Biocombustíveis em FOCO
Transcrição
Biocombustíveis em FOCO
Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 1 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 Parceiros BiodieselBR Portal completo que cobre todos os aspectos da cadeia do biodiesel http://www.biodieselbr.com/ Brasil@gro Clipping, Site e TV BrasilAgro, notícias diárias sobre energias renováveis http://www.brasilagro.com.br/ Brasil Green Energy Promovendo oportunidades de investimentos em energias renováveis http://brasilgreenenergy.com/ CERAGRO Centro de Referência do Agronegócio da Região Sul http://ceragro.iica.int/ Ecoflex Trading & Logística Portal de negócios do setor sucroalcooleiro http://www.ecoflextrading.com/ Embrapa Agroenergia Focando em soluções: da biomassa à energia http://www.cnpae.embrapa.br/ Ethanol Brasil Blog Blog atualizado com as principais notícias do setor sucroalcooleiro http://ethanolbrasil.blogspot.com/ Revista Canavieiros Abordando assuntos especializados na área agrícola da cana-de-açúcar e assuntos relacionados com o setor industrial sucroalcooleiro www.revistacanavieiros.com.br Grupo IDEA Presta serviços nas áreas de Gestão, Planejamento Estratégico, Avaliação, Consultoria, Assessoria e Reestruturação Competitiva para usinas de açúcar e álcool. Ademais, realiza anualmente 5 grandes seminários técnicos da agroindústria canavieira brasileira. www.ideaonline.com.br 2 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 Parceiros 3 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 Conteúdo Noticias ................................................................................................................................................................ 7 Centro-sul processa 532,47 milhões de toneladas de cana em 2009/ 2010 ...................................................... 7 Exportação de biodiesel à base de palma aguarda regras dos EUA ................................................................... 7 Brasil e Argentina iniciam negociações para definição de política industrial comum........................................ 8 Brasileiros aceleram pesquisas sobre etanol de segunda geração ..................................................................... 9 Argentina: Tabacal se suma a la producción de biocombustibles para autos .................................................... 9 UNICA - Governo deve anunciar o quanto antes decisão sobre tarifa de importação de etanol .................... 11 Argentina: Cuatro empresas se quedaron com el 45% del cupo interno de biodiesel..................................... 12 Para UNICA, acordo Shell-Cosan amplia perpectivas para o etanol brasileiro ................................................. 12 Iran asks for Brazil´s cooperation in biofuel production ................................................................................... 13 Artigos, Entrevistas e Estudos ............................................................................................................................ 15 Alertan sobre el riesgo de que plantas destinadas a biocarburantes se conviertan en invasoras ................... 15 Energia limpa .................................................................................................................................................... 16 Entrevista: Con Cícero Bley – Um “laboratório” para energias renováveis ...................................................... 17 Brasil deve investir em eletricidade verde ........................................................................................................ 20 Resíduos da produção avícola utilizados como fonte de energia ..................................................................... 22 Expansão de biocombustível pode aumentar emissões do Brasil .................................................................... 27 O mundo verde ................................................................................................................................................. 28 Using ICP Technology to achieve quality biodiesel ........................................................................................... 29 The Social Costs and Benefits of Biofuels: The Intersection of Environmental, Energy and Agricultural Policy ........................................................................................................................................................................... 31 Net energy of cellulosic ethanol from switchgrass ........................................................................................... 33 Alemanha: National Implementation of Biomass Sustainability Regulations – Industry deplores unresolved open issues ........................................................................................................................................................ 41 Ações, Iniciativas e Eventos................................................................................................................................ 44 Paraguai: Petropar reducirá el precio de biodiésel........................................................................................... 44 Colômbia: Frenan inversiones en etanol .......................................................................................................... 45 EUA: Greening Deserts for Carbon Credits ....................................................................................................... 45 Inglaterra: Solena fabricará Biokerosene (biojet) a partir de basura para British Airways .............................. 48 Brasil: IPEA quer retomada de debate sobre uso do etanol ............................................................................. 49 Brasil: Cana-de-açúcar tem agência de informação ......................................................................................... 49 Brasil: Colheita mecanizada de cana cobrirá 60% do total em São Paulo ........................................................ 50 Honduras: Invierten US$ 120 millones en la producción de biodiesel ............................................................. 51 México: Prueban biocombustible con piñón y sorgo........................................................................................ 52 4 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 Brasil: PTI terá primeiro laboratório de biogás do Brasil .................................................................................. 52 Evento: 33ª IAEE Rio 2010 International Conference ....................................................................................... 53 Evento: Solutec 2010 ........................................................................................................................................ 54 Evento: World Bioenergy 2010 ......................................................................................................................... 54 Novas publicações.............................................................................................................................................. 57 Germany´s biodiesel sector hás now to document its sustainability ............................................................... 57 Biocombustibles: Una mirada al mundo y en especial a la Argentina .............................................................. 57 Biodiesel Power: The Passion, the People, and the Politics of the Next Renewable Fuel ................................ 58 COORDENAÇÃO ................................................................................................................................................. 59 COMITÊ EDITORIAL ............................................................................................................................................ 59 AGRADECIMENTOS ............................................................................................................................................ 59 5 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 6 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 Noticias Centro-sul processa 532,47 milhões de toneladas de cana em 2009/ 2010 24 de Fevereiro de 2010, escrito por: Eduardo Magossi, Fonte: Agência Estado. A moagem de cana-de-açúcar no centro-sul do país totalizou 2,86 milhões de toneladas na primeira quinzena de fevereiro, um crescimento de 10,85% em relação à quinzena anterior (segunda quinzena do mês de janeiro), quando foram processadas 2,58 milhões de toneladas de cana. No acumulado da safra 2009/10 desde abril até 15 de fevereiro, a moagem atingiu 532,47 milhões de toneladas, 5,98% superior ao volume processado no mesmo período do ano anterior, que foi de 502,41 milhões de toneladas. As informações foram divulgadas nesta quinta, dia 25, pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). Segundo a entidade, as condições climáticas menos adversas permitiram um aumento da moagem nessa quinzena, apesar da redução do número de usinas em operação durante um período em que, normalmente, ocorre a entressafra. No final de janeiro, 68 unidades continuavam moendo cana, número que caiu para 49 empresas no início de fevereiro. Na segunda quinzena de fevereiro, cerca de 40 usinas devem prosseguir com a moagem e quatro unidades produtoras que haviam encerrado a safra no final de 2009 já começaram a processar a cana da próxima safra (safra 2010/2011). Apesar do crescimento da moagem, a quantidade de produtos disponíveis para a produção de açúcar e de etanol nessa safra permanece 1,79% inferior ao volume disponível no mesmo período da safra passada. Tal fato ocorre devido à menor quantidade de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada de cana na safra 2009/2010, que até o momento é de 130,62 kg de ATR por tonelada de cana, 10,34 quilos inferior ao mesmo período do ano anterior, uma retração de 7,33%. Na primeira quinzena de fevereiro, a quantidade de ATR por tonelada de cana foi de 103,28 quilos. Exportação de biodiesel à base de palma aguarda regras dos EUA 22 de Fevereiro de 2010, escrito por: Gabriela Mello, Fonte: Agência Estado. As exportações de biodiesel à base de óleo de palma para os Estados Unidos encolheram, à medida que a Agência de Proteção Ambiental do país (EPA, na sigla em inglês) ainda precisa determinar se o combustível cumpre uma exigência de redução de 50% dos gases do efeito estufa, necessária para se beneficiar do mandato de produção do governo norte-americano, informou nesta segunda, dia 22, um importante produtor de biodiesel. Até que a EPA consiga determinar se o combustível fabricado a partir do óleo de palma atende à meta de redução de gases do efeito estufa, o biodiesel não poderá ser vendido para os Estados Unidos e perderá toda a temporada de verão, quando é a alternativa mais popular, disse T.C. Long, diretor administrativo da Vance Bioenergy Sdn Bhd. O biodiesel à base de palma tende a engrossar no frio em razão de um elevado ponto de fusão, então as vendas normalmente desaceleram durante os meses de inverno. No início deste mês, a EPA anunciou as regras finais para um padrão de combustíveis renováveis, ou RSF2, e informou que o biodiesel produzido a partir da soja reduz a emissão de gases do efeito estufa em 57% na comparação com o diesel oriundo do petróleo, qualificando-se para o mandato de produção dos Estados Unidos. Contudo, a agência disse que não teve tempo suficiente para completar uma avaliação do impacto do éster metílico de palma, do etanol de sorgo e de celulose lenhosa, e pode levar mais seis meses para identificar se tais modalidades cumprem uma taxa de redução mínima de 50%. O aperto dos critérios ambientais nos principais mercados de biodiesel, como Europa e Estados Unidos, podem abalar a indústria, já que as "barreiras atualmente em vigor ou que podem vir a ser implementadas tornam as exportações da Malásia cada vez mais difíceis", afirmou Long. Produtores de biodiesel estão enfrentando 7 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 quedas nas margens de lucro devido ao aumento dos preços de insumos e à fraca demanda. Inicialmente, a produção biodiesel foi apresentada como uma alternativa ecologicamente correta para o diesel de petróleo, mas críticos dizem ter contribuído com a elevação dos preços dos alimentos e a destruição de florestas tropicais na Malásia e na Indonésia, principais países produtores de óleo de palma. Grande parte das usinas de biodiesel na Malásia estão operando abaixo da capacidade ou foram desativadas por conta da diminuição da demanda, segundo Long. Em 2009, a Malásia exportou 39.594 toneladas de biodiesel à base de palma para os Estados Unidos, queda de 44,5% ante 71.324 toneladas registradas em 2008, segundo dados do Conselho de Óleo de Palma da Malásia. O país tem 91 produtores licenciados, mas apenas 10 usinas estão em operação. As informações são da Dow Jones. Brasil e Argentina iniciam negociações para definição de política industrial comum 18 de Fevereiro de 2010, escrito pela: Redação da Agência, Fonte: Agência Brasil. Representantes do Brasil e da Argentina se reúnem na quinta e sexta-feira para definir as linhas de uma política industrial comum envolvendo até 13 áreas. O objetivo é integrar os dois parques produtivos para que argentinos e brasileiros ampliem a capacidade de competitividade internacional em setores que vão do leite à alta tecnologia. Nos dois dias, a expectativa é de concentrar a atenção em propostas e áreas específicas. As reuniões ocorrem em Buenos Aires e contam com a presença de representantes dos governos e de setores de investimentos. A ideia é acelerar e aprofundar o trabalho em conjunto para desenvolver a integração produtiva. Os negociadores deverão trocar informações sobre as áreas de interesses dos dois países, apresentar propostas de método para a execução do programa e sugerir um cronograma de ações. Áreas de interesse: A penúltima etapa de articulações ocorreu em São Paulo no ano passado. As agências de financiamento dos dois países apresentaram programas e fundos que podem ser disponibilizados para esses fins. Para o Brasil há, pelo menos, 13 áreas que podem ser trabalhadas. A relação de alternativas inclui leite, derivados de amido, bebidas, aeronaves, veículos espaciais e autopeças, além de produção de madeira e papel, além de mineração, exploração de biodiesel e máquinas agrícolas. Há também perspectivas para o intercâmbio de mão de obra. Por enquanto, não foram abordadas as questões de licença de importação e comércio. Negociação: Do Brasil foram a Buenos Aires para as reuniões o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Reginaldo Arcuri, o secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, e representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Câmara de Comércio Exterior (Camex) e do Ministério das Relações Exteriores. Do lado argentino participam os secretários da Indústria, Eduardo Bianchi, de Política Comercial e Gestão, Eduardo Faingerch, e das Pequenas e Médias Empresas, Horacio Roura, além do coordenador nacional do Grupo de Integração Produtiva (Ministério das Relações Exteriores, Comércio Internacional e Culto), Hugo Varsky, o diretor da Agência Nacional de Investimento para o Desenvolvimento, Javier Rando, representantes do Banco de la Nación Argentina ( BNA) e do Banco de Investimentos e Comércio Exterior (BICE), e a ministra da Indústria e do Turismo, Debora Giorgi. 8 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 Brasileiros aceleram pesquisas sobre etanol de segunda geração 18 de Fevereiro de 2010, escrito por: Deva Rodrigues, Fonte: Embrapa. A equipe do Labex Estados Unidos, Laboratório Virtual da Embrapa no Exterior, está empenhada em pesquisas com materiais que geram o etanol de segunda geração (ou etanol lignocelulósico), obtido a partir da utilização de toda a planta e não apenas da fermentação de parte dela (etanol de primeira geração), como ocorre com a cana-de-açúcar no Brasil. Resultados preliminares têm animado o pesquisador Cesar Miranda, responsável pelas investigações sobre agroenergia no naquele Labex. Um dos resultados apontados por Miranda nas pesquisas com os contra partes do Serviço de Pesquisa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (ARS-USDA) indica a possibilidade de se obter até 11 mil litros de etanol, por hectare, a partir da biomassa de capim-elefante e outras gramíneas forrageiras. “Estes materiais – comenta César Miranda ao se referir a capins tais como capim-elefante, braquiárias, panicuns e árvores de crescimento rápido - poderiam ser alternativas competitivas e eficientes para locais onde não se pode cultivar cana-de-açúcar, tanto em áreas de cultura, de pastagens ou áreas marginais, seja de forma isolada ou consorciada, em sistema de integração lavoura-pecuária ou agrosilvipastoril.” Cooperação e novos projetos: De acordo com Cesar Miranda da cooperação técnica entre Labex Estados Unidos e ARS, visando facilitar a integração de cientistas brasileiros e americanos nesse campo, com intercâmbio de pesquisadores e a realização de treinamentos, pelo menos dois projetos estão em desenvolvimento por Unidades da Embrapa. Um deles trata da produção de biocombustíveis a partir de ilhas flutuantes de biomassa em planícies de inundação do Brasil: estudo de caso no Pantanal. O objetivo seria o uso do excedente ambiental de biomassa aquática daquela região na geração de energia – seja por meio da produção de etanol, biogás ou gás de síntese. Esse projeto envolve pesquisadores da Embrapa Agroenergia, Embrapa Pantanal, Departamentos de Física e de Tecnologia de Alimentos da Unicamp e Bioware Tecnologias, com a participação do Grain, Forrage and Bioenergy Research Unit (GFBRU), em Lincoln, Nebraska. O outro projeto se refere a fontes alternativas de biomassa para produção sustentável de etanol a partir de materiais lignocelulósicos. A idéia é aproveitar a experiência americana para o desenvolvimento de tecnologia para avaliação direta do potencial de produção de resíduos de cana-de-açúcar, sorgo, milho e várias gramíneas forrageiras para o etanol de segunda geração, inclusive para uso em seleção de variedades específicas para bioenergia. O estudo envolve vários centros de pesquisa da Embrapa, além de universidades e equipes do DFBRU e do Fermentation Biotechnology Research Unit. Argentina: Tabacal se suma a la producción de biocombustibles para autos 12 de Fevereiro de 2010, escrito por: Jorge Oviedo, Fonte: La Nación (Argentina). Aunque la mayoría de los automovilistas lo ignore, es muy probable que en los tanques de sus vehículos ya haya biocombustible. Desde el primer día de este año, las petroleras deben mezclar los destilados de petróleo con biocombustible y la normativa se cumple. Muchos motores ya queman, por ejemplo, naftas mezcladas con alcohol obtenido de la caña de azúcar, aunque sus conductores ni se hayan enterado. La clave es que, a diferencia de lo que fue hace más de 30 años, el viejo programa de alconaftas, el que se utiliza ahora también proviene de la caña de azúcar, pero no tiene agua. Es alcohol anhidro. En cambio, el de farmacia, por ejemplo, que tiene 10% de agua, tiene menor rendimiento energético y requiere modificaciones en los motores o la utilización de los llamados motores flex. En la Argentina, el principal proveedor de esa clase de alcohol sin agua 9 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 es Tabacal, el tradicional ingenio salteño que perteneció a la familia Patrón Costas y que, desde 1996, es propiedad de la norteamericana Seabord Corp. Con una inversión de 40 millones de dólares, Tabacal montó una planta de destilación, tanques de almacenamiento y aumentó la producción de caña. La instalación utiliza jugo de caña y puede producir 40 millones de litros por año. Tabacal continúa operando su anterior instalación que entrega alcohol hidratado utilizando la melaza que queda luego de producir azúcar. Tabacal también está construyendo una usina de cogeneración de energía eléctrica a partir de bagazo de caña, que entregará 40 megavatios, de los cuales 13 se consumirán en el ingenio, mientras que los otros 27 serán aportados al Sistema Interconectado. Alternativa al petróleo: El presidente de Tabacal, Hugo Rossi, explicó a LA NACION la utilización de esta clase de insumos para generar combustibles alternativos a los derivados del petróleo. "Con el maíz, por cada unidad de energía consumida en la producción se obtienen 1,3 unidades de energía; en azúcar, la relación es de uno a entre ocho y once; es altísima la tasa de conversión, por eso es sustentable". Además, agrega que "al usar maíz para hacer combustibles se compite con la alimentación; eso no pasa con el azúcar, ya que el mercado mundial tiene permanentemente excedentes y también se trata de un cultivo que no esquilma recursos del suelo. Hace pocos días me enviaron un almanaque de un ingenio que celebra los 250 años de vida explotando la misma tierra. ¿Se puede imaginar igual resultado con soja?". Rossi indica que, en la actualidad, la Secretaría de Energía asignó cupos para cortar los combustibles al 5% y que la ley habilita a las autoridades para hacer fluctuar ese porcentaje según las disponibilidad. "Por ahora producimos nosotros y tres ingenios más; la ley permite al Gobierno elevar la mezcla hasta el 10 por ciento, pero, para eso, debe dar dos años para que hagan las inversiones los que tengan los cupos asignados. Es un planteo inteligente que permite ajustar según las incidencias de la producción", destaca. "Brasil está mezclando 25 por ciento de alcohol anhidro sobre naftas, pero ha tenido muchas lluvias que perjudicaron la producción y lo bajaron al 20 por ciento, es la flexibilidad que permite el anhidro. Las petroleras aquí tienen libertad para definir si cortan entre el 2 por ciento en toda su oferta o si van hasta el 5 por ciento en una determinada región; pueden jugar con formulación o regionalización, les han dado libertad." Para suministro eléctrico: La Secretaría de Energía fija el precio, que en la actualidad es de 670 dólares el metro cúbico y que guarda una relación con el del petróleo para que no tenga incidencia en los precios. Rossi sostiene que la planta de energía será muy importante para una región con algunos inconvenientes. "Es final de línea, por lo cual, cualquier corte no tiene alternativa, y en la zona de Orán las caídas de tensión son muy habituales. TransNoa está muy cerca, a apenas dos kilómetros, y las torres pasan por nuestro cañaveral, así que la conexión es muy fácil, y el aumento de la oferta eléctrica permitirá desarrollar otros proyectos, por ejemplo, en Tartagal", explica. El ejecutivo detalla que "lo bueno de esta planta es que puede generar durante seis meses durante la zafra, cuando hay bagazo, y reemplaza consumo de gas para producir electricidad o, eventualmente, la quema de fueloil y gasoil importado". En los meses de verano "se puede usar el generador Siemens para quemar gas y producir electricidad, si es necesario". Las dos plantas nuevas están ubicadas en San Martín del Tabacal, en el salteño departamento de Orán, y Rossi destaca que toda la inversión se hizo sin deuda, sólo con aportes de capital hechos por el grupo propietario. 10 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 UNICA - Governo deve anunciar o quanto antes decisão sobre tarifa de importação de etanol 11 de Fevereiro de 2010, escrito por: CDN Comunicação Corporativa, Fonte: CDN Comunicação Corporativa. O anúncio feito terçafeira (09/02) pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), de adiar a decisão sobre a redução da Tarifa de Importação de Etanol (TEC) de 20% para zero, significa que a decisão deve demorar um pouco mais para ser anunciada, mas não para que seus impactos sejam notados uma vez tomada a decisão. Para o presidente da UNICA, Marcos Jank, o governo brasileiro deve fazer o anúncio tão logo quanto possível, mesmo que a medida só vigore a partir de julho. “Continuamos bastante motivados, particularmente devido à declaração do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, que afirmou ao final da reunião que é ‘altamente provável’ que a TEC do etanol caia em julho.” A UNICA havia solicitado à Camex a remoção da TEC em carta enviada em outubro de 2009. Segundo Jank, a entidade acredita que o livre comércio é uma via de mão dupla e o Brasil, como o maior produtor mundial de etanol de cana-de-açúcar e maior exportador do produto, com uma participação de 60% do mercado global, deve dar o exemplo. “Devemos eliminar barreiras, o que permitirá ao Brasil perseguir medidas similares por parte de países que mantêm seus mercados fortemente protegidos,” acrescentou. Os Estados Unidos impõem dois impostos sobre as importações de etanol: uma tarifa de 2,5% ad valorem e mais um imposto adicional da U$ 0,1427 por litro (U$ 0,54 por galão). De acordo com dados da Comissão de Comércio Internacional dos EUA (ITC), as tarifas combinadas chegam a uma soma equivalente a uma tarifa de aproximadamente 30% sobre as importações de etanol, comparado com cerca de zero de imposto aplicado aos combustíveis fósseis. Além disso, uma análise do ITC no ano passado reconheceu que a redução do imposto sobre as importações de etanol poderia levar a um ganho líquido anual para os Estados Unidos que poderia chegar a US$ 356 milhões. Como a UNICA observou em comunicado à imprensa em 21 de janeiro, a tarifa brasileira atual nunca foi um fator inibidor para as importações. No entanto, a existência desta tarifa é freqüentemente criticada no exterior, particularmente durante discussões para a abertura de mercados para o etanol brasileiro, especialmente nos Estados Unidos. A UNICA espera que a eliminação da tarifa brasileira de 20%, solicitada formalmente em 30 de outubro de 2009, se torne um ingrediente importante em discussões destinadas a abrir mercados e expandir o uso do etanol combustível, transformando-o em uma commodity energética global. A UNICA reitera que a solicitação feita à CAMEX no ano passado não tem qualquer ligação com a possibilidade de eventuais importações de etanol para o Brasil devido aos preços atuais do combustível no mercado interno. “A solicitação foi feita há meses e não tem qualquer conexão com a realidade atual do mercado, e tudo a ver com a promoção do livre comércio global de energias limpas”, conclui Jank. 11 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 Argentina: Cuatro empresas se quedaron com el 45% del cupo interno de biodiesel 09 de Fevereiro de 2010, escrito pela: Redação do Jornal, Fonte: Hoy Corrientes (Argentina). Se trata de UnitecBio, Viluco, Explora y Diaser. El restante 55% fue asignado por el gobierno a otras 15 firmas. La cuota de casi 860.000 toneladas se destinará al corte obligatorio con gasoil. 09-02-2010 08:19:00 El gobierno nacional oficializó hoy martes la distribución del cupo de 859.820 toneladas de biodiesel entre 19 empresas elaboradoras del biocombustible para poder cumplir con el corte obligatorio del 5% en gasoil dispuesto por la Ley 26.093. El 45,4% del cupo anual de biodiesel con destino al mercado interno se distribuyó entre cuatro empresas (UnitecBio, Viluco, Explora y Diaser), mientras que el 54,6% restante fue asignado a otras 15 firmas del sector. (ver cuadro). Así lo dispuso la resolución 7/10 de la Secretaría de Energía (publicada hoy en el Boletín Oficial). El cupo asignado –vigente hasta el hasta el 31 de diciembre de 2010– representa un 35,7% de la capacidad instalada de producción de biodiesel en el país (2,406 millones de toneladas anuales). UnitecBio es una firma controlada por UnitecAgro Corporation, compañía perteneciente al empresario argentino Eduardo Eurnekián. La planta de la firma está localizada en Puerto San Martín (Santa Fe). Viluco (AG-Energy) pertenece al grupo tucumano Citrusvil, el cual es dirigido por los hermanos Pablo y Daniel Lucci. Se trata de uno de los mayores productores de cítricos del país, además de contar con inversiones en ganadería, agricultura extensiva y negocios inmobiliarios. La planta de biodiesel está localizada en el Parque Industrial de la ciudad de Frías (Santiago del Estero). Fue inaugurada por la presidenta Cristina Fernández de Kirchner en diciembre pasado. Explora está ubicada en Puerto San Martín y es controlada por el grupo inversor chileno Meck (uno de cuyos accionistas es el argentino Wenceslao Casares, fundador de la quebrada Patagon.com). Daiser está localizada en el Parque Industrial de San Luis. Pertenece al empresario Efraín Szuchet, un polaco que llegó a la Argentina en 1935 y que cuenta con inversiones agrícolas, ganaderas y lecheras en la provincia puntana (en 2004 recibió el Premio La Nación de Oro a la Excelencia Agropecuaria). La resolución 7/10 indica que la Secretaría de Energía informará a las empresas petroleras –encargadas de realizar las mezclas de gasoil con el biocombustible– “la cantidad de biodiesel asignado a cada una de ellas para realizar dicha mezcla y la fecha en la cual podrá ser retirado de las empresas elaboradoras de biodiesel”. Para eso se tomará como base el promedio de la participación de cada una de ellas en el mercado interno de gasoil del último año. La norma también indica que las empresas productoras de biodiesel “se comprometen a poner a disposición de las empresas mezcladoras (las petroleras) en el menor plazo posible las cantidades mensuales” asignadas. Para UNICA, acordo Shell-Cosan amplia perpectivas para o etanol brasileiro 01 de Fevereiro de 2010, escrito pela: Redação da Revista, Fonte: Revista Globo Rural. A formação de uma joint venture entre a Cosan e a Shell, anunciada nesta segunda-feira (01-02) foi bem recebida pela Unica - União da Indústria de Cana-de-Açúcar. Segundo o presidente da entidade, Marcos Jank, a iniciativa abre uma perspectiva positiva para a expansão da presença global do etanol brasileiro. “A parceria 12 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 gera escala, eficiência e tecnologia, o que certamente contribui para que o etanol brasileiro conquiste mais espaço no mercado mundial e supere os obstáculos que ainda atrapalham o seu crescimento em mercados protecionistas", afirma Jank. O presidente da Unica manifestou satisfação com os comentários feitos a respeito das qualidades do etanol brasileiro, durante a coletiva em que foi anunciada a joint venture. “Os representantes da Shell no Brasil e em Londres frisaram que consideram o etanol brasileiro o que mais contribui para reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa, o mais eficiente e sustentável e o mais comercialmente viável do mundo", diz. Para Jank, o acordo também possibilita avanços importantes no desenvolvimento do etanol de segunda geração, produzido a partir de biomassa de cana-de-açúcar. Iran asks for Brazil´s cooperation in biofuel production 31 de Janeiro de 2010, escrito pela: Redação da FNA, Fonte: FARS News Agency. The proposal was raised during a meeting between Head of Iranian Industries Development and Renovation Organization (IDRO) Seyed Majid Hedayat and Deputy Brazilian Science and Technology Minister Czar Gadella here in Tehran today. Hedayat said that IDRO is now working on projects for utilizing plant fuel, and added, "The existence of vast cane farms in southern (Iran), fuel, engine and vehicle research centers and auto-making companies indicates that the organization enjoys the required capability for research, production and supply of plant fuel." During the meeting, Gadella referred to his country's capabilities in producing ethanol fuel from cane, and said Brazil is ready to cooperate with Iran in this and other fields of technology, including oil, gas, nanotechnology, microelectronics, information technology and biotechnology. Brazil is the world's second largest producer of ethanol fuel and the world's largest exporter. Together, Brazil and the United States lead the industrial production of ethanol fuel, accounting together for 89% of the world's production in 2008. In 2008 Brazil produced 24.5 billion liters (6.47 billion US liquid gallons), which represents 37.3% of the world's total ethanol used as fuel. Brazil is considered to have the world's first sustainable biofuels economy and is the biofuel industry leader, a policy model for other countries. The country's sugarcane ethanol is viewed as the most successful alternative fuel to date. 13 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 14 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 Artigos, Entrevistas e Estudos Alertan sobre el riesgo de que plantas destinadas a biocarburantes se conviertan en invasoras Artigo do dia 24 de Fevereiro de 2010, escrito pela: International Union for Conservation of Nature, Fonte: Energías Renovables. Casi al unísono, la Unión Internacional para la Conservación de la Naturaleza (UICN) y el Convenio de Berna han alertado sobre el peligro que supone la proliferación de ciertos cultivos de plantas exóticas destinadas a la producción de biocarburantes. Ambos organismos han dictado unas recomendaciones para que dichas plantas no se conviertan en invasoras ni se propaguen plagas asociadas a las mismas. Tanto el informe Guidelines on biofuels and invasive species de la UICN como las recomendaciones adoptadas por el Comité Permanente del Convenio para la Conservación de la Vida Silvestre y Hábitats Naturales de Europa (más conocido como Convenio de Berna) advierten de que algunas de las especies destinadas a la producción de biocarburantes de segunda generación tendrán un impacto negativo sobre la biodiversidad y los ecosistemas naturales a no ser que sean estrictamente controladas. Nadine McCormick, coordinadora de la Red de Energía de la UICN, asegura que “los biocarburantes actuales proceden de cultivos que ya se utilizan para la alimentación, pero aunque esto suscita otras preocupaciones sobre su sostenibilidad, el riesgo de invasión no es muy grande; sin embargo, este riesgo aumentará a medida que se extienda el cultivo de nuevas especies de crecimiento rápido que se desarrollan en casi cualquier tipo de tierra y se destinan a producir biocarburantes avanzados”. Jatropha curcas en el punto de mira: Por este motivo, las recomendaciones de unos y de otros van destinadas a políticos, inversores y productores de biocarburantes. El Convenio de Berna, que fue el primero en dar la voz de alarma, resume su propuesta en cuatro puntos: evitar el uso de especies ya reconocidas como invasoras; llevar a cabo evaluaciones de riesgo con nuevas especies y genotipos; seguimiento de la propagación de los cultivos en hábitats naturales y de sus efectos sobre especies autóctonas; y mitigar la propagación y el impacto sobre la biodiversidad donde se haya producido ya un escape. Pero, ¿se puede señalar ya a algunas plantas como culpables? La UICN habla de prevención y de no señalar a estos cultivos como invasores por definición, ya que dependerá de qué especies, en qué lugar y de qué manera se cultiven para que sean considerados como tales. Y ponen el ejemplo de Jatropha curcas, catalogada como invasora en el oeste de Australia, pero no en otras partes del mundo, como la India. No obstante, el que ya tenga el cartel de invasora en un área determinada hace que se extremen las precauciones en su manejo. Importa más el carácter invasivo que el beneficio econômico: Otras de las especies con las que se investiga para producir biocarburantes de segunda generación o avanzados y que aparecen como sospechosas dentro del informe de la UICN son las derivadas del género Prosopis, un grupo de árboles y arbustos asociados a climas tropicales y subtropicales. Algunas ya se han introducido en Australia, Asia y zonas áridas de África, y se utilizan como biocombustibles, para forraje o para reducir la erosión del suelo. Sin embargo, su rápido crecimiento y expansión de semillas sobrepasa la capacidad de manejo, convirtiéndose en densas e impenetrables coberturas vegetales abandonadas que desplazan a otras especies y al pastoreo tradicional, sobre todo en África, donde la UICN cuantifica en millones las hectáreas invadidas. 15 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 El Comité Permanente del Convenio de Berna habla de establecer zonas de seguridad biológica entre campos de cultivo y la vegetación natural, con zonas de amortiguación aún mayores si tiene antecedentes como invasor. No duda además en recomendar limitar el cultivo de algunas especies aunque se demuestren su eficiencia agronómica y económica. Energia limpa Artigo do dia 23 de Fevereiro de 2010, escrito por: Xico Graziano*, Fonte: Estadão. Vitória ambiental do etanol no exterior. A Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos Estados Unidos acaba de considerá-lo um "biocombustível renovável de baixo carbono". Abrem-se as portas do mercado internacional para o álcool combustível oriundo da cana-de-açúcar. Ponto para o Brasil. Segundo as normas do Tio Sam, para obter essa importante classificação o produto precisa emitir, no mínimo, 50% menos gases de efeito estufa em comparação à gasolina. No caso do etanol brasileiro, essa redução chega a 61%. Foi pouco. Os estudos daqui mostravam que o etanol de cana pode emitir até 82% menos gases que a gasolina. Eufóricos passaram o carnaval os produtores nacionais de etanol. Faziam contas em dólares. Isto porque os Estados Unidos devem consumir, pelo menos, 45 bilhões de litros de biocombustíveis em 2010, volume que deve subir para 136 bilhões até 2022. A demanda pela importação do etanol brasileiro pode quadruplicar, atingindo 15 bilhões de litros. Dados positivos. O álcool etílico, batizado de etanol no mundo dos combustíveis, surge a partir da fermentação anaeróbica, quer dizer, aquela que ocorre sem a presença de oxigênio. Nesse processo biológico, fungos microscópicos (leveduras) decompõem os açúcares, quebrando-lhes as moléculas para liberar energia, necessária em sua multiplicação. O etanol resulta como um subproduto dessa transformação química. Qualquer matéria-prima que acumule açúcares, carboidrato ou amido serve para a fabricação de etanol. Basta ser inoculado e deixado a fermentar, como sempre se procedeu nas bebidas alcoólicas. Vem de longe essa história. Vinho de uva se fazia desde o Egito antigo. Os índios tupiniquins produziam cauim de mandioca. Já os incas fermentavam a chicha do milho macerado. Perceba que cada qual utilizava uma matéria-prima, segundo sua cultura e oportunidade. Quando se promove a destilação, purifica-se o álcool existente no caldo fermentado, retirado por evaporação. Cachaça fabrica-se destilando o caldo fermentado de cana-de-açúcar; vodca e uísque, de cereais; tequila, de uma cactácea. É básico o processo da fermentação. Por isso volta e meia se encontra por aí, andando pelo interior do País, bebida alcoólica de tudo quanto é tipo, feita de batata, castanha, arroz, abacaxi, jabuticaba. Curioso. Das bebidas para os veículos. No caso dos combustíveis para motores do ciclo Otto, desenvolvidos inicialmente para queimar gasolina, destacam-se dois tipos de etanol: o anidro e o hidratado. Anidro significa um álcool com pureza mínima de 99,3°, ou seja, quase nada de água em sua composição. No caso do álcool hidratado, a pureza cai para 92,6°. Este tipo se usa diretamente no tanque dos veículos. Aquele outro, puro, se mistura à gasolina, entre 20% e 25%, para melhorar a potência carburante. Reduz poluição. O reconhecimento dos norte-americanos indica que o rendimento energético do etanol oriundo da cana-de-açúcar ultrapassa o produto deles, advindo do milho. O etanol, nos dois casos, é o mesmo, surgindo pela fermentação. Mas na conta energética, de elevado valor ambiental, calcula-se o dispêndio de energia fóssil utilizado na produção, desde a roça, de cada um dos processos. Vence fácil o etanol da cana. Há anos se sabia disso, mas por razões da competição econômica inexistia o reconhecimento internacional. Em 2006, estudo publicado por Andreoli e Souza, pesquisadores da Embrapa, indicava que o balanço de energia para converter o milho em etanol resultava negativo, na base de 1,29:1, enquanto o etanol da cana dava positivo, da ordem de 1:3,24. Quer 16 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 dizer, cada kcal de etanol de milho elaborado exige 29% a mais de energia em sua produção; no etanol de cana a relação se inverte: cada kcal de energia gera um ganho de 224%. Várias razões explicam o fenômeno. A mais importante delas diz respeito ao rendimento físico por área plantada. Uma boa lavoura de cana produz 100 toneladas de colmos por hectare (ha), ricos em açúcar. Do milho se colhe, em grãos, 10 toneladas/ha. Em álcool produzido, após a fermentação industrial, a cana-deaçúcar apresenta uma produtividade três vezes superior, comparada ao milho, para cada hectare plantado. Isso se reflete no custo financeiro, mais elevado no etanol do milho. Em consequência, sem subsídio, ao contrário do etanol de cana, não se sustenta. A curiosidade manda perguntar: por que, então, os norteamericanos não produzem a maravilha da cana-de-açúcar, em vez do oneroso milho? A razão é simples: a doce gramínea detesta frio. Isso mesmo, oriunda dos trópicos, a cultura da cana não vinga bem nos países temperados. Se plantada na época de verão dos gringos, até que nasce bem. Mas sendo um cultivo semipermanente, com duração média de sete anos, seus colmos sucumbem no inverno gelado. Sorte do Brasil. Por causa da crise ambiental do planeta, energia renovável está virando moda tecnológica. Ainda bem. Na eletricidade doméstica, nos fornos industriais, no transporte, procura-se alternativa sustentável, viável economicamente. Todos invejam o Brasil, campeão mundial com 46% de energia limpa em sua matriz energética. No mundo, a proporção fica em 13%. Embora não configure uma panaceia entre os combustíveis sustentáveis, o etanol firma-se como excelente opção da agroindústria nacional, gerando empregos e renda no interior. Mas existe um senão. O governo federal precisa participar mais dessa agenda ambiental, abonando o etanol verde, sustentável, financiando estoques, preservando a concorrência, impedindo cartéis. Economia verde pressupõe ativismo estatal. Senão o biocombustível pode ir bem lá fora, mas falta etanol barato aqui dentro. Não pode. *Xico Graziano, agrônomo, é secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Entrevista: Con Cícero Bley – Um “laboratório” para energias renováveis 30 de Janeiro de 2010, feita por: Júlio Santos (Editor da Agência Energia), Fonte: Ambiente Energia. Seja pela capacitação técnica, força operacional e poder de geração, Itaipu Binacional carrega um reconhecimento internacional mais do que merecido. A usina, que no ano passado registrou a quarta maior produção de energia nos seus 25 anos de vida com a marca de 91.651.800 MWh, quer agora dar um salto além das 20 unidades geradoras que totalizam 14 mil MW de capacidade instalada. E o caminho, como não poderia deixar de ser para quem tem tamanho gigantismo em geração hidrelétrica, aponta na direção das fontes sustentáveis de energia. Aliás, bem alinhado à busca pela reversão do quadro de mudanças climáticas, missão daqui para frente de todos nós. O trunfo de geradora para chegar lá responde pelo nome Plataforma Itaipu de Energias Renováveis, solução implantada em 2008 para estudar alternativas energéticas como eólica, biomassa, solar e hidrogênio. “A plataforma é a metodologia operacional utilizada por Itaipu para organizar a participação de parceiros como pesquisadores, produtores rurais, indústrias, comércios e serviços envolvidos com energias renováveis”, explica Cícero Bley, superintendente de Energias Renováveis de Itaipu. A Plataforma reúne os parceiros Parque Tecnológico de Itaipu (PTI), Instituto de Tecnologia Aplicada e Inovação (ITAI), Copel, Sanepar, Cooperativa Agroindustrial Lar, Global Energy & Telecom (GET), Woodward e ADEOP. Os primeiros resultados do trabalho já começam a aparecer, por exemplo, com o biogás obtido do tratamento sanitário dos resíduos e dejetos orgânicos. “Basicamente estamos aprofundando a nossa capacidade 17 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 institucional em biogás. Isto sem perder de vista as demais fontes como microhidro, solar e eólica, além dos conceitos de eficiência energética”, destaca Bley nesta entrevista exclusiva à Agência Ambiente Energia. Em março, o PTI ganhará o primeiro laboratório de biogás do país. Agência Ambiente Energia – O que levou Itaipu Binacional a criar, em 2008, a coordenadoria de energia renováveis? Cícero Bley - As razões foram o compromisso com a responsabilidade socioambiental assumida como missão estratégica em 2004; por operar com geração hidráulica que é 100% renovável, a empresa acumula muito conhecimento específico em energia e decidiu compartilhá-lo com a sociedade para promover o desenvolvimento sustentável a partir da descentralização da geração de energia; para ter um protagonismo ativo na mitigação das mudanças climáticas, difundindo o uso das energias renováveis; e para manter a qualidade da água armazenada no reservatório. Agência Ambiente Energia - Objetivamente, o que a empresa levou em consideração para criar a plataforma de energias renováveis? Cícero Bley - A plataforma é a metodologia operacional utilizada por Itaipu para organizar a participação de parceiros como pesquisadores, produtores rurais, indústrias, comércios e servicos envolvidos com energias renováveis. Agência Ambiente Energia – Como ela se alinha a esta preocupação atual de todos com o quadro de mudanças climáticas? Cícero Bley - As renováveis constam dos relatório da ONU como mitigadoras de emissões de gases do efeito estufa provocados por uso de fontes fósseis de energia. Agência Ambiente Energia – Com este pouco tempo de implantação da plataforma, já é possível falar de resultados? Cícero Bley - Entendemos que não podemos mudar o mundo, mas podemos semear referências que podem facilitar mudanças necessárias nos modos de produção e consumo. Assim, implantamos unidades de demonstração e temos cinco delas operando oficialmente com geração a base de biogás dos resíduos rurais na região de Itaipu. Em dezembro passado, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) homologou esses protótipos e publicou uma instrução normativa regulamentando esse tipo de geração para todo o Brasil. Este processo durou quatro anos, envolvendo outroas instituições parceiras. Agência Ambiente Energia – A plataforma é uma solução local para um problema global. Na prática, como está sendo implantar este conceito na região, articulando os diferentes atores – instituições de ensino e pesquisa, associações e cooperativas, empresas e governos? Cícero Bley - É trabalhoso mas a metodologia plataforma facilita muito a articulação de diferentes atores que têm que se manter em contato e organizados para atingirem objetivos comuns, a partir de trabalhos específicos, mas exigem ser concatenados. A plataforma estimula e facilita também a prospecção permanente de inovações tecnológicas mantendo o desenvolvimento atualizado. Agência Ambiente Energia – Em termos de estudos, o que a plataforma já identificou de potencial de energia nesta região? 18 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 Cícero Bley - A fonte renovável mais disponível e de melhor benefício/custo numa região produtora de alimentos como o Oeste do Paraná é o biogás obtido do tratamento sanitário dos resíduos e efluentes orgânicos gerados na produção de proteína vegetal, soja e milho que é convertida em carne e leite, o que gera grande quantidade de resíduos e dejetos orgânicos e se constituiem em grave fontes de impacto ambiental, tanto produzindo poluição das águas, que perdem qualidade pelo excesso de matéria orgânica, como produzindo poluição atmosférica pela emissão de gases do efeito estufa. Agência Ambiente Energia – Que impactos o senhor espera com a regulação para a energia gerada por biodigestores? Cícero Bley – A regulação feita pela Aneel para geração distribuída, ou descentralizada de energia elétrica com biogás e saneamento ambiental, coloca o Brasil no nível das nações mais desenvolvidas do mundo que já adotam esta forma de geração. Isto representa para o setor rural e para o setor de saneamento uma nova fonte de receita para cobrir os custos dos investimentos e operações dos serviços ambientais e aproxima esses setores da sustentabilidade. Além disso, como se trata de geração descentralizada, provocará intenso desenvolvimento microrregional, fazendo surgir uma nova indústria, estimulando o comércio e os serviços relacionados, além de intensificar o fluxo de novos conhecimentos acadêmicos. Agência Ambiente Energia – Em termos de novas tecnologias para estas fontes alternativas, o que a Plataforma está estudando? Cícero Bley - Basicamente estamos aprofundando a nossa capacidade institucional em biogás pelas razões já expostas. Isto sem perder de vista as demais fontes como microhidro, solar e eólica, além dos conceitos de eficiência energética. Agência Ambiente Energia – Como o Parque Tecnológico de Itaipu se alinha a este projeto da plataforma? Cícero Bley - O PTI é o espaço físico que hospeda várias instituições públicas e privadas que se relacionam no ambiente da plataforma e que ali encontram todas as facilidades para operar ações conjuntas em bases organizacionais e tecnológicas bem desenvolvidas. Agência Ambiente Energia – O governo, nos últimos anos, vem estimulando a geração de fontes alternativas. Como o senhor avalia este mercado hoje aqui no Brasil? Cícero Bley - O Brasil segue a tendência mundial e o governo federal vem tomando atitudes certas em direção ao controle das emissões de gases do efeito estufa em 38% e para isto estimula as energias renováveis, a mobilidade e as construções sustentáveis. A regulamentação da Aneel para geração distribuída pela Instrução Normativa 390/09 é o grande exemplo disso. Agência Ambiente Energia – Esta experiência está, de certa forma, ecoando em outras regiões do país, por meio de cooperação técnica, comercial ou científica? Cícero Bley - Itaipu tem grande visibilidade nacional e mundial e levando a sério, como tem levado a sério seus compromissos com o desenvolvimento tecnológico com responsabilidade socioambiental, a replicabilidade de suas boas práticas em outras regiões brasileiras e países da América e África fica assegurada. 19 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 Brasil deve investir em eletricidade verde Artigo do dia 19 de Fevereiro de 2010, escrito por: Luiz Vincente Gentil*, Fonte: Ambiente Energia. As energias fósseis da matriz brasileira estão com os seus dias contados, sejam elas gás natural, carvão mineral ou derivados do petróleo. Os preços instáveis e elevados, a condição poluente aliada aos altos níveis de dióxido de carbono e nitrogênio na atmosfera indicam isto. São grandes os reclamos da sociedade por energia mais limpa, de menor preço e que traga renda ou emprego para os brasileiros. Neste sentido, a biomassa já participa ativamente da matriz nacional, como no caso da cana e madeira, que já respondem por 28,7% da matriz primária. No caso das fontes de energia secundária do Brasil, a eletricidade representa 23,9% de toda a matriz, sendo que 80% desta eletricidade vêm das represas que geram energia limpa. Podemos nos orgulhar disto ao saber que é o maior índice de energia limpa do mundo, seguido pela Finlândia com 25%. A eletricidade no Brasil vem de duas grandes fontes: hidrelétricas e termelétricas – essas últimas queimam petróleo, gás natural, carvão mineral ou biomassa. O potencial de gerar eletricidade com biomassa é muito grande no Brasil, devido ao baixo custo, menores investimentos, reduzida tecnologia necessária, combustível ecológico e geração de desenvolvimento regional. As biomassas que estão sendo queimadas nestas termelétricas são madeira e seus resíduos, bagaço de cana-de-açúcar, licor negro nas indústrias de papel e celulose, ou então a mais recente geração elétrica, que são as florestas energéticas de eucalipto. Alguns números mostram a grandiosidade do potencial bruto de energia da biomassa sem considerar a eficiência termomecânica dos diversos equipamentos, como por exemplo, a disponibilidade de 21 milhões de toneladas de resíduos madeireiros de serrarias, de móveis e de outras indústrias do setor. No caso da cana-deaçúcar, são 155 milhões de toneladas de bagaço da safra de 2009, assim como outros 260 milhões de toneladas de ponta e palha da cana, estas últimas ainda sem aproveitamento energético. O resultado destas duas fontes biomássicas, no valor de 82,1 milhões de tep, (toneladas equivalentes de petróleo), vale 33% da Matriz Energética do Brasil de 2008, que chegou a 252 milhões de tep. Isto sem contar outros biocombustíveis não aproveitados no Brasil, como restos da produção agrícola, da construção civil, poda urbana, restos florestais, pallets, caixaria, água-pé, restos de castanhas e cocos de todos os tipos. Neste contexto, deve-se registrar exemplos bem sucedidos da geração elétrica com restos florestais de Pinus em Santa Catarina, onde termelétricas estão vendendo eletricidade verde para o Governo Federal nos seus leilões, por meio de usinas de 30 MW e queimando 30 mil toneladas/mês de restos de florestas colhidas. O que era jogado no lixo se transforma em eletricidade e vapor vendido para a rede oficial ou indústrias particulares da região catarinense. Essas usinas têm sofisticado sistema de limpeza das emissões da queima, consideradas zero poluente e um exemplo a ser seguido para cogeração de eletricidade verde. Toda esta biomassa inaproveitada dos 6,6 milhões de hectares plantados com pinus, eucalipto e outras essências poderia ser aproveitada para cogerar eletricidade verde. Desde que concentrada em áreas com economicidade de logística, queimada em modernas e eficientes termelétricas para gerar eletricidade e vapor, com baixo custo operacional, limpando estes resíduos geradores de gás estufa, gerando emprego, renda e criando novos pólos de desenvolvimento regional. Cabe lembrar que o Brasil tem a segunda área florestal do planeta, 11,2% do território, depois da Rússia, com 20%. Como exemplo de competitividade do Brasil e do esforço por eletricidade em outros países, registra-se 20 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 que a gelada Finlândia gera eletricidade com turfa, um resíduo úmido, de baixa qualidade e elevado teor de cinza. Algumas bem sucedidas termelétricas biomássicas em operação no Brasil, sejam a resíduos florestais, madeireiros ou a bagaço de cana, usam a moderna tecnologia de waste-to-energy com caldeiras de maior pressão de 65 bar e até de 90 bar, maior eficiência termelétrica na faixa de até 60%, menor custo de produção, menor demanda de combustível e vendida às concessionárias pelos leilões federais com destino ao mercado consumidor. Este sistema biomássico de maior tecnologia tem sido a grande diferença e já estão substituindo termelétricas movidas a óleo combustível ou gás, principalmente por venderem energia a um preço abaixo do mercado e no valor de R$ 140/MW, além de gerarem vapor para pequenas e médias indústrias locais. Nos últimos anos o aproveitamento da biomassa na geração de eletricidade tem apresentado taxas de crescimento acima da geração total. No entanto, diante do potencial existente e das áreas disponíveis para expansão, seria recomendável que as políticas públicas fossem ainda mais agressivas no seu aproveitamento. No caso específico da cogeração com florestas energéticas, resíduos madeireiros e bagaço de cana-de-açúcar, há de se destacar a sinergia com o regime hidrológico do Brasil. A maior parte do corte da cana-de-açúcar ocorre entre maio a outubro na Região Sudeste (maior produtora) meses de maior estiagem na Região Norte (maior potencial hidráulico). Sendo a biomassa renovável a cada ano e de carbono neutro, é desejável a sua crescente participação na matriz energética brasileira. Para tanto, algumas políticas públicas podem ser citadas, aproveitando estudos feitos pela Universidade de Brasília em 2008/2010: 1. Incentivar a criação de novas usinas de iniciativa privada, de cogeração elétrica verde nos centros florestais de madeira plantada, próximos às cidades-serrarias e pólos moveleiros, ricos em matéria-prima a baixo preço 2. Aprimorar o aparato legal para proporcionar maior oferta ao mercado da eletricidade verde proveniente das usinas sucro-alcooleiras 3. Criar mecanismos que possibilitem às grandes reflorestadoras investirem em cogeração, pois estas empresas com os seus 6,6 milhões de hectares plantados, produzem por ano cerca de 1 milhão de toneladas de resíduos florestais. Além de dominarem a tecnologia de cogeração verde 4. Transformação parcial dos centros carvoeiros em usinas de cogeração elétrica usando estes retalhos madeireiros antes queimados 5. Formar cooperativas entre as serrarias de madeira nativa 6. Dar incentivos para construir indústrias em cogeração usando resíduos que hoje são lançados ao meio ambiente. *Luiz Vicente Gentil é doutor em Ciências Florestais, mestre em Engenharia Agrícola pela Universidade de São Paulo (USP), engenheiro agrônomo pela Unversidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e professor adjunto da Faculdade de Agronomia da Universidade de Brasília 21 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 Resíduos da produção avícola utilizados como fonte de energia Artigo do dia 17 de Fevereiro de 2010, escrito por: Karina Ferreira Duarte, Fonte: AgroLink. Com um aumento crescente da produção avícola, o nível dos impactos negativos no meio ambiente é ampliado com o aumento do volume de dejetos eliminados nas granjas (esterco) e por ocasião do abate e industrialização (efluentes líquidos, vísceras, penas, sangue e gorduras). Isso tem repercussões na qualidade de vida da população e, portanto, requer atenção e tratamento adequados e a biodigestão ou digestão anaeróbia se mostra como uma boa alternativa para o tratamento desses resíduos. Tal manipulação faz com que bactérias anaeróbias, através de fermentação ocorrida em biodigestores, degradem a matéria orgânica, tendo como subprodutos o biogás (gás inflamável) e o biofertilizante (líquido organo-mineralestabilizado). Torna-se imprescindível destacar que a poluição ambiental provocada pelas excretas das aves, possui níveis consideráveis de nitrogênio, fósforo, cobre e zinco, elementos que têm contribuído para o aumento da poluição ambiental, principalmente relacionado a mananciais de água e lençóis freáticos. O foco principal de preocupação está nos locais onde solos que já se encontram saturados, bem como naquelas localidades em que os lençóis freáticos são superficiais. Ainda há muito o que ser feito, mas o desenvolvimento do conhecimento sobre a digestão anaeróbia é um dos mais promissores no campo da biotecnologia, uma vez que é fundamental para promover, com grande eficiência, a degradação dos resíduos orgânicos que são gerados em grandes quantidades nas modernas atividades rurais e industriais. À medida que os sistemas de produção animal se intensificam e se modernizam, também se intensificam as necessidades energéticas e de tratamento dos resíduos. O que é a biodigestão anaeróbia? De acordo com a legislação vigente, o lançamento dos resíduos em cursos d’água somente pode ser feito após o tratamento dos mesmos, o que consiste na compatibilização da composição final ou remoção dos poluentes, de forma que tal procedimento não resulte em problemas ambientais tão acentuados. A biodigestão anaeróbia representa importante papel, pois além de permitir a redução significativa do potencial poluidor, trata-se de um processo no qual não há geração de calor e a volatilização dos gases, considerando-se pH próximo da neutralidade, é mínima, além de se considerar a recuperação da energia na forma de biogás e a reciclagem do efluente. O biogás tem sido utilizado com freqüência, principalmente na Europa, em substituição ao gás natural que tem se tornado de difícil obtenção. Dentro dos biodigestores anaeróbios, bactérias fermentam a matéria orgânica sob condições estritamente anaeróbias, isto é, sem a presença de oxigênio, e produzem o gás que é utilizado como fonte de energia, que além de substituir os combustíveis fósseis, diminui o impacto ambiental gerado pela utilização dos mesmos e reduz a emissão de metano e dióxido de carbono no ambiente. Na prática o sistema de biodigestão aneróbia passa por diversas reações sequênciais e é dividida em quatro estágios: Hidrólise: a matéria orgânica é transformada em açucares, aminoácidos e peptídeos por enzimas excretadas por bactérias fermentativas; Acidogênese: bactérias fermentativas absorvem os compostos dissolvidos e gerados na hidrólise, excretando substâncias orgânicas simples. Essas bactérias são importantes na remoção de oxigênio dissolvido no material fermentado; 22 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 Acetogênese: os produtos da acidogênese são convertidos em substratos para a produção de dióxido de carbono, hidrogênio e acetato ocorrendo também à formação do ácido acético e propiônico, gerando grande quantidade de hidrogênio, e diminuindo o valor do pH do meio; Metanogênese: ocorre a formação de metano a partir da redução de acido acético e hidrogênio pelas bactérias Archea metanogênicas. Além desses processos, pode ocorrer a redução de oxidantes como sulfato, levando a produção de gás sulfídrico, que é corrosivo e possui odor desagradável, além de ser tóxico a metanogênese. A biodigestão anaeróbia transforma, pela ação dos microrganismos, a matéria orgânica em aproximadamente 78% de biogás, 20% de material orgânico que continua em dissolução, e entre 1 a 2% de novos microrganismos. Para que esses processos ocorram alguns cuidados devem ser tomados com a biodigestão: O ph deve ser mantido próximo a 7,0; A temperatura entre 20 e 40º C; As concentrações de sólidos variando de 0,05% a 20%, para não afetar o TRH (tempo de retenção hidráulica), ou seja, tempo que a carga demora a ser degradada; A ação dos microrganismos sobre o substrato pode ser dificultada se o resíduo for composto de partículas de grandes dimensões, torna-se necessário um pré-tratamento como a moagem; Para que o carbono presente na matéria orgânica possa ser transformado em metano é necessário que haja nutrientes, como nitrogênio e fósforo, em quantidades apropriadas, cuja relação vai depender da eficiência dos microrganismos em obterem energia para síntese. Além do biogás, o processo de biodigestão anaeróbia produz o biofertilizante, matéria orgânica do resíduo, que quando aplicada ao solo aumenta sua capacidade de retenção de umidade, aumenta a aeração, e contribui para introdução de bactérias, protozoárias e alguns minerais necessários para as plantas. Tipos de biodigestores: Os biodigestores utilizados no meio rural podem ser classificados em: Biodigestores Contínuos: precisam ser abastecidos com substratos diariamente e são geralmente utilizados em sistemas de produção automatizados de ovos. Eles possuem uma caixa de entrada para ser abastecido diariamente e uma caixa de saída, para a retirada do biofertilizante; Biodigestores Batelada: são abastecidos uma única vez com resíduos e são geralmente utilizados para cama de frango e sistemas de produção de ovos convencionais, onde os resíduos avícolas são retirados periodicamente e de uma só vez. O biofertilizante nesse caso é retirado após o pico de produção de gás. A utilização do processo de biodigestão anaeróbia através de biodigestor contínuo e batelada, são opções ao criador para diminuir em muito o impacto poluente do resíduo de aves, podendo ele optar por um dos processos, dependendo das características de seu sistema de criação. Composição e utilização do biogás: A conversão biológica do resíduo em biogás vai depender do tipo de ração fornecida aos animais, da estação do ano, da densidade de alojamento das aves, do tipo de substrato de cama, do nível de reutilização da cama e das características das excretas, tendo influência direta na composição do biogás. O biogás, na forma como é produzido nos biodigestores, é constituído basicamente, para resíduos 23 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 orgânicos, de 60 a 70% de metano (CH4), 30 a 40% de dióxido de carbono (CO2), baixa quantidade de gás amônia (NH3), sulfeto de hidrogênio (H2S) e nitrogênio (N2). Na biodigestão de gorduras o gás pode conter 75% de metano. A composição do biogás irá depender do resíduo que alimenta o biodigestor e também das condições que o mesmo é operado, fatores como a temperatura, pH e pressão, no interior do biodigestor, podem alterar a composição do gás levemente. O biogás pode ser armazenado nos próprios gasômetros dos biodigestores. O biogás pode ser utilizado em fogões, lampiões, campânulas para aquecimento de leitões e pintos, para produção de vapor, para a produção de energia elétrica, na indústria química, em conjuntos moto-bomba, em conjuntos geradores, entre outros. Em motores estacionários pode-se utilizar diretamente o biogás produzido nos biodigestores, porém em motores de unidades móveis é aconselhável utilizar o metano obtido da purificação do biogás, isto por questões de armazenamento do combustível junto a estas unidades e pelo fato de que, com a retirada dos outros gases, sobra mais espaço no reservatório de combustível, além de se retirar os gases prejudiciais ao motor como o ácido sulfídrico que é corrosivo. Vantagens da biodigestão anaeróbia Produz um gás combustível que pode ser utilizado para fins domésticos, rurais ou industriais; Dispensa o uso de equipamentos sofisticados, uma vez que o processo se realiza à pressão atmosférica e temperatura ambiente nos climas tropicais; Reduz a carga poluidora da matéria orgânica através da diminuição da demanda bioquímica de oxigênio; Dispensa insumos energéticos; Reduz as emissões de gases estufa como o CH4 e o CO2; Promove a conservação de áreas destinadas a aterro de resíduos; Desvantagens da biodigestão O biogás contém cerca de 40% de dióxido de carbono, que não é combustível, além de traços de sulfeto de hidrogênio, o qual é corrosivo; O biogás necessita de sistemas de estocagem com maiores volumes devido a sua baixa densidade comparada com a dos líquidos, a redução desses volumes requer o uso adicional de compressores. Biodigestão para cama de frango: A cama de aviário está sendo produzida em grande quantidade, devido ao crescente aumento da avicultura de corte nos últimos anos. Este crescimento da produção tem como uma de suas bases a alta tecnificação dos galpões, o que significa maior dependência energética e econômica destes sistemas. A biodigestão ou digestão anaeróbia se mostra como uma boa alternativa para o tratamento da cama. O biogás produzido a partir da biodigestão da cama de frango, pode ser utilizado para o aquecimento dos pintinhos, através de equipamentos onde ocorrerá a queima do biogás e conseqüente produção de calor, fundamental para sobrevivência nas duas primeiras semanas de vida destes animais. Pode também substituir a energia elétrica, como por exemplo, na iluminação (lampiões), no aquecimento da água (para esterilização de equipamentos, lavagem das instalações, chuveiros, etc.), em fogões, na moagem de grãos, etc. 24 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 O uso de cama é um método tão antigo quanto a própria avicultura industrial e, por definição, cama de aviário é um material de origem vegetal utilizado para forrar o seu piso, com uma espessura variando de 5 a 10 cm, o qual receberá restos de ração, excretas, insetos, penas e descamações da pele. A composição, a quantidade e características da cama de frango variam de acordo com o material, densidade, duração do ciclo, número de lotes criados, tempo de armazenagem, além de técnicas de manejo das aves, fatores ambientais e fisiológicos. Estas variações irão conferir diferentes concentrações de minerais nas camas o que tem influência no processo de biodigestão anaeróbia e na qualidade do biogás e do biofertilizante. Desta forma, o ideal seria uma análise físico-química da cama para avaliar o potencial de produção de biogás. Como esta análise envolve: a realização de uma amostragem que represente o resíduo a ser digerido, técnica que não é dominada pelos produtores e alguns técnicos e; a proximidade a um laboratório que realize a análise, a fim de viabilizar os custos de transporte. Pode-se utilizar de tabelas com concentrações médias de minerais, disponíveis na literatura. O biodigestor ideal para a cama de frango: Para um desenvolvimento econômico atrativo a partir da digestão da biomassa de resíduos animais, é necessário que haja uma compatibilidade das propriedades físicas e químicas do resíduo com o projeto de biodigestor considerado. A escolha do adequado biodigestor, para um particular resíduo, é a chave para um desenvolvimento e processo apropriados. Assim, se faz importante entender os princípios de operação da maioria dos biodigestores para ajudar na seleção e planejamento de um modelo de tratamento a partir da biodigestão anaeróbia. A importância de se ter este conhecimento está relacionado a elevada produção de metano e as taxas de produção de biogás, que são dependentes da relativa contribuição do resíduo e custo do biodigestor para o custo final do biogás. Para estabelecer-se relações entre os principais tipos de biodigestores e suas características microbiológicas, se torna fundamental o conhecimento de três parâmetros básicos que influem no modo de operação destes e em suas eficiências na produção de biogás. Estes parâmetros são: Tempo de Retenção de Microorganismos (TRM); Tempo de Retenção Hidráulica (TRH); Tempo de Retenção de Sólidos (TRS). O TRH é entendido como o intervalo de tempo necessário para que ocorra o processo de biodigestão de maneira completa. Os TRM e TRS são os tempos de permanência dos microorganismos e dos sólidos no interior dos biodigestores, esses tempos são expressos em dias. De forma resumida pode-se dizer que altas produções de metano são conseguidas, satisfatoriamente, com longos TRM e TRS. Sendo a cama de frango um resíduo produzido em intervalos de tempo, ou seja, a disponibilidade não é contínua devido ao modo de produção e considerando suas características físicas e químicas como alto teor de sólidos, baixa umidade e tamanho das partículas, o tipo de biodigestor ideal, pelas suas características de desenho e performance, para uma perfeita digestão anaeróbia da biomassa é o biodigestor batelada, podendo este ser manejado em forma de bateria ou sequencialmente. A desvantagem do manejo em forma de bateria, está relacionada a velocidade de fermentação da cama, que é lenta, dificultando o aproveitamento do biogás. No manejo sequencial, deve-se utilizar inóculos para que este seja viabilizado. Pode ser necessário que a cama tenha que sofrer um pré-tratamento antes de ser adicionada ao biodigestor, o mais indicado seria uma moagem pois as partículas de maravalha são muito grandes e isso pode diminuir a eficiência das atividades dos microorganismos. Observando-se o teor de umidade da cama se faz necessário a 25 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 adição de água nesta para uma diminuição do teor de sólidos e diluição do conteúdo. Sendo estes muito altos, demandará um longo TRH dificultando uma perfeita consorciação produção de biogás/avicultura. Para reduzir o TRH, que pode ser de semanas ou meses, pode-se utilizar de sistemas de agitação, aquecimento e, principalmente, adição de inóculo. Quanto ao inóculo, este tem a função de acelerar o processo, principalmente em decorrência dos altos teores de celulose e lignina que são materiais difíceis de serem digeridos e estão presentes na cama. Este inóculo poderá ser um esterco já biofertilizado de bovinos, aves, suínos, etc, que contém uma grande flora microbiana de bactérias acidogênicas e metanogênicas fundamentais na digestão. A localização dos biodigestores deve ser feita de maneira a facilitar a distribuição do biogás pelos galpões, diminuindo os custos com transporte e armazenamento do gás. Biodigestão para avicultura de postura: A avicultura de postura vem crescendo devido à intensificação do setor agropecuário e as instalações convencionais vêm sendo substituídas gradativamente por tecnologias automatizadas, trazendo vantagens para o setor de produção de ovos como o ganho de homogeneidade dos lotes, melhores regularidades nas distribuições das dietas, padronização das classificações dos ovos, aumento do aproveitamento de ovos pela diminuição da quebra e da sujeira, entre outras. Maiores produções de ovos por área têm sido possíveis pela maior capacidade de alojamento de aves, resultando em propriedades de maior porte. Assim a produção de dejetos tem aumentado e seu manejo exige uma freqüência diária, diferente dos sistemas convencionais onde os dejetos ficam armazenados sob as gaiolas. O sistema automatizado, conhecido como sistema de baterias verticais, vem hoje substituindo os sistemas convencionais de produções de ovos, onde o distanciamento entre os andares das gaiolas e do solo, presentes no sistema convencional, é substituído por esteiras coletoras de dejetos automatizadas, possibilitando uma estruturação vertical de colunas de gaiolas em maior número por galpão. Em sistemas convencionais os dejetos permanecem por longo período sob as gaiolas até que sejam retiradas manualmente ou por maquinários específicos, obtendo dejetos mais secos, em menores quantidades, do que os frescos e, em alguns casos, em fase de decomposição avançada e enquanto em sistemas automatizados os dejetos são úmidos e preservam suas características naturais. A produção com base na matéria natural em relação à produção de dejetos diários é maior em sistemas automatizados do que sistemas convencionais. Muitas são as formas indicadas pra o tratamento e reciclagem desses dejetos, sendo a biodigestão anaeróbia uma alternativa para o tratamento de dejetos de poedeiras criados em diferentes sistemas de produções de ovos, sem levantar demasiadamente o custo. Dejetos acumulados sob gaiolas diferem suas características dos dejetos provenientes de sistemas automatizados. Existindo assim a possibilidade de haver diferenças quanto ao potencial energético dos dejetos conforme o sistema de produção em que são criadas as aves. Dentro dessa questão é fundamental que se desenvolvam pesquisas que atendam todas as necessidades de tratamento e reciclagem desses dejetos com custos acessíveis. Segundo a forma como predomina a criação das galinhas e codornas de postura, sugere-se que os biodigestores que venham a se integrar ao sistema de produção, permitam a operação com cargas diárias, associando-se com a necessidade de maiores rendimentos e menores custos, tecnologias que permitam maiores velocidades na degradação do material orgânico como, aquecimento e agitação do substrato em fermentação. A biodigestão anaeróbia de dejetos de aves é uma ferramenta importante para reciclagem de resíduos, pois proporciona uma redução nos sólidos totais diminuindo a quantidade de poluentes e microorganismos no solo e na água, produzindo biogás e biofertilizante que pode ser utilizado na propriedade 26 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 rural. Para isso é necessário é saber o tipo de sistema de criação de aves de postura e as características dos dejetos para utilizar o melhor sistema de biodigestão. Considerações finais: A biodigestão anaeróbia de resíduo de cama de frangos de corte e dejetos de aves de postura é uma ferramenta importante para a reciclagem de seus resíduos, agregando valor à produção de frangos e ovos, tendo em vista a geração de biogás e biofertilizante, pois esses podem ser utilizados no próprio ciclo de produção podendo proporcionar um sistema sustentável de aproveitamento de resíduos, resultando em lucro certo para os avicultores. Expansão de biocombustível pode aumentar emissões do Brasil Artigo do dia 09 de Fevereiro de 2010, escrito por: Eric Brücher Camara (BBC Brasil em Londres), Fonte: BBC Brasil. A expansão da produção de biocombustíveis no Brasil pode aumentar as emissões de dióxido de carbono do país, ao invés de reduzi-las, e empurrar a pecuária para a Amazônia e o Cerrado, de acordo com um estudo da universidade de Kassel, na Alemanha. A pesquisa, publicada na última edição da revista científica Proceedings of the Academy of National Sciences, calcula que a expansão da pecuária rumo à Amazônia – provocada indiretamente pela expansão das plantações de cana-de-açúcar e soja, usadas na produção de etanol e biodiesel –seria responsável por quase metade do desmatamento previsto para ocorrer até 2020. Com isso, o país levaria quase 250 anos para poupar, através do uso de biocombustíveis em vez de combustíveis fósseis, a quantidade de carbono liberada pelo desmatamento dessas áreas. A expansão das plantações de cana se concentraria principalmente nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná; e em menor escala, no Nordeste. Já a soja, segundo a pesquisa, avançaria nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais. Amazônia e Cerrado: No entanto, a consequência indireta dessa expansão seria o avanço da pecuária para Amazônia e para o Cerrado. Nos modelos produzidos pelos estudiosos, plantações de cana e soja seriam os responsáveis indiretos por 41% e 59% do desmatamento na região, respectivamente. Além disso, a pesquisa sugere que entre os biocombustíveis produzidos no Brasil, o óleo de palma seria o que menos emissões de carbono produziria. O estudiosos também afirmam que, nos próximos anos, "uma colaboração mais estreita ou uma relação reforçada entre os setores do biocombustível e pecuária é crucial para uma economia eficaz de emissões de biocombustíveis no Brasil". Os pesquisadores de diversas instituições alemãs, liderados por David Lapola, da universidade de Kassel, advertem que utilizaram em seus cálculos aumentos "algo otimistas" de produtividade na agricultura. "De fato, os nossos resultados podem ser piores, em vista das projeções de potenciais colheitas por causa de avanços tecnológicos", diz o documento. Os pesquisadores afirmam que, sem este aumento de produtividade nas potenciais colheitas até 2020, o tempo necessário para pagar a "dívida de carbono" - a economia de carbono provocada pela troca do combustível fóssil por biocombustíveis – passaria a mais de 400 anos. Os cálculos dos pesquisadores foram feitos tomando como base os planos brasileiros de expansão de uso e produção de biocombustíveis. Além disso, foram realizadas simulações de como este aumento se refletiria em termos de mudanças diretas e indiretas do uso do solo. Para ler o artigo completo da revista científica Proceedings of the Academy of National Sciences clique aqui. 27 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 O mundo verde Artigo do dia 05 de Fevereiro de 2010, escrito por: Antonio Delfim Netto, Fonte: Revista Carta Captial. Com 20 anos de retardo, e apesar das 40 “condicionalidades” e exigências variadas, a concessão da licença de realização do leilão que vai permitir a construção da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, é uma vitória sobre a “vanguarda do atraso” que se esforça para bloquear o desenvolvimento. Alguns setores da nossa sociedade insistem em não enxergar que o Brasil tem duas condições excepcionais para acelerar o seu crescimento, sem causar danos ao meio ambiente. O que não é o caso da grande maioria dos países: a primeira é a disponibilidade de utilizar a hidreletricidade para dobrar ou até triplicar a oferta de energia limpa e a segunda é explorar a liderança que alcançou no aproveitamento do etanol, hoje o substituto básico do petróleo na função de transporte. Surpreende o esforço de autonomeados “defensores da natureza” para criar obstáculos ao aproveitamento dessas formas de energia limpa que vão permitir ao Brasil se destacar como um protagonista importante da “nova economia verde”, que é para onde o mundo procura caminhar. O governo Lula obteve resultados importantes no sentido de reconstruir a matriz energética limpa, com a superação dos artifícios montados para atrasar a construção das usinas amazônicas. O marco inicial foi a liberação das obras de Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira, as quais, para surpresa de muitos céticos, estão em andamento acelerado, com previsão inclusive de antecipação da entrega e início da geração de energia em 2012. Devemos torcer para o próximo governo se empenhar igualmente para que não se retarde o aproveitamento do rio Xingu, produzindo a energia vital para o progresso das populações esquecidas no espaço amazônico. De outra parte, o Brasil entendeu que, na área da energia “verde”, o etanol é o futuro. Hoje, ele é usado como combustível no transporte, mas o desenvolvimento das pesquisas mostra que o etanol está entrando na função de produzir energia propriamente dita. Nos Estados Unidos, empenhados em criar tecnologia para produzir etanol a baixo custo, o combustível foi testado em turbinas de aeronaves do porte de um Boeing 747. O Brasil ainda está na frente na produção do etanol e em matéria de pesquisas para melhorar o uso mais eficiente do biodiesel. A demonstração de que estamos antenados ao desenvolvimento de novas tecnologias é o apoio do governo às pesquisas da Petrobras, Embrapa e de inúmeros organismos privados. Esse esforço científico deve ganhar maior impulso com a inauguração, em Campinas, do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol, um empreendimento liderado pelo competente ministro Sérgio Machado Rezende. Temos de continuar ampliando os investimentos para preservar a posição de liderança conquistada na produção. Não é uma coisa simples competir com os programas americanos com dotações governamentais de 800 bilhões de dólares aos institutos de pesquisa e centros universitários. Em um campo, porém, Brasil e Estados Unidos terão de trabalhar de forma conjunta. Ambos terão de se entender para facilitar a comercialização do etanol no mercado mundial. O etanol será um substituto importante do petróleo, mas, para que se transforme realmente em uma commodity, é preciso eliminar todas as dificuldades que existem para a sua comercialização no mercado internacional. Hoje, por exemplo, os Estados Unidos impõem um abusivo imposto de 2,5% ad valorem, acrescido de 54 centavos de dólar por galão nas importações, enquanto o Brasil cobra uma tarifa de 20% na importação do etanol. Será necessário haver uma negociação para a retirada dessas restrições. Toda a variação de preços que está produzindo a atual 28 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 confusão se deve ao fato de que não há comércio. Se o Brasil pudesse trazer algum etanol dos Estados Unidos nos momentos propícios e enviar o seu etanol ao mercado norte-americano na hora adequada, os problemas de variação estacional poderiam ser mui-to menores. Using ICP Technology to achieve quality biodiesel Artigo de Fevereiro de 2010, escrito por: Matthew Cassap e Nathan Shenk-Boright, Fonte: Biodiesel Magazine. ASTM International enforces a set of standards that specify the maximum allowable concentrations of various contaminants in biodiesel. The long-established ASTM D6751 specification covers pure biodiesel (B100) for use as a blend component with middle distillate fuels. The newly introduced ASTM D7467 refers to finished fuel blends of between 6 (B6) and 20 (B20) percent biodiesel for on- and off-road diesel engine use. In addition to these biodiesel-specific regulations, ASTM International has revised the D975 and D396 standards to include an allowance for up to 5 percent biodiesel in fuels used in on- and off-road engines and home heating and boiler applications respectively. BQ-9000 is a unique combination of ASTM D6751 and a quality systems program that includes storage, sampling, testing, blending, shipping, distribution and fuel management practices. The program aims to promote the commercial success and public acceptance of biodiesel as well as to help assure that biodiesel fuel is produced to and maintained at the ASTM D6751 industry standard. BQ-9000 helps companies improve their fuel testing and greatly reduce any chance of producing or distributing inadequate fuel. In order to comply with the above regulations, biodiesel companies have traditionally outsourced feedstock samples and finished product testing to a third party company. Nevertheless, this is a very expensive, time-consuming and inefficient practice, often taking up to 48 hours to obtain results. Inductively coupled plasma (ICP) technology can be efficiently utilized in-house to achieve regulatory compliance, save time, reduce costs and increase productivity in biodiesel analysis. Background: ICP is widely accepted as the most powerful technique for the multi-element analysis and quantification of trace elements in both solid and liquid samples. The latest advance in this technique is the groundbreaking, Thermo Scientific iCAP 6000 Series ICP. This ICP spectrometer incorporates a sample introduction system (nebulizer), an ICP torch, a high frequency generator, transfer optics and a computer interface. The ICP technique consists of a high-temperature plasma generated from ionized gas. Three gas flows are used in the plasma source: the coolant gas, the auxiliary gas and the nebulizer gas. The coolant gas plays an important role, maintaining the plasma, stabilizing its position and thermally isolating it from the outer tube of the torch. The auxiliary gas controls the position of the plasma within the torch and prevents carbon build-up when analyzing organic samples. The nebulizer gas carries the sample aerosol to the plasma. The high temperature plasma de-solvates the aerosol and atomizes the sample. Light is then emitted by the atoms of each element and is resolved into discrete wavelengths by a high-resolution spectrometer. The optical signal is then focused onto a two dimensional solid state charge injection device (CID) detector, where it liberates electrons in the pixel sites. The number of electrons is proportional to the intensity of the light and allows the concentration of each element to be calculated. Benefits: Advanced ICP instrumentation such as the iCAP 6000 Series includes benefits such as simple and innovative sample introduction system, which greatly improves set-up, maintenance and ease of use for the operator. The torch design uses an automatic gas connection and alignment that minimizes set up time and reduces errors. Innovative and compact optical design delivers wide and continuous wavelength coverage, 29 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 high resolution and excellent light transmission, resulting in high sensitivity and improved detection limits and reduced interferences. New generation solid-state detectors such as the CID chip offer simultaneous analyte detection, high signal to noise ratio and the ability to measure trace level signals at the same time as high concentration signals without saturation. Further key advantages of the technology include excellent stability, flexibility, sensitivity and precision. The method is capable of measuring a wide range of metallic and nonmetallic elements in biodiesel in compliance with current legislation. ICP technology is easy to implement and use in an in-house laboratory, eliminating the need to outsource sample analysis. As a result, biodiesel producers achieve significant time and cost savings and can provide their customers with a fast service. In addition, since all analyses are performed in-house, the production process can be easily controlled from the outset, ensuring optimal product quality. Advanced inhouse ICP technology is being applied by Imperium Renewables, one of the largest U.S. biodiesel producers. Case Analysis: Imperium Renewables’ plant in Grays Harbor, Wash., can produce 100 MMgy of biodiesel. In order to ensure superior biodiesel quality, the company performs rigorous testing to certify compliance with the stringent regulations. It is very important that both the incoming feedstock and the finished product are analyzed. Furthermore, a number of the company’s customers require in-depth analyses on additional elements not typically tested for. Regulatory compliance The Grays Harbor plant is currently the largest BQ9000-certified biodiesel production facility in the U.S., and uses a variety of oils such as canola grown in Washington State and Canada, and soy oil. With a commitment to local production, the company uses local feedstock sources where possible. Its fuel complies and even exceeds all regulatory standards presently enforced in the U.S. Analytical requirements At Imperium Renewables, production is monitored at different stages and samples are analyzed on an hourly basis. With a staggering production capability of 2 million gallons of biodiesel every week, the company requires a powerful and dependable analytical system capable of coping with such a high sample throughput. It was also imperative that the chosen technology had multi-elemental capabilities, analyzing samples at low concentration levels and achieving specific detection limits for elements such as phosphorus, sodium, potassium, magnesium and calcium. Additionally, the method needed to be able to perform rapid, accurate, rugged and repeatable analyses of all sample types while being easy-to-use. The company also required a system that would enable easy compliance with the strict regulatory standards. Advanced instrumentation was needed with a compact footprint to address its laboratory space-efficiency issues. Results Imperium Renewables uses iCAP 6000 Series ICP technology for the detection and quantification of a wide range of trace elements and metals in inbound feedstocks and outbound biodiesel. Samples are tested for many different elemental parameters, including sodium, calcium, magnesium and potassium. The measurement results obtained with ICP analysis are then compared with the maximum amount of each substance permitted in biodiesel under ASTM regulations. For each measurement to be compared with the prescribed concentration value (PCV) set by regulations and measured in parts per million, the limit of detection of the method must be significantly lower than the PCV. ICP provides the required levels of detection. Since its implementation, the iCAP has enabled Imperium Renewables to perform flexible and reliable analyses, allowing the company to produce high-quality biodiesel according to the regulations governing the biodiesel industry. In addition, by monitoring the concentration of elements and metals, it has been possible to avoid problems such as corrosion and filter clogging. Product quality is also enhanced since the production 30 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 process is closely controlled from the beginning to the end. The need to outsource sample testing to a third party is greatly reduced, allowing faster service. Sample analysis time is significantly reduced, resulting in lower costs and higher sample throughput. Overall efficiency of the laboratory workflow and productivity are considerably improved. Being precision engineered to minimize day-to-day maintenance requirements, advanced ICP technology is easy to use and offers maximum dependability and optimizing laboratory operation. ICP has proven a very powerful method capable of meeting all analytical requirements of the company. The Social Costs and Benefits of Biofuels: The Intersection of Environmental, Energy and Agricultural Policy Artigo de Fevereiro de 2010, escrito por: Harry de Gorter e David R. Just*, Fonte: Oxford Journals. Abstract: The efficacy of alternative biofuel policies in achieving energy, environmental and agricultural policy goals is assessed using economic cost-benefit analysis. Government mandates are superior to consumption subsidies, especially with suboptimal fuel taxes and the higher costs involved with raising tax revenues. But subsidies with mandates cause adverse interaction effects; oil consumption is subsidized instead. This unique result also applies to renewable electricity that faces similar policy combinations. Ethanol policy can have a significant impact on corn prices; if not, inefficiency costs rise sharply. Ethanol policy can increase the inefficiency of farm subsidies and viceversa. Policies that discriminate against trade, such as production subsidies and tariffs, can more than offset any benefits of a mandate. Sustainability standards are ineffective and illegal according to the WTO, and so should be re-designed. Introduction: Biofuel policies are motivated by a plethora of political concerns related to reducing dependence on oil, improving the environment and increasing agricultural incomes (Rajagopal and Zilberman 2007).1 In response to these concerns, a myriad of policies are employed for U.S. biofuels, including consumption subsidies, mandated minimum levels of consumption, production subsidies (including feedstocks), import barriers and sustainability standards (Tyner and Gardner 2007).2 To fulfill the goals of reduced dependence on oil and an improved environment, U.S. policy-makers deem biofuel policy crucial to complementing existing energy policies such as fuel taxes and cap and trade. Additionally, politicians advocate biofuels as a substitute for existing farm subsidy programs (Johnson and Libecap 2001). Many studies emphasize several key benefits of ethanol policy, including reduced tax costs for farm subsidy programs, reduced fuel prices, and improved international terms of trade in both corn exports and oil imports (Gardner 2007; Rajagopal et al. 2007; de Gorter and Just 2009a; Schmitz, Moss, and Schmitz 2007; Bourgeon and Tréguer 2008; Du, Hayes, and Baker 2008; Babcock 2008). Other studies emphasize the impact of biofuel policies on carbon dioxide (CO2) emissions and vehicle miles traveled (Vedenov and Wetzstein 2008; Khanna, Ando, and Taheripour 2008; de Gorter and Just 2008a; 2009d; Lapan and Moschini 2009). The deadweight costs of the ethanol import tariff are emphasized by Martinez-Gonzalez, Sheldon and Thompson (2007), de Gorter and Just (2008c), and Lasco and Khanna (2009). Some studies argue that ethanol policies fail to pass an overall cost-benefit test (Taylor and Van Doren 2007a; Metcalf 2008; Hahn and Cecot 2009), that they have an adverse impact on food prices and poverty—especially in developing countries (Runge and Senauer 2007; Mitchell 2008) and create higher greenhouse gas emissions due to indirect land use changes (Searchinger et al. 2008). 31 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 In assessing the relevant literature, Gardner and Tyner (2007, p. 3) take many of these counteracting effects into account and conclude: “Under current farm programs at current world price levels, deadweight losses of U.S. commodity support may be quite small, so that second-best gains of the ethanol subsidy [e.g., due to reduced taxpayer cost of farm subsidy programs+ are small … ”.Our findings, however, are that the welfare effects of a biofuel policy can be quite large. Furthermore, most countries are using several biofuel policies in concert.3 When used in some combinations, biofuel policies can be contradictory, where the effects of a policy are reversed. These biofuel policies never complement each other, but can on rare occasions be complementary to energy or environmental policy. Rarely does a biofuel policy have a neutral effect. The effects of each biofuel policy and their interaction with other policies (biofuel or otherwise) are very complex, the economics of which can seem impenetrable. This is due to the intricate interrelationships between energy and commodity markets and the varied environmental consequences. Nevertheless, in this paper we disentangle the key interactions in this byzantine system of policy instruments by analyzing each biofuel policy on its own merits, in relation to each other, as well as to other environmental, energy and agricultural policies. As complex as the economics are, however, once understood, a set of relatively clear policy implications emerge. This is unlike the traditional literature, where the choice of environmental policy instrument (e.g., a carbon tax versus cap and trade) is normally deemed as inherently difficult because of competing criteria (see Goulder and Parry 2008 for further discussion). One clear policy implication of the relative merits of biofuel policies is that a quantity-based biofuel mandate is superior to a price-based consumption subsidy (Lapan and Moschini 2009). Empirically, we find that the mandate can potentially increase social welfare substantially. On the other hand, a consumption subsidy likely decreases welfare significantly, primarily because of the taxpayer burden but also because it encourages negative externalities related to vehicle miles traveled, local air pollution and CO2 emissions (de Gorter and Just 2008a; 2009d). These differences are magnified if one is saddled with a suboptimal fuel tax, as is arguably the case in the United States. Thus, a mandate being both a subsidy on biofuel and a tax on fuel is a rare example of when a biofuel policy is complementary to an environmental policy ( de Gorter and Just 2009d). This clear picture on biofuel policies is atypical in the debate comparing alternative policy instruments in the environmental economics literature.4 However, the benefits of a market-based policy like mandates can easily be eradicated if mandates are used in conjunction with biofuel subsidies (de Gorter and Just 2009b,d). Subsidies cannibalize the positive effects of a mandate and fuel tax (de Gorter and Just 2009d). Therefore, hybrid instruments that combine policies can cause severe adverse policy interaction effects. Furthermore, any potential benefits of a biofuel policy can easily be offset by trade barriers such as domestic production subsidies, import tariffs and sustainability standards. One would have expected it to be doubly difficult to analyze a complex web of biofuel policies seeking to fulfill manifold environmental, energy and agricultural policy goals. Pointing to the “good” biofuel policy turns out to be relatively simple, however. But it is also very easy for politicians to select a “bad” policy, sometimes simply by using policies in combination. We conclude that the toolkit of biofuel policies is needlessly extensive. Furthermore, these same combinations of policies have also been adopted for renewable electricity ( Fischer and Newell 2008). Meanwhile, governments worldwide use similar combinations for all renewable energy sources. With the growing momentum for expanded renewable energy mandates and subsidies of various forms, the choice of policy instrument made by policy-makers is therefore crucial. Much is at stake. Several other important issues will be explored in our discussion: 32 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 Ethanol policy can have a substantial impact on corn prices. However, production costs of U.S. cornethanol are very high. The gap between the intercept of the ethanol supply curve and the oil price creates large deadweight costs that may overwhelm any external benefits. Subsidies and mandates by themselves do not discriminate against international trade. However, production subsidies, import tariffs and sustainability standards do. These trade distorting policies can create huge inefficiencies; U.S. production would otherwise be replaced by Brazilian production, resulting in far lower CO2 emissions. Sustainability standards which set a maximum amount of CO2 emissions per gallon are ineffective because of leakage to other sectors or countries not covered by the standard. Further, the U.S. standard is highly unlikely to survive a legal challenge in the WTO under the exception for the environment, because the latter requires a measure that is necessary and least trade-restrictive, and not discriminatory or arbitrary (criteria that a sustainability standard does not meet). Historically, corn subsidies were also required in addition to ethanol policy for U.S. ethanol production to occur. Because farm subsidies make ethanol policy more inefficient, and vice-versa, the claim that ethanol policy reduces the tax costs of farm subsidy programs may not be borne out. The rest of this article is organized as follows. The next section explains the various factors affecting the ethanol price and how one can tell if the mandate or the consumption subsidy determines the price. Section 3 compares the effects of a mandate to a consumption subsidy and analyzes the implications of a suboptimal fuel tax. Section 4 explains why the effect of a consumption subsidy is reversed when used in combination with a binding mandate. Section 5 explains the price link between corn and ethanol, while section 6 explores the effects of biofuel policies on farm subsidy costs. Section 7 summarizes the implications of our general framework for analyzing biofuel policies in an international trade context, while the penultimate section of our article examines the recent controversy over biofuel sustainability standards and indirect land use change. The final section summarizes conclusions and offers some lessons and guidance for governments regarding current biofuel policies. *…+ para continuar com a leitura do artigo clique aqui. Net energy of cellulosic ethanol from switchgrass Artigo de Fevereiro de 2010, escrito por: M. R. Schmer, K. P. Vogel, R. B. Mitchell e R. K. Perrin, Fonte: Proceedings of the National Academy of Sciences. A renewable biofuel economy is projected as a pathway to reduce reliance on fossil fuels, reduce greenhouse gas (GHG) emissions, and enhance rural economies (1). Ethanol is the most common biofuel in the U.S. and is projected to increase in the short term because of the voluntary elimination of methyl tertiary butyl ether in conventional gasoline and in the long term because of U.S. government mandates (2, 3). Maize or corn (Zea mays) grain and other cereals such as sorghum (Sorghum bicolor) are the primary feedstock for U.S. ethanol production, but competing feed and food demands on grain supplies and prices will eventually limit expansion of grain-ethanol capacity. An additional feedstock source for producing ethanol is the lignocellulosic components of plant biomass, from which ethanol can be produced via saccrification and fermentation (4). Dedicated perennial energy crops such as switchgrass, crop residues, and forestry biomass are major cellulosic ethanol sources that could potentially displace 30% of our current petroleum consumption (5). 33 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 Net energy production has been used to evaluate the energy efficiency of ethanol derived from both grain and cellulosic biomass (6). Typically, studies have used net energy values (NEV), net energy ratios, and net energy yield (NEY) and have compared biofuel output to petroleum requirements [petroleum energy ratio (PER)] to measure the sustainability of a biofuel. In initial analyses, switchgrass was estimated to have a net energy balance of 343% when used to produce biomass ethanol (7). More recent energy model analyses that used simulated biomass yields and estimated agricultural inputs indicate that switchgrass could produce >700% more output than input energy (8–10), whereas GHG have been assumed to be near zero (1) or estimated to be slightly positive (8) for ethanol derived from switchgrass. Lignocellulosic feedstocks such as switchgrass, woody plants, and mixtures of prairie grasses and forbs have been proposed to offer energy and environmental and economic advantages over current biofuel sources, because these feedstocks from perennial plants require fewer agricultural inputs than annual crops and can be grown on agriculturally marginal lands (11). An estimated 3.1 × 106 to 21.3 × 106 ha (1 ha = 10,000 m2) of existing agricultural land in the U.S. is projected to be converted to perennial grasses for bioenergy based on theoretical market prices (1). The majority of land for perennial grass production is projected to come from the reallocation of existing cropland, with land currently enrolled in the Conservation Reserve Program (CRP) and pastures being second and third, respectively. The CRP was authorized by the Food Security Act of 1985 and had a goal of removing highly erodible marginal cropland from crop production by paying farmers and land owners to revegetate the land with perennial grasses and trees. The cropland base predicted to be converted to perennial grass biomass systems will be similar to existing CRP land (12). Unlike corn, for which long-term data on grain yield and agricultural inputs in the U.S. are available, data for switchgrass and other perennial herbaceous plants grown and managed as bioenergy crops are limited and are based largely on small-plot research, in which plots are typically <5 m2. To obtain relevant field-scale information for switchgrass managed as a biomass energy crop, we conducted trials using fields on 10 farms in the midcontinental U.S. (Fig. 1) for 5 yr to obtain production information for use in net energy and economics analysis. Adapted switchgrass cultivars were grown and managed as a biomass energy crop in fields on four farms each in Nebraska and South Dakota and two farms in North Dakota using management practices developed in previous small plot research. Fig. 1. Switchgrass field locations managed for bioenergy (filled circle) and human-made prairie plots (+) with average annual precipitation zones for 2000– 2005 (13). Cooperating farmers, who were paid for their work and land use, documented all production operations and field biomass yields. This study provided 5 yr of production and management information from each farm, which we used to estimate net energy, petroleum inputs to ethanol outputs, and GHG emissions. 34 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 Results Agricultural Inputs: Total agricultural inputs were less during the establishment year than in postplanting years, because nitrogen fertilizer, a major agricultural energy input (9), was not applied per recommended management practices (Fig. 2). In the establishment year (Fig. 2), herbicides (33%), diesel fuel (29%), and seed (23%) were the top agricultural energy inputs. Nitrogen fertilizer (67%), diesel fuel (18%), and herbicides (8%) accounted for the majority of agricultural energy inputs (Fig. 2) for postplanting harvest years. Nitrogen fertilizer requirements varied by location, because of estimated potential yields based on stand density, regional precipitation and soil moisture information, and cooperator judgment. Recommended nitrogen rates for switchgrass vary by region because of length of the growing season and precipitation but will likely not exceed the rates per kilogram of biomass yield applied in this study. In some previous analyses, diesel fuel requirements were based on a linear function of biomass yield (10). This assumption underestimates diesel requirements in conditions with low biomass yield and overestimates diesel requirements under conditions with moderate to high biomass yields, because certain agricultural practices, such as planting, herbicide applications, and fertilizer applications, have a fixed diesel usage requirement regardless of yield. Diesel requirements increase with increased biomass yields at the harvesting stage but not at the previously estimated rates. Agricultural energy inputs for the switchgrass fields based on actual farm inputs [see supporting information (SI) Tables 1 and 2] were lower than in previous switchgrass life cycle analysis studies (8, 10, 14), because diesel usage, fertilizer requirements, electricity rates, and machinery costs in the previous studies were largely based on estimated values (Fig. 2). Fig. 2. Switchgrass agricultural inputs (GJ·ha−1) from the establishment year (Estab.) and postplanting harvest years (Post.) in a multilocation farm trial using known farm inputs. Agricultural inputs used were the embodied energy of switchgrass seed, fertilizer, herbicide, diesel, and other energy (farm machinery, farm labor, product transportation, electricity, and product packaging). Results are compared with agricultural input data from switchgrass energy balance studies (8, 10, 14) based on small plot data and input estimates. NEV: The NEV (output energy–input energy) from switchgrass in the Great Plains varied with year of production and ethanol yield but exceeded 14.5 MJ·liter−1 ethanol for all harvest years (Fig. 3 a). NEV were consistent across locations, averaging 21.5 MJ·liter−1 ethanol (Fig. 3 a; see also SI Table 3). These results were intermediate to previously simulated switchgrass energy balance studies (8–10). Ethanol yield was sensitive to climatic conditions and stand age more than agricultural inputs, which differs from a prior study (10) that assumes a linear response of switchgrass ethanol yield to agricultural inputs (Fig. 3 a). Based on regression analysis, the NEV was linearly related to ethanol yield in the establishment year and in the third harvest year only [establishment year, NEV = 13.86 + 0.0054(EtOH yield), P < 0.02, R 2 = 0.96; harvest year 3, NEV = 18.41 + 35 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 0.001(EtOH yield), P < 0.001, R 2 = 0.74]. Fields with low biomass yields caused by weather, deviations from recommended agronomic practices, or fields not harvested in the establishment year had lower initial NEV than better-managed fields without drought-induced establishment problems. Switchgrass, a perennial, does not achieve full biomass yield potential until one to two growing seasons after establishment. Proper agronomic practices with normal climatic conditions can result in establishment year biomass yields of 50% of full yield potential. Switchgrass, in long-term evaluations (>10 yr), has been shown to have consistent biomass yields over time when stands are mature (15). Fig. 3. Energy estimates for 10 switchgrass fields managed for bioenergy for the establishment year (filled circle) and second (open circle), third (yellow square), fourth (open square), and fifth years (red triangle), using input and biomass production data from 10 farms in the EBAMM model (9). (a) Comparison of net energy values (MJ·liter−1) from the fields based on known agricultural inputs with estimates from two simulated switchgrass studies (8, 10). NEV are not shown for one study (14), because they were negative for switchgrass at all ethanol yields due to the misassumption that nonrenewable energy will be used for all biorefinery energy needs. (b) PER, which is the biofuel output (MJ) divided by the petroleum (MJ) requirements for the agricultural, biorefinery, and distribution phases, for the 10 fields compared with three simulated studies (8, 10, 14). Blue line, Wang (10); green line, Farrell et al. (8); and red line, Pimental and Patzek (14). A previous study (14) reported a negative energy balance for ethanol derived from switchgrass by assuming that high levels of agricultural inputs (Fig. 2) would be required, and that nonrenewable energy would be needed to generate power for a cellulosic ethanol biorefinery. Feasibility research indicates that the lignaceous portion of plant biomass remaining after saccrification and fermentation can be used to power the cellulosic ethanol biorefinery and potentially could be used to generate additional electricity to sell to the electrical grid as a byproduct (16–18). PER: Bioenergy efficiency was also evaluated as an ethanol output (MJ)/petroleum input (MJ) ratio (PER) for the production, refining, and distribution phases. All previous switchgrass studies have reported (8–10, 14) that, under most ethanol yield projections, the amount of energy from ethanol produced from switchgrass biomass exceeds petroleum consumed (Fig. 3 b). In this multifarm trial, switchgrass produced an estimated average 13.1 MJ ethanol for every MJ of petroleum input (Fig. 3 b). Our analysis showed that at ethanol yields of ≥3,500 liter·ha−1, PER surpassed all previous estimates (8–10, 14). Establishment and second-year stands had the lowest PER, a result of tillage, seeding, and harvesting energy costs with reduced biomass yields. There was a linear relationship between ethanol yield and PER for all harvest years. However, linear trends by harvest year declined over time, suggesting that, on mature fields, PER will be consistently high and vary little by ethanol yield. [For the establishment year, PER = 0.71 + 0.0064(EtOH yield), P < 0.01, R 2 = 0.98; harvest year 2, PER = 1.81 + 0.0046(EtOH yield), P < 0.01, R 2 = 0.68; harvest year 3, PER = 12.75 + 0.001(EtOH yield), P < 0.02, R 2 = 0.51; harvest year 4, PER = 14.42 + 0.0006(EtOH yield), P < 0.05, R 2 = 0.55; and harvest year 5, PER = 13.34 + 0.0008(EtOH yield), P < 0.01, R 2 = 0.62.] 36 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 NEY from Perennial Bioenergy Systems: Net energy gains or NEY per hectare of biofuels are affected by crop yield, conversion rate, and energy inputs required to produce, deliver and process feedstock [NEV (MJ·liter−1) × biofuel yield (liter·ha−1)]. Previous small plot research (19) estimated that human-made prairies grown in Minnesota on marginal land produced more biomass energy (Fig. 4 a) than switchgrass grown with low management inputs resulting in a higher NEY (Fig. 4 b). Assuming an estimated conversion rate of 0.38 liter·ethanol·kg−1 harvested biomass (9), the results of these field-scale farm trials demonstrate that switchgrass managed for biomass yield with moderate levels of inputs including N fertilizer, produced an estimated 93% more ethanol per hectare than reported estimates for human-made prairies and 471% more ethanol per hectare than low-input switchgrass grown in the adjacent state of Minnesota (Fig. 4 a). Annual biomass yields of established switchgrass fields averaged 5.2–11.1 Mg·ha−1 (SI Table 4). Estimated mean NEY on established switchgrass fields was 60 GJ·ha−1·y−1, which was 93% greater than human-made prairies and 652% greater than low-input switchgrass (Fig. 4 b) grown in small plots (19). Switchgrass managed as a bioenergy crop in these field trials had estimated ethanol yields similar to those for corn grain (Fig. 4 a) grown in the same states and years. Caution should be made in making direct ethanol yield comparisons with cellulosic sources and corn grain, because corn grain conversion technology is mature, whereas cellulosic conversion efficiency technology is based on an estimated value (9). However, mean corn grain yield (20) from Nebraska, South Dakota, and North Dakota used in this analysis is based on irrigated and rain-fed fields on both fertile and marginal soils. Switchgrass will likely be established on rain-fed marginal soils, where row crop yields are generally lower and more variable than crop yields on irrigated or rain-fed fertile soils. Even with a more conservative cellulosic conversion value, switchgrass from this study is much closer to current corn grain ethanol yields than human-made prairies for this geographic region. Fig. 4. Comparison of estimated ethanol yield and NEY from switchgrass fields managed as a bioenergy crop; low-input, high-diversity, human-made prairies (LIHD) on small plots (19); low-input switchgrass (LI-SW) small plots (19); and corn grain yields (ref. 20; 2000–2005) from Nebraska and South and North Dakota). (a) Mean ethanol yield (liter·ha−1) was greater for the three farms with low mean ethanol yields, mean ethanol yields of all farms, and three farms with high mean ethanol yields (≥2 yr after seeding) or established switchgrass plots (≥9 yr after seeding) grown in a higher precipitation zone and was comparable to corn grain ethanol yields for the three states. Conversion of corn grain and cellulosic biomass to ethanol was estimated at 0.4 liter·kg−1 and 0.38 liter·kg−1, respectively (9). (b) NEY from established switchgrass fields for all farms was consistently higher than human-made prairies or low-input switchgrass (19) grown in a higher precipitation zone. 37 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 GHG Emissions: Life-cycle analysis models have quantified the amount of either GHG emitted from ethanol or GHG displaced by shifting to an ethanol energy source from a petroleum energy source (8, 10, 21–23). For switchgrass, studies have estimated the amount of GHG displaced by the amount of harvested material that is converted to ethanol (8, 10, 23). Others have determined the amount of GHG displaced by the amount of harvested material and by the amount of carbon dioxide sequestered into the soil profile (24, 25). The amount of soil carbon sequestration by reintroduction of perennial grasses to a field depends on existing soil C concentration, soil type, climate, precipitation, management, and annual biomass production (26, 27). Soil carbon levels on low-input switchgrass fields (29 soil types) have been shown to increase over time, across soil depths, and are higher than adjacent cropland fields in the Northern Plains (26). Switchgrass managed for bioenergy on multiple soil types in the Northern Plains was carbon-negative, sequestering 4.42 Mg C ha−1·y−1 into the soil profile (27). In this analysis, the amount of GHG emissions displaced using ethanol from switchgrass over conventional gasoline was estimated based on biomass yields by both fossil fuel displacement (9) and the estimated carbon dioxide sequestered as soil C for 100 yr by switchgrass on converted cropland (28). Life-cycle analysis estimated that ethanol from switchgrass averaged 94% lower GHG emissions than from gasoline (Fig. 5; see also SI Table 5). Switchgrass fields were GHG-positive, -neutral, or -negative, depending on agriculture input amounts (mainly N fertilization) and subsequent biomass yields. Three of the 5 harvest yr showed farms averaging near-GHG neutral levels. GHG emissions of ethanol from switchgrass, using only the displacement method, showed 88% less GHG emissions than conventional gasoline (8). The use of lignaceous biomass residue for energy at a cellulosic biorefinery is the main reason why switchgrass (8) and human-made prairies (19) have theoretically lower GHG emissions than biofuels from annual crops, where processing energy currently is derived from fossil fuels (11). Fig. 5. Estimated displacement (%) of GHG emissions by replacing conventional gasoline (baseline) with cellulosic ethanol derived from switchgrass. Minimum (grey), mean (blue), and maximum (green) percent GHG displacement for each switchgrass harvest year is based on actual production data from 10 switchgrass fields. Estimated GHG values include the amount of CO2 sequestered in the soil (100 yr) by switchgrass, which was estimated to be 138.1 kg of CO2 Mg−1 of aboveground biomass yr−1 (28). Discussion In this study, we used actual farm information to determine energy inputs. The lower energy inputs for biomass we are reporting in comparison to the estimates reported previously clearly highlight discrepancies that can occur when analyses are based on small-scale research plots and misassumptions. In the prairies of the U.S., precipitation and species richness follow an east–west gradient, with highest levels of precipitation (Fig. 1) and species richness (29) occurring in the east. Mean above-ground net primary production of grassland systems and mean annual precipitation have a positive correlation (r = 0.90) for the Great Plains 38 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 (30). In this study, farms in the east produced greater switchgrass biomass yields than farms in the western part of the study region. Based on precipitation, the low-input prairie in Minnesota was in a higher biomass production zone than the fields in this trial. In addition to having low net-energy yields, the Minnesota prairie plots (19) represent an artificial system, because they were hand-seeded, hand-weeded, and irrigated during establishment; only 10-cm-wide strips within a plot were hand-harvested to determine biomass yields; and the same strips were never reharvested. Low-input subsistence agriculture has low outputs, because essential factors needed to optimize capture of solar energy are lacking. The addition of nitrogen to undisturbed and restored high-diversity prairies has been shown to increase above-ground biomass production (31, 32). These results demonstrate a similar situation likely exists for perennial biomass energy crops. Switchgrass managed as a biomass energy crop with moderate inputs including N fertilizer can be as net energy efficient as low-input systems but can produce significantly greater quantities of energy per unit of land. For an alternative transportation fuel to be a substitute for conventional gasoline, the alternative fuel should (i) have superior environmental benefits, (ii) be economically competitive, (iii) have meaningful supplies to meet energy demands, and (iv) have a positive NEV (11). The results of this study demonstrate that switchgrass grown and managed as a biomass energy crop produces >500% more renewable energy than energy consumed in its production and has significant environmental benefits, as estimated by net GHG emissions as well as soil conservation benefits (1). In this study, we used a constant previously published conversion rate. It is expected that biomass conversion rates will be improved in the future because of both genetic modifications of biomass feedstocks and improvements in conversion technology, which should result in improvement in net energy for switchgrass. Compared with low-input prairies, switchgrass grown and managed as a biomass energy crop can produce significantly greater biomass per hectare, which makes it a more feasible system for providing meaningful supplies of biomass to meet energy demands; it also has fully equivalent NEV. Current corn production has increased 160% in the U.S. in the last 40 yr because of increased grain yields and expansion of crop area (2). In Iowa, corn grain yields increased >80 kg·ha−1 per year during the period from 1930 to 1994 (33). Approximately 50% of the increase in grain yield of corn during this period was attributable to improved hybrids, whereas the remaining improvement was due to improved management practices and inputs. Only a fraction of the research effort that has produced these significant improvements in corn genetics and management has been available for switchgrass and other potential perennial herbaceous biomass species. This is a baseline study that represents the technology available for switchgrass in 2000 and 2001, when the fields were planted. It clearly demonstrates that managed switchgrass production systems have the potential to produce significantly more energy than is used in production and conversion. Traditional breeding techniques have increased yield performance of switchgrass by 20–30% from existing parent types (34). It is expected that further improvements in both genetics (hybrid cultivars, molecular markers) and agronomics (production system management practices and inputs) will be achieved for dedicated energy crops such as switchgrass, which will further improve biomass yields, conversion efficiency, and NEV (35). As an indicator of the improvement potential, switchgrass biomass yields in recent yield trials in Nebraska, South Dakota, and North Dakota (36–38) were 50% greater than achieved in this study. The Green Revolution greatly enhanced the capacity of agriculture to increase food supplies throughout the world by the use of improved genetics and management inputs (39). Green energy goals of nations likewise can be met in part through improved genetics and agronomics. The environmental and ecological effects of the conversion of cropland to CRP were largely positive. It is expected that results will be similar for conversion of land to perennial grasses such as switchgrass for bioenergy. However, environmental and ecological assessments should continue to be made at both the micro and macro scales. 39 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 Methods Locations: We conducted trials on 10 farms in the northern Great Plains for 5 yr to obtain field-scale production information for use in net energy and economic analysis. The 10 farms were located in areas where previous economic model analyses indicated switchgrass grown as a biomass energy crop would be economically feasible (40). The cooperating farmers and farms and fields used in this study were selected based on recommendations of U.S. Department of Agriculture Natural Resource Conservation Service (USDANRCS) staff for the three states and site visits by K.P.V. The USDA-NRCS provides technical land eligibility determinations, conservation planning, and practice implementation for the CRP. Rainfed fields represent a range of biomass production environments that occur in this geographical region and have marginal cropland characteristics that could have qualified them for enrollment in the CRP. Adapted switchgrass cultivars were grown and managed as a biomass energy crop in fields on four farms each in Nebraska and South Dakota and two farms in North Dakota using management practices developed in previous research (41). Farms are identified by the name of the nearest town (Fig. 1). The selected switchgrass cultivars were developed primarily for use in pastures. Seeding rates were based on pure live seed (PLS) per unit area (30 PLS m 2), which was ≈10 kg·ha−1. The Nebraska fields were established in 2000, except for the Atkinson field, which was reestablished in 2001 because of drought conditions in 2000. The South and North Dakota fields were established in 2001. Total area planted to switchgrass was 67 ha. Fields used in this study were existing cropland being used for grain or oilseed production. Soil samples were taken on each field before switchgrass establishment to assess initial soil fertility and quality. Field sizes, soil characteristics, and previous cropping history are described (42). Field size ranged from 3 to 9.5 ha and averaged 6.7 ha. Cooperating farmers, who were paid for their work and land use, documented all production operations and machine-harvested field biomass yields. A U.S. Department of Agriculture agronomist visited each field at least twice during each growing season to monitor switchgrass management, stands, and biomass yields. In midsummer, before harvest, 1.1-m2 quadrants were clipped at 16 locations within each field, and the harvested samples were dried and weighed to verify machine-harvested yields. In our analysis, fields not harvested in the establishment year had their previous agricultural energy inputs added to the first harvested year. After a killing frost, fields with yields >1.1 Mg·ha−1 and with minimal weed populations were harvested in the establishment year. Harvesting costs would exceed biomass value for yields below this threshold value. After the establishment year, cooperators had the option to harvest at emerged inflorescence to postanthesis stage of development or after a killing frost. Most cooperators chose to harvest at emerged inflorescence to postanthesis (early to mid-August) in postestablishment years, except for the Bristol, SD, and Munich, ND, farmers, who harvested after a killing frost. Harvests were done with conventional hay equipment. Modern balers are engineered to deliver very uniform bales, so cooperators weighed a subset of bales for yield determinations and sampled the bales with a provided bale-coring probe to obtain bale samples for determining baled biomass dry matter concentration. All yields were adjusted to a dry-weight basis. Life Cycle Bioenergy Analysis: Energy and Resources Group Biofuel Analysis Meta-Model (EBAMM) calculates cellulosic (switchgrass) agricultural inputs and yields based on previous switchgrass small-plot research, modeled transportation costs, embodied energy of ethanol plant materials, and current agricultural inputs for corn (9, 10, 14, 34, 43). We were able to update EBAMM in this study by: (i) basing agricultural diesel consumption on actual field operations, (ii) eliminating agricultural electricity use based on known inputs, (iii) basing embodied energy of farm machinery on field operations, (iv) basing packaging energy on the material that was used, (v) incorporating switchgrass seed energy costs, and (vi) crediting carbon sequestered by 40 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 switchgrass to GHG emissions based on field-scale yields (see SI Table 2). A hydrolysis/fermentation biorefinery was the model cellulosic ethanol plant for EBAMM, with cogeneration power/export being the average of a steam Rankine cycle power system and a gas turbine combined cycle system (9, 44). Energy output was based on the ethanol energy value of 21.2 MJ·liter−1 (low heating value) and an electricity export of 4.79 MJ·liter−1. In this analysis, biorefinery energy, ethanol conversion yield, and byproduct energy were kept constant, whereas agricultural inputs and crop yield varied by field and harvest year. Seed energy values were based on agriculture inputs from U.S. Department of Agriculture–Agriculture Research Service (USDA-ARS) (Lincoln, NE) switchgrass seed fields (see SI Table 6). Agricultural inputs from any nonharvest year were added to the first harvestable year to determine NEV, NEY, PER, and GHG displacement. Farmers at individual locations did not report diesel consumption but reported all field operations. Farm machinery was considered the same across all locations to make comparisons among locations (see SI Tables 2 and 7). Any tillage inputs in the establishment year were added to the embodied energy and diesel use requirements for each location. Biomass production system diesel use was estimated based on the number and type of field operations at each location in a given year (see SI Table 7). Nitrogen fertilizer rates recommended to farmers in this study were 10 kg of N per Mg·ha−1 of expected yield (45) with a recommended maximum of 112 kg·ha−1·y−1. Nitrogen fertilizer application varied by postestablishment harvest years and locations because of farmer management decisions based on soil moisture conditions. Applied N ranged from 0 kg·ha−1 to 212 kg·ha−1 with a mean application rate of 74 kg·ha−1·yr−1 across all farms (harvest years 2–5). Farm labor energy was included in farm machinery costs and was not separated into an individual agricultural input. Agricultural inputs used for the human-made prairie study were based on reported values from a previous study (19). Agricultural inputs and yields from the human-made prairie study were inserted into EBAMM to make accurate comparisons among studies. A default energy requirement in EBAMM for bale transportation to a cellulosic biorefinery was removed from the human-made prairie study to eliminate duplication. Corn grain yields for Nebraska are from 2000 to 2004, whereas South and North Dakota corn grain yields are from 2001 to 2005 (20). Para ver citações e referências clique aqui. Alemanha: National Implementation of Biomass Sustainability Regulations – Industry deplores unresolved open issues Artigo do dia 22 de Janeiro de 2010, escrito pela: UFOP, Fonte: UFOP. A technical seminar organised by Union zur Förderung von Oel- und Proteinpflanzen e. V. (UFOP) jointly with Arbeitsgemeinschaft Qualitätsmanagement Biodiesel e. V. (AGQM) on 20&21 January 2010 received an unusually positive feedback. More than 120 representatives, most of them from the oilseed processing segment as well as the biodiesel and mineral oil industry, were welcomed by AGQM General Manager Dieter Bockey. The seminar focused on the current obligations and documentation requirements in connection with the “Biofuels” Biomass Sustainability Ordinance, in addition to recent resolutions amending the energy legislation. A particular focus at the seminar was on explanations concerning the implementation of the biomass sustainability regulations by the affected businesses. The competent authority, Federal Agency Agriculture and Food (Bundesanstalt für Landwirtschaft und Ernährung - BLE), had sent the responsible and competent Head of Division, Mr. Matthias Nickel, and other experts. At the beginning of the seminar, the team of speakers explained the documentation requirements, from agricultural trade as the so called first interface to the 41 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 biofuel producer as last interface starting and the subsequent registration with the main customs offices or the biofuel quota unit (responsible for the registration of the quota commitment). A barrage of questions concerning the terminology of the regulations, e.g., what is a permanent establishment, the delimitation of the registration of agricultural enterprises for which a self-declaration is sufficient, and the first acquirer, reflected the discussion of practical matters at the seminar. However, it was also seen that there was more need for clarification of some definitions and law terms. This also related to the presented EDP-assisted transfer of data to the web-based platform of BLE. Participants agreed that the BLE had undertaken extraordinary efforts to provide all administrative preconditions for the prompt and timely implementation of the “Biofuel” Biomass Sustainability Ordinance, including the required approval of the certification systems and control bodies. Demands were for reasonable transitional provisions, for example, for processed biofuel quantities that cannot be marketed by 30 June 2010, the deadline. Industry demands postponement: As seen by the organisers, it should be accepted that the affected parties, from agricultural trade to oilseed processors and the biofuel and mineral oil industry, have made great efforts to cope with the additional requirements of implementing the biomass sustainability regulations on enterprise level and are ready to establish the required documentation structures and the basis for introducing a mass accounting system. Considering the fact that these enterprises require the certification by a body accredited by the BLE if they want to market biofuels from 1 July 2010, some 3,000 enterprises believe that the deadline cannot be met, and pressed for postponement. Postponing the deadline to 4 December 2010, the date set by the European Renewable Energies Directive, would make it possible to extend the special regulation for providing proof of harvest by one year. If this was done, agricultural trade, in particular, could take advantage of this and inform farmers on the requirement of a self-statement with a reasonable time lead. To date, only a certification system with temporary approval and a few control bodies exist, which cannot cope with the forthcoming flood of certification applications in the required time. As a consequence of this, industry representatives were uncertain as to plans regarding the next harvest. They are afraid that the flows of goods might be obstructed in the home market, within Europe and also internationally. 42 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 43 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 Ações, Iniciativas e Eventos Paraguai: Petropar reducirá el precio de biodiésel 01 de Março de 2010, escrito pela: Redação do Jornal, Fonte: ABC Digital (Paraguai). Petropar anunció a las dos únicas empresas que todavía fabrican biodiésel, de las diez que ya dejaron de operar por la informalidad del “Plan nacional de biocombustibles”, que decidió reducir el precio de este biocombustible. Según el titular de la Cámara de Biodiésel, ingeniero Eduardo Vuyk, en ningún país se maneja de manera tan irresponsable los precios de los biocombustibles. El titular de la Cámara Paraguaya de Biodiésel, ingeniero Eduardo Vuyk, comentó que el viernes último fueron informados por funcionarios de Petropar de que no concretarán los pagos de las primeras facturas vencidas del mes por las compras del producto, hasta tanto la petrolera estatal emita una nueva resolución que reducirá los precios que abona por cada litro de biodiésel. Vuyk explicó que Petropar establece estos precios en forma totalmente unilateral, sin ninguna conversación con el sector productor, y sin considerar los costos variables de la materia prima de la industria del biodiésel. A renglón seguido, agregó que en ningún país que produce biocombustible en este momento se maneja como aquí el tema precio. Explicó que en los demás se toman en consideración la estructura de costos del combustible orgánico, y de ninguna manera se relaciona con el precio del combustible fósil importado, tal como acontece a nivel local. Comentó al respecto que el viernes último conversó con el titular de la Cámara de Biodiésel de la Argentina, quien le manifestó que en el vecino país se establece el precio conforme a los costos de producción, costo del aceite, de insumos, etc., como debe de ser en cualquier operación comercial. “Qué tenemos que ver los productores de biodiésel con los costos que puedan tener PDVSA (Petróleos de Venezuela SA), que es la mayor exportadora de hidrocarburos al país, o en qué se relacionan los costos de la materia prima del biodiésel con los mercados internacionales de los derivados de petróleo”, se preguntó el dirigente industrial. Al respecto, explicó que la petrolera estatal paraguaya históricamente ligó el precio del biodiésel con el del gasoíl, y recordó que el año pasado, durante la administración de Cíbar Granada al frente de la estatal, se aplicó una reducción del precio del gasoíl, y decidieron igualmente bajar el precio pagado a los productores por el biodiésel. Si bien en este momento no existe ninguna modificación del precio al público del gasoíl, sin embargo lo harán con el de la industria nacional. Hasta ahora Petropar venía abonando por cada litro de biodiésel G. 3.706 + 2% de crédito de IVA, con lo que la estatal se queda con un margen positivo de G. 2.520.000 por cada camión. Según el titular de la Cámara Paraguaya del Biodiésel, con la medida que adoptará Petropar en breve terminará por “aniquilar” a las dos industrias que vienen produciendo el biocombustible (a base de cebo animal) de un total de diez que fueron autorizadas para operar por el Ministerio de Industria y Comercio (MIC), y que dejaron de hacerlo por la informalidad del Gobierno, y por falta de garantías jurídicas a la inversión. Existe una ley que obliga, tanto a Petropar como a los emblemas importadores privados, a aditivar al gasoíl 1% de biodiésel. Hasta ahora, Petropar, la mayor importadora, hizo todo lo posible para fundir a las industrias, y su titular, Juan González, jamás respondió ninguna de las notas remitidas al respecto por el sector. 44 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 Colômbia: Frenan inversiones en etanol 25 de Fevereio de 2010, escrito pela: Redação do Jornal, Fonte: El País (Colômbia). Colombia, que hasta el año pasado mezclaba 90% de gasolina y 10% de etanol, bajó al 8%. Jorge Bendeck, presidente de la Federación de Biocombustibles, explica que la decisión se tomó porque hay ausencia de plantas nuevas por efecto de la crisis económica, y la planta de Ecopetrol sólo entraría a funcionar en 2011. A eso se suma que están entrando unos 200,000 vehículos por año a Colombia, lo que detuvo la caída del consumo de la gasolina y aumentó el consumo del etanol. Entre las iniciativas frenadas hay una en Boyacá, con una planta que trabajará con remolacha azucarera y que tiene inversiones por el orden de los $125 millones de los $272 millones totales. "Se paró porque los inversionistas extranjeros también pararon sus inversiones. Este proyecto está a la espera de que haya una nueva estructura financiera para que continúe, pero es posible que no esté en producción antes del 2012," explica Bendeck. El otro proyecto estaba ubicado en el departamento de Bolívar, con caña de azúcar en zafra. Sin embargo, los inversionistas pararon su interés porque el banco que los iba a financiar desapareció de un día para otro y este proyecto no tiene visos de poder levantarse en los próximos dos años. Hay una refinería que está marchando y es la que construye la Empresa Colombiana de Petróleos, Ecopetrol, en el departamento del Meta. Se espera que en el primer trimestre del año 2011 esté arrancando con una alta producción, de 385,000 litros diarios, para una media de 300,000 litros por día, por lo que se podrá incrementar hasta un 14% la mezcla en Colombia. En este momento se está desarrollando otro proyecto en el departamento del Magdalena, cerca de Pivijay, en donde una firma internacional siembra una extensión muy grande de caña azucarera para producir una media de 300,000 litros por día, "con lo cual podríamos llegar sin ninguna dificultad al 20% de mezcla en el año 2012," dice el ejecutivo. EUA: Greening Deserts for Carbon Credits 24 de Fevereiro de 2010, escrito por: Thomas R. Blakelee (Clearlight Foundation), Fonte: Renewable Energy World. Poor farming practices have degraded the world's soils causing them to release carbon that should have stayed in the soil. In the past 150 years soils have released twice as much carbon as fuel burning. Improved farming methods could quickly rebuild degraded land and store enough carbon to offset the damage already done by fuel burning. Dr Rattan Lal of Ohio State University, a leading expert on soil carbon, estimates that the potential of economical carbon sequestration in world soils may be .65 billion to 1.1 billion tons per year for the next 50 years. This is enough to draw down atmospheric CO2 by 50 ppm by 2100. This is a onetime opportunity, however. We must ultimately stop burning fossil fuels. Man has already degraded about five billion acres of land on the planet by misguided farming practices and overgrazing. In fact, many of the world's deserts were once rich land. Desertification from overgrazing, plowing and growing annual crops has greatly reduced the carbon retained in the earth's soils. Many of our deserts started as forests that were cut or burned down to clear the land and then ruined by overgrazing. If we could reclaim these ruined lands we could restore the carbon balance of our planet. 45 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 We have only recently begun to understand the destructive effects of plowing and grazing. The delicate surface crust is an almost invisible biotic network of algae, cyanobacteria and lichens that hold the soil together with tiny filaments. This thin crust takes in an amazing amount of CO2 by photosynthesis and also fixes the nitrogen in the air to a form usable by plants. Tilling the soil breaks up and buries the biotic crust, stopping photosynthesis. The dust bowl in Oklahoma in the 1930s was an example of the bad effects of plowing the land. Wind and erosion almost turned that once-rich grassland into a desert. In China and Africa the sand dunes have been advancing southward, turning more and more land into sterile deserts. Dust storms in the Gobi desert often block the sun in Beijing and many Saharan dust storms ultimately evolve into the hurricanes in the Gulf of Mexico. One very encouraging project in China has restored a desert community and given it a source of revenue growing sand willow for making wood planks. This experiment was so successful that the restored area is growing rapidly as more individuals plant sand willow as a source of income. Even more exciting, is the plan to build hybrid solar power plants in the area that will use the sand willow as biomass to feed boilers when the sun doesn't shine. Esolar will provide heliostats and a solar tower for generating solar power in the daytime. The same turbines will be driven at night by steam, generated by burning the sand willow. A total of two gigawatts of these hybrid power plants are planned. The sand willow matures in only three years and quickly regrows when cut. Villagers sell sand willow timber to plank companies for $30/ton. This economic boom has driven more and more plantings which are greening of the desert. Once a beachhead is established, the local micro climate is changed. Trees provide shade and shelter from the desert winds. Ultimately moisture brings clouds and increases in rainfall. A whole new ecosystem evolves. Carbon credits could drive this kind of renaissance even faster. It is very important that we develop inexpensive soil carbon monitoring systems so that such important changes in land use can be rewarded. Farmers are already receiving millions of dollars for no-till farming in the U.S. but some have challenged their legitimacy as being "non-additional." Hopefully, projects with multiple benefits will not be deprived of the carbon credits that could drive the fast progress we need. A "green wall" project has been proposed by the UN that will plant trees along a 7000 km strip on the current southern edge of the Sahara desert. It is floundering now for lack of money but carbon credits for land restoration could restore it to health. One of the biggest challenges is re-educating people in degraded areas to keep them from turning these areas back into a desert. Grazing goats and sheep were practical only when population density was much less than it is today. Under crowded conditions animal hooves quickly trample the soil crust. Denuded plant life soon leads to erosion and desertification. Goats and sheep are particularly destructive as they pull up vegetation by the roots. Too much of our agriculture has been dedicated to feeding animals, which is inefficient at best. It takes 15 pounds of grain to produce one pound of beefsteak. Fish, being cold blooded, are much more efficient. They eat as little as two pounds per pound of meat. The "green revolution" doubled cereal production between 1961 and 1985. Unfortunately, much of the increase was based on use of cheap fossil fuels to make fertilizers, pesticides and herbicides and to irrigate and cultivate the land. The energy content of food has reached frightening levels. Worse yet, the whole philosophy 46 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 of this movement treats nature as an enemy to be conquered. Other plants, insects and microbes are simply poisoned. Unfortunately, the result of all of this has been degraded soils that need even more chemicals. Good healthy soil can hold three times more carbon than the plants themselves, mostly in the form of humus, bacteria, algae and other organic matter. The University of Illinois has maintained corn-growing test plots for over 100 years. Since 1955 synthetic nitrogen fertilization has been applied, which contained 90-124 tons of carbon per acre. Today, all of that residue has disappeared into the atmosphere adding to global warming and there has been a decrease in soil carbon of 4.9 tons per acre. Today, there is a healthy revival of permaculture principles that work with nature instead of against it. Annual crops only do photosynthesis during the growing season, leaving bare dirt the rest of the year. By growing perennials, the root mass and the biotic community can grow steadily larger year after year instead of starting from scratch. Roots go deeper and deeper with each season, increasing drought resistance. Yearlong Green Farming maximizes carbon storage in the soil by keeping soil covered with greenery all year long. The world's soils hold three times as much carbon as the atmosphere and four times as much as all of the plants in the world. A large part of the carbon storage is in the biotic soil community and humus, which forms only when the community is kept intact. Restoration experiments in Australia found that conventional cropping practices had reduced soil carbon to half to one third of original levels. Biomass can be grown from perennial grasses harvested regularly like a lawn that is repeatedly mowed. This allows undisturbed roots to continue to grow larger every year. Symbiotic fungi called mycorrhizae form an association with the roots, which can increase their efficiency by a factor of ten. They are powered by the grasses' metabolism but pay back by creating nitrogen and collecting nutrients. By putting rows or clumps of perennial grasses in fields of other crops, yield can be increased while collecting carbon credits. In some cases 8 tons of CO2 stored per acre per year have been recorded with virtually no biomass inputs. The more the soil has been degraded, the easier it is to earn credits with changes that store significant carbon. A recent study by Stanford University's Carnegie Institution identified 1.8 million square miles of abandoned farmland worldwide. Heavy use of chemical fertilizers is unnecessary if the soil's crust is kept intact. Even in barren deserts specialized cyanobacteria on the very top surface remove CO2 and nitrogen from the air through photosynthesis. They protect and colaborate with other species in the next layer that fix the nitrogen but cannot stand oxygen. These species have coevolved to work together to hold the soil together and support the growth of more complex vascular plants. Almost invisible to the naked eye, this crust ecosystem stabilizes the soil while fixing carbon and nitrogen. When the delicate crust community is destroyed, plants starve for nitrogen unless they are given massive fertilizer applications. Chemical fertilizers are an environmental nightmare which release lots of nitrous oxide into the air. Nitrous oxide is 298 times worse than CO2 as a greenhouse gas. Fertilizers also pollute streams, consume fossil fuels and emit CO2 in their manufacture. Bioinoculants can restore degraded soils by adding natural microorganisms that greatly reduce the need for chemical fertilizers and even water in the soil. Dramatic increases in soil carbon are possible in a single season. Damaged soil crusts could be healed by aerial spraying of tiny amounts of cyanobacteria mixtures which remain viable through long periods of dryness yet rehydrate and begin growing within minutes of receiving rain or even dew condensation. Cyanobacteria were responsible for creating the oxygen on our planet from CO2 billions of years ago. Perhaps they can help us to rescue the planet today. 47 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 Another promising approach to greening deserts is seawater farming. Coastal desert areas lacking fresh water can grow plants like Mangrove and Salicornia along with fish and shrimp that provide the fertilizer. The first commercial-scale saltwater farm was built by the Seawater Foundation on a barren desert in Eritrea, on the west coast of the Red Sea. Before the project, ecologists found only 13 species of wild birds in the area. By the time the farm was completed in 2002, the count had increased to 200. Here is a movie about that farm. Another massive farm is planned for Abu Dhabi. Boing and Honeywell are partners in the project, which will grow salt-water biomass to be used for making green fuel for jet aircraft. There are 25,000 miles of coastal desert in the world that could be developed in this way. Carbon trading could be the driver for these projects if we can only develop sound verification protocols and measuring instruments. Inglaterra: Solena fabricará Biokerosene (biojet) a partir de basura para British Airways 18 de Fevereiro de 2010, escrito pela: Redação da BBC, Fonte: BBC Mundo. British Airways fabricará biocombustible (biojet) a partir de la basura. Toda la producción de la planta será destinada a British Airways. La compañía aérea British Airways (BA) llegó a un acuerdo con una empresa estadounidense para instalar la primera planta europea destinada a producir combustible para la aviación a partir de basura. Cerca de medio millón de toneladas de residuos se utilizarán anualmente para generar 16 millones de galones de biocombustible, según BA. La construcción de la planta de biocombustible se iniciará en los próximos meses en la capital británica y se espera que comience a producir combustible para 2014. La compañía estadounidense Solena Group será la encargada de instalar la fábrica, cuya producción estará enteramente destinada a BA. Según la aerolínea, la planta generará aproximadamente el doble del combustible necesario para todos los vuelos del City Airport, el menor de los aeropuertos que sirven a Londres. Sin embargo, sólo podrá abastecer el 2% de los vuelos del aeropuerto de Heathrow, el más grande del Reino Unido y uno de los de mayor actividad en el mundo. BA sostiene que la planta permitirá reducir el volumen producido de metano, un gas de efecto invernadero más potente incluso que el dióxido de carbono. Gasificador: El periodista de la BBC Richard Scott explica que la materia prima ideal para la producción del biocombustible será la basura con alto contenido de carbono. La idea es colocar los residuos orgánicos en un gasificador de alta temperatura para producir un gas biológico que sirve de catalizador y, tras un proceso químico, generar biocombustible. El tipo de combustible que producirá la planta puede utilizarse en varios países, pero no tiene la certificación para ser usado en el Reino Unido. No obstante, BA confía en que obtendrá los permisos necesarios para el momento en el que empiece la producción. Se estima que la planta no alcanzará su plena capacidad hasta cuatro años después de que entre en funcionamiento. 48 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 Brasil: IPEA quer retomada de debate sobre uso do etanol 18 de Fevereiro de 2010, escrito por: Stênio Ribeiro (Agência Brasil), Fonte: Ambiente Energia. Os países produtores de etanol devem retomar a qualquer momento as discussões sobre a viabilidade da cultura de cana-de-açúcar para a produção de álcool hidratado – em especial nos países da África Subsaariana, América Latina e do Caribe – e sua comercialização internacional. Quem aposta nessa tese são os técnicos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Pedro Silva Barros e Giorgio Romano Schutte, que realizaram recente pesquisa sobre A Geopolítica doEtanol. Para eles, a crise financeira mundial, deflagrada em setembro de 2008, foi a principal responsável por ter tirado a discussão energética do foco das atenções. Esse fato foi agravado no Brasil, onde as atenções no debate sobre energia, em 2009, estiveram voltadas para o petróleo da camada de pré-sal. Com isso, os biocombustíveis perderam espaço na discussão. A pesquisa de Barros e Schutte ressalta que não se deve deixar em segundo plano a discussão sobre o “igualmente promissor futuro do etanol”. Para eles, em um cenário onde a preocupação com o meio ambiente é irreversível, torna-se obrigatório que o Brasil consiga articular de forma harmônica as várias fontes de energia. O estudo mostra que o Brasil tem muito a ganhar com o desenvolvimento do mercado de etanol, uma vez que a produtividade obtida com a cana-de-açúcar é bem mais alta que as extrações derivadas de milho, nos Estados Unidos, e de beterraba, nos países europeus. Além disso, há o fato de o Brasil dominar todas as fases da cadeia produtiva, do plantio à comercialização e ao uso das melhores tecnologias de produção. A única coisa que pesa contra o Brasil é o receio dos países consumidores em relação à dependência de poucos exportadores de etanol, como ocorre hoje. Mercado no qual o Brasil tem domínio quase absoluto, seguido de longe por: Estados Unidos, Índia, China e África do Sul. Os pesquisadores do Ipea afirmam que a efetivação de um mercado mundial de etanol passa pela transformação do produto em commodity (com preço internacional, definido pela Bolsa de Chicago). Para os pesquisadores, é necessária uma ação articulada de incentivo à produção de cana de açúcar em terceiros países, pelo setor privado, e de cooperação técnica, do setor público, para melhorar a produção agrícola – em especial da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) que já realiza algumas ações nesse sentido, em países da África. Brasil: Cana-de-açúcar tem agência de informação 10 de Fevereiro de 2010, escrito por: Sophia Gebrim (Assessoria de Comunicação Social), Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Para difundir conhecimento em cana-de-açúcar, a unidade de Informática Agropecuária da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) criou a Agência de Informação Embrapa Cana-de-Açúcar, com documentos eletrônicos de várias instituições de pesquisa. As informações podem ser acessadas no site www.agencia.cnptia.embrapa.br. A agência oferece informações como aspectos socioeconômicos e ambientais, planejamento, manejo, colheita, processamento e gestão industrial sobre a cadeia produtiva da cana. Os dados estão atualizados e em linguagem simples. O conteúdo da agência busca atender, especialmente, aos produtores rurais, profissionais de assistência técnica e extensionistas. Uma planilha de produção permite calcular os custos individuais, a 49 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 partir da realidade do empreendimento. Estão disponíveis também artigos, tabelas, gráficos, fotografias e vídeos sobre a cultura, cedidos por pesquisadores de institutos nacionais. Destaque: O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, com 612 milhões de toneladas plantadas em 7.531 mil hectares, na safra 2009/2010, destinada ao setor sucroalcooleiro . Essa produção coloca o País na liderança mundial em tecnologia de etanol e açúcar. Brasil: Colheita mecanizada de cana cobrirá 60% do total em São Paulo 01 de Fevereiro de 2010, escrito por: Fabiana Batista, Fonte: Valor Econômico (para assinantes). De forma mais intensa, o processo começou na safra 2006/07. Até aquele momento, 34% dos 3,2 milhões de hectares de cana-de-açúcar no Estado de São Paulo já eram colhidos por máquinas. A preocupação era com a eficiência, que se expressava nos ganhos de escala e na redução de custos. Mas quando o componente ambiental entrou em cena, a dimensão mudou. O movimento, que corria silencioso e era visível apenas em terras paulistas, ganhou proporção nacional e passou a envolver toda a cadeia sucroalcooleira. De fato, o apelo ambiental criou a necessidade do segmento sucroalcooleiro nacional de fazer mais e em um tempo menor do que dita a lei. Desde então, as usinas investiram R$ 1,2 bilhão somente em São Paulo para ampliar a mecanização em mais de 20 pontos percentuais e atingir 53,4% na temporada que chega ao fim (2009/10). Outros R$ 300 milhões estão sendo aplicados para cumprir a meta de encerrar 2010/11 com 60% dos 4,3 milhões de hectares colhidos com máquinas. Ao longo do processo, houve uma antecipação às exigências legais. Assim, enquanto a lei determina o fim da queima em áreas mecanizáveis (declive de até 12%) até 2021, as usinas encurtaram essa meta para 2014. Da mesma forma, a exigência legal de pôr fim à queima até 2031 em 100% das áreas foi antecipada para até 2017. Ambas as antecipações foram oficializadas por meio do Protocolo Agroambiental, um compromisso firmado entre usinas e governo paulista em 2007. Apesar da pressão internacional por uma produção sustentável, esse empenho tem muitos motivadores econômicos. O segmento sucroalcooleiro tem dois terços de sua produção de açúcar comercializada no mercado internacional, cada vez mais atento à sustentabilidade da atividade. Além disso, apesar de os volumes embarcados ao exterior de etanol ainda não terem essa proporção, é no mercado externo que se baseia grande parte do que se projeta de expansão futura para o biocombustível. Ainda no viés econômico, pesam outros fatores. O custo de produção de uma usina que colhe manualmente a cana é 20% a 25% maior. Uma máquina colheitadeira substitui os braços de 80 a 100 trabalhadores. O diretorexecutivo da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Eduardo Leão de Sousa, lembra da pegada de carbono da iniciativa. "Ao deixar de queimar a palha da cana e utilizando-a para cogeração de energia juntamente com o bagaço, o setor evitará a emissão de 60 milhões de toneladas de CO2 equivalente entre 2007 e o fim da queima em 2017", diz Leão. Até aqui há ganhos econômicos, na medida em que mais energia será produzida pelas usinas para ser comercializada no mercado, usando matéria-prima antes descartada, a palha. Apesar de todos esses números refletirem o que acontece em São Paulo, a mecanização da colheita está avançando em todos os Estados produtores de cana, inclusive no Nordeste e em suas terras íngremes. Mas, obviamente, o território plano do cerrado, onde está grande parte das áreas novas de expansão, a tecnificação cresce em velocidade maior do que a nordestina. Em Mato Grosso do Sul, onde a maior parte dos projetos novos já nasce com colheita mecanizada, o nível de tecnificação já atingiu 40% (de 400 mil hectares) em 2009/10. Para o próximo ciclo, o percentual deve avançar 50 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 para 50% em uma área 200 mil hectares maior. Em 2010/11, a área deve ser ampliada para 600 mil hectares, e a parte mecanizada deverá representar 50%. "Esse avanço veio das unidades novas, que foram construídas nos últimos dois anos", diz Roberto de Hollanda Filho, presidente da Associação dos produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul (Biosul). No Estado, a lei prevê a extinção da queima em áreas mecanizáveis até 2016. Em Minas Gerais, outro importante Estado produtor, a colheita com máquinas saiu de 32%, em 2008/09, avançou para 43% no ciclo seguinte e, na próxima safra deve atingir 50%, conforme a Associação das Indústrias de Açúcar e Álcool do Estado (AIAA-MG). Apesar de todo o avanço, a colheita manual não deve ser 100% eliminada, ainda que a queima, sim, explica o diretor da Unica. Isso porque sempre haverá áreas não mecanizáveis que, em São Paulo, atingem 5% do plantio de cana. Além disso, os investimentos para adotar a tecnologia são um entrave às usinas e fornecedores de cana de menor porte, que representam cerca de 15% da área cultivada com o produto no Estado de São Paulo. Uma colheitadeira custa pelo menos R$ 500 mil, mas o problema é que ela sozinha não basta. Secretário da Agricultura de São Paulo e fornecedor de cana, João Sampaio explica que o negócio é mais complexo. "É preciso agregar mais caminhões para transportar a cana, que passa a ser colhida em um tempo menor. Também é preciso um caminhão pipa para prevenir percalços de um excesso de aquecimento da colheitadeira, além de um aparato móvel de manutenção e lubrificação da máquina", diz. Com a crise financeira e os baixos preços do etanol no ano passado, mesmo médios e grandes pisaram no freio nessa frente. Tanto que houve pouca conversão do corte manual já existente. "Poderia ter sido maior, mas, apesar da crise, a mecanização avançou de forma satisfatória, em cerca de 400 mil hectares de área nova", afirma Leão. Honduras: Invierten US$ 120 millones en la producción de biodiesel 04 de Fevereiro de 2010, escrito pela: Redação do Jornal, Fonte: La Tribuna (Honduras). El congresista republicano, Dana Rohrabacher por el estado de California, anunció en Honduras la inversión de 120 millones de dólares -que realizarán tres inversionistaspara cultivar piñón para producir biodiesel. El canciller Mario Canahuati explicó que el proyecto se podría instalar en los departamentos de El Paraíso, Choluteca y Valle, entre otros, con los pequeños productores, cuyas parcelas anden en un promedio mínimo de diez hectáreas. Señaló que la idea es que el proyecto se desarrolle a través de cooperativas por medio de las cuales se dará el financiamiento y el apoyo técnico y logístico para que los productores obtengan el producto y a la vez tengan el mercado seguro, porque los mismos inversionistas estadounidenses estarían importando el combustible alternativo. Canahuati explicó que debido a que el biodiésel obtenido del piñón es de alta viscosidad y resistente a las altas temperaturas, puede servir como combustible para los aviones. Con la iniciativa Honduras se ahorrará parte de la factura petrolera, que actualmente es de alrededor de 2,000 millones de dólares. En la actualidad el barril de biodiésel se cotiza en 42 dólares, mientras que el del petróleo supera los 70 dólares, por lo que "esto nos permitiría, eventualmente, reducir esa dependencia del combustible," dijo Canahuati. La planta de piñón comienza a producir aceite a partir del primer año de su siembra, extendiéndose a lo largo de 30 años. 51 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 México: Prueban biocombustible con piñón y sorgo 27 de Janeiro de 2010, escrito por: Juan Manuel Barrera Aguirre, Fonte: El Universal (México). Investigadores de la Universidad Autónoma de Chapingo (UACh) desarrollan un proyecto para producir biocombustibles a partir de cultivos del piñón mexicano, higuerilla, sorgo dulce y remolacha azucarera, que se producen en 18 estados del país. Krishnamurthy Larsmi Reddiar, investigador de la UACh, informó en un comunicado que México ocupa el noveno lugar a nivel mundial en producción de gases efecto invernadero, con 2% del total de emisiones. Agregó que el objetivo es disminuir tal emisión de gases, por lo que el megaproyecto bioenergético es desarrollado en coordinación con el Instituto Nacional de Investigaciones Forestales, Agrícolas y Pecuarias, Colegio de Posgraduados (campus Tabasco, Veracruz y San Luis Potosí), Colegio Superior Agropecuario de Guerrero, el gobierno de Michoacán y el Instituto de Bionergéticos y Energías Alternas de Chiapas. El investigador aseveró que el proyecto implica producir biodiesel a partir del cultivo de la Jatropha Curcas (piñón mexicano) e higuerilla, así como bioetanol, que se obtiene del sorgo dulce y la remolacha azucarera (bagazo de la caña). Mencionó que entre las ventajas del proyecto están lograr seguridad alimentaria, desarrollo rural integral, creación de empleos directos para campesinos y contribuir a la seguridad energética del país. Añadió que el proyecto es subsidiado por la Secretaría de Agricultura, Ganadería, Desarrollo Rural, Pesca y Alimentación (Sagarpa) y las especies que se aprovecharán se cultivan en Chiapas, Guerrero, Oaxaca, Guanajuato, Jalisco, Michoacán, Morelos, Puebla, Sinaloa, Tamaulipas, Tabasco, Veracruz, Yucatán, Baja California, Coahuila, Nuevo León, San Luis Potosí y Sonora. Larsmi Reddiar aseguró que el megaproyecto bionergético impulsará el desarrollo sustentable del campo sin dañar el entorno ambiental y al mismo tiempo ayudará a contrarrestar el cambio climático. Dijo que del 35% al 50% del piñón mexicano es aceite del que se puede obtener biodiesel, además de que también puede emplearse como abono orgánico, aunque su cultivo masivo puede generar pérdida de la biodiversidad. Mencionó que el uso de biodiesel reduce en 78.5% la emisión de carbono en la atmósfera, con comparación con los energéticos tradicionales. Brasil: PTI terá primeiro laboratório de biogás do Brasil 18 de Janeiro de 2010, escrito pela: Assessoria de Imprensa do PTI, Fonte: Parque Tecnológico Itaipu. O Parque Tecnológico Itaipu vai implantar, no mês de março, o primeiro laboratório para pesquisas com biogás do Brasil. Com o laboratório, será possível estudar a potencialidade das diferentes matérias orgânicas (como plantas ou dejetos de animais) usadas na fabricação do gás metano, mais conhecido como biogás. As pesquisas serão importantes, principalmente, para orientar os produtores rurais da região interessados em instalar biodigestores em suas propriedades. O laboratório faz parte de um termo de cooperação firmado entre o PTI, o Observatório Brasil de Energias Renováveis, a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Onudi) e a Universidade de Recursos Naturais e Ciências Aplicada à Vida, a Universidade de Boku, de Viena (Áustria). Pelo acordo, os 52 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 austríacos vão orientar sobre os equipamentos necessários para montar o laboratório e fornecer capacitação sobre como fazer as pesquisas. O laboratório terá um contato próximo com o Programa Europeu de Biogás. “Nosso objetivo não é construir um megalaboratório aqui no PTI”, explicou o coordenador de Energias Renováveis de Itaipu, Cícero Bley Jr. “Queremos implantar uma rede de laboratórios, com ramificações em vários estados onde há demanda para estas pesquisas”. Segundo Cícero, na Áustria justifica-se ter um único laboratório, dado o tamanho do país. No Brasil, não. Ele informou que já há contatos com empresas como Embrapa, de Concórdia (SC), além de universidades como USP, UFRG, entre outras, que podem integrar a rede de pesquisa na área. O primeiro laboratório de biogás do Brasil terá o modelo totalmente importado da Áustria. Cerca de 30 mil euros da Onudi foram destinados para compra dos equipamentos. Os outros laboratórios usarão tecnologia brasileira para fabricar os equipamentos. “Vamos usar a indústria nossa para mobilizar a riqueza”, afirmou Cícero Bley. E concluiu: “É a criação de uma nova economia rural, em que os produtores vão gerar alimento e energia”. O biogás: O gás metano (CH4) é gerado, entre outras fontes, da decomposição da matéria orgânica. Na natureza ele é emanado de vulcões, pântanos, no fundo dos rios, na digestão de animais herbívoros. Mas a sua criação pode ser feita em um biodigestor que força a decomposição da matéria orgânica. Buscar a melhor maneira de se fazer isso, e qual matéria-prima usar, é o objetivo do laboratório de biogás. Para fazer estes estudos, é usado um microbiodigestor do tamanho de um copo, aproximadamente, que reproduz as condições do biodigestor. O laboratório do PTI começará com cinco microbiodigestores. A universidade de Boku tem 50. Nele são colocadas as matérias-primas – como dejetos de suínos, de aves, ou ainda, bagaço de cana, que são decompostas pela ação de microorganismos. Bactérias e fungos se alimentam desta matéria-prima e geram o gás. No biodigestor, o gás é canalizado e levado a um gerador onde, por explosão, faz girar a turbina e gerar energia elétrica. O biogás também pode ser usado como combustível de tratores e outros veículos da propriedade rural. Outro subproduto da decomposição da matéria-orgânica é um composto muito fértil que pode ser usado como adubo orgânico. Finalmente, como o metano não chega à atmosfera, pode gerar créditos de carbono (certificados emitidos para quem evita a emissão de gases estufa. Estes certificados podem ser vendidos no mercado de crédito de carbono). Evento: 33ª IAEE Rio 2010 International Conference Anuncio de Fevereiro de 2010, Fonte: AB3E. A Associação Brasileira de Estudos de Energia (AB3E) promove em parceria com o Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP) a 33ª edição da International Association for Energy Economics (IAEE). O evento será realizado, de 6 a 9 de junho deste ano, no Rio de Janeiro. O evento tem como título “The Future of Energy: Global Challenges, Diverse Solutions”. Local: InterContinental Rio Hotel - Rio de Janeiro Data: 06 - 09 de Junho 2010 53 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 Informações adicionais podem program/conference-program/ ser obtidas no site: http://ab3e.org.br/rio2010/conference- Evento: Solutec 2010 Anuncio de Fevereiro de 2010, Fonte: Feira Solutec. A SOLUTEC – Feira Nacional de Soluções Tecnológicas reunirá com objetivo de promover a interação, a troca de experiência e a transferência de tecnologia entre profissionais de tecnologia, pesquisadores, empresas, governos, entidades, instituições e setores produtivo do país que estarão apresentando soluções tecnológicas garantindo assim o avanço tecnológico e produtivo nos vários segmentos da economia brasileira. Local: Riocentro – Rio de Janeiro Data: 04 - 07 de Agosto 2010 Informações adicionais podem ser obtidas no site: http://www.feirasolutec.com.br/ Evento: World Bioenergy 2010 Anuncio de Fevereiro de 2010, Fonte: Federación Nacional de Biocombustibles. El interés en la bioenergía y el desarrollo de soluciones comercialmente viables y ambientalmente sostenibles está creciendo rápidamente en todo el mundo. World Bioenergy es el foro internacional más sustancial que facilita la transferencia de la tecnología bioenergética, los conocimientos y experiencia. Una vez más, Suecia y la ciudad de Jönköping se enorgullecen de ser el centro de coordinación internacional de la bioenergía como anfitrión de la 4 ª edición del World Bioenergy, 25-27 de mayo de 2010. World Bioenergy 2008 contó con 4.400 visitantes de 60 países, 200 empresas expositoras estuvieron presentes en 170 stands y 1.180 personas participaron en la conferencia y excursiones de campo donde 100 visitas de estudio se llevaron a cabo en una serie de diferentes lugares de la bioenergía – de las operaciones de aprovechamiento de la biomasa para plantas de producción para la Salud, alimentación y los biocombustibles. 104 empresas participaron en la toma de partido en 660 diferentes reuniones. Llevándolo desde saber cómo a mostrar cómo: Organizado cada dos años este importante encuentro Mundial de la Bioenergía se basa en el único "Taking you de Know-How a Show-How" (Qué le lleva de Saber cómo a Mostrar cómo), concepto que combina las sesiones de conferencias, excursiones de campo y la feria en un evento global. De esta manera la investigación académica y el desarrollo combina a la perfección con la experiencia comercial que proporciona un contexto mejor negocio. El objetivo general del Mundial de la Bioenergía es el de promover la aplicación de las tecnologías de la bioenergía. En comparación con las conferencias de bioenergía convencionales, el encuentro Mundial de la Bioenergía impone una mayor importancia las visitas de campo integrándolas plenamente en el programa principal. ¿Por qué? Simplemente porque cuando se trata de poner la bioenergía y su potencial en su contexto concreto, las acciones hablan mucho más fuerte que las palabras. Local: Cidade de Jönköping – Suécia 54 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 Data: 25 até 27 de Maio de 2010 Informações adicionais podem ser obtidas através da página web: http://www.worldbioenergy.com 55 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 56 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 Novas publicações O IICA, como uma organização articuladora do conhecimento agrícola nas Américas, produz em media 200 publicações ao ano. A maioria encontra-se disponível, o texto completo, em nossa página web. As publicações institucionais apresentam temas especializados sobre sanidade agropecuária, agronegócios, comércio, tecnologia, ambiente, desenvolvimento rural, entre outros. No presente Boletim, focalizamos as publicações que tratam do tema agroenergia e biocombustíveis buscando difundir documentos elaborados por diferentes instituições das Américas e direcioná-los a nosso publico alvo e interessados. Germany´s biodiesel sector hás now to document its sustainability Resumo: The German sustainability decree does not only increase administrative costs for the biofuels sector nor is it a simple amendment to the sustainability decree on electricity generation from biomass (BiomassestromNachhaltigkeitsverordnung - BioSt-NachV)). First, it re-defines market access to one of the top EU biofuel markets, also for non-EU market participants, from mid-2010. Second, the decree determines feedstock sourcing for biofuels producers. Finally, it may act as an example for the yet to be issued EU guidelines. Besides the new requirements from the government's decree, the biofuels consumption pattern is to change in the years to 2015, while discussions on the implementation of a greenhouse gas (GHG)-based biofuels legislation have already started. Para baixar o documento completo clique no link: http://www.ufop.de/downloads/RZ_UFOP_BiofuelQuota_190210.pdf Publicado por: União para a promoção de cultivo de oleaginosas (UFOP) 13 páginas, Berlim 2010 Autores: Dieter Bockey Biocombustibles: Una mirada al mundo y en especial a la Argentina Resumo: Tenemos otras notas destacadas que merecen especial atención. El IAPG a principios de este año editó un interesante libro, de autoría del Dr. Roberto Cunningham, sobre el tema de los biocombustibles. “Biocombustibles. Una mirada al mundo y en especial a la Argentina” presenta un estudio serio y reflexivo acerca de cuáles son las verdaderas posibilidades de desarrollo de estos combustibles y seguramente se convertirá en material de consulta de los especialistas. Los biocombustibles constituyen un eje de discusión en los medios y en las investigaciones tecnológicas. La plataforma de los debates acerca de su producción y utilización está constituida por las características de la infraestructura existente en torno a la energía para el transporte, la dependencia de la producción agrícola y las falacias que involucran a los combustibles fósiles. Estas características, junto a un análisis de las fuentes de energía utilizadas por el hombre a lo largo de la historia y el caso argentino, son temas analizados en el reciente libro de Roberto E. Cunningham, presentado en esta nota. Publicado por: Instituto Argentino del Petróleo y del Gás (IAPG) 108 páginas, publicado en 2008, ISBN: 9789879139479 57 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 Autores: Roberto E. Cunningham Biodiesel Power: The Passion, the People, and the Politics of the Next Renewable Fuel Resumo: Whether we are nearing the end of oil or merely nearing the end of inexpensive oil, it is becoming increasingly clear that we need to find alternative ways to meet our energy needs. Biodiesel is one such alternative—and is one of the fastest-growing sectors of the US economy. Biodiesel in North America is in its infancy. As air quality deteriorates in major centers, governments are scrambling for ways to reduce emissions and are embracing biodiesel in their fleets. Conferences on biodiesel are often “inaugural” as society begins discussing this fuel in earnest. Biodiesel Power is a chronicle of this emerging industry. Lightly touching on the technical aspects of the fuel, its qualities, and specifications, the book is largely about the people and stories of the biodiesel movement. It explores the tensions between Grass-roots activists and their altruistic co-ops: The profit-minded commercial producers and the voices of agribusiness The current administration—or “the coalition of the drilling”. Far from a third-party account, Biodiesel Power comes from one who has experienced it from the grease dumpster to the boardroom. Lyle Estill has made the journey from backyard brewing, to being part of a producer and distributor cooperative, to commercial production. Compelling and timely, Biodiesel Power is the history of biodiesel in the making. It will appeal to a wide audience, including farmers, truckers, backyarders, and commercial producers, investors, politicians, and all those concerned about the end of oil. Lyle Estill is vice president of Piedmont Biofuels Industrial in Chatham County, North Carolina. He has published an important Weblog—Energy Blog—about the biodiesel movement for several years and has received numerous awards for his environmentalism and outreach on biodiesel, including Educator of the Year for 2004 from Environmental Educators of North Carolina. Publicado por: New Society Publishers 288 páginas, ano 2005, ISBN-13: 978-0865715417 Autores: Lyle Estill 58 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 COORDENAÇÃO COMITÊ EDITORIAL - Carlos Américo Basco - Sebastian Schlossarek - Sebastian Schlossarek - Marco Antonio Ortega Berenguer AGRADECIMENTOS - Ministérios: MAPA, MCT, MDA e MME - BiodieselBR - Brasil@gro - Brasil Green Energy - Embrapa - Ecoflex - Ethanol Brasil Blog - Revista Canavieiros - Agência Estado - Agência Brasil - La Nación (Argentina) - CDN Comunicação Corporativa - Energía Alimarket - Hoy Corrientes (Argentina) - Revista Globo Rural - Valor Econômico - FARS News Agency - Energías Renovables - International Union for Conservation of Nature - Estadão - AgroLink - Ambiente Energia - BBC Brasil - Revista Carta Captial - Biodiesel Magazine - Oxford Journals - Proceedings of the National Academy of Sciences - UFOP - ABC Digital (Paraguai) - El País (Colômbia) - Renewable Energy World - BBC Mundo Autores: - M. R. Schmer - K. P. Vogel - R. B. Mitchell - R. K. Perrin - Thomas R. Blakelee - Stênio Ribeiro - Sophia Gebrim - Fabiana Batista - Juan Manuel Barrera Aguirre - David R. Just - Harry de Gorter - Nathan Shenk-Boright - Matthew Cassap - Antonio Delfim Netto - Eric Brücher Camara - Karina Ferreira Duarte - Luiz Vincente Gentil - Júlio Santos - Xico Graziano - Jorge Oviedo - Deva Rodrigues - Gabriela Mello - Eduardo Magossi 59 Biocombustíveis em FOCO Fevereiro de 2010 – Ano II / Nº 14 Biocombustíveis em FOCO é um produto do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura, um boletim informativo mensal de distribuição virtual gratuita que visa transmitir importantes notícias, artigos, oportunidades e eventos acerca dos temas: Agroenergia e Biocombustíveis. Os materiais publicados são recopilados de fontes diversas, com autorização prévia e citação apropriada em cada artigo ou notícia, respeitando os direitos autorais. O IICA esclarece que as idéias expressadas no boletim são de opinião de seus respectivos autores, não necessariamente representando as opiniões do instituto, de outros autores ou organizações. É permitida a reprodução parcial ou total desse produto, desde que mantido os créditos aos autores de cada artigo. As edições anteriores do boletim podem ser obtidas no endereço (http://www.iica.org.br/Agronegocio). Para cadastrar emails de interessados em receber mensalmente o boletim ou enviar artigos, notícias, iniciativas e eventos para publicação entrem em contato pelo email: [email protected] Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura – IICA Representação no Brasil Promoção do Comércio e da Competitividade do Agronegócio Telefone: 55 (61) 2106-5477, Fax: 55 (61) 2106-5459 SHIS QI 03, Lote A, Bloco F, Centro Empresarial Terracotta CEP: 71605–450, Brasília/DF, Brasil Caixa Postal: 02995, CEP: 71608-972 E-MAIL: [email protected] Home Page: http://www.iica.org.br 60
Documentos relacionados
Biocombustíveis em FOCO
Centro de Referência do Agronegócio da Região Sul http://ceragro.iica.int/
Leia mais