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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL, ARQUITETURA E URBANISMO
DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E CONSTRUÇÃO
Análise de parâmetros de implantação de conjuntos
habitacionais de interesse social: ênfase nos aspectos de
sustentabilidade ambiental e da qualidade de vida
Relatório final de projeto de pesquisa FINEP
Processo: 2412/00 Programa de Tecnologia de
Habitação/HABITARE, referente ao período de
19/04/04 – 19/11/04.
Doris C.C.K. Kowaltowski
(coordenadora, [email protected], (19) 3788 2390),
Lucila C. Labaki, Silvia A. Mikami G. Pina, Stelamaris Rolla Bertoli, Regina C.
Ruschel, Edison Favero, Lauro L. Francisco Filho, Vanessa Gomes da Silva
e Daniel de Carvalho Moreira
Campinas –2004
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS
iii
LISTA DE TABELAS
iii
RESUMO
iv
1
INTRODUÇÃO........................................................................................................... 4
2
ETAPAS CUMPRIDAS .............................................................................................. 5
2.1
Avaliação pós-ocupação dos conjuntos habitacionais de iniciativa
pública ...................................................................................................................... 5
2.2
Observações e resultados dos questionários ....................................................... 6
2.3
Análise dos resultados dos questionários........................................................... 16
2.4
Qualidade de vida em conjuntos habitacionais: análise da percepção
ambiental ................................................................................................................ 22
2.5
Diretrizes de implantação e indicadores conhecidos.......................................... 24
2.6
Organização das diretrizes de implantação de conjuntos habitacionais........... 32
3
CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................... 39
4
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 40
LISTA DE FIGURAS
FIG 1. EXEMPLOS DE CASAS UNI-FAMILIARES DOS CONJUNTOS HABITACIONAIS DA
CDHU NO ESTADO DE SÃO PAULO. ...................................................................................................10
FIG 2. CONJUNTOS HABITACIONAIS MULTI-FAMILIARES DA CDHU NO ESTADO DE SÃO
PAULO. ....................................................................................................................................................15
FIG 3. CRIANÇAS, MORADORES DOS CONJUNTOS HABITACIONAIS DA REGIÃO DE
CAMPINAS AVALIAM A SUA MORADIA E DESENHO MAPAS COGNITIVAS DAS ÁREAS
RESIDENCIAIS........................................................................................................................................24
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - DIRETRIZES DE IMPLANTAÇÃO PARA ÁREAS RESIDENCIAIS....................................25
TABELA 2 - MATRIZ DE INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE PARA ASSENTAMENTOS
E VIZINHANÇAS .....................................................................................................................................29
TABELA 3 - CLASSIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS NAS IMEDIAÇÕES DE CONJUNTOS
HABITACIONAIS .....................................................................................................................................33
TABELA 4 - RELAÇÃO DAS EXIGÊNCIAS PARA OS ESPAÇOS DE CONJUNTOS
HABITACIONAIS .....................................................................................................................................34
TABELA 5 - ESTRUTURA DAS DIRETRIZES ........................................................................................35
TABELA 6 - EXEMPLO DA ORGANIZAÇÃO DAS DIRETRIZES PARA CONJUNTOS
HABITACIONAIS, SEGUNDO EXIGÊNCIAS DE CONFORTO ACÚSTICO ..........................................36
ANEXO 1 - DESCRIÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA
ANEXO 2 – QUESTIONÁRIOS APLICADOS
ANEXO 3 – DESENHOS DAS IMPLANTAÇÕES DOS CONJUNTOS HABITACIONAIS AVALIADOS
ANEXO 4 – GRÁFICOS DOS RESULTADOS DA PESQUISA DE CAMPO
ANEXO 5 – DESENHOS DAS CRIANÇAS
ANEXO 6 – MATRIZ DE INDICADORES
ANEXO 7 – EXEMPLO
DA APLICAÇÃO DO MODELO AXIOMÁTICO NA DEFINIÇÃO DA
IMPLANTAÇÃO E PROJETO DE ÁREAS HABITACIONAIS.
RESUMO
O objetivo desse projeto de pesquisa foi estabelecer diretrizes de implantação de
conjuntos habitacionais de interesse social construídos pelo CDHU, Companhia de
Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo. Foi desenvolvida a
avaliação pós-ocupação de cinco conjuntos habitacionais, segundo as tipologias dos
edifícios. O conjunto habitacional típico tem uma densidade razoavelmente baixa,
onde os espaços abertos são mal utilizados e não contribuem para a qualidade da
vizinhança. O modelo de APO considerou cinco por cento das unidades residenciais
em cada conjunto habitacional. A escolha destas unidades foi baseada na
distribuição uniforme em cada implantação e na inclusão de uma residência familiar
por apartamentos em diferentes andares. Tópicos relacionados à qualidade espacial,
morfológica, contextual, visual, perceptiva, social e funcional orientaram a avaliação
pós-ocupação. O estudo resultou em indicadores de qualidade de vida e
estabeleceu diretrizes de implantação, organizadas segundo os níveis e domínios
definidos pelo método de projeto axiomático proposto por SUH (1990).
Palavras-chave: conjuntos habitacionais
implantação, avaliação pós ocupação.
de
interesse
social,
diretrizes
de
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
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4
INTRODUÇÃO
No primeiro período deste projeto de pesquisa (apresentado no Anexo 1) foram
desenvolvidas investigações bibliográficas sobre os vários parâmetros e conceitos que
formam o conteúdo da metodologia de avaliação de projetos de conjuntos habitacionais.
Foram pesquisados os conceitos de sustentabilidade e de qualidade de vida relacionados
especialmente ao ambiente residencial, objeto deste trabalho. Conceitos e aspectos da
implantação de áreas residenciais também foram levantados, inclusive o parcelamento do
solo. As áreas de metodologia de projeto e a avaliação de projetos foram estudadas.
Especial atenção foi dada ao método axiomático de tomada de decisões desenvolvido por
SUH (1998), pela possibilidade de constituir uma base científica de apoio para a criação
da metodologia de avaliação deste projeto de pesquisa. A aplicação desta metodologia
exige definições claras de necessidades do usuário e parâmetros de projeto. A partir da
revisão bibliográfica apresentada no primeiro relatório parcial, foi compilada uma lista de
indicadores de sustentabilidade e de diretrizes de implantação de conjuntos habitacionais.
No segundo relatório a revisão bibliográfica foi ampliada e aprofundada, incluindo
aspectos de psicologia ambiental, morfologia de conjuntos habitacionais, edifícios verdes
e arquitetura bioclimática. Os instrumentos da pesquisa de campo foram apresentados e
os resultados do pré-teste dessa investigação. Diretrizes de implantação para conjuntos
habitacionais foram pesquisadas na bibliografia. A estrutura do banco de dados da
pesquisa de campo deste projeto também foi apresentada.
No terceiro relatório foram apresentados os resultados preliminares da pesquisa de
campo. Foram apresentados diretrizes de implantação baseadas em indicadores
conhecidos e estabelecidos diretrizes para as condições locais.
Neste relatório são apresentados observações finais, os dados da pesquisa de campo e a
sua avaliação, bem como a estrutura de uma metodologia de projeto e avaliação de
conjuntos habitacionais. São introduzidos indicadores de qualidade de vida e de
sustentabilidade e diretrizes dessa metodologia.
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
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ETAPAS CUMPRIDAS
Essa pesquisa avaliou projetos de conjuntos habitacionais de interesse social no estado
de São Paulo, almejando aprimorar projetos futuros. O principal objetivo deste estudo foi
estabelecer diretrizes para uma metodologia de desenvolvimento do projeto de novos
conjuntos e sua avaliação. Este método deve permitir ao projetista antever e desencadear
as discussões sobre a qualidade dos projetos residenciais. A qualidade do projeto de
conjuntos habitacionais é visto aqui como tendo duas frentes: o impacto físico-ambiental
dos grandes projetos de construção e a qualidade de vida que este desenvolvimento
habitacional pode oferecer aos seus usuários. Tanto os indicadores de sustentabilidade
quanto os indicadores de qualidade de vida devem permear os métodos de
desenvolvimento de projeto. A hipótese em que se baseia esta pesquisa foi que, já no
estágio de implantação, um grande número de fatores ambiental é definido de tal forma
que podem interferir na qualidade de vida dos futuros usuários, além de ter impactos nos
aspectos de sustentabilidade.
A meta principal deste estudo foi criar uma sistematização para avaliar os projetos
habitacionais no estado de São Paulo, especialmente na região da cidade de Campinas,
com um milhão de habitantes e distante cerca de 80 km da área metropolitana da cidade
de São Paulo, que conta hoje com mais de 10 milhões de habitantes. Através da
avaliação sistemática, foram determinados conceitos de qualidade de projeto baseados
nesta pesquisa, e que foram inseridos em diretrizes de processo projetivo, influenciando a
qualidade de produção dos novos conjuntos habitacionais.
2.1 Avaliação pós-ocupação dos conjuntos habitacionais de iniciativa pública
O projeto de pesquisa teve início com o estudo de Avaliação Pós-Ocupação (APO) de
projetos da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São
Paulo (CDHU). Esta companhia tem sido o maior empreendedor de habitações públicas
no Estado de São Paulo desde 1986, quando o Brasil interrompeu seu programa nacional
de habitação. Os projetos da CDHU são baseados em princípios projetivos semelhantes
para uma mesma estratificação populacional. Muitos projetos são localizados em
pequenas cidades e, deste modo, não são influenciados por uma grande conglomeração
urbana como a da cidade de São Paulo.
Foram aplicados 107 questionários (apresentados no Anexo 2) em cinco áreas
habitacionais promovidas pelo CDHU, num período de 4 meses, no final de 2003. Todo os
projetos estão localizados na região de Campinas. Os desenhos das implantações dos
Conjuntos habitacionais dessa pesquisa de campo são apresentados no Anexo 3. Foram
entrevistadas 27 famílias na cidade de Campinas, 7 em Atibaia, 14 em Valinhos, 9 em
Itatiba e 48 famílias em Santa Bárbara D’Oeste. A ocupação do conjunto de Campinas
data de 2003 e as outras 4 áreas foram ocupadas em 1996. Dois projetos (Campinas e
Atibaia) seguem o padrão de edifícios com quatro apartamentos por andar e dois outros
projetos (Valinhos e Santa Barbara) são divididos em duas tipologias distintas, com
edifícios de apartamento e unidades uni-familiares em lotes individuais. O conjunto
habitacional de Atibaia é pequeno, com apenas residências uni-familiares em lotes
individuais. O número de questionários aplicados representa cinco por cento das unidades
habitacionais de cada projeto. A seleção das residências foi baseada numa distribuição
uniforme de cada conjunto. A escolha das unidades residenciais ainda procurou uma
representação variada de orientações solares e localização em diferentes andares nos
prédios de apartamentos. A equipe de pesquisadores também desenvolveu avaliações
técnicas das implantações dos conjuntos através de observações em cada vizinhança.
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
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Os moradores entrevistados foram identificados pela idade, profissão, local de nascimento
e escolaridade. Foi questionada a renda mensal da família e foram descritos, nas
entrevistas, quais eram os gastos relacionados à moradia. O questionário permitiu
levantar referências da área urbana, índice de satisfação em relação à área residencial e
à vizinhança próxima. Os parques e instituições locais também foram avaliados (escolas,
sistema de transporte, delegacia de polícia, hospitais ou clínicas e administração do
conjunto habitacional).
As entrevistas com famílias que vivem em apartamento procuravam identificar os
problemas com áreas comuns (estacionamentos, entradas, calçadas, caixas de escada,
depósitos de lixo, botijões de gás, áreas verdes, cercas e grades). Todas as famílias
foram questionadas quanto à identificação dos pontos positivos e negativos das áreas
comuns, serviços e equipamentos. Foi criada uma lista de respostas com itens positivos e
negativos mencionados espontaneamente pela população dessa pesquisa de campo.
Também foi questionado aos moradores sobre a existência de um espírito comunitário,
qual tipo de atividades eram organizadas no centro comunitário local e qual a participação
delas nestas atividades.
Todas as famílias descreveram quais suas idéias de um lar ideal e avaliaram as
qualidades de suas casas e vizinhanças. Também indicaram o período que elas vivem na
casa atual e descreveram quais as alterações introduzidas na residência (ampliações,
modificações, adaptações e acréscimos independentes da casa original para abrigar
outros membros da família). Foi solicitada uma definição da “casa dos sonhos” dos
entrevistados, que foi descrita em termos de tipo, tamanho, local e detalhes. Foram
levantados os hábitos em relação às atividades domésticas comuns e o local onde eram
realizadas. O conceito de sustentabilidade foi relacionado aos hábitos de preservação de
energia elétrica, economia de água e parcimônia no uso do carro. Foram avaliados pelos
usuários aspectos quanto à valorização e conservação da vegetação.
Foi indagado sobre o conceito de qualidade de vida e as questões de conforto ambiental e
psicológico (segurança, proteção física, infiltrações da água da chuva, térmico, acústico,
visual, funcionalidade do espaço físico, problemas com fumaça e odores, assim como
infestação de insetos e animais). Foi solicitado aos entrevistados que enumerassem os
valores estéticos das suas casas e da vizinhança e que descrevessem os detalhes que
contribuíam para o embelezamento urbano. Em relação à companhia habitacional, pediuse que os usuários identificassem problemas com a administração, regras e
regulamentações locais. Finalmente, foram feitas perguntas sobre a implantação dos
conjuntos e sua relação com a densidade habitacional, distância entre as construções,
padrão das ruas e ajustes topográficos.
2.2 Observações e resultados dos questionários
O critério de projeto que prevalece nos modelos da CDHU é baseado na repetição e na
simetria. Poucos dos conceitos qualitativos associados à humanização da arquitetura,
como descrito na literatura dos últimos quarenta anos, foram incorporados na maioria dos
conjuntos habitacionais brasileiros (LYNCH, 1960; JACOBS, 1961; ALEXANDER et al.,
1977; KOWALTOWSKI, 1980). Descrições dos conjuntos habitacionais típicos,
encontrados no Brasil e em especial nas grandes áreas metropolitanas, incluem
elementos de uma arquitetura desumanizada. Estes elementos são: a monumentalidade,
a alta densidade de ocupação, a falta de um paisagismo e de acuidade estética no uso
excessivo de objetos artificiais e preocupação desmedida com a segurança em oposição
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
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à proteção. A monotonia do espaço, das cores e dos detalhes são também elementos
arquitetônicos comuns. Prevalece a falta de manutenção dos edifícios e terrenos.
A implantação dos conjuntos habitacionais estudados é apresentada nos desenhos
esquemáticos do Anexo 3. As observações sobre os projetos habitacionais analisados
neste estudo são melhor exemplificadas pelas imagens apresentadas nas Figuras 1 e 2.
Estas imagens ilustram os projetos de casas unifamiliares em lotes individuais (Figura 1) e
conjuntos com edifícios de apartamentos (Figura 2). A concepção do projeto não foi
alterada nos últimos 10 anos. O único progresso que pode ser observado é que o projeto
mais recente foi inaugurado com um nível mais alto de infra-estrutura urbana.
Atentando para a tipologia residencial unifamiliar, a condição de propriedade do lote dá
início a um processo de rápida transformação da unidade habitacional. Áreas funcionais
específicas são aumentadas, garagens são construídas e o lote é murado, de tal forma
que a construção resultante lembra muito pouco a residência original. Estas
transformações quebram a monótona repetição típica das unidades padronizadas, mas
também representam um desperdício do investimento público. A transformação das
habitações em projetos públicos foi amplamente estudada através da Avaliação PósOcupação (APO), tendo sido demonstrado que os principais motivos destas alterações
estão relacionados à insuficiente funcionalidade dos espaços e aos projetos baseados em
programas arquitetônicos falhos (KOWALTOWSKI & PINA, 1995; TRIPPLE, 2000).
Normalmente, os conjuntos habitacionais no interior do Estado de São Paulo apresentam
uma densidade relativamente baixa, mas não inclui uma infra-estrutura urbana completa,
como calçadas e paisagismo urbano. Os moradores agem por conta própria para
providenciar cercas, garagens e outros elementos necessários à criação de uma definição
de bairro. Alguns dos exemplos da Figura 2 mostram estas iniciativas. Porém, mesmo
com estas iniciativas, um aspecto geral de abandono prevalece, particularmente nas
áreas públicas que podem ser vistas como áreas de ninguém ou áreas que ficaram para
trás.
Com exceção dos projetos mais recentes, nenhum paisagismo foi incluído na implantação
dos conjuntos e nenhuma área de lazer foi providenciada, esperando que os moradores
tomem uma iniciativa por eles mesmos e introduzam estes itens. É também difícil a
manutenção das áreas públicas e espaços livres uma vez que nenhuma infra-estrutura é
oferecida. Os moradores ligam mangueiras d'água, algumas vezes a partir do quarto
andar, para lavar áreas coletivas do edifício e limpar as escadas. A vegetação (árvores),
quando introduzida, é freqüentemente disposta no meio das calçadas estreitas,
dificultando a circulação do pedestre. São observados problemas de implantação no
arranjo das vias, arbitrariamente dispostas sem que seja observada a orientação solar ou
a direção predominante do vento. Em terrenos íngremes a disposição dos edifícios causa
deficiências nas integrações dos espaços. Os platôs horizontais são minimamente
dimensionados segundo o perímetro de cada edifício, sem que haja uma reserva adicional
de espaço livre circundante. Esta condição de implantação apresenta taludes íngremes e
perigosos entre as construções, sendo acrescentadas, sem qualquer planejamento, várias
cercas feitas pelos moradores.
Apenas recentemente, foram incluídas cercas e áreas pavimentadas para o
estacionamento de carros na concepção dos projetos de implantação de conjuntos
habitacionais. No entanto, as soluções podem ser consideradas primitivas. Não existe
qualquer separação entre os acessos de carros e pedestres e também nenhuma
comunicação entre as unidades residenciais e os portões dispostos nas entradas junto a
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
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rua. Esta situação faz com que o acesso de visitantes dependa da chance de encontrar
um morador que possa abrir uma destas entradas.
A privacidade é vista como um outro problema. Os apartamentos no nível térreo são
expostos ao movimento existente em volta dos edifícios, às brincadeiras das crianças e
ao vandalismo e roubo através das janelas abertas. As janelas das salas de estar dos
apartamentos defrontam-se umas com as outras, numa distância de aproximadamente
quatro metros, e o lance da escada coletiva chega diretamente sobre a porta de entrada
do apartamento. Esta caixa de escadas aberta é algumas vezes usada como uma espécie
de terraço, principalmente nos andares mais altos, uma vez que os edifícios de
apartamento não oferecem sacadas, varandas ou jardineiras.
1.1 Casa uni-familiar típica dos conjuntos
habitacionais (Atibaia).
1.2 Outra tipologia de casa unifamiliar (sta.
Bárbara d´Oeste).
1.3 Transformações das casas - reformas e
ampliações (Atibaia).
1.4 Transformação substancial (Atibaia).
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
1.5 Casa totalmente destruída (Valinhos).
1.6 Usufruto da sombra da arborização das
ruas (Valinhos).
1.7 Mesmo em conjuntos mais antigos
(Valinhos) o tratamento das áreas livres é
precário.
1.8 Valinhos – drásticas alterações das
unidades residenciais (estrutura e
acabamento).
1.9 Conjunto Habitacional de Santa Bárbara
d`Oeste – Sem tratamento dos espaços
públicos.
1.10 Sem tratamento dos espaços públicos
(Valinhos).
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Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
1.11 Área pública sem projeto (Valinhos).
1.12 Excesso de pavimentação e pouco
tratamento paisagístico nas áreas públicas
(Valinhos).
Fig 1. Exemplos de casas uni-familiares dos conjuntos habitacionais da CDHU no
Estado de São Paulo.
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Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
2.1 Implantação com tipologias de prédios
iguais criando monotonia em terreno plano
(Santa Bárbara d`Oeste).
2.2 Repetição da tipologia dos demais
conjuntos em terreno íngreme (Valinhos).
2.3 Introdução de muros e cercas pelos
moradores (Santa Bárbara d`Oeste)
2.4 Implantação com grandes desníveis e
platôs mínimos (Itatiba).
2.5 Implantação sem projeto de paisagem
(Santa Bárbara d’Oeste).
2.6 Individualização de construções para
abrigo de carros (St. Bárbara d´Oeste).
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Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
2.7 Individualização das cercas e entradas
(Itatiba)
2.8 Implantação com infra-estrutura de
estacionamento pavimentado e cercas
(Campinas “E”).
2.9 Introdução de construções avulsas para
abrigo de carro e depósitos (Santa Bárbara
d’Oeste)
2.10 Terreno íngreme dificulta a articulação
dos espaços livres (Itatiba).
2.11 Implantação com lixeiras comuns sem
responsabilidade da manutenção (Campinas
“E”)
2.12 Lixo e entulho do CH em áreas não
urbanizadas (Campinas “E”).
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Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
2.13 CH sem projeto de infra-estrutura urbana
com áreas improvisadas para o lixo (Santa
Bárbara d’Oeste).
2.14 Falta de limpeza urbana e projeto de
calçada (Santa Bárbara d’Oeste).
2.15 Introdução de improvisações em áreas
livres (Santa Bárbara d’Oeste)
2.16 Calçada com arborização interferindo
na circulação de pedestres (Campinas “E”).
2.17 Introdução de guia rebaixada para acesso
de portadores dificuldades locomotores
(Campinas “E”).
2.18 Calçadas sem manutenção e em locais
não apropriados (Campinas “E”).
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Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
2.19 Grandes espaços não articulados e sem
vegetação (Campinas “E”).
2.20 Implantação de parque infantil sem o
tratamento adequado (Campinas “E”).
2.21 Centro comunitário com base em projeto
inadequado (Campinas “E”).
2.22 Falta de depósitos obrigam os
moradores a guardar objetos grande longe
do espaço do seu uso (Campinas “E”).
2.23 Como conseqüência de um projeto
inadequado, o lazer infantil acontece nos
pequenos espaços, como as casas de gás.
(Campinas “E”).
2.24 Na ausência de equipamentos urbanos
adequados, as escadas funcionam como
áreas de lazer e convívio. (Campinas “E”).
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Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
2.25 Áreas cercadas e sem uso específico,
remanescentes da delimitação dos perímetros
dos edifícios (Campinas “E”).
2.26 Falta de comércio local aumenta
improviso de serviços entre a população
residente (Campinas “E”).
2.27 Ausência de infra-estrutura para a
manutenção das áreas comuns (Campinas “E”).
2.28. Introdução de abrigo de carro pelos
moradores e oficinas improvisadas
(Valinhos).
2.29 Delimitação das áreas dos edifícios com
alambrados, soluções precárias para as
necessidades e características dos acessos de
veículos e pedestres (Campinas “E”).
2.30 Quando existe, o tratamento
paisagístico é decorrente da iniciativa
particular dos moradores
(Valinhos).
Fig 2. Conjuntos habitacionais multi-familiares da CDHU no Estado de São Paulo.
15
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
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2.3 Análise dos resultados dos questionários
Os dados da pesquisa de campo são apresentados nos gráficos do Anexo 4 desse
relatório. Observa-se (gráficos 1.1.1, 1.1.2 e 1.1.7) que a maior parte dos entrevistados é
do sexo feminino (78%), com idades entre 29 e 48 anos (50%) e com o primeiro grau
completo (57%). Cabe lembrar que a escolha dos entrevistados foi realizada de maneira
aleatória, sendo que a amostra representa 5% das unidades residenciais. No caso dos
prédios foram entrevistados, no mínimo, moradores de um apartamento de cada edifício,
dos 05 conjuntos habitacionais. A renda familiar apresenta-se dividida entre duas
categorias. 43% das famílias indicam uma renda entre R$101 e 500,00 e a segunda
categoria apresenta 40% dos entrevistados com renda entre R$501 e 1000,00. Há,
portanto, dois grupos distintos cujas opiniões poderão ser avaliadas separadamente no
futuro, já que a renda familiar é um fator importante na avaliação da satisfação dessa
população. A renda também deve ser ponderada em função do número de pessoas que
são dependentes desta renda. A renda do primeiro grupo é considerada baixa, uma vez
que a maior parte das famílias informou ter dificuldades em pagar todos os seus impostos
e outras contas e ainda oferecer o mínimo necessário à sobrevivência de seus membros.
Notou-se que havia diferenças significativas entre as famílias moradoras dos conjuntos
observadas também nas características da própria moradia. As transformações das
moradias representam melhorias de acabamento e ampliações da área útil alem da
introdução de construções para abrigar parentes. Nos apartamentos a diferenciação
econômica é visível nas trocas de material de acabamento como pisos e azulejos e na
introdução de cortinas. Dentro de um contexto de dificuldade e economia, é evidente que
algumas famílias pareciam ter conseguido melhores condições de habitação e de vida, do
que outras de um mesmo conjunto.
As perguntas que se referiam à qualidade e à avaliação dos bairros, propunha o
levantamento de marcos e referências dos moradores com relação ao local onde eles
vivem. Observa-se, através do gráfico 1.1.4, que 45% dos entrevistados avaliou o bairro
como bom, e outros 31% o classificaram como satisfatório. Percebe-se que a satisfação
com o bairro não é relacionada com a localização dos CHs, pois a maior parte dos
conjuntos visitados encontra-se em locais distantes do centro, sendo o acesso
relativamente dificultado.
O serviço de transporte, presente nos bairros, foi muito bem avaliado pelos moradores:
57% consideram o transporte bom e 9% muito bom (gráfico 1.4.2). Já a ausência de infraestrutura urbana foi uma questão levantada constantemente pelos moradores, quando
questionados sobre o que falta no bairro para que ele fosse melhor. Um grande número
de entrevistados reivindicavam escolas de melhor qualidade e postos de saúde mais
próximos, além da presença de mais comércio nas imediações, devido às dificuldades
enfrentadas pelos moradores que não possuíam carro para realizar as compras
necessárias.
Ainda com relação ao bairro, em termos de beleza (gráfico 1.1.5), 37% dos entrevistados
avalia como satisfatório o local onde vive e 31% como bom. Neste item houve um
equilíbrio maior entre as possibilidades de resposta, provavelmente devido ao fato de que
a avaliação da “beleza” passa por critérios muito pessoais e subjetivos. Com relação à
existência de espírito comunitário no conjunto habitacional, as opiniões mostram-se
praticamente divididas (gráfico 1.1.6). 49% das pessoas declaram presenciar um espirito
comunitário e 46% ignoram a existência desse espírito. Observamos que muitas vezes o
espaço construído dos conjuntos não favorece a criação de um espírito comunitário. Na
maior parte das soluções de implantação, a interação sócio-cultural entre os moradores
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
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não favorece o sentimento de territorialidade. È importante o sentimento de espírito
comunitário para que os moradores tenham o desejo de melhorar e de conservar o
espaço em que vivem. O que vemos nos conjuntos são áreas comuns sem nenhum
equipamento de lazer que venha a favorecer a sociabilidade das pessoas. As áreas livres
são vistas como “sobras” entre as áreas construídas, dificultando integração efetiva.
A observação em campo dos conjuntos habitacionais indica que as áreas comuns,
embora avaliadas como boas por 27% e satisfatórias por 19% da população (gráfico
1.2.1), ainda carece de equipamentos. O equipamento freqüentemente mencionado como
necessário é de lazer das crianças. Não foram raras as vezes que encontramos crianças
brincando em locais sem as mínimas condições, inclusive de segurança, pois brincavam
nas próprias ruas e sobre os abrigos de gás. A supervisão das crianças é precária, já que
não há creches ou escolas próximas.
70% das pessoas não avaliou as entradas do condomínio (gráfico 1.2.3). Observamos
que na maioria dos CHs. não havia um projeto de acessos e circulação de veículos e
pedestres. Outras vezes os próprios moradores introduziram cercas e portões que eram
motivo de orgulho. No Conjunto Habitacional de Santa Bárbara d´Oeste, por exemplo,
alguns prédios possuíam melhores entradas, com acabamentos diferenciados no muro, o
que, segundo os moradores, havia sido possível devido à boa organização deles próprios.
As escadas (gráficos 1.2.4 e 1.2.5) também não foram avaliadas por muitas pessoas.
Apenas 25% dos entrevistados considerou as escadas boas e 17% satisfatórias. A
responsabilidade pela limpeza das escadas é dos moradores em 37% dos casos e em
48% dos prédios dos apartamentos os síndicos cuidam da limpeza das áreas comuns.
Segundo as observações técnicas, muitas escadas encontravam-se muito mal
conservadas, oferecendo risco aos usuários. Muitos corrimãos são mal fixados e a área
das escadas é utilizada para guardar materiais de dimensões grandes, que dificulta a
circulação, em especial em caso de emergência.
O Centro Comunitário, local que poderia tornar-se um centro de profissionalização e de
integração dos moradores, em muitos casos é pouco explorado. A grande maioria
respondeu saber da existência do centro (72%), mas declarou não utilizá-lo (gráficos 1.2.6
e 1.2.7). Apenas 27% das pessoas declarou que o utiliza. O baixo índice de utilização
deve ter relação com a administração desses centros.
A questão de avaliação das áreas verdes foi respondida por 59% das pessoas (gráficos
1.3.1, 1.3.2, 1.3.3, 1.3.4). 36% dos entrevistados constatam da existência de áreas
verdes, enquanto 35% disseram que essas não existem. Apenas 17% das pessoas
avaliaram as áreas verdes como boas e 23% como ruim. 13% ainda consideram as áreas
muito ruim. A existência de vegetação nas áreas verdes foi afirmada por 34% da
população, mas 47% das pessoas não responderam a pergunta sobre vegetação. Em
muitos conjuntos habitacionais a área verde não existe, ou limita-se a uma grande área
árida. Há também situações onde o plantio e a escolha de espécies de vegetação é feito
de maneira inadequada. Há destruição das calçadas devido às raízes, ou ainda
dificuldade de circulação nestas vias devido ao plantio de árvores ou arbustos no meio da
passagem. O projeto de paisagismo tem de fazer parte do projeto como um todo
(KOWALTOWSKI et al, 2002) e deve levar em conta a vegetação existente e o clima da
região. Sabe-se também que boas áreas livres e verdes também favorecem a interação
das pessoas e melhoram a qualidade do ar das cidades. Em relação ao uso das áreas
verdes apenas 12% das respostas foram positivas e 63% da população não opinou sobre
esse uso. Devem ser observadas as questões relativas ao equilíbrio entre a quantidade
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de área construída e a de área verde do empreendimento. Segundo 37% dos moradores
(gráfico 1.3.5), esta relação é ruim ou para 8% das pessoas muito ruim. Outros 30% dos
entrevistados não responderam.
A maioria dos conjuntos habitacionais pesquisados foi entregue aos moradores com
pouca infra-estrutura urbano. No projeto de implantação consta apenas a localização das
edificações. Faltam calçadas, estacionamentos e tratamento dos limites das quadras. O
fechamento dos conjuntos ou dos lotes é portanto realizado pelos próprios moradores,
mesmo no caso das residências uni-familiares. Na maior parte dos prédios, os próprios
moradores se organizavam para realizar o fechamento, em alambrado ou muros e
portões. Já nas residências uni-familiares e lotes individuais, quase a totalidade optou
pela construção de muros, também com portões. Com estas condições 48% da população
não opinou sobre o fechamento dos conjuntos ou lotes e apenas 24% das pessoas
entrevistadas consideraram o fechamento como bom e 13% como ruim (gráfico 1.4.1).
Procurou-se conhecer através do questionário, as características da moradia anterior ao
apartamento ou casa adquirido nos conjuntos habitacionais estudados, para entender
quais eram as referências que os usuários possuem de habitação. As condições
anteriores podem explicar solicitações ou reclamações referentes à nova moradia
(apartamento ou casa) especialmente com relação à sua tipologia. Como pode-se
observar no gráfico 1.5.1, 73% das pessoas declararam que anteriormente residiam em
habitações térreas. Este pode ser um dos fatores que explicam muitas dificuldades da
população de habitar um espaço coletivo (prédio de apartamento), uma vez que suas
referências de territorialidade e de privacidade eram muito diferentes na situação anterior.
A maioria (78%) das pessoas não possuía imóvel próprio antes de mudar-se para um
conjunto habitacional. A moradia anterior é avaliada como muito boa por 22% das
pessoas e boa por 34% (gráfico 1.5.8). Em comparação, a moradia atual é considerada
boa por 55% da população, com 18% afirmando a nova casa ser muito boa e 22% ruim
(gráfico 1.6.3). A satisfação está relacionada com o fato da casa ser própria. A avaliação
também inclui que a população entende que tudo que pudesse ser feito para melhorá-la
seria sempre para seu próprio benefício e de sua família. A obtenção da casa própria
representa segurança para as famílias.
A residência anterior (gráficos 1.5.3 até 1.5.8) era, na maior parte das vezes, composta
por 1 ou 2 dormitórios, cozinha, banheiro e sala. 41% dessas casas tinha 2 dormitórios,
Apenas 7% dessas moradias tinha copa, 90% cozinha, 82% sala e 89% banheiro dentro
da casa. Culturalmente, a sala é um espaço que aglutina uma série de atividades. Essas
atividades incluem as questões relativas ao descanso, ao lazer (assistir televisão, jogar
videogame), às relações sociais (é o espaço onde se recebe visita), entre outras. Nas
moradias dos conjuntos habitacionais, isso muitas vezes faz com que o espaço seja
excessivamente pequeno, para a quantidade de móveis que as pessoas nele colocam.
Assim, pode-se observar um espaço de circulação muito reduzido, e disposição dos
móveis nem sempre satisfatório para as suas funções.
A boa avaliação da moradia anterior está relacionada com a sua localização que era
considerada melhor do que o conjunto habitacional onde se mora hoje. Foi destacada a
infra-estrutura disponível nas imediações da casa anterior em bairros mais próximos ao
centro da cidade.
Em relação à alteração da moradia atual, 75% das pessoas afirmou que realizou
modificações na casa ou apartamento e 65% da população pretende ainda realizar novas
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
19
reformas (gráficos 1.5.9 e 1.5.10). Estas observações apontam o desejo de
personalização do espaço, ainda que não seja possível alterar ou ampliar os
apartamentos. As modificações são principalmente voltadas para a melhoria dos
revestimentos, através da colocação de pisos cerâmicos e azulejos nas áreas molhadas.
Também se observa a divisão com parede inteira dos cômodos da cozinha e da sala,
quando os apartamentos iniciais propunham divisões em meia parede.
As moradias são ocupadas por pessoas da mesma família em 92% dos casos (até 6
pessoas). Entretanto, existem exceções onde moravam mais de 10 pessoas, que portanto
possuíam muito pouca privacidade dentro da própria habitação (gráficos 1.6.1). 11% das
moradias são ocupadas por famílias pequenas, de apenas duas pessoas. 20% das
famílias têm três membros e 25% são famílias com 4 pessoas.
Em termos de sustentabilidade, pode-se constatar que 42% da população realiza
reciclagem de lixo, 79% procura economizar o consumo de energia elétrica e 81% faz
esforços para reduzir o gasto de água (gráficos 1.7.2 e 1.7.6). Em relação ao lixo destacase que a população procura reciclar as latas de alumínio para conseguir alguma renda
adicional (gráfico 1.7.1), levando em conta que a coleta nestes locais ainda não é
realizada seletivamente. Os próprios moradores fazem a Coleta Seletiva. Em alguns
condomínios os recursos são empregados em benefício comum para a aquisição de
equipamentos de lazer ou serviços. A pesquisa portanto mostra que a população está
propensa a colaborar com campanhas de redução de desperdícios que poderão tornar os
empreendimentos mais sustentáveis.
Quando se trata das questões de poluição e hábitos da população, constata-se que
apenas 35% das pessoas usam a bicicleta e que este uso está relacionado ao lazer e não
como meio de locomoção normal. Isso se deve as grandes distâncias e também a nossa
cultura que não favorece este tipo de transporte. Nenhuma das cidades da região visitada
oferece ciclovias, nem reais possibilidades de utilização das bicicletas, uma vez que
temos um tráfego de automóveis e outros veículos motorizados muito intenso e perigoso.
Desse modo, a poluição do ar aumenta, pois parte das pessoas que possuem carro os
utilizam diariamente, e a outra parte utiliza os meios de transporte públicos, que também
contribuem à poluição (gráficos 1.7.4 e 1.7.5). 27% das famílias nos conjuntos
habitacionais já possui carro próprio. Quando perguntava-se sobre o número de vagas
nos estacionamentos ficou claro que o carro é ainda um bem almejado pela grande
maioria da população. De outro lado a população tem claro o valor da vegetação em
relação à qualidade do ar. 67% das pessoas acreditam no benefício da vegetação em
relação á qualidade de vida em áreas urbanas.
A segurança física é um aspecto muito importante em cidades com índices de
criminalidade elevados. Enquanto que 61% dos usuários entrevistados declararam
sentirem-se seguros dentro de suas unidades residenciais, 65% declaram se sentirem
inseguros acerca dos bairros onde os conjuntos estão localizados (gráficos 1.7.7 e 1.7.8).
Quase sempre nesta questão mencionava-se a problemática do tráfico de drogas como
presente no cotidiano destes cidadãos. È claro que a segurança física e psicológica dos
moradores de um conjunto habitacional depende de muitos fatores: do detalhamento do
projeto e do uso adequado de espaços e equipamentos (KOWALTOWSKI et al,2002). Em
relação a fatores de implantação, sabemos que a segurança equaciona-se, em primeiro
lugar, pelo controle de acesso ao lote. Observamos grandes problemas neste aspecto,
uma vez que, teoricamente apenas os moradores teriam as chaves dos portões e os
abririam apenas para pessoas conhecidas. Entretanto, devido à falta de um sistema de
comunicação entre o interior e o exterior dos edifícios, muitas vezes os portões eram
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
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deixados encostados ou eram abertos a pessoas desconhecidas, sem a necessidade de
identificação. O controle visual pelos moradores de áreas públicas e semi públicas são
importantes para aumentar a segurança. Nas bibliografias internacionais que discutem a
implantação dos projetos arquitetônicos, o fator segurança merece destaque e sugere-se
que deve assumir um caráter defensivo. Recomenda-se que os próprios usuários tenham
a capacidade de controlar o seu ambiente, através da visualização plena de toda a área
(NEWMANN, 1972). A visibilidade da área externa do apartamento ou da rua das casas
foi considerado importante por apenas 29% das pessoas e 51% consideraram boa a
visibilidade da sua moradia específica (gráfico 1.710 e 1.711). Culturalmente existe mais
confiança no muros altos do que o pleno controle pela própria população do seu espaço.
A iluminação das áreas externas é outro fator que auxilia contra roubos e vandalismo.
Assim, 64% dos moradores dos conjuntos habitacionais pesquisados acreditam que a boa
iluminação pública e em áreas comuns nos prédios contribui para melhorar a segurança
dos moradores (gráfico 1.7.9). Alguns moradores mencionaram que as lâmpadas são com
freqüência destruídas, o que seria de interesse dos que praticam a violência (gráfico
1.7.9).
As características do conforto térmico das moradias foram avaliadas pelos moradores
para as estações de verão e inverno. No verão 48% das pessoas avaliam como
desconfortável suas moradias, por serem excessivamente quentes e mal ventiladas, e no
inverno 64% declaram como confortáveis (gráficos 1.8.1 e 1.8.2). Pouco se conhece
sobre possibilidades naturais e simples de melhoria no conforto térmico, especialmente
nos dias mais quentes que ocorrem com maior freqüência em nosso país. Quando
questionadas sobre qual seriam soluções possíveis para melhorias térmicas, poucas
souberam responder ou mencionavam alternativas mecânicas, como ar condicionado ou
ventilador. A orientação adequada das habitações, o espaço entre os volumes edificados,
o projeto paisagístico e o adequado projeto das aberturas são alternativas que poderiam
contribuir para a melhora das moradias do ponto de vista térmico.
A maior parte (52%) das moradias não enfrentam problemas com a chuva (goteiras,
vedação das janelas), como se pode notar no gráfico 1.8.3. Os problemas existentes são
relativos ao destelhamento ou a entrada de água pelas aberturas, com chuvas de vento
muito forte. Por outro lado, muitos (70%) tem problemas com os insetos e outros animais,
devido a proximidade com terrenos baldios ou esgotos a céu aberto (gráfico 1.8.4). A
medida adotada para se proteger desse incomodo é o fechamento das aberturas em
detrimento ás condições ideais de ventilação no calor. Problemas com a instalação das
redes de esgoto também trazem mal cheiro para 52% da população (gráfico 1.9.1). Há
também problemas com a implantação dos conjuntos habitacionais próxima a indústrias
como de fabricação de sabão. Em outro caso a proximidade de plantações de cana de
açúcar foi indicada como a causa de grande desconforto em relação a cheiros. Deve-se
lembrar também que a região dessa pesquisa pertence ao clima tropical onde a
proliferação de insetos é comum e a literatura recomenda a colocação de telas nas
aberturas, especialmente para o aproveitamento do resfriamento noturno e das brisas
naturais.
O barulho representa um incômodo para 53% dos entrevistados. Principalmente sons
emitidos por vizinhos causam constrangimento e desconforto acústico (gráfico 1.9.2). O
aspecto da privacidade dos moradores passa a ser invadida pelo barulho da vizinhança,
através de música alta ou mesmo da brincadeira das crianças na área comum. Este é um
problema bastante recorrente nos apartamentos do andar térreo, que poderia ser
solucionado através da elevação dos mesmos com projeto de implantação em desnível.
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
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A poeira também incomoda os moradores (gráfico 1.9.3). 59% das pessoas reclamam
desse incômodo. As causas mais freqüentemente citadas são queima de cana nos
arredores ou terra suspensa no ar das ruas não asfaltadas. Como medida preventiva, os
moradores declararam que fecham os cômodos da casa, o que compromete o conforto
térmico, já mencionado anteriormente.
Indagando a população sobre detalhes de implantação de conjuntos habitacionais
levantou-se que a beleza externa da moradia foi considerada importante para 81% dos
entrevistados. A beleza do bairro foi considerada importante por 89% das pessoas. A
beleza pode apresentar um aspecto de dignidade ao local para os visitantes (gráficos
1.10.1 e 1.10.2). Como forma de melhorar a aparência externa da moradia, mencionamse a qualidade e o tipo de revestimento aplicado, assim como a existência de jardins. Em
termos urbanos, mencionou-se a existência de praças e ruas mais arborizadas e limpas
nas imediações dos conjuntos habitacionais. Os aspectos de implantação tiveram um alto
índice de questões não respondidas, (algumas questões com índices de mais de 50%).
Da parcela que respondeu, 27% considerou boa a localização do bairro e 31% boa a
localização da sua moradia no conjunto. A distribuição das ruas no conjunto foi
considerada boa por 22% da população mas 55% das pessoas não opinou sobre este
aspecto (gráfico 1.12.3). No entanto, as observações técnicas levantaram sistemas de
ruas bastante confusos e sem propiciar orientação para os visitantes. Talvez por já
conhecerem bem as ruas dos conjuntos, os entrevistados avaliem como adequada a
distribuição realizada e orientem-se pelo hábito (gráficos 1.12.2 a 1.12.4).
A distância entre os prédios foi considerada satisfatória por 38% das pessoas, embora,
em alguns casos, a observação considerou que esta distância não alcançou uma medida
recomendada que visa a privacidade das unidades residenciais. (gráfico 1.12.7). A
densidade foi avaliada como muito boa por 30% dos entrevistados e satisfatória por
outros 30% (gráfico 1.12.5). A topografia do bairro também foi classificada como
satisfatória por 58% das pessoas na maioria dos conjuntos habitacionais. O caso crítico
era o conjunto habitacional de Itatiba, projetado com desníveis muito grandes e com
taludes perigosos.
Quando questionado sobre o tipo de disposição das ruas e dos níveis de densidade
habitacional, muitas famílias acreditam que os responsáveis pelos conjuntos deveriam ter
planejado melhor a disposição da área de tal forma que se pudesse incluir um número
maior de residências. Assim, um maior número de famílias poderia se beneficiar dos
projetos habitacionais públicos. Esta opinião é contrastante com a falta de um espírito
comunitário, identificado por este estudo de APO.
Os moradores foram questionados também para opinar sobre detalhes da administração
dos conjuntos habitacionais. 49% não opinaram sobre este aspecto e 42% das pessoas
declararam que existem normas, ainda que nem sempre elas sejam cumpridas. É
importante levantar que para que as normas sejam efetivas, elas precisam ser
construídas pela comunidade que irá utilizá-las, através de um sistema bastante
democrático. Do contrário, elas tornam-se inúteis pois são raramente obedecidas (gráfico
1.12.1).
A qualidade de vida propriamente dita está associada, para esta população entrevistada,
às questões de caráter social, ou seja, ao emprego, à saúde da família e à propriedade
particular de uma habitação. Apesar disso, 39% da população avaliou como boa a sua
própria qualidade de vida e outros 46% como satisfatória (gráfico 1.11.1).
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
22
Em resumo a avaliação dos conjuntos habitacionais não aponta para detalhes específicos
de problemas e apresenta um quadro geral de satisfação dos moradores. De outro lado,
as observações técnicas demonstram uma qualidade arquitetônica e urbana abaixo do
desejado. Há problemas com a implantação dos conjuntos habitacionais que prejudicam
as questões da sustentabilidade e da qualidade de vida.
A população associa os indicadores de sustentabilidade principalmente aos custos, como
as contas de água e eletricidade. A poluição não é considerada um problema, sendo
almejado um carro particular. A qualidade de vida depende da segurança econômica e
física. As impressões de segurança na vizinhança são ofuscadas por problemas de
drogas e taxas de criminalidade. A população percebe um pequeno número de problemas
na implantação dos conjuntos. A delimitação do território através de cercas e portões
trancados é mencionada por muitas famílias como sendo requisitos importantes, bem
como boas escolas e serviços de saúde. A vegetação é considerada um item importante,
mas poucas famílias plantam árvores em frente às suas casas ou no terreno público. Um
número pequeno intervém de alguma forma nestes espaços públicos. Com isso, não
existem calçadas ou parques em muitos conjuntos.
2.4 Qualidade de vida em conjuntos habitacionais: análise da percepção ambiental
Para o melhor entendimento e análise dos aspectos da psicologia ambiental foi
desenvolvido um trabalho com as crianças, moradoras dos conjuntos habitacionais
avaliados acima. Através de desenhos, apresentados no ANEXO 5, as crianças puderam
expressar suas sensações e percepções sobre o ambiente que habitam. A atividade foi
desenvolvida com crianças do conjunto habitacional Campinas E, imagens dessa
experiências podem ser vistas na Figura 3. Os desenhos, chamados mapas mentais ou
cognitivas na literatura da psicologia ambiental, foram utilizados para o melhor
entendimento das influências dos aspectos da psicologia ambiental na vida dos
moradores de conjuntos habitacionais de Interesse social. Os mapas mentais constituem
um processo para descrição das transformações psicológicas referentes às percepções
individuais, códigos, informações sobre os lugares e atributos do meio ambiente que faz
parte do cotidiano de cada pessoa. O mapa mental ou mapa cognitivo não é
necessariamente um “mapa”, mas sim uma “análise funcional” do ambiente. Estes mapas
envolvem informações sobre o fenômeno espacial do qual a pessoa faz parte. Downs e
Stea (1977) referem-se a mapas cognitivos como sendo registros de processos mentais
por meio dos quais pode-se aprimorar e compreender o mundo ao redor e também como
uma representação pessoal organizada do meio físico. Os mapas cognitivos foram
utilizados nesta pesquisa para que fosse possível uma análise mais detalhada sobre a
influência dos aspectos da psicologia ambiental no cotidiano dos moradores.
É importante considerar as expectativas e a satisfação dos usuários de um conjunto
habitacional, pois é através desses sentimentos que se configura a realização do morador
enquanto usuário. A introdução de melhorias nos conjuntos habitacionais também
depende da contribuição e do engajamento ativo por parte dos moradores no controle e
gestão do condomínio e no diagnóstico de aspectos positivos e negativos. Deve-se
considerar que aspectos de segurança física e psicológica estão intimamente ligados às
sensações de bem-estar de moradores. Atitudes de vandalismo, criminalidade e
alcoolismo devem ser controlados. A individualidade de expressão também faz parte do
bem-estar psicológico. As condições de privacidade devem ser consideradas aspectos
importantes na qualidade de vida de moradores.
Os aspectos psicológicos são relacionados a fatores físicos, como distâncias entre
volumes construtivos e a relação de aberturas de moradias vizinha. A territorialidade tem
a ver com o espírito comunitário e o sentimento de pertencer ao lugar. O caráter estético e
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
23
a extensão de um conjunto habitacional são fatores que influenciam estes sentimentos.
As condições de interação sociocultural com a vizinhança também contribuem para criar o
espírito comunitário. O engajamento em questões ambientais tem se mostrado de grande
importância para a criação destas interações.
Para criar os mapas cognitivos dessa pesquisa pediu-se para que as crianças
representassem a sua moradia e, ao terminar este exercício, foi pedido para que elas
representassem o caminho que fazem para irem de suas casas até a escola. Deste
segundo exercício surgiu o “mapa” propriamente dito com descrições visuais dos
percursos e da vizinhança. Este trabalho foi desenvolvido com crianças devido à
dificuldade que o adulto possui em representar livremente as sensações que o ambiente
lhe proporciona. “Crianças lidam, e com grande prazer, com mapas, que são
representações gráficas do mundo que as cerca. Infelizmente, o mesmo não se dá com
os adultos, que freqüentemente recorrem a uma expressão bastante comum: Desculpe,
mas eu não consigo ler mapas” citaram Downs e Stea (1977).
Várias pesquisas já utilizaram o desenho para a avaliação de conceitos e
comportamentos de crianças. Através da análise destes desenhos pode-se chegar a
conclusões sobre questões como territorialidade, privacidade, percepção da paisagem e
conforto. Analisando os desenhos das crianças dessa pesquisa de campo é interessante
notar que aparecem freqüentemente desejos momentâneos e fortes das crianças. Assim,
podemos constatar que, quando questionadas sobre sua moradia, as crianças na maioria
dos casos representam o telhado de maneira irreal e ilusória.
3.1 Crianças desenhando usam o dreno como mobiliário urbano 3.2:Crianças desenhando usam a laje do deposito de gás como
(mesa e banco)
mesa e suporte para brincadeiras.
3.3. Crianças desenha os mapas cognitivos
3.4. Uso pelas crianças das áreas livres no Conjunto Habitacional
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
3.5 Participação nos desenhos de mapas cognitivos
24
3.6 Crianças sentadas nos drenos durante as atividades.
Fig 3. Crianças, moradores dos Conjuntos Habitacionais da região de Campinas avaliam a sua
moradia e desenho mapas cognitivas das áreas residenciais
Percebe-se então que o símbolo da casa com o telhado de duas ou quatro águas é muito
forte para essas crianças. Essa representação simbólica da casa ocorre, na maioria das
vezes, nos desenhos das crianças mais novas. Por outro lado, as crianças mais velhas, já
representam detalhes reais da sua moradia. A colocação das antenas no alto dos prédios
é muito presente e demonstra uma representação mais critica do ambiente. Também é
marcante a freqüência do desenho de árvores que não existem na realidade. Assim como
foi constatado nos questionários, podemos identificar nos desenhos o desejo das crianças
em possuir maiores áreas de vegetação.
É importante ressaltar que, como observado nos questionários, as crianças também
acreditam ser importante a beleza do bairro e da moradia. Pode-se constatar isto através
das flores, animais, árvores, cores diferentes das originais, cortinas e outros
complementos que são adicionados no desenho da moradia. É simples notar que há o
interesse por parte da criança de que a sua moradia seja bonita.
2.5 Diretrizes de implantação e indicadores conhecidos
Diretrizes de implantação podem ser encontradas na literatura (MARCUS e SARKISSIAN,
1986; MARCUS e FRANCIS, 1998; CROWE, 1991; WEKERLE e WHITZMAN, 1995;
ALTERMAN e CHURCHMAN, 1998). Muitas cidades publicam suas próprias
recomendações e convertem estas diretrizes em leis (REED, 1997 e ADRAC, 2003).
A literatura procura estabelecer diretrizes de implantação para as situações de habitações
de interesse social, abordando inicialmente indicadores de sustentabilidade e de
qualidade de vida, foi definida uma lista de indicadores de sustentabilidade. Esta relação
foi baseada na definição, como descrita pela BRUNDTLAND COMMISSION (1987), de
que os projetistas devem estabelecer condições ambientais que respondam às
necessidades presentes sem comprometer a habilidade das gerações futuras de atender
às suas próprias necessidades. Dados como etapas de desenvolvimento, densidade das
construções, taxas de impermeabilidade e conservação das matérias primas e do solo
deveriam ser consideradas. A disposição urbana, micro-climas e sistemas de tráfego são
outros indicadores de sustentabilidade, na medida em que afetam o consumo de energia
elétrica, os níveis de poluição e os sistemas de infraestrutura (THOMAS, 2003).
A definição dos indicadores adequados de qualidade de vida, relacionados com o
ambiente construído, tem sido objeto de muitas discussões e estudos (FELCE e PERRY,
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
25
1995; FINDLAY et. al., 1988; GOODE, 1993). É grande a variedade de indicadores que
devem ser considerados na relação de decisões tomadas em projetos de arquitetura e de
urbanismo. A satisfação do usuário está ligada aos indicadores de conforto ambiental
(térmico, visual, acústico, aspectos de funcionalidade do espaço e qualidade do ar). O
índice de satisfação também depende das atitudes do indivíduo em relação ao ambiente,
seu conforto psicológico e sua sensação de segurança e proteção (NEWMAN, 1972). Os
indicadores de psicologia ambiental dependem da percepção do espaço enquanto
território por parte do usuário (GIFFORD, 1997). Os sentimentos de posse, de privacidade
e de grupo também são importantes. Os habitantes determinam o todo através da
propriedade individualizada (CARMONA, 2001; PUNTER e CARMONA, 1997; THOMAS,
2003).
Uma variedade de tópicos direcionou uma lista preliminar de indicadores gerais de
qualidade de vida e sustentabilidade para projetos habitacionais públicos. Muitas
diretrizes reconhecidas e encontradas na literatura recente podem ser enumeradas e
divididas de acordo com os tópicos: comunidade e segurança; ruas e sistema viário;
Implantação; Estacionamento; Espaços abertos públicos; Espaços abertos privados;
Paisagismo e Arquitetura (LGC, 2003).
Diretrizes para as condições locais devem levar em conta as recomendações gerais.
Existem muitos parâmetros detalhados de projeto para orientar a definição de conjuntos
habitacionais. Embora muitas destas diretrizes não tenham origem em situações locais
brasileiras, elas são aplicáveis. Afinal, as pessoas têm necessidades básicas e desejos
semelhantes ao redor do mundo. Logicamente, o clima é diferenciado, além da cultura e a
matéria prima disponível, mas estes não deveriam ser motivos para repetir formas
inadequadas de oferecer habitações para uma população específica.
Para dar início ao desenvolvimento de um método de projeto e avaliação para os
conjuntos habitacionais, devem ser estabelecidas diretrizes locais. Uma lista preliminar de
diretrizes deveria ser baseada nos tópicos seguintes:
Para dar início ao desenvolvimento de um método de projeto e avaliação para conjuntos
habitacionais, devem ser estabelecidas diretrizes locais. Uma lista de diretrizes é
apresentada na tabela 1, levando em conta as peculiaridades locais.
Tabela 1 - Diretrizes de implantação para áreas residenciais
Diretrizes gerais
Diretrizes locais
Comunidade e segurança
Determinar dimensões e dispor moradias, mercados, Numa sociedade com altas taxas de criminalidade,
escritórios, escolas, parques e serviços públicos criar uma sensação de segurança. È desejada que a
próximos uns dos outros, de tal forma que possam comunidade/vizinhança esteja confinada ou murada
ser percorridos a pé; Oferecer uma diversidade de para controlar o acesso das pessoas. Mesmo muito
tipologias residenciais, permitindo que grupos de criticado, viver em comunidades muradas é desejo
situações econômicas variadas e de idades comum entre os brasileiros de classe média. A
diferentes possam conviver dentro de seus limites; particularidade dos limites territoriais deve evitar a
Dispor uma área central que ofereça serviços imagem negativa de confinamento e de isolamento
comerciais, públicos e culturais; Encorajar o uso de em relação à vida na cidade, e deve considerar o
todas as áreas – quadras, parques e praças – nos acesso dos visitantes.
períodos diurnos e noturnos através de espaços
agradáveis e iluminados; Criar divisões com limites
bem
definidos,
como
cinturões
agrícolas,
permanentemente protegidos do desenvolvimento e
avanço das outras áreas; Ruas, calçadas e ciclovias
constituindo um sistema interconectado e de rotas
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
26
alternativas e convidativas para todos os lugares; Os
terrenos originais, drenagens naturais e vegetações
das áreas comunitárias devem ser preservados em
conformidade com exemplos observados nas áreas
principais de parques e cinturões verdes; Conservar
os recursos naturais e minimizar o desperdício;
Promover o uso adequado da água através de
drenagens naturais, permeabilidade do solo e
reciclagem; Orientações das ruas, disposição dos
edifícios e o aproveitamento de sombras visando um
uso adequado de energia elétrica; Planejamento de
uso do solo, integrado com uma rede maior de
transporte e sistema viário; Implantar instituições
regionais e serviços públicos (governamentais,
estádios, museus, etc) no núcleo urbano;
Desenvolver um caráter local e uma identidade
comunitária através do uso de materiais regionais e
técnicas construtivas específicos.
Ruas e sistema viário
Estabelecer através de um sistema onde as ruas Dar atenção especial à orientação. O vento sudoeste
tenham um pequeno volume de tráfego, baixa predominante deveria ser aproveitado. As calçadas
velocidade e pouco barulho; prever as alterações de devem ser concluídas na fase de construção. Dispor
mobilidade da população de idade mais avançada boas sombras de árvores sem atrapalhar a
com um projeto apropriado das calçadas; Prever circulação dos pedestres, cadeiras de roda, carrinhos
caminhos e bons acessos aos espaços livres e de bebê, etc. A rede de circulação de pedestres deve
abertos; Avaliar a separação e/ou integração de estar integrada com entradas controladas, sendo
possível a comunicação com as unidades a partir do
zonas diversas para reduzir o uso do carro.
portão.
Implantação
Relacionar o edifício com a rua e, existindo, com as Definir os serviços comuns com a população. Por
áreas adjacentes. Além de reforçar as fachadas junto exemplo, no Brasil as lavanderias não funcionam
à rua; Dispor, sempre que possível, de níveis como serviço comum e devem ser, no mínimo,
privativos de entrada para a unidade individual; incorporadas dentro de cada unidade residencial.
Assegurar-se de que as entradas dos edifícios são Oferecer áreas para varais ao sol, longe do
demarcadas e visíveis; Oferecer para cada unidade movimento dos pedestres e das áreas de recreação
sua própria identificação visual e endereçamento das crianças. Espaços comuns deveriam incluir
individual sempre que possível; Manter padrões de áreas onde as famílias pudessem organizar
recuo; Prover o acesso do pedestre aos serviços churrascos ou festas locais típicas. Estas áreas
adjacentes através de passeios, portões, calçadas, devem dispor de um espaço amplo, plano e aberto,
travessas, etc.; Dispor de serviços comuns em áreas além de serviços simples como uma cozinha e
centrais e ligá-las a espaços abertos comuns; banheiro.
Localizar os edifícios e o paisagismo de tal forma
que maximize a exposição solar durante os meses
frios e controlem esta exposição nos meses quentes;
Aproveitar a ventilação natural, a luz do sol e as
vistas em cada unidade; Localizar o projeto próximo
ao comércio e escolas e dentro de uma distância de
400 a 500 metros de paradas de trem ou ônibus
sempre que possível.
Estacionamento
Dispor áreas de estacionamento nos fundos ou ao Oferecer um espaço para o carro (que é um item
lado do terreno para possibilitar que a maioria das desejado) para cada unidade residencial. Os
unidades residencial fique de frente para a rua; estacionamentos de automóveis devem ser cercados
Construir vários bolsões de estacionamento em vez por questões de segurança e ter o acesso controlado
de uma grande área para estacionar; Plantar árvores e separado das entradas de pedestres. Evitar a
e arbustos para suavizar o impacto das áreas de iniciativa de dispor abrigos individuais para carros, o
estacionamento e para oferecer sombra e redução que causa uma ocupação ineficiente da vaga de
do ruído; Evitar muros de frente para rua em edifícios estacionamento, além de ter uma má aparência.
com áreas de garagem; Se os muros forem Introduzir vegetação para sombrear áreas de
inevitáveis, decorá-los com imagens, expositores, estacionamento (as pessoas preferem andar uma
trepadeiras e materiais de boa qualidade e duráveis; pequena distância quando a vaga para estacionar
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
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Localizar os lotes de estacionamento nas dispõe de uma sombra).
proximidades
das
unidades
residenciais,
favorecendo a vigilância casual; Separar os
caminhos de pedestres e de bicicletas do tráfego de
veículos; Estabelecer áreas livres de trânsito de
veículos para proteção e lazer dos pedestres e de
ciclistas.
Espaços abertos públicos
Projetar espaços livres abertos, como se fossem Evitar sobras de pequenos espaços onde não podem
“cômodos abertos”, e evitar deixá-los iguais aos ser ocupados por um campo plano de futebol ou um
espaços vazios; Prover espaços abertos públicos jardim de recreação com equipamentos simples
balanços,
etc).
Introduzir
onde possam ser realizados jogos, recreação e (escorregadores,
atividades sociais e culturais; Localizar espaços equipamentos e paisagismos na concepção do
abertos públicos de tal forma que possam ser vistos projeto. Sombrear estas áreas é de extrema
das unidades residenciais individuais e, de importância em climas quentes. Facilitar a
preferência, da cozinha, da sala de estar e da sala manutenção.
de jantar; Dispor as áreas de brincadeiras infantis de
forma centralizada, permitindo a supervisão dos
adultos nas unidades residenciais e/ou de um serviço
central; Oferecer um sistema de iluminação
econômico e de uma variedade de fontes, em
intensidades e qualidades apropriadas para a
proteção.
Espaços abertos privados
Prover cada domicílio com algum tipo de espaço Evitar que o espaço seja visto como uma
aberto privado útil e acessível, como um pátio, oportunidade para mais construções. Prover as
varanda, deck, terraço, quintal ou uma fração de habitações multifamiliares com uma pequena área
varanda de entrada ou terraços; Cercar com grades aberta e privativa, com um espaço sombreado, com
as sacadas para permitir privacidade e definir limites, floreiras, e de onde se possa acompanhar as
evitando paredes sólidas que impeçam que as atividades das crianças e se refugiar do calor dos
espaços fechados. Desencorajar a incorporação
crianças pequenas possam olhar para fora.
desta área aos espaços fechados através do projeto
ou da localização.
Paisagismo
Projetar o paisagismo para valorizar a arquitetura e Escolher a vegetação adequada para obter sombra e
definir espaços públicos e privados úteis; Utilizar evitar danos à construção através de uma área
espécies de plantas nativas e resistentes, fáceis de suficiente e reservada para vegetação. Prover uma
aguar e manter; Áreas pavimentadas sombreadas; boa cobertura do terreno para evitar erosão e
Oferecer opções para sentar e ficar nas áreas problemas com lama. Dispor de um leve nivelamento
ajardinadas; Incluir caminhos para receber crianças, das áreas abertas. Oferecer uma boa visibilidade
adultos, bicicletas, skates, carrinhos de compra, das áreas abertas e dos arredores dos edifícios por
caminhadas, animais de estimação, etc.; Prover questões de segurança. A vegetação deve ser de
iluminação apropriada.
fácil manutenção. Calcular o crescimento da
vegetação e as dimensões das árvores adultas no
esquema paisagístico original. Prover faixas de
vegetação e terreno naturais nos padrões das ruas.
Arquitetura
Projetar os edifícios do conjunto habitacional sem Usar projetos padrão de forma inteligente através de
repetir soluções-padrão; A altura geral das estruturas um projeto cuidadoso e que receba acréscimos em
deveria ser próxima daquelas dos edifícios das termos de implantação, paisagismo e uso da cor.
redondezas; Dispor o primeiro piso do edifício em Elevar o nível térreo/primeiro piso meio andar ou
relação à rua de tal forma que esteja sutilmente através de pilotis para favorecer a privacidade e a
elevado para manter a privacidade; Relacionar o segurança. Prover acesso aos deficientes físicos
tamanho e a volumetria do projeto de acordo com os através de elevadores, rampas com inclinações
adequações
das
calçadas
e
edifícios da vizinhança; Eliminar formas de caixote apropriadas,
com a definição de frentes amplas; Tornar a pavimentações sem obstruções. O depósito de lixo
construção
agradável
visualmente
e que incentive a reciclagem deve ser um critério de
arquitetonicamente; Valorizar as vistas e tornar os projeto. Introduzir a participação do usuário no
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
espaços amplos através de grande número de
janelas; Quebrar a fachada dos edifícios horizontais
em pequenos componentes através do uso de
estruturas verticais adjacentes; Certificar-se que o
ritmo, tamanho e proporção das aberturas são
semelhantes aos dos edifícios de boa qualidade na
vizinhança; Utilizar varandas, escadas, balaustradas,
faixas e cortes para valorizar as características do
edifício; Selecionar os materiais e cores do edifício
de tal forma que sejam complementares à área
circundante e tenham um alto nível de conteúdo
reciclável, sempre que possível.
28
processo de projeto para reduzir as alterações
posteriores. As particularidades dos espaços devem
estar de acordo com as atividades domésticas
(prover uma área para mesa e cadeiras na cozinha
ou na sala onde a família possa fazer as refeições e
onde as crianças possam fazer seus deveres de
casa).
A matriz de indicadores de sustentabilidade de assentamentos e vizinhanças foi definida
com base nas diretrizes da tabela 1 e em recomendações de organização, mensuração e
indicadores feitasem diversos trabalhos anteriores, entre eles BEQUEST, 2000;
DETR/HSU 2000; EGBF, 2001e SHARMA, 2003.
A matriz vincular cada categoria e sub-categoria de sustentabilidade a: escala espacial do
impacto, etapa do ciclo de via em que devem ser considerados, medidas de desempenho
apropriadas e nível de desempenho mínimo aceitável. As medidas de desempenho ora
constituem a verificação da adoção de diretrizes de projeto (qualitativas), ora oferecem
possibilidades para quantificação da intensidade desta adoção. Não são estabelecidos
pesos entre os diferentes indicadores/diretrizes. O objetivo é, antes, facilitar que os
participantes no processo identifiquem os pontos em que podem intervir e estabeleçam,
conforme cada contexto, uma estratégia de priorização e um plano de ação
correspondente.
Devido à extensão da matriz completa, apresentada no Anexo 6, a tabela 2 sintetiza as
categorias consideradas, mas detalha apenas os itens Uso do Solo e Aspectos
comunitários (marcados em cinza).
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
Tabela 2 - Matriz de Indicadores de sustentabilidade para assentamentos e vizinhanças
Neste trabalho, não foram considerados aspectos de tamanho e layout, conforto e acessibilidade dentro das unidades
n/a = não aplicável
Categorias/sub-categorias
Escala espacial
Etapa ciclo vida
Medida de desempenho
Energia
n/a análise implantação
Materiais
n/a análise implantação
Nível de desempenho
Vizinhança
Planejamento, projeto
footprint projeto /área terreno
no unidades/hectare
80%, em dois pavimentos (habitação)
> 60 unidades/hectare
Edifício
Planejamento, projeto
m2/ocupante
2.5m 2/ocupante
2 pessoas por quarto
• Reuso/recuperação do sítio
Vizinhança
Planejamento, projeto
% contaminado
% redesenvolvimento
60%
• Uso misto
Vizinhança
Planejamento, projeto,
gestão do patrimônio
Proporção de usos (residencial,
comercial, varejista, lazer,
comunitário)
Conforme necessidade da comunidade, desde que
seja uso misto.
• Integração do sítio ao entorno
Vizinhança
Planejamento, projeto
• Cobertura do solo
Vizinhança
Projeto
Solo
• Intensidade de uso do solo
• Área de solo consumida
footprint dos edifícios
pela
Área total / área construída
Área construída / área verde
• Ecologia
Vizinhança
Projeto
Água
n/a – ref aos edifícios
Cargas ambientais na esfera global
n/a análise implantação
Cargas ambientais na esfera local
Edifício, propriedade, vizinhança, cidade, região
Aspectos ambientais na esfera do
edifício
n/a – ref aos edifícios
• Qualidade do ar interno
n/a – ref aos edifícios
No espécies/ha
Para melhoria radical: x
Para aumento significativo do valor ecológico local: y
29
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
• Saúde no ambiente interno
n/a – ref aos edifícios
• Conforto interno
n/a – ref aos edifícios
Aspectos ambientais na esfera da
propriedade/sítio
• Conforto áreas externas
Aspectos comunitários
• Redução
crime
de
oportunidades
de
• Envolvimento comunitário
• Espaços
qualidade
públicos
de
Vizinhança
Planejamento, projeto,
desenv. empreendimento
Vizinhança
Planejamento, projeto,
construção, desenv.
empreendimento
No reuniões públicas
No participações reuniões realizadas
No pessoas envolvidas
Vizinhança
Planejamento, projeto
% área pública
sistema de gestão implementado
No de tipologias de edificações (e %
de cada um)
No de usos diferentes (e % de cada
um)
boa
Aplicação de princípios de projeto para segurança
(controle visual, iluminação etc)
• Diversidade
Edifício, vizinhança
Planejamento, projeto
• Adaptabilidade
Edifício, vizinhança
Planejamento, projeto,
operação
• Segurança em áreas externas
Vizinhança
Planejamento
No de atividades de risco na área (ex.
postos de gasolina...)
• Facilidade de movimentação
Vizinhança
Projeto, planejamento
% de ruas interconectadas
% de cul-de-sacs
Edifício, vizinhança
Planejamento, projeto,
operação
Km calçadas/Km vias
Km ciclovia/Km vias
Km ciclovia/footprint duchas/ocupante
armazenamento de bicicletas
segregação de vias
Vizinhança, cidade
Planejamento, desenv.
empreendimento
• Facilidade
pedestres
para
ciclistas
• Nível do serviço público
e
Comprimento calçadas (largura adequada) = 2x
comprimento total das vias
Comprimento ciclovia (90 cm) = 2x comprimento total
das vias
1 vaga protegida de chuva para ao menos 80% dos
residentes
30
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
Mínimo
• Vitalidade urbana
Vizinhança, cidade
% propriedades desocupadas
Planejamento, projeto,
nível de criminalidade
desenv. empreendimento usos mistos
acessibilidade (vias interconectadas)
• Mobilidade integrada
Vizinhança, cidade
Planejamento, projeto,
desenv. empreendimento
• Política de transporte
Vizinhança, cidade
Desenv.
empreendimento
Custos
Acessibilidade econômica (custo no ciclo de vida x poder de compra do usuário)
(oportunidades de) Negócios – propiciadas pelos usos mistos
Política de transporte disponível
31
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
32
2.6 Organização das diretrizes de implantação de conjuntos habitacionais
Uma vez reunidos os indicadores de qualidade de vida e as diretrizes de implantação de
conjuntos habitacionais, é necessário estruturar estas informações para que possam ser
utilizadas adequadamente no desenvolvimento e análise de projetos. Cada fonte
apresenta seu conjunto de diretrizes estruturado de forma particular. Estas estruturas, ao
adotarem linguagens diferentes, dificultam a aplicação, compreensão e recuperação das
informações quando usadas concomitantemente. Para cada conjunto é necessário
compreender a lógica da estrutura adotada e as definições que articulam os dados
envolvidos.
No entanto, vários pontos comuns são repetidos nas diferentes organizações de
diretrizes, o que permite estabelecer uma estrutura básica que reúne os indicadores,
diretrizes e exemplos de diversas fontes e bibliografias. É importante estabelecer uma
estrutura deste tipo para permitir a coleta e recuperação das informações pertinentes ao
projeto de implantação de conjuntos habitacionais. Além de tornar os dados acessíveis,
uma estrutura para organização de diretrizes é fundamental para desenvolver qualquer
ferramenta de auxílio ao projeto.
A estrutura aqui apresentada procura oferecer uma forma simples de organização de
dados, e identifica objetivamente os fatores envolvidos na descrição das diretrizes. Com
isso, pretende-se uma sintaxe onde toda diretriz possa ser descrita – através da mesma
estrutura – e que permita reunir os dados e o acesso direto aos mesmos.
Várias recomendações e métodos de projeto apresentam uma hierarquia dos espaços
(urbano e arquitetônico) para ordenar os problemas envolvidos. A estrutura de
indicadores, aqui descrita, considera uma ordem dos espaços, chamado de “níveis
físicos” (PEDRO, 2001) ou de “seqüência” de espaços (ALEXANDER, 1977), que vai das
áreas coletivas e públicas até as áreas privadas e individuais. O projeto de implantação
de conjuntos está entre o espaço mais amplo do bairro e da cidade (onde é inserido) e os
espaços mais definidos e particulares dos edifícios e unidades de habitação que contém.
Exemplo da classificação dos espaços segundo o programa habitacional da vizinhança
próxima são apresentados na tabela 3 (PEDRO, 2001, p. 8):
Para todos estes níveis de espaços existe uma relação de exigências que se repete.
Estas exigências organizam as necessidades do usuário em requisitos objetivos aos quais
os espaços projetados devem responder. Cada espaço atende a um usuário diferente,
conforme o nível físico a que pertence: num momento o usuário é a população de uma
cidade, num outro uma comunidade, moradores de um edifício, uma família, um indivíduo.
Ainda assim, para estes diferentes usuários as exigências são as mesmas: o conforto, a
segurança, a adequação, etc.
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
33
Tabela 3 - Classificação dos espaços nas imediações de conjuntos habitacionais
Lotes
Habitacionais
Equipamentos
coletivos
Indústria
Educação
Culto
Proteção civil
Cultura
Desporto
Comércio e serviços de apoio à
habitação
Turismo e restauração
Transportes e comunicações
Atividades financeiras
Administração pública
Saúde e ação social
Outras atividades
Pequena indústria
Sistema viário
Vias principais
Comércio e serviço
Espaços de circulação
Habitações
Espaços comuns
Usos não habitacionais
Lazer
Parque infantil
Área de jogos
Espaços verdes de
enquadramento
Jardim público
Vias distribuidoras
Vias distribuidoras locais
Vias de acesso local
Acessos de pedestres Passeios
Caminhos
Estacionamento
Via pública
Parque público
Infraestrutura
Água
Distribuição
Drenagem
Energia
Resíduos sólidos
Depósito
Recolha
Exemplo da relação de exigências descritas no programa habitacional da vizinhança
próxima são apresentados na tabela 4 (PEDRO, 2001, p. 19).
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
34
Tabela 4 - Relação das exigências para os espaços de conjuntos habitacionais
Conforto
Acústico
Visual
Qualidade do ar
Higro-térmico
Segurança
Uso normal
Contra incêndio
Contra agressão e roubo
Viária
Adequação
Espaços
Área
Dimensão
Funcionalidade
Articulação
Privacidade
Acesso
Personalização
Apropriação
Adaptação
Economia
Construção
Exploração
Manutenção
Completando a estrutura de organização das diretrizes, também são considerados os
fatores que condicionam as decisões do projetista para satisfazer as exigências de um
determinado espaço. É o conjunto dos fatores que interferem diretamente no projeto dos
conjuntos habitacionais. Estes fatores não podem ser modificados pelo projetista e
tampouco ignorados, uma vez que influem diretamente nas condições do projeto, em
qualquer nível físico e sob diferentes exigências. Devem ser observados continuamente
no decorrer do processo de projeto. Alguns exemplos de condicionantes: meio ambiente,
características do usuário, ambiente urbano e legislação.
Finalmente, uma vez definido o arcabouço principal, as diretrizes podem ser dispostas.
Para isso, são determinados os tipos de diretriz e a maneira como são descritas. As
diretrizes podem ser de dois tipos: o primeiro tipo descreve como o espaço cumpre uma
determinada necessidade do usuário e o segundo tipo especifica como o espaço se
associa com outro espaço e com um conjunto de elementos arquitetônicos e urbanos. O
primeiro tipo de diretriz é chamado aqui de “descritiva” e o segundo tipo é a “física”. Estes
dois tipos são divididos em sub-grupos. A diretriz descritiva pode ser de recomendação ou
de diagnóstico. Já a diretriz física é divida em diretriz física de dimensionamento ou de
arranjo:
a) Diretriz Descritiva de Diagnóstico: descreve um problema ou conceito que precisa
ser solucionado;
b) Diretriz Descritiva de Recomendação: descreve um procedimento, uma ação ou
uma solução de projeto;
c) Diretriz Física de Dimensionamento: apresenta descrições gráficas e quantitativas
para descrição espacial da diretriz;
d) Diretriz Física de Arranjo: descreve associações de elementos para composição
do espaço ou de outros elementos arquitetônicos.
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
35
A diretriz de dimensionamento é apresentada de forma gráfica ou indicando as dimensões
adequadas para os elementos que compõem o espaço a ser projetado segundo sua
aplicação. As demais diretrizes podem ser descritas em uma estrutura de três partes. De
forma geral, a primeira parte indica o que deve ser feito, a segunda parte indica qual o
espaço ou elemento arquitetônico envolvido e a terceira parte descreve em que condição
esta diretriz deve ser considerada ou aplicada. Cada tipo de diretriz responde a estas três
partes da estrutura de maneira diferente, conforme descrito na tabela 5.
Tabela 5 - Estrutura das diretrizes
AÇÃO
Diretriz descritiva de recomendação AGENTE
Diretriz descritiva de diagnóstico
Diretriz física de arranjo
O que deve ser feito?
Com o que?
CONDIÇÃO
Como?
SITUAÇÃO
O que considerar?
AGENTE
Qual a causa?
CONDIÇÃO
Como causa?
FUNÇÃO
Qual o objetivo do arranjo?
AGENTE
Qual o espaço gerado?
CONDIÇÃO
Como arranjar?
Também é possível armazenar exemplos de aplicações das diretrizes, que vão apresentar
uma condição de arranjo espacial. A função e o agente não aparecem no caso do
“exemplo”, mas podem ser identificados na diretriz original (aquela que gerou o exemplo).
Observando o espaço urbano ou arquitetônico descrito, a exigência para este espaço, o
tipo de diretriz e a condicionante para sua aplicação é possível descrever uma
particularidade do espaço e orientar a tomada de decisão em projeto. Com isso, o
processo diminui a ambigüidade, a incerteza e erros de interpretação, valorizando a
clareza, a objetividade e os indicadores de qualidade de vida e sustentabilidade implícitos
nas diretrizes.
Na tabela e apresentada uma aplicação da estrutura de organização descrita, onde foram
reunidas as exigências de projeto para programas habitacionais em Portugal (PEDRO,
2001, p. 20 e 21).
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
36
Tabela 6 - Exemplo da organização das diretrizes para conjuntos habitacionais, segundo exigências
de conforto acústico
Tipo
Diretriz
Texto original
Isolar e afastar
As vizinhanças próximas devem ser
concebidas de modo a proporcionarem um
Recomendação Conjunto habitacional
adequado isolamento e afastamento
1
Das fontes de ruído exteriores e sem fontes relativamente a fontes de ruído exteriores e
de ruído internas.
a ausência de fontes de ruído internas.
Fonte de ruído
Geralmente a principal fonte de ruído
existente nas vizinhanças próximas é o
Vias de transito de automóvel
trânsito automóvel, devendo atender-se a
Tipo de tráfego (ligeiros ou pesados),
que o nível de ruído produzido pode ser
Diagnóstico
velocidade de circulação, intensidade do
influenciado pelo tipo de tráfego (ligeiros ou
2
tráfego e as características técnicas da via pesados), a velocidade de circulação, a
(traçado, inclinação e tipo de pavimento)
intensidade do tráfego e as características
técnicas da via (traçado, inclinação e tipo de
pavimento).
Diagnóstico
3
Fonte de ruído
Espaços de lazer
Utilizados por jovens e crianças
Conceber
Conjunto habitacional
Recomendação
4
Com as fontes de ruído mantidas no seu
perímetro
Uma segunda fonte de ruído, existente nas
vizinhanças próximas, são os espaços de
jogo e recreio, em particular os utilizados
por jovens.
As vizinhanças próximas devem satisfazer
as seguintes exigências de conforto
acústico (Statens Planverk 1972; Prinz
1980; WHO 1988):
1) devem ser concebidas de modo a, tanto
quanto possível, manter as fontes de ruído
no seu perímetro;
2) os edifícios de habitação e os espaços
Afastar
Recomendação
Edifícios de habitação e espaços exteriores exteriores de estar/reunir devem estar
afastados das principais fontes de ruído;
5
Das principais fontes de ruídos
3) nos casos em que a distância entre os
edifícios e as fontes de ruído é insuficinete
Barreiras acústicas: arborização densa,
para garantir o conforto, devem existir
elevações do terreno (taludes), muros,
localização do edifício num plno superior à barreiras acústicas, tais como: arborização
densa; elevações do terreno (taludes);
Recomendação fonte de ruído (semi-enterrar as vias) e
muros ou outro tipo de barreiras acústicas;
interposição de edifícios cortina
6
(especialmente concebidos para isolarem o localização do edifício num plano superior à
fonte de ruído (semi-enterrar as vias); e
ruído)
interposição de edifícios cortina.
Nos casos em que a distância entre os
edifícios e as fontes de ruído é insuficiente
para garantir o conforto.
Isolamento acústico
4) caso sejam utilizados edifícios cortina
podem ser ponderadas as seguintes
Edifício cortina
estratégias para isolamento do ruído:
Arranjo
Edifícios com atividades pouco sensíveis ao
- os edifícios podem destinar-se a
7
ruído (garagens, comércio, etc)
actividades pouco sensíveis ao ruído (por
exemplo, garagens, arrecadações, ou
espaços de comércio)
- os edifícios podem fazer confrontar com as
Isolamento acústico
fontes de ruído compartimentos das
Edifício cortina
Arranjo
habitações pouco sensíveis ao ruído (por
Edifícios que confrontam os compartimentos exemplo, vestíbulo, instalações sanitárias,
8
pouco sensíveis ao ruído (vetíbulos,
arrumos, ou cozinha)
sanitários, etc) com as fontes de barulho
Definir
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
37
Continuação da tabela 6
Isolamento acústico
Arranjo
9
Arranjo
10
Arranjo
11
EXEMPLO
11
Arranjo
12
Arranjo
13
EXEMPLO
13
Edifício cortina
Com a envolvente virada para a fonte de
ruído, o que reduz o ruído exterior no
interior do edifício
Isolamento acústico
Edifício cortina
- envolvente virada para a fonte de ruído
pode ser tecnicamente capaz de reduzir o
ruído exterior para níveis sonoros aceitáveis
no interior do edifício
- o corpo do edifício não deve ser
interrompido
Corpo do edifício não interrompido.
Reduzir a exposição ao ruído
Edifícios
Concentrando as fontes de ruído
5) as fontes de ruído devem estar
concentradas de modo a reduzir as
superfícies atingidas
Reunir as principais vias de circulação,
(por exemplo, conjugar as principais vias de
percursos de transportes públicos e edifícios circulação, os percursos de transportes
não habitacionais.
públicos e os edifícios não habitacionais
com usos geradores de ruído)
Evitar penetração do ruído
Edifícios
Dispondo adequadamente
Evitar reflexão do som
Fachadas dos edifícios
6) a configuração dos edifícios deve evitar a
penetração do ruído nas vizinhanças
próximas, ...
... e evitar a reflexão do som nas fachadas
dos edifícios que formem recintos fechados
Não formar recintos fechados
Evitar pátios abertos para uma rua
(um exemplo negativo é a existência de
pátios abertos para uma rua)
Uma vez reunidas as diretrizes de implantação visando a sustentabilidade ambiental e a
qualidade de vida em conjunto habitacionais e os indicadores correspondentes, é
necessário estruturar estas informações para que possam ser utilizadas adequadamente
no desenvolvimento e análise de projetos.
Para constituir um método de avaliação de projeto para conjuntos habitacionais de
interesse social, o estudo de métodos de projeto nos levou até o chamado “Método
Axiomático” (Axiomatic Design). Este método foi desenvolvido por SUH (1990) para
organizar o processo de projeto em engenharia mecânica. O método é baseado no
seguinte princípio: “tornar o projetista mais criativo, reduzir o processo de pesquisa,
minimizar as tentativas sucessivas e os erros de processo, além de determinar o melhor
projeto entre aqueles propostos”. A teoria desenvolvida por Suh utiliza uma decomposição
do processo de projeto, onde as necessidades dos usuários, CNs (“Customer Needs”), ou
clientes, geram requisitos funcionais, FRs (“Function Requirements”), que são
determinantes dos parâmetros de projeto DPs (“Design Parameters”), estes por sua vez
geram variáveis do processo, PVs (“Process Variables”).
O método axiomático é visto como uma importante contribuição para a inclusão de dados
qualitativos e para estruturar uma grande quantidade de informações para enriquecer o
processo. O procedimento lógico, onde os projetistas avançam passo a passo na tomada
de decisões, também deveria acrescentar coerência ao processo. Enquanto o processo
mental em projeto não é seqüencial, a prática de pensar de maneira estruturada pode
levar a uma maior criatividade (BROADBENT, 1973). A documentação do processo de
decisão dá transparência ao processo de projeto e permite o registro da informação,
evitando conflitos e insatisfações entre os usuários do produto final. Apesar do fato de que
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
38
a subjetividade é inerente ao processo de projeto, um procedimento metodológico é
importante para aumentar as bases científicas do projeto. A inclusão detalhada dos
conceitos dos usuários sobre qualidade no processo projetivo pode gerar uma ligação
direta entre os critérios de projeto e os desejos do usuário, mesmo se não forem
baseados numa definição clara, um a um. (GIFFORD, 1997).
O Anexo 7 apresenta uma aplicação do modelo axiomático na definição da implantação e
projeto de áreas habitacionais este exemplo teve como base o trabalho desenvolvido por
Alexander et. al. (1969) para um projeto de conjunto habitacional no Peru. As questões
principais da implantação de conjunto habitacional foram adaptadas às realidades locais
da região de Campinas para uma aplicação efetiva em novos projetos.
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
3
39
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A introdução sistemática de aspectos diversificados, complexos e multidisciplinares dos
fatores de projeto é ainda uma questão difícil no projeto de residências e deveria ser
estudado através de bases metodológicas. Através de extensivos estudos de APO
deveria se esperar que fossem oferecidas respostas efetivas para os novos projetos,
diminuindo a repetição dos erros. Uma grande companhia habitacional, com uma boa
equipe de projetistas, deveria ser capaz de oferecer qualidades ambientais em seus
novos projetos. Mas este não é o caso na região de Campinas. Nosso estudo de APO
mostrou que completar o processo de projeto e implantação de residências, desenvolvido
por uma agência habitacional do governo como a CDHU no Brasil, não é uma tarefa fácil.
As descrições e os resultados dos questionários acima e as transformações em grande
escala das casas indicam que é necessário repensar o processo de projeto destes
empreendimentos.
São necessárias mudanças em três frentes: política, conceitual e programas de
acompanhamento: primeiro, é necessário uma mudança política clara. Os resultados
desta pesquisa acadêmica, assim como os dados dos estudos de APO, devem ser
usados para estimular as políticas habitacionais a abandonarem as soluções defasadas e
baseadas em quantidade e não na qualidade dos programas habitacionais. Atualmente, a
propaganda política enfatiza o número de unidades habitacionais construídas sob uma
administração particular. Este tipo de mudança é vista como sendo de grande dificuldade,
uma vez que em países em desenvolvimento a pressão pública é pequena quando a
questão é a alteração da qualidade. Os protestos acontecem apenas em momentos de
catástrofes, como no caso da condenação de um edifício. Não obstante, existe pouca
informação disponível que demonstre o custo-benefício de melhores programas
habitacionais, o que perpetua a maneira ultrapassada de fazer as coisas.
Em segundo lugar, a fase de projeto requer uma nova abordagem e uma análise
sistemática para evitar a repetição de modelos inapropriados. Métodos de avaliação
habitacional deveriam ser desenvolvidos. Estes métodos deveriam enfatizar os
indicadores de sustentabilidade e de qualidade de vida. A análise de projeto deve ser
baseada em definições de parâmetros projetivos e na atribuição de pesos destes
conceitos. Contudo, a seleção dos parâmetros não é fixada ou regulada, dependendo
apenas das escolhas pessoais do projetista. Também não é eficaz dar maior atenção a
um ou outro parâmetro de projeto através de um sistema de pesos, uma vez que as
variáveis são freqüentemente de mesma importância ou não comparáveis. Além disso,
métodos matemáticos que poderiam ser aplicados nesta situação consomem tempo e não
são muito proveitosos em áreas de incerteza (JONES, 1980).
Como terceiro e último passo, os projetos habitacionais requerem um envolvimento ativo
da população. Deveriam ser delineados programas onde a população pudesse participar
do processo de tomada de decisão dos projetistas e programas de acompanhamento para
ajustes das configurações físicas. O método tipo “livro de atividades” para a participação
do usuário, desenvolvido por HORELLI (2002), e amplamente utilizado nos países
escandinavos, deveria ser experimentado em um projeto residencial local para avaliar sua
aplicabilidade e eficácia na introdução de melhorias nos conjuntos habitacionais
existentes na região de Campinas.
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
4
40
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Anexo 1: Proposta do Projeto de Pesquisa
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
44
Projeto de pesquisa
Análise de parâmetros de implantação de conjuntos
habitacionais de interesse social: ênfase nos aspectos
de sustentabilidade ambiental e da qualidade de vida
Doris C.C.K. Kowaltowski (coordenadora, [email protected], (19) 3788
2390), Lucila C. Labaki, Silvia A. Mikami G. Pina, Regina C. Ruschel, Edison
Favero, Lauro L. Francisco Filho e Vanessa Gomes da Silva.
Campinas - 2002
Resumo
As decisões tomadas na implantação de um Conjunto Habitacional de interesse social
determinam, muitas vezes de maneira irreversível, a qualidade potencial do projeto. As
etapas de produção de empreendimentos habitacionais, desde a concepção das unidades
até a seleção das tecnologias construtivas, podem ter impactos significativos sobre a
sustentabilidade e qualidade global do projeto. Os parâmetros considerados no estudo de
implantação de novos projetos estabelecem a morfologia urbana que determinará a
qualidade de vida dos moradores e a sustentabilidade da região. A implantação de um
novo Conjunto Habitacional pode direta e indiretamente trazer conseqüências sócioeconômicas e criar efeitos ambientais não desejados. A análise dos parâmetros
intervenientes na implantação de um novo projeto pode estabelecer indicadores de
qualidade de projetos e de sustentabilidade de empreendimentos. Esta pesquisa pretende
demonstrar que já na planta de implantação é possível levantar informações indicadoras
da qualidade potencial de um projeto. A análise da implantação de Conjuntos
Habitacionais na região de Campinas deverá subsidiar o levantamento de tais
indicadores, para o delineamento de diretrizes de projeto de novos empreendimentos. Os
indicadores serão ainda verificados junto à população de um Conjunto Habitacional com
tipologias residenciais específicas diversas.
Introdução
Cresce o interesse pelas discussões sobre a sustentabilidade do desenvolvimento
urbano. O conceito de desenvolvimento sustentável é definido por aspectos sociais,
econômicos e ambientais que necessariamente devem fazer parte das decisões de novos
projetos arquitetônicos e urbanos. As decisões tomadas na implantação de um Conjunto
Habitacional de interesse social determinam, muitas vezes de maneira irreversível, a
qualidade potencial do projeto. Na prática usual, a qualidade do empreendimento é
medida por sua “eficiência econômica”, pautadas exclusivamente pela maximização do
número de lotes e minimização de arruamentos. No entanto, trata-se de uma visão
segmentada do problema, que prioriza parâmetros não necessariamente adequados para
garantir a qualidade dos empreendimentos. O resultado negativo torna-se notável pela
monotonia, precariedade de conforto e repercussões de impacto ambiental que
caracterizam as expansões urbanas que vêm sendo criadas desta maneira.
A expansão territorial ocupa antigas áreas rurais incorporando assentamentos humanos
preexistentes. A consideração da sustentabilidade do desenvolvimento urbano questiona
a estabilidade, vulnerabilidade e resistência do relacionamento entre componentes físicos,
ecológicos, produtivos e sócio-culturais (Tudela, 1997). As etapas de produção de
empreendimentos habitacionais, desde a concepção das unidades até a seleção das
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
45
tecnologias construtivas, podem ter impactos significativos sobre a sustentabilidade e
qualidade global do projeto. Naturalmente, quanto antes forem considerados parâmetros
específicos de sustentabilidade, maior a facilidade de incorporação de conceitos positivos
e a probabilidade de sucesso.
Os parâmetros considerados no estudo de implantação de novos projetos estabelecem a
morfologia urbana que determinará a qualidade de vida dos moradores e a
sustentabilidade ambiental da região. O ordenamento do espaço define a relação entre
área edificada, livre e arborizada, os padrões de circulação, as densidades, os domínios
públicos e privados e determina a acessibilidade, o movimento do ar e a drenagem de
uma região. O Conjunto Habitacional enquanto obra arquitetônica destina-se ao usuário
que lhe atribui significados condicionados às suas necessidades físicas, psicológicas,
sociais, econômicas e culturais. Assim, este significado está vinculado ao uso e
desenvolvimento de atividades cotidianas e nas transformações sucessivas do espaço a
fim de adequá-lo às suas necessidades, e personalizando-o. A morfologia do espaço está
vinculada às formas de apropriação, condicionadas à percepção do usuário e
desenvolvida nas relações entre o homem, seu espaço, seu habitar e seu meio ambiente
(Pina e Kowaltowski, 2000).
A bibliografia para o planejamento de áreas residenciais apresenta metodologias de
projeto que recomendam procedimentos para a implantação de conjuntos habitacionais
(Coelho e Cabrito, 1992). Procedimentos metodológicos são importantes para assegurar
a inclusão de conceitos que garantem a qualidade de vida dos futuros moradores e para
minimizar os impactos ambientais de novos empreendimentos com as suas cadeias
produtivas. Podem ser citados os procedimentos metodológicos de levantamento e
diagnóstico: da área de projeto, do contexto e das possibilidades reais de implantação de
um novo conjunto habitacional. São recomendadas entrevistas com moradores potenciais
e/ou representativos (del Rio, 1990 e Hamdi, 1991). Devem ser investigados temas
importantes como: demandas, uso do solo, padrões de circulação, drenagem e ventilação,
e problemas ambientais existentes. È necessário estabelecer a percepção da população
em relação à morfologia urbana, paisagem visual, e tipologias e referências construtivas.
Sentimentos em relação às questões psicológicas também devem ser apurados, tais
como: segurança, comportamento, memória, territorialidade, privacidade, público-privado,
coletivo-individual e espírito comunitário. A preparação do projeto de implantação inclui
ainda questões técnicas: condições legais, formato e dimensão da gleba, uso do solo da
vizinhança, legislação vigente, topografia, clima, solo, mananciais e vegetação da região,
acessos veiculares e de pedestres, orientação solar (potencialidade do uso de energia
solar, eficiência energética e de iluminação natural), ventos predominantes, vistas, infraestrutura (sistema viário, rede e tratamento de água e esgoto sanitário, sistema de
drenagem, eletricidade, telefone, gás encanado, etc..), controle de ruído urbano e de
incêndios, bem como segurança (penetrabilidade, territorialidade, supervisibilidade,
conflitos) (De Chiara, 1984, Fernandez, 1998). A maioria dos projetos de Conjuntos
Habitacionais é concebida sem qualquer forma de participação prévia do futuro usuário.
Este por sua vez, não tem tido outra alternativa senão aceitar a imposição do projeto e
através do uso do espaço criar mecanismos de superação de suas reais necessidades,
revertendo os significados dos espaços e criando com dificuldade ordens próprios. Uma
leitura dos espaços públicos e privados de Conjuntos Habitacionais, implantações e
transformações realizadas constituem o veículo principal para desvendar os significados
de uma apropriação do espaço que encontra no projeto arquitetônico da unidade
residencial o primeiro obstáculo a ser transposto, dada as necessidades específicas do
usuário. Esta confrontação entre apropriação e concepção do espaço lança possibilidades
de percepções distintas entre usuário e projetista. As noções de lugar, são mecanismos
utilizados pelos usuários na busca da adequação dos espaços, das formas de uso e
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
46
maneira pela qual o usuário interfere na morfologia espacial através de valores sócioeconômicos culturais (Kowaltowski et al. 1995 e Kowaltowski e Pina, 1996).
Enquanto a população transforma o ambiente de acordo com os desejos e necessidades,
nos limites que o projeto permite, existe a evidência de que a implantação de um novo
Conjunto Habitacional pode direta e indiretamente criar efeitos ambientais não desejados,
como induzir erosão, bloquear linhas de drenagem naturais, altera a estratificação do
solo, afetar o equilíbrio de ecossistemas locais, poluir o ar, a água e o solo e devastar a
cobertura vegetal. O novo projeto também pode trazer conseqüências sócio-econômicas
como desapropriações, desvalorização imobiliária, introdução da violência, sobrecarga da
infra-estrutura urbana existente, redução da tranqüilidade e da beleza da paisagem como
exemplos (Lynch, 1972). A análise dos parâmetros intervenientes na implantação de um
novo projeto pode por tanto estabelecer indicadores de qualidade de projetos e de
sustentabilidade de empreendimentos.
Conjuntos Habitacionais de interesse social na região de Campinas na sua maioria são
compostas de residências unifamiliares e unidades multifamiliares em blocos de
apartamentos de até cinco andares. A disponibilidade de equipamentos urbanos segue
estritamente o estabelecido na legislação federal aplicável, incluindo na maioria das vezes
centro comunitário, creche e posto de saúde. Na maioria dos conjuntos habitacionais
faltam áreas reservadas para as atividades comerciais e produtivas da população. A
implantação segue o padrão de desenho urbano baseado na malha viária ortogonal e na
simples repetição de unidades idênticas, resultando na monotonia e impersonalidade
atribuída a muitos conjuntos habitacionais.
O projeto coerente de Conjuntos Habitacionais deve considerar uma série mínima de
fatores que configuram a sustentabilidade e parâmetros que influenciam a qualidade de
vida dos moradores. Em linhas gerais, os fatores da sustentabilidade relacionam-se à
extensão da área de intervenção, à relação entre área livre e edificada e proporção de
área impermeável, à orientação e distância entre as edificações, a relação largura e
comprimento dos prédios, a área de vegetação, a modificação da topografia original e das
linhas de drenagem natural. A cadeia produtiva da obra é um fator importante na
avaliação total da sustentabilidade de um empreendimento imobiliário. Os parâmetros de
qualidade de vida relacionam-se a psicologia ambiental e ao grau de criação de um
sentido de lugar. Este sentido, por sua vez, depende de atributos físicos, da interpretação
pessoal da imagem do ambiente urbano e do uso do espaço. A qualidade de vida em
relação a psicologia ambiental depende principalmente do sentimento de segurança, da
privacidade, da individualização do espaço, e da percepção da densidade do Conjunto
Habitacional (Acioly e Davidson, 1998, Chermaneff e Alexander, 1963, Kaplan et al, 1998,
Newman, 1972, Nasar et. al., 1996 e Tuan, 1977).
Esta pesquisa pretende demonstrar que já na planta de implantação é possível levantar
informações indicadoras da qualidade potencial de um projeto. A análise de Conjuntos
Habitacionais na região de Campinas deverá subsidiar o levantamento de tais
indicadores, para o delineamento de diretrizes de projeto de novos empreendimentos.
Objetivos
O objetivo geral consiste na análise da implantação de conjuntos habitacionais de
interesse social na região de Campinas, SP. A análise concentra-se nos parâmetros que
influenciam a qualidade de vida e da sustentabilidade ambiental dos projetos.
Objetivos Específicos
•
Pesquisar indicadores de sustentabilidade e de qualidade de vida em relação à
implantação de Conjuntos Habitacionais de Interesse social
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
47
•
Criar instrumentos de análise de projetos de implantação de Conjuntos
Habitacionais
•
Analisar projetos de implantação de Conjuntos Habitacionais
•
Categorizar os indicadores em relação a sua importância dada pela população
alvo.
•
Criar um instrumento de avaliação com diretrizes e indicadores de implantação de
projetos de Conjuntos Habitacionais.
Metodologia
O objetivo desta pesquisa consiste na criação de um instrumento de avaliação com
diretrizes e indicadores de implantação de projetos de Conjuntos Habitacionais na região
de Campinas de interesse social principalmente em relação a sua sustentabilidade e
qualidade de vida proporcionado à população alvo. Para atingir este objetivo geral serão
desenvolvidas as seguintes atividades:
Pesquisa Bibliográfica
Estabelecimento inicial de indicadores de sustentabilidade referentes à implantação de
conjuntos habitacionais de interesse social e levantamento de parâmetros de
qualidade de vida provenientes do desenho urbano desses.
Instrumentos de Análise
Elaboração de procedimentos metodológicos para a aplicação específico dos
indicadores de sustentabilidade nas plantas de implantação de Conjuntos
Habitacionais. Desenvolvimento de medidas para os fatores de qualidade de vida dado
o desenho urbano dos conjuntos. Elaboração de questionários para a verificação dos
indicadores e parâmetros de análise junto a população alvo.
Dimensionamento estatístico e da amostra da análise
A representatividade e análise dos dados a serem coletadas estará relacionados à
dimensão e seleção da amostra proposta. O dimensionamento da amostra está
relacionado ao número de Conjuntos Habitacionais de Interesse Social implantados na
região de Campinas e a sua estratificação em relação a tipologias de unidades
residenciais presentes e tamanho total do empreendimento. Serão utilizados dados
das Companhias de Habitação mais atuantes da região (COHAB-Bandeirantes,
COHAB-Campinas, CDHU etc..)
Pré Teste dos Instrumentos e Ajustes
Pré teste através de análise de Conjunto Habitacional.
Análise das Implantações
Inclusão de fatores: dimensão e formato da gleba, uso do solo na gleba e entorno,
taxa de ocupação, topografia original e modificada, linhas de drenagem, clima local,
sistema viário e relação com vizinhança, linhas de transporte público, proximidades a
vias movimentadas, áreas livres, cobertura vegetal, praças e paisagismo, vistas, área
impermeabilizadas, ocupação quantitativa, densidades, distâncias entre elementos
construtivos e acessos, orientação, tipologias e formato das construções, tipo e
quantidade e distribuição de equipamento e mobiliário urbano, serviços urbanos.
Apara esta análise serão realizadas as atividades:
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
48
• Padronização de plantas e implantação de conjuntos habitacionais escolhidos,
em CAD e GIS com registro de dados físico-ambientais.
• Registro de imagens dos Conjuntos utilizando câmara digital e scanner.
• Visitas técnicas aos conjuntos com observações das condições físicas e
ambientais.
• Análise dos registros e observações.
Aplicação de Questionário
Em conjuntos habitacionais, escolhidos de acordo com a base estatística, será
aplicado um questionário com o intuito de avaliar os conceitos de qualidade de vida da
população e seu conhecimento sobre o projeto sustentável. Os temas dos
questionários incluem: satisfação; transformações, conforto ambiental (térmico,
acústico, iluminação e funcionalidade), estética, símbolos e marcos visuais, paisagem,
área públicas, privadas e semi-públicas, privacidade, territorialidade, densidades,
individualização, vandalismo e violência, segurança, atividades nos espaços livres,
acessos e percursos, conflitos, serviços públicos, infra-estrutura, comércio e transporte
público.
Tratamento e análise dos dados
Os dados das duas análises (implantação e questionários) serão inseridos em um
banco de dados e tratados estatisticamente para configurar resultados como
indicadores de projeto.
Desenvolvimento de Indicadores e Diretrizes
Através do desenvolvimento de diretrizes e indicadores será criado um procedimento
para minimizar os impactos ambientais, reduzir custos e aumentar a sustentabilidade
dos futuros empreendimentos. Conceitos da psicologia do ambiente construído para
assegurar uma qualidade de vida desejada em áreas residenciais serão apresentados
em forma de diretrizes projetuais práticas.
Relatório de impacto e qualidade dos Conjuntos avaliados
Para cada conjunto analisado um relatório será desenvolvido, demonstrando o estágio
atual do projeto, o grau de sustentabilidade e qualidade de vida presente, bem como
de possíveis intervenções e melhorias.
Divulgação e Resultados
Desenvolvimento de manual de Projeto de conjuntos Habitacionais de Interesse social,
sua sustentabilidade e qualidade de vida. Apresentação de trabalhos científicos e
realização de workshops. Relatório final.
Resultados Esperados pelo Projeto
•
Redução de Impactos ambientais de futuros projetos de Conjuntos Habitacionais.
•
Lista consistente de indicadores de sustentabilidade de projetos de Conjuntos
Habitacionais de Interesse Social.
•
Metodologia de projeto para aumento de qualidade de vida em conjuntos
habitacionais.
•
Procedimentos metodológicos para a incorporação de indicadores no processo
projetual.
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
49
•
Redução de custo energético ao longo do ciclo de vida do empreendimento.
•
Aumento de qualidade de vida e qualidade global dos empreendimentos
habitacionais.
•
Otimização do uso e redução de transformação dos projetos.
Mecanismos gerenciais de execução multi-institucional
O projeto será desenvolvido em conjunto com as Companhias Habitacionais que
atuam no interior do Estado de São Paulo, tais como CDHU e COHAB-Bandeirantes.
O grupo de pesquisadores já vem trabalhando também junto a prefeituras na oferta de
apoio técnico na área da habitação de interesse social que se ampliaria com este
projeto. Junto ao setor privado o grupo de pesquisa está trabalhando com o Sindicato
de Indústrias de Cerâmicas Vermelhas no Estado de São Paulo e com o Instituto GM.
Estas parcerias serão estendidas e ampliadas com novos contatos.
Impactos Previstos Pelo Projeto:
Impacto Científico:
•
Desenvolvimento da capacidade analítica dos profissionais envolvidos com a
implantação de conjuntos voltados para a habitação.
•
Incentivo a pesquisa e desenvolvimento de novas formas e/ou metodologias de
implantação de conjuntos habitacionais e seu relacionamento com o meio
ambiente.
Impacto Tecnológico:
•
Desenvolvimento de novos materiais e formas de uso mais adequado à realidade
atual.
•
Estabelecimento da melhoria nas condições de vida da população através da
equalização dos parâmetros envolvidos na implantação de um conjunto
habitacional.
•
Priorizar aspectos do projeto bioclimatizado na tipologia construtiva.
Impacto Econômico:
•
Racionalização dos custos de implantação, com reversão dos benefícios à melhor
qualidade de vida dos moradores.
•
Diminuição do impacto ambiental negativo, com conseqüente ganho dos
investimentos, tanto no aspecto econômico, quanto no aspecto da imagem dos
agentes envolvidos.
•
Diminuição de custos energéticos e na cadeia de produção da obra e do uso de
conjuntos habitacionais.
Impacto Social:
•
Melhor qualidade de vida da comunidade através da criação de um ambiente mais
salubre.
•
Diminuição dos vetores responsáveis pela degradação da saúde da comunidade,
tais como doenças endêmicas causadas pela má qualidade do ambiente.
•
Melhoria dos elementos ambientais necessários a uma melhor qualidade de vida,
tais como solos, mananciais, vegetação etc.
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
•
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Criar um espírito de comunidade e de satisfação psicológica com a moradia.
Impacto Ambiental:
•
Uso eficiente de recursos naturais.
•
Previsão de aspectos, geradores de degradação ambientais e de risco.
•
Diminuição de gastos energéticos na cadeia produtiva da obra e no ciclo de vida do
empreendimento.
•
Conservação de elementos ambientais (solo, mananciais e vegetação).
Mecanismos de transferência de resultados
Manuais, Relatórios, Trabalhos científicos, Convênios com Companhias de Habitação e
Prefeituras, Cursos e Workshops.
Atividades previstas e realizadas
Cronograma físico
ATIVIDADES
previsto
DURAÇÃO PREVISTA
realizado
24 meses (1/1/01 a 31/12/02)
1. Pesquisa Bibliográfica
3 meses (1/1/01 a 31/3/01)
1.1. Levantamentos na área de sustentabilidade e projetos habitacionais
1.2. Levantamentos na área de psicologia ambiental
1.3.Levantamentos na área de avaliações de Conjuntos Habitacionais de Interesse Social (APO)
1.4. Levantamento na área de implantação e desenho urbano de áreas residenciais
2. Desenvolvimento de Instrumentos de Análise
3 meses (01/03/01 a 30/05/01)
2.1. Lista de indicadores e de fatores de observação na pesquisa de campo (visita técnica)
2.2.Procedimento de aplicação e medição dos indicadores nas Implantações de CH
2.3.Desenvolvimento de Questionário
3. Dimensionamento estatístico da amostra
3 meses (01/06/01 a 30/08/01)
3.1. Estratificação de CH na região de Campinas
3.2. Escolha dos CH por método de escolha estatística
3.3. Escolha de CH para aplicação de questionários
3.4. Dimensionamento da aplicação dos questionários
3.5. Procedimento de aplicação estatística dos questionários
4. Pré-testes e ajustes
3 meses (01/09/01 a 30/11/01)
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
51
4.1. Análise preliminar de implantação de CH
4.2.Ajustes na lista de indicadores e procedimentos de aplicação
4.3. Pré-teste de pesquisa de Campo (visita técnica e aplicação de questionário)
4.4. Ajustes nos Instrumentos
5. Análise das implantações
3 meses (01/12/01 a 28/02/02)
5.1 Padronização de plantas (CAD e GIS)
5.2 Registro de imagens de Conj. Hab.
5.3 Visitas técnicas e observações
5.4 Análise dos registros e observações
6. Aplicação de questionário
2 meses (1/3/02 a 30/4/02)
7. Tratamento e análise de dados
3 meses (1/5/02 a 30/7/02
8. Desenvolvimento de Indicadores e Diretrizes
3 meses (1/8/02 a 30/10/02)
9. Relatório de impacto e qualidade de CH avaliados
3 meses (1/10/02 a 30/12/02)
10. Divulgação de resultados e relatório final
3 meses (1/10/02 a 30/12/02)
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Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
Anexo 2: Questionários aplicados na pesquisa de campo
59
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
60
Entrevista Individual:
Nome do C. H.:
Cidade:
Data da Entrevista:
Entrevistador:
1.
Dados Pessoais:
1.1 Nome:
1.2 Escolaridade:
Não
1. grau
2. grau
sup.
curso
1.3 Idade (anos):
18-28
28-48
1.4 Sexo:
Feminino
Masculino
48-58
56-68
Acima de 68
Cidade:
Estado
1.5 Profissão:
1.6 Onde nasceu?
2.
Renda Familiar:
3.
Despesas:
4.
Tempo -Região:
Até R$101
De R$100 a 501De R$500 a 1001
Acima de R$1001Outros
Prestação
Condomínio
Taxas
Luz/Telefone
Outros
R$
R$
R$
R$
R$
No.
Esquema:
Endereço:
4.1 Rua:
Nome:
4.2 Prédio, nº de rua:
4.3 Localização:
Quadra:
Bloco:
Andar:
4.4 Apartamento nº:
5.
Bairro/Entorno/Vizinhança:
5.1 Referências do bairro:
Nome:
5.2 Classificação do bairro:
Muito Bom
Bom
Satisfatório
Indicação de referência:
Ruim
Muito Ruim
5.3 Beleza do bairro:
Muito Bonito
Bonito
Satisfatório
Feio
Muito Feio
Ruim
Muito Ruim
5.4 Acha que existe espírito comunitário? Sim
Não
5.5 O que se destaca de
positivo (bom) no bairro?
5.6 Existe algo que falte ou atrapalhe
neste bairro? O quê?
5.7 O que existe de positivo nos bairros
vizinhos?
5.8 O que existe de negativo nos bairros
vizinhos?
6.
Áreas comuns (AC) do Conj. Hab:
6.1 O que acha das AC? (avaliação)
Muito Boa
Boa
Satisfatória
6.2 De quem é a responsabilidade das Síndico:
AC?
(moradores)Rodízio:
Ninguém:
6.3 Fale sobre as Áreas Comuns do CH aspectos positivos:
em relação a:
problemas:
O que falta:
6.4 Como é a Entrada de pedestre?
Portão especial:
É visível do apto:
Controle:
6.5 Como é a Entrada de veículos?
Separado:
Controle:
6.6 O que acha
condomínio?
das
entradas
do
Muito Boa
Boa
Satisfatória
Ruim
Muito Ruim
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
6.7 Como é o Estacionamento?
Nº De Vagas:
Cobertura:
61
Sombra:
De modo geral, o que acha do
6.8 estacionamento?
6.9 O que acha das escadas?
Muito Boa
6.10Como é a Limpeza da escada?
Responsabilidade:
6.11 Você sente Segurança
quanto a:
Boa
6.13Existe Centro Comunitário no CH?
Muito Ruim
Estar vulnerável (exposto):
Boa
Sim:
(se tiver) Vocês usam o centro
6.14 comunitário?
Sim:
Ruim
Periocidade:
na escada Medidas degrau:
6.12 De modo geral, o que acha das
escadas daqui?
Muito Boa
Satisfatória
Satisfatória
Ruim
Não:
Tem planos:
Frequência:
Muito Ruim
Não Usa:
(se usar) De modo geral, o que acha
6.15 do Centro Comunitário?
6.16Como é a Casa de gás?
Segurança:
Acesso:
Problemas:
Acessos (rampas):
à noite:
Limpeza:
Frequência:
Respons:
Sim:
Não:
Comentários:
Satisfatória
Ruim
6.17 Fale sobre as áreas pavimentadas de Segurança:
acesso ao CH em relação a:
7.
Áreas Verdes (AV) e de Lazer:
7.1 Este prédio tem a sua AV?
7.2 O que acha das áreas verdes daqui? Muito Boa
Boa
7.3 Fale sobre a vegetação das Avs Há:
(árvores, arbustos):
7.4 Vocês usam as áreas verdes?
Tipo Uso:
7.5 O que existe para cuidar das AVs?
Torneiras:
Tipo:
Muito Ruim
Manutenção:
Não usa:
Sistema
irigação:
de
7.6 Qual é o seu comentário geral sobre
as Áreas Verdes do CH?
7.7 Este prédio tem a sua área de Lazer? Sim:
O que acha da quantidade de Áreas
Muito Boa
Não:
Comentários:
Suficiente
Satisfatória
Insuficiente
Muito Ruim
Bom
Satisfatório
Ruim
Muito Ruim
Bom
Satisfatório
Ruim
Muito Ruim
Bom
Satisfatório
Ruim
Muito Ruim
7.8 Verdes em relação à Área construída?
8.
Limites do CH:
8.1 O que acha
Condomínio?
do fechamento do Muito Bom
8.2 Descrever o tipo de fechamento:
8.3 O que acha do Fechamento em Muito Bom
relação à Segurança ?
9.
Transporte público:
9.1 Como é a Qualidade do transporte?
9.2 Qual é o intervalo entre os ônibus?
Quantas linhas de ônibus passam
9.3 aqui? Quais são?
9.4 Quanto tempo leva de ônibus
até o centro?
10. Quanto tempo mora neste apto?
Muito Bom
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
62
11. Moradia anterior:
11.1Onde era sua moradia anterior?
Cidade/Bairro:
Estado:
11.2Rural:
Fazenda
Urbana:
Outros
Casa térrea
Sobrado
Sítio
Apartamento
Barraco
Chácara
Casa de fundo
Casa partilhada
11.3Esta moradia anterior era própria?
Sim
Não
Outros
1 dorm.
2 dorm.
3dorm.
Outros
11.4Que cômodos tinha?
11.5O que achava daquela moradia
Mais de 3 dorm
Sala
Copa
Coazinha
Banheiro
Muito Boa
Boa
Satisfatória
Ruim
Outros
Muito Ruim
anterior?
11.6Fale sobre os aspectos positivos
daquele local:
11.7Fale sobre os aspectos negativos
negativos daquele local:
11.8Por que mudou de casa?
12. Moradia atual:
12.2Fez modificações ou reformas?
Sim
Não
12.3(se fez)Quais?
Tipo:
Por que:
Tipo:
Por que:
Tipo:
Por que:
12.4Pretende fazer Reformas?
Sim
12.5(se sim) Quais?
Tipo:
Por que:
Não
Tipo:
Por que:
Tipo:
Por que:
13. Composição familiar:
13.1Quantas pessoas moram:
No apartamento:
13.2São da mesma família?
Sim:
Não:
Composição:
Muito Bom
Bom
Satisfatório
Ruim
Tipo:
Local:
Dimensões:
Detalhes:
Local
Atividade
14. Classificação da moradia:
14.1O que acha desse apartamento?
Muito Ruim
Quais são os aspectos positivos do
14.2 apartamento.?
14.3O que falta nesta moradia?
14.4Qual é o seu sonho de
moradia?
15. Hábitos
15.1Onde são realizadas:
Atividade
Filhos brincam
Receber visita
Filhos ficam mais tempo
Secar roupa
Companheiro(a) gosta de ficar
Descansar
Manutenção do carro
Estudar
Guardar objetos que usa pouco (ferramentas,
bicicletas)
Ouvir musica
Serviço / trabalho extra
Ficar só
Local
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
Outras atividades importantes:
63
Local:
15.2 Para que são usados os espaços
externos do apto (quintal, garagem)?
16. Sustentabilidade:
16.1Faz Reciclagem de lixo:
Sim
Não
Como:
16.2Faz Economia de energia:
Sim
Não
Como:
(se tiver vegetação) Acha que a Por que?
16.3 vegetação ajuda no bem estar?
Não há
16.4Usa bicicleta como transporte?
Sim
16.5Limitao uso de carro?
Não tem
Sim
Não
Não
16.6Faz Economia de água?
Sim
Não
Como:
Sim
Porquê?
Não
Porquê?
Sim
Porquê?
Não
Porquê?
Como:
17. Segurança:
17.1Você se sente seguro
na sua casa?
17.2Você se sente seguro
no seu bairro (nas ruas)?
Não sabe
17.3 O que acha necessário fazer para ter
segurança?
17.4Acha que a iluminação das ruas
oferece segurança?
Sim
Não
Comentário:
17.5Consegue ter boa visão para vigiar a Sim
área externa?
Não
Comentário:
17.6 Considera isto importante para sua Sim:
segurança?
Não
Comentário:
17.7Considera as janelas seguras em Criminalidade:
relação a :
Quedas (crianças):
18. Conforto Térmico:
18.1Esta moradia é
confortável no calor?
Sim
Não
Porquê?
Porquê?
18.2O que faz uma casa ficar mais
confortável no calor?
18.3Esta moradia é
confortável no frio?
Não sabe
Sim
Não
Porquê?
Porquê?
18.4O que faz uma casa ficar mais
confortável no frio?
Não sabe
19. Proteção contra chuva:
19.1Existem problemas com chuvas
nesta moradia?
Sim
Não
Qual?
Providências:
20. Proteção contra insetos:
20.1Existem problemas com
Sim
Não
insetos / bichos
Porquê?
Porquê?
neste bairro?
O que faz para se proteger?
21. Cheiro / fumança no CH:
21.1Existem problemas
com cheiro no bairro:
22. Proteção contra barulho:
Sim
Não
Comentário (tipo):
Outros
Outros
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
22.1Existem problemas com
barulho?
Sim
Não
Porquê?
Porquê?
64
O que faz para se proteger?
23. Proteção contra poeira:
23.1Existem problemas com
poeira neste bairro?
Sim
Não
Porquê?
23.2O que faz para se
Não sabe
proteger da poeira?
24. Beleza:
24.1A beleza externa da
moradia é importante?
Sim
Não
Porquê?
Porquê?
Sim
Não
Porquê?
Porquê?
24.2Na sua opinião, o que deixa
a moradia mais bonita?
24.3A beleza geral do
bairro é importante?
24.4Na sua opinião, o que deixa
um bairro mais
bonito?
25. Qualidade de vida
25.1Como você qualifica sua
Muito Boa
Boa
Satisfatória
Ruim
Muito Ruim
qualidade de vida?
25.2Do que depende a qualidade
de vida?
25.3O que você acha que ajuda as
pessoas a terem qualidade de vida?
26. Administração:
26.1Em relação à
Positivo:
Negativo:
Sim:
Não:
Internas:
Área ext.
administração do C.H
o que se destaca?
26.2Existem Normas aqui no CH?
Quais são? (comentário geral)
Não sabe:
27. Implantação
27.1O que acha da localização do bairro? Muito Boa
Boa
Satisfatória
Ruim
Muito Ruim
27.2O que acha da distribuição das ruas
Muito Boa
Boa
Satisfatória
Ruim
Muito Ruim
27.3O que acha da localização da sua Muito Boa
moradia no bairro? Comentar:
Boa
Satisfatória
Ruim
Muito Ruim
27.4O que acha da quantidade de gente
Pouca gente
Satisfatória
Indiferente
Não sabe
27.5O que acha dos desníveis do bairro? Muito aclive
Aclive
Plano
Declive
Muito declive
27.6Você acha que os prédios são
Próximos
Satisfatório
Afastados
Muito afastados
do bairro? Comentar:
Muita gente
que mora no CH?
pertos uns dos outros?
Muito próximos
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
Anexo 3: Desenhos de Implantação dos Conjuntos Habitacionais
avaliados.
65
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
66
Conjunto Habitacional Atibaia
TI 13 A–
Residência Unifamiliar
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
Conjunto
Habitacional –
Campinas E
VL
22
A
MULTIFAMILAR
RESIDÊNCIA
67
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
Conjunto
habitacional
–
Itatiba
VL 22B RESIDÊNCIA MULTIFAMILIAR
68
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
Conjunto Habitacional –
Valinhos
VL 22 A – RESIDENCIA MULTIFAMILIAR
69
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
70
Conjunto habitacional –
Santa Bárbara do Oeste
96
95
94
92
93
90
condominio VI
91
VI
EL
89
88
RU
A
17
97
80
82
sis
te
laz ma d
er
4 e
A
02
Área instituc iona
ola
creche pré-esc
87
condominio V
79
81
20
86
RU
A
84
85
83
RU
A
99
R5
AREA DE LAZE
76
78
16
75
77
98
cond ominio V
64
66
3
AREA DE LAZER
20
05
RU
A
31
05
29
30
31
20
20
18
22
23
24
2
1
17
15
04
RU
A
RU
A
condominio IV
28
7
14
16
17
24
7
13
5
19
14
4
20
22
11
6
18
2
23
12
F 15
16
3
21
RUA 01
9
8
02
E
r1
sistema de laze
17
22
18
1
condominio II
21
RUA 13
12
10
20
14
11
09
13
16
19
15
02
04
01
35
condominio III
VL 22 B RESIDÊNCIA MULTIFAMILIAR
11
10
A
4
RU
A
14
15
2
33
A
03
12
13
6
36
31
25
9
8
5
34
29
26
11
10
43
3
condominio II
l
Área instituciona
E.E.P.G.
32
44
32
30
27
40
41
42
37
39
10
RU
RUA 12
39
38
40
30
31
32
RU
A
38
1
41
08
36
37
2
24
43
35
3
42
44
34
4
23
53
RUA 01
33
6
54
condominio IV
r2
Sistema de laze
28
10 B
9
8
5
45
47
29
11
7
07
al 3 CC-44
Área instit ucion
27
13
12
46
48
24
25
26
14
29
1
23
16
25
26
27
28
RU
A
22
19
21
A
32
21
19
5
4
28
1
17
03
15
16
27
2
09
18
6
3
26
RU
A
10
9
8
RU
A
RU
A
14
11
7
24
25
3
RU
A
22
23
C
4
12
106
7
6
5
32
55
57
21
8
04
RU
A
1
56
58
20
9
28
29
30
06
19
Ár
ea
co
m
er
Ár
ci
al
cr ea
e c in
h e st i
/ p tu
ré cio
es na
co l
la
condominio VII
3
2
59
condominio IV
18
11
10
27
49
51
17
12
25
26
4
107
13
RU
A
50
52
14
D 24
6
13
15
22
23
8
5
104
16
21
9
105
61
19
11
10
7
60
62
17
18
12
102
03
16
15
14
13
103
RU
A
63
71
73
100
65
RU
101
72
74
06
03
condominio I
18
08
05
07
17
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
Anexo 4: Gráficos dos resultados da pesquisa de campo
71
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
72
1.1 Informações Gerais
1.1.1 Idade dos Entrevistados
1.1.2
Sexo dos Entrevistados
2%
1%
Total 18 -28
10%
17%
Total 29 -48
20%
22%
Total Feminino
Total 49 - 58
Total 59-68
Total Masculino
Total Acima de 68
50%
78%
Total SemResposta
1.1.3 Renda Familiar
1.1.4 Classificação do Bairro
Total Até R$100,00
3%
13%
Total De R$ 101a 500
1%
43%
10%
40%
Bom
Satisfatório
Total De R$ 501a
1000
Acima de R$1001
Muito Bom
5% 5% 4%
45%
31%
Muito Ruim
Sem Resposta
Sem resposta
1.1.5 Beleza do Bairro
5% 4% 2%
31%
21%
1.1.6 Existência de Espírito Comunitário
5%
Muito Bom
Bom
49%
Satisfatório
Ruim
Muito Ruim
37%
Ruim
Sem Resposta
46%
Há
Não Há
Sem resposta
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
1.1.7 Escolaridade
2% 10%
2%
To tal 1º Grau
To tal 2º Grau
To tal Superio r
29%
57%
To tal Não
To tal Sem Respo sta
73
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
74
1.2 Áreas Comuns
1.2.1 Avaliação das áreas comuns
2%
Muito Boa
27%
36%
1.2.2 Responsabilidade pelas áreas comuns
Boa
Moradores
20%
47%
Síndico
Satisfatória
Ninguém
18%
Ruim
Sem Resposta
15%
Muito Ruim
2%
19%
14%
Sem Resposta
1.2.3 Avaliação das Entradas
1.2.4 Avaliação das Escadas
Muito Boa
1% 9%
16%
Boa
Satisfatória
70%
4%
Ruim
0%
Muito Ruim
25%
Boa
Satisfatória
44%
Ruim
17%
4%
10%
Muito Ruim
Sem Resposta
Sem Resposta
1.2.5 Responsabilidade - Limpeza das Escadas
1.2.6 Existência do Centro Comunitário
Moradores
37%
48%
Síndico
faxineira
2%
3%
Ninguém
20%
72%
1.2.7 Utilização do Centro Comunitário
27%
Sim
Não
Semresposta
42%
Não Há
Sem Resposta
10%
31%
Há
8%
Semresposta
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
75
1.3 Áreas Verdes
1.3.1 Existem áreas verdes?
1.3.2 Avaliação das áreas verdes
1%
29%
36%
Sim
17%
Muito Bom
41%
5%
Satisfatório
Sem resposta
Ruim
35%
23%
13%
1.3.3 Existe vegetação?
34%
47%
Bom
Não
1.3.4 Utiliza as áreas verdes?
Sim
12%
Não
25%
Sem resposta
19%
63%
S im
Não
S em resposta
1.3.5 Como avalia a relação entre áreas verdes e área construída do conjunto?
1%
12%
30%
Muito Boa
12%
Boa
Satisfatória
Ruim
Muito Ruim
8%
37%
Sem Resposta
Muito Ruim
SemResposta
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
76
1.4 Limites e Transporte
1.4.1 Avaliação do fechamento do conjunto
1.4.2 Avaliação da qualidade do transporte público
Muito Bom
3%
Bom
24%
Satisfatório
48%
Ruim
9%
3%
3% 9%
10%
Muito Bom
9%
Bom
Satisfatório
Muito Ruim
13%
Sem Resposta
Ruim
12%
Muito Ruim
57%
Sem Resposta
1.5 Moradia Anterior e Moradia Atual
1.5.1 Tipo de moradia anterior ao apartamento do
conjunto habitacional
Casa Térrea
2%
3%
1.5.2 A moradia anterior era própria?
12%
Barraco
8%
Sim
9%
13%
Não
Casa Fundo
2%
Apartamento
73%
Casa Partilhada
Sem resposta
78%
Sem Resposta
1.5.3 Quantidade de Dormitórios na moradia anterior
1.5.4 Cozinha na moradia anterior
1 Dormitório
2%
13%
02 Dormitórios
8%
7%
3%
36%
Há Cozinha
Não Há Cozinha
Sem resposta
03 Dormitórios
M ais de 03 dormitórios
41%
Sem Resposta
90%
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
1.5.5 Copa na moradia anterior
7%
1.5.6 Sala na moradia anterior
14%
Há Copa
38%
55%
Não Há Copa
Há Sala
4%
Sem resposta
Não Há sala
Sem resposta
82%
1.5.7 Banheiros na moradia anterior
2%
1.5.8 Avaliação geral da moradia anterior
9%
7%
Há Banheiros
Não Há Banheiros
8%
Muito Boa
22%
17%
Boa
Satisfatória
Sem resposta
89%
77
Ruim
12%
34%
Muito Ruim
Sem Resposta
1.5.9 Modificações no apartamento original
1.5.10 Novas modificações e reformas
Pretende realizar
outras reformas
Há Modificações
8%
17%
Não Há
Modificações
75%
Sem resposta
11%
24%
65%
Não pretende
realizar outras
reformas
Semresposta
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
78
1.6 Moradia e Família
1.6.1 Quantidade de moradores
1.6.2 Moradores pertencem à mesma família?
1 pessoa
2 pessoas
8%
3% 3%
11%
7%
3 pessoas
12%
20%
4 pessoas
1%
Sim
Não
5 pessoas
18%
Sem resposta
6 pessoas
92%
25%
Mais de 6 pessoas
Sem resposta
1.6.3 Avaliação geral do apartamento do conjunto habitacional
1%
1% 3%
18%
22%
Muito Bom
Bom
Satisfatório
Ruim
Muito Ruim
55%
Sem Resposta
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
79
1.7 Sustentabilidade e Segurança
1.7.1 Realização de reciclagem de lixo
3%
1.7.2 Realização de economia de energia
3%
18%
42%
55%
Realiza
Realiza
Não realiza
Não Realiza
Sem resposta
Sem resposta
79%
1.7.3 Benefício da vegetação
1.7.4 Utilização da bicicleta como meio de
transporte.
10%
7%
23%
Sim
35%
Não
Sim
Sem resposta
Não
67%
Sem respost a
58%
1.7.5 Propriedade de carros
12%
27%
1.7.6 Realização de economia de água
15%
4%
Sim
Realiza
Não
Não realiza
Sem resposta
61%
1.7.7 Segurança na moradia
81%
Sem resposta
1.7.8 Segurança no bairro
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
Sente-se seguro
em casa
4%
35%
8
61%
5%
Não sente-se
seguro em casa
Sente-se
seguro no
bairro
30%
Não sente-se
seguro no
bairro
Sem resposta
65%
1.7.9 Iluminação X Segurança
Sem resposta
1.7.10 Visibilidade da área externa do apartamento
20%
23%
Oferece
Boa visibilidade
Não oferece
16%
64%
51%
Sem resposta
26%
Má visibilidade
Sem resposta
1.7.11 Importância da visibilidade para a segurança
29%
É importante
Não é importante
67%
4%
Sem resposta
1.8 Conforto térmico, Chuva e Insetos
1.8.1 Avaliação da moradia no verão
80
1.8.2 Avaliação da moradia no inverno
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
É confortável
8%
44%
48%
7%
É confortável
Não é confortável
Sem resposta
29%
64%
Não é
confortável
Sem resposta
81
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
1.8.3 Existência de Problemas com a chuva
13%
35%
1.8.4 Existência de Problemas com insetos e outros bichos
Já teve
problemas
Tem problemas
6%
24%
Não teve
problemas
Não tem
problemas
Sem resposta
52%
82
70%
Sem resposta
1.9 Fumaça, Cheiro e Barulho
1.9.1 Existência de mal cheiro no bairro
1.9.2 Existência de problemas com barulho
7%
10%
Existem
Existe
38%
Não existe
52%
40%
Sem resposta
1.9.3 Existência de problemas com poeira
6%
Existem
35%
Não existem
59%
Sem resposta
53%
Não existem
Sem resposta
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
83
1.10 Beleza
1.10.1 Avaliação da importância da beleza do conjunto
habitacional
1.10.2 Avaliação da importância da beleza do bairro
7% 4%
14%
É importante
5%
É importante
Não é importante
Não é importante
Sem resposta
89%
Sem resposta
81%
1.11 Qualidade de Vida
1.11.1 Avaliação dos moradores com relação a sua própria qualidade de vida
7%
3%
5%
Muito Boa
39%
Boa
Satisfatória
Ruim
46%
Muito Ruim
1.12 Implantação e Administração
1.12.1 Normas
1.12.2 Avaliação da localização do bairro
Muito Boa
Existem normas
42%
49%
9%
4%
Não existem
normas
27%
53%
8%
Sem resposta
7%
1%
Boa
Satisfatória
Ruim
Muito Ruim
Sem Resposta
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
84
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
1.12.3 Avaliação da Distribuição das Ruas no
Bairro
1.12.4 Avaliação da Localização da Moradia no Bairro
Muito Boa
4%
Muito Boa
4%
Boa
22%
Satisfatória
55%
31%
48%
2% 6% 9%
Muito Ruim
9%
1.12.5 Avaliação da densidade populacional
30%
Bom
23%
Boa
Satisfatória
6%
7%
30%
6%
Muito Ruim
Sem Resposta
1.12.7 Avaliação das distâncias entre os prédios
Muito Boa
23%
24%
Boa
2%
Satisfatória
3%
10%
Ruim
Muito Ruim
38%
9%
Satisfatório
Ruim
4%
Ruim
2%
Muito Ruim
1.12.6 Avaliação dos desníveis do bairro
Muito Boa
25%
Satisfatória
Sem Resposta
Sem Resposta
1%
Boa
Ruim
Ruim
9%
85
Sem Resposta
58%
Muito Ruim
Sem Resposta
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
Anexo 5: Desenhos das crianças.
86
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
Desenho1: Representação da escola e da Ronda Escolar
Desenho2: Representação dos prédios em vista e das “casinhas”
de gás vistas em planta. Também há a representação da
canaleta e da grelha.
87
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
Desenho3: Representação do caminho até a escola e da caixa
de água. É importante notar que o ritmo das janelas aparece em
vários desenhos. O portão da escola também é um síbolo
importante para a maioria das crianças.
Desenho 4: Representação da moradia com a escada externa e
a caixa de água.
88
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
Deseho5: Representação da moradia. Prédios do CDHU com
antenas e flores superdimensionadas.
Desenho6: Representação da moradia com telhado.
Importância do ordenamento das janelas. Presença de
pássaros.
89
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
Desenho7: Representação da moradia com telhado e janelas
em destaque.
Desenho8: Representação do prédio com telhado, chaminé e
antena. Representação do campinho de grama em planta.
90
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
Desenho9: Representação da moradia. Nota-se neste desenho
que há certa semelhança com o desenho anterior. Telhado,
chaminé e campinho visto em planta. A presença da árvore
também é relevante.
Desenho10: Representação do caminho da moradia até a
escola. Monotonia e impessoalidade demonstrada através da
similaridade dos prédios que são encontrados no caminho.
91
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
Desenho11: Este desenho também demonstra a impessoalidade
e a similaridade dos prédios. No entanto, existe a adequação do
projeto à simbologia da criança, pois foram desenhados telhados
sobre os prédios.
Desenho12: Na tentativa de representar sua moradia a criança
acabou misturando características do seu prédio com uma casa.
Percebe-se o desenho do telhado no canto esquerdo da moradia
e o aumento da altura da “casa” no lado direito.
92
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
93
Anexo 6: Matriz de Indicadores de sustentabilidade para assentamentos
e vizinhanças
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
94
A Matriz de Indicadores de Sustentabilidade aqui apresentada foi derivada da revisão e crítica de
vários métodos de avaliação e fortemente influenciada pela framework construída pela rede
BEQUEST. A BEQUEST visava coordenar as diversas iniciativas européias para definir uma
abordagem conjunta para o desenvolvimento sustentável, com base em dois conceitos-chave para
descrever o nível de construção/impacto: “escala espacial” e “atividade”. A Matriz de indicadores
proposta nesta pesquisa modifica esta organização e resgata os conceitos de tipos de capital
(ambiental, social e econômico), e os utiliza para organizar as diversas categorias de indicadores.
Capital ambiental
• Estado do ambiente
• Uso de recursos
• Cargas ambientais
Capital Social
• Saúde
• Eqüidade
• Segurança em áreas externas
• Educação
• Capacitação
• Conexão institucional
• Envolvimento comunitário
• Qualidade das áreas externas
• Qualidade dos serviços e Localização
• Impacto visual e layout
• Qualidade do ambiente interno
Capital Econômico
• Qualidade das unidades habitacionais
o Vulnerabilidade a desastres naturais e incêndios
o Condições físicas da UHs
o Super-população das UHs
o Manutenção de valor entre gerações
• Diversidade
• Adaptabilidade
• Durabilidade
• Satisfação dos usuários
• Controlabilidade
• Comissionamento
• Manutenção
• Capacidade infra-estrutura
o Iluminação externa
o Abastecimento de água
o Sistema de esgoto
o Drenagem de água de chuva
• Conectividade e transporte
o Mobilidade integrada
o Vias e deslocamentos no sítio
• Custos
o Investimento total
o Custos no ciclo de vida x capacidade de compra
• Benefícios
o Benefícios líquidos totais
• (oportunidades de) Negócios
o Emprego
o Treinamento
o Aumento de oportunidades de negócios
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
Notas:
1. Neste trabalho, não foram considerados aspectos de tamanho e layout, conforto e
acessibilidade dentro das unidades habitacionais (UHs)
2. Trechos em cinza = avaliação não é possível exclusivamente com base nos instrumentos
analíticos empregados nesta pesquisa (análise da implantação + observação in situ)
95
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
Categorias/sub-categorias Escala espacial
Etapa ciclo vida
Medida de desempenho
96
Nível de desempenho
Capital ambiental – estado do ambiente - n/a análise implantação + observação in situ
Qualidade/toxicidade do ar
sítio, vizinhança, cidade Planejamento, projeto,
construção, operação
desenv. empreendimento
Dias de nevoeiro/ano
Concentração de poluentes
Emissão pelo transporte público
Qualidade/toxicidade da água sítio, vizinhança, cidade Planejamento, projeto,
de superfície
construção, operação
desenv. empreendimento
--•
•
•
•
•
•
PM10 ppm
CO2 ppm
CO ppm
NOx ppm
SOx ppm
VOCs
concentração de poluentes:
• oxigênio dissolvido
• demanda biológica de oxigênio (= eutroficação)
• amônia
• cádmio, mercúrio, DDT
características da água (turbidez, alcalinidade, DO e pH)
Qualidade/toxicidade da água sítio, vizinhança, cidade Planejamento, projeto,
no lençol freático
construção, operação
desenv. empreendimento
concentração de poluentes
Contaminação do solo
sítio, vizinhança, cidade Planejamento, projeto,
construção, operação
desenv. empreendimento
concentração de poluentes (metais pesados, matéria
orgânica)
Ruído ambiente
sítio, vizinhança, cidade
nível de ruído, em dB
Vento
Vizinhança
Planejamento, projeto
m/s
Odores
Vizinhança
Planejamento, projeto,
construção, operação
No de reclamações
Capital ambiental – uso de recursos
Energia
Freqüência de velocidade do vento entre 5.5 e 7.9
m/s < 10%
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
Sub-categoria
Escala espacial
Etapa ciclo vida
Medida de desempenho
2
Desempenho energético em
uso
Edifício, sítio, vizinhança Projeto, operação
kWh/m
Uso de energia renovável
Edifício, sítio, nacional
kWh renovável/m2
% renovável/consumo total de energia
Planejamento, projeto,
operação
no. coletores solares/família residente
Gestão de uso de energia
Edifício, sítio
Operação
Política de uso de energia
Auditoria de uso de energia
Monitoramento+definição metas
Investimento conscientização
97
Nível de desempenho
5 kWh/m2
--10% energia total é de fonte renovável
--Política de uso de energia implementada
Auditoria de uso de energia ao menos a cada 3
anos
Monitoramento consumo / Definição de metas
usando dados históricos
Informação trimestral a usuários/operadores
Esgotamento de combustíveis Nacional, global
fósseis
Projeto, operação,
construção
kJ/PIB
Energia incorporada nos
materiais
Global
Projeto, construção
KJ/m3
Vizinhança
Projeto
No espécies/ha, para promover aumento significativo do valor --ecológico local
Construção leve: 4.0 GJ/m2
média a pesada: 5.0 GJ/m2
pesada: 6.0 GJ/m2
Solo
Valor ecológico local
Intensidade de uso e
ocupação do solo
Vizinhança
Planejamento, projeto
No espécies/ha, para promover melhoria radical
---
footprint projeto /área terreno
(footprint inclui áreas verdes e vias)
<80%, em dois pavimentos (habitação)
no unidades/hectare
> 60 unidades/hectare
Área de solo consumida pela
footprint dos edifícios
Edifício
Planejamento, projeto
m2/ocupante
2.5m2/ocupante
Reuso/recuperação do sítio
Vizinhança
Planejamento, projeto
% do sítio anteriormente construído ou com uso industrial ou
aterro sanitário
> 50%é anteriormente construído ou com uso
industrial ou aterro sanitário
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
98
60% contaminado
60% redesenvolvimento
Indução de mix de usos
Vizinhança
Planejamento, projeto,
gestão do patrimônio
Integração do sítio ao entorno Vizinhança
Planejamento, projeto
Proporção de usos (residencial, comercial, varejista, lazer,
comunitário
Conforme necessidade da comunidade, desde que
seja uso misto.
---
Materiais - n/a análise implantação
Sub-categoria
Escala espacial
Extração de produtos minerais Região, nacional
Atividade
Medida de desempenho
Nível de desempenho
Planejamento, projeto,
construção
Ton de minerais extraídos
Ton de minerais utilizados
---
Ton/PIB
Ton/pessoa*ano
-------
Uso de materiais locais
Região, nacional
Projeto, construção
% materiais locais
Km/ton de material
conceito logístico de transporte de carga
> 80%
Maioria de fornecedores/distribuidores regionais
Reuso de materiais
Edifício, vizinhança
Projeto, construção
% materiais reutilizados
> 95%
Reuso de edifícios
Cidade, vizinhança
Planejamento, projeto
% reutilização (em volume)
> 50% da fachada
> 80% da estrutura principal
Madeira proveniente de
Edifício, região
manejo sustentável usada nos
elementos construtivos
básicos (certificado FSC ou
cultivada com manejo
sustentável localmente)
Projeto, construção
% madeira “sustentável”
> 80%
Uso de materiais com baixo
impacto ambiental
Projeto, construção
% materiais com baixo impacto ambiental
> 80%
Edifício, sítio
OU
Ao menos 3 dos 5 elementos seguintes foram
especificados segundo o desempenho ambiental
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
99
dos materiais e componentes: cobertura, paredes
externas, paredes internas, pesos e janelas
Água - n/a análise implantação
Sub-categoria
Escala espacial
Atividade
Medida de desempenho
3
3
Nível de desempenho
Extração
Região
Projeto, construção
m extração anual/m precipitação anual
< 70%
Conservação de água (reuso
de águas residuais e
aproveitamento de água
pluvial)
Edifício, sítio
Projeto, operação
m3 água/m 2 *ano
litros ou m3/pessoa*ano
litros ou m3/horas de ocupação*ano
<25% of benchmark
Paisagismo eficiente
(consumo de água)
Edifício, sítio
Projeto
m3 água /m2 jardim*ano
< 0,1 m3/m2*ano
Drenagem de água superficial Edifício, sítio, vizinhança Projeto
% superfície permeável
> 60%
100%
% pavimento permeável/área paisagismo (não inclui projeção
edificada)
< 25 m3/pessoa*ano
---
/ < 30l/pessoa*dia
Cargas ambientais - n/a análise implantação
Sub-categoria
Escala espacial
Emissões de C02
Atividade
Medida de desempenho
Nível de desempenho
Edifício, nacional, global Projeto, construção,
operação
Kg CO2/m2
0 (durante a operação)
Gases causadores de efeito
estufa
Nacional, global
Projeto, construção,
operação
Kg CO2 equiv/m2
< 25% do benchmark
Substâncias danosas à
camada de ozônio (ODS)
Nacional, global
Projeto, operação
/ <5kg
Não uso de ODS em ao menos 2 dos 4 elementos
seguintes: cobertura (inc. ático), paredes (inc.
portas), piso (inclui fundações) e tanque de água
quente (caldeiras/boilers) que emita < 125 mg
NOx/kWh
OU
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
100
100% isolamento com zero ODP
100% refrigerantes com zero ODP
Mudança climática e
aquecimento global
Nacional, Global
Projeto, construção,
operação
(comparação à média de 100 anos)
temperatura média
precipitação média
No incidentes meteorológicos severos
velocidade máx vento
2oC acima dos níveis pré-industriais (Kyoto)
-------
Emissões de NOx
Edifício, cidade, global, Projeto, construção,
operação
Mg de NOx/kWh
NOx ppm
<40mg NOx /kWh energia consumida
Acidificação
Nacional, global
Projeto, construção,
operação
Kg SO2 equiv/m2
< 25% do benchmark
Nevoeiro de verão
Cidade
Projeto, construção,
operação
Dias/ano
0
Poluição eletro-magnética
Edifício, vizinhança,
cidade
Projeto, operação
Não interferência de instalações vizinhas
Edifício, sítio Cidade
Projeto, Construção
Resíduos de construção
Reciclagem de materiais
Reconhecimento de problemas não relacionados a resistência
eletrônica
Edifício, sítio, vizinhança Projeto
Resíduos sólidos
Cidade
Projeto, construção,
operação
Compostagem
Edifício, sítio, vizinhança Construção, operação
cidade
Ton/pessoa*ano
Ton/m2 footprint
< 6 ton/pessoa*ano
---
% desperdício de material
<15%
% material reciclado em volume
% material reciclado em massa
---
m2 área alocada para reciclagem/UH
0.5m2 /UH
Área/facilidades compartilhadas
---
Ton/pessoa*ano
---
% material compostável efetivamente encaminhada
100%
Área de facilidades para compostagem/UH
-----
Área de facilidades para compostagem compartilhadas
> 70% em massa
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
101
Efluentes
Cidade, região
Construção, operação
Ton/ano
m3/ano
Runoff superficial de água
Edifício, região
Projeto, construção,
operação
m3/s/m2
0
redução do runoff para < 50% benchmark
Impactos no sítio
Sítio, vizinhança
Construção
Alteração de temperatura do lençol freático
---
Alteração de temperatura do ar
---
Redução de (velocidade de) ventilação
---
Sombreamento indesejado de propriedades vizinhas
---
Nível de desempenho
Aspectos comunitários (capital social)
Saúde
Sub-categoria
Escala espacial
Atividade
Medida de desempenho
Mortes/ferimentos de trânsito
Sítio, vizinhança
Construção, operação
Fatalidades/1000*ano
ferimentos graves/1000*ano
Ferimentos relatados/1000*ano
Exposição a particulados,
NOx, CO, ruído
Sítio, vizinhança, cidade Planejamento, construção, Ver item “Localização; Exposição a particulados, NOx, CO,
operação
ruído”
Campos eletro-magnéticos
(EMF)
Sítio, vizinhança
Planejamento, projeto
Amps/m
Volts/m
No de reclamações
Problemas nas articulações
Distúrbios de sono
Edifício
Projeto, construção,
operação
No de reclamações
Alergias
Edifício, vizinhança
Projeto, construção,
operação
% pessoas com alergias, asma etc
Sub-categoria
Escala espacial
Atividade
Medida de desempenho
Segregação
Vizinhança
Planejamento, projeto
Eqüidade
Nível de desempenho
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
Vitalidade urbana e segurança Vizinhança
patrimonial
102
% UHs desocupadas
--Planejamento, projeto,
desenv. Empreendimento,
% terrenos abandonados e sem tratamento
--operação
Incidência de crime (número de incidentes por UH ou por ano)
• incidência de arrombamentos por UH ou por ano
incidentes/ano
• incidência de vandalismo por UH ou por ano
• incidência de assaltos por UH ou por ano
incidentes/ano
incidentes/ano
usos mistos
--acessibilidade
--Redução de oportunidades de crime
Segurança em áreas externas Vizinhança
Planejamento
• No de atividades de risco na área (ex. postos de gasolina...)
Educação
• nível de educação
Capacitação
• Taxa de desemprego
• Presença de instituições em uma vizinhança ativamente
envolvida em sua melhoria
Conexão institucional
Envolvimento comunitário
Aplicação de princípios de projeto para segurança
(controle visual, iluminação etc)
Vizinhança
Planejamento, projeto,
construção, desenv.
empreendimento
Relacionamento entre residentes
• No reuniões públicas/ano
• No participações nas reuniões realizadas
• No pessoas envolvidas
Relacionamento residente-comunidade
• participação em programas comunitários
Qualidade das áreas externas
Sub-categoria
Espaços públicos de boa
qualidade
Escala espacial
Vizinhança
Atividade
Planejamento, projeto
Medida de desempenho
• % área pública
• área de parques e recreação/habitante
• sistema de gestão implementado
Nível de desempenho
----- acres/1000ha
---
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
Nível de ruído externo
Sítio, vizinhança
Temperatura e sombreamento Sítio, vizinhança
de áreas externas
operação
dB
Projeto
Uso de técnicas de baixo impacto (telhados verdes,
pavimentos permeáveis, superfícies impermeáveis com
alta refletância albedo, cool roofs etc)
103
-----
%áreas permeáveis/área total sítio (ver item “Água;Drenagem
--de água superficial”)
--refletância áreas impermeáveis
--% áreas impermeáveis sombreadas
Qualidade dos serviços e Localização
Sub-categoria
Escala espacial
Amenidades (serviços de
Vizinhança
apoio, compras, escola, lazer,
transporte público)
Atividade
Medida de desempenho
Planejamento, projeto,
desenv. empreendimento
Existência de:
• Instituição de saúde
• Centro comunitário
• Local de serviço religioso
• Posto de correios
Nível de desempenho
<1 km
<1 km
<1 km
Muito bom: < 500 m
bom: 500 m > d < 1 km
• Supermercado ou equivalente
• Telefone público
• Banco ou equivalente
• Centro comercial
• Creche/pré-escola
• Escola fundamental
• Ensino médio
< 500 m
< 500 m
< 500 m
< 2 km
Muito bom: < 500 m
bom: 500 m > d < 1 km
Muito bom: > 1 km
bom: 1 km > d < 2 km
• Áreas de lazer em geral
adjacentes e com acesso visual a partir de grupos
de unidades
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
• Áreas de lazer para crianças entre 5 e 12 anos
104
Muito bom: > 500 m
bom: 500 m > d < 1 km
• Áreas de lazer para crianças acima de 12 anos
Muito bom: > 500 m
bom: 500 m > d < 1 km
• Parque ou espaço aberto público
• Praça de esportes/ginásio
Responsabilidades / riscos
(sítios contaminados, odores,
poluição de água, linhas de
transmissão, áreas alagáveis)
Proximidade ou existência de:
• sítios contaminados, atividade industrial perigosa ou que
libere odores, sítios abandonados
(insdustriais/institucionais), linhas de transmissão, cursos
d’água poluídos
• sítio em área potencialmente alagável
< 1 km
< 1 km
< 500 m
< 3 m acima da maior cheia
No de pontos que excedem limites de poluentes específicos
Exposição a particulados,
NOx, CO, ruído
Proximidade a:
• ruas principais ou com tráfego de ônibus
• Rodovias
• Ferrovias
Muito bom: < 20% das unidades entre 20 e 50m
de ruas principais ou com tráfego de
ônibus
bom: < 20% das unidades a menos de 20m
de ruas principais ou com tráfego de
ônibus
> 80% das unidades a >50m de rodovia
> 80% das unidades a >150m de ferrovia
• Aeroportos
Leq < 69 dB
• Atividades geradoras de ruído (indústrias e área de lazer
> 80% das unidades a > 150m
ruidosa)
Impacto visual e layout
Sub-categoria
Escala espacial
Atividade
Medida de desempenho
Impacto visual
Vizinhança
Planejamento, projeto
Impacto visual
Nível de desempenho
> 80% das unidades atendem os critérios
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
• A escala e o conceito do sítio adequam-se bem ao
entorno?
• Os edifícios integram-se ao contexto dos edifícios locais,
padrões de ruas (forma, massa, detalhamento e
materiais)?
105
estabelecidos
(quando o ambiente local é de qualidade visual pobre,
responda n/a para as duas questões anteriores)
• Os edifícios melhoram o ambiente local?
• Há elementos associados ao sítio como um todo
(iluminação, mobiliário urbano, placas de ruas e de direção,
guias, bancos/assentos etc) bem detalhados, coordenados
entre si e cuidadosamente localizados?
• Há elementos externos associados às unidades (paredes e
cercas, garagens, latas de lixo, quadros de medidores de
energia, tubos de drenagem, corrimãos etc) bem
detalhados e coordenados?
• Existem elementos importantes (naturais ou construídos)
protegidos, para dar maturidade ao sítio?
• Existe algum elemento que possam conferir uma
identidade especial ao sítio sendo utilizados para esse fim?
• A entrada e movimentação no sítio são de fácil
compreensão?
Layout – relação entre
edificações, áreas abertas e
sítio
Vizinhança
Planejamento, projeto
Layout
> 80% das unidades atendem os critérios
estabelecidos
• Evitou-se super-exposição de cômodos habitáveis em
>50% das unidades, com pelo menos 10m de distância até
outros edifícios ou espaços públicos, incluindo rotas de
pedestres?
• Os edifícios (casas, garagens, blocos de serviço etc) foram
arranjados de forma a proteger os residentes contra ruídos
externos?
• As unidades foram agrupadas para tirar vantagem da
topografia local?
• Foram observadas estratégias de projeto passivo
(resfriamento/iluminação) no projeto das áreas externas e
das unidades habitacionais?
• Existem vistas distantes ou diversificadas a partir das áreas
públicas?
• 5 ou menos unidades sempre compartilham acesso (ex: em
casas: acesso de veículos/pátio frontal; apartamentos:
patamares/corredores?
• 15 ou menos unidades sempre compartilham acesso a
partir de um cul-de-sac, ou acesso vertical (em um bloco de
apartamentos)?
• O espaço aberto privado/compartilhado é contido nos
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
106
limites da unidade, com forma, dimensões e localização
bem projetadas?
• Diferentes áreas públicas possuem caracteres específicos
também diferenciados?
• Há áreas de armazenamento de lixo/resíduos
convenientes?
• A área de armazenamento de lixo/resíduos é servida por
torneira e drenagem para limpeza?
Paisagismo
(excluindo Vizinhança
espaços abertos privados)
Planejamento, projeto
Paisagismo
• Há superfícies impermeáveis ou paisagismo no projeto?
(se não, pular para a próxima sessão)
• Há variação de espécies plantadas (alturas, cores e
texturas), para criar interesse visual em diferentes
estações?
• O plantio foi relacionado às condições climáticas para
prover proteção contra vento e/ou sombreamento?
• Há árvores nas ruas e áreas abertas públicas?
• As áreas plantadas/gramadas suficientemente grandes
para serem viáveis (aproximadamente a área de projeção
de uma unidade)?
• As superfícies impermeáveis variaram para se adequarem
à relação com edifícios ou identificar áreas maiores, com
diferentes usos?
• O paisagismo pode ser mantido de modo fácil e
economicamente viável
• Elementos de água (ex: piscinas, fontes, corpos-d’água
etc) foram incorporados no sítio e adequadamente
protegidos?
> 80% das unidades atendem os critérios
estabelecidos
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
Espaços abertos públicos e
Vizinhança
compartilhados – segurança e
lazer infantil
Planejamento, projeto
Segurança do sítio
• Os espaços entre edifícios foram planejados para usos
específicos?
• Os limites entre espaços públicos e privados são claros?
(Como são tratados os espaços semi-públicos, se houver?)
• Os espaços compartilhados entre residentes (mas não pelo
público externo) são claramente definidos?
• A intrusão casual por não-residentes para além de áreas
públicas claramente definidas são desencorajadas pelo uso
de, por exemplo, barreiras, portões, porteiros ou sistemas
de segurança?
• A rede viária do sítio foi projetada de modo a desencorajar
estranhos e dificultar fugas?
• Foram aproveitadas as oportunidades para criação de
espaço aberto privado?
• As envoltórias das unidades consistem em paredes
suficientemente resistentes ou elementos equivalentes, de
modo a deter intrusão e vandalismo?
• A entrada principal é claramente visível e, nas
proximidades de portas de entrada e rotas de pedestres,
são evitados possíveis esconderijos?
• O agrupamento de edifícios e a posição de janelas
permitem monitoramento de visitantes inesperados?
• O agrupamento de edifícios e a posição de janelas
permitem monitoramento de áreas abertas e de lazer?
• Os pontos vulneráveis em edifícios são visíveis para outros
residentes e transeuntes?
107
> 80% das unidades atendem os critérios
estabelecidos
Áreas compartilhadas (edifícios apartamentos)
> 80% das unidades atendem os critérios
estabelecidos
• Há apartamentos com áreas compartilhadas? (se não,
pular para a próxima sessão)
• Os halls e corredores em blocos de apartamentos bem
iluminados (artificial e naturalmente)?
• Foram utilizados vidros, dispositivos, pinturas e
acabamentos anti-vandalismo em alturas inferiores a 2m do
nível do chão?
• Há interfone ou outro sistema de segurança nas entradas
principais dos blocos de apartamentos?
• Há >9 m2 disponíveis para portaria na entrada principal de
blocos com mais de 20 apartamentos?
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
Espaços
abertos Vizinhança
privados/compartilhados
Planejamento, projeto
108
Lazer infantil
• A unidade foi projetada para famílias com crianças? (se
não, pular para o próximo item)
• Existem áreas de lazer para crianças entre 2 e 5 anos de
idade, sob controle visual, para 100% das unidades?
• Existem áreas de lazer para crianças entre 5 e 12 anos de
idade, ao menos na relação de 1 para cada 40 unidades?
• As áreas de lazer são equipadas com equipamentos para
lazer do grupo etário em questão?
• As áreas de lazer oferecem a possibilidade de brincadeiras
energéticas (ex: playground de aventura, ciclovias etc)?
• As áreas de lazer e espaços públicos são localizados para
evitar perturbação (acústica) aos vizinhos?
> 80% das unidades atendem os critérios
estabelecidos
Espaços abertos privados (primários)
• Unidades sem espaço aberto privado principal
• Espaço aberto privado principal (normalmente nos fundos)
< 8m2
• Espaço aberto privado principal (normalmente nos fundos)
entre 8m2 e 20m2
• Espaço aberto privado principal (normalmente nos fundos)
entre 21m2 e 50m2
• Espaço aberto privado principal (normalmente nos fundos)
entre 51m2 e 200m 2
• Espaço aberto privado >200m2
> 80% das unidades atendem os critérios
estabelecidos
Espaços abertos compartilhados ou secundários
• Unidades sem espaço aberto privado secundário ou
espaço aberto compartilhado
• Espaço aberto privado secundário ou espaço aberto
compartilhado com < 8m2 por unidade
• Espaço aberto privado secundário ou espaço aberto
compartilhado com > 8m2 por unidade
> 80% das unidades atendem os critérios
estabelecidos
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
Características de jardins/ espaços abertos privados e/ou
compartilhados
• Espaço aberto privado principal (normalmente nos fundos)
com cercas/muros com > 1.2 m (laterais) e > 1.8 m
(fundos)
• Espaço aberto privado secundário ou espaço aberto
compartilhado com cercas > 700 mm de altura
• Tela/cortina para conferir privacidade, com 1.8 m de altura,
distante até 2m da parede
• Portões (trancafiáveis) para os espaços abertos da mesma
altura que os limites do lote
• Armários ou local externo para armazenamento portões
(trancafiáveis) para itens maiores (ex: bicicletas)
• Facilidades para reciclagem de água para uso em irrigação
dos espaços abertos
• Torneira externa com drenagem apropriada
• Ponto externo de energia
• Acesso seguro da testada ao espaço aberto nos fundos
sem entrada na unidade
• Facilidade para secagem de roupas com caminho de
acesso sem mudança de nível
Estacionamento
Vizinhança
Planejamento, projeto
Quantidade de estacionamento oferecido
• % área estacionamento/outro uso do solo (exclui UHs)
• no. de vagas/UH
109
> 80% das unidades atendem os critérios
estabelecidos
-----
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
Tipo de estacionamento oferecido às unidades
• Inexistente, num raio de 100m da porta de entrada
• Áreas pavimentadas disponíveis apenas nas vias públicas
– 30 a 100m além da porta de entrada
• Áreas pavimentadas disponíveis apenas nas vias públicas
– num raio de 30m
• Áreas pavimentadas agrupadas a mais de 30m da unidade
ou bloco de apartamentos ou garagens subterrâneas
acessíveis apenas pelos residentes
• Áreas pavimentadas ou garagens agrupadas a menos de
30m da unidade ou bloco de apartamentos
• Área pavimentada fora da projeção da unidade/edifício mas
claramente relacionada a eles OU área pavimentada,
estacionamento ou garagem dentro da projeção da
unidade/edifício
110
0%
<10%
<10%
<10%
<10%
>60%
> 80% das unidades atendem os critérios
Qualidade do estacionamento oferecido
• Uma vaga de garagem grande foi prevista (3.3m x 4.8m)? estabelecidos
• A vaga está afastada mais de 2m da janela de dormitórios?
• A vaga é segura?
• A vaga dá acesso fácil e direto ao jardim, sem passar
através da unidade?
• A vaga não domina a fachada das unidades (ex: <1/2 da
largura da fachada)?
• Vagas de estacionamento agrupadas são claramente
identificadas com as unidades a que pertencem?
Estacionamento distribuído para visitantes
• Há pequena quantidade (<1vaga/ 3unidades) de vagas de
estacionamento para visitantes claramente visíveis?
• Há uma quantidade razoável (>1vaga/ 3 unidades) de
vagas de estacionamento para visitantes claramente
visíveis?
> 80% das unidades atendem os critérios
estabelecidos
Medida de desempenho
Nível de desempenho
Qualidade do ambiente interno - n/a análise implantação
Sub-categoria
Escala espacial
Atividade
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
Iluminação natural e vistas
para o exterior
Edifício
Projeto, operação
idistância de planos de trabalho à janela (cozinhas, salas e
dormitórios)
fator de luz diurna
% área envidraçada/área de piso
horas de luz do sol direta na posição do sol
ângulo de céu obstruído por propriedades adjacentes
distância entre UHs
• lateral (paralela às testadas)
• frontal (perpendicular às testadas)
Conforto térmico
Edifício
Projeto, operação
111
--2% para cozinhas, 1,5 % para demais cômodos
muito bom: D>2%, a 4m da janela
bom: 2%>D>0.5%
>20%
> 2h
<20o
> 3m
> 13m
controle pelo usuário , ver item “Qualidade das unidades
habitacionais; controlabilidade”
No de reclamações
ToC ambiente Max (e horário de ocorrência)
UR ambiente
Velocidade do ar
Iluminação artificial
Edifício
Projeto, operação
Iluminamento Lux
controle pelo usuário , ver item “Qualidade das unidades
habitacionais; controlabilidade”
No de reclamações
Conforto acústico
Edifício
Projeto, operação
Nível de ruído interno, dB
No de reclamações
No de pessoas severamente prejudicadas por ruído
Qualidade do ar interno - n/a análise implantação
Sub-categoria
Escala espacial
Atividade
Medida de desempenho
Nível de desempenho
Emissão de compostos
orgânicos voláteis (VOCs)
Edifício
Projeto, operação
Concentração total de compostos orgânicos voláteis (TVOC)
Depois de 4 semanas da liberação para ocupação
:
• muito bom: TVOC< 0.2 mg/m3
• bom:TVOC <0.3mg/m3
• mínimo aceitável: TVOC < 0.6 mg/m3
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
Política em relação a
tabagismo
Edifício
Operação
Banimento de fumo no interior dos edifícios ou solução
adequada
Monitoramento de C02
Edifício
Operação
% CO2 (quando monitorado)
Esporos de fungos
Edifício
Operação
Cfu/m3 ar interno
(cfu=colony-forming units)
Eficiência e efetividade de
ventilação
Edifício
Projeto, operação
% renovações de ar/hora
112
100%
Muito bom: <50 cfu/m3
Saúde no ambiente interno - n/a – ref aos edifícios
Sub-categoria
Escala espacial
Atividade
Medida de desempenho
Síndrome de edifício doente
Edifício
Projeto, operação
No de reclamações x média nacional
Atividade
Medida de desempenho
Nível de desempenho
Capital econômico
Qualidade das unidades habitacionais
Sub-categoria
Escala espacial
Nível de desempenho
No. UHs que atendem a normas/legislação de vento e
inundações
Vulnerabilidade a desastres
naturais e incêndios
No. UHs que atendem a normas/legislação de incêndio
Condições físicas da UHs
% unidades em boas condições
Super-população das UHs
% unidades super-populadas (no. pessoas por UH/ no. quartos <2 = não configura super-população
por UH)
Manutenção de valor entre
gerações
% proprietários com dívidas de impostos
Diversidade
Edifício, vizinhança
Planejamento, projeto
Adaptabilidade
Edifício
Projeto, operação
• No de tipologias de edificações (e % de cada um)
• No de usos diferentes (e % de cada um)
Análise de projeto
Observação in situ
> 80% das unidades (em) que:
• Foram projetadas para facilmente permitirem
expansão futura
• Foram projetadas para facilmente permitirem
alterações de layout interno
• Um quarto no nível da entrada pode ser criado
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
113
(espaço suficiente em local adequado)
• Instalação de elevadores é fácil (abertura de
1450x1100mm é possível sem modificação
estrutural)
• Apoios podem ser adicionados (ex. em
banheiros – barras de apoio adequadas nas
paredes)
• Provisão de ducha no nível de entrada ou de
instalações e espaço para permitir sua
instalação futura
• Provisão de WCs ou de instalações e espaço
para permitir sua adição futura
• Espaços abertos compartilhados (em tipologia
edifícios de apartamentos) podem ser
replanejados para serem associados a unidades
individuais e vice versa
• Foram projetadas em planta aberta, sem
definição rígida de entre áreas de vivência e
circulação
• Atendem requisitos de diversidade étnica
Durabilidade
Análise do processo
> 80% das unidades (em) que:
Análise do projeto
• Análise de custos no ciclo de vida forma
considerados na especificação dos
componentes
• Foram utilizados componentes com garantia do
fornecedor
• Especificação por desempenho de portas e
janelas (vida útil de 25 anos)
• Especificação por desempenho de ferragens e
cozinha (vida útil de 15 anos)
• Uso de produtos confomes com a ABNT,
quando existentes
• Dimensionamento generoso de cabos e
conduítes e acessibilidade para
manutenção/atualização/renovação
• Registros acessíveis, isolando todas as
tubulações
• Partes e componentes de fácil compra e
substituição
Satisfação dos usuários
Avaliação pós-ocupação: pesquisa de satisfação e
observação in-situ
> 80% das unidades (em) que:
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
114
• Será realizada pesquisa de satisfação em
relação à unidade/sítio após a entrega do
empreendimento?
• Existe um mecanismo implementado para retroalimentação regular ou pesquisa de mercado?
• Em caso de resposta positiva a quaisquer das
duas questões anteriores: a pesquisa/retroalimentação será realizada por um especialista
independente?
• Existe um processo implementado para atuar
para a solução dos problemas apontados nos
comentários dos usuários e observações de
pesquisa?
Controlabilidade
Edifício
Projeto, operação
% pessoas com controle individual (para conforto térmico,
iluminação e ventilação)
100%
Comissionamento
Edifício
Projeto, operação
Provisão dos cronogramas de manutenção
Sim/não
Manutenção
Edifício
Projeto, operação
Provisão dos cronogramas de manutenção
Sim/não
Sub-categoria
Escala espacial
Atividade
Medida de desempenho
Nível de desempenho
Iluminação externa
Vizinhança
Planejamento, projeto,
% ruas sem iluminação
desenv. Empreendimento,
operação
Capacidade infraestrutura
Abastecimento de água
no de eventos (falta dágua)/ano
Sistema de esgoto
atende norma?
Drenagem de água de chuva
atende norma?
Conectividade e transporte
Sub-categoria
Escala espacial
Atividade
Medida de desempenho
Nível de desempenho
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
Mobilidade integrada
Edifício, sítio,
vizinhança, cidade
Planejamento, projeto,
desenv. empreendimento
Distância a nós de transporte público
115
<400 m
Muito bom: <500 m
bom: 500 m > d < 1 km
Freqüência de serviço de transporte (ao centro, amenidades)
Facilidade para ciclistas
• Km ciclovia/Km vias
• Km ciclovia/footprint
4x/hora
Comprimento ciclovia (90 cm) = 2x comprimento
total das vias
---
• armazenamento de bicicletas
1 vaga protegida de chuva para ao menos 80% dos
residentes
Pedestres
• comprimento calçadas(com largura e piso apropriados)/2x
comprimento vias
> 80% de atendimento dos critérios estabelecidos
• Espaços públicos estão conectados por vias
desobstruídas, bem-iluminadas e de superfície rígida?
• A iluminação está apropriadamente relacionada aos
edifícios e é de fácil manutenção?
• A posição das luminárias evita áreas escuras onde
pessoas andem tanto no exterior quanto em partes comuns
dos apartamentos?
• As calçadas/meio-fios são rebaixados onde os caminhos
de pedestres cruzam vias?
Política de transporte disponível
Política, incluindo mensuração, monitoramento,
metas, plano de ação e estratégia de
implementação
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
Vias e deslocamentos no sítio Vizinhança
Planejamento, projeto
116
Facilidade de movimentação
• As vias conectam-se às vizinhanças adjacentes (ex: são
evitados cul-de-sacs de acesso a mais de 25 unidades)?
[9, 12]
• A hierarquia de vias é clara?
• Os nomes de vias, locais e edifícios e os números das
unidades são legíveis e localizados apropriadamente em
relação aos edifícios?
• As vias aproveitam as vistas/marcos dentro ou em torno do
sitio?
> 80% das unidades atendem os critérios
estabelecidos
Veículos
• Existem medidas apropriadas de traffic calming usadas
para controlar a velocidade do tráfego de veículos?
• A segregação de veículos é possível para aumentar a
segurança dos caminhos de pedestres?
• Veículos grandes, de emergência ou serviço podem chegar
a 30m da entrada principal de todas as unidades?
• Existem espaços para veículos de coleta de lixo e
serviço/entrega possam parar sem obstruir vias?
• Há segregação de vias , isto é: As vias facilitam e
encorajam uso de bicicletas (ciclovias, barreiras para
automóveis, mas permitem passagem de ciclistas) ?
> 80% das unidades atendem os critérios
estabelecidos
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
Acesso às unidades (sítio em geral)
• Rotas de pedestres e caminhos de jardim
• firmes, nivelados, acabamento antiderrapante, textura e
cores que os diferenciem
• largura mínima de 900 mm
• Inclinação de rampas essenciais
• 1:12, para comprimento máximo de 5m
• 1:15, para comprimento máximo de 10m
• Onde rampas são utilizadas, há degraus/escadas
alternativos com corrimãos/guarda-corpos?
• Corrimãos para escadas essenciais, com altura de espelho
máxima de 150mm e piso min de 280mm
• Mudanças de nível são protegidas por corrimãos/guardacorpos para desníveis acima de 380mm?
• Calçadas/meio-fios rebaixados para caminhos de
pedestres principais e acessos às unidades
Recomendado
• Caminhos com inclinação inferior a 1:12
• Caminhos com largura mínima de 1000mm
117
> 80% das unidades atendem os critérios
estabelecidos
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
Área de entrada das unidades
• Caminho de acesso com largura mínima de 850mm e sem
degraus
• Vaga de estacionamento conveniente e acessível para
usuários de cadeiras de rodas a menos de 30m da entrada
principal de 10% das unidades
• Qualquer rampa para portas externas com inclinação suave
com plataforma de entrada (1200x1200mm) fora do giro da
porta
• Varanda sobre a entrada com luzes
• Soleiras externas planos, com desnível de no max. 15mm
• porta de entrada principal com largura livre de 800mm
• Outras portas externas: largura livre de 750 mm
• Elevadores para unidades com entradas acima de 3m do
térreo para cadeiras de rodas mais acompanhante,
viajando a velocidade adequada
> 80% das unidades atendem os critérios
estabelecidos
Recomendado
• Trecho de aproximação a todas as portas externas
nivelados
• Vaga de estacionamento conveniente e acessível para
usuários de cadeiras de rodas a menos de 30m da entrada
principal de 100% das unidades
• Elevadores para todas as unidades acima do nível térreo
• Todas as unidades com entrada privada no nível térreo
• Entradas com 300mm de largura além dos 800mm de
largura da porta)
Custos
Sub-categoria
Escala espacial
Atividade
Medida de desempenho
Nível de desempenho
Investimento total
Edifício, sítio
Projeto, construção
$ construção/m 2
---
$ tratamento áreas livres/m2
---
$ urbanização/m2
---
Custos no ciclo de vida x
capacidade de compra
Edifício
Projeto, construção,
operação
$ operação anual/$ construção
$ manutenção anual/$ construção
$ operação+manutenção anual/$ ciclo de vida projetado
$ operação+manutenção pgto mensal pela UH/renda familiar
118
<30%
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
Benefícios
Sub-categoria
Escala espacial
Atividade
Medida de desempenho
Benefícios líquidos totais
Edifício
Planejamento, projeto,
construção, operação
---
Nível de desempenho
(oportunidades de) Negócios
Sub-categoria
Escala espacial
Atividade
Medida de desempenho
Emprego
Vizinhança, cidade
Planejamento, projeto,
desenv. empreendimento
Desemprego/emprego (em % da população)
Treinamento
Edifício, vizinhança,
cidade
desenv. empreendimento, Dias de treinamento/pessoa*ano
construção, operação
Aumento de oportunidades de Vizinhança, cidade
negócios
Planejamento, projeto,
desenv. empreendimento
Nível de desempenho
119
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
120
Referências consultada
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Sustainable Construction Theme Group. Sustainable Construction Theme Group, UK. March 2000.
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Howard, Susheel Rao, 1998
RAO, S.; YATES, A.; BROWNHILL, D.; HOWARD, N. EcoHomes: the environmental rating for homes.
Building Research Establishment, Garston. 2000
DICKIE, I.; HOWARD, N. Assessing environmental impacts of construction: Industry concensus,
BREEAM, and UK ecopoints. BRE Digest 446. Building Research Establishment, Garston 2000.
BUILDING RESEARCH ESTABLISHMENT. A Sustainability Checklist for Developments, draft
document.
HOWARD, N.; SHIERS, D. The Green Guide to Specification. Building Research Establishment,
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ANDERSON, J., HOWARD, N. The Green Guide to Housing Specification. Building Research
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HOWARD, N.; EDWARDS, S., ANDERSON, J. BRE methodology for environmental profiles of
construction materials, components and buildings. Building Research Establishment, Garston. 1999.
DETR UK. Building a Better Quality of Life - a strategy for more sustainable construction. 2000.
US GREEN BUILDING COUNCIL. Leadership in Energy and Environmental Design - LEED: Green
Building Rating System version 2.0. 2000.
Green Building Challenge. Site internet www.greenbuilding.ca
NATIONAL INSTITUTE OF STANDARDS AND TECHNOLOGY (NIST). Building for Environmental and
Economic Sustainability (BEES 2.0). Site internet www.bfrl.nist.gov/oae/software/bees
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2001.
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NETWORK). Site internet www.surveying.salford.ac.uk/bqextra, última alteração setembro de 2000.
SHARMA, R. Sustainability index for residential neighborhoods. Tallahassee: The Florida State
University, School of Social Sciences, Department of Urban and Regional Planning (Master of science
Thesis). 2003.
DETR/Housing Support Unit. Housing Quality Indicators. London, DETR: 2000. 46p.
Master Framework - EU funded project. Site internet www.vtt.fi/yki/yki6/master/master.htm
IEA BCS Annex 31: Energy Related Environmental Impact of Buildings.
Athena Institute. Site internet www.athenasmi.ca
Spartacus. Site internet www.ltcon.fi/spartecus
EcoEffect: Environmental Assessment of Buildings - environmental Load Impacts during the Life Cycle
of the Building. Site internet www.bmg.kth.se/Bob/Asam9905, www.bmg.kth.se/Bob/EcoEffect/henengal
Ecoles des Mines de Paris: Centre d'Energetique. Equer. Site internet wwwcenerg.cma.fr/fr/modelisation/paris/equer
La Haute Qualité Environnementale (HQE). Site internet www.areneidf.com/recherche/urb/hqe
Hauté Qualité Environnementale: Une démarche par la construction de bâtiments universitaires. Site
internet www.cribx1.u-bordeaux.fr/ub1/ecocampus/fiches/fich06
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
121
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
122
Anexo 7: Exemplo da aplicação do modelo axiomático na definição da
implantação e projeto de áreas habitacionais.
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
FR1
Projetos de casas que ajudem no
desenvolvimento
de
uma
comunidade (peruana) local.
FR1.1
Oferecer um lugar onde as
pessoas compartilhem uma mesma
forma de vida e reforce o
sentimento de grupo.
FR1.1.1
Considerar
as
características
pessoais
fundamentais
como:
introvertido
/extrovertido
(ou
privacidade e relação comunitária).
123
DP1
Projeto baseado nos
culturais e sociais locais.
hábitos
DP1.1
Criar células residenciais de
interesse particular, separadas por
áreas
abertas
ou
serviços
comunitários ou áreas públicas.
DP1.1.1
Dividir as células residenciais em
áreas pacatas ou movimentadas,
sendo que estas casas terão
diferentes níveis de exposição à
circulação de pedestres em áreas
de atividades públicas.
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
FR1.1.1.1
Garantir o acesso à comida fresca.
124
DP1.1.1.1
Projetar um mercado central para o
conjunto habitacional.
FR1.1.1.1.1
Garantir o acesso a pé, das casas
nas células residenciais até o
mercado.
DP1.1.1.1.1
Localizar o mercado numa artéria
de tráfego central com um acesso
direto aos caminhos de pedestres.
FR1.1.1.1.2
Garantir o acesso de carros para
entregas.
DP1.1.1.1.2
Localizar o mercado numa via
arterial de grande tráfego.
DP1.1.1.2
Criar
centros
noturnos
com
restaurantes,
bares,
cinemas,
sorveterias, central de polícia,
postos de gasolina, paradas de
ônibus (dar as pessoas lugares
agradáveis onde ir a noite).
Garantir o acesso aos serviços
públicos durante a noite.
FR1.1.1.2
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
FR1.1.1.2.1
FR1.1.1.3
FR1.1.1.4
Garantir que as pessoas se sintam
seguras.
Garantir o acesso desempedido à
educação. Garantir a integração
entre escola e comunidade. A
educação superior não deveria ser
separada da maioria dos processos
sociais comuns.
Garantir acesso a educação préescolar.
125
DP1.1.1.2.1
Reunir pelo menos seis atividades
(as pessoas se sentem seguras em
grupo).
DP1.1.1.3
Implantar a escola de forma que os
caminhos públicos de pedestres
atravessem as cercanias. Espaços
públicos
como
playgrounds,
auditórios e lojas encontram os
caminhos públicos, para que
possam ser compartilhados pela
comunidade.
DP1.1.1.4
Distribuir, nas células residenciais,
pequenos jardins infantis com
acesso direto dos pedestres
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
126
Prover visibilidade das atividades
pré-escolares.
FR1.1.1.4.1
FR1.1.2
Servir qualquer área residencial
através de vias locais. Evitar ruídos
e tráfego perigoso.
DP1.1.1.4.1
Dispor as áreas de atividades
infantis num nível mais baixo em
relação
aos
caminhos
de
pedestres, de tal forma que os
passantes possam observar as
crianças e estas possam ser
observadas.
DP1.1.2
Localizar o sistema de circulação
da vizinhança em ruas contínuas,
estreitas e de sentido único.
DP1.1.2.1
Em qualquer ponto da rede viária
onde duas ruas se encontram, sem
semáforos, elas devem formar um
“T” em ângulos retos, numa
distância mínima de 50m entre os
pontos de conexão.
Evitar cruzamento de duas ruas.
FR1.1.2.1
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
127
Dar conforto ao pedestre nas vias
locais.
FR1.1.2.2
FR1.1.3
Oferecer áreas de estacionamento
distribuídas próximas dos serviços
públicos, escolas, etc.
DP1.1.2.2
Em ruas com fluxo contínuo de
carros
dispor
as
vias
de
automóveis 50cm abaixo dos
caminhos de pedestres (dar ao
pedestre um ar melhor para
respirar e uma vista para o outro
lado da rua).
DP1.1.3
Criar
pequenas
quebras
de
estacionamento para 5 ou 9 carros
no máximo, evitando grandes áreas
pavimentadas ou a síndrome do
mar de carros.
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
FR1.1.4
Dar as pessoas a possibilidade de
passear entre os serviços públicos
e nos parques.
128
DP1.1.4
Separar o tráfego de carros dos
caminhos de pedestres. Criar
sistemas de caminhos públicas que
não distem mais de 50m dos
edifícios e serviços públicos ou
100m de qualquer casa.
DP1.1.4.1
Ao longo do caminho de pedestre
criar
pequenos
bolsões
de
atividades através do aumento da
passagem, como um espaço
aberto. Dispor lojas e serviços
nestes bolsões.
DP1.1.5
Criar dois sistemas ortogonais
separados de tráfego (carro e
pedestre) que se cruzam (com
cruzamentos a cada 100m de
distância e pequenas áreas de
estacionamentos, próximos aos
cruzamentos, onde pedestres e
carros possam se encontrar).
Localizar atividades para criar
relacionamentos comunitários.
FR1.1.4.1
FR1.1.5
Criar sistemas separados de
tráfego, tanto para carros como
para pedestres, que se cruzem
freqüentemente.
Relatório científico final – Projeto FINEP/ASIHAB
FR1.1.5.1
Sinalizar os cruzamentos entre
pedestres e carros de forma clara.
129
DP1.1.5.1
Criar articulações nos cruzamentos
dos dois sistemas ortogonais
(carros e pedestres) para identificálos claramente.