Struthio camelus - Linnaeus 1758

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Struthio camelus - Linnaeus 1758
ENFISEMA SUBCUTÂNEO NA REGIÃO CERVICAL DE AVESTRUZ (Struthio
camelus - Linnaeus 1758) – RELATO DE CASO
Silva, B. J. D.1 Barros, M. V.2 Balthazar, D. A. 1 Troccoli, F. 1 Magalhães, B. S. N. 1 Fedullo, L. P.
L. 1
1
Fundação Jardim Zoológico da Cidade do Rio de Janeiro (RIOZOO)
2
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
[email protected]; [email protected]; [email protected];
[email protected]; [email protected]; [email protected]
Palavras-chave: ruptura, saco aéreo, ratita
Introdução: O avestruz pertence à Família Struthionidae da Ordem Struthioniformes e
são conhecidos como ratitas (1). Possuem dez sacos aéreos, sendo suas
características estruturais e dos revestimentos epiteli ais semelhantes aos observados
em outras aves (2,3,4). Nos avestruzes, o enfisema subcutâneo na região cervical é
causado pela ruptura do saco aéreo clavicular e, normalmente, tem origem traumática,
devido a choque do animal contra obstáculos ou briga com indivíduo da mesma
espécie (5). O enfisema subcutâneo cursa com aumento de volume da região
acometida com extensão variável, crepitação à palpação e a inquietação da ave pelo
incômodo causado na região acometida (5,6). O objetivo deste trabalho foi relatar um
caso de enfisema subcutâneo na região cervical em avestruz. Métodos: Um exemplar
de avestruz macho, adulto, foi atendido no hospital veterinário da Fundação RIOZOO,
apresentando aumento de volume em toda a região cervical, com aumento cerca de
duas vezes o seu diâmetro. Diante da suspeita clínica de enfisema subcutâneo , foi
realizada a punção aspirativa da região cervical e confirmada a presença de ar no
tecido celular subcutâneo da região. Foi realizada fixação de um cateter 14Gx2''
através de incisão na pele e sutura com fio não-absorvível (Nylon 0) de maneira a
possibilitar a drenagem diária, enquanto que o saco aéreo regenera -se
espontaneamente. Após cinco dias de tratamento, houve regressão do volume na
região cervical e o animal foi mantido em observação até ser reintroduzido ao grupo.
Conclusão: Conclui-se neste caso que, conforme relatado na literatura, a técnica de
drenagem por fixação de cateter se mostra bastante viável nestes animais, além de
rápida e favorável evolução provando que quando o enfisema subcutâneo é detectado
e tratado precocemente diminui consideravelmente as chances de recidiva.
Referências bibliográficas:
1. CUBAS, S.Z.; SILVA, R.J.C.; CATÃO; D.L.J. (2006). Tratado de animais selvagens - medicina veterinária. Roca,
edição: 1, São Paulo.
2. SCHULTZE, F. E. (1908). Die Lungen des afrikanischen strausses. Sitzungsberichte der Konig/ich Preusschen
Akademie der Wissenschaften, v.1, p.416-431.
3. BEZUIDENHOUT, A.J., GROENEWALD H.B., GROENEWALD, SOLEY J.T. (1999). An anatomical study of the
respiratory air sacs in ostriches. D.V.Sc . thesis. University of Pretoria. Onderstepoort Journal of Veterinary Research,
v.66, p.317-325.
4. SOLEY, J.T., GROENEWALD, H.B. and BEZUIDENHOUT, A.J. (1998). Ultrastructural features of the epithelial
lining of the air sacs of the ostrich. In: Huchzermeyer, F. W. Ratites in a Competitive World. International Ratite
Congress.2., 1998, Oudtshoorn, South Africa . Proceedings.., p. 96–98.
5. HUCHZERMEYER. W.F. (1999). Veterinary Problems. In: DEEMING, D.C editors. The ostrich biology, production,
and health. London: CABI Publishing, 1999. p.1-358.
6. COSTA, M. L.; MESQUITA, P. E. (2012). Anomalia em aves silvestres: Enfisema subcutâneo em Ninhego de
Elaenia cristata nos campos rupestres da Serra do Cipó, Minas Gerais. Atualidades Ornitológicas, n.169.

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