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Congresso Nacional ‘marca’
Feira do Mirtilo em Sever do Vouga
Vismando
Comércio de Máquinas e Reparação, Unipessoal, Lda
Conc. para o Distrito de Viseu
Máquinas de Cortar Relva
Corta Sebes Moto-Roçadoras
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Estrada de Nelas - Cabanões - 3500-322 VISEU
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Director: José Luís Araújo | N.º 203 | 15 de Junho de 2013 | Preço 2,00 Euros
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Terra de vinhos… distintos
Manchete
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O utros destaques
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Especial Vinhos da Bairrada
Feira da Vinha e do Vinho de Anadia quer bater o recorde mundial do maior brinde de espumante em cadeia
do mundo e mostrar o carácter dos vinhos da Bairrada,
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Sever do Vouga
VI Feira do Mirtilo
Sever do Vouga recebe de 27 a 30 de Junho a VI Feira do Mirtilo, que este ano tem no I
Congresso Nacional do Mirtilo o grande destaque. O evento pretende ser uma referência
no debate e partilha de conhecimentos relativos à produção e comercialização deste
pequeno fruto em Portugal.
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Penedono
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Mealhada
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Águeda
Feira Medieval de 5 a 7 de Julho
A vila de Penedono vai viver, uma vez mais, de 5 a 7 de Julho, a história de Portugal, tendo como pano de fundo o castelo. A Feira Medieval já marca o calendário de
eventos deste concelho do norte da Beira.
Semana do Leitão
Promover o principal prato gastronómico do concelho e impulsionar a economia local, são os objectivos da Câmara da Mealhada ao promover a Semana do Leitão que
decorre de 16 a 23 de Junho nos restaurantes aderentes.
Feira do Mundo Rural
O Parque dos Abadinhos, em Águeda, é o palco da quinta edição da Feira do Mundo
Rural, evento que ali vai decorrer de 22 a 30 de Junho. O certame é organizado pela
Associação dos Criadores da Raça Holstein da Região Centro, em parceria com a
Câmara Municipal de Águeda.
AF_anuncio_20x14.pdf
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São João da Pesqueira
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Lisboa
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Festas de S. João
A vila de S. João da Pesqueira recebe de 22 a 24 de Junho as tradicionais Festas
de S. João, evento que habitualmente atrai muitos visitantes à região do Douro,
mas também mostrar a cultura do concelho. A autarquia prepara já a edição da
Vindouro 2013.
Concurso Vinhos de Portugal
As regiões de Alentejo, Douro, Lisboa e Dão dominaram o Concurso
Vinhos de Portugal, que este ano premiou 258 dos 1007 vinhos apresentados. Os 258 vinhos medalhados foram anunciados no Pátio da
Galé, em Lisboa.
Mêda
Adega integra projecto Super Douro
Encerrada durante dois anos, a Adega Cooperativa da Meda reabriu
em 2011 apostada em aproveitar o património vitivinícola do concelho. Num concelho dividido entre o Douro e a Beira Interior, a Adega
apresenta ao mercado vinhos das duas regiões, desde vinhos de
mesa, regionais e DOC, a vinho do Porto.
Decorrem de 21 a 24 de Junho
Festas do Município
mostram vitalidade do concelho de Nelas
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Nos dias 28 e 29 de Junho
em Sever do Vouga
I Congresso Nacional do
mirtilo debate produção
e comercialização
Cristina Ardisson
Vão decorrer de 21 a 24 de Junho as Festas do Município de
Nelas, promovidas pela Câmara Municipal, que este ano contam
com a colaboração do Intermarché de Nelas, OMB – Grupo Óptico,
JC&Coimbra Automóveis, Beira Antiga de Nelas (mobiliário usado e
novo) e Caminhos Cruzados.
A presidente da Câmara de Nelas destacou o facto das Festas do Município “envolverem as associações e as forças vivas do
concelho, com espectáculos para todos os públicos”, destacando
a aposta na prata da casa como exemplo de poupança num momento de crise, o que não impede que “tenhamos umas festas em
grande e que vão ser, sobretudo, uma mostra do que de melhor tem
o concelho”, frisou Isaura Pedro.
A autarca lembrou o envolvimento do comércio local nos desfiles de moda, mas também uma mostra do artesanato local, com
trabalhos ao vivo, assim como as tasquinhas gastronómicas, da
responsabilidade das associações Cimo do Povo e Bairro da Igreja. Isaura Pedro apontou o desfile das marchas populares, no dia
23, como “o ponto alto” das festas, que terminará com um arraial
popular “como manda o figurino nesta época”. A edil destacou o
Mercadinho Biológico como a novidade desta edição, que decorrerá no sábado e domingo de manhã, aberto aos agricultores do
concelho para exporem e venderem os seus produtos, acreditando
que a iniciativa “vai ser um êxito”.
Durante quatro dias, na Praça do Município, estão patentes ao
público mostra de artesanato pelos artesãos do concelho, a Feira do Livro e rastreios visuais, além de uma zona bares, que reúne
sete estabelecimentos sedeados no concelho. A noite de moda, que
reúne seis lojas do Concelho, com demonstração ao vivo de penteados e maquilhagem (sexta, dia 21), o percurso pedestre a locais
turísticos de Nelas (sábado, dia 22), os passeios de charrete e pónei
para crianças (domingo, durante o dia), os workshops de artesanato
durante os três dias e a aula aberta de ZUMBA pela instrutora de
fitness Verónica Borges (segunda, dia 24). O aniversário do Espaço
Internet é também assinalado com diversas actividades, de 21 a 23,
e na galeria de exposições do edifício multiusos está patente, nos
dias 21 e 22, a exposição “Projecto Investir na Capacidade”, desenvolvida pelos alunos do Agrupamento de Escolas de Nelas.
Os grupos musicais do concelho fazem a animação deste evento,
sendo de destacar a presença da jovem artista Cristina Ardisson, natural de Nelas, que abrilhantará a noite de sábado, dia 22. Sexta atuam
os grupos Paracetamole Band (Canas de Senhorim) e Alma do Luso
(Nelas), sábado, os Die Kubel (Nelas) e a Banda Rock For you (Nelas),
domingo sobem ao palco os In The Cisus Band (Canas de Senhorim).
Do programa fazem parte, também, o concerto de musica de Câmara
e Orquestra pelos alunos do ensino articulado da E.B. 2,3 de Nelas e do
Conservatório de Seia, a apresentação musical da escola municipal de
música, conferências, folclore, bombos, animação infantil, uma sessão
de autógrafos com o escritor Nuno Camarneiro (vencedor do prémio
LEYA 2012), insufláveis e desporto.
As comemorações do 93º Aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Nelas, com programa próprio,
ocorrem no dia 24 de Junho, feriado Municipal, dia em que a autarquia presta homenagem póstuma a Luís Almeida, que foi Chefe de
Divisão de Projectos e Planeamento Municipal, com a atribuição do
seu nome à segunda fase da Variante de Nelas.
As Marchas Populares do Bairro da Igreja e do Cimo do Povo
saem à rua, na noite de 23 de Junho, cheias de brilho e cor, culminando num arraial popular, sardinhada e muita animação.
Há ainda a vertente desportiva, preenchida com a abertura da
época balnear/2013 das Piscinas Municipais descobertas, assim
como muitas outras actividades.
O I Congresso Nacional do Mirtilo vai decorrer em Sever do
Vouga nos dias 28 e 29 de Junho e realiza-se em simultâneo com
a VI edição da Feira do Mirtilo, que terá lugar de 27 a 30 de Junho.
O evento, que pretende ser uma referência no debate
e partilha de conhecimentos relativos à produção e
comercialização deste pequeno fruto em Portugal, irá levar a
Sever do Vouga especialistas nacionais e internacionais para
discutir um conjunto de aspectos técnicos relacionados com
esta cultura.
Entre os oradores já confirmados estão o norte-americano
David Bryla, investigador da Universidade de Oregon, Andrés
Armstrong, do Comité de Arándanos do Chile, o espanhol Juan
Carlos García Rubio e o holandês Piet Meerkerk. De Portugal,
estão confirmadas, entre outras, as presenças de Adelina Freitas,
da Fresh Factor, Arnoldo Heeren, da Driscoll’s, Bernardo Horgan,
da Beirabaga, Humberto Teixeira e Lídia Agrela, da Hubel, Nuno
Anjo, da Randstad, Pedro Brás de Oliveira, do INIAV, e Sofia
Rosendo, da Sudoberry.
Este congresso resulta de uma organização conjunta da
AGIM, Espaço Visual, Instituto Politécnico de Viseu, Direcções
Regionais de Agricultura e Pescas do Norte e Centr, INIAV,
Agrotec e Naturalfa.
No final deste ano, as plantações de mirtilos em Portugal irão
atingir os mil hectares. Segundo várias previsões, o crescente
aumento do número de plantações que actualmente se verifica
levará a que a produção deste pequeno fruto venha a atingir as
quatro mil toneladas anuais em 2018, a maioria destinadas à
exportação para países da União Europeia.
O mirtilo surgiu em Portugal há cerca de 20 anos, na
região de Sever do Vouga. Actualmente é neste concelho que
se registam as maiores áreas de cultivo de mirtilo. Contudo, a
produção deste fruto tem vindo a ganhar adeptos de norte a sul
do país devido à sua rentabilidade, a uma maior disponibilidade
de mão-de-obra e à entrada de jovens agricultores.
De facto, e segundo dados do Ministério da Agricultura, o
sector da produção e comercialização do mirtilo já é responsável
por mais de 36 milhões de euros de exportações e, segundo
algumas previsões, poderá ultrapassar a barreira dos 50 milhões
de euros dentro de cinco anos, podendo chegar aos 215 milhões
de euros em 2023.
O mirtilo é um fruto silvestre com um sabor distinto
e reconhecido pelas suas propriedades medicinais. É um
poderoso antioxidante e é conhecido por muitos como “o fruto
da juventude” habitualmente usado no tratamento de algumas
infecções. Além de várias vitaminas, o mirtilo é rico em sais
minerais, magnésio, potássio, cálcio, fósforo, ferro, entre outros
elementos. Também no mundo da culinária, assume-se como
um fruto extremamente versátil capaz de compor qualquer tipo
de prato.
Feira do Mirtilo aguarda cerca de 50 mil visitantes
A Feira do Mirtilo, que decorrerá no Parque Urbano Sever do
Vouga, espera acolher cerca de 50 mil visitantes ao longo dos
quatro dias do evento. Organizada em conjunto pela AGIM –
Associação para a Gestão, Inovação e Modernização do Centro
Urbano de Sever do Vouga e do Município de Sever do Vouga,
a iniciativa é, actualmente, a principal actividade de promoção
turística deste concelho. Com efeito, deslocam-se à Capital
do Mirtilo dezenas de milhares de visitantes, oriundos de todas
as regiões do país, para conhecer, apreciar e comprar o mirtilo
nas suas mais diversas formas, seja em fruto fresco, doces,
compotas, licores ou em planta, entre outros, num dos cerca de
100 stands presentes no certame.
A organização introduziu algumas novidades na edição
de 2013. Entre elas a possibilidade de ser o próprio visitante a
colher o mirtilo num pomar e posteriormente adquirir o fruto
que apanhou. A realização de um concurso do melhor pomar de
mirtilo e um concurso gastronómico destinado aos expositores
do certame são outras inovações deste ano.
A Capital do Mirtilo preparou, nesta edição, uma alargada
área técnica no recinto da Feira, onde estarão instalados vários
expositores. Trata-se de um espaço dedicado a todos quantos
estejam directamente ligados à produção e comercialização de
mirtilo onde poderão ficar a par das mais recentes novidades
acerca deste fruto. Esta novidade introduzida este ano traduz a
forte aposta da AGIM na inovação e no conhecimento da cultura
e comercialização do mirtilo.
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taurantes tem sido boa. Contamos com
praticamente todos os que fazem parte
do projecto 4 Maravilhas e que foram
distinguidos pelo produto leitão estão
envolvidos na iniciativa.
GR: O projecto 4 Maravilhas, associado à qualidade do leitão que os
restaurantes do concelho oferecem
tem sido elemento diferenciador, num
sector que vive dias de agonia?
MFP: Sem dúvida que sim. A verdade
é que ostentar os símbolos de uma marca
que significa autenticidade, qualidade e
mérito é uma indiscutível mais-valia para
os aderentes ao projecto.
Na Feira Medieval, de 5 a 7 de Julho
Penedono vai recriar a história de Portugal
A vila de Penedono vai viver, uma vez mais, de 5 a 7 de Julho,
a história de Portugal, tendo como pano de fundo o castelo. A
Feira Medieval já marca o calendário de eventos deste concelho
do norte da Beira.
O seu centro histórico, de características ímpares, irá ser
percorrido por nobres, monges, cavaleiros destemidos, guerreiros com valentia, mercadores, almocreves, jograis e tantos,
tantos outros intervenientes. As tabernas vão-se encher de visitantes, as ruas animar-se-ão com os pregões das vendedeiras,
o som das ferramentas de artesãos e os sonoros anúncios dos
arautos.
A Feira Medieval de Penedono acontece respeitando o rigor
histórico e fidelidade da época que exorta, leva todos aqueles
que nela participam a viver um ambiente puramente Medieval
e a regressarem ano após ano. O encantador cenário histórico
que a vila proporciona, a activa participação das gentes locais,
a animação sempre diversificada e constante são motivos que
vêm contribuindo para o sucesso alcançado.
Deste modo, o Município de Penedono convida os visitantes
a viajarem neste regresso ao passado e a redescobrir os traços,
os feitos e os encantos que forjaram e moldaram a identidade
das gentes desta região. Em Penedono também se vive e respira
a história de Portugal.
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Desfile Etnográfico de S. Pedro
O Município de Penedono vai levar a efeito a 29 de Junho,
Feriado Municipal, mais um Desfile Etnográfico de S. Pedro, uma
iniciativa que vai já na sua XVII edição e que celebra não só o
orago deste concelho mas, também, a cultura, o ser e a identidade de um povo.
Pelas ruas desta vila desfilarão carros etnográficos com motivos que representam cenas do quotidiano ou de um passado bem
recente, onde o apogeu tecnológico era apenas uma miragem. No
entanto, um pormenor parece inalterável com o passar dos tempos, que é a tenacidade e o orgulho destas gentes que se afirmam
filhos do Magriço, Beirões de alma, portugueses de coração.
O Desfile Etnográfico de S. Pedro é um evento que desperta
o interesse não só dos habitantes de Penedono mas também
de todos aqueles que, ao longo dos anos, se tornaram fiéis seguidores do mesmo, mergulhando num saudosismo saudável ou
tão-somente redescobrindo os encantos do “antigamente”.
São milhares, aqueles que visitam Penedono neste dia, que se deliciam com imagens e motivos que muitas vezes viram só expostos pelas vozes dos seus avós. Através desta iniciativa a organização pretende, igualmente, para além da preservação da sua identidade, fomentar
a proximidade e a confraternização entre todos os penedonenses.
Até 23 de Junho em dez restaurantes do concelho
Mealhada promove
Semana dedicada ao Leitão
Promover o principal prato gastronómico do concelho e impulsionar a economia local, são os objectivos da Câmara
da Mealhada ao promover a Semana do
Leitão que decorre de 16 a 23 de Junho
nos restaurantes aderentes. A iniciativa
serve ainda para reforçar a marca gastronómica municipal e os produtos que
a compõem, visando não só mostrar que
na Mealhada se come o melhor leitão, o
que cumpre a tradição e a qualidade exigida pela marca 4 Maravilhas, mas também valorizar os outros três produtos da
marca, que tão bem ligam com o leitão: a
água, o pão e o vinho.
A Semana do Leitão vai decorrer em
dez restaurantes do concelho aderentes
ao projeto 4 Maravilhas, que para além de
irem dar a conhecer aos seus clientes a
cabidela de leitão, vão oferecer também
outro tipo de entradas, como iscas, rissóis e bôla de leitão, para além de menus
especiais, descontos e o sorteio de uma
refeição para duas pessoas. A iniciativa
pretende promover a qualidade do produto leitão e reforçar a marca gastronómica municipal, dando um novo alento
à actividade económica concelhia. Uma
semana inteira dedicada ao prato rei do
concelho, porque afinal o leitão da Mealhada é uma Maravilha
À Gazeta Rural, Maria Filomena Pinheiro, vice-presidente da Câmara da
Mealhada, destacou a importância deste
evento para a afirmação do concelho enquanto destino turístico e gastronómico.
Gazeta Rural (GR): Sendo esta a
primeira edição deste evento, qual tem
sido a adesão dos restaurantes?
Maria Filomena Pinheiro (MFP):
Este é um evento já há muito solicitado
pelos restaurantes aderentes ao projecto 4 Maravilhas da Mesa da Mealhada. A
Semana do Leitão vai ter agora a sua estreia e, para começar, a adesão dos res-
GR: Para além do projecto 4 Maravilhas, o que está a fazer o município
para preservar os produtos tradicionais do concelho?
MFP: O Município da Mealhada está
prioritariamente a incentivar a valorização e produção desses produtos, a
dar-lhes visibilidade através de acções
de promoção e divulgação, a organizar
mostras de produtos tradicionais e artesanais e a disponibilizar espaços para os
jovens artesãos.
GR: As actividades gastronómicas e as belezas naturais continuam
a atrair gente. Sendo a Mealhada um
ponto de passagem, já logrou encontrar polos de interesse e desenvolver
actividades que fixem visitantes por
mais que um dia?
MFP: O concelho da Mealhada é
rico em produtos turísticos de excelente
qualidade. Para além de ser um destino
gastronómico, é também um destino de
natureza, saúde e bem-estar e, claro, que
esse é o caminho a seguir, conciliando
as ofertas que temos para os nossos visitantes. A excelência das águas termais
da vila do Luso, a luxuriante Mata Nacional do Buçaco e o histórico património aí
construído são, por si só, motivos para
nos visitarem, para virem e ficarem por
mais de um dia.
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De 21 a 30 de Junho
Em Águeda, de 22 a 30 de Junho
Feira mostra dinamismo
do Mundo Rural
na região
O Parque dos Abadinhos, em Águeda, volta ser o palco
da quinta edição da Feira do Mundo Rural, evento que ali vai
decorrer de 22 a 30 de Junho.
O certame é organizado pela
SEMANÁRIO DA
Associação dos Criadores da
Raça Holstein da Região Centro,
REGIÃO DE VISEU
em parceria com a Câmara Municipal de Águeda, que patrocina
o evento com 25 mil euros, cujo orçamento total ronda os
mil euros.
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rodapé
+ 1/8 Animação, exposições permanentes, animais e
artesanato, máquinas e equipamentos, stands comerciais, e
gastronomia regional são os ingredientes da feira.
A Feira do Mundo Rural tem entrada livre e conta no
programa com o VI Concurso da Raça Holstein Centro,
animação com artistas do concelho de Águeda, diversões, e
garraiada, para além de tasquinhas, produtos biológicos, com
destaque para as plantas aromáticas e medicinais, para além
de muitos expositores de maquinaria agrícola, entre os quais um
dos últimos construtores aguedenses de alfaias agrícolas. Esta
edição comporta o maior número de expositores das edições
realizadas até hoje.
Amadeu Morais, da organização do certame, apresentou
o programa e sublinhou que a “primeira vertente da feira está
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SUPLEMENTO
relacionada com as tradições agrícolas, a memória das artes de
amanho da terra, e o artesanato”. Destacou ainda a presença
de uma das últimas atafonas (engenho em madeira usado para
descascar e moer cereais) ainda
emTractopais
funcionamento.
Cliente:
Por sua vez o vereador da Câmara de Águeda, João
Clemente destacou “a importância social e económica da
agricultura no concelho, o que é reconhecido pela autarquia
através dos projectos que promove, como é o caso das Hortas
d’Águeda junto à Biblioteca Municipal Manuel Alegre e em Vale
Domingos”. O edil agradeceu ainda em nome da Câmara de
Águeda a Amadeu Morais, e aos elementos que o acompanham
na organização, pelo esforço colocado na realização desta Feira
do Mundo Rural.
Por seu turno, o presidente da Câmara de Águeda referiu
que a Feira do Mundo Rural “tem vindo a criar raízes e já é um
acontecimento com tradição em Águeda”, sendo “importante
pelas sinergias que é capaz de criar e pelo próprio impacto da
actividade agrícola na sustentabilidade económica, social e
ambiental do concelho de Águeda”, destacou Gil Nadais.
Seia recebe Festa da
Transumância e dos Pastores
Seia celebra, de 21 a 30 de Junho, a Festa da Transumância
e dos Pastores, um evento impulsionador da actividade pastorícia e da transumância, que ainda se realiza no território de Seia.
Depois de já ter passado pelo Fundão, Guarda, Idanha-a-Nova,
Castelo Branco, Covilhã e Manteigas, a Rota termina em Seia,
onde se mostrará, de forma natural e sem recriação, a subida
do rebanho à Serra, ainda comum no território deste município.
Promovido em articulação com os pastores, que ainda mantêm esta prática e integrado no evento regional a “Grande Rota
da Transumância”, este evento tem como objectivo preservar e
dignificar este ofício, ainda tão enraizado na comunidade pastoril do território. A iniciativa é uma estratégia intermunicipal
promovida pela Agência de Desenvolvimento Gardunha 21, pelo
Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), pela
Naturtejo e pelo Município da Guarda, que aqui envolve como
parceiros os municípios de Idanha-a-Nova, Castelo Branco,
Fundão, Covilhã, Manteigas e Seia.
Para o presidente da Câmara de Seia “a iniciativa tem condições para se assumir-se como um produto turístico de referência do Concelho e da região”, integrado na estratégia de
desenvolvimento do produto Turismo de Natureza. Para Carlos
Camelo, “estas tradições seculares constituem um ponto de
partida para a criação de vários produtos turísticos, passeios
pedestres, provas gastronómicas e outras experiências associadas à cultura destas regiões”, dinamizando a pequena economia
local, em especial os sectores da hotelaria e restauração.
Nesta edição, em Seia, a festa agrega três grandes momentos: a romaria das ovelhas à Festa de S. João, na Folgosa da Madalena, a 23 de Junho; a subida do gado à serra, que parte do
centro da cidade e que acompanha o percurso do rebanho, de
aproximadamente 1000 ovelhas, na subida para o Sabugueiro,
no dia 29 de Junho; e uma mostra que associa as tradições gastronómicas com a pastorícia e a transumância, que decorrerá de
21 a 30 de Junho.
As tradições gastronómicas associadas à transumância criam
um produto turístico integrado e agregador dos diversos agentes,
nomeadamente restauração e hotelaria, concretizado na mostra
de gastronomia “Aromas e Sabores da Transumância ”. Os visitantes podem aventurar-se numa experiência gastronómica pelos
restaurantes aderentes, vivência prolongada pela história da essência da transumância, do pastoreio e da montanha.
Romaria das ovelhas à Festa de São João Baptista
Todos os anos, por altura do São João da Folgosa da Madalena, os pastores acompanhados dos rebanhos, vindos das
várias aldeias, desfilam, à vez, em volta da capela de São João
Batista. Os pastores vão à romaria pedir ao padroeiro um bom
ano de pasto e protecção para o gado, para depois os rebanhos
subirem à serra. Os pastores trazem o gado com os maiores e
melhores chocalhos e alguns ainda enfeitam o gado com “peras
e cabeçadas”.
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Na Pesqueira, de 22 a 24 de Junho
Festas de S. João no Coração do Douro
A vila de S. João da Pesqueira recebe de 22 a 24 de Junho as tradicionais Festas de S. João, evento que habitualmente atrai muitos visitantes à região do Douro, mas também mostrar a cultura do concelho.
Do programa, a novidade é uma Noite de Estrelas, com Orquestra
ao vivo da Associação Cultural Pesqueirense, um festival da canção
com jovens do concelho, que animará a noite do primeiro dia das festas. No segundo dia, destaque para as tradicionais marchas populares, com um concurso, que irá promover o ‘despique’ entre as várias
associações e colectividades do concelho que participam na iniciativa, a que seguirá uma sessão de fogo de artificio, seguido de baile
popular.
Programa
Dia 22 de Junho | Sábado
21h30: Noite de Estrelas, com Orquestra ao vivo da Associação Cultural Pesqueirense
Dia 23 de Junho | Domingo
20h00: Desfile / Concurso de Marchas Populares
00h00: Fogo de Artifício
00h30: Baile Popular
Dia 24 de Junho | Segunda-feira
18h00: Missa e Procissão em honra de São João com a presença:
Associação Cultural Banda Filarmónica de Riodades
Associação Filarmónica, Cultural, R.H. Nagoselo do Douro
Fanfarra dos B. V. de S. João da Pesqueira
Escuteiros de S. João da Pesqueira
Vindouro 2013 já tem data marcada
O maior certame da região dedicado ao vinho já tem data marcada. A Vindouro 2013 vai decorrer nos dias 30 e 31 de Agosto e 1 de
Setembro, uma iniciativa da Câmara da Pesqueira, que visa divulgar e
promover os vinhos do concelho, o maior produtor da Região Demarcada do Douro.
XV Concurso e Festival Internacional decorre de 19 a 22 de Junho
Sernancelhe faz 15 anos ao som da Guitarra Clássica
Sernancelhe recebe, de 19 a 22 de Junho, a XV edição do
Concurso e Festival Internacional de Guitarra Clássica. Década
e meia em que o Município de Sernancelhe promove, no interior
do País, um evento que reúne os melhores intérpretes mundiais
da guitarra, servindo de rampa de lançamento para novos talentos, formação contínua dos músicos e espectáculo cultural
de grande qualidade.
Com a direcção artística de Paula Sobral e José Carlos Sousa, realiza-se ininterruptamente desde 1999. Procurando a promoção e a actividade musical, assegurando a descentralização
de concertos de guitarra dos grandes centros urbanos, incentivando o aparecimento de novos valores musicais e permitindo
ao público assistir a interpretações de nível superior em condições de gratuitidade, o XV Concurso e Festival Internacional
de Guitarra de Sernancelhe cotou-se naturalmente como uma
montra de Sernancelhe.
A notoriedade do evento, principalmente no campo musico-cultural nacional e internacional, explicado pelo cada vez maior
número de concorrentes de diferentes países, nomeadamente
Austrália, França, Rússia, Chile, Polónia, Japão, entre outros,
acontece, este ano, com a parceria da Associação Sementes da
Terra, uma colectividade concelhia que se tem evidenciado na
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promoção da cultura, na organização de iniciativas económicas,
culturais e populares de relevante interesse para o concelho,
capazes de projectar a imagem do Município além-fronteiras,
de que são exemplos o Festival da Amizade e Feira Sementes da
Terra, a ConstruçãoExpo, o Salão Automóveis Clássicos e o Fim
de Ano no Expo Salão.
O programa do concurso deste ano contempla também a
realização de master classes, orientados pelos professores de
guitarra mais conceituados no panorama musical internacional. É a componente mais prática e pedagógica deste evento e
que, em especial nas últimas edições, tem potenciado o aparecimento de jovens talentos que aqui iniciam carreiras musicais
de relevo.
Paralelamente ao concurso e às master classes, a qualidade dos concertos inseridos nos festivais continua a caracterizar este evento considerado uma manifestação cultural de
referência a nível nacional e internacional. Do programa deste
ano constam atuações de Júlio Guerreiro (Portugal) e Thomas
Viloteau (França), Thibault Cauvin (França), Carlos Bonell (Inglaterra), Artur Caldeira (Portugal) e a Orquestra de Guitarras de
Aveiro.
Com vista à exportação de produtos como azeite e vinhos
Empresas ribatejanas visitadas
por 17 importadores de todo o Mundo
Dezassete importadores de vários países visitarão o Ribatejo, nos meses de Junho, Julho, Setembro e Outubro, no
âmbito de uma estratégia de internacionalização das empresas associadas do Agrocluster, com vista à exportação
de produtos como azeite, vinhos, doces e transformados.
“Temos uma aposta muito grande na internacionalização das nossas empresas através da recepção de
importadores para lhes dar a conhecer as empresas que
produzem aquilo que as interessa”, disse o presidente do
Agrocluster do Ribatejo, Carlos Lopes de Sousa.
A aposta resultou o ano passado na concretização de
negócios com dois importadores alemães (SPEUSER KG e
BOM DIA – Agentur für Direkt-Importe), que em seis meses
“geraram um volume de exportações na ordem dos 700
mil euros” e que fazem “aumentar bastante as expectativas para esta segunda ronda de visitas”, acrescentou o
responsável.
As visitas dos dezassete importadores iniciaram-se
com a vinda de um empresário russo a que se seguirão,
ainda este mês, dois investidores dos Estados Unidos. Para
o mês de Julho estão agendadas visitas de dois importadores dos Estados Unidos, um dos Emirados Árabes Unidos/
Kuwait/Bahrein, dois da África do Sul, um da Bélgica e dos
Países Nórdicos (Dinamarca/Suécia). Em Setembro e Outubro passarão pelo Ribatejo responsáveis por empresas
de Macau, Colômbia, Uruguai, Paraguai, Brasil, Equador,
Venezuela, China, Alemanha e Japão.
“Estabelecemos parcerias com quem conhece os mercados e com associações de vários países e assumimo-nos
como uma ponte entre as nossas empresas e os importadores, direccionando-os para os produtos em que estão
potencialmente interessados, o que nos dá alguma segurança de concretização de negócios”, afirmou o presidente
do Agrocluster.
Azeite, vinho, enchidos, conservas, doces e arroz são dos
produtos “com maiores potencialidades de negócio”, mas,
segundo Carlos Lopes de Sousa, o interesse é extensível
à carne, vegetais congelados, queijos, condimento e molhos, sumos, vinagre, água, azeitonas, tremoços, especiarias,
cereais e farinhas, bolachas, frutos secos, café e chá. Além da
exportação de produtos, a concretização de negócios gera
“negócios colaterais”, nomeadamente ao nível dos rótulos
e etiquetas, que, devido às diferenças de língua, têm que ser
adaptados a esses países”.
A estratégia de internacionalização das empresas associadas do Agrocluster do Ribatejo prosseguirá também,
nos meses de Setembro e Outubro, com a realização de
duas missões internacionais de negócio aos Emirados
Árabes Unidos e a países nórdicos (Dinamarca/Suécia).
O Agrocluster Ribatejo foi criado em 2009 pela NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém
e conta com 93 associados, que representam um volume
de facturação superior a 1.800 milhões de euros, cerca
de nove mil postos de trabalho e mais de 40% das exportações da região.
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Na Adega Cooperativa de Mangualde
Alentejo, Douro, Lisboa e Dão distinguem-se nos ouros e grandes ouros
Flavescência dourada e intervenções
em verde na vinha foram temas de debate
Concurso Vinhos de Portugal
premiou os 258 melhores vinhos
A Adega cooperativa de Mangualde, integrado nas comemorações dos seus 50 anos, promoveu mais uma sessão
de esclarecimento dedicada à vinha, onde foram abordados
os temas da flavescência dourada e intervenções em verde
na vinha. Os cerca de 140 viticultores que estiveram presentes tiveram também a oportunidade de provar o novo vinha
Adega De Mangualde Branco 2012.
Esta acção teve como objectivo trazer o conhecimento
aos viticultores em matérias tão importantes como a flavescências dourada e o seu plano de controlo a nível nacional.
A Direcção Geral de Alimentação e Veterinária esteve
representada por Cátia Teixeira, que apresentou a dimensão
da doença a nível nacional e especialmente a sua grande incidência na região dos vinhos verdes. Jorge Sofia e Vanda
Baptista, da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do
Centro (DRAPC), explicaram o ciclo da doença e a sua incidência da região, que é praticamente nula, estando controlada, e os meios de profilaxia da mesma, enquanto Vanda
Pedroso, também da DRAPC, explicou as vantagens e oportunidades das intervenções em verde na vinha.
Recorde-se que a Adega de Mangualde recebeu recentemente duas medalhas de bronze no Concurso Vinhos de
Portugal 2013 para o Adega de Mangualde Branco 2011 e
Castelo de Azurara Touriga Nacional 2010.
Nos dias 21 e 22 de Junho no Bairro Alto
Festas a Copo invadem ruas de Lisboa
O Bairro Alto volta a ser o palco escolhido para as Festas A Copo, que serão realizadas nos dias 21 e 22 de Junho,
nas ruas da Barroca, das Salgadeiras e
Diário de Noticias. Provar e degustar
bom vinho português é o desafio desta iniciativa que pretende conquistar o
público jovem, dando-lhe a conhecer
versatilidade e a qualidade dos néctares
nacionais.
Esta é a terceira edição da iniciativa da ViniPortugal que no ano passado
conseguiu envolver 16.500 consumidores e promover o consumo de bons vinhos portugueses a copo, como forma
de aceder a diversas opções de elevada
qualidade, com moderação, em momentos de descontracção e convívio
As Festas A Copo são organizadas
no âmbito da campanha e estão vocacionadas para o mercado nacional,
procurando cativar um público maioritariamente jovem e citadino numa zona
de ambiente nocturno chave. Na edição
de 2012 foram degustados 30 vinhos
portugueses de referência, das principais regiões demarcadas, a um preço
acessível (1,5€).
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As regiões de Alentejo, Douro, Lisboa e Dão
dominaram o Concurso Vinhos de Portugal, que
este ano premiou 258 dos 1007 vinhos apresentados. Os 258 vinhos medalhados foram anunciados no Pátio da Galé, em Lisboa.
Concorreram 919 vinhos tranquilos e 88
vinhos fortificados. As 258 medalhas distinguiram várias categorias: 125 de bronze, 81 de
prata, 36 de ouro e 16 Grandes Ouro, culminando com a designação do Melhor Fortificado 2013 e Melhor Vinho 2013.
Embora com algumas surpresas de um
modo geral, as regiões que maior número de
vinhos apresentaram foram as mais distinguidas. O prémio Melhor do Ano foi para o Vale
das Areias Syrah 2010, da Sociedade Agrícola
da Labrugeira, e o Melhor Fortificado para o
Duorum Vintage 2011.
Lista de medalhas de “Grande Ouro”
Adega Cooperativa da Vermelha - Mundus Reserva, Tinto 2010
Adega Cooperativa de Borba - Adega de Borba Reserva, Branco 2011
Adega Cooperativa de Borba - Senses Touriga Nacional, Tinto 2011
Adega Cooperativa de Borba - Adega de Borba Premium, Tinto 2011
Bacalhôa Vinhos de Portugal - Tinto da Ânfora Grande Escolha, Tinto 2008
Casa Santos Lima - CSL Sauvignon Blanc, Branco 2012
Dão Sul Soc. Vitivinícola SA - Cabriz Encruzado, Branco 2012
Duorum Vinhos SA - Tons de Duorum, Tinto 2011
Duorum Vinhos SA - Duorum Porto Vintage 2011, Vinho Licoroso 2011
Esporão SA - Esporão Private Selection, Branco 2012
Herdade Fonte Paredes SAG, Lda - Herdade Fonte Paredes Grande Reserva – Tinto 2009
João Brito e Cunha, Lda - Quinta de S. José Reserva, Tinto 2011
Quinta do Crasto, SA - Crasto Superior, Tinto 2011
Quintas de Melgaço - QM Alvarinho, Branco 2012
Sociedade Agrícola Labrugeira - Vale das Areias, Tinto 2010
Concurso quer assumir
“relevância internacional”
“Submeter tantos vinhos a críticos internacionais neste concurso foi uma boa aposta
no tempo certo”. Assim considera a Viniportugal, que este ano assegurou a organização,
que quer transformar-se este concurso num
“acontecimento de relevância internacional”
que projecte a imagem dos vinhos portugueses no estrangeiro. “O nosso objectivo ao pegar num concurso destes não era fazer mais
um, mas transformá-lo num acontecimento
de referência internacional que chame a atenção para os vinhos portugueses. O que queremos é que, dentro de três/quatro anos, o concurso Wines Of Portugal - Vinhos de Portugal
comece a ser reconhecido internacionalmente”, afirmou o presidente da Viniportugal.
Jorge Monteiro garantiu que a “parte técnica” do concurso continua a ser nas instalações do Centro Nacional de Exposições e
Mercados Agrícolas (CNEMA), mas, com o objectivo de reforçar o impacto internacional do
evento, a Viniportugal convidou, este ano, 36
personalidades internacionais para integrar o
painel de 100 jurados.
“Foi um desafio extremamente aliciante
que envolveu muito a ViniPortugal e que nos
permitiu uma avaliação que será muito importante para a próxima edição, que terá lugar
entre 12 e 16 de Maio de 2014, no CNEMA, em
Santarém”, sublinhou Jorge Monteiro. “Conseguimos transmitir uma imagem de forte consistência qualitativa dos vinhos portugueses.
Este foi sem dúvida um dos objectivos atingidos, a par do número record de vinhos participantes e da positiva envolvência de especialistas internacionais”, acrescenta o mesmo
responsável.
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Premiada em vários concursos internacionais
UDACA apresenta
novos vinhos brancos e rosé
A União de Adegas Cooperativas do
Dão (UDACA) vai apresentar, no dia 21 de
Junho, novas colheitas de vinhos brancos
e rosé, nomeadamente Irreverente Branco 2012, Irreverente Rosé 2012 e Dom Divino Branco 2012.
Os vinhos da UDACA têm estado em
evidência em alguns dos prestigiados
concursos de vinhos de âmbito nacional
e internacional, conquistando diversas
medalhas. No “XI Concurso Internacional de Vinos Bacchus 2013”, realizado em
Madrid, foi o Adro da Sé Reserva 2005
recebeu a medalha de ouro. O concurso
“Challenge International du Vin” reconheceu mérito ao Adro da Sé Reserva 2009,
atribuindo-lhe a medalha de bronze.
O Touriga Nacional 2008 foi distinguido com medalha de Ouro no “Concours
Mondial Bruxelles”.
Ao nível Nacional, o Udaca Colheita 2010 e o Irreverente Tinto 2010 conquistaram a medalha de Prata e Bronze,
respectivamente, no “Concurso Vinhos de
Portugal 2013”.
Recentemente, a Udaca foi também
contemplada no Concurso “Interwine International Wine and Spirits Challenge”
em Guang Zhou , com o título “Best Tasting Award”” (Melhor prova) pelo vinho
tinto União.
Douro Wine Export Business com balanço positivo
Importadores de 13 países
visitaram Região do Douro
Aumentar a exportação de vinhos da Região do Douro foi o
principal objectivo da VIII edição da Festa do Vinho - In Douro
Wine Export Business, que decorreu na cidade de Peso da Régua, numa Organização da Nervir – Associação Empresarial e
os Municípios de Peso da Régua, Lamego e Vila Real, no âmbito
Douro Alliance - Eixo Urbano do Douro.
Foram dois dias e meio de intensos contactos comerciais
entre os 25 importadores de 13 países e os produtores dos vinhos do Douro e Porto. Para além das provas que decorreram no
Pavilhão Multiusos de Peso da Régua, os importadores tiveram
oportunidade de provar os vinhos dos produtores presentes, nas
refeições que fizeram durante a sua estadia e ainda de conhecer um pouco da região, tendo terminado a sua visita no Pinhão
após um pequeno cruzeiro no Douro.
Após o final desta VIII edição, daquela que é a única feira
profissional da região vocacionada integralmente para a exportação, o sentimento dos produtores presentes é de que valeu
a pena, pois dos contactos efectuados, muitos vão traduzir-se
em encomendas, potenciando assim o aumento da exportação
de vinhos da Região.
Dia 22 de Junho, no Auditório da Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves
Seminário “Agricultura:
Sector a Dinamizar” celebra III aniversário do
Gabinete de Apoio ao Agricultor de Mangualde
No próximo dia 22 de Junho, o Gabinete de Apoio ao Agricultor de Mangualde comemora o seu terceiro aniversário. De
forma a assinalar o excelente trabalho desenvolvido pelo Gabinete, a Câmara de Mangualde promove o Seminário “Agricultura
Sector a Dinamizar”, que decorrerá no auditório da Biblioteca
Municipal Dr. Alexandre Alves, a partir das 14 horas, e conta com
a presença do Presidente da Câmara de Mangualde, João Azevedo na sessão de encerramento.
No encontro, de entrada livre, serão abordados temas como
as actividades agrícolas predominantes na região, a viticultura,
a fruticultura, a olivicultura, os frutos secos, os frutos vermelhos
e a Reforma da PAC/Quadro Comunitário 2014-2020 de acordo
com o seguinte programa:
Após três anos de laboração, o Gabinete de Apoio ao Agricultor apresentam um balanço muito positivo, com o registo de
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mais de 5.500 ocorrências oriundas de agricultores de todo o
concelho, que praticam diferentes tipos de actividade. Actualmente, este Gabinete está acreditado como Posto SNIRA (Sistema Nacional de Informação e Registo Animal).
O Gabinete pretende ser uma mais-valia para os agricultores
do concelho, prestando auxílio quer na forma de tratar os animais
quer na análise dos terrenos agrícolas a um custo muito reduzido.
Os agricultores para serem beneficiados com o trabalho dos técnicos deste gabinete apenas têm de estabelecer um contacto e
recebem de seguida os técnicos na sua propriedade agropecuária
a custos meramente sociais. Para além disso, o Gabinete promove
cursos de formação que melhor qualificam os agricultores.
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os
Vinh
da
ADA
IRR
BA
tunidade criados pela Câmara de Anadia,
para a promoção não só local e regional,
como também nacional de todas as entidades que, pelos mais diversos motivos,
se relacionam com o nosso Município, assumindo, de forma especial a sublimação
de um dos mais prestigiados sectores de
actividade da região – a vitivinicultura.
Prestes a completar uma década, pode
dizer-se que é um certame reconhecido, que não cessa de se reinventar para
corresponder às necessidades de quem
ali apresenta o seu trabalho e os seus
produtos, mas também para ir ao encontro dos interesses dos visitantes.
De 22 a 30 de Junho, na zona do Vale Santo, em Anadia
Cartaz de luxo na Feira da
Vinha e do Vinho de Anadia
A zona do Vale Santo, em Anadia, recebe de 22 a 30 de Junho a X Feira da Vinha
e do Vinho de Anadia, este ano com um
cartaz com nomes sonantes do panorama
musical português, como Jorge Palma, Quim
Barreiros, The Gift, Gonçalo Tavares, David
Fonseca, Rui Veloso e Mariza.
O ponto alto da Feira será a tentativa de
Anadia entrar para o Guinness Book com o
maior brinde de espumante em cadeia do
mundo, uma iniciativa que a autarquia local
pretende concretizar na tarde do dia 23 de
Junho e que será transmitido pela SIC.
A vereadora da Cultura da Câmara de
Anadia mostra-se confiante que a edição
este ano será “a de maior sucesso e projecção”. À Gazeta Rural Rosa Tomás destaca o cartaz de espectáculos e a tentativa de
bater o recorde mundial para o maior brinde
de espumante em cadeia do mundo.
Gazeta Rural (GR): Que expectativa
tem para a edição deste ano e quantos
expositores são esperados?
Rosa Tomás (RT): Estamos convictos
de que a X Feira da Vinha e do Vinho de
Anadia vai ser, de quantas já se realizaram, a
de maior sucesso e projecção, não só devido ao excelente cartaz de espectáculos que
preparámos, mas também graças a uma
série de eventos de promoção do sector
vitivinícola da Bairrada, com destaque para
o Espumante. No que respeita aos expositores, e não obstante os efeitos da crise no
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tecido empresarial, contamos que o seu
número ronde a centena.
GR: O que mais destacaria no programa da edição deste ano?
RT: Para além dos grandes espectáculos que animarão o palco principal,
teremos, um programa surpreendente
e diversificado no palco 2 e uma série
de iniciativas promocionais a realizar na
Praça do Espumante, nomeadamente as
provas de vinhos e demonstrações culinárias (show-cooking) associadas aos
vinhos Bairrada e a cargo de consagrados chefs.
Por outro lado, a feira será palco do
novo programa do canal SIC, “Portugal
em Festa”, que, no dia 23 de Junho (domingo), fará uma emissão de seis horas
em directo, promovendo o que de melhor
se faz em Anadia. Nessa tarde, a Câmara
de Anadia irá tentar bater o recorde mundial para o maior brinde de espumante
em cadeia do mundo, visando registar o
nome de Anadia no Livro dos Recordes
do Guinness.
GR: Em que patamar colocaria a
Feira, no âmbito de outras do género
que se realizam pelo País?
RT: A Feira da Vinha e do Vinho é já
um marco incontornável no leque de
certames do género. É simultaneamente
única e diferente: um espaço e uma opor-
GR: Como olha o sector do vinho no
concelho?
RT: Antes de mais, é um sector que
nos diferencia e identifica de forma muito
particular. Por outro lado, reconhecemos no Vinho Bairrada um embaixador
de Portugal no Mundo, e, na actual conjuntura económica, a qualidade e especificidade dos nossos néctares ganha
uma importância crescente numa escala
que vem sendo ampliada graças ao trabalho dos nossos produtores e engarrafadores. Estes profissionais e as entidades que os apoiam estão atentos às
subtilezas da economia e dos mercados,
apostados na excelência, motivados para
a inovação e dispostos a correr riscos
para conquistarem novos consumidores
e consolidarem a sua presença nos mercados nacional e internacional.
GR: Que evolução mais destacaria
nos vinhos da Bairrada?
RT: A aposta na qualidade e na especificidade, a introdução de novas castas sem destronar a casta local (Baga),
a diversificação dos produtos, um olhar
renovado sobre o espumante e uma
maior atenção ao marketing e aos consumidores. Paralelamente, o sector vitivinícola modernizou-se e especializou-se,
em todas as etapas do processo, sem
desrespeitar o que é tradicional. E os resultados estão à vista, não só em termos
de volume de negócios, mas também em
termos de prestígio, o qual se traduz cada
vez mais na conquista de numerosos
galardões nacionais e internacionais.
Grande parte deste sucesso deve-se
a uma natural e proveitosa colaboração
entre produtores, apoiada por entidades
como a Comissão Vitivinícola da Bairrada, a Estação Vitivinícola da Bairrada
(que acaba de completar 125 anos) e a
Associação Rota da Bairrada, todas elas
sediadas em Anadia.
Célia Alves das Caves de S. João
“Lançámos um vinho
que ‘desmistifica’ a Bairrada
Fundadas em 1920 e a comemorar
93 anos, as Caves S. João é a mais antiga empresa em actividade na região da
Bairrada, resistindo no tempo com perseverança. A empresa começou por comercializar vinhos do Porto, mas com as
restrições impostas, decidiu, na década
de 30 do seculo XX, fazer espumantes,
tendo para o efeito convidado um enólogo francês para implementar a técnica
do champanhe. É a partir dessa altura
que começam a comercializar vinhos da
região da Bairrada e espumantes e, alguns anos mais tarde, vinhos do Dão. Na
década de 70 a empresa opta por produzir os seus próprios vinhos na Bairrada,
tendo para o efeito adquirido uma propriedade em Cantanhede, na freguesia
de Pocariça. Uma mancha única de vinha
com cerca de 37 hectares, entretanto
reestruturada, onde foram plantadas novas castas brancas e tintas, devidamente
parceladas. Nas brancas, destaque para
o Arinto e Chardonnay e nos tintos Baga,
Cabernet Sauvignon, Moreto e Castelão.
Daqui resultou a marca Quinta do Poço
Lobo, a gama alta das Caves S. João.
No portefólio da empresa destacam-se também as marcas Frei João, com
que iniciou a actividade, para os vinhos
da Bairrada; Porta dos Cavaleiros, para
os vinhos do Dão; São João Reserva, com
uma mistura de vinhos da Bairrada e do
Dão, com 50% de Baga e 50% de Touriga
Nacional. Recentemente foi lançado o S.
João Lote Especial, um vinho da Bairrada
que está a fazer sucesso junto do consumidor, com óptima relação preço/qualidade.
Gazeta Rural (GR): Há uma mudança significativa nos vinhos da Bairrada nos últimos anos. De austeros,
algo adstringentes e, normalmente, de
guarda, temos hoje vinhos mais virados para o consumidor. O que mudou?
Célia Alves (CA): É um conceito que
ainda existe na mente das pessoas. Os vinhos da Bairrada hoje não são duros nem
difíceis, muito pelo contrário. O vinho que
lançámos recentemente foi nesse sentido. É um vinho macio, costumo até dizer
guloso, em que bebemos um copo e apetece outro de seguida. Por isso o lançamos, com o objectivo de desmitificar o
conceito de vinhos da Bairrada, duros e
difíceis porque tem Baga. A tudo isto podemos acrescentar uma outra caracte-
rística aos vinhos da região: É que podemos guardá-los 10 anos na garrafeira que
estão perfeitamente bebíveis, enquanto
outros, com tantos anos, morrem.
GR: O Dão e a Bairrada são similares?
CA: Sem dúvida. O Dão e a Bairrada
têm essas características de vinhos de
guarda.
GR: Como está o mercado nacional? O mercado externo é a solução?
CA: Estamos a atravessar um momento difícil. Actualmente, embora as
pessoas continuem a consumir, há alguma retracção. Antigamente as pessoas
passavam por aqui e compravam seis
garrafas, hoje pedem uma caixa de três e
ainda perguntam se têm de duas.
Agora, nós procuramos contrariar
esta tendência, trabalhando mais e procurando novos clientes. A crise está a fazer com que se trabalhe mais, para conseguirmos os mesmos resultados.
GR: Há quem diga que esta crise
servirá para separar o trigo do joio, ou
seja, aguentam-se as empresas mais
bem preparadas, em detrimento de
outras que não acompanharam a evolução do mercado?
CA: Claro que sim. As empresas ou se
adaptam rapidamente à nova conjuntura
ou então vai ser muito difícil manterem-se no mercado actual. Tem que haver
um reajuste por parte das empresas, em
termos de contensão de despesas e redução de custos, para fazer face a toda
a esta situação que se está a viver. Tudo
subiu, desde a água, a luz, as matérias
subsidiárias, o combustível e os impostos,
mas o preço do produto na prateleira não
está ajustado a estes aumentos. Aliás, o
BAI
RRA Vinhos da
DA
preço do vinho nas prateleiras têm-se
mantido, de maneira que tem que haver
um trabalho muito forte de retaguarda
para fazer face a toda a esta problemática de aumento de custos, sem que isso
se reflicta no preço dos vinhos ao consumidor.
GR: Começar a comemorar o centenário 10 Anos antes, lançando um
vinho em cada ano. Como tem sido a
experiência?
CA: Muito positiva e inovadora. As
pessoas acham muito original e querem
fazer a colecção. Foi uma iniciativa que
surgiu numa conversa de uma tarde a
debater ideias e acho que está a ser muito interessante, porque estamos a esgotar as edições que vamos lançando. Este
projecto surgiu aquando dos 90 anos das
Caves S. João, que aconteceu em 2010,
em que lançamos um vinho, à semelhança do primeiro lançado pelas Caves, que
era uma mistura de vinhos das regiões do
Dão e da Bairrada. As imagens dos rótulos reflectem um acontecimento cultural
marcante na história da humanidade e
isso vai acontecer nas edições futuras.
São produtos de grande qualidade, em
que temos também um cuidado significativo na imagem destes produtos.
GR: Quando vai ser lançado o vinho
deste ano?
CA: Em Outubro e será um tinto do
Dão. Procuramos sempre, em cada uma
destas edições que estamos a lançar até
chegar aos 100 anos, passar por todo o
portefólio das Caves S. João, que começaram por produzir vinho do Porto, que
vamos ter também nesta edição. Já temos o calendário todo feito até aos 100
anos.
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os
Vinh
da
ADA
R
R
I
BA
Paulo Pinto, Director Geral da Verallia Portugal
“Só se consegue chegar a novos mercados
se tivermos a capacidade de reinventar
a abordagem que fazemos aos mesmos”
A Verallia Portugal, sedeada na Figueira da Foz, é a maior empresa de
produção e comercialização de garrafas
de vidro para o mercado nacional. Esta
multinacional conhece, por isso, as novas tendências de mercado, em que o
aspecto exterior de um produto pode ser
a chave para o sucesso. O Director Geral
da Verallia Portugal destaca a capacidade da empresa de inovar e antecipar as
novas tendências do consumidor. “Só se
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consegue chegar a novos mercados, se
tivermos a capacidade de reinventar a
abordagem que fazemos aos mesmos”,
refere Paulo Pinto à Gazeta Rural.
Gazeta Rural (GR): Que importância
tem a inovação na produção de garrafas?
Paulo Pinto (PP): Com o aumento
dos custos energéticos, das preocupações ambientais, da procura constante
de novos formatos e cores e de novas so-
luções que acrescentem valor ao produto
final, a inovação é algo que nos acompanha desde sempre; e que em termos
práticos representa a sustentabilidade da
nossa actividade.
GR: Numa altura em que a grande
aposta é a exportação, os produtores
nacionais têm procurado o Laboratório Criativo para chegarem a novos
mercados com um produto diferenciador, a começar pela garrafa?
BAI
RRA Vinhos da
DA
PP: Hoje em dia a procura de um produto diferenciador é uma preocupação
constante de todos os produtores e em
grande parte corresponde a um processo
independente do mercado a que se destina.
No nosso caso em concreto quando se fala em exportação (directa ou
indirecta), ou até mesmo no mercado
nacional, podemos estar a falar de dois
segmentos em sentido oposto. Se por um
lado assistimos a um aumento da procura
de embalagens de vidro para o mercado
específico do luxo, por outro vemo-nos
confrontados com a necessidade da optimização das embalagens, quer ao nível
da forma da capacidade do peso da vedação etc….
Em termos práticos e objectivos,
o que se está a passar é que se por um
lado existe a preocupação de se criarem
embalagens que realmente acrescentem
valor directo ao produto – renovando a
imagem e posicionando-se no segmento
da diferenciação (o que diga-se em abono, já atinge uma dimensão interessante),
por outro lado existe a preocupação da
optimização dos custos a nível interno
–, seja por via do aumento dos ritmos de
enchimento, aproveitando equipamento
existentes, seja por via da redução dos
custos de transporte, da flexibilidade, do
cumprimento de legislações ambientais e
da optimização do design.
Tanto a nível interno como externo só
se consegue chegar a novos mercados
se tivermos a capacidade de reinventar
a abordagem que fazemos aos mercados
alvo, muitas vezes aparentemente antagónicos, mas que na verdade se complementam.
GR: Quais as últimas inovações
surgiram nesta área?
PP: A inovação mais significativa, e
que veio alterar profundamente a forma
de pensar a embalagem de vidro, foi seguramente a atitude de todos os intervenientes no processo. A embalagem é sem
dúvida a montra do produto.
Os nossos parceiros estão mais receptivos à mudança. A globalização da
informação e a capacidade de, em tempo
real, termos acesso ao que de melhor se
vai fazendo pelo mundo, muitas vezes é
um bom incentivo na busca de soluções
que lhes permitam promover uma outra
dinâmica na oferta dos seus produtos.
A Verallia Portugal, com toda a sua
tecnologia e com o grande benefício de
pertencer a um grande Grupo, tem ao
longo dos anos reforçado esta oportunidade. Ao anteciparmos as novas exigências, estamos na vanguarda da mudança.
Ao conseguirmos concretizar o que
antes se pensava impossível, estamos
abrir o caminho para novos e constantes
desafios. A inovação é um processo contínuo em permanente renovação.
GR: O consumidor valoriza o aspecto da garrafa na hora de comprar
um produto?
PP: Tanto valoriza que basta analisar as prateleiras dos estabelecimentos
comerciais ligados à área, para perceber
que existe uma mudança significativa. A
primeira imagem do produto é a embalagem.
Hoje em dia existem garrafas de todas as cores, tamanhos e feitios. O consumidor alimenta esta dinâmica e os produtores ou se adaptam ou cada vez mais
estão mais distantes do que o mercado
realmente procura.
GR: De uma forma geral, como está
o mercado nacional?
PP: Em termos muito gerais diria que
existe uma quebra no mercado interno
compensada pelas exportações. Mas se
analisarmos a quebra no consumo interno, poderemos concluir que o mercado
da HORECA está em queda, mas o consumo doméstico cresceu – ainda que não
tenha compensado a queda do primeiro.
Decerto esta questão estará relacionada não só pelas circunstâncias da nossa
realidade conjuntural, mas sobretudo
pela política de impostos, com esta última revisão das taxas do Iva, na restauração. De qualquer forma, o esforço que
tem sido feito por todos os intervenientes
é notável.
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os
Vinh
da
A
D
A
RR
BAI
Uma empresa sediada em Anadia
Frisante “Castiço”
é um marco na história da
Cave Central da Bairrada
A história da região confunde-se com a da Cave Central da Bairrada,
uma empresa sediada em Anadia, fundada em 1924 e desde 1977 gerida
por Américo Orlando de Matos e alguns familiares. O frisante “Castiço”,
marca com maior notoriedade neste segmento de vinhos, impõe-se
no portefólio da empresa, que em 2002 decidiu apostar fortemente
em espumantes de excelente qualidade. O espumante de qualidade
“M&M” é a mais recente jóia da empresa. Nesta gama será lançado
no mercado no próximo mês o espumante “M & M” Beira Atlântico.
Margarida Matos, actual administradora da empresa, em
conversa com a Gazeta Rural salientou os resultados da aposta
feita, sobretudo na qualidade dos produtos, desde os frisantes até
aos espumantes.
A dirigente adiantou ainda que desde meados de Junho a
distribuição da família “Castiço” e do espumante “Leão Dourado”
passou a ser feita pela Meiral – Companhia Espirituosa SA,
distribuidora criada pela J. Carranca Redondo, Lda, proprietária da
marca Licor Beirão.
Gazeta Rural (GR): O frisante “Castiço” impulsionou a
empresa a atingir um elevado patamar de qualidade, não só
nos frisantes mas também nos espumantes?
Margarida Matos (MM): O “Castiço” tem 34 anos e continua
a ser a marca com maior notoriedade nos frisantes, porque
apostámos sempre em elevar o seu patamar de qualidade, mesmo
em épocas difíceis. Por isso, o consumidor dos nossos produtos,
particularmente do Castiço, sabe que não é ludibriado. Quando
compra os nossos produtos, “Castiço” incluído, conta sempre com
uma qualidade, no mínimo, igual à que está habituado.
GR: Consolidado o frisante “Castiço”, a empresa apostou,
desde 2002, na produção de espumantes em cuba fechada,
método aplicado também à produção dos frisantes em 2005.
Para isso procurou conhecimentos no estrangeiro?
MM: Sim, esta estadia serviu para aprendermos, tendo em conta
a estratégia delineada para a empresa pelo meu pai e por mim.
Felizmente, temos uma boa equipa, com excelentes colaboradores,
em termos técnicos e não só, a trabalhar nas várias áreas e isso é
importantíssimo para produzirmos produtos de elevada qualidade.
GR: O mercado como está?
MM: Está complicado. Apesar de tudo, no ano passado
conseguimos aumentar o nosso volume de negócio em quase
17%. Para já, este ano está a correr bem, apesar de termos tido no
primeiro trimestre uma diminuição do nosso volume de negócios,
que entretanto já começámos a recuperar.
GR: A exportação é uma aposta?
MM: Sim, pretendemos desenvolver os mercados europeu,
africano e brasileiro. Recentemente, fornecemos frisante branco
“Castiço”, espumante de qualidade branco meio seco “Leão
Dourado” e espumante de qualidade rosé meio seco “Divinal” para
a zona de Shanghai. No entanto, só teremos conhecimento da
receptividade por parte dos consumidores daquela região a estes
nossos produtos no final do terceiro trimestre deste ano.
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olham agora com mais respeito para
a Região da Bairrada, onde podem encontrar vinhos de grande qualidade.
Diz Vanda Paiva, da Vinícola Castelar
“Os vinhos da Bairrada
estão agora a mostrar o que valem”
É uma das empresas de referência na
região. A Vinícola Castelar, com 67 anos
de actividade, resiste no tempo, mantendo a matriz dos seus fundadores. Sem
vinhas próprias, a empresa adquire uvas
a produtores da região, que acompanha
em todo o processo, colocando no mercado vinhos de excelente qualidade.
A administradora da Vinícola sublinha
a mudança verificada nos últimos anos
na região, que permitiu a produção de
vinhos de qualidade ao gosto do consumidor actual. Vanda Paiva diz mesmo
que “os vinhos da Bairrada estão agora a
mostrar o que valem”.
Gazeta Rural (GR): O que é a Vinícola Castelar?
Vanda Paiva (VP): É uma empresa
familiar com 67 anos de actividade, que
procura expandir-se no mercado, fazendo uso do saber adquirido e apostando
na inovação. A denominação Castelar
provém da existência do Palácio Real em
Avelãs de Caminho, desde os primórdios
da monarquia. Conhecido entre os habitantes locais por Castelo, local de pernoita
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dos membros da família Real, nas suas
viagens entre Lisboa e Porto.
Fundada no dia 21 Fevereiro de 1946
em Avelãs de Caminho, Anadia, a Vinícola
Castelar conjugando o saber adquirido
ao longo dos anos, com a forte determinação em inovar, tem desenvolvido
novos produtos, adaptando-se assim às
novas necessidades e tendências, de um
mercado cada vez mais esclarecido e exigente.
Até há bem pouco tempo, a empresa
estava muito centrada no mercado português, situação que se tem vindo a alterar nos últimos anos, com a conquista
de alguns mercados externos.
Não tendo vinificação própria, a empresa aposta na aquisição de vinhos de
qualidade nos produtores da região, aos
quais proporciona todo o acompanhamento técnico da vinha à adega, desde
o aparecimento das primeiras folhas na
videira à vinificação.
Fazem parte do nosso portfólio os
vinhos espumantes de qualidade, os vinhos DOC de várias regiões do país como
a Bairrada, Alentejo e Douro, os vinhos
de mesa em garrafão e em garrafa, vinhos frisantes, aguardentes, licores e xaropes. Estes produtos existem com as
marcas Castelar, Catalino, Doteu, Serra
Brava, Carícia, R/46 e Trono Real. As
marcas dos três grandes clubes de futebol Sport Lisboa e Benfica, Futebol Clube
do Porto e Sporting Clube de Portugal
também fazem parte do nosso portfólio
utilizando-as para os espumantes, licores
e aguardentes.
GR: Não tendo vinhas próprias,
qual foi a ‘receita’ para o sucesso?
VP: Foi um acompanhamento personalizado e intenso nas vinhas e em
todo o processo de vindima e vinificação
nos produtores nossos parceiros, conseguindo assim vinhos de qualidade e ao
gosto dos nossos clientes.
GR: Como olha para o actual momento dos vinhos da Bairrada?
VP: Os vinhos da Bairrada estão
agora a mostrar o que valem, depois de
andarem esquecidos durante alguns
anos pela parte dos consumidores, que
GR: A evolução demonstrada
nos últimos anos, prova que a região
mudou, mostrando agora vinhos
menos austeros, de grande qualidade e mais ao gosto do consumidor, sem perder a sua originalidade?
VP: Sempre houve vinhos de
grande qualidade na Bairrada. Esta
região tem castas de excelência, mas
muito difíceis de trabalhar, como o
caso da Baga, e de transformá-las em
tempo record num vinho ao gosto do
consumidor.
O que mudou foram as técnicas de
vinificação e envelhecimento dos vinhos, permitindo assim colocar um vinho Bairrada no mercado mais cedo, já
mais macio e bem ao gosto dos novos
consumidores. Mesmo assim, devido
às suas características, ainda são vinhos que se podem guardar uns anos e
nos permitir voltar a saboreá-los mais
velhos e ainda cheios de vida.
Também é bom de realçar o papel
importante que tem tido a Comissão
Vitivinícola da Bairrada com a presença em algumas feiras, algumas campanhas de marketing, provas de vinhos
com profissionais de outros países, etc.
O consumidor sente-se mais seguro a
comprar um vinho de uma região que
já tenha ouvido falar e que a própria
região o promove. Não havendo essa
promoção tudo é mais complicado
para o produtor.
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GR: Como se comporta o mercado, nacional e internacional, nesta
altura?
VP: Bem, nesta altura o mercado
nacional está completamente parado,
devido à crise instalada (e sem fim à
vista) e aos tempos complicados que o
país atravessa. No entanto, e por necessidade a que estes mesmos tempos
obrigam, aumentaram as exportações.
Verifica-se também que alguns países,
que não tinham o hábito de consumir
vinhos portugueses, procuram-nos, e
são agora muito apreciados em todo o
mundo. De qualquer modo, existem alguns bons mercados externos que estão a abrandar também, o que nos leva
a reflectir sobre o estado do mundo
neste momento.
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Diz Gonçalo Louzada, administrador das Caves Messias
“Os vinhos da Bairrada
são dos melhores a nível nacional”
Fundadas em 1926, as Caves Messias é uma das empresas históricas sedeadas na região da Bairrada. Esta empresa familiar, que vai já na quarta geração,
produz vinhos nas regiões da Bairrada, Dão e Douro, comercializando, todavia,
vinhos de outras regiões.
Gonçalo Louzada é bisneto do fundador da empresa e um dos administradores da mesma.
Em conversa com a Gazeta Rural, sublinhou o carácter familiar das Caves Messias, destacando que na actual administração convivem elementos da terceira e
quarta geração. “Como tudo na vida, vive-se de equilíbrios”, para além de que é
fundamental para evolução da empresa “juntar a experiência dos mais velhos ao
‘sangue na guelra’ dos mais novos”, o que até agora tem dado resultado.
Em relação aos vinhos, as Caves Messias apostam “numa boa relação qualidade/preço”, mas quando questionado em que patamar colocaria a Bairrada,
Gonçalo Louzada é peremptório ao afirmar que “os vinhos da Bairrada são dos
melhores a nível nacional”.
Gazeta Rural (GR): As Caves Messias produzem vinhos no Dão, Douro e
Bairrada? Tem, todavia, vinhos de todas as regiões?
Gonçalo Louzada (GL): O vinho do Porto representa cerca de 60% das
nossas vendas anuais, embora nos últimos anos estejamos a crescer noutras
regiões demarcadas. A Bairrada foi uma região que durante muitos anos teve
algumas dificuldades de penetração no mercado, mas penso que está a mudar.
Hoje, os vinhos da Bairrada estão a ser mais solicitados, estão muito mais macios, mais elegantes e mais adaptados ao perfil do consumidor atual.
GR: A mudança de paradigma da Bairrada, nos últimos anos, veio permitir essa nova imagem?
GL: Vem permitir uma imagem mais adaptada ao consumidor moderno,
embora os vinhos mais tradicionais bairradinos também têm consumidores e,
sobretudo, têm uma excelente longevidade que lhe é dada pelas suas características, em especial a casta Baga. Mas, com a introdução de novas técnicas de
vivificação e a possibilidade da utilização de outras castas, conseguiu-se fazer
um vinho mais adaptado ao perfil do consumidor actual.
GR: A necessidade de ir atrás do mercado, do consumidor?
GL: As empresas devem ir à procura daquilo que os seus clientes querem,
porque, de outro modo, ficam a falar sózinhas e sem massa crítica para sobreviver. No caso das Caves Messias, temos excelentes vinhos da Bairrada, feitos
com a casta baga, mas utilizando novas tecnologias que o tornam mais domável e agradável.
GR: As Caves produzem nas regiões do Dão, Douro e Bairrada. Colocaria a Bairrada no mesmo patamar das outras duas regiões?
GL: No nosso caso concreto, diria que sim, pelo esforço que fizemos nos últimos anos de replantações nas nossas vinhas. Acho que os vinhos da Bairrada
hoje são dos melhores a nível nacional. A Bairrada tem uma grande aptidão para
vinhos brancos e nos tintos, diria, estão ao nível das outras duas regiões.
GR: Como está o mercado nacional? As Caves Messias têm feito uma
aposta forte na exportação?
GL: Exportamos cerca de 70% da nossa produção e os outros 30% ficam
no mercado nacional. Na exportação o nosso maior mercado é a Alemanha,
depois temos uma grande implantação no Brasil, na Bélgica e na Holanda.
Um mercado que está num crescimento é o Canada, assim como os Estados
Unidos, para onde estamos a apostar. Temos reforçado as nossas equipas, até
porque o mercado nacional está a passar uma crise grande e, por isso, a aposta
passa pela exportação para garantir também a nossa sustentabilidade. Temos
procurado fazer um trabalho sério e forte nos mercados nacional e da exportação, embora com todos os constrangimentos que existem neste momento.
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Osvaldo Amado, enólogo da Quinta do Encontro
“Dizer que a Bairrada só faz vinhos duros A
e intragáveis é desconhecer a realidade”
Osvaldo Amado é o enólogo director
do grupo Global Wines, proprietário da
Quinta do Encontro, na Bairrada, é um
profundo conhecedor da região onde faz
vinhos há 27 anos.
Em conversa com a Gazeta Rural, Osvaldo Amado destaca a Quinta do Encontro como “mais moderna da Bairrada”, que
contribuiu para um novo paradigma dos vinhos da Bairrada. Ainda assim, admite, que
“o estigma” ainda não foi ultrapassado, talvez por falta de comunicação, mas defende
o “caracter distinto e notório” dos vinhos ali
produzidos. O enólogo defende que “dizer
que a Bairrada só faz vinhos duros e intragáveis é desconhecer a realidade”
Gazeta Rural (GR): Quando falamos de Bairrada, o que lhe diz?
Osvaldo Amado (AO): A Bairrada, no
contexto vitivinícola português, é a que
tem o terroir mais distinto. É das mais antigas, mas também das mais esquecidas, por
questões que nada têm a ver com os seus
vinhos, nomeadamente falta de comunicação, um pouco também naquilo que nós,
bairradinos, somos. Em alguns casos, em
que a nossa visão não é mais ampla, não
conseguimos passar a mensagem, porque
o nosso vinho é distinto, notório e reconhecido internacionalmente.
GR: Concorda que o paradigma dos
vinhos da Bairrada mudou nos últimos
tempos?
OA: Sim, e de que maneira. Nos últimos 20 anos, em especial nos últimos
cinco, houve um grande de trabalho de
fundo ao nível da vinha e da viticultura na
região, desde o encepamento, aos novos
amanhos culturais, até aos clones mais
apurados. Há um trabalho de fundo que
está a dar frutos, nomeadamente com
uma selecção clonal da vinha, das castas da região, como a Baga e o Castelão
nos tintos, e nos brancos o Arinto, Bical e
Maria Gomes. A Baga e o Bical são duas
castas com provas dadas nos vinhos da
região e que são o escudo da Bairrada.
GR: Todo esse trabalho de que fala
resultou em vinhos mais acessíveis ao
consumidor?
OA: A Bairrada, durante anos, não
conseguiu ultrapassar o estigma de vinhos duros e adstringente. Aliás, isso não
é verdade e, penso, que essa imagem tem
vindo a mudar.
Sou bairradino, tenho 27 anos de
enologia da região e posso dizer que
exportei milhares de garrafas de vinhos
da Bairrada para mercados como a Inglaterra, Escandinávia e Estados Unidos.
Por isso, há aqui algo que não bate certo.
Como é que este tipo de clientes gosta
deste vinho, se ele é assim tão ácido e
adstringente?
É claro que há vinhos menos bem trabalhados e mais duros, mas é uma coisa
que a enologia, como ciência, resolveu
nos últimos 20 anos. Todo o trabalho feito de reestruturação da vinha foi acompanhado daquilo que a enologia veio solicitar, desde clones mais apurados, com
melhor maturação ou menos atreitos a
problemas fitossanitários, como o míldio,
a podridão cinzenta.
Nalgumas provas que fiz de vinhos da
Bairrada com os de outras regiões quentes, aqueles não eram apontados como
sendo os mais duros e mais adstringentes. Por isso, repito, acho que ainda não
conseguimos fazer passar a mensagem junto do consumidor e dos ‘opinion
makers’, pois são vinhos estruturados,
elegantes e possantes. Agora, dizer que a
região só faz vinhos duros e intragáveis é
desconhecer a realidade.
GR: Em termos gerais, em que patamar coloca a Bairrada no panorama
vitícola Nacional?
OA: Em termos comerciais é uma região quase insignificante, porque ainda
não conseguiu ultrapassar o tal estigma.
Se me perguntar se quero um vinho português distinto, de terroir e notório, - e
note que faço vinhos no Dão, no Douro,
no Alentejo, nos Verdes, no Brasil, já fiz na
África do Sul, em Espanha e em Itália -,
respondo-lhe: Bairrada. Goste-se ou não
do estilo.
Para baralhar tudo: se pegar em vinhos de qualquer região, estes podem
ser das proveniências que quisermos,
mas um vinhos com Baga é difícil fazê-lo passar por outra região que não seja
a Bairrada.
GR: A Quinta do Encontro também
ajudou a essa mudança que refere?
OA: Claro que sim. Diria que é a adega mais moderna da Bairrada, não só em
termos enológicos, mas também de design e arquitectura. Aliás, está a cerca de
um quilómetro na Nacional 1 e pode ser
vista por todos.
Naturalmente, o que faz o vinho são
as uvas que produzimos, o terroir de onde
são provenientes e o estilo enológico que
imprimimos. A Quinta do Encontro produz
espumantes, através do método champanhês, como todo o grupo Dão Sul, vinhos brancos distintos da casta Arinto,
assim como os tintos, onde predominam
a Baga e a Touriga Nacional e um pouco
de Merlot. Temos meia dúzia de referências de vinhos, que reflectem bem o caracter original e distinto da Bairrada, mas
também o segmento de mercado a que
se destinam.
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Evento recebeu a visita de cerca de 4.000 visitantes
“Taste Douro”
confirmou novos públicos em Lamego
O Museu de Lamego conheceu novos pretextos de visita no
fim-de-semana, na sequência da realização do evento “Taste
Douro”. A iniciativa, promovida pela Beira Douro - Associação
de Desenvolvimento do Vale do Douro, com produção da EV Essência do Vinho, reuniu 24 produtores de vinhos DOC Douro
e Porto, três restaurantes com degustações gastronómicas,
produtos tradicionais e gourmet e promoveu ainda um conjunto
de workshops dirigidos ao público em geral e a profissionais da
hotelaria e restauração.
“Estamos muito satisfeitos com o impacto gerado pelo
evento, que acabou por ser visitado por cerca de 4.000 pessoas. Confirmamos que no Douro também é possível concretizar
iniciativas com capacidade de atracção de novos públicos e que
ajudam a posicionar os produtos da região. Os expositores e os
restaurantes que participaram no ´Taste Douro´ estão agradados pela forma como decorreu o evento e nós, organização,
sentimo-nos orgulhosos por termos conseguido atrair diferentes públicos, desde locais a turistas portugueses e estrangeiros
que aproveitaram o fim-de-semana para conhecer um pouco
melhor o Douro e, em particular, Lamego. Consideramos, por
isso, estarem lançadas as bases para próximas edições”, salienta
Rui Oliveira, presidente da Beira Douro.
De recordar que na antecâmara do “Taste Douro” foi também realizado um seminário internacional sobre enoturismo,
com intervenções de especialistas de Portugal, Espanha,
França e Estados Unidos. No Teatro Ribeiro Conceição, o seminário apresentou um guia sobre o enoturismo no Douro, um
manual de boas práticas sobre a actividade, um novo website (
Www.dourowinetourism.com) e aplicações para smartphones e tablets.
O seminário foi também organizado pela Beira Douro, em
parceria com outras duas associações durienses de desenvolvimento, a Associação Douro Histórico e a Associação Douro
Superior.
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inferior do Douro em receber estas cepas,
por causa do Benefício. Actualmente já
vemos algumas pessoas a voltar a plantar vinha, o que é muito importante.
Juntamente com Vale da Teja, Trevões e Moncorvo
Adega da Meda
integra projecto Super Douro
Encerrada durante dois anos, a Adega Cooperativa da Meda reabriu em 2011
apostada em aproveitar o património
vitivinícola do concelho. Num concelho
dividido entre o Douro e a Beira Interior, a
Adega apresenta ao mercado vinhos das
duas regiões, desde vinhos de mesa, regionais e DOC, a vinho do Porto.
No sentido de aproveitar as sinergias
da região, a Adega integra o projecto
Super Douro, como organização de produtores, que agrega as adegas da Meda,
Vale da Teja, Trevões e Moncorvo.
Em conversa com a Gazeta Rural, o presidente da Adega da Meda destaca a importância do projecto para o escoamento dos
vinhos da cooperativa, muito procurados
pela sua qualidade. Fernando Jesus destaca
a saúde da adega, que já liquidou as três ultimas vindimas aos seus associados.
Gazeta Rural (GR): Como está hoje
a Adega da Meda, numa altura em que
algum sector cooperativo atravessa
momentos difíceis?
Fernando de Jesus (FJ): Penso que
hoje já se olha para o sector cooperativo
de outra forma. 2012 foi o ano dedicado ao cooperativismo e nós vemos que
as cooperativas hoje começam a ter o
papel para o qual foram efectivamente
criadas. Notamos isso aqui na nossa re28
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gião, nomeadamente as que pertencem
a estrutura do Douro, que começam a
criar estratégias para ganhar força no
mercado. As pessoas têm olhado para as
cooperativas de uma forma mais positiva,
como acontece actualmente com a Adega da Meda.
Depois de ter estado encerrada durante dois anos e reiniciado a actividade em 2011, tem tido uma recuperação
mais rápida do que estávamos a prever.
As estruturas abandonadas implicam um
desgaste financeiro grande para se poderem tornar novamente funcionais. Nós
contornámos isso e não tivemos nenhum
problema na vinificação.
Este ano prevemos fazer algumas
obras, nomeadamente na zona de recepção das uvas, e, para o efeito, já temos o
projecto aprovado. Deste modo, iremos
optimizar recursos, não só do pessoal
mas também na qualidade dos vinhos.
Prevemos uma vindima de 2013 com uma
tendência superior ao ano passado. Aliás,
tivemos um crescimento de 25% de 2011
para 2012. Temos tido a adesão dos nossos cooperantes. Os que saíram, porque
a Adega fechou, estão a regressar com
algum entusiasmo e isso nota-se nas
reuniões que vamos realizando, em que
temos sempre a sala cheia, muito pelo
efeito do trabalho desta direcção. É que
GR: O concelho da Meda está dividido entre o Douro e a Beira Interior.
Tem, por isso, um património vitícola
valioso, nomeadamente vinhas antigas. Que importância tudo isso tem?
FJ: Estamos a perspectivar trabalhar
esse aspecto. Temos dois enólogos, (José
Pinheiro e Joaquim Anacleto) com renome na região do Douro, que têm feito um
trabalho excelente e nos têm incentivado
bastante a tirar proveito desse património.
Nesse sentido, vamos proceder ao
levantamento desse património e fazer
uma selecção de castas, para fazermos
vinhos, ainda, de melhor qualidade e com
outras características. Já temos vinhos
com excelente qualidade, mas queremos
melhorar ainda mais.
Relativamente às vinhas velhas, é
importante não só por isso, mas porque
há determinadas castas que já não se
encontram muito na região do Douro.
Iremos aproveitar essa mais-valia para
fazermos um vinho, ainda que seja uma
quantidade limitada, de alta qualidade.
GR: Disse que estão já a trabalhar
a exportação. Com o mercado nacional em retracção a aposta no mercado
externo é para reforçar?
FJ: Já estamos a exportar vinho do
Porto. Quanto aos vinhos DOC ainda não
exportamos, porque o operador que nos
contactou queria vinhos mais velhos. O
nosso vinho mais recente é de 2011 e tem
excelente qualidade. Esperamos por outros operadores no sentido de podermos
negociar.
Todavia, neste momento também
não temos uma grande capacidade de
negócio ao nível dos engarrafados, pois
vamos deixando alguma quantidade para
fazer Reservas. Grande de parte do vinho tem sido vendido a agranel. Tem sido
muito procurado e temos várias empresas que nos têm comprado, talvez devido
a ser um vinho de altitude, na parte Douro
Superior, com uma menor acidez e outras
qualidades aromáticas, que levam a que
muitos operadores nos procurem para o
adquirir. No entanto, assim que o Projecto Super Douro arrancar, e irá ser lançada
a marca muito brevemente, vamos apostar nele, para o qual temos 250 mil litros
de vinho reservados.
GR: Qual será a marca?
FJ: Nos brancos será ‘Geios’, em duas
variantes, um normal e um reserva. Nos
tintos será ‘Rupestre’, normal e reserva. O
branco está pronto para ser engarrafado
e o tinto aguarda mais algum tempo, porque a legislação obriga que assim seja.
O projecto Super Douro arrancará com
grande parte da produção dos vinhos de
quatro adegas.
GR: Quais as adegas que fazem parte
do projeto da Super Douro?
FJ: O projecto Super Douro é um
agrupamento de produtores, que junta as
adegas da Meda, Vale da Teja, Trevões e
Torre de Moncorvo. A Adega de Freixo Espada Cinta tem apoiado a ideia, mas não
aderiu ao projecto, o que pode ainda vir
a acontecer.
Os vinhos brancos estarão no mercado em meados de Junho, enquanto os
tintos só lá para o início de Julho.
já pagámos as três vindimas feitas sob
nossa responsabilidade, cumprindo aquilo com que nos comprometemos.
A nível do mercado, estamos a trabalhar na distribuição a nível nacional, com
maior incidência na região Centro, mas
também com um negócio de vinho do
Porto para exportação. A distribuição na
região centro, em especial no litoral, está
a correr muito bem, mas também na região do interior.
GR: Qual é a capacidade produtiva,
neste momento, da Adega da Meda?
FJ: Este ano atingimos cerca de um
milhão de quilos de uvas. A Adega tem capacidade de instalação de 4,5 milhões de
litros, o que vai ser difícil de atingir. Houve o
arranque de muitas vinhas no concelho da
Meda, pelo que dificilmente atingiremos o
limite da nossa capacidade.
GR: O facto de a Adega ter estado
parada durante dois anos, de algum
modo levou a esse arranque de vinha
e a consequente quebra da produção?
FJ: Também contribuiu. Na altura
houve uma crise muito mais acentuada
e os preços estavam completamente de
rastos e, como tal, as pessoas não tinham
rendimentos e arrancaram as vinhas,
porque houve interesse também da parte
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Produtores locais já distribuem a leguminosa pelo país
Festival do Chícharo atraiu milhares
de pessoas a Alvaiázere
É a leguminosa do momento, que atraiu a Alvaiázere muitos
milhares de pessoas, em mais uma edição do Festival do Chícharo, que se realizou em simultâneo com a Feira Agrícola, Florestal,
Industrial, Pecuária e Artesanato (FAFIPA).
António Leitão Amaro, secretário de Estado da Administração Local, foi o membro do Governo presente, tendo acompanhado o autarca local, Paulo Tito Morgado, na cerimónia de
inauguração e na visita ao certame. Na ocasião, o governante
não poupou elogios ao autarca, que considerou de “boas contas” e “merecedor de um elogio”. Leitão Amaro frisou que “esta
é a realidade da maioria das autarquias portuguesas”, considerando ser “falso que a generalidade dos autarcas não é de boas
contas”, referindo que “a maioria dos municípios tem as suas
contas no verde”.
Por sua vez Paulo Tito Morgado aproveitou para destacar a
importância da visita do governante. “Um mergulho no território
que é essencial”, frisou o autarca, referindo que, desse modo, se
pode “responder com muito mais eficácia e proactivamente aos
anseios e dificuldades das populações”.
A ocasião foi aproveitada para o descerramento de uma lápide que assinalou a abertura ao trânsito da nova ligação de Alvaiázere ao nó de acesso à auto-estrada A13, que liga Condeixa
a Tomar, concretizando-se assim um dos grandes anseios das
gentes desta região das Terras de Sicó.
Chícharo de Alvaiázere já chega a todo o país
O Festival do Chícharo serviu para relançar a produção
desta leguminosa, que colocou este concelho do interior do
distrito de Leiria nas bocas do mundo, e com ela apareceram
projectos que levam agora o chícharo a todo o país. É o caso
da empresa Simões & Ramos, que distribui a leguminosa com
a marca “Flor de Chão”, em embalagem de um quilo, assim
como uma outra, “Chícharo”, de 500 gramas, numa embalagem mais requintada e com uma receita tradicional da região
inscrita.
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“A empresa está no mercado há alguns anos ligada ao comércio de fruta e produtos hortícolas”, referiu à Gazeta Rural
Nuno Julião, gerente da empresa. A necessidade de inovar ‘aguça o engenho’ e, aproveitando o renascimento da leguminosa,
avançou para o mercado com a marca Flor de Chão. “De Bragança ao Algarve já se come chícharo de Alvaiázere”, diz Nuno
Julião, referindo que um dos problemas é o facto de “não estar
bem explorado”, para além de “se estar a descobrir o seu grande
potencial gastronómico”.
O chícharo é uma leguminosa de sabor suave e versátil, que,
diz Nuno Julião, “combina com tudo”. Pode acompanhar carne
ou peixe, em puré ou em doçaria. “Podem fazer-se coisas maravilhosas com o chícharo”, desafia Nuno Julião.
Berta Nunes diz que Festa deste ano superou as expectativas
Cereja de Alfandega da Fé foi muito procurada
Perto de vinte mil pessoas terão passado por Alfândega da Fé, em mais uma
edição da Festa da Cereja. O certame
atraiu muitos visitantes da região, mas
também de todo o país, facto que deixou
Berto Nunes satisfeita, vendo assim cumpridos os objectivos que estiveram na génese da realização do evento. A autarca
de Alfandega da Fé, sem quantificar, diz
que foram vendidas muitas toneladas de
cereja, num evento que mostrou também
o empreendedorismo do concelho e os
excelentes produtos locais.
Algarve. O que verificámos é que houve
mais gente, seguramente o dobro do ano
passado. Objectivamente, e não temos
forma de as contar, arriscaria a dizer que
passaram pela feira 15 a 20 mil pessoas.
Gazeta Rural (GR): Que balanço faz
da Feira?
Berta Nunes (BN): Um balanço muito positivo. Direi mesmo que superou as
nossas melhores expetativas. Tivemos
muita gente do distrito a procurar a feira, mas também vinda de outras regiões
mais distantes. As vias de comunicação,
principalmente o IC5, terão aqui um papel
interessante, para além de que, e fiquei
com essa ideia, há cada vez mais gente
a viajar dentro do país, porque notámos a
presença de pessoas de regiões tão distantes como o Algarve.
Esta era uma feira mais dirigida ao
distrito e à região, mas verificámos que
veio gente de todo o país, do Minho ao
GR: A feira cumpriu os objectivos?
BN: Esta feira, na nossa perspectiva,
tem como objectivo ajudar os produtores
a vender o fruto, mas também dar visibilidade ao nosso concelho e atrair pessoas,
não só para comprar os nossos produtos,
mas também para nos visitarem noutras
alturas. Por isso, tivemos na feira o turismo rural, o artesanato do concelho e os
nossos excelentes produtos locais.
GR: Aquele receio de que, por causa do tempo, não haveria fruto suficiente acabou por não se verificar?
BN: Sim. Estávamos com algum
medo, porque a cereja atrasou muito e
podíamos não ter quantidade suficiente,
o que não sucedeu.
guns que nem são do conselho. Houve
uma procura muito grande de cereja, talvez porque houve atraso na maturação e
estas serão das primeiras.
GR: O programa da feira teve vários atractivos?
BN: Tivemos um programa à altura.
Queria realçar um evento muito interessante e marcante, que foi o teatro comunitário com “A Lenda do Cavaleiros das
Esporas Douradas”, numa parceria com
a Filandorra - Teatro do Nordeste, que
contou cerca de uma centena de participantes locais. Tivemos alguns artistas
da Filandorra e muitas pessoas locais que
participaram na representação. A adesão
do público foi fantástica, com mais de
duas mil pessoas a assistir. Foi um evento
bem-sucedido, que atraiu pessoas à festa e à feira, e que mostrou um pouco da
história da Alfandega da Fé.
GR: Vendeu-se muita cereja. É possível quantificar?
BN: Não tenho ideia. A Cooperativa
vendeu tudo o que os associados conseguiram apanhar, mas também outros
produtores venderam muita cereja, alwww.gazetarural.com
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Em mais uma Semana Gastronómica
Cabrito do Caramulo atraiu visitantes à Serra
A aposta em produtos gastronómicos locais é sempre
um motivo de atracção de visitantes. A Semana Gastronómica do Cabrito e da Serra do Caramulo, que decorreu
em simultâneo com a XIV Feira de Artesanato e Produtos
Locais, foi um bom motivo para levar gente a visitar a Serra e a degustar um dos mais famosos pratos da cozinha
típica desta região.
Promovido pela Junta de Freguesia de Guardão e Confraria Gastronómica do Cabrito e da Serra do Caramulo,
com o apoio da Câmara de Tondela, a iniciativa foi aproveitada para dar a conhecer um protocolo de colaboração entre a Câmara e a Confraria, com o intuito de organizar e promover iniciativas que potenciem a região e os
produtos locais, como é o caso da Semana Gastronómica.
Para o presidente da Junta de Guardão, a iniciativa
“tem vindo a melhorar”, lamentando apenas, que, desta
vez, “o tempo não tenha ajudado”. António Ferreira destacou o trabalho feito na promoção do cabrito, como produto gastronómico de referência, “que possa atrair gente
ao longo do ano e não apenas durante a realização deste
evento”.
O autarca destaca as ofertas turísticas que o Caramulo oferece “em vários domínios”, desde o turismo automóvel ao desporto aventura”, aproveitando as imensas
potencialidades que a Serra tem neste domínio. “Há um
vasto leque de ofertas, que se vão diversificando, em que
temos que apostar, não só na Serra, mas também em tudo
o que a envolve”, sublinhou o autarca.
PARCERIA
PORTUGUESA
III Fórum de Desenvolvimento Local
em Língua Portuguesa
20 e 21 de Junho de 2013
COIMBRA - Portugal
Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra
organização:
Inscrições: Dueceira-ELOZ (00351) 239995268
[email protected]
ADL– Associações de Desenvolvimento Local
parceiras do projecto de cooperação transnacional
Cooperar em Português
GAL Coordenador
Dueceira.ELOZ
Considerada uma das “melhores edições de sempre”
Feira Nacional de Agricultura em Santarém
visitada por mais de 170 mil pessoas
“A passagem de mais de 170 mil pessoas faz desta a edição da feira mais visitada de sempre, desde que foi criada há
49 anos”, afirmou Luís Mira, secretário-geral da Confederação dos Agricultores
de Portugal e administrador do Centro
Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), em Santarém, onde decorreu a 50 Feira Nacional de Agricultura.
Além dos visitantes, o aumento do
número de expositores para mais de 600
levou a organização a considerar esta
uma das “melhores edições de sempre”
da feira, que foi uma “demonstração de
grande vitalidade” do sector agrícola,
“apesar da crise”.
Além da mostra da tecnologia de
ponta para o sector agrícola e da divulgação de produtos nacionais, Luís Mira
destacou, no balanço do certame, a realização de vários seminários sobre temáticas agrícolas e empresariais. “No total
tiveram lugar 31 seminários, organizados
por 17 entidades, que contaram com a
participação de 5.531 pessoas, o que demonstra o interesse destas iniciativas”,
sublinhou Luís Mira.
Azeite, mel, vinho, queijos, enchidos e
muitos outros produtos nacionais, muitos
dos quais premiados em vários concur-
sos, fizeram as delícias dos visitantes no
Salão “Prazer de provar”. A mostra do
sector agroalimentar, que este ano contou com um ‘stand’ dedicado ao programa “Portugal Sou eu”, marcou a vertente
de aproximação da feira ao consumidor
e o incentivo ao consumo de produtos
nacionais. Concertos, largadas de toiros,
desfiles, provas de campinos e espectáculos diários marcaram o programa de
animação da feira, que contou ainda com
duas exposições (de fotografia e pintura)
comemorativas da 50 edição.
Ao longo de nove dias, a Feira Nacional de Agricultura foi palco privilegiado
da agenda política nacional contando
com a visita do primeiro-ministro, Pedro
Passos Coelho, a ministra da Agricultura,
Assunção Cristas, e vários membros do
governo, dos líderes de todos os partidos
políticos com assento parlamentar e do
secretário-geral União Geral do Trabalhadores (UGT). “Este interesse demonstra a dimensão económica e política da
feira e temos o testemunho de expositores que ainda antes de terminar o evento
já tinham recebido pedidos e entregue
encomendas que resultaram de contactos de negócio efectuados ao longo do
certame”, concluiu Luís Mira.
Exposição do Mundo Rural
A Feira Nacional de Agricultura foi
palco de uma assinalável mostra pecuária. A par com os 547 animais (entre
bovinos, equinos, caprinos e ovinos) em
exposição, pela feira passaram “cerca de
mil animais” que participaram em provas
e concursos, com destaque para os concursos nacionais de coudelarias portuguesas, equitação e dressage. Diferentes
raças autóctones bovinas nacionais e
exóticas, equinos representando as principais coudelarias nacionais, suínos de
raça bísara e raça alentejana, caprinos e
ovinos estiveram diariamente em exposição ao público que visita a feira.
Neste contexto, destacam-se as múltiplas provas do sector equino, nomeadamente o Concurso Nacional Oficial de Coudelarias Portuguesas, Concurso Nacional
de Equitação do Trabalho e o Concurso de
Dressage, entre outras, que contabilizaram
mais de 150 exemplares em competição.
Ainda no sector pecuário, realce para
os Concursos de Bovinos de Raça Charolesa, de Ovinos e de Suínos da Raça Bísara e
Alentejana, uma demonstração do interesse
que as organizações e os criadores apresentam na Feira Nacional de Agricultura.
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Formação Agrícola
“A agricultura tem que ser encarada com muito profissionalismo”
Responde Fernando Pereira, Gestor de Formação da ZONA VERDE
Alvoco das Várzeas acolheu III Encontro Distrital de Sapadores Florestais
Presidente da CAULE
criticou desinvestimento na prevenção
O presidente da CAULE – Associação Florestal da Beira Serra criticou o “desinvestimento” na criação de novas equipas de
sapadores, em contraste com o “investimento” feito em meios
de combate. Vasco Campos abordou a questão durante o III Encontro Distrital de Sapadores Florestais promovido pela CAULE,
que teve como palco o parque merendeiro da praia fluvial de Alvoco das Várzeas, freguesia que teve uma das primeiras equipas
de sapadores florestais, onde estiveram presentes cerca de 120
“soldados” da floresta.
Durante o convívio, que contou com a presença de algumas
entidades ligadas ao sector florestal, o presidente da CAULE,
Vasco Campos, realçou a importância destes “verdadeiros soldados da paz” que trabalham todo o ano na defesa da floresta,
sublinhando que este tipo de iniciativas ajudam a “fortalecer o
espírito de grupo destes homens e mulheres que muitas vezes
trabalham em conjunto, seja em acções de silvicultura preventiva, seja no combate a incêndios florestais, e não se conhecem”.
Actualmente existem cerca de 230 equipas em todo o país,
seis das quais geridas pela CAULE, que actuam ao nível da prevenção de incêndios, concretamente através da limpeza de caminhos, roças de matos, pontos de água, desbastes, trabalho
que, segundo o presidente daquela organização florestal, tem
contribuído decisivamente para a diminuição da área ardida na
região. Vasco Campos, não deixa de lamentar, todavia, o facto
do trabalho destas equipas não estar a ser acompanhado do
“respectivo apoio financeiro”, o que levou já algumas organizações a deixarem “cair” os seus projectos, por falta de “dinheiro
para os manter em funcionamento”. Lamentou ainda o “desinvestimento” que se verificou nos últimos dois anos ao nível da
criação de novas equipas de sapadores, bem como os montantes atribuídos às organizações que fazem a sua gestão, o que
contrasta com o “investimento” feito em meios de combate.
“Continua-se a gastar cinco ou seis vezes mais em meios de
combate do que em prevenção, há dois anos que não há apoios
para a criação novas equipas, sendo certo que os montantes
para o combate continuam a aumentar”, constata Vasco Campos. O presidente da CAULE nota que apesar de existirem “outros mecanismos de prevenção”, os sapadores florestais”, por
aquilo que representam em termos de dinamização dos meios
rurais, e indo a locais mais recônditos onde outros meios não
chegam, deviam continuar a ser uma aposta nesta área”. “O
ideal era atingir o objectivo das 500 equipas inicialmente previstas” afirma o dirigente, para quem estes actores têm uma relação “custo/benefício elevadíssimo”, quando comparado com
outras estruturas e meios operacionais.
“Eles são os verdadeiros soldados da paz, trabalham todo
o ano na floresta, são quem a conhece melhor, penso que ninguém está mais habilitado do que eles a defendê-la”, considera
ainda o presidente da Associação Florestal da Beira Serra, que
arrancou com a primeira equipa em 2001, dois anos depois de
terem sido criadas no país.
Com o objectivo de “valorizar” aquela que é considerada
“uma peça fundamental” na defesa da floresta contra incêndios,
o presidente da CAULE aproveitou para desejar que a próxima
época de fogos florestais seja mais calma que 2012, fazendo
votos para que os sapadores do distrito se voltem a encontrar
daqui a um ano, e se possível ainda mais reforçados.
Segundo a Associação Portuguesa de Cortiça
Exportações de cortiça devem chegar
aos mil milhões de euros em 2015
As exportações de cortiça devem atingir os mil milhões de
euros em 2015, segundo a Associação Portuguesa de Cortiça
(APCOR), que anunciou um investimento de 7 milhões de euros
na promoção internacional deste material.
“Os objectivos estratégicos passam por manter e recuperar
alguma quota das rolhas de cortiça nos mercado tradicionais,
aumentar a quota nos mercados emergentes, aumentar a quota
dos materiais de construção e decoração e posicionar a cortiça
como o material de valor acrescentado, em alguns segmentos”,
adiantou a APCOR num comunicado.
A concretizarem-se estes objectivos, as exportações de
cortiça devem aumentar dos 850 milhões de euros registados
em 2012 para mil milhões de euros em 2015.
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O projecto InterCork II (Promoção Internacional da Cortiça), que conta com um orçamento de 7,3 milhões de euros, dos
quais 80% financiados com verbas comunitárias, avança agora
para uma segunda fase, visando alguns mercados de continuidade como Alemanha, EUA e Canadá, França, Itália e China; e
novos mercados como o Brasil e a Escandinávia.
Nos dois primeiros, será desenvolvida uma campanha para a
promoção de rolhas e de materiais de construção e nos restantes a promoção terá como alvo as rolhas de cortiça.
Os principais destinos das exportações portuguesas de cortiça, em valor, são a França (20%), os EUA (17%), Espanha (11%),
Itália (10%) e a Alemanha (9%).
Gazeta Rural (GR): Como tem decorrido os cursos de formação na área
da fitossanidade?
Fernando Pereira (FP): A formação
sempre foi importante para os agricultores, sendo particularmente relevante
nesta área que exige conhecimentos
técnicos sobre as pragas e doenças das
plantas e os meios eficazes de combate
que preservem o meio ambiente e a segurança do aplicador e do consumidor.
Com a entrada em vigor da recente Lei
26/3012 de 11 de Abril, a formação nesta
área tem tido uma procura bastante intensa, pois todos os agricultores que apliquem
produtos fitofarmacêuticos serão obrigados, a partir de 26 de Novembro de 2015, a
possuir um cartão de aplicador emitido pela
Direcção Regional de Agricultura e Pescas
(DRAP), sendo a formação obrigatória para
as pessoas que tenham idade inferior a
65 anos aquando da altura da publicação
desta lei. A ZonaVerde, entidade formadora
acreditada, da qual faço parte, tem actualmente parceria com várias entidades locais
(empresas, associações e cooperativas
agrícolas) para dar resposta às solicitações
apresentadas.
GR: Os agricultores têm aderido
bem e entendem a necessidade de
formação?
FP: Neste momento, as necessidades
de formação na área dos fitofarmacêuticos prendem-se com a imposição legal
relacionada com a aquisição do cartão,
pelo que a motivação principal para a
frequência de acções de formação prende-se com esta imposição e não tanto
na procura voluntária de conhecimento.
Nota-se, contudo, que no final de cada
curso, de forma geral, todas as pessoas
acabam por reconhecer a importância
deste tipo de formação, admitindo, muitas vezes, que cometiam sérios erros no
manuseamento e na aplicação dos pesticidas com prejuízo da sua saúde, saúde
dos consumidores e do meio ambiente.
Essencialmente, com esta formação, os
agricultores acabam por ficar mais sensibilizados para uma correta aplicação
destes químicos, respeitando as boas
práticas fitossanitárias, as doses e/ou
concentrações, a protecção dos consumidores, a utilização de equipamentos
de protecção individual, equipamentos
de aplicação adequados e calibrados e
a preocupação pela protecção do meio
ambiente. Para além disso, também se
torna importante conhecerem os procedimentos impostos legalmente, pois
poderão ser surpreendidos pelas autoridades com penosas coimas, caso não
estejam em conformidade com a lei.
GR: Que importância atribui a estes
cursos, tendo em conta as novas exigências da União Europeia no controlo
do uso de fitofármacos, como se verificou recentemente com a questão das
abelhas?
FP: Recentemente a Comissão Europeia queria avançar com a proibição
de pesticidas que matam abelhas, apesar de ainda não ter conseguido acordo
dos países membros. A preocupação pela
protecção destes agentes polinizadores
(abelhas) sempre foi uma preocupação
das autoridades que tutelam a homologação dos produtos fitofarmacêuticos no
nosso país, recomendando orientações
específicas de boas práticas. Neste momento, existem vários produtos no mercado que, quando mal utilizados, afectam
gravemente as populações destes insectos. Também neste ponto a formação é
importante, pois aborda esta questão no
âmbito das boas práticas ambientais, assim como os procedimentos obrigatórios
por lei que o agricultor tem que cumprir
quando tenciona aplicar estes produtos.
GR: Numa altura em que a agricultura está na moda, a formação na área
agrícola é fundamental para quem
quer apostar no sector? E que tipo de
formação?
FP: De facto, o sector agrícola, ao
contrário da generalidade dos outros
sectores económicos, tem apresentado taxas de crescimento bastante interessantes nestes últimos tempos e
em particular nesta região, associado
principalmente à instalação de jovens
que aproveitaram os apoios do ProDeR
para a implantação de novos projectos
agrícolas. É também reconhecido pelos
diversos intervenientes que, nos dias de
hoje, a agricultura tem que ser encarada
com muito profissionalismo, pois só assim poderá vingar num mercado extremamente competitivo e exigente. Neste
sentido, a formação profissional é muito
importante e, quando bem aproveitada,
fundamental para a sensibilização e aumento de competências e crescimento
pessoal das pessoas, desenvolvendo e
estimulando competências transversais
que possibilite uma agricultura sustentável e que seja economicamente rentável.
GR: Quais as áreas que reputa
como mais importantes na formação
de jovens agricultores?
FP: Todas as áreas são importantes
e, como se costuma dizer, o saber não
ocupa lugar. A grande maioria dos jovens
empresários agrícolas desta região apostou na produção de frutos vermelhos
(mirtilo, framboesa, groselha e amora),
culturas ainda pouco conhecidas e que
requerem conhecimentos específicos
técnicos a diversos níveis. Por esta razão,
a formação nesta área será uma mais-valia para quem ambicionar vingar com
sucesso neste sector.
Neste ponto destaca-se que os jovens agricultores que submeteram candidaturas no âmbito dos projectos de
primeira instalação – acção 1.1.3. do
PRODER, têm, obrigatoriamente, que
cumprir um plano de formação especializada, que pode englobar 4 módulos de
formação com a duração máxima de 213
horas e que é fundamental para a aquisição de conhecimentos que possibilitem o
acompanhamento, a execução e implementação prática das acções previstas
nos seus projectos de forma criteriosa.
A ZonaVerde têm um projecto de
formação aprovado na acção 4.2.1. do
PRODER e está a promover este tipo de
formação nesta região a todos os jovens
interessados nas mais diversas orientações
produtivas, ao nível dos conhecimentos
gerais sobre a actividade agrícola, técnicas
específicas de produção, noções gerais de
gestão e contabilidade da empresa agrícola, mecanização, bem como uma componente prática de formação em contexto
real de trabalho acompanhada, que permitirá a aplicação em campo dos conhecimentos teóricos abordados.
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BREVES
Evento é organizado
pela Câmara de Águeda
De 21 a 24 de Junho
Festas do Concelho da Lourinhã
AgitÁgueda marcadas pela contratualização
anima concedo Parque dos Dinossauros
lho durante o
mês de Julho
No âmbito dos Jardins Efémeros, de 22 a 28 de Julho, em Viseu
Projecto faz “cirurgia plástica”
a 15 lojas da rua Direita
Quinze lojas da Rua Direita de Viseu vão beneficiar de uma
“cirurgia plástica” no âmbito do projecto Jardins Efémeros, que
pelo terceiro ano está a desafiar artistas a pensarem em formas
de dinamizar o centro histórico da cidade. Intitulada “Rua Direita
– Esta rua não acaba aqui”, a iniciativa é considerada uma das
mais importantes da edição deste ano dos Jardins Efémeros, que
se vão realizar entre 22 e 28 de Julho.
A promotora dos Jardins Efémeros, Sandra Oliveira, justificou
a escolha da Rua Direita com o facto de estar “moribunda, com
muitas lojas devolutas”, tal como acontece noutras ruas de centros históricos de muitas cidades portuguesas. “É o início de uma
esperança”, frisou, explicando que a intervenção ficará a cargo
de Joana Astolfi – cujo trabalho cruza arquitectura, arte e design
– com a ajuda de 20 alunos da Faculdade de Arquitectura da
Universidade Católica e de uma construtora civil de Mangualde,
que investirá 5.500 euros.
Na opinião de Joana Astolfi, a Rua Direita “tem um potencial
enorme: as fachadas são bonitas, a proporção é bonita”. Agora,
a artista promete percorrer a rua “mais 30 vezes de cima a baixo” para sentir o seu ritmo, conhecer as lojas e perceber “qual é
a história que têm para contar, o produto que querem vender” e
encontrar soluções que se situem “no intervalo entre o antigo e
o contemporâneo”.
Depois da “cirurgia plástica”, cada uma das 15 lojas, independentemente do produto que venda, tem de ser uma loja que
pudesse “estar em qualquer sítio do mundo”, sublinhou.
Segundo Joana Astolfi, as intervenções poderão ser na fachada, na montra e no interior das lojas ou apenas a colocação
“de uma instalação de arte”.
Sandra Oliveira explicou que a selecção das 15 lojas terá em
conta a sua localização (de forma a não se situarem todas no
início ou no fim da rua), a diversidade de negócio e o facto de
terem alguma particularidade. As intervenções devem arrancar
no início de Julho.
O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, lembrou
que a Rua Direita já foi “a principal travessia da cidade”, que
reunia “todas as condições para ser uma rua com muito movimento”, mas perdeu importância com a abertura da Rua Capitão Silva Pereira e depois de outras artérias. Na sua opinião,
a autarquia não pode “resolver os problemas todos”, mas deve
ser uma entidade facilitadora e, por isso, congratulou-se com a
iniciativa, comprometendo-se a dar uma ajuda financeira caso
esta seja necessária.
O presidente da Associação Comercial de Viseu, Gualter Mirandez, mostrou-se convicto de que a Rua Direita vai viver melhores dias e permitirá a futuras gerações centrarem nela a sua
vida. “Com este e outros eventos vamos conseguir novamente
pô-la a funcionar, não só como espaço de comércio, mas também de lazer”, considerou.
As restantes iniciativas dos Jardins Efémeros – um projecto
que quer levar as pessoas ao centro histórico através das artes
– serão anunciadas posteriormente.
Ano IX - N.º 203
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Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores
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A Câmara Águeda trabalha afincadamente para o arranque do AgitÁgueda,
um evento de sucesso que habitualmente decorre em Julho na Praça 1º de Maio
e que cria um ponto de encontro para as
noites de Verão, junto ao rio, proporcionando momentos de convívio, cultura e
lazer num espaço de qualidade, do um
acontecimento que anima a cidade, o
concelho e a região, aproveitando todas
as potencialidades que o rio e o espaço
da praça oferecem nessa altura do ano.
O AgitÁgueda decorre num espaço
atraente junto ao rio e cativa o público
não apenas do concelho, mas também da
região. Nesse local são disponibilizados
vários bares com as suas esplanadas que
oferecem aos visitantes as condições
necessárias ao bom funcionamento desta iniciativa. Uma aposta forte tem sido
feita na participação de associações do
Concelho, que trazem os seus produtos
tradicionais e a gastronomia da região.
As edições realizadas desde 2006 foram marcadas por um êxito sem paralelo,
com a visita de milhares de pessoas a dar
o melhor testemunho de uma iniciativa
que já ganhou raízes no Verão da Cidade
e do Concelho.
AgitÁgueda é candidato a Melhor
Evento do Ano
O evento AgitÁgueda candidatou-se
o título de Melhor Evento de Marca do
Ano, cujo vencedor será conhecido a 5
de Julho, numa cerimónia a decorrer em
Lisboa.
O AgitÁgueda está nomeado pela
edição de 2012, na qual marcaram presença mais de 100 mil espectadores, que
assistiram a espectáculos de música,
animações de rua, acções de dinamização do comércio tradicional, e múltiplas
iniciativas culturais, desportivas e de entretenimento, no Largo 1.º de Maio e toda
a cidade de Águeda.
A inauguração da ciclovia Lourinhã/Areal Sul e a contratualização do
Parque dos Dinossauros da Lourinhã são os momentos altos das Festas
do Concelho, que se estendem de 21 a 24 de Junho, feriado municipal.
O programa centra-se, uma vez mais, no Estádio Municipal que vai
receber artistas e grupos do concelho - Rodrigo Maurício, Putos & Pulos
e Vozes do Tempo, estando ainda contemplada a actuação de ranchos
folclóricos, do DJ João Diogo e das marchas populares.
De entre os muitos atractivos desta festa, realce para as tasquinhas
que oferecem iguarias e petiscos da região, e que habitualmente são
muito concorridas.
dia 24, Feriado Municipal, inicia-se pela manhã com a caminhada solidária “Caminhar com a ADAPECIL”, seguindo-se a inauguração da ciclovia: De tarde, no salão nobre dos Paços do Município, a sessão solene
comemorativa do Feriado Municipal, que enquadra a contratualização
do início da obra do Parque dos Dinossauros da Lourinhã. O programa
das festas encerra-se com o desfile e actuação das marchas populares.
Festas de Feira Nacional
da Água e do
São João em
Armamar Regadio debate
Emanuel é cabeça de cartaz nas
festas do município de Armamar
em honra de São João. O programa
das festas assume a estrutura habitual com as marchas populares
na noite de 23 e a procissão, que
mobiliza representações religiosas
de todas as freguesias do município, no dia 24 ao final da tarde. Este
ano serão sete as marchas a desfilar na Avenida Dr. Oliveira Salazar
até à Câmara Municipal, onde fazem individualmente a sua exibição
para o público e entidades locais aí
presentes.
Com o presidente da autarquia, Hernâni Almeida, em final de
mandato, adivinha-se que algumas marchas possam assinalar ou
lembrar, em jeito de homenagem, a
“obra” que marca os seus 20 anos
à frente da Câmara Municipal.
fruticultura
O potencial da fruticultura no
Alentejo e os desafios da cooperação entre o Baixo Alentejo e
Cabo Verde vão ser debatidos na
XV Feira Nacional da Água e do
Regadio, que vaio decorrer entre
os dias 28 e 30 deste mês, em
Ferreira do Alentejo.
Os temas vão ser debatidos através dos colóquios «Fruticultura
no Alentejo: valorização do potencial de produção» e «Desafios
da Cooperação Descentralizada
Baixo Alentejo - Cabo Verde»,
promovidos pelo ninho de empresas de Ferreira do Alentejo em colaboração com outas entidades.
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Com a participação de Albert Porte Laborde
Anpromis promove acções
sobre a cultura do milho
A Associação de Produtores Nacionais de Milho e Sorgo (Anpromis), dando continuidade à sua política de apoio à inovação e ao conhecimento, lança durante o mês
de Junho mais um ciclo de formações técnicas subordinadas ao tema “O milho nas primeiras fases do seu desenvolvimento”. As acções de formação terão lugar de 18 a 21 de
Junho em Coimbra, Vila Franca de Xira e Beja.
Destinadas a produtores de milho e técnicos agrícolas, as acções que têm vindo a
ser promovidas pela Anpromis há cerca de 20 anos, contam com a experiencia de Albert
Porte Laborde, o conceituado consultor agrícola e perito para a cultura do milho em
França, que traz a Portugal o conhecimento de uma das mais avançadas e competitivas
agriculturas da Europa.
Com vista a fomentar a troca de experiencias esta é uma formação que conta com
uma forte componente prática e com visitas a diversas parcelas de milho, através das
quais é possível analisar in loco o desenvolvimento da cultura e os principais constrangimentos da cultura.
Segundo Luís Vasconcellos e Souza, “tendo em conta a actual conjuntura económica do nosso país é fundamental apoiar e fomentar de forma decidida a agricultura de
regadio, visto ser a única capaz de ser competitiva nas nossas condições de produção.
O milho tem um elevado potencial de produção, que advém não só da riqueza dos recursos naturais disponíveis e dos elevados investimentos já realizados em infraestruturas (Alqueva), como também de uma nova geração de produtores mais especializados,
que procura a constante inovação e a actualização dos seus conhecimentos, para aumentar a sua competitividade no mercado».
O milho tem sido, ao longo dos últimos anos, a cultura arvense mais representativa da
agricultura de regadio nacional. Assumindo-se o regadio como um factor estratégico para
o desenvolvimento e sustentabilidade da agricultura nacional, este ano as acções serão
ministradas na zona de Coimbra (dia 18/6), Vila Franca de Xira (dia 19/6) e Beja (dia 21/6).
MARA PEDRO
FADO
ALMA DO MUNDO
Sá Pinto
encadernadores
Crédito Agrícola
91.2 FM
Sá Pinto
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91.2 FM
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4 DE JULHO 21:30H
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VIDRO.
DÁ VONTADE
DE CELEBRAR.
É muito fácil gostar de uma embalagem de vidro. Alimentos
e bebidas adoram, porque podem exibir a beleza das suas cores
e texturas com toda a segurança. As pessoas adoram porque
podem escolher com toda a confiança aquilo que os seus olhos
vêem. E a Natureza adora, porque realça os seus melhores
frutos e mantém intactos os seus recursos. Na Verallia, há
mais de 25 anos que celebramos juntos todos os momentos.
SAINT-GOBAIN MONDEGO, S.A.
www.pt.verallia.com