Relatório Anual 2008 - European Food Safety Authority
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Relatório Anual 2008 - European Food Safety Authority
Relatório Anual 2008 ISSN 1831-5178 Empenhada em assegurar a segurança alimentar na Europa ÍNDICE Índice © Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos, 2009 ISBN: 978-92-9199-168-6 doi: 10.2805/25559 Reprodução autorizada, desde que a fonte seja reconhecida, excepto decisão em contrário. As opiniões e posições manifestadas nesta publicação não representam necessariamente em termos legais a posição oficial da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos. A Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos não assume a responsabilidade e declina qualquer responsabilidade por eventuais erros ou imprecisões que possam surgir. ÍNDICE PREÂMBULO de Miroslav Ouzký PREÂMBULO de Androulla Vassiliou MENSAGEM de Diána Bánáti MENSAGEM de Catherine Geslain-Lanéelle 2 3 4 5 I. A EFSA E O SEU LUGAR NO SISTEMA DE SEGURANÇA ALIMENTAR EUROPEU 6 II. DESTAQUES E REALIZAÇÕES EM 2008 1. SEGURANÇA ALIMENTAR (E EFSA) NUM PONTO DE VIRAGEM Estratégia da EFSA para os próximos cinco anos A EFSA dá as boas-vindas à comissária europeia para a Saúde Novas nomeações para o Conselho de Administração da EFSA Avançar juntamente com os Estados-Membros e para além deles 2. DUPLA AVALIAÇÃO DOS RISCOS E CONSULTA CIENTÍFICA Definição das informações científicas da EFSA 2.1. UNIDADES E PAINÉIS CIENTÍFICOS DA EFSA: UM 2008 PRODUTIVO Comité Científico: uma competência alargada – da harmonização de avaliações à nanotecnologia AFC: a segurança de aromatizantes, fontes de nutrientes, aditivos alimentares e embalagens ANS: a segurança de aditivos alimentares e fontes de nutrientes em complementos alimentares CEF: avaliação da segurança dos aromatizantes AHAW: painel da saúde e bem-estar de peixes de viveiro Biohaz: o papel dos géneros alimentícios na criação de resistência humana aos antimicrobianos Contam: avaliação dos riscos e benefícios dos nitratos numa dieta rica em vegetais FEEDAP: orientação para aplicações de aditivos alimentares GMO: orientação actualizada sobre plantas GM NDA: contribuição para uma dieta saudável PLH: consulta científica orientadora relativa aos riscos colocados pelos inimigos dos vegetais PPR: o impacto dos pesticidas nas aves e mamíferos AMU: «distúrbio do colapso das colónias» de abelhas europeias DATEX: compreender quem come o quê na Europa EMRISK: identificação de riscos emergentes na segurança alimentar PRAPeR: avaliação da segurança das substâncias activas dos pesticidas SCO: uma base de dados pericial para estimular a unidade de peritagem científica da EFSA Zoonoses: as últimas tendências em agentes patogénicos causadores de doenças de origem alimentar 8 9 9 10 11 12 2.2. DESTAQUES CIENTÍFICOS Clonagem de animais: uma questão complexa e em curso Alegações de saúde: assegurar escolhas informadas e significativas do consumidor Resposta rápida a riscos de saúde pública Novo sistema de avaliação pela melhoria da avaliação da qualidade 14 15 3. CONSOLIDAR UMA COOPERAÇÃO MAIS ESTREITA COM OS ESTADOS-MEMBROS 16 Fórum Consultivo: fortalecimento da cooperação pan-europeia Pontos focais em todos os Estados-Membros Dar utilidade ao «know-how» nacional: grupos de trabalho ESCO Aumentar a assistência científica 16 17 18 19 20 4. COMUNICAÇÃO DOS RISCOS: AUMENTAR A INTERVENÇÃO DA EFSA 26 27 31 32 33 34 34 35 36 38 39 39 40 41 43 Comunicação coerente de riscos: uma voz clara em toda a Europa Simplicidade: em prol de um maior entendimento Visibilidade: uma presença crescente 44 44 46 47 III. RELATÓRIO FINANCEIRO 50 IV. A EFSA ENFRENTA O FUTURO PROACTIVAMENTE 54 V. ANEXOS 21 22 23 24 25 28 29 30 Anexo I Actual esquema organizacional Anexo II Lista de acrónimos Anexo III Lista de pareceres e documentos científicos publicados em 2008 E F S A R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 56 58 60 1 P R E Â M B U LO d e M i ro s l av O u z k ý PRESIDENTE DA COMISSÃO DO AMBIENTE, DA SAÚDE PÚBLICA E D A S E G U R A N Ç A A L I M E N TA R , PA R L A M E N T O E U R O P E U A Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) desempenha um papel central na garantia da segurança alimentar na Europa. Presta consulta científica independente e avaliações de alta qualidade de que nós, no Parlamento Europeu, enquanto gestores de riscos, precisamos para proteger os consumidores europeus. A EFSA continuou a estabelecer as pontes com o Parlamento Europeu em 2008, mantendo os membros a par dos mais recentes desenvolvimentos nas áreas da sua competência e marcando presença nas reuniões da comissão do Parlamento Europeu. Estas últimas constituíram uma boa oportunidade para se discutir em profundidade questões do interesse da Comissão e para melhor dar a conhecer o valioso trabalho em que a EFSA se encontra envolvida. Em particular, os representantes da EFSA (especialistas científicos e pessoal) participaram em reuniões 2 E F S A R E L A T Ó R I O A N U A L da Comissão do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar (ENVI) do Parlamento Europeu para acompanharem de perto a passagem de dossiês pelo Parlamento Europeu como, por exemplo, o pacote dos melhorantes, o pacote dos pesticidas, a clonagem de animais, as alegações de saúde e os OGM. Em contrapartida, isto ajudou a guiar a EFSA na sua missão de prestar consulta independente que procuramos quando tomamos decisões de gestão de riscos. Em Abril de 2008, uma delegação do Parlamento Europeu, encabeçada pelos membros da Comissão ENVI, visitou a EFSA em Parma. A delegação reuniu-se com a presidente do Conselho de Administração da EFSA, a directora executiva e o pessoal da EFSA. Entre os assuntos abordados estiveram as prioridades da EFSA em 2008, a selecção de peritos, independência e declarações de interesse, avaliação da qualidade e avaliação de riscos na EFSA, cooperação científica e comunicação de riscos. 2 0 0 8 Verificamos, por este Relatório Anual, que a EFSA cresceu consideravelmente em 2008 — crescimento do volume de trabalho, dos efectivos e da produção. E agora, com o Plano Estratégico 2009-2013 firmemente em vigor, o meu desejo é ver a EFSA a continuar a trabalhar connosco, e com outros parceiros importantes, enquanto trabalhamos arduamente para garantir que os cidadãos da União Europeia possam confiar no sistema de segurança alimentar na Europa. Graças a esta estreita colaboração, os consumidores europeus podem confiar na segurança dos seus géneros alimentícios e no facto de as nossas políticas existirem para os proteger e para preservarem a sua saúde. ] Miroslav Ouzký Presidente da Comissão do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar, Parlamento Europeu P R E Â M B U LO de Androulla Vassiliou C O M I S S Á R I A E U R O P E I A PA R A A S A Ú D E Como comissária europeia para a Saúde, uma das minhas principais prioridades é manter e melhorar o elevado nível de segurança alimentar que temos na União Europeia e garantir igualmente respostas adequadas a eventuais ameaças que possam surgir. Isto consegue-se graças ao arsenal legislativo comunitário em vigor, mas também graças ao forte parecer científico da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA). O estabelecimento da EFSA respondeu à necessidade de estimular as capacidades da Comunidade de abordar as complexas questões científicas que se encontram no centro da segurança alimentar, um assunto que diz respeito a cada um de nós e a todos os cidadãos da União Europeia. A EFSA tem apenas seis anos de idade, mas já é uma Autoridade credível, amplamente reconhecida pelo seu contributo científico. É o elemento científico central da política de segurança alimentar europeia. A EFSA foi criada como agência independente das instituições europeias, dos Estados-Membros e de interesses comerciais ou interesses de outros sectores. A sua independência é indispensável ao papel de decisor e de gestor de risco da Comissão e fortalece a confiança dos consumidores nos produtos alimentares europeus. Por esse motivo, valorizo muitíssimo o papel da Autoridade como parceiro essencial na garantia da segurança da cadeia alimentar na União Europeia. A responsabilidade partilhada entre a EFSA e as instituições políticas responsáveis perante o público europeu é crucial. Simultaneamente, é necessária uma colaboração estreita entre a EFSA e a Comissão que garanta a consistência e eficácia do processo comunitário de gestão dos riscos. A Comissão também depende da EFSA para contribuir globalmente para a protecção da saúde pública. Por esta razão, durante o meu mandato, dei prioridade à estreita colaboração com a EFSA e a sua directora executiva, para ver como seremos capazes de garantir melhor uma consulta científica oportuna que corresponda à urgência de determinadas decisões, às prioridades da Comissão e às expectativas dos nossos operadores. Para além disso, a interacção entre a EFSA e os órgãos nacionais responsáveis pela avaliação de riscos é essencial para garantir consistência na avaliação científica na União Europeia. A EFSA não é apenas um meio para fornecer consulta científica. O seu papel preventivo, incluindo a identificação precoce de riscos emergentes, é fundamental. Ao reunir e analisar dados científicos, a EFSA pode dar-nos uma perspectiva melhor sobre a exposição dos indivíduos a riscos relacionados com o consumo de géneros alimentícios e reavaliar questões a longo prazo à luz do progresso científico e do desenvolvimento tecnológico. Todos nós trabalhamos em prol da realização do mesmo objectivo: garantir a segurança da cadeia alimentar. Ao fazê-lo, podemos aspirar igualmente à realização da melhor sinergia possível. Vejo a EFSA como uma Autoridade de particular significado e com um papel estratégico na realização dos objectivos políticos da Comissão e na satisfação das expectativas dos nossos cidadãos. O desempenho deste papel foi bem sucedido nos últimos seis anos e estou confiante em que assim continuará a ser. ] Androulla Vassiliou Comissária europeia para a Saúde E F S A R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 3 M E N S A G E M de Diána Bánáti PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO «É possível progredir todos os dias. É possível cada passo ser frutuoso. Mas irá abrir-se à sua frente um caminho em permanente crescimento, em permanente ascensão, em permanente aperfeiçoamento. Sabe que nunca irá chegar ao fim da jornada. Mas isto, longe de ser desencorajador, só faz aumentar o prazer e a glória da escalada.» Sir Winston Churchill adoptado em Dezembro de 2008, cuja prioridade é a renovação dos membros de oito dos seus dez painéis da EFSA e do seu Comité Científico. Estes principais membros do Comité Científico e dos painéis são essenciais para a EFSA e para a consulta científica fiável que prestamos continuamente. Em 2008, tive a enorme honra de ser eleita presidente do Conselho de Administração da principal organização de avaliação dos riscos para a segurança alimentar da Europa, a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA). 4 O sistema de segurança alimentar passou por tempos difíceis, mas continuo a crer que as fundações sobre as quais a EFSA assenta e as estruturas que criámos ao longo dos anos vão prestar um bom serviço a todos os cidadãos da União Europeia. Em 2008, adoptámos o Plano Estratégico 2009-2013 que nos irá guiar pelos anos vindouros. Nele se define o modo como a EFSA irá maximizar os benefícios da peritagem científica à sua disposição pela Europa enquanto fortalece a sua abordagem integrada à avaliação dos riscos para fornecer aos decisores europeus a mais recente consulta científica relevante necessária. Tenho orgulho em estar à frente de uma EFSA madura. Uma EFSA que cresceu para cerca de 400 funcionários talentosos, que presta um forte apoio aos nossos dedicados painéis científicos e ao grupo de peritos, uma EFSA que distribuiu mais de 1 000 relatórios e pareceres científicos até à data, uma EFSA capaz de afirmar agora com confiança estar preparada para corresponder a um rigoroso sistema ético de segurança alimentar cada vez mais confrontado com a mudança, impulsionado pelo mercado, pela legislação, pelo ambiente e pela tecnologia. Os seis principais objectivos do Plano Estratégico irão ajudar-nos a permanecer no caminho certo, começando pelo plano de gestão para 2009, A EFSA está a fazer igualmente grandes progressos no aperfeiçoamento da eficiência, produtividade e receptividade. Isto ajuda a garantir que os gestores E F S A R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 de riscos, na Comissão, nos Estados-Membros e por todo o lado, recebam oportunamente a melhor consulta e os melhores pareceres científicos. Em nome do Conselho de Administração, gostaria de agradecer à directora executiva, Catherine Geslain-Lanéelle, e a todo o pessoal da EFSA o seu grande empenho em 2008 e, mais uma vez, a forma inovadora como se geriu, consistente e coerentemente, o crescente volume de trabalho e produção. Por último, gostaria de agradecer ao meu antecessor, Professor Patrick Wall, e aos meus colegas do Conselho, aos novos e aos mais antigos, o seu trabalho em 2008, e manifestar o meu desejo de continuar a trabalhar com eles ao longo dos próximos anos para ajudar a guiar a EFSA e ajudá-la a dar cumprimento às expectativas para ser reconhecida como a principal organização para a segurança alimentar na Europa. ] Professora Diána Bánáti, Presidente do Conselho de Administração da EFSA M E N S A G E M d e Cat h e r i n e G e s l a i n - L a n é e l l e D I R E C TO R A E X E C U T I VA D A E F S A Para a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA), 2008 foi um ano de significativo crescimento e consolidação em termos organizacionais. Somos actualmente uma organização madura, com fortes ligações às agências nacionais para a segurança alimentar nos Estados-Membros, às instituições da União Europeia e a órgãos internacionais que trabalham em áreas relevantes para a nossa competência. Avaliação de riscos e comunicação de riscos constituem a parte mais importante das nossas tarefas nucleares e o número destas actividades duplicou em apenas um ano. Apesar de uma mera subida de 15% em recursos humanos, produzimos 489 informações científicas (pareceres, relatórios, declarações, etc.) em 2008. Como é salientado no nosso Plano Estratégico para 2009-2013, planeámos um crescimento constante da nossa produtividade para os próximos anos. Nestes últimos anos, concentrámo-nos no fortalecimento da nossa organização interna e na construção de redes de excelência. Estes investimentos produziram resultados claros, não apenas no aumento da nossa capacidade e na optimização da sua utilização, mas também na racionalização dos nossos procedimentos e na consolidação da nossa estrutura interna. Hoje, o nosso trabalho conta com o apoio das agências nacionais dos Estados-Membros e dos países vizinhos, perto de 400 organizações, que funcionam ao abrigo do artigo 36.°, e mais de 1 200 especialistas científicos externos. Em 2009, iremos continuar a expandir as nossas redes de peritos e parceiros; em particular, oito painéis da EFSA e respectivos comités científicos irão ser reconstituídos em meio ano. alimentícios e em cada uma dessas ocasiões pusemos em prática os nossos procedimentos «acelerados» para fornecer aos gestores de riscos a base científica para a sua tomada de decisões. Ao fazê-lo, contribuímos significativamente para a protecção dos consumidores europeus, e a velocidade e qualidade das respostas da EFSA é um louro para o nosso pessoal e peritos. A EFSA serve os gestores de riscos da Europa fornecendo-lhes oportunas avaliações de riscos de alta qualidade. A qualidade do nosso trabalho é predominante: em 2008, lançámos um programa de avaliação da qualidade e começámos a pôr em prática a primeira fase: auto-avaliação e avaliação interna das nossas informações científicas. Iremos publicar em breve um relatório do nosso gestor de qualidade sobre as respectivas conclusões. A segunda fase (avaliação externa) será levada a cabo em 2009. As nossas realizações em 2008 foram exequíveis graças aos tremendos esforços dos nossos peritos, parceiros e pessoal. Paralelamente, a EFSA fortaleceu grandemente as suas políticas e procedimentos na área dos recursos humanos e apoio aos seus peritos para garantir aos maiores recursos da organização toda a assistência necessária. A receptividade foi uma função importante do nosso trabalho em 2008. Em três ocasiões (melamina em géneros alimentícios compostos, da China, impurezas em óleo de girassol ucraniano e dioxinas em carne de porco irlandesa) fomos chamados a dar resposta a incidentes urgentes de segurança dos géneros Sem dúvida que a EFSA tem um papel crucial a desempenhar na protecção da segurança alimentar e da saúde pública. O resultado dos esforços coordenados do nosso pessoal e peritos na exploração desse papel continua a ser uma fonte de orgulho. ] Catherine Geslain-Lanéelle Directora executiva da EFSA E F S A R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 5 I. A EFSA E O SEU LUGAR NO SISTEMA DE SEGURANÇA ALIMENTAR EUROPEU 6 A E F S A E O S E U L U G A R N O S I S T E M A D E S E G U R A N Ç A A L I M E N TA R E U R O P E U A encefalopatia espongiforme bovina (BSE) e outras crises dos finais da década de 1990 ilustraram a complexidade dos produtos alimentares e a necessidade de se considerar a segurança alimentar de um modo integrado pela avaliação de riscos ao longo de toda a cadeira alimentar, desde o produtor ao consumidor. Como exemplo, a crise da BSE ilustrou o princípio de que a saúde dos animais, os alimentos para animais e os métodos de produção primária eram fundamentalmente importantes para a segurança dos géneros alimentícios à disposição dos consumidores. riscos. De acordo com este sistema, a autoridade europeia independente para a segurança alimentar, a EFSA, foi encarregada da avaliação dos riscos e das comunicações dos riscos, ao passo que a responsabilidade pelas decisões sobre a gestão dos riscos cabe à Comissão Europeia, ao Parlamento Europeu e aos Estados-Membros. Nessa medida, a EFSA é parte integrante do sistema de segurança alimentar da União Europeia, fornecendo aos gestores de riscos uma base de provas científicas para medidas que visam garantir o elevado grau de protecção da saúde determinado pela Comunidade. O sistema de segurança alimentar europeu assenta no princípio de que tem de garantir-se a segurança em toda a cadeia alimentar se estiver em causa a saúde dos consumidores. O seu principal objectivo é garantir aos cidadãos europeus géneros alimentícios seguros que lhes permitam optar por uma dieta saudável e proteger a sua saúde. A maior parte das medidas que visam a protecção da segurança dos produtos alimentares, incluindo as que visam a saúde e o bem-estar dos animais, fitossanidade, aspectos da produção primária, indústria transformadora, processamento, distribuição e venda, é desenvolvida ao nível europeu com a sua aplicação nas mãos dos Estados-Membros. Através dos 10 painéis científicos e do respectivo Comité Científico de cientistas independentes, a EFSA tem condições para avaliar riscos ao longo da cadeia alimentar, desde a fitossanidade, utilização de pesticidas e organismos modificados geneticamente, práticas agrícolas, até alimentos para animais, saúde e bem-estar dos animais, passando pela indústria alimentar e processamento e, por último, o fornecimento ao consumidor. Em 2008, a EFSA produziu cerca de 500 pareceres, relatórios e outro tipo de consulta a fundamentar a legislação europeia. O conhecimento e a peritagem ao longo de toda a cadeia alimentar, desde o produtor ao consumidor, permite que a EFSA consiga produzir um arsenal de avaliações de riscos, fornecendo perspectivas que permitem aos gestores de riscos ficar com uma noção geral e lhes dão apoio no desenvolvimento de medidas apropriadas para abordar o risco eficazmente e da forma mais apropriada. O sistema de segurança alimentar europeu é regido pelo Regulamento sobre Princípios e Normas Gerais da Legislação Alimentar (*) que estabeleceu três princípios interdependentes de análise dos riscos: avaliação dos riscos (a avaliação científica dos riscos), gestão dos riscos (o processo de tomada de decisão) e comunicações dos Ao colaborar estreitamente com a Comissão Europeia, o Parlamento Europeu, as autoridades dos Estados-Membros na Europa, e não só, e com organizações de operadores, a EFSA tem capacidade para reunir, analisar e fornecer informação e desenvolver uma consulta generalizada que fundamente as suas actividades de avaliação dos riscos. Os gestores europeus de riscos têm de ser capazes de responder rápida e decididamente e pôr em prática medidas apropriadas caso surja uma emergência ao longo da cadeia alimentar com um impacto directo ou indirecto na saúde. A identificação de riscos emergentes é uma actividade nuclear da EFSA. Em 2008, a EFSA aperfeiçoou os seus procedimentos de racionalização acelerados de prestação de consulta científica para que os gestores de riscos pudessem lidar com o risco no mais curto espaço de tempo. Compete à EFSA divulgar amplamente as suas conclusões. Ao colaborar em concertação com as instituições europeias e as autoridades nacionais em matéria de segurança alimentar, a EFSA visa assegurar, nas suas comunicações, a existência de uma informação oportuna, significativa e rigorosa relativamente às avaliações dos riscos pela Autoridade, contribuindo assim para cimentar a confiança no sistema de segurança alimentar na Europa. ] (*) Regulamento (CE) n.º 178/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 28 de Janeiro de 2002, que determina os princípios e normas gerais da legislação alimentar, cria a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos e estabelece procedimentos em matéria de segurança dos géneros alimentícios. E F S A R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 7 I I . D E S TA Q U E S E R E A L I Z A ÇÕ E S E M 2008 8 D E S TA Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S E M 2 0 0 8 1. SEGURANÇA ALIMENTAR (E EFSA) NUM PONTO DE VIRAGEM A EFSA está agora firmemente estabelecida, com recursos melhorados, cerca de 400 funcionários e acesso a uma rede com mais de 1 200 peritos científicos externos. Tem de se manter a par das crescentes exigências e novos desafios para assegurar à Autoridade a capacidade de garantir que a saúde e a protecção dos consumidores assente em provas científicas consolidadas. Em particular, a EFSA enfrenta desafios importantes em várias frentes. A globalização irá aumentar a probabilidade de riscos novos ou reemergentes para os produtos alimentares da Europa. Tecnologias inovadoras e práticas desenvolvidas de avaliação de riscos irão colocar exigências complexas às actividades científicas e de comunicação da EFSA. A sustentabilidade e as alterações climáticas irão realçar a importância de a EFSA fazer uma abordagem integrada da avaliação dos riscos. As alterações na estrutura sociodemográfica e no comportamento dos consumidores irá ter um impacto nas actividades da EFSA, particularmente nas áreas da nutrição, dieta e saúde, ao passo que as alterações de políticas e no quadro regulamentar irão afectar igualmente o volume geral de trabalho e as prioridades da EFSA. Estão a aumentar as expectativas e as exigências que se colocam à EFSA, visto esta operar num ambiente em rápida transformação e em permanente mudança. Apesar disso, após um crescimento permanente e um fortalecimento da infra-estrutura em anos anteriores, 2008 foi um ano de consolidação que irá aumentar a preparação e a receptividade da EFSA nos anos vindouros. Estratégia da EFSA para os próximos cinco anos Para ajudar a guiar a Autoridade nos anos vindouros, o Conselho de Administração adoptou, em Dezembro de 2008, o Plano Estratégico 2009-2013 da EFSA. Objectivos estratégicos para os próximos cinco anos STR ATEGIC PLAN OF THE EUROPEAN FOOD SAFE T Y AUTHORIT Y FOR 2009-2013 1. Prestar uma abordagem integrada à distribuição de consulta científica associada à cadeia alimentar, desde o produtor ao consumidor. 4. Posicionar a EFSA na vanguarda das práticas e metodologias da avaliação de riscos na Europa e internacionalmente. 2. Prestar uma avaliação oportuna e de alta qualidade de produtos, substâncias e pedidos sujeitos ao processo de autorização reguladora. 5. Reforçar a confiança e crença na EFSA e no sistema de segurança alimentar da União Europeia através de uma comunicação efectiva de riscos e do diálogo com parceiros e operadores. 3. Coordenar a colação, disseminação e análise de dados pan-europeus nas áreas de competência da EFSA. Committed to ensuring that Europe’s food is safe 6. Assegurar a receptividade, eficiência e eficácia da EFSA. E F S A R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 9 Visita da comissária Vassiliou à EFSA em Julho de 2008 Este plano estratégico a cinco anos descreve e analisa o contexto de mudança no qual a EFSA, e a segurança alimentar em geral, se encontra. Irá guiar a EFSA na resposta a essas mudanças e, em última análise, na garantia de que a saúde pública se encontra totalmente protegida e os consumidores podem confiar no sistema de segurança alimentar na Europa. O plano define o modo como a EFSA irá maximizar os benefícios da peritagem científica à sua disposição pela Europa e irá fortalecer a sua abordagem integrada à avaliação dos riscos para fornecer aos decisores europeus a mais recente consulta científica relevante. Foram identificados seis objectivos estratégicos (consultar a caixa na p. 9) que dão à EFSA a capacidade de lidar com oportunidades e desafios futuros. O plano capacita a EFSA para programar o seu trabalho para os anos vindouros e serve de base ao desenvolvimento dos planos de gestão anual da Autoridade. Contudo, reconhecendo que as prioridades da EFSA irão evoluindo durante este período, o plano pretende ser um documento dinâmico e vivo, que irá ser revisto regularmente. 10 D E S T A Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S As prioridades da EFSA para 2009 incluem a renovação de oito dos seus dez painéis e do seu Comité Científico. A Autoridade planeia igualmente estimular a sua estratégia de cooperação e trabalho em rede, trabalhando, por exemplo, com os Estados-Membros na expansão da lista de organizações que funcionem ao abrigo do artigo 36.° capazes de ajudar a Autoridade, por exemplo, na recolha de dados. Foi apresentada uma análise desta estratégia ao Conselho de Administração em Dezembro de 2008. O Plano Estratégico tem em conta comentários vindos de uma série de fontes: Comissão Europeia, Parlamento Europeu, Conselho de Ministros, Comité Científico da EFSA e Fórum Consultivo, outras agências europeias e a Plataforma Consultiva de Operadores, bem como comentários recebidos durante a consulta pública online realizada pela EFSA no Outono de 2008. O progresso da aplicação deste Plano Estratégico irá ser controlado, avaliado e analisado regularmente para permitir a realização de ajustamentos de acordo com a mudança de circunstâncias. E M 2 0 0 8 A EFSA dá as boas-vindas à comissária europeia para a Saúde A comissária europeia para a Saúde, Androulla Vassiliou, visitou a EFSA em Julho pela primeira vez após a sua nomeação para comissária, em Abril de 2008. Esta visita foi a oportunidade para trocar pontos de vista sobre as actividades da EFSA, sobre o modo como a EFSA trabalha e sobre o seu papel no sistema de segurança alimentar da União Europeia. Foi dado especial realce à estreita cooperação entre a Autoridade e os Estados-Membros. A visita da comissária teve uma importância primordial no fortalecimento da compreensão mútua da relação entre a EFSA, assessora independente de riscos, e a Comissão Europeia, gestora de riscos. No decorrer da visita, a comissária reuniu-se com membros do Comité Científico da EFSA, do Conselho de Administração da EFSA e com pessoal da EFSA. A comissária Vassiliou fez uma apreciação das prioridades identificadas juntamente com a Direcção-Geral da Saúde e Protecção D E S TA Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S E M 2 0 0 8 Conselho de Administração da EFSA, Dezembro de 2008 do Consumidor da Comissão Europeia (DG SANCO). Ficou acordado dar-se mais realce ao alinhamento de prioridades e programas de trabalho e ao fortalecimento da coordenação da comunicação entre a DG SANCO e a EFSA. A comissária frisou a independência essencial da EFSA, que está a contribuir imenso para reforçar a confiança dos consumidores no sistema de segurança alimentar europeu. Novas nomeações para o Conselho de Administração da EFSA O Conselho da União Europeia nomeou sete membros para o Conselho de Administração da EFSA, em Julho de 2008. Estes membros juntaram-se aos sete membros pertencentes ao Conselho, nomeados em Junho de 2006, e ao actual representante da Comissão Europeia. Todos possuem comprovada competência e experiência de longa data numa ampla gama de áreas relacionadas com a missão da EFSA, incluindo relações com instituições e operadores, bem como com organizações de consumidores. A decisão Membros recém-nomeados do Conselho de Administração do Conselho da União Europeia, tomando em consideração o parecer do Parlamento Europeu, assentou numa lista de candidatos apresentada pela Comissão Europeia. O Conselho de Administração independente garante que a EFSA cumpra o seu mandato, como está definido no Regulamento Fundador, que funcione efectiva e eficientemente e que satisfaça as expectativas das instituições nacionais e europeias, dos operadores e do público. Os novos membros, nomeados por um período de quatro anos, substituem sete dos 14 membros do primeiro Conselho de Administração da EFSA, estabelecido em 2002, cujo mandato terminou em 30 de Junho de 2008. Foram renomeados dois membros. A sessão inaugural do novo Conselho decorreu em Outubro de 2008, em Paris, presidida pela nova presidente, Diána Bánáti, directora-geral do Instituto de Investigação Alimentar Central húngaro (CFRI). Os novos vice-presidentes são Marianne Elvander e Bart Sangster. Sue Davies, conselheira-geral política da organização de consumidores «Which?» do Reino Unido Piergiuseppe Facelli, director do Serviço Alimentar e Veterinário para Assuntos Internacionais do Ministério da Saúde italiano Matthias Horst, director-geral da Federação das Indústrias Alemãs das Bebidas e do Tabaco (BVE) Milan Pogačnik, ministro da Agricultura, Florestas e Alimentação da República da Eslovénia Jiri Ruprich, director, Instituto Nacional da Saúde Pública checo Sinikka Turunen, secretária-geral da Associação Finlandesa de Consumidores Bernhard Url, director de Gestão da Agência para a Saúde e Segurança Alimentar austríaca (AGES) E F S A R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 11 Comunidade científica mais alargada da EFSA Em 2008, os funcionários da EFSA passaram a ser 395. Destes, 63% estiveram implicados em actividades científicas. Dão apoio aos painéis e ao Comité Científico da EFSA, compostos por peritos altamente qualificados em avaliação científica de riscos e avaliações nos seus respectivos campos. Os cientistas da Autoridade apoiam igualmente as actividades de avaliação de riscos da EFSA através da recolha de dados, notificação e análise de tendências na ocorrência de zoonoses, análise entre pares de pesticidas, cooperação científica, riscos emergentes e metodologias de avaliação. Todos os membros dos painéis e do Comité Científico da EFSA são nomeados através de um procedimento aberto de selecção com base em comprovada excelência científica (incluindo experiência em avaliação de riscos e trabalho científico de análise entre pares e publicações) e independência. Para apoiar a EFSA nestes dois tipos de avaliação, a Autoridade solicita a peritagem existente nos Estados-Membros. Para este fim, a EFSA criou redes com mais de 1 200 peritos científicos, 30 agências nacionais para a segurança alimentar e cerca de 400 organizações científicas nacionais. 12 D E S T A Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S Avançar juntamente com os Estados-Membros e para além deles Hoje, a EFSA é um parceiro importante na comunidade de avaliação de riscos dos Estados-Membros e internacionalmente, reconhecida pelas principais instituições e operadores como autoridade de confiança em questões de segurança alimentar. Em 2008, a Autoridade continuou a estabelecer ligações ainda mais estreitas com Estados-Membros, trabalhando activamente com eles numa série de frentes como, por exemplo, no Fórum Consultivo da EFSA, na rede de pontos focais nacionais, nos projectos de cooperação científica da EFSA e adjudicando também trabalho científico preparatório a organizações existentes na Europa. Para além disso, em 2008, a directora executiva da EFSA realizou visitas bilaterais a diversos Estados-Membros, para se reunir com assessores nacionais de riscos, gestores de riscos e operadores, para cimentar um entendimento mútuo ainda maior. No final de 2008, a EFSA tinha criado redes que incluíam mais de 1 200 especialistas, agências nacionais de 27 Estados-Membros e países E M 2 0 0 8 vizinhos e perto de 400 organizações de apoio ao trabalho científico da EFSA, que funcionam ao abrigo do artigo 36.° (consultar p. 39). Cooperação com agências da União Europeia e outros órgãos A EFSA melhorou igualmente a sua relação com outras agências da União Europeia, a funcionar em áreas afins, para consolidar a troca de informação e a cooperação em assuntos de interesse mútuo. Em Abril de 2008, a EFSA e o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) assinaram um memorando de acordo. Este acordo serve para aumentar a cooperação e a troca de informação científica, especialmente nas áreas da segurança alimentar, controlo de doenças transmissíveis, prevenção de doenças infecciosas e acções de emergência. As duas organizações cooperaram também em questões relativas à ocorrência de zoonoses e à gripe das aves. A EFSA celebrou igualmente um acordo de cooperação com o Centro Comum de Investigação da Comissão Europeia, em Novembro, para fazer avançar a cooperação científica e para contribuir para o desenvolvimento de normas internacionais de segurança dos géneros D E S TA Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S E M 2 0 0 8 alimentícios e alimentos para animais. O objectivo é garantir o fornecimento de informação adicional para as avaliações dos riscos, a aplicação de normas harmonizadas na geração de dados e a troca de boas práticas analíticas. A EFSA e o CCI irão continuar a colaborar estreitamente na identificação de áreas problemáticas com impacto nos consumidores europeus e no desenvolvimento de soluções científicas inovadoras. A EFSA continuou igualmente a estabelecer alianças mais estreitas com outras agências, em 2008, através de uma visita da directora executiva da EFSA à Agência Europeia de Medicamentos (EMEA), e de uma visita dos representantes da Agência Europeia dos Produtos Químicos (ECHA) à EFSA. A EFSA possui mandatos conjuntos sobre resistência antimicrobiana com a EMEA e o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), com quem realiza igualmente todos os anos um relatório comunitário anual de síntese. Assistência em matéria de segurança alimentar aos países em fase de pré-adesão A EFSA continuou a trabalhar com as autoridades da segurança alimentar da Croácia e da Turquia, no âmbito do programa de pré-adesão à União Europeia, e começou a cooperar com a antiga República jugoslava da Macedónia. Realizaram-se seminários, «workshops» e circuitos de estudo relacionados com segurança alimentar e avaliação dos riscos, comunicação e gestão, graças ao programa de pré-adesão financiado pela Comissão. Juntamente à participação em reuniões da EFSA, o programa ajuda a preparar os peritos do país candidato para uma eventual futura cooperação com a EFSA assim que os seus países se tornem membros efectivos da UE. Para além disso, a EFSA organizou o terceiro encontro de agências europeias sobre a construção de redes com um foco no programa de pré-adesão da União Europeia e respectiva política de vizinhança. No Outono de 2008, nove agências da União Europeia e representantes da Comissão Europeia reuniram-se nas instalações da EFSA para trocar informação e boas práticas. Laços mais estreitos com autoridades e organizações internacionais similares A cooperação internacional é essencial para a troca de informação, dados e boas práticas. As parcerias globais revestem-se igualmente de grande importância na identificação precoce E F S A de riscos emergentes e no desenvolvimento de actividades de comunicação coerentes sobre os riscos da cadeia alimentar e dos alimentos para animais. Nessa medida, ainda em 2008, a Autoridade continuou a desenvolver novas parcerias e a fortalecer alianças existentes. Ao longo de 2008, a EFSA acolheu igualmente a visita de delegações, representantes e funcionários de autoridades de segurança alimentar dos Estados Unidos, China, Nova Zelândia e Japão, que se deslocaram para ficar a conhecer melhor o modo de funcionamento da EFSA e para explorar possibilidades de outras cooperações. A Autoridade iniciou igualmente os preparativos da visita, em Março de 2009, à Food and Drug Administration (FDA) norte-americana e a outras organizações como, por exemplo, o Centro de Prevenção e Controlo das Doenças (CDC) e o Departamento da Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Pela primeira vez, a EFSA conjugou esforços com a OMS e a FAO para a organização de um seminário sobre uma questão que preocupa toda a gente: os impactos para a saúde das alterações climáticas na segurança alimentar e da água, bem como na nutrição. Este evento teve lugar em Roma, em Outubro, enquadrado no Dia Mundial da Alimentação. ] R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 13 2. DUPLA AVALIAÇÃO DOS RISCOS E CONSULTA CIENTÍFICA Em 2008, o volume de trabalho científico continuou a crescer. Os pedidos de consulta científica, sobretudo da Comissão Europeia, aumentaram de cerca de um, em 2007, para dois por dia, em 2008. A informação científica também registou um aumento significativo. Foi concretizado um total de 489 informações científicas em 2008. As tarefas de recolha de dados também aumentaram consideravelmente, para 129. Para dar resposta ao volume cada vez maior de trabalho relativamente a substâncias encontradas nos géneros alimentícios e nas embalagens dos produtos alimentares, começaram a funcionar dois novos painéis, em substituição do antigo painel AFC (consultar p. 17). Várias iniciativas deram mais apoio aos painéis: os níveis de efectivos aumentaram bastante, especialmente nas unidades dedicadas às candidaturas, e foram contratadas externamente outras actividades através da celebração de contratos e subsídios no valor de 5,5 milhões de euros, em 2008, comparativamente com os 2,9 milhões em 2007. Para além disso, aumentou o número de peritos externos a dar assistência aos painéis nos grupos de trabalho e foi melhorado o apoio da DG Cooperação Científica e Assistência (SCA, sigla inglesa), especialmente na área da recolha de dados e estatística. A qualidade da informação científica mereceu atenção especial em 2008. Iniciou-se o sistema de auto-avaliação, avaliação interna e avaliação externa da garantia de qualidade da EFSA (consultar p. 38), que começou pela auto-avaliação de todas as informações científicas e por uma avaliação interna de informações seleccionadas aleatoriamente. A garantia de qualidade foi igualmente reforçada através de uma crescente documentação dos fluxos de trabalho e do 14 D E S T A Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S E M 2 0 0 8 desenvolvimento e aplicação de procedimentos operativos normalizados mais específicos. Foram igualmente desenvolvidos instrumentos de controlo e planeamento para apoiar a prioritização do trabalho. De igual modo, a coordenação de prioridades com a Comissão ajudou a EFSA a focar-se nos pedidos mais importantes. Estabeleceu-se igualmente um comité de análise de mandatos semanal, que incluiu a directora executiva e os directores da EFSA, para analisar e tratar de uma forma integrada todos os pedidos feitos à EFSA. Com todos estes procedimentos em curso, a organização do trabalho científico da EFSA amadureceu. Isto assegura a prestação de avaliações de risco oportunas e de alta qualidade pela EFSA aos gestores de risco da Europa que, por sua vez, asseguram a protecção dos cidadãos europeus e a segurança dos géneros alimentícios e dos alimentos para animais na Europa. D E S TA Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S E M 2 0 0 8 2008 A compendium of all EFSA scientific opinions, statements, guidance and reports Definição das informações científicas da EFSA Em 2008, a EFSA redefiniu o modo de classificação das suas informações científicas. Há dois grandes grupos de informações científicas: os pareceres dos painéis e do Comité Científico e outras informações científicas. O primeiro reúne as informações dos painéis e do Comité Científico como, por exemplo, pareceres genéricos e pareceres sobre candidaturas, declarações e orientação. O segundo reúne todas as informações científicas, incluindo as informações adoptadas por um painel ou pelo Comité Científico. Estas podem ser as declarações ou orientação da EFSA, uma conclusão resultante da análise entre pares de pesticidas, um parecer fundamentado (um termo utilizado para a análise entre pares de teores máximos de resíduos) e um relatório técnico ou científico da EFSA. Para além disso, 2008 testemunhou uma mudança na classificação das questões. Em 2008, como em 2007, a EFSA recebeu muitos mandatos do Parlamento Europeu, da Comissão Europeia, dos Estados-Membros ou de si própria, isto é, um pedido de autotarefa. Enquanto anteriormente podia haver um mandato na origem de uma ou mais informações científicas, agora os componentes individuais dos mandatos estão divididos pelas várias questões, o que dá azo a uma ou várias informações científicas. Isto explica, em parte, o significativo aumento de questões recebidas em 2008, comparativamente a 2007. Informação científica da EFSA Committed to ensuring that Europe’s food is safe Painel Pareceres do Painel/Comité Científico (*) Outras informações científicas Consultas públicas Comité Científico (CC) 3 4 4 Aditivos alimentares e embalagens (AFC) 56 0 2 Saúde e bem-estar dos animais (AHAW) 13 0 0 Aditivos alimentares e fontes de nutrientes (ANS) 12 0 0 Riscos biológicos (BIOHAZ) 12 3 1 Materiais em contacto com géneros alimentícios, enzimas, aromatizantes (CEF) 21 0 0 Contaminantes (CONTAM) 15 4 0 Aditivos alimentares para animais (FEEDAP) 41 0 0 Organismos geneticamente modificados (GMO) 18* 0 3 Nutrição (NDA) 53 0 3 Produtos fitossanitários (PPR) 4 34 6 Fitossanidade (PLH) 32 0 1 Metodologia de avaliação (AMU) - 15 0 Exposição de recolha de dados (DATEX) - 17 0 Riscos emergentes (EMRISK) - 2 0 Cooperação científica (SCO) - 27 0 Zoonoses - 17 0 Pesticidas (PRAPeR) - 86 18 Total 280 Total de informações científicas 209 38 489 (*) Cinco co-adopções E F S A R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 15 Comité Científico da EFSA, Dezembro de 2008 2.1. UNIDADES E PAINÉIS CIENTÍFICOS DA EFSA: UM 2008 PRODUTIVO Comité Científico: uma competência alargada – da harmonização de avaliações à nanotecnologia Encarregado de fornecer pareceres e consulta aos gestores de riscos, sobre questões científicas de natureza multidisciplinar, o Comité Científico é igualmente responsável pela coordenação geral do trabalho científico da EFSA e por assegurar a consistência das abordagens científicas utilizadas pelos painéis científicos. Foca-se no desenvolvimento e promoção de abordagens científicas novas e harmonizadas sobre avaliação de riscos e perigos dos géneros alimentícios e alimentos para animais em áreas em que ainda não se encontram definidas metodologias ao nível da União Europeia. O Comité Científico também presta consulta estratégica à directora executiva da EFSA. Ao longo de 2008, o Comité Científico esteve envolvido no desenvolvimento de abordagens novas e harmonizadas para a avaliação de riscos. Em particular, foi homologado um documento de orientação sobre transparência na avaliação de riscos para consulta pública. Este documento visa mostrar, mais clara e amplamente, as abordagens utilizadas para se assegurar a transparência dos aspectos científicos das avaliações de riscos. A sua adopção está prevista para o início de 2009. O Comité Científico trabalhou igualmente em avaliações de questões de segurança alimentar, abrangendo desde a clonagem e a nanotecnologia até aos botânicos. Botânicos e produtos derivados (complementos de plantas, algas, fungos ou líquenes) encontram-se amplamente disponíveis por toda a União Europeia sob a forma de complementos alimentares. A maior parte destes produtos é utilizada há anos. Visto não haver actualmente na UE legislação orientadora sobre o modo de avaliar a segurança destes produtos, a EFSA desenvolveu uma abordagem de base científica para avaliar os aspectos da segurança alimentar dos botânicos. Em Junho de 2008, a EFSA publicou um projecto de documento preparatório sobre a avaliação da segurança dos botânicos e produtos botânicos, 16 D E S T A Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S E M 2 0 0 8 actualmente em fase de teste. Espera-se uma versão final a ser publicada no Verão de 2009. O Comité Científico preparou igualmente um parecer sobre os potenciais riscos da nanociência e nanotecnologias na segurança dos géneros alimentícios e dos alimentos para animais e no ambiente. Isto surge no seguimento de uma questão da Comissão Europeia sobre a possibilidade de as actuais abordagens das avaliações de riscos poderem ser adequadamente aplicadas a esta nova tecnologia. O parecer da EFSA aborda os possíveis riscos da utilização de nanomateriais modificados deliberadamente introduzidos na cadeia alimentar e fornece orientação sobre avaliação de riscos, recomendando uma abordagem para cada caso. Solicita igualmente mais dados e investigação para abordar as imprecisões existentes nesta área. O projecto de parecer foi apresentado aos parceiros da EFSA, em Outubro, e aos Estados-Membros da União Europeia através do Fórum Consultivo. Foi lançada uma consulta pública no sítio web da EFSA, entre meados de Outubro e Dezembro. O Comité Científico terminou o seu parecer no início de 2009, tomando em consideração os comentários recebidos nessa altura. O parecer final irá ajudar a Comissão a investigar medidas apropriadas nesta matéria. D E S TA Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S E M 2 0 0 8 AFC: a segurança de aromatizantes, fontes de nutrientes, aditivos alimentares e embalagens Desde a criação da EFSA, o painel dos aditivos alimentares, aromatizantes, auxiliares tecnológicos e materiais em contacto com os géneros alimentícios (painel AFC) contribuiu significativamente para a avaliação de riscos da União Europeia das substâncias adicionadas aos géneros alimentícios. As áreas de actividades estavam relacionadas com a segurança de aromatizantes, materiais em contacto com os géneros alimentícios, fontes de nutrientes e aditivos alimentares, incluindo corantes alimentares. O painel AFC avaliou igualmente um estudo feito no Reino Unido, conhecido como o «Estudo de Southampton». O estudo de McCann et al sugeriu uma ligação entre o comportamento das crianças e a ingestão de duas misturas de determinados corantes alimentares e do conservante benzoato de sódio. A EFSA concluiu que, devido ao reduzido número de provas e às consideráveis imprecisões, o estudo não podia servir de base na reavaliação das doses diárias admissíveis das substâncias utilizadas neste estudo. O painel examinou igualmente toda a informação científica nova e recente existente sobre o bisfenol A (BPA), um químico cuja utilização está autorizada nos materiais em contacto com os géneros alimentícios na União Europeia. As pessoas são expostas ao BPA nos géneros alimentícios pela sua presença, por exemplo, no plástico de policarbonato. Os lactentes ficam mais expostos ao BPA, especialmente se forem alimentados com biberões de plástico de policarbonato. A EFSA estipulou uma dose diária tolerável (TDI, sigla inglesa) de BPA, na sua avaliação de riscos publicada em Janeiro de 2007. O painel concluiu que esta TDI oferece uma margem de segurança suficiente para crianças e adultos. No seguimento de novas provas dos Estados Unidos e do Canadá, entre outras, o painel AFC conduziu uma outra avaliação de BPA, em 2008, abordando a diferença entre crianças e adultos na eliminação de BPA do organismo. O painel concluiu que as crianças seriam capazes de eliminar o BPA do organismo, e as conclusões da anterior avaliação de riscos continuaram válidas. Em Julho de 2008, o painel AFC publicou igualmente orientações para candidatos sobre a avaliação da segurança dos processos de reciclagem utilizados na produção de plástico reciclado para embalagens de produtos alimentares. Isto seguiu-se ao novo regulamento europeu sobre plásticos a E F S A exigir a utilização de plástico reciclado no contacto com géneros alimentícios apenas quando obtidos através de processos cuja segurança tenha sido avaliada pela EFSA. O painel AFC deixou de existir em 2008. Foi substituído pelo painel dos aditivos alimentares e das fontes de nutrientes adicionados aos géneros alimentícios (ANS) e pelo painel dos materiais em contacto com os géneros alimentícios e das enzimas, aromatizantes e auxiliares tecnológicos (CEF). O novo acordo permite à EFSA satisfazer melhor as necessidades a médio e a longo prazo nestas áreas da sua competência, bem como responder ao elevado volume de pedidos de consulta científica com prazos apertados. Antes de entregar o seu trabalho aos dois novos painéis, o painel AFC trabalhou essencialmente, em 2008, na avaliação da segurança dos aromatizantes, das fontes de nutrientes, dos aditivos alimentares e dos materiais em contacto com os géneros alimentícios. R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 17 ANS: a segurança de aditivos alimentares e fontes de nutrientes em complementos alimentares O painel dos aditivos alimentares e das fontes de nutrientes adicionados aos géneros alimentícios (ANS) trata de questões de segurança na utilização de aditivos alimentares, fontes de nutrientes e de outras substâncias deliberadamente adicionadas aos géneros alimentícios, à excepção de aromatizantes e enzimas. O novo painel ANS começou a trabalhar em Julho de 2008, após o anterior painel dos aditivos alimentares, aromatizantes, auxiliares tecnológicos e materiais em contacto com os géneros alimentícios (AFC) ser substituído pelos painéis ANS e CEF. Os complementos alimentares são fontes concentradas de nutrientes ou outras substâncias com um efeito psicológico nutricional que actua como complemento de uma dieta normal. São comercializados sob a forma de comprimidos, medicamentos, cápsulas ou líquidos doseados. Integrado no processo europeu de harmonização de complementos alimentares na União Europeia, está a ser criada uma lista de fontes autorizadas de vitaminas ou minerais, que podem ser adicionados com propósitos nutricionais específicos aos complementos alimentares. A Comissão pediu à EFSA pareceres científicos sobre segurança e biodisponibilidade destas fontes de nutrientes, antes de qualquer aprovação à sua utilização continuada com objectivos nutricionais em complementos alimentares. A EFSA homologou orientações para ajudar as empresas a compreender o tipo de dados científicos necessários sobre os seus produtos, com vista à realização de uma avaliação de riscos. Primeira reunião do painel ANS, Julho de 2008 18 D E S T A Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S E M 2 0 0 8 Desde então, foram analisados centenas de dossiês e, no interesse da protecção dos consumidores, a EFSA teve de devolver alguns deles por falta de informação. De acordo com as prioridades definidas com a Comissão Europeia, o painel ANS concentrou o seu trabalho na avaliação das fontes de nutrientes em complementos alimentares e emitiu 12 pareceres em 2008. D E S TA Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S E M 2 0 0 8 CEF: avaliação da segurança dos aromatizantes Painel CEF, primeira reunião, Julho de 2008 O painel CEF trata de questões relativas à segurança da utilização de materiais em contacto com os géneros alimentícios, enzimas, aromatizantes e auxiliares tecnológicos (CEF). O painel começou a trabalhar em Julho de 2008, juntamente com o painel ANS, após o anterior painel dos aditivos alimentares, aromatizantes, auxiliares tecnológicos e materiais em contacto com os géneros alimentícios (AFC) ter deixado de existir. Está a ser harmonizado o quadro regulamentar europeu para os aromatizantes. Cerca de 2 800 substâncias autorizadas nacionalmente têm de ser adicionalmente submetidas a um programa uniforme da União Europeia de avaliação da segurança. Os aromatizantes que conseguirem passar irão fazer parte de uma lista positiva de aromatizantes que podem ser adicionados aos géneros alimentícios. O procedimento de aprovação destas substâncias é baseado na avaliação científica da EFSA. A EFSA dividiu as 2 800 substâncias actualmente utilizadas na UE em grupos de aromatizantes com base em semelhanças na estrutura química e no metabolismo. Cada grupo está a ser avaliado para garantir a segurança dos compostos para a saúde humana. Os cientistas da EFSA consideram os níveis de ingestão, absorção, metabolismo e dados de toxicidade, nas avaliações dos grupos de aromatizantes (FGE). E F S A Quando se verificam discrepâncias nos dados necessários para avaliar os riscos (por exemplo, nas especificações, toxicidade, exposição), a EFSA notifica os candidatos e a Comissão Europeia. No seu trabalho, a EFSA identificou 360 substâncias que, com base na sua estrutura química, podem ser genotóxicas. Visto que a questão da genotoxicidade não foi clarificada, estas substâncias não voltaram a ser avaliadas. O conjunto disponível de dados da genotoxicidade destes compostos foi avaliado e foram encontradas discrepâncias. Os estudos relevantes necessários encontram-se definidos numa estratégia de teste da genotoxicidade, desenvolvida para este grupo de aromatizantes. No final de 2008, cerca de 85% dos aromatizantes autorizados nacionalmente passaram na avaliação da EFSA. Em 2008, o painel AFC adoptou 41 pareceres sobre aromatizantes e o painel CEF adoptou outros sete pareceres e duas declarações sobre aromatizantes. O prazo para terminar o programa de avaliação é 31 de Dezembro de 2009. R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 19 AHAW: painel da saúde e bem-estar de peixes de viveiro O painel da saúde e bem-estar dos animais (AHAW) presta pareceres e consulta principalmente relacionados com animais para consumo, incluindo peixe. Cobre todos os aspectos das doenças dos animais e do seu bem-estar. Em 2008, o painel levou a cabo um estudo aprofundado para identificar perigos para o bem-estar na aquicultura e publicou cinco pareceres sobre o bem-estar dos peixes. Cerca de metade do peixe servido na Europa vem agora de viveiros. Com o aumento da piscicultura em larga escala e da cultura de outras espécies aquáticas, decisores, cientistas e consumidores concentram a sua atenção no modo como o peixe está realmente a ser cultivado hoje e no modo como isso afecta o seu bem-estar. Nessa medida, a Comissão Europeia solicitou à EFSA a avaliação do modo como os diferentes sistemas de piscicultura afectam o bem-estar das principais espécies de peixe cultivadas na UE. Nas suas avaliações, a EFSA teve em conta a directiva da UE 20 D E S T A Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S relativa às normas mínimas de protecção dos animais de criação ou nos locais de criação, incluindo peixe, e outras orientações e recomendações internacionais, entre as quais o trabalho desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) e pelo Conselho da Europa. Em 2008, o painel AHAW adoptou cinco pareceres sobre o bem-estar das principais espécies de peixe de viveiro na Europa: salmão-do-atlântico, truta, enguia europeia, robalo-legítimo, dourada e carpa. Nas suas avaliações dos riscos, o painel ordenou os potenciais perigos para o bem-estar. Apresentam uma sólida base para os gestores de riscos avaliarem e melhorarem os sistemas de zootecnia, de modo a evitar-se a dor, nervosismo e sofrimento desnecessário aos animais e a melhorar-se o seu bem-estar sempre que possível. Exemplos de potenciais perigos incluem: • baixa qualidade da água com efeitos danosos na saúde do peixe; E M 2 0 0 8 • disponibilidade limitada de medicamentos veterinários; • alimentos comerciais para animais que não satisfazem as necessidades alimentares básicas das várias espécies e problemas derivados de alterações nas formulações ou más condições de armazenamento. Uma vez que as várias práticas de cultura afectam distintamente o bem-estar dos peixes, a EFSA recomenda o controlo permanente. É necessário desenvolver a investigação relativa à alimentação dos animais, à densidade de criação e ao desenvolvimento de uma terapêutica veterinária e vacinas. Para além dos cinco pareceres sobre o bem-estar das espécies individuais de peixes, o painel adoptou um parecer, em Janeiro de 2009, sobre a abordagem geral ao bem-estar dos peixes tendo em conta a sua biologia e fisiologia. D E S TA Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S E M 2 0 0 8 Biohaz: o papel dos géneros alimentícios na criação de resistência humana aos antimicrobianos O painel da EFSA de riscos biológicos (Biohaz) trata dos riscos biológicos relacionados com a segurança alimentar, doenças de origem alimentar, encefalopatias espongiformes transmissíveis (TSE), microbiologia alimentar, higiene alimentar e questões associadas à gestão de detritos. A resistência aos antimicrobianos teve um papel proeminente no trabalho do painel, em 2008. A exposição a bactérias resistentes antimicrobianas (AMR) é um risco biológico emergente que mata anualmente milhares de europeus. Trata-se de uma grande preocupação, visto que os antimicrobianos se tornaram menos eficazes no combate às infecções humanas. Em 2008, o painel Biohaz decidiu analisar a fundo o papel do consumo e do processamento de géneros alimentícios, expondo indivíduos a bactérias resistentes antimicrobianas (AMR). O parecer final foi publicado em Agosto de 2008, após consulta pública. A EFSA recebeu comentários e dados adicionais da Agência Europeia de Medicamentos (EMEA), do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), das autoridades nacionais em matéria de segurança alimentar e da indústria alimentar. A principal conclusão é que a actual utilização de agentes antimicrobianos ao longo da cadeia alimentar contribui significativamente para uma gama com um alcance diferente e cada vez maior de bactérias resistentes, particularmente através de: • géneros alimentícios contaminados por bactérias presentes em animais vivos; • produtos frescos de campos recentemente irrigados com água contaminada; • géneros alimentícios contaminados durante o manuseamento e preparação. Campylobacter e salmonella resistente espalham-se sobretudo através dos géneros alimentícios: a salmonella, sobretudo pela contaminação de carne de aves, ovos, carne de porco e carne de vaca; e a campylobacter, pela carne de aves. Os produtos de origem animal também são uma potencial fonte E F S A de staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) e podem ser um risco emergente associado aos géneros alimentícios. A carne de aves parece ser igualmente uma fonte principal de exposição humana à resistência às fluoroquinolonas e foram encontradas bactérias resistentes à cefalosporina na carne de aves, porco e vaca. O parecer fez recomendações quanto à prevenção e controlo da transmissão, realçando a importância das boas práticas de higiene em todas as etapas da cadeia alimentar. Por exemplo, controlar e restringir a utilização antimicrobiana pode ter um forte impacto na redução da ocorrência de bactérias AMR nos géneros alimentícios. O painel concluiu que estas descobertas exigem de todos os operadores uma resposta que previna o desenvolvimento e a propagação da resistência antimicrobiana. R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 21 Contam: avaliação dos riscos e benefícios dos nitratos numa dieta rica em vegetais O painel dos contaminantes da cadeia alimentar (Contam) é responsável pelas questões dos contaminantes na cadeia alimentar e dos alimentos para animais e por substâncias indesejáveis como, por exemplo, tóxicos naturais, micotoxinas e resíduos de substâncias não autorizadas, não abrangidos por outros painéis. Em 2008, o trabalho do painel incluiu uma análise de riscos-benefícios dos nitratos numa dieta rica em vegetais, o primeiro parecer deste género para a EFSA. O nitrato existe naturalmente nos alimentos e é um aditivo alimentar aprovado. Está presente na fruta, vegetais, conservas de carne e água potável. As concentrações são mais elevadas em folhas do que em sementes ou tubérculos e também variam de acordo com o grau de utilização de fertilizantes, ou de exposição à luz solar. Embora seja relativamente não tóxico, quando os humanos o convertem em nitrito ou em monóxido de azoto, no organismo, o nitrato pode ser prejudicial à saúde. Embora o consumo de mais vegetais seja altamente recomendado pelos seus benefícios para a saúde, os consumidores estão em risco? A Comissão Europeia pediu à EFSA que ponderasse os riscos e os benefícios para a saúde dos consumidores do nitrato nos vegetais, visto planear rever a respectiva legislação europeia. O painel Contam analisou dados sobre os teores de nitrato nos vegetais. Perto de 42 000 resultados, oriundos de 20 Estados-Membros e da Noruega, foram utilizados, juntamente com a concisa base de dados europeia de consumo de géneros alimentícios da EFSA, para se estimar a exposição alimentar ao nitrato na Europa. 22 D E S T A Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S E M 2 0 0 8 Numa dieta equilibrada, os vegetais e a fruta podem representar mais de metade, ou até mesmo três terços, de toda a ingestão de nitrato. O painel analisou uma variedade de cenários alimentares assente num consumo de vegetais e fruta de 400 g/pessoa/dia, recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Compararam-se as estimativas de exposição ao nitrato com a dose diária admissível (ADI) para o nitrato; para a maioria dos europeus, os teores diários de nitrato estão perfeitamente dentro da ADI. O ponto crucial da exposição alimentar aos nitratos não é a quantidade de vegetais, mas o tipo de vegetais consumido. Só 2,5% da população, em alguns Estados-Membros, consome grandes quantidades apenas de vegetais de folhas, facto que poderia levar a que se excedesse a ADI. Não é provável que os vegetarianos e os vegans excedam a ADI. Contudo, quem consome mais de 47 gr de rúcola por dia poderá exceder a ADI. No geral, concluiu-se, após a avaliação dos riscos e benefícios para os consumidores dos nitratos nos vegetais, que os benefícios suplantam os potenciais riscos. D E S TA Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S E M 2 0 0 8 FEEDAP: orientação para aplicações de aditivos alimentares O painel da EFSA dos aditivos e produtos ou substâncias utilizados nos alimentos para animais (FEEDAP) avalia cada novo aditivo e/ou nova utilização de um aditivo alimentar para animais sujeito a autorização. Em 2008, adoptou vários documentos com orientações administrativas e técnicas para aplicações. Em Maio de 2008, a Comissão Europeia emitiu novas regras relativas à preparação de aplicações de aditivos alimentares, respectiva avaliação e autorização. Estas regras estabeleceram os dados científicos que devem ser apresentados para a identificação e caracterização do aditivo em causa. Definiram igualmente os estudos necessários para se demonstrar a sua eficácia e segurança para os humanos, animais e para o ambiente. Com o aproximar do prazo para a apresentação de aplicações para reavaliação, e consciente da situação que os candidatos enfrentavam, a EFSA actuou. O painel FEEDAP fez uma proposta de orientação, pormenorizada e de fácil utilização, para apoiar os candidatos na preparação e apresentação das suas aplicações. Os documentos orientadores daí resultantes, publicados na segunda metade de 2008, destinam-se a apoiar os candidatos a compreender os requisitos das orientações da Comissão, aumentando assim a consistência e a qualidade dos dossiês apresentados. Foram publicados 15 novos documentos orientadores. Podem ser divididos em três conjuntos de documentos sobre: • categorias específicas dos aditivos alimentares (por exemplo, aditivos tecnológicos alimentares); • questões horizontais incluindo, por exemplo, orientações sobre estudos da eficácia e tolerância em determinados animais, aditivos microbianos, segurança do consumidor, segurança da utilização e avaliação de riscos ambientais; • reavaliação de determinados aditivos já autorizados. E F S A Com estas orientações de fácil utilização, a EFSA apresenta também, de uma forma transparente, o modo como o painel FEEDAP avalia as aplicações apresentadas. Os documentos contêm uma série de hiperligações para textos regulamentares e outros documentos relevantes que facultam a necessária informação de base. Os fluxogramas dentro dos documentos orientadores («controlo rápido») ajudam os candidatos a seleccionar os estudos sobre segurança exigidos. Por último, os modelos ajudam a apresentar os estudos de eficácia e segurança exigidos, bem como o design experimental dos estudos. O FEEDAP preparou igualmente um documento com orientações administrativas que ajude os candidatos a cumprir os vários procedimentos administrativos, previstos nos actos legislativos, na preparação e apresentação dos dossiês e das aplicações. R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 23 GMO: orientação actualizada sobre plantas GM O painel dos organismos geneticamente modificados (GMO) realiza avaliações dos riscos dos géneros alimentícios GM e das aplicações de alimentos para animais, presta consulta científica em resposta a pedidos ad hoc dos gestores de riscos e identifica questões científicas que exigem maior atenção. No âmbito da sua competência, o painel GMO cria documentos orientadores para clarificar a sua abordagem à avaliação dos riscos e assegurar a transparência do seu trabalho. Estes documentos também proporcionam às empresas orientações para a preparação e apresentação de aplicações. 24 D E S T A Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S O painel revê regularmente as suas orientações, tendo em conta desenvolvimentos científicos e experiência adquirida através das avaliações dos riscos. Em Junho de 2008, o painel publicou a actualização do documento orientador da avaliação dos riscos das plantas geneticamente modificadas e géneros alimentícios derivados e alimentos derivados para animais. O documento revisto inclui orientação actualizada sobre o papel dos ensaios sobre alimentos para animais com material inteiramente vegetal para testar a toxicidade, com base no relatório adoptado em Setembro de 2007, e sobre o design experimental dos ensaios de campo. Inclui E M 2 0 0 8 igualmente conselhos sobre a adequada análise estatística dos dados coligidos e incorpora orientações sobre avaliação de riscos das plantas GM que contêm elementos sobrepostos. Foi realizada uma consulta pública sobre o projecto de documento orientador, no Verão de 2008. A actualização do documento orientador foi apresentada à Comissão Europeia e aos Estados-Membros. Irá ser utilizada pela Comissão para o projecto de regulamento da Comissão, incluindo orientações para avaliação dos riscos das plantas geneticamente modificadas e géneros alimentícios derivados e alimentos derivados para animais, em anexo. D E S TA Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S E M 2 0 0 8 NDA: contribuição para uma dieta saudável O painel NDA trata de questões relativas à alimentação humana, produtos dietéticos e alergias aos géneros alimentícios. Faz também consulta sobre assuntos afins como, por exemplo, novos alimentos (isto é, alimentos ou ingredientes que não tenham sido consumidos na União Europeia em quantidades significativas até 15 de Maio de 1997). Em 2008, muito do seu trabalho versou a actualização de recomendações dietéticas sobre nutrientes e energia e o regulamento da UE relativo a alegações nutricionais e de saúde. O principal objectivo das recomendações nutricionais é assegurar aos consumidores a possibilidade de usufruirem de uma dieta que ofereça energia e nutrientes para um óptimo crescimento, desenvolvimento, funcionamento e saúde ao longo da vida. A Comissão Europeia solicitou à EFSA que analisasse e, se necessário, actualizasse as anteriores recomendações do Comité Científico da Alimentação Humana com os consumos de referência para determinados elementos nutritivos energéticos. O trabalho da EFSA irá assegurar que a acção da UE nesta área da nutrição seja alicerçada pela mais recente consulta científica. O trabalho da EFSA na definição de valores diários de referência (VRD) actualizados relativamente a energia, água, hidratos de carbono, gorduras e proteínas começou em 2008. Os valores diários de referência incluem recomendações de nutrientes e valores de referência como, por exemplo, valor médio, nível de consumo adequado e o limiar de consumo mais reduzido. Para assgurar uma abordagem consistente, o painel trabalhou primeiro sólidos princípios científicos para estabelecer os VRD. O painel redigiu também um parecer relativo aos valores diários de referência para a água, porque uma hidratação adequada do organismo é essencial para assegurar o equilíbrio nutricional. Para conhecimento público, é geralmente preferível referir as recomendações para o consumo de substâncias ou nutrientes individuais em termos alimentares. Neste contexto, a Comissão solicitou à EFSA que desse orientação aos Estados-Membros sobre a tradução de recomendações nutricionais em termos de orientações dietéticas alimentares práticas. Tais orientações são recomendações sobre E F S A o consumo de géneros alimentícios específicos para uma alimentação saudável com base em recomendações nutricionais e em provas científicas sobre a relação entre dieta e doença crónica. Consequentemente, o painel deu o seu projecto de parecer sobre o processo científico, realçando o desenvolvimento, controlo e avaliação de orientações dietéticas na UE. Concluiu não ser exequível estabelecer-se orientações eficazes e pormenorizadas para serem utilizadas em toda a UE. As prioridades da saúde pública relativas à dieta e os padrões de consumo são diferentes de país para país. Nessa medida, os Estados-Membros da UE foram aconselhados a adaptar orientações às necessidades dos seus cidadãos. Quer o projecto de parecer relativo às orientações dietéticas alimentares quer a respectiva abordagem para o estabelecimento de valores diários de referência foram submetidos a consulta pública, em 2008. R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 25 PLH: consulta científica orientadora relativa aos riscos colocados pelos inimigos dos vegetais O painel da Fitossanidade (PLH) da EFSA presta consulta científica relativa aos riscos colocados pelas pestes capazes de destruir vegetais, produtos vegetais, ou a biodiversidade na UE. O painel avalia esses riscos para assegurar a protecção e segurança da cadeia alimentar. Em 2008, a EFSA solicitou ao painel PLH que desenvolvesse um documento orientador sobre a apreciação das avaliações dos riscos de doença feitas pelos Estados-Membros ou terceiros. As avaliações dos riscos de doença podem ser utilizadas para justificar medidas fitossanitárias exigidas pela legislação europeia. Este é um trabalho inovador nesta área, visto não existir anteriormente tal orientação. O documento orientador descreve o processo e os critérios a utilizar numa apreciação científica de uma avaliação dos riscos de doença. A consulta pública a este documento começou no início de 2009. 26 D E S T A Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S E M 2 0 0 8 No seguimento dos pedidos da Comissão Europeia, o painel PLH produziu 30 pareceres científicos relativos a inimigos dos vegetais. O painel avaliou os riscos colocados pelos vários inimigos dos citrinos e da banana nos departamentos ultramarinos franceses de Guadalupe, Guiana Francesa, Martinica e Reunião. O painel analisou a documentação enviada pelas autoridades francesas e identificou e avaliou dados técnicos e científicos adicionais. Concluiu que quase todas as pestes estudadas podiam ameaçar a produção de géneros alimentícios nestes departamentos ultramarinos e, assim, deviam candidatar-se à lista de organismos nocivos da União Europeia. D E S TA Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S E M 2 0 0 8 PPR: o impacto dos pesticidas nas aves e mamíferos O painel PPR trata de produtos fitossanitários, comummente conhecidos por pesticidas, e respectivos resíduos, tendo em conta os riscos para o utilizador/trabalhador, terceiros, consumidor e ambiente. Trabalha assiduamente com a unidade de análise interpares da avaliação de riscos de pesticidas (PRAPeR) da EFSA prestando consulta científica relativamente a questões que não podem ser resolvidas pela análise entre pares, ou quando carecem de maior orientação científica, sobretudo toxicologia, ecotoxicologia e destino e comportamento de pesticidas e resíduos. Em 2006, o painel começou a analisar e a actualizar documentos orientadores europeus existentes e a desenvolver outros. De acordo com a legislação europeia, a indústria que solicita autorização para pôr pesticidas no mercado tem de fornecer informação apropriada que permita aos Estados-Membros avaliar o impacto directo na saúde humana e animal e no ambiente. Para isto, existem muitos documentos orientadores que apoiam os Estados-Membros e a indústria a cumprir estas obrigações. O painel PPR é responsável pela actualização destes documentos orientadores, à luz dos avanços científicos, e pela apresentação de novos documentos. competências da EFSA. Nesse sentido, decidiu enveredar por uma abordagem em duas etapas. Ao analisar o documento orientador relativo à avaliação de riscos para aves e mamíferos, o painel reconheceu que a tarefa envolvia diversas questões de avaliação de riscos como, por exemplo, decidir sobre o exigido nível de protecção, que excede as O painel avaliou o impacto dos pesticidas nas aves e mamíferos de acordo com vários cenários, incluindo diferentes culturas e diferentes tipos de pesticida (por exemplo, granulados, tratamento de sementes, sprays). Fez-se uma abordagem nivelada Em 2008, o painel PPR adoptou um parecer, no seguimento de uma ampla consulta pública e aos operadores, sobre abordagens apropriadas para avaliação do impacto directo dos pesticidas nas aves e mamíferos. Representa uma sólida base científica para a realização de uma avaliação de riscos melhorada e irá ajudar a indústria e os Estados-Membros a proteger aves e mamíferos de potenciais efeitos negativos. E F S A à avaliação do risco de mortalidade e efeitos para a reprodução em aves e mamíferos. Numa abordagem nivelada, a avaliação dos riscos do pesticida começa pela utilização de dados conservativos fundamentais (por exemplo, de estudos laboratoriais graves). Se o risco desta avaliação não for aceitável, de acordo com a legislação europeia, tem-se acesso então a dados resultantes de estudos mais complexos, a um nível mais elevado, que aportem mais realismo e reduzam a imprecisão. Numa segunda etapa, um grupo de trabalho conjunto, com representantes da EFSA e gestores de riscos da Comissão e dos Estados-Membros, irá utilizar o parecer e centrar-se nos aspectos da gestão de riscos. R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 27 AMU: «distúrbio do colapso das colónias» de abelhas europeias A Unidade de Metodologias de Avaliação (AMU) presta apoio técnico e metodológico relativo à avaliação dos riscos e apoio à decisão quantitativa às diferentes Unidades de todas as direcções da EFSA. Esta Unidade leva também a cabo projectos através da aplicação e harmonização de métodos quantitativos ou qualitativos e científicos de avaliação dos riscos e através do desenvolvimento de novas abordagens de apoio à decisão. Desde 2003 que existem relatórios, na Europa e na América, de graves perdas em populações adultas de abelhas em colmeias. Apicultores registaram a existência de uma abelha-mestra na colmeia, mas nenhuma abelha adulta. Este fenómeno foi designado «distúrbio do colapso das colónias» (CCD). Embora ainda não se consiga determinar a causa do desaparecimento das abelhas adultas, julga-se que seja multifactorial. Patogénicos, parasitas, exposição a pesticidas, inanição, práticas de gestão e stresses ambientais têm sido apontadas como possíveis causas. Um declínio nas populações de abelhas melíferas poderia ter um violento impacto na produção agrícola, visto que as abelhas desempenham um importante papel na polinização das culturas. O grupo de trabalho, «Mortalidade, colapso e enfraquecimento das abelhas em colmeias», da Agência Francesa de Segurança dos Alimentos (AFSSA), contactou a EFSA, em Março de 2008, a 28 D E S T A Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S solicitar informação relativa à existência de programas de controlo de resíduos químicos no mel, programas de vigilância do colapso, enfraquecimento e mortalidade das abelhas, bem como dados relativos aos níveis de produção de mel na União Europeia. Através da sua rede de pontos focais nacionais (consultar p. 40), a EFSA distribuiu um questionário às autoridades nacionais a solicitar esses dados. As respostas de 22 Estados-Membros, bem como da Noruega e da Suíça, constituíram o fundamento para o relatório sobre mortalidade das abelhas e vigilância das abelhas na Europa, publicado em Agosto de 2008 pela Unidade de Metodologias de Avaliação da EFSA. O relatório identificou programas de vigilância das abelhas em dezasseis países. As taxas de mortalidade registadas situam-se entre os 7% e os 50%. Itália registou a taxa de mortalidade mais elevada (40% a 50%) em 2007. As diferentes metodologias empregues nos programas de E M 2 0 0 8 vigilância e os diferentes resultados registados dificultam a comparação, a um nível europeu, das taxas de mortalidade registadas. Nessa medida, a EFSA lançou posteriormente um convite à apresentação de propostas para um estudo colectivo, de âmbito europeu, na área do CCD, ao abrigo do artigo 36.° (consultar p. 43) do seu Regulamento Fundador, e ofereceu um subsídio de 100 000 euros, em 2008, a um consórcio de institutos científicos europeus. O projecto de nove meses teve início em Janeiro de 2009. O estudo contempla uma revisão da literatura europeia relativa ao assunto, uma descrição de programas de vigilância activa e uma recolha de dados históricos relativos à mortalidade de modo a facilitar uma avaliação objectiva de todas as causas possíveis de CCD. O trabalho resultante do estudo irá preparar o terreno e orientar a investigação para os lapsos identificados no conhecimento científico. D E S TA Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S E M 2 0 0 8 DATEX: compreender quem come o quê na Europa A unidade de exposição e recolha de dados (DATEX) da EFSA recolhe e analisa dados relativos ao consumo de géneros alimentícios e natureza química dos géneros alimentícios e dos alimentos para animais para avaliações da exposição pela Europa. A unidade contribui igualmente para o desenvolvimento científico e aplicação de novos métodos de avaliação da exposição. Em 2008, criou também a primeira base de dados da Europa de informação alimentar europeia. Saber o que os consumidores comem é essencial para se avaliar a sua exposição a riscos relacionados, por exemplo, com géneros alimentícios contaminados. Assim, os dados de consumo de géneros alimentícios alimentam as avaliações dos riscos. A qualidade dos dados também pode ter impacto nas avaliações dos riscos. Apesar de os dados sobre consumo de géneros alimentícios, resultantes de inquéritos alimentares, estarem disponíveis na maior parte dos Estados-Membros, não existe uma metodologia uniforme de inquérito nos Estados-Membros, e a disponibilidade dos dados é limitada. Para ultrapassar isto, a Unidade DATEX desenvolveu uma «concisa base de dados europeia de consumo de géneros alimentícios», lançada na Primavera de 2008. É a primeira base de dados na Europa com informação alimentar da maioria dos Estados-Membros da UE. base de dados apoiou a avaliação dos riscos para os consumidores europeus feita pela EFSA. No final de 2008, a concisa base de dados continha dados de 19 países europeus relativos ao consumo diário de géneros alimentícios dos adultos, incluindo os percentis dos consumos médios e do consumo elevado. Compreende 15 grandes categorias (por exemplo, leite e produtos lácteos) e 21 subcategorias (por exemplo, queijo). Os dados foram harmonizados na medida do possível. Estes dados, disponíveis no sítio web da EFSA, irão ajudar os cientistas da EFSA, e potencialmente outros, a realizar avaliações de exposições preliminares e a estabelecer prioridades quando se avaliarem os riscos associados aos géneros alimentícios. Por exemplo, no caso da contaminação por dioxinas da carne de porco irlandesa, em Dezembro de 2008, a Exige-se informação mais pormenorizada sobre o consumo de géneros alimentícios na Europa para a realização de avaliações de exposições totais. A actual base de dados irá servir de ponto de partida para a EFSA desenvolver uma base de dados mais abrangente, com informação sobre categorias de géneros alimentícios mais refinados e grupos específicos da população (por exemplo, crianças). E F S A O trabalho iniciou-se em 2008 para harmonizar os métodos de inquérito ao nível europeu. Uma base de dados harmonizada na posse de dados fiáveis sobre o consumo irá ser também um elemento importante do trabalho da EFSA de avaliação das alegações de saúde e nutricionais feitas a propósito de determinado tipo de géneros alimentícios e irá ser utilizada pelos gestores de riscos na definição de esquemas de perfis dos nutrientes. R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 29 EMRISK: identificação de riscos emergentes na segurança alimentar A Unidade de Riscos Emergentes (EMRISK) da EFSA é responsável pelo estabelecimento de procedimentos de recolha sistemática de informação actualizada para se identificar e analisar riscos emergentes na segurança alimentar e dos alimentos para animais. As alterações climáticas, que afectam várias áreas da segurança alimentar e dos alimentos para animais, são uma questão importante para a EMRISK. A Unidade de Riscos Emergentes (EMRISK) da EFSA foi estabelecida para contribuir para a segurança alimentar e dos alimentos para animais na Europa através da identificação oportuna de riscos emergentes assente em determinados procedimentos automatizados de controlo, recolha e análise de informação e dados. A EFSA, os Estados-Membros e demais operadores envolvidos na segurança alimentar e dos alimentos para animais estão empenhados na construção e desenvolvimento de uma abordagem integrada à monitorização e controlo dos referidos riscos emergentes. O desenvolvimento de uma abordagem deste tipo daria capacidade aos gestores de riscos para responder rapidamente e diminuir os potenciais impactos dos riscos. de controlo dos media na Europa (EMM) e o sistema de alerta rápido para os géneros alimentícios e alimentos para animais da Comissão Europeia (RASFF). Novos desafios à protecção e segurança alimentar e, nessa medida, possíveis focos de riscos emergentes podem ser induzidos pelas alterações climáticas mundiais. Ao haver a possibilidade de toda a cadeia alimentar ser afectada, espera-se o surgimento de determinados problemas em relação a fitossanidade, rendimentos das culturas, qualidade dos solos, perigos biológicos, contaminantes alimentares, saúde dos animais e utilização de pesticidas. Por exemplo, à medida que se tornam mais frequentes alterações meteorológicas extremas, espera-se um aumento da contaminação de cereais húmidos por toxinas de fungos. Outros A identificação de sinais prematuros de perigos e riscos emergentes constitui um enorme desafio. A Unidade está a desenvolver instrumentos específicos de controlo para esta tarefa. Entre estes instrumentos, estão em fase de avaliação o sistema 30 D E S T A Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S E M 2 0 0 8 possíveis efeitos incluem a nova distribuição geográfica de doenças e o aparecimento de novas doenças. Recentemente, em cooperação com Estados-Membros, a EFSA lançou uma análise sistemática dos dados existentes e da falta de dados sobre clima e etapas periódicas do crescimento vegetal. No Dia Mundial da Alimentação em Roma, em Outubro de 2008, a EFSA organizou, em cooperação com a OMS e a FAO, um seminário sobre os possíveis efeitos das alterações climáticas na segurança alimentar e da água, na nutrição e na saúde. A partir de 2009, e como primeiro passo, a EMRISK irá organizar a recolha de dados relativos a riscos emergentes definidos causados por alterações climáticas e que irão ser posteriormente analisados, num futuro próximo. D E S TA Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S E M 2 0 0 8 PRAPeR: avaliação da segurança das substâncias activas dos pesticidas A unidade de análise interpares da avaliação de riscos de pesticidas (PRAPeR) é responsável pela análise entre pares das substâncias activas utilizadas nos produtos fitossanitários. As avaliações, incluindo a análise entre pares, são enviadas à Comissão Europeia para se decidir se devem ser incluídas na lista positiva da União Europeia de substâncias permitidas que podem ser utilizadas nos produtos na Europa. Para além disso, a unidade está também envolvida na avaliação dos riscos dos consumidores expostos a resíduos de pesticidas nos géneros alimentícios. A avaliação dos riscos é a base para se estabelecer o teor máximo de resíduos (MRL) ao abrigo da legislação europeia. Em 1993, foram utilizadas cerca de 900 substâncias activas em produtos fitossanitários nos Estados-Membros. Para se proteger o ambiente, os trabalhadores e os consumidores europeus, foi necessária uma abordagem harmonizada da avaliação dos riscos. Assim, foi criado o programa europeu de análise entre pares de pesticidas, encarregado de avaliar todas as substâncias activas no mercado da UE em 1993 («substâncias activas existentes»). Foram também avaliadas «novas substâncias» no mercado desde 1993. Os Estados-Membros realizam uma avaliação inicial. A análise entre pares desta avaliação inicial é da responsabilidade da Unidade PRAPeR e resulta na adopção de uma conclusão sobre cada substância activa. Este ano, publicou três vezes mais relatórios do que no ano anterior. Com a aplicação de procedimentos racionalizados de análise entre pares, a Unidade distribuiu conclusões sobre 62 substâncias activas. Estas conclusões são entregues à Comissão Europeia para que esta decida se as substâncias activas devem ser utilizadas num produto na UE. Se assim for, a substância activa é incluída na lista positiva da UE. rectificação ou eliminação de MRL ao abrigo da legislação europeia. Nos próximos anos, uma das principais tarefas da Unidade irá ser a análise de MRL para mais de 300 substâncias activas. O trabalho preparatório para este projecto começou em 2008. A Unidade está também envolvida na avaliação dos resíduos de pesticidas nos géneros alimentícios. A EFSA forneceu a base para o estabelecimento do MRL para cerca de 200 substâncias activas, pré-requisito para a entrada em vigor do regulamento da UE relativo ao MRL. Desde 1 de Setembro de 2008, a Unidade avalia o risco de estabelecer ou rectificar o MRL. Em 2008, a Unidade emitiu sete pareceres fundamentados relativos ao estabelecimento de novos MRL e 12, em resposta a um pedido específico da Comissão, relativos ao MRL de determinadas substâncias activas. As avaliações dos riscos prestadas pela Unidade apoiam os gestores de riscos no estabelecimento, E F S A R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 31 SCO: uma base de dados pericial para estimular a unidade de peritagem científica da EFSA A Unidade de Cooperação Científica (SCO) consolida a colaboração científica e a troca de informação científica entre a EFSA e as agências nacionais para a segurança alimentar nos Estados-Membros da União Europeia. Em 2008, entre as suas principais actividades, a SCO estabeleceu a base de dados de peritos científicos externos da EFSA. 32 D E S T A Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S A EFSA visa distribuir consulta científica oportuna de elevada qualidade para dar apoio às políticas e decisões dos gestores de riscos da Europa. Isto só consegue alcançar-se através de uma comunidade efectiva de excelência científica através da Europa e não só. Com esse fim, a EFSA, em cooperação com os Estados-Membros, lançou oficialmente uma base de dados de peritos científicos externos no dia 5 de Junho de 2008. São convidados a candidatar-se cientistas com conhecimentos relevantes em todas as áreas da competência da EFSA como, por exemplo, segurança alimentar e dos alimentos para animais, nutrição, toxicologia, química, saúde e bem-estar dos animais e fitossanidade. No final de 2008, tinham-se candidatado para cima de 1 000 peritos à base de dados pericial. As candidaturas recebidas são regularmente validadas pela EFSA. Ao criar uma base de dados online deste género, a EFSA melhora a sua capacidade de realizar avaliações dos riscos e a transparência do processo de selecção de peritos. Em última análise, é um apoio para os painéis e para o Comité Científico da EFSA na realização das suas tarefas científicas. A base de dados está também ao dispor de todos os Estados-Membros da UE para a selecção de peritos para as suas próprias actividades científicas. Permite assim que a EFSA e as autoridades nacionais respondam com mais eficácia e flexibilidade ao aumento do volume de trabalho, particularmente nos casos em que se exija um trabalho urgente, imprevisto e muito especializado. O instrumento de busca que permite à EFSA e aos Estados-Membros, através dos membros do Fórum Consultivo, identificar peritos está disponível desde finais de Novembro de 2008. A base de dados irá ficar permanentemente aberta à candidatura de peritos. E M 2 0 0 8 D E S TA Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S E M 2 0 0 8 Zoonoses: as últimas tendências em agentes patogénicos causadores de doenças de origem alimentar A Unidade de Recolha de Dados sobre a Ocorrência de Zoonoses da EFSA é responsável pelo controlo e análise dos dados ao nível da UE sobre a ocorrência de zoonoses, resistência aos antimicrobianos e surtos de origem alimentar. Os dados são apresentados pelos Estados-Membros e demais países relatores. Zoonoses são doenças ou infecções transmitidas aos humanos pelos animais. As infecções podem ser apanhadas directamente dos animais, ou pelo consumo de géneros alimentícios contaminados. Estas doenças podem causar ligeiros sintomas, ou ser fatais. Todos os anos, a Unidade de Recolha de Dados sobre a Ocorrência de Zoonoses publica o Relatório de Síntese Comunitário para realçar as últimas tendências e prestar consulta e apoio científico aos gestores europeus de riscos. O relatório, o único inquérito internacional sistemático deste género, é produzido conjuntamente com o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC). A task force Zoonoses, uma rede europeia de representantes nacionais, dá apoio à EFSA na recolha e troca de informação sobre a ocorrência de zoonoses em animais e géneros alimentícios nos seus países. Em 2008, recebeu-se informação de 27 Estados-Membros e de quatro Estados-Membros não pertencentes à UE. As mais comuns infecções de origem alimentar nos humanos na União Europeia são causadas pelas bactérias campylobacter, salmonella e listeria. Os destaques do relatório 2007 incluem: • A campilobacteriose voltou a ser a doença zoonótica referida com mais frequência nos humanos, com um aumento do número de casos na maioria dos Estados-Membros. A mais alta incidência de amostras de Campylobacter positiva nos géneros alimentícios verificou-se em carne fresca de aves, na qual, em média, 24% das amostras revelaram-se positivas. -Membros já registaram teores de salmonella abaixo da redução de 1% estabelecida pela legislação europeia. • Os casos de listeriose em humanos (1557) foram iguais aos de 2006, embora a taxa de mortalidade de 20% fosse mais elevada, particularmente em grupos vulneráveis como, por exemplo, os idosos. Raramente se detectou listeria acima do limite de • Pelo quarto ano, os casos de salmonelose nos humanos continua em declínio. Continua a ser a segunda doença zoonótica normalmente mais registada na UE. As principais fontes de infecções humanas são os ovos e a carne de porco e aves. • 2007 foi o primeiro ano em que os novos programas de controlo da Salmonella na reprodução de bandos de aves domésticas foram obrigatórios nos Estados-Membros. 15 Estados- E F S A segurança nos géneros alimentícios prontos-a-comer, mas registaram-se frequentemente ocorrências acima deste limite no peixe fumado, produtos à base de carne e queijo. R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 33 2.2. Destaques científicos Clonagem de animais: uma questão complexa e em curso À medida que a clonagem de animais avança, a possibilidade de haver produtos alimentares de clones ou dos seus descendentes pode tornar-se uma realidade comercial. Por isso, a Comissão Europeia solicitou à EFSA um parecer científico sobre as implicações da clonagem de animais na segurança alimentar, na saúde e bem-estar dos animais e no ambiente. A EFSA pediu ao seu Comité Científico que preparasse este parecer. O Comité Científico fundamentou o seu parecer em trabalhos científicos de análise entre pares publicados, dados e outra informação de reconhecida fiabilidade. Solicitou também o contributo científico de terceiros. Na avaliação de riscos do Comité Científico, foram identificadas imprecisões, devido ao reduzido número de estudos disponíveis. Em particular, foram identificadas falhas no conhecimento de assuntos relacionados com o bem-estar dos animais. Só se considerou gado e porcos, atendendo à insuficiência de dados relativos a outras espécies. O Comité Científico emitiu o seu projecto de parecer para consulta pública, em Janeiro de 2008, e recebeu 285 apresentações de conteúdo 34 D E S T A Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S científico de mais de 64 participantes, incluindo pessoas, organizações não governamentais, organizações da indústria e órgãos de avaliação nacional. Estes foram tidos em consideração na finalização do parecer adoptado pelo Comité Científico, em plenário, em Julho de 2008. Algumas das principais conclusões apresentadas incluíram: • Foram detectadas questões significativas relativas à saúde e ao bem-estar dos animais para uma percentagem de mães biológicas e clones. Estes podem ser mais frequentes e graves do que para animais de reprodução convencional. • A técnica mais comum de clonagem de animais, transferência somática de núcleo (SCNT), pode dar origem a porcos e gado clonado saudável e descendentes saudáveis. • Não há indicação de diferenças em termos de segurança alimentar em carne e leite de clones saudáveis e respectivos descendentes, comparativamente aos de animais de reprodução convencional. • Não há indicação de que os clones, ou respectivos descendentes, representassem E M 2 0 0 8 novos ou adicionais riscos ambientais, mas os dados disponíveis foram limitados. O Comité Científico recomendou que se estudasse e controlasse a saúde e o bem-estar dos clones ao longo de toda a sua vida. Dever-se-iam realizar mais avaliações dos riscos relativamente a animais para consumo, para além de porcos e gado, que tenham sido igualmente produzidos por SCNT, quando houver dados relevantes. Para além disso, o Comité Científico aconselhou a que se investigasse mais as causas das patologias e mortalidade verificadas em clones. Dever-se-ia estudar igualmente a susceptibilidade dos clones e respectivos descendentes à doença em condições de zootecnia convencional. A Comissão Europeia irá considerar a eventual necessidade de outras acções ou medidas relativamente a animais clonados, respectivos descendentes e produtos como, por exemplo, carne e leite. A clonagem suscita um elevadíssimo interesse internacional, por razões científicas e éticas. As questões éticas excedem a competência da EFSA e foram tratadas em separado pelo Grupo Europeu de Ética para as Ciências e as Novas Tecnologias. D E S TA Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S E M 2 0 0 8 Alegações de saúde: assegurar escolhas informadas e significativas do consumidor São cada vez mais os benefícios para a saúde e alimentação das alegações alimentares que aparecem nas prateleiras da UE. As alegações nutricionais referem-se a propriedade nutricionais benéficas como, por exemplo, «magro» ou «rico em fibra» ou «sem açúcar». Uma alegação de saúde sugere uma relação entre o consumo de um determinado género alimentício e a saúde como, por exemplo, «crescimento ósseo» ou «reduzido teor de colesterol». assegura que quaisquer alegações relativas a géneros alimentícios sejam claras, rigorosas e substanciadas em provas científicas. Os únicos produtos que irão ter autorização para referir benefícios alimentares e para a saúde nos rótulos, ou na comercialização, irão ser aqueles que genuinamente oferecem benefícios. A EFSA prestou pareceres científicos de apoio à Comissão e aos Estados-Membros no estabelecimento de perfis de nutrientes. Emitiu igualmente orientações para candidatos à apresentação de alegações de saúde. Em 2008, as duas principais tarefas de apoio à aplicação do regulamento incluíam: Prestar orientação e consulta científica Confiar nestas alegações é essencial para ajudar os consumidores a fazer escolhas alimentares informadas e significativas. Assim, em Dezembro de 2006, os decisores da União Europeia adoptaram um regulamento relativo à utilização de alegações de saúde e nutricionais para géneros alimentícios, estabelecendo regras harmonizadas que incluíam a necessidade de os produtos conterem alegações que satisfizessem determinados perfis de nutrientes. O regulamento • Prestar parecer científico para o estabelecimento de uma lista europeia de alegações de saúde de «função» permitidas (por exemplo, «o cálcio faz bem») em Janeiro de 2010. • Avaliar se as novas alegações de saúde de função, fundamentadas em provas científicas recentemente desenvolvidas, ou alegações relativas à redução do risco de doenças e desenvolvimento ou saúde das crianças são cientificamente fiáveis e justificadas. E F S A Lista de alegações de «função» em curso As alegações de «função», de acordo com o artigo 13.°, são alegações de saúde relativas ao papel de um nutriente ou de uma substância no crescimento, desenvolvimento e função do organismo, a funções comportamentais ou psicológicas, ou a emagrecimento e controlo do peso, ou redução da fome. Em Julho de 2008, a Comissão Europeia solicitou à EFSA que preparasse um parecer científico sobre a lista comunitária de alegações de saúde permitidas, fornecendo à EFSA um projecto de lista com 2 870 entradas principais. Esta lista consolidou cerca de 44 000 alegações apresentadas pelos Estados-Membros e analisadas pela Comissão. A lista de Julho foi actualizada pela Comissão, em Novembro e Dezembro de 2008. As actualizações incluíram outras alegações apresentadas pelos Estados-Membros e algumas rectificações às alegações anteriormente apresentadas. Cada entrada da lista inclui um componente alimentar, a sua relação com a saúde e um exemplo de redacção. No final de 2008, a EFSA tinha recebido um total de 4 185 entradas de alegações de saúde principais, tendo em conta as condições de utilização e as referências disponíveis para cerca de 10 000 alegações de saúde semelhantes. R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 35 Antes da avaliação científica das alegações, a EFSA classificou previamente as alegações no projecto de lista. Por este processo, identificou-se uma série de alegações a carecer de clarificação da informação antes da avaliação. De modo a racionalizar o trabalho científico, o painel NDA estabeleceu uma série de subgrupos de trabalho de peritos científicos com competência em vários tipos de alegações. Em 2008, a EFSA realizou um volume considerável de trabalho preparatório e o seu objectivo é cumprir o prazo de 31 de Julho de 2009 para as alegações incluídas na lista de Julho, em relação às quais se tenha recebido dados suficientes. Quarenta pareceres em 2008 No final de Dezembro de 2008, o painel NDA adoptou igualmente mais de 35 pareceres sobre alegações relativas à redução do risco de doenças e desenvolvimento ou saúde das crianças e cinco pareceres sobre alegações fundamentadas em provas científicas recentemente desenvolvidas. O papel da EFSA é verificar se as alegações de saúde se substanciam em provas científicas, dando o seu parecer no prazo de cinco meses após recepção de candidaturas completas. 36 D E S T A Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S Os pareceres foram adoptados e publicados no prazo especificado no Regulamento e encontram-se agora disponíveis no sítio web da EFSA. Com base nestes pareceres, a Comissão e os Estados-Membros irão decidir se e como vão autorizar estas alegações para utilização futura nos géneros alimentícios. Resposta rápida a riscos de saúde pública A EFSA tenta ser uma fonte fiável e altamente receptiva de apoio aos decisores e gestores de riscos. Em 2008, vários incidentes relativos a produtos alimentares contaminados exigiram uma resposta urgente da EFSA aos gestores de riscos que lhes permitisse actuar rapidamente para proteger os consumidores. A contaminação do óleo de girassol da Ucrânia, a descoberta de melamina em produtos lácteos importados da China e as dioxinas na carne de porco irlandesa foram questões de segurança alimentar súbitas que exigiram respostas rápidas. Numa questão de dias, a EFSA prestou o necessário parecer científico e assistência à Comissão Europeia. A concisa base de dados E M 2 0 0 8 europeia de consumo de géneros alimentícios, da EFSA, estabelecida em 2008, foi um enorme benefício para se apreciar a exposição e se responder de uma forma oportuna. Contaminação do óleo de girassol Em Abril de 2008, a EFSA recebeu um pedido da Comissão Europeia de parecer rápido relativo ao óleo de girassol importado da Ucrânia, contaminado com elevados teores de óleo mineral. No mesmo dia, a EFSA prestou um parecer inicial fundamentado nos dados disponíveis na altura. Depois de receber dados analíticos adicionais, a 21 de Maio, a EFSA calculou as estimativas de exposição e actualizou o parecer inicial. A declaração publicada posteriormente, a 27 de Maio, detectou que a exposição ao óleo de girassol contaminado com óleo mineral de elevada viscosidade era inadequado para o consumo humano, mas não constituía um perigo para a saúde pública no caso em questão. A Comissão impôs então condições especiais relativas à importação de óleo de girassol ucraniano. D E S TA Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S E M 2 0 0 8 Melamina em géneros alimentícios compostos Em Setembro de 2008, registaram-se cerca de 300 000 casos de lactentes e crianças com problemas renais, por vezes mortais, na China. Descobriu-se que o leite em pó utilizado no leite dos lactentes estava contaminado com melamina. Não era de excluir que produtos alimentares chineses compostos como, por exemplo, biscoitos e chocolate, contendo leite em pó contaminado, pudessem encontrar-se no mercado da UE. Em Setembro, a Comissão solicitou à EFSA um parecer científico rápido sobre os riscos para a saúde humana e que considerasse os piores cenários na avaliação dos riscos. A EFSA desenvolveu cenários teóricos de exposição com base em valores do consumo europeu de biscoitos e chocolate e nos teores de contaminação registados. No prazo de uma semana, a EFSA declarou que a exposição estimada não suscitava perigo para a saúde dos adultos na Europa, mesmo no pior cenário. Contudo, as crianças que consomem biscoitos e chocolate poderiam exceder potencialmente a dose diária tolerável num máximo de três unidades. A declaração frisava o facto de se desconhecer ainda se tais cenários teóricos de exposição de alto grau poderiam ocorrer na Europa. A Comissão Europeia adoptou imediatamente medidas provisórias para proteger os consumidores da UE. Dioxinas na carne de porco Durante o controlo de rotina da carne de porco irlandesa, em Dezembro de 2008, registaram-se teores elevados de bifenilos policlorados (PCB). A Comissão Europeia solicitou à EFSA um parecer, no prazo de dois dias, sobre o risco para a saúde humana das dioxinas na carne de porco e a presença de produtos de carne de porco contaminada em géneros alimentícios compostos. Na posse de um conjunto limitado de dados, e sabendo que a exposição aos elevados teores teve início em Setembro de 2008, a EFSA entregou uma declaração no prazo de dois dias, na qual incluiu diversos cenários de exposição, para grandes consumidores e consumidores médios, assumindo diferentes teores de contaminação e percentagens de carne contaminada. E F S A A EFSA concluiu que, no caso improvável de elevados teores de consumo de carne de porco irlandesa, toda ela contaminada com o mais elevado registo de concentração de dioxinas, no período do incidente, o factor de segurança inerente à dose semanal tolerável ficaria comprometido, mas não daria azo necessariamente a efeitos indesejáveis para a saúde. No cenário mais provável de teores de consumo médio de 10% de carne de porco contaminada em 90 dias, a concentração no organismo aumentaria em cerca de 10%. A EFSA considerou que, embora a presença de dioxinas nos géneros alimentícios seja indesejável, este aumento de concentração no organismo não constituía preocupação para este caso único de exposição. Devido à rápida entrega do parecer científico, os gestores de riscos (a Comissão Europeia e os Estados-Membros) puderam discutir e chegar a acordo sobre as orientações para as medidas a tomar no mesmo dia em que é divulgada a declaração da EFSA. R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 37 Novo sistema de avaliação pela melhoria da avaliação da qualidade Excelência científica e independência são elementos que definem o trabalho da EFSA. Ambos são cruciais para se cimentar e manter a confiança pública no sistema europeu de segurança alimentar. A EFSA opera num quadro de políticas e procedimentos que assegura boas práticas e independência em todas as etapas do processo científico. Avaliação interna e externa O Comité Científico da EFSA, em 2008, desenvolveu uma proposta para um sistema de avaliação para avaliar a qualidade da informação científica através da utilização de um inquérito de auto-avaliação durante a preparação de todos os pareceres científicos e demais informações. O sistema de avaliação contém três módulos: • auto-avaliação durante o desenvolvimento de um documento científico. Serve para verificar o cumprimento das boas práticas; • avaliação interna pelos quadros científicos superiores da EFSA de uma selecção aleatória de documentos científicos; 38 D E S T A Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S • avaliação externa por peritos externos independentes de alto nível. A auto-avaliação e a avaliação interna foram lançadas em 2008 e a avaliação externa será concretizada em 2009. Fortalecimento do sistema de declaração de interesses A independência dos peritos científicos envolvidos nas actividades da EFSA, e de todos os funcionários, é garantida por uma declaração obrigatória da sua independência e por uma declaração de interesses (DI). No seguimento de uma decisão do Conselho de Administração de 2007 para se melhorar a recepção de DI, o processo foi fortalecido em 2008. No Verão de 2008, foi pedido a todos os peritos científicos ao serviço da EFSA que fizessem a sua declaração anual de interesses electronicamente, pela primeira vez. O sistema online substituiu os formulários em papel anteriormente apresentados pelos peritos e pelos funcionários da EFSA. Todas as versões são arquivadas electronicamente e podem ser avaliadas facilmente. Os peritos são automaticamente notificados, quando são precisas actualizações e quando as suas declarações são aceites e publicadas no sítio web E M 2 0 0 8 da EFSA. Cada perito dispõe de uma declaração anual para todas as suas actividades, mesmo que tenha assento em diversos grupos de trabalho de diferentes painéis. O novo sistema irá simplificar igualmente a actualização das declarações anuais, se as situações se alterarem. Para além disso, de modo a satisfazer interesses relevantes relativos a uma actividade específica, os interesses são também declarados numa declaração específica de interesses, de acordo com a ordem de trabalhos, antes de a reunião se realizar, sem prejuízo do pedido oral de declarações de interesse no início de cada reunião. O processo electrónico desenvolvido ajuda a Autoridade a classificar cientistas atendendo a potenciais conflitos de interesses. Isto permite à EFSA excluir cientistas de determinadas discussões, caso se identifique um conflito de interesses. Uma avaliação da aplicação da política de DI, em Outubro de 2008, permite um procedimento de avaliação nos casos em que o envolvimento de um perito num determinado parecer da EFSA seja posto em questão. Em conjunto, estes novos procedimentos reforçam a transparência e claridade para peritos, EFSA e mundo exterior. D E S TA Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S E M 2 0 0 8 3. CONSOLIDAR UMA COOPERAÇÃO MAIS ESTREITA COM OS ESTADOS-MEMBROS Reunião do Fórum Consultivo em Roma, Abril de 2008 Para desempenhar o seu papel no sistema de segurança alimentar na Europa, a EFSA precisa de trocar dados, informação e boas práticas, identificar riscos emergentes e comunicar coerentemente riscos na cadeia alimentar. Para isso, em 2008, a EFSA continuou a estabelecer pontes cada vez mais estreitas com os Estados-Membros através de visitas bilaterais e a colaborar estreitamente através do Fórum Consultivo da EFSA e com a rede de pontos focais nacionais. Para além disso, registou-se ainda um aumento dos subsídios atribuídos às cerca de 400 organizações dos Estados-Membros, que podem ajudar a Autoridade a preparar pareceres ou a coligir dados, ao abrigo do artigo 36.° do Regulamento Fundador da EFSA, e dos contratos atribuídos a organizações de investigação para a realização de trabalho científico. Em 2008, a EFSA gastou 5,5 milhões de euros em subsídios e contratos, comparativamente aos 2,9 milhões gastos em 2007. Fórum Consultivo: fortalecimento da cooperação pan-europeia o trabalho da EFSA e das autoridades nacionais. O Fórum Consultivo realizou duas reuniões de arranque sobre estas matérias em 2008. Fortalecimento da cooperação europeia A estratégia de cooperação e trabalho em rede, da EFSA, que estabelece o enquadramento e as prioridades da cooperação entre a Autoridade e os Estados-Membros, foi desenvolvida com o apoio do Fórum Consultivo. O Fórum Consultivo liga a EFSA às autoridades nacionais em matéria de segurança alimentar de todos os 27 Estados-Membros da União Europeia e conta com observadores da Noruega, Islândia, Suíça e da Comissão Europeia. O Fórum encontra-se no centro da abordagem colaborativa da EFSA ao trabalho com os Estados-Membros da União relativamente a questões de avaliação e comunicação de riscos europeus. Em 2008, os membros aplicaram igualmente uma estratégia de trabalho mais estreito em rede, especialmente centrado na troca de informação científica, utilização comum de recursos e coordenação de programas de trabalho em questões de fitossanidade e saúde dos animais. Tendo em conta o aumento do volume de trabalho da EFSA nestas matérias, as reuniões visaram estabelecer prioridades e racionalizar E F S A Saúde dos animais: direccionar rápida troca de dados Em Maio de 2008, os representantes do Fórum Consultivo sobre saúde dos animais reuniram-se pela primeira vez em Parma. Nessa reunião, os representantes tomaram conhecimento das actividades actuais e passadas do painel da Saúde e Bem-Estar dos Animais, da EFSA (consultar p. 20). À luz da estratégia para a saúde dos animais 2007-2013, em toda a União Europeia, que oferece o enquadramento para as medidas sobre saúde e bem-estar dos animais na União para os próximos seis anos, discutiram-se os objectivos da EFSA de melhorar a sua abordagem integrada. Esta incluiu um possível procedimento para uma cooperação rápida e eficiente entre a EFSA e os Estados-Membros. Será feito um esforço particular para se acelerar a entrega de pareceres científicos através da rápida troca de dados entre a EFSA e organizações parceiras relevantes e através da mobilização e coordenação de peritagem científica ao nível da UE relativa a assuntos da competência da EFSA. Neste contexto, a EFSA chamou a atenção para a sua plataforma de troca de informação electrónica, iniciada em 2008 (consultar p. 41). R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 39 Primeira reunião dos pontos focais em Parma, Março de 2008 Fitossanidade: mais orientação através da EFSA Vinte peritos nacionais em fitossanidade, do Fórum Consultivo da EFSA, reuniram-se com os seus congéneres da EFSA e da Comissão Europeia, em Outubro de 2008. A EFSA e os peritos nacionais discutiram a harmonização das metodologias da avaliação dos riscos de doença (PRA) e dos dados necessários para os diferentes tipos de avaliações dos riscos. Os participantes concordaram que a harmonização de metodologias era de importância primordial, visto que as actuais orientações foram desenvolvidas ao abrigo de diferentes enquadramentos. O painel da Fitossanidade da EFSA listou as actuais questões e os futuros desafios na avaliação dos riscos de doenças e remeteu para o documento de orientação para a avaliação de PRA, que está a preparar (consultar p. 27). Este documento pode desempenhar um papel central na avaliação dos inimigos dos vegetais, que ameaçam a produção de culturas e a biodiversidade, e pode ser particularmente útil para as autoridades nacionais em toda a União Europeia. Os participantes aplaudiram a iniciativa da EFSA de reunir um inventário de bases de dados para a avaliação dos riscos de doenças. Este inventário irá estar disponível em breve para as autoridades nacionais. 40 D E S T A Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S Pontos focais em todos os Estados-Membros Os pontos focais apoiam as tarefas dos membros do Fórum Consultivo, por exemplo, assegurando a troca de informação científica entre a EFSA e os Estados-Membros e dando mais visibilidade à EFSA. Em 2008, todos os 27 Estados-Membros da União Europeia estabeleceram pontos focais e celebraram acordos sobre essa matéria. A Noruega também nomeou oficialmente o seu ponto focal e a Suíça participa como observadora. Realizaram-se três reuniões dos pontos focais durante o ano para a coordenação de actividades e para a troca de experiências sobre a realização das suas tarefas. Os pontos focais nacionais fizeram também um esforço substancial na criação de redes nacionais. Estas irão ajudar a recolher e divulgar informação científica essencial para o trabalho da Autoridade. E M 2 0 0 8 Apoio à base de dados pericial da EFSA Ao testar e promover a base de dados pericial da EFSA (consultar p. 32), os pontos focais desempenharam um papel crucial no seu lançamento bem sucedido, em Junho, bem como no seu posterior desenvolvimento. Todos os pontos focais divulgaram informação sobre a base de dados pelas suas redes nacionais com mais de 140 instituições e 6 400 peritos. Com esta ajuda, os Estados-Membros e a EFSA receberam um número sempre crescente de candidaturas de peritos científicos preparados para dar apoio aos Estados-Membros e à EFSA em actividades científicas ad hoc. No final do ano, mais de 1 000 peritos tinham apresentado as suas candidaturas. Para além de ajudar a promover a base de dados pericial, os pontos focais ajudaram a promover o convite à renovação do Comité Científico e de oito painéis da EFSA, distribuindo material publicitário, fazendo apresentações nos seus países e fazendo a ligação, a partir dos seus sítios web, com o convite, no sítio web da EFSA. Contribuíram igualmente para dois seminários destinados a aumentar o número de candidaturas de peritos dos novos Estados-Membros. D E S TA Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S E M 2 0 0 8 Facilitar a troca de informação pan-europeia Os pontos focais contribuíram eficazmente para a troca de informação sobre actividades nacionais de avaliação dos riscos entre a EFSA e os Estados-Membros. Desenvolveu-se um instrumento electrónico para a troca de informação científica nos Estados-Membros e na EFSA. Esta plataforma de troca de informação facilita a troca oportuna de informação, particularmente de documentos com uma disponibilidade reduzida. Para desenvolverem a plataforma, os pontos focais constituíram um grupo de trabalho que se reuniu pela primeira vez em Maio de 2008. A plataforma foi lançada quatro meses mais tarde. Ajudar a melhorar a visibilidade da EFSA Dar utilidade ao «know-how» nacional: grupos de trabalho ESCO Para que o trabalho da EFSA se torne mais amplamente conhecido nos respectivos países, os pontos focais desenvolveram vários materiais de apoio em estreita colaboração com os membros do grupo de trabalho Comunicações do Fórum Consultivo. Por exemplo, produziram newsletters, brochuras e panfletos a descrever o papel dos pontos focais, suas actividades e o modo de cooperação com a EFSA. Adicionalmente, os pontos focais organizaram mais de 40 eventos científicos nacionais e reuniões nos Estados-Membros, para dar mais visibilidade à EFSA e para explicar o modo de envolvimento com a EFSA. Vários questionários foram igualmente enviados pela EFSA aos pontos focais a solicitar assistência na recolha de respostas a perguntas específicas. Por exemplo, deram uma resposta directa, ou reencaminharam os questionários para os peritos ou instituições relevantes nos seus países (como no caso da mortalidade das colónias de abelhas). Isto conduziu finalmente a uma posterior investigação em colaboração com organizações dos Estados-Membros (consultar p. 43). E F S A Uma grande prioridade da EFSA é mobilizar recursos científicos pela Europa. Assim, a EFSA estabeleceu grupos de trabalho para levar a cabo a cooperação científica (ESCO). Os participantes nos projectos ESCO incluem peritos nacionais, nomeados pelos Estados-Membros através do Fórum Consultivo, membros dos painéis científicos, ou do Comité Científico, e quadros científicos da EFSA. Em 2008, cinco grupos de trabalho ESCO (consultar caixa na p. 42) envolveram-se activamente em áreas científicas de particular interesse para os Estados-Membros e para a EFSA, dois dos quais concluíram as suas tarefas. Este trabalho irá servir de apoio ao trabalho dos painéis e do Comité Científico da EFSA. R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 41 Consolidar abordagens harmonizadas às avaliações dos riscos nos Estados-Membros Grupos de trabalho ESCO em 2008 Botânicos e produtos botânicos Este grupo de trabalho realizou um projecto de documento preparatório para a avaliação da segurança dos botânicos e produtos botânicos. Riscos emergentes Este grupo de trabalho está a definir «indicadores» para riscos emergentes e a desenvolver procedimentos e boas práticas de recolha, análise e avaliação de dados para se identificar riscos emergentes. Recomendou igualmente actividades de investigação nesta área. actividades do Comité Científico da EFSA, dos painéis científicos e dos grupos de trabalho (consultar p. 32). A análise de riscos e benefícios do enriquecimento de géneros alimentícios com ácido fólico Este grupo de trabalho troca experiências e informação científica sobre o enriquecimento de géneros alimentícios com ácido fólico para prevenção de defeitos do tubo neural. Consolidar abordagens harmonizadas às avaliações dos riscos nos Estados-Membros Este grupo de trabalho foi constituído para se compreender melhor o modo como os Estados-Membros realizam as avaliações dos riscos (consultar infra). Estabelecer a base de dados de peritos científicos externos da EFSA Este grupo de trabalho estabeleceu uma base de dados de peritos científicos externos (lançada em 5 de Junho de 2008) de apoio às 42 D E S T A Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S E M 2 0 0 8 É importante para a EFSA harmonizar abordagens às avaliações dos riscos nos Estados-Membros. Esta harmonização não visa padronizar as metodologias de avaliação dos riscos, mas identificar eventuais discrepâncias entre as abordagens utilizadas pelos diferentes Estados-Membros. A harmonização das diferentes abordagens utilizadas irá aumentar a transparência e confiança nos Estados-Membros nas avaliações dos riscos de cada um. A EFSA promoveu a harmonização ao estabelecer um grupo de trabalho ESCO para mapear o quadro institucional, a estrutura organizacional e os aspectos processuais das avaliações dos riscos nos Estados-Membros, Noruega e Suíça. Para isto, em 2008, o grupo de trabalho coligiu informação dos órgãos nacionais relevantes de avaliação dos riscos através de um questionário distribuído pelos pontos focais. O elevado número de respostas foi um claro indicador da importância e interesse dos Estados-Membros na harmonização das abordagens de avaliação dos riscos na Europa. O grupo de trabalho forneceu à directora executiva da EFSA um relatório pormenorizado, em Dezembro de 2008, sobre os resultados do inquérito, incluindo um conjunto de recomendações. Embora os países organizem de uma forma diferente as suas actividades de avaliação dos riscos, muitos procedimentos em vigor parecem estar de acordo, ou não em conflito, com as orientações processuais desenvolvidas D E S TA Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S E M 2 0 0 8 e aplicadas pela EFSA. Um dos desafios na realização de avaliações dos riscos científicos reside na falta de dados fiáveis e disponíveis. A cooperação na área da recuperação, recolha e troca de dados irá continuar pois a ser a principal prioridade da EFSA e dos Estados-Membros. Para fazer avançar o processo de harmonização, o grupo de trabalho recomendou o seguinte: • que a EFSA e os Estados-Membros desenvolvessem os chamados «perfis dos países», para um melhor entendimento do papel e das competências das instituições nacionais de avaliação dos riscos nos diferentes países; Aumentar a assistência científica Confiar tarefas técnicas e científicas através de subsídios e adjudicação de contratos a organizações competentes são algumas das muitas formas que a EFSA possui de cooperar cientificamente com os Estados-Membros. De acordo com o artigo 36.° do Regulamento Fundador da EFSA, o Conselho de Administração aprovou, em 2006, uma lista de organizações a que a EFSA poderia solicitar assistência, através de convites à apresentação de propostas. Esta lista assenta em candidaturas dos Estados-Membros. • que se pusessem em prática instrumentos de gestão da qualidade nos processos de avaliação dos riscos; Em Dezembro de 2008, o Conselho de Administração da EFSA aprovou uma lista actualizada das organizações que funcionam ao abrigo do artigo 36.° Foram acrescentadas 128 organizações recém-designadas às 243 previamente na lista, um aumento superior a 50%, que fortaleceu e expandiu consideravelmente a peritagem e a competência científica ao dispor da EFSA. Os pontos focais ajudaram a EFSA a actualizar e a manter esta lista, identificando instituições apropriadas nos seus países. • que se harmonizassem um pouco mais as abordagens às avaliações dos riscos em áreas científicas específicas. Em 2008, a EFSA lançou 18 convites à apresentação de propostas de apoio científico ao abrigo do artigo 36.° no valor total de 2,2 milhões de euros. ] • que se tornassem públicas informações relevantes das avaliações dos riscos de organizações nacionais; E F S A Em 2008 foram lançados convites ao abrigo do artigo 36.° nas seguintes áreas: • Compilação e análise de dados e demais trabalho preparatório em prol dos pareceres científicos da Autoridade, na área dos contaminantes, saúde dos animais e aditivos alimentares. • Trabalho preparatório no desenvolvimento de novas e harmonizadas abordagens metodológicas e documentos orientadores, na área das zoonoses, pesticidas, fitossanidade e bem-estar dos animais. • Análise e recolha de dados, incluindo o desenvolvimento de bases de dados, que facilitem as avaliações de riscos na área dos pesticidas, misturas químicas, saúde das abelhas e avaliação da exposição. R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 43 4. COMUNICAÇÃO DOS RISCOS: AUMENTAR A INTERVENÇÃO DA EFSA A EFSA continua empenhada em comunicar as suas consultas científicas activa e amplamente. O objectivo da Autoridade é entregar informação significativa, rigorosa e relevante, de uma forma oportuna, a gestores de riscos, assessores de riscos, cientistas e demais operadores e terceiros interessados. Alicerçar esta abordagem faz parte dos três objectivos primordiais da estratégia de comunicação da Autoridade: Trabalho em rede: a força da diversidade • promoção da coerência nas suas comunicações através do fortalecimento da cooperação com autoridades relevantes na Europa; • assegurar a disseminação de mensagens acessíveis e compreensíveis; • fazer crescer a consciência e conhecimento da EFSA e do seu trabalho científico. Ao traduzir estes objectivos em acção, em 2008, as comunicações da EFSA conseguiram significativos avanços: comunicações mais proactivas, consolidadas e fortalecidas, dirigidas a públicos-alvo da EFSA e, através deles, a um público mais abrangente. Para além disso, uma cooperação mais estreita com as autoridades nacionais em matéria de segurança alimentar contribuiu para uma maior coerência geral nas comunicações dos riscos, dando azo a que mensagens consistentes cheguem a toda a Europa e não só. 44 D E S T A Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S Comunicação coerente de riscos: uma voz clara em toda a Europa E M 2 0 0 8 Comunicar questões científicas complexas, só por si, pode ser um desafio. Acrescente-se a isto o papel diário da EFSA de influenciar os influentes, chegar aos decisores, gestores de riscos, operadores, comunicação social e cientistas por toda a Europa, e o desafio multiplica-se. Para facilitar a intervenção nos Estados-Membros, a EFSA trabalha estreitamente com as autoridades nacionais em matéria de segurança alimentar dos Estados-Membros. Esta cooperação é crucial para assegurar que uma população europeia, cultural e linguisticamente diversa, de quase 500 milhões de cidadãos, receba mensagens consistentes e compreensíveis com base em informação independente e fundamentada em provas científicas. D E S TA Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S E M 2 0 0 8 Neste ponto, o grupo de trabalho Comunicações do Fórum Consultivo (AFWGC) da EFSA voltou a desempenhar um importante papel, mais fortalecido em 2008. Ao fazer a ligação entre os departamentos de comunicação das agências nacionais para a segurança alimentar, este grupo de trabalho cimenta uma abordagem mais informada e colaborativa à comunicação de riscos na cadeia alimentar e à promoção da coerência das mensagens em matéria de segurança alimentar na União Europeia. As autoridades dos Estados-Membros foram previamente notificadas das principais comunicações emitidas pela EFSA e foram mantidas ao corrente do desenvolvimento das principais comunicações. Os exemplos de 2008 incluíram questões como, por exemplo, TSE no leite de pequenos ruminantes, clonagem de animais, nanotecnologia, alegações de saúde e segurança dos corantes alimentares. Esta colaboração permitiu que os parceiros nacionais preparassem mais comunicações de acordo com as necessidades dos grupos de consumidores específicos dos seus próprios países. Lições aprendidas e lições partilhadas entre Estados-Membros e agências da União Europeia O grupo de trabalho procura igualmente desenvolver boas práticas relativamente às comunicações de riscos. O que se aprende com a experiência passada é partilhado através da avaliação das iniciativas e campanhas de comunicação levadas a cabo pela EFSA e pelas agências nacionais. Por exemplo, o grupo analisou o modo como a Áustria geriu as suas comunicações relativamente às fruteiras tratadas com antibióticos contra a epidemia da podridão-vermelha e o modo como as questões relativas ao bem-estar dos animais foram tratadas na Finlândia. Juntamente com diversas agências da União Europeia, a EFSA participou igualmente no «workshop» da Agência Europeia dos Produtos Químicos (ECHA) sobre comunicações de riscos e na rede de comunicação e informação das agências da União. E F S A Resposta rápida a garantir protecção e confiança Ao consolidar a coerência geral das comunicações públicas de riscos, a EFSA coordena as suas comunicações de riscos com gestores de riscos, particularmente com a Comissão Europeia. Isto é essencial numa crise. Em 2008, a EFSA deu uma resposta rápida a situações urgentes como, por exemplo, a descoberta de dioxinas na carne de porco irlandesa, a detecção de melamina em géneros alimentícios compostos contendo leite da China, ou a contaminação de óleo de cozinha ucraniano com óleo mineral. No caso das dioxinas, publicou-se uma declaração científica e o correspondente comunicado à imprensa apenas dois dias após a recepção do pedido da Comissão de assistência científica urgente. R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 45 Ampla cobertura A cobertura da comunicação social, em 2008, foi 62% superior à de 2007, cimentada num crescimento quase triplicado do número de entrevistas dadas à comunicação social nesse ano, comparativamente a 2007, e a um aumento de cerca de 40% no número de comunicados de imprensa e declarações à imprensa. Para esta subida contribuíram as reuniões de imprensa com a comunicação social europeia como, por exemplo, a reunião de imprensa conjunta realizada com a Comissão Europeia, em Fevereiro, sobre o parecer da EFSA relativo aos perfis de nutrientes para produtos que contivessem alegações de saúde e nutricionais. Mais tarde, em Julho, a reunião de imprensa realizada em Bruxelas, sobre o parecer final da EFSA relativo à clonagem de animais, contou com a participação de mais de 30 canais de imprensa, jornais e emissoras. Meios de comunicação social influentes, desde o Washington Post ao Le Monde e ao The Financial Times, bem como estações internacionais de televisão e rádio, em diversos países da União Europeia, todos deram cobertura ao parecer da EFSA sobre clonagem. Questões como, por exemplo, melamina, nanotecnologia, pesticidas, GMO, alegações de saúde e renovação do Comité Científico e 46 D E S T A Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S dos Painéis receberam igualmente a cobertura da comunicação social em toda a Europa. Simplicidade: em prol de um maior entendimento A simplicidade é um fio condutor em todas as comunicações da EFSA com vista a melhorar o entendimento geral a respeito do trabalho da EFSA, e do seu papel no sistema europeu de segurança alimentar e dos alimentos para animais, de parceiros, operadores e público. Por exemplo, foi inserido no sítio web da EFSA um fluxo gráfico de trabalho sobre o modo como a EFSA desenvolve pareceres para se apresentar os processos de avaliação de riscos com clareza e de uma forma compreensível. Para além disso, a secção de tópicos (inserida em 2007 e englobando temas como, por exemplo, doenças de origem alimentar, saúde dos animais e valores diários de referência) está a ser significativamente preenchida com outras secções temáticas. O trabalho da EFSA é aqui apresentado de um modo coerente e fácil de compreender, com uma introdução geral ao tema, o quadro regulamentar europeu, uma explicação sobre o trabalho da EFSA e ligações aos respectivos pareceres e a outros documentos importantes. E M 2 0 0 8 Processos transparentes Para ajudar a aplicar a política de declarações de interesse (DI) da EFSA eficazmente, foi feita uma grande actualização em 2008 para que os mais de 1 200 peritos pudessem preencher as suas DI electronicamente, em substituição dos formulários em papel (consultar p. 38). Foi integrada no sítio web da EFSA uma nova base de dados electrónica com DI, que permite aos utilizadores uma consulta rápida e simples dos dados actualizados sobre os peritos da EFSA. Isto contribui para se melhorar toda a acessibilidade e transparência da EFSA. D E S TA Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S E M 2 0 0 8 Fortalecimento das relações com a comunicação social para um maior entendimento E F S A Em 2008, a prioridade da EFSA continuou a ser a maior visibilidade científica. Isto conseguiu-se através de numerosas publicações e eventos. > Rubrique ISSN 1831-2365 A EFSA também criou eventos e material específico para se apresentar, a si, ao seu trabalho e ao seu papel no sistema de segurança alimentar da União Europeia, a um público local, regional, europeu e internacional (consultar, na página seguinte, «Maior consciência dos cientistas e operadores»). De dois em dois anos, em Maio, decorre em Parma a CIBUS, uma exposição internacional de alimentação com 2 400 expositores. Aqui, a EFSA estabeleceu diálogo com profissionais da indústria alimentar, no seu stand de exposições, ou durante as mesas-redondas. Foi organizada uma conferência de imprensa conjunta, para o lançamento da «Festa dell’Europa», a decorrer durante uma semana, pela EFSA, pelo concelho de Parma, a província de Parma e o Europass. Mais de 2 000 visitantes, de Parma e arredores, visitaram o stand da EFSA atraídos pelas suas actividades. As mesas-redondas e as conferências do Europass, realizadas em várias cidades regionais, deram oportunidade à EFSA de apresentar o seu trabalho em matéria de segurança dos alimentos para animais, alegações de saúde e nutrição, desafios futuros e riscos emergentes. ISSN 1831-2357 Os frequentes encontros com uma grande variedade de meios de comunicação social aumentam e melhoram o entendimento em relação ao trabalho da EFSA. Por todo o lado por onde o Conselho da EFSA andou, em 2008 (na visita ao Serviço de Segurança Alimentar húngaro, em Budapeste, no seminário em Helsínquia ou a dinamizar um «workshop», em Varsóvia) houve sempre encontros com a imprensa associados ao evento. Entrevistas individuais, conferências de imprensa, pequenos-almoços com a imprensa, reuniões e mesas-redondas foram a forma de explicar a missão e o trabalho da EFSA a jornais diários nacionais e de negócios, a revistas de consumidores e de agricultura, a publicações científicas e a estações de rádio e televisão por toda a Europa, bem como a agências noticiosas internacionais. Visibilidade: uma presença crescente Construção do reconhecimento local e global EFSA in focus ANIMALS EFSA in focus FOOD ISSUE 03 - APRIL 2009 > Key topics Contents Key topics > Wide range of aquatic species susceptible to disease, finds EFSA 1 > EFSA quickly responds to dioxins in Irish pork 2 > Low risk to human health from gossypol used in animal feed, finds EFSA 2 > Revise maximum vitamin A levels in feed for main food producing animals, recommends EFSA 3 Key topics > Exposure to two common ingredients in energy drinks not a safety concern, concludes EFSA 1 5 > EFSA evaluates Salmonella contamination of pigs at slaughter 6 5 8 8 9 Consultations Opinions and other documents 4 > EFSA updates list of microorganisms ‘presumed safe’ Publications Latest mandates received 3 > EFSA advises on nanomaterials, case-by-case EFSA at work > Evaluating Article 13 health claims: EFSA’s progress to date 5 5 Calls > Public consultation on transparency in risks assessments > Low risk to human health from gossypol used in animal feed, finds EFSA 3 Meeting reports > Annual Zoonoses report now available 2 4 > EFSA colloquium on assessing the health benefits of controlling Campylobacter in the food chain 6 > Meeting to discuss feed additive applications 7 > Interagency meeting shares best risk assessment practices 7 > EFSA’s call for external reviewers > Article 36 calls awarded > EFSA quickly responds to dioxins in Irish pork > Revise maximum vitamin A levels in feed for main food producing animals, recommends EFSA 3 EFSA at work > EFSA updates list of microorganisms ‘presumed safe’ > EFSA begins Europe-wide research project on bee decline > EFSA evaluates Salmonella contamination of pigs at slaughter > EFSA’s networking with Member States forges closer ties, finds review 9 10 12 In a recent review of available scientific data, EFSA has found a wide range of fish and shellfish, susceptible to certain diseases. Many species are also susceptible to many diseases, such as Epizootic Ulcerative Syndrome, Viral Haemorrhagic Septicaemia and White Spot Disease. The review follows a request from the European Commission to consider new scientific evidence regarding the susceptibility of species of fish, molluscs and crustaceans to a list of 14 different diseases specified by the European Union. Scientists were able to single out various species whose susceptibility is demonstrated by clear scientific evidence, including some which are not currently part of the list. According to EFSA, these newly-identified susceptible species should be possibly added to the list. However, for many fish species there was only partial evidence or no evidence at all of susceptibility to specific pathogens. For these species, EFSA recommends further research. Some species were found to be susceptible to several disease agents. Scientists stressed that these species are likely to present a higher level of risk with regard to the spreading of disease – for example when they are traded – than the species which are susceptible to only one disease. EFSA’s advice will help the Commission to update the list of susceptible species farmed in Europe and/or imported into Europe, and to help establish the most appropriate disease control measures. ] For more information EFSA in focus - Animals ISSUE 03 - APRIL 2009 R E L A T Ó R I O EFSA in focus PLANTS ISSUE 03 - MAY 2009 > Key topics Contents Wide range of aquatic species susceptible to disease, finds EFSA > EFSA’s networking with Member States forges closer ties, finds review 7 > EFSA seeks external scientific experts to review the quality of its scientific outputs 8 Meeting Report > Meeting discusses latest scientific developments on folic acid 8 > EFSA colloquium on assessing the health benefits of controlling Campylobacter in the food chain 9 > Interagency meeting shares best risk assessment practices > Third meeting of expert group on food consumption data 9 10 Calls > Article 36 calls awarded 10 Publications > Annual Zoonoses report now available 11 Consultations > Public consultation on bacteriophages in food production 11 > Public consultation on transparency in risks assessments 11 Latest mandates received Opinions and other documents 15 12 Key topics > Climate not a barrier to citrus black spot entering Europe, finds EFSA > A milestone for EU pesticide legislation 3 > EFSA’s networking with Member States forges closer ties, finds review 3 > European plant health experts discuss cooperation and data collection 4 > Meeting to help revise birds and mammals guidance document 5 > Interagency meeting shares best risk assessment practices 5 Events > Stakeholder consultation workshop of EFSA’s revision of the persistence in soil guidance document 6 Publications > New reports on emissions of pesticides from protected crop systems 6 Calls > EFSA’s call for external reviewers > Article 36 calls awarded 7 7 Consultations > Public consultation on the revision of the existing guidance document on dermal absorption of pesticides > Public consultation on guidance on the evaluation of pest risk assessments prepared by third parties to justify EU phytosanitary measures > Public consultation on transparency in risks assessments EFSA concluded that a sufficient margin of safety exists for mean and high-level regular consumers of energy drinks, drinking on average 125ml (0.5 cans) and 350ml (1.4 cans) per person per day >>> EFSA in focus - Food A N U A L 2 > EFSA begins Europe-wide research project on bee decline Meeting reports “This opinion evaluated the safety of these two ingredients as constituents of energy drinks, rather than energy drinks themselves which contain different combinations of a number of different substances,” said John Christian Larsen, Chair of the EFSA Panel behind the evaluation. “Looking at the available consumption figures and taking into account new toxicological data, the Panel considered that specific questions previously raised on the safety of these ingredients by the EU’s former Scientific Committee on Food [SCF] have been resolved.” 1 1 EFSA at work Exposure to taurine and d-glucuronolactone, two ingredients commonly used in so-called energy drinks, through regular consumption, is not a safety concern, according to a scientific opinion recently adopted by EFSA. Taurine and d-glucuronolactone occur as natural ingredients in food, and are normal human metabolites. However, they are also used at much higher levels in energy drinks. The new data confirmed a No Observed Adverse Effect Level (NOAEL) of 1,000mg per kilogram of bodyweight per day for both substances. ISSUE 03 - APRIL 2009 > Key topics Contents Exposure to two common ingredients in energy drinks not a safety concern, concludes EFSA ISSUE 03 - MAY 2009 1 2 0 0 8 Latest mandates received Opinions and other documents 8 9 9 9 11 Climate not a barrier to citrus black spot entering Europe, finds EFSA According to EFSA, climatic conditions are not a barrier to Guignardia citricarpa Kiely, a fungus that causes citrus black spot (CBS) disease, establishing itself in Europe. The European Commission asked EFSA for its scientific advice after South Africa asked for a review of current EU phytosanitary regulations on the import of South Africa citrus fruit into the European Union. G. citricarpa, is currently not present in Europe and a series of phytosanitary measures are in place to help protect Europe’s citrus crops from CBS. G. citricarpa, attacks a wide variety of citrus species causing black spots and blemishes making them unsuitable for sale. EFSA based its advice on the evidence provided by South African authorities and additional data collected. It also looked at the likelihood of an introduction of CBS to Europe through infected fruit, and the appropriateness of the current control measures. South African authorities believe that citrus-growing areas in Europe do not have a climate suitable for the disease to take hold, and therefore the current EU phytosanitary measures regarding the import of fresh citrus fruit from South Africa should be revised. EFSA disagreed with this view. It concluded that the harmful organism could enter citrus-producing areas in Europe and this would be more likely especially if the symptoms of the disease could not be easily seen on the fruit, making it difficult to intercept them at EU borders. Once introduced, G. citricarpa could easily establish itself in Europe as there are many susceptible citrus host plants. EFSA also pointed out that the assessment of climatic suitability provided by South Africa was based on the use of specialised software which has many limitations for the evaluation of organisms such as G. citricarpa. For example, the software used does not capture climatic factors of short duration, such as leaf wetness that play an important role in the lifecycle of this fungus. >>> EFSA in focus - Plants ISSUE 03 - APRIL 2009 1 47 Lançamento de novas «newsletters» temáticas Foi lançado em 2008 o novo conjunto temático de três «newsletters» da EFSA, de leitura fácil, intitulado «EFSA em foco». Destinado sobretudo a gestores de riscos, avaliadores de riscos e decisores, cada publicação trata de um tema específico (géneros alimentícios, animais, ou plantas), apresentando uma selecção das mais recentes actividades da EFSA, juntamente com uma síntese de eventos, contratos, mandatos e pareceres científicos sobre cada matéria. As «newsletters» representam uma fonte de informação destinada aos operadores sobre as actividades da EFSA nas suas respectivas áreas de interesse. Disponíveis em alemão, francês, inglês e italiano, estas publicações são distribuídas nos Estados-Membros pela EFSA e pelos pontos focais. São um complemento à «newsletter» «Avançar em conjunto», sobre a cooperação em matéria de segurança alimentar europeia, publicada pela primeira vez em Dezembro de 2007. 48 D E S T A Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S Maior consciência dos cientistas e operadores A consciência sobre o trabalho da EFSA cresceu no seio da comunidade científica internacional em 2008. Isto foi alcançado através da publicação de suplementos nas principais publicações científicas (Trends in Food Science and Technology e Preventive Veterinary Medicine) e através de campanhas de promoção, que apoiaram a substituição dos membros do Comité Científico e dos painéis da EFSA e a divulgação da sua nova base de dados pericial (consultar p. 32). Os pontos focais nacionais ajudaram a EFSA a promover estas campanhas (consultar p. 40). Os colóquios científicos da EFSA envolvem activamente os cientistas em estimulantes trocas de informação e debate sobre questões científicas actuais. Em 2008, a EFSA realizou dois colóquios desta natureza. Um foi sobre a carcinogenicidade da acrilamida e o outro, sobre a avaliação dos benefícios para a saúde do controlo da Campylobacter na cadeia alimentar. Cada um atraiu cerca de 85 peritos científicos dos Estados-Membros da União Europeia, dos Estados Unidos, da Nova Zelândia e do Brasil. E M 2 0 0 8 A participação da Autoridade em importantes conferências internacionais como, por exemplo, a conferência internacional de Fitiatria, a Prion2008 e o Fórum Europeu da Ciência Aberta, foram oportunidades adicionais para a EFSA se promover globalmente. Durante os eventos, cientistas, decisores, associações profissionais, organizações não governamentais e representantes da indústria, bem como o público em geral, puderam visitar os stands da EFSA, participar nas conferências da EFSA e ficar a conhecer melhor a EFSA e o seu trabalho. A visibilidade nos Estados-Membros foi reforçada através de eventos conjuntos, organizados pela EFSA e pelas autoridades nacionais em matéria de segurança alimentar, que explicaram o papel e a cooperação da EFSA e dos Estados-Membros. Em 2008, a EFSA participou em conferências com as suas principais instituições na Dinamarca, Hungria, França, Países Baixos, Eslovénia e Noruega (consultar o capítulo II.3, «Consolidar uma cooperação mais estreita com os Estados-Membros»). D E S TA Q U E S E R E A L I Z A Ç Õ E S E M 2 0 0 8 Indicadores de comunicação Constante crescimento 2008 Subida homóloga de 2007 2,1 milhões +43% Assinantes da «newsletter» (EFSA em foco) 21,140 +19% Cobertura pela comunicação social 11,652 +62% Inquéritos da comunicação social 676 +59% Entrevistas 123 +180% Eventos 18 +29% Publicações 25 +47% Indicadores Em 2008, o sítio web da EFSA, o principal canal de comunicação da Autoridade, registou 2,1 milhões de visitas, uma subida superior a 40%, comparativamente a 2007. Os outros meios de comunicação da EFSA registaram idêntica subida, comparativamente ao ano anterior: assinantes das «newsletters», cobertura pela comunicação social, inquéritos da comunicação social, entrevistas e eventos, todos registaram significativas subidas em 2008 (consultar o quadro à direita). ] Visitas à web E F S A R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 49 I I I . R E L ATÓ R I O F I N A N C E I R O 50 R E L ATÓ R I O F I N A N C E I R O Em 2008, o orçamento disponível de 66,4 milhões de euros (incluindo o programa de pré-adesão em 2008) registou uma taxa acrescida de execução de 97% (2007 = 91%). Orçamento por actividade Actividade 2 22% Actividade 1 49% Actividade 3 12% Actividade 4 17% Actividade 1: Consultas e pareceres científicos prestados à Comissão Europeia, ao Parlamento Europeu e aos Estados-Membros Actividade 2: Enriquecimento de metodologias de avaliação de riscos na Europa Actividade 3: Comunicação de consultas científicas e diálogo com as partes interessadas Actividade 4: Gestão e prestação de apoio administrativo Quase metade do orçamento executado (30,2 milhões de euros, 47%) representou gastos com o pessoal, realizados em 98%. A infra-estrutura (despesas de funcionamento, edifício, equipamento) representaram 18% do orçamento executado (11,8 milhões de euros). A sua taxa de execução, nos 99%, aproximou-se consideravelmente do nível planeado de despesas. As despesas operacionais incluem subsídios ou contratos científicos, relações externas e comunicação de riscos e respectivos encargos. Representam 35% (22,2 milhões de euros) do orçamento executado. As despesas operacionais ascenderam a 94%. Esta pequena verba não utilizada ficou a dever-se a uma despesa inferior à prevista em actividades científicas e de comunicação. A orçamentação por actividades revela que, à semelhança de 2007, cerca de dois terços do orçamento foram atribuídos ao trabalho científico da EFSA. O valor mais alto (49%) pertenceu a actividades de aconselhamento e pareceres científicos prestados à Comissão Europeia, ao Parlamento Europeu e aos Estados-Membros. 22% foram atribuídos a actividades de enriquecimento de metodologias de avaliação de riscos na Europa. As actividades relacionadas com a comunicação de aconselhamento científico e diálogo entre as partes interessadas representaram 12% do orçamento executado. As actividades relacionadas com a gestão e prestação de apoio administrativo desceram ligeiramente para os 17% (2007 = 19%). A taxa de pagamento estabilizou nos 73% (2007 = 74%) com 48,7 milhões de euros pagos do total das dotações. 15,5 milhões de euros, ou 23%, irão transitar para pagamento em 2009. ] Orçamento por actividade Actividade Execução 2008 (M€) Orçamento 2008 (M€) Execução do orçamento 1 31,3 32,3 97% 2 14,3 14,8 97% 3 7,6 4 Total E F S A 8,1 93% 11 11,1 99% 64,2 66,4 97% R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 51 Execução do orçamento de 2008 Actividade Actividade (M€) Dotações de autorização 97% 25,4 78% 5,9 Actividade 2 13,5 14,8 14,3 97% 8,7 59% 5,6 Actividade 3 9,5 8,1 7,6 93% 5,5 68% 2,0 Actividade 4 10,7 11,1 11,0 99% 9,1 82% 1,9 TOTAL 66,4 66,4 64,2 97% 48,7 73% 15,5 15 000 000 € Pagamentos 10 000 000 € Autorizações executadas 5 000 000 € Dotações de autorização 0€ R E L A T Ó R I O F I N A N C E I R O APL 31,3 20 000 000 € 52 % Paga 32,3 25 000 000 € Actividade 3 Pagamentos 32,7 30 000 000 € Actividade 2 % autorizada Actividade 1 35 000 000 € Actividade 1 Autorizações executadas Actividade 4 R E L ATÓ R I O F I N A N C E I R O Execução do orçamento 35 000 000 € 30 000 000 € 25 000 000 € 20 000 000 € 15 000 000 € Pagamentos 10 000 000 € Autorizações executadas 5 000 000 € Dotações de autorização 0€ Pessoal Infra-estrutura Operações Título Pessoal Infra-estrutura Operações Pré-adesão TOTAL Actividade (M€) Dotações de autorização Autorizações executadas % autorizada Pagamentos % Paga APL 34,1 30,9 30,2 98% 28,9 94% 1,3 8,7 11,9 11,8 99% 6,9 58% 4,9 23,6 23,6 22,2 94% 12,9 55% 9,3 0,5 0,5 0,4 81% 0,3 59% 0,1 66,4 66,4 64,2 97% 48,7 73% 15,5 E F S A R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 53 I V. A E F S A E N F R E N TA O F U T U R O P R O A C T I VA M E N T E 54 A E F S A E N F R E N TA O F U T U R O P R O A C T I VA M E N T E Embora o seu objectivo primordial seja fornecer uma forte base de provas científicas para alicerçar a protecção dos consumidores e assegurar a segurança da cadeia alimentar, e dos alimentos para animais, europeia, a EFSA é obrigada a trabalhar num mundo cada vez mais complexo. As inovações científicas e tecnológicas, o comércio e as deslocações globais, as alterações climáticas, o envelhecimento da população e as mudanças nas percepções e expectativas dos consumidores, tudo isto tem um impacto no trabalho da EFSA, carecendo de uma permanente avaliação. Visto que a maior parte dos actuais riscos associados aos géneros alimentícios são globais por natureza, é de importância vital que a EFSA assuma um papel mais forte e decisivo no cenário internacional das avaliações de riscos e contribua para o trabalho científico necessário para lidar com riscos globais. Consequentemente, em 2008, a EFSA fez um balanço e olhou em frente. Em Dezembro, o Conselho de Administração da EFSA adoptou um Plano Estratégico para o período 2009-2013, que identificou e analisou os principais pontos de mudança. A Autoridade pôde assim mapear a sua direcção futura, prioridades e organização para o médio e longo prazo. O Plano Estratégico está igualmente na base dos planos de trabalho anuais da EFSA. Assim, em relação a 2009, a EFSA tenciona: • fortificar a sua abordagem integrada, desde o produtor ao consumidor, recorrendo à sua extraordinária competência multidisciplinar; • fortificar a sua capacidade de identificar riscos emergentes; • assegurar uma distribuição efectiva e oportuna de consultas científicas de elevada qualidade; • enriquecer a excelência da sua informação científica através de medidas de garantia de qualidade que incluam auto-análises e análises internas e externas; • impulsionar a sua estratégia de cooperação e trabalho em rede, incluindo a harmonização de abordagens pela UE e a consolidação da recolha de dados ao nível da UE; • aplicar a sua abordagem estratégica às suas actividades internacionais. Contudo, prestar consultas e apreciações científicas excelentes aos gestores de riscos é apenas uma parte, embora essencial, do trabalho da EFSA. Reforçar a credibilidade e crença na EFSA, e no sistema de segurança alimentar da UE, através de uma comunicação efectiva e coerente de riscos, e do diálogo com parceiros e operadores, continuará a ser uma prioridade fundamental em 2009 e daí em diante. Em suma, após o crescimento e desenvolvimento dos anos anteriores, a EFSA é agora uma organização madura e bem preparada para os desafios do futuro. ] E F S A R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 55 ANEXO I — ACTUAL ESQUEMA ORGANIZACIONAL ANEXO I 56 ANEXO I — ACTUAL ESQUEMA ORGANIZACIONAL CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO COMITÉ CIENTÍFICO E FÓRUM CONSULTIVO ESTRATÉGIA & PLANEAMENTO C. Majewski DIRECTORA EXECUTIVA D. Liem AUDITORIA INTERNA Catherine Geslain-Lanéelle D. Caira GABINETE DA DIRECTORA EXECUTIVA E CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO GESTÃO DA QUALIDADE A. Van Impe G. Gizzi ADMINISTRAÇÃO AVALIAÇÃO DE RISCOS Olivier Ramsayer CONTABILIDADE P. Pinhal R. Maijala PROTECÇÃO DE DADOS C. Reunis ASSISTÊNCIA E COOPERAÇÃO CIENTÍFICA H. Deluyker SAÚDE E BEM-ESTAR ANIMAL (AHAW) J. Serratosa Vilageliu ADITIVOS PARA ALIMENTAÇÃO ANIMAL (FEEDAP) C. Roncancio Pena COOPERAÇÃO CIENTÍFICA (SCO) B. Berger METODOLOGIA DA AVALIAÇÃO (AMU) D. Verloo ADITIVOS ALIMENTARES E FONTES DE NUTRIENTES (ANS) H. Kenigswald ORGANISMOS GENETICAMENTE MODIFICADOS (GMO) P. Bergman (ai) RISCOS EMERGENTES (EMRISK) RECOLHA DE DADOS E EXPOSIÇÃO (DATEX) T. Robinson (ai) S. Fabiansson FINANÇAS INFORMÁTICA E OPERACIONAL F. Monnart Filippo Angelucci RECURSOS HUMANOS ASSUNTOS LEGAIS E DE POLÍTICA RISCOS BIOLÓGICOS (BIOHAZ) NUTRIÇÃO (NDA) PESTICIDAS (PRAPeR) ZOONOSES (Recolha de Dados) N. Le Gourierec D. Detken M. Hugas J. Kleiner H. Fontier P. Makela MATERIAIS EM CONTACTO COM GÉNEROS ALIMENTÍCIOS, ENZIMAS, AROMATIZANTES (CEF) A. Feigenbaum FITOSSANIDADE (PLH) E. Ceglarska CONTAMINANTES (CONTAM) PRODUTOS FITOSSANITÁRIOS (PPR) C. Heppner M. Dunier-Thomann COMUNICAÇÕES A.-L. Gassin INFORMAÇÃO PÚBLICA E EVENTOS (PIE) C. Buller GABINETE DE IMPRENSA S. Pagani WEB Y. Gamming Direcção Departamento Secção E F S A R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 57 A N E XO I I — L I S TA D E A C R Ó N I M O S ANEXO II 58 A N E XO I I — L I S TA D E A C R Ó N I M O S ADI dose diária admissível AFC painel científico dos Aditivos Alimentares, Aromatizantes, Auxiliares Tecnológicos e Materiais em Contacto com os Géneros Alimentícios Afssa Agência Francesa de Segurança dos Alimentos AFWGC Grupo de Trabalho Comunicações do Fórum Consultivo AGES Agência para a Saúde e Segurança Alimentar austríaca AHAW painel científico da Saúde e Bem-Estar dos Animais AMR resistentes antimicrobianas AMU Unidade de Metodologias de Avaliação ANS painel científico dos Aditivos Alimentares e Fontes de Nutrientes Adicionados aos Géneros Alimentícios Biohaz painel científico dos Riscos Biológicos BPA Bisfenol A BSE encefalopatia espongiforme bovina BVE Federação das Indústrias Alemãs das Bebidas e do Tabaco CC Comité Científico CCD distúrbio do colapso das colónias CE Comissão Europeia CEF painel dos Materiais em Contacto com os Géneros Alimentícios e das Enzimas, Aromatizantes e Auxiliares Tecnológicos CFRI Instituto de Investigação Alimentar Central húngaro CIBUS Exposição Internacional de Alimentação, Parma Contam painel científico dos Contaminantes da Cadeia Alimentar DATEX Unidade de Exposição e Recolha de Dados DG SANCO Direcção-Geral do Consumidor DI declaração de interesses DRV valor(es) diário(s) de referência ECDC Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças ECHA Agência Europeia dos Produtos Químicos EFSA Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos EMEA Agência Europeia de Medicamentos EMM EMRISK ESCO FAO FEEDAP FGE GM GMO JRC MRL MRSA NDA OIE OMS PCB PLH PPR PRA PRAPeR RASFF SCA SCNT SCO TDI TSE UE controlo dos media na Europa Unidade de Riscos Emergentes cooperação científica europeia Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura painel científico dos Aditivos e Produtos ou Substâncias Utilizados nos Alimentos para Animais avaliações dos grupos de aromatizantes geneticamente modificados organismo(s) geneticamente modificado(s) Centro Comum de Investigação teor(es) máximo(s) de resíduos Staphylococcus Aureus Resistente à Meticilina painel Científico dos Produtos Dietéticos, Nutrição e Alergias Organização Mundial da Saúde Animal Organização Mundial da Saúde bifenilos policlorados painel científico da Fitossanidade painel científico dos Produtos Fitossanitários e seus Resíduos análise do risco de doença Unidade de Análise Interpares da Avaliação de Riscos de Pesticidas sistema de alerta rápido para os géneros alimentícios e alimentos para animais da Comissão Europeia DG Cooperação Científica e Assistência transferência somática de núcleo Unidade de Cooperação Científica dose diária tolerável encefalopatia espongiforme transmissível União Europeia E F S A R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 59 ANEXO III — LISTA DE PARECERES E DOCUMENTOS CIENTÍFICOS PUBLICADOS EM 2008 ANEXO III 60 A N E X O I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 Scientific Committee (SC) Scientific Opinions Scientific Opinion of the Scientific Committee on a request from the European Commission on Food Safety, Animal Health and Welfare and Environmental Impact of Animals derived from Cloning by Somatic Cell Nucleus Transfer (SCNT) and their Offspring and Products Obtained from those Animals. Adopted: 15 July 2008 Guidance Documents Published: 24 July 2008 Draft Guidance document of the Scientific Committee on the “Safety assessment of botanicals and botanical preparations intended for use as ingredients in food supplements”. Adopted: 22 April 2008 – for further testing by the ESCO Working Group on Botanicals Scientific or technical reports Published: 20 June 2008 Safety assessment of botanicals and botanical preparations intended for use as ingredients in food supplements. Report back on comments received during the public consultation and how they have been addressed by the EFSA Scientific Committee. Issued on 10 April 2008 Public comments received during public consultation of EFSA draft scientific opinion on Food Safety, Animal Health and Welfare and Environmental Impact of Animals derived from Cloning by Somatic Cell Nucleus Transfer (SCNT) and their Offspring and Products Obtained from those Animals (compilation). Issued on 24 July 2008 Outcome of Public Consultation on the EFSA Draft Animal Cloning Opinion. Issued on 24 July 2008 Interim Report of the ESCO Working Group on Botanicals and Botanical Preparations. Adopted by the Advisory Forum on 21 November 2008 and by the Scientific Committee on 1 December 2008 ESCO Report prepared by the EFSA Scientific Cooperation Working Group on Fostering Harmonised Risk Assessment Approaches in Member States. Issued on 3 December 2008 E F S A R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 61 Food additives, flavourings, processing aids and materials in contact with food (AFC) Scientific Opinions Vanadium citrate, bismaltolato oxo vanadium and bsiglycinato oxo vanadium added for nutritional purposes to foods for particular nutritional uses and foods (including food supplements) intended for the general population and vanadyl sulphate, vanadium pentoxide and ammonium monovanadate added for nutritional purposes to food supplements Adopted: 29 January 2008 Published: 26 February 2008 Use of lycopene as a food colour Adopted: 30 January 2008 Published: 14 April 2008 18th list of substances for food contact materials Adopted: 31 January 2008 Published: 19 February 2008 Flavouring Group Evaluation 34: One tetrahydroquinoline derivative from chemical group 28 Adopted: 31 January 2008 Published: 27 August 2008 Flavouring Group Evaluation 69: Consideration of aromatic substituted secondary alcohols, ketones and related esters evaluated by JECFA (57th meeting) structurally related to aromatic ketones from chemical group 21 evaluated by EFSA in FGE.16 Adopted: 31 January 2008 Published: 10 November 2008 Flavouring Group Evaluation 76: Consideration of sulphur-containing heterocyclic compounds evaluated by JECFA (59th meeting) structurally related to thiazoles, thiophene, thiazoline and thienyl derivatives from chemical group 29, miscellaneous substances from chemical group 30 evaluated by EFSA in FGE.21 Adopted: 31 January 2008 Published: 25 November 2008 FGE.10 Rev1: Aliphatic primary and secondary saturated and unsaturated alcohols and esters containing an additional oxygenated functional groups and lactones from chemical group 9, 13, and 30 Adopted: 31 January 2008 To be published in 2009 FGE.18 Rev1: Aliphatic, alicyclic and aromatic saturated and unsaturated tertiary alcoholc and esters with esters containing tertiary alcohols. Esters may contain any acid component. From chemical group 6 Adopted: 31 January 2008 62 To be published in 2009 A N E XO I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 A N E X O I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 >>> AFC continued FGE.64 aliphatic acyclic diols, triols, and related agents evaluated by JECFA Adopted: 31 January 2008 To be published in 2009 FGE.45 One tertiary amine from chemical group 28 Adopted: 31 January 2008 To be published in 2009 FGE.74 Simple Aliphatic Sulfides and Thiols evaluated by JECFA Adopted: 31 January 2008 To be published in 2009 FGE.77 Pyridines evaluated by JECFA Adopted: 31 January 2008 To be published in 2009 Opinion on mixed tocopherols, tocotrienol tocopherol and tocotrienols as sources for vitamin E added as a nutritional substance in food supplements Adopted: 22 February 2008 Published: 10 March 2008 Flavouring Group Evaluation 73: Consideration of alicyclic primary alcohols, aldehydes, acids and related esters evaluated by JECFA (59th meeting) structurally related to primary saturated or unsaturated alicyclic alcohol, aldehyde and esters evaluated by EFSA in FGE.12 Adopted: 6 March 2008 Published: 10 November 2008 FGE.46 Ammonia and two ammonium salts from chemical group 30 Adopted: 6 March 2008 To be published in 2009 FGE.78 Hydrocarbons evaluated by JECFA Adopted: 6 March 2008 To be published in 2009 Flavouring Group Evaluation 88: Consideration of Phenol and Phenol Derivatives Adopted: 6 March 2008 Published: 6 November 2008 Asessment of the results of the study by McCann et al. (2007) on the effect of some colours and sodium benzoate on children’s behaviour Adopted: 7 March 2008 Published: 14 March 2008 E F S A R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 63 >>> AFC continued Use of rosemary extracts as a food additive Adopted: 7 March 2008 Published: 12 June 2008 Flavouring Group Evaluation 84: Consideration of Anthranilate derivatives evaluated by JECFA Adopted: 1 April 2008 Published: 6 November 2008 Flavouring Group Evaluation 75: Consideration of tetrahydrofuran derivatives and a furanone derivative evaluated by JECFA (63rd meeting) structurally related to tetrahydrofuran derivatives evaluated by EFSA in FGE.33 Adopted: 1 April 2008 Published: 15 December 2008 Flavouring Group Evaluation 33: Six Tetrahydrofuran Derivatives from Chemical Groups 13, 14, 16 and 26 Adopted: 1 April 2008 Published: 15 December 2008 Flavouring Group Evaluation 25: Aliphatic and aromatic hydrocarbons from chemical group 31 Adopted: 1 April 2008 Published: 16 December 2008 Flavouring Group Evaluation 83: Consideration of 6-keto-1,4-dioxane derivatives substances evaluated by JECFA Adopted: 1 April 2008 Published: 16 December 2008 Flavouring Group Evaluation 80: Consideration of alicyclic, alicyclic-fused and aromatic-fused ring lactones evaluated by JECFA (61st meeting) structurally related to a aromatic lactone evaluated by EFSA in FGE.27 Adopted: 1 April 2008 Published: 16 December 2008 Flavouring Group Evaluation 9, Revision 1: Secondary alicyclic saturated and unsaturated alcohols, ketones and esters containing secondary alicyclic alcohols from chemical groups 8 and 30, and an ester of a phenol carboxylic acid from chemical group 25 Adopted: 1 April 2008 Published: 5 January 2008 FGE.56 - 22 monocyclic and bicyclic secondary alcohols, ketones and related esters evaluated by JECFA Adopted: 01 April 08. 64 To be published in 2009 A N E XO I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 A N E X O I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 >>> AFC continued FGE.60 Eugenol related substances by JECFA Adopted: 1 April 08. To be published in 2009 FGE.32 Phenol derivatives containing ring-alkyl1, ring-alkoxy, and side-chains with an oxygenated functional group (Flavonoids) Adopted: 1 April 08. To be published in 2009 FGE.82 Epoxides evaluated by JECFA Adopted: 1 April 08. To be published in 2009 FGE.04: 2-Ethylhexyl derivatives from chemical group 2 Adopted: 03 April 2008 To be published in 2009 19th list of substances for food contact materials Adopted: 22 April 2008 (by written procedure) Published: 28 April 2008 Opinion on certain bisglycinates as sources of copper, zinc, calcium, magnesium and glycinate nicotinate as source of chromium in foods intended for the general population (including food supplements) and foods for particular nutritional uses Adopted: 22 May 2008 Published: 9 June 2008 Safety of aluminium from dietary intake Adopted: 22 May 2008 Published: 15 July 2008 Camphor in flavourings and other food ingredients with flavouring properties Adopted: 22 May 2008 Published: 30 July 2008 Flavouring Group Evaluation 85: Consideration of miscellaneous nitrogen-containing substances evaluated by JECFA Adopted: 22 May 2008 Published: 22 September 2008 Flavouring Group Evaluation 31: One Epoxide from Chemical Group 32 Adopted: 22 May 2008 Published: 14 November 2008 E F S A R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 65 >>> AFC continued Flavouring Group Evaluation 86: Consideration of aliphatic and aromatic amines and amides evaluated by JECFA Adopted: 22 May 2008 Published: 28 November 2008 Flavouring Group Evaluation 47: Bicyclic secondary alcohols, ketones and related esters from chemical group 8 Adopted: 22 May 2008 Published: 4 December 2008 Flavouring Group Evaluation 87: Consideration of bicyclic secondary alcohols, ketones and related esters evaluated by JECFA (63rd meeting) structurally related to bicyclic secondary alcohols, ketones and related esters evaluated by EFSA in FGE.47 Adopted: 22 May 2008 Published: 16 December 2008 Flavouring Group Evaluation 36: Two triterpene glycosides from the priority list Adopted: 22 May 2008 Published: 18 December 2008 Flavouring Group Evaluation 49: Xanthin alkaloids from the Priority list from chemical group 30 Adopted: 22 May 2008 Published: 5 January 2009 Flavouring Group Evaluation 35: Three quinine salts from the Priority list from chemical group 30 Adopted: 22 May 2008 Published: 5 January 2009 FGE.29 - A : Substance from the Priority list: Vinylbenzene Adopted: 22 May 2008 To be published in 2009 FGE.86 Aliphatic and aromatic amines and amides evaluated by JECFA Adopted: 22 May 2008 To be published in 2009 Safety in use of the treatments for the removal of manganese, iron and arsenic from natural mineral waters by oxyhydroxide media Adopted: 12 June 2008 Published: 16 September 2008 Flavouring Group Evaluation 17, Revision 1: Pyrazine derivatives from chemical group 24 Adopted: 30 June 2008 66 Published: 25 September 2008 A N E XO I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 A N E X O I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 >>> AFC continued Opinion on Pyridoxal 5’-phosphate as a source for vitamin B6 added for nutritional purposes in food supplements Adopted: 8 July 2008 Published: 21 July 2008 Magnesium L-lysinate, calcium L-lysinate, zinc L-lysinate as sources for magnesium, calcium and zinc added for nutritional purposes in food supplements Adopted: 8 July 2008 Published: 21 July 2008 Coumarin in flavourings and other food ingredients with flavouring properties Adopted: 8 July 2008 Published: 7 October 2008 Selenium-enriched yeast as source for selenium added for nutritional purposes in foods for particular nutritional uses and foods (including food supplements) for the general population Adopted: 9 July 2008 Published: 22 July 2008 Toxicokinetics of Bisphenol A Adopted: 9 July 2008 Published: 23 July 2008 Flavouring Group Evaluation 48: Aminoacetophenone from chemical group 33 Adopted: 9 July 2008 Published: 17 September 2008 Flavouring Group Evaluation 44: cis-2-Heptyl-cyclopropanecarboxylic Acid from Chemical Group 30 Adopted: 9 July 2008 Published: 25 September 2008 Flavouring Group Evaluation 38: 3-Butenyl isothiocyanate Adopted: 9 July 2008 Published: 31 October 2008 FGE.66 Furfuryl alcohol and related flavouring agents evaluated by JECFA Adopted: 9 July 2008 To be published in 2009 FGE.218: Alpha, beta-Unsaturated aldehydes and precursors from subgroup 4.2 of FGE.19: Furfural derivatives Adopted: 9 July 2008 To be published in 2009 E F S A R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 67 >>> AFC continued Panel Statement Possibility to assess the safety of nutrient sources added for nutritional purposes in food supplements and the bioavailability of the nutrients from these sources based on the supporting dossiers Adopted: 1 April 2008 Guidance Document Published: 28 April 2008 Guidelines on the submission and preparation of applications for the safety evaluation of recycling processes for plastics intended for food contact Adopted: 22 May 2008 Published: 01 July 2008 Food additives and nutrient sources added to food (ANS) Scientific Opinions Pantethine as source for pantothenic acid added as a nutritional substance in food supplements Adopted: 23 September 2008 Published: 13 November 2008 Calcium sulphate for use as a source of calcium in food supplements Adopted: 24 September 2008 Published: 6 October 2008 Benfotiamine, thiamine monosphate chloride and thiamine pyrophosphate chloride, as sources of vitamin B1 added for nutritional purposes to food supplements Adopted: 24 September 2008 Published: 13 November 2008 5’-deoxyadenosylcobalamin and methylcobalamin as sources for Vitamin B12 added as a nutritional substance in food supplements Adopted: 25 September 2008 Published: 10 October 2008 Calcium L-threonate for use as a source of calcium in food supplements Adopted: 24 October 2008 68 Published: 24 November 2008 A N E XO I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 A N E X O I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 >>> ANS continued Mixture of chromium di- and tri-nicotinate as a source of chromium added for nutritional purposes in food supplements and in foods for particular nutritional uses Adopted: 26 November 2008 Published: 18 December 2008 Sodium monofluorophosphate as a source of fluoride added for nutritional purposes to food supplements Adopted: 27 November 2008 Published: 11 December 2008 , EFSA-Q-2006-295 Magnesium aspartate, potassium aspartate, magnesium potassium aspartate, calcium aspartate, zinc aspartate, and copper aspartate as sources for magnesium, potassium, calcium, zinc, and copper added for nutritional purposes to food supplements Adopted: 27 November 2008 Published: 18 December 2008 Calcium fluoride as a source of fluoride added for nutritional purposes to food supplements Adopted: 27 November 2008 Published: 17 December 2008 Calcium L-methionate, magnesium L-methionate and zinc mono-L-methionine sulphate added for nutritional purposes to food supplements Adopted: 17 December 2008 Panel Statements Published: 29 January 2009 Inability to assess the safety of stannic chloride added for nutritional purposes as a source of tin in food supplements and the bioavailability of tin from this source based on the supporting dossier Adopted: 26 November 2008 Published: 10 December 2008 Inability to assess the safety of a silver hydrosol added for nutritional purposes as a source of silver in food supplements and the bioavailability of silver from this source based on the supporting dossier Adopted: 26 November 2008 Published: 17 December 2008 E F S A R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 69 Food contact materials, enzymes, flavourings and processing aids (CEF) Scientific Opinions 20th list of substances for food contact materials Adopted: 25 September 2008 Published: 9 October 2008 FGE.202 3-Alkylated aliphatic acylic alpha, beta unsaturated aldehydes and precursors with or without additional double-bonds from chemical subgroup 1.1.2 of FGE.19 Adopted: 25 September 2008 To be published in 2009 FGE.201 2-Alkylated aliphatic acylic alpha, beta unsaturated aldehydes and precursors with or without additional double-bonds from chemical subgroup 1.1.2 of FGE.19 Adopted: 25 September 2008 To be published in 2009 21st list of substances for food contact materials Adopted: 27 November 2008 Published: 16 December 2008 FGE.213 Alpha,beta-Unsaturated alicyclic ketones and precursors from chemical subgroup 2.7 of FGE.19 Adopted: 27 November 2008 To be published in 2009 FGE.212 Alpha,beta-Unsaturated alicyclic ketones and precursors from chemical subgroup 2.6 of FGE.19 Adopted: 27 November 2008 To be published in 2009 FGE.203 Alpha,beta-Unsaturated aldehydes and precursors from chemical subgroup 1.1.4 of FGE.19 with two or more conjugated double-bonds and with or without additional non-conjugated double-bonds Adopted: 27 November 2008 To be published in 2009 FGE.216 Alpha,beta-Unsaturated aldehydes and precursors from chemical subgroup 3.3 of FGE.19: 2-Phenyl-2-alkenales Adopted: 27 November 2008 To be published in 2009 FGE.214 Alpha,beta-Unsaturated aldehydes and precursors from chemical subgroup 3.1 of FGE.19: Cinnamyl derivatives Adopted: 27 November 2008 70 To be published in 2009 A N E XO I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 A N E X O I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 >>> Panel Statements CEF continued Genotoxicity Test Strategy for Substances belonging to Subgroups of FGE.19 Adopted: 31 October 2008 Published: 11 December 2008 List of alpha, beta-Unsaturated Aldehydes and Ketones representative of FGE.19 substances for Genotoxicity Testing Adopted: 27 November 2008 EFSA Statement Published: 11 December 2008 Statement of EFSA on a study associating bisphenol A with medical disorders. Prepared by the Unit on food contact materials, enzymes, flavourings and processing aids (CEF) and the Unit on Assessment Methodology (AMU) Adopted: 22 October 2008 Published: 24 October 2008 Animal health and welfare (AHAW) Scientific Opinions Tuberculosis testing in deer Adopted: 31 January 2008 Published: 11 March 2008 Scientific opinion on Avian Influenza Adopted: 07 May 2008 Published: 05 June 2008 Scientific opinion on bluetongue virus Adopted: 19 June 2008 Published: 16 July 2008 Animal welfare aspects of husbandry systems for farmed fish - Atlantic salmon Adopted: 19 June 2008 Published: 10 July 2008 Scientific opinion on risk of bluetongue transmission during transit Adopted: 11 September 2008 Published: 18 November 2008 E F S A R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 71 >>> AHAW continued Request for a scientific opinion on susceptible species with regard to the diseases listed in Annex IV part II to Directive 2006/88/EC Adopted: 11 September 2008 Published: 13 November 2008 Animal welfare aspects of husbandry systems for farmed fish - European eal Adopted: 11 September 2008 Published: 20 October 2008 Animal welfare aspects of husbandry systems for farmed fish - Trout species Adopted: 11 September 2008 Published: 20 October 2008 Animal welfare aspects of husbandry systems for farmed fish - Sea bass and gilthead seabream Adopted: 22 October 2008 Published: 26 November 2008 Animal welfare aspects of husbandry systems for farmed fish - Carp species Adopted: 22 October 2008 Published: 17 December 2008 Animal health safety of fresh meat derived from pigs vaccinated against Classic Swine Fever Adopted: 11 December 2008 Published: 30 January 2009 Control and eradication of Classic Swine Fever in wild boar Adopted: 11 December 2008 Panel Statement Published: 30 January 2009 Statement of the AHAW panel on usage of definitions for “disease”, “susceptible disease” and “vector” and related issues in aquaculture Adopted at the XXXIV plenary meeting - 6-7 May 2008 72 A N E XO I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 A N E X O I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 Biological hazards (BIOHAZ) Scientific Opinions Hydrolysis on farm of dead pigs Adopted:23 January 2008 Published: 05 February 2008 Hydrolysis on farm of dead rabbits Adopted: 23 January 2008 Published: 05 February 2008 Quantitative microbiological risk assessment on Salmonella in meat Adopted: 24 January 2008 Published: 18 February 2008 Assessment of the possible effect of the four antimicrobial treatment substances on the emergence of antimicrobial resistance Adopted: 06 March 2008 Published: 02 April 2008 Consumption of beef tongue Adopted: 17 April 2008 Published: 29 April 2008 Microbiological risk assessment in feedingstuffs for food producing animals Adopted: 05 June 2008 Published: 15 July 2008 Request for an assessment on the risk related to Transmissible Spongiform Encephalopathies (TSEs) from carcasses of ovine and caprine animals below 6 months of age intended for human consumption Adopted: 05 June 2008 Published: 15 July 2008 Foodborne antimicrobial resistance as a biological hazard Adopted: 09 July 2008 Published: 04 August 2008 Overview of methods for source attribution for human cases of foodborne microbiological hazards Adopted: 09 July 2008 Published: 21 July 2008 E F S A R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 73 >>> BIOHAZ continued Risk for human and animal health related to the revision of the BSE monitoring regime in some Member States Adopted: 10 July 2008 Published: 17 July 2008 Further consideration of age-related parameters on the Risk for Human and Animal Health related to the revision of the BSE Monitoring regime in some Member States Adopted: 10 July 2008 Published: 17 July 2008 TSE infectivity in milk products from small ruminants Adopted: 22 October 2008 Published: 06 November 2008 Food Safety aspects of Animal welfare of husbandry systems for farmed fish Adopted: 23 October 2008 Published: 18 December 2008 Maintenance for the QPS list for microorganisms used for feed and food production Adopted: 10 December 2008 Scientific or technical reports Published: 16 December 2008 Scientific and technical support in the interpretation and consideration of certain aspects of the conclusions of the Opinion of 8 March 2007 of the Scientific Panel on Biological Hazards on certain aspects related to the risk of Transmissible Spongiform Encephalopathies (TSEs) in ovine and caprine animals Adopted: 24 January 2008 Published: 13 February 2008 Prospective challenges facing the EFSA Biological Hazards Panel Adopted: 23 October 2008 Other scientific documents Published: 19 December 2008 Addition of nitrites in meat products Published: 10 April 2008 EFSA reply to the European Commission’s request for clarification on the basis of Regulation (EC) 178/2002, Article 30 (4) Published: 25 February 2008 74 A N E XO I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 A N E X O I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 Contaminants in the food chain (CONTAM) Scientific Opinions Cross-contamination of non-target feedingstuffs by decoquinate authorised for use as a feed additive Adopted: 19 February 2008 Published: 21 April 2008 Cross-contamination of non-target feedingstuffs by halofuginone hydrobromide authorised for use as a feed additive Adopted: 19 February 2008 Published: 21 April 2008 Cross-contamination of non-target feedingstuffs by robenidine authorised for use as a feed additive Adopted: 19 February 2008 Published: 21 April 2008 Mercury as undesirable substance in animal feed Adopted: 20 February 2008 Published: 09 April 2008 Cross-contamination of non-target feedingstuffs by nicarbazin authorised for use as a feed additive Adopted: 09 April 2008 Published: 30 April 2008 Tropane alkaloids (from Datura sp.) as undesirable substances in animal feed Adopted: 09 April 2008 Published: 05 August 2008 Cross-contamination of non-target feedingstuffs by diclazuril authorised for use as a feed additive Adopted: 30 May 2008 Published: 30 May 2008 Ricin (from Ricinus communis) as undesirable substances in animal feed Adopted: 10 June 2008 Published: 12 September 2008 Theobromine as undesirable substances in animal feed Adopted: 10 June 2008 Published: 09 September 2008 Gossypol as undesirable substance in animal feed Adopted: 04 December 2008 Published: 28 January 2009 Perfluorooctane sulfonate (PFOS), perfluorooctanoic acid (PFOA) and their salts Adopted: 21 February 2008 Published: 21 July 2008 E F S A R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 75 >>> CONTAM continued Nitrate in vegetables Adopted: 10 April 2008 Published: 05 June 2008 Marine biotoxins in shellfish – Azaspiracid group Adopted: 09 June 2008 Published: 08 October 2008 Polycyclic Aromatic Hydrocarbons in Food Adopted: 09 June 2008 Published: 04 August 2008 Marine biotoxins in shellfish – yessotoxin group Adopted: 02 December 2008 Panel Statements Statement of the Scientific Panel on Contaminants in the Food chain (CONTAM) on a request from the European Commission related to 3-MCPD esters Adopted: 28 March 2008 EFSA Statements To be published in 2009 Published: 31 March 2008 EFSA statement on the contamination of sunflower oil with mineral oil exported from Ukraine Adopted: 28 April 2008 Published: 29 May 2008 Statement of EFSA on risks for public health due to the presence of melamine in infant milk and other milk products in China Adopted: 24 September 2008 Published: 25 September 2008 Statement of EFSA on the risks for public health due to the presence of dioxins in pork from Ireland Adopted: 10 December 2008 76 Published: 10 December 2008 A N E XO I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 A N E X O I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 Additives and products or substances used in animal feed (FEEDAP) Scientific Opinions Safety and efficacy of the product Quantum™ Phytase 5000 L and Quantum™ Phytase 2500 D (6-phytase) as a feed additive for chickens for fattening, laying hens, turkeys for fattening, ducks for fattening and piglets (weaned) Adopted: 30 January 2008 Published: 08 February 2008 Comment: In co-adoption with GMO Safety and efficacy of Mintrex®Mn (Manganese chelate of hydroxy analogue of methionine) as feed additive for all species Adopted: 15 April 2008 Published: 08 May 2008 Safety and efficacy of Mintrex®Zn (Zinc chelate of hydroxy analogue of methionine) as feed additive for all species Adopted: 16 April 2008 Published: 08 May 2008 Safety and efficacy of Mintrex®Cu (Copper chelate of hydroxy analogue of methionine) as feed additive for all species Adopted: 16 April 2008 Published: 08 May 2008 Maximum Residue Limits for Clinacox 0.5% (diclazuril) for turkeys for fattening, chickens for fattening and chickens reared for laying Adopted: 16 April 2008 Published: 28 April 2008 Safety of Clinacox 0.5% (diclazuril) used in rabbits for fattening and breeding Adopted: 16 April 2008 Published: 28 April 2008 Efficacy and safety of L-valine from a modified E.coli K12 for all animal species Adopted: 17 April 2008 Published: 27 May 2008 Comment: In co-adoption with GMO Safety and efficacy of Econase XT P/L as feed additive for chickens for fattening, chickens reared for laying, turkeys for fattening, turkeys reared for breeding and piglets (weaned) Adopted: 21 May 2008 Published: 17 June 2008 Comment: In co-adoption with GMO Withdrawal period for Elancoban® for chickens for fattening, chickens reared for laying and turkeys for fattening Adopted: 18 June 2008 Published: 09 July 2008 E F S A R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 77 >>> FEEDAP continued Withdrawal period for Coxidin® for chickens and turkeys for fattening and re-examination of the provisional Maximum Residue Limit Adopted: 18 June 2008 Published: 09 July 2008 Safety and efficacy of the product Sorbiflore, a preparation of Lactobacillus rhamnosus and Lactobacillus farciminis, as feed additive for piglets Adopted: 15 July 2008 Published: 07 August 2008 Safety and efficacy of Levucell SC20/Levucell SC10ME, a preparation of Saccharomyces cerevisiae, as feed additive for lambs for fattening Adopted: 16 July 2008 Published: 07 August 2008 Safety and efficacy of Ecobiol® (Bacillus amyloliquefaciens) as feed additive for chickens for fattening Adopted: 16 July 2008 Published: 07 August 2008 Proposal for MRLs and withdrawal period for Cycostat®66G for chickens and turkeys for fattening Adopted: 16 September 2008 Published: 03 October 2008 Safety and efficacy of Biosaf Sc47 (Saccharomyces cerevisiae) as feed additive for dairy buffaloes Adopted: 21 October 2008 Published: 03 November 2008 Safety and efficacy of Advastat® (containing 10% acarbose produced by Actinoplanes utahensis CBS 961.70) as feed additive for cattle for fattening and dairy cows Adopted: 22 October 2008 Published: 11 November 2008 Compatibility of the microbial product BioPlus 2B (Bacillus licheniformis and Bacillus subtilis) with lasalocid sodium Adopted: 22 October 2008 Published: 11 November 2008 Compatibility of the microbial product 035 (Bacillus subtilis) with decoquinate and narasin/nicarbazin Adopted: 22 October 2008 Published: 11 November 2008 Safety and efficacy of the product Ronozyme® NP (6-phytase) for chickens for fattening Adopted: 18 November 2008 78 Published: 01 December 2008 A N E XO I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 Comment: In co-adoption with GMO A N E X O I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 >>> FEEDAP continued Safety of L-valine for all animal species Adopted: 18 November 2008 Published: 05 December 2008 Consequences for the consumer of the use of vitamin A in animal nutrition Adopted: 19 November 2008 Published: 02 February 2009 Safety and efficacy of Probiotic LACTINA® (Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus helveticus, Lactobacillus bulgaricus, Lactobacillus lactis, Streptococcus thermophilus, Enterococcus faecium) for chickens for fattening, piglets and pigs Adopted: 09 December 2008 Published: 28 January 2009 Safety and efficacy of Natugrain® TS (endo-1,4-ß-xylanase and endo-1,4-ß-glucanase) as a feed additive for piglets (weaned), chickens for fattening, laying hens, turkeys for fattening and ducks Adopted: 09 December 2008 Published: 17 December 2008 Comment: In co-adoption with GMO Safety and efficacy of Toyocerin® (Bacillus cereus var. toyoi) as feed additive for rabbit breeding does Adopted: 09 December 2008 Published: Under proof-reading. Safety and efficacy of Phyzyme XP 10000 (TPT/L), 6-phytase, as feed additive for chickens for fattening, laying hens, ducks for fattening, turkeys for fattening, piglets (weaned), pigs for fattening and sows Adopted: 10 December 2008 Published: 17 December 2008 Functional groups of additives as described in Annex 1 of Regulation (EC) No 1831/2003 Adopted: 11 December 2008 Guidance Documents Published: 16 December 2008 Technical Guidance - Compatibility of zootechnical microbial additives with other additives showing antimicrobial activity Adopted: 05 March 2008 Published: 12 March 2008 Technical Guidance – Update of the criteria used in the assessment of bacterial resistance to antibiotics of human or veterinary importance Adopted: 18 June 2008 Published: 14 July 2008 E F S A R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 79 >>> FEEDAP continued Technical Guidance – Tolerance and efficacy studies in target animals Adopted: 17 July 2008 Published: 23 September 2008 Guidance for the preparation of dossiers for the re-evaluation of certain additives already authorised under Directive 70/524/EEC Adopted: 17 July 2008 Published: 23 September 2008 Guidance for the preparation of dossiers for technological additives Adopted: 16 September 2008 Published: 23 September 2008 Guidance for the preparation of dossiers for sensory additives Adopted: 16 September 2008 Published: 23 September 2008 Guidance for the preparation of dossiers for nutritional additives Adopted: 16 September 2008 Published: 23 September 2008 Guidance for the preparation of dossiers for zootechnical additives Adopted: 16 September 2008 Published: 23 September 2008 Guidance for the preparation of dossiers for coccidiostats and histomonostats Adopted: 16 September 2008 Published: 23 September 2008 Guidance for the preparation of dossiers for additives already authorised for use in food Adopted: 16 September 2008 Published: 23 September 2008 Technical Guidance for establishing the safety of additives for the consumer Adopted: 16 September 2008 Published: 23 September 2008 Technical Guidance – Extrapolation of data from major species to minor species regarding the assessment of additives for use in animal nutrition Adopted: 17 September 2008 Published: 23 September 2008 Technical Guidance – Studies concerning the safety of use of the additive for users/workers Adopted: 17 September 2008 80 Published: 23 September 2008 A N E XO I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 A N E X O I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 >>> FEEDAP continued Technical Guidance – Microbial studies Adopted: 21 October 2008 Published: 21 October 2008 Technical Guidance for assessing the safety of feed additives for the environment Adopted: 22 October 2008 Published: 29 October 2008 Administrative guidance to applicants on the preparation and presentation of applications for authorisation of additives for use in animal nutrition Issued in September 2008 Genetically modified organisms (GMO) Scientific Opinions Opinion on applications (References EFSA-GMO-UK-2005-25 and EFSA-GMO-RX-T45) for the placing on the market of the glufosinate-tolerant genetically modified oilseed rape T45, for food and feed uses, import and processing and for renewal of the authorisation of oilseed rape T45 as existing product, both under Regulation (EC) No 1829/2003 from Bayer CropScience Adopted: 30 January 2008 Published: 5 March 2008 Opinion on a request from the European Commission related to the notification (Reference C/NL/06/01) for the placing on the market of the genetically modified carnation Moonaqua 123.8.12 with a modified colour, for import of cut flowers for ornamental use, under Part C of Directive 2001/18/EC from Florigene Adopted: 12 March 2008 Published: 26 March 2008 Request from the European Commission related to the enzyme preparation of trade name “Danisco Xylanase G/L (endo-1-4-beta-xylanase)” as a feed additive for laying hens and chickens and ducks for fattening Adopted: 21 May 2008 Published: 28 May 2008 E F S A R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 81 >>> GMO continued Request from the European Commission on the non authorised genetically modified event DAS 59132-8 in US maize Adopted: 22 May 2008 Published: 26 May 2008 Opinion on application (Reference EFSA-GMO-NL-2006-36) for the placing on the market of the glyphosatetolerant genetically modified soybean MON89788, for food and feed uses, import and processing under Regulation (EC) No 1829/2003 from Monsanto Adopted: 2 July. Published: 11 July 2008 Request from the European Commission related to the safeguard clause invoked by Hungary on maize MON810 according to Article 23 of Directive 2001/18/EC Adopted: 2 July 2008 Published: 11 July 2008 Request from the European Commission related to the safeguard clause invoked by Greece on maize MON810 according to Article 23 of Directive 2001/18/EC Adopted: 2 July 2008 Published: 11 July 2008 Request from the European Commission related to the safeguard clause invoked by France on maize MON810 according to Article 23 of Directive 2001/18/EC and the emergency measure according to Article 34 of Regulation (EC) No 1829/2003 Adopted: 29 October 2008 Published: 31 October 2008 Request from the European Commission to review scientific studies related to the impact on the environment of the cultivation of maize Bt11 and 1507 Adopted: 29 October 2008 Published: 31 October 2008 Opinion on application (Reference EFSA-GMO-UK-2005-20) for the placing on the market of the insect-resistant and herbicide-tolerant genetically modified maize 59122 x NK603, for food and feed uses, and import and processing under Regulation (EC) No 1829/2003 from Pioneer Hi-Bred International Adopted: 19 November. 82 Published: 1 December 2008 A N E XO I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 A N E X O I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 >>> GMO continued Opinion on application (Reference EFSA-GMO-NL-2007-37) for the placing on the market of the insectresistant genetically modified maize MON89034, for food and feed uses, import and processing under Regulation (EC) No 1829/2003 from Monsanto Adopted: 3 December 2008 Published: 18 December 2008 Request from the European Commission related to the safeguard clause invoked by Austria on maize MON810 and T25 according to Article 23 of Directive 2001/18/EC Adopted: 4 December 2008 Published: 10 December 2008 Efficacy and safety of L-valine from a modified E.coli K12 for all animal species Adopted: 30 January 2008 Published: 27 May 2008 Comment: In co-adoption with FEEDAP Safety and efficacy of the product Quantum™ Phytase 5000 L and Quantum™ Phytase 2500 D (6-phytase) as a feed additive for chickens for fattening, laying hens, turkeys for fattening, ducks for fattening and piglets (weaned) Published: 8 February 2008 Comment: In co-adoption with FEEDAP Safety and efficacy of Econase XT P/L as feed additive for chickens for fattening, chickens reared for laying, turkeys for fattening, turkeys reared for breeding and piglets (weaned) Adopted: 16 April 2008 Published: 17 June 2008 Comment: In co-adoption with FEEDAP Safety and efficacy of the product Ronozyme® NP (6-phytase) for chickens for fattening Adopted: 29 October 2008 Published: 1 December 2008 Comment: In co-adoption with FEEDAP Safety and efficacy of Natugrain® TS (endo-1,4-ß-xylanase and endo-1,4-ß-glucanase) as a feed additive for piglets (weaned), chickens for fattening, laying hens, turkeys for fattening and ducks Adopted: 3 December 2008 Published: 17 December 2008 Comment: In co-adoption with FEEDAP Scientific Opinion of the Panel on Dietetic Products, Nutrition and Allergies on a request from the European Commission on the safety of ‘Ice Structuring Protein (ISP)’ Adopted: 2 July 2008 Published: 8 August 2008 E F S A Comment: In co-adoption with NDA R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 83 >>> GMO continued Panel Statement Statement of the Scientific Panel on Genetically Modified Organisms in response to the request of the European Commission on the need for a 90 day rodent feeding study with genetically modified rice LLRICE62 Adopted: 2 July 2008 Scientific or technical reports Published: 21 July 2008 Safety and Nutritional Assessment of GM Plants and derived food and feed: The role of animal feeding trials Published: 10 March 2008 Dietetic products, nutrition and allergies (NDA) Scientific Opinions The setting of nutrient profiles for foods bearing nutrition and health claims pursuant to Article 4 of the Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 31 January 2008 Published: 26 February 2008 Safety of Synthetic Lycopene Adopted: 10 April 2008 Published: 30 April 2008 Safety of Lycopene oleoresin from tomatoes Adopted: 24 April 2008 Published: 30 April 2008 Safety of synthetic Zeaxanthin as an ingredient in food supplements Adopted: 24 April 2008 Published: 25 June 2008 Safety of Ice Structuring Protein (ISP) Adopted: 09 July 2008 Published: 08 August 2008 Safety of leaves from Morinda citrifolia L. Adopted: 10 July 2008 Published: 11 August 2008 Safety of fungal oil from Mortierella alpina Adopted: 10 July 2008 84 Published: 11 August 2008 A N E XO I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 Comment: In co-adoption with GMO A N E X O I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 >>> NDA continued Scientific substantiation of a health claim related to linolenic acid and linoleic acid and growth and development of children pursuant to Article 14 of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 11 July 2008 Published: 21 August 2008 Scientific substantiation of a health claim related to regulat®.pro.kid IMMUN and immune system of children during growth pursuant to Article 14 of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 11 July 2008 Published: 21 August 2008 Scientific substantiation of a health claim related to plant sterols and lower/reduced blood cholesterol and reduced risk of (coronary) heart disease pursuant to Article 14 of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 11 July 2008 Published: 21 August 2008 Scientific substantiation of a health claim related to “Femarelle®” and “induces bone formation and increases bone mineral density reducing the risk for osteoporosis and other bone disorders” pursuant to Article 14 of the Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 04 August 2008 Published: 21 August 2008 Scientific substantiation of a health claim related to dairy foods and healthy body weight pursuant to Article 14 of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 08 August 2008 Published: 21 August 2008 Scientific substantiation of a health claim pursuant related to dairy products (milk and cheese) and dental health to Article 14 of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 12 August 2008 Published: 21 August 2008 Scientific substantiation of a health claim related to Elancyl Global Silhouette® and “regulation of body composition in people with light to moderate overweight” pursuant to Art. 13(5) of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 12 August 2008 Published: 21 August 2008 Scientific substantiation of a health claim related to NeOpuntia® and improvement of blood lipid parameters associated with cardiovascular risk, especially HDL-cholesterol, pursuant to Art. 14 of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 13 August 2008 Published: 21 August 2008 E F S A R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 85 >>> NDA continued Scientific substantiation of a health claim related to Docosahexaenoic Acid (DHA) and Arachidonic Acid (ARA) and support of the neural development of the brain and eyes pursuant to Article 14 of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 08 September 2008 Published: 25 September 2008 Scientific substantiation of a health claim related to Lactobacillus helveticus fermented Evolus® low-fat milk products and reduction of arterial stiffness pursuant to Article 14 of the Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 02 October 2008 Published: 22 October 2008 Scientific substantiation of a health claim related to regulat®.pro.kid BRAIN and mental and cognitive developments of children pursuant to Article 14 of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 02 October 2008 Published: 22 October 2008 Scientific substantiation of a health claim related to I omega kids®/Pufan 3 kids® and serenity pursuant to Article14 of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 02 October 2008 Published: 22 October 2008 Scientific substantiation of a health claim related to I omega kids®/Pufan 3 kids® and calming pursuant to Article14 of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 02 October 2008 Published: 22 October 2008 Scientific substantiation of a health claim related to I omega kids®/Pufan 3 kids® and vision pursuant to Article 14 of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 02 October 2008 Published: 22 October 2008 Scientific substantiation of a health claim related to vitamin D and bone growth pursuant to Article 14 of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 02 October 2008 Published: 22 October 2008 Scientific substantiation of a health claim related to calcium and vitamin D and bone strength pursuant to Article 14 of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 02 October 2008 86 Published: 22 October 2008 A N E XO I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 A N E X O I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 >>> NDA continued Scientific substantiation of a health claim related to calcium and bone growth pursuant to Article 14 of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 02 October 2008 Published: 22 October 2008 Safety, bioavailability and suitability of lutein for the particular nutritional use by infants and young childrenCategory: Infant Formulae. Adopted: 02 October 2008 Published: 14 November 2008 Scientific substantiation of a health claim related to plant stanol esters and lower/reduced blood cholesterol and reduced risk of (coronary) heart disease pursuant to Article 14 of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 02 October 2008 Published: 31 October 2008 Vitamin K2 added for nutritional purposes in foods for particular nutritional uses, food supplements and foods intended for the general population and Vitamin K2 as a source of vitamin K added for nutritional purposes to foodstuffs, in the context of Regulation (EC) N° 258/97 Adopted: 02 October 2008 Published: 14 November 2008 Scientific substantiation of a health claim related to I omega kids®/Pufan 3 kids® and mental development pursuant to Article14 of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 24 October 2008 Published: 31 October 2008 Scientific substantiation of a health claim related to I omega kids®/Pufan 3 kids® and concentration pursuant to Article14 of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 24 October 2008 Published: 31 October 2008 Scientific substantiation of a health claim related to I omega kids®/Pufan 3 kids® and thinking capacity pursuant to Article14 of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 24 October 2008 Published: 31 October 2008 E F S A R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 87 >>> NDA continued Scientific substantiation of a health claim related to I omega kids®/Pufan 3 kids® and learning ability pursuant to Article14 of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 24 October 2008 Published: 31 October 2008 Scientific substantiation of a health claim related to LACTORAL (a combination of three probiotic strains: Lactobacillus plantarum, Lactobacillus rhamnosus, Bifidobacterium longum) and building of the natural intestinal barrier pursuant to Article 14 of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 28 October 2008 Published: 10 December 2008 Scientific substantiation of a health claim related to LACTORAL (a combination of three probiotic strains: Lactobacillus plantarum, Lactobacillus rhamnosus, Bifidobacterium longum) and maintenance of natural intestinal microflora during travel, pursuant to Article 14 of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 28 October 2008 Published: 10 December 2008 Scientific substantiation of a health claim related to LACTORAL (a combination of three probiotic strains: Lactobacillus plantarum, Lactobacillus rhamnosus, Bifidobacterium longum) and living probiotic bacteria, pursuant to Article 14 of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 28 October 2008 Published: 10 December 2008 Scientific substantiation of a health claim related to LACTORAL (a combination of three probiotic strains: Lactobacillus plantarum, Lactobacillus rhamnosus, Bifidobacterium longum) and normal functioning of the alimentary tract pursuant to Article 14 of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 28 October 2008 Published: 10 December 2008 Scientific substantiation of a health claim related to LACTORAL (a combination of three probiotic strains: Lactobacillus plantarum, Lactobacillus rhamnosus, Bifidobacterium longum) and improvement of the general immunity pursuant to Article 14 of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 28 October 2008 Published: 10 December 2008 Scientific substantiation of a health claim related to LGG® MAX and reduction of gastro-intestinal discomfort pursuant to Article 13(5) of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 30 October 2008 88 Published: 14 November 2008 A N E XO I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 A N E X O I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 >>> NDA continued Scientific substantiation of a health claim related to xylitol chewing gum/pastilles and reduction the risk of tooth decay pursuant to Article 14 of Regulation (EC) No 1924/200 Adopted: 30 October 2008 Published: 14 November 2008 Scientific substantiation of a health claim related to animal protein and bone growth pursuant to Article 14 of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 31 October 2008 Published: 14 November 2008 Scientific substantiation of a health claim related to Efalex® and learning ability pursuant to Article14 of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 04 December 2008 Published: 19 December 2008 Dairy product enriched with milk peptide and magnesium and help to moderate signs of anxiety in mildly stress-sensitive adult pursuant to Article 13(5) of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 04 December 2008 Published: 19 December 2008 Scientific substantiation of a health claim related to Eye q® and brain functions pursuant to Article 14 of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 04 December 2008 Published: 19 December 2008 Scientific substantiation of a health claim related to Eye q baby® and central nervous system development pursuant to Article 14 of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 04 December 2008 Published: 19 December 2008 Scientific substantiation of a health claim related to Efalex® and eye development and function pursuant to Article14 of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 04 December 2008 Published: 19 December 2008 Scientific substantiation of a health claim related to Efalex® and concentration pursuant to Article14 of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 04 December 2008 Published: 19 December 2008 E F S A R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 89 >>> NDA continued Scientific substantiation of a health claim related to Efalex® and brain development and function pursuant to Article14 of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 04 December 2008 Published: 19 December 2008 Scientific substantiation of a health claim related to Eye q® and concentration pursuant to Article 14 of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 04 December 2008 Published: 19 December 2008 Milk product, rich in fibre and protein, and reduction of the sense of hunger pursuant to Article 13(5) of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 04 December 2008 Published: 19 December 2008 Scientific substantiation of a health claim related to Efalex® and coordination pursuant to Article14 of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 04 December 2008 Published: 19 December 2008 Scientific substantiation of a health claim related to Mumomega® and central nervous system development pursuant to Article 14 of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 04 December 2008 Published: 19 December 2008 Safety of Lycopene Cold Water Dispersible Products from Blakeslea trispora Adopted: 04 December 2008 Published: 19 December 2008 Scientific substantiation of a health claim related to black tea from Camellia sinensis and helps to focus attention, pursuant to Article 13(5) of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 04 December 2008 Published: 22 December 2008 Scientific substantiation of a health claim related to dairy fresh cheese and bone growth pursuant to Article 14 of Regulation (EC) No 1924/2006 Adopted: 04 December 2008 90 Published: 15 January 2009 A N E XO I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 A N E X O I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 Plant Health (PLH) Scientific Opinions Pest risk assessment made by France on Hop stunt viroid (HSVd) Adopted: 20 February 2008 Published: 21 May 2008 Pest risk assessment made by France on Citrus exocortis virus (CEVd) Adopted: 20 February 2008 Published: 21 May 2008 Pest risk assessment made by France by Banana bract mosaic virus Adopted: 20 February 2008 Published: 31 March 2008 Pest risk assessment made by France on Ralstonia sp pathogenic agent of banana blood disease Adopted: 21 February 2008 Published: 31 March 2008 Pest risk assessment made by France on Mycosphaerella fijiensis Adopted: 21 February 2008 Published: 31 March 2008 Pest risk assessment made by France on Banana streak virus (BSV) Adopted: 12 March 2008 Published: 31 March 2008 Pest risk assessment made by France on Citrus chlorotic dwarf virus Adopted: 12 March 2008 Published: 21 May 2008 Pest risk assessment made by France on Citrus yellow mosaic virus or Citrus mosaic badnavirus Adopted: 12 March 2008 Published: 21 May 2008 Pest risk assessment made by France on Erionota thrax L Adopted: 12 March 2008 Published: 31 March 2008 Pest risk assessment made by France on Nacoleia octasema Adopted: 12 March 2008 Published: 31 March 2008 Pest risk assessment made by France on Odioporus longicollis Adopted: 12 March 2008 Published: 31 March 2008 E F S A R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 91 >>> PLH continued Pest risk assessment made by France on Ralstonia solanacearum race 2 Adopted: 12 March 2008 Published: 31 March 2008 Pest risk assessment made by France on Xanthomonas campestris pv. Musacearum Adopted: 12 March 2008 Published: 31 March 2008 Pest risk assessment made by France on Aceria sheldoni (Ewing) Adopted: 12 March 2008 Published: 21 May 2008 Pest risk assessment made by France on Brevipalpus californicus, Breviplapus phoenicis and Brevipalpus obovatus (Acari: Tenuipalpidae) Adopted: 12 March 2008 Published: 21 May 2008 Pest risk assessment made by France on Mycosphaerella eumusae Adopted: 12 March 2008 Published: 31 March 2008 Pest risk assessment made by France on Fusarium oxysporum f.sp. cubense Adopted: 12 March 2008 Published: 31 March 2008 Pest risk assessment made by France on Trachysphaera fructigena Adopted: 12 March 2008 Published: 31 March 2008 Pest risk assessment made by France on Phyllosticta musarum (Cooke) van der Aa Adopted: 12 March 2008 Published: 31 March 2008 Pest risk assessment made by France on Banana bunchy top virus (BBTV) Adopted: 12 March 2008 Published: 31 March 2008 Pest risk assessment made by France on Sphaeropsis tumefaciens Hedges Adopted: 13 March 2008 Published: 21 May 2008 Pest risk assessment made by France on Panonychus citri Adopted: 13 March 2008 92 Published: 21 May 2008 A N E XO I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 A N E X O I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 >>> PLH continued Pest risk assessment made by France on Prays citri Adopted: 13 March 2008 Published: 21 May 2008 Pest risk assessment made by France on Prays endocarpa Adopted: 13 March 2008 Published: 21 May 2008 Pest risk assessment made by France on Xanthomonas axonopodis pv.citri Adopted: 13 March 2008 Published: 21 May 2008 Pest risk assessment made by France on Metcalfa pruinosa (Say) Adopted: 24 April 2008 Published: 21 May 2008 Pest risk assessment made by France on Parlatoria ziziphi (Lucas) Adopted: 30 April 2008 Published: 21 May 2008 Pest risk assessment made by France on Mycosphaerella citri Adopted: 30 April 2008 Published: 21 May 2008 Pest risk assessment made by France on Ceratocystis fimbiata Adopted: 30 April 2008 Published: 21 May 2008 Scientific opinion on a pest risk assessment and additional supporting evidence provided by South Africa on Guignardia citricarpa Kiely Adopted: 17 December 2008 Guidance Document Published: 20 January 2009 Development of a Guidance Document on the evaluation of pest risk assessments for phytosanitary measures made by third parties to justify phytosanitary measures under Directive 2000/29/EC Endorsed for public consultation on 18 December 2008 Published for public and stakeholder consultation on 16 January 2009 (deadline 2 March). E F S A R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 93 >>> PLH continued Other scientific outputs Report of 10th EFSA Scientific Colloquium: Pest risk assessment – Science in support of phytosanitary decision making in the European Union Published August 2008 Plant protection products and their residues (PPR) Scientific Opinions Opinion on the evaluation of the suitability of existing methodologies and identification of new approaches to assess cumulative and synergic risks from pesticides to human health with a view to set MRLs. Adopted: 15 April 2008 Published: 30 May 2008 Opinion on the science behind the Guidance Document on risk assessment for birds and mammals Adopted: 17 June 2008 Published: 24 July 2008 Opinion on the developmental neurotoxicology of deltamethrin Adopted: 9 December 2008 Published: 13 January 2009 The usefulness of total concentrations and pore water concentrations of pesticides in soil as metrics for the assessment of ecotoxicological effects. Adopted: 10 December 2008 94 Published: 23 January 2009 A N E XO I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 A N E X O I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 Assessment Methodology (AMU) EFSA Statement Statement of EFSA on a study associating bisphenol A with medical disorders. Prepared by the Unit on food contact materials, enzymes, flavourings and processing aids (CEF) and the Unit on Assessment Methodology (AMU) Adopted: 22 October 2008 Scientific or technical report Published: 24 October 2008 Bee Mortality and Bee Surveillance in Europe - A Report from the Assessment Methodology Unit in Response to Agence Francaise de Securite Sanitaire des Aliments (AFSSA) Adopted: 11 May 2008 Published:11 August 2008 Statistical Report on the study by McCann et al. (2007) on the effect of some colours and sodium benzoate on children’s behaviour Published: 11 March 2008 Data collection and exposure (DATEX) EFSA Statements Statement of EFSA on risks for public health due to the presence of melamine in infant milk and other milk product in China Adopted: 24 September 2008 Published: 25 September 2008 Statement of EFSA on the risks for public health due to the presence of dioxins in pork from Ireland Adopted: 10 December 2008 Guidance Documents Published: 10 December 2008 Guidance Document for the use of the Concise Food Consumption Database in Exposure Assessment Published: 17 March 2008 Scientific or technical report Consumption of Food and Beverages with Added Plant Sterols in the European Union Adopted: 20 February 2008 Published: 4 March 2008 E F S A Updated: 17 March 2009 R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 95 Emerging risks (EMRISK) Scientific or technical report EFSA Emergency Manual Issued: 5 February 2009 Pesticide Risk Assessment Peer Review (PRAPeR) Conclusion regarding the peer review of the pesticide risk assessment of the active substances: 96 Benfluralin Finalised: 3 March 2008 Published: 28 July 2008 Flutolanil Finalised: 3 March 2008 Published: 28 July 2008 Fluazinam Finalised: 26 March 2008 Published: 29 July 2008 Epoxiconazole Finalised: 26 March 2008 Published: 28 July 2008 Bromuconazole Finalised: 26 March 2008 Published: 28 July 2008 Buprofezin Finalised: 3 March 2008 Published: 28 July 2008 Napropamide Finalised: 26 March 2008 Published: 28 July 2008 Tralkoxydim Finalised: 26 March 2008 Published: 28 July 2008 Mepiquat Finalised: 14 April 2008 Published: 28 July 2008 Imidacloprid Finalised: 29 May 2008 Published: 28 July 2008 Fenpropimorph Finalised: 14 April 2008 Published: 29 July 2008 A N E XO I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 A N E X O I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 >>> PRAPeR continued Metazachlor Finalised: 14 April 2008 Published: 29 July 2008 Abamectin Finalised: 29 May 2008 Published: 29 July 2008 Tetraconazole Finalised: 31 July 2008 Published: 16 Oct. 2008 Acetochlor Finalised: 31 July 2008 Published: 16 Oct. 2008 Sulcotrione Finalised: 31 July 2008 Published: 16 Oct. 2008 Flurprimidol Finalised: 31 July 2008 Published: 16 Oct. 2008 Aclonifen Finalised: 31 July 2008 Published: 21 Oct. 2008 Dodemorph Finalised: 17 Sept. 2008 Published: 17 Oct. 2008 Cymoxanil Finalised: 17 Sept. 2008 Published: 17 Oct. 2008 Cyromazine Finalised: 17 Sept. 2008 Published: 21 Oct. 2008 Dimethachlor Finalised: 17 Sept. 2008 Published: 30 Oct. 2008 Tebuconazole Finalised: 25 Sept. 2008 Published: 17 Oct. 2008 Triadimenol Finalised: 25 Sept. 2008 Published: 17 Oct. 2008 Penconazole Finalised: 25 Sept. 2008 Published: 30 Oct. 2008 2,5 dichlorobenzoic acid methylester Finalised: 26 Sept. 2008 Published: 21 Oct. 2008 Bensulfuron Finalised: 26 Sept. 2008 Published: 21 Oct. 2008 Metamitron Finalised: 29 Sept. 2008 Published: 22 Oct. 2008 E F S A R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 97 >>> PRAPeR continued Calcium phosphide Finalised: 29 September 2008 Published: 22 October 2008 Teflubenzuron Finalised: 29 September 2008 Published: 15 January 2009 Aluminium phosphide Finalised: 29 September 2008 Published: 15 January 2009 Zeta-cypermethrin Finalised: 30 September 2008 Published: 15 January 2009 Copper compounds Finalised: 30 September 2008 Published: 22 October 2008 Magnesium phosphide Finalised: 30 September 2008 Published: 15 January 2009 Diphenylamine Finalised: 30 September 2008 Published: 15 January 2009 Fenpyroximate Finalised: 16 October 2008 Published: 30 October 2008 Metam Finalised: 26 November 2008 Published: 15 January 2009 Chlormequat Finalised: 29 September 2008 Published: 25 February 2009 Triflumuron Finalised: 30 September 2008 Published: 6 March 2009 Propaquizafop Finalised: 26 November 2008 Published: 17 March 2009 Chlorsulfuron Finalised: 26 November 2008 Published: 6 March 2009 Published: 9 March 2009 Paraffin oil (CAS 8042-47-5, chain lengths C17-C31) Finalised: 19 December 2008 98 A N E XO I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 A N E X O I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 >>> PRAPeR continued Conclusions finalised but not yet published These conclusions will be published on the EFSA website. Triazoxide Tri-allate Triflusulfuron Lufenuron Tebufenpyrad Bifenthrin Sodium 5-nitroguaiacolate, sodium o-nitrophenolate and sodium p-nitrophenolate Chlorthal-dimethyl Quizalofop-P Etofenprox Ethanol Sulphur 2-phenyphenol Difenacoum Didecyldimethylammonium chloride E F S A R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 99 >>> PRAPeR continued Paraffin oil (CAS 8042-47-5, chain lengths C18-C30) Paraffin oils (CAS 64742-46-7, 72623-86-0 and 97862-82-3) Methomyl Ethephon Reasoned opinions Addendum to the Reasoned Opinion on the potential chronic and acute risk to consumers’ health arising from proposed temporary EU MRLs according to regulation (EC) 396/2005 on maximum residue levels of pesticides in food and feed of plant and animal origin Published: 15 March 2008 Adopted: 15 February 2008 MRLs of concern for the active substances: 100 Methamidophos Published: 27 November 2008 Adopted: 15 September 2008 Fenarimol Published: 27 November 2008 Adopted: 15 September 2008 Carbendazim Published: 27 November 2008 Adopted: 15 September 2008 Fenamiphos Published: 27 November 2008 Adopted: 15 September 2008 Ethephon Published: 27 November 2008 Adopted: 15 September 2008 Procymidone Published: 27 November 2008 Adopted: 15 September 2008 Oxydemeton-methyl Published: 27 November 2008 Adopted: 16 September 2008 A N E XO I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 A N E X O I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 >>> PRAPeR continued Pirimiphos-methyl Published: 27 November 2008 Adopted: 18 September 2008 Vinclozolin Published: 27 November 2008 Adopted: 16 September 2008 Methomyl and thiodicarb Published: 27 November 2008 Adopted: 26 September 2008 Benfuracarb and carbosulfan Published: 27 November 2008 Adopted: 26 September 2008 Dimethoate and omethoate Adopted: 20 October 2008 Azoxystrobin in turnips Published: 27 November 2008 Adopted: 24 November 2008 Fludioxonil in pomegranates Published: 27 November 2008 Adopted: 18 November 2008 Azoxystrobin in passion fruit Published: 18 December 2008 Adopted: 12 December 2008 Teflubenzuron on peppers Published: 17 December 2008 Adopted: 12 December 2008 Trifloxystrobin in passion fruit Published: 22 December 2008 Adopted: 18 December 2008 Fluroxypyr in leeks Published: 22 December 2008 Adopted: 18 December 2008 Thiram in bananas Published: 22 December 2008 Adopted: 16 December 2008 Scientific or technical report Evaluation of the European Union Pesticide Safety Review Process Issued by the working group on the review of the efficiency of the pesticide peer-review process on 27 August 2008 E F S A R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 101 Scientific Cooperation (SCO) Scientific or technical reports ESCO REPORT. Prepared by the EFSA Scientific Cooperation Working Group on Fostering Harmonised Risk Assessment Approaches in Member States. Colloquium Reports EFSA Scientific Colloquium Report 8: Environmental Risk Assessment of Genetically Modified Plants - Challenges and Approaches Issued on 03 December 2008 EFSA Scientific Colloquium Report 9: Nutrient Profiling For Foods Bearing Nutrition and Health Claims EFSA Scientific Colloquium Report 10: Pest risk assessment - Science in support of phytosanitary decision making in the European Community EFSA Scientific Colloquium Report 11: Acrylamide carcinogenicity - New evidence in relation to dietary exposure Zoonoses Data Collection Zoonoses Data Collection Reports Zoonoses country reports 2006 Published: 10 January 08 Report on Evaluation of the Community Reporting system for Food-borne Outbreaks under Directive 2003/99/EC Endorsed: 01 December 2007 Published: 07 March 2008 Report of the Task Force on Zoonoses Data Collection on the Analysis of the baseline survey on the prevalence of Salmonella in turkey flocks, in the EU, 2006-2007 - Part A: Salmonella prevalence estimates Adopted: 28 April 2008 102 Published: 13 May 2008 A N E XO I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 A N E X O I I I — L I S TA D E PA R E C E R E S E D O C U M E N T O S C I E N T Í F I C O S P U B L I C A D O S E M 2 0 0 8 >>> Zoonoses Data Collection continued Report of the Task Force on Zoonoses Data Collection on the Analysis of the baseline survey on the prevalence of Salmonella in slaughter pigs, in the EU, 2006-2007 Part A: Salmonella prevalence estimates Adopted: 30 May 2008 Published: 09 June 2008 Report of Task Force on Zoonoses Data Collection on proposed technical specifications for a coordinated monitoring programme for Salmonella and Campylobacter in broiler meats at retail in the EU Adopted: 29 August 2008 Published: 02 September 2008 Report of the Task Force on Zoonoses Data Collection on the Analysis of the baseline survey on the prevalence of Salmonella in turkey flocks, in the EU, 2006-2007: Part B: factors related to Salmonella flock prevalence and distribution of Salmonella serovars Adopted: 10 October 2008 Published: 28 October 2008 Report of the Task Force on analysis of the baseline survey on the prevalence of Salmonella in slaughter pigs, in the EU, 2006-2007 - Part B: factors associated with Salmonella infection in lymph nodes, Salmonella surface contamination of carcasses, and the distribution of Salmonella serovars Adopted: 14 November 2008 Guidance Documents Published: 22 December 2008 Report from the Task Force on Zoonoses Data Collection including guidance for harmonized monitoring and reporting of antimicrobial resistance in commensal Escherichia coli and Enterococcus spp. from food animals Adopted: 11 March 2008 Published: 03 April 2008 Report of the Task Force on Zoonoses Data Collection Manual for Reporting on Zoonoses, Zoonotic Agents and Antimicrobial Resistance in the framework of Directive 2003/99/EC and of some other pathogenic microbiological agents for information derived from the reporting year 2007 Adopted: 11 March 2008 Published: 03 April 2008. E F S A R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 8 103 104 TM-AB-08-002-PT-C AUTORIDADE EUROPEIA PARA A SEGURANÇA DOS ALIMENTOS RELATÓRIO ANUAL 2008 CD-ROM com publicações científicas da EFSA em 2008 Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos Largo N. Palli 5/A 43100 Parma Itália Tel.: +39 0521036111 Fax: +39 0521036110 www.efsa.europa.eu ISBN 978-92-9199-168-6