Ao longo destes 25 anos à frente de coros
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Ao longo destes 25 anos à frente de coros
capa Ano 38 • Vol. 2 • Nº 143 E M P A U T A 4 NO TEMPO E NA MÚSICA – Regente por paixão e conhecido por seu bom humor, Marcos Sanches falou sobre como surgiu a vocação, seus desafios e sonhos para o Coro da PIB de São José dos Campos. artigos, estudos e reportagens 18Abrigo Ramon Chrystian A. Lima 19 Diferentes ou iguais? Existe diferença entre Diretor de Música e Ministro de Música? Byron Azeredo 21 Um ministério familiar Dayvid Lúcio Damázio Pinho 23Guitarra e Tecnologia – Noção geral de equipamentos Ramon Chrystian Título: Conversa Afinada com Marcos Sanches 4 26 Sete habilidades ao Ministério de Música Ramon Chrystian 28 Nossos pães e nossos peixes Fabiane Morete Paiva seções 2 Linha suplementar 3Prelúdio 4 Conversa afinada 9 Notas e notícias Bênçãos compartilhadas 9 12 Hino do mês –ABRIL 14 Hino do mês – MAIO 16 Hino do mês – JUNHO 17 Hino da ênfase da CBB para 2015 18Intermezzo 31 Ordem de culto – Mães que brilham (Marcus Gerhard) LOUVOR 1 L I N H A S U P L E M E N T A R D+ De: Marcia Malafaia [[email protected]] Para: [email protected] INICIATIVA De: Mateus de Jesus [[email protected]] Para: [email protected] “Leila, Graça e paz! Agradeço por toda atenção que você sempre dá a tudo que enviamos e parabenizo pela revista, pois ela está sempre demais. Um forte abraço! No ideal de servir a Cristo.” “Olá, Leila Gusmão. Meu nome é Mateus de Jesus e sou membro da IB de Porto da Madama, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro. Estou no último ano do curso de Música Sacra no Seminário Teológico Batista de Niterói. Gostaria de contribuir para uma edição da revista Louvor por meio de uma de minhas poesias. Um abraço.” Marcia Malafaia MM da IBMemorial Esperança em Água Fria, Recife, PE. FELIZ De: Jorge Arruda [[email protected]] Para: [email protected] “Olá, Leila! Estou muito feliz em contribuir com a revista Louvor e espero que essa Série Especial seja bênção na vida dos músicos de nossas igrejas.” Jorge Arruda Ministro de Música da Igreja Evangélica Batista de Casa Amarela em Recife, PE. Mateus de Jesus Seminarista de Música Sacra na IB de Porto da Madama, RJ. Resposta da Redação: “Mateus, agradecemos sua contribuição e confiança e solicitamos que envie-nos seus dados para repassar para a editora. Um abraço.” Leila Gusmão Redatora CARTA/E-MAIL PARA A REVISTA LOUVOR – Envie suas solicitações, dúvidas e sugestões para Rua José Higino, 416, prédio 28 – CEP 20510-412 – Tijuca – Rio de Janeiro, RJ, ou para o e-mail [email protected] 2 LOUVOR P R E L Ú D I O ISSN 1984-8676 Literatura Batista Ano 38 • Vol. 2 • Nº 143 LOUVOR é uma revista destinada aos ministros e diretores de música, estudantes de Música Sacra, professores, regentes, pianistas, organistas, coristas, instrumentistas em geral, pastores, comissão de música, grupos musicais e todos aqueles interessados no programa de música e adoração da igreja local. Inclui matérias de técnica musical, reportagens, artigos inspirativos e partituras sacras. Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não expressam necessariamente a opinião da Redação Todos os direitos reservados. Copyright © 2015 da Junta de Educação Religiosa e Publicações da Convenção Batista Brasileira Proibida a reprodução deste texto total ou parcial por quaisquer meios (mecânicos, eletrônicos, fotográficos, gravação, estocagem em banco de dados etc.), a não ser em breves citações, com explícita informação da fonte Publicado com autorização por Convicção Editora CNPJ (MF): 08.714.454/0001-36 Endereços Caixa Postal, 13333 – CEP: 20270-972 Rio de Janeiro, RJ Telegráfico – BATISTAS Eletrônico – [email protected] Editor Sócrates Oliveira de Souza Coordenação Editorial Solange Cardoso de Abreu d’Almeida (RP/16897) Redação Leila Christina Gusmão dos Santos Produção Editorial OliverarteLucas Produção e Distribuição Convicção Editora Tel.: (21) 2157-5567 Rua José Higino, 416 - Prédio 16 - Sala 2 - 10 Andar Tijuca – Rio de Janeiro, RJ Quando a Quando a teologia teologia me cantar faz cantar me faz Mateus de Jesus A teologia me faz cantar quando me apresenta o Cristo Vitorioso, soberano. Que venceu a morte. A teologia me faz cantar quando me fala de Jesus, que não ama uma multidão, mas ama o indivíduo. A teologia me inspira a cantar, tocar, compor, escrever, quando me apresenta o Jesus bíblico, que é o mesmo desde a criação do mundo. A teologia me leva a cantar a comunhão, quando prega os mandamentos recíprocos que tornam os crentes parecidos com seu Mestre. A teologia me faz cantar quando aponta para o Cristo. Somente para o Cristo. É no Cristo vivo que acreditamos e em sua direção que nos movemos. A ele toda honra e glória! CEP 20510-412 [email protected] LOUVOR 3 C O N V E R S A A F I n A D A NO TEMPO E NA MÚSICA Entre a paixão pelos louvores e o Entrevista: Marcos Sanches aprendizado sobre a biosfera por Talita Araújo M MARCOS SANCHES é esposo, pai, meteorologista do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) em São José dos Campos e regente do Coro da PIB em SJCampos. Ele que é bacharel, mestre e futuro doutor na área de meteorologia, porém não deixa de se dedicar às belas músicas que levam muitos a estarem mais próximos de Deus. Regente por paixão e conhecido por seu bom humor, Marcos falou à FelizCidade sobre como surgiu a vocação, seus desafios e sonhos para o Coro PIB, grupo que encanta multidões e é a atração principal do Auto de Páscoa, que no último ano atraiu mais de 30 mil pessoas. Além de sua carreira como meteorologista, você é regente do Coro da PIB em SJCampos. Como essas duas paixões chegaram na sua vida? Meteorologia sempre foi algo que me chamou a atenção. Perguntava a mim mesmo: como é essa atmosfera que Deus controla? Foi com essa motivação que fiz bacharelado na USP, mestrado no INPE e agora estou no doutorado nessa área. Trabalho com pesquisa e desenvolvimento no INPE com o foco maior em entender a biosfera e seus efeitos frente às mudanças climáticas. Realizo muitas palestras e entrevistas, sempre visando à aproximação da ciência com o público leigo. 4 LOUVOR Creio que a educação ambiental na sociedade trará maior clareza frente às promessas de campanha dos nossos governantes. Quanto a estar como líder do Ministério do Coro PIB, nasci em um lar onde respirávamos músicas clássicas e evangélicas. Meu pai é pastor Júlio Sanches e minha mãe Audiva Barbosa Sanches sempre auxiliaram na música da igreja, regendo e tocando. Foi nesse ambiente que cresci, porém, não segui na formação acadêmica em música. Estudei o básico de música com teoria, piano e violoncelo e, hoje, toco saxofone. Embora não tenha formação acadêmica em música, sempre amei ver, analisar e conhecer mais sobre regência e liderança de pessoas. Ao longo destes 25 anos à frente de coros graduados, Deus vem me capacitando e hoje reconheço isso como um dom e um presente dele. Comecei regendo o Coro de Juniores na Igreja Batista Central de Sorocaba. Mais tarde, já membro da Primeira Igreja Batista em SJCampos, assumi o Coro de Adolescentes e depois o Coro de Juniores. Em 2011, Deus me chamou, por meio da pastora Leila, para liderar o coro principal da igreja. Hoje, tenho certeza de que fui abençoado por Deus com esse dom e tenho um grande parceiro, que é o maestro da orquestra Frederico Tavares, amigo há mais de 15 anos e um grande profissional da música. Como você concilia as atividades seculares com a liderança de um grande coral e suas apresentações? Agenda, organização, otimização e muita animação! Gosto demais de interagir com pessoas. Sou muito risonho e divertido! Acordo já animado, mas preciso ter claramente os objetivos do dia para ter uma boa medida no tripé: LOUVOR 5 trabalho, ministério e família. Sou voluntário da PIB em SJCampos e encaro isso com muita responsabilidade e satisfação. Faço porque amo Cristo e sei que ele vai remindo o tempo! Qual foi o seu maior desafio como maestro? Meu maior desafio é sempre a próxima canção que aprenderemos! Deus tem me dado um “maná” de cada vez. Quando chega uma novidade, analiso, ouço muitas e muitas vezes. Corro para conversas técnicas com Fred Tavares e parto para cima com a coragem de Davi e a humildade de Moisés! O que a música representa na sua vida e também da sua família? Represento a música como o óleo dito em Salmo 133: ela me une a Deus e faz aumentar minha comunhão com os irmãos. Recebo lindíssimas “Ao longo destes 25 anos à frente de coros graduados, Deus vem me capacitando e hoje reconheço isso como um dom e um presente dele” 6 LOUVOR canções, regozijo a cada ensaio e reparto em cada celebração a adoração ao meu Salvador! Como família, costumo dizer que minha esposa me conquistou com sua linda voz! Meus filhos já estudam violino e piano em casa, quero deixar o mesmo legado que meus pais me deixaram, pois fomos criados para adorar a Deus! Como é organizado o Coro PIB, que trabalha inteiramente com voluntários? Como são os ensaios? Compromisso e paixão com e por Deus são as palavras-chave. Sem elas não existiria ministério. Há um tempo venho encarando os ensaios como verdadeiras celebrações. Deus fala conosco e precisamos permitir isso durante os ensaios. Afinal, quando subimos em qualquer local para cantar, estaremos ali transbordando o que recebemos da parte dele nos ensaios. Quanto à parte técnica, temos o que já conhecemos de qualquer coral, como as divisões em vozes. Vozes mais agudas, os sopranos; mulheres com vozes mais graves, os contraltos; os homens se dividem em tenores e baixos, estes últimos com vozes mais graves. Sempre preparamos um “kit de ensaio”, caderno com as canções e o áudio da voz exata que cada corista precisa cantar. Além do coral, Deus nos agraciou com duas pianistas: Valerie Falcão, que está conosco há mais de 11 anos e, mais recentemente, a Vania de França. Faço aqui uma ressalva: invista no seu filho para estudar não somente as cifras e harmonias de um teclado mas, também, o piano clássico. São 11 mil membros na igreja e temos somente duas pessoas disponíveis para acompanhar uma orquestra. Como você vê hoje a musicalidade do povo brasileiro? Com muita apreensão; tenho notado um empobrecimento dos nossos ouvidos. Melodias repetitivas ou canções faladas, batidas sempre iguais e com qualidade musical e textual muito baixa. Isso ficou muito latente ao sair às ruas pós um jogo da Copa do Mundo do ano passado, quando o Brasil venceu. Era patente ver diversos carros com seus sons “no talo” tocando o que chamamos de “funk” que, aliás, é muito longe da música funk original. Oro realmente para que Deus presenteie nossas igrejas com coros dentro de cada faixa etária! “Represento a música como o óleo dito em Salmo 133: ela me une a Deus e faz aumentar minha comunhão com os irmãos. Recebo lindíssimas canções, regozijo a cada ensaio e reparto em cada celebração a adoração ao meu Salvador” LOUVOR 7 O que é preciso para participar do Coro PIB, um instrumento tão significativo na vida da igreja? Hoje somos em 140 pessoas, mas sempre falo que meu sonho para o Coro PIB é o de 10% da membresia, ou seja, hoje o que seria em torno de mil pessoas. É possível, tenho certeza em Deus que é. As prerrogativas são amar a Jesus, batizar-se ou estar integrado no Curso Integração (destinado a todas as pessoas que vêm de outras igrejas) e numa célula da PIB em SJCampos. Muitos pensam que para servir no Coro PIB é necessário ter uma experiência anterior. Tenho certeza de que a capacitação 8 LOUVOR vem do Senhor. Outros dizem que são desafinados, rebato dizendo que não existem desafinados mas, sim, destreinados. Nossas celebrações-ensaios sempre acontecem aos sábados, às 15h, no Campus Betânia. Convido a todos a experimentar desse óleo do Senhor. Tenho certeza de que nunca mais serão os mesmos! Entrevista gentilmente cedida por Talita Araújo. (Fonte: ARAÚJO, Talita. Revista FelizCidade, Ano VII, nº 28 – Acervo de fotos: FelizCidade.) N O T A S E N O T Í C I A S BÊNÇÃOS COMPARTILHADAS Márcia Malafaia No primeiro domingo tivemos a abertura com o pessoal da nossa igreja. Foi um culto abençoado! O grupo de louvor cantou o hino oficial “Há um clamor agora”, que é de minha autoria. Quero compartilhar neste artigo as bênçãos do Senhor para a nossa vida e Deus tem sido sempre generoso conosco não só em suprir nossas necessidades, mas também em nos ensinar. A cada mês da música Deus tem nos ensinado a sermos cristãos melhores e mais atuantes na sua obra. E precisamos também nos lembrar do que aprendemos mais: mais adoração, mais dedicação, mais tempo para a obra, mais entrega. O mês da Música da Igreja Batista Memorial Esperança contou com um tema que nos fez refletir muito sobre devemos proclamar Cristo em cada momento de nossa vida. LOUVOR 9 Ruby Boddy, Ministra de Música, membro da Missão Pentecostal no Vasco da Gama, Recife, PE e regente do Coro da IB do Alto José do Pinho. Realiza trabalhos musicais com comunidades carentes e também lidera a orquestra Villa-Lobos. Esteve conosco trazendo músicas natalinas com o grupo de crianças da comunidade carente do Temporal –Recife. Recebemos as crianças com lanche e cada uma saiu dessa noite com uma pequena lembrança. Foi uma noite memorável e abençoada! Também tivemos a participação da aluna Vitória que tocou violino brilhantemente. PR. SAMUEL TITO Pastor presbiteriano que liderou o grupo Vencedores por Cristo do Nordeste, esteve conosco cantando, louvando e adorando a Deus. Trouxe-nos uma palavra abençoada que nos levou à reflexão e a pôr em prática para “chegarmos à estatura do varão perfeito”. 10 LOUVOR Grupo SAL DA TERRA (GARANHUNS) SAL DA TERRA É uma associação composta por cristãos de várias denominações, unidos com um só propósito: apoiar integralmente a expansão do reino de Deus no sertão nordestino. Tem como foco as pequenas localidades com menos de 1% de evangélicos, onde busca participar de ações de plantação e fortalecimento de igrejas. Para tanto, desenvolve diversas atividades em vários estados brasileiros; nas igrejas, nas praças, escolas, feiras, congressos, esquinas. Enfim, aonde quer que Deus os oriente tem se esforçado a chegar lá com a mensagem da salvação para os que ainda não creem, enquanto que aos que creem levam o desafio de um maior envolvimento com a obra missionária. Fazem tudo de uma maneira bem contextualizada, usando a riquissíma cultura nortestina em suas mais diversas expressões. Sal da Terra, que é uma banda que toca e canta no estilo nordestino, nos abençoou no encerramento do mês da música. Trouxe testemunhos, experiências marcantes, músicas que nos levaram a adorar e a entender a mensagem de proclamarmos Cristo por onde quer que andemos, além de trazer uma palavra poderosa de transformação de vida. Deus seja louvado! Agradecemos a Deus por esse mês abençoado, pela ajuda do pastor Jefferson e o empenho de todos da IB Memorial Esperança, às famílias e demais pessoas que nos ajudaram direta e indiretamente para a realização desse mês abençoado na vida da igreja! Márcia Malafaia Ministra de Música da IB Memorial Esperança em Água Fria, Recife, PE. Festival de Corais de Música Sacra Concerto musical traz à Fortaleza apresentação de Música Sacra Coral Unileste participa da terceira edição do evento realizado em Ipatinga O evento de Música Sacra, Louvor em Harmonia V, aconteceu no dia 24 de janeiro de 2015 na Faculdade Sete de Setembro IPATINGA – No sábado (15 de novembro de 2014), o Coral do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (Unileste) participou do III Festival de Corais de Música Sacra, em Ipatinga, MG. O evento, promovido pela Igreja Evangélica Luterana do Brasil, é um convite à comunidade para participação em atividades saudáveis que promovam a qualidade de vida. O Festival, alusivo aos 50 anos da Igreja Luterana no Vale do Aço, foi realizado no templo da Igreja Luterana de Ipatinga, às 19h30, no Bairro Iguaçu. O festival foi aberto ao público, com entrada franca. Além do Coral Unileste, participaram do Festival os corais: Madrigal Exsultate, o Coral Usina Intendente Câmara de Ipatinga e o Coral Luterano das cidades de Ipatinga e Timóteo. Durante o evento, cada um dos corais convidados apresentou cinco músicas do repertório sacro. As canções escolhidas pelo Coral Unileste para a apresentação foram: O Quam Amabilis, de Giovanni Pierluigi da Palestrina; Agnus Dei, de Mozart; Santo, de Beethoven; Panis Angelicus, de Cezar Franck; e o Salmo 146. O coral Unileste, em atividade desde 2003, representa parte do patrimônio artístico da região, por sua reconhecida tradição no canto coral. Composto por alunos e funcionários do Centro Universitário, além de pessoas da comunidade, é regido pelo maestro Luciano Lima. Ao logo de sua trajetória, o Coral Unileste tem participado de festivais, cultos ecumênicos, cantatas de Natal, eventos acadêmicos, formaturas e encontros de corais, tendo atuado como anfitrião e criador de oportunidades de divulgação e valorização da música vocal. O evento cristão Louvor em Harmonia V, promovido pela Igreja Batista Manancial, traz à Fortaleza um concerto de Música Sacra, estilo que desperta sentimentos de religiosidade, espiritualidade, santidade e adoração a Deus. Com a apresentação do grupo de 180 musicistas de vários estados do Brasil, o recital “Alegrai-vos no Senhor” abriu as portas ao público, no sábado, 24 de janeiro de 2015, no auditório da Faculdade Sete de Setembro (FA7) a partir das 19 horas, com entrada gratuita. De acordo com um dos organizadores do evento, Bruno Leonardo, as músicas são originais e foram compostas por músicos baseando-se na letra da carta do apóstolo Paulo aos Filipenses. Para ele, o “evento capacitará os participantes, em seus respectivos talentos musicais, a usarem em suas igrejas um louvor de cunho tradicional”. Durante uma semana, os musicistas participaram de oficinas e treinamentos com a finalidade de aperfeiçoar as habilidades de canto e de instrumentos. As aulas foram ministradas por instrutores formados e com experiência em canto e regência. Apresentação do Louvor em Harmonia IV em 2014 A orquestra, juntamente com o coral, conta ainda com participação de pessoas de vários estados brasileiros como o Rio Grande do Norte, São Paulo, Paraná, Amazonas, Paraíba e Fortaleza. Para esta edição do evento, o regente foi Jaime Fernandes Júnior, graduado em Licenciatura em Regência pela Universidade do Estado do Amazonas – UEA (2009) e Bacharel em Teologia pelo Seminário Batista Regular do Sul (2013); atualmente é Pastor de Música da Igreja Batista Manancial em Fortaleza, CE (2014). CARTAS PARA REVISTA LOUVOR – Envie suas solicitações, dúvidas e sugestões para Rua José Higino, 416 – Prédio 28 – Tijuca – CEP: 20510-412 – Rio de Janeiro, RJ, ou para o e-mail [email protected] LOUVOR 11 H I N O D O M Ê S ABRIL – Ensino/Páscoa A SUBMISSÃO EM TODA SUA PLENITUDE SE REVELA NO MODELO DE CRISTO, QUANDO, POR NÓS, ELE SE ENTREGOU INUNDADO DE AMOR DIVISA: “E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz!” (Filipenses 2.8) Textos auxiliares: João 3.16,36; 1João 5.11; Romanos 5.6,8; 2Coríntios 5.15 12 LOUVOR Opções para a sua igreja cantar Hino: O Rei da glória, o Rei dos reis (Guilherme Kerr/ Jorge Camargo) Fonte: 194 HCC Hino: Rude cruz (George Bennard) Fonte: 132 HCC Cântico: Quebrantado (Jeremy Riddle/Beto Tavares) Fonte: CD Quebrantado, Adorando em casa vol. 1 | Vineyard Brasil | Acervo Virtual Song Select; Música CCLI nº 5485220. LOUVOR 13 HINO DO MÊS MAIO – Família/Ação Social A FAMÍLIA CRISTÃ SE MANTÉM FIEL AO SENHOR, MESMO CERCADA POR UMA SOCIEDADE CORROMPIDA Divisa: “Mas, eu e a minha família serviremos ao Senhor” (Josué 24.15b) Textos auxiliares: Deuteronômio 6.2; 26.16; 30.16; Provérbios 4.23; Atos 16.31 14 LOUVOR Hino: Em Cristo seja o lar edificado (Hart/R. Manuel) Fonte: 590 HCC Hino: Opções para a sua igreja cantar Que feliz é o lar (Kaschel/ Oliveira Filho) Fonte: 595 HCC Cântico: Eu e minha casa (André Valadão) Fonte: CD Mais que abundante – André Valadão; Acervo Virtual Song Select; Música CCLI nº5529409. LOUVOR 15 H I N O D O M Ê S JUNHO – Educação cristã/Pastor COMPROMETIDOS COM O ENSINO E SUBMISSOS À SUA PALAVRA Divisa: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça” (2Timóteo 3.16) Textos auxiliares: Rm 12.7; Pv 4.2; Mc 1.22; Tito 1.9; Salmos 25.4; 32.8; 119.12; Mateus 7.28 Hino: Vem me ensinar, Senhor (Gilbert K. Heegen/David W. Hodges) Opções para a sua igreja cantar Fonte: 475 HCC Hino: É divina, sábia e pura (Fonseca/Sleeth) Fonte: 214 HCC Cântico: Oferta agradável a ti (Cassiane) Fonte: CD Com muito louvor (2000); 16 LOUVOR Ê N F A S E C B B / 2 0 1 5 DESAFIADOS A SER PADRÃO DE SUBMISSÃO A CRISTO TEMA ANUAL: INTEGRALMENTE SUBMISSOS A CRISTO DIVISA: “Libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna” (Romanos 6.22) HINO: Livre em Cristo (Jilton Moraes/Ralph Manuel) Fonte: HCC 308 LOUVOR 17 I n terme z z o ABRIGO Ramon Chrystian A. Lima “Tu és o meu abrigo; tu me preservarás das angústias e me cercarás de canções de livramento” (Salmo 32.7) Q Quem mora ou já morou no Seminário do Sul (STBSB) certamente conhece bem a ladeira que conduz à entrada do campus. Árvores frondosas cercam o caminho, tornando-o bonito e vívido. Por vezes, encontramos micos nas árvores ou aves especiais que tornam a caminhada ainda mais prazerosa. Porém, nos dias de tempestades de verão, caminhar por ali torna-se perturbador. Relâmpagos reluzem sobre a copa das árvores, chuva e vento tempestuoso podem nos encontrar no caminho e assim podemos ficar à mercê das intempéries. Como seria bom um abrigo! Um banho e um chocolate quente para tirar a friagem e relaxar o corpo. Será que poderia alguém, que tem um abrigo, abandoná-lo para ir de encontro à tempestade, aos ventos, raios e ao frio? É assim que fazemos quando na vida e no ministério preferimos seguir com nossas próprias cabeças em vez de ter abrigo no conselho do Senhor. Não viva fora do abrigo de Deus. Não caminhe fora do abrigo. Na angústia ou na alegria, permaneça no abrigo. Ramon Chrystian A. Lima Ministro de Música da SIB de Barra do Piraí, RJ. 18 LOUVOR D A r tigos DIFERENTES OU IGUAIS? Existe diferença entre Diretor de Música e Ministro de Música? Byron Soares Azeredo D Desde o Antigo Testamento vemos a importância da música no meio do povo de Israel destacando a tribo de Levi, a qual foi designada para cuidar do tabernáculo, ser sacerdote, tocar os instrumentos e cantar (leia os livros de Números e das Crônicas). Deus separou os levitas para uma responsabilidade muito grande e especial e estes não eram sustentados por algum fruto do trabalho, mas pelos dízimos dos filhos de Israel (Números 18.24). Os que comandavam a área musical do tabernáculo eram Hemã, Asafe e Etã. O tabernáculo era um lugar sagrado onde o povo se reunia para adorar a Deus com uma reverência total, pois ele designou assim. destacar o diretor de música e o ministro de música. Há alguma diferença entre tais cargos? Há uma vantagem de um sobre o outro? Vale entender que ambos foram chamados para o mesmo fim: coordenar o departamento de música da igreja. Hoje nos cabe entender que a responsabilidade não mudou e que Deus chamou pessoas para o ministério na igreja e quero Primeiramente, há o diretor de música que é membro ou não da igreja local, que foi chamado para coordenar o departamento LOUVOR 19 de música, mas não tem muito conhecimento na área, pois não tem uma visão geral do ministério em si e, geralmente, não é remunerado e não tem formação tanto técnica quanto ministerial, salvo algumas exceções. Mas há outro tipo de diretor de música que é importante observar: aquele que é formado pelo Seminário de Música Sacra, porém, exerce o papel na igreja somente como diretor de música cuidando da parte técnica na área musical da igreja. Isso acontece quando ele é convidado por uma denominação ou igreja que não o reconhece como ministro de música e não há ordenação para o cargo, com isso, trabalhando como diretor. Um bom exemplo nos dias de hoje são as igrejas presbiterianas que contratam ministros de música formados pelo seminário, mas que os denominam diretores de música. Enfim, a função do diretor de música, como o próprio nome diz, é dirigir a área musical da igreja e seu papel não deixa de ser importante. O ministro de música se diferencia do diretor de música no âmbito ministerial: fez seminário de Música Sacra, estudando matérias teológicas e de música com ênfase na parte ministerial. Quando se forma, é ordenado pela igreja como Ministro de Música (a ordenação é o diferencial). É remunerado pela igreja e exerce sua função tanto parcial quanto integral dependendo da necessidade da igreja. Sua responsabilidade é maior em grau de importância no âmbito espiritual, pois tem a responsabilidade de ministrar e cuidar dos seus liderados, das pessoas, como auxiliar ao pastor titular. Ele conduz a congregação a adorar a Deus fazendo com que entendam a música que está sendo cantada e tocada no contexto bíblico aplicando no coração e na vida de cada um que está presente ali. Não é somente uma questão de profissionalismo no que tange sua formação musical, mas diante de Deus sua responsabilidade é muito grande, pois conduz o povo escolhido a reconhecer um Deus amoroso e que é digno de ser adorado em espírito e em verdade. A função do diretor de música depende muito da visão da igreja e também do pastor, pois há tantos diretores exercendo cargo de ministros de música sem nenhum problema porque a igreja ou o pastor o vê como tal sem diferenciar a questão da formação e ordenação. Mesmo tendo somente a formação técnica, mas fazendo bem o trabalho, já vale por todos. Importante é saber que ambos foram chamados por Deus para exercerem tais cargos e que vantagens ou desvantagens não existem, pois não é uma questão de competição. Ambos são importantes para o reino de Deus e precisam “dar fruto que permaneça” ( João 15.16). A obra do Senhor não pode parar, pois “a seara é grande, mas poucos são os ceifeiros” (Mateus 9.37). Byron Soares Azeredo Bacharel em Música Sacra pelo CETEBES; Diretor de Música da Igreja Batista Memorial em Mantena, MG. (Colaboraram com esse artigo: MM Éder Campos e MM Keyla Esperidon.) 20 LOUVOR A r tigo Um ministério familiar Dayvid Lúcio Damázio Pinho Texto base:1Crônicas 15.1-8 D Davi construiu casas para si na Cidade de Davi. Também preparou um lugar para a arca de Deus, e armou-lhe uma tenda. Então Davi disse: Ninguém deve levar a arca de Deus, senão os levitas; porque o SENHOR os escolheu para levarem a arca de Deus e para o servirem para sempre. Então Davi convocou todo o Israel em Jerusalém para trazer a arca do SENHOR ao lugar que lhe havia preparado. Ele convocou os descendentes de Arão e os levitas: Dos descendentes de Coate, Uriel, chefe de cento e vinte de seus irmãos. Dos descendentes de Merari, Asaías, chefe de duzentos e vinte de seus irmãos. Dos descendentes de Gérson, Joel, chefe de cento e trinta de seus irmãos. Dos descendentes de Elizafã, Semaías, chefe de duzentos de seus irmãos. Durante o mês de maio nossa abordagem será sobre a família, ilustrando a realidade dos relacionamentos como equipe que atua no ministério, cujo conceitos e princípios já falamos em lições passadas. Já sabemos que “ministério” significa “serviço” e não é novidade para nós que servir em comunidade tem muitos desafios. Podemos perceber no texto que os líderes levantados para dirigir a música no tabernáculo foram chamados para servir juntamente com eles seus filhos – sua família. Estamos falando de um ministério que serve em família, que convive com relacionamentos saudáveis. Como, então, servir a Deus sem entrar em conflito com nossas preferências e as dos outros? Como não permitir que as diferenças entre nós sejam motivos de constrangimento e barreiras para a nossa equipe e principalmente no louvor congregacional? LOUVOR 21 1. Cooperativismo “E Davi, juntamente com os capitães do exército (...)” (1Crônicas 25.1) – Davi não tomou a decisão sozinho, mesmo sendo rei; – Na família, trabalhamos todos para o mesmo objetivo. “Como a congregação vê a sua vida? Que referência somos para as pessoas que Deus nos confiou a tarefa de auxiliar e servir na adoração?” Exemplos de ações em conjunto: a) Partilhar – a equipe pode conversar com seus líderes sobre como está o andamento das coisas e o que precisa melhorar etc. b) Participação no processo – é quando todos os envolvidos participam desde a escolha dos cânticos, dos arranjos, sugerindo melhor horário de ensaio, deixando de lado o gosto pessoal de “A” ou “B” mesmo se for líder, mas que as ministrações sejam mais “a cara” da equipe. afinal todos nós somos chamados ao sacerdócio com Cristo (1Pe 2.9), mas para termos uma conduta de cristãos, não de músicos somente, sem privilégios. 2. Separação “separou para o ministério (...)” (1Crônicas 25.1) 3. Organização (1Crônicas 25.1-5) Toda família precisa de ordem e procedimentos para seus membros caminharem juntos: É interessante falar em separação pensando em unidade. Mas, para os líderes levitas e sacerdotes do Antigo Testamento a separação significava estar separado do pecado (levando na testa a inscrição “Santidade ao Senhor” – Êxodo 39.30). Apontamentos: a) Estar totalmente dedicado ao serviço do Senhor; b) Ter responsabilidade no serviço; c) Ser referência para a congregação – os levitas e sacerdotes tinham hábitos, vestimentas e conduta peculiares que os tornavam diferentes das demais pessoas. Não é essa separação que estamos buscando para a aplicação, Como a congregação vê a sua vida? Que referência somos para as pessoas que Deus nos confiou a tarefa de auxiliar e servir na adoração? a) Contados de 30 anos para cima – maturidade. Na família não rompemos os laços nem a abandonamos por causa de desentendimentos; b) 4.000 músicos, 288 mestres, 3 líderes – havia uma organização de turnos e escalas. Fico imaginando como deveriam ser os ensaios, a preparação de tudo. Creio que para uma gestão como essa é necessário grande envolvimento e responsabilidade com horários, datas e procedimentos de funcionamento; Dayvid Lúcio Damázio Pinho c) Seguir a orientação do líder – “com os instrumentos musicais que Davi preparou” (1Cr 23.5); “De acordo com as instruções finais de Davi (...)” (1Cr 23.27). Por mais democrático que um líder possa ser, algumas definições e decisões ele precisará tomar sozinho e evitar que o projeto pare nas discordâncias do grupo. “Todos estavam sob a direção de seu pai para a música da casa do Senhor” (1Cr 25.6). Insights: 1. Instruídos no canto ao Senhor, todos eles mestres (1Crônicas 25.7) – buscar aperfeiçoamento, maior preparação e domínio da linguagem musical pode ajudar na comunicação como músicos, falando a mesma língua. 2. Discipulado – o mestre juntamente com o discípulo (1Crônicas 25.8). Você está disposto a cooperar com a família ministerial e disponibilizar seus talentos musicais para ensinar outros? Afinal, ficar só criticando sentado no banco não vai ajudar muito! 3. Família precisa fazer junto, confraternizar-se – as equipes precisam se reunir além dos momentos de louvor congregacional. Que possamos refletir sobre a qualidade do nosso fazer musical e investir no comprometimento como família de Deus em sua obra. é ministro de música na Igreja Batista do Conforto, Volta Redonda, RJ ([email protected]). 22 LOUVOR O