Revista 22/2008 - Conselho Regional de Educação Física da 4ª

Transcrição

Revista 22/2008 - Conselho Regional de Educação Física da 4ª
Carta
Participação no Congresso Pré-Olímpico
de Ciências do Esporte (Pequim/2008)
2
Ano IX
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nº 22
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dezembro
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2008
“Foi um momento clímax. Minha primeira tentativa de apresentação em inglês,
o contato com o mundo acadêmico de nossa área, muitos trabalhos relacionados ao Kung-Fu, salas de apresentações imensas, porém vazias [pois eram muitos
­assuntos ao mesmo tempo]...
O impacto da palestra do Dr. Victor também foi inesquecível para nós, que
estávamos distribuindo os materiais do Programa Agita São Paulo antes e depois
da sua apresentação. Recordo-me que num momento em que sentei para tomar
café, estava na mesa um professor da Inglaterra, que me perguntou onde eu morava. Quando respondi, imediatamente ele disse que conhecia o Programa Agita
São Paulo e o Dr. Victor Matsudo. Foi a primeira vez que falei Brasil e não recebi
como resposta a palavra futebol.
O Congresso contou com mais 2500 participantes representando 40 países
diferentes. O Programa Científico foi absolutamente completo, de fazer inveja
a qualquer ilustre pesquisador de nossa área. Foram quatro frenéticos dias de
overdose de conhecimento, contando com 958 trabalhos apresentados em ­forma
de pôster divididos entre as sessões: Intervenções Cirúrgicas e ­Diagnósticos;
Fisiologia Cardiopulmonar e Exercício; Estratégia de Treinamento, Resposta e Performance; Atividade Física Adaptada; Exercício e Saúde Psicológica;
­Globalização; Ética e Desenvolvimento Moral; Políticas Esportivas, Economia e
Marketing; Estudos Olímpicos; Esportes e Questões Sociais; Fisiologia, ­Mecânica
do Músculo Esquelético e Tecido Ósseo Conjuntivo; Análise da Biomecânica na
Lesão Esportiva e Reabilitação; Exercício e Nutrição; Exercício Obesidade e
Composição Corporal; Deficiência no Currículo; Esporte, Sociedade e Questões
Culturais; Direito ao Esporte; Mecanismo de Treinamento de Força; Programa
de Promoção de Atividade Física; Mídia Esportiva; Neurociência; Controle de
­Doping; Tecnologia e Esporte Paraolímpico; Metodologia e Biomecânica; Adaptação e Supervisão do Treinamento.
Também foram realizados seminários com os seguintes temas: Medicina
­Esportiva, Multidisciplinaridade, Sociologia, Pedagogia, Psicologia, Biomecânica,
Nutrição, Atividade Física Adaptada e Promoção de Saúde, no qual o Dr. Victor
Matsudo, do Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano
do Sul – CELAFISCS, palestrou sobre o tema ‘Construção de Saúde através da Atividade Física: uma experiência do Agita São Paulo e Agita Mundo’.
Neste ano o prêmio de melhor pesquisador jovem foi para uma estudante de
doutorado de um país asiático.
O trabalho de pesquisa que eu apresentei pela equipe de autores do ­CELAFISCS,
Timóteo Leandro Araújo, Maurício Santos e Victor Matsudo, no Congresso de
­Pequim [Impacto de um Programa de Atividades Alternativas e Dança Laboral
no ­Nível de Atividade Física de Colaboradores do Setor Administrativo], teve sua
­continuidade no XXXI Simpósio Internacional de Ciência do Esporte realizado no
Centro de ­Convenções Rebouças em outubro, sob o tema ‘Manutenção de Longo
Prazo no Nível de Atividade Física de Trabalhadores do Setor Administrativo’.
Só posso agradecer pela grande oportunidade e incentivar que outros profissionais também se dediquem à pesquisa. Vale a pena!”
Raquel Ponchio
[CREF 042771-G/SP]
O principal leitor da Revista do CREF de São Paulo são os
profissionais de Educação Física e as empresas registradas do
Estado de São Paulo.
Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP
Destaques da Edição 21
76.500 exemplares
COMEMORAÇÃO – A matéria abordou os 10 anos do Sistema CONFEF/
CREFs e os 8 anos de existência do
CREF4/SP, com entrevistas com profissionais de Educação Física que
participaram do processo de regulamentação da profissão.
FISCALIZAÇÃO – A equipe de Agentes de Orientação e Fiscalização foi
apresentada, bem como as novas
aquisições para a realização dos
trabalhos do departamento.
EVENTO – O auditório do CREF4/SP foi
inaugurado com um workshop para
os profissionais sobre “Reciclagem e
Atualização em Atividade Física para
Terceira Idade”, com a conselheira
Maria Alice Corazza. As inscrições
foram feitas pela interatividade do
portal do Conselho. Os participantes
doaram alimentos não-perecíveis ao
Grupo Mãos Amigas.
NOTÍCIAS – Foram publicadas notícias sobre a união dos conselhos
regionais e a lei que fala dobre o
desfibrilador.
EM AÇÃO – O CREF4/SP participou de
audiência com o Ministério Público
do Trabalho para discutir o treinamento adequado no futebol, para os
atletas mirins dos clubes. O Grupo de
Estudos Técnicos de Ginástica Laboral elaborou documento que pode ser
acessado pelo www.crefsp.org.br
Expediente / Editorial
Revista CREF de São Paulo
Periodicidade............................................................Trimestral
Tiragem..................................................... 77.000 exemplares
Publicação oficial do
Conselho Regional de Educação Física
da 4ª Região - CREF4/SP
Rua Líbero Badaró, 377 - 3 º andar
Centro - 01009-000 São Paulo, SP
Telefax: 11 3292-1700
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Atendimento: de segunda a sexta-feira
das 8 às 17 horas
Diretoria
Presidente...................................................... Flavio Delmanto
1º Vice-presidente...................................Margareth Anderáos
2º Vice-presidente.............................. Márcio Tadashi Ishizaki
1º Secretário......................................Marcelo Vasques Casati
2º Secretário...................................Antonio Lourival Lourenço
1º Tesoureiro............................................ Vlademir Fernandes
2º Tesoureiro...........................................Nestor Soares Publio
Conselheiros
Andréa Ferreira Barros Vidal................... CREF 002619-G/SP
Antonio Lourival Lourenço....................... CREF 003040-G/SP
Cícero Theresiano Barros........................ CREF 000107-G/SP
Flavio Delmanto....................................... CREF 000002-G/SP
Georgios Stylianos Hatzidakis................. CREF 000688-G/SP
Hudson Ventura Teixeira.......................... CREF 000016-G/SP
João Omar Gambini................................. CREF 005302-G/SP
Jose Cintra Torres de Carvalho............... CREF 000110-G/SP
Marcelo Vasques Casati.......................... CREF 015211-G/SP
Márcio Tadashi Ishizaki............................ CREF 001739-G/SP
Margareth Anderáos................................ CREF 000076-G/SP
Maria Alice Aparecida Corazza................ CREF 012851-G/SP
Milton Kazuo Hidaka................................ CREF 001014-G/SP
Nelson Gil de Oliveira.............................. CREF 009008-G/SP
Nelson Guerra Junior............................... CREF 000006-G/SP
Nestor Soares Publio............................... CREF 005511-G/SP
Roberto Jorge Saad................................. CREF 000018-G/SP
Rodrigo Rosa Koprowski......................... CREF 005297-G/SP
Sebastião Gobbi...................................... CREF 000183-G/SP
Solange Guerra Bueno............................ CREF 011236-G/SP
Vlademir Fernandes................................ CREF 000021-G/SP
Walter Giro Giordano............................... CREF 000004-G/SP
Comissões
Controle e Finanças
Documentação e Informação
Ética Profissional
Eventos
Legislação e Normas
Orientação e Fiscalização
Preparação Profissional
Especial de Lutas, Artes Marciais
e Esportes de Combate
Especial Editorial
Jornalista e Editora Responsável
Célia Sueli Gennari - MTB 21.650 / CREF 05000-G/SP
Tel.: (11) 9252-3379
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www.vialettera.com.br
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Fotógrafo
César Viégas
Impressão
Gráfica Esdeva
2008: mais um ano de realizações
O
CREF4/SP, cada dia mais estruturado, participou de várias reuniões e ações com o objetivo de dar maior visibilidade ao Profissional
de Educação Física. Dentro de suas atribui-
ções que é fiscalizar, orientar e disciplinar legal, técnica e eticamente o exercício da profissão e defender
a sociedade em sua área de atuação, o Conselho está
evoluindo ano a ano e se destacando entre os conselhos
Flavio Delmanto
regionais de outras categorias, na sociedade e chamando a atenção dos ­órgãos governamentais relacionados à nossa área.
Neste ano, a Unidade Móvel de Atendimento – UMA mostrou a que veio e foi bem
recebida pelos profissionais em todos os locais por onde passou.
O apoio a criação da Associação Brasileira de Ginástica Laboral – ABGL proporcionou encontros com representantes da FUNDACENTRO e ­estudos têm sido
feitos para lançar uma campanha sobre os benefícios da GL. ­Também junto com
o Grupo de Estudos Técnicos em Ginástica Laboral do CREF4/SP, foi elaborado
um documento que presta esclarecimentos sobre a GL que pode ser acessado no
portal do Conselho.
A Educação Física conseguiu papel de destaque na área de saúde e hoje o profissional participa nas UBSs [Unidades Básicas de Saúde], nos Núcleos de Apoio à
Saúde da Família – NASF do Sistema Único de Saúde – SUS e tem mais um campo
aberto de mercado de trabalho nas assistências médicas privadas.
Parcerias foram muitas e outras tantas virão. Uma delas com o CREMESP, para
a elaboração de um projeto conjunto para proteger a população, outras com as
secretarias estadual e municipal de Esportes e Lazer, além do contato constante
com representantes do Ministério dos Esportes.
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Comemoramos os 10 anos de Sistema e 8 anos de CREF4/SP com muita alegria e
esperamos atender sempre e melhor todos os interesses, dentro das atribuições do
Conselho, dos profissionais de Educação Física do Estado de São Paulo.
Sumário
Comemoração. ...............................4
Evento...........................................8
Olimpíadas. ..................................12
Educação Física Escolar.............16
Atuação.......................................20
Em Ação. .....................................23
Notícias. ......................................29
Unidade Móvel de Atendimento. ...30
Registro......................................31
Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP
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Comemoração
Inauguração oficial da sede
marca o Dia do Profissional
Durante as comemorações, foi realizada a cerimônia de inauguração oficial da
sede da entidade, com moderna estrutura para atender aos mais de 65 mil
profissionais registrados no Estado. Além disso, a data marcou os 10 anos de
regulamentação profissional no Brasil e 8 anos de atividades do CREF4/SP
Por Célia Gennari
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As autoridades presentes na mesa de abertura, (da esq. para dir.) Claury Alves da Silva, Orlando Silva, Flavio Delmanto, Jorge Steinhilber e
Walter Feldman, foram os responsáveis pelo descerramento da placa de inauguração do CREF4/SP
A
implantação dos Conselhos Regionais teve início logo após a
aprovação da lei que regulamentou a profissão. No ano seguinte, o presidente Flavio Delmanto,
com o apoio do Prof. Antonio Carlos Pereira, da Secretaria de Esporte, Lazer
e Turismo do Estado de São Paulo, conseguiu a primeira sala para o CREF4/
SP, sob as arquibancadas do ginásio do
Conjunto Desportivo Constâncio Vaz
Guimarães, no Ibirapuera. Em junho
de 2000, a entidade locava seu próprio espaço: uma sala subsolo da rua
Galvão Bueno, no bairro da Liberdade.
Dois anos depois, transferiu-se para o
27º andar do número 377 da rua Líbero
Badaró, no Centro da capital. E, finalmente, em 2006, com 54 mil profissionais registrados, conquistou a sua sede
própria no 3º andar do mesmo edifício. Hoje, com 80 funcionários, a sede
está totalmente equipada para prestar
pronto atendimento aos profissionais,
Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP
inclusive com o já reconhecido trabalho da Unidade Móvel de Atendimento.
Antonio Carlos Pereira contou que
esteve pela primeira vez na sede do Conselho no momento da renovação de sua
Cédula de Identidade Profissional e quando a porta do elevador se abriu, ele ficou
emocionado. “Eu disse: - ‘Essa é a sede
que o Flavio sonhava’. Eu me lembrava
claramente da salinha ao lado da minha,
debaixo de uma arquibancada... É a realização de um sonho”.
PERSONALIDADES
Além do vereador Aurélio Miguel –
ex-atleta medalhista olímpico de judô,
que prestou homenagem ao CREF4/
SP na Câmara Municipal de São Paulo, no dia 29 de agosto – o presidente
Flávio Delmanto recepcionou na sede
do Conselho, entre os 80 presentes, o
ministro dos Esportes, Orlando Silva, o
secretário estadual de Esporte e Turismo, Claury Alves da Silva, o secretário
municipal de Esportes, Lazer e Recreação, Walter Feldman, o presidente do
Conselho Federal de Educação Física –
CONFEF, Jorge Steinhilber, o ex-atleta
de atletismo Zequinha Barbosa e a exsecretária municipal Nádia Campeão,
entre outros presidentes e representantes de federações esportivas.
A importância desses 10 anos de
regulamentação profissional foi destacada pelo ministro Orlando Silva, que
garante ser motivador ver a dedicação do Profissional de Educação Física
trabalhando nos projetos do Governo
“
Para o futuro do
esporte brasileiro, é
uma conquista ter à
disposição profissionais de
Educação Física bem
preparados, de alto nível.
Devemos isso à
regulamentação e à
organização da categoria
Orlando Silva
Ministro dos Esportes
”
Federal, “sempre muito feliz, ligado
naquilo que faz, orientando atividades, sobretudo de crianças e, assim,
construindo o futuro do Brasil”. Ele
manifestou seu apoio às posições do
Sistema CONFEF/CREFs em defesa da
valorização da profissão, ressaltando a importância da regulamentação
para a proteção da sociedade.
Walter Feldman, aproveitou para
argumentar que o professor de Educação Física precisa voltar a ser tão
­valorizado na escola quanto os professores de outras matérias. “Estamos
recuperando o espaço das atividades
físicas nas escolas. Um dos elementos fundamentais para que a criança tenha a sua performance escolar
adequada é a atividade esportiva”.
Quem muito contribuiu para a inserção do Profissional de Educação Física
nas escolas foi o ex-vereador Nelson
Guerra, lembrado por Feldman em
seu discurso. “Ao elaborarmos a Lei
Orgânica do Município de São Paulo,
percebemos que era o momento propício para incluir itens que preparasse o caminho do desenvolvimento da
Educação Física na prefeitura”, comentou Guerra.
Claury Alves compartilha dessa opinião e destacou que a Educação Física
precisa estar presente quando a criança ou o jovem sentir a necessidade de
se identificar com alguma atividade,
não só esportiva, mas qualquer atividade na área cultural.
“
Nos avanços
no esporte tudo se
tem conquistado
por essa parceria
única que tem
ocorrido entre
Município, Estado
e União
”
Walter Feldman
Secretário Municipal
“
O CREF4 vai ser o grande
parceiro na meta de
envol­ver cada vez mais o
esporte nas escolas, pois
poderá nos ajudar muito com
os profissionais de Educação
Física
”
Claury Alves
Secretário Estadual
Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP
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Comemoração
HOMENAGENS
Em um momento de festa e grandes comemorações, não poderiam faltar as homenagens, inicialmente para os integrantes paulistas do primeiro grupo de conselheiros Federais: Flavio Delmanto, Gilberto José Bertevello, João Batista Andreotti
Gomes Tojal e José Maria de Camargo Barros e, na seqüência, para aqueles que também contribuíram de forma decisiva no
processo de regulamentação: Hudson Ventura Teixeira, Jorge Steinhilber e Fernando Henrique Cardoso. O ex-presidente,
lembrado por ter assinado a lei que regulamentou a profissão, não pode comparecer.
estrutura, seria o Conselho. Para mim,
é uma satisfação muito grande esse
reconhecimento da instituição e também ao trabalho que eu fiz em duas
gestões da APEF/SP”.
Conselheiro Marcelo Vasques Casati entrega
placa para o Prof. Gilberto José Bertevello
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Gilberto José Bertevello, conse­
lheiro do CONFEF, destacou a importância do trabalho associativo, “mas
a verdade é que tomamos a iniciativa
quando nos sentimos incomodados. E
eu me sentia incomodado por não ter
uma profissão regulamentada. Então,
me engajei numa luta de muitos. Completo um ciclo de 10 anos. Dediquei
duas vidas ao Sistema. Segundo um autor, que não me lembro o nome, ‘vou
cuidar de outras vidas, agora’”.
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sua preocupação com a formação
dos novos profissionais. Para ele, a
Instituição de Ensino Superior formadora precisa entender que tem
que formar para a atuação no mercado. “Enquanto a Instituição não
estiver preocupada com a qualidade
do aluno, não teremos mudança. A
educação básica também não está
preparando o jovem adequadamente
para ingressar no ensino superior. O
currículo não é um rol de disciplinas
é uma quantidade de conhecimentos
que precisam ser passados integralmente para o futuro profissional”.
Conselheiro Márcio Tadashi Ishizaki entrega
placa para o Prof. Dr. José Maria de
Camargo Barros
Emocionado, José Maria de Camar­
go Barros, também conselheiro do
CONFEF, falou sobre a necessidade de
olhar para o futuro e saber que ainda há
muito o que fazer, “mas já temos algo
para mostrar nesses 10 anos de regulamentação da Educação Física”.
Conselheiro Nestor Soares Públio entrega
placa para o Prof. Jorge Steinhilber
Conselheiro Antonio Lourival Lourenço
entrega placa para o
Prof. Hudson Ventura Teixeira
Outro homenageado do dia, Hudson
Ventura Teixeira, ex-presidente da
APEF de São Paulo, sente-se muito
feliz e realizado, por saber que sempre esteve certo em defender a regulamentação da profissão. “O único
órgão que poderia concretizar essa regulamentação, pela sua organização e
Conselheira Margareth Anderáos entrega
placa para o Prof. Dr. João Batista Andreotti Gomes Tojal
O 1º vice-presidente do CONFEF,
João Batista Andreotti Gomes Tojal,
aproveitou para comentar sobre a
Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP
Para Jorge Steinhilber, presidente do CONFEF, receber homenagem
em sessão solene, tanto na Câmara dos Deputados como no Senado
Federal, deve ser uma questão de
orgulho para todos os profissionais
de Educação Física do País. Estar
presente em hospitais, em clínicas,
no SUS, fazer parte da saúde da família e de outros projetos públicos,
sentando à mesa com governantes,
elaborando políticas públicas e colaborando na execução é um reconhecimento de que o Profissional
de Educação Física não é aquele esportista ou apenas responsável pelo
exercício físico. Mas sim, é o profissional que faz acontecer.
Além das personalidades, estiveram presentes presidentes e representantes de federações esportivas
GARRA, DETERMINAÇÃO E TRANSPARÊNCIA
Conselheiro Vlademir Fernandes entrega placa para o Prof. Flavio Delmanto
Muito lembrado pelas celebridades presentes e homenageados
pela sua garra e determinação, Fla-
vio Delmanto, presidente do CREF4/
SP desde sua criação, fez questão de
lembrar em seu discurso da importân-
cia da dedicação e colaboração de
todos os conselheiros e profissionais
que participaram do processo de
regulamentação direta e indiretamente, da primeira funcionária do
CREF4/SP Izabel Gertrudes, e do
empenho da gerente geral Clarice
Pinheiro Machado a frente dos 80
funcionários do Conselho.
Delmanto encerrou a solenidade
no auditório do CREF4/SP com as seguintes palavras: “A cada ano estamos fazendo do Conselho Regional de
Educação Física do Estado de São Paulo um mecanismo forte e atuante, de
forma a assegurar os direitos da população, conscientizando-a dos benefícios promovidos pela nossa profissão
e, conseqüentemente, consolidando
o seu reconhecimento. Sabemos que
temos ainda muito por fazer... Parabenizo a todos os profissionais que
se dedicam à profissão, seguem a
lei, respeitam seus alunos e clientes
e prezam, acima de tudo, pelo bemestar da sociedade, com responsabilidade e ética”.
Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP
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Evento
Encontro reúne coordenadores
de IESs de Educação Física
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D
e 12 a 14 de setembro, o CREF4/
SP realizou o Encontro de Diri­
gentes de Escolas Superiores de
Educação Física do Estado de
São Paulo, no Hotel Bourbon, em Atibaia.
Ao todo 69 faculdades de Educação Físi­
ca estiveram representadas.
O presidente do CREF4/SP, Flavio
Delmanto, abriu o ciclo de palestras no
dia 13 com uma apresentação do Con­
selho. Na seqüência, a Profª. Drª Mar­
gareth Anderáos falou sobre o Sistema
Nacional de Avaliação do Ensino Supe­
rior (SINAES); o Prof. Dr. Amauri Apare­
cido Bassoli de Oliveira principalmente
sobre o INEP; e o Prof. Dr. João Batista
Andreotti Gomes Tojal, comentou so­
bre os Procedimentos das Comissões de
Avaliação e as possibilidades de autori­
zação, reconhecimento e renovação de
reconhecimento dos cursos superiores
de Educação Física. Após as palestras
aconteceu o Fórum de debates e a dis­
cussão do estatuto do Conselho de Diri­
gentes de Escolas de Educação Física do
Estado de São Paulo (CONDEEFESP).
No dia 14, o tema foi "O perfil pro­
fissional necessário frente às novas de­
mandas de Mercado", com a Profª. Maria
Luiza de Souza Dias [SESC], Prof. Már­
cio Tadashi Ishizaki [Ginástica Laboral],
Profª. Rosângela Martins de Araújo Ro­
drigues [SESI], Prof. Guilherme Moscardi
[Academia], Prof. Roberto Jorge Saad
[Carreira Acadêmica] e Prof. Alexandre
Romero [Representante do CREF4/SP
no Conselho de Saúde]. E, ainda, hou­
ve tempo para debates e a divulgação
do resultado da eleição da diretoria do
CONDEEFESP.
INFORME-SE PELA INTERNET
É importante que os dirigentes e demais interessados, visitem diariamente os
sites oficiais, onde podem obter muitas informações sobre o processo formativo,
de intervenção, de capacitação de recursos, para potencializarem seus cursos e
as ações que desenvolvem na direção deles. Assim, temos: INEP [www.inep.gov.
br], onde está acessível o Manual de Avaliação de Reconhecimento; MEC [www.
mec.gov.br], onde tem várias notícias atualizadas sobre o processo da educação;
Ministério do Esporte [www.esporte.gov.br], que tem matérias sobre o Programa
Segundo Tempo, coordenado pedagogicamente pelo Prof. Amauri Bassoli desde
2007, um programa que emprega 4 mil profissionais da área e coloca 12 mil aca­
dêmicos fazendo seus estágios com programas sociais.
Também não deixe de consultar o site do Conselho Nacional de Desenvolvi­
mento Científico e Tecnológico (CNPq) [www.cnpq.br] e o da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) [www.capes.gov.br].
Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP
Sistema Nacional de Avaliação
da Educação Superior
O
SINAES [criado pela Lei
n° 10.861, de 14 de abril de
2004] é formado por três com­
ponentes principais: a ava­
liação das instituições, dos cursos e do
desempenho dos estudantes. Os pro­
ces­sos avaliativos são coordenados e
supervisionados pela Comissão Nacio­
nal de Avaliação da Educação Superior
(CONAES) e a operacionalização é de
responsabilidade do Instituto Nacional
de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (INEP).
Há dois tipos de avaliação: a autoavaliação feita pelas Comissões Pró­
prias de Avaliação (CPAs) e a avaliação
realizada pelas comissões do INEP.
As CPAs, previstas no Art. 11 [Lei n°
10.861, de 14 de abril de 2004] e cons­
tituídas no âmbito de cada instituição de
educação superior, têm por atribuição a
coordenação dos processos internos de
avaliação da instituição, de sistemati­
zação e de prestação das informações
solicitadas pelo INEP. Para a Profª. Drª.
Margareth Anderáos, é importante que
as IES trabalhem de forma autônoma e
independente, pois a auto-avaliação, ou
avaliação interna, pode promover me­
lhorias e serve para repensar a atuação
e reorganizar a prática. “É um processo
cíclico e permanente, criativo e renova­
dor”. O Prof. Dr. Amauri Aparecido Bas­
soli de Oliveira lembra que quanto mais
isenta a constituição dessa comissão em
relação à gestão da própria instituição
melhor será, pois facilita e dá clareza
ao processo avaliativo.
O INEP disponibiliza o Instrumento
de Avaliação de Curso para preenchi­
mento, que permite Reconhecimento
e Renovação de Reconhecimento de
Cursos Presenciais e à Distância: Bacha­
relado, Licenciatura, Tecnológico, (On
line). A matriz de construção do instru­
mento contempla três categorias nas
quais estão presentes indicadores que
atendem as dimensões constantes da lei
do SINAES.
A avaliação dos cursos de graduação
é realizada por Comissões Externas de
Avaliação de Cursos, designadas pelo
INEP, constituídas por especialistas em
suas respectivas áreas do conhecimento,
cadastrados e capacitados pelo INEP.
“Quando vamos fazer a visita, faze­
mos contato com a CPA da IES, que já
tem um relatório com as deficiências
apontadas. A pergunta será, quais as
ações da instituição para melhorar o que
a CPA aponta em seus relatórios?”, co­
mentou Prof. João Batista Tojal. Ou seja,
“é preciso valorizar a CPA, porque é ela
a ‘ponta da lança’ para a Comissão de
Avaliação”.
Margareth chamou a atenção para
o conceito final, onde a IES recebe o
Instrumento com os quesitos Organiza­
ção Didático-Pedagógica, Corpo docen­
te, discente e técnico-administrativo e
Instalações físicas.
Na Organização Didático-Pedagógica há os seguintes Grupos de In­
dicadores: Administração Acadêmica
– coordenação e colegiado de curso;
Projeto Pedagógico do Curso – concep­
ção, currículo e avaliação; Atividades
Acadêmicas Articuladas à Formação –
prática profissional e/ou estágio, TCC e
atividades complementares; e ENADE.
Alertou que as Comissões querem ter
atas assinadas pelos profes­sores e que
não adianta correr o ­risco de inventar es­
ses documentos na última hora. Também
ressaltou que é ­observada a coerência
do projeto político pedagógico. Está na
lei do SINAES que os responsáveis pela
prestação de informações falsas ou pelo
preenchimento de formulários e relató­
rios de avaliação que impliquem omissão
ou distorção de dados a serem fornecidos
responderão civil, penal e administrati­
vamente por essas condutas.
No Corpo docente, discente e técnico-administrativo é preciso ver o perfil
do docente. “Afinal, é muito valorizado
pelas Comissões que esse professor fique
na instituição”, explicou Margareth. É
importante verificar como é feita a aten­
ção aos discentes, tanto pelo coordena­
dor do curso quanto pelos professores e
saber se existe, e há quanto tempo, o
Corpo Técnico-Administrativo.
Sobre as bibliotecas, no item Instalações físicas, Margareth comentou
que hoje em dia a Comissão pede nota
fiscal para comprovar a sua existência.
“Elas devem ter adequação do acervo
à proposta do curso. E sobre a práti­
ca de serviço à comunidade, esta deve
acontecer através de programas que os
alunos realizem”.
Infelizmente, Margareth tem perce­
bido que as Comissões autorizam cursos
que não poderiam ser autorizados. De
qualquer forma, afirmou que o conheci­
mento gerado a partir de todo o proces­
so de avaliação deve ser disponibilizado
à comunidade, via boletim, explicando
“
Os coordenadores das
IES precisam entender que a
categoria é que fez o CREF4/
SP. A nossa preocupação é
que o profissional saia
capacitado para o mercado
de trabalho
”
Flavio Delmanto
Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP
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Evento
o que aconteceu e o que vai ser feito a
curto, médio e longo prazo.
Amauri Bassoli, fez alguns comentá­
rios preliminares de grande importância.
Segundo ele, falar em avaliação é sem­
pre um problema, mas isso faz parte de
um processo de aprendizagem.
“
Temos uma deficiência
muito grande de profissionais
atuando em Programas
Sociais. Como os cursos
podem contribuir num
processo formativo
adequado para suprir
essa necessidade?
”
Amauri Bassoli
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Sem um processo de avaliação ade­
quado não há possibilidade de um avan­
ço em relação a qualquer uma das áreas
que se venha a desenvolver. Essa avalia­
ção é colaborativa, participativa e tem
o intuito de, realmente, melhorar signi­
ficativamente todo o processo, que tem
que ser entendido pela comunidade.
Amauri explica que é preciso ter indi­
cadores adequados para que as ações e
as políticas públicas possam atender às
necessidades apontadas.
Um pouco de história - Em 1969,
na Universidade Federal do Paraná co­
meçaram as primeiras discussões sobre
a formação do Profissional de Educação
Física [a formação era de 3 anos]. Em
1979, uma comissão começa a discu­
tir o currículo e em 1987, foi aprova­
da uma nova diretriz [nº 03/07] para
o processo de formação. “Inicialmente
muito criticada e posteriormente muito
elogiada”, comentou Amauri, um dos
autores dessa ação, que para ele foi
extremamente significativa para a área
de Educação Física. “Fomos um dos pri­
meiros cursos a colocar o trabalho de
conclusão [monografia]”, lembrou.
Foi feita uma pesquisa nacional dos
cursos de graduação sobre a Resolução
nº 03/87 com retorno positivo, o que
deu suporte à comissão de especialis­
tas que estava no INEP e na Secretaria
de Educação Superior (SESu/MEC) para
a constituição das novas diretrizes.
“Quando fomos discutir as diretrizes
curriculares, o CONDEEFESP Brasil tam­
bém teve a sua participação, por isso é
importante fortalecer essa associação,
para que se possa avançar e ter repre­
sentatividade nas discussões nacionais
em qualquer uma das instâncias”.
Para ele, em termos de diretriz es­
tamos bem amparados, mas advertiu
que é muito ruim o coordenador que
não sabe como essas leis [bacharelado
e licenciatura] foram organizadas e in­
formou que elas aconteceram em nível
da Secretaria de Ensino Superior, do
Ministério da Educação, e que vêm de
outras áreas, especialmente da Peda­
gogia. “Entendo que alijeirar esse pro­
cesso significa captar mais alunos, mas
as Resoluções nº 01/02 e a nº 07/04
são claras: licenciatura é um programa
independente e bacharelado é outro.
Trata-se de um equívoco, que tem que
ser entendido pelo coordenador, para
que ele consiga esclarecer adequada­
mente os seus alunos”.
O coordenador tem que estar dis­
cutindo essas questões legais, para que
quando a comissão do INEP chegar para
fazer a entrevista com os alunos eles sai­
bam responder adequadamente às per­
guntas sobre os cursos que estão fazen­
do. “Preferimos encontrar verdades nos
­coordenadores e na estrutura. Se tentar
enganar a comissão vai ser pior”.
Ficou a cargo do Prof. Dr. João Ba­
tista Tojal, que também estava repre­
sentando o presidente do CONFEF, falar
sobre os procedimentos das Comissões
de Avaliação e as possibilidades de au­
torização, reconhecimento e renovação
“
O Conselho não define
regras de formação, o
Conselho segue a lei
estabelecida pelo MEC
na formação
”
João Batista Tojal
de reconhecimento dos Cursos Superio­
res de Educação Física. Sua palestra foi
clara e precisa, fez vários alertas, co­
mentou sobre ética e a visão da socie­
dade. Aproveitou também para criticar
a situação da Educação Física Escolar,
orientou o que é preciso fazer para ser
coordenador de curso de graduação de
Educação Física e passou um questiona­
mento para todos os presentes pensa­
rem: Qual é a missão de sua instituição? Segundo Tojal, se a IES não tiver
qualidade para conhecer sua missão,
perfil e desenvolvimento, não consegui­
rá aprovar o seu curso.
O que mudou? Segundo Tojal, com
a criação da CONAES, do Ministério da
CONCLUSÃO
Para Amauri Bassoli, que estuda formação pro­
fissional e contribui com o INEP e a SESu desde
1997, esse encontro promovido pelo CREF4/SP tem
que acontecer anualmente. A legislação é mui­
to dinâmica e tem aplicação direta no exercício
profissional do dirigente da IES. Um dirigente não
pode assumir a direção sem estar atualizado em
relação à legislação pertinente, pois ele tem que
ter como base todos esses aparatos legais para que
dê uma fundamentação adequada ao exercício. A questão ética também é fun­
damental. “Ética é a construção de uma vida. Trabalhar eticamente significa
cumprir o que a legislação determina, mas antes de tudo, enquanto profissio­
nal e cidadão, atender aquilo que é o anseio da sociedade e proporcionar uma
formação competente e de qualidade”, alertou.
Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP
Educação, comissão deliberativa com­
posta por 13 membros, que coordena
e supervisiona o SINAES, temos quem
integre os instrumentos, estabeleça
diretrizes para a organização e desig­
nação das comissões e defina políticas
de recrutamento e capacitação de ava­
liadores. “Acontece que o INEP muitas
vezes tem mais agilidade do que a pró­
pria CONASE”.
Lembrou que agora temos na coorde­
nação do INEP e diante do processo de
avaliação de nível nacional de formação,
uma representante da Educação Física.
“Temos que dar todo o apoio para que ela
desempenhe bem o seu papel e fortaleça
o nosso reconhecimento como uma área
importante dentro desse processo”.
11
Ano IX
●
nº 22
●
dezembro
●
2008
Encontro contou com a participação de 69 representantes de Instituições de Ensino Superior
CONDEEFESP: RESULTADO DAS ELEIÇÕES
Os coordenadores eleitos para compor o Conselho De­
liberativo do CONDEEFESP foram: Margareth Anderáos
– ­FEFISA, Valter Brighetti - C.U. VOTUPORANGA, Roberto
Jorge Saad – UNIFRAN, Georgios Stylianos Hatzidakis – UNI­
BAN, Ricardo Prado – ANHEMBI MORUMBI, Maurício Aníbal
Delgado – UNIPINHAL, Viviane Kawano Dias – UNIJALES, José
Carlos de Almeida Moreno – FAFIBE, Lara Azevedo Mattos
– UNIMONTE, Nestor Donizette de Moura – UNICASTELO e
Jorgeta Zogueib Milanezi – FIB.
Os coordenadores eleitos para compor o Conselho Fiscal:
Luiz Marcelo Ribeiro da Luz – METODISTA, João Carlos Teixei­
ra S. Barros – UNISANTA, Paulo Sérgio Bereoff – FAITA, Pedro
Paulo A. Maneschy - Inst. Mairiporã, Flávio Piloto Cirillo – SA­
LESIANO e Luiz Fernando Costa de Lourdes – FAAC.
Georgios Stylianos Hatzidakis informou que a data de
fundação de fato do estatuto do
CONDEEFESP será considerada
1988 e a de direito passa a vi­
gorar a partir da data da elei­
ção – 14 de setembro de 2008.
O então, presidente interino,
manifestou sua alegria com a
eleição do Conselho e do inco­
modo que era para ele represen­
tar o mesmo sem legitimidade,
Roberto Jorge Saad é o
já que todos os outros CONDEE­
presidente eleito
FESPs do país estão organizados.
“Temos o desafio de reunir os 140 coordenadores, diretores ou
dirigentes de Cursos de Educação Física do Estado de
São Paulo”.
Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP
Olimpíadas
Fórum discute Esporte Olímpico
O
CREF4/SP, com a Rede Record
e o portal Terra, apoiou o 1º
Fórum de Desenvolvimento
do Esporte Olímpico no Brasil,
realizado em São Paulo, nos dias 31 de
outubro e 1º de novembro, no Centro
Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (UniFMU). Para o presidente do CREF4/SP, Flavio Delmanto, um dos
coordenadores do Fórum, o evento é importante para a discussão do Olimpismo
e o legado que ele trás para um país.
Segundo Rejane Penna Rodrigues,
secretária de Desenvolvimento de Esporte e de Lazer, paz entre os povos,
alegria de viver, respeito à multidiversidade, cultura como alicerce de
uma educação olímpica, são valores
centrais no humanismo, por isso, “temos nas Olimpíadas marcos evolutivos
importantes, não só na Educação Física e nos Esportes, mas também para
as nações”.
Ricardo Leyser, que representou o
ministro dos Esportes, Orlando Silva,
comentou que estavam ali para pro-
duzir um material acadêmico e um
conteúdo que influenciará a política
pública e as ações do governo federal
no esporte.
De Pequim – Carol Albuquerque
[vôlei], Leandro Guilheiro [judô], Daniel Dias [natação], Paulo Cocco, auxiliar técnico da Seleção Feminina de
Vôlei e Yumi Yamamoto Sawasato, árbitra internacional de ginástica artística
[destaque de arbitragem] estiveram
presentes e colaboraram com as discussões do primeiro dia do evento.
Brasil nos Jogos de Pequim
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Ano IX
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nº 22
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dezembro
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2008
A participação do Brasil em Pequim
foi a segunda melhor da história dos
jogos olímpicos, excluindo o resultado
de Atenas, da década de 80, quando
houve o boicote. Igualamos em Pequim a nossa melhor performance no
número de medalhas em Atlanta e em
esportes que ainda não tínhamos. Destaque para o ouro na natação, no atletismo, no vôlei, no judô, na vela e no
tae-know-do femininos.
Entre Atenas e Pequim, aumentamos
as medalhas de 10 para 15 no total e nos
esportes de 6 para 7. As femininas aumentaram de 2 para 6 e as masculinas de 8
para 9. Crescemos em medalhas de bronze de 3 para 7, de prata de 2 para 4 e só
diminuímos em medalhas de ouro de 5 em
Atenas para 3 em Pequim. Para Djan Garrido Madruga, secretario nacional de Esporte de Alto Rendimento, isso se chama
“fator China”, porque a China, em Atenas, conquistou 32 ouros e, em Pequim,
aumentou para 51, ou seja, “tirou medalha de 13 países, inclusive do Brasil”.
A Europa é a maior medalhista de
ouro [126], depois vem a Ásia [91] e, no
meio estão as Américas [56]: a do Norte
com 41 medalhas, a Central com 10 e a
do Sul com 5. Com esses números, Djan
mostrou que ganhar ouro em Olimpíadas
não tem nada a ver com o desenvolvimento esportivo de uma nação. Segundo
ele, dos 30 fracassos de Pequim só teve
o caso de um brasileiro. “Falhar, ganhar
ou perder numa Olimpíadas é normal e a
mídia precisa entender isso”.
PARAOLIMPÍADAS – Embora haja uma
participação desde 1972 no esporte paraolímpico, em 2000 o Brasil foi 24º, em
Atenas foi 14º e em 2008, 9º lugar com
16 ouros. Somos top 10 do planeta, atrás
da China com 89 ouros, Reino Unido/Inglaterra com 42, entre outros. Canadá
ficou um pouco à frente em 7º lugar e
no Pan-americano ficamos a frente do
Canadá. “Isso desmistifica que jogos
pan-americanos são referência para as
Olimpíadas. São competições diferentes
e é ruim para nós termos Pan-americano
antes das Olimpíadas, porque cria uma
expectativa desnecessária”.
De Atenas para Pequim aumentamos
o total de 33 para 47 medalhas. De 14
para 16 ouros, de 12 para 14 pratas, de
12 para 17 bronzes. E, no masculino, de
22 para 34 medalhas. Enquanto que nas
Olimpíadas conquistamos apenas 3 ouros
e ficamos na 23ª posição. Parece que o
Brasil se tornou a potência paraolímpica enquanto que nos esportes olímpicos
não chegou perto. Mas, para Djan, isso
não reflete a realidade do país no que se
refere a indicadores de saúde da população, quantidade de áreas desportivas e
desenvolvimento científico tecnológico.
Nas Olimpíadas são distribuídas 950
medalhas entre 12 mil atletas, enquanto que na Paraolimpíadas são 1400 para
4200 atletas. Portanto, é mais fácil ganhar medalhas nas Paraolimpíadas do
que nas Olimpíadas e os recursos disponíveis são diferentes.
O resultado do Brasil fica abaixo das
expectativas, primeiro por causa do recurso insuficiente em comparação com
os países top 10, segundo em razão da
política inadequada para distribuição de
recursos e cobranças de resultados e, por
último, pela falta de centros de treinamentos [CT]. “A ginástica conseguiu resultado porque tem um CT em Curitiba,
o vôlei tem um em Saquarema, mas não
temos ainda um CT olímpico no Brasil”,
concluiu Djan Madruga.
Lançamento
O livro “Legados de Megaeventos
Esportivos” é resultado de uma parceria entre o Ministério do Esporte e
o Conselho Federal de Educação Física – CONFEF, com o apoio do SESIDN, SESC Rio e Universidade Gama
Filho-RJ. Rejane Penna Rodrigues e
Lamartine P. Da Costa, dois de seus
organizadores, fizeram a apresentação da obra no Fórum. O livro tem
distribuição gratuita em papel e
acesso livre pela Internet no site do
CONFEF – www.confef.org.br
O Fórum foi uma promoção do Ministério do Esporte em parceria com o Complexo Educacional FMU e o
Centro de Estudos Olímpicos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS.
Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP
Destaque
Treinador da medalha de
ouro olímpica
Nélio Alfano Moura
[CREF 006442-G/SP],
45 anos, formado pela
FEC do ABC [hoje UNIABC]
é treinador da atleta
medalhista olímpica
Maurren Maggi. Maurren ­
conquistou a primeira medalha
de ouro do atletismo feminino,
na história dos Jogos Olímpicos,
na prova do salto em distância, com
a marca de 7m04, conseguida já no
primeiro salto. Com esse resultado,
Nélio Moura se tornou um dos mais
importantes treinadores de saltos
horizontais da história do atletismo.
Em Pequim, o brasileiro ajudou dois
de seus atletas a conquistarem o ouro
olímpico: Maurren Maggi (Brasil) e
Irwin Saladino (Panamá). Atleta e
treinador brasileiros são do Clube de
Atletismo BM&FBOVESPA.
Por Célia Gennari
CREF4/SP – Qual o início da sua história no atletismo?
Nélio Alfano Moura – Fui atleta especializado no salto triplo.
Comecei no Ibirapuera e passei pelo E.C.Pinheiros.
Quando terminei a faculdade, com quase 20 anos,
comecei a trabalhar e aos poucos parei de treinar.
Trabalhava durante a semana inteira em São Paulo,
dando aula num monte de lugar e sábado e domingo
trabalhava em Lençóis Paulista. Para mim foi uma
­escola. Quando eu me lembro e olho para trás, penso “que loucura”, não sobrava um dia para mim.
CREF4/SP – Quando você começou a trabalhar com a
­Maurren Maggi?
Nélio – Desde 1984 trabalho no Ibirapuera e em 1994 entrei
no Centro de Excelência Esportiva [conhecido por
“Projeto Futuro”], no mesmo ano em que Maurren
foi selecionada e passou a participar do projeto e
dos treinamentos do nosso grupo.
CREF4/SP – A dedicação do treinador influi nos resultados
do atleta?
Nélio – Para trabalhar nesse nível, a dedicação tem que ser
pelo menos tão grande quanto a do atleta. É preciso
se manter atualizado e dedicar muitas horas do seu
dia para um esforço que é mais invisível, porque as
pessoas só vêem o trabalho realizado na pista. No
entanto, talvez eu passe mais tempo fora da pista,
organizando, planejando os treinos e controlando o
que foi feito, do que efetivamente aplicando. Faço
toda a organização da temporada, o chamado “controle de treino” e com ele tentamos identificar os
efeitos que o treino teve ou está tendo para o atleta. É um processo contínuo, no qual fazemos as modificações necessárias para atender os objetivos com
cada um deles.
CREF4/SP – Com o que o futuro treinador tem que se preocupar?
Nélio – Tem que ter um bom nível de conhecimento em diferentes áreas. Claro que tem conteúdo específico da
modalidade, as questões técnicas das provas que se
escolhe trabalhar, mas junto com isso tem as questões da biomecânica, da fisiologia e da psicologia.
Temos de estar atualizados com as novas tendências
da organização e da teoria do treinamento que são
extremamente importantes e saber o que podemos
aplicar na nossa realidade.
Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP
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Ano IX
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2008
Olimpíadas
CREF4/SP – O que tem sido feito no Brasil para melhorar a
qualidade dos treinadores?
Nélio – O Brasil está envolvido com programas de certificação de treinadores da Federação Internacional.
Praticamente, exigimos que nossos treinadores façam os cursos da Internacional níveis I, II e assim
por diante. Mas temos discutido a possibilidade de
implantarmos um programa de certificação de treinadores feito para o Brasil, não apenas seguindo o
programa da Internacional. Também esperamos a
atuação das entidades, das universidades e do próprio CREF4/SP no estímulo à capacitação dos profissionais de Educação Física.
14
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2008
CREF4/SP – É preciso muitos anos para formar um bom
treinador, da mesma forma que o atleta?
Nélio – Para formar o atleta costumo dizer 10 anos, porque
é um número redondo mas, no mínimo, seis anos.
Não dá para pensar em ter resultados a curto prazo, em um ciclo. Da mesma forma, também, demora para formar um treinador de alto nível, porque
ele precisa de experiência, estar atuando e, além
de muito conhecimento teórico, refinar o conhecimento na prática. Então, a formação dele nos cursos, não só na faculdade, tem que ser contínua e vai
demorar alguns anos para que ele realmente tenha
competência para atuar nesse nível mais alto. A formação é fundamental.
CREF4/SP – Como fazer com que o jovem tenha consciência do efeito das drogas ilícitas?
Nélio – O fundamental é que estamos tendo a oportunidade de termos um envolvimento maior de jovens
com a modalidade e com o esporte de maneira geral. É nesse momento que você vai formar no atleta
essa consciência, até ética, com relação ao que ele
vai fazer dentro da pista, da quadra ou piscina. Se
ele crescer achando que tudo vale vai chegar um
SOBRE ANABOLIZANTES
“Há cerca de 20 anos, quando praticamente não existia exame antidoping no país, publiquei o artigo ‘Um alerta: a epidemia do doping já conquistou o Brasil’*. Aliás,
mesmo nas competições internacionais era muito difícil
dar algo positivo com atletas de alto rendimento, porque
o sistema de teste era falho. Felizmente, teve o caso do
Ben Johnson e de lá pra cá ficou tudo muito mais eficiente. Hoje, temos um bom controle tanto internacional
quanto brasileiro. Para mim, tudo tem que ser feito de
uma maneira honesta. Não dá para pensar em continuar
fazendo esporte se tiver gente burlando, obtendo benefício indevido, em função do uso de substância ilegal”.
*Moura, N.A. Um alerta: a epidemia do doping já conquistou o Brasil. Revista Brasileira de Ciência e Movimento.
Volume 2, número 1, pp 43-44, 1988.
Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP
“
Quando eu venho para a pista
eu penso, ‘vou
plantar a minha sementinha
de hoje’
”
momento em que vai se deparar com a oportunidade de usar droga e vai usá-la. Então, ele tem que
crescer querendo competir e saber o quanto vale
de verdade, seguindo as regras e sem drogas.
CREF4/SP – Qual o nível dos atletas brasileiros no cenário
mundial?
Nélio – O Brasil tem evoluído em todas as atividades mas,
particularmente, nos saltos, somos uma das potencias mundiais. Se existisse um campeonato mundial
só de saltos horizontais, acredito que o Brasil seria um dos favoritos. Temos tido grandes resultados
com excelentes atletas, principalmente no salto em
distância e no triplo, tanto no masculino quanto no
feminino. Esse progresso não aparece muito porque
a imprensa normalmente conta apenas o número de
medalhas conquistadas. Agora, quando começamos a
contar número de atletas ranqueados, entre os 50 ou
30 do mundo, aí podemos dizer que há, pelo menos,
uma tendência de melhora. Para as Olimpíadas da
China, traçamos uma meta e a atingimos. A medalha
da Maurren foi a cereja no bolo.
CREF4/SP – Como melhorar esses resultados?
Nélio – Temos poucos programas de detecção de talentos
e desenvolvimento inicial. Talvez, hoje, tenhamos
muitos professores que podem trabalhar no mais alto
Destaque
nível, com atletas medalhistas, campeões olímpicos.
No entanto, pecamos muito nesse primeiro passo que
é o básico. Para desenvolver um atleta olímpico é
preciso primeiro descobri-lo.
programas pequenos, que têm sido muito consistentes ao longo dos anos, mas algo mais sistemático, não tenho dúvida, vai gerar uma explosão de
moleques despontando.
CREF4/SP – Temos condições ideais para treinamento?
Nélio – Temos a mesma qualidade aqui e no exterior e conseguido, cada vez mais, uma infra-estrutura que
se assemelhe ao que encontramos lá fora, onde as
instalações são melhores. No entanto, tanto a preparação da Maurren quanto do panamenho foi feita
aqui. Passamos apenas dois meses – fevereiro e julho
– treinando na Espanha, usando um centro excelente, mas também com algumas carências de recursos. Precisamos multiplicar a quantidade de centros
de treinamento com boas condições aqui no Brasil.
Nesses locais poderemos trabalhar do começo até a
medalha olímpica.
CREF4/SP – Você participa de algum programa da Federação ou da Confederação?
Nélio – Sou membro do Conselho Técnico Consultivo da Confederação Brasileira de Atletismo, um grupo de treinadores que assessora a presidência. É um programa
bem interessante que já existe há bastante tempo.
“
Nos saltos, somos uma das
potencias mundiais
”
CREF4/SP – Que características seus dois medalhistas têm
que chamam mais a atenção?
Nélio – Acho até que eles têm características interessantes
em comum mas que, na verdade, é comum para todo
mundo que atinge resultados desse nível. Eles têm
uma pré-disposição fantástica, um talento excepcional e são muito esforçados. Mas não basta, por isso
que mesmo tendo essa condição natural, eles treinam para valer. Não quer dizer treinar o máximo que
podem, mas sim de maneira inteligente, buscando o
máximo de rendimento.
CREF4/SP – Qual sua perspectiva para o atletismo brasileiro?
Nélio – É a mais positiva possível. Primeiro em função
da medalha da Maurren, que vai atrair mais investimento para a modalidade. Segundo porque
já estamos vendo uma movimentação importante
no sentido de corrigir a nossa falha nos estágios
iniciais. Já temos três iniciativas grandes sendo
colocadas em prática em busca de talentos. Uma
de um grupo de Bragança Paulista que está fazendo um projeto de detecção de talentos em todas
as áreas do Brasil. Outra se trata de um programa
do SESI, em convênio com a Federação Brasileira
de Atletismo. E, finalmente, um programa da Cia.
do Vale do Rio Doce com atletismo, natação e, se
não me engano, judô. Eles têm planos de implantar mais de 20 centros de detecção pelo país. Se
conseguirem fazer com que isso dure pelo menos 8
anos, tenho certeza que em dois ciclos olímpicos
teremos resultados muito mais expressivos do que
tivemos agora em Pequim. Hoje, já existem alguns
CREF4/SP – Como é o Nélio treinador?
Nélio – Difícil me definir. Procuro ser amigo dos atletas,
até porque convivemos por tanto tempo e se não
tivermos uma relação legal, fica pesado para os
dois lados. Sob o aspecto mais profissional, tento
ser organizado e planejo tudo, mas sabendo que
um dos pontos fortes do planejamento é justamente a sua flexibilidade.
CREF4/SP – Qual a importância da sua profissão?
Nélio – Quando eu venho para a pista eu penso, “vou plantar
a minha sementinha de hoje”. Um treino pode não fazer muita diferença num contexto global, mas quando
você começa a plantar um monte de sementinhas, dia
após dia, lá na frente você vê uma floresta crescendo.
Acho que é isso que os profissionais da área têm feito.
Todo dia vêm para a pista, quadra, escola, piscina,
trabalhar com um monte de gente e com a preocupação de plantar uma sementinha e, seguramente,
depois de um tempo, vamos colher muita coisa boa
expressa na formação deles, não só como atleta, mas
também como pessoa.
15
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dezembro
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2008
Última Notícia
TÉCNICOS SÃO PREMIADOS
José Roberto Guimarães [vôlei], Nélio Moura e Amaury
Veríssimo [atletismo] foram escolhidos pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) como os Melhores Técnicos do Ano. Moura é
o melhor técnico de esportes individuais, Zé Roberto, de
esportes coletivos e Veríssimo, melhor técnico paraolímpico. Os vencedores foram homenageados na festa do
Prêmio Brasil Olímpico, organizada pelo COB no Teatro
do MAM, no Rio de Janeiro, no dia 16 de dezembro. Em
2007, o prêmio foi dado ao técnico da seleção masculina
de judô, Luiz Shinohara.
Os melhores atletas do ano foram escolhidos pelo
público, via internet. Confira o resultado através do site
www.premiobrasilolimpico.com.br, ou www.cob.org.br,
do Comitê Olímpico Brasileiro.
Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP
Educação Física Escolar
Proposta Curricular da Secretaria
da Educação
A Revista CREF de São Paulo esteve com Sérgio Roberto
Silveira, da Secretaria da Educação e com o
professor Mauro Betti, um dos autores da atual proposta
curricular da rede estadual de ensino para esclarecer
alguns de seus aspectos
E
16
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nº 22
●
dezembro
●
2008
m meados de agosto de 2007,
a Secretaria da Educação do
Estado de São Paulo começou a formar uma equipe,
com assessores e membros da equipe
técnica da CENP – Coordenadoria de
Estudos e Normas Pedagógicas, a fim
de elaborar uma proposta curricular
para todas as disciplinas da rede estadual, ou seja, organizar e sistematizar o currículo, tendo em vista a necessidade de melhorar o desempenho
da educação no Estado, a partir dos
resultados das avaliações externas
de ensino.
Desde 2003, segundo Sérgio Roberto Silveira, que faz parte da equipe da CENP e é responsável pela Educação Física Escolar, a Secretaria de
Educação está investindo fortemente
na educação continuada de professores, na estruturação e na metodologia de ensino a ser trabalhada, que
parte da concepção do Projeto Ensinar e Aprender [2000], que procurava
tratar da correção de fluxo de alunos
em defasagem idade/série. Esse projeto mostrou a possibilidade de não
só trabalhar a Educação Física como
a prática pela prática, mas uma prática contextualizada, em que se observa o ensino e a assimilação de um
conhecimento. E foi dessa experiência bem-sucedida que se iniciou as
discussões que se esperava da rede
e no que as universidades poderiam
contribuir, para a nova versão da
proposta curricular.
A partir de algumas diretrizes gerais que devem seguir todas as disciplinas [*], existe a Proposta Curri-
cular específica da Educação Física,
na qual estão os objetivos gerais da
concepção da disciplina com quadros
discriminando todos os conteú­dos
desde a 5ª série até o Ensino Médio.
Essa proposta foi elaborada e está
sendo implementada nas escolas
desde março de 2008.
A Proposta Curricular anterior
data de 1992, com orientações ainda
muito gerais, principalmente no Ensino Médio. Houve uma tentativa de
reestruturar o conhecimento a ser
ensinado e “agora se contou com a
oportunidade de fazer uma releitura do papel e do que se entende por
Educação Física na escola, e ousar
em propor um currículo mínimo a ser
ensinado por série e por bimestre”,
explica Sérgio.
Para ele, a introdução da proposta de 1992 é muito enriquece-
VANTAGENS DA PROPOSTA
•
•
•
•
Conseguir configurar a Educação Física como um componente que dissemina
um conhecimento – se a Educação Física é uma disciplina no currículo escolar, ela tem que disseminar um conhecimento.
Para Mauro Betti, a proposta resgatou um pouco da auto-estima dos professores e do status da disciplina – “Respeitadas suas especificidades, a Educação
Física agora é uma disciplina igual a todos as outras: tem programa, avaliação
e uma direção. Mas, o programa pode e deve ser aperfeiçoado”.
Um grande ganho da Educação Física é a possibilidade dela se situar no
mesmo nível de direito e dever de qualquer outra disciplina. “As outras
disciplinas passaram a nos ver com outros olhos, pelo menos ao nível da
Secretaria Estadual”, defendeu Mauro Betti.
Exige um professor que pesquise permanentemente.
Para mais informações visite: www.rededosaber.sp.gov.br e www.educacao.sp.gov.br
Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP
AÇÕES DE CAPACITAÇÃO
A Secretaria tem planejado algumas ações de capacitação para os 14.300
professores de Educação Física da rede estadual
“
Uma coisa que me preocupa muito, enquanto professor da universidade é o
desinteresse da maioria dos
ingressantes em ser
professor de escola, em
grande parte por causa da
experiência negativa que
tiveram com a disciplina
Educação Física. Por isso,
não concordo com a
afirmação de que essa
proposta engessa as
escolas e tira a autonomia
do professor. Ela deu uma
direção à rede estadual.
A partir de agora, de um
novo patamar, podemos
discutir o que é, o que
pode ser, para que serve,
o que deve ensinar e como
a Educação Física pode
avaliar. Esse debate levará
ao aperfeiçoamento da
proposta .
”
Mauro Betti
Professor da UNESP
A Secretaria de Estado da Educação iniciou em agosto de 2008, uma ação
com os professores coordenadores das Oficinas Pedagógicas [ex-ATPs]. Em
meados de outubro teve inicio o processo de vídeo-aula, que são aulas que
propiciam um aprofundamento teórico-metodológico da Proposta, e incluem
situações de aula reais, gravadas com os próprios professores da rede, comentadas e analisadas pelos especialistas, que elaboraram a proposta. Depois,
seguirá um processo de vídeo-conferência, com os professores coordenadores
e professores das escolas.
Mauro Betti lembrou, também, que sete vídeos de 15 minutos cada, nos
quais constam a apresentação, explicação e esclarecimento de cada um dos
cadernos, estão disponíveis para os professores, a cada bimestre, na página
eletrônica da Secretaria.
Em 2009 está programado, no formato da Teia do Saber um programa que
deve ser compatível com a proposta curricular, que apresentará módulos à distância e no qual está prevista também encontros presenciais. Existe também
a possibilidade dos cursos extra-turno do professor, de orientações e esclarecimento. “Esta ação será incrementada em grande proporção”, afirmou Sérgio
Silveira.
dora quando ela traz uma leitura da
fundamentação teórica de Piaget,
trabalha e explica a proposta do
Construtivismo e uma possibilidade
de trabalho na escola. Em princípio,
era um trabalho que estava passando
da década de 80 para terminar em
1992. Contudo, “os professores tiveram grande dificuldade de implantar
essa proposta e ultrapassar a prática
pela prática”.
Na proposta atual, a grande discussão com a equipe foi pautada para
que ela não fosse a proposição de um
único autor, mas sim de Educação
Física para a escola, que buscasse a
essência no que se constituiu, no que
já foi falado e escrito ao longo desses anos todos sobre abordagens para
a Educação Física Escolar e trouxesse
uma proposta curricular que trilhasse por essa teia de informações diversas. “A questão era dar um salto
de qualidade, superando a prática
pela prática, trazendo à tona a Educação Física como um componente
curricular, uma disciplina e não apenas uma atividade. Olhar a quadra,
que é nossa sala de aula, como um
laboratório de experiências motoras
a serem trabalhadas, discutidas e experimentadas pelo aluno”.
Para Mauro Betti, professor da
UNESP, assessor da Secretaria de
Educação e um dos autores da proposta atual, a diferença entre elas
é que a recém-formulada tem uma
unidade e uma diretriz que percorre todas as disciplinas. “Por essa
proposta temos a Educação Física a
partir de uma perspectiva cultural”,
explicou.
Segundo Sérgio Silveira, a proposta da Educação Física é uma ação
governamental para estruturar o currículo na escola. Para isso, o governo
do Estado vem, desde 2007, investindo fortemente em revalorizar o ensino, a ação do professor e a aprendizagem do aluno. E, nesse computo
surgem as propostas curriculares, não
só a de Educação Física, mas de todos
os componentes, a partir do Ciclo 2
até o final do Ensino Médio. “Agora
os professores estão reavaliando o
que é possível, viável, difícil de ser
ensinado e quais as dificuldades para
as possíveis mudanças nessa proposta. Foi uma ousadia da Secretaria da
Educação propor em Educação Física
Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP
17
Ano IX
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nº 22
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dezembro
●
2008
Educação Física Escolar
uma organização hierárquica dos conteúdos, que nunca existiu”.
De acordo com a Secretaria da
Educação, existe uma flexibilidade
com relação ao Caderno do Professor, face aos exemplos de atividades
a serem seguidas. Porém, a rede estadual tem a obrigação de ter uma
direção, tornando obrigatório desenvolver os cinco eixos de conteúdos
que estão definidos [jogo, esporte,
ginástica, luta e atividade rítmica]
aos quais se somam, no Ensino Médio, os eixos de conteúdos temáticos
[corpo, saúde e beleza, mídias, contemporaneidade, lazer e trabalho].
Alguns conteúdos específicos são opcionais e ficam por conta do projeto
político pedagógico da escola. Por
exemplo, no caso da luta, tem que
ter, mas não precisa ser o boxe necessariamente. Inclusive, no Cader-
no do Professor está escrito ‘o boxe
será tomado como exemplo’. “Mas,
em algum momento o aluno tem que
vivenciar esses conteúdos, porque
senão vamos ficar presos, como estamos há décadas, àquelas poucas
modalidades esportivas, especialmente as com bola”, explicou Mauro
Betti. “O que se pretende é possibilitar a construção de outros sentidos e
significados que vão se ampliando e
se inter-relacionando com temas do
mundo contemporâneo”.
Mauro Betti informou que, após
reunião realizada no segundo semestre deste ano, com os professores coordenadores das Oficinas Pedagógicas
de cada umas das 91 diretorias de ensino do Estado de São Paulo, foi possível esclarecer dúvidas e reforçar as
diretrizes principais. “A proposta foi
bem recebida e há uma aceitação por
parte desses professores coordenadores [ex-ATPs] no sentido de que a Educação Física estava precisando de uma
proposta que lhe desse direção. Há
um consenso de que a Educação Física
estava muito dispersa com bons professores fazendo bons trabalhos, mas
isoladamente, e outros nem tanto”.
FORMAÇÃO DA EQUIPE
A organização da equipe passou
pelo convite às universidades públicas.
Segundo Sérgio Silveira, as universidades públicas foram escolhidas porque
têm em seus docentes uma carga de
investimento em pesquisa, de dedicação exclusiva não só ao ensino, mas ao
estudo e às investigações.
Esclarecimentos
“
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●
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●
2008
Nesses anos todos,
sempre lutei muito pelos
profissionais e alunos.
Valorizo e sei o quanto é
difícil fazer um bom
trabalho. Vejo nessa
possibilidade da proposta
curricular um instrumento
para orientar esse professor
a construir um trabalho que
traga uma satisfação
pessoal e profissional. É
preciso fazer um trabalho no
qual o aluno possa levar o
conhecimento adquirido
dentro dos muros da quadra
ao longo de sua vida. Eu
confio no sucesso desse
Profissional de Educação
Física .
”
Sérgio Silveira
Responsável pela Educação
Física Escolar na CENP
CADERNO DO PROFESSOR
Todas as escolas receberam a proposta curricular, geral e específica, de
cada disciplina antes de receber o Caderno do Professor.
A elaboração do Caderno do Professor de Educação Física, que é distribuído bimestralmente, iniciou-se para apoiar o desenvolvimento da
proposta curricular. Nele há sugestões de situações de aprendizagem, de
como desenvolver o conteúdo no momento de aula, de avaliação e orientação de como trabalhar com aqueles conteúdos que foram ali elencados.
O caderno contém subsídios teórico-metodológicos sobre o tema que se
propõe a ser desenvolvido [vivência corporal], inclusive com indicação de
fontes bibliográficas.
JORNAL DO ALUNO E REVISTA DO PROFESSOR
Trata-se de um material que foi utilizado nos primeiros 40 dias de aula
para subsidiar uma recuperação das competências do leitor. Uma tentativa de fazer com que todos os alunos e escolas começassem a proposta
do mesmo ponto, através do ponto de vista de qualquer leitor/escrita ou
raciocínio matemático. Esse material é episódico, não é parte da proposta
curricular e foi elaborado por outra equipe.
A partir da experiência de trabalho dos professores com esse material, houve uma primeira avaliação feita com os próprios professores
sobre a nova proposta curricular e foi aberto um espaço na página eletrônica da Secretaria, para manifestação e apresentação de sugestões
e críticas, que são processadas na Secretaria e enviadas para a equipe
responsável pela elaboração do programa. E, assim, está sendo feito ao
final de cada bimestre.
Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP
Fazem parte da equipe profissionais que há décadas estudam a Educação Física Escolar, que vão à quadra e dão aula. E a CENP, dentro da
Secretaria de Estado da Educação,
está representando a escola, mediando quando algum item foge da
realidade. Ela faz com que a equipe
pense no aluno e na escola de forma
mais concreta.
Assim, a equipe foi montada com
membros convidados de duas universidades públicas estaduais [UNESP e UNICAMP], Secretaria da Educação e universidades particulares. Dela fazem parte:
Sérgio Roberto Silveira e Adalberto dos
Santos Souza [Secretaria de Estado da
Educação], Mauro Betti [UNESP], Jocimar
Daolio [UNICAMP], Luiz Sanches Neto e
a Luciana Venâncio [que têm históricos
como professores na prefeitura de São
Paulo e na universidade particular].
Mauro Betti explicou que com essa
equipe é que começou as discussões
do que e quais seriam as finalidades
de Educação Física. “Com exceção
dos dois colegas da CENP, que são
funcionários da Secretaria, os outros
quatro, inclusive eu, somos assessores por tempo determinado”.
Última Notícia
CREF4/SP REAGE CONTRA A PORTARIA DA SECRETARIA ESTADUAL DA EDUCAÇÃO
QUE SUPRIME AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
No momento do fechamento
desta edição, o CREF4/SP recebeu
a informação da publicação da Resolução SE – 83, de 25/11/2008, no
dia 26 de novembro de 2008, no
Diário Oficial, Poder Executivo, Seção I São Paulo. No mesmo dia já
começaram a chegar manifestações
dos profissionais de Educação Física
de várias cidades do Estado, solicitando um posicionamento e ação do
CREF4/SP.
O Conselho Regional de Educação
Física da 4ª Região informa que teve
conhecimento das Resoluções SE nº
83 e n.º 85, ambas da Secretaria do
Estado da Educação, que excluem,
respectivamente, as aulas de Educação Física do 1º ano do Ensino Fundamental, 3ª ano do Ensino Médio
da Educação Básica e Cursos de Educação Profissional Técnica de Nível
Médio na Rede Estadual de Ensino
e já está tomando as providências
necessárias a fim de garantir os direitos e prerrogativas dos Profissionais de Educação Física, das crianças, bem como a melhor formação
escolar da sociedade.
Na próxima edição da Revista
CREF de São Paulo, informaremos
sobre os encaminhamentos que foram adotados.
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2008
Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP
Atuação
Projeto serve como exemplo
de Educação Física Escolar
A Prefeitura do Município de Jundiaí, por meio de sua Secretaria de Educação
e Esportes, mantém Projeto que inova o conceito da Educação Física nas
escolas. Os professores do sistema municipal são todos
formados em Educação Física e registrados no CREF4/SP, recebem orientações
da coordenação e planejam atividades diferenciadas de acordo com a faixa
etária das crianças.
Por Célia Gennari e César Alencar
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●
dezembro
●
2008
O
reconhecimento e ampliação de suas potencialidades
e limites, a construção e
aquisição de conhecimentos
que promovam reflexão, favorecendo e
incentivando a manifestação de idéias,
são os grandes objetivos do Projeto que
relaciona Educação com Movimento.
Tudo isso, leva o aluno a lidar melhor
com seu corpo, suas ações e pensamentos, buscando condições favoráveis
para enfrentar novos desafios.
Os planos de aula são preparados
pelos professores e passados aos coordenadores do Projeto e aos diretores das escolas a cada início de mês,
sendo analisados e, se necessário,
discutidos com estes. Além dos mate-
Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP
riais tradicionais, os alternativos, tais
como bolas sonoras, espaguetes de
piscina [substituindo bastões de madeira], petecas, bolas plásticas e de
borracha de diversos tamanhos, placas de E.V.A., raquetes em material
plástico e com peso adequado, entre
outros, permitem atividades alternativas, tornando as dinâmicas mais
Atuação
“
Com a participação
efetiva do aluno,
conhecendo seu corpo e os
principais conceitos da
atividade física é muito
difícil que ele se transforme
em um sedentário ao atingir
a idade adulta .
”
Luiz Trientini, coordenador
pedagógico do Projeto
interessantes, rompendo com as práticas tradicionais da Educação Física.
O Projeto existe há mais de 15
anos na cidade, atendendo 130 escolas da rede municipal de ensino. São
55 profissionais de Educação Física
que orientam atividades a aproximadamente 38 mil alunos de quatro meses a dez anos de idade, das creches
ao Ensino Fundamental I. Quando iniciou, em 1993, atendia apenas a Educação Infantil. Em 1996, com a municipalização do Ensino Fundamental,
a Secretaria passou a ser responsável
pelos alunos até a quarta série [crianças de até dez anos de idade].
Atualmente, Rosemeire Aparecida Crema Satrapa é a coordenadora administrativa do Projeto, mas
também participa da parte pedagógica que, há três anos, é comandada por Luiz Antonio Trientini [CREF
008069-G/SP]. O Secretário de Educação e Esporte da cidade – situada
a 63 Km da capital paulista – José
Antonio Galego [CREF 000598-G/SP],
que apóia o Projeto, tem mais de 30
anos de experiência com Educação
Física, principalmente na área de
recreação infantil.
Além do desenvolvimento físico e
motor das crianças, os professores se
preocupam em passar outros conhecimentos, como a importância de uma
alimentação saudável. Nas aulas, as
crianças são convidadas a participar
de decisões, como a forma que determinada atividade será realizada.
Simples brincadeiras, como pegapega, sofrem adaptações sugeridas
pelos próprios alunos, socializando e
tornando a criança parte importante
no processo.
Durante o último Pan-Americano,
realizado no Brasil e as Olimpíadas de
Pequim, os alunos foram levados a conhecer regras de esportes não muito
comuns no País. O hipismo foi um deles. Em uma escola da rede municipal,
as crianças construíram uma pista que
simulava um circuito e, munidas de um
espaguete utilizado em piscina, trotavam e saltavam os obstáculos. Assistindo os jogos pela TV, entenderam os
métodos de pontuação e levaram esse
conhecimento para a escola.
O Projeto Educação do Movimento
prevê também um entendimento maior
por parte da criança do que vem a ser
a Educação Física. É um envolvimento
progressivo que o aluno absorve natu-
ralmente. Então, ele entende o que é
habilidade motora, equilíbrio, reflexo,
velocidade de reação e a importância
do controle da freqüência cardíaca nas
atividades físicas, por exemplo. “Isso
facilita muito a vida dos professores.
Além disso, abre espaço para a criança decidir em qual esporte poderá ter
melhor desempenho. A escolha passa
a seguir outros padrões do que apenas
o gosto pessoal. Já com as crianças do
berçário, a estimulação é o ponto principal dos trabalhos”, destacou Rose,
coordenadora administrativa.
PREPARAÇÃO DOS PROFESSORES
A jornada de trabalho dos professores é de 25 horas trabalhando diretamente com os alunos, mais 5 horas
extra-classe, sendo duas de capacitação profissional, mais três de estudo.
A capacitação é realizada todas as
segundas-feiras no período noturno,
quando os profissionais participam de
palestras, socialização de atividades
com outros professores, cursos e oficinas. As quartas, três horas do dia
são dedicadas ao estudo em períodos
contrários ao horário de trabalho. São
discutidos o planejamento, a parte
pedagógica e trocadas experiências
de campo. Esses encontros ocorrem
tanto nas unidades de ensino como na
Secretaria, junto aos coordenadores
do Projeto.
Os professores recebem material
da Prefeitura em forma de Kit ou criam
“
Além do trabalho direto
com os alunos, os
professores de Educação
Física passam por cursos de
capacitação e planejamento.
A prefeitura também fechou
convênio para que esses
profissionais pudessem fazer
pós-graduação .
”
Rosemeire Aparecida Crema
Satrapa, coordenadora
administrativa do Projeto
Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP
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●
2008
Atuação
“
seus próprios materiais nas unidades
(principalmente na faixa até três anos
de idade), sempre seguindo as orientações transmitidas nos encontros.
Trientini destaca que os coordenadores estão abertos para novas idéias
que tragam avanços ao Projeto. “Não
existe um planejamento fechado.
Nas reuniões de final de ano, principalmente, todo o Projeto é revisto e
22
Ano IX
●
nº 22
●
dezembro
●
2008
É um prazer para
qualquer professor fazer
parte de um projeto que tem
a criança como alvo. Toda
estrutura e planejamento
nos permite elaborar aulas
divertidas e com grande
variedade, desenvolvendo
as habilidades motoras dos
alunos. Além disso, temos
a oportunidade de adquirir
conhecimento para
melhorar, afinal de contas,
o movimento é o nosso
conteúdo de aula .
”
Felipe Pinheiro da Cunha
[CREF 015854-G/SP]
sofre novas adaptações. Quanto mais
gente estiver discutindo a Educação
Física, melhor!”.
“Os professores da cidade são
concursados e, pensando na preparação desses profissionais, a Prefeitura
oferece curso de pós-graduação na
Escola Superior de Educação Física de
Jundiaí. São 40 vagas e quem conclui
recebe um adicional no salário”, destacou Rose.
Com todo esse suporte oferecido,
a coordenação, ao visitar uma unidade, com a rotina de trabalho do
professor em mãos, confere a atividade daquele dia e caso haja divergência, o professor é chamado a
dar explicações. Adaptações podem
ocorrer, mas sem deixar a metodologia de lado. “O importante é o
aluno sair do Ensino Fundamental
tendo adquirido e melhorado suas
habilidades motoras e tendo participado da elaboração de diversos conceitos inerentes à Educação Física
e à qualidade de vida, interferindo
nas diversas atividades, discutindo e construindo conhecimentos”,
afirmou Trientini.
JUNDIAÍ: CRIANÇAS E IDOSOS TÊM OPORTUNIDADE
José Antonio Galego, secretário de Educação e Esporte de Jundiaí, foi professor universitário de Educação Física por 30 anos. Em toda
a sua vida profissional, trabalhou com crianças
na faixa dos dez anos de idade. Com muito entusiasmo, ele garante que Jundiaí tornou-se
um celeiro de atletas competitivos para outras
cidades. “Nossa preocupação é educar e formar. Aquele que tiver interesse em participar
de competições, poderá fazê-lo nos Complexos
Educacionais, Culturais e Esportivos do Município, sendo a partir daí, encaminhado para as
respectivas equipes”.
O principal objetivo da Secretaria não é
manter equipes de competição, mas sim dar à
criança a oportunidade de aprender e se dedicar,
auxiliando assim, sua formação integral. A criança não pode perder o interesse pela atividade
física. A introdução de regras bem definidas nas
atividades, faz com que ela aprenda a respeitar
as leis e os outros cidadãos.
No outro extremo, hoje, em Jundiaí, tem mais
de sete mil cidadãos da terceira idade freqüentando os centros esportivos. “É possível sentir a importância dessas atividades, como traz felicidade, alegria e ainda mais
vontade de viver para essas pessoas tão especiais. Tenho orgulho de dizer que Jundiaí avançou muito nessa área”.
Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP
Em Ação
I Congresso Nacional do
Sistema CONFEF/CREFs
N
o início de novembro, aconteceu o I Congresso Nacional do
Sistema CONFEF/CREFs realizado pelo Conselho Federal de
Educação Física (CONFEF). O Congresso
reuniu todos os conselheiros federais e
regionais e contou com a participação
de diversas autoridades e personalidades. Os conselheiros do CREF4/SP
Flavio Delmanto, Roberto Jorge Saad,
Georgios Stylianos Hatzidakis, Cicero
Theresiano de Barros, José Cintra Torres de Carvalho, Walter Giro Giordano,
Marcelo Vasques Casati, Marcio Tadashi
Ishizaki, Nestor Soares Públio, Sebastião Gobbi, Vlademir Fernandes, João
Omar Gambini, Solange Guerra Bueno
e Margareth Anderáos prestigiaram o
evento.
Assuntos como "O Profissional de
Educação Física na área da Saúde e
no SUS", "Licenciatura e Bacharelado",
"Campo de trabalho", "Ética e exigências para o mercado", "Orientação e
Fiscalização", "Os 10 anos do CONFEF
- a Educação Física, seus resultados e
significação" e "Conselhos Profissionais
e Responsabilidades Sociais" foram
apresentados por estudiosos da área.
O encontro, que contou com o apoio
do SESI e da Caixa Econômica Federal,
foi transmitido ao vivo pela internet.
ATENÇÃO – No portal do CONFEF
é possível acessar e baixar os vídeos
das palestras do Congresso. Confira no
www.confef.org.br
ELEIÇÃO DO CONFEF
Flávio Delmanto e Margareth An­
de­ráos fazem parte da gestão do
CONFEF, mandato de 08/11/2008
a 07/11/2012, como conselheiros efetivos. E, Georgios Stylianos
­Hatzidakis e Márcio Tadashi Ishizaki,
como conselheiros suplentes.
Pilates e o Profissional
Por Amauri Abe*
A
9ª IHRSA - Fitness Brasil Latin
American Conference contou
com a presença do CREF4/
SP, dia 4 de setembro, com
o 2° Fórum “Pilates e o Profissional
de Educação Física”. O assunto despertou interesse de proprietários de
estúdios de Pilates e de estudantes
e profissionais de Educação Física,
tanto aqueles que já trabalham com
o método quanto quem ainda não o
utiliza, mas acredita no potencial de
mercado da modalidade. Mais de 70
pessoas assistiram ao Fórum, realizado na capital paulista.
Comandaram o evento as professoras Andréa Vidal [CREF 002619-G/SP],
conselheira do CREF4/SP e diretora
da Fitness Mais, Sandra Tófoli [CREF
003245-G/SP], habilitada para orientação desta atividade física para vários grupos específicos, Mônica Tagliari
[CREF 001590-G/SP], proprietária do
The Pilates Studio de Porto Alegre,
além da presença de Luciana Ferreira
[CREF 003241-G/SP].
Os participantes foram informados
acerca da história do método Pilates,
princípios e características da modalidade. “É um controle geral do seu corpo, uma forma diferente de mexer seu
físico, uma arte, uma massagem corporal”, definiu Mônica. “Não se trabalha
Pilates como a musculação, pois a primeira se trata de um trabalho global”,
afirmou Sandra.
Em um segundo momento, a conselheira Andréa Vidal explicou a posição do CREF4/SP na questão de quem
tem condições de aplicar Pilates. “Um
fisioterapeuta não pode usar o método para melhorar o condicionamento
físico de um aluno, bem como um
Profissional de Educação Física não
pode usá-lo para tratar um doente”,
declarou a professora, deixando claro
o campo de atuação de cada formação profissional.
Auxiliar os profissionais de Educação
Física a estar mais bem preparados é
uma atividade constante do Conselho, e
a promoção do Fórum foi visando a este
objetivo. Melhor qualificação também é
uma forma de buscar consolidação cada
vez maior da Educação Física.
*Assistente de Comunicação Júnior do CREF4/SP
Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP
23
Ano IX
●
nº 22
●
novembro
●
2008
Participação em Eventos - 2008
Data
João Omar Gambini
20/8
Associação Cristã de Moços
de Sorocaba
Colação de Grau
Solangue Guerra Bueno
1/9
UniSant´Anna
Palestra sobre o tema: O Profissional
de Educação Física e o Conselho
Federal de Educação Física
Hudson Ventura Teixeira
4/9
Expo Transamérica
IHRSA - Fórum sobre Pilates e o
Profissional de Educação Física
Andréa Vidal
12, 13 e 14/9
Hotel Bourbon Atibaia
Encontro dos Dirigentes dos Cursos
Superiores de Educação Física do
Estado de São Paulo
Antonio Lourival Lourenço, Flavio Delmanto,
Georgios Stylianos Hatzidakis, Hudson Ventura
Teixeira, João Omar Gambini, Márcio Tadashi Ishizaki, Margareth Anderáos, Nestor Soares Públio,
Roberto Jorge Saad, Sebastião Gobbi e Vlademir
Fernandes
20/9
Universidade Ribeirão Preto
– UNAERP
Palestra sobre o tema: Introdução à Carolina Machado d'Avila
Educação Física e Caracterização da
Profissão - Tema 6
23 e 24/9
Universidade de Santo Amaro Palestra sobre o tema: Os Caminhos
– UNISA
do Profissional de Educação Física
Hudson Ventura Teixeira
25/9
Conselho Regional de
Fisioterapia e Terapia
ocupacional do Estado de
São Paulo – CREFITOSP
Sessão solene de entrega do Título de
Cidadão Paulistano
Pedro Claudio Bortz
26/9
Faculdades Integradas Torriceli
Palestra sobre o tema: A situação
atual do mercado de trabalho
Vlademir Fernandes
27/9
Faculdades Atibaia – FAAT
Palestra sobre o tema: A Profissão de Geraldo Luiz de Toledo Costa
Educação Física
27/9
Centro Universitário de Votuporanga – UNIFEV
Palestra sobre o tema: Introdução à Carolina Machado d'Avila
Educação Física e Caracterização da
Profissão - Tema 6
8/10
Universidade
Mackenzie
Presbiteriana
Palestra sobre o tema: Regulamentação da Profissão de Educação Física
1998-2008 – Balanço da Primeira Década
Hudson Ventura Teixeira
16/10
Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo
oficina de trabalho: “Viabilização
das Inspeções Conjuntas Multiprofissionais
Márcio Tadashi Ishizaki, Fernando Izac Soares e
Geraldo Luiz de Toledo Costa
25/10
UNAERP – Campus Guarujá
Palestra sobre o tema: A Organização Vlademir Fernandes
da Profissão de Educação Física no
Brasil
31/10
Centro Universitário Moura Lacerda - Campus Jaboticabal
Palestra sobre o tema: Regulamentação da Profissão de Educação Física e
Ações do Sistema CONFEF/CREFs
Carolina Machado d'Avila
I Congresso Nacional do Sistema
CONFEF/CREFs
Flavio Delmanto,Roberto Jorge Saad, Georgios
Stylianos Hatzidakis, Cicero Theresiano de Barros, José Cintra Torres de Carvalho, Walter Giro
Giordano, Marcelo Vasques Casati, Marcio Tadashi
Ishizaki, Nestor Soares Públio, Sebastião Gobbi,
Vlademir Fernandes, João Omar Gambini, Solange
Guerra Bueno e Margareth Anderáos
●
novembro
●
Conselheiro/Representante
Colação de Grau
Ano IX
●
Tema
Universidade São Francisco Bragança Paulista
24
nº 22
Local
14/8
2008
6, 7, 8 e 9/11
Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP
Em Ação
Conselheiros fazem palestra
em Congresso da ABRIESP
O CREF4/SP participou do Congresso da ABRIESP – Associação Brasileira da
Indústria do Esporte, realizado em setembro, no Palácio de Convenções
Anhembi. O Congresso fez parte do principal evento de negócios do esporte da
América Latina, a Sports Business, que chegou a sua 26ª edição. Os
conselheiros João Omar Gambini, Márcio Tadashi Ishizaki, Georgios Hatzidakis
e Maria Alice Corazza falaram, respectivamente, sobre os temas: lazer, ginástica laboral, marketing esportivo e terceira idade.
ATUAÇÃO NA ÁREA DO LAZER
Lazer: que campo de atuação é esse, para que ele serve, quais são as oportunidades e o que está disponível para que o
Profissional de Educação Física assuma essa área?
O crescimento do número de colônias de férias, hotéis, academias
com áreas de recreação e lazer,
SPAs com ênfase em atividades físicas e recreação, cria um ambiente
de potencial crescimento na procura por profissionais especializados,
inclusive para a gestão desses locais. Esse momento é de oportunidade para que profissionais de Educação Física se posicionem melhor
no mercado.
Com a profissionalização da área, as
exigências por competência e excelência individual seguem a mesma curva.
Por conta disso, os profissionais devem
ficar atentos às demandas do mercado
e serem empreendedores, sem esquecer que, hoje em dia a sociedade clama por profissionais centrados na educação em busca de uma sociedade mais
justa, fraterna e plural.
Para o conselheiro João Gambini,
o lazer tem uma abrangência maior
do que a Educação Física e o profissional é uma das ferramentas importantes dessa área. Aliado a isso,
a sociedade está cada vez mais preocupada com a qualidade de vida e
dos serviços prestados.
Diversidade – Como o mercado de
lazer não é exclusivo do Profissional de
Educação Física, há muita concorrência e desvios de função, tornando-se
fundamental que empresas e profissionais sejam orientados e fiscalizados
para dirimir dúvidas e evitar a aplicação de punições e mesmo a interdição
de funcionamento e/ou de profissionais que acabariam por penalizar os
consumidores.
Diversos campos da área do lazer
podem ser ocupados pelo Profissional de Educação Física, sendo que a
limitação está descrita nas Leis* do
Sistema CONFEF/CREFs, ou seja, no
desenvolvimento da motricidade,
prevenção, promoção, proteção e
reabilitação da saúde, da formação
cultural e da educação e reeducação
motora, do rendimento físico-esportivo, do lazer e recreação e da gestão
de empreendimentos relacionados às
atividades físicas, recreativas, esportivas e similares. Ele deverá estar
preparado para coordenar, planejar,
programar, prescrever, supervisionar, dinamizar, dirigir, organizar,
orientar, ensinar, conduzir, treinar,
administrar, implantar, implementar,
25
Ano IX
●
nº 22
●
dezembro
●
2008
“
O lazer tem uma
abrangência maior do que a
Educação Física
”
João Gambini
ministrar, analisar, avaliar e executar trabalhos, programas, planos e
projetos, bem como, prestar serviços de auditoria, consultoria e assessoria, realizar treinamentos especializados, participar de equipes
multidisciplinares e interdisciplinares e elaborar informes técnicos,
científicos e pedagógicos, todos nas
áreas de atividades físicas, esportivas, recreativas e similares.
Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP
MARKETING ESPORTIVO
26
Para o marketing interessa o expectador do esporte, por isso, cada
evento esportivo deve ter seu resultado imprevisível, forte equilíbrio, além
de concorrência e ética desportiva.
Para o conselheiro Georgios Stylianos Hatzidakis não tem a menor graça
um campeonato sem estas características. Portanto, emoção é o melhor
negócio de mar­keting. “O esporte
no Brasil tem uma característica que
também faz perder a graça: ‘eu quero ganhar tudo’. Não pode ser assim”,
comentou.
Modalidades que são envolvidas
em doping e apostas, acabam não sendo um bom negócio para as potenciais
empresas que querem usar o esporte
como instrumento de marketing.
O esporte hoje não é só qualidade
de vida, tem um papel sócio-cultural:
é entretenimento. As pessoas jogam e
praticam atividade física por dois motivos básicos: entretenimento e manutenção da saúde.
Segundo Georgios, práticas esportivas com preocupação ambiental, por
exemplo, atraem investimentos em-
“
Emoção é o melhor
negócio de marketing
”
Georgios Stylianos
Hatzidakis
presariais. Há uma série de fatores para
construir o diferencial do seu evento.
Reciclagem, alimentação saudável, sustentabilidade etc.
Uma definição bem atual para mar­
keting foi feita por Phillip Kotler, em
2003: ‘gestão de marketing é a arte e
a ciência de escolher e de conquistar,
perder e cultivar clientes, por meio
da criação, comunicação e fornecimento de um valor superior’.
Pequenos detalhes que conquistam:
• Seja qual for o seu negócio, você
tem clientes.
• Para manter clientes você tem que
satisfazê-los.
• Você tem que ter um diferencial,
uma proposta de valor superior. A
empresa que oferece a seus clientes
experiência e realização de sonhos
sempre estará nas mentes e nos corações deles, pois ela conseguiu criar
atributos diferenciados.
• Tenha sempre em mente como posicionar seu produto, serviço ou idéia
para o consumidor.
• Conhecendo a estratégia de marketing da empresa, é possível definir
como usar o esporte para atender
essa estratégia. Isto é teoria de
marketing. Existem empresas que
querem visibilidade, outras querem
relacionamento com seus funcionários, clientes, fornecedores, comunidades, parceiros etc.
Ano IX
●
TERCEIRA IDADE E ATIVIDADE FÍSICA
nº 22
●
dezembro
●
A conselheira Maria Alice Corazza lembrou que, aos 60 anos já entrou na fase de suas próprias transformações, mas se diz
feliz e concluiu: “Sou o amanhã de vocês. Espero que se cuidem e tenham muito mais gás do que eu”.
“
2008
Quando envelhecemos,
que­remos que tudo dentro
de nós funcione bem
”
Maria Alice Corazza
As atividades psicossociais trazem
muitos benefícios para os idosos: auto-confiança, aumento da auto-estima, diminuição da ansiedade, maior
integração em grupo, diminuição da
tensão, de medos, decepções, depressão, aborrecimentos e solidão
e, principalmente, a descoberta de
novos amigos. Segundo Maria Alice,
em pesquisa realizada com alunas de
hidroginástica, para saber quais os
benefícios da atividade, os resultados
foram surpreendentes: ficar mais leve;
esconder a barriga e, o mais citado,
‘estamos na vertical e podemos conversar o tempo todo’.
“O aluno vai para a academia por
causa de você e dos amigos”, alerta
a conselheira. “Somos as pessoas mais
importantes para ele naquele momento”. E, se o idoso perguntar, o profissional tem a obrigação moral de res-
Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP
ponder olhando para ele, que quer e
precisa de atenção. Mas isso não significa tratar o idoso como criança.
A maior realização do idoso é
ele poder ir para a aula. Portanto,
a função do Profissional de Educação
Física é transformar esse velho em
jovem idoso e aplicar atividades que
proporcionem a diminuição de quedas, principalmente aquelas por falta de equilíbrio.
O Profissional de Educação Física deve elevar a auto-estima do seu
aluno, ter jogo de cintura para lidar
com essa faixa etária e conhecer o
Estatuto do Idoso.
Mercado de Trabalho – Maria Alice aconselhou os profissionais para
que façam projetos visando a maturidade e a terceira idade, pois 43%
da população brasileira tem mais de
50 anos.
Em Ação
Ginástica Laboral
O conselheiro Márcio Tadashi Ishizaki ministrou a palestra juntamente com as
profissionais Cynara Cristina Pereira [CREF 002752-G/DF] e Ana Lucia Aquilas
Rodrigues [CREF 050946-G/SP], membros da diretoria da Associação Brasileira
de Ginástica Laboral – ABGL.
Cynara relembrou um pouco da
história da GL [veja quadro] e a partir
daí deu seqüência falando especifica­
mente sobre os acontecimentos no
Brasil. A título didático, atualmente
as empresas de GL estão dividindo
seus planejamentos de aulas entre
promoção de saúde e prevenção de
doenças. Hoje, segundo números divulgados pelo Ministério da Saúde,
apresentados por Cynara, são gastos
R$ 2 milhões por ano com problemas
relacionados aos acometimentos das
doenças osteomusculares no ambiente de trabalho.
A ABGL e o Sistema CONFEF/CREFs
pretendem, através de estudos científicos, comprovar a importância de
se implantar programas de GL para a
redução das principais sintomatolo-
“
Educação
em saúde na Ginástica
Laboral é importante e
dá resultado
”
Ana Lucia Aquilas Rodrigues
Membro da ABGL
gias das Lesões por Esforço Repetitivo
– LERs e dos Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho – DORTs.
“Não estamos falando que a GL tem
como objetivo a redução dos DORTs,
porque até o momento não conseguimos comprovar essa questão, mas
comprovamos que a GL contribui para
a redução da dor e da fadiga, sintomas
dos DORTs”.
Sedentarismo – Sedentária é a pessoa que acumula menos de 10 minutos
de atividade física por semana, contribuindo para o surgimento de doenças
crônico-degenerativas, como a obesidade, diabetes tipo 2, hipertensão arterial, osteoporose e outras.
Hoje em dia, segundo a Profª. Ana
Lucia Aquilas Rodrigues o grande desafio dos programas de Ginástica Laboral
é mudar o foco, de preocupações apenas com doenças ocupacionais (LER/
DORT) para a promoção do estilo de
vida ativo, combatendo o sedentarismo
através da promoção da saúde e qualidade de vida no ambiente de trabalho.
O sedentarismo mata e onera
muito mais as empresas e o Estado
do que o alcoolismo e o tabagismo.
Este é um assunto tão importante
que a própria Organização Mundial
da Saúde – OMS, em 2004, publicou
um documento estabelecendo como
estratégia global para a saúde das
nações o aumento da atividade física
e a alimentação saudável.
Hoje, nas empresas, se comenta
muito sobre o absenteísmo (falta ao
trabalho), mas isso é apenas a ponta
do iceberg. O presenteísmo (quando
a pessoa vai trabalhar, está doente e
não produz o que deveria), parece gerar ainda mais prejuízos.
O maior objetivo da GL à luz da
promoção da saúde é fazer com que as
pessoas se movimentem, aprendam
alguns exercícios e consigam gerir a
sua própria atividade física fora do
local de trabalho. Promoção da saúde
não é apenas prevenção, mas fundamentalmente educação. “Educação
em saúde na GL é importante e dá
resultado”, comentou Ana Lucia.
A qualidade de vida no trabalho
resulta em aumento de produtividade
e a GL faz parte dessa ação. E o Profissional de Educação Física é o mais
indicado e preparado para isso.
Aspectos Legais – Por ser uma atividade que tem despertado muito interesse, a GL está sendo abordada por
profissionais de outras áreas. Márcio
Tadashi Ishizaki, 2º vice-presidente
27
Ano IX
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●
dezembro
●
2008
“
A formação garante o
direito de ter a habilitação,
que só pode ser obtida pelo
registro no Conselho
Profissional
”
Márcio Tadashi Ishizaki
2º Vice-presidente do
CREF4/SP
Para sabre mais: sobre a ABRIESP, acesse: www.abriesp.com.br; sobre as leis www.confef.org.br
Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP
do CREF4/SP, justificou o posicionamento do Sistema CONFEF/CREFs de
que essa é uma atividade inerente ao
Profissional de Educação Física.
A Lei 9.696/98 estabelece que
a orientação, dinamização e outras
ações no campo da atividade física é
prerrogativa dos profissionais de Educação Física regularmente registrados
no Conselho, ou seja, somente quem
está nessa situação tem o direito de
exercer a atividade. A forma de desenvolvimento das atividades de GL, onde
existe a dinamização de uma atividade
física para um grupo de pessoas, sem
que haja a caracterização de uma relação paciente/terapeuta, deixa bastante claro essa posição.
Atenção – É bom lembrar que não
é a formação que dá a habilitação
e sim o registro junto ao Conselho
que controla a profissão. Ou seja, a
formação garante o direito de ter a
habilitação, que só pode ser obtida através do registro no Conselho
Profissional, no caso, o de Educação
Física.
UM POUCO DA HISTÓRIA
28
Ano IX
●
Em 1717, o italiano Dr Bernardino Ramazini – considerado o pai
da medicina ocupacional – já falava
sobre os problemas que poderiam
ocorrer devido ao sedentarismo e a
posição dos trabalhadores sentados,
pela manutenção das posturas viciosas e por falta de exercícios. Em
1925 surgiram os programas de GL
na Polônia com exercícios específicos para os operários de indústria. A
Holanda e a Rússia também implantaram o programa. Em 1928, no Japão, a gisnática pela rádio Taissô foi
adotada por todos os trabalhadores
japoneses. Em 1960 o Japão consolida os programas de GL Compensatória e apresenta um programa de
atividade física sistematizada que é
divulgado pelo mundo. Na seqüência,
alguns países como o Canadá e Inglaterra sofreram uma forte epidemia
das ­doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho, que chegou ao
Brasil e se tornou, o primeiro problema a ser solucionado pelos programas
de GL.
Até recentemente, a prevenção
de Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho – DORTs era o
grande objetivo dos programas de GL.
No entanto, segundo Cynara Cristina
Pereira, agora é promoção de saúde.
A prevenção de doenças, não menos
importante, continua a fazer parte,
mas de outro objetivo.
“
A GL contribui para a
redução das principais
sintomatologias das LERs e
DORTs que são a dor
e a fadiga
”
Cynara Cristina Pereira
Membro da ABGL
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2008
Última Notícia
ABGL REALIZA 1º FÓRUM
A Associação Brasileira de Ginástica
Laboral (ABGL) realizou em novembro,
o 1º Fórum da entidade, nas Faculdades
Metropolitanas Unidas (FMU), no bairro
da Liberdade, localizado na cidade de
São Paulo, para discutir as várias vertentes da prática no Brasil. A presidente
da Associação, Valquíria de Lima (CREF
000089-G/SP), afirmou que o futuro
para a Ginástica Laboral é promissor no
país, mas que faltam profissionais especializados para atender a demanda do
mercado. “Precisamos mostrar para as
empresas a importância de nosso trabalho enquanto profissionais”, declarou.
Márcio Tadashi Ishizaki, 2º vice-pre-
sidente do CREF4/SP, falou sobre a atuação do Profissional de Educação Física
na GL e orientou os presentes a se unirem. “Para termos voz ativa precisamos
apresentar uma coesão”, salientou.
O Fórum contou com a formação de
duas mesas-redondas, a primeira discutiu
os desafios e as tendências do mercado, o
“ser empresário em GL”. E dela participaram profissionais que já têm empresas
atuantes nesse campo: Valquíria de Lima
[Supporte], Carlos Eduardo “Dado” [Laborfit], Osvaldo Stevano [Maratona], Eliane Polito [Realce] e Rony Tschoeke [Promove]; a segunda contou com a presença
das professoras Ana Lucia Rodrigues, Cy-
nara Cristina e Danielle Kallas e teve por
objetivo expor o perfil e as competências do Profissional de Educação Física
que atua dentro das empresas.
Os cerca de 150 presentes puderam ainda participar de oficinas específicas para quem quer trabalhar
com a GL: sobre o uso da massagem
nos programas, com a Profª. Andrezza
Moretti; yoga adaptada, com o Prof.
Eduardo “Duda” Legal e, para finalizar dinâmicas e jogos cooperativos,
com a Profª. Andréa Frangakis.
O evento foi concluído com a criação da Rede de Ginástica Laboral,
pela direção da ABGL.
Interessados em fazer parte da Associação Brasileira de Ginástica Laboral ou obter mais informações,
devem acessar www.abgl.org.br
Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP
Notícias
1° Encontro
Nacional da Terceira Idade
em Aparecida
A
conselheira Profª Maria Alice
Aparecida Corazza foi responsável pela abertura do 1° Encontro Nacional da Terceira
Idade, na cidade de Aparecida, levando atividade física aos mais de mil participantes, em sua maioria, idosos. O
evento, uma realização da TV Aparecida e da Paulinas TV Produções, aconteceu em novembro, no auditório Padre
Orlando Gambi, da TV Aparecida e integra o Projeto Vozes da Igreja, evento
musical e cultural que acontece todos
os anos em Aparecida do Norte.
Ter uma Profissional de Educação Física abrindo um evento nacional é um
indicativo da crescente importância da
profissão. “Hoje, os organizadores de
encontros desse tipo e porte têm solicitado profissionais de Educação Física,
algo impensável poucos anos atrás”,
afirmou Maria Alice. É um sinal de que
tais profissionais vão além da função de
orientadores de atividades físicas e po-
REGISTRO DESCOBRE
DIPLOMAS FALSOS
O CREF4/SP analisa rigorosamente os documentos apresentados para
a emissão de Registro Profissional.
Du­rante esse processo de análise três
diplomas de conclusão de curso superior falsificados já foram descobertos.
Nesses casos, a emissão do Registro é
rejeitada e caso já tenha sido emitida, a ocorrência é encaminhada à
Comissão Especial de Processos Admi­
nistrativos do CREF4/SP para que
seja cancelado. Quem apresenta documentos forjados está sujeito às penalidades da lei, podendo responder
pelos crimes de falsidade ideológica
e documental. O Ministério Público
foi informado sobre as ocorrências.
dem, como atores ou cantores, se transformarem em ícones para o público.
A adesão a mini-aula da Profª. Maria Alice foi total e, assim, ela cumpriu
a tarefa de animar, motivar, integrar e
socializar a platéia. “Muitos dos participantes declararam ter vindo porque
souberam, pela programação do en-
contro, que eu estaria aqui”, comentou feliz a professora. “O Profissional
de Educação Física para a terceira idade pode sim ser considerado uma celebridade, um ídolo”, concluiu Maria
Alice, especialista em atividades para
idosos, com DVDs e livros já lançados
sobre o assunto.
FISCALIZAÇÃO CONSTATA PRESENÇA
DE ANABOLIZANTES EM ACADEMIA
O Agente de Orientação e Fiscalização do CREF4/SP constatou a presença de
substâncias anabolizantes em academia de musculação em Praia Grande/Litoral
Sul da Capital Paulista. A Polícia Militar foi acionada e apreendeu ampolas de
Winstrol (esteróide anabolizante, usado para ganho de força e massa muscular),
de complexo B, um frasco vazio de Equifort (anabolizante injetável desenvolvido
para eqüinos) e quatro agulhas descartáveis. A denúncia já chegou ao Ministério
Público através de Ocorrência Policial. A retenção, aplicação ou venda de tais
substâncias em academias é ilegal. Tanto o estabelecimento quanto a pessoa que
instruía os alunos também atuavam de forma ­irregular, sem registro no Conselho.
A academia apresentou ainda diversas ­irregularidades em suas instalações, como
manutenção deficiente dos aparelhos e sanitários inadequados, que foram fiscalizados pela Vigilância Sanitária e os fiscais tributários do município.
O uso de esteróides anabolizantes pode causar desde desenvolvimento de barba e engrossamento da voz em mulheres até câncer de próstata, atrofia dos testículos e alteração do colesterol. Treinar em aparelhos malcuidados e sem orientação de um profissional qualificado e registrado em Educação Física também pode
ter sérias conseqüências para o seu usuário.
Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP
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Ano IX
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nº 22
●
dezembro
●
2008
Unidade Móvel de Atendimento
2008: U.M.A. Atinge
suas Metas
Até novembro de 2008
18 cidades foram
atendidas, com alto
nível de satisfação
registrado
N
30
Ano IX
●
nº 22
●
os três últimos meses, a Unidade Móvel de Atendimento – UMA
esteve nas maiores cidades do
Estado: Registro, São Manuel,
Rio Claro, Catanduva, Assis, Presidente
Prudente, Campinas, Franca e Piracicaba. Ao todo, 1531 profissionais de Educação Física foram atendidos com o apoio
das prefeituras e universidades locais.
Desde o início dos trabalhos
[2007], a “seccional móvel” já passou por 18 cidades no total. Entre
elas, além das citadas: Ribeirão Preto, Santos, Sorocaba, São José dos
Campos, São José do Rio Preto, São
Bernardo do Campo, Dracena, Penápolis e Bauru.
O CREF4/SP também contou, em
alguns municípios, com o auxilio da
mídia. O Jornal O Imparcial, do dia
19 de outubro, de Presidente Prudente, por exemplo, entrevistou a
analista técnica Carolina Machado
d’Avila, que falou sobre o objetivo
desse trabalho, que “é aproximar o
Conselho dos profissionais de Educação Física do Estado, principalmente
de regiões mais afastadas, já que a
sede é na capital”.
A UMA está sob a coordenação da
Comissão de Implantação de Seccionais, que tem a sua frente o conselheiro Vlademir Fernandes e tem um grupo
de funcionários especificamente treinados para esse atendimento, que são:
Eduardo Fernandes Colmenero, Paula
Braz Melo Gomes Correa e Marcelo Miranda Machado.
A UMA já está com uma agenda
definida para o primeiro semestre de
2009. Fique atento as informações publicadas no portal CREF4/SP.
Registro, 73 atendimentos
São Manuel, 76 atendimentos
dezembro
●
2008
Nota – Em Assis foram 164 atendimentos; Franca, 167 atendimentos e
Piracicaba, 218 atendimentos.
Rio Claro, 228 atendimentos
Para obter informações sobre os
trabalhos da UMA, basta ligar para
11 3292-1700.
Campinas, 258 atendimentos
SECCIONAL ENCERRA SUAS ATIVIDADES
Instalada na cidade de Campinas desde 2002, a seccional perdeu sua utilidade,
quando da criação, em 2007, da Unidade Móvel de Atendimento – UMA, que por sua
mobilidade permite atender, de acordo com sua agenda pré-determinada, um maior
número de profissionais em cada região. Após a análise dos resultados obtidos pela
UMA, a Plenária do CREF4/SP deliberou pelo encerramento das atividades da seccional no dia 10 de outubro, dando preferência no investimento das Unidades Móveis de
Atendimento.
A UMA esteve, pela primeira vez na região de Campinas, entre os dias 21 e 24 de
outubro e 15 e 19 de dezembro, na Estação Cultura (Praça Mal. Floriano Peixoto, s/n°,
Centro). Na primeira oportunidade foram atendidos 258 profissionais.
Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP
Catanduva, 138 atendimentos
Presidente Prudente, 209 atendimentos
Registro
Importante:
Atualização de Cadastro
O
CREF4/SP tem recebido
um número significativo de
correspondências devolvidas por falta de atualização cadastral.
É dever do Profissional de Edu-
cação Física manter atualizada sua
ficha cadastral no CREF4/SP, pois
somente com dados corretos, o profissional registrado poderá ser localizado, receber a Revista CREF de São
Paulo e outros comunicados que se
fizerem necessários.
Caso você conheça algum profissional citado na lista a seguir, solicite
que o mesmo entre em contato com
o Setor de Registro, pelo telefone
11 3292-1700.
Núm. Registro
Nome
Núm. Registro
Nome
Núm. Registro
Nome
SP-031292 - P
ADRIANO FERREIRA
SP-023737 - P GERSON FREIRES
SP-029442 - P MARCOS MILANO FERNANDES
SP-032072 - G
ALESSANDRA FALQUEIRO BERTOLASI
SP-025868 - G GILBERTO DE MORAES
SP-031693 - P MARCOS RODRIGUES SILVINO
SP-031213 - P ALESSANDRO FERREIRA DE SANTANA
SP-027907 - G GILSON MIUA
SP-030239 - P MARIA ISABEL PARDOS LASTIRI
SP-027658 - P ALEXANDRE BERTANI
SP-028620 - G HELENA GIGLIOTTI
SP-030877 - G MARIA RITA PEREIRA DE OLIVEIRA BARBERO
SP-023358 - P ALTAIR ROBERTO TAVARES
SP-031417 - P HELIO CORREA DE ARAUJO
SP-028275 - G MARINEUZA MARQUES YOSHIZAWA
SP-031683 - P ANDRE CARNEIRO VIEIRA
SP-025967 - G IACI PAES MEIRELLES
SP-026898 - G MARLENE LUIZ RODRIGUES
SP-023500 - P ANGELINO CAITANO HERRERO
SP-029259 - P IRINEU CESAR DA SILVA
SP-026521 - G MIGUEL FETH JUNIOR
SP-026911 - G ANNA CRISTINA DO PRADO FIEDLER QUEIROZ
SP-030626 - G ISABEL CRISTINA RAINHA
SP-024405 - G NANCY JEANE BUSKO BELIZOTI
SP-027817 - P ANTONIO BRAZ VIEIRA
SP-030022 - G JAIR APARECIDO DIAS DOS SANTOS
SP-028156 - P NEIMAR PINHEIRO DE JESUS
SP-024570 - G ANTONIO CARLOS BUCATER BITRAM
SP-030233 - P JEFFERSON PINTO VELHO
SP-031511 - P NILTON DA CONCEIÇAO SANTOS JUNIOR
SP-024880 - G ARIANA PAULA CITOLIN ORTEGA
SP-027158 - P JOAO GABRIEL GRACIA
SP-027183 - P NORBERTO AGUILERA
SP-026857 - G AYRTON JOSE BRIENZE JUNIOR
SP-025721 - G JOCIMAR APARECIDO GOULART
SP-027272 - G PALOMA MARIA DE TORRES
SP-027845 - G CARLOS AUGUSTO CATALANO F. DE OLIVEIRA
SP-031372 - P JORGE LUIS SIMOES SIMON
SP-030255 - P PEDRO DONIZETE MARTINS
SP-030779 - G CARLOS BERNARDO MONSALVE VARAS
SP-028401 - G JOSE CARLOS MENIN BIFFI
SP-032140 - P RENATA ESCUDEIRO ORTIZ DE MELLO
SP-032199 - P CARLOS EVARISTO FERNANDES CAMARA LEAL
SP-026586 - G JOSE FRANCISCO BRAIDA
SP-029143 - G RODRIGO ALCALDE FLORES
SP-024387 - G CARLOS FERNANDO AMARAL
SP-027434 - P JOSE ROQUE DE MELO
SP-028491 - G RODRIGO PRESTA
SP-025383 - G CAROLINA CAMPOS DEL DEBBIO BOACNIN
SP-027269 - G JULIANA PIRAGINE MADELLA
SP-031837 - P ROMEU DE FARIA CASTRO
SP-031032 - P CELSO LUIS MARQUES
SP-028157 - G JULIO AUGUSTO GONÇALVES
SP-030308 - P ROMILDO ROCHA DA SILVA
SP-030726 - G CLAYTON JOSE SANTAREN
SP-026814 - G LETICIA ORFALI VELEZ
SP-028784 - G ROSELI SANTOS DE OLIVEIRA
SP-028468 - G DANIEL FERNANDES
SP-028338 - P LOURIVALDO DE OLIVEIRA
SP-024433 - G SANDRA REGINA MILANI CIVOLANI
SP-028071 - G DANIELA ALINE PEREIRA SOUZA COSTA
SP-031604 - P LUCIANO ASSUMPÇAO FERREIRA MENDES
SP-024537 - G SERGIO AUGUSTO NACARATO
SP-023219 - G DANIELA DE BORTOLI
SP-031264 - P LUIS CARLOS DE AGUIAR
SP-030675 - G SILVIA MARIA LUTFI
SP-025517 - G DANILO FERNANDO RAMOS ANTUNES
SP-032021 - G LUIS FERREIRA DOS SANTOS
SP-027746 - G SIMONE VECCHI SOUZA
SP-023610 - G DAVID EDGAR OLIVEIRA MULLER
SP-029102 - G LUIZ ANTONIO DAMIAO
SP-030771 - G TARCISIO AUGUSTO MARIZ PINTO
SP-027392 - P DENILSON DE OLIVEIRA
SP-029156 - G LUIZ ANTONIO LEITE
SP-024119 - P THADEU ANTONIO PINTO MORALES
SP-027579 - G ELIAS DE CAMPOS RODRIGUES
SP-022896 - P LUIZ CARLOS ALVES HENRIQUES
SP-025274 - G THAIS MARCELINO
SP-023305 - P ELIAS PEREIRA SILVA
SP-025041 - G LUIZ CARLOS CATOIA
SP-022922 - P VALDEMAR KRIZEK FERNANDES
SP-027981 - G ELOIZA FERNANDES FERRAZ CANOILAS
SP-030280 - P LUIZ FABIANO DOS SANTOS
SP-023938 - P VALDEVINO JOSE DE MACEDO
SP-030553 - G EMERSON MOREIRA DA SILVA
SP-027053 - P LUIZ GONZAGA DE MELO COSTA
SP-027867 - G VALDOMIRO MANOEL
SP-029285 - P ENIVALDO MACIEL DOS SANTOS
SP-023885 - P LUIZ QUIRINO DA CRUZ
SP-025788 - G VICTOR AUGUSTO DE ARAUJO LINO
SP-027666 - P EUZELI RISSOLI CASADO BRIENZE
SP-028980 - G MANOEL ALVES DO NASCIMENTO
SP-029804 - G VINICIUS BANDECHI LORUSSO
SP-024848 - G FABIO MANTOVANI ADRIANO
SP-024751 - G MARCEL ALBUQUERQUE DE CAMARGO
SP-026664 - G VITORIO LOVISETTO NETO
SP-029973 - G FERNANDO GONÇALVES DE MORAES
SP-031402 - P MARCEL ZAMPOLI CALHEIROS
SP-028340 - P WALDECK SOUZA SANTOS JUNIOR
SP-025312 - G FLAVIA PINHEIRO CABRINI
SP-026082 - G MARCELO FLOREZ GUIMARAES
SP-028762 - G WALKYRIA DA COSTA BOMBONATO
SP-031383 - P FLORISVALDO PEREIRA DOS SANTOS
SP-031928 - P MARCELO SIMONI FERRO
SP-026193 - G WANESSA PUCCIARIELLO RAMOS
SP-029983 - G FREDERICH ANTONY HESSELBARTH
SP-030300 - P MARCIA APARECIDA MENDES
SP-030773 - G WILZA PAULA HAMADA
SP-031058 - P FREDERICO KADLEC
SP-031645 - G MARCIA MARTINS DA COSTA
SP-029749 - G WLAMIR TONY LUCAS RIBEIRO
SP-028738 - G GASTAO VEIGA GUIMARAES JUNIOR
SP-029881 - G MARCIA REGINA ROMANINI GOMES
SP-023232 - P ZILMAR ACACIO DE OLIVEIRA
Total Registros : 114
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