RAMN (1961) - flanelografo.com.br
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UNIVERSIDADE DO BRASIL MUSEU NACIONAL atório Anual N E W T O N DIAS DOS SANTOS Diretor 1.1 - APRESENTAÇAO Magnífico Reitor da Universidade do Brasil Tenho a honra de encaminhar a Vossa Magnificência o relatório das atividades do Museu Nacional, Instituição Nacional da Universidade do Brasil, que se empenha em abrilhantar a nossa gloriosa Universidade que não obstante as dificuldades da vida nacional cresce e agiganta-se pelo esforço de quantos no trabalho de rotina, na cátedra, na pesquisa ou na administração se esforçam por engrandecê-la. A 2 de agosto de 1961, fui empossado, perante sessão presidida por Vossa Magnificência, no cargo de Diretor do Museu Nacional em subsDE MELO CARVALHO que após dois triênios tituição ao Dr. JosÉ CANDIDO preferiu voltar a pesquisa. Figurando como primeiro da lista tríplice votac!a pela Congregação do Museu Nacional de acordo com o disposto no Estatuto da Universidade tive a honra de ver o meu nome confirmado por Vossa Magnificência e pelo excelentíssimo senhor presidente da QUADROS. República, Dr. JANIO O ano que se iniciara bem sob os auspícios daquele presidente viu-se conturbado com a s i a renúncia. Vultosos cortes de verbas e radicais transiormações na terminologia funcional resultante da Lei de Reclassificação, constituiram inesperados embaraços e exigiram do novo diretor uma intensa atenção. Por força da lei acima, os naturalistas do Museu Nacional passaram a denominação de Antropólogos, Botânicos, Geólogos e Zoólogos, e fazem parte de três quadros diferentes: o Quadro Permanente do Ministério da Educação e Cultura, o Quadro Ordinário e o Quadro Extraordinário da Universidade. Tal redenominação exigiu que se reestruturasse a Congregação do Museu Nacional, cuja nova constituição já aprovada pelo Conselho Universitário, aguarda aprovação do Conselho de Ministros. Numerosos casos de retificação foram encaminhados e numerosas readaptações foram estudadas e estão prontos para seguir os trâmites competentes tão logo sejam aprovados e publicados os enquadramentos definitivos. O Museu Nacional, decidiu abrir suas Exposições ao público, no mês de julho e nos meses de janeiro e fevereiro, em tempo integral, das 9,30 as 17 horas, inclusive sábados e domingos, a fim de atender ao grande número de visitantes que nesses meses do ano frequenta o Museu, sobretudo provenientes de outros estados; tal medida não pode ser mantida através do ano inteiro devido ao pequeno número de guardas disponíveis e a impossibilidade de destacar-se funcionários de outras categorias, já que é proibida pela Lei de Reclassificação de Cargos. Iniciaram-se finalmente as obras da SURSAN na Quinta da Boa Vista, tendo havido os competentes acordos, autorizado pelo Conselho LACERDA, de Curadores, por Vossa Magnificência e pelo Governador CARLOS a fim de permitir a passagem de uma via nova em parte do Horto Botânico do Museu, sem prejuízo nosso. Prosseguiu-se na montagem da penúltima sala de exposição a ser concluída. As exposições públicas foram visitadas por 311.394 pessoas, tendo sido atendidos 243 grupos em visitas guiadas, dos quais 145 das nossas escolas de todos os níveis. Programas de rádio e de televisão foram transmitidos. Realizou ainda, o Museu, por intermédio da So- ciedade dos Amigos do Museu, uma exposição temporária sôbre material didático, da Casa Schreiber, em colaboração com a Embaixada alemã, e apresentou-se com uma exposição sôbre recursos audiovisuais por iniciativa da CADES. Continuou suas atividades educativas habituais, com o prosseguimento do Curso de Botânica Sistemática (com auxilio do Conselho Nacional de Pesquisas e da CAPES), Curso de Fitogeografia, Curso de Biologia para a CAGE, Curso de Especialização em Antropologia Cultural (com auxílio do Instituto de Ciências Sociais da U.B.) e Curso de Taxidermia. Cêrca de 31 estagiários, universitários ou diplomados, frequentaram as diversas Divisões do Museu em busca de formação científica. No setor de pesquisas, tão variadas e tão numerosas são que se torna impossível generalizar, sendo necessário computar o que vai adiante discriminado em cada Divisão especializada. As excursões, parte das principais atividades do Museu nos campos, tiveram que sofrer inevitável redução em face do corte de 43% do total do orçamento subtraídos em dois trimestres. Nossas coleções continuaram a ser acrescidas mercê das doações e atividades dos pesquisadores e técnicos. As publicações editadas pela Tipografia da Universidade, continuaram a disseminar o rico filão de pesquisas que o Museu vem sempre incrementando. O plano de obras teve de sofrer considerável redução no que era adiável para fazer face ao corte orçamentário. Dedicou-se o saldo para pequenas mas inúmeras obras de manutenção do edifício cujas características exigem constantes reparos. Comemorou-se condignamente, como de costume, o 143." aniversario do Museu Nacional, ocorrido em 6 de junho. Cabe-me finalmente agradecer ao Magnífico Reitor, ao Conselho de Curadores, ao Conselho Universitário, ao Conselho de Pesquisas da U.B., à Divisão de Orçamento, a Divisão de Obras, aos órgãos de Pessoal, ao Conseiho Nacional de Pesquisas, ao Instituto de Óleos, a CAPES, ao fnstituo de Ciências Sociais e aos que, dos mais humildes aos mais graduados, dentro ou fora do Museu, souberam elevar-se acima das permanentes impertinências da vida e pelo seu labor, dedicação ao trabalho e afeto, possibilitaram ao Museu Nacional atravessar um ano difícil, a serviço da Ciência, da Educação e do Povo. Newton Dias dos Santos Diretor 1.2 - ELEIÇAO DE NOVO DIRETOR A 4 de junho, a Congregação do Museu Nacional, reuniu-se em sessão extraordinária n." 596 para votação de lista tríplice para o provimento do cargo de diretor, de vice-diretor e representante no Conselho Universitário da Universidade do Brasil, tendo em vista o próximo término do mandato trienal do então titular Dr. José Candido de Melo Carvalho. Compareceram à convocação 17 dos seus 21 membros e o resultado final da eleição foi o seguinte: Para Diretor: 1." escrutínio: 8 votos: Newton Dias dos Santos 2." escrutínio: 9 votos: Carlos Paula Couto 3." escrutínio: 8 votos: Antenor Leitão de Carvalho. Para vice-diretor: 9 votos: Haroldo Pereira Travassos. Para representante no Conselho Universitário: 8 votos: Luiz de Castro Faria. O Magnífico Reitor escolheu o primeiro nome da lista, Dr. Newton Dias dos Santos e o submeteu a consideração do presidente da República, Dr. Janio Quadros que o confirmou, assinando o decreto de nomeação em 20 de julho de 1961. A posse solene foi realizada no dia 2 de agosto, no auditório do Museu Nacional, em sessão presidida pelo Magnífico Reitor da Universidade do Brasil, Prof. Pedro Calmon com a presença de autoridades civis, militares e científicas. Seguem-se os discursos pronunciados na oportunidade, pelo ex-diretor, Dr. José Candido de Me10 Carvalho e pelo novo diretor, Dr. Newlon Dias dos Santos. 1.3 - DISCURSO PROFERIDO PELO DOUTOR JOSG CANDIDO DE M E L 0 CARVALHO AO TRANS,MITIR O CARGO DE DIRETOR DO MUSEU NACIONAL Magnífico Reitor Senhoras e senhores Após seis anos de atividades no exercício do honroso cargo de Diretor desta secular Instituiçáo de ciência e cultura, é chegado o momento de desobrigar-me do mesmo, perante o Govêrno da República, aqui personificado na autoridade do Magnífico Reitor da Universidade do Brasil. Ao retirar de meus ombros o fardo que representa êsse difícil, porém honroso e nobre cargo de Diretor da mais antiga instituição de pesquisa e museologia de nossa terra, o faço colzsciente de que dediquei ao mesmo todo meu entusiasmo. Não é tão simples, como se nos figura a primeira vista, dirigir uma instituição do vulto, natureza e tradição do Museu Nacional. A partir de 14 de setembro de 1955 completo hoje 2.146 dias de trabalho permanente, dentro ou fora do Museu, visando a sua manutenção regular e o seu progresso. Procurei não desmerecer o seu grande renome, seu papel de Instituição Nacional da Universidade do Brasil e sobretudo dinamizar sua atuação na pesquisa, educação e moral pública. Ao término da jornada, revejo o longo caminho percorrido. Graças a Deus, à colaboração recebida de meus superiores, meus colegas e su- bordinados administrativamente, tenho a honra de entregar ao Govêrno de meu País, a Instituição que me confiou para dirigir, através do voto de meus colegas e aprovação do Reitor da Universidade do Brasil. Entrego-a revitalizada, de portas abertas ao público, limpa, organizada, com prestações de contas em dia, na mais absoluta ordem. d sumamente grato a mim, poder declarar de público, que recebi da Universidade do Brasil, nas pessoas do Magnífico Reitor, Professor PEDROCALMONe do eminente Vice-Reitor, Professor DEOLINDOCOUTO, tôda colaboração. Ambos demonstraram ampla compreensão pelos nossos problemas administrativos, técnico-científicos e educacionais. A dedicada e capaz Diretora da Divisão de Administração Central da Universidade do Brasil, IRACEMA DE MAGALHÃES MEDEIROS e aos Diretores da Divisão do e da Contabilidade, WALDIRDE MIRANDA ARTEIRO, Pessoal, R u m BARCELLOS com os quais tive maiores ligações administrativas, os meus cordiais agradecimentos. Devo gratidão aos meus companheiros do Museu Nacional, Vice-Diretor, Diretores de Divisões, Chefes de Serviços e todos aquêles que tiveram ensejo de colaborar comigo diretamente na administração. Aos eminentes pesquisadores desta Casa que cumpriram com seu dever, funcionários administrativos e estagiários manifesto também meu reconhecimento. Desejo fazer uma alusão especial ao pessoal de manutenção e obras, que realiza anonimamente as mais variadas tarefas e das quais depende em larga extensão o bom andamento da Instituição. Agradeço a de monstração de confiança, aprêço, amizade, dedicação ao trabalho e ao Museu, que sempre demonstraram. A todos, declaro, tive o maior prazer e grande honra em servir. Julgo um dos fatos saudáveis da democracia, ocasiões como esta, em que se renovam valores, se analisam realizações e se corrigem defeitos. Tive grande satisfação ao cumprir a risca a ética democrática, proporcionando aos meus colegas, ampla liberdade e absoluta isenção da escolha do novo Diretor. Tudo foi feito dentro das normas legais existentes, na maior ordem e harmonia interna. Só me resta esperar que, numa demonstração de maturidade cívica e desejo de bem servir ao País e às Instituições, não sòmente o Museu Nacional, mas também organizações científicas congêneres, possam seguir nosso exemplo. Quanto a uma análise de nossas realizações, os relatórios anuais publicados de 1956 a 1961, aí estão para um confronto com o passado e com o futuro. Não ficaria bem esmiuçá-los neste momento. Apenas peço permissão para mencionar aquilo que julgo de maior relevância, de mais difícil consecução e para cujo êxito, declaro, fui apenas o elemento coordenador central. Não foi obra minha, mas de todos nós, funcionários e estagiários do Museu Nacional. Desejo referir-me, entre outras realizações, a reforma do edifício do Palácio de São Cristóvão, que ora nos abriga. Essa reforma, incluindo a área externa do Jardim das Princesas, feita com recursos do Museu e sob nossa administração, custou-nos cinco anos de esforços. Ela representou uma grande economia para os cofres públicos, sendo o prédio reformado por dentro e por fora, em quase tôda sua extensão, inclusive o imenso telhado que poucos conhecem. Tarefa não menos difícil foi a reabertura ao público das salas de exposições, muito amplas, numerosas e complexas na sua organização. Peço desculpas aos presentes por ser obrigado a fazer referência ao passado, pois considero essa realização o maior serviço prestado ao Museu Nacional, na minha administração. Refiro-me ao "PANDEMGNIO", área do Museu que abrangia 14 salas de exposições e na qual foram reunidos os mostruários desmantelados na administração anterior. Essa alcunha tornou-se popular entre nós. Ela foi dada ao local pelo Magnífico Reitor, durante uma visita que fêz ao Museu, acompanhado por colegas nossos. No dicionário, entre os significados dados a essa palavra, pode-se ler: 'o inferno: tumulto; balbúrdia'. Não deixaria de mencioná-lo, pois foi êle em grande parte responsável pela minha aceitação a um segundo mandato por ocasião da eleição para Diretor, em 1958. Era um desafio para qualquer Diretor e até recentemente ainda me encontrava as voltas com os seus últimos vestígios. Afinal, foi-se o "PANDEMONIO" e com êle a velharia abandonada, poeira, dermestes, armários queimados, vidraria partida, goteiras, borboletas ao lado de restos de sucuriju, misturados com bustos de Cuvier e Lineu. Em seu lugar, hoje estão exposições altamente educativas, com técnica museográfica apreciável, tudo realizado dentro do Museu, com elementos nossos. Nas 14 salas antes cheias de entulho, mas vazias de conteúdo, desfila atualmente a juventude brasileira, professôres, o grande público e turistas, aprendendo ciência e reavivando seu amor ao Brasil. A pesquisa científica gozou de ampla liberdade nesses dois triênios. Realizaram-se expedições e viagens de estudo a vários pontos do País. Os Arquivos do Museu Nacional, cujo volume 41 é datado de 1948, tiveram de 1955 até o presente, 10 volumes publicados e 1 encontra-se na imprensa. Foram editados 128 Boletins, 22 Publicações Avulsas, 5 Relatórios, 2 Manuais e 1 Livro, além de numerosas contribuições publicadas em outros periódicos do Brasil e do estrangeiro. Nada mais preciso dizer para atestar a minha afirmativa. A formação de pesquisadores mereceu especial atenção de minha parte. Foram realizados cursos, entre os quais desejo destacar o de Botânica Sistemática que contribuiu para a formação de 25 jovens pesquisadores. Durante os dois triênios de minha administração foram enviados aos Estados Unidos da América do Norte e Europa, seis pesquisadores, e obtidas bolsas para mais três, cujos preparativos de viagem já foram encetados Um número apreciavel de estagiários frequentou e continua estudando no Museu. O estímulo as atividades culturais, levou-nos a criação do Círculo de Palestras Culturais do Museu Nacional, sob cujos auspícios realizaramse 125 palestras, em sua maioria de alto nível científico. Nesses dois triênios ingressaram no Museu Nacional, por concurso de títulos e provas ou por contrato, o seguinte pessoal: 12 zoólogos, 9 antropólogos, 7 botânicos, 3 geólogos, 2 taxidermistas e 1 naturalista viajante, somando 34 técnicos, além de 51 funcionários administrativos ou de manutenção. A verba global de pessoal que não atingia cifra superior a 15 milhões de cruzeiros, em 1955, passou para um montante superior a 60 milhões em 1961. Nesse cômputo estão incluídas todas as despesas pagas pelo Tesouro e pela Universidade do Brasil, inclusive vantagens. O orçamento normal correspondente as verbas de material, serviços e encargos, obras e equipamentos que era de Cr$ 4.192.672,OO em 1955, passou a ser em 1961 de Cr$ 20.534.262,OO. Outro dado numérico interessante é o salário médio do pesquisador que era de Cr$ 3.620,00, mais um abono de Cr$ 1.000,00, em 1955. Com a exigência de nível superior estabelecida para os técnicos durante minha administração, passou a ser de Cr$ 33 a Cr$ 36.000,OO. Poderia alongar-me bastante em outros setores de atividades. Prometi que faria apenas aquelas que julgasse de maior relevância. Não posso omitir o restabelecimento da Congregação, o Regimento, a multiplicidade de representação nos Conselhos Nacionais, os Congressos e Reuniões Científicas, notadamente o I." Congresso Brasileiro de Zoologia, o Simpósio Internacional do Curare, a IX." Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, a Sociedade dos Amigos do Museu Nacional, etc. E chegado também o momento para a correção de defeitos. Confio no meu eminente sucessor que, livre dos laços de amizade que prendem aquêles cujo trabalho em comum se alonga através dos anos, ou das restrições que surgem, em face do conhecimento mútuo mais profundo, poderá recompor os quadros administrativos de maneira a ajustar melhor os trabalhos da Instituição. Esta é uma das vantagens da Democracia. E agora, para onde ir? E fácil responder. Reabraçar minha vocação, voltar ao meu laboratório, trabalhar em pesquisa, encetar novos trabalhos de campo. Como abandonar aquilo que mais prezo? Foi a serviço da pesquisa e do Museu Nacional que atravessei algumas vêzes o equador, naveguei nos dois maiores oceanos da Terra, senti o calor da amizade luzitana, admirei Coimbra, a sua biblioteca e a famosa sala dos capêlos. Subi a Torre Eiffel, percorri o Louvre, vaguei despreocupado pelos "boulevards" de Paris, aqueci as mãos na chama que arde no túmulo do soldado desconhecido, no Arco do Triunfo. Foi a servigo da pesquisa e do Museu Nacional que cruzei fronteiras, convivi com outros povos, falei outras línguas, conheci outras crenças. Assisti a touradas em Valadoli, encantei-me com o Museu do Prado, Madrid, Toledo. Gozei do passeio de gôndola, em Veneza, dei alimento aos pombos na Praça de São Marcos, emocionei-me ante a beleza da Galeria Uffizi, na Ponte Vecchia, no Palácio Pitti, percorri as Catacumbas e me sentei no banco dos gladiadores do Coliseu Romano. Ainda tenho bem gravada na mente a beleza da Capela Sixtina, a grandiosidade da Catedral de São Pedro, o Vaticano, as vielas de Gênova, os lagos e as montanhas Suíças, Zurich e Basiléa. Quizera eu que todos vós tivésseis bebido comigo o vinho novo no alto do Kahlenberg, vendo ao longe as silhuetas do Danúbio, da Catedral de Santo Estevão e Schonbrum. Do outro lado do canal da Mancha excursionei pelo Tâmisa repleto de barcos, visitei a Torre de Londres com seus tesouros reais, senti o aroma das rosas em Hampton Court, ouvi as horas do Big-ben, os sinos dobrarem pelo nascimento de uma princesa, a música no Albert Hall, participei da vida boêmia de Picadilly Circus e tomei parte nos debates de Hyde Park. Sonhei várias vêzes com buritizais, igapós, caatingas, mutucas e o Cruzeiro do Sul, do meu minúsculo cantinho de Old Brompton Road. Conheci a Escandinávia, percorri as calçadas geladas de Kungsgatan num janeiro sombrio em que as torres de Estocolmo pareciam espetar o céu, estudei em Uppsala, reverenciei a figura de Lineu junto a seu túmulo. Depois, foi a viagem num quebra gêlo até Turku, Helsinki, a sauna, o trenó, os "skis", a sensação de passar o círculo ártico, apertar a mão dos Lapões e acariciar suas renas. Vem então Copenhague, seus fabulosos antiquários, o Castelo de Kronborg, Hamburgo, Colônia, Stutgart, os canais de Amsterdam, Haia, Leyden, as telas de Rembrandt, Tervuren o Museu do Congo, Bruxelas. Lembro-me das noites suarentas de Dalcar, da emoção do receber em Honololu, um colar de flores perfumadas, um "aloha" e um beijo na face, das areias de Waikiki, dos dias úmidos nas montanhas de Kauai e do encontro com os indígenas em Nihau. Ainda não me esqueci também dos duros tempos de Nebraska e Iowa, dos trabalhos subseqüentes em Washington D.C. e São Francisco da Califórnia, das peripécias do tráfego em Nova York, da subida a Estátua da Liberdade e ao Empire State, dos "gêisers" fumegantes de Yellowstone, das imensas sequóias, dos morcegos de Carlsbad, do grande Canyon, Texas, Flórida, das nascentes de Prata, Marineland, da travessia do Canal de Panamá, Guyaquil, Lima, Arica, La Paz, Tiaguanaco, dos tesouros Incas, Quíchuas e Aimarás, o Illimani, Valparaiso, Santiago, os Andes monumentais, a colossal Buenos Aires, Mendoza, Tucuman, Salta, Jujuí. No outro extremo, Caiena com suas casas brancas e seus habitantes negros, a Ilha do Diabo, as águas do Maroni e do Oiapoque. Foi a serviço da pesquisa e do Museu Nacional que convivi com os Kalapalo, Kuikuro, Kamaiurá, Kubikranken, Craôs, Canamaris, Indiapás, Tucanos, Deçanas, Banivas, Apalaís, Urucuianos e tantos outros brasileiros da mais pura cepa nacional. Nesse mesmo mister é que tive a ventura de percorrer o Amazonas, o Solimões, o Rio Negro, Rio Branco, Uaupés, Içana, Cuiari, Xiê, Tiquiê, Juruá, Itacoaí, Paru de Leste, Javari e trechos menores de outros não menos interessantes como o Xingú, Araguaia, Tapajós e o Tocantins. Foi sentindo de perto a imensidão e as maravilhas de nossa natureza, sob o sol escaldante do cerrado ou da caatinga, no recesso sombrio e úmido da floresta amazônica, nos seus igapós e terras altas, que talvez tenha passado os dias mais venturosos de minha vida. Nunca me esquecerei daquelas tardes assistindo a noite envolver a mata, o sol emitindo seus últimos raios por entre os troncos gigantescos das sumaúnas e dos apuizeiros, ouvindo o cântico nostálgico dos hudús, bacuráus e macucauás. Com a rêde atada nas ripas de paxiúba nos tapiris dos caboclos, mais de uma vez dormi embalado nos braços da felicidade! Dou graças a Deus e bendigo o destino de voltar ao meu tipo predileto de trabalho. Ao Magnífico Reitor Pedro Calmon, desejo louvar mais uma vez, de público, a sua alta sabedoria, grande experiência no trato da administração e suas extraordinárias qualidades humanas que o têm reconduzido, por unanimidade de votos, mais de uma vez, a direção de nossa Universidade. Ao eminente companheiro Doutor Newton Dias dos Santos desejo uma feliz e profícua gestão como Diretor do Museu Nacional. 1.4 - DISCURSO PROFERIDO PELO DOUTOR NEWTON DIAS DOS SANTOS AO RECEBER O CARGO DE DIRETOR DO MUSEU NACIONAL Magnífico Reitor Eu quisera, a esta hora, estar saindo. Não pelo alívio ou desobrigação de onerosas tarefas; não pela tranquilidade novamente conquistada ou pela volta a pesquisa. Eu quisera, poder estar saindo como meu predecessor José Candido, deixando, como êle, minha passagem marcada por indelével esteira de realizações. Isto entretanto, ser-me-ia impossível; impossível a qualquer outro. José Candido chegou e teve diante de si problemas ciclópicos. Mas foi êle mais ciclópico que os problemas. Sua administração é insuperável. Melhor que as palavras, atestam-lhe suas realizações. Melhor que citá-las ser-me-ia analisar as razões de sua vitoriosa obra. Como toda realizasão que depende de equipe, não é, nem poderia ser, obra exclusivamente sua. Mas da direção, dependem sua extensão e profundidade. É como o agente catalítico, sem o qual não se dá, devidamente, ou no devido tempo, a reação desejada. Comparação, só aparente, porque, se na química, o agente catalítico sai ileso, o mesmo não se dá com a direção, que se exaure. Se na química podem faltar-nos esclarecimentos para a sua ação, na catalização de José Candido, entre- tanto, encontramos explicação. Antes de sua direção havia na casa um oceano de aspirações. Vivia o Museu, sem órbita definida, ora percorrendo os espaços supostos frios do eter, ora riscando, turbulentamente, como estrêla cadente, sua presença nos céus, para de novo cair no frio cósmico. Integrar o Museu Nacional, efetiva e corretamente, na sua órbita universitária, foi sua primeira, providencial e decisiva intervenção. Restabelecendo a Congregação do Museu Nacional dentro da adequação possível da nomenclatura administrativa de então, foi devolvida a esta Casa, o regimen da direção colegiada que por tantos lustres anteriores havia sido seu apanágio. Saimos de um sistema Ptolomeu para um Copérnico. Daí decorreram, como num teorema, todos os demais corolários. Roquete Pinto, de saudosa memória e um dos expoentes dessa Casa, teve entre suas frases lapidares, esta: "O principal é fazer". José Candido, melhor do que êle próprio, ilustrou aquela máxima. Magnífico Reitor. O Museu Nacional é um dos melhores e maiores do mundo. Nos Estados Unidos da América do Norte só há, talvez, três museus (quiçá dos maiores do mundo) que nos ultrapassam largamente, projetados que foram na proporção ciclópica da grandeza norte-americana. Apesar disso, temos algumas coisas e exposições melhores que as de lá e esta foi uma das lições aprendidas, ainda recentemente, quando nos Estados Unidos. Não há, dentro do país, na especialidade, nenhum outro que sequer dêle se aproxime. Fundado por D. João VI acabou por vir ocupar, com o advento da República, êste palácio imperial. Nâo sei, se por crer em feitiços ou por temer a ressureição do império, os fundadores da República logo trataram de ocupar êste próprio, esperando sepultar com a poeira dos fósseis e o cheiro das coleções, o esplendor do império. O Reitor poderá dar-nos a lição histórica. Magnífico Reitor. O Museu Nacional não é só a Casa do Povo onde se instruem leigos, estudantes e professôres. 2 também a Casa cla Ciência onde se estimulam, se despertam e se aproveitam vocações científicas. Nela vivem e laboram homens de ciência, não mais porém, como os descrevia a crônica histórica ou Richet. Não são mais abstratos, excêntricos ou barbudos (Os barbudos agora são outros). Não são mais homens a Isac Newton que consultava a hora no ovo enquanto fritava o relógio. O desenvolvimento da Ciência mudou radicalmente a face do mundo e o comportamento do cientista. Os tempos são outros. Estão superadas as etapas pioneiras, que se perdem na aurora da história. Superada se acha, a etapa secreta, na qual só os sacerdotes a cultivavam. Superada a fabulosa fase do humanismo grego quando então se fundou efetivamente a Ciência, pelos seus alicerces e pela sua continuidade histórica. Brilhante como sua civilização, polimorfa como sua mitologia, espetacular como sua arte a ciência grega teve em Tales, seu pai. Mas seu crescimento, como uma força, havia de desencadear sôbre ela e a vida dos cientistas uma ameaça mais do que milenar. O inesquecível Aristóteles foge de Atenas para evitar o castigo mortal a que foi submetido Sócrates, o pensador. Pitágoras, mais feliz, nada sofre; mas, após sua morte, sua escola e seus discípulos são massacrados pela populaça revoltada por que os sábios ousaram duvidar das suas crenças, e dos deuses do Olimpo. Arquimedes, o incomparável, é talvez o primeiro a aplicar a ciência a arte da guerra e torna Siracusa inconquistável a ação militar, mas afinal é subjugada pela fome, caindo o próprio Arquimedes transpassado pela espada de soldado anônimo. Demócrito, que concebe o átomo, é considerado louco e Hipócrates, seu contemporâneo é chamado a examiná-lo e declara: "Se há loucura é entre vós, acusadores". O brilhante surto helênico não é, porém, inesgotável e com Galeno chega ao fim. Afora a Escola de Alexandria a Ciência tem agora diante de si séculos e séculos de ignorância e preconceitos. Exceto Plinio Segundo, atravessa Roma e a idade média sem maiores proezas, sem maiores cerebrações. Tem também seu renascimento, é verdade, mas a sombra da morte. E quem melhor do que Paracelso, o médico, simboliza essa época, perseguido e diad do por toda a Europa, mas esgrimindo com seu verbo e até sua espada, para afinal cair traiçoeiramente transpassado pelo inimigo, por ter cometido o pecado mortal de ter desafiado Galeno e Aristóteles. E Vesálio, as escondidas, exumando cadáveres pela calada da noite, para obter os argumentos que o levariam a desacreditar Galeno! E Galileo, o famoso Galileo, tendo que escolher entre engulir suas verdades ou enfrentar a fogueira da Inquisição? E Copérnico, só deixando publicar sua "Revolução dos corpos celestes" às vésperas de sua morte? (Nesses tempos, note-se bem, não havia gratificações por risco de vida). Mais duros do que os próprios mistérios da natureza eram então, os obstáculos da ignorância e dos preconceitos humanos. Essa luta não acabou tão cedo, nem mesmo hoje. A Ciência, porém, mercê da criação das universidades a partir do século XII foi ganhando terreno e se impondo lentamente. Lavoisier é, talvez, o último dos sacrificados. Não obstante ter produzido muita e boa pólvora para a França de 89, êle e a Academia de Ciências, caem no desagrado da Revolução, encarregandose Marat e Robespierre de mandar para a guilhotina, o Pai da Química, que ainda tentou adiar sua execução apelando para a conclusão de importante trabalho sobre a transpiração. Mas a resposta veio na medida dos tempos: "A República não precisa de cientistas". O século XIX é talvez o século da aristocracia científica não obstante o declínio da aristocracia política. Século particularmente conhecido como o século da Biologia quando se constróem seus grandes alicerces. Século de Pasteur, Claude Bernard, Koch, Lamarck, Mendel, Darwin, Warmind, Virchow, von Baer, Cuvier, Owen, Humboldt, Martius, etc., para só citar biologistas. Trava-se, talvez, a última das grandes escaramuças que é ganha pela Ciência. Darwin, traça um novo panorama para o mundo biológico, dando-lhe sentido, unidade e universalidade. Cheio de receios e a instâncias de amigos fiéis, publica em 1859 sua famosa obra "A origem das espécies". Fica aí sub-entendida a origem não divina do homem. Travam-se, então, as batalhas, mas o clima da época, o temperamento bondoso de Darwin e seus poderosos defensores não permitem a derrota nem os extremos. Doze anos depois, publica então "A descendência do homem" onde sustenta minuciosamente sua origem primata, sendo o homem, no seu entender, apenas um macaco aperfeiçoado e mais inteligente. O mundo de hoje ainda se choca, estremece e se agita com tais idéias, mas não mais se desmorona. Não se reclama a cabeça de ninguém pelo pecado da evolução. Felizes os biologistas do século XIX; longas vidas dedicadas a longos estudos, em ambiente acolhedor e calmo. Vasculha-se a superfície do planeta e a profundidade dos mares. Criam-se numerosos museus. Parece que as ciências atingem seus clímaxes Nisso se enganam muitos cientistas e muitos filósofos. O século XX iria tumultuar o universo dos 'conhecimentos humanos. A nova ciência atômica, embrionária na última década do século passado, iria atingir a culminâncias só sonhadas por Julio Verne ou dignas de Flash Gordon. Libera-se a energia de constituição do átomo. As viagens espaciais, apenas iniciadas, vão es- tender aos outros mundos as fronteiras da biologia; a descoberta dos gens e das mutações revolucionam o mundo biológico; os progressos da bioquímica, a química dos ácidos nuclêicos, a análise e síntese de vírus atingem ao humbral da própria vida. A elaboração da matéria viva, no laboratório, está a um passo. A criação humana, in vitro, se esboça. Vive-se hoje num turbilhão, na ciência ou fora dela. Complica-se a sistemática da vida. Amplia-se a longevidade média, mas o estudioso e o empreendedor vão caindo vítima das altas tensões, dos derrames e dos infartos. Democratiza-se o mundo e proletariza-se o homem de ciência, que agora pode ser qualquer um; se tem vocação, não há obstáculos nem preconceitos à sua carreira e pode aspirar um prêmio Nobel. Os homens de ciência do século XX não têm, porém, os privilégios do século anterior. Lutam como qualquer outro. Disputam na fila do leite ou do lotação; mortificam-se no oceano de papéis, adiantamentos e auxílios; exaurem suas energias e desperdiçam seu precioso tempo em mil e uma tarefas começinhas, funcionais ou domésticas. Está muito longe do cientista de Richet, não há como negá-lo. Se o panorama, no nosso país, não é confortador, é crítico no Rio de Janeiro. Os salários atingem a níveis miseráveis. As instituições científicas iniciaram um processo de necrobiose. O cientista começou a debandada. No Museu Nacional, chega-se a beira do abismo. Quando a desagregação é eminente, acode, ainda em tempo de salvação, há cerca de 8 anos, o Conselho Nacional de Pesquisas, recentemente criado, com pronto socorro e suplementação de salários. O Museu Nacional revigora-se, salva-se da hecatombe, e recupera-se de maneira extraordinária que a administração de José Candido reforça e acelera. A recente lei de reclassificação melhora sensivelmente os salários dos homens de ciência. Mas, a concessão de tempo integral, imprescindível ao progresso científico, não obstante já consignada na lei não é ainda concedida. Podem o Museu Nacional e outras instituições do Rio de Janeiro ficar atrás de suas congêneres do Rio Grande do Sul, Curitiba e sobretudo São Paulo, que há vários anos obtiveram êsse benefício? O Museu Nacional não pode deixar de pleitear essa medida e nisso espera contar com a irrestrita cooperação de Vossa Magnificência. A Ciência vai se tornando a mais importante conquista humana. Tôdas as nações disputam-na, numa antítese da Revdlução Francesa. A vitória de amanhã, parece, a ela condicionada. A Ciência está modelando um novo mundo, um novo meio, criando condições novas de alta seletividade, e estamos apenas no comêço. O cérebro humano, supõe-se, já se apresentava como hoje, há milênios. J á havia muita inteligência para pouco assunto. Êsse progresso é dificilmente explicado pelos mecanismos habituais da evolução. Até agora, entretanto, não houve nenhuma seleção biológica humana baseada nos mais bem dotados intelectualmente. Mas o que acontecerá quando o progresso exigir cérebros cada vez mais privilegiados? Chegaremos a formar uma sociedade com castas polimorfas como os termitas e as formigas? Parece que já se esboçam condições para tal encaminhamento biológico. O problema, porém, pertence por ora, aos filósofos. Mas acima da filosofia, paira a Estética e para essa convergem todos os esforços humanos, pois estética é êxtase, é contemplação. Se a ciência é razão, a estética é sensação e sensação é vida. De mais miserável ao mais bem aquinhoado, o têrmo final é a êxtase. E Museu, é antes de tudo obra da contemplação, obra de êxtase, antes de ensino ou razão. Cada ano por aqui passam quase meio milhão de pessoas que de um modo ou outro, - se extasiam. Essa é obra eminentemente humana e esta Casa se orgulha de poder participar, numa alta medida, dessa contribuição. Magnífico Reitor. Espero contar com a mesma colaboração, assistência e ajuda que Vossa Magnificência tem dispensado a esta Casa, que se honra em tê-lo presente em quantas oportunidades houver. Espero, que sintam, que o Museu é obra de nós todos, dos mais humildes aos mais destacados. Espero que minha tradicional alegria e bom humor ajudem-me a suportar as duras penas da direção e a conviver, como sempre, com simplicidade, lealdade, compreensão, delicadeza e respeito, a fim de que a tranquilidade e o bem estar continuem a morar nesta Casa. Ao Magnífico Reitor, às autoridades presentes, ao corpo técnico e administrativo da Casa, as senhoras e aos senhores, os meus melhores agradecimentos. 2. 2.1 - VISITANTES VISITANTES ILUSTRES Dr. Arthur Moses - Presidente da Academia Brasileira de Ciências. Dr. Jacques Danon - do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas. Dr. Guilherme Lacôrte - Presidente da Sociedade de Biologia do Rio de Janeiro. Dr. Lauro Travassos - do Instituto Oswaldo Cruz. Dr. J . F . Teixeira de Freitas - do Instituto Oswaldo Cruz. Prof. Muniz Barreto - do Observatório Nacional. Prof. Paulo de Góes - Diretor do Instituto de Microbiologia. Prof. Otto Bier. Dr. Claude La Presle (da França). Almirante Alvaro Alberto. Dr. Jerome Miksche - do Brookhaven National Laboratory, N .Y. Prof. A, Lagden Cavalcante - da Faculdade Nacional de Filosofia. Dr. Ryuichi Matsuda - da Universidade de Kansas. Comandante Paulo Moreira da Silva. Dr. Gerson Fernandes - da Petrobrás. Dr. Herman Lent - do Instituto Oswaldo Cruz. Prof. Aristides Pinto Coelho - da Faculdade de Filosofia da UEG. Prof. Jorge Iribarren Charlin - Diretor do Museu La Serena, Chile. Dr. Fred Bennet - de Trinidad. Prof. R. Singer - da Universidade de Tucúman. 2.2 - VISITAÇÃO PlrBLICA AS EXPOSIÇõES Janeiro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Fevereiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Março. ...................... Abril. ....................... Maio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Junho. ...................... Julho. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Agosto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Setembro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Outubro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Novembro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . Dezembro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Total ................ 311.394 3. ATIVIDADES CIENTÍFICO-CULTURAIS Prosseguiu o Museu Nacional na reabertura de novas exposições de caráter permanente e encetou outras temporárias na sede ou fora dela. 3.1.1 - ZOOLOGIA Sala 8, Sktemática I. Esta sala, inaugurada no dia do aniversário da fundação do Museu, a 6 de junho, foi planejada pelo Zoólogo HELMUT SICKe executada pelo auxiliado pelos técnicos EDILSONSOARES, dermoplasta CARL MIELKE, BRAULIO DOS PRAZERES e ANTONIOALFRIGHI. A sala compreende 16 armários e 24 mostruários cujos detalhes se seguem. , AVES - SISTEMATICA ARMARIO 1 Mostruário 1: Casuarii - Casuariidae Material: 1 exemplar de Casuar, Casuarius casuarius (Lin.). Ilha Molucas. 1 exemplar de Emu, Dromaeus novae-hollandiae (Loth.). Austrália - Ed. Elsevier. 1 exemplar de Ôvo de Emu. Dmomaeus sp. Austrália. Texto: Os Casuários e emus da Nova-Zelândia e Austrália colocam-se entre as maiores aves do mundo, chegando a ter o pêso do avestruz. O casuário tem crista na testa e uma unha comprida e afiada no dedo interno, que serve como arma. Vivem nas matas higrófilas. Mostruário 2: Rheae - Rheidae Fotografia de Ema - Rhea americana (Lin.). Ninho com ovos. Várias fêmeas costumam pôr seus ovos no mesmo ninho, resultando assim posturas de 20 a 30 ou mais ovos. Foto D. Attenborough. Fotografia de Ema - Rhea americana (Lin.), andando no "pampa" Paraguayano. Foto D. Attenborough. Ema. Rhea americana (Lin.). Exemplar recém-nascido - Brasil. Ovo de Ema. Rhea americana (Lin.) - Brasil. Texto: Existem duas espécies de emas, ambas originárias da América do Sul. A ema brasileira tem altura de 1,40 metros. São polígamas. Algumas fêmeas desovam no mesmo ninho, cabendo ao macho chocar e cuidar da prole. Struthiones - Struthionidae Fotografia de Avestruz. Struthio camelus Lin., deitados numa estrada que atravessa a savana na Rodésia. Africa. Foto Northern Rodhesia Inform Dept. Avestruz. Struthio camelus Lin., aproveitamento das penas de um exemplar criado em fazenda da Califórnia, U.S.A. As penas são cortadas na sua base, e não arrancadas, para que a ave não sinta dor; durante êsse trabalho vedam-se os olhos da ave com um pano. Foto Keystone. Avestruz. Struthio camelus Lin., na savana africana. Segundo desenho de W. Kuhnerl, copiado por H. Veloso. Ovo de avestruz. Struthio camelus Lin. África. Texto: O avestruz africano é a maior ave de nossa época, chegando a ter 2,60 metros de altura e 90 quilos de pêso. Na Africa há fazendas especializadas para sua criação e aproveitamento das penas que têm alto valor comercial. Apteryges - Apterygidae Fotografia Kivé. Apteryx sp., com seu ovo que foi retirado de um buraco no chão onde essas aves nidificam. Nova Zelândia. Foto Fiordland Expedition. Kiwi. Apte-yx australis Show. Nova Zelândia. Texto: O kiwi da Nova Zelândia perdeu por completo aptidão de voo, e suas penas se assemelham a pelos. A visão é muito fraca, e o sentido olfativo mais desenvolvido do que em todas as outras aves. O kiwi é adaptado a vida noturna na mata úmida. ARMARIO 2 Mostruário 1. Gressores - Ciconidae 1 exemplar 1 exemplar 1 exemplar 1 exemplar de de de de Magoari - Euxenura galeata (Wol.) Brasil Marabú - Leptoptilus crumeniferus (Less.) Africa Cabegia-sêca - Mycteria americana (L.) Brasil Jaburú - Jabiru mycteria (Licht.) Brasil. Fotografias: 1 de Marabu - Leptotilus crumeniferus (Less.), voando acima da savana senegalense. África. Foto de A. Cristiansen. 1 de Cegonha - Ninho de cegonha Ciconia ciconia (L.) na cumieira de uma fazenda na Alemanha. Eastman Kodac. 1 de Cegonha - Cegonha. Ciconia ciconia (L.), casal no ninho, o macho a esquerda, estalando com o bico. Europa. Foto E. Hasking. Texto: Por seu porte, altura e modo de andar a largos passos, as cegonhas assemelham-se aos homens. São bons voadores, imigrando em grupos para áreas longínquas. A maioria é desprovida de voz. ARMARIO 3 Mostruário 1 - ANSERES 1 exemplar de Tasmânia. 1 exemplar de 1 exemplar de (Mol.) Brasil. 1 exemplar de 1 exemplar de - Anatidae Cisne prêto - Cygnus atratus (Lath.) Austrália e Cisne - Cygnus olor (Gmel) Europa e Ásia. Cisne de pescoço prêto - Cygnus melanocoryphus Cereopsis novae-hollandiae (Lath.) Austrália. Alopochen aegyticus (L.) Africa. Fotografia: 1 de cisne. Cygnus olor (Gmel.) levantando voo na água. Europa. Ed. F. J. Gillon. Desenho: 1 de Ganso-do-Canadá. Branta canadensis (L.) pais com filhotes. América do Norte. Seg. des. colorido de C. Tunnicliffe, copiado por H. Veloso. Texto: Os cisnes são os maiores anseriformes do mundo. Vivem em elima ameno ou frio. Existem 9 espécies: 2 espécies ocorrem na América do Sul, inclusive no sul do Brasil. ARMARIO 4 Mostruário 1 - ACCIPITRES - Cathartidae 1 exemplar de Urubu - Coragyps atratus (Sharpe.) Brasil. 1 exemplar de Condor - Vultur aryphus (L.) Cordilheira dos Andes e Patagônia. Desenho: 1 desenho de Urubu-rei. O urubu-rei Sarcoramphus papa (L.), do Brasil é capaz de encontrar a carniça dentro das matas. O urubu comum só se alimenta nos descampados. Segundo desenho colorido W. Kuchnert, copiado por H. Veloso. Texto: Parente do urubu. O Condor dos Andes representa a maior ave do grupo dos Accipitres. Pesando 11 quilos, a envergadura de suas asas alcança 3,5 metros. Excede em tamanho a Harpia brasileira, a qual entretanto, tem a primazia de ser o gavião mais forte do mundo. ARMARIO 5 Mostruário 1: Laro-Limicolae - ALCIDAE 1 exemplar de Lunda cirrhata (Pall) Norte do Pacífico. 1 exemplar de Fratercula corniculata (Naum.) Norte do Pacífico. STERNIDAE 1 exemplar de Grygis alba (Sparrm.) Ilhas Sul do Atlântico e do Pacífico. 1 Foto, com texto: Enquanto outros representantes da família dos trinta-réis criam no chão, a Gygis alba (Sparrm.) põe seu Ôvo em galhos de árvores, onde fica também o filhote. Pacifico Meridional. Foto Ruke-Roth. 1 exemplar de Sterna fuscata Lin. Parte tropical do Atlântico e do Pacífico. LARIDAE 1 exemplar de Andus stolidus (Lin.), Sul do Atlântico e do PacífiCio. 1 exemplar de Gaivotão - Larus dominicanus Licht. - Brasil. 1 exemplar de Larosterna inca (Less.) - Costa do Peru e Chile. Texto: As gaivotas e espécies afins costumam se reunir em comunidades, às vêzes muito grandes, para nidificar, em certas ilhas oceânicas. Os ovos dessas aves constituem importante fonte de alimentação para os pescadores que lhes visitam periòdicamente as colônias. Mostruário 2: Grues - TURNICIDAE 1 exemplar de Turnix sylvatica (Desf.), Africa. HELIORNITHIDAE 1 exemplar de Patinho d'água - Heliornis fulica (Bodd.), Brasil. RALLIDAE 1 exemplar 1 exemplar 1 exemplar 1 exemplar Norte. 1 exemplar Brasil. 1 exemplar Brasil. de de de de Porzana porzana (Lin.), Europa. Porphyrio caeruleus (Vand.) , Africa. Cordonizão - Crex crex (Lin.), Europa e Asia. Carquesa - Fulica americana Gmel. América do de Pavãozinho do Pará de Frango d'água - Eurypyga helias (Pall.), - Gallinula chloropus galeata (Licht.) , PSOPHIIDAE 1 exemplar de Jacamim - Psophia creptans Lin., Brasil. GRUIDAE 1 exemplar de Grou - Anthropoides virgo (Lin.), Asia. 1 exemplar de Balearica pavonina (Lin.) , Africa. Texto: Os grous são famosos pelas danças que executam durante a época de procriação. Têm outrossim, vozes fortes - particularidade que destaca também a maioria das saracuras e os jacamins. MUSPHAGIDAE 1 exemplar de Papa-lagarto - Coccyzus melacorhyphus Vieill. Brasil. 1 exemplar de Centropus sinensis (Steph.) , Asia. 1 exemplar de Anu-coroca - Crotophaga major Gmel., Brasil. 1 Foto, com texto: Cuco, Cuculus canorus Lin., sendo alimentado por uma Toutinegra, Sylvia curuca Lin., seu padrastro, que é 6 vêzes mais leve que o enteado. Europa - Foto: A. Christiansen. MUSOPHAGIDA 1 exemplar de Turaco - Turacus persa (Lin.), Africa. 1 exemplar de Turacus Hartlaubi (Fish & Reich), Africa. 1 exemplar de Papa-bananas - Musophaga violacea Isert. Africa. Texto: Entre os cuculídeos encontramos os exemplos mais flagrantes de escravismo. Das 130 espécies que povoam o mundo inteiro, sòmente 26%, porém, tem costume de transferir para outra espécie de ave a criação de sua prole. ARMARIO 6 Mostruário 1: Galli - OPISTOCOMIDAE 1 exemplar de Cigana - Opisthocomus hoazin (Mull.), Brasil. PHASIANIDAE 1 exemplar de Galo-Branco-da-India - Gallus sonnerati Tem., fndia. 1 exemplar de Phasianus Ellioti Swinh. China. 1 exemplar de Faisão prateado - Gennaeus nycthememcs (Lin.), China. 1 exemplar de Faisão dourado - Chrysolophus pictus (Lin.), China. 1 exemplar de Tschinquis - Polyplectron bicalcaratum (Lin.) , Asia. (Sikkim, Buthan, etc.) . 1 exemplar de Faisão - Phasianus colchicus Lin. - Asia, introduzido na Europa e América do Norte. 1 exemplar de Tragopan caboti (Gould.), China. 1 exemplar de Monal - Lophophorus refulgens Tem., Himalaya. 1 exemplar de Faisão real - Phasianus reevesii Gray - China. 1 exemplar de Rul rul - Rollulus roul roul (Scop.) - Malaia. 1 exemplar de Cordoniz - Coturnix coturnix (Lin.) - Europa, Asia e Africa. 1 exemplar de Caccabis rufa (Lin.), Europa. 2 exemplares de Perdis-da-Califórnia (Macho e fêmea) Lophortyx californicus (Shaw. L Nodd.) - América do Norte. NUMIDIDAE 1 exemplar de Francolinus francolinus (Lin.) , Asia. 1 exemplar de Uru - Odontophorus capueira (Spix.), Brasil. 1 exemplar de Galinha-da-Angola - Acryllium vulturinum Gray Africa. 1 Foto: Galinha de Yokohama, criada no Japão, com cauda de 4 metros de comprimento. Foto: European Picture Service. 1 Desenho: Monal, Lophophorus refulgens Tem., casal em cerimônia nupcial, segundo desenho colorido de P. Barrvel, copiado por H. Veloso. Texto: Os fasionídeos tornaram-se a família mais popular de todas as aves, derivando-se dêles a nossa galinha doméstica cujos antecessores são galináceos da fndia, como em particular a galinha de Bankiva. ARMARIO 7 Mostruário 1: Galli - TETRAONIDAE 1 exemplar de Tetraz, Lagopus lagopus (L.) - Norte da Asia e da América do Norte. 1 exemplar de Tetraz-branco, Lagopus mutus L. - norte do Velho e do Novo Mundo. 1 exemplar macho de galo-silvestre, Lyrurus tetrix (Linn.) - Europa e Asia. 1 exemplar fêmea de galo-silvestre, Lyrurus tetrix (Linn.) - Europa e Asia. 1 exemplar de galo-grande-silvestre, Tetrao urogallus Lin. - Europa e Asia. Texto: Galináceos existem também em regiões setentrionais do Globo, onde se adaptam pela cor e outras particularidades da vida ao ambiente - coberto por neve durante muitos meses consecutivos. Os tetraonídeos são cobiçados pelos caçadores daqueles países frios. Mostruário 2: Galli - CRACIDAE 1 exemplar de Chachalaca, Ortalis vetulo (Wagl.) , México. 1 exemplar de Mutum-fava, Crax globulosa Spix., Brasil. 1 exemplar de Mutum-cavalo, Mitu tuberosa (Spix.) , Brasil. Texto: Mutuns, jacus, jacutingas e aracuãs, galináceos exclusivos das regiões quentes das Américas, substituem aí os fasionídeos cujo domínio principal é o Velho Mundo. ARMARIO 8 Mostruário 1: Anseres - ANATIDAE 2 exemplares de Nettafrus auritus (Bodd.) , Africa. 2 exemplares de Bucephala albeola (Linn.) , parte setentrional da América do Norte. 1 exemplar de Anas formosa Georgi, Sibéria. 1 exemplar de Anas querquedula Linn., Europa e Asia. ANHIMIDAE 1 exemplar de Anhuma, Anhuma cornuta (Linn.), Brasil. Texto: O anhuma e o tachã, representantes aberrantes do grande grupo dos anseriformes, são os únicos com possantes esporões nas asas, usadas nas suas brigas. ARMÁRIO 9 Mostruário 1: ANSERES - ANATIDAE 1 exemplar de Aix sponsa (Linn.), América do Norte. 1 exemplar de Aythza ferina (Linn.), Europa e Asia. 1 exemplar de Pato-mandarim, Aix galeri culata (Linn.), Asia Oriental. 1 exemplar de Pato-carta, Merganetta armata Gould, Chile. 1 exemplar de Pato-da-neve, Clangula hyemalis (Linn.) , Artico. 1 exemplar de Pato-de-colher, Anas rhynchotes Lath., Austrália. Texto: 0 s patos conseguem aproveitar os biótopos mais variados, povoam não sòmente lagos, rios mansos e brejos, mas também correntezas e mares, inclusive no Artico. O grupo compreende 148 espécies. Mostruário 2: Anatidae 1 exemplar de Mergulhador, Mergus serrator Linn., Europa, Asia e América do Norte. 2 exemplares de Pato-arlequim, Histrionicus histrionicus (Linn.) , Sibéria, Groenlândia e Alasca. 1 exemplar de Marreca-cabocla, Dendrocygna autumnalis (Linn.) , Sul da América do Norte, América Central e América do Sul. 2 exemplares de Anas acuta Linn., Parte setentrional da Europa, Asia e da América do Norte. 2 exemplares de Bucephala clangula (Linn.), Europa, Asia e América do Norte. ARMARIO 10 Mostruário 1: Anseres - ANATIDAE 1 exemplar de Canquen, Chloephaga poliocephala Sclater, Chile e Argentina. 1 exemplar de Ganso-de-colar, Branta bernicla (Lin.), parte setentrional da Europa, da Asia e da América do Norte. 1 exemplar de Ganso-de-testa-branca, Anser albifrons (Scop.), parte setentrional da Europa, Ásia e América do Norte. 1 exemplar de Adem, Tadorna tardonoides (Jard. & Selloy), Austrália. 1 Fotografia: Bando de patos, Anas platyrynchus Lin., levantando voo, numa área protegida do Lago Washington, U.S.A. Foto Underwood. Texto: Gansos e patos, com diversos representantes domesticados, beneficiaram o homem no correr dos séculos. Muitos anseriformes constituem-se em atrações cinegéticas, associando-se em grandes bandos. Mostruário 2: Phoenicopteri - PHOENICOPTERIDAE 1 exemplar de Flamingo, Phoenicopterus antiquorum Tem., Europa e Ásia, com ninho e ovo. 1 Fotografia da mãe flamingo, Phoenicopterus antiquorum Tem., tratando do filhote recém-nascido. França. Foto E. Gallete. 1 Fotografia do movimento de uma grande colônia de flamingos, Phoenicopterus antiquorum Tem., no Sul da França, Foto E. Gallete. Texto: Os flamingos constituem um grupo muito especializado, possuindo relações filogenéticas com as cegonhas. Alimentam-se de minúsculos animais da água, penetrados pelas lamelas do bico. ARMARIO 11 Mostruário 1: GRESSORES - THRESKIORNITHIDAE 1 exemplar 1 exemplar 1 exemplar 1 exemplar 1 exemplar de de de de de Guará-Guara rubra (L.) (indivíduo novo). Brasil. Plegadis falcinellus (L.), Europa, Asia e Américas. Scopus umbretta (Gml.), Africa. Coró-coró, Phimosus infuscatus (Licht.) , Brasil. Guará-Guara rubra (L.) (indivíduo adulto), Brasil. ARDEIDAE 1 exemplar de Dorminhoco, Nyctanassa violacea (L.), Brasil. 1 exemplar de Arapapá, Cochlearius cochlearia (L.), Brasil. 2 exemplares de Garça azul, Florida coerulea (L.), Brasil; à direita: plumagem jovem, a esquerda: plumagem adulta. 1 exemplar de Ardea purpurea (L.), Europa e Ásia. 1 exemplar de Socòzinho, Butorides striatus (L.), Brasil. 1 exemplar de Alcaravão, Botaurus stellaris (L.), Europa e Asia. Fotografias: 1 de Colônia de Colhereiros, Platalea leucordia (L.), Holanda, Europa, Ed. Bavaria. 1 de Scopus umbretta (Gmel.) pescando na beira de um rio dentro da mata. Africa. Foto A. Christiansen. 1 de Botaurus stellaris (L.) removendc as cascas dos ovos recem eclodidos. Foto E. Hasking. Texto: Garças, Curicacas, Colhereiros e Cegonhas são pernilongos carnívoros. Seus filhotes são criados em ninhos feitos de gravetos e desenvolvem-se muito lentamente. ARMARIO 12 Mostruário 1: Accipitres 1 exemplar de 1 exemplar de 1 exemplar de 1 exemplar de 1 exemplar de América do Norte. - FALCONIDAE Gavião mateiro, Micraster ruficollis (Vieill.) , Brasil. Falco rusticolus (L.), Europa e Asia. Falco vespertinus (L.), Europa. Gavião quiriquiri, Falco sparverius (L.), Brasil. Falcão, Falco peregrinus (Gmel.), Europa, Asia e PANDIONIDAE 1 exemplar de Aguia pesqueira, Pandion haliaetus (Less.) , Europa, Asia e América do Norte. Fotografias: 1 de Gavião quiri-quiri, Falco sparverius L., voando. Norte. Foto E. Hasking. América do Desenhos : 1 de exemplar adulto de falcão, Falco rusticolus candieans, Gmel., Groenlândia, amestrado, usado na altaneira? A cobertura da vista da ave é tirada, sòmente na hora em que a caça aparece. Segundo desenho de J. Wolf. ACCIPITRIDAE 1 exemplar 1 exemplar 1 exemplar 1 exemplar 1 exemplar 1 exemplar Brasil. 1 exemplar 1 exemplar 1 exemplar 1 exemplar 1 exemplar 1 exemplar de de de de de de Tanató-intado, Accipiter pectoralis (Bon.) , Brasil. Milhafre, Milvus milvus (L.), Europa. Gavião, Geranospiza caerulescens (Vieill.), Brasil. Circus pygargus (L.), Europa e Asia. Circus aeruginosus (L.), Europa e Asia. Gavião pomba, Leucopternis lacernulata (Tem.), de de de de de de Butio, Buteo buteo (L.), Europa e Asia. Gavião-pega-pinto, Buteo magnirostris (Gmel.) , Brasil. Gavião, Accipiter bicolor (Vieill.) , Brasil. Elanus leucurus (Vieill.) , Brasil. Sardo-de-marimbondos, Pernis apivoreis (L.), Europa. Gavião-de-penacho, Morphnus guianensis (L.), Brasil. 1 eexmplar de Aguia-marinha, Haliaetus albicilla (L.), Europa e Asia. 1 exemplar de Aguia-cinzenta, Harpyhaliaetus coronateis (Vieill.) , Brasil. Fotografias: 1 de Circus aeruginosus (L.), filhotes no ninho. Alemanha. Foto C. Mielke. Desenhos: 1 de Aguia-marinha, Haliaetus albicilla (L.), caçando um merguIhão, Gavia stellata (Pont.), nas costas da Escandinávia, Atlântico Setentrional. Segundo desenho de B. Liljefors, copiado por H. Veloso. 1 de Abutre barbado, Gypaetus barbatus (L.), Himalaia. Os abutres do Velho Mundo são classificados como acipitrídeos e não na família dos urubus do Novo Mundo. Segundo desenho colorido de W. Kunhert, copiado por H. Veloso. Texto: Incluindo 271 espécies, o grande grupo dos Accipitres destacase pela desenvolvida habilidade de caça, devida ao alto aperfeiçoamento da visão e audição e à notável aptidão de voo. ARMARIO 13 Mostruário 1: STEGANOPODES - PELECANIDAE 1 exemplar de Pelicano, Pelecanus anocrotalus Lin., Europa, Asia e fndia. 1 Fotografia: Pelicano, Pelecanus occidentalis Lin., América Central. Foto F.M. Chapman. PHALACROCORACIDAE 1 exemplar de Biguá, Phalacrocorax olivaceus (Humb.), Brasil. 1 Fotografia: Biguá, Phalacrocorax bongainvillii (Less.) . O mais famoso produtor de "guano". Costa do Peru. Segundo desenho colorido de F .L. Jaques. ANHINGIDAE 1 exemplar de Biguá-Tinga, Anhinga anhinga (Lin.), Brasil. SULIDAE 1 exemplar de Atobá, Sula barsana (Lin.) , Atlântico setentrional. 1 exemplar de Atobá, Sula leucogaster (Bodd.), Brasil. 1 Fotografia: Atobá, Sula b a r s ~ n a(Lin.), voando acima do Atlântico setentrional. Foto E. Hasking. Texto: Os representantes dêste grupo alimentam-se de peixes. Algumas espécies associam-se aos milhares, sendo os seus excrementos conhecidos por "guano" de interêsse econômico. ARMARIO 14 Mostruário 1: STEGANOPODES - FREGATIDAE 1 exemplar de Alcatraz, Fregata magnificens rothschildi Math., Brasil. 1 Fotografia de um exemplar macho de Fregata m. magnificens Math., em época de reprodução, exibindo o papo avermelhado - dilatado por insuflação de ar. Segundo foto de K.W. Kenyon, copiado por H. Veloso. Texto: Os alcatrazes caracterizam-se por uma grande resistência para o voo. Povoam os mares tropicais. Nidificam em ilhas situadas, as vêzes, longe da costa, como por exemplo, a Ilha da Trindade, em território brasileiro. Mostruário 2: PODICIPEDES - PODICIPEDITIDAE 3 exemplares de Mergulhão: Podiceps ruficollis (Pall.), Europa e Asia; Podiceps cristatus (Lin.), Europa e Asia; Podiceps chilensis Less., Parte meridional da América do Sul. 2 Fotografias: 1.' Mergulhão, Podiceps cristatus (Lin.), casal em cerimônia nupcial. Europa. Foto F .P .J. Kooymans. 2.' Mergulhão, Podiceps ruficollis (Pall.), adulto com a prole no ninho. Os filhotes gostam de penetrar entre as penas da mãe, especialmente nas costas e abaixo das asas. Europa. Foto E. Hasking. Texto: Os mergulhões expostos aqui, se distinguem pelo uso exclusivo dos pés durante seus constantes mergulhos. A plumagem da barriga forma uma almofada que protege o corpo contra o frio e a umidade. GAVIAE - Gaviidae 1 exemplar de Mergulhão, Gavia stellata (Pont.), Artico. 2 Fotografias: 1." Mergulhão, Gavia immer (Brun.), na época de procriação. Islândia. Foto B. Bjornsson. 2.' Mergulhão, Gavia arctica (Lin.), chocando. Artico. Foto G.K. Yeates. Texto: Esta ordem é constituída por mergulhões de distribuição circumpolar. Nidificam em beiras de lagoas e rios. Passam o inverno frequentemente nas costas marítimas. ARMARIO 15 Mostruário 1: TUBINARES - DIOMEDEIDAE 1 exemplar de Albatroz, Diomedea exulans Lin., Mares meridionais. 1 Fotografia: Albatroz, Diomedea immutabilis Rothsch., casal em cerimônia nupcial. Mildway Islands, Pacífico. Foto P.A. Dumont. 1 Fotografia: Albatroz, Diomedea exulans Lin., casal em cerimônia nupcial. Georgia do Sul. Foto N. Raukin. Pintura a gouache - Albatroz, Diomedea exulans Lin. e Andorinha das tormentas, Oceanites oceanicus (Huhl.), voando no Atlânti,co Sul. Segundo desenho de F.L. Jaques, copiado por H. Veloso. Texto: Os albatrozes são incomparáveis na arte do v60 planado, estando, por isso, aptos a resistirem as mais fortes tempestades no alto mar. As asas, relativamente estreitas, têm a envergadura de 3,5 metros. Mostruário 2: PROCELLARIDAE 1 exemplar de Daption capensis (Lin.) , Mares meridionais. 1 exemplar de Pachyptila vittata (Gmel.), Mares meridionais. Texto: O caráter morfológico mais distintivo dêste grupo é a proteção das narinas por túbulos externos. Todos os tubinares são aves do alto mar. Variam desde o tamanho de um sabiá até ao do albatroz, que é uma das maiores aves voadoras do mundo. SPHENISCI - SPHENISCIDAE 1 exemplar de Pinguim, Spheniscus magellanicus (Forst.), Brasil. 1 Fotografia: Pinguim-real, Aptenodytes forsteri G.R. Gray, Antártica. Foto K.W. Kenyon. 1 Fotografia: Pinguim, Aptenodytes patagonia J .F. Mill., Colônia em Georgia do Sul, Antártico. Os exemplares da frente estão chocando seu ovo, coberto por uma dobra da pele. Foto N. Raukin. Texto: Os pinguins são as aves mnie bem adaptadas à vida aquática, aí competindo com os botos. Para locomoção sub-aquática servemse exclusivamente das asas. Perderam completamente a aptidão ao voo. ARMARIO 16 Mostruário 1: CRYPTURI 1 exemplar 1 exemplar 1 exemplar 1 exemplar Argentina. 1 exemplar 1 exemplar de de de de - TINAMIDAE Turirim, Crypturellus soui (Herm.) , Brasil. Cordona, Nothura maculosa (Tem.), Brasil. Chororáo, Crypturellus variegatus (Gmel.) , Brasil. Martineta, Eudromia elegans d'Orb. & Geoffr. de Macuco, Tinamus solitarius (Vieill.) , Brasil, de Perdiz, Rhynchotus sufescens (Tem.), Brasil. 1 Fotografia: O inhambu venezuelano, Nothocercus bonapartei (Gray.) , chocando. I3 o macho que cuida dos ovos e dos filhotes. Foto E. Schaefer. 1 pintura a gouache - A fêmea do inhambu-chororão, Crypturellus variegatus (Gmel.) corteja o macho, exibindo o lado inferior da cauda, vivamente colorido, Guiana Britânica. Segundo desenho de H . D. TuVan, baseado em observações de W. Besbe; cópia de H. Veloso. Texto: Aves exclusivamente neotropicais, compreendendo os macucos, inhambus, codornas, etc. De aspecto geral semelhante ao dos verdadeiros galináceos, possuem todavia, caracteres morfológicos e biológicos mais próximos as emas. 3.1.2 - EXPOSIÇAO DA CASA SCHREIBER Relatório sobre a exposição realizada no Museu Nacional - "A Casa Impressora J .F. Schreiber na História Natural" 1 - Organização: Dando prosseguimento ao seu plano de expansão e dinamização, aprovado pela atual Diretoria da S.A.-M .N., resolveu o Conselho Diretor realizar uma exposição sobre material didático, homenageando a firma J .F. Schreiber de Esslingen e Munique, especialista em artes gráficas, que já editou magníficos livros de História Natural e centenas de quadros murais do mais alto valor educativo e de notável fidelidade científica. Como organizador geral da exposição, o Professor SOLON LEONTSINIS,Secretário-geral da Sociedade dos Amigos do Museu Nacional, entrou em contato com a Casa Schreiber através a eficiente colaboração da Embaixada da Alemanha no Rio de Janeiro; conseguiu ainda a notável cooperação, material e técnica, do Instituto Cultural Brasil Alemanha. O Museu Nacional cedeu, pela generosidade de seu Diretor, a Sala dos Embaixadores, magnífica reminiscência do Antigo Palácio Imperial. Foi criada a Comissão Organizadora na qual tomaram DE CAMPOSSEABRA, parte o Presidente S.A.M.N., Dr. CARLOSALBERTO o Coordenador da Comissão de Exposições, Dr. MAURYPINTODE OLIVEIRA, a Professora MARGARETE EMMERICH(tradução técnica) e os Desenhistas, Senhores ALMIR ROSASe MARCOSALVESDA SILVA. Foram idealisados os programas-convites e impressos na Gráfica Sulamericana, com o auxílio do Instituto Cultural Brasil-Alemanha. 2 - Grandes colaboradores: É da máxima justiça ressaltar a ajuda inestimável das seguintes pessoas e instituições, para o bom resultado que a exposição logrou: A Embaixada da Alemanha no Rio de Janeiro, através a constante amizade e cooperação dos Senhores WERNER VON BEYME,Adido Cultural, e GUNTHERMEYER,seu assistente. A Casa Impressora Schreiber, de Esslingen, que por duas vêzes enviou quadros, livros e fotografias. O Instituto Cultural Brasil-Alemanha, na pessoa de seu Diretor, WIUY KELLER,grande cultura que aproxima os laços do Brasil e da Alemanha em notável trabalho cultural. O Museu Nacional, cuja colaboração foi decisiva para a realização da exposição, na pessoa de seu Diretor Dr. cooperador permanente de todas as atividades NEWTONDIAS DOS SANTOS, culturais, e ainda, Dna. MARINADE A.NDRADEBOTELHO, Chefe da Biblioteca do Museu Nacional, os desenhistas, carpinteiros e serventes e o serviço de fotografia que documentou a exposição. 3 - Inauguraqío: Divulgada pela imprensa, principalmente pelos jornais "Correio da Manhã", "O Globo" e "Diário de Notícias", a Expo- sição foi inaugurada pelo Dr. WERNER VON BEYMEàs 15 hs. e 30 minutos do dia 16 de novembro, com a presença de quase uma centena de pessoas. Entre os presentes conseguimos anotar: O Diretor do Museu Nacional, os Chefes de Divisão do Museu, Diretores da Sociedade dos Amigos do Museu Nacional, professôres, zoólogos, botânicos e antropólogos. Compareceram os seguintes Conselheiros da Sociedade: Dr. JoÃo RIBEIROMENDES, Dr. LUIS DE CASTRO FARIA,Dr. VICTORSTAWIARSKI, Dr. Lmz EMIGDIODE MELLOFILHO,Dr. FRIEDRICH WILHELMSOMMERe Dr. ANTENORLEITÃO DE CARVALHO. Convém destacar a presença muito honrosa dos funcionários da Embaixada da Alemanha, como Dr. WERNERVON BEYME,O Sr. GUNTHER MEYER,O Dr. NIKOLAUS OEHMICKE,Adido da Imprensa da Embaixada, e ainda o Dr. WALTERMULLER-ROMHELD. O Sr. WILLYKELLER representou o Instituto Cultural Brasil-Alemanha. Inaugurando a Exposição, em nome da S.A. M. N. falou o Dr. MAURY PINTODE OLIVEIRAque explicou aos presentes os objetivos da exposição e da homenagem que se prestava à firma J . F . Schreiber. A seguir, o Diretor do Museu Nacional, Dr. NEWTON DIASDOS SANTOS, em breve oração salientou a necessidade das atividades culturais e educativas semelhantes àquela que se inaugurava e a importância dos quadros murais e da educação audio-visual para os adolescentes. Agradecendo a Homenagem que se prestava à cultura alemã, através a firma Schreiber, usou da palavra o Dr. WERNER VON BEYME,Adido Cultural da Embaixada. 4 - A Exposição: A exposição constou de 15 painéis duplos em armação de duro-alumínio e um armário com iluminação fluorescente. Ao centro do salão, uma mesa com quadros murais modernos. O primeiro painel era uma homenagem à casa Schreiber e apresentava 1 retrato do fundador da firma, escudos da impressora e legendas explicativas. No centro da sala um grande painel com o mapa da Alemanha, assinaladas as cidades de Esslingen e Munique. No final da Exposição, um pequeno painel com a planta da cidade de Munique e fotografias coloridas do Jardim Zoológico, do Museu Nacional da Baviera, do "Deutsches Museum" e do Jardim Botânico, ligadas à planta por fitas indicativas de sua localização. Em redor do salão 12 painéis duplos com quadros murais para o ensino da Zoologia e da Anatomia, em belíssimas cores. O armário, que ficava voltado para a entrada da sala, apresentava uma série de notáveis obras de História Natural publicadas pela firma Schreiber, destacando-se dois grandes volumes da História Natural de G.H.V. Schubert da Biblioteca do Museu, Atlas anatômicos de CramerKotzian, obras sôbre flora da Europa, etc. A exposição permaneceu aberta ao público de 16 de novembro a 3 de dezembro, período em que foi visitada por 15.694 pessoas, das quais convém destacar alunos primários e estudantes secundários acompanhados de seus professôres. EXPOSIÇAO DE MATERIAL DIDATICO NA CADES Atendendo ao convite oficial do Coordenador Geral da CADES, Campanha de Aperfeiçoamento e Difusão do Ensino Secundário, do Ministério da Educação e Cultura, compareceu o Museu Nacional à Exposição de Material Didático realizada pelo referido Organismo no Rio de Janeiro. Apesar da carência de tempo e de recursos materiais, conseguiu o Museu, através a sua Divisão de Educação, montar 3 painéis de material didático com grande efeito estético. O primeiro representava uma ár- vore filogenética dos animais onde representantes dos Filos e diferentes Classes estavam montados e preparados em vidros adequados, com legendas explicativas. O segundo painel tratava do ensino experimental das Ciências Naturais, apresentando variado material confeccionado por alunos dos Cursos já realizados no Museu Nacional sob a orientação do Professor Newton Dias dos Santos. Legendas explicativas indicavam as finalidades dos aparelhos experimentais bem como o material utilizado na sua confecção. O terceiro painel consistia numa homenagem a Roquette Pinto e aos seus antigos colaboradores da Seção de Extensão Cultural, apresentando modelos de vulcão, metamorfose de coleópteros, esqueletos de morcêgo preparado, vida social das abelhas. Uma fotografia de Edgard Roquette Pinto e o nome de seus colaboradores figuravam em destaque. Na parte inferior foi montada uma caixa luminosa onde era possível observar 44 magníficos diapositivos em placa de vidro, das antigas coleções de Roquette Pinto e A.J. de Sampaio. Os painéis foram montados em armações de duro-alumínio, das utilizadas em exposições temporárias. O "stand" do Museu Nacional, pelos comentári~souvidos durante a inauguração da Exposição, foi um dos que mais agradaram, ressalversos funcionários do Museu chamados a cooperar na Exposição, entre como a Embaixada do Canadá, o Colégio de Nova Friburgo, o Escritório de Meios de Comunicação do Ponto IV, o IBEEC, o IBGE etc. É do nosso dever salientar a ajuda que nos foi prestada pelos diversos funcionários do Museu chamados a cooperador na Exposição, entre êles o desenhista Marcos Alves da Silva, o carpinteiro Antonio Gonçalves da Silva, o Servente Cidney Borges, e o motorista Aimoré Soares de Oliveira e a estagiária Maria Margarida Albuquerque Gomes. A orientação da Exposição e a sua disposição ficaram a cargo do Antropólogo Solon Leontsinis e da Zoóloga Myriam Chapot-Prevost Gino. A exposição permaneceu aberta ao público na sede da CADES, Avenida Rio Branco, 115, 9." andar, de 11 de dezembro a 11 de janeiro de 1962. Foram impressas na Oficina Gráfica da Universidade do Brasil sob a direção do Sr. Noé Fasano 262 páginas, referentes as seguintes publi,cações: Boletins (5) .................... Publicações Avulsas (6) ........ Relatório Anual ................. Encontra-se no quais já impressas Outras publicações outras instituições 66 páginas 86 páginas 110 páginas prelo grande quantidade de publicações, muitas das e distribuídas e que constarão do relatório próximo. da autoria de técnicos do Museu mas editadas por encontram-se nos relatórios das Divisões. 3 . 3 - CURSOS, PALESTRAS, COMUNICAÇõES 3.3.1 - CURSOS Prosseguiram os Cursos de Botânica Sistemática e de Biologia para a Campanha de Formação de Geólogos do MEC. Iniciou-se um Curso Prof. Alvaro Xavier Moreira - Pólen de Gentianoideae do pólen de Deianira cordifolia Malme. - Descrição - Helieae Sessão de 22-6-961 Dr. A.A. Jorge da Silva - Alguns nematódeos de animais domésticos no estado da Bahia. Dr. A. Arandas Rego - Nota sôbre a espécie Litomosoides guiterasi Vigueras, 1934 (Nematoda, Filarioidea) . Sessão de 24-8-961 Drs. J.F. Teixeira de Freitas e James E. Dobbin Jr. - Plagiorchis parumbursatus sp. nov., trematódeo parasito de quiróptero. Sessão de 19-10-961 Dr. Roger Arlé - Novas espécies de colêmbolas aquáticas (nota preliminar). Dra. G.R. Kloss - O plástico na conservaçã'o de helmintos. Drs. Sylvio Celso Gonçalves da Costa e Marisa F. Teixeira - Considerações sôbre a biologia das gregarinas do gênero Stenophora Labbé, 1899. Sessão de 21-12-961 Drs. J. Guilherme Lacôrte, Estácio Monteiro e J. Carvalho Loures antigênico do vírus da gripe inativado (nota preliminar). Dra. Anna Kohn - Um novo Prosorhynchus parasito de Garrupa sp. (Trematoda, Bucephaliformes) . Prof. Aristides Pinto Coelho - Teor de ácido ascórbico no Phyllocalix edulis Berg. Prof. Fausto Luiz de Souza Cunha - Efeitos climáticos na bacia Taubaté-Tremembé. Prof. Antonio Carlos Magalhães Macedo - Nota preliminar sobre Ostracoda. - Poder 3 . 4 . 4 - IMPRENSA, RADIO, CINEMA, TELEVISA0 E O MUSEU NACIONAL Principais notícias divulgadas pela imprensa escrita, falada e televisionada. Jornais: O Globo - 16-1-1961 Curso especializado em Antropologia Geral. Diários de Noticias Museu vai realizar curso: Antropologia. O JOWZ - 25-2-961 Inscrições no I . C. S. foram prolongadas. A Noite - 2-1961 Museus desertos não chamam povo. O Jornal - 3-3-961 Quinta recuperada. O Jornal - 4-3-1961 Sanguessugas vão rápido para a Rússia. O Jornal Zoólogo quer muçuranas do Museu Nacional. Última Hora - 4-3-961 Fauna e flora do Brasil interessam cientistas da União Soviética Diário de Noticias - 11-3-961 Bertha Lutz vai fazer parte da banca examinadora na Argentina. Tribuna da Imprensa - 11-3-961 Mastodontes e megatérios no Nordeste. O Jornal - 12-3-961 Museu Nacional descobre no Ceará animais que viveram quando o Nordeste era frio. Correio da Manhã - 14-3-961 Múmia incaica recebe do clima peruano um tratamento todo especial. A Noite - 21-3-961 O novo horário e o Museu. O Globo - 12-4-961 "Seytalopus Novacapitaplis". Correio da Manhã - 9-4-961 O Museu Nacional colabora (uma vez mais) com a caça submarina. Correio da Manhã - 24-4-961 Pessoal técnico do Museu. O Globo - 27-4-961 Amigos do Museu Nacional farão uma reunião hoje. A Noite - 4-5-961 A maior coleção de peixes da América do Sul. O Jornal - 11-5-961 Naturalista diz que o povo deve combater pardais: são prejudiciais as lavouras. Correio da Manhã - 19-5-961 Restauração da Quinta. MEC nada objeta que Museu Nacional seja atração para a Quinta. Correio da Manhã - 24-5-961 Contato com a natureza através de excursões revela mundo diferente. Diário de Noticias - 26-5-961 Mestre mostrou como é benéfico à juventude contato com a natureza. Diário de Noticias - 25-5-961 Museu Nacional e Hôrto Botânico como atrações na Quinta da Boa Vista. $COS da Tormenta - maio-961 Museu Nacional nos visita. Diário de Noticias Quinta é do povo e não de um grupo de exploradores. Divulgação sobre o 143." aniversário do Museu Nacional A Noite - 31-5-961 Casa de Rei e de Imperadores na educação do povo. Correio da Manhã - 31-5-961 Comemoração condigna dos 151 anos da morte do pai dos botânicos brasileiros. Diário Carioca - 1-6-961 143 anos do Museu Nacional. O Jornal - 1-6-961 Museu Nacional comemora 143 anos no dia 6. Correio da Manhã - 2-6-961 Museu da Quinta inaugurou exposição com aves de todo o mundo. Correio da Manhã - 4-6-961 Museu faz anos terça-feira próxima. Correio da Manhã - 6-6-961 Museu Nacional faz 143 anos lembrando 150 anos de Frei Vellozo. Diário da Noite - 6-6-961 Museu Nacional faz 143 anos. O Globo - 7-6-961 O 143." aniversário do Museu Nacional. O Jornal - 7-6-961 143." aniversário do Museu Nacional é comemorado com solenidade e exposição. Diário Carioca - 7-6-961 Museu ganha mais 365 animais aos 143 anos. Diário de Noticias - 7-6-961 Frei Vellozo foi figura máxima na festa dos 143 anos do Museu Nacional. A Noite - 12-6-961 Normalistas estudam o passado do homem. O Globo - 21-6-961 O Museu Nacional da Quinta da Boa Vista. O Globo - 27-7-961 O cientista não deve ficar muito tempo em cargo administrativo. O arraial do cabo - um documentário premiado. A Noite - 1-8-961 Quinta da Boa Vista loteada pelo Departamento de Parques. A Noite - 27-7-961 Novo Diretor para o Museu Nacional. A Noite - 4-8-961 Museu tem novo Diretor. Diário da Noite - 5-8-961 Nôvo Diretor para o Museu. Jornal do Comércio - 4-8-961 Museu tem novo Diretor. O Globo - 4-8-961 Em função o novo Diretor do Museu Nacional. Diário de Noticias - 15-8-961 Nôvo Diretor da Divisão de Zoologia do Museu Nacional. O Jornal - 15-8-962 Nôvo Diretor da Divisão de Zoologia do Museu Nacional. O Globo Divisão de Zoologia tem novo Diretor. O Globo - 10-8-961 Beija-flores etc. Correio da Manhã - 28-10-961 São Cristóvão: um bairro que cresce em 2 dimensões. Diário de Noticias - 15-10-961 Cientista vem orientar pesquisa no Museu Nacional. O Globo - 1-1-961 Examinados os fósseis do "Hoeme de Florianópolis". O Globo - 6-6-961 No Rio especialista americano em Museu. O Globo - 16-11-961 Casa Impressora J .F. Schreiber na História Natural. Correio da Manhã - 15-11-961 Impressora em exposição no Museu da Quinta. O Globo - 30-12-961 Nôvo Horário para o Museu Nacional. O Jornal - 30-12-961 Nôvo horário para o Museu Nacional. A Noite - 30-12-961 Nôvo horário para o Museu Nacional. Reportagem sobre o aniversário do Museu: Rádio Ministério de Educação. Tupí (grande informativo). Roquette Pinto. Televisão: Tupí - canal 6. Rio - canal 13. Continental - canal 9. Cinema: Cinegráfica S. Luiz. Posse do novo Diretor: Rádio Ministério de Educação. Roquette Pinto. Rádio Nacional. Rádio Tupí. Televisão: Continental - canal 9. Rio - canal 13. Programas de Televisão: Diversas transmissões externas foram realizadas pelas estações de televisão no Museu Nacional, principalmente as orientadas pelo Sr. Pallut do canal 9. Palestras Culturais: Divulgação semanal das palestras culturais nos jornais e nas rádios Ministério de Educação, Tupí, Guanabara. Sobre o novo horário: Além das estações de rádio já meiicionadas o Serviço de Utilidade Pública da Rádio Jornal do Brasil, reconheceu a notícia como elemento de utilidade pública e deu divulgação da mesma algumas vêzes por dia durante diversos dias. 3.4.5 a) - REPRESENTAÇóES, CONGRESSOS, CONVÊNIOS Representações Conselho Universitário: Zoólogo Newton Dias dos Santos, Diretor; Antropólogo Luiz de Castro Faria (Representante da Congregação). Conselho Consultivo do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional: Zoólogo Newton Dias dos Santos, Diretor do Museu Nacional. Conselho Nacional de Fiscalização das Expedições Artísticas e Científicas: Zoólogo Paulo de Miranda Ribeiro. Conselho Florestal Federal: Zoólogo Maria Julia Bertha Lutz. Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura: Zoólogo José Lacerda de Araujo Feio. Conselho Nacional de Proteção aos fndios: Zoólogo José Candido de Me10 Carvalho. Instituto de Ciências Sociais: Antropólogo Luiz de Castro Faria. Instituto de Documentação e História da Guanabara: Zoólogo Newton Dias dos Santos, Diretor do Museu Nacional. 5 - DIVISA0 DE EDUCAÇAO Realizou uma intensa atividade, mais surpreendente ainda se considerarmos a quase ausência de recursos, bem como o reduzido quadro de técnicos. A sua ação nas exposições do Museu é permanente, atendendo aos estudantes, professôres, turistas, visitantes ilustres; os plantões mantêm essa ação mesmo nos domingos e feriados; nos modestos laboratórios da Divisão são atendidos os professôres e alunos que procuram auxílio num dos variados setores da História Natural; a imprensa é sempre atendida com presteza e as reportagens escritas, faladas e, agora televisionadas, espalham o nome do Museu dando informes do que se passa inclusive nas Divisões Científicas. Evidentemente a carência de recursos tolhe uma ação mais ampla ou melhor planejada e, para sanar esta deficiência a Diretoria do Museu recorreu a solicitação de auxílios externos, através um plano de pesquisas educacionais, elaborado pela própria divisão e que, se atendido, irá permitir melhores serviços em 1962. Saliente-se ainda que os 5 professôres que trabalham nesta Divisão cooperaram com várias entidades no rentido de lecionarem em cursos, realização de palestras educativas, Congressos de ensino ou de museus, especializando-se ainda através a frequência de cursos de especialização. 1 - Quadro de Funcionários e Estagiários: - Técnico de Educação a) Técnicos: Prof. VICTORSTAWIARSKI Diretor. Prof. SOLONLEONTSINIS- Antrópolo - Diretor substituto. Profa. MYRIAMCHAPOT-PREVOST GINO - Zoólogo. Prof. MARIOMOREIRA LOREDO JUNIOR - Botânico. - Zoólogo. Prof. JADIHEL b) Estagiários: Universitários CARMSOTÁVIODA SILVEIRAe MARIA DE ALBUQUERQUE. MARGARIDA c) Auxiliar: CIDNEYBORGES. 2 - Educação e atividades correlatas: A) Visitas guiadas às exposições: Foram realizadas 243 visitas guiadas às exposições do Museu, sendo atendidos visitantes isolados, grupos, estudantes de diferentes níveis, do Estado da Guanabara e de estados circunvizinhos. Resumo das visitas guiadas: Individualmente ......................... Vestibulandos ........................... Universitários........................... Grupo de Professôres .................... Secundário.............................. Normal .................................. Primário ................................ 26 18 30 15 87 26 41 .................................... 243 Total 3 - Projeções: Foram realizadas 13 projeções cinematográficas para diferentes co- Iégios, compreendendo os assuntos: Animais aquáticos, Excreção, Teoria Molecular, Respiração, Digestão dos Alimentos, Reprodução dos Mamíferos, Crescimento dos Vegetais, Ondas Sonoras, Agua. 4 - Biblioteca: A Biblioteca da D.E. está em fase de reorganização. Foram feitas aproximadamente 1.000 fichas de obras e assuntos de História Natural, bem como um levantamento das publicações do Museu. 5 - Outras atividades: Respostas a consultas; Orientação a estagiários; Entrevista para Rádio e Televisão; Conferências e Palestras em Associações; Colaboração com a CADES do Ministério da Educação; Ajuda e cooperação com a Sociedade dos Amigos do Museu Nacional; Cooperação com a Diretoria na revisão de textos e anotação dos reparos a fazer nas exposições; Cooperação permanente da Divisão com o Curso de Botânica e com a CAGE (Campanha de Aperfeiçoamento de Geól.) ; Realização de esquemas para uso no flanelógrafo, para o ensino de biologia e zoologia; Cooperou com a Diretoria na confecção de plantas com a distribuição das salas, numeração das salas e pequenas legendas para quadros como o do General Rondon; Orientação de escolares para a realização de trabalhos e monografias; Orientação de escolares para a confecção de herbários; Cooperação com a Diretoria na parte de correspondência, principalmente na solicitação de publicações; Cooperação da Divisão, através o Zoólogo MARIOMOREIRA, com o INEP, como .orientador de setor de Ciências Naturais, na excursão piloto para Professôres Secundários, realizada pela Seção de Audio-Visuais do C .B.P.E.; Profa. Myriam Gino, em colaboração com a CADES, ministrou o Curso de Férias para Professôres Secundários em Belém, no Estado do Pará, conservando-se em contacto permanente com o Museu Goeldi, na mesma cidade; Colaborou com a Sociedade dos Amigos do Museu Nacional na montagem da Exposição sobre a Casa Impressora J . F . Schreiber. no mês de novembro; Preparou e montou uma exposição didática na Exposição de Material de Ensino realizada pelo M .E .C., na CADES, que impressionou muito bem o público; A D.E. toma parte no curso de Taxidermia que se realiza presentemente no Museu, através a Zoóloga MYRIAMGINO, O Auxiliar CIDNEY BORGES e a estagiária MARIAMARGARIDA DE ALBUQUERQUE GOMES;A divisão, através o Prof. SOLON LEONTSINIS,compareceu ao IV Congresso Brasileiro de Ensino Comercial, onde tomou parte no Seminário de AudioVisuais e na Mesa Redonda de Ciências Naturais; O Botânico JADIHEL LOREIX) passou grande parte do ano, anexo à Biblioteca, no serviço de intercâmbio de publicações; Em regime de plantões aos sábados e domingos, a Divisão atendeu a cêrca de 28 escolas do Departamento de Educação de Adultos do Estado da Gusnabara. 5 - Prin,cipis fatos a destacar no ano de 1961 1." - Visitantes Ilustres: A D.E. anotou as seguintes personalidades: Dr. HANSJOACHIM SCLOCH, do Centro de Turismo Alemão. Alte. ALVARO ALBERFO e Senhora, do Conselho Nacional de Pesquisas. Grupo de Engenheiros e Geólogos Portuguêses, acompanhados pelo Dr. JÚLIO JOSÉ JOFFILY,da Petrobrás. Dr. WERNER VON BEYME,Adido Cultural da Embaixada da Alemanha. Dr. WILLYKELLER, Diretor do Instituto Cultural Brasil-Alemanha. Programas de Televisão: Durante o ano realizaram-se três programas pelo canal 6, TV Tupí, em cadeia com Minas Gerais e S. Paulo, de 15.35 hs. as 17.00 hs. Programa a Volante do Pallut, responsabilidade e execução da D.E., sendo narrador o Prof. VICTORSTAWIARSKI.Dia 7 de abril, Egito, Múmias etc.; repetição ampliada do programa de muito sucesso feito em 12-7-959. Repetiu-se o fenômeqo observado em 1959, isto é, um grande aumento de visitantes nos dias que se seguiram ao programa. Dia 21 de julho, o Indígena Brasileiro, com a Cooperação da Divisão de Antropologia, e ainda Etnografia regional. Dia 6 de novembro, Inscrições Rupestres da Paraíba, em colaboração com a Sociedade Brasileira de Arqueologia. Em 15 de junho, a convite do Senhor Diretor do Museu, a cronista ELSIE LESSAfêz demorada visita ao Museu acompanhada pelos Profs. VICTQRSTAWIARSKI e SOWN LEONTSINIS, e a boa impressão causada originou a crônica "O Museu da Quinta da Boa Vista" publicada em "O ~ i o b o ~ , . Em 30 de julho o Prof. VICTORSTAWIARSKI, em Videotape, foi entrevistado pela TV Tupi sôbre as aranhas Viúvas-Negras. No mesmo sentido foi feita uma reportagem no "Correio da Manhã". No vespertino "A Noite" de 12 de junho, sob o título "Normalistas estudam o Passado do Homem", o Prof. VICTORSTAWIARSKI prestou uma série de declarações que permitiram uina reportagem sôbre as aulas de evolução a uma turma do 3." ano normal da Escola Carmela Dutra. Visita - Guiada para um grupo componente do Curso sôbre a História da Cidade do Rio de Janeiro, do Prof. OWRICOPINTO. Esta visita se repete todos os anos a partir de. 1956 e é assistida por mais de 100 pessoas, todas de alto nível cultural. Cêrca de 7 aulas para Professôras do Estado da Guanabara do Curso de Especialização a cargo da Profa. do Instituto de Educação, HELOISA MARINHO.este Curso vem sendo dado desde 1957. Colaborando com a Sociedade dos Amigos do Museu Nacional, a D.E. ajudou a montagem da Exposição sôbre a Casa Impressora J . F . Schreiber, de Esslingem, cujo organizador foi o Prof. SOMN LEONTSINIS, a qual foi visitada por maís de 15.000 pessoas, de 16 de novembro a 3 de dezembro. Atendendo a convite do Coordenador Geral da CADES, Campanha de Aperfeiçoamento e Difusão do Ensino Secundário, a Divisão montou uma pequena exposição de Material Didático na CADES, composta de 3 painéis com farto material educativo. Foi uma das mais louvadas pelos professôres e alunos que compareceram a inauguração. Sob o ponto de vista de procura de aulas, é importante observar que o assunto mais procurado é o da evolucão com suas injunções filosóficas relacionadas com o problema da origem do homem e a interpretação religiosa. Em 1961 foram dadas, a pedido, 52 aulas sôbre este assunto. Estas aulas são de duração superior a duas horas. Seguem-se em ordem de maior procura, o Egito e as salas históricas. Ê relativamente pequena a procura de aulas específicas de História Natural. Foi bem menor em 1961 o númer3 de caravanas estudantis que visitaram o Museu nos meses de janeiro, fevereiro e julho, provàvelmente por motivos econômicos. Papel Educativo das Excursões: sob êste título o Prof. VICTOR STAWIARSKI concedeu uma entrevista à Rádio Ministério da Educação, transmitida no programa das 20.30 hs. do dia 6 de junho, abordando ainda os problemas dos conflitos relacionados com o ensino da Evolução. 6 - Atividades dos Funcionários Além das atividades normais de rotina na Divisão e de atendimento ao público os funcionários da D.E. realizaram as seguintes atividades principais: Prof. SOGON LEONTSINIS: Confeccionou vários esquemas de cortes de animais para serem utilizados no ensino de zoologia. Continuou secretariando a Sociedade dos Amigos do Museu Nacional, organizando reuniões e uma exposição. Manteve contatos externos com co:égios e embaixadas para a realização de diversas atividades educativas. Respondeu a consultas e a pedidos de publicações. Elaborou o pedido de auxílio aos órgãos governamentais. Publicou na revista do ponto IV, "Audio-Visual em Revista" um artigo denominado "Como utilizar o Flanelógrafo no Ensino da História Natural", (outubro de 1961, ano 111, n." 9), com material confeccionado na Divisão de Educação. Compareceu ao IV Congresso Brasileiro de Ensino Comercial, em Araxá, Minas Gerais, onde foi relator no Seminário de Audio-Visual e Secretário da mesa redonda de Ciências Naturais. Acompanhou o Geólogo FAUSTOLUIZ DE SOUZACUNHAa Belo Horizonte onde foram apanhar material Póssil, de empréstimo, na Faculdade de Filosofia, visitando ainda a gruta de Faustina em Matosinhos. Orientou e cooperou na montagem da exposição da CADES. Prof. MARIOMOREIRA: Lecionou numerosas aulas de Zoologia e Botânica, orientando a confecção de trabalhos escolares. Relacionou as publicações do Museu, cooperando no serviço de intercâmbio. Tomou parte na Comissão que reviu os "Curriculum vitae" dos técnicos do Museu. Em cooperação com o CBPE, por especial concessão da Diretoria do Museu, na qualidade de Orientador do Setor de Ciências Naturais, acompanhou os Professôres Secundários a diversos estados na Excursão Pilôto, promovida pela Seção de Audio-Visual do CBPE. A excursão tinha como objetivo o aperfeiçoamento de Professôres compreendendo: Aprendizagem da Utilização dos Recursos Audio-Visuais; Manêjo de Grupos em excursão; Organização de excursões e visitas; Coleta de material; Conhecimento de áreas, aspectos e instituiqões regionais. Foram percorridos os estados de Minas Gerais, Goiás, S. Paulo, e Rio de Janeiro, visitando-se numerosas cidades, inclusive Brasília. Professôra MYRIAMCHAPOT-PREVOST GINO: Dirigiu cêrca de 40 turmas nas exposições e vários Professôres individualmente. Organizou os trabalhos de Secretaria da Divisão. Durante o mês de janeiro lecionou o curso de aperfeiçoamento da CADES, em Belém do Pará. Orientou e cooperou na montagem da exposição realizada na CADES. Frequenta atualmente o curso de Taxidermia do Museu Nacional. , Colaborou, também, com a Divisão d e Antropologia, gravando canções folclóricas e guerreiras apresentadas por um grupo de índios Kanela, em visita àquela Divisão. Setor de Administração Bste setor, a cargo do Escriturário MARIADE LQURDES PORTY), prosseguiu a organização dos arquivos e fichários fotográfi'cos do S.F.P., bem como a revisão e catalogação da filmoteca e fototeca dêste setor. Setor de Projeções A cargo do Fotógrafo JoÃo GUIMIRÃES~ B Oêste , setor efetuou 61 projeções durante as aulas, palestras e conferências realizadas, êste ano, no auditório do M.N. Organizou, no aniversário do Museu, um programa especial para as famílias dos funcionários, exibindo alguns filmes gentilmente cedidos pelo I.N.C.E. Colaborou, também, nas solenidades do Natal, projetando filmes para as crianças presentes. 6.5 - SERVIÇO DE TAXIDERMIA No ano de 1961 foram feitos acabamentos na sala de Zoologia n." 8, Sistemática de Aves: Novas montagens artisticas de aves, sendo: 1 Pavãozinho do Pará (Eurypyga nelias). 1 Pinguim (Spheniscus magellanicus) . 1 Urubú (Coragyps atratus). 1 Gavião - cararnujeiro (Rostramus sociabilis) . 1 Birro (Hirundinia bellicosa) . 1 Papagaio da Nova Zelândia (Electus pectoralis). 1 Fringelidae africano (Hypargus niveoguttatus) 1 Papagaio Lori (Demicella lory). 1 Papagaio (Platycereus elegans) . 1 Galo da serra (Rupicola mpicola). . Confecção de grupos biológicos de: Urubú (Coragyps atratus) , Pinguim (Spheniscus magellanicus) , Gavião - caramujeiro (Rostramus sociabilis), e Pavãozinho do Pará (Eurypyga helias) . Aves em séries: 31. Mamiferos em séries, incluindo peparação dos crâneos: 10 ratos e 3 macacos. Montagens art.isticas de mamiferos: 1 Aloutta seniculus seniculus. ;Pithecia monachus monachus. i Eu~yzygomatomysguiara. Planejamento da Exposição de Répteis, sendo planejados 9 armários. Novas montagens de répteis, no novo sistema da parafinação: 1 cobra cipó (Phiodryas olfersii olfersii) . 2 cobras de capim (Leimadophis poecylogyrus) . 1 Teiu (Tubinambus teguixim) . 1 Jacaré de papo amarelo (Caiman latirostris). 2 Jabotis (Testudo denticulata) . 1 Tuatuara (Sphenodon punctatus) . 1 Cobra coral dágua (Anilius scitalis). 1 Cobra de vidro (Ophiodis striatus striatus). 1 Lagartixa de areia (Liolaemus lutzae). 1 Mabuia (Mabuya mabuya dorsivitata). 1 Monstro de gila (Heloderma suspoctus). 1 Jacuruxi (Dracaena guianensis) . 1 Camelião de chifre (Chameleo jacksoni) . 1 Tamacuare (Enyalius catenatus catenatus) . 1 Salamandra Novas montagens de 22 cobras, incluindo as partes anatômicas, em meio líquido (Kaiserling) . Conserto de 4 modelos aumentados de crâneos de cobras. Montagem de 5 crâneos de cobras. Coloração de 4 modelos de pés de cêra, para mostrar os diferentes tipos de picadas de cobra. Limpeza e montagem de um jacaré coroa, corte transversal e montagem de 1 esqueleto de tartaruga, desmontagem, limpeza, restauração, pintura e nova montagem do esqueleto de tartaruga de couro (Dermachelus coriacea) . Limpeza e pintura de 2 tartarugas do mar (Chelonia mydas), 1 tartaruga do Amazonas (Podocnemis expansa); 1 tartaruga do mar (Chelonia mydas); 1 Mata matá (Chelus frimbiâta); 1 Tartaruga de pente (Ereychelis umbricata umbricata); corte e fixação da carapaça e base de 1 tartaruga; limpeza de 1 crâneo de tartaruga. Organização e arrumação, fixação de fotografias, textos e rótulos na sala n." 7, Zoologia, Répteis e Anfíbios. Fixação de peças em 12 mostruários da mesma sala. Expurgo de todos mamíferos da sala Zoologia Mamíferos. Limpeza de todos mamíferos da sala do depósito. Reconstrução de um modêlo do Seimouria e um modêlo de Eustenopteron, para sala dos Répteis e Anfíbios. - Moldagem de 6 Batráquios 1 Thoropa miliaris, 2 Hyla faber, 1 Hyla albomarginata, 1 Thoropa petropolitana e 1 Leptodactylus ocellatus. Conserto de todos os ossos quebrados de um esqueleto (artificial) de um Glossotheriurn robustum. Excursões: 1 Tinguá para coletar material para a exposição. 1 Barra da Tijuca: coletar material para a exposição. 1 Sumaré: coletar material para a exposição. 1 Ilha do Catalão E.G. para coletar material científico e ensinar os alunos do curso de zoologia prática (taxidermia). A partir do mês de outubro aulas do curso de zoologia prática (taxidermia). Como no ano anterior êste setor foi dirigido pelo dermoplasta CARL MIELKE,tendo auxiliares os senhores BRAULIO PRAZERES e EDILSONSOARES. 6.6 1) 2) 3) - Exposições de a - 1 texto - SERVIÇOS DE DESENHO (S.D.) Aves b - 2 rótulos. - Exposição de Répltis a - 2 rótulos. - Exposição de Anfíbios a - 1 texto b - 1 quadro de madeira pintado d.e branco (cálculo e orientação para sua confecção) c - esboços dos desenhos a serem pintados em um quadro (item "b"). 4) - Divisgo de Educação a - legendas para 2 quadros de madeira tipo mostruário. 5) Portaria das Exposições a - 2 cartazes com moldura para o balcão da portaria b - 1 cartaz com moldura para o quadro do Gel. Rondon c - 2 setas de madeira pintadas a óleo com os dizeres homens e senhoras. 6) - Chapelaria a - 1 cartaz emoldurado para o balcão b - 70 números desenhados em papel c - 70 números desenhados em chapas de eucatex d - 90 números desenhados em chapas de metal. 7) - Sala do Trono (exposição de quadros murais da Editora J.F. Schreiber) a - confecção dos cartazes b - disposição dos mesmos. 8) - Exposição da C.A. D. a - confecção dos cartazes b - disposição dos cartazes. 9) - Exposições a - 1 planta das exposições pintada em chapa de celotex (em andamento) b - 1 planta das exposições pintada em cartão cromo (em andamento). Numerosos serviços de desenho científico foram realizados nas diversas Divisões que possuem seus próprios desenhistas ou pagam por serviços executados. - O movimento dos serviços do Almoxarifado foi o seguinte: 1." - Arrolamepto dos materiais Permanentes e de Consumo, que estavam sob a guarda e responsabilidade do Almoxarife WALFRIDO JOSÉ SILVA. 2." - Foram atendidos 2.632 pedidos internos. 3: - Requisições enviadas à Divisão Material 63. 4." - Faturas processadas e enviadas à Divisão de Material 75. DA Composto e impresso na Oficiria Griifica da Universidade do Brasil