Flyer Sandrine Bonnaire
Transcrição
Flyer Sandrine Bonnaire
Lisboa 8 Out. 2010 © Philippe Quaisse Sandrine Bonnaire ON SET WITH FRENCH CINEMA www.onsetwithfrenchcinema.com www.festadocinemafrances.com Programa 8 de Outubro : ESTC 14 h : Projecção do filme Sans toit ni loi Das 15 h 45 às 17 h 45 : Debate Sandrine Bonnaire inicia a sua carreira em 1982, como figurante em La Boum de Claude Pinoteau e Les Sous-doués en vacances de Claude Zidi. Quando acompanha a sua irmã a uma audição, acaba por ser escolhida por Maurice Pialat para um projecto que não chegou a concretizar-se, Les Meurtrières. Contudo, o cineasta convida a actriz para representar a protagonista de um filme que há mais de dez anos sonhava fazer, A nos amours, o retrato de uma adolescente e da sua busca pela liberdade. A intensidade com que a jovem Sandrine Bonnaire, de 16 anos, se entrega à sua personagem, valeu-lhe uma entrada espectacular no cinema francês e o prémio César para Melhor Jovem Talento em 1984.A actriz mantém com Pialat uma relação conturbada, recusando o papel principal de Police, no qual, no entanto, acaba por aparecer, seguindo-se em 1987, Sous le soleil de Satan, o filme que mais se orgulha de ter feito no qual interpreta o papel de Mouchette. A jovem actriz, enfrenta novos desafios com realizadores exigentes como Agnès Varda em Sans toit ni loi, ao interpretar o papel de uma vagabunda, o que lhe valeu o César para Melhor Actriz em 1986. Em 1989 representa em Captive du desert de Raymond Depardon e em 1992 dá vida a Joana d’Arc no filme homónimo de Jacques Rivette com quem voltaria a trabalhar, em Secret défense). Filma também com Claude Sautet (Quelques jours avec moi, Jacques Doillon La puritaine, André Téchiné Les innocents e Patrice Leconte Monsieur Hire. O Prémio de Interpretação que recebe em Veneza em 1995 pela fantástica representação de uma doméstica analfabeta em La Cérémonie de Claude Chabrol, com quem voltaria a trabalhar em Au coeur du mensonge, é mais um testemunho do reconhecimento do seu trabalho pela profissão. Em 1999 trabalha com Catherine Deneuve em Est-Ouest de Régis Wargnier, com Jacques Dutronc em C'est la vie de Jean-Pierre Améris, assim como na deliciosa comédia Mademoiselle, de Philippe Lioret (com quem voltaria a trabalhar em L’Equipier). Nesse mesmo período, o seu papel de cirurgiã na série de sucesso da televisão, Une Femme en blanc, conforta a sua popularidade. Mesmo sendo uma estrela, protagonizando filmes ao lado de actores como Fabrice Luchini (Confidences trop intimes, 2004), Vincent Lindon (Je crois que je l'aime, 2006) ou Catherine Frot (L'Empreinte de l'ange, 2008), não deixa de participar em obras mais difíceis como Un cœur simple, adaptação da obra de Flaubert. Em 2007, surpreende ao inverter os papéis, passa para atrás da câmara e realiza Elle s'appelle Sabine, um documentário dedicado à sua irmã autista, que foi calorosamente acolhido na Quinzena dos Realizadores, em Cannes. No entanto não se afasta da sua carreira de actriz, em 2009 encarna uma entusiasta jogadora de xadrez no filme Joueuse, de Caroline Bottaro, co-protagonizado pelo actor americano Kevin Kline.