norte, Mississauga.Tel: 905-286-1311
Sábado, 17 de Setembro: Baile de abertura/sócio, com o conjunto Tabu.
GRACIOSA COMMUNITY CENTRE OF TORONTO
279 Dovercourt Road, Toronto. Tel.: 416-533-8367
Sábado, 24 de Setembro: Abertura da nova época, com animação do Duo
Som Luso.
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1548 Fischer-Hallman Road, Tel.: 519-579-6960
Sábado, 24 de Setembro: Baile das Vindimas, às 18h00. Jantar seguido
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16 de Setembro de 2016
PORTUGAL EM FOCO
Feira de S. Mateus de Viseu atingiu número recorde de
um milhão de visitantes
A Feira de S. Mateus, que teve início a 5 de Agosto
e terminou no domingo, dia 11, em Viseu, atingiu um
milhão de visitantes, um número recorde desde que o
certame dispõe de contagens mecânicas e electrónicas.
Para a autarquia e para a Viseu Marca, a 624.ª
edição da Feira de S. Mateus foi “um êxito notável”.
“Com este registo, a feira alcança um marco na sua
história”, referiu o presidente da Câmara de Viseu,
Almeida Henriques, acrescentando que “esta poderá tornar-se uma edição lendária”.
Na opinião do autarca, o milhão de visitas é “um
prémio da aposta estratégica” assumida ao nível da
“revitalização e modernização da mais antiga feira franca viva e traduz o estatuto de certame popular histórico
de excelência” em termos nacionais.
A secular feira encontra-se também numa fase de
“plena auto-sustentabilidade”, pagando-se a si própria e
gerando “riqueza e emprego no concelho e na região”,
acrescentou.
O “salto qualitativo e a criatividade” na organização e na programação são também apontados a esta
edição do certame, que foi organizado pela Viseu Marca.
“O segredo deste sucesso reside numa revitalização
e num cuidado de ‘A a Z’”, explicou o gestor da feira e
da Viseu Marca, Jorge Sobrado.
No entender do presidente da Viseu Marca, João
Cotta, “a feira reencontrou plenamente a sua ‘idade de
O Dia de Viriato, a 28 de Agosto, alcançou quase 40
ouro’ e projectou-se no futuro”, tendo hoje “melhores mil visitantes, e o Dia da Enguia e do Concurso dos
condições para a internacionalização”.
Vestidos de Chita, a 4 de Setembro, 34 mil.
Já David Carreira e Diogo Piçarra tiveram as maiores afluências dos dias de entrada paga, com 27 mil
visitantes em cada um deles, enquanto na noite de Mariza
se deslocaram à feira 24 mil pessoas.
“A organização partilha um sentimento de missão
cumprida e de renovação histórica, ao mesmo tempo que
leva da experiência dezenas de lições para a próxima
edição do evento”, referiu Jorge Sobrado, considerando
que foi cumprida a promessa do slogan “é de feirar por
mais”.
A 625.ª edição da Feira de S. Mateus tem já as datas
marcadas: de 11 de Agosto a 17 de Setembro.
Açores:
No que respeita aos dias de entrada gratuita, aquele
que teve maior afluência de público foi a 12 de Agosto,
Dia Internacional da Juventude - com 55 mil entradas -,
quando subiu ao palco o cantor Agir.
Distinção da Turisver é
reconhecimento do trabalho
efectuado entre entidades
públicas e privadas no
sector do Turismo
O Secretário Regional do Turismo e Transportes
foi distinguido pela Revista Turisver pela dedicação e
contributo ao desenvolvimento do turismo em Portugal,
frisando que é o reconhecimento do trabalho conjunto
entre entidades públicas e privadas realizado nos últimos
anos.
“Mais do que o reconhecimento individual do trabalho desenvolvido, é sim o reconhecimento de todo o
trabalho efectuado, em conjunto, entre entidades públicas e privadas ao longo dos últimos anos na perspectiva
de consolidar e desenvolver o sector do turismo na Região”, afirmou Vítor Fraga.
O titular da pasta do Turismo falava segunda-feira,
em Lisboa, à margem da cerimónia que assinalou o 30.º
aniversário da Turisver, durante a qual recebeu a distinção das mãos do director da revista, José Luís Elias.
“Efectuámos um trabalho de reposicionamento do
destino junto dos principais mercados emissores e efectuámos a maior reforma de sempre ao nível das acessibilidades e isso traduz-se, naturalmente, no bom desempenho do sector”, afirmou o Secretário Regional.
Nesse sentido, salientou que “o primeiro semestre
de 2016 assume-se como o melhor primeiro semestre da
história do turismo dos Açores, ultrapassando, e considerando todas as tipologias de alojamento, as 700 mil
dormidas, mais precisamente atingindo as 788 mil dormidas, o que significa um crescimento, face ao primeiro
semestre de 2015, que já havia sido o melhor primeiro
semestre de sempre, de 195.013 dormidas, ou seja, mais
32%”.
Para Vítor Fraga, estes dados reflectem, “acima de
tudo, uma trajectória de consolidação do sector do turismo, fazendo com que se torne mais sustentável, quer do
ponto de vista económico, para os vários agentes do
sector, mas também do ponto de vista social, contribuindo para que se viva melhor nas ilhas dos Açores, e do
ponto de vista ambiental, preservando todos os espaços
que caracterizam a Região, com uma beleza ímpar, e
utilizando-os de uma forma responsável, para os usufruir, não só pelos residentes mas também por todos
aqueles que visitam” o arquipélago.
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16 de Setembro de 2016
Director António Perinú | Editora Alice Perinú | Tel. 416 538-1788
SUPLEMENTO
Desportivo do Jornal Sol Português
www.solnet.com | [email protected]
Ano XXVIII | Edição 1247
Sexta-feira, 16 de Setembro de 2016
Selecção portuguesa de
futsal vence Panamá 9-0
A selecção portuguesa de futsal conseguiu terçafeira a sua maior goleada de sempre em Mundiais, ao
bater o Panamá por 9-0, na segunda jornada do Grupo
B, garantindo, praticamente, um lugar nos oitavos final.
Em Cali, Ricardinho, com seis golos, foi a gran-
de figura da formação das ‘quinas’, que ao intervalo
ganhava por 8-0, enquanto Cardinal marcou dois,
antes de se lesionar, ainda na primeira parte, para não
mais jogar, e Miguel Ângelo apontou o outro.
Com quatro pontos, Portugal, que se estreou
sábado com um empate a um golo com a anfitriã
Colômbia, será, na pior das hipóteses, terceiro do
Grupo A, sendo que, provavelmente, entrará para o
jogo de sexta-feira com o Uzbequistão já qualificado.
Sporting de Braga estreia-se com
empate na recepção ao Gent
O Sporting de Braga empatou quinta-feira a um
golo na recepção aos belgas do Gent, em encontro da
primeira jornada no Grupo H da Liga Europa em
futebol.
Os forasteiros marcaram primeiro, aos seis minutos, num livre directo do bósnio Danijel Milicevic,
mas os ‘arsenalistas’ restabeleceram a igualdade aos
24, por André Pinto, de cabeça, na sequência de um livre.
Com este empate, as duas equipas ficam no
segundo lugar do agrupamento, com um ponto, atrás
dos ucranianos do Shakhtar Donetsk, orientados pelo
português Paulo Fonseca, que venceram por 1-0 no
reduto dos turcos do Konyaspor.
Benfica e Braga
reencontram-se no jogo
grande da quinta jornada
O tricampeão Benfica recebe na segunda-feira o
Sporting de Braga, naquele que é o principal confronto da quinta jornada da I Liga de futebol, com alterações nos dois emblemas desde o confronto na
Supertaça.
O jogo entre Benfica e Braga será o segundo
nesta época, depois de os ‘encarnados’ terem vencido
os bracarenses sem discussão, por 3-0, no encontro da
Supertaça disputado em Aveiro, em Agosto.
As duas equipas, que chegam à quinta jornada
como vice-líderes, a dois pontos do Sporting, e cruzam-se na Luz com mudanças de relevo: desde logo
nos bracarenses, com a ida do internacional Rafa para
o Benfica, e nas águias, com a onda de lesões que tem
afectado o ‘onze’.
O técnico Rui Vitória não deverá contar com
Rafa ou Raul Jiménez, enquanto o melhor marcador
da última época, Jonas, tem estado de fora, também
por lesão, bem como o seu companheiro de ataque, o
grego Mitroglou.
O jogo acontece após a semana europeia, com
resultados menos bons na ‘Champions’: empates 1-1
de Benfica (com Besiktas) e FC Porto (com Copenhaga)
em casa, e derrota do Sporting em Madrid (com o
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Liga dos Campeões de futebol:
Benfica cede empate com o Besiktas
após golo de Talisca nos descontos
Um golo de Talisca, nos descontos,
deu terça-feira aos turcos do Besiktas um
empate 1-1 com Benfica, no Estádio da Luz,
em jogo da primeira jornada do Grupo B da
Liga dos Campeões de futebol.
Emprestado pelo Benfica ao clube de
Istambul, o médio brasileiro marcou de livre directo, aos 90+3 minutos, depois do
extremo argentino Cervi ter colocado os
tricampeões portugueses na frente, aos 12
minutos.
Após a primeira jornada, Benfica e
Besiktas seguem em segundo lugar do Grupo B, com um ponto, atrás dos italianos do
Nápoles, que somaram os três pontos da
deslocação à Ucrânia, com uma vitória sobre o Dínamo Kiev, por 2-1.
Pág. 2
Liga dos Campeões de futebol:
Empate do FC Porto revela vícios
de passado recente
O FC Porto, que quarta-feira empatou em casa,
frente ao FC Copenhaga (11), no arranque da Liga dos
Campeões de futebol, revelou não estar completamente ‘curado’ de alguns vícios de um passado recente.
Ao ceder dois pontos
frente ao campeão dinamarquês, na primeira jornada
do Grupo G, a equipa de
Nuno Espírito Santo ‘caiu’
vítima de princípios de jogo
ainda pouco eficazes, tanto
mais que jogou em superioridade numérica a partir dos
66 minutos.
O FC Porto até começou bem, com um golo aos
13 minutos, marcado por
Otávio, e a submeter os
adversários ao seu ritmo,
mas o empate conseguido
aos 51 minutos, graças a
uma insistência de Andreas
Cornelius diante de algum
desacerto defensivo, foi
fatal para o ânimo dos anfitriões, que perderam foco e
eficácia ofensiva.
Por comparação com
o último jogo dos ‘dragões’,
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Liga dos Campeões de futebol:
Sporting esteve perto da história,
no fim ganhou o Real Madrid
O Sporting perdeu europeu e ter estado a ven- Gelson Martins, para a enquarta-feira fora com o Real cer até aos 89 minutos.
trada de Markovic, cujo
Madrid por 2-1, em jogo do
Com excepção dos úl- r e n d i m e n t o f o i n u l o , o
Sporting controlou sempre
um Real Madrid incapaz de
colocar intensidade no
jogo, em parte por mérito
dos ‘leões’.
Com a saída de Gelson
Martins – Jesus tinha dois
jogadores ‘amarelados’ no
corredor central, William
Carvalho e Adrien – a equipa deixou de dar profundidade ao seu jogo ofensivo e
permitiu que o Real Madrid,
finalmente, forçasse o
Sporting a recuar as linhas
e a defender perigosamente
grupo F da Liga dos Cam- timos 20 minutos, quando perto da sua área.
peões de futebol, depois de Jorge Jesus decidiu tirar o
Gelson estava ‘endiater controlado o campeão melhor jogador em campo, brado’ e permitiu sempre
ao Sporting estender o jogo
até à área do Real Madrid e
manter a equipa espanhola
em sentido, sem se expor
demasiado, mas após a sua
saída os ‘leões’ nunca mais
o conseguiram fazer.
O Real Madrid começou o jogo em baixa intensidade e assim continuou
até aos últimos minutos,
permitindo que o Sporting
mantivesse o controlo da
partida, bem ‘plantado’ no
terreno, a defender em
4x5x1 sem bola e a desdobrar-se em 4x3x3 quando
saia para as movimentações
ofensivas, com Bryan Ruiz
e Gelson a abrirem nas alas.
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GOLO | GOAL
Resultados da quarta jornada da I
Liga de futebol:
- Sexta-feira, 09 Set:
Arouca – Benfica, 1-2
- Sábado, 10 Set:
Belenenses - Nacional, 2-1
Sporting – Moreirense, 3-0
FC Porto – Vitória de Guimarães, 3-0
- Domingo, 11 Set:
Paços de Ferreira – Estoril-Praia, 0-0
Marítimo – Rio Ave, 0-1
Sporting de Braga – Boavista, 3-0
Desportivo de Chaves – Vitória de Setúbal, 0-0
- Segunda-feira, 12 Set:
Feirense – Tondela, 2-1
Programa da quinta jornada:
- Sexta-feira, 16 Set:
Nacional - Marítimo, 20:30 (Sport TV)
- Sábado, 17 Set:
Estoril-Praia – Moreirense, 16:00 (Sport TV)
Vitória de Setúbal - Paços de Ferreira, 18:15 (Sport
TV)
Vitória de Guimarães – Belenenses, 20:30 (Sport TV)
- Domingo, 18 Set:
Arouca - Desportivo de Chaves, 16:00 (Sport TV)
Boavista – Feirense, 16:00 (Sport TV)
Tondela - FC Porto, 18:00 (Sport TV)
Rio Ave – Sporting, 20:15 (Sport TV)
- Segunda-feira, 19 Set:
Benfica - Sporting de Braga, 20:00 (BTV)
Classificação:
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
SPORTING
SPORTING BRAGA
BENFICA
FC PORTO
VITÓRIA SETÚBAL
RIO AVE
BELENENSES
DESPORTIVO CHAVES
VITÓRIA GUIMARÃES
FEIRENSE
BOAVISTA
MOREIRENSE
AROUCA
MARÍTIMO
PAÇOS FERREIRA
TONDELA
ESTORIL-PRAIA
NACIONAL
P
12
10
10
9
8
7
7
6
6
6
5
4
3
3
2
1
1
0
Jorge Sousa apita o
Benfica-Sporting de Braga
Jorge Sousa foi nomeado para apitar na próxima
segunda-feira o Benfica-Sporting de Braga, o jogo
‘grande’ da quinta jornada da I Liga portuguesa, anunciou terça-feira o Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol.
No Estádio da Luz, o árbitro da Associação de
Futebol (AF) do Porto vai ser auxiliado por Álvaro
Mesquita e Ricardo Jorge Santos, enquanto Rui Costa
será o quarto árbitro.
No domingo, a deslocação do líder Sporting ao
terreno do Rio Ave vai ter dirigida por João Pinheiro,
da AF de Braga, enquanto o Tondela-FC Porto será
apitado por Hugo Miguel, da AF de Lisboa.
Destaque ainda para o derby madeirense, entre
Nacional e Marítimo, que será arbitrado por Bruno
Paixão, da AF de Setúbal.
Programa da quinta jornada:
- Sexta-feira, 16 Set:
Nacional - Marítimo, Bruno Paixão (AF Setúbal)
- Sábado, 17 Set:
Estoril-Praia – Moreirense, Gonçalo Martins (AF
Vila Real)
Vitória de Setúbal - Paços de Ferreira, Manuel Mota
(AF Braga)
Vitória de Guimarães – Belenenses, Manuel Oliveira (AF Porto)
- Domingo, 18 Set:
Arouca - Desportivo de Chaves, Luís Ferreira (AF
Braga)
Boavista – Feirense, Bruno Esteves (AF Setúbal)
Tondela - FC Porto, Hugo Miguel (AF Lisboa)
Rio Ave – Sporting, João Pinheiro (AF Braga)
- Segunda-feira, 19 Set:
Benfica - Sporting de Braga, Jorge Sousa (AF Porto)
Força Selecção
16 de Setembro de 2016
Benfica cede empate com o Besiktas
após golo de Talisca nos descontos
Continuação da pág. 1
Declarações:
Rui Vitória (treinador do Benfica): “Isto é o
futebol. Não há volta a dar. Fizemos o suficiente para
ganhar. Fizemos um jogo muito seguro. Não é um golo
nos descontos que vai alterar a minha opinião. Fizemos
um jogo bem conseguido, mas acabámos por deixar fugir
dois pontos. Vamos ter ir à procura deles.
Os jogadores não merecem ter uma tristeza tão
grande. Há tristeza por não termos ganho, mas com a
consciência do que fizemos bem”.
Salvio (jogador do Benfica): “Acho que fizemos
uma boa primeira parte, descemos na segunda, mas
tivemos boas ocasiões e podíamos ter matado o jogo com
aquela jogada do Gonçalo Guedes. Depois sofremos um
grande golo do Talisca e saímos com um sabor amargo
porque a vitória estava quase certa”
Talisca (jogador do Besiktas): “Estou muito feliz, muito contente por este empate. Queríamos a vitórias mas sabíamos que ia ser um jogo difícil. Na segunda
parte, entrámos fortes com um ritmo e conseguimos
pressionar o Benfica. O empate fora de casa é bom.”
“Não estou triste nem magoado. Estou muito feliz,
feliz por regressar a um estádio em que fiz tantos golos
bonitos. Quero que o Benfica seja campeão novamente”.
Vincent Aboubakar (jogador do Beskitas): “Era
um jogo difícil, conseguimos o empate. Tivemos a felicidade do Talisca fazer um grande golo e estamos contentes por ter conseguido o empate. Se pudéssemos ter
ganho era bom, mas empatar fora é positivo”.
Ricardo Quaresma (jogador do Besiktas): “Entrámos a respeitar demais o Benfica. Temos jogadores
que estão a jogar a Liga dos Campeões pela primeira
vez. Entregámos a primeira parte ao Benfica. A segunda
já foi diferente. Criámos oportunidades para marcar e
este golo acaba por ter sabor a vitória.
Ele [Talisca] pediu-me para bater o livre, estava
confiante. Ele bate bem as bolas paradas e foi feliz. Fico
feliz por ele e por este empate”.
Franco Cervi (jogador do Benfica): “Temos que
melhorar e vamos trabalhar para sermos melhores nesta
competição. Fizemos um bom jogo. Tivemos um sabor
amargo no fim, mas ainda faltam muitos jogos. Temos é
de trabalhar para vencer já o próximo jogo”.
André Horta (jogador do Benfica): “Era importante ganhar, acho que fizemos um bom jogo. Foi um
livre bem executado do Talisca e não estávamos a espera
de sofrer um golo no último minuto. Foi um balde de água
fria”.
Ederson (jogador do Benfica): “Tivemos a infelicidade de sofrer o golo no fim do jogo. Tivemos a
oportunidade de matar o jogo, mas não conseguimos. A
equipa deles foi feliz por fazer o empate.”
Grimaldo (jogador do Benfica): “Sabemos que,
até o árbitro apitar para o final, tudo pode acontecer.
Fizemos um bom jogo, merecíamos os três pontos, mas
há que continuar. Acreditamos que podemos seguir em
frente na competição.
André Horta (jogador do Benfica): “Foi um balde
e água fria sofrer um golo no último minuto. Foi um golo
de bola parada, é algo que não conseguimos controlar. Há
que dar mérito ao executante.
Na segunda parte, eles tiveram o ascendente do
jogo, mas fechámos o caminho para a nossa baliza. Nos
jogos de ‘Champions’ é sempre muito difícil de dominar
o jogo todo, estávamos preparados para defender quando
fosse preciso, mas não conseguimos anular aquela situação de bola parada”.
Empate do FC Porto revela vícios de
passado recente
Continuação da pág. 1
Nuno Espírito Santo fez alinhar Herrera no lugar de
André André e substituiu o belga Depoitre pelo mexicano Jesús Corona, sendo que a principal novidade foi o
regresso do argelino Brahimi, que começou no banco.
Os ‘azuis e brancos’ assumiram o controlo do jogo
desde o primeiro minuto e instalaram-se na intermediária forasteira, a jogar em posse, com o envolvimento de
todos os jogadores, mas com Óliver e Otávio em modo
mais criativo, na procura de espaços e colegas mais
adiantados.
Foi, no entanto, o campeão dinamarquês que causou o primeiro lance de perigo, quando, aos 11 minutos,
Mathias Jorgensen cabeceou, no coração da área, para
uma grande intervenção de Iker Casillas, guardião espanhol que cumpriu a 161.ª partida na prova (18.ª temporada) e assim manteve o seu próprio recorde.
Dois minutos volvidos, Otávio entendeu-se com
André Silva no bico esquerdo da área, com o avançado
a assisti-lo de calcanhar, deixando o brasileiro capaz de
alvejar com sucesso a baliza de Robin Olsen e inaugurar
o marcador.
Os portistas mantiveram o pé no acelerador, embora
sem grande exagero, e por duas vezes podiam ter aumentado a vantagem, mas Corona e André Silva chegaram
um pouco atrasados aos passes para a zona de rigor.
Assim se retomou o encontro, após o intervalo,
mas no único deslize da defensiva portista até então,
Andreas Cornelius, aos 51 minutos, aproveitou o desentendimento dos ‘dragões’ e conseguiu desviar a bola
para as redes à guarda de Casillas.
Na resposta, Corona, lançado para a área por Otávio, não chegou a tempo de rematar e, aos 62 minutos,
foi substituído pelo belga Depoitre.
A partir dos 66 minutos, os portistas passaram a
jogar em superioridade numérica, por expulsão de Gregus
(segundo cartão amarelo) e Nuno Espírito Santo entendeu reforçar ainda mais o ataque, trocando Herrera pelo
regressado Brahimi, bastante aplaudido desde as bancadas, ainda durante o aquecimento.
Mesmo assim, os portistas não conseguiram
‘desencravar’ posicionamentos nem ganhar espaços face
à ‘férrea’ e muito focada defesa dinamarquesa.
Digo Jota rendeu Otávio a oito minutos do final, o
FC Porto fez ‘chover’ bolas para o interior da área, mas
os cruzamentos pareciam teleguiados para os pés ou as
cabeças dos defesas contrários.
ados momentos ao Copenhaga. O fundamental na equipa
é ter um plano de jogo, que tem de ser mantido. Tem de
haver rigor. Apesar de haver problemas, temos de ter
soluções e não encontrámos as melhores soluções. O
Copenhaga chegou ao empate numa situação isolada.
Conseguimos ter muita posse, agora falta materializar em
golo. É uma competição que acaba de começar, agora
vamos jogo a jogo. Queremos continuar com o nosso
objectivo difícil. Claro que queríamos a vitória. Mas
agora é levantar a cabeça e pensar no próximo jogo”
Brahimi (jogador do FC Porto): “À partida, um
jogo de ‘Champions’ nunca é fácil. Começámos bem,
com um golo. Temos que continuar a trabalhar. A cada
partida a equipa cresce um pouco mais e teremos de nos
concentrar no próximo jogo. Tenho que agradecer muitíssimo aos adeptos e dizer-lhes que lhes vamos dar
muitas vitórias e muitos dias felizes. Estou no FC Porto
a 200 por cento e nada mais. Estou aqui muito contente e
quero trabalhar muito pelo meu clube”.
Danilo (jogador do FC Porto): “Os dois pontos
que perdemos agora temos de os ir buscar a algum lado.
Temos mais jogos para conseguir ganhar”.
Stale Solbakken (Treinador do FC Copenhaga):
“Estamos muitos satisfeitos com este ponto. Fomos tão
bons como o FC Porto. Produzimos o mesmo número de
oportunidades enquanto tivemos 11 jogadores em campo
e fomos controlando a partida. Mas quando se joga com
10 durante tanto tempo, temos de recuar. A partir daí, não
tivemos oportunidades.
Cada ponto conquistado é uma vitória. Jogámos
contra um dos favoritos no grupo. E conseguir ponto fora
é muito bom. É também bom para as equipas mais pequenas, quando isso acontece na ‘Champions’.
Merecemos este ponto. O jogo acabou por ser muito
equilibrado. Mesmo com 10 estivemos bem, embora em
modo mais defensivo”.
Benfica renova com treinador
campeão europeu de hóquei
em patins até 2018
O Benfica conta com o treinador de hóquei em
patins, Pedro Nunes, até 2018, depois de quinta-feira ter
anunciado a renovação de contrato com o técnico que na
última época conduziu as ‘águias’ aos títulos nacional e
europeu.
“Não faz sentido continuar no Benfica sem pensar
Declarações:
em ganhar tudo. O meu propósito é continuar a trabalhar
Nuno Espírito Santo (Treinador do FC Porto): no clube com profissionalismo, dedicação e também uma
“Saio com a sensação que não fomos a equipa que sede enorme de títulos”, salientou o treinador na hora de
queremos ser. Não fomos eficazes, permitimos demasi- renovar à BTV.
16 de Setembro de 2016
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Sporting esteve perto da história, no fim ganhou o Real Madrid
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A atestar esta evidência, o facto do Real Madrid
não ter criado qualquer
oportunidade de golo durante toda a primeira parte,
ao contrário do Sporting
que teve uma oportunidade
flagrante por Bas Dost, depois de uma aceleração de
Gelson, que deixou toda a
gente para trás e de um cru-
zamento para a entrada da
pequena área onde surgiu o
holandês a não conseguir
finalizar.
Além deste lance, o
mais perigoso até ao intervalo, Bruno César, logo aos
dois minutos, e Gelson estiveram perto do golo, com
o primeiro a rematar a rasar
o poste e o segundo a obrigar o guardião madridista a
uma boa defesa, a desviar a
Vieira anuncia lucro do
Benfica pelo terceiro
ano consecutivo
O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, anunciou quarta-feira que os ‘encarnados’ vão apresentar
lucro pelo terceiro ano consecutivo, confirmando simultaneamente a continuação na aposta na formação e
na internacionalização da marca.
O dirigente, que falava no discurso durante o
jantar que reuniu os deputados benfiquistas com assento parlamentar, adiantou que num futuro próximo o
objectivo passa pela consolidação da Caixa Futebol
Campus e da área financeira.
“Temos o projecto de criação de uma Escola
Benfica, com identidade própria e que todos os anos se
constitua como base de reforço da nossa equipa principal. Na consolidação financeira, ainda este mês vamos apresentar os resultados económicos da época
2015/16, podendo desde já anunciar, pelo terceiro ano
consecutivo, que terminaremos o ano a dar lucros. Um
feito único entre os principais clubes portugueses.
Queremos realçar a marca Benfica com a expansão
para vários mercados, nomeadamente nos Estados Unidos e asiático”, afirmou.
Para Luís Filipe Vieira na base destes objectivos
está o trabalho desenvolvido desde o início do milénio
e que se encontra agora com a recente conquista do
tricampeonato nacional de futebol.
“Lançados nos trabalho para o ‘tetra’, relembro
que o caminho não foi fácil. Nestes 15 anos foi preciso
recuperar a confiança, iniciar a consolidação orçamental, lançar as sementes na formação e apostar nas
infra-estruturas. Foi preciso nunca perder a ambição de
ganhar”, sustentou, frisando que actualmente o Benfica é
“uma referência de modernidade e inspiração”.
Neste jantar, que contou com a presença de 74
deputados de todos os partidos políticos com assento
parlamentar (menos o PAN), o discurso de Vieira
centrou-se essencialmente no Benfica e nas diversas
modalidades ‘encarnadas’, tendo enaltecido a recente
conquista da medalha de bronze nos Jogos Olímpicos
do Rio de Janeiro, por parte da judoca Telma Monteiro.
Diogo Marreiros conquista
bronze nos Mundiais de
patinagem de velocidade
O atleta português Diogo Marreiros conquistou
ontem a medalha de bronze na prova dos 10.000 metros por pontos dos Campeonatos do Mundo de
patinagem de velocidade, que decorre em Nanquim, na
China.
“É uma medalha muito importante para mim,
depois da lesão do ano passado e de não ter participado no Mundial”, referiu Diogo Marreiros, que conquistou o primeiro pódio para Portugal numa prova
individual de seniores de um campeonato do mundo.
Diogo Marreiros considerou a prova difícil e
confessou que, no início, era suposto trabalhar para o
seu colega Martyn Dias, mas, como ele não se sentiu
bem, assumiu ele a corrida.
“Fiz dois pontos em primeiro lugar no meio da
prova e depois, no ‘sprint’ final, fiz mais três pontos e,
depois, mais cinco, que acabaram por ser suficientes
para ganhar a medalha”, descreve.
O atleta promete agora, até final dos Mundiais,
ajudar o colega Martyn Dias a atingir os seus objectivos e, se possível, também melhorar o meu registo.
“Sinto-me muito feliz, satisfeito e orgulhoso.
Para um país como o nosso, vir este ano ao Mundial e
conseguir ganhar uma medalha é um sinal de que
temos lugar cá e que merecemos estar aqui”, disse o
treinador Alípio Silva.
bola pela linha de fundo.
Um tiro de longe de
Cristiano Ronaldo, que Rui
Patrício tocou por cima da
barra, foi o momento mais
perigoso dos ‘merengues’
antes do descanso
A segunda parte começou praticamente com o
golo de Bruno César, aos
48 minutos, após uma sequência de tabelas com
Bryan Ruiz e Gelson
Martins, perante a apatia da
defesa ‘merengue’.
Não obstante o golo,
o Sporting continuou a manter o Real Madrid sob controlo e a grande jogada do
desafio foi protagonizada
por Gelson Martins, que
pegou na bola e passou por
quatro jogadores do Real
Madrid, tocou para Bas
Dost que tentou devolver,
mas a bola foi cortada ‘inextremis’.
Seria, de resto, o mesmo Gelson a ‘partir os rins’
a Marcelo, aos 63 minutos,
para cruzar para Bas Dost,
que não chegou a tempo
para tocar a bola para o fundo das redes.
Nem as entradas de
Lucas, Morata e James
Rodriguez, aos 67, 68 e 77
minutos, respectivamente,
minimizaram o défice de
dinâmica
do
ataque
madridista.
Os problemas para o
Sporting – além do critério
dual do árbitro ao longo de
todo o jogo – começaram
justamente depois da saída
de Gelson, quando a equipa
deixou de ter profundidade
no ataque e passou a defender perto da sua área.
A pressão do campeão
europeu intensificou-se e,
depois de um cabeceamento
de Cristiano Ronaldo ao
poste, o golo do empate
chegou aos 89 minutos e
nasceu de um livre directo
com assinatura do internacional português.
Se o empate já era castigo pesado para o Sporting,
o assédio final do Real
Madrid ainda viria a dar
resultado a outro golo, marcado por Morata, aos 90+4,
na sequência de um cruzamento para a área com Rui
Patrício a ser claramente
mal batido.
Declarações:
Jorge Jesus (treinador do Sporting): “Nós
sabemos o valor que temos
fizemos 88 minutos de grande disciplina táctica e rigor
posicional. Não foi um jogo
em que o Madrid teve mui-
tas oportunidades. O Real
Madrid não conseguiu entrar por nenhum lado. A
equipa do Sporting foi muito forte até aos 88 minutos.
Quando entraram alguns jogadores começámos
a perder algumas referências e eu, fora do banco, também ajudei. Faltou-nos alguma experiência.
O golo do Ronaldo é
um grande golo. Por isso é
o melhor do mundo.
Acabámos por perder
o jogo, quando os adeptos
do Sporting mereciam que
ganhássemos. Infelizmente
não conseguimos. Parabéns
à equipa do Real Madrid e
também parabéns à equipa
do Sporting.
O futebol é isto, e por
isso é que são campeões
europeus e voltaram o jogo
nos últimos dois minutos.
Os adeptos [do
Sporting] sentiram grande
orgulho nesta equipa. Toda
a gente sentiu que o
Sporting fez um grande
jogo, mas não pontuou. Tivemos tudo para pontuar
mas depois levámos dois
golos em dois minutos.
Zinedine Zidane
(treinador
do
Real
Madrid): “Estou satisfeito. Sofremos mas ao mes-
mo tempo não baixámos os
braços. O importante hoje
era pontuar.
Os primeiros 80 minutos foram bons. Temos
um rival que nos deu luta.
Depois do primeiro golo
começámos a jogar melhor.
As alterações de jogadores
serviram para acrescentar
algo e estou satisfeito com
as alterações feitas.
Não sei se o resultado
é justo ou não. O que se
passa é que acreditámos até
ao fim. Temos um grupo e
de qualquer forma podemos
fazer a diferença. Sei que
nem tudo foi perfeito.
Não há nada em particular de que não tenha gostado. Mas podemos fazer
melhor. Principalmente na
primeira parte podíamos ter
feito melhor.
É bom que tenhamos
ganhado três pontos, mas
sabemos que nenhum jogo
será fácil na ‘Champions’.
Foi o nosso rival que
foi bom. Nós sabemos que
cada jogo vai ser difícil.
Mas sabemos que podemos
fazer a diferença. Nunca
baixámos os braços. Não
vamos poder ganhar todos
os jogos. Hoje sofremos,
mas conseguimos os três
pontos.
Novo seleccionador de râguebi aponta para a
presença de Portugal no Mundial2023
Martim Aguiar foi
terça-feira apresentado
como novo seleccionador
nacional de râguebi de XV
e mostrou-se “preparado e
entusiasmado” para a nova
etapa da carreira, com o
objectivo de assegurar a
presença de Portugal no
Mundial de 2023.
“Tenho prazer de trabalhar naquilo de que gosto
e onde cresci, que foi nos
campos de râguebi. É uma
honra enorme poder representar o râguebi português
ao mais alto nível. Sei bem
da responsabilidade que me
está encarregue e estou entusiasmado e preparado
para este novo desafio”,
afirmou, em conferência de
imprensa.
O ex-técnico do GD
Direito, clube pelo qual
conquistou vários títulos
enquanto treinador, assinou
contrato para os próximos
três anos e vai suceder ao
escocês Ian Smith, que, por
seu lado, subiu na hierarquia da Federação Portuguesa de Râguebi (FPR),
sendo agora o director de
todas as selecções nacionais.
No início de um novo
ciclo, Martim Aguiar referiu que “todos os jogadores
elegíveis e de qualidade serão opção para representar
Portugal” e apontou a base
que poderá ditar o sucesso
do conjunto luso.
“Os jogadores que estão cá têm a vantagem de
trabalharem juntos e de se
conhecerem melhor, en-
quanto os que estão fora têm
a vantagem de competir a
um nível mais elevado. A
‘mescla’ destes dois mundos é que vai ditar o sucesso da selecção nacional”,
salientou.
Já o presidente da
FPR, Luís Cassiano Neves,
destacou o perfil de Martim
Aguiar, considerando que
o antigo jogador e técnico
do GD Direito será fundamental para aproximar da
federação dos clubes.
“O perfil do Martim
agrada-nos por várias razões. Tem resultados ao
mais alto nível em Portugal, mas acima de tudo porque, além das competências
tácticas, é um homem com
competências humanas para
aproximar cada vez mais a
federação dos clubes”, começou por dizer.
Por outro lado, o líder da FPR revelou que o
grande objectivo desta direcção passa pela presença
no Campeonato do Mundo
de 2023.
“Queremos estar presentes em 2023 e fazer algo
de interessante e melhorar
até 2019. O Martim vem
sem a pressão imediata dos
resultados, mas sabendo
que temos de construir um
projecto que pode já dar
alguns frutos para 2019,
mas com um foco muito
grande em 2023”, disse.
O primeiro jogo oficial de Martim Aguiar à
frente da selecção nacional
está marcado para 19 de Novembro, diante da Suíça.
Benfica e Braga reencontram-se no jogo
grande da quinta jornada
Continuação da pág 1
Real), embora ainda neste
dia o Braga jogue com o
Gent para a Liga Europa.
A derrota do Sporting
em Madrid (2-1) surgiu já
muito perto do final, com
os ‘merengues’ a virarem o
marcador aos 89 e 90+4,
num jogo em que os ‘leões’
mostraram bom futebol, foram melhor equipa e com
mais tentativas de golo do
que os ‘merengues’.
A equipa de Jorge Jesus – a única só com vitórias no campeonato – digere
a ‘ressaca’ da Liga dos
Campeões com uma visita
ao Rio Ave, num jogo habitualmente difícil mas no
qual os ‘leões’ não deixam
de ser favoritos.
O encontro em Vila do
Conde está agendado para
domingo (20:15), no mesmo dia em que o FC Porto
visita o Tondela (18:00),
sendo que a equipa de Petit
é uma das quatro que não
têm qualquer triunfo nas
quatro jornadas já realizadas.
Pese embora o empate
com o Copenhaga na
‘Champions’, o FC Porto é
também favorito em
Tondela, terreno em que o
Benfica venceu logo na pri- tem sentido muitas dificulmeira jornada (2-0).
dades neste arranque de
A quinta jornada co- campeonato.
O Nacional soma quatro derrotas em quatro jogos, enquanto o rival Marítimo venceu um jogo e tem
três desaires.
À procura também do
primeiro triunfo na edição
2016/17 da Liga estão o
Paços de Ferreira (dois empates e duas derrotas), que
visita o Vitória de Setúbal
e o Estoril-Praia (um emmeça já hoje (sexta-feira) pate e três derrotas), que
com o dérbi madeirense recebe o Moreirense, com
entre Nacional e Marítimo ambos os encontros marca(20:30), dois conjuntos que dos para sábado.