VII Encontro de Sociologia dos Açores/Colloque - CES-UA

Transcrição

VII Encontro de Sociologia dos Açores/Colloque - CES-UA
PROGRAMME | PROGRAMA
26 de Novembre/Novembro (Quarta‐Feira/Mercredi)
Après‐midi/Tarde Aula Magna
14h00 Accueil des participants/Recepção 15h00 Ouverture officielle du colloque/Sessão de Abertura Apresentation du Colloque/Apresentação do Colóquio Fernando Diogo 16h00 Séance inaugurale par/Conferência de Abertura Immigrants and Migration Experiences in World Cities: A Case Study of the Portuguese in Multicultural Toronto – Canada José Carlos Teixeira 16h45 Pause/Pausa 17h00 Conférence plénière/Conferência Plenária Changer de vie : l'épreuve de l'ouverture Marc‐Henry Soulet 17h45 Débat /Debate 18h30 Fin des séances/Fim dos Trabalhos 27 de Novembre/Novembro (Quinta‐Feira/Jeudi)
Matin/Manhã Aula Magna 9h15 Conférence plénière/Conferência Plenária Immigration, diversity and cohesion: implications for urban policies and spatial planning in multiethnic cities Lucinda Fonseca 9h45 Conférence plénière/Conferência Plenária Portugal, país de dupla migração laboral Fernando Luis Machado 10h15 Débat /Debate 10h30 Pause/Pausa 10h45 Session/Grupos 12h30 Déjeuner/Almoço Après‐midi/Tarde 15h00 16h45 Session/Grupos Pause/Pausa 27 de Novembre/Novembro (Quinta‐Feira/Jeudi)
17h00 Conférence plénière/Conferência Plenária Migrações internacionais e desigualdades sociais Rui Pena Pires 17h45 Débat /Debate 20h00 Fin des séances/Fim dos Trabalhos 1 28 de Novembre/Novembro (Sexta‐Feira/Vendredi)
Matin/Manhã 9h30 Session/Grupos 12h30 Déjeuner/Almoço Après‐midi/Tarde Aula Magna
15h00 Table ronde "La mobilité humaine: questions contemporaines"/Mesa Redonda “Mobilidade humana: questões contemporâneas” Luís Baptista . Casimiro Balsa . Gilberta Rocha 16h15 Débat /Debate 16h45 Pause/Pausa 17h00 Conférence plénière/Conferência Plenária Les pays postcommunistes: de la migration comme contraite a la mobilite comme liberte Anna Krasteva 17h45 Débat /Debate 18h15 Fin des séances/Fim dos Trabalhos 18h45 Réunion Groupe CR30/Reunião CR 30 20h00 Diner de fin de colloque/Jantar de Encerramento 2 27 de Novembro/Novembre | 5.ª Feira/Jeudi Mesa 1: Trocas Culturais em contexto de mudança Table 1: Échanges culturelles en contexte de mutations Mesa 3: Transformações económicas e profissionais da mobilidade Table 3: Transformations économiques et professionnelles de la mobilité Mesa 4: Territórios de acolhimento Table 4: Territoires d’accueil Mesa 7: Mobilidade intergeracional e trajectórias profissionais Table 7: Mobilité intergénérationnelle et trajectoires professionnelles Mesa 8: A escola, o jovem e o mundo Table 8: L’école, le jeune et le monde Mesa 9: Migrações transfronteiriças e Migrações climáticas Table 9: Migrations transfrontalières et Migrations climatiques Mesa 10: Migrações aquém‐fronteiras Table 10: Migrations internes Mesa 12: Contornos singulares da mobilidade Table 12: Contours et singularités de la mobilité 28 de Novembro/Novembre | 6.ª Feira/Vendredi Mesa 2: Mobilidade formativa e intercâmbio cultural Table 2: Mobilité de formation et échanges interculturels Mesa 5: Identidades e comunicação em contexto migratório Table 5: Identités et communication en contextes migratoires Mesa 6: Vulnerabilidades familiares e Género Table 6: Vulnérabilités familiales et Genre Mesa 11: Diversidades e especificidades da mobilidade actual Table 11: Diversités et spécificités de la mobilité d’aujourd’hui 3 Mesa 1: Trocas Culturais em contexto de mudança Table 1: Échanges culturelles en contexte de mutations Moderador: Thiago Allis Marie‐Blanche Tahon 5.ª Feira/Jeudi 27 de Novembro/Novembre 10h45 Anf. 1 Interculturalisme ou multiculturalisme? La distinction québécoise Interculturalismo ou multiculturalismo? A distinção no Quebeque Anelito Pereira de Oliveira
Impasse du peuple nègre dans la nouvelle société brésilienne Impasses da negritude na nova sociedade brasileira Casimiro Balsa La fonction et les dispositifs de médiation dans la (re)construction d’identités A função e os dispositivos de mediação na (re)construção de identidades interpeladas. Maria Conceição Pereira Mobilités et cohésion sociale en Europe
Mobilidade e coesão social na Europa. Mesa 3: Transformações económicas e profissionais da mobilidade Table 3: Transformations économiques et professionnelles de la mobilité Moderador: Álvaro Borralho Vitorino da Silva Fernando Jorge Afonso Diogo 5.ª Feira/Jeudi 27 de Novembro/Novembre 10h45 Anf. Sul En flânant par des lieux interdits: la double expropriation de la population Brésilienne
Flanando por lugares proibidos: a dupla expropriação da população negra brasileira Trajectoires d’emploi en manège dans les contextes de pauvreté Trajectória de emprego em carrossel em contextos de pobreza Luci Helena Silva Martins, Aldemar Marques da Ascension sociale au Brésil d’aujourd’hui: Les dilemmes du travail et de la citoyenneté
Silva Ascensão social no Brasil contemporâneo: os dilemas do trabalho e da cidadania Mobilité sociale et inégalités de revenu: Ce qu’en disent la littérature et les évidences Luciene Rodrigues, Antônio Dimas Cardoso, Maria empiriques sur cette relation au Brésil de Fátima Rocha Maia Mobilidade social e desigualdade de renda: o que diz a literatura e as evidências empíricas sobre essa relação para o Brasil Mesa 4: Territórios de acolhimento Table 4: Territoires d’accueil Moderador: José Damião Rodrigues 5.ª Feira/Jeudi 27 de Novembro/Novembre 10h45 Aula Magna Immigration Ukrainienne au Portugal et les aspects épistémologiques impliqués dans Olena Semenko Kovtun la migration au niveau de la société Portugaise Imigração ucraniana em Portugal e os aspectos epistemológicos que implicam na integração na sociedade portuguesa Edite Rosário Réseaux Européen des Migrations – Un abordage commun sur l’immigration Rede Europeia das Migrações ‐ uma abordagem comum sobre a imigração Immigrants aux Açores: rapport avec le marché du travail et la mobilité Eduardo Costa Duarte Ferreira professionnelle Imigrantes nos Açores: relação com o mercado de trabalho e mobilidade profissional L’attrait de la France dans l’océan Indien (La Réunion, Mayotte) ou la quête de sécurité Roinsard Nicolas sociale comme objet de migrations. A atracção pela França no oceano indico (A Reunião, Moyotte) ou a busca de segurança social como objecto de migração. 4 Mesa 9: Migrações transfronteiriças e Migrações climáticas Table 9: Migrations transfrontalières et Migrations climatiques Moderador: Ana Gherghel 5.ª Feira/Jeudi 27 de Novembro/Novembre 10h45 Anf. Norte De là à l’au de‐là: étrangers d’ici et de lá…
Helena Ponce Maranhão Willy Tadjudje De lá pra cá: forasteiros de cá e de lá... Le réchauffement de la planète et le surgissement des migrations climatiques O Aquecimento do planeta e o surgimento das migrações climáticas Réinstallation des réfugiés centrafricains mbororo et crise alimentaire et sanitaire dans Pierre Fadibo l’Adamaoua et l’Est du Cameroun (2001 et 2007) Reinstalação dos refugiados centrafricanos mbororo e a crise alimentar e sanitária na Adamaoua e o Este dos Camarões (2001 e 2007)
La coopération énergétique Algérie: ‐union européenne Un exemple de coopération Abdelmadjid Ahmed‐Ouamar nord‐ sud a travers la méditerrané? A cooperação energética Argelina : União europeia : um exemplo de cooperação norte/ sul através do mediterrâneo. Mesa 8: A escola, o jovem e o mundo Table 8: L’école, le jeune et le monde Moderador: Suzana Caldeira 5.ª Feira/Jeudi 27 de Novembro/Novembre 15h00 Anf. Norte Les migrations clandestines en de l'Afrique noire: une stratégie de promotion sociale Honoré Mimche chez les jeunes As migrações clandestinas na África negra : Uma estratégia de promoção social nos Jovens La mobilité dans l'espace scolaire: Processus de différenciation des trajectoires Ana Matias Diogo scolaires Mobilidade no espaço escolar: processos de diferenciação das trajectórias escolares Perspective théorique pour une ethnographie de la culture du mouvement corporel Nelson Figueiredo de Andrade Filho des enfants à l’école maternelle Perspectiva Teórica para uma Etnografia da Cultura de Movimento Corporal das Crianças na Escola Infantil L'éducation à distance comme ressource d’insertion sociale dans le processus de formation d’instituteurs au niveau de l’éducation enfantine Ordália Alves Almeida A educação a distância como recurso de inserção social no processo formativo de professores da educação infantil Mouvement social e scolarisation rural au Brésil : une analyse sur la mobilité culturelle Fernando José Martins, Clésio A. Antonio d’un projet éducatif Movimentos sociais e escolarização rural no Brasil: uma análise sobre mobilidade cultural de um projecto educativo autogestionário 5 Mesa 10: Migrações aquém‐fronteiras Table 10: Migrations internes Moderador: Eduardo Costa Duarte Ferreira 5.ª Feira/Jeudi 27 de Novembro/Novembre 15h00 Anf. Sul Mobilité, migrations dans l’espace du Sertão : Ruralités entre migrants en Andrea Maria Narciso Rocha de Paula, Carlos Rodrigues Brandão communautés riveraines du fleuve São Francisco – Nord de Minas Gerais‐Brésil Mobilidade, migrações nos espaços do sertão: Ruralidades entre migrantes em comunidades ribeirinhas nas margens do Rio São Francisco ‐ Norte de Minas Gerais‐ Brasil Patrícia Pereira Mobilité spatiale dans le quotidien des jeunes travailleurs du Parque des Nations Mobilidade espacial no quotidiano de jovens trabalhadores do Parque das Nações Quand les transports ne suffisent pas pour les trajets quotidiens. Le rôle des auto‐
Rita d'Ávila Cachado stops chez les indous dans la région métropolitaine de Lisbonne Quando os transportes não chegam para os percursos diários. O papel das boleias entre os hindus na Área Metropolitana de Lisboa Otaviano de Oliveira Filho La mobilité sartaneja: Le nord de Minas Gerais contemporain Mobilidade sertaneja: o Norte de Minas Gerais no Brasil contemporâneo Le rôle des migrants de la région sud dans le processus du soja dans l’état du Mato Wagner Lopes Soares, Marcelo Firpo de Souza Grosso. Brésil Porto O papel dos migrantes da Região Sul no processo de expansão da soja no estado do Mato Grosso, Brasil Mesa 7: Mobilidade intergeracional e trajectórias profissionais Table 7: Mobilité intergénérationnelle et trajectoires professionnelles Moderador: Rolando Lalanda Gonçalves 5.ª Feira/Jeudi 27 de Novembro/Novembre 15h00 Aula Magna Une étude sur la mobilité sociale intergénérationnelle et la trajectoire professionnelle Ali Azizi des enseignants du supérieur en France Um estudo sobre a mobilidade intergeracional e a trajectória profissional dos professores do ensino superior em França. De l’emploi stable au malaise professionnel : Analyse de la mobilité professionnelle Nathalie Burnay, C. Decleire, H. Derycke, L. des infirmiers en Belgique Braeckman, P. Vlerick, W. D'Hoore Do emprego estável ao mal‐estar profissional: Análise da mobilidade Professional dos enfermeiros na Bélgica Facteurs et conséquences de la mobilité humaine : Nouvelles logiques au crépuscule Maria Engrácia Leandro, Paulo Nuno Nossa de la vie Factores e consequências da mobilidade humana: novas lógicas no entardecer da vida Victoire ou défaite‐la mobilité sociale chez les jeunes Polonais au cours de la Magdalena Rek‐Wozniak transformation systémique Vitória ou derrota – A mobilidade social nos jovens Polacos durante a transformação sistémica En courbant le fil de la vie‐ De l’activité professionnelle à l’inactivité fonctionnelle
Licínio M. Vicente Tomás Arqueando o fio da vida ‐ Da actividade profissional à inactividade funcional 6 Mesa 12: Contornos singulares da mobilidade Table 12: Contours et singularités de la mobilité Moderador: Casimiro Balsa 5.ª Feira/Jeudi 27 de Novembro/Novembre 15h00 Anf. 1 Régionalisation du tourisme au Brésil : L’interaction avec le paysage comme stratégie Thiago Allis de développement touristique Regionalização do turismo no Brasil: a interacção com a paisagem como estratégica de desenvolvimento turístico Ngoc May Du Mobilité et situations d'attente Mobilidade em situação de espera La légende urbaine, récit mobile et reflétant la mobilité de ses sujets‐transmetteurs…
Aurore Van de Winkel A lenda urbana, histórias móveis e reflectindo a mobilidade dos seus sujeitos transmissores… De l’emprisonnement au lieux d’insertion dans le flux migratoires‐ Réflexions sur les vécus et les représentations des habitants d’un quartier périphérique de la ville de Rio Rosemere Maia de Janeiro Do aprisionamento ao “lugar” à inserção nos fluxos globais ‐ reflexões sobre as vivências e representações de moradores de um bairro periférico da Cidade do Rio de Janeiro Musés, pratiques de documentation et mobilité des restes humains Ricardo Roque Museus, práticas de documentação e mobilidade de restos humanos Mesa 2: Mobilidade formativa e intercâmbio cultural Table 2: Mobilité de formation et échanges interculturels Moderador: Ana Matias Diogo 6.ª Feira/Vendredi, 28 de Novembro/Novembre 9h30 Anf. Norte Diaspora des étudiants: Le cas des étudiants angolais dans l’enseignement supérieur Margarida Lima de Faria Eugénie Terrier Diásporas estudantis: o caso dos estudantes angolanos no ensino superior português La Mobilité Internationale pour études : Nouveaux Flux Et Inégalités D’accès A mobilidade internacional par estudantes : Novos fluxos e desigualdades de acesso Emigration des cadres, formation supérieur et développement : Le cas du Mozambique
Ana Bénard da Costa Emigração de quadros, formação superior e desenvolvimento: o caso de Moçambique Mobilité scientifique international: dynamiques de départ et retour des chercheurs Ana Delicado portugais Mobilidade científica internacional: dinâmicas de partida e retorno dos investigadores portugueses Maria Alice Nogueira, Viviane Coelho C. Ramos Études à l’extérieur: une facette de la mobilité contemporaine Estudos no exterior: uma faceta da mobilidade contemporânea La migration temporaire de groupes sociaux à fort capital culturel : les doctorants Marie‐Claude Muñoz brésiliens A migração temporária de grupos sociais de elevado capital cultural : Os doctorandos brasileiros 7 Mesa 5: Identidades e comunicação em contexto migratório Table 5: Identités et communication en contextes migratoires Moderador : Ana Cristina Gil 6.ª Feira/Vendredi, 28 de Novembro/Novembre 9h30 Anf. Sul Médias et migrations : la représentation des personnes d’origine non européenne dans Joëlle Desterbecq la presse belge francophone Médias e migrações : a representação das pessoas de origem não europeia na imprensa belga francófona Reconfigurations discursives autour de la diaspora e de l’identité national. Étude de cas à partir de trois magazines de la RTPi ; RTPi notícias, Europe contacte France Contact Manuel Antunes da Cunha Reconfigurações discursivas em torno da diáspora e da identidade nacional. Estudo de caso sobre três magazines da RTPi: RTPi Notícias, Europa Contacto e França Contacto L'analyse systémique communicationnelle des migrations: le contexte du retour Rolando Lima Lalanda Gonçalves A análise sistémica comunicacional das migrações: o contexto do retorno L’expérience de migration est‐elle seulement personnelle? Michel Messu A experiência de migração será apenas pessoal? Nouvelles configurations de la mobilité humaine en Afrique centrale: cybernet, e‐
Etanislas Ngodi mariage et le webcam Novas configurações da mobilidade humana em Africa central : cybernet e‐casamento Mesa 6: Vulnerabilidades familiares e Género Table 6: Vulnérabilités familiales et Genre Moderador : Luís Andrade e webcam
6.ª Feira/Vendredi, 28 de Novembro/Novembre 9h30 Aula Magna Réseaux de soutien et monoparentalité en contexte d’immigration Ana Gherghel, Marie‐Christine Saint‐Jacques Rede de suporte e monoparentalidade em contexto de imigração Etude des perceptions qu’ont les femmes immigrantes de leur processus d’intégration Elsa Groulade, Maria Piedad Camacho, Ana Nava, Isabel Estrela Rego au sein de la société açorienne Estudo sobre as percepções que as mulheres imigrantes têm acerca do seu processo Mobilités des femmes et des familles au sein de l’espace domestique: une articulation possible entre le local et le global Hilda Joyce Portilla Mobilidade das mulheres e das famílias no seio do espaço doméstico: uma articulação possível entre o local e o global. Nouveaux paramètres d’immigration: l’immigration des femmes cap‐ verdiennes et le Lígia Évora Ferreira développement du cap vert Novos padrões de imigração: a imigração de mulheres cabo‐verdianas e o desenvolvimento de Cabo Verde 8 Mesa 11: Diversidades e especificidades da mobilidade actual Table 11: Diversités et spécificités de la mobilité d’aujourd’hui Moderador: Licínio Tomás Ahmad Seyer Mahjoor 6.ª Feira/Vendredi, 28 de Novembro/Novembre 9h30 La mobilité sociale des fonctionnaires en Afghanistan A mobilidade social dos funcionários no Afeganistão Jun Youn Kim Interculturel et mobilité des Adoptés d’origine coréenne en voyage. Intercultural e mobilidade dos Adoptados de origem coreana em viagem Jocelyn Lachance Les jeunes forment leurs voyages: l'exemple du "backpacking" Os jovens definem as suas viagens : o exemplo do “Backpacking” Vivianne Châtel Voyages, seuils, traverses… et frontières. Ou du temps de l’exil. Viagens, limiares, travessias..e.. fronteiras ou o tempo de exílio. 9 Anf. 1 no Brasil hoje, paradoxo que esta comunicação propõe operacionalizar como etnofronteira, fronteira que se define a partir de um referencial étnico, um limite ‐ estabelecido aprioristicamente ‐ para a mobilidade dos afrodescendentes, uma força que os imobiliza e inviabiliza trocas internas e externas que poderiam levar a novas dimensões de desenvolvimento socio‐
economico‐cultural, com impactos expressivos sobre a ordem do saber. Mesa 1: Trocas Culturais em contexto de mudança Table 1: Échanges culturelles en contexte de mutations 5.ª Feira/Jeudi, 27 de Novembro/Novembre 10h45, Anf. 1 Orador/Communicant: Marie‐Blanche Tahon ID: 1 Interculturalisme ou multiculturalisme? La distinction québécoise L'interculturalisme _ "politique ou modèle préconisant des rapports harmonieux entre cultures, fondés sur l'échange intensif et axés sur un mode d'intégration qui ne cherche pas à abolir leurs différences" _ promu dans le "rapport Bouchard‐Taylor" à l'issue de la "Commission de consultation sur les pratiques d'accommodements reliées aux différences culturelles" est assez mal accueilli par nombre d'intellectuels québécois qui y voient une copie du "multiculturalisme" _ "système axé sur la diversité ethnique dans une société ; le respect de la diversité ethnoculturelle l'emportant sur les impératifs de l'intégration collective" _ en faveur dans le Canada anglais. Cette communication tentera, à la lecture intégrale du rapport rédigé par l'historien et sociologue Gérard Bouchard et le philosophe Charles Taylor et des critiques qu'il a immédiatement suscitées, de dégager comment est intervenue la confusion entre "différences culturelles" et "différences religieuses", quand les différences sont immédiatement rapportées aux "nouveaux arrivants". Ce qui a notamment fait dévier les auditions de la commission de l'agacement face à des demandes d'"accommodements" d'hommes de la communauté hassidique e
(implantée à Montréal depuis le 19 siècle) à la condamnation du voile des femmes musulmanes. Cette dernière ayant l'intérêt consensuel de pouvoir être exprimée au nom du respect de "l'égalité entre les femmes et les hommes", présentée comme une "valeur" de l'"identité québécoise". Mesa 1: Trocas Culturais em contexto de mudança Table 1: Échanges culturelles en contexte de mutations 5.ª Feira/Jeudi, 27 de Novembro/Novembre 10h45, Anf. 1 Orador/Communicant: Casimiro Balsa A função e os dispositivos de mediação na (re)construção de identidades interpeladas. Os modos de inserção de populações oriundas da imigração constituem bons analisadores de processos de (re)construção de identidades sociais e culturais onde se cruzam diferentes temporalidades históricas, diferentes lógicas e modos de relação à cultura e diferentes níveis da construção identitária. Nestes casos, com efeito, as especificidades que caracterizam um grupo não se deixam facilmente apagar pela vontade de indiferenciação, estratégia muitas vezes adoptada em contextos onde se pretende relativizar a diferença na esperança de poder afirmar a expressão de um Mesmo. No caso das populações oriundas de processos migratórios é difícil de escamotear questões relacionadas com as origens, a adequação, os modos de expressão e de imposição de valores (ou apenas interesses?) que intervêm na construção de identidades que se jogam no fio da navalha ou, resolutamente, em situações de ruptura entre diferentes centros de legitimidade. Para além dos conteúdos ou dos tipos de legitimidade que podem ser considerados e para além mesmo do desfecho a que conduz este confronto de valores, estas situações permitem analisar, de forma privilegiada, o modo como funcionam os níveis em torno dos quais as sociedades se constroem. Podemos considerar o plano sócio‐histórico que fixa, a partir do país de origem ou do país de trabalho ou de estabelecimento, as dimensões oficiais e instituídas das identidades ou, numa outra vertente, o plano sócio‐antropológico que comanda os modos de apropriação das identidades oficiais possibilitando a construção das suas expressões existenciais. Na medida em que eles relevam de registros diferentes do social e são comandados por operações que têm sentidos diferentes e produzem efeitos de natureza diferentes, estes dois planos não se articulam nem de forma explícita, nem directa, nem imediata. A nossa comunicação centra‐se precisamente nas funções e nos dispositivos de mediação que intervêm, a partir das polaridades instituída ou existencial das identidades. Estes dispositivos são centrais para a compreensão dos significados e dos mecanismos que fixam a expressão das identidades/pertenças entre forças de determinação e forças de apropriação. Esta problemática será desenvolvida considerando de forma privilegiada a acção da escola e, de uma forma mais abrangente, da comunidade educativa, que revelam particularmente bem as suas orientações modais quando são confrontadas às construções identitárias interpeladas pelas populações oriundas dos processos migratórios. Mesa 1: Trocas Culturais em contexto de mudança Table 1: Échanges culturelles en contexte de mutations 5.ª Feira/Jeudi, 27 de Novembro/Novembre 10h45, Anf. 1 Orador/Communicant : Anelito Pereira de Oliveira ID: 5 ID: 2 Etnofronteira: impasses da negritude na nova sociedade brasileira Há uma nova sociedade brasileira, ainda que atravessada por suas velhas contradições, resultante, sem dúvida, da globalização ainda em curso. E também há, como consequência natural, novos impasses permeando a comunidade afrodescendente constituída a partir do nosso primeiro grande processo migratório via Oceano Atlântico. Um desses impasses, que vem se observando, diz respeito a dificuldade generalizada de delimitação de espaços ‐ reais e simbólicos ‐ neste inicio de século. Ate meados dos anos 1980, com o "auxilio" de um Estado autoritário legitimado no pais, era relativamente simples, para os próprios negros, reconhecer qual era o seu lugar: o morro, a favela, a roça, a cozinha etc. O reconhecimento da condição étnica, da negritude, da parte das pessoas negras em geral, efetivava‐se a partir de um dado concreto, visível, com valor de verdade inquestionável. Actualmente, a migração económica de negros para as classes B e A e a migração espacial de brancos dessas mesmas classes para favelas famosas, como a Rocinha carioca, dificulta a determinação da negritude a partir de lugar geográfico. O acesso a bens materiais diversos, como vestuário "de marca", e a comunhão de bens culturais, como os vários ingredientes do "hip hop", contribui ainda mais para essa dificuldade. Aparentemente, não haveria mais fronteira étnica num país continental, todos ‐ e os negros, em especial ‐ teriam conquistado seu direito de ir e vir, a globalização teria eliminado as diferenças de fundo étnico. Como explicar, então, a ausência dos negros na política em geral, nos altos escalões, nas grandes corporações, nos espaços mais privilegiados da sociedade? Como explicar, por outro lado, a presença massiva dos negros nas periferias, nos presídios, nos prostíbulos e no exercício das piores atividades profissionais? Não há e ha uma fronteira para os negros Mesa 1: Trocas Culturais em contexto de mudança Table 1: Échanges culturelles en contexte de mutations 5.ª Feira/Jeudi, 27 de Novembro/Novembre 10h45, Anf. 1 Orador/Communicant: Maria Conceição Pereira Ramos ID: 4 Mobilités et cohesion sociale en Europe Les interactions transnationales inhérentes à la globalisation se manifestent notamment par la mobilité croissante des populations variées, la diversification des circuits migratoires, la féminisation des flux. À l’ère de 10 la mondialisation, les nouvelles formes de mobilité affectent différents groupes et prennent la forme de migrations de main‐d’œuvre, de compétences, de saisonniers, de détachés, etc. Mais la mobilité est une possibilité inégalement répartie parmi les sociétés et les individus. L’immigration a apporté, dans la plupart des sociétés européennes, une diversité ethnoculturelle qui suscite des interrogations sur l’identité et la cohésion nationales. L’immigration constitue un thème central de la politique européenne car elle est indissociable de quelques‐uns des grands défis auxquels l’Europe est confrontée, notamment ceux de la cohésion sociale, du dialogue interculturel, des droits de l’homme, des citoyennetés multiples et de la coopération entre pays d’accueil et d’origine. Les préoccupations liées à une véritable intégration sociale des migrants (notamment par l’école, le travail, le logement et la santé) favorisent l’intervention publique et des politiques économiques et sociales qui luttent contre les inégalités, les discriminations et les exclusions et développent des mécanismes de solidarité sociale. Dans quelle mesure les migrations économiques ont‐elles des effets sur la cohésion sociale dans les pays d’origine et de destination ? Cette communication tente de répondre à cette question en présentant certaines incidences des migrations économiques sur la cohésion sociale en Europe, en identifiant les défis auxquels les Etats sont confrontés et en examinant les politiques nationales en faveur de la cohésion sociale et des droits de l’homme. Finalement, quelques propositions d’actions sont présentées en vue d’améliorer la cohésion sociale. empregos e mesmo entre profissões dos indivíduos em situação de pobreza, a sua posição social se mantém, não existindo nenhuma forma de mobilidade social ascendente associada à melhoria da situação no emprego. Complementarmente, procurar‐se‐á mostrar que entre a população em situação de pobreza a ideia de carreira, formal ou informalmente considerada, associada à promoção por mérito ou por antiguidade, não descreve a forma como os indivíduos se relacionam com o emprego. Em termos empíricos, recorrer‐se‐á aos dados coligidos no âmbito de um projecto de investigação nos Açores cuja população‐alvo é constituída pelos beneficiários do RSI. Mesa 3: Transformações económicas e profissionais da mobilidade Table 3: Transformations économiques et professionnelles de la mobilité 5.ª Feira/Jeudi, 27 de Novembro/Novembre 10h45, Anf. Sul Orador/Communicant: Luci Helena Silva Martins, Aldemar Marques da Silva ID: 8 Ascensão social no Brasil contemporâneo: os dilema do trabalho e da cidadania De acordo com dados do IPEA, entre 2001 e 2007, 14 milhões de brasileiros subiram de vida, ascenderam em termos de classe social, tendo como causas as políticas de redistribuição de renda e o crescimento da economia. Nesse artigo, avalia‐se as concepcões que alinharam cidadania ao trabalho e as dificuldades de se romper esse padrão produtivo, que em termos universais, não resolve o drama social do desenraisamento e da pobreza. A crise do estado providência e do pleno emprego ocasionou o desmonte dos welfares states mais sólidos e contribuíram para a manutenção das classes, grupos e indivíduos que menos oferecem vantagens ao mercado de trabalho. Discute‐se também o fato de que mulheres, por exemplo, para alcançarem cidadania ou melhorarem de vida, optam pelo emprego duro, assalariado, concursado, talvez, mas mesmo assim, duro, árduo, feito por mulheres, com garra e orgulho sobrehumano. Outros brasileiros, não raro, adolescentes e crianças, sem muitas opções, acreditam em promessas de dias melhores, em outros territórios, o que frequentemente toma a forma de trabalho escravo. O artigo discute essas formas de integração social e caminha por sugerir a necessidade de recursos éticos que garantam a cidadania, ainda que fora do universo do trabalho. Mesa 3: Transformações económicas e profissionais da mobilidade Table 3: Transformations économiques et professionnelles de la mobilité 5.ª Feira/Jeudi, 27 de Novembro/Novembre 10h45, Anf. Sul Orador/Communicant:Igor Vitorino da Silva ID: 6 Flanando por lugares proibidos: a dupla expropriação da população negra brasileira Para muitos jovens negros, principalmente os carregam às marcas sociais que materializam o estigma em relação esse grupo flanar pela cidade é viver o mal‐estar cotidiano de ser remetido a todo instante aos lugares imaginados e reconhecidos como naturalmente deles: a marginalidade, a favela, a pobreza. Vivem, constantemente, a possibilidade da experiência do insulto moral (desconsideração social), a experiência de serem reconhecidos com não‐pertencentes à cidade, ou melhor, serem percebidos como estranhos ou prisioneiros foragidos. A cidade contemporânea, apesar das inúmeras lutas sociais pela sua democratização, não se constitui para a maioria dos jovens negros (ou reconhecidos como negros) em um espaço de encontro e convivência, antes ela tem se tornado em lugar da experiência da discriminação e do intensivo controle sobre seu flanar pela cidade, constituindo‐a numa zona proibida ao seu corpo. Mesa 3: Transformações económicas e profissionais da mobilidade Table 3: Transformations économiques et professionnelles de la mobilité 5.ª Feira/Jeudi, 27 de Novembro/Novembre 10h45, Anf. Sul Orador/Communicant: Luciene Rodrigues, Antônio Dimas Cardoso, Maria de Fátima Rocha Maia ID: 10 Mobilidade social e desigualdade de renda: o que diz a literatura e as evidências empíricas sobre essa relação para o Brasil As mudanças macrossocioais ocorridas a partir de meados do século XX no Brasil (urbanização, industrialização, elevado crescimento econômico), constituem o contexto a partir do qual os processos de mobilidade social e de concentração de renda se cristalizam. Os anos 1990 são marcados pela abertura comercial e financeira e pelas políticas neoliberais. A partir de 2002, o social passa a ser prioridade na agenda do Governo o que vai gerar impactos positivos sobre a distribuição de renda. Observa‐se que, historicamente a relação entre mobilidade social e distribuição de renda é complexa no país com períodos de rígida fluidez social e estabilidade na distribuição de renda; rígida fluidez e crescimento das desigualdades de renda; alta fluidez e crescimento das desigualdades e alta fluidez e redução das desigualdades de renda. Torche (2003) estudou o paradoxo ‐ grande fluidez social com alta concentração de renda ‐ para o Chile e constatou que não basta contrastar os dois níveis (desigualdade de renda e fluidez), para entender este segundo fenômeno é necessário observar o padrão de Mesa 3: Transformações económicas e profissionais da mobilidade Table 3: Transformations économiques et professionnelles de la mobilité 5.ª Feira/Jeudi, 27 de Novembro/Novembre 10h45, Anf. Sul Orador/Communicant: Fernando Jorge Afonso Diogo ID: 7 Trajectória de emprego em carrossel em contextos de pobreza A mobilidade de emprego e profissão entre os indivíduos em situação de pobreza representa uma das áreas de estudo na intersecção entre os problemas do emprego e da pobreza mais ignorados na investigação sociológica recente. Muito embora se discuta a questão da precariedade no trabalho, esta tem como centro o vínculo jurídico que une trabalhador e empresa e não o conjunto da trajectória profissional. Nesta comunicação explora‐se esta questão recorrendo ao conceito de trajectória de emprego em carrossel, demonstrando‐se que, mau grado uma forte rotação entre 11 desigualdade de renda. Segundo (Ribeiro, 2005) em 1973 o Brasil estava entre as sociedades mais rígidas, mas em 1996 se aproximou das sociedades menos rígidas, isto é, das mais fluidas, embora abarcando um dos maiores índices de desigualdade de renda do mundo. A partir de 2001, observa‐se uma redução no índice de concentração de renda, ainda que moderada. Não há um consenso na literatura quanto às causas da redução e as políticas que a influenciaram. De um lado, um conjunto de estudos associa estreitamente o movimento às políticas públicas de transferência de renda e de educação. De outro, encontra‐se o conjunto segundo o qual o movimento decorreu da ação de diversas políticas públicas, e sua continuidade dependerá do desempenho da atividade econômica (Dedecca, 2006). Analisar os principais fatores determinantes da recente fluidez social e da redução das desigualdades de renda constitui o objetivo geral deste trabalho assim como verificar em que medida a escolarização pode ser uma das principais vias de ascensão social e de superação de desvantagens intergeracionais bem como as transferências diretas (Bolsa Família), e a relação com o crescimento econômico. com particular incidência para o papel da representação portuguesa nesta rede (Ponto de Contacto Nacional) a qual detém funções de dinamização de uma rede interna, transversal e alargada, destinada à troca de informação e comunicação. Serão ainda divulgados alguns dos resultados concretos do Ponto de Contacto Nacional no domínio da imigração e asilo. Mesa 4: Territórios de acolhimento Table 4: Territoires d’accueil 5.ª Feira/Jeudi, 27 de Novembro/Novembre 10h45, Aula Magna Orador/Communicant: Eduardo Costa Duarte Ferreira Imigrantes nos Açores: relação com o mercado de trabalho e mobilidade profissional Passados cerca de dez anos após a emergência dos chamados “novos fluxos migratórios” nos Açores, impõe‐se, hoje, conhecer possíveis tendências evolutivas dessa fase inédita no panorama do acolhimento de estrangeiros por parte do Arquipélago. Tal necessidade encontra‐se reforçada pelo facto de os fluxos imigratórios que se verificaram nos Região, no final da década de 90, terem derivado, em grande medida, de uma situação conjuntural indissociável da situação económica da altura e da necessidade de mão‐de‐
obra em alguns sectores específicos do tecido económico regional, nomeadamente o da Construção. À luz deste contexto, e através da presente comunicação, pretende‐se apresentar a relação dos imigrantes com o mercado de trabalho açoriano, em dois momentos distintos do tempo – 2004 e 2008 –, e destacar as principais linhas que definem as trajectórias profissionais desta população, desde a sua condição no país de origem, passando pelo momento de chegada aos Açores, até à situação actual. Mesa 4: Territórios de acolhimento Table 4: Territoires d’accueil 5.ª Feira/Jeudi, 27 de Novembro/Novembre 10h45, Aula Magna Orador/Communicant: Olena Semenko Kovtun ID: 18 Imigração ucraniana em Portugal e os aspectos epistemológicos que implicam na integração na sociedade portuguesa A ideia da comunicação é apresentar os aspectos importantes na inserção dos imigrantes ucranianos na sociedade portuguesa e os factores que impedem a revelação de aspectos culturais e sociais dos imigrantes ucranianos no contexto de um estudo comparativo sobre a comunidade ucraniana, seus direitos sociais e humanos em Portugal, de uma visão Europeia, paradigmas epistemológicos (Boaventura, S.S. 2006a. 2007b) na inserção os homens, as mulheres e seus descendentes ucranianos na vida profissional, social e cultural da sociedade portuguesa, os factores que implicam na essa relação ( Batalha, L. 2005:31‐93) e na realização dos seus direitos principais ( Eriksen, T. 2007:16‐72). Pretende‐se mostrar como a compreensão da língua estrangeira, no caso da língua portuguesa, entre outros conceitos e problemas de inserção/integração dos imigrantes aplica‐
se no contexto da ideologia democrática e revela‐se como uma principal barreira na integração dos imigrantes ucranianos no mercado de trabalho qualificado em Portugal e no convívio social e cultural dentro de população portuguesa. Mesa 4: Territórios de acolhimento Table 4: Territoires d’accueil 5.ª Feira/Jeudi, 27 de Novembro/Novembre 10h45, Aula Magna Orador/Communicant: Roinsard Nicolas ID: 19 L’attrait de la France dans l’océan Indien (La Réunion, Mayotte) ou la quête de sécurité sociale comme objet de migrations Cette communication s’appuie sur les enseignements d’un programme de recherche en cours, réalisé dans le cadre de l’appel à projets de la MiRe « Migrations et protection sociale », et qui porte sur l’accroissement des flux migratoires observés ces dernières années dans les territoires français de l’océan Indien. Mayotte fait face en effet à une immigration massive en provenance, principalement, de l’Union fédérale des Comores, tandis que La Réunion accueille une proportion croissante de migrants originaires de Mayotte et, dans une moindre mesure, de Madagascar et des Comores. Si certaines de ces migrations relèvent d’une immigration de travail, une bonne part d’entre elles sont en revanche davantage déterminées par la perspective d’obtenir un statut et des droits sociaux dans une région caractérisée par un chômage endémique et une absence relative de protection sociale. En attestent, en particulier, les spécificités fort marquées de ces migrations comme la féminisation et le statut de famille monoparentale qui permet l’ouverture d’un certain nombre de droits. Après avoir présenté un tableau succinct de la pression migratoire observée à Mayotte et à La Réunion, notre exposé visera à éclairer les conditions de la migration d’une part (motifs, organisation, trajectoires migratoires et familiales, etc.), et les condition d’intégration dans la société d’accueil d’autre part (difficultés ou non d’accès aux droits sociaux, au logement, à l’emploi, aux systèmes de soins, etc.). En analysant le « rayonnement de la France dans le monde » sous l’angle de la dimension attractive d’un État providence dans une région sous‐développée, il s’agira en dernier ressort et sur un plan plus théorique de rendre compte, à l’échelle de la zone sud‐ouest de l’océan Indien, d’un enjeu social, Mesa 4: Territórios de acolhimento Table 4: Territoires d’accueil 5.ª Feira/Jeudi, 27 de Novembro/Novembre 10h45, Aula Magna Orador/Communicant: Edite Rosário, Maria José Torres ID: 62 ID: 17 Rede Europeia das Migrações ‐ uma abordagem comum sobre a imigração A globalização e a criação de entidades supranacionais, como é o caso da União Europeia, criam novos desafios à abordagem das questões relacionadas com a imigração enquanto fenómeno de mobilidade humana, seja este encarado numa perspectiva social ou espacial. Procurando responder às dificuldades com que a análise do fenómeno se depara a nível comunitário, o Conselho da União Europeia adoptou a Decisão do Conselho que cria uma Rede Europeia das Migrações (2008/381/CE), tornando obrigatória a participação dos Estados membros nas suas actividades. A Rede Europeia das Migrações (REM) tem como principal objectivo dotar as instituições comunitárias e de cada Estado membro, com informação actualizada, objectiva, fiável e comparável no domínio da migração e asilo, visando, em primeira linha, apoiar a acção dos respectivos decisores políticos. Nesta comunicação propomo‐nos fazer a apresentação da REM 12 politique, économique et démographique contemporain que l’on retrouve dans un grand nombre de pays développés. localités plus écologiquement viables. Cette forme de migration risque d’être très troublante si la communauté internationale ne prend pas des mesures adéquates pour freiner les ardeurs du réchauffement planétaire. A tout considérer, que dire des migrations climatiques ? Quelles en sont les conséquences et quels types de solutions peuvent‐elles y être apportées ? Pour essayer de solutionner ces questions, nous examinerons successivement la notion de migrations climatiques, ses conséquences et les perspectives envisageables pour y mettre fin. Mesa 9: Migrações transfronteiriças e Migrações climáticas Table 9: Migrations transfrontalières et Migrations climatiques 5.ª Feira/Jeudi, 27 de Novembro/Novembre 10h45, Anf. Norte Orador/Communicant: Helena Ponce Maranhão ID: 12 DE LÁ PRA CÁ: FORASTEIROS DE CÁ E DE LÁ... Por sucinta apresentação de casos de mobilidade espacial e ocupacional de sujeitos que, na condição de 'forasteiros', transitam entre certos ambientes socioculturais e geográficos sinaliza‐se a problemática. O lócus de observação dos casos relatados é a Vila de Cumuruxatiba (aproximadamente 5.000 habitantes); tomada como ponto de partida desses sazonais deslocamentos. Localidade situada em Prado, Bahia, Brasil; é uma comunidade originalmente de pescadores que desenvolve hoje atividades turísticas e também congrega entre seus moradores pessoas procedentes de várias regiões do Brasil e do mundo. E são alguns 'forasteiros de cá e de lá' que compõem casos que refletem aspectos de renovadas configurações da mobilidade humana e de um nomadismo como fenômeno contemporâneo. Exemplifica‐se: D. (ex‐refugiada da guerra de Angola) escapou em criança para Portugal. Jovem foi para Suíça trabalhar, lá casou com W. (suíço) e hoje vivem entre Cumuruxatiba e Suíça. No verão europeu, W. trabalha de eletricista. No Brasil, o casal é proprietário de restaurante. M. (argentina) vai e volta, é aposentada no Canadá, passa meses lá para não perder a remuneração. E mais brasileiros, suíços, franceses etc. que vão a Europa, ocupam‐se lá (faxineiros, garçons, DJ, barman etc.) e regressam no verão austral, buscando também fazer ganhos (em restaurantes da localidade, vendendo artesanato ou mercadorias importadas). A convivência em Cumuruxatiba tece rede de relações que vai de cá até lá (vice‐versa), ou seja, globaliza‐se: consegue‐se contatos lá e cá. A inversão das estações hemisféricas enseja a complementar estratégia ocupacional desses contemporâneos nômades. Mesa 9: Migrações transfronteiriças e Migrações climáticas Table 9: Migrations transfrontalières et Migrations climatiques 5.ª Feira/Jeudi, 27 de Novembro/Novembre 10h45, Anf. Norte Orador/Communicant: Pierre Fadibo Réinstallation des réfugiés centrafricains mbororo et crise alimentaire et sanitaire dans l’Adamaoua et l’Est du Cameroun (2001et 2007) Les Mbororo sont un peuple éleveur nomade qui vit en majorité en République centrafricaine avant la crise socio‐politique intensifiée en 2005. Ceux‐ci ont été victimes des exactions diverses de la part des coupeurs de route et des bandes armées qui leur ont arraché leurs troupeaux et partant les ont dépouillés de leurs fortunes. Ces exactions ont provoqué un afflux intense des réfugiés mbororo dans les provinces frontalières camerounaises de l’Adamoua et de l’est dont la situation alimentaire et sanitaire n’est pas des meilleures. En effet, les deux provinces souffraient d’insuffisance d’infrastructures sanitaires, de personnels qualifiés et de médicaments. La situation s’est empirée avec l’arrivée des centaines de milliers de réfugiés qui a fait accroître le taux de prévalence des maladies endémiques et celles liées à la malnutrition dont le taux est estimé à 17,2%. Par ailleurs, dans de nombreux sites et villages, l’installation des nouveaux arrivants a créé une compétition pour l’accès aux ressources hydriques aboutissant à l’exacerbation de l’insalubrité qui s’accompagne des maladies hydriques. Cette communication se propose de présenter les conditions de réinstallation des réfugiés mbororo centrafricains dans les provinces camerounaises de l’Adamaoua et de l’est et les problèmes alimentaires et sanitaires qui s’en sont suivis. Mots clés : réfugiés mbororo, crise alimentaire, problèmes sanitaires, maladies hydriques, compétition, Cameroun. Mesa 9: Migrações transfronteiriças e Migrações climáticas Table 9: Migrations transfrontalières et Migrations climatiques 5.ª Feira/Jeudi, 27 de Novembro/Novembre 10h45, Anf. Norte Orador/Communicant: Willy Tadjudje ID: 15 Mesa 9: Migrações transfronteiriças e Migrações climáticas Table 9: Migrations transfrontalières et Migrations climatiques ID: 13 Le réchauffement de la planète et le surgissement des migrations climatiques Une migration humaine est un déplacement d’individus de leur lieu de vie habituel. C'est un phénomène probablement aussi ancien que l’humanité. Il a évolué au fil des temps en prenant des proportions diversifiées. En 2005 par exemple, le nombre de migrants dans le monde est estimé entre 185 et 192 millions, soit environ 2,9% de la population mondiale. Ce ne sont pas les chiffres qui nous intéressent ici. Ce qui nous interpelle, à ce niveau, ce sont les formes et les manifestations de ce phénomène planétaire. En effet, les migrations sont souvent qualifiées d'économiques ou de politiques. Elles peuvent ainsi être dues à une quête d'identité absolue, à un déracinement profond, à un mal de vivre,… Ces causes sont classées sous le thème d'exil volontaire. Par opposition, la migration involontaire peut être due à une situation de guerre (les gens fuyant leur propre pays) ou encore, à une situation économique précaire. Plus proche de cette migration involontaire est celle liée au réchauffement planétaire. Cette forme de migration crée une nouvelle catégorie de migrant que l’on pourrait qualifier de réfugiés climatiques ou écologiques. L’avènement de cette nouvelle forme de migration s’explique par la prolifération des problèmes environnementaux à travers le monde. Ces problèmes étant, à certains égards, susceptibles d’endommager ou de mettre en danger la vie de l’homme, certains individus préfèrent se réfugier en se rendant dans des 5.ª Feira/Jeudi, 27 de Novembro/Novembre 10h45, Anf. Norte Orador/Communicant: Abdelmadjid Ahmed‐Ouamar ID: 16 La coopération énergétique algérie: ‐union européenne Un exemple de coopération nord‐ sud a travers la mediterrannee? Les modèles d’économie prennent en compte les coûts de transaction, les différenciations de biens et les externalités positives. Le modèle de Krugman met en extrapolation le rôle des coûts de transaction gazière sur le process de répartition de l’activité industrielle. Faut il confirmer ou infirmer le modèle ou paradoxe de Vassili LEONTIEF appliqué à l’économie américaine sur les économies du littoral? Mesa 8: A escola, o jovem e o mundo Table 8: L’école, le jeune et le monde 5.ª Feira/Jeudi, 27 de Novembro/Novembre 15h00, Anf. Norte Orador/Communicant: Honoré Mimche ID: 42 Les migrations clandestines en de l'Afrique noire: une stratégie de promotion sociales chez les jeunes La question de l’immigration clandestine est devenue un sujet d’une 13 actualité brûlante dans les sociétés africaines, affectées par des crises multiformes. Alors qu’elle a pendant longtemps été réduite aux populations de l’Afrique sahélienne et occidentale, voire de l’Afrique du Nord, ce processus migratoire se complexifie davantage par les nouveaux visages qu’il prend depuis l’Afrique équatoriale, tant dans la composition de ces mouvements humains, qu’au niveau des conséquences dans les zones de départ et de transit. Aujourd’hui, l’immigration clandestine a pris de l’ampleur au point où l’Afrique noire est devenue un espace travaillé par le « mythe de l’ailleurs » chez ses jeunes populations affectées par les crises, le manque d’emploi et des difficultés de survie quotidienne. La filière saharienne est en train de devenir l’une des principales voies migratoires entre l’Afrique subsaharienne et les pays européens, faisant des pays sahéliens et de ceux du Maghreb, une étape obligée dans ce chemin périlleux de milliers de personnes. L’examen des conséquences de ces flux sur les lieux de départ permet de discuter de la possibilité pour ces jeunes de sortir de la pauvreté. Par ailleurs, nous essayons de voir comment cette stratégie constitue une réponse adaptée aux défis auxquels ceux‐ci sont confrontés dans leur vécu quotidien. L’analyse du discours des migrants montre la complexité du fait migratoire qui est à la fois l’expression d’une multiplicité de stratégies que déploient les jeunes pour sortir de l’incertitude et une forme d’autopromotion sociale dans la mesure où dans la plupart des pays africains affectés par ce phénomène, les institutions traditionnelles chargées d’assurer la transitions vers l’âge adulte sont en faillite. Ainsi, cet article examine le phénomène des migrations clandestines comme une stratégie alternative développée par les jeunes pour sortir de la précarité dans la mesure, où à travers l’émigration, les jeunes trouvent le moyen de s’adapter aux contraintes socio‐économiques et d’échapper à la marginalisation. orientações teóricas e metodológicas que tomam a experiência pedagógica que se constitui a partir do “chão da escola” como lugar e tempo, realidade, suficiente e satisfatória à produção de conhecimentos. É dessa perspectiva epistemológica interessada na cultura da escola que emerge meu interesse pela etnografia como orientação de pesquisa. Portanto, escolhi fazer uma etnografia das experiências sociocorporais de movimento das crianças no cotidiano da educação infantil em razão do interesse em aproximar‐me do dia‐a‐dia da escola infantil para melhor compreender sua organização, seu funcionamento e as experiências de movimento corporal das crianças no seu interior. O segundo motivo decorreu da compreensão que a leitura teórica e metodológica trouxe‐me da plausibilidade da realização de etnografias para estudar o campo da educação infantil, particularmente experiências cotidianas, como as experiências sociocorporais focadas. Sem embargo, a leitura dos textos e livros dos diversos outros campos e áreas de conhecimento me levaram ao encontro de instigantes reflexões. Com elas, percebi que sabemos pouco sobre as culturas infantis, as necessidades e interesses das crianças, especialmente dos seus pontos de vista, em meio às relações sociais em que se inserem; que esse é um problema que afeta a pesquisa educacional em geral, bem como é um problema teórico‐metodológico considerável, para o qual o método etnográfico adequadamente utilizado pode dar interessante contribuição interpretativa e crítica (SARMENTO, 2003). Mesa 8: A escola, o jovem e o mundo Table 8: L’école, le jeune et le monde 5.ª Feira/Jeudi, 27 de Novembro/Novembre 15h00, Anf. Norte Orador/Communicant: Ordália Alves Almeida ID: 53 A educação a distância como recurso de inserção social no processo formativo de professores da educação infantil A comunicação objetiva socializar a dinâmica do curso de pedagogia para a formação de professores para atuar na Educação Infantil, oferecido pela Coordenadoria de Educação a Distância‐UFMS/Brasil. O curso resulta da política do Ministério da Educação e envolve universidades federais (UFMS, UFMT, UNEMAT, UFOP, UFLA e UFSJ) para atender 3.800 profissionais de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Minas Gerais. A Educação a Distância aqui compreendida como “possibilidade de luta pela democracia social. Embora a tarefa de onstrução da democracia implique outras dimensões e instâncias sociais, a educação, sem dúvida, é uma das possibilidades mobilidade social, formação de cidadãos crítico e de profissionais competentes que o país, no contexto da mundialização, está a exigir, principalmente em termos do processo de transformação científico‐
tecnológica e da reorientação ético‐valorativa da sociedade”. A perspectiva que se apresenta é oportunizar aos professores que atuam em Educação Infantil, sem formação superior, realizarem processos formativos com referencial teórico‐metodológico voltado à infância. O pressuposto orientador é da “criança pequena pensada como sujeito histórico, social e cultural, cidadão em crescimento e em desenvolvimento”, e que a aprendizagem transpõe a distância temporal ou espacial, processando‐se nos contextos em que se transforma tecnologias digitais, textos e hipertextos em possibilidades de encontro, trocas e interações, e em recursos pedagógicos. Mesa 8: A escola, o jovem e o mundo Table 8: L’école, le jeune et le monde 5.ª Feira/Jeudi, 27 de Novembro/Novembre 15h00, Anf. Norte Orador/Communicant: Ana Matias Diogo ID: 45 Mobilidade no espaço escolar: processos de diferenciação das trajectórias escolares Nesta comunicação propomo‐nos abordar a mobilidade humana no quadro do sistema educativo, focalizando a questão da diversidade e desigualdade de trajectórias escolares, num espaço crescentemente massificado e hierarquizado. Ao longo das últimas décadas, o sistema educativo português, à semelhança de outros, tem‐se caracterizado por dois movimentos de tendência contrária. Por um lado, um movimento de abertura, responsável pelo acesso de crescentes camadas da população a este espaço. Por outro lado, um movimento de diferenciação, através do qual se constitui como um espaço cada vez mais hierarquizado e complexo, no seio do qual os actores sociais protagonizam trajectórias muito diversas, configurando desigualdades face à educação. Apresentam‐se alguns resultados empíricos que procuram contribuir para o mapeamento destas desigualdades, no caso concreto da Região Açores. Mesa 8: A escola, o jovem e o mundo Table 8: L’école, le jeune et le monde 5.ª Feira/Jeudi, 27 de Novembro/Novembre 15h00, Anf. Norte Orador/Communicant: Nelson Figueiredo de Andrade Filho Mesa 8: A escola, o jovem e o mundo Table 8: L’école, le jeune et le monde 5.ª Feira/Jeudi, 27 de Novembro/Novembre 15h00, Anf. Norte Orador/Communicant: Fernando José Martins, Clésio A. Antonio ID: 52 Perspectiva Teórica para uma Etnografia da Cultura de Movimento Corporal das Crianças na Escola Infantil O modo como minha formação de professor pesquisador vem se processando dentro da trajetória pessoal e profissional que venho escolhendo desenvolver tem me influenciado sobre maneira a procurar ID: 59 Movimentos sociais e escolarização rural no Brasil: uma análise sobre mobilidade cultural de um projeto educativo autogestionário As mudanças no contexto socioeconômico se expressam na constituição 14 social e histórica da escolarização e isso não difere no Brasil, o que caracterizou as políticas educacionais relacionadas à mobilidade social a partir do mundo rural no movimento de modernização do capitalismo nacional. É essa mesma trajetória que o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) propõe‐se a superar quando se coloca como agente ativo ou de auto‐gestão, revelando como a educação rural é marcada pela vinculação ao sistema produtivo. O Brasil é um país de acentuadas zonas rurais. A matriz produtiva agrária de grande escala, como a relacionada ao desenvolvimento da economia global no capitalismo, encontrou na escola uma aliada para uma dupla ação: pontualmente, com projetos e práticas educacionais que promovem a adaptação às técnicas de implementação dos elementos necessários à adaptação do trabalho do camponês nesse modelo agrícola; no plano ideológico, a escola é um instrumento de conformação à necessidade dessa matriz de produção, que prescinde da população nas zonas rurais. Nessa perspectiva de análise, sobre a função socializadora da educação, mediada pela realidade social e suas particularidades ao campesinato brasileiro, a escolarização é colocada pelo MST vinculada à cultura de luta social camponesa, apontada como elemento fundamental no processo de escolarização dos sujeitos do campo no país. Nesse sentido, os projetos educativos da Escola Itinerante do MST, que acompanha os acampamentos de luta pela terra, tornam‐se uma dimensão de análise profícua de outras percepções sobre a sua função socializadora e de mobilidade cultural no Brasil. de Lisboa. O Parque das Nações é não só um destino residencial privilegiado, como um território cujos equipamentos o tornam atractivo para a realização de actividades culturais, de lazer e de consumo, e ainda um espaço empresarial valorizado, ligado sobretudo ao terciário avançado. O objectivo desta comunicação é apresentar dados resultantes de uma primeira aproximação às práticas de mobilidade no quotidiano das populações socialmente diferenciadas que ali desenvolvem as suas actividades laborais, quer na perspectiva da deslocação para o local de trabalho quer de deslocações associadas, por exemplo, à gestão da vida familiar, ao lazer ou ao consumo. Mais especificamente, partindo de algumas entrevistas exploratórias e dos primeiros passos na observação directa do território em estudo, procurar‐se‐ão identificar pistas de análise ligando as práticas de mobilidade no quotidiano (finalidades, tempos e modos de deslocação) de jovens trabalhadores do Parque das Nações, quer às formas como fazem uso do território que partilham como local de trabalho, quer às relações sociais que aí estabelecem. Quando os transportes não chegam para os percursos diários. O papel das boleias entre os hindus na Área Metropolitana de Lisboa A Área Metropolitana de Lisboa conheceu um grande crescimento populacional a partir dos anos 1960, que se traduziu numa procura habitacional sem precedentes no país. Na década seguinte, centenas de milhares de imigrantes provenientes das ex‐colónias foram residir para os concelhos vizinhos. Uma parte desta população contribuiu para o crescimento dos bairros de barracas, cada vez mais visíveis na linha de fronteira do Concelho de Lisboa, junto das Estradas de Circunvalação. As necessidades de mobilidade dos moradores destes bairros passam não só pelos percursos diários para a capital como pelos trajectos necessários para as sedes dos concelhos limítrofes de Lisboa para preencherem as suas necessidades a nível de serviços públicos. Nesta comunicação apresentarei o caso concreto da Quinta da Vitória, um bairro degradado do concelho de Loures onde reside uma comunidade hindu (cerca de 50% da população do bairro). Esta comunidade demonstra grandes necessidades de mobilidade urbana. Além das necessidades mais imediatas, os moradores hindus do bairro deslocam‐se muitas vezes para vários pontos da Área Metropolitana de Lisboa onde residem os seus familiares e onde realizam uma série de rituais próprios do calendário hindu, locais esses de acesso dificultado através dos transportes públicos. As alternativas à falta de transportes passam pelas boleias, geridas entre os moradores que possuem carro próprio. As boleias configuram uma solução alternativa aos transportes públicos. Nesse sentido, procurarei problematizar as questões da mobilidade urbana através do contributo etnográfico de um caso concreto. Mesa 10: Migrações aquém‐fronteiras Table 10: Migrations internes 5.ª Feira/Jeudi, 27 de Novembro/Novembre 15h00, Anf. Sul Orador/Communicant: Andrea Maria Narciso Rocha de Paula, Carlos Rodrigues Brandão Mesa 10: Migrações aquém‐fronteiras Table 10: Migrations internes 5.ª Feira/Jeudi, 27 de Novembro/Novembre 15h00, Anf. Sul Orador/Communicant: Rita d'Ávila Cachado ID: 47 Mobilidade, migrações nos espaços do sertão: Ruralidades entre migrantes em comunidades ribeirinhas nas margens do Rio São Francisco ‐ Norte de Minas Gerais‐Brasil O procedimento migratório é um processo socioespacial. São os espaços, os objetivos dos que migram. São os espaços, os sonhos dos que retornam das migrações. São os espaços, que dão forma e conteúdo ao processo da experiência migratória. São nos espaços, que as pessoas constroem suas identidades e modificam e/ou permanecem em suas ruralidades. O “estar aqui” pode não significar nos tempos e nos espaços de uma geografia simbólica, que se é um sujeito rural e “que o ficar” no campo o torna um sujeito rural. O “partir do campo” rumo às cidades médias ou grandes centros, ou em lavouras de trabalhos sazonais de plantio ou colheita, em regiões de desenvolvimento urbano não significa que ao “deixar o rural” e “estar no meio urbano”, transforma o sujeito rural em sujeito urbano. Identidades que são feitas e re‐feitas nas representações sociais e culturais, que criamos e transmitimos e que permite a compreensão da representação cotidiana, das temporalidades reconhecidas e diferenciadas, identificadas na diversidade do viver entre os símbolos, os significados, as ruralidades, os espaços sociais que a mobilidade humana configura. Mesa 10: Migrações aquém‐fronteiras Table 10: Migrations internes 5.ª Feira/Jeudi, 27 de Novembro/Novembre 15h00, Anf. Sul Orador/Communicant: Otaviano de Oliveira Filho Mesa 10: Migrações aquém‐fronteiras Table 10: Migrations internes 5.ª Feira/Jeudi, 27 de Novembro/Novembre 15h00, Anf. Sul Orador/Communicant: Patrícia Pereira ID: 56 ID: 54 Mobilidade sertaneja: o Norte de Minas Gerais no Brasil contemporâneo Duas mobilidades opostas, mas imbricadas, conjugam‐se na constituição do espaço social norte‐mineiro. A primeira, de ordem econômica; a segunda, de ordem cultural. A primeira está ligada a uma racionalidade econômica exclusivista, em que um produto (ouro, garimpado na região das Minas) é tido como mais importante que um outro (carne bovina, extraída da região dos Gerais). A supervalorização do ouro durante o período colonial resultou num isolamento do Norte de Minas, da comunidade sertaneja e ID: 55 Mobilidade espacial no quotidiano de jovens trabalhadores do Parque das Nações A Expo’ 98 foi o pretexto para requalificar o território que hoje conhecemos como Parque das Nações, transformando um espaço obsoleto, herança do declínio de actividades portuárias e industriais, numa das áreas mais emblemáticas e valorizadas de toda a Área Metropolitana 15 seu “habitus” peculiar. Tal fato provocou a invisibilização da economia norte‐mineira no cenário econômico nacional, mas, em contrapartida, acabou por configurar o Norte de Minas como espaço de trocas culturais díspares e de projetos civilizatórios conflitantes. A pobreza, produzida pelas elites mineiras a partir da desvalorização eda economia local, acaba por expulsar o homem do campo, donde resulta o fenômeno do êxodo rural e a migração para os grandes centros econômicos: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte. Conforme Suarez et al (2001), é possível afirmar que a comunidade sertaneja é “a‐centrada” devido à multiplicidade de formas diferenciadas que os homens nas suas trajetórias históricas construíram. Fundada nesta visão de mundo “a‐centrado” e aberto para o exterior, a cultura do sertão é estruturante de um modo de ser que se estende para além dos vínculos entre os homens. chercheurs est peu développée et datée. C’est la raison pour laquelle nous avons essayé d’actualiser ces travaux tout en nous focalisant sur ce sujet comme un nouveau thème de recherche, avec pour objectif de proposer un modèle explicatif de la mobilité sociale intergénérationnelle des enseignants‐chercheurs. Après avoir révisé différentes approches théoriques et recherches empiriques, nous avons formulé certaines hypothèses qui ont été confrontées aux faits. La recherche s’est effectuée sur un échantillon de six universités françaises, toutes disciplines confondues. Trois cent quatre vingt seize enseignants‐chercheurs ont été interrogés par questionnaire. Une trentaine d’entretiens de type biographique ont également été réalisées. A cet effet, nous avons analysé la mobilité intergénérationnelle de quatre générations d’enseignants du supérieur. En effet, notre étude a pour but de proposer un modèle analytique de mobilité sociale des enseignants du supérieur. Notre analyse de terrain nous conduit à proposer que les théories de la Reproduction sociale et du choix rationnel soient complétées par une certaines théories, notamment les théories de la socialisation, pour rendre compte du phénomène de la mobilité sociale intergénérationnelle. A cet égard, notre modèle est basé sur une constellation théorique. De plus, suite à notre constat, nous avons proposé une typologie des trajectoires professionnelles parmi les enseignants‐chercheurs ainsi qu’un modèle analytique pour rendre compte de ce phénomène. Mesa 10: Migrações aquém‐fronteiras Table 10: Migrations internes 5.ª Feira/Jeudi, 27 de Novembro/Novembre 15h00, Anf. Sul Orador/Communicant: Wagner Lopes Soares, Marcelo Firpo de Souza Porto ID: 58 O papel dos migrantes da Região Sul no processo de expansão da soja no estado do Mato Grosso, Brasil A participação brasileira na produção mundial de soja vem sendo inflada gradualmente, e grande parte desse crescimento pode ser creditado ao estado do Mato Grosso na Região Centro Oeste do país. O incremento na produção desse estado deve a fatores relacionados não só a simples transferência tecnológica, mas também a presença crescente do produtor tradicional de grãos, ou seja, o migrante da Região Sul do país, anos à frente no processo de learning by doing. A migração da Região Sul para o Mato Grosso se constitui em uma nova corrida do ouro, só que dessa vez é o “ouro verde” ou o “ouro do cerrado”, como chamam a soja naquela região. Esse artigo faz uma breve caracterização do processo de migração de pessoas oriundas da Região Sul para o Mato Grosso, a partir de microdados do Censo Demográfico de 2000 e da Produção Agrícola Municipal de 2001 (IBGE), procurando associar essas migrações com o desenvolvimento da sojicultura nesse Estado. Adicionalmente, comparamos diferentes indicadores sócio‐demográficos entre a população migrante oriunda dos estados do Sul e aqueles nativos do Estado. Os resultados sugerem uma estreita relação entre a migração e a produção de soja, e se conclui que o fluxo migratório mais qualificado, em geral possuidor de capital e/ou experiência agrícola em produções de larga escala, foi um elemento de suma importância no modelo produtor vigente no Estado. Isso por que a própria dinâmica inerente à produção da monocultura da soja na região demanda esse tipo de conhecimento em detrimento àquele oriundo dos nativos, acostumados a lidar com as lavoras de subsistência e uma pecuária leiteira pouco eficiente. O reflexo disso são as desigualdades a favor da população migrante em detrimento a nativa basicamente em todos os indicadores censitários utilizados. Mesa 7: Mobilidade intergeracional e trajectórias profissionais Table 7: Mobilité intergénérationnelle et trajectoires professionnelles 5.ª Feira/Jeudi, 27 de Novembro/Novembre 15h00, Aula Magna Orador/Communicant: Nathalie Burnay, C. Decleire, H. Derycke, L. Braeckman, P. Vlerick, W. D'Hoore De l’emploi stable au malaise professionnel : Analyse de la mobilité professionnelle des infirmiers en Belgique La profession d’infirmier en Belgique se caractérise par une relative sécurité d’emploi, notamment due à une forme de pénurie de main‐
d’œuvre. Selon S. Paugam (Le salarié de la précarité, PUF, 2001), la précarité se définit selon deux dimensions : un rapport à l’emploi et un rapport au travail. Si la vulnérabilité professionnelle ne peut être analysée en termes d’incertitude quant à l’avenir pour les infirmiers, elle ne demeure pas moins présente au sein de la pratique du métier, dans son rapport au travail. A partir de l’enquête européenne NEXT (près de 4300 infirmiers interrogés en Belgique), cette communication tentera de mettre en évidence la relation existante entre les conditions de travail des infirmiers et leur intention de quitter leur emploi. Dans ce sens, différents indicateurs de vulnérabilité seront étudiés, dérivés : conditions financières, valorisation et reconnaissance des compétences professionnelles, rapport à la hiérarchie, rapport aux collègues, stress, autonomie professionnelle et intensification du travail. Cette communication nous permettra de montrer combien la mobilité professionnelle répond aujourd’hui à des aspirations liées au bien‐être au travail et notamment à l’importance de la reconnaissance professionnelle. Mesa 7: Mobilidade intergeracional e trajectórias profissionais Table 7: Mobilité intergénérationnelle et trajectoires professionnelles 5.ª Feira/Jeudi, 27 de Novembro/Novembre 15h00, Aula Magna Orador/Communicant: Ali Azizi ID: 44 Mesa 7: Mobilidade intergeracional e trajectórias profissionais Table 7: Mobilité intergénérationnelle et trajectoires professionnelles ID: 48 5.ª Feira/Jeudi, 27 de Novembro/Novembre 15h00, Aula Magna Orador/Communicant: Maria Engrácia Leandro, Paulo Nuno Nossa Une étude sur la mobilité sociale intergénérationnelle et la trajectoire professionnelle des enseignants du supérieur en France Cette communication traite de la mobilité sociale intergénérationnelle ainsi que de la trajectoire professionnelle des enseignants du supérieur en France. Elles constituent un enjeu de débat entre sociologues depuis l’après Guerre et surtout depuis ces dernières années. Il y a une abondante littérature sur la mobilité sociale mais la recherche scientifique concernant la mobilité sociale et la trajectoire professionnelle des enseignants‐
ID: 51 Factores e consequências da mobilidade humana: novas lógicas no entardecer da vida A pluridimensionalidade do fenómeno da mobilidade humana, desde tempos de antanho, a multiplicidade das abordagens teóricas que lhe são consagradas e a profundidade humana, social, económica e cultural de que 16 se reveste na actualidade implicam reconhecer que se trata de um facto social bastante complexo, perante o qual muito poucas sociedades e as várias ciências sociais podem ficar indiferentes. De uma maneira ou da outra todas são, hoje, tocadas pelas migrações internas e/ou externas, quer em termos de emigração quer de imigração ou de uma e de outra, como vem acontecendo em Portugal, sobretudo ao longo dos últimos decénios. De resto, o direito de e/i/migrar é um direito inerente à pessoa humana, implicando a liberdade de ir e vir, consagrado em várias instâncias nacionais e internacionais, inclusive na Declaração Universal dos Direitos do Homem, na actual Constituição da República Portuguesa e várias encíclicas pontificais (Pacen in terris). Os problemas migratórios estão, actualmente, em primeiro plano na agenda das preocupações dos governos, da ONU e dos organismos por ela criados, tendo em conta as contínuas e renovadas vagas de migrações de toda a ordem: económicas, familiares, refugiados políticos, ”refugiados” da fome e dos direitos humanos, êxodos rurais, movimentos culturais, turísticos e... Recentemente têm também cada vez mais relevo os designados movimentos de mobilidade de circulação, isto é, grupos de pessoas e de famílias que ao longo do ano se deslocam de um lado para o outro, tendendo a fazê‐lo entre dois pólos de maior ancoragem social e geográfica. Tal é o caso dos que ainda enveredem pelas migrações sazonais, mas muito mais os que após terem e/imigrado para um país diferente daquele que os viu nascer, a este regressam temporariamente na idade da reforma para aí viverem durante o verão e regressam ao país que lhe permitiu uma certa mobilidade social, durante o Inverno. Normalmente quatro grandes factores são evocados para o efeito: os filhos e os netos que tendo partido com os pais em tenra idade ou já nascido nos países que os receberam optam por fixar‐se nessas sociedades; a qualidade dos sistemas e serviços de saúde quando comparados com os portugueses, não hesitando mesmo em promover a migração dos progenitores idosos; os laços que ainda os prendem a um e outro país; o clima e as condições de aquecimento mais favoráveis nestes ou naquele país. É esta problemática que nos propomos abordar neste trabalho, tendo sobretudo em conta os portugueses que na segunda metade do século XX partiram para a Alemanha e para a França. Programme‐Cadre d'UE. Le projet a été visé à la conduction des études comparatives et pluridisciplinaires sur la reproduction intergénérationnele d'inégalités sociales dans huit pays Européens. Mesa 7: Mobilidade intergeracional e trajectórias profissionais Table 7: Mobilité intergénérationnelle et trajectoires professionnelles 5.ª Feira/Jeudi, 27 de Novembro/Novembre 15h00, Aula Magna Orador/Communicant: Licínio M. Vicente Tomás ID: 60 Les parcours au fil de la vie ‐ De l'activité professionnelle à l'inactivité fonctionnelle Dans ses configurations particulières, la mobilité humaine présente bien des nuances et des manifestations contrastées, plus évidentes actuellement qu'il y a quelques décennies. Au moment où s'accentuent les différences entre formes de vie et modes de travail, nous sommes contraints à considérer les nouvelles modalités de relations à l'emploi ainsi que les nouvelles exigences de mobilité professionnelle qu'il impose. En effet, l'emploi, bien plus que le travail lui même, conditionne fortement les parcours individuels entre activités au fil de l'âge. L'organisation sociale décompose les parcours de vie selon des nouveaux modes d'articulation entre travail et non travail et entre temps professionnel dans un emploi et temps hors emploi. De nos jours et pour une grande partie de la population active, les trajectoires sont de plus en plus fragmentées dans un modèle où le temps de travail, juridiquement encadré, devient plus flou et plus flexible. Par conséquent, il se présente de façon bien plus imprécise que ce qu'il était encore dans un passé récent. Il est cependant vrai que nous ne réalisons pas les mêmes tâches et n'assumons pas les mêmes rôles tout au long de l'existence, bien que les attentes vis‐à‐vis de l'âge se transforment elles aussi. La redéfinition collective des temps de travail et de relation à l'emploi projette sur les nouveaux espaces de travail et de loisirs ses modèles d'occupations, de liens et d'interactions subordonnés à des normes de divisons entre statuts que l'âge parfois justifie. Il en est ainsi pour le retrait des salariés plus âgés confinés à l'inactivité fonctionnelle mais qui ne se conforment parfois pas à cesser de travailler et se trouvent face à la nécessité de réinventer le travail comme occupation une fois que la relation à l'emploi est terminée. Nous savons que certaines catégories moins occupées ‐ ou mieux placées ‐ alimentent l'industrie des voyages organisés et celle du temps livre pendant que d'autres reviennent plus dans la sphère familiale ou locale et retournent à leur région d'origine. Mais au‐
delà de ces formes de mobilités, nous cherchons à démontrer, dans cette communication, que la fragmentation du parcours professionnel de la phase active conditionne les modalités de cessation d'activité et de retraite et redessine les modèles. Par la confrontation des différents modèles des trajectoires actives nous essayerons d'en déduire les implications dans la vie actuelle. Mesa 7: Mobilidade intergeracional e trajectórias profissionais Table 7: Mobilité intergénérationnelle et trajectoires professionnelles 5.ª Feira/Jeudi, 27 de Novembro/Novembre 15h00, Aula Magna Orador/Communicant: Magdalena Rek‐Wozniak ID: 50 Victorie ou défaite‐la mobilité sociale chez les jeunes Polonais au cours de la transformation systémique Au cours des deux décades dernières, les sociétés post‐soviétiques ont connu le changements profonds. La transition d'une économie planifiée à l'économie de marché a été accompagnée par l'émersion de chômage de masse, paupérisation de groupes et catégories sociaux diverses et augmentation des inégalités dans les différentes sphères de vie sociale. Par suite de transformation, mais aussi des processus plus globaux, comme la mondialisation, transition de modèle fordist au post‐fordist d'économie ou "le capitalisme flexible", les perspectives pour de jeunes générations ont émergé considérablement, quand même on ne pouvait pas traiter ce fait comme favorable pour tous les individus qui grandissait pendant la période en question. L'évaluation positive ou négative de changements sociaux et économiques dépend des facteurs différents, mais on devrait faire l'attention particulière aux projets de politiques sociales (dans le domaine de l’éducation, du marché du travail, de l’assistance et de l’aide sociale)‐ comme les instruments pour augmenter la mobilité sociale, qui ont dû être redéfinis dans les états post‐socialistes. L'objectif de la communication est de présenter les contextes macro‐ et micro‐sociaux cruciaux pour la mobilité sociale de jeunes Polonais. La presentation sera fondée principalement sur les résultats du projet de recherche entitré PROFIT (le titre plein: Policy Responses Overcoming Factors in the Intergenerational Transmission of Inequalities; 2004‐2007), dirigé dans les cadres de Sixième Mesa 12: Contornos singulares da mobilidade Table 12: Contours et singularités de la mobilité 5.ª Feira/Jeudi, 27 de Novembro/Novembre 15h00, Anf. 1 Orador/Communicant: Thiago Allis ID: 41 Regionalização do turismo no Brasil: a interação com a paisagem como estratégica de desenvolvimento turístico Como uma marca inquestionável da contemporaneidade, o turismo aparece cada vez mais frequentemente nos discursos políticos e programas de desenvolvimento nacional e regional, especialmente em países onde o turismo começou sua expansão há menos tempo e, agora, nota‐se uma possibilidade de avanços no campo econômico. Este é o caso do Brasil, onde, ao se industrializar e urbanizar efetivamente no século XX, os cidadãos começaram a viajar, de forma massiva, somente a partir dos anos 1990. Assim, as políticas públicas de turismo tomaram corpo apenas nos anos 1980, culminando na atualidade com programas de desenvolvimento 17 regional através de roteiros ‐ no chamado Programa de Regionalização do Turismo (Roteiros do Brasil). Diante disso, o que se propõe nesta comunicação é destacar o significado da experiência do visitante quando do deslocamento por paisagens e territórios turísticos, onde, não apenas no acesso aos destinos, mas também a circulação nas chamadas regiões turísticas, restará ao visitante momentos memoráveis a partir da interação com o meio visitado. Esta diretriz já é muito bem trabalhada nas práticas de interpretação do patrimônio, mas ainda pouco desenvolvida quando a escala espacial extrapola o edifício e se foca na região como um todo. Ainda que os estudos sobre paisagem, no âmbito da geografia, tenham já um histórico consolidado, a interface deste tema com o turismo ainda é pouco explorada, por mais que as paisagens sejam o recurso essencial para a "turistificação" de destinos. Com isso, a experiência turística será tanto mais interessante ao visitante quanto melhor e mais intensa for a interação com as paisagens, o que pode ser muito bem desenvolvido através de estradas cênicas, ferrovias turísticas, ciclovias regionais, trilhas históricas e outros meios de locomoção no âmbito das regiões turísticas. Em um momento em que se propõe a regionalização do turismo no Brasil, medidas como esta, lastreadas nos estudos humanísticos propostos pela geografia, sociologia e antropologia, devem trazer um impulso significativo à consolidação do turismo no Brasil. et multiculturel : ce sont les légendes urbaines. Suivant la mobilité physique, virtuelle (par le biais des nouvelles technologies), sociale, professionnelle… de leurs sujets‐transmetteurs, ces récits voyagent à travers les continents ou sont repris et transmis par les groupes au sein desquels ils ont un impact tout en s’adaptant continuellement à de nouveaux milieux culturels. Ils permettent aux individus de créer ou de raffermir un sentiment d’appartenance à une communauté dont la mobilité de ses membres a pu les éloigner les uns des autres. Ils se retrouvent alors physiquement ou virtuellement (par les courriels, blogues et forums) par le biais de la transmission et de l’adhésion à ces récits, réaffirmant leurs valeurs et leur identité tout en entretenant leur cohésion. Même en gardant un nœud narratif et une structure stable le rendant transhistorique et transculturel, le contenu des légendes va également lui‐
même être mobile variant sur le style, les circonstances ou conséquences de l’événement relaté dans le récit permettant, aux sujets‐transmetteurs, de réactualiser ou de recerner le message en fonction de leurs préoccupations, caractéristiques ou spécificités culturelles, sociales, idéologiques, géographiques … du moment, voire de leur volonté de s’intégrer dans un nouveau groupe. De plus, fréquents sont les récits mettant en scène la mobilité de leurs « héros » ou de leurs opposants, telle une mise en abyme de celle qui a touché, touche ou touchera tous sujets transmetteurs, et des conséquences de l’existence de nos sociétés mouvantes dans lesquelles se croisent et s’entremêlent chaque jour un peu plus de cultures et de groupes sociaux différents. Mesa 12: Contornos singulares da mobilidade Table 12: Contours et singularités de la mobilité 5.ª Feira/Jeudi, 27 de Novembro/Novembre 15h00, Anf. 1 Orador/Communicant: Ngoc May Du Mesa 12: Contornos singulares da mobilidade Table 12: Contours et singularités de la mobilité ID: 43 5.ª Feira/Jeudi, 27 de Novembro/Novembre 15h00, Anf. 1 Orador/Communicant: Josiane Le Gall, Catherine Montgomery Mobilité et situations d'attente Avec les situations d’attente pour objet d’étude, cette proposition de communication cherche avant tout à mettre en perspective les rapports entre espace, temps et mobilité. Ces situations sont par exemple : une file d’attente devant les guichets d’une gare, l’attente à un arrêt de bus, ou l’attente dans une Poste en guettant son tour sur le panneau d’affichage. Les modalités d’accomplissement d’une mobilité physique des usagers, confinée dans un espace actualisé par des pratiques d’attente ont ainsi pu être étudiées. À la fois orientées par un dispositif matériel (barrières flexibles, marques sur le sol, panneaux d’affichage, etc.) et corrélées au cadre des relations de service, les pratiques d’attente ont comme conséquence la production située de temps d’attente. Si l’on considère que l’activité de la marche sert à atteindre un endroit spatialement, alors l’activité de l’attente sert au contraire, du point de vue des usagers, à atteindre un service temporellement. Cela est d’autant plus marqué dans la gestion de l’attente au moyen de numéros distribués. Les usagers ne sont plus soumis à l’exigence d’inscription physique dans une file d’attente. Ils peuvent flâner à proximité en attendant leur tour. Toutefois, ce procédé en participant à une individualisation de l’expérience de l’attente renforce les rapports inégaux entre usagers et institutions. L’étude de la mobilité contenue – et donc de l’immobilité régulée – des situations d’attente montre que les possibilités de réappropriation individuelle du temps, au lieu de les subvertir, consolident paradoxalement les logiques institutionnelles et économiques de rationalisation de l’espace et des flux. Mobilité et santé : entre le local et le transnational Au cours des dernières années, un nombre croissant d'études ont montré comment, tout en s'intégrant dans le pays hôte, les migrants maintiennent des liens familiaux, religieux, politiques, organisationnels, économiques ou sociaux avec le pays d'origine et d'autres pays dans le monde. Elles insistent sur le fait que mobilité et processus d'insertion ne sont pas contradictoires ou mutuellement exclusifs, comme ils ont longtemps été conçus, mais plutôt complémentaires, bien que selon des modalités différentes. Dans le cadre de cette communication, nous examinerons les activités transnationales liées à la santé, un type de pratiques encore très peu exploré dans la littérature. Lors de maladies, mais aussi à divers moments du cycle de vie, lors d'une naissance par exemple, des échanges transnationaux sont maintenus et l'information circule, via l'Internet, le téléphone et les voyages. Nous examinerons plus spécifiquement comment, à ces occasions, ces contacts peuvent pour les migrants être source d'aide pratique ou financière, permettre l'obtention d'un traitement médical et assurer la transmission de savoirs entourant la prévention ou la guérison. Nous montrerons que ces activités incluent à la fois les soins médicaux et les pratiques traditionnelles et qu'elles n'excluent pas le recours à l'aide formelle et informelle dans le pays hôte. Nous nous appuierons sur les données issues de différentes recherches menées auprès de nouveaux arrivants à Montréal (Québec, Canada). Mesa 12: Contornos singulares da mobilidade Table 12: Contours et singularités de la mobilité 5.ª Feira/Jeudi, 27 de Novembro/Novembre 15h00, Anf. 1 Orador/Communicant: Aurore Van de Winkel ID: 49 Mesa 12: Contornos singulares da mobilidade Table 12: Contours et singularités de la mobilité 5.ª Feira/Jeudi, 27 de Novembro/Novembre 15h00, Anf. 1 Orador/Communicant: Rosemere Maia ID: 46 La légende urbaine, récit mobile et reflétant la mobilité de ses sujets‐
transmetteurs… Alors qu’auparavant les individus – sédentaires ‐ s’attachaient à des légendes traditionnelles s’ancrant dans un lieu qui leur était proche, aujourd’hui, plus mobiles, ils diffusent un nouveau type de récits reprenant les thèmes des anciennes mais en étant ancré dans notre contexte spatial ID: 57 Do aprisionamento ao “lugar” à inserção nos fluxos globais ‐ reflexões sobre as vivências e representações de moradores de um bairro periférico da Cidade do Rio de Janeiro A fragmentação do tecido sócio‐político e espacial é uma das marcas da Cidade do Rio de Janeiro, impactando de maneira particular e decisiva na 18 mobilidade dos diferentes segmentos sociais. Ao mesmo tempo em que constatamos a ampliação das possibilidades de conexão a uma escala planetária – facilitada pelo acesso aos meios informacionais ‐, não podemos desconsiderar o aprisionamento ao “lugar” e a construção de novas fronteiras e territórios, graças ao individualismo, ao medo e à violência que têm permeado as relações estabelecidas entre os habitantes da Cidade. Através de nossa comunicação, pretendemos trazer à luz tal debate, tendo como contexto empírico Santa Cruz, um bairro “periférico” que, em 2000 (último censo/IBGE), contava com 52.983 domicílios e uma população de 191.836 habitantes. Congregando um número significativo de grandes conjuntos habitacionais, loteamentos populares e favelas, tal área não só tem sido preterida pelas políticas públicas de forma geral, como costuma ser vista por aqueles que residem em bairros cariocas privilegiados como “o lugar onde Judas perdeu as botas”, o “fim da linha”, espaço de barbárie, onde a associação entre pobreza/local de moradia/violência orienta os discursos e representações dos “de fora”. Além do estigma sofrido por este “outro”, os próprios moradores da área estabelecem “hierarquias” e “gradações” entre si, criam distâncias sociais, ao mesmo tempo em que também são levados pelos “algozes” locais ‐ traficantes e milicianos ‐ a uma situação de redução/constrangimento de sua mobilidade, tanto no contexto do bairro, quanto da própria cidade (o que não chega a ser uma peculiaridade desta área, mas que lá assume dimensões críticas). Por outro lado, e paradoxalmente, são estes mesmos “algozes” que, por meios ilícitos, têm viabilizado o acesso aos encantos e desencantos dos processos globais – o que pode ser constatado a partir da observação do incontável número de lan houses que proliferam na área, do acesso pelos moradores à programação de canais de tv à cabo, da multiplicação de videolocadoras, alterando as relações familiares e vicinais, definindo novas territorialidades e fomentando a inserção/criação de “comunidades” virtuais. Discutir‐se‐á o lugar desempenhado por Portugal na formação escolar superior de estudantes angolanos, procurando dar conta dos aspectos simbólicos, afectivos, culturais e económicos subjacentes à escolha deste país. Esta análise basear‐se‐á em entrevistas semi‐estruturadas a estudantes angolanos que frequentam universidades de Lisboa e do Porto, procurando cruzar a decisão de envio dos estudantes de Angola para Portugal com diferentes trajectórias familiares e, em particular, com o valor que, de modo diferenciado, atribuem à posse de capital escolar. Esta caracterização incluirá ainda a razão da escolha de Portugal por oposição a outros destinos, e a relação que existe entre os destinos de envio e situações e ou aspirações sociais e económicas específicas; com diferentes aproximações a o topo da estrutura social e as esferas de decisão política. Finalmente analisar‐se‐á o papel de Portugal como país receptor destes estudantes angolanos quer no quadro da CPLP, quer por comparação com outras diásporas estudantis, que circulam de forma mais ou menos duradoura nos seus espaços universitários. Mesa 2: Mobilidade formativa e intercâmbio cultural Table 2: Mobilité de formation et échanges interculturels 6.ª Feira/Vendredi, 28 de Novembro/Novembre 9h30, Anf. Norte Orador/Communicant: Eugénie Terrier La Mobilité Internationale pour études : Nouveaux Flux Et Inégalités D’accès Le début du 21ième siècle est marqué par une augmentation spectaculaire du nombre d’étudiants en mobilité internationale dans le monde. En 2005, 2,73 millions d’étudiants étaient scolarisés dans l’enseignement supérieur d’un pays dont ils n’étaient pas ressortissants, contre 1,75 millions six ans plus tôt, ce qui représente une évolution de 56 % depuis 1999 (OCDE). Afin de participer au débat sur les nouvelles configurations de la mobilité humaine, cette proposition de communication s’interroge sur les questions suivantes : en quoi la mobilité internationale pour études représente‐t‐elle une forme de plus en plus significative de la mobilité humaine ? Comment expliquer l’essor de ce type de mobilité et quelles en sont les conséquences sociales et politiques ? L’augmentation du nombre d’étudiants internationaux s’inscrit d’une part dans le maintien des flux « traditionnels » Sud‐Nord alimentés par les inégalités de développement et d’autre part, dans l’apparition de déplacements plus récents, plutôt issus des pays émergents (Chine, Inde) et en lien direct avec le phénomène de mondialisation. Sur ce marché mondial de l’éducation, la logique commerciale monte en puissance au détriment des étudiants originaires des pays du Sud, exclus des accords d’échanges, soupçonnés de vouloir immigrer et considérés comme non solvables. Cette proposition s’appuie sur un travail de thèse en cours portant sur les mobilités spatiales des étudiants internationaux. Le corpus est constitué de 500 questionnaires remplis par les étudiants internationaux présents en Bretagne, de 30 entretiens réalisés auprès de cette même population ainsi que 12 entretiens menés auprès d’acteurs concernés par l’accueil des étudiants internationaux (direction des relations internationales des établissements, des collectivités locales, structures d’accueil des étudiants etc.). Mesa 12: Contornos singulares da mobilidade Table 12: Contours et singularités de la mobilité 5.ª Feira/Jeudi, 27 de Novembro/Novembre 15h00, Anf. 1 Orador/Communicant: Ricardo Roque ID: 61 Museus, práticas de documentação e mobilidade de restos humanos Esta comunicação discute a relação entre trajectórias de colecções de restos humanos e práticas de documentação de objectos. Actualmente, encontram‐se depositados milhares de ossadas humanas em museus científicos um pouco por todo o mundo. Muitas destas colecções foram obtidas nos séculos XIX e XX, altura em que o estudo de ossadas humanas de diferentes povos do mundo possuía importante valor científico. Neste período histórico, a mobilidade de restos humanos recolhidos em distantes territórios e com destino aos museus foi um fenómeno de escala praticamente planetária. Esta mobilidade de coisas, porém, esteve frequentemente associada a processos de documentação, em especial através da produção de rótulos, entre outros procedimentos documentais. Contudo, nos museus de hoje, muitas destas ossadas permanecem sem documentação, ou com rótulos inadequados. Com base em trabalho de campo em museus e arquivos de Europa e Oceânia, esta apresentação debruça‐se sobre diferentes modos de rotulagem e indexação, interrogando‐se sobre as tensões que se formam, hoje e no passado, entre os processos de mobilidade de ossadas e os procedimentos documentais dirigidos à fixação da identidade e da origem dos objectos. Mesa 2: Mobilidade formativa e intercâmbio cultural Table 2: Mobilité de formation et échanges interculturels 6.ª Feira/Vendredi, 28 de Novembro/Novembre 9h30, Anf. Norte Orador/Communicant: Ana Bénard da Costa Mesa 2: Mobilidade formativa e intercâmbio cultural Table 2: Mobilité de formation et échanges interculturels 6.ª Feira/Vendredi, 28 de Novembro/Novembre 9h30, Anf. Norte Orador/Communicant: Margarida Lima de Faria ID:21 ID: 22 Emigração de quadros, formação superior e desenvolvimento: o caso de Moçambique A história do Estado Moçambicano é indissociável dos processos de mobilidade internacional que levaram, e levam, grande parte dos membros da elite deste país a deslocar‐se por períodos muito variáveis para o estrangeiro com vista a aí obterem uma formação de nível superior. ID: 20 Diásporas estudantis: o caso dos estudantes angolanos no ensino superior português 19 Partindo de um estudo de caso realizado com estudantes moçambicanos que frequentam universidades em Portugal e quadros moçambicanos que realizaram, em diferentes épocas, a sua formação no exterior, esta comunicação analisa, numa primeira parte, a forma como se interrelacionam as diferentes estratégias dos actores sociais envolvidos: estudantes, quadros moçambicanos e financiadores da formação no exterior (famílias, governos envolvidos e organizações multilaterais). Debate, seguidamente, as actuais orientações políticas dos principais organismos internacionais e dos países doadores em termos da cooperação ao nível do ensino superior com Moçambique. Analisando, por último, as relações entre duas das principais tendências que, actualmente e a este nível, se podem observar: o aumento da mobilidade e da concorrência internacional de, e por, estudantes universitários e o reforço dos investimentos nas instituições de ensino superior em Moçambique. clara assimetria dos fluxos internacionais. Nota‐se ainda uma institucionalização desse processo de mobilidade, através da criação de programas de intercâmbio para alunos de graduação, tais como o Erasmus na Europa, o Escala na América Latina, assim como o surgimento de programas no interior das próprias universidades, como o de “Intercâmbio Internacional para a Graduação” da Universidade Federal de Minas Gerais cujo crescimento exponencial será explorado nesta comunicação, ao lado da questão do acesso e da equidade face a essas oportunidades escolares. Mesa 2: Mobilidade formativa e intercâmbio cultural Table 2: Mobilité de formation et échanges interculturels 6.ª Feira/Vendredi, 28 de Novembro/Novembre 9h30, Anf. Norte Orador/Communicant: Marie‐Claude Muñoz La migration temporaire de groupes sociaux à fort capital culturel : les doctorants brésiliens Le nombre des étudiants brésiliens qui ont fait des études doctorales et post‐doctorales aux Etats‐Unis et en Europe a connu une augmentation remarquable au cours des trente dernières années. Ces contingents de jeunes universitaires constituent un des vecteurs principaux des innovations dans le domaine des institutions intellectuelles et politiques, ils contribuent à l’intensification des échanges scientifiques internationaux et à l’appropriation de nouveaux savoirs essentiels à la modernisation et au développement culturel, social et économique du pays. Il convient de se pencher sur cette forme spécifique et temporaire de migration internationale ‐ celles de groupes sociaux à fort capital culturel qui viennent se former et se perfectionner en Europe. Ce, dans une double approche visant la connaissance des politiques publiques du pays de départ (agences de financement, programme de bourses, public) et du pays de destination (accords de coopération, offre de formation, politique d'accueil) et celle des agents concernés. Ce qui signifie l’exploration de l’effort consenti par le Brésil à la formation de ses cadres à l’étranger et la sociologie de la population ‐ caractéristiques sociales et culturelles ‐ nous limitant à la mobilité internationale à destination de la France des doctorants brésiliens bénéficiaires d'une bourse "sandwich". La formation des doctorants est un enjeu pour les agences de financement nationales et pour les pays avancés dans les domaines scientifiques et technologiques, dans un marché mondial de la coopération scientifique où la concurrence est de plus en plus vive pour attirer les scientifiques. Mesa 2: Mobilidade formativa e intercâmbio cultural Table 2: Mobilité de formation et échanges interculturels 6.ª Feira/Vendredi, 28 de Novembro/Novembre 9h30, Anf. Norte Orador/Communicant: Ana Delicado ID: 23 Mobilidade científica internacional: dinâmicas de partida e retorno dos investigadores portugueses Integrada no fenómeno mais vasto das migrações qualificadas, a mobilidade de cientistas tem impacto não só nos sistemas científicos e na produção de ciência mas também ulteriormente na capacidade de inovação e no desenvolvimento socioeconómico dos países. Este tipo particular de mobilidade espacial pode ser compreendida na intersecção entre as condições estruturais de atracção e repulsão dos sistemas científicos e as estratégias individuais de construção de carreiras. A presente comunicação centra‐se no caso português, focando a sua atenção nos cientistas que partem para o estrangeiro mas também nos que regressam ao país de origem após uma experiência de trabalho ou formação internacional. Procurar‐se‐á debater os fluxos e condições de saída e retorno, as trajectórias e motivações dos cientistas “móveis” e o efeito da mobilidade sobre o trabalho científico e a formação de redes transnacionais. Esta comunicação fundamenta‐se num trabalho de investigação pós‐doutoral em curso e tem por base empírica a análise de dados estatísticos existentes, um inquérito por questionário a investigadores portugueses expatriados e entrevistas a cientistas regressados. Mesa 5: Identidades e comunicação em contexto migratório Table 5: Identités et communication en contextes migratoires Mesa 2: Mobilidade formativa e intercâmbio cultural Table 2: Mobilité de formation et échanges interculturels 6.ª Feira/Vendredi, 28 de Novembro/Novembre 9h30, Anf. Norte Orador/Communicant: Maria Alice Nogueira, Viviane Coelho C. Ramos ID: 25 6.ª Feira/Vendredi, 28 de Novembro/Novembre 9h30, Anf. Sul Orador/Communicant: Joëlle Desterbecq ID: 24 ID: 26 Médias et migrations : la représentation des personnes d’origine non européenne dans la presse belge francophone Nous proposons d’aborder la thématique de la mobilité humaine et, plus singulièrement, des phénomènes migratoires par le prisme de leur représentation médiatique. En effet, les discours médiatiques façonnent des images de la société, agissent tels des filtres pour organiser notre rapport au réel. Ainsi en est‐il lorsque les médias traitent des personnes issues de l’immigration ou d’origine étrangère. L’étude menée en 2006 par l’Observatoire du récit médiatique – le laboratoire d’analyse des médias de l’Université de Louvain – met en exergue combien les représentations médiatiques des personnes d’origine non européenne s’avèrent mouvantes dans la presse belge francophone. En une dizaine d’années, elles ont connu un processus de diversification conduisant à l’émergence de la figure du « citoyen » : citoyen impliqué dans la vie culturelle du pays mais aussi citoyen investissant l’espace politique. A cet égard, un examen plus spécifique du traitement médiatique consacré aux élus belges d’origine non européenne de la capitale souligne les transformations du récit journalistique au fil des années électorales. En effet, l’étude de corpus extraits des années 2000 et Estudos no exterior: uma faceta da mobilidade contemporânea A intensificação das trocas mundiais ‐ nas esferas da economia, da política, da cultura ‐ fez exacerbar o fenômeno da circulação internacional da população estudantil; fenômeno que não é novo mas que assume, na contemporaneidade, características específicas. A primeira delas é a acentuada elevação de sua frequência registrada pelos dados estatísticos da OCDE e da UNESCO. A segunda diz respeito a sua diversificação com o surgimento de novas modalidades de estudos no exterior que passam a afetar todos os níveis do sistema educativo, embora o ensino superior continue sendo o mais internacionalizado dentre eles. Essa diversificação se manifesta também no cardápio variado de formas de abertura ao internacional que hoje se verificam ao longo das trajetórias escolares dos jovens: estágios lingüísticos de curta duração, intercâmbios de high school, programas de “mobilidade” para estudantes universitários etc. O leque de países de destino também vem aumentando, mas com uma forte concentração nos países ocidentais desenvolvidos, o que resulta numa 20 2006 met en évidence le bouleversement des thématiques mises à l’agenda des lecteurs. L’importance accordée en 2000 au récit de vie du personnel politique d’origine non européenne est écartée en 2006 au profit d’un débat relatif au marketing électoral mis en œuvre par les instances partisanes qui le recrutent. Derrière cette nouvelle configuration du récit journalistique se profile la question du vote ethnique ou communautaire; thématique redondante vraisemblablement à intégrer dans la problématique plus générale du communautarisme importée ces dernières années dans le débat politique belge. être élargie à d'autres "cadres" de l'expérience humaine. Les données existantes sur les migrations aux Açores notamment celles développées, entre autres, par Octavio Medeiros aux Açores, seront ainsi réinterprétées à partir de cette approche systémique communicationnelle. Mesa 5: Identidades e comunicação em contexto migratório Table 5: Identités et communication en contextes migratoires 6.ª Feira/Vendredi, 28 de Novembro/Novembre 9h30, Anf. Sul Orador/Communicant: Michel Messu ID: 29 Mesa 5: Identidades e comunicação em contexto migratório Table 5: Identités et communication en contextes migratoires 6.ª Feira/Vendredi, 28 de Novembro/Novembre 9h30, Anf. Sul Orador/Communicant: Manuel Antunes da Cunha L’experience de migration est‐elle seulement personnelle? En réexploitant les histoires de vie d’enfants de migrants, histoires de vie recueillies lors d’une enquête menée en 2002‐03 pour le compte de la DREES (Ministère de la Solidarité), la communication tentera de montrer que l’expérience de migration est une expérience qui se transmet, se partage et structure l’identité des descendants de migrants (parfois aussi des ascendants). Mais que se transmet‐il ? Que partage‐t‐on de l’expérience de migration d’une génération à l’autre ? C’est au croisement de l’expérience vécue et des mythes identitaires construits que la transmission semble opérer. Ainsi en partant de l’expérience enfantine d’une confrontation à des parents ou grands‐parents d’origine étrangère (russes, polonais, italiens, maghrébins), l’identité construite par ces adultes descendants de migrants porte les traces de cette expérience migratoire. Acceptation, rejet, reconstruction mythique, bricolage circonstanciel, etc., toutes sortes de mobilisation de l’expérience migratoire fondatrice semblent opérer et produire des effets identitaires singuliers. Comme si une expérience effective de la migration affectait le descendant autochtone (parfois l’ascendant autochtone). Comme si l’expérience migratoire individuelle était de fait partagée par les proches, par un collectif. Un collectif d’affiliés, mais parfois, plus largement, un collectif de semblables, un collectif identitaire, comme on pourrait le rechercher du côté de ceux qui se réclament de l’expérience esclavagiste. Ainsi, l’expérience migratoire ne produit pas seulement des histoires individuelles, elle construit aussi des histoires collectives. ID: 27 Reconfigurações discursivas em torno da diáspora e da identidade nacional. Estudo de caso sobre três magazines da RTPi: RTPi Notícias, Europa Contacto e França Contacto A nossa investigação parte da hipótese que o estudo das representações veiculadas por um media ou por emissões de natureza étnica, assim como a sua recepção, constituem um lugar privilegiado para apreender a complexidade das questões culturais com as quais se confrontam diariamente os membros da diáspora. A experiência dos indivíduos oriundos da emigração ilustra, aliás, a dinâmica das interacções de natureza política, sociocultural, sexual, territorial ou intergeracional, a partir das quais cada um de nós se move e modela os seus universos de pertença. Esta intervenção alicerça‐se numa análise de conteúdo de três espaços semanais de informação do canal de televisão RTP Internacional, sendo o primeiro da responsabilidade da redacção do serviço público (RTPi Notícias) e os restantes produzidos por membros da comunidade (Europa e França Contacto). Essa pesquisa completa‐se com um estudo de recepção junto duma dezena de dirigentes associativos da região parisiense. Procuramos assim responder a algumas questões que têm a ver com a (re)configuração das identidades, dos territórios (geográficos ou sociais) e das fronteiras – ou seja, da mobilidade humana – em contexto migratório. O que é ser Português no discurso dos media? Que lugar cabe à diáspora no âmbito das representações relativas à identidade nacional? Que papel é desempenhado pelo serviço público de televisão, mas também por públicos específicos como os dirigentes associativos, neste processo? Numa perspectiva interaccionista, assente quer na análise discursiva dos media quer na sua recepção e noutras experiências socioculturais, procuramos levar a cabo uma análise compreensiva dos contextos sociohistóricos de circulação do sentido social e das práticas quotidianas dos actores. Ser telespectador também é tomar posição no mundo das representações sociais, identificar‐se com certos colectivos em detrimento de outros. Mesa 5: Identidades e comunicação em contexto migratório Table 5: Identités et communication en contextes migratoires 6.ª Feira/Vendredi, 28 de Novembro/Novembre 9h30, Anf. Sul Orador/Communicant: Etanislas Ngodi ID: 30 Nouvelles configurations de la mobilité humaine en Afrique centrale: cybernet, e‐mariage et le webcam La problématique de la mobilité humaine dans la perspective du genre demeure d'actualité. Aujourd'hui, on assiste de plus en plus à une diversification des enjeux migratoires. La question des femmes migrantes commence à occuper une place importante sur la scène internationale, au regard des rapports des institutions et ONG, des travaux des chercheurs et surtout de la médiatisation du phénomène. Des recherches illustrent la grande contribution des femmes qui ont transformé le visage des migrations. Les femmes sont de plus en plus nombreuses à partir, d'où cette expression savamment utilisée de "féminisation de la migration". Dans le cadre de cette contribution, il sera question de présenter l’impact des Nouvelles Technologies de l’Information et de la Communication (NTIC), en particulier de l’Internet dans le développement des migrations féminines de l’Afrique centrale vers l’Europe. A partir des données collectées en Europe (France, Italie, Espagne) auprès des femmes migrantes (biographies, témoignages, récits de vie) et des collectivités locales, nous analyserons les réseaux et circuits des migrantes dans les pays d’accueil (Europe) et d’origine (Gabon, Cameroun, Congo Brazzaville) et examineront les conséquences de ce phénomène à travers les multiples formes d’exploitation de la femme en Europe (tourisme sexuel, violence, traite, etc.). Le développement du phénomène des femmes seules pour accéder aux allocations familiales, les mariages par «connexion» et Mesa 5: Identidades e comunicação em contexto migratório Table 5: Identités et communication en contextes migratoires 6.ª Feira/Vendredi, 28 de Novembro/Novembre 9h30, Anf. Sul Orador/Communicant: Rolando Lima Lalanda Gonçalves ID: 28 L'analyse systemique communicationnelle des migrations: le contexte du retour Les sciences de l'information et de la communication, notamment la sociologie de la communication, doivent appréhender les phénomènes communicationnels qui se déroulent dans le cadre des processus migratoires. L'approche communicationnelle nous permettra de mettre en évidence certains phénomènes récurrents aux situations migratoires et ainsi permettre l'ouverture d'un champ de recherche sur la problématique des migrations. Cette communication s'insère dans la perspective de la systémique qualitative et de la sémiotique situationnelle développée par Alex Mucchielli dans le cadre des organisations et qui peut parfaitement 21 «intérêt» pour la survie familiale, les regroupements familiaux par alliance et l’émergence d’une économie informelle sur la base des transferts des migra devises sont autant d'aspects qui seront abordés dans ce travail. ont des structures ressources susceptibles de les accompagner au cours du processus d’intégration. Mesa 6: Vulnerabilidades familiares e Género Table 6: Vulnérabilités familiales et Genre 6.ª Feira/Vendredi, 28 de Novembro/Novembre 9h30, Aula Magna Orador/Communicant: Hilda Joyce Portilla Mesa 6: Vulnerabilidades familiares e Género Table 6: Vulnérabilités familiales et Genre 6.ª Feira/Vendredi, 28 de Novembro/Novembre 9h30, Aula Magna Orador/Communicant: Ana Gherghel, Marie‐Christine Saint‐Jacques ID: 31 Mobilités des femmes et des familles au sein de l’espace domestique: une articulation possible entre le local et le global Dans un cadre mondial où les déplacements se multiplient, nous dirigeons le regard vers une modalité migratoire récente, à savoir celle des femmes qui partent seules, afin de travailler dans le secteur des soins. Ce phénomène grandissant connu comme 'transnational carework' est en partie conséquence du déficit de cette main d’œuvre dans les pays riches, mais aussi découle‐t‐il des stratégies de mobilité des femmes des pays pauvres et des pays riches. Bien souvent, les migrantes laissent leur famille derrière lorsqu’elles sont engagées par une autre famille au pays d’immigration, participant à la création de nouveaux espaces relationnels. L’espace domestique émerge en effet ici comme un lieu de rencontre et de proximité où confluent différents types de mobilité, aussi lieu de négociation de frontières identitaires en raison de l’intersectionalité qui y est contenue. C’est en prenant comme base une sociologie qui considère le poids que continuent d’exercer des aspects structurels (tels les politiques familiales et les politiques d’immigration des pays) mais aussi la construction des subjectivités propres, uniques et constitutives des êtres mobiles; que nous tenterons d’établir des liens théoriques entre les possibles mobilités des femmes et des familles en question et la configuration de ce nouvel espace de pratiques transnationales. Ceci, à l’aide d’une certaine littérature sociologique et anthropologique qui nous permette d’articuler le local et le global, de voir comment se mettent en place ces processus qui donnent lieu à des nouveaux rapports sociaux. Réseaux de soutien et monoparentalité en contexte d’immigration Bien que la grande majorité des immigrants au Canada vivent au sein d’un ménage familial et la migration familiale a été la principale modalité d’entrée dans les pays de l’Union européenne, l’étude de la migration familiale est très récente, développée notamment en Amérique du Nord à partir des années 1980 (Kofman 2004, Vatz Laaroussi 2001). Dans cette approche, la migration est vue d’abord comme un projet familial visant l’amélioration des conditions de vie. Cette communication propose une analyse de l’ensemble des facteurs déterminant l’instabilité familiale en contexte d’immigration, par le biais d’un examen systématique de certains parcours familiaux des mères immigrantes ayant vécu une séparation conjugale. La redéfinition des rôles parentaux, la réorganisation des projets familiaux et professionnels après l’immigration, la précarité économique qu’entraîne souvent le processus migratoire et l’isolement social jouent un rôle particulièrement important dans la dynamique familiale conduisant à une séparation. Par contre, tous les témoignages recueillis suggèrent le rôle central des réseaux de soutien pour l’adaptation des parents, autant pendant la période post‐migratoire qu’après la séparation, à la vie en famille monoparentale. Nous allons montrer donc les modalités de constitution et de réorganisation des réseaux de soutien, ainsi que leur rôle lors des transitions familiales importantes, comme la séparation conjugale. Cette présentation s’appuie sur les résultats de notre recherche postdoctorale (2006‐2008), basée sur des entretiens biographiques avec des mères immigrantes, de diverses origines ethniques, installées au Québec depuis plus de 3 ans. Des témoignages recueillis auprès de plusieurs intervenants d’organismes communautaires et du Centre jeunesse de Québec apportent aussi une vision complémentaire quant aux difficultés rencontrées par ces familles. Mesa 6: Vulnerabilidades familiares e Género Table 6: Vulnérabilités familiales et Genre 6.ª Feira/Vendredi, 28 de Novembro/Novembre 9h30, Aula Magna Orador/Communicant: Lígia Évora Ferreira ID: 35 Novos padrões de imigração: a imigração de mulheres cabo‐verdianas e o desenvolvimento de Cabo Verde A mudança dos padrões da migração não só é consequência de políticas de imigração, como a reunificação familiar ou o fecho de fronteiras de países de forte imigração (entre 1973 e 1974) como também é consequência da transformação económica e social, resultante do aumento da mobilidade na Europa, ocasionada pelo desmantelamento da Cortina de Ferro, a globalização com as inevitáveis mudanças económicas ou geopolíticas daí decorrentes.A comunicação começa por situar as mulheres no contexto das novas migrações para a Europa e do novo paradigma que se abre ao estudo das Migrações contemporâneas, nesta primeira década do Séc. XXI. Contextualiza o género na História e Cultura de Cabo Verde, analisa o papel da Mulher na sociedade tradicional cabo‐verdiana e o lugar de destaque que ela ganha na emigração, com a conquista do poder social e novas formas de organização familiar, tornando‐se, assim, um elemento activo no processo de desenvolvimento de Cabo Verde. Mesa 6: Vulnerabilidades familiares e Género Table 6: Vulnérabilités familiales et Genre 6.ª Feira/Vendredi, 28 de Novembro/Novembre 9h30, Aula Magna Orador/Communicant: Elsa Groulade, Maria Piedad Camacho, Ana Nava, Isabel Estrela Rego ID: 34 ID: 33 Etude des perceptions qu’ont les femmes immigrantes de leur processus d’intégration au sein de la sociéte açorienne Le travail que nous souhaitons présenter ici est une étude qualitative exploratoire, menée à São Miguel, Açores. Son principal objectif est de prendre connaissance d’une réalité jusqu’à présent peut documentée, concernant les Açores, à savoir la situation des femmes immigrantes. Ce qui nous interesse ici est la perception et l’interprétation que font ces femmes de cette partie de leur histoire qu’est le parcour migratoire. Nous tenterons d’identifier à partir de ce premier travail de terrain les principaux facteurs influents dans le processus d’intégration. Nous nous interrogerons donc sur la manière dont les femmes migrantes perçoivent l’influence de la langue, de la culture du pays d’acceuil et des relations interpersonnelles comme des facteurs déterminants dans le processus d’intégration. Les entretiens semi‐directifs menés auprès de 30 femmes de differentes nationalités (ex. brasiliénes, romaines, italienes, cap verdiennes), vivant à São Miguel viseront à éclairer le rôle joué par mesures chacun de ces facteurs. Nous souhaitons d’autre part identifier les difficultées rencontrées par les femmes immigrées, ainsi que la connaissance qu’elles Mesa 11: Diversidades e especificidades da mobilidade actual Table 11: Diversités et spécificités de la mobilité d’aujourd’hui 6.ª Feira/Vendredi, 28 de Novembro/Novembre 9h30, Anf. 1 Orador/Communicant: Ahmad Seyer Mahjoor ID: 36 La mobilité sociale des fonctionnaires en Afghanistan 22 Ma communication traite la mobilité sociale dans la société afghane, les réflexions qui suivent proposent quelques éléments d'analyse permettant de spécifier la mobilité sociale d’une société traditionnelle qui est en pleine mutation et qui produit de la mobilité touchant toutes les catégories socioprofessionnelles. La méthode de recherche est essentiellement basée sur les études quantitatives menées auprès des fonctionnaires, de l’analyse de la documentation théorique et des données officielles permettant de comprendre la mobilité sociale en Afghanistan. A cette fin, l’étude des travaux des sociologues fonctionnalistes est susceptible de nous aider à « comprendre » la mobilité dans la société afghane. Malgré des agitations brutales entreprises, suite des événements importants dans la société afghane qui ont crées les conditions idéales pour la différente sorte de la mobilité. Nous constatons l’émergence d’une mobilité sociale qui montre clairement l’influence de l’autorité et des acteurs principaux de la société traditionnelle. Le but de la présente contribution est de souligner la permanence de la mobilité sociale en Afghanistan de l’indépendance (1919) à nos jours. Cette dynamique de changement incessant comporte des dimensions intergénérationnelles et intra‐générationnelle, suscitée notamment par l’instabilité politique et la crise économique et sociale afghane. En vue de rendre compte des causes de la mobilité sociale que connaît la société afghane, il convient de mettre en évidence et d’analyser la complexité et la hiérarchie des normes sociales en vigueur. Mesa 11: Diversidades e especificidades da mobilidade actual Table 11: Diversités et spécificités de la mobilité d’aujourd’hui 6.ª Feira/Vendredi, 28 de Novembro/Novembre 9h30, Anf. 1 Orador/Communicant: Jocelyn Lachance Les jeunes forment leurs voyages: l'exemple du "backpacking" Depuis les années 80, une nouvelle figure du voyageur est apparue jusqu’à transformer le visage du tourisme à petit budget. Il s’agit du « backpacker » qu’il convient de distinguer du « routard » (associé à la route, l‘auto‐stop, etc.) et du « touriste » (associé à un circuit souvent planifié, aux endroits qu’il visite). Le « backpacking » se caractérise plutôt par un « esprit », des valeurs pleinement actuelles à l’aube du troisième millénaire, qui convergent toutes vers une recherche affirmée de l’authenticité. Contact véritable avec les populations locales, confrontation à l’altérité culturelle afin de vérifier sa propre capacité d’adaptation, exaltation de la relation ponctuelle, éphémère mais toujours enrichissante, les jeunes occidentaux sont de plus en plus nombreux à parcourir la planète, le sac au dos, avec l’intention de se frotter au monde, aux aléas d’un parcours improvisé, avec l’espoir d’en revenir grandi. Le « backpacking » indique que le voyage n’est plus réservé à une portion marginale de la jeunesse puisqu’il demande peu de moyens mais beaucoup de temps. Il apparaît comme une manière d’exprimer son adhésion à un monde qui offre moins de modèles d’identification et davantage d’opportunités d’expérimenter par soi‐même et pour soi‐même son rapport à l’autre et au monde. Ainsi, ce ne sont pas seulement les voyages qui forment la jeunesse, mais d’abord les jeunes qui donnent forme à leurs voyages. Mesa 11: Diversidades e especificidades da mobilidade actual Table 11: Diversités et spécificités de la mobilité d’aujourd’hui 6.ª Feira/Vendredi, 28 de Novembro/Novembre 9h30, Anf. 1 Orador/Communicant: Jun Youn Kim ID: 38 ID: 37 Interculturel et mobilité des Adoptés d’origine coréenne en voyage. L’adoption internationale a des apparences de phénomène migratoire lorsqu’on évoque les 200 000 enfants adoptés d’origine coréenne de part le monde. Le terme de « diaspora » entre presque en adéquation, puisque certaines caractéristiques de la migration traditionnelle sont aussi réunies: le départ (de l’individu) comme seule alternative, généralement pour assurer sa pérennité et/ou celle de sa famille, un « aller simple définitif », tant le projet de retour semble indéterminé, immatériel, surtout dans ce cas, où le migrant de première génération est un enfant ayant coupé toute relation avec son pays d’origine. Les vols commerciaux d’air Corée se sont cependant accoutumés, récemment, à un nouveau type de clientèle, et comptent parmi leurs usagers de jeunes adultes au physique singulièrement « coréen » mais porteurs d’un passeport occidental. Ce même avion, qui les a conduits quinze ou vingt ans auparavant, effectue le trajet inverse, avec à bord, non plus un enfant mais un pré adulte ayant acquis une langue, une éducation, une socialisation. « Découverte de la langue et de la culture d’origine », « Retour au pays maternel », « Recherche de ses racines », les expressions ne manquent pas dans la presse et l’on peut interroger la démarche, le « cap » psychologique franchi. L’envisagent‐il comme un retour, vers l’origine, ou une découverte pure et simple ? On constate de Séoul, qu’un grand nombre ne vient pas seulement visiter le pays d’origine mais souhaite passer plus de temps, étudier la langue, rechercher leur famille biologique, trouver un emploi, peut‐être s’intégrer ? Ce premier départ vers la Corée est vécu comme « important », pour rechercher une continuité dans leur histoire, pour combler le vide de la rupture, le maillon manquant dans la cohérence identitaire (qui est le lieu d’expression de facteurs de rejets ou d’attraits, le point moteur motivationnel décisif la plupart du temps), facteur sur lequel se greffe les autres attractions ou répulsions héritées de leur socialisation en contexte occidental. La mobilité de nos sujets ne se résume peut‐être pas à la quête des racines, nos recherches nous conduisent à nous intéresser à une expérience de l’altérité, à la recherche de « soi ». Leur expérience en Corée est motivée par leur besoin de rechercher une stabilité affective, de retrouver leurs racines, ce qui ne les empêche pas, toutefois de rencontrer des « chocs de cultures », liés aux différences socioculturelles qui séparent les deux pays dans lesquels ils ont vécus. Mesa 11: Diversidades e especificidades da mobilidade actual Table 11: Diversités et spécificités de la mobilité d’aujourd’hui 6.ª Feira/Vendredi, 28 de Novembro/Novembre 9h30, Anf. 1 Orador/Communicant: Vivianne Châtel ID: 39 Voyages, seuils, traverses… et frontières. Ou du temps de l’exil. Le voyage est sans conteste l’une des caractéristiques clés de la société contemporaine. Mais du voyage d’Ulysse au voyage de Titouan Lamazou en passant par ceux de Jules Verne, quel chemin parcouru ! Le voyage aujourd’hui se décline sous de multiples formes avec à chaque fois cependant ses rêves de découverte ou d’une vie meilleure, ses vies enjolivées ou ses vies brisées, ses paysages lumineux ou, au contraire, ses lignes obscures… Notre propos se concentrera principalement sur le temps de l’exil, ce temps qui s’étire, dans lequel l’être humain se cherche, toujours oscille entre ici et là‐bas, entre une appartenance et une autre. Nous verrons ainsi que le temps ne change rien à ce sentiment d’exilé : n’être finalement nulle part, et que l’exil n’est qu’un long voyage sans possible retour. Il faut se souvenir des premières phrases de L’Ignorance (Milan Kundera). La question de l’exil rejoindra dans notre interrogation la question du rapport à l’Autre, de la rencontre (le voyage comme voyage vers l’Autre), de l’hospitalité (toujours ponctuelle quand elle est) et la question du Temps, ce temps qui passe et qui modifie les êtres, les paysages, les rêves aussi, ce temps qui se fait obstacle au retour et en même temps qui se fait obstacle à l’être‐ici. 23 

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