Ayrton Senna do Brasil

Transcrição

Ayrton Senna do Brasil
Reportagem
Ayrton Senna
do Brasil
Especial
Apólogos
Entrevista
com dr. Octávio Cintra
{SUMÁRIO}
3 Entrevista: Felipe M. Pereira Ribeiro
Editorial
4 Reportagem: Saúde
UMA REFERÊNCIA PARA A NAÇÃO
Submarino Nuclear: um sonho brasileiro
Um olhar diferente
6 Entrevista: Dr. Octávio Cintra
Apneia do sono: o inimigo invisível
7 Crônica
Só Batatas
Ayrton Senna brilhou nas pistas de Fórmula 1, sempre carregando
consigo a bandeira do Brasil, pois como ele mesmo afirmava “O
fato de ser brasileiro só me enche de orgulho”, e, ainda hoje,
mesmo 20 anos após sua morte, é lembrado pelo povo que tanto se
orgulhou de suas conquistas.
É de grande importância que tenhamos como referência pessoas tão
competentes quanto Ayrton, tão humanas e tão patriotas, que nos
espelhemos naqueles que fizeram sua história sempre buscando o
melhor, de forma justa e honesta.
8 Reportagem: Esporte
“Ayrton Senna do Brasil”
11 Entrevista: Roger Chammas
Nesta edição, apresentamos uma reportagem sobre alguns fatos
importantes da vida desse ídolo brasileiro e, em nossa seção especial,
demonstramos parte do trabalho dos alunos na redação de apólogos,
pequenos textos, de linguagem bastante simples, porém que nos
trazem grandes reflexões sobre o comportamento humano. Além
dessas matérias, diversos outros assuntos e gêneros foram abordados,
pois, como já explicado em edições anteriores, todos os textos aqui
publicados são frutos de produções realizadas por nossos alunos dos
8os e 9os anos do Ensino Fundamental II.
Câncer: a busca de sua cura
12 Especial: Apólogos
14 Reportagem: Comportamento
Planejando o futuro
16 Reportagem: Esporte
Pequenos atletas, grandes talentos
17 Crônica
Nem sempre o tempo leva ao progresso
Desde a escolha do tema, pesquisas, contato com entrevistados,
enfim, todos os passos do processo de elaboração de um texto são de
responsabilidade dos alunos, que, na maioria das vezes, trabalham em
equipe, desenvolvendo o espírito de coletividade e aprendendo a lidar
com as adversidades.
É com grande apreço que o Colégio Vértice divulga esta publicação,
por ser mais um exemplo da seriedade com que atua na área da
educação, desenvolvendo em seu aluno um olhar diferenciado e crítico
da sociedade em que vive.
18 Resenhas
19 Crônica
Plim
Boa Leitura!
20 Seção Curumim
Claudine Alves Willemann
22 Quiz: Você conhece a Fórmula 1?
23 Guia
Vitaminas de Sucesso
Professora responsável
pela execução do projeto
Errata: Na edição de número 10, o depoimento de Walkiria de Alexandre Cloretti é
de responsabilidade da aluna Bianca Hallage, então aluna do 9º Ano C.
Expediente
Conselho editorial:
Claudine Alves Willemann
Alunos dos 8os e 9os anos
do Colégio Vértice
Diretoria:
Walkiria Gattermayr Ribeiro
Revisão:
Claudine Alves Willemann
Liliana L. de Mello Castanho
2 { VÉRTICES } julho 2014
Produção dos textos:
Alunos dos 8os e 9os anos
do Colégio Vértice
Capa:
Alexandra A. Terzian Simonka
Imagem da capa:
Instituto Ayrton Senna
Editora de arte:
Alexandra A. Terzian Simonka
Contato:
[email protected]
Impressão:
Improta Gráfica e Editora Ltda.
Tiragem:
2500 exemplares
Colégio Vértice
R. Vieira de Morais, 172
CEP 04617-000 – Campo Belo – SP
TEL/FAX: 11 5533-5500
{ENTREVISTA}
FELIPE MARTINS PEREIRA RIBEIRO
Submarino Nuclear: um sonho brasileiro
Por Daniel André Campos, Fernanda Igino Franzin, Gabriel de Rosa Peano, Georgia Vaccari Borrelli, Júlia de Souza Capuano, Júlia Loripe Guimarães e Ricardo Hori.
Alunos do 8º Ano A.
Felipe Martins Pereira Ribeiro, formado em Engenharia Metalúrgica na POLI
(Universidade de São Paulo), é um dos responsáveis pelo desenvolvimento do submarino
nuclear, projeto que está sendo executado pelo Brasil em parceria com a França,
onde funcionários brasileiros são treinados para a realização de suas etapas. Serão
fabricados cinco submarinos, sendo quatro convencionais e um de propulsão nuclear,
que funcionará com combustível nuclear como fonte de energia. Felipe atua na análise e
desenvolvimento da vareta de combustível.
O projeto de construção de um submarino
já é idealizado desde a década de 70, mas
os governantes foram adiando-o, pois o julgavam menos importante. O que motivou o
Estado a construir o submarino agora?
Principalmente a descoberta das reservas do présal, que ampliou muito a área no oceano, necessitando de vigília. O submarino é uma das maneiras de vigiar essa nova área a ser controlada.
Os engenheiros brasileiros já estão na
França recebendo treinamento para construírem o submarino. Qual é a importância
de construí-lo aqui e não importá-lo?
O convênio foi feito principalmente com a França
porque, diferente de outros países que venderiam
o submarino, o país está fazendo transferência de
tecnologia. É o mesmo motivo pelo qual o Brasil
comprou os caças da Suécia, pois, além do material, ele terá todo o projeto de como fabricá-lo.
Em sua opinião, por que a Rússia, um dos
países com acesso a submarinos de propulsões nucleares, interferiu na fabricação
dessas máquinas aqui no Brasil?
Eu não sei exatamente de que maneira interferiu,
mas sempre que o país vai avançando na construção, outros países colocam empecilhos, por
exemplo, se precisamos de algum material que
é difícil de comprar, se precisamos fazer algum
teste que é difícil de fazer, todos os países tentam
dificultar. Se todo mundo tivesse um submarino
nuclear, deixaria de ser uma vantagem. Imagino
que a Rússia tenha interferido pelo mesmo motivo que outros países interferem.
Em 2013, a presidente Dilma Rousseff anunciou que, com a fabricação dos submarinos,
o Brasil pode se incluir no Conselho de Segurança das Nações Unidas. O senhor acha
que, com nossos arsenais, podemos nos in-
cluir nesse grupo de países, em sua maioria
desenvolvidos?
É uma pergunta complicada. O Brasil tenta se
projetar política e militarmente para pleitear esse
assunto na ONU e no conselho de segurança.
Não sei se construir um submarino por si só traria
essa vantagem e essa possibilidade.
A presidente inaugurou, no ano passado,
uma unidade de fabricação de estrutura
metálica para a construção de peças do
submarino. Os gastos serão, em média,
de 21 bilhões de reais, mostrando a grande importância do projeto. Para o senhor,
qual é essa importância?
Além da proteção do pré-sal e das reservas de
petróleo, enfim, da parte militar, o projeto é
importante porque são feitas muitas pesquisas
com esse dinheiro, ou seja, o submarino é a última parte do projeto. Até chegar ao resultado,
o Brasil aprende a construir reatores nucleares,
metalurgia, materiais, enfim, muitas técnicas são
aprimoradas pelo país. O Brasil não vai produzir
só um submarino com esse dinheiro, conseguirá muitas outras coisas, principalmente na parte
de ciências e tecnologia; além de formar muitas
pessoas, que estão fazendo cursos e aprendendo
em outros países, e isso, sem dúvida, é importante para o Brasil.
O submarino nuclear já provou ser uma
das armas mais letais no combate naval,
como, por exemplo, na Guerra das Malvinas. Há necessidade de ter uma arma com
tamanho potencial? O Brasil aproveitará
todo o potencial dessa arma?
Com certeza, a área de litoral do Brasil é imensa, de aproximadamente 200 milhas a partir
da costa, e o país pretende ampliar ainda mais
essa área. Mas, para isso, deve estar presente
em áreas marítimas, daí a importância do sub-
marino nuclear, que tem uma vantagem muito
grande sobre os submarinos convencionais, pois
consegue monitorar uma área bem maior, devido a sua própria construção.
Qualquer submarino exige uma fabricação
minuciosa, além de uma alta tecnologia
para garantir o funcionamento dessa máquina. O Brasil tem capacidade tecnológica para esse projeto sonhado pelo governo
desde a década de 70?
Esse dinheiro está sendo investido na capacitação tecnológica, não só na aquisição de materiais e na construção em si, então o que não se
possui, será produzido.
Além do submarino nuclear, outros quatro
submarinos convencionais serão construídos. Quais seriam as funções desses quatro
submarinos?
Os quatro primeiros submarinos serão movidos a
diesel elétrico, enquanto o Scorpène (quinto submarino) será oco e colocaremos o nosso próprio
reator, ou seja, a diferença entre eles é principalmente essa. A função desses quatro submarinos
é capacitar o país para construir um de propulsões nucleares. Além disso, também possuem
uma função de defesa e, para o mesmo projeto,
missões poderão ser aplicadas.
Quais seriam os benefícios que o submarino nuclear traria para o nosso país?
Fora o desenvolvimento científico e tecnológico,
há a questão militar e o fato de o submarino nuclear ser feito por meio de baterias elétricas, que
fazem com que o submarino não precise emergir, podendo permanecer até dez anos debaixo
d’água, diferente do submarino convencional,
que, quando a bateria se esgota, sobe e liga o
motor a diesel para recarregá-la, pois precisa
usar o oxigênio da superfície.
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{SAÚDE}
Um olhar diferente
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% da população mundial (sendo 8% do sexo masculino e 1% do sexo feminino)
apresentam uma anomalia ocular, conhecida como daltonismo, que faz com que os
portadores não percebam ou não discriminem determinadas cores
Por Felipe Felde Giusti, Gabriella Guiraldeli Barboza, Izabella Martins Ramos Rodrigues, Maria Luíza Nakano Fujihara, Pedro Carneiro Malta e
Rodrigo Rossi Longo. Alunos do 9º Ano B.
História do Daltonismo
John Dalton nasceu em Eaglesfield, um pequeno povoado localizado no oeste da Cúmbria,
Inglaterra, em 6 de setembro de 1766.
Foi químico, meteorologista e físico inglês. Tornou-se mais conhecido pela criação da
primeira teoria atômica moderna, pesquisa que o colocou na história da ciência. Além disso,
descobriu a anomalia da visão das cores, que ficou conhecida como daltonismo. Descreveu-a
como uma cegueira congênita para as cores em alguns indivíduos. Interessou-se por esse estudo, pois ele
próprio apresentava a anomalia.
Entendendo um pouco a genética
Todos têm seu DNA (ADN, em português: ácido desoxirribonucleico;
ou DNA, em inglês: deoxyribonucleic acid) formado por genes que são
unidades da hereditariedade, ou seja, que herdamos de nossos pais.
Em nosso organismo, os genes sexuais, que definem nosso sexo,
dividem-se em dois tipos, denominados de X e de Y. Se a pessoa for
mulher, ela possuirá um X recebido de sua mãe e um X recebido de seu
pai. Caso o indivíduo seja homem, receberá um X de sua mãe e um Y
de seu pai.
Como funciona a hereditariedade do Daltonismo
Os genes têm total influência para a presença dessa anomalia ocular nos indivíduos. Para que apresente visão normal, seu gene X deve
vir acompanhado do genótipo* D; porém caso o gene X esteja junto
a um genótipo d, o indivíduo poderá apresentar uma visão anormal,
podendo ser daltônico.
Explicando, todas as mulheres possuem genes XX, que normalmente são XDXD, porém há algumas exceções. Caso a mulher possua
XDXd, carregará consigo o gene do daltonismo, mas não o apresentará; porém, se possuir XdXd, apresentará a anomalia. Contudo, é válido
lembrar que casos como esse são muito raros. A maior parte da população daltônica é masculina, possuindo XdY (homens que tem XDY
apresentam visão normal).
O homem daltônico recebe o Xd de sua mãe, e o Y de seu pai, ou
seja, o filho herda a anomalia de sua mãe que, na maioria das vezes,
não a apresenta. Já no caso raro de mulheres daltônicas, estas recebem Xd de sua mãe e Xd de seu pai (que deve possuir o déficit também),
sendo então, nesse caso, a mãe e o pai os responsáveis por transmitir
a anomalia.
(*Genótipo é a formação genética de um indivíduo devido a seu material
hereditário, herdado de seus pais).
4 { VÉRTICES } julho 2014
CONDIÇÃO DOS PAIS
CONDIÇÃO DOS FILHOS
PAI XDY
MÃE XDXD Não serão daltônicos.
PAI XdY
MÃE XDXd
PAI XDY
Há a probabilidade de 50% dos filhos
MÃE XDXd serem daltônicos e de 50% das filhas serem
portadoras do gene.
PAI XdY
MÃE XDXd 50% dos filhos e filhas serão daltônicos.
PAI XDY
MÃE XdXd
Os filhos serão daltônicos e as filhas
portadoras do gene.
PAI XdY
MÃE XdXd
Tanto os filhos quanto as filhas serão
daltônicos.
FORMAÇÃO GENÉTICA
Não serão daltônicos, mas as filhas
portarão o gene do daltonismo.
CARACTERÍSTICA
XDXD
Mulher com visão normal.
X D Xd
Mulher com visão normal, porém portadora
do gene do daltonismo.
X d Xd
Mulher daltônica.
XDY
Homem com visão normal.
X dY
Homem daltônico.
Tipos de Daltonismo
Há diferentes tipos de daltonismo, ocasionados pelo déficit ou defeito
em certas células, como os cones (responsáveis pela visão das cores) e
bastonetes (que proporcionam a visão em preto e branco, cinza e visão
noturna).
Entre esses tipos estão:
Monocromacia: Ocorre quando há apenas bastonetes, permitindo somente a percepção de tons de cinza, sendo incomum na população humana.
Tipo
Possui apenas
Monocromata
típico
Bastonetes
Monocromata
atípico
Um tipo de
cone
(células receptoras
de tons de branco,
cinza e preto)
Enxerga apenas
Como enxerga
Protanopia
Um tipo de cor
cones são ligados à
terminações individuais
bastonete
grupos de bastonetes
ligados à mesma
terminação nervosa
Como identificar o daltonismo
Hoje, os oftalmologistas têm um “arsenal” de testes para identificar
o daltonismo. O mais comum e eficaz é o teste das placas de Ishihara.
Não possui/está
danificado
Cones
receptores de
vermelho
Impossibilidade/dificuldade
de diferenciar
Como enxerga
Tons de
vermelho e
verde
Tons de verde,
amarelo ou
vermelho
Cones
receptores de
azul
Tons de azul e
amarelo
Mutação
Placas de Ishihara
Foi criado em 1917, pelo professor da Universidade de Tóquio Dr.
Shinobu Ishihara (1879-1963). O teste criado por Ishihara consiste
na exibição de vários cartões com pequenos círculos de cores pouco
diferentes. As pessoas com visão normal enxergam todos os números
presentes em seu interior, enquanto os daltônicos enxergam somente
alguns, dependendo do tipo da anomalia que apresentam. São exibidas
32 placas para a identificação no exame.
Lãs de Holmgreen
Tricromacia anômala: mutação de cores e pigmentos da visão, manifestando-se de três formas:
Tipo
terminações nervosas, em
direção ao nervo óptico
fundo do olho:
células da retina
cone
Deuteranopia Cones
receptores de
verde
Tritanopia
É na retina que o daltonismo tem seus
efeitos, ou seja, quando apresenta a anomalia ocular, ocasiona o déficit ou defeito
em certas células presentes nessa estrutura.
Essas células são chamadas de cones (receptoras de cores) e bastonetes (receptoras de tons de cinza, preto e branco).
Tons de cinza
Dicromacia: Ocorre quando há ausência de um determinado cone. A
dicromacia, presente em seres humanos, pode ser classificada em:
TIPO
Anatomia do Olho Humano
Impossibilidade/
dificuldade de
Protanomalia
Mutação nos cones
vermelhos
Diferenciar vermelho
com preto
Deuteranomalia
Mutação nos cones
verdes
Identificar a cor verde
Tritanomalia
Mutação nos cones
azuis
Diferenciar a cor azul
da cor amarela
Segundo a oftalmologista Fabiana Blasbalg, “O tipo mais comum de
daltonismo é a dificuldade de discriminar as cores verdes-vermelhas, e o
menos comum é a falta do pigmento amarelo-azul”.
Curiosidade: Os daltônicos têm mais facilidade de enxergar
no escuro e conseguem perceber quando há alguém ou algo
camuflado, por isso, geralmente, são chamados para a guerra.
Neste teste, deve-se separar alguns fios
de lã pintados com cores muito parecidas.
Esses fios devem ser agrupados em uma
sequência de cor pré-estabelecida em um
gabarito. Conforme os erros na ordem
das cores do gabarito é possível determinar o tipo de daltonismo do indivíduo.
Amaloscópio de Nagel
O anomaloscópio de Nagel é um aparelho utilizado para diagnosticar problemas oculares, principalmente o daltonismo.
No teste, o paciente tem o seu campo de visão dividido em duas
partes. Uma delas é iluminada por uma luz monocromática amarela
padrão, enquanto a outra é iluminada por diversas luzes monocromáticas verdes e vermelhas. O indivíduo deve mexer em botões de ajuste
para tentar igualar as tonalidades dos dois campos visuais. Através da
comparação entre a tonalidade real e a visualizada pelo paciente é
possível determinar qual o tipo e o grau do daltonismo.
Imagens: http://wallpaper.ultradownloads.com.br/133661_Papel-de-Parede-New-York-em-pretoe-branco_1280x800.jpg. http://megaarquivo.files.wordpress.com/2014/03/cores-primc3a1rias.
png. https://encryptedtbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRalqMEfb3xxvpQ5E0-BUD_
VnBsADSGvQ5zkCMb-jHYr4I8JJde. http://www.verivide.com/assets/images/Ishihara%20x5.jpg
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{ENTREVISTA}
DR. OCTÁVIO CINTRA
Apneia do sono: o inimigo invisível
Por Beatriz Gutierrez Souza, Enzo Faleiros Resende, Giulia Rigamonti, Isabella Guimarães Del Nero, Louise Webster Lima Costa Cruz, Rafael Garrido de Oliveira Almeida.
Alunos do 8º Ano B.
Muitas pessoas apresentam queixas de ronco
durante o sono. Quais são as causas mais comuns desse mal que incomoda muitos indivíduos?
A Apneia Obstrutiva do
Sono é uma alteração
respiratória, caracterizada
por várias paradas
respiratórias durante o
sono por, no mínimo,
10 segundos. É causada
pelo estreitamento das
vias respiratórias. Alguns
sintomas da síndrome
da Apneia Obstrutiva do
Sono são: ronco, agitação
ao dormir, sensação de
sufocamento ao despertar,
sonolência excessiva
durante o dia, impotência
sexual, dor de cabeça
e irritabilidade. Dr.
Octávio Cintra é cirurgião
dentista, formado pela
Unicamp, especialista
em anatomia de cabeça
e pescoço pelo Instituto
de Ciências Biomédicas
da Universidade de São
Paulo. Nesta entrevista,
Dr. Octávio Cintra
esclarece-nos algumas
dúvidas sobre a Síndrome
da Apneia Obstrutiva do
Sono.
6 { VÉRTICES } julho 2014
O ronco em si, na realidade, é igual ao soluço.
Ele não é uma doença, é um sintoma. Sintoma de
uma provável alteração, podendo ser a passagem
aérea muito estreita, somada a uma alteração anatômica. Há três tipos dessa alteração. Você pode ter
uma flacidez do músculo (músculo mole), hipertrofia (aumento da úvula) ou alteração facial. O ar,
quando respiramos, entra pelo nariz e pela boca
para chegar ao pulmão. Nesse processo, ele passa
por uma espécie de canudo, que se chama faringe e, se esse “canudo” for estreito ou tiver alguma
alteração anatômica, o ar passa sob pressão, fazendo a úvula tremer em cima das cordas vocais,
que emitem o som da fala, ou seja, são as cordas
vocais que fazem o barulho do ronco.
Como o senhor, enquanto cirurgião dentista, faz o diagnóstico da Apneia Obstrutiva do
Sono?
O papel do cirurgião dentista na Apneia Obstrutiva do Sono não é dar o diagnóstico. Quem sofre por Apneia Obstrutiva do Sono ou da Síndrome da Resistência da Via Aérea Superior (o nome
técnico mais usado) vai ser diagnosticado por 3 ou
4 especialistas, pelo menos, de diferentes áreas,
ou seja, nós estamos na integração multidisciplinar. É difícil caber a nós, cirurgiões dentistas, um
diagnóstico. Ajudamos a montá-lo. Normalmente,
esses pacientes não vêm tratar de seu problema
conosco. Eles vão ao neurologista, pois não estão
dormindo bem; ou vão ao otorrino, porque percebem que não estão respirando direito. Após isso,
o médico, neurologista ou otorrinolaringologista,
vai suspeitar de uma alteração anatômica da face
ou aumento dos maxilares da mordida, por isso,
encaminham-nos esses pacientes. E nós, juntamente a essas áreas médicas, montamos o diagnóstico
e os direcionamos ao plano do tratamento. Nossa
especialidade no tratamento é avaliar a maxila da
mandíbula.
Essa doença ocorre com mais frequência em
que tipo de indivíduo?
Esse tópico é muito individual, mas se pegarmos a
população que apresenta a doença, observaremos
que, em geral, manifesta-se em indivíduos com
mais de 40 anos e indivíduos obesos. A hereditariedade tem relação com a Apneia Obstrutiva do
Sono, ou seja, se seus pais têm apneia do sono,
você nasce com tendência a tê-la também.
Há alguma forma de prevenir a Apneia Obstrutiva do Sono?
Existe sim. A prevenção é sempre uma forma de
nos tratar, de evitar o problema. Uma frase que
costumamos usar, quando o paciente tem Apneia
Obstrutiva do Sono, é: a Apneia Obstrutiva do
Sono normalmente não tem cura, ela tem tratamento. É como quem tem, por exemplo, diabetes.
Se uma pessoa for diabética, deve controlar o açúcar, e, eventualmente, tomar remédio, a insulina.
Provavelmente, essa pessoa nunca ficará curada
do diabetes, pode até se curar, mas não é o normal. Ela pode viver uma vida inteira bem, mesmo
sendo diabética, pois a doença está controlada, já
que sabe exatamente quanto pode ou não comer
de açúcar, o quanto pode ou não tomar de bebida
alcoólica. A Apneia Obstrutiva do Sono é a mesma
coisa, a pessoa pode ter a doença, mas pode viver
controlada, sem nenhum problema. Para prevenir
que ela se instale, há algumas orientações, como
não ganhar muito peso. Isso é um pouco contraditório, pois, nem todo obeso apresenta Apneia
Obstrutiva do Sono. Nós temos pacientes que a
apresentam e são magros. Em contrapartida, recebemos muita gente obesa, que não tem apneia.
Porém, há uma chance maior de apresentar essa
doença o indivíduo que ganha muito peso. Evitar o
aumento de peso é um tipo de prevenção. Também
é preciso pensar em qualidade de vida, mantendose saudável. Quando a alteração é anatômica,
é difícil de prevenir. Por exemplo, se o indivíduo
cresceu, desenvolvendo características genéticas,
que os pais transmitiram, como: se seu queixo e
sua mandíbula ficaram pequeninos, a língua também ficará para trás e apertará a passagem de ar,
Imagem do
processo de um
tratamento que
um cirurgião
dentista realiza
deixando-a muito estreita. Nesse caso, é difícil prevenir, mas é
necessário corrigir. Para corrigir deve-se fazer uma cirurgia, pegando a arcada inferior e colocando-a para frente. Quando colocamos para frente, a língua será trazida também para frente,
desobstruindo a passagem do ar.
A Apneia Obstrutiva do Sono é definida como uma doença
crônica, incapacitante e letal. Como o senhor definiria os
termos: crônica, incapacitante e letal?
Crônico é tudo aquilo que tem uma duração de longo prazo.
Incapacitante é tudo aquilo que, como o próprio nome diz, gera
incapacidade, limitação. Quando falamos de relacionar o termo
incapacitante à Apneia Obstrutiva do Sono, observamos que as
pessoas que têm essa doença convivem com algumas dificuldades geradas por ela. O indivíduo normalmente não dorme bem.
Apneia é a parada de respiração total, que dura mais de 10 segundos. A polissonografia é o exame que mostra isso: quantas
apneias acontecem. Quando paramos de respirar, não jogamos
oxigênio para dentro do corpo que, de alguma maneira, precisa
oxigenar os tecidos, por isso o coração acelera o batimento.
O sistema nervoso desse indivíduo percebe a falta de oxigênio
e alerta-o com o chamado microdespertar, um despertar não
consciente, como se a pessoa acordasse para respirar de novo,
sem consciência disso. As pessoas que apresentam a Apneia
Obstrutiva do Sono incapacitante sentem muito sono durante
o dia, pois não conseguem dormir à noite. Essa é a grande
incapacidade delas, uma incapacidade física, mas, ao mesmo
tempo, acaba sendo uma incapacidade intelectual, uma incapacidade psicológica. Elas têm uma série de alterações que são
decorrentes desse sono bagunçado. Já a apneia obstrutiva letal
é a que mata. A apneia em si, raramente mata alguém, o que
mata é não tratar as alterações causadas pela apneia, como,
por exemplo, uma pessoa que ficou com pressão alta, alteração
cardíaca, alteração biológica e não tratou, pode sim ter apneia
letal, ou seja, pode morrer devido às consequências da apneia,
e não dela em si.
SÓ BATATAS
Por Ana Beatriz Nogues Forlin, João Eduardo Raimundo Vuolo e Julia Fernanda Chou.
Alunos do 8º Ano C. Ilustração de Bruna Felde Giusti. Aluna do 9º Ano A.
18 de novembro, dia de meu aniversário de casamento. Sempre tento
agradar ao máximo a patroa, mas este ano está complicado... Dívida
com o banco, aluguel atrasado, parcelas de celular, do carro e do tênis
para pagar, enfim, a grana tá curta!
Hoje de manhã, estava indo ao trabalho de carro, quando parei no
farol e um daqueles caras chatos de boné e cheios de panfletos na mão
parou ao lado de minha janela, já me passando dois folhetos de propagandas de uma só vez. Peguei e logo li: “60% de desconto no restaurante
mais badalado da cidade! Só hoje! Aproveite!”. Acabara de se criar a
ocasião perfeita para o dia de hoje: levar minha ilustríssima esposa para
um jantar romântico à noite. Isso que é unir o útil ao agradável!
Depois de sair do trabalho, muito ansioso para que a noite chegasse
logo, liguei para minha esposa e pedi para que se arrumasse com sua
melhor roupa e que me esperasse já na portaria de nosso prédio, pois
tinha lhe preparado uma surpresa.
Apanhei-a e levei-a direto para o super-restaurante. Ao chegarmos,
fomos muito bem recebidos e, de imediato, direcionados para uma mesa
bem no centro do salão. O garçom, todo formal, ofereceu-nos, gentilmente, o cardápio. Imediatamente recusei e pedi para que nos trouxesse a sugestão do chef e o vinho mais caro de sua carta. Minha esposa
olhou-me espantada. Acalmei-a, abanando o panfleto promocional e
dizendo que estava tudo sob controle.
Neste momento, o garçom olhou-me de forma estranha e logo dirigiu
seu olhar para o panfleto, em seguida olhou para nós e, depois, novamente para o panfleto. Delicadamente, aproximou-se bem da mesa e,
em tom de voz bem baixo, disse:
– Senhor, desculpe-me interrompê-lo, mas esse cupom só é válido
para uma de nossas entradas, no caso, batatas fritas.
– Mas isso não está escrito aqui! – esbravejei com o garçom.
Novamente, de forma muito gentil e com uma calma invejável, o garçom apontou para um minúsculo asterisco branco no canto do papel.
Li, reli... Eu e minha esposa entreolhamo-nos e, sem muito pensar,
decidi:
– Acho que vamos de batatas mesmo.
Paciente antes e depois de um tratamento da Apneia
Obstrutiva do Sono
Senti-me o último dos homens, não sabia se sentia mais vergonha do garçom ou
de minha esposa. Minha vontade era gritar:
“Bando de oportunistas! Oferecem promoções enganosas, que no fundo só querem nos
obrigar a consumir, consumir e CONSUMIR!”.
Mas me contive, pois isso só aumentaria ainda mais nosso constrangimento. Devoramos as
batatas e fomos jantar em casa.
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{ESPORTE}
“Ayrton Senna do Brasil”
“Seja quem você for, seja qualquer posição que você tenha na vida, nível
altíssimo ou mais baixo, tenha sempre como meta muita força, muita
determinação e sempre faça tudo com muito amor e muita fé em Deus, que
um dia você chega lá. De alguma maneira você chega lá.”
“Ayrton! Ayrton Senna do Brasil!”. Essa era a frase mais esperada pelos brasileiros aos domingos de Fórmula 1, sempre utilizada
por Galvão Bueno para saudar as vitórias inesquecíveis do maior
piloto desse segmento esportivo. Ayrton tornou-se um símbolo do
patriotismo brasileiro. Nascido em 21 de março de 1960, no bairro Bela Vista, em São Paulo, Ayrton Senna foi criado por sua mãe,
Neyde Senna, e por seu pai, Milton Guirado Theodoro da Silva, de
quem recebeu seu primeiro kart, aos 4 anos de idade, dando início
a sua paixão pela velocidade.
Aos 13 anos, Ayrton participou de sua primeira competição oficial, deixando claro que um novo talento no kartismo havia surgido.
Reunindo, em um ano, vitórias nas categorias “estreantes” e “novatos”, o piloto passou para a categoria Júnior, na qual conheceu Lúcio Pascoal, também chamado de “Tchê”, que se tornou seu mentor
nas competições de kart.
8 { VÉRTICES } julho 2014
Por Carolina Juste Rodado, Carolina Webber Fedrigo, Daniel Chammas Schwartz,
Gustavo Felde Giusti, Júlia Hall-Nielsen Fraige, Mariana Carvalho Picinini e Olavo
Gualberto Martins Ferreira. Alunos do 9° Ano C. Imagens: Instituto Ayrton Senna.
Em 1983, entrou para a Fórmula 3 britânica e, no ano seguinte,
para a Fórmula 1, recebendo propostas das equipes Toleman,
McLaren e Williams. Recusou as duas últimas, aceitando a primeira.
Nos três anos seguintes, uma nova proposta foi aberta pela equipe
Lotus, a qual foi aceita. Nessa equipe, Ayrton conquistou seis vitórias.
Já em 1988, transferiu-se para a McLaren, conquistando, ao total,
três campeonatos e 35 vitórias, sendo essa época a “era de ouro”
de sua carreira.
Sua melhor volta
A maior primeira volta da história da fórmula 1 foi realizada por
Ayrton Senna em uma de suas 76 passagens completadas no asfalto
inglês de Donington Park, em 11 de abril de 1993. Nela ele fez uma
série de ultrapassagens em locais improváveis e necessitou de menos
de uma volta para alcançar o primeiro lugar.
O Rival
Em 1984, no GP de Mônaco, Ayrton surpreendeu seus expectadores: mesmo sob chuva, o corredor brasileiro ultrapassou todos os
pilotos. Quando estava ultrapassando o primeiro colocado, Alain
Prost, a corrida foi suspensa. Senna, inconformado com tal situação,
pretendia “vingar-se” do corredor de origem francesa que, mais tarde, tornou-se seu maior rival. Em 1988, no GP do Japão, adquiriu
seu primeiro título e, ao mesmo tempo, derrotou Prost. Nesse mesmo
ano, Senna ignorou um acordo feito com a equipe McLaren e Alain
ao ultrapassá-lo na segunda largada da corrida no circuito de Ímola, ampliando o cenário de rivalidade que existia entre os dois.
Já em 1989, novamente no GP do Japão, Prost forçou uma batida em Senna, e, quando o brasileiro estava retornando à corrida, o
francês conversou com o presidente da FIA (Federação Internacional
do Automóvel), que desclassificou Senna. Assim, Prost conseguiu seu
terceiro título. Entretanto, apesar da desclassificação, a equipe toda
estava voltada para Ayrton. Portanto, não havia mais lugar na equipe para Alain. Com isso, Prost muda-se para a Ferrari. Contudo, as
disputas não acabam.
Em 1993, no encerramento da temporada de outro GP no Japão, com Prost em primeiro lugar e Ayrton em segundo, aconteceu o
inesperado: os maiores rivais da história da Fórmula 1 cumprimentaram-se, mostrando que ambos haviam superado o passado. Desse
momento até 1994, uma amizade foi criada.
A morte
Em 1994, Senna, na sétima volta do Grande Prêmio de San Marino, faleceu aos 34 anos de idade. Constatou-se que a causa de
sua morte fora morte cerebral. O carro que o corredor utilizava, da
Williams, foi apontado como o melhor do mundo, desconsiderando qualquer suspeita de erros mecânicos. Especulações apontam os
dois fatores mais prováveis: uma falha na pista da Itália, cenário de
sua morte, ou falhas nos pneus, que não teriam atingido a temperatura e a pressão adequadas, porém, foi identificada a quebra da
barra de direção que havia sido soldada. Na véspera de sua morte,
Ayrton ressaltava a questão da segurança da distância entre a pista
e o muro lateral, que deveria ser de, no mínimo, duzentos metros,
entretanto não chegava a atingir dez metros.
O Instituto
O Instituto Ayrton Senna é uma organização criada em 1994,
assim como desejava Senna. Tal organização começou a atuar em
grande escala a partir de 1996, visando melhorar a qualidade da
educação, tendo como foco, principalmente, as crianças. Funciona à
base de doações e da iniciativa privada.
Os resultados obtidos com a atuação da organização mostramse promissores e, por isso, desde 2004, o Instituto Ayrton Senna participa da rede de Cátedras UNESCO, que é um programa mundial
de troca de conhecimentos e solidariedade entre países em desenvolvimento, colaborando, dessa maneira, para que o Brasil atinja
suas metas determinadas pela ONU, até 2015.
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{ESPORTE}
Depoimentos sobre Ayrton Senna
Ayrton ficou marcado na história não só como o melhor corredor de Fórmula 1 do mundo, mas também como uma figura
humanitária e nacionalista, que ajudava a equipe a reformular pistas e a formular estratégias, além de ter um grande
carisma. Influenciou a sociedade com sua forma de pensar e sua humildade. Ainda hoje, é respeitado e idolatrado pelo
mundo todo, com destaque para grande parte da nação brasileira. Ainda hoje é uma importante fonte de inspiração
para corredores atuais da F1, como Sebastian Vettel, Lewis Hamilton e Fernando Alonso.
ANTÔNIO GALVÃO LEITE CINTRA
“Por ser um esportista dedicado e campeão do mundo de Fórmula 1, Ayrton Senna era muito prestigiado
e colocava o nome de seu país em evidência. Era um
jovem inteligente, destemido, de muita boa aparência e saúde. Além de corajoso era, dentro do possível, cuidadoso em suas corridas. Sua morte significou uma perda irreparável, pois ele era tido como
insubstituível no automobilismo de competição.”
AHMED REDA EL HAYEK
“Entre as décadas de 80 e 90, Ayrton Senna, devido
a sua habilidade no automobilismo de competição,
ajudou na divulgação do nome de nosso país, em
um esporte que, até então, interessava a poucos brasileiros. Quando faleceu, foi uma perda não só de
um simples corredor, mas de um homem humilde,
preocupado com outros, esforçado e dedicado, que
marcou a nossa história.”
RUBENS SCHWARTZ
“Ayrton Senna era uma pessoa que perseguia seus
objetivos com eficiência. Era humilde, carismático e
solidário, um exemplo como esportista e como pessoa. Fiquei muito triste com sua morte, pois tinha um
relacionamento profissional com ele. Lembro-me de
quando Ayrton me ligava, perguntando se podia vir a
minha clínica para fazer exames e depois tomar um
café. Um verdadeiro ídolo que nunca será esquecido,
sempre estará no coração da nação brasileira.”
OTÁVIO DE BERÇA FRAIGE E TAMARA HALL-NIELSEN FRAIGE
“Ayrton Senna era um grande corredor. Toda a
população o amava! Era um esportista de caráter, uma pessoa boa, que ajudava aos outros.
Não bebia, não fumava e a gente tinha orgulho
dele. Era um herói – o maior ídolo de inspiração
para muitos brasileiros. A Fórmula 1, com Ayrton
Senna, passou a ser muito importante, ninguém
a perdia, fazia parte de nosso cotidiano, era o momento mais esperado
da semana. Com sua morte, todo o povo brasileiro ficou de luto. O Brasil
perdeu um grande ídolo. Depois de Ayrton, a Fórmula 1 perdeu o seu
brilho, já que, atualmente, ainda não teve nenhum corredor igual a ele, e
nós já não temos mais vontade de assistir às corridas! Sua morte foi uma
comoção nacional e, até hoje, no dia em que ele faleceu, muitas pessoas
prestam homenagens e demonstram respeito indo ao seu túmulo, como
aconteceu neste ano, mesmo depois de 20 anos após sua morte! Ele sempre permanecerá em nossos corações e em nossas lembranças, tanto da
nova geração quanto da velha! O Brasil sempre teve carência de ídolos,
10 { VÉRTICES } julho 2014
e ele era perfeito: muito bom, obcecado por vitórias, e amava o que fazia
– tudo o que o brasileiro quer e aprecia. Ele mostrava o que o Brasil tinha
de bom e fazia com que nos orgulhássemos de sermos brasileiros, ele
promovia a identidade nacional!”
SÉRGIO TAKAYAMA
“Ayrton Senna, além de um atleta exemplar, foi um
ícone nacional e internacional. Ele despertava no
brasileiro um sentimento de nacionalismo e patriotismo muito grande. Era um líder que estava sempre
em busca do progresso e, para ele, nada era impossível. Lembro-me como se fosse ontem... Toda manhã de domingo, acordava para vê-lo correr. Sempre foi e sempre será admirado por todos. Sua morte significou a perda
de um herói, de um exemplo, despertando um sentimento nacional de
tristeza muito grande.”
ANDREIA APARECIDA DA SILVA
“Ayrton Senna era um representante do Brasil. Através dele, o Brasil foi reconhecido internacionalmente.
Antes de Ayrton, a Fórmula 1 não era um esporte tão
popular como o futebol. Ele despertou o gosto pela
corrida em todos os brasileiros, independentemente
da classe social. Em meio às dificuldades que a população passava, ver as corridas de Ayrton aos domingos trazia alegria, unia as famílias, que se sentavam
à frente de seus televisores para, juntas, torcerem por ele. Ayrton era uma
pessoa que transmitia sensibilidade, era um patriota. Sua personalidade
inspirava e dava a esperança de um futuro melhor. Dentro da pista, ele
superava todas as adversidades. Sua fibra, garra, superação, a vontade
de vencer era algo que comovia as pessoas e as fazia terem força para
encarar seus problemas. Ele era o grande destaque de todos os meios de
comunicação, ficando conhecido como “Ayrton Senna do Brasil”. Lembrome como se fosse hoje: a expectativa da corrida de domingo para mais
uma vitória de Ayrton e, na hora dos preparativos do almoço, uma batida... A angústia na voz de Galvão Bueno, que transmitia a corrida, era
desesperadora. O carro que havia sofrido o acidente era de Ayrton, horas
depois veio a fatídica notícia: “Ayrton Senna do Brasil” havia morrido.
Quando seu corpo chegou ao Brasil, foi recebido com honras. Recordome de ver muitas pessoas unidas aos prantos pelas ruas... Houve uma
comoção nacional, todos haviam perdido seu ídolo. Foi a mesma dor de
perder algum familiar, foi um dos dias mais tristes de minha vida. Ayrton
era uma pessoa humilde, ele demonstrava preocupação com o próximo.
Ao mesmo tempo, era muito tímido e sensível, era uma pessoa “iluminada”, um guerreiro nato. Era a “cara” do Brasil. Sua história encaixa-se
perfeitamente com a música “Canção da América” de Milton Nascimento,
e, todas as vezes que a ouço, recordo-me desse “amigo” que partiu de
forma precoce e deixou saudades.”
{ENTREVISTA}
ROGER CHAMMAS
Câncer: a busca de sua cura
Por Gabriella D’Elia Cossi, João Eduardo Raimundo Vuolo, Julia De Biase Deo, Júlia Fernanda Chou, Manuella Kersting Frediani e Tiago Hadid
Chammas. Alunos do 8º Ano C.
Roger Chammas, 48 anos, formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e com passagem
como pesquisador visitante na Universidade de San Diego, Califórnia; no Centro Moffitt de Pesquisas do Câncer, em
Tampa; no Instituto Friedrich-Miescher, na Basileia; e na Universidade de Harvard , em Boston. Atualmente é membro
da Academia Brasileira de Ciências e realiza estudos no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. Em nossa
entrevista, contou-nos sobre prevenções, avanços e os procedimentos na busca da cura dessa doença. Confira!
Nos últimos anos, o número de pessoas
com câncer aumentou. Quais são as causas
desse aumento?
Tendo isso em mente, podemos nos perguntar
“Será que conseguimos melhorar a terapia?”.
O câncer é uma doença de envelhecimento.
Para ocorrerem as mutações que são necessárias para o seu desenvolvimento, é preciso muito tempo. Já que estamos vivendo mais, essas
alterações na divisão do DNA têm mais tempo
para se propagar, fazendo com que ocorram
mais desses tumores. A industrialização de uma
série de produtos também é uma causa desse
aumento. Isso nos expõe a uma série de substâncias que modificam nossa genética.
Alguns médicos acreditam que certas plantas, como o pinhão-bravo, chás naturais e
frutas, como a graviola, podem ajudar na
cura do câncer, o senhor acredita realmente em sua eficiência?
Em contrapartida a isso, hoje, muito mais
que ontem, muitas pessoas sobrevivem ao
câncer. A que o senhor atribui esse avanço?
Muito da sobrevivência está associada ao aumento da nossa condição de manejar o paciente com
câncer por meio da cirurgia. A técnica cirúrgica hoje
está muito avançada, nossos colegas cirurgiões podem, por meio de joysticks, controlar robôs que executam a operação. O tratamento não se encaixa
nesse panorama, porque salva somente pacientes
que possuem seu tumor descoberto precocemente.
O senhor vem fazendo pesquisas sobre a
cura do câncer há algum tempo. Sabe-se
que esses estudos geram um alto custo. Há
incentivos financeiros do governo brasileiro para a área de pesquisas em saúde?
Há sim. O governo brasileiro, principalmente o
paulista, investe muito em pesquisas direcionadas a essa área. Existe um sistema muito bem
organizado de estudo do Estado de São Paulo
feito pela FAPESP. Mas o investimento ainda é
modesto perante a importância do programa.
Com todas as pesquisas e estudos feitos
pelo senhor, já existe algo que apresenta
evidências para a cura do câncer?
A cura do câncer talvez seja um alvo não atingível, mas, para o controle de alguns deles, já
existem muitas evidências. Nós conseguimos, em
animais, curar o câncer. A questão é, como traduzir isso do animal para o homem? Então nosso
objetivo é entender a resposta do corpo à terapia.
Sim. Há muitos produtos naturais que são potentes antitumorais. Mas para ter quantidades
necessárias com o intuito de fazer efeito, vai
ser necessário beber muito chá e muito suco de
graviola. “Aqui no pinhão-bravo tem uma substância que vai te curar. Esquece a quimioterapia,
esquece o tratamento que o médico te passou,
coma só isso que você vai estar curado!”, não
podemos dizer isso.
Mesmo tendo grandes riscos, mas também
grande eficácia, o que o doutor pensa sobre a virusterapia (terapia que modifica os
vírus para combater o câncer)?
Do ponto de vista experimental, é muito eficiente. O fato é que ainda não sabemos como utilizar bem esse tratamento nas pessoas. Com certeza, a terapia com vírus é algo interessante de
se estudar, mas prefiro pensar que os medicamentos serão mais eficientes que a terapia viral.
Quais são os procedimentos feitos num teste de um tratamento ou de um medicamento que busca a cura do câncer?
Primeiramente, é necessário saber qual é o alvo
procurado. Tendo isso certo, são feitas avaliações em culturas de células e em laboratórios de
bioquímica e biologia celular para ver se aquela
substância conseguirá matar as células cancerígenas. Na fase 2, essa substância é usada em
animais, onde haverá tumores induzidos. Se a
segunda parte der certo, passamos para o uso
no indivíduo saudável, definindo as doses toleradas e seguras. Quando essas medidas estiverem
prontas, podemos tornar isso um medicamento.
Qual o seu alvo nas pesquisas da cura do
câncer atualmente?
Entender as respostas das células tumorais aos
tratamentos dos tecidos cancerígenos, testar nos
animais, no humano e, a partir daí, tentar melhorar os procedimentos. Essa é a nossa ideia,
nossa linha de pesquisa.
Desde quando o senhor começou a pesquisar sobre a cura do câncer, já houve algum
avanço?
Eu comecei nessa área entre os anos de 85 e 86,
quando estava na faculdade. Nesses últimos 30
anos, muito conhecimento foi gerado. Antes de
85, imaginava-se que todos os cânceres eram
causados por um agente externo, um vírus, mas
depois se descobriu que não, que eram os próprios genes dos indivíduos que se alteravam.
Depois foi descoberto que esse tumor não era
fruto exclusivo do mau funcionamento dos genes alterados, mas sim, resultado da interação
de uma célula modificada em conjunto com células vizinhas normais. Após isso, desvendou-se
como fazer substâncias dirigidas a alvos específicos, como terapias próprias, já que, antes disso, eram usados apenas medicamentos contra
características mais gerais das células tumorais.
As pesquisas sobre imunoterapia, tratamento que consiste em estimular o sistema
imunológico do paciente, foram deixadas
de lado por não terem resultados satisfatórios. Em sua opinião essas pesquisas deveriam continuar?
Certamente. Em algum momento, o sistema imunológico para de ser eficiente, e é aí que o tumor
aparece. O que devemos saber é como essa perda
de controle ocorre, para talvez fortalecer o sistema
imune no momento certo e ajudá-lo a controlar o
câncer. Mas a questão é, quando é o momento
certo? É praticamente impossível ressuscitar o sistema imune quando ele já estiver esgotado. Espero
que consigamos colocar no arsenal de um médico
um bom diagnóstico imunológico.
Há algum método de prevenção do câncer?
Muitos. O sexo seguro previne todos os cânceres
associados ao HPV. Usar o filtro solar, diminuir a
obesidade, não fumar, não beber e vacinar-se,
são atos que podem evitar alguns tipos de câncer.
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{ESPECIAL}
As Duas Escovas
E
m um consultório odontológico viviam
muitas escovas e, em uma bela manhã, chegaram duas jovens escovas, uma
vinda de uma grande indústria e outra de
uma pequena empresa:
– Sejam bem-vindas! - anunciou a escova mais velha.
– Estamos muito gratas por nos receberem carinhosamente. - disse uma das novatas.
– Porém há um problema! Vocês deverão dividir o
mesmo porta-escovas. Vocês duas ficarão naquele ali,
de vidro. – disse a escova anciã.
Já no porta-escovas, ao se acomodarem, a escova mais esnobe iniciou uma discussão com a escova
mais simples.
– Ah, não! Não acredito que terei que viver com
você! Assim não haverá espaço para minhas cerdas
e massageadores de gengivas! Será que não conseguem ver que somos totalmente diferentes?
– Não concordo com você. Somos todas iguais,
temos a mesma função, apenas possuímos acessórios
diferentes. – respondeu calmamente a escova mais
simples.
– Olhe-se no espelho! Observe, eu tenho cerdas
N
de borracha, massageadores de gengivas,
limpador de língua... Já você, pobrezinha!
Cerdas simples e nada mais!
– Tudo bem! Mas o que seria de uma
escova se não tivesse cerdas? No fim, realizamos o mesmo trabalho, igualmente.
– Hahahaha... Isso é o que você pensa! Agora chega! Você está cansando minha beleza.
A discussão finalmente teve fim, deixando no
consultório um ar de tensão. Algum tempo depois,
um paciente chegou ao consultório sem escovar os
dentes. O dentista pediu que escolhesse uma escova.
Primeiramente escolheu a escova mais desenvolvida,
por ser mais chamativa. Mas, ao iniciar a escovação,
percebeu que ela tinha tantos “apetrechos” que sua
função principal não era bem executada, então, pediu
ao seu dentista se poderia pegar a escova mais simples, porque essa sim cumpria muito bem sua função.
“ As aparências enganam.”
Por Francisco Fernandes Ribeiro Martins, Giovanna Ricci
Yunes Salles e Julia Fernanda Chou. Alunos do 8ºAno C.
A Vassoura e o Aspirador de Pó
o depósito de uma mansão,
diversos materiais de limpeza dividiam o mesmo espaço. Lá
vivia um aspirador de pó egocêntrico que sempre perturbava uma
humilde vassoura. Certo dia ele
foi mais rude que nos outros, dizendo:
– Por que você ainda está nesta
casa? Eu limpo muito mais rápido do que você, sou
muito mais prático e higiênico. Além disso, já estamos
no século XXI, o século da automatização.
A vassoura respondeu tranquilamente:
– Deixe-me quieta, por favor, senhor!
Sem desistir, o aspirador continuou a provocar a
coitada, sendo cada vez mais chato:
– Você não presta para nada neste mundo! Você já
se viu limpando a casa de nossa dona? É toda desengonçada, lenta e velha, joga pó por todos os cantos e
precisa sempre do auxílio de uma pazinha.
A vassoura, com o seu jeito paciente, não respondeu às provocações do aspirador de pó.
De repente, as duas faxineiras da casa entraram
no depósito e pegaram a vassoura e o aspirador para
cada uma limpar metade da mansão.
Após duas horas de trabalho duro, a faxineira, que
pegara o aspirador, terminou o trabalho e colocou-o
de volta no depósito. Já a faxineira que estava com a
vassoura continuou por mais três horas e, assim que
terminou, colocou-a em seu devido lugar. O aspirador
sem perder a oportunidade, voltou a importuná-la:
– Hahahahahaha! Terminei muito mais rápido que
você. Está vendo? Você já era, não se encaixa mais no
mundo moderno!
A vassoura, equilibrada, respondeu:
– Tudo bem, pelo menos consegui terminar o meu
trabalho e estou satisfeita com o resultado!
O aspirador não gostou nada da serenidade man-
12 { VÉRTICES } julho 2014
tida pela vassoura, por isso continuou
perturbando-a sempre que podia.
Certo dia, antes de iniciarem a faxina, as faxineiras foram buscar seus materiais no armazém. Quando cada uma
preparava-se para executar seus serviços,
acabou a energia. Logo, a faxineira que
usaria o aspirador desanimou-se, pois teria de esperar a outra faxineira desocupar
a vassoura para usá-la em seu trabalho. O aspirador,
sem utilidade naquele momento, foi colocado de volta
em seu canto.
Depois de muito tempo, as faxineiras voltaram ao
armazém a fim de guardar os materiais utilizados, entre eles a vassoura, que estava feliz da vida por ter
sido tão útil e ter provado, principalmente ao aspirador
que, mesmo em pleno século XXI, ainda era importante.
Sem perder a arrogância, o aspirador puxou conversa:
– Tem alguém que está toda cheia de si, achandose o máximo, só porque trabalhou feito uma vassoura
doida.
Sabiamente, e com a habitual calma, a vassoura
dirigiu-se ao aspirador e disse:
– Amigo, acho que não é hora de zombar dos outros, pois não sou eu que dependo de uma tomada e
da eletricidade para funcionar. Cumpro meu trabalho
de forma independente. Posso ser desengonçada, velha e outras coisas como você diz, mas inútil, jamais.
Não é qualquer queda de luz que me impede de realizar minhas funções, já o senhor não pode dizer o
mesmo, não é?
“Quem ri por último, ri melhor!”
Por Beatriz Gutierrez de Souza, Júlia Sica Hanriot e Vinícius
Barden Lucciola Gonçalves. Alunos do 8º Ano B.
O Lápis e a
U
m lápis e uma borracha moravam em um estojo. A Borracha
sempre teve inveja do Lápis, pois ele
fazia desenhos lindos, e ela apenas
conseguia apagar os traços errados
feitos por ele.
A Borracha sentindo-se injustiçada, queria que o Lápis parasse
de receber tanta atenção e tantos
elogios.
Certo dia, teve uma ideia para acabar com a
fama do Lápis, decidiu que sempre que ele começasse um desenho, ela o apagaria. Para a sorte de Dona
Borracha, nesse mesmo dia, ouviu o Lápis falar:
– Hoje está um ótimo dia para desenharmos uma
margarida! Venham Lápis de Cores! Vamos fazer um
lindo desenho!
A Borracha sentindo-se rejeitada pelos lápis, pois
não havia sido convidada, resolveu que colocaria seu
plano em prática naquele momento. Saiu de dentro
do estojo e foi para a mesa de desenhos. Quando
o Lápis começou a fazer os primeiros traços, ela foi
atrás, apagando.
O Lápis percebeu a intenção dela, mas fingiu que
não estava notando-a a seu redor. Continuou a traçar
e, quando terminava, começava tudo de novo, pois a
folha estava novamente em branco.
E
A Receita Esp
m uma cozinha, repleta de copos, pratos,
frigideiras, e talheres, as
panelas iniciaram uma discussão:
“Por que você está na
frente do armário? Sabe
que nunca foi utilizada pelo
cozinheiro, e deveria ficar
no fundo, sem nos atrapalhar.”
“Mas…” - tentou se defender a pequena panela, que foi logo interrompida pela
panela mais antiga.
“Sem ‘mas’ nenhum, vá para o fundo,
vá para o local que te pertence”.
“Por favor, deixe-me em paz”- disse a
panelinha.
Outra continuou:
“’É verdade, vá para lá! Você é inútil e
não deveria estar aqui! Nem consegue cozinhar!”
“Como vocês sabem, se nunca fui usada?”- respondeu, ofendida a panela provocada.
“Simplesmente sabemos, pois sempre
está aí, sem uso algum, provavelmente não
é uma boa panela!”- todas responderam
em uníssono.
A panela humilde, sem outra resposta,
afastou-se para o fundo do armário.
Começo
ma e rel
“Nã
nas hora
não tem
gará a s
Acre
O c
estava r
bater o
pirou:
“Ahh
posso fa
perei an
Ea
“Eu nã
o impo
Por Helen
Guimarã
Campos
E
a Borracha
Os dois estavam determinados a
continuar, embora já estivessem muito cansados.
Depois de vários dias, desenhando
e apagando, a Borracha começou a
sentir dificuldade para apagar, estava
mais lenta, e com menos força. Quando olhou para seu corpo, tomou um
susto: tinha diminuído drasticamente
de tamanho, mas mesmo assim não queria desistir, e
considerar-se derrotada. Continuou por mais ou menos
uma hora, até que começou a tossir, sentindo muita dor.
Então, parou de repente e deitou na mesa.
Logo em seguida, o menino que tomava conta
do estojo entrou no quarto, e, quando viu a Borracha
naquele estado, pegou-a e, antes que ela pudesse
fazer qualquer coisa, foi jogada no potinho de borrachas inúteis.
Enquanto chorava baixinho, o Lápis apareceu, e
sabiamente disse:
– Viu, Dona Borracha! Você queria destruir meus
desenhos, mas não percebeu que estava destruindo
a si própria!
“O feitiço sempre volta contra o feiticeiro.”
Por Julia de Pavia Rossi, Luisa Godoi Haug, Thiago Lira
Weber Romeiro. Alunos do 8º Ano C.
pecial
De repente, o armário se abriu. Uma mão se
esticou, para alcançar algumas panelas. Do fundo
do armário, a panelinha
sentia o cheiro delicioso
das comidas que estavam
sendo preparadas em algumas de suas colegas.
ou a chorar. Escutava uma voz callaxante que dizia:
ão desista, nunca desista, mesmo
as difíceis. Você é igual às outras e
m razão para chorar. Em breve, chesua hora.”
editando no impossível, foi à frente.
cozinheiro, procurando por algo,
revistando o armário inteiro. Ao
olho na panela, agarrou-a e sus-
h… finalmente te encontrei. Agora
azer minha receita especial que esnos para cozinhar”.
panelinha voltou a ouvir a voz:
ão disse, a persistência realiza
ossível!”
na Prado Guimarães, Isabella
ães Del Nero e Henrique Chammas
de Araújo. Alunos do 8º Ano B.
U
O Livro e o Leitor Digital
m uma sala de estar, sobre o braço
do sofá, repousavam um belo livro
de romance e um leitor digital, cujo único objetivo era se tornar o centro das
atenções. Para isso, bolou um plano
que deveria ser posto em prática imediatamente. Ele queria mandar o livro
de romance para a mesinha de centro
da sala, onde seria mais um livro de
decoração.
– E aí, “romântico”, como é que você está? - disse
o leitor digital com o ar de deboche.
– Já te pedi para não me chamar assim, mas vou
bem, e você?- retrucou o livro.
– Não me sinto muito bem, minha bateria deve
estar acabando, afinal a patroa não me largou um
segundo neste fim de semana.
– Fico feliz por você, pena que ela não me use
com tanta frequência quanto usa você.
– Ah, você sabe! Não sou apenas um livro, sou
vários! E ainda tenho memória para muitos! Além do
mais, sou muito mais prático que você. Mas tenho
uma dica para te dar. Se quer chamar mais atenção,
sugiro que vá para a mesinha, junto àqueles outros
livros, pois somente os melhores ficam lá.
– Sinto-me lisonjeado, mas prefiro ficar em meu
lugar, onde todos podem desfrutar de minhas belas
histórias.
– Não! Mas na mesinha você receberá o destaque
que merece! – insistiu o leitor digital.
– Obrigado pela ideia, mas a estante é minha
casa, vivo lá há tanto tempo e não quero ir para uma
mesinha agora.
– Ainda acho que deveria experimentar, lá a patroa te verá todos
os dias, pois estará ao alcance de
seus olhos!
– Não quero que ela me veja
como se fosse um objeto de decoração, nasci para ser lido!
O leitor digital sugeriu ao amigo que apenas tentasse fazer uma
experiência, para ver se, de fato, despertaria o interesse de sua dona.
Para não fazer papel de chato, o livro aceitou o
conselho de seu colega e dirigiu-se à mesinha. Todo
gentil, o leitor digital ofereceu-se para acompanhá-lo:
– Vou com você, assim te posiciono no melhor ângulo, para que nossa dona te enxergue a quilômetros
de distância!
Agradecido, o livro aceitou sua companhia. Entretanto, quando já estavam próximos aos demais
objetos decorativos, o leitor digital esbarrou propositalmente em uma xícara de café esquecida ali, danificando grande parte das páginas do livro que, entristecido, disse:
– Puxa! Não deveria ter te escutado. Olha só o
meu estado! Agora tenho certeza de que nem para
decoração sirvo mais.
“Não há pior inimigo que um falso amigo.”
Por Catarina Monteiro Palumbo, Georgia Vaccari Borrelli e
Maria Eduarda Parada Vinhas. Alunas do 8º Ano A.
A Caneta Tinteiro e a Luminária
m senhor passava seu tempo livre escrevendo
com sua bela caneta tinteiro. Certa vez, quando deu uma pausa para tomar seu chá da tarde,
em sua bancada, seus instrumentos de trabalho,
a luminária astuta e a caneta humilde, começaram a conversar:
– Você não percebe, minha querida amiga? perguntou a luminária.
– Perceber o quê, minha senhora? - indagou a caneta.
– Meu bem, perceba que sua escrita está fraca, nem mesmo
eu, com toda essa luz, consigo enxergar! - exclamou a luminária.
– Então o que você propõe, dona luminária? - perguntou a
caneta.
– Ora, solte mais tinta, querida.
– Obrigada pelo conselho, prometo que irei usá-lo. - disse a
caneta gentilmente.
– De nada! Disponha, querida. - falou a luminária toda orgulhosa.
Quando o senhor retornou de seu chá, interrompendo a conversa das duas, voltou a escrever, e a caneta, aceitando o conselho
da luminária, soltou mais tinta. Assim ele escreveu por horas até
que teve vontade de ir ao banheiro. Então a luminária disse novamente à caneta:
– O que aconteceu?
– Como assim? – questionou a caneta confusa.
– Você não soltou mais tinta, eu continuei sem enxergar.
– Mas é claro que soltei! - disse a caneta indignada.
– Pois então, da próxima vez, solte mais, meu bem.
– Seguirei seus conselhos, querida amiga.
O escritor retornou do banheiro e elas pararam de conversar.
Ele começou a escrever e, novamente, a caneta
soltou mais tinta. Entretanto, depois de horas escrevendo, a tinta acabou e o senhor foi procurar
um refil. Enquanto isso a luminária e a caneta voltaram a dialogar:
– Minha amiga, dessa vez você quase acertou
na medida de tinta, por pouco sua escrita não
ficou perfeita. - disse a luminária.
– Não acha que exagerei? - perguntou a caneta preocupada.
- Ele vai ter até que trocar o refil de tinta! - exclamou.
– Imagine, querida! O refil já estava no fim, isso acontece,
solte um pouco mais de tinta e você será a melhor caneta tinteiro
que ele já teve!
– Obrigada de novo, não sei o que seria de mim sem você,
amiga. - disse a caneta feliz.
O senhor voltou e trocou o refil da caneta, retomando sua escrita. Atendendo aos conselhos da companheira, a caneta soltou
mais tinta. Porém, dessa vez, a medida foi exagerada, causando
uma enorme mancha no trabalho do escritor que, aborrecido e
achando que a caneta estava quebrada, acabou jogando-a fora,
juntamente com a folha borrada. Dentro do lixo, a folha de papel
perguntou à caneta:
– O que houve?
– Aceitei o conselho de alguém que se dizia minha amiga. disse com tristeza.
– É, minha querida... se conselho fosse bom, ninguém
dava, vendia.
Por Marcelo Campos Camargo, Sofia Terzian Simonka e Tiago Hadid
Chammas. Alunos do 8º Ano C.
{www.colegiovertice.com.br} 13
{COMPORTAMENTO}
Planejando
o futuro
Por Lucca Pappas Ditleff, Luíza Mutter Quinderé Fraga, Maria Luiza
Assumpção de Oliveira Costa, Mariana Pirani Vieira Parisi, Mateus Motta
Buchaim e Nicolás Ivanovic. Alunos do 9º Ano A. Ilustração de Izabella
Martins Ramos Rodrigues. Aluna do 9º Ano B.
Ter uma boa aposentadoria não é fácil, é preciso planejamento e dedicação
para conseguir viver bem nos seus últimos anos de vida. Há diferentes planos de
previdência, cada um pode trazer benefícios diferentes a seus contribuintes
D
e acordo com o dicionário
Aurélio, a palavra previdência significa a busca de
proteção contra efeitos danosos de
eventos futuros. A previdência é o
conjunto de instituições ou de medidas de proteção e assistência aos cidadãos em caso de doença, desemprego, aposentadoria e invalidez. A
forma de as pessoas precaverem-se
para o futuro ou adversidades pode
ser pública ou privada.
Segundo o administrador Marcos
Willemann, especialista em mercado
financeiro, a contribuição para a previdência social e/ou para um plano
de previdência privada, é algo importante e fundamental para sustentar
o padrão de vida no futuro, e, por isso, acredita que todas as pessoas
deveriam ter um plano como esses, “A disciplina de poupar é muito
importante para assegurar um futuro melhor. Infelizmente, muitos só
percebem isso quando o tempo passou, e aí o exercício para atingir o
objetivo fica muito maior, muitas vezes, até impossível.” – defende.
A previdência pública é administrada pelo Governo Federal. Os cidadãos que possuem registros no INSS (Instituto Nacional de Seguro
Social) contribuem com uma parcela do seu salário mensalmente para
prover os fundos da previdência social. Esse dinheiro é utilizado para
subsidiar o pagamento das aposentadorias atuais. O cidadão não está
fazendo uma poupança pessoal, mas sim contribuindo para os gastos
presentes da Previdência. Devido a isso, os beneficiários de hoje não
estão recebendo os frutos daquilo que pagaram no seu período de trabalho, e, sim, o dinheiro pago pela geração de trabalhadores atuais.
Quando a população começa a envelhecer e a taxa de natalidade diminuir, a quantidade de trabalhadores pagantes tende a reduzir no longo
prazo, afetando o volume de dinheiro arrecadado pela previdência. Esta
fórmula faz com que o saldo de arrecadação seja insuficiente, sendo
necessário que o governo arque com as diferenças, que só aumentam
ano após ano.
Na previdência privada, a pessoa pode decidir o quanto vai investir
no seu futuro e, com o auxílio de um especialista do mercado financeiro, pode definir qual a renda que gostaria de possuir mensalmente no
período de sua aposentadoria, dessa forma é um investimento pessoal,
administrado por uma instituição financeira. Por ser um investimento,
14 { VÉRTICES } julho 2014
poderá ter tributações específicas, de acordo com o produto contratado. A rentabilidade desse fundo estará associada ao tipo de aplicação
financeira que o banco efetuará, bem como às taxas cobradas. Os riscos
desse produto são relativamente baixos, já que os órgãos reguladores
(SUSEP – Superintendência de Seguros Privados, CVM – Comissão de
Valores Mobiliários, Banco Central) acompanham muito de perto como
as instituições administram essa solução financeira.
Vantagens da previdência social
Sendo um inscrito e contribuinte da previdência social, o cidadão habilita-se a receber benefícios, tais como a aposentadoria por
idade, aposentadoria por tempo de contribuição, aposentadoria especial, auxílio-doença,
auxílio-acidente, auxílio-reclusão, pensão por
morte, salário-maternidade e salário-família.
Com a aposentadoria por idade, o trabalhador urbano do sexo masculino pode parar
É muito importante que
de trabalhar aos 65 anos, já do sexo femini- o trabalhador tenha
no, aos 60. Os trabalhadores rurais podem se sua carteira de trabalho
aposentar cinco anos antes. Na aposentadoria sempre atualizada para
que possa gozar dos
por tempo de contribuição, o trabalhador ho- benefícios da previdênmem pode se aposentar depois de 35 anos de cia social
profissão e a mulher, após 30 anos. A aposentadoria especial é concedida a quem trabalhou em condições prejudiciais à saúde pelo período de 15 a 25 anos, como trabalhos em locais
insalubres e profissões que exijam muito esforço físico.
O auxílio-doença é para os trabalhadores incapacitados de exercer
sua profissão por algum problema de saúde ou acidente. Esse direito é
concedido a partir do 16º dia de afastamento. O funcionário, que tem
sua capacidade de trabalho reduzida por sequelas de um acidente,
recebe o auxílio-acidente. O auxílio-reclusão é concedido ao trabalhador que foi preso e não está recebendo o salário da empresa. Quando
o contribuinte morre, sua família recebe a pensão por morte.
Mulheres contribuintes que se tornam mães recebem o salário-maternidade nos 120 dias que ficam afastadas de suas funções. Os trabalhadores com filhos de até 14 anos recebem o salário-família para ajudar no sustento destes, se tiverem dependência econômica comprovada.
Desvantagens da previdência social
Independente do salário que o trabalhador ganhe mensalmente e
de sua contribuição mensal, o máximo que ele poderá ganhar na previdência social é R$3691,74, valor chamado “teto máximo”, inferior a
sete salários mínimos. De acordo com o senhor Willemann, “Existe algo
que precisa ser aprimorado no modelo atual da previdência social, já
que, apesar de uma arrecadação maior em 2013 sobre 2012, de 4,8%,
as despesas continuaram crescendo, em especial pelos reajustes e pelo
crescimento natural dos beneficiários, dado à melhora na expectativa de
vida do brasileiro. Os maiores déficits estão no setor rural, em 2013 o
valor variou em cerca de R$ 75,9 bilhões, essa é mais uma evidência de
que o modelo atual pode ter melhorias.”.
Vantagens da previdência privada
A previdência privada consiste em um sistema no qual o indivíduo
reserva parte de suas finanças durante um período, para que, em sua
aposentadoria, receba uma remuneração mensal melhor, que atenda
a suas expectativas. Dependendo do contribuinte, o retorno financeiro
obtido pode ser extremamente mais alto que o da previdência social,
podendo, na maioria das vezes, ser complementar.
Em caso de alguma fatalidade antes da aposentadoria, o dinheiro
investido na previdência fica para os beneficiários. Assim como, caso a
pessoa não consiga mais pagar o valor estipulado devido a problemas
financeiros, o dinheiro investido já estará guardado e poderá ser resgatado, obedecendo às regras de cada produto.
Outro pró é que a previdência privada, por exemplo, do tipo PGBL
(Programa Gerador de Benefícios Livre) pode ser utilizada para deduzir a
base de cálculo do Imposto de Renda anual de contribuintes que optam
pela declaração do tipo completa.
O mercado financeiro oferece diversas opções de planos, sempre
respeitando o perfil de cada cliente. Nossa equipe procurou uma instituição financeira e simulou dois tipos diferentes, um para jovens, e outro
para aqueles que buscam uma aposentadoria regular.
PREVIDÊNCIA JOVEM
PREVIDÊNCIA REGULAR
Logo que a criança nasce, seus
pais fazem um plano de previdência para que, aos 18 anos,
o jovem passe a receber, durante 5 anos, uma remuneração
mensal.
Supondo que um jovem adulto
de 24 anos comece a planejar
seu futuro, para que, aos 60
anos, passe a gozar de benefícios, contrate um plano de previdência privada, pagando um
valor mensal de R$ 724,00. No
prazo estipulado, ou seja, na idade escolhida, passará a receber
uma renda mensal estimada em
R$ 4.733,75. Entretanto, se esse
mesmo indivíduo decidir planejar
sua aposentadoria para 5 anos
mais tarde, ou seja, aos seus 65
anos, sua renda mensal estimada será de R$ 8.109,97.
Por exemplo, se os pais ou responsáveis pagarem uma quantia
mensal deR$ 151,00, o jovem,
ao completar a maioridade, receberá o valor de R$ 1.066,00
por mês. Caso os pais optem
por um valor maior, como R$
362,00 por mês, a renda mensal de aposentadoria por cinco
anos será de R$ 2.555,00.
Tal planejamento é muito importante para o período universitário
dos filhos.
Com base nesses dados é possível perceber que quanto mais
cedo as pessoas se programarem para o futuro, maiores serão
seus benefícios.
Desvantagens da previdência privada
As taxas cobradas pelas instituições financeiras para administrar
os recursos investidos podem variar muito, e, dependendo do fundo, a
rentabilidade pode ser inferior ou igual à inflação. Alguns fundos possuem riscos e podem apresentar rentabilidade negativa, o que diminui
a expectativa de ganho no longo prazo. As taxas de carregamento, por
exemplo, podem ser de até 3%.
Além disso, é muito importante que o investidor analise suas condições financeiras antes de aderir ao plano, pois a maioria estipula períodos de carência para resgates.
Curiosidade sobre os planos de previdência
privada disponíveis no mercado
Quando for contratar um plano de previdência privada, é importante
que o interessado saiba que há dois planos diferentes, o PGBL e o
VGBL. Saiba agora quais são as diferenças básicas entre um e outro e
qual seria o mais adequado a seu perfil.
•
PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre)
Este plano é indicado para aqueles que fazem declaração completa de Imposto de Renda (IR), pois permite que o aplicador deduza do IR o investimento no plano, no limite máximo de 12% de
sua renda bruta anual.
Terão desconto de IR no momento do resgate tanto os recursos
depositados quanto os rendimentos.
•
VGBL (Vida Gerador de Benefício
Livre)
Já este plano é indicado àqueles
que fazem declaração simplificada de Imposto de Renda, já que
não permite deduzir o investimento do IR ou para quem pretende
contribuir com mais de 12% da
sua renda bruta anual em previdência complementar.
No momento do resgate, apenas
os rendimentos terão incidência
de IR.
Como ambos os tipos de aposentadoria apresentam vantagens e
desvantagens, as pessoas que têm condições optam por planejar, além
da previdência pública, a privada. Isso ocorre, geralmente, quando a
pessoa sabe que não conseguirá manter seu padrão de vida após se
aposentar com o dinheiro vindo somente da previdência social. Outra
possível alternativa é o pagamento mínimo necessário, de acordo com o
seu salário, da previdência pública, investindo, assim, mais dinheiro na
aposentadoria privada, já que o investidor conseguirá ter mais controle
sobre a quantia mensal recebida após aposentar-se. Sendo assim, cabe
ao indivíduo decidir qual opção adequa-se melhor as suas necessidades.
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{ESPORTE}
Pequenos atletas, grandes
O Colégio Vértice tem em seu corpo discente atletas de diversas idades e em categorias de esportes
diferentes. Do infantil à 3ª Série do Ensino Médio, os atletas de nossa Instituição mostram que é possível
conciliar a vida de estudante e de atleta mantendo uma saúde física e mental. O esporte mostra a esses
alunos que sua prática constante só traz benefícios em qualquer fase da vida
A prática de judô, futebol, tênis, assim
como de outros esportes, na infância, deve ser
encarada como um dos meios de desenvolvimento da criança, devido à boa formação
dos ossos, músculos, mente e autoestima do
praticante. Francisco Maciel, aluno da Educação Infantil do Colégio Vértice, mostra ter
uma vida esportiva muito ativa. O aluno faz
judô, natação e educação do movimento (conjunto de atividades recreativas para crianças),
no Clube Paineiras do
Morumby. Apesar de
ser apenas uma criança, o pequeno Francisco já participou de
muitos festivais, como
o de Escolas Esportivas, no Clube Esperia;
LUDICAP, no Clube
Francisco Maciel,
Paulistano; e as Olimapós receber uma
medalha por sua
píadas de Esportes, no
vitória
Clube Hebraica.
Quanto mais cedo a criança iniciar-se na
prática esportiva, mais benefícios colherá no
decorrer de sua vida, como a obtenção de um
bem estar físico, uma melhor organização de
sua rotina, além de aprender, desde novo, a
traçar metas a serem alcançadas.
Vinícius Coutinho Colombo Martini, aluno
do 5º ano, pratica karatê há 3 anos e obteve
o 2º lugar no Campeonato Mundial de Karatê
SEIWAKAI 2013. Juntamente com sua família,
organizou seus treinos
para os fins de tarde,
para que tenha tempo
suficiente de realizar
seus afazeres escola- Vinícius Colombo
Martini, organização
res. Desta forma, sua entre a vida escolar e
vida esportiva só tem a prática esportiva
influências positivas em sua vida.
Nicholas Ferreira Tavares, também é um
exemplo de organização, procura prestar muita atenção às aulas, para facilitar suas lições
de casa e, com isso, ter tempo suficiente para
16 { VÉRTICES } julho 2014
resultados e cumpre suas obridedicar-se ao esporte que pratica
gações de estudantes.
há 6 anos, o futebol. Nicholas diz
São diversos os benefícios
contar com a ajuda de sua super
promovidos pelo esporte; enmãe no controle de horários e de
tretanto, ganha destaque a sosuas atividades.
cialização, já que o esportista
A escolha de um esporte deve
desenvolve um grande ciclo de
ser algo muito bem pensado e
amizade, estabelecendo vínculos
planejado, é preciso que a crianentre seus colegas e treinador.
ça tenha perfil para o esporte e
Além disso, desenvolve o espíque sinta prazer em realizá-lo.
rito esportivo, em que aprende
Como o caso de Luiz Henrique
respeitar regras, conviver com os
Novais Robotton que, inspirado Nicholas Ferreira Tavares,
demais e lutar por um objetivo.
em seu irmão, começou a prati- dedica-se ao esporte há
Um exemplo de esporte que
car tênis há 5 anos, conquistando 6 anos
envolve o espírito de coletividade
o 1º lugar na Copa das Nações
em 2013. Sua família organiza seus horários é o futebol, praticado por nosso aluno do 9°
para que a atividade esportiva não atrapalhe ano, Lucas Manuel Torrado, que afirma que
a prática é muito prazerosa, pois, ao entrar
seu desempenho escolar.
Na adolescência, a prática esportiva traz em campo, sente uma satisfação muito grana boa formação da mente, já que proporcio- de, além de criar amizades que tornam o jogo
na um melhor fluxo sanguíneo cerebral, dimi- mais vivo.
Lucas consegue gerenciar sua rotina de esnuindo o risco de se desenvolver um quadro
depressivo, ou de tornar-se um indivíduo es- tudos, administrando bem seu tempo entre a
tressado ou ansioso. Também ameniza alguns vida escolar e a esportiva, porém ressalta que
diagnósticos, como o TDAH (Transtorno de é preciso muita organização e planejamento
Déficit de Atenção e Hiperatividade), como, a fim de que as viagens para campeonatos
por exemplo, a aluna Manuella Frediani, não interfiram em
rendimento
do 8º ano, que, quando pequena, aos qua- seu
tro anos, foi orientada a realizar uma práti- escolar.
Compete pelo
ca esportiva para manter-se focada em suas
atividades. Iniciou-se então no judô, e, hoje, clube Pequeninos
aos treze anos, pratica, além do judô, jiu-jitsu, do Joquey, partiapresentando
uma cipando de divermelhora considerável sos campeonatos;
como Paulista de
em sua concentração.
Manuella dedica- Base, Estadual de
se muito ao esporte e São Paulo, Disney Lucas Torrado participando
da Disney Cup
já conquistou diversos Cup (nos EUA).
Para Rodrigo Dabus, também aluno do 9°
títulos,
representando a Associação Villa ano, o esporte trouxe muitos benefícios, como
Sônia, e ganhou cam- uma obediência à rotina, a organização de
peonatos
nacionais seus afazeres e uma alimentação mais saupela Federação Paulis- dável. Em seu dia a dia, organiza-se através
Manuella Frediani
ta de Judô (FPJ). Mes- do calendário escolar, marcando com anteaos 4 anos de idade,
inciando sua carreira mo com uma rotina cendência as datas de campeonatos, já plaesportiva
puxada, obtém bons nejando os dias em que irá faltar, pois ele
talentos
Por Beatriz Pontes Cunha Cortez, Felipe Lopes Tafner Ferreira, Helena Moreno
Vasconcellos, Kayan Ahmed Reda El Hayek, Larissa Dupre Cintra e Gomes,
Leonardo Fazzio e Nicolas Peccia Takayama. Alunos do 9º Ano C.
mesmo estabeleceu que
seus estudos seriam sua
prioridade.
Rodrigo tem acompanhamento psicológico para que, como
atleta, saiba lidar com
eventuais problemas e
frustrações.
Levando uma vida Rodrigo Dabus participando da Copa da
organizada,
Rodrigo Juventude no CNC
Dabus alcançou o sucesso em seu esporte, a Vela. Com apenas 14
anos, já possui um contrato com a Audi e já participou de campeonatos
importantes, como Mundial da Classe 420, Semana de Vela em Buenos Aires, Campeonato Sul Americano de Vela, Campeonato Francês
e Campeonato Nacional de Vela. Atualmente, pratica vela pela YCSA .
Não só os pais, mas também outros familiares influenciam na escolha de um esporte. Esse é o caso dos alunos Rodrigo Rossi Longo,
9º ano, e sua irmã, Gabriela Rossi Longo, aluna da 3ª série do Ensino
Médio. Rodrigo iniciou sua
vida esportiva aos 8 anos,
praticando polo aquático por
influência de seu pai e avô ,
que também já foram atletas
desse esporte.
Gabriela
treina
polo
aquático
profissionalmente,
Rodrigo Longo praticando polo aquático
pelo Clube Paineiras do Morumby, e já foi campeã em torneios profissionais, como Paulista, Brasileiro, Sul-americano e Pan-americano feminino, além de conquistar
a Taça Brasil. Treina desde seus 13 anos e quebrou o “tabu” de que
é impossível conciliar a cansativa rotina da 3ª série do Ensino Médio
com o esporte. A aluna recebe elogios de seus coordenadores que
afirmam ser uma excelente aluna e sempre a incentivam.
Todos sabem que os alunos do Vértice possuem uma rotina de
estudos, tanto na escola, como em casa, portanto aqueles que praticam esportes devem se organizar e aproveitar suas horas vagas para
realizar suas tarefas escolares corretamente e nos prazos devidos. Um
dos benefícios do esporte é o senso de organização e disciplina que
os atletas adquirem. Rodrigo Longo organiza seus horários para que
possa concluir as suas lições de casa antes de ir a seu treino, e, em
semana de provas, começa a estudar cerca de um mês antes.
O Colégio Vértice apoia qualquer iniciativa de alunos relacionada
a esportes, incentivando nossos pequenos atletas para que obtenham
sucesso em suas vidas esportivas, profissionais e pessoais, mantendo
sempre seu lazer e aproveitando cada fase da vida.
Nem sempre o
tempo leva ao
progresso
Por Daniel Chammas Schwartz, Felipe Tafner e Gustavo Felde Giusti. Alunos
do 9º Ano C. Ilustração de Bruna Felde Giusti. Aluna do 9º Ano A.
Ando abismado com algo que tenho visto cada vez com mais frequência. Conversa? Não tem mais. Relações? Só pelo “WhatsApp”.
Famílias juntas, só fisicamente. A comunicação perde-se no momento em que alguém saca um celular do bolso.
Estava em uma lanchonete no shopping há alguns dias, e foi impossível não perceber que todas as famílias, TODAS MESMO, não trocavam uma só palavra. Quer dizer, não com a boca, porque a conversa,
provavelmente, estava rolando mesmo é com os dedos, além de acontecer com terceiros, ignorando todos os presentes. Também vi várias
crianças, resmungando e chorando, gritando sons que ninguém entendia. O remédio mais eficaz para isso, algo que concluí por meio da
observação, é um tablet, bem abastecido com os jogos mais recentes.
A tecnologia, cada vez mais avançada e rebuscada, tem – ou
melhor – deveria ter, a função de aumentar e melhorar a comunicação entre as pessoas. Mas se prestarmos bastante atenção, veremos
que isso não passa de um paradoxo funesto: elas só serviram como
um “pesticida” para as relações entre os homens, as quais ficaram
mais enfeitadas por smartphones e redes sociais, mas, a longo prazo, deixaram-nas “intoxicadas”.
Deixe-me explicar mais.
Ao invés de encontrarmos nossos amigos, ou ficarmos com nossa família, optamos por sentarmos num sofá, ligarmos a televisão e
deixarmos o celular ao nosso alcance. Porém, o jogo de futebol que
está sendo transmitido em nosso aparelho televisivo é completamente ignorado, e o turbilhão de SMS toma nossa atenção.
Tal superficialidade das relações humanas deixa-nos distante da
realidade, aumentando quantitativamente grupos de amigos,
mas enfraquecendo os laços de amizade em
afetividade e sinceridade. Assim como
os vegetais em que foram utilizados
adubo químico e inseticidas parecem ser melhores, talvez, ficar
em casa trocando mensagens
com os colegas, ao invés de
encontrá-los na vida real,
também pareça. Mas todos
sabemos que aquele legume orgânico, mais miudinho e murchinho, porém
mais natural, é o melhor
para a saúde.
{ www.colegiovertice.com.br} 17
{RESENHA}
para ler...
para ouvir...
O SÁBIO SHERLOCK HOLMES – ENIGMAS DA MORTE
PURE HEROINE
O livro “O Jovem Sherlock Holmes – Nuvem da Morte” foi escrito por Andrew Lane, que ainda não tinha um passado pelo
ramo da literatura. Ao longo de sua carreira atuou mais na
televisão, desenvolvendo, por exemplo, várias séries famosas, na rede BBC inglesa, como: “Doctor Who”, “Torchwood”
e “Randall and Hopkirk”.
Sempre foi amante dos estilos de ficção científica e mistério, e
tinha um enorme conhecimento sobre o personagem Sherlock
Holmes, no caso, a obra original, escrita por Arthur Conan
Doyle. E, devido a isso, em 2009, a Fundação Sir. Arthur Conan Doyle fez uma parceria com Lane, elaborando a história
com foco na vida precoce do personagem. No Brasil, foi traduzido por Débora Isidório
e lançado pela editora Intrínseca, em julho de 2011.
No enredo, Sherlock Holmes é um menino de quatorze anos, muito inteligente, porém
ainda sem consciência disso. Uma das coisas de que o menino mais gostava de fazer
era viajar com sua família nas férias de verão, porém, em uma de suas férias, isso não
iria acontecer, pois sua mãe estava com uma grave doença e seu pai, viajando para
servir o exército na Índia. Devido a isso, seu irmão mais velho, Mycroft, decide deixar
o rapaz na casa de uns tios desconhecidos que moravam em uma pequena cidade,
chamada Farmhan, onde eles eram os mais ricos moradores. Sherrinford, o tio, era
uma espécie de pastor religioso, e Anna, a tia, vivia em um constante monólogo, dia
e noite. Nenhum dos dois dava muita atenção para o garoto. Na casa também havia
uma governanta, chamada Sra. Eglantine, que todos da cidade diziam ser um mistério.
Mycroft e seu pai queriam que Sherlock estudasse durante as férias, para isso contrataram um tutor chamado Amyus Crowe, um senhor muito experiente que realmente
fazia Sherlock pensar. E essa relação de desafios tornou-os cada vez mais próximos.
Um dia, Crowe mandou Sherlock ir à floresta, atrás da casa dos tios, para aprender
mais sobre cogumelos venenosos. Durante a caminhada, Sherlock fez um amigo,
Matthew Arnatt, que lhe contou que, dias atrás, havia visto uma fumaça saindo da
janela de um prédio e que lá havia um homem morto, todo ensanguentado. Sherlock
ficou muito assustado, mas logo se acalmou. No dia seguinte, Crowe mandou
Sherlock ir novamente à floresta, porém, durante a caminhada, encontrou um corpo
abandonado com uma nuvem ao seu redor e muitas manchas de sangue no rosto.
Para desvendar esse mistério, Sherlock contará com a ajuda de seu novo amigo
Matthew, Amyus Crowe e sua filha, Virginia Crowe. Juntos poderão salvar a vida de
todo o exército inglês, desvendando esse crime.
“O Jovem Sherlock Holmes – Nuvem da Morte” (Death Cloud) é um livro extremamente detalhista, facilitando sua compreensão. Os desafios que Amyus Crowe
propõe a Sherlock são incríveis, oferecendo ao leitor muitas informações curiosas. É
um livro contagiante, embora seu início seja um pouco confuso, com várias tramas,
depois todas se juntam em uma só e tudo começa a fazer sentido.
O mais novo CD da
cantora e compositora
neozelandesa Ella Marija Lani
Ye l i c h - O ’ C o n n o r,
mais conhecida pelo
seu nome artístico
“Lorde”, foi lançado
dia 27 de setembro de 2013 pela Universal
Music e apresenta dez músicas, com a duração total de 37 minutos.
Lorde, mesmo tendo apenas 17 anos, já foi
nomeada a “Mulher do Ano”, em 2013, pela
MTV. Já teve quatro indicações ao Grammy
Awards e venceu nas categorias: “Canção
do Ano” e “Melhor Performance Pop do
Ano”, com seu single “Royals”, e com essa
mesma música conquistou o título de ser a
mais jovem artista vencedora do primeiro lugar da Billboard Hot 100. Está nessa profissão desde 2012, junto ao empresário Scott
Maclachlan.
Esse álbum de música pop recebeu muitos
elogios de críticos; o portal Metacritic, por
exemplo, classificou-o com 78 pontos de
100. Já Jason Lipshutz, da revista Billboard,
concedeu-lhe 94 pontos, chamando-o de
“imaculado” e elogiando o trabalho e a voz
de Lorde.
Yelich-O’Connor tem outro CD, lançado em
março de 2013, chamado The Love Club,
contendo cinco faixas, sendo bem comentado
pelos críticos.
“Pure Heroine” é um ótimo álbum, com diferentes ritmos e canções “viciantes”. Possui uma
diversidade agradável de velocidade das faixas e dos ritmos, não sendo entediante ouvilo. Além disso, pode ser indicado para todas
as idades, dependendo do gosto musical da
pessoa.
» FICHA TÉCNICA:
TÍTULO: “O Jovem Sherlock Holmes – Nuvem da Morte”
AUTOR: Andrew Lane
TRADUÇÃO: Débora Isidório
EDITORA: Intrínseca
PÚBLICO ALVO: Infanto-juvenil
NÚMERO DE PÁGINAS: 288
ANO: 2011
VALOR: R$ 29,90
Por Por Isabella Ferrari Cordeiro. Aluna do 8º Ano C.
18 { VÉRTICES } julho 2014
» FICHA TÉCNICA
TÍTULO: Pure Heroine
CANTOR(A): Ella Marija Lani Yelich-O’Connor
IDIOMA: Inglês
GRAVADORA: Universal
DURAÇÃO: 37:08
LANÇAMENTO: 27 de setembro de 2013
GÊNERO: Art pop
MÚSICAS: 10 faixas
Produzido Por Giulia Rigamonti.
Aluna do 8º Ano B.
para assitir...
SAIA DA FANTASIA
Blackfish é um documentário que mostra, com fatos e
argumentos incontestáveis,
a verdade sobre as orcas do
parque aquático Sea World,
em Orlando. A morte de
uma das treinadoras mais
experientes do Sea World,
Dam Brancheau, levou a
diretora brasileira Gabriela
Cowperthwait a elaborar o
filme. Com duração de 84 minutos, o longa-metragem vai fundo em investigações sobre os cuidados
recebidos pelas baleias e os motivos que teriam resultado, não apenas nesse incidente, mas em vários
outros ocorridos ao longo dos anos.
Através de depoimentos de ex-treinadores e pessoas que já estiveram ligadas ao parque ou à
captura de orcas, é possível montar um panorama medonho sobre os abusos cometidos no trato
desses animais. As consequências são literalmente
sentidas na pele, como comprovam as várias imagens de cortes e machucados no corpo das baleias orcas causados pelos próprios “companheiros de cela”, devido à tensão e à frustração da
vida restrita. Entretanto, mais que uma denúncia,
Blackfish busca mostrar o lado emocional dos animais, ou seja, não se concentra somente na apresentação de imagens, mas também na análise
de tudo que acontece naquele cenário. É valido
ressaltar que Blackfish, por se tratar de um documentário, possui cenas bastante fortes que podem
impressionar os telespectadores.
Seu conteúdo faz com que as pessoas percebam o
quão egoísta são ao se divertirem com o aprisionamento de animais que são privados de viver em seu
habitat natural, de acordo com sua própria natureza,
com o único intuito de serem condicionados a executar shows que agradem a uma plateia, tudo em
troca de uma merecida refeição. O filme promove
um conflito entre o espectador e sua sociedade.
» FICHA TÉCNICA
TÍTULO: Blackfish
DIREÇÃO: Gabriela Cowperthwait
ELENCO PRINCIPAL: Samantha Berg, Dave Duffus,
Jhons Crow, Cristopher Poter, Tilikum
DURAÇÃO: 84 minutos
GÊNERO: Documentário
ANO: 2013
Por Ana Cristina Pontes de Azevedo, Maria Antônia M. de
Souza de Medeiros e Maria Eduarda Parada Vinhas.
Alunas do 8º Ano A.
Plim
Por Felipe Felde Giusti, Gabriella Guiraldeli Barboza e Giulianna Gama de Quadros
Bezerra. Alunos do 9º Ano B. Ilustração de Bruna Felde Giusti. Aluna do 9º Ano A.
“Tec-tec-tec” e um delicioso “plim”, som de vitória, acabo de comprar
on-line a mais maravilhosa, perfeita e inigualável capinha de celular à
prova d’água. Com ela me tornarei especial, as pessoas serão diferentes
comigo e o mundo não será mais o mesmo; bom, pelo menos é o que
promete a descrição do produto.
Bem, havia selecionado a opção de entrega que demorasse menos,
porque não poderia esperar para testar minha capinha. Três dias não
parecem muito tempo, mas quando você só tem uma coisa na cabeça,
O TEMPO CONGELA!
Lá vou eu, finalmente chega o dia esperado. Passo horas no sofá. A
campainha toca e é minha tão sonhada capinha. Assino os papéis do
Correio correndo e vou logo pra sala abrir minha caixa. Para minha surpresa, era uma capinha de celular à prova d’água, só que não a MINHA
capinha!!
Essa capinha era totalmente diferente da que comprara pela internet,
totalmente diferente da foto e isso é inaceitável! “Tec-tec-tec” entro logo
no site para conseguir o número, ligar e reclamar.
Ao ligar para o site, fico cinco minutos ouvindo uma musiquinha irritante. Ao atenderem meu telefonema, com um tom dócil, oferecem-me
várias coisas, porém já corto a pessoa e vou direto ao assunto, explicando como a capinha que recebera era diferente da foto do site e digo que
quero uma igual àquela vista por mim. A mulher do outro lado da linha
diz que não é possível efetuar a troca da capinha, porque, segundo ela,
a descrição do produto diz que ele pode ou não ser como o da imagem.
Aquele “pode” deixou-me tão brava, mas tão brava, que decidi desligar
logo o telefone, mas, em seguida, me arrependi.
Liguei de novo e a mesma mulher
atendeu. Implorei a
ela para que trocasse
minha capinha, porque,
se não trocasse, eu
não poderia tornar-me
especial, como sugeria
a descrição do produto.
Porém, dessa vez, ela
mesma desligou o
telefone.
Fui dormir totalmente
desapontada e
desolada, decidida a
nunca mais realizar
compras pela internet.
“Plim”.
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1. COMPLETE O DESENHO!
Narizinho só conseguiu desenhar metade de sua boneca
Emília. Ajude-a a terminar seu desenho, depois colora-o.
2. COMPLETANDO
Emília deixou sua canastrinha cair no chão e quebrou seu cantinho.
Ajude-a encontrando a parte que completa a figura em destaque para
que possa consertá-la.
Por Rodrigo Yocida Nagai, Victoria Cardoso e Vinícius
Barden Lucciola Gonçalves. Alunos do 8º Ano B.
4. QUEM SERÁ?
Sou defensor das florestas e dos animais. Descubra quem sou,
colocando as iniciais das figuras nos locais indicados.
Por Bruno Tripodi Ott, Caroline Akemi Soares Iizuka, Catarina Monteiro
Palumbo, Daniel André Campos e Daniela Mika Yamaji. Alunos do 8º Ano A.
3. QUANTOS SÃO?
Ajude Visconde de Sabugosa a contar os animais do
Sítio do Picapau Amarelo.
Por Louise Webster Lima Costa Cruz, Lucca Nazari da Silva e Souza, Maria Eduarda
Cordeiro Cunha, Mirella Pagano Stipkovic e Pedro Henrique Rodrigues de Moraes.
Alunos do 8º Ano B.
5. QUANTAS ESTRELAS PARA CADA PLANETA?
As estrelas estão perdidas
no espaço e precisam
de sua ajuda para achar
seus planetas! Faça com
que cada planeta tenha o
mesmo número de estrelas.
Por Giovanna Ricci Yunes Salles, Isabella Ferrari Cordeiro, João Eduardo
Raimundo Vuolo, Julia De Biase Deo e Julia de Pavia Rossi. Alunos do 8º
Ano C.
20 { VÉRTICES } julho 2014
Por Diego Biagioni Rotella, Fábio
Adelizzi, Fernanda Igino Franzin,
Gabriel De Rosa Peano e Gabriela
Quadros Barreiros. Alunos do 8º
Ano A.
6. QUAL SERÁ?
Curumim perdeu sua bola e quer encontrá-la.
Ajude-o a pegar a bola certa.
Por Júlia Loripe Guimarães, Lívia Mota Ferreira, Luis Claudio
Ferrari Luz, Luiz Arnaldo Pontes de Azevedo e Maria Antônia M.
de Souza de Medeiros. Alunos do 8º Ano A.
7. COMPLETE A FIGURA!
Em cada uma
das fileiras, você
encontrará um
personagem do
Sítio do Picapau
Amarelo. A seu
lado, há três
imagens em
que uma parte
do personagem
foi omitida,
descubra e
desenhe para
que fiquem
iguais ao
modelo.
Por Isabella Guimarães Del Nero. Aluna do 8º Ano B.
8. SIGA AS COORDENADAS!
10. QUAL É O DIFERENTE?
9. QUE PALAVRA NÃO
Curumim e seus amigos adoram passar as
Dona Benta adora fazer quitutes deliciosos
PERTENCE AO CONJUNTO?
tardes brincando. Para descobrir quais são
para a turminha do Sítio do Picapau
Curumim está fazendo um
Por Isabella Amarelo.
Andrade Clemente,
Larissa
Dupré
Cintra equais
Gomessão
e
suas brincadeiras preferidas, é só seguir as
Veja nas
linhas
abaixo
trabalho
escolar,
porém
está
Por Jean Pierre Nader, Pedro Barletta Marcondes Perito e Théo Ferreira Reis. Alunos do 8º Ano B.
Luiza Brianez Urrutia. Alunas do 8º Ano B.
coordenadas!
com dificuldades em diferenciar os quitutes que saíram diferentes.
os temas. Ajude-o circulando
A
B
C
D
E
F
a palavra que não pertence a
1
J
L
P
G
N
C
cada conjunto.
2
T
H
D
B
K
Q
3
N
Y
O
F
Ç
U
4
E
A
S
M
X
Z
5
U
I
R
A
B
D
6
P
S
Y
O
T
E
C1
A4
D1
B4
A6
F6
D1
D5
F6
C4
F1
C3
E1
C2
A4
-
C2
F6
B5
F1
B4
E3
D5
C4
D6
A5
C5
D2
C5
B4
B4
E1
Por Amanda Kasabkojian Lima, Ana Beatriz Nogues
Forlin, Bruna Trindade Barros Costa, Bruno Netto Mota
e Carolina Yumi Katsurayama. Alunos do 8º Ano C.
D5
D6
E6
F6
C3
Júlia Fernanda
Chou,
Leopoldo
Baptista TestaFraige
Neto e Luisa
Por Carolina
Webber
Fedrigo,
Júlia Hall-Nielsen
do 8º
Ano Alunas
C.
eGodoi
Luíza Haug.
Mutter Alunos
Quinderé
Fraga.
do 8º Ano C.
Por Alessandra Kim, Ana Clara Pileckas
Proença, Ana Cristina Pontes de Azevedo,
André Fontanez Bravo e Anna Beatrice
Cerca Toledo. Alunos do 8º Ano A.
RESPOSTAS:
F1
F6
; 8. Pega-pega, esconde-
B5
F5
2. B; 3. 5 galinhas, 4 patos, 3 porcos e 3 vacas;
C1
A3
4. Curupira; 5. 6; 6.
D6
esconde, pic bandeira e caça ao tesouro;
F1
9. Curumim, elefante, chapéu e mandioca;
B6
10.
A4
{ www.colegiovertice.com.br} 21
{TESTANDO
SEU CONHECIMENTO}
Por Beatriz Pontes Cunha Cortez, Carolina Juste Rodado, Isabella Kim, Kevin Chin Koi Chiou e Rafael Machado Barreto. Alunos do 9º Ano C.
Quem foi o piloto mais jovem a
conquistar um campeonato na
Fórmula 1?
a) Ayrton Senna.
b) Michael Schumacher.
c) Sebastian Vettel.
d) Fernando Alonso.
2.
Quem foi o piloto a obter a
centésima vitória brasileira?
a) Rubens Barrichello.
b) Felipe Massa.
c) Emerson Fittipaldi.
d) Nelson Piquet.
3.
Qual foi o piloto a vencer mais GPs
na Fórmula 1?
a) Fernando Alonso.
b) Lewis Hamilton.
c) Michael Schumacher.
d) Ayrton Senna.
4.
Quando foi a última vez que um
brasileiro foi campeão de um GP
de Fórmula 1?
a) 1991.
b) 2000.
c) 1997.
d) 2008.
5.
Quantas marchas têm o câmbio de
um carro de Fórmula 1?
a) 7 com a ré.
b) 6 com a ré.
c) 6 sem a ré.
d) 7 sem a ré.
9.
6.
Qual foi o ano de estreia da
Fórmula 1?
a) 1945.
b) 1950.
c) 1965.
d) 1980.
7.
Quantos litros de gasolina, em
média, são gastos por uma equipe
de Fórmula 1, por temporada?
a) 150 mil litros.
b) 230 mil litros.
c) 140 mil litros.
d) 200 mil litros.
10. Dos seis pilotos brasileiros vencedores de corridas, qual foi o único que
nunca venceu uma corrida no Brasil?
a) Felipe Massa.
b) José Carlos Pace.
c) Nelson Piquet.
d) Rubens Barrichello.
8.
Qual é a maior velocidade
atingida, em quilômetros
por hora, em um GP, atualmente?
a) 361,8 Km/h.
b) 359,1 Km/h.
c) 410 Km/h.
d) 299,3 Km/h.
Quando acabará a temporada da
Fórmula 1, em 2014?
a) 20 de agosto.
b) 23 de novembro.
c) 5 de outubro.
d) 15 de dezembro.
11. Qual é o único fornecedor de pneus
para a Fórmula 1?
a) Pirelli.
b) Goodyear.
c) Michelin.
d) Bridgestone.
12. Qual é o único país com dois
tricampeões de Fórmula 1 e com
três pilotos com mais de um título
mundial?
a) Alemanha.
b) Itália.
c) Brasil.
d) França.
De 0 a 4 pontos:
De 5 a 8 pontos:
De 9 a 12 pontos:
Você está parecendo o piloto Taki Inoue, eleito
o pior piloto da Fórmula 1 nos últimos 20
anos. Procure saber mais sobre esse esporte
que tem grande importância nos avanços do
automobilismo.
Você apresenta um conhecimento mediano
sobre o esporte que já deu muito orgulho ao
Brasil. Procure ler mais a respeito e divertir-se
um pouco aos domingos assistindo aos GPs.
Uau!!! Você é um verdadeiro Ayrton Senna
em conhecimentos sobre a Fórmula 1! É
isso aí! Compartilhe seu conhecimento com
seus colegas, para que todos tenham a
oportunidade de conhecer esse esporte tão
cheio de emoções e surpresas.
22 { VÉRTICES } julho 2014
RESPOSTAS: 1-C;2-A;3-C;4-A;5-D;6-B;7-D;8-A;9-B;10-D;11-A;12-C.
1.
{GUIA}
Está cansado de tomar remédios para melhorar sua saúde e tomar sucos sem graça que
lhe indicam? Saiba como ter uma vida saudável e prazerosa com a ingestão de sucos e
vitaminas deliciosos
Textos e imagens produzidos por Adriana Paiva De Luca, Henrique Maniçoba Ferraz, Lucas Manuel Torrado, Sofia Di Mauro Pedro e Tiago Loureiro Motta. Alunos do 9º Ano B.
À base de frutas naturais, os sucos e vitaminas são ótimas opções para mantermos nosso organismo saudável. Além disso, possuem inúmeros minerais, antioxidantes e nutrientes que melhoram nossa saúde e aparência.
Diferente dos sucos industrializados que contêm 90 por cento de água, muito
açúcar e aromatizantes, as bebidas sugeridas ajudam na absorção de vitaminas
e posterior eliminação das toxinas, aumentando a disposição e a hidratação,
além de suavizar a pele e de rejuvenescer.
Para ganhar energia
Para ação antienvelhecimento
Para perder peso
Vitamina: Frutas vermelhas
Suco: Mix tropical
Vitamina: Vitamora
Essa combinação é extremamente saudável. Além de ser
um importante energético,
também auxilia no tratamento contra o câncer e substitui alimentos sólidos
em um café da manhã.
Suco excelente que, além
de proporcionar prazer,
apresenta uma quantidade
gigantesca de nutrientes
que formam o colágeno, essencial proteína
constituinte de tecidos do nosso organismo.
Inclua-a em seu café da manhã como alternativa saborosa que poderá auxiliar em sua
perda de peso.
Receita: 10 morangos sem folha, 25 framboesas, 25 blueberries congeladas, 400 ml
de iogurte desnatado.
Modo de preparo: Bata todos os ingredientes no liquidificador até obter uma mistura
homogênea. Beba em seguida.
Receita: 4 maçãs cortadas em fatias grossas,
40 framboesas, 1 colher de chá de açaí.
Para a pele:
Suco contra acne:
Xô espinha!
Esse suco poderá ajudá-lo
em um tratamento contra a
acne, sem falar que é saudável e delicioso.
Receita: Suco de 2 limões, 200ml de água e
10 gotas de óleo de oliva.
Modo de preparo: Esprema os limões e depois bata junto com os demais ingredientes
no liquidificador. Beba em seguida. Sugestão:
para melhores resultados, tome o suco duas
vezes ao dia.
Modo de preparo: Passe as maçãs e as
framboesas pela centrífuga alternadamente.
Adicione o suco ou a polpa de açaí, misture e
beba em seguida.
Receita: 25 amoras, 450ml
de iogurte desnatado, 1 porção de amêndoas a sua escolha.
Modo de preparo: Bata
as amoras e o iogurte no
liquidificador até obter uma
mistura homogênea. Coloque amêndoas por cima a gosto. Beba em
seguida.
Para o cérebro
Para acalmar-se
Vitamina: Caribe
Suco: Pé direito
Repleta de frutas tropicais,
essa vitamina é uma ótima
solução contra a depressão e
outros problemas cerebrais, como a falta de
memória.
A combinação dessas frutas
aliviará a tensão do paulistano em seu dia a dia.
Receita: 1 abacaxi cortado em pedaços
grandes, 2 bananas, 300 ml de leite de coco.
Modo de preparo: Bata todos os ingredientes no liquidificador até obter uma mistura
homogênea e está pronta para beber.
Receita: 300ml de água congelada em cubinhos, 15 morangos sem as folhas, 2 bananas
maduras, um ramo de hortelã.
Modo de preparo: Triture o gelo no liquidificador e adicione os morangos, as bananas
e a hortelã. Bata até obter uma mistura homogênea e beba em seguida.
{ www.colegiovertice.com.br} 23
Agradecemos aos alunos dos 8os e 9os anos
que produziram esta edição.
8.º Ano A: Alessandra Kim, Ana Clara Pileckas Proença, Ana Cristina Pontes de Azevedo, Andre Fontanez Bravo, Anna Beatrice Cerca Toledo, Bruno Ott Tripodi, Caroline Akemi Soares Iizuka,
Catarina Monteiro Palumbo, Daniel André Campos, Daniela Mika Yamaji, Diego Biagioni Rotella, Fábio Adelizzi, Fernanda Igino Franzin, Gabriel De Rosa Peano, Gabriela Quadros Barreiros,
Georgia Vaccari Borrelli, Henrique Perin Debski, Isabella Carvalho Grandinetti, Isabelli Curiel Pereira de Souza, Júlia de Souza Capuano, Júlia Loripe Guimarães, Lívia Mota Ferreira, Luis Claudio
Ferrari Luz, Luiz Arnaldo Pontes de Azevedo, Maria Antônia M. de Souza de Medeiros, Maria Eduarda Parada Vinhas, Maria Fernanda de Oliveira Lemos, Pedro Romani Samuel, Rafael Rebollo
Francisco da Silva, Ricardo Hori, Rodrigo Marques Malagutti, Vitória Gomes Valejo Sanches. 8.º Ano B: Alice Amy de Queiroz Rocholli, André Vieira dos Santos, Anna Gabriela Seiko Ferraz
Taguchi, Augusto Alves da Costa Dessimoni, Barbara Nicole Lima Orihuela, Beatriz Figueiredo Fredel, Beatriz Gutierrez de Souza, Bruno José Rocha de Sousa, Dunia Curi, Enzo Faleiros Resende,
Felipe D’Errico Butolo, Fernanda Alves Cricci, Gabriela Maria Cepêda Brunetti, Giulia Rigamonti, Guilherme Gimenes Liao, Helena Prado Guimarães, Henrique Chammas Campos de Araújo,
Isabella Guimarães Del Nero, Júlia Sica Hanriot, Laura Perin Farah, Louise Webster Lima Costa Cruz, Lucca Nazari da Silva e Souza, Maria Eduarda Cordeiro Cunha, Mirella Pagano Stipkovic,
Pedro Henrique Rodrigues de Moraes, Rafael Garrido de Oliveira Almeida, Rodrigo Yocida Nagai, Victoria Cardoso, Vinícius Barden Lucciola Gonçalves. 8.º Ano C: Amanda Kasabkojian Lima,
Ana Beatriz Nogues Forlin, Bruna Trindade Barros Costa, Bruno Netto Mota, Carolina Yumi Katsurayama, Eduardo Bispo Nago, Eduardo Zeppelini Inaba, Fernanda Greco Weissenberg, Francisco
Fernandes Ribeiro Martins, Gabriella D’Elia Cossi, Giovanna Ricci Yunes Salles, Isabella Ferrari Cordeiro, João Eduardo Raimundo Vuolo, Julia De Biase Deo, Julia de Pavia Rossi, Julia Fernanda
Chou, Leopoldo Baptista Testa Neto, Luisa Godoi Haug, Manuella Kersting Frediani, Marcelo Campos Camargo, Nicole Lee Yang, Rafael Scandiuzzi Valente Tomomitsu, Renata De Carli Rojão,
Rodrigo Carneiro Traldi, Sofia Terzian Simonka, Thiago Lira Weber Romeiro, Tiago Hadid Chammas. 9.º Ano A: Arthur Veloso Kuahara, Beatriz Makssoudian Ferraz, Bruna Felde Giusti, Bruno
Bispo Nago, Erick Yugo Muranaka, Gabriela Gomes Valejo Sanches, Gustavo Luíz Argani, Isabela Cássia Nascimento Rocha, Isabella Bueno Abbud, Isabella Caglio Chiavone, Jean Pierre Nader,
João Carlos Burunzuzian, Julia Tiemi Kamiya, Lucca Pappas Ditleff, Luíza Basile, Luíza Mutter Quinderé Fraga, Maria Luisa U Prudente do Espirito Santo, Maria Luiza Assumpção de Oliveira Costa,
Mariana Molnar Moreira, Mariana Pirani Vieira Parisi, Mateus Motta Buchaim, Matheus Bitetti Paiva, Maurício Herrera Fontes, Nicolás Ivanovic, Pedro Henrique Duck Lochter Arraes, Rafael Kiehl
Cretella, Ricardo Monteiro Barbosa, Stela Terribile Garbugio, Victor André Laxer, Victoria Perini Pederiva. 9.º Ano B: Adriana Paiva De Luca, Camila Ranali de Carvalho Pinto, Dylan John Tong,
Felipe Felde Giusti, Gabriella Guiraldeli Barboza, Giulianna Gama de Quadros Bezerra, Henrique Maniçoba Ferraz, Isabella Andrade Clemente, Izabella Martins Ramos Rodrigues, João Pedro
Cerizza Marques, Laura Temer Cursino de Sousa, Lucas Manuel Torrado, Marcelo Nobre Rabelo, Maria Beatriz Teixeira, Maria Fernanda Creazzo de Carvalho, Maria Fernanda Salles Vasconcellos,
Maria Luíza Nakano Fujihara, Nádia Naomi Ota Terzi, Nícolas Iglecias Lemos, Pedro Carneiro Malta, Pedro Iago Barbosa Maturano, Renan Massato Hanashiro Sakaguchi, Rodrigo Rossi Longo,
Sofia Di Mauro Pedro, Thais Abdo Pereira, Tiago Loureiro Motta, Victor Germano Moreira Batista da Silva, Vitória Calixto Gallas. 9.º Ano C: Beatriz Pontes Cunha Cortez, Carolina Juste Rodado,
Carolina Webber Fedrigo, Daniel Chammas Schwartz, Felipe Lopes Tafner Ferreira, Gustavo Felde Giusti, Helena Moreno Vasconcellos, Isabella Kim, Júlia Hall-Nielsen Fraige, Juliana Secchim
Sotto Maior, Kayan Ahmed Reda El Hayek, Kevin Chin Kai Chiou, Larissa Dupré Cintra E Gomes, Leonardo Fazzio, Luiza Truzzi Menegon, Maria Clara Prates da Silva Galhardo, Mariana Carvalho
Picinini, Mariana de Araujo Bento Ribeiro, Mateus Ken Madeira da Fonseca, Mei Lian Suzin Jou, Nícolas Peccia Takayama, Olavo Gualberto Martins Ferreira, Pedro Barletta Marcondes Perito, Rafael
Machado Barreto, Rodrigo Dabus, Suellen Hornos Vieira, Théo Ferreira Reis.