Relatório e Contas de 2007

Transcrição

Relatório e Contas de 2007
Sede Social - Registered Office: Mitrena - 2910-738 Setúbal
Capital Social - Share Capital: 5 000 000 Euros
Matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Setúbal
Registered at the Setúbal Commercial Registration Office
Sob o N.º 503 847 151 - Under number 503 847 151
Pessoa Colectiva N.º 503 847 151 - Company number 503 847 151
RELATÓRIO
DE GESTÃO E CONTAS
MANAGEMENT REPORT
AND ACCOUNTS
2007
Relatório de Gestão e Contas
Management Report and Accounts
2007
Índice/Index
Membros dos Órgãos Sociais
Members of Bodies Corporate
Convocatória da Assembleia Geral Anual de Accionistas
Notice of the Annual General Meeting of Shareholders
Relatório do Conselho de Administração
Board of Directors Report
1. Introdução
1. Introduction
2. Considerações Gerais sobre o Mercado de Reparação Naval
2. General Comments about the Ship Repairing Market
3. Actividade de Reparação Naval
3. Ship Repair Activity
4. Projectos Especiais
4. Special Projects
5. Investimentos
5. Investments
6. Recursos Humanos
6. Human Resources
7. Situação Económica e Financeira
7. Economic and Finantial Situation
8. Perspectivas de Actividade para 2008
8. Prospects for the Activity in 2008
9. Proposta de Aplicação e Resultados
9. Proposal for the Appropriation of Profits
10. Referências Finais
10. Closing Remarks
Balanço Analítico
Analytical Balance Sheet
Demonstração de Resultados
Statement of Profit and Loss
Demonstração de Resultados por Funções
Statement of Profit and Loss by Activity
Demonstração dos Fluxos de Caixa
Cash Flow Statement
Anexo à Demonstração de Fluxos de Caixa
Appendix to the Cash Flow Statement
Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados
Appendix to the Balance Sheet and to the Statement of Profit and Loss
Relatório e Parecer do Conselho Fiscal
Auditing Committee Report and Advice
Certificação Legal das Contas
Legal Certification of Accounts
Extracto da Acta da Assembleia Geral
Extract of the Minute of the Annual General Meeting of Shareholders
Delegações e Representações
Delegations and Representative Offices
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Membros dos Órgãos Sociais
Mandato: Quadriénio 2005/2008
Mesa da Assembleia Geral:
Presidente:
Luís Miguel Nogueira Freire Cortes Martins
Secretários:
Manuel Joaquim Rodrigues
Carlos Fernando Soares Pinheiro
Conselho de Administração:
Presidente:
José António Leite Mendes Rodrigues
Vogais:
Nelson Nunes Rodrigues
Aloísio Fernando Macedo da Fonseca
Frederico José Ferreira de Mesquita Spranger
Jürgen Peters
João Rui Carvalho dos Santos
Manuel Serpa Leitão
Comissão Executiva:
Presidente:
Frederico José Ferreira de Mesquita Spranger
Vogais:
Jürgen Peters
João Rui Carvalho dos Santos
Conselho Fiscal:
Presidente:
Francisco José da Silva
Vogais:
Maria Isabel Louro Caria Alcobia
“Patrício, Mimoso & Mendes Jorge, SROC”
-representada por Joaquim Patrício da Silva
Suplente:
Alberto Arnauth Ribeiro - ROC
Secretário da Sociedade:
Efectivo:
Carlos Fernando Soares Pinheiro
Suplente:
Otília Carrega Pires
Comissão de Vencimentos:
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Presidente:
Luís Miguel Nogueira Freire Cortes Martins
Secretário:
Walter Klausmann
Estrutura da Lisnave
CONSELHO
DE ADMINISTRAÇÃO
COMISSÃO
EXECUTIVA
GESTÃO
DA QUALIDADE
AMBIENTE
PREVENÇÃO
E SEGURANÇA
CONTROLLER
COMERCIAL
ADMINISTRATIVA
PRODUÇÃO
GESTÃO
DE PROJECTOS
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Assembleia Geral Anual de Accionistas
Convocatória
Nos termos da Lei e do Contrato de Sociedade, é convocada a Assembleia Geral Anual de Accionistas da
Lisnave, Estaleiros Navais, S.A., para reunir, no dia 19 de Março de 2008, pelas 11:00 Horas, na Sede
da Sociedade, no Estaleiro da Mitrena, Setúbal, com a seguinte Ordem de Trabalhos:
1º - Deliberar sobre o Relatório de Gestão e Contas do Exercício de 2007;
2º - Deliberar sobre o Relatório do Conselho Fiscal;
3º - Deliberar sobre a Proposta de Aplicação de Resultados;
4º - Proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da Sociedade.
No prazo legal, ficam à disposição dos Senhores Accionistas, na Sede da Sociedade e no respectivo Sitio na
Internet, os elementos constantes do artigo 289º do Código das Sociedades Comerciais e os respeitantes
aos pontos que constituem a Ordem de Trabalhos.
Nos termos da Lei e do Contrato Social a Assembleia Geral é constituída pelos Accionistas com direito a
voto que possuam, pelo menos, cem acções devidamente registadas em seu nome até dez dias antes da
data da Assembleia Geral. A cada cem acções corresponderá um voto.
Para o efeito, os Senhores Accionistas que queiram estar presentes naquela Assembleia deverão informar o
Presidente da Mesa da Assembleia Geral, por carta, com assinatura reconhecida notarialmente, ou certificada
pela Sociedade, devendo neste caso solicitar às instituições financeiras onde se encontram registadas as
acções que comuniquem ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral a existência de tal registo, até cinco
dias úteis antes da data da Assembleia Geral.
A Assembleia Geral só poderá reunir, em primeira Convocatória, estando presentes ou representados Accionistas representantes de, pelo menos, cinquenta por cento do capital social.
Não poderão assistir à Assembleia Geral os Accionistas que não tenham direito a voto.
Setúbal, 07 de Fevereiro de 2008
O Presidente da Mesa da Assembleia Geral
Dr. Luís Miguel Nogueira Freire Cortes Martins
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Relatório do Conselho de Administração
1. Introdução
A Lisnave, Estaleiros Navais, S.A. superou, pela terceira vez consecutiva, os objectivos definidos, tendo
registado, no Exercício de 2007, os seus melhores Resultados.
Sem dúvida, um facto marcante, o qual, para além de confirmar a tendência de acentuada melhoria já
evidenciada pelos indicadores de anos anteriores, é ainda mais relevante se se tiver em atenção, que se
concluiu, no Exercício em apreço, a execução do Plano de Reestruturação, acordado em 1997 entre os seus
Accionistas e o Estado.
De facto, a recuperação evidenciada pela Lisnave tornando-a menos vulnerável às vicissitudes do mercado
global em que opera e, mais importante ainda, muito melhor preparada para enfrentar os desafios do século
XXI, vem demonstrar que, apesar das dificuldades enfrentadas para superar parte dos constrangimentos do
modelo do Plano de Reestruturação, as decisões tomadas, na sequência das alterações Accionistas ocorridas
no ano de 2000 e concretizadas, de forma mais acentuada, no período que decorreu entre os anos 2000
e 2004, se revelaram acertadas.
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Neste contexto, o Conselho de Administração considera que, com o nível de desempenho, que foi possível
atingir no último terço dos dez anos do Plano de Reestruturação, começa a ficar consolidada a tendência de
equilíbrio da Empresa, situação que lhe permitirá, através de uma gestão rigorosa, prosseguindo o caminho
que tem vindo a ser trilhado, começar a perspectivar um futuro sustentável para a Empresa e, igualmente,
para as Empresas de Prestação de Serviços Industriais, que se têm constituído e instalado na sua periferia
e que, com ela, representam já um verdadeiro “cluster” da indústria naval na Península de Setúbal.
O Exercício de 2007
Ciente da necessidade de enfrentar as ameaças e, se possível, transformá-las em oportunidades, tal como
o Conselho de Administração já antecipava para o ano de 2007, seria necessário que a Lisnave prosseguisse na senda da progressiva redução do “Ponto Crítico das Vendas”, de forma a garantir um nível de
competitividade, que não a vulnerabilizasse perante uma provável quebra de procura.
Com efeito, aos efeitos induzidos pelos tradicionais factores de instabilidade do mercado, um novo e sério
conjunto de ameaças se lhe vem deparando, designadamente a entrada em operação de grande quantidade
de navios novos, que se verificou no ano de 2007, bem como a progressiva afirmação de competência,
que tem vindo a ser adquirida pelos antigos estaleiros do leste europeu, os quais, no decurso dos anos 90,
vieram a entrar no mercado comercial.
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Contudo, foram já visíveis, como o Conselho de Administração vinha antevendo e apesar de se ter registado
um crescimento mais moderado do comércio mundial, na casa dos 8,7%, isto é, cerca de 1% menos do
que no ano anterior, algumas pequenas melhorias no mercado, tendo-se verificado que, ou pelo estado das
respectivas frotas ou por conscientes decisões de investimento, alguns Armadores, em resultado também
da boa rentabilidade do seu negócio nos Exercícios passados, decidiram começar a efectuar operações de
manutenção dos seus navios, com níveis de intervenção um pouco mais profundos do que aqueles que se
tinham vindo a verificar nos últimos anos, situação a que não será, também, alheia a evolução verificada
nas taxas de frete durante o ano de 2007.
Foi, efectivamente, já possível constatar, embora de forma ténue, um ligeiro crescimento da procura no
mercado de Reparação Naval, medido pelo número de consultas recebidas, apesar dos críticos e habituais
factores, como a instabilidade dos mercados petrolíferos, a flutuação do câmbio do Dólar ou das taxas de
frete, continuarem, notoriamente, a condicionar as decisões dos Armadores.
Na verdade, o mercado, não se tendo apresentado tão desfavorável como em alguns dos períodos anteriores, esteve condicionado pelo elevado nível do preço do petróleo e pela muito elevada cotação média
do Euro.
No que se refere aos fretes, as taxas médias diárias variaram muito durante o período a que se reporta o
Exercício, conhecendo evoluções muito diferenciadas.
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Assim, as taxas de um petroleiro “Suezmax Moderno”, embora registando, em meados do 2º Semestre,
uma quebra acentuada, que as levou para valores próximos dos mais baixos de 2003, terminaram em alta
significativa, fixando-se em valores da ordem dos 100 mil dólares/dia, isto é, cerca de 5 vezes mais que
o mínimo do ano.
Os Graneleiros, por sua vez, conheceram um ano bastante melhor, com as taxas diárias a variarem entre os
mínimos de cerca de 50 mil dólares e o máximo, no final do ano, acima dos 140 mil dólares, com média
anual da casa dos 85 mil dólares, isto é, mais do dobro das médias dos anos anteriores.
Em consequência, o mercado de Reparação Naval conheceu, globalmente, um crescimento interessante,
da ordem dos 5%, passando as consultas recebidas de 661 para 694, sendo relevante referir que a taxa de
sucesso de obtenção de encomendas subiu 1 ponto percentual, para os 22%.
Neste contexto, a Lisnave superou, com assinalável nível de sucesso, o Exercício em apreço, tendo concluído
o Exercício de 2007 com um volume de Vendas de Reparação Naval de 118,3 milhões de Euros, cerca de 8
milhões mais do que no ano anterior, correspondente à reparação/manutenção de 135 navios, provenientes
de 86 Clientes, localizados em 23 países.
O total dos Proveitos de Exploração fixou-se em 126,6 milhões de Euros, isto é, cerca de 12,3 milhões de
Euros mais do que no ano de 2006.
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Os Resultados Líquidos do Exercício atingiram os 10,20 milhões de Euros positivos, a que corresponderam
Resultados Operacionais de 10,13 milhões de Euros, um Gross Cash Flow de cerca de 17 milhões de Euros
e disponibilidades financeiras acumuladas de 29,7 milhões de Euros.
Releve-se o facto de a Situação Líquida se situar em montantes que mais do que quadriplicam o valor do
Capital Social.
Referência especial, merece, ainda, o facto de o Activo ter crescido em cerca de 8 milhões de Euros, contra
uma subida do Passivo de apenas cerca de 0,6 milhões de Euros.
A expressividade do montante, relativo a Rendas no Exercício, é outro dos factores a relevar. De facto, o
montante global da renda, que a Lisnave vai entregar à Concessionária, Lisnave, Infraestruturas Navais,
S.A., fixou-se em 26,3 milhões de Euros.
Este montante, com efeito, confirma, em definitivo e em conformidade com o que o Conselho de Administração tem vindo a reafirmar ao longo dos últimos anos, a adequação do esquema de rendas, que
veio a vigorar no período de 2003 a 2007, uma vez que permitiu, através do efeito exponencial das duas
componentes da renda variável, recuperar e antecipar a satisfação, pela Concessionária, de parte substancial
das responsabilidades financeiras assumidas, na sequência do Plano de Reestruturação.
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Desta forma, o Conselho de Administração, ao mesmo tempo que se congratula com este facto, considera
que, a partir do Exercício de 2008, deverá ser reposto, em moldes mais adequados à situação actual, o
esquema de rendas acordado com a Lisnave - Infraestruturas Navais, S.A..
No que respeita ao Activo Imobilizado, durante o presente Exercício, é de notar a relevância do montante
das responsabilidades com Investimentos, cerca de 3,6 milhões de Euros, dos quais 1,3 milhões em novos
investimentos e cerca de 2,3 milhões de Euros em grandes reparações de infraestruturas e equipamentos,
cujos montantes acumulados desde o Exercício de 2000, ascendem já a cerca de 25 milhões de Euros.
A LisnavE no período em análise, manteve as suas tradicionais características de Empresa fortemente
exportadora, tendo vendido para o mercado externo 117,2 milhões de Euros de serviços de Reparação, isto
é, cerca de 95% do total, tendo procedido, apenas, à reparação de quatro navios de pavilhão nacional.
Por outro lado, a Empresa manteve, igualmente, o seu elevado nível de empregabilidade, garantindo emprego equivalente de 56 milhões de Euros, a que correspondem, em média, mais de 2 mil e quinhentas
pessoas equivalentes.
De realçar, ainda, que o Exercício foi concluído sem dívidas vencidas, quer aos Trabalhadores, quer ao Estado,
ao qual foi entregue em IRS, Contribuições para a Segurança Social e outros Impostos, cerca de 7,9 milhões
de Euros, a que acrescem mais 3,47 milhões, relativos a Impostos sobre Lucros do Exercício.
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O Conselho de Administração, relativamente à Formação Profissional de Jovens Operários, regista com satisfação que, apesar das dificuldades de recrutamento subjacentes, se encontram actualmente em Formação 85
Jovens, enquanto outros 74 já estão, após terem terminado o seu percurso formativo com aproveitamento,
a dar início, como Praticantes, às respectivas carreiras profissionais.
Este Plano de Formação, como já era referido pelo Conselho de Administração no Relatório de Actividades
do Exercício anterior, orçado em cerca de 6 milhões de Euros e abrangendo, nesta fase, o recrutamento e
formação de cerca de 250 Jovens, deu origem a um Processo de Candidatura, que foi oportunamente apresentado à API, tendo, infelizmente e apesar das suas características de “formação altamente qualificante”,
obtido apenas a concessão de um apoio financeiro máximo de 1 milhão de Euros, pelo que a maior parte
do custo do Plano, vai ser assumida pela própria Lisnave.
De relevar, ainda, o esforço desenvolvido no sentido de maximizar o volume da Prestação de Serviços
da Gestnave, embora com recurso à aquisição de serviços, cujo âmbito se encontra fora da actividade de
reparação naval, o qual, contudo, não permitiu utilizar a totalidade das 260 mil horas contratadas e pagas,
para o ano de 2007.
Entretanto, foi obtido o Licenciamento Ambiental do Estaleiro da Mitrena e renovou-se, com sucesso, a
Certificação ISO 9001:2000, mantendo, igualmente, o Certificado de Protecção do Código Internacional de
Segurança de Navios e Instalações Portuárias - ISPS.
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A Estrutura Accionista era, em 31 de Dezembro de 2007, a seguinte:
Navivessel, Estudos e Projectos Navais, S.A.
72,82%
ThyssenKrupp MARINE SYSTEMS ag
20,00%
eSTADO PORTUGUÊS
2,97%
OuTROS ACCIONISTAS
4,21%
A finalizar, o Conselho de Administração deseja manifestar a sua satisfação pelo facto de ter sido possível, na
sequência da competente aprovação pela Assembleia Geral de Accionistas de 2007, proceder, pela segunda
vez consecutiva, à remuneração dos capitais investidos pela generalidade dos Accionistas da Empresa.
Por último, o Conselho de Administração, ao encerrar o período que marca a conclusão do Plano de Reestruturação, não pode deixar, dada a importância de que se reveste, quer em termos regionais, quer sobretudo nacionais, de relevar que a Lisnave, durante estes 10 anos da sua execução reparou 1.370 navios
provenientes de países de todo o mundo, a que corresponderam Vendas de 1.154 milhões de Euros (dos
quais 1.099 milhões para exportação), com um Valor Acrescentado Nacional de cerca de 95%, a que estão
associados salários globais de mais de 692 milhões de Euros e entregas ao Estado, em contribuições para
a Segurança Social, IRS e outros Impostos, cerca de 120 milhões de Euros.
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Perspectivas para o Exercício de 2008
O Conselho de Administração, projectando o futuro, reafirma, uma vez mais, a sua forte convicção de que
é indispensável proceder à flexibilização das condições do Contrato de Trabalho da Empresa, por forma a
torná-las mais ajustadas às práticas dos seus concorrentes directos.
Com este objectivo, pretende voltar a contactar as Organizações Sindicais representativas dos Trabalhadores da Lisnave, apelando, mais uma vez, para a necessidade imperativa de proceder a esta mudança,
que considera indispensável para a contratação dos Trabalhadores da nova geração, que têm vindo a ser
formados no âmbito do Plano de Formação de Jovens.
O Conselho de Administração, em termos gerais de gestão, pretende manter a estratégia de rigor, que tem
vindo a ser seguida, dispensando particular atenção à necessidade imperativa de prosseguir a flexibilização e
redimensionamento, onde for possível, do custo dos factores de produção, adequando-os, continuadamente,
ao volume de receitas previsionais.
Na senda deste objectivo, irá prosseguir a sua política de acentuada combatividade comercial e de fidelização
de Clientes, controlo de gestão e de custos, nomeadamente os custos fixos do factor trabalho, reforçando a
sua política de desenvolvimento de relações de “partenariado” com os Prestadores de Serviços tradicionais
e continuando a promover o lançamento de novas iniciativas empresariais.
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Por outro lado, o Conselho de Administração mantém a firme convicção de que o nível dos indicadores
económico-financeiros do Exercício em apreço demonstram a capacidade de adaptação, que a Lisnave tem
vindo a desenvolver, progressivamente, ao longo dos últimos anos, a qual, conjugada com a manutenção
das políticas de rigor, que têm vindo a ser seguidas e complementada com o recrutamento de Jovens com
múltiplos saberes e características de flexibilidade, são uma garantia de que a Lisnave vai continuar a assegurar as condições necessárias para ultrapassar as vulnerabilidades, que a caracterizaram no passado.
Desta forma, embora tenha plena consciência do elevado grau de risco, associado à imprevisibilidade que
caracteriza o negócio da Lisnave, o Conselho de Administração está em crer, dada a implementação de
regras mais apertadas de Protecção Ambiental no Mar, estabelecidas pelos organismos reguladores internacionais, que os operadores da Marinha Mercante vão ter de dar mais atenção à manutenção preventiva
dos seus navios, situação de que virá a resultar um aumento do conteúdo de trabalho requerido.
Neste contexto, o Conselho de Administração, ciente embora de que os especialistas continuem a manter-se
cautelosos quanto à evolução da economia mundial, dado que os factores críticos, como a instabilidade dos
mercados petrolíferos, a flutuação do câmbio do Dólar, ou das taxas de frete, podem continuar a condicionar
as decisões dos Armadores, manifesta aos Senhores Accionistas, suportado na excelência de qualidade,
responsabilidade e envolvimento, que a Gestão e os restantes Colaboradores, a todos os níveis, têm vindo
a demonstrar, o seu sentimento de optimismo, relativamente às perspectivas de desempenho da Lisnave
para o Ano Económico de 2008.
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2. Considerações Gerais sobre o Mercado de reparação Naval
Conjuntura
Depois de quatro anos de sustentado crescimento, tanto da economia como do comércio mundial, os
mercados financeiros globais, devido à crise no mercado de habitação dos Estados Unidos da América,
entraram numa fase de profunda incerteza e volatilidade, reflectindo-se esta incerteza, com profundidade,
no mercado de acções, no preço das matérias primas e nas taxas de câmbio.
Segundo o Relatório Anual do Banco Mundial, em 2007, apesar deste clima de incerteza, a taxa de crescimento económico dos países em vias de desenvolvimento manteve-se firme, em média, à taxa de 7,4%,
depois de um igualmente forte crescimento de 7,5% em 2006, graças ao crescimento da economia Chinesa,
a qual, depois de um crescimento de 11,1% em 2006, atingiu, no ano de 2007 uma taxa de crescimento
de 11,3% .
Ainda segundo o citado Relatório, verificou-se uma desaceleração da economia mundial, a qual decresceu
de 3,9% em 2006, para 3,6% em 2007, sendo que a desaceleração registada foi liderada pelos países da
OCDE, cuja taxa de crescimento, em 2007, foi de 2,5%, enquanto em 2006 tinha sido de 2,8%.
Por outro lado, verificou-se, igualmente, uma desaceleração na economia dos Estados Unidos da América,
cuja taxa de crescimento económico recuou dos 2,9% em 2006, para 2,2% em 2007, bem como na zona
Euro em que o crescimento económico sofreu uma queda de 0,1 ponto percentual, passando de 2,8% em
2006 para 2,7% em 2007, enquanto no Japão se registou uma queda de 0,2 pontos percentuais, de 2,2%
em 2006 para os 2,0% em 2007.
O Banco Mundial, em consequência do abrandamento do crescimento verificado, estima que a taxa de
crescimento do comércio mundial tenha sido de 8,7%, em contraposição com os 9,8% do ano de 2006.
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Evolução da Frota Mercante Mundial e Taxas de Frete
Segundo a Fearnleys, a frota mercante de granéis acima dos 25.000 TPB, em número de navios, cresceu cerca
de 5%. De notar que, tanto na frota de granéis líquidos como na de granéis sólidos, o maior crescimento
se deu no segmento correspondente aos navios tipo “Panamax”, com um crescimento de cerca de 15%.
Apesar do alto valor que atingiu o preço do aço vendido para demolição, cerca de 530 dólares dos E. U. A.,
o número de navios vendidos neste mercado foi muito baixo – cerca de 2,1 milhões de TPB no total - na
senda do que vem acontecendo nos últimos anos.
No que se refere ao número de navios entregues durante o ano de 2007, temos que, na frota de granéis
líquidos, foram entregues cerca de 285 navios, correspondentes a 9% da frota existente no final de 2007 e
na frota de granéis sólidos foram entregues 275 navios, correspondentes a cerca de 5% da frota existente
no final do mesmo período.
A carteira de encomendas de ambas as frotas, no final de 2007, representava cerca de 38% - em número de
navios – da frota existente. De notar, porém, que na frota de granéis líquidos, apesar da maior percentagem,
47%, de navios em carteira de encomendas se situar na faixa até “Panamax”, a carteira de encomendas,
nas faixas acima daquela dimensão, atinge cerca de 36% da frota existente nessas dimensões.
Por outro lado, dado que a economia mundial é cada vez mais uma economia global, apesar das elevadas taxas de crescimento, tanto da economia como do comércio, se terem situado nos países em vias de
desenvolvimento do Extremo Oriente, esta evolução também se reflectiu na bacia do Atlântico, área de
captação da Lisnave, estimando-se que o transporte marítimo nesta área tenha crescido na ordem dos
3%, influenciando, por sua vez, as taxas de frete praticadas nesta área.
Assim, 2007 foi um ano em que os Armadores puderam consolidar os ganhos, que já vinham de anos
anteriores.
Na frota de granéis líquidos, o ano de 2007 começou com taxas semelhantes às conseguidas no segundo
Semestre de 2006, tendo sofrido, no início do segundo Semestre, uma redução acentuada, mas que durou
pouco tempo, sendo exemplificativo o caso do Suezmax na rota de captação da Lisnave - Oeste de África
para os E. U. A., cuja taxa de frete, depois de ter atingido os 21.700 dólares por dia, recuperou, no final do
ano para os cerca de 102.600 dólares por dia.
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Taxa de Frete de Petroleiros
Suezmax Moderno - (O. África - E.U.A.)
Médias Mensais
140
Milhares de Dólares / Dia
120
100
80
60
40
20
0
2003
2004
2005
2006
2007
Fonte: Fearnleys
No caso dos granéis sólidos, a tendência de subida verificada durante todo o segundo Semestre do ano
de 2006 manteve-se, tendo atingido, no fim do ano de 2007, valores inimagináveis há cerca de um ano
atrás. No caso dos “Capesize”, navios cuja rota é interoceânica – Atlântico/Pacífico - os afretamentos a um
ano atingiram, em termos médios, valores de taxa de frete de cerca de 146.000 dólares por dia, o que
comparando com os valores observados em finais de 2006 e de 2005, respectivamente 52.300 dólares por
dia e 26.700 dólares por dia, nos dá a verdadeira dimensão da evolução deste mercado.
Taxa de Frete de Graneleiros
Capesize - (12 meses)
Médias Mensais
160
Milhares de Dólares / Dia
140
120
100
80
60
40
20
0
2003
2004
2005
2006
2007
Fonte: Fearnleys
Ainda neste segmento de mercado – Graneleiros “Capesize” – no caso da rota “redonda” no Atlântico, o
afretamento à viagem, em dólares do Estados Unidos da América, passou de 33.200 em finais de 2005,
para 216.900 no final do ano de 2007.
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3. Actividade de Reparação Naval
Procura de Reparação Naval
A diferente evolução das taxas de frete, os padrões comerciais e o cumprimento dos regulamentos das
Sociedades Classificadoras e dos Estados Bandeira são os principais factores que influenciaram a estrutura
da procura da reparação naval durante o ano de 2007.
Assim, continuou a verificar-se o crescimento da procura, já sentida em 2006, tendo-se registado o número
mais elevado de consultas, desde o ano de 2001, num total de 694, o que representa um crescimento de
5,25%, relativamente às 661 consultas de 2006, sendo de realçar o significativo crescimento em 16,3% do
número de consultas para reparações de Petroleiros, LNG e LPG- o nível mais elevado desde 2000 .
No que respeita aos Graneleiros, verificou-se um decréscimo de 8,9% na procura global deste tipo de navios, fundamentalmente em consequência das diferentes evoluções das taxas de frete dos dois principais
mercados da Lisnave, pois que, enquanto no mercado do transporte de granéis líquidos a procura de
Reparação cresceu, dado o abrandamento das taxas de frete durante os primeiros meses de 2007, tendo
os Armadores aproveitado para fazer as reparações que vinham adiando, no mercado de granéis sólidos,
a procura de Reparação estabilizou ao mesmo nível do ano de 2006, em que os Armadores aproveitaram
o bom momento das taxas de frete.
Rubricas
2007
2006
2005
2004
2003
Consultas
694
661
644
653
609
Encomendas
148
146
128
135
113
22
21
21
20
19
Taxa de Sucesso Comercial
O número de consultas finalizadas, durante o ano de 2007, representando um crescimento de 5%, foi de
148, o mais alto desde 2000, tendo a percentagem de sucesso sido de 22%, um ponto percentual superior
à do ano de 2006.
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Actividade de Reparação Naval
Em 2007, a Actividade de Reparação Naval, com um total de 135 navios reparados e embora ligeiramente
inferior ao número de navios reparados em 2006, teve, dado o aumento de volume de trabalho por navio,
um crescimento de cerca de 7%, relativamente a 2006, o que representa um significativo aumento da
actividade, em linha com o acréscimo verificado na procura.
Anos
Nacional
Estrangeiro
Total
Em Doca
2007
4
131
135
127
2006
1
137
138
132
2005
2
121
123
118
2004
2
123
125
112
2003
6
108
114
104
Mais significativo, porém, foi o crescimento de 9,7% verificado na média do valor por navio reparado com
o correspondente crescimento das vendas em 7,3%, sendo que o maior número de reparações foram
reparações de aço, em que 31 navios ultrapassaram o 1.000.000 de Euros de reparação, 12 dos quais, em
conjunto, excederam o valor de 40 milhões de Euros.
A actividade da Lisnave, no seguimento do que já acontecera no ano de 2006, concentrou-se nos segmentos de mercado tradicionais, continuando as reparações de Petroleiros e Graneleiros a contribuir, de
forma significativa, para o total da actividade, constituindo estes cerca de 72% da actividade nos dois anos
referidos, cumprindo-se, assim, o objectivo definido para fidelização dos Clientes nos segmentos tradicionais
de navios transportadores de granéis, líquidos e sólidos.
Contudo, é de assinalar, com base na estratégia de desenvolvimento de outros mercados, que se verificou
um substancial crescimento no número de outros tipos de navios reparados, com um crescimento de 90%
em LNG/LPG e 50% no número de navios de Passageiros. Assim, foram reparados, durante o ano de 2007,
8 navios LPG, 7 LNG, 6 de Passageiros e 8 navios Porta-contentores.
Por último, importa destacar, pela sua relevância, que dos 135 navios reparados, provenientes de 87 Clientes, localizados em 23 países, 22 são da Grécia, 18 da Alemanha, 16 de Singapura e 16 da Noruega, o que
representa um forte indicador da competitividade da Lisnave no mercado mundial da Reparação Naval.
44
4. Projectos Especiais
A Lisnave não deixou de manter a sua atenção às oportunidades deste mercado, tendo apresentado algumas propostas a concursos internacionais, das quais as mais relevantes são o upgrading de duas FSO a
operar no Offshore da Costa Ocidental de África, sendo que num dos casos o Operador optou por proceder
à substituição da unidade enquanto que no segundo ainda se aguarda a decisão.
5. Investimentos
A Lisnave, com o objectivo de garantir a manutenção das necessárias condições de operacionalidade do
Estaleiro, tem vindo, à semelhança do realizado em anos anteriores, a assegurar o prosseguimento de uma
política de investimentos e renovação de infraestruturas, quer relativamente a novos investimentos, quer
relativamente a grandes reparações em infraestruturas e equipamentos existentes, sendo de salientar que
os montantes acumulados de investimentos efectuados, desde o ano 2000, já ascendem a cerca de 25
milhões de Euros, dos quais mais de 16 milhões em novos investimentos e cerca de 9 milhões de Euros
em grandes reparações em infraestruturas e equipamentos existentes.
No Exercício em análise, foram investidos 3,6 milhões de Euros, dos quais 1,3 milhões em novos investimentos e cerca de 2,3 milhões em grandes reparações de infraestruturas e equipamentos, assumindo
particular relevância a aquisição de diverso equipamento de produção e de protecção e segurança, bem
como o Licenciamento Ambiental do Estaleiro da Mitrena, o que traduz a significativa melhoria das práticas
ambientais, que têm vindo a ser implementadas.
Protecção Ambiental
A Lisnave, em termos ambientais, tem vindo a desenvolver, de forma sistemática, um aprofundado trabalho de melhoria de práticas ambientais, sendo de relevar, durante o Exercício de 2007, o Licenciamento
Ambiental do Estaleiro da Mitrena.
No âmbito das boas práticas ambientais, importa realçar que, tendo em vista eliminar toda a granalha
residual do Estaleiro, já foi encaminhada para as Empresas Cimenteiras, nos termos dos Acordos celebrados, uma quantidade que se estima em mais de 188 mil toneladas, sendo que, durante o ano de 2007,
foram enviadas para as Cimenteiras, para além de toda a granalha produzida no Exercício, cerca de 58.000
toneladas daquela granalha residual.
48
De salientar, por último, a construção de um novo Parque de Granalha no topo da Doca 22, bem como a
conclusão e total operacionalidade do novo Parque de Resíduos Sólidos e do Parque impermeabilizado para
estacionamento de depósitos moveis de águas residuais.
Outros Investimentos e Grandes Reparações
Ao nível de novos investimentos, importa salientar a renovação do Refeitório da Empresa, obra socialmente
relevante, melhorando qualitativamente as condições da sua utilização, a aquisição de diversos equipamentos informáticos e na área da produção a recuperação da rede eléctrica, bem como a construção de
novos picadeiros e a manufactura de portalós.
Por outro lado, em termos de grandes reparações, importa realçar a conclusão da docagem e grande reparação da comporta da Doca 21, a reparação de estruturas de betão das escadas de acesso ao interior da
Doca 21, bem como a recuperação das estruturas de betão no interior das Casas das Bombas das Docas
20, 21 e 22.
Tecnologias de Informação
A Lisnave, tendo em vista a actualização e melhoria contínua do seu sistema informático, para além de se
ter procedido à análise das melhorias a implementar durante o ano de 2008, disponibilizou o acesso, em
condições de segurança, às suas aplicações, nomeadamente ao “Email”, através da Internet (Webmail),
e deu continuidade ao projecto “Wireless”, adaptando o Centro Informático com as novas Tecnologias de
Informação.
Neste sentido, para além da reformulação do “Outsourcing” neste sector, procedeu-se à actualização de
“Support Packages” no sistema SAP, ao desenvolvimento na aplicação de Recursos Humanos, dos Sistema
de Formação de Segurança e de Controlo de Pessoas não Autorizadas, à renovação do equipamento activo
de rede, possibilitando a passagem, nos diferentes locais do Estaleiro, das ligações de rede de dados de
10 para 100 Mbs, bem como ao “upgrade” aos Servidores de VMWare em Memória, Disco e Redundância
de Storage.
Por outro lado, em termos de renovação do “hardware” instalado, procedeu-se à remodelação do comando
do sistema “Hydrolift”, à substituição das impressoras obsoletas e de todos os computadores PII e PIII por
computadores PIV, com “upgrade”, em todos os postos de trabalho, de memória para 1GB, à instalação de
novos equipamentos nas Centrais de Bombagem, à aquisição, para o sector de Projecto, de uma Plotter
HP 1055, bem como à instalação de caixas estanques na segunda Portaria e transformação dos leitores
externos dos relógios pedonais em leitores internos.
50
Investigação e Desenvolvimento
A Lisnave, em 2007, prosseguiu com a sua política de I & D, dando continuidade à sua participação em
sete Projectos europeus de Investigação e Desenvolvimento, financiados pela União Europeia, cuja comparticipação ascendeu a 64.619 Euros.
Durante este Exercício, é de salientar a conclusão do Projecto ShipMates (Ship repair to Maintain Transport
which is Environmentally Sustainable) e o fecho de contas dos Projectos FasdHTS (High Tensile Steel 690 in
Fast Ship Structures) e Eftcor (Environmental Friendly and Cost-Effective Technology for Coating Removal),
sendo que, para 2008, se encontra previsto a conclusão do Projecto Saferelnet (Safety and Reliability of
Industrial Products, Systems and Structures).
Em 2008, está prevista a conclusão dos Projectos CAS (Condition assessment of aging ships for real-time
structural maintenance decision), Safecrafts (Safe abandoning of ships Improvement of current Life Saving
Appliances Systems), Marstruct (Network of Excellence on Marine Structures) e ALERT (Assessment of
Life-Cycle Effect of Repairs in Tankers), mantendo-se em execução o Projecto BawaPla (Sustainable Ballast
Water Management Plant).
52
6. Recursos Humanos
A Reparação Naval, como é do conhecimento geral, é uma actividade industrial, que se caracteriza por se
desenvolver a nível mundial, assumindo, por consequência, uma natureza global.
Esta sua dimensão globalizante, dada a competitividade oferecida pelos concorrentes mais directos da
Lisnave, configura a flexibilização das condições do Contrato de Trabalho como um elemento nuclear da
actividade, tornando-se um imperativo.
Foi, neste contexto, que a Lisnave, depois de não ter sido bem sucedida, em 2005, com uma Proposta
de Acordo de Empresa, veio, no início de 2007, a apresentar, às Associações Sindicais competentes, uma
Proposta de Acordo Colectivo de Trabalho, igualmente subscrita pelas Empresas, Tecor S.A., Gaslimpo, S.A.
e Rebocalis, Lda., na qual se consignava um conjunto de regras, consideradas indispensáveis à viabilização sustentada da Lisnave e das suas actividades departamentais e subjacentes à contratação de novos
Trabalhadores.
Apesar da sustentada fundamentação técnica e económica e da consequente receptividade de alguns
Sindicatos sectoriais, uma vez mais, parte substancial das Associações Sindicais representativas dos Trabalhadores destas empresas rejeitou, também, esta proposta, o que obrigou a Empresa a desviar-se da sua
estratégia de Recursos Humanos e a encontrar formas alternativas de contratação.
Na expectativa de que, num futuro muito próximo, venha a ser possível obter um acordo com as Estruturas
Sindicais, encontra-se em execução um extenso programa de Formação de Jovens, com o objectivo de lhes
ser proporcionada a aquisição das competências técnicas necessárias para os desafios futuros da actividade
e, ao mesmo tempo, possibilitar o indispensável rejuvenescimento da Empresa, já que a idade média dos
actuais Trabalhadores, tendo presente as características físicas da actividade, apresenta algumas limitações
relevantes.
Formação de Jovens
O Programa de Formação de Jovens, com um custo estimado de 5,9 milhões de Euros, é constituído por 22
Acções, contemplando 246 Formandos.
O respectivo processo de Candidatura, apresentado, em 1 de Março de 2006, à Agência Portuguesa para o
Investimento, veio, depois de ter sofrido várias alterações quantitativas impostas pela API, a obter aprovação
final, em 3 de Setembro de 2007, contemplando apenas um pouco mais de um terço do Programa Total,
ou seja, foi apenas aprovado um conjunto de 9 Acções.
56
A Empresa, no entanto e apesar desta contrariedade, tomou a decisão de cumprir, integralmente, o Programa original.
Desde o dia 13 de Março de 2006, data de início da 1ª Acção do Curso de Serralheiro Mecânico e até ao
presente foram iniciadas 17 Acções de Formação, 5 do Curso Serralheiro Mecânico, 7 do Curso de Serralheiro
Naval, 2 do Curso de Bombeiro Naval, 2 do Curso de Condutor Máquinas e Aparelhos de Elevação e Transporte
e 1 do Curso de Operador de Máquinas e Ferramentas, envolvendo um total de 219 Jovens.
Do total de Jovens Formandos, abrangidos pelas 10 Acções já concluídas e que terminaram os respectivos
Cursos com sucesso, 74% aceitaram o convite, formulado directamente pela Administração da Lisnave,
para iniciarem uma carreira profissional nesta actividade industrial.
É de salientar, no entanto, o relevante esforço financeiro assumido pela Lisnave, não só pelo facto, como
se referiu anteriormente, de só ter obtido apoio financeiro, de fundos públicos, para pouco mais de um
terço do Programa, mas também pelos custos, sem qualquer contrapartida, decorrentes das 60 desistências
já verificadas.
Com efeito, as dificuldades de recrutamento obrigaram, até ao presente momento, à contratação de 219
Formandos, para obter “sucesso” em apenas 159, dos quais 74 já estão a iniciar uma carreira profissional
como Praticantes, após terem terminado o seu percurso formativo, enquanto os restantes 85 se encontram
ainda em Formação.
Actualmente estão em curso 7 Acções, prevendo-se que, até ao final de 2008, se iniciem mais 5 Acções,
envolvendo um total de cerca de 154 jovens. Na sua globalidade, o Programa original irá terminar em
meados de 2009.
A Lisnave, no entanto, prosseguiu com a sua política de rejuvenescimento da Empresa, tendo admitido,
no decurso do Exercício, mais sete Jovens Engenheiros, um dos quais já no ano de 2008.
Encargos com Remunerações
Dadas as conhecidas limitações de carácter externo, já verificadas em anos anteriores, e não tendo sido
possível, mais uma vez, celebrar um Acordo de Revisão Salarial com os Órgãos Representativos dos Trabalhadores, a Lisnave decidiu acompanhar apenas a revisão salarial efectuada pela Gestnave.
Entretanto, na sequência de proposta do Conselho de Administração e da competente aprovação em
Assembleia Geral, foi atribuído, a todos os Trabalhadores pertencentes ao efectivo da Empresa à data da
Assembleia, um Bónus Extraordinário, composto por uma parte fixa correspondente a 100% da remuneração
fixa mensal e uma parte variável, em função do nível de ausências de cada Trabalhador durante o Exercício
de 2006, com um montante total global equivalente a metade da massa salarial das remunerações fixas
da Empresa.
58
O montante global dos encargos com pessoal cifrou-se em cerca de 13,2 milhões de Euros, tal como descriminado no quadro abaixo, montante global que reflecte a redução do número de Trabalhadores ocorrida
ao longo do ano, na sequência da respectiva adesão ao sistema de Pré-Reformas instituído.
Encargos com Pessoal
(Valores em Euros)
Rubricas
2007
2006
Remunerações
7.347.758
8.549.924
Trabalho suplementar
1.510.413
1.298.144
644.730
1.514.148
9.502.901
11.362.217
3.698.316
3.864.197
13.201.218
15.226.414
Prémios, Subsídios e Outras Remunerações
Subtotal
Encargos Sociais
Total
Formação e Desenvolvimento
No ano de 2007, para além do Programa de Formação de Jovens, foram desenvolvidas várias Acções de
Formação Profissional, abrangendo 158 activos, contemplando áreas consideradas fundamentais para a
Empresa, quer pela sua componente técnica, quer em termos comportamentais e de gestão.
Por outro lado, como a contratação em regime de prestação serviços assume grande significado quantitativo, a Lisnave procurou, à semelhança dos anos anteriores, assegurar o envolvimento destas empresas na
Formação. Assim, do total de horas de Formação proporcionadas pela Lisnave (6.109 H), 20% estiveram
relacionadas com Acções de Formação dirigidas a prestadores de serviços, sendo as horas de Formação
remanescentes afectas aos outros Colaboradores da Empresa.
Formação Externa - 2007
Áreas de Formação
60
Total
Horas
Total
Participantes
Desenvolvimento Pessoal - Quadros e Chefias
2.720
54
Qualificação/Reciclagem Técnicas de Produção
1.952
49
Qualidade, Segurança, Ambiente e Protecção
40.5
8
Hardware e Software
945
27
Gestão Financeira, Fiscal e Contabilidade
451.5
20
Total
6.109
158
Saúde, Higiene e Segurança
A Lisnave manteve, como é habitual, a preocupação com a saúde dos seus Trabalhadores. Nesta perspectiva, para além de intervenções pontuais, foram realizados 516 Exames, dos quais 280 Periódicos e 236
Ocasionais e Complementares.
No âmbito da Segurança, o ano de 2007 caracterizou-se pela continuação da descida nos índices de sinistralidade na Empresa. O índice de frequência, que se veio agravando até ao ano de 2004, manteve a
tendência de descida significativa iniciada em 2005, situando-se nos 41,21 e o Índice de Gravidade situou-se
em valores inferiores aos do ano anterior - 0,77, mantendo-se a tendência de descida iniciada em 2004.
Com o objectivo de prosseguir a melhoria destes indicadores, a Lisnave vai continuar a globalizar a segurança
no processo produtivo, através da sensibilização para a utilização dos adequados e recomendados Equipamentos de Protecção Individual e para o seguimento das regras e procedimentos de segurança, reforçando
a informação, formação e treino sobre os riscos da actividade, em particular das Chefias Directas.
Receberam, ainda, Formação em Segurança, 2.051 Trabalhadores de Empresas Prestadoras de Serviços, 86
Jovens dos Cursos de Formação Profissional Industrial – Multidisciplinar, 6 Estagiários da Lisnave e 50 outras
situações, o que se traduziu num acréscimo muito significativo de Formação em relação ao ano anterior.
62
Outros Indicadores
Em 31 de Dezembro de 2007, o efectivo global da Lisnave era de 314 Trabalhadores.
A idade média, com o ingresso na Pré-Reforma, no final de 2007, de todos os Trabalhadores abrangidos
pelo Plano Social, registou uma descida significativa, tendo-se fixado em 48,35 anos, distribuição etária
que o quadro junto representa.
Distribuição Etária
400
300
200
100
0
19-25
26-30
Homens
64
31-35
36-45
Mulheres
46-55
>=56
Total
7. Situação Económica e Financeira
Como já foi referido noutro ponto deste Relatório, a Lisnave, durante o Exercício de 2007, prestou serviços
de reparação naval, que envolveu um número total de 135 navios, tendo registado uma facturação de
118,3 milhões de Euros.
Conforme se mostra no quadro seguinte, assistiu-se em 2007 a um aumento de 7,1% no valor das Vendas,
relativamente ao Exercício anterior, apesar da ligeira diminuição do número de navios reparados. Deste
modo, a facturação média por navio registou um aumento de 9,5%, relativamente ao valor registado no
mesmo período anterior, atingindo os 876 mil Euros, o que reflecte, em média, um maior conteúdo de
trabalho por navio reparado.
Número de Navios e Facturação
(Valores em milhões de Euros)
Rubricas
N.º Navios Reparados
2007
135
2006
138
2005
123
2004
125
2003
114
Facturação Total
118,3
110,4
100,6
87,7
77,3
Facturação Média por Navio
0,876
0,800
0,818
0,701
0,678
Assim, o ano de 2007 manteve a tendência de crescimento de Vendas de reparação naval verificada nos
últimos cinco anos. Contudo, nos dois últimos anos tem-se registado um ligeiro abrandamento no ritmo
de crescimento com taxas de 7,1% e 9,8% em 2007 e 2006, respectivamente, quando em 2005 e 2004
estas registaram valores de dois dígitos (14,8% e 13, 3% respectivamente).
É também importante sublinhar, que este desempenho de Vendas foi alcançado num ano em que a economia
mundial e o comércio internacional se caracterizaram por uma forte instabilidade provocada pela evolução
muito volátil dos preços do petróleo, do câmbio do US Dólar e dos preços dos fretes marítimos.
Deste conjunto de factores exógenos, é sem dúvida o comportamento do US dólar que maior pressão
tem exercido sobre a Gestão para antecipar as medidas necessárias à adaptação da Empresa às condições
competitivas do mercado global em que se insere, uma vez que os seus principais Clientes continuam a
utilizar primordialmente o Dólar nas suas transacções comerciais.
Assim, o início da forte depreciação do Dólar verificada em 2004, que conduziu a uma taxa média anual
de 0,8014 Euros, continuou a evoluir desfavoravelmente nos anos seguintes, fixando-se em 0,7231 do
Euro em 2007.
68
O quadro seguinte mostra, claramente, o impacto que a depreciação do Dólar teve ao longo do Exercício
de 2007. Assim e em termos anuais, foi necessário vender um montante de 163,5 milhões de Dólares
para se atingir 118,3 milhões de Euros.
Facturação Acumulada de Reparações e Cotações US$/E
180,0
0,7600
160,0
A
140,0
100,0
0,7300
80,0
0,7200
60,0
Cotações US$/E
0,7400
120,0
Milhões de US$/E
0,7500
40,0
0,7100
20,0
0,0
1.º Trim.
2.º Trim.
3.º Trim.
4.º Trim
163,5
Facturação US$ 2007
30,7
74,8
124,3
Facturação € 2007
23,2
55,9
91,4
118,3
0,7565
0,7473
0,7359
0,7231
Cotação US$ / € 2007
0,7000
Ano 2007
A = 45,3 milhões de US$
Ao comparar-se as Vendas de 2007 com as do Exercício de 2003, onde se registou uma cotação US$/€
média de 0,8765, ressalta claramente a dimensão do esforço comercial efectuado para compensar o efeito
cambial desfavorável registado no período, ou seja, para se conseguir crescer 40,9 milhões Euros de vendas,
relativamente a 2003, foi necessário vender mais de 75,3 milhões de Dólares.
70
Facturação Acumulada de Reparações e Cotações US$/E
180,0
0,7600
160,0
0,7500
140,0
C
0,7400
100,0
B
80,0
0,7300
0,7200
60,0
40,0
0,7100
20,0
0,0
1.º Trim.
2.º Trim.
3.º Trim.
4.º Trim.
FacturaçãoUS$ 2003
18,7
40,7
63,8
88,2
Facturação € 2003
17,2
36,5
57,1
77,3
Facturação US$ 2007
30,7
74,8
124,3
163,5
Facturação € 2007
23,2
55,9
91,4
118,3
0,7473
0,7359
0,7231
Cotação US$ / € 2007
0,7565
0,7000
Anos de 2003 e 2007
B = mais 40,9 milhões de e
C = mais 75,3 milhões de US$
Neste quadro de condições tão adversas, a boa performance registada pela Empresa, nos anos em análise,
ficou a dever-se principalmente à implementação e consolidação duma política comercial proactiva e duma
gestão de projectos focalizada na satisfação do Cliente.
O quadro que se apresenta de seguida, mostra a evolução do total das Vendas e Prestações de Serviços
para o período 2003/2007.
Vendas e Prestações de Serviços
(Valores em milhares de Euros)
Rubricas
2007
2006
2005
Reparações Navais
118.255
110.443
100.617
87.650
77.335
Outras Actividades
2.960
677
618
261
427
Prestações de Serviços
Total
2004
2003
2.059
1.012
955
1.227
1.324
123.274
112.123
102.190
89.138
79.086
As “Vendas e Prestações de Serviços” registadas no Exercício de 2007, no montante de 123,3 milhões de
Euros, foram determinadas quase na sua totalidade pelas Vendas relacionadas com a Reparação Naval.
72
Cotações US$/E
Milhões de US$/E
120,0
Por seu lado, as Rubricas “Outras Actividades” e “Prestações de Serviços” registaram valores pouco significativos, ou seja, 4,1% do total, representando, no entanto, um crescimento importante relativamente ao
Exercício anterior. Esta evolução é justificada pela venda de serviços de apoio, relacionados com a construção
de componentes para navios.
No que se refere à situação económica da Empresa, da análise das Demonstrações de Resultados dos
Exercícios de 2003 a 2007, constantes do quadro seguinte, pode seguir-se a evolução da rentabilidade
das Vendas, assim como, a evolução do peso relativo dos factores produtivos no total dos Proveitos de
exploração, registadas naquele período.
Demonstração de Resultados
(Valores em milhares de Euros)
Rubricas
Vendas e Prestação de Serviços
Variação de Produção
Trabalhos para a própria Empresa
Outros Proveitos
Total de Proveitos de Exploração
Custos das Matérias-Primas Consumidas
2007
VALOR
2006
%
VALOR
2005
%
VALOR
2004
%
VALOR
2003
%
VALOR
123.274
112.123
102.190
89.138
79.086
1.821
262
-1.029
1.152
94
55
97
434
271
191
1.485
1.851
2.263
2.611
1.418
126.635 100 114.334
93.172 100
80.789 100
5,6
6.626
5,8
4.637 4,5
6.482 7,0
Fornecimentos e Serviços Externos
92.446 73,0
80.274
70,2
70.396 67,8
54.923 58,9
48.010 59,4
Custos com o Pessoal
13.201 10,4
15.226
13,3
15.420 14,8
18.584 19,9
20.925 25,9
Amortizações e Provisões
Impostos
Outros custos
Total de Custos de Exploração
Resultados Operacionais
7.108
100 103.858 100
%
4.146
5,1
3.331
2,6
3.455
3,0
3.276 3,2
7.333 7,9
5.774
7,1
180
0,1
174
0,2
164 0,2
214 0,2
275
0,3
242
0,2
113
0,1
259 0,2
49 0,1
46
0,1
116.508 92,0 105.869
92,6
94.153 90,7
87.586 94,0
79.176 98,0
10.127
8,0
8.465
7,4
9.705 9,3
5.586 6,0
1.613
2,0
Resultados Financeiros
1.226
1,0
674
0,6
1.011 1,0
-666 -0,7
-2.039
-2,5
Resultados Correntes
11.353
9,0
9.139
8,0
10.716 10,3
4.920 5,3
2.322
1,8
393
0,3
-4.801 -4,6
-4.298 -4,6
13.675 10,8
9.533
8,3
5.914 5,7
621 0,7
-48 -0,1
-3.476 -2,7
-1.427
-1,2
-149 -0,1
-51 -0,1
-55 -0,1
8.105
7,1
5.766 5,6
570 0,6
-103 -0,1
Resultados Extraordinários
Resultados antes de Impostos
Impostos (-)
Resultado Líquido do Exercício
10.199
8,1
-426 -0,5
378
0,5
Como apreciação global, constata-se que, no Exercício de 2007, a situação económica da Empresa melhorou
significativamente, ao alcançar um “Resultado Operacional” de 10,1 milhões de Euros, ou seja 8,0% do “Total
de Proveitos de Exploração”. Assim, os “Resultados Operacionais” cresceram cerca de 1,7 milhões de Euros,
relativamente ao Exercício anterior, mantendo-se deste modo, a tendência positiva registada no período
em análise. De salientar que, no mesmo período, os “Resultados Operacionais” registaram sempre valores
positivos, apresentando um crescimento em linha com a evolução do “Total de Proveitos de Exploração”.
74
Para este bom desempenho económico da Empresa, tem sido decisiva a utilização mais racional dos recursos
produtivos, fruto da prática sistemática duma gestão por objectivos, a todos os níveis da organização, que
tem contribuído para a redução contínua do valor apresentado pelo rácio de eficiência, que mede o peso
relativo da Rubrica “Total de Custos de Exploração” no “Total de Proveitos de Exploração”.
Assim, este indicador, no final do Exercício de 2007, apresentou o valor de 92,0%, ligeiramente inferior ao
registado no período homólogo do ano anterior. Contudo, se expurgarmos da Rubrica “Total de Custos de
Exploração”, referente àqueles dois anos, os custos incorridos com as Rendas anuais do Contrato de SubConcessão, ajustados os seus indicadores, mostram uma evolução bem diferente , com valores de 71,2 e
75,7% para 2007 e 2006, respectivamente.
Quanto à Rubrica “Resultados Financeiros”, esta teve uma contribuição muito importante para os “Resultados Correntes”, do Exercício em apreço, atingindo um montante positivo de 1.226 mil Euros. Este valor é
constituído essencialmente por juros de aplicações financeiras de curto prazo e descontos por antecipação
de pagamento concedidos a fornecedores, como resultado dos excedentes de tesouraria gerados.
Ainda relacionado com esta Rubrica, deve ser novamente sublinhado que os riscos cambiais, relacionados
com a volatilidade do US Dólar, foram totalmente eliminados em resultado da decisão, tomada no final de
2003, de alterar a política comercial tradicional de facturar em Dólares americanos. Assim, as diferenças
cambiais registadas no Exercício de 2007 não tiveram qualquer impacto materialmente relevante.
Relativamente aos “Resultados Extraordinários”, esta Rubrica também teve uma influência significativa nos
“Resultados antes de impostos”, registando um montante positivo de 2,3 milhões de Euros. Do conjunto
de factos que conduziram a este resultado, merece referência a restituição duma liquidação adicional de
IRC, relativo ao Exercício de 1998, no montante de 591 mil Euros.
Por último, deve ser salientado pelo seu significado, que foi contabilizada uma estimativa de IRC no montante de 3,5 milhões de Euros e que este foi, no período em apreciação, o primeiro Exercício que não
beneficiou de qualquer dedução ao apuramento da matéria colectável, relacionada com prejuízos fiscais
de anos anteriores.
76
De modo a completar a análise da evolução económica da Empresa para o período de 2003 a 2007,
apresenta-se no mapa seguinte um conjunto de Indicadores e Rácios económicos mais relevantes:
Agregados Económicos
(Valores em milhares de Euros)
Rubricas
2007
2006
2005
2004
2003
125.150
112.483
101.595
90.561
79.371
Agregados globais
Valor Bruto da Produção (VBP)
Valor Acrescentado Bruto (VAB)
51.898
44.950
39.789
34.863
27.754
Encargos com Pessoal
13.201
15.226
15.420
18.584
20.925
Cash Flow Operacional
15.780
12.313
8.180
8.621
7.765
Gross Cash Flow
17.006
12.988
9.191
7.955
5.727
360
437
535
655
791
347,6
257,4
189,9
138,3
100,3
36,7
34,8
28,8
28,4
26,5
Número médio de Colaboradores
Rácios
Valor Bruto da Produção per Capita
Encargos com Pessoal per Capita
VAB/VBP
41%
40%
39%
38%
35%
Encargos com Pessoal/ VAB
25%
34%
39%
53%
75%
Da sua leitura pode concluir-se facilmente que, no Exercício de 2007, todos os Indicadores e Rácios de
desempenho da Empresa apresentaram melhorias significativas, relativamente ao ano anterior, mantendo
a tendência positiva dos últimos quatro anos.
Do conjunto dos Agregados globais, é relevante referir o comportamento do “Gross Cash Flow”, que cresceu
4 milhões de Euros, ou seja, 31% relativamente ao Exercício anterior, melhorando e fortalecendo a estrutura
financeira do Balanço da Empresa, permitindo alavancar o crescimento da actividade de reparação naval
e financiar os elevados custos de investimento, relacionados com a recuperação das infra-estruturas do
Estaleiro.
Por outro lado, deve destacar-se a evolução do Rácio “Encargos com o Pessoal”/ VAB” que, melhorando em
2007, continua a mostrar que a Empresa tem vindo paulatinamente a tornar-se mais flexível e que se encontra melhor preparada para fazer face a um mercado caracterizado por uma grande imprevisibilidade.
Por fim, o Exercício de 2007 mostra que o Rácio “Encargos com Pessoal per Capita” voltou a melhorar,
confirmando a evolução positiva já verificada no Exercício anterior.
78
A evolução da “Situação Líquida”, para os cinco últimos Exercícios, está evidenciada no quadro seguinte:
Situação Líquida
(Valores em milhares de Euros)
Rubricas
2007
2005
2004
2003
5.000
5.000
5.000
5.000
5.000
12.502
6.897
2.321
1.751
1.854
Capital Social
Reserva Legal e Resultados Transitados
2006
Resultado Líquido do Exercício
10.199
8.105
5.766
570
-103
Total da Situação Líquida
27.701
20.002
13.087
7.321
6.751
A Situação Líquida em 31 de Dezembro de 2007 apresenta um valor de 27,7 milhões de Euros, representando um crescimento de 7,7 milhões relativamente ao valor registado no final do ano anterior. Deste
modo, o valor contabilístico por Acção, no fim do Exercício, era de 27,70 €, representando uma valorização
de 454% relativamente ao seu valor nominal.
Através da análise das principais Rubricas do Balanço, referidas a 31 de Dezembro, para os últimos cinco Exercícios e constantes do quadro seguinte, pode seguir-se a evolução da estrutura financeira da Empresa.
Balanços Sintéticos Comparados
(Valores em milhares de Euros)
Rubricas
2007
2006
2005
2004
2003
Activo
Imobilizado Líquido Total
Existências
Clientes C/C (Líquido de Adiantamentos)
Outras Dívidas a Receber
Disponibilidades
Acréscimos e Diferimentos
Total do Activo
9.805
9.216
9.251 20.116 21.794
4.334
2.429
2.083
2.962
4.352
15.552 17.311 10.381 10.735
9.555
4.422
4.847
29.655 20.596 18.435 14.232
3.230
2.211
192
3.842
1.461
4.830
1.186
843
893
62.766 54.855 46.165 53.311 43.652
Passivo
Provisões
Dívidas a Terceiros a Médio e Longo Prazo
Empréstimos Bancários
Fornecedores C/C (líquido de Adiantamentos)
80
938
720
0
0
0
125
763
4.643
1.106
7.713 12.873
2.927
125
125 12.895
22.591 20.450 13.759 15.131 14.112
Outras Dívidas a Pagar
2.974
4.737
3.027
4.525
1.262
Acréscimos e Diferimentos
8.563
8.820
7.691
8.692
4.599
Total do Passivo
35.065 34.853 33.078 45.990 36.901
Situação Líquida
27.701 20.002 13.087
7.321
6.751
Com a finalidade de avaliar a Empresa, nas suas vertentes de Liquidez e Capacidade de Endividamento, no
final do Exercício em apreço, utilizamos um conjunto de Indicadores que ajudam a caracterizar a estrutura
do Balanço. Assim, quanto à:
Liquidez
Apresentando um de Fundo de Maneio da ordem dos 19 milhões de Euros e Rácios de Liquidez Geral e de
Tesouraria muito confortáveis, com valores de 1,55 e 1,42, respectivamente, pode-se afirmar que a Estrutura
Financeira de Curto Prazo da Empresa melhorou e se fortaleceu.
Para esta situação continuaram a contribuir os seguintes factores: Dívidas Bancárias de Curto Prazo sem
expressão, devido ao não recurso ao crédito bancário para fazer face à gestão corrente da Tesouraria, fruto
do nível de Cash-flow gerado no Exercício e o reforço das disponibilidades em Caixa e Bancos, as quais
atingiam os 29,7 milhões de Euros, no final do Exercício.
Capacidade de Endividamento
Apresentando um Rácio de Financiamento das Imobilizações de 2,8 e Rácios de independência financeira
e autonomia financeira de 79% e 44%, respectivamente, conclui-se que a capacidade de endividamento
da Lisnave continua a consolidar-se e a indiciar uma tendência de maior adequação do Balanço ao seu
“core business”.
Finalmente, e de acordo com as disposições legais, declara-se que em 31 de Dezembro de 2007 a
Lisnave não detinha Acções próprias e não existiam Dívidas em mora ao Sector Público Estatal, incluindo
a Segurança Social.
82
8. Perspectivas da Actividade para 2008
Para o ano de 2008, espera-se que o crescimento económico continue moderado, dado que a fraca procura
interna nos Estados Unidos da América deverá manter o crescimento abaixo dos 2%, enquanto que, na Europa
e no Japão, a apreciação das respectivas moedas fará com que o crescimento económico se mantenha.
Assim, espera-se que a taxa de crescimento do comércio mundial sofra novamente uma redução, passando
dos 8,7% de 2007 para 7,4% em 2008, crescimento este, no entanto, bem acima da taxa média dos anos
de 2000 a 2005, que foi de 5,7%.
Reparação Naval
Tendo presente os pressupostos anteriores, espera-se que o crescimento económico, em 2008, continue
moderado, provocando um abrandamento na taxa de crescimento do comércio mundial.
Contudo, dada a implementação de regras mais apertadas de Protecção Ambiental no Mar, que os organismos
reguladores internacionais têm vindo a implementar, os operadores da Marinha Mercante, nomeadamente
aqueles que operam no Atlântico – área de captação da Lisnave - terão de passar a dar mais atenção
à manutenção preventiva dos seus navios, o que, consequentemente, irá dar origem a um aumento do
conteúdo de trabalho requerido aos estaleiros de reparação.
Assim, espera-se, dado que os Armadores dispõem de meios para tratar da manutenção das suas frotas,
que o ano de 2008, em termos de reparação naval na área da Lisnave, seja um ano de continuidade de
aumento da procura e que a actividade dos estaleiros será condicionada pela sua capacidade de resposta
às solicitações, que lhe serão apresentadas do lado da procura.
Projectos Especiais
A Lisnave, mantendo toda a sua atenção à evolução deste mercado, não deixará de estar presente na
procura de todas as novas oportunidades, que se vierem a deparar.
86
Recursos Humanos
Espera-se que o ano de 2008 possa vir a ser o ano de transição para a necessária flexibilização dos sistemas
de organização e retribuição do trabalho e, consequentemente, o ano do início do processo de ajustamento
dimensional da Empresa.
Com efeito, espera-se que, no pressuposto de que será possível celebrar um novo Instrumento de Regulamentação das Condições de Trabalho com as Associações Sindicais, tendente à necessária flexibilização das
condições jurídico-laborais deste Sector, o Plano de Formação de Jovens, em curso, venha a contribuir, de
forma decisiva, para o início do Processo de Rejuvenescimento da Empresa.
A Lisnave, para além da Formação de Jovens antes referida, irá prosseguir com a sua formação de activos,
pelo que o Plano de Formação Externa, aprovado para 2008, inclui 23 Cursos, correspondendo a 29 Acções,
envolvendo cerca de 200 Formandos, num total de 10.196 horas.
88
9. Proposta de Aplicação de Resultados
O Conselho de Administração da Lisnave, Estaleiros Navais, S.A. propõe:
• Que seja aprovado o presente Relatório de Gestão e Contas relativo ao Exercício de 2007;
• E que ao Resultado Líquido do Exercício, no montante de 10.199.158,89 Euros (lucro), seja dada a seguinte aplicação:
• Reserva Legal
• Dividendos
• Gratificação de Balanço aos Empregados
• Resultados Transitados
92
509.957,94 Euros;
7.000.000,00 Euros;
1.000.000,00 Euros;
1.689.200,95 Euros;
10. Referências Finais
Finalmente, a concluir o Relatório de Gestão relativo à actividade do Exercício de 2007, o Conselho de Administração quer expressar o seu profundo agradecimento e apreço às muitas pessoas e entidades que de
forma directa ou indirecta o apoiaram na consecução dos objectivos estabelecidos, particularmente:
• Aos Clientes e Fornecedores, pela preferência e confiança com que continuaram a distinguir a Lisnave;
• Aos Accionistas, pelo apoio, colaboração e interesse sempre manifestados no acompanhamento dos
aspectos mais relevantes da gestão da Empresa;
• À Administração da Gestnave, pelos serviços prestados e particularmente, pelo contributo positivo que
evidenciou para o cumprimento dos objectivos do Plano de Reestruturação, ao longo do período da sua
execução;
• Às Autoridades do Porto de Setúbal, pela compreensão e colaboração na resolução das necessidades
logísticas do Estaleiro;
• Às Instituições de Crédito, pelo excelente relacionamento e meios financeiros proporcionados;
• Ao Conselho Fiscal e aos Auditores Externos pela forma participativa como exerceram as suas funções;
• A todos os Colaboradores da Empresa e seus Órgãos Representativos, pela disponibilidade, empenho e
elevado profissionalismo evidenciados.
Setúbal, 19 de Fevereiro de 2008
O Conselho de Administração
Presidente
José António Leite Mendes Rodrigues
Vogais
Nelson Nunes Rodrigues
Aloísio Fernando Macedo da Fonseca
Frederico José Ferreira de Mesquita Spranger
Jürgen Peters
João Rui Carvalho dos Santos
Manuel Serpa Leitão
96
Balanço Analítico
(Valores em Euros)
2007
ACTIVO
IMOBILIZADO
IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS:
DESPESAS DE INSTALAÇÃO
IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS:
TERRENOS E RECURSOS NATURAIS
EDIFÍCIOS E OUTRAS CONSTRUÇÕES
EQUIPAMENTO BÁSICO
EQUIPAMENTO DE TRANSPORTE
FERRAMENTAS E UTENSÍLIOS
EQUIPAMENTO ADMINISTRATIVO
OUTRAS IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
IMOBILIZAÇÕES EM CURSO
INVESTIMENTOS FINANCEIROS:
PARTES DE CAPITAL EM EMPRESAS INTERLIGADAS
CIRCULANTE
DÍVIDAS DE TERCEIROS-MÉDIO E LONGO PRAZO:
CLIENTES, C/C
OUTROS DEVEDORES
EXISTÊNCIAS:
MATÉRIAS-PRIMAS, SUBSIDIÁRIAS E DE CONSUMO
PRODUTOS E TRABALHOS EM CURSO
DIVIDAS DE TERCEIROS - CURTO PRAZO:
CLIENTES, C/C
CLIENTES - TÍTULOS A RECEBER
CLIENTES DE COBRANÇA DUVIDOSA
ADIANTAMENTOS A FORNECEDORES
ESTADO E OUTROS ENTES PUBLICOS
OUTROS DEVEDORES
TÍTULOS NEGOCIÁVEIS:
OUTROS TÍTULOS NEGOCIÁVEIS
DEPOSITOS BANCÁRIOS E CAIXA:
DEPOSITOS BANCÁRIOS
CAIXA
ACRÉSCIMOS DE PROVEITOS
CUSTOS DIFERIDOS
TOTAL DE AMORTIZAÇÕES
TOTAL DE AJUSTAMENTOS
TOTAL DO ACTIVO
100
ACTIVO BRUTO
573.822,11
AMORTIZAÇÕES
E AJUSTAMENTOS
440.599,30
ACTIVO LÍQUIDO
2006
133.222,81
174.925,09
2.567.100,00
1.107,694,90
3.591.644,58
79.434,73
308.997,82
325.431,56
0,00
1.060.398,28
9.040.701,87
2.567.100,00
5.945.807,72
14.145.075,48
376.397,08
5.530.421,19
4.198.434,47
0,00
1.158.385,48
33.921.621,42
24.250.098,44
2.567.100,00
1.268.875,97
3.697.979,59
118.943,38
439.588,00
420.650,56
0,00
1.158.385,48
9.671.522,98
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
1.977.366,95
2.356.188,77
4.333.555,72
1.894.208,55
535.225,96
2.429.434,51
15.551.615,72
0,00
0,00
721.892,34
3.115.795,14
113.910,09
19.503.213,29
17.316.311,74
0,00
0,00
323.188,94
3.711.850,97
130.433,22
21.481.784,87
0,00
0,00
0,00
29.602.946,39
51.927,49
29.654.873,88
29.602.946,39
51.927,49
29.654.873,88
20.537.553,61
58.426,34
20.595.979,95
103.322,48
88.314,52
191.637,00
103.322,48
88.314,52
191.637,00
79.444,35
1.381.144,77
1.460.589,12
63.488.025,68
55.183.415,41
4.676.931,75
10.447.095,89
257.453,70
5.090.833,19
3.777.783,91
0,00
0,00
0,00
0,00
2.159.686,07
2.356.188,77
4.515.874,84
15.551.615,72
0,00
182.885,70
721.892,34
3.115.795,14
113.910,09
19.686.098,99
88.543.928,24
182.319,12
0,00
182.319,12
182.885,70
182.885,70
24.690.697,74
365.204,82
25.055.902,56
Balanço Analítico
(Valores em Euros)
EXERCÍCIOS
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
2007
2006
CAPITAL PRÓPRIO
CAPITAL SOCIAL
5.000.000,00
5.000.000,00
0,00
0,00
RESERVAS LEGAIS
888.215,32
482.950,54
RESERVAS LIVRES
0,00
0,00
116.613.708,66
6.413.677,77
10.199.158,89
8.105.295,67
27.701.082,87
20.001.923,98
937.525,90
720.461,43
DÍVIDAS A INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
0,00
o,00
FORNECEDORES, C/C
0,00
0,00
PRESTAÇÕES SUPLEMENTARES
RESULTADOS TRANSITADOS
RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCICIO
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO
PROVISÕES
OUTRAS PROVISÕES
DÍVIDAS A TERCEIROS - MÉDIO E LONGO PRAZO
OUTROS EMPRÉSTIMOS OBTIDOS
0,00
0,00
0,00
0,00
DÍVIDAS A TERCEIROS - CURTO PRAZO
DÍVIDAS A INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
FORNECEDORES, C/C
FORNECEDORES, C/FACTURAS EM CONFERÊNCIA
FORNECEDORES - TÍTULOS A PAGAR
0,00
125.358,35
19.945.399,31
17.217.224,06
2.471.633,79
2.654.371,95
895.621,59
901.616,98
ADIANTAMENTOS DE CLIENTES
0,00
5.499,84
OUTROS EMPRÉSTIMOS OBTIDOS
0,00
4.087.174,69
FORNECEDORES DE IMOBILIZADO, C/C
0,00
0,00
2.635.049,39
407.926,51
ESTADO E OUTROS ENTES PUBLICOS
OUTROS CREDORES
338.532,00
242.242,15
26.286.236,28
25.641.414,57
7.644.977,42
8.171.601,09
ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS
ACRÉSCIMOS DE CUSTOS
PROVEITOS DIFERIDOS
102
918.203,21
648.014,34
8.563.180,63
8.819.615,43
TOTAL DO PASSIVO
35.786.942,81
35.181.491,43
TOTAL DO CAPITAL PROPRIO E DO PASSIVO
63.488.025,68
55.183.415,41
Demonstração de Resultados
(Valores em Euros)
EXERCÍCIOS
RUBRICAS
2007
2006
CUSTOS E PERDAS
CUSTO DAS MERC. VENDIDAS E DAS MATÉRIAS CONSUMIDAS
7.108.058,46
6.625.629,97
FORNECIMENTOS E SERVICOS EXTERNOS
CUSTOS COM O PESSOAL:
REMUNERAÇÕES
ENCARGOS SOCIAIS:
PENSÕES
OUTROS
AMORTIZAÇÕES DO IMOBILIZADO CORPOREO E INCORPOREO
AJUSTAMENTOS
PROVISÕES
IMPOSTOS
OUTROS CUSTOS OPERACIONAIS
(A)
JUROS E CUSTOS SIMILARES:
OUTROS
(C)
CUSTOS E PERDAS EXTRAORDINÁRIOS
(E)
IMPOSTOS SOBRE RENDIMENTOS DO EXERCÍCIO
(G)
RESULTADOS LÍQUIDOS DO EXERCÍCIO
92.445.896,05
80.274.377,32
PROVEITOS E GANHOS
PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS
VARIAÇÕES DE PRODUÇÃO
TRABALHOS PARA A PRÕPRIA EMPRESA
PROVEITOS SUPLEMENTARES
SUBSÍDIOS À EXPLORAÇÃO
OUTROS PROVEITOS OPERACIONAIS
REVERSÕES DE AMORTIZAÇÕES E AJUSTAMENTOS
9.502.901,35
1.688,94
3.696.627,21
3.067.003,87
47.160,36
217.064,47
180.082,29
241.506,63
1.083.867,25
76.467,06
324.696,56
0,00
(B)
RENDIMENTOS DE PARTICIPAÇÕES DE CAPITAL:
RELATIVOS A EMPRESAS INTERLIGADAS
RENDIMENTOS DE TÍTULOS NEGOCIAV/OUTR APLIC TESOURARIA:
OUTROS
OUTROS JUROS E PROVEITOS SIMILARES:
RELATIVOS A EMPRESAS INTERLIGADAS
OUTROS
(D)
PROVEITOS E GANHOS EXTRAORDINÁRIOS
(F)
RESUMO
-RESULTADOS OPERACIONAIS: (B) - (A)
-RESULTADOS FINANCEIROS:
(D - B) - (C - A)
-RESULTADOS CORRENTES:
(D) - (C)
-RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS:
(F) - (E)
-RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO: (F) - (G)
104
11.362.217,12
13.201.217,50
3.331.228,70
421.588,92
116.507.989,63
1.503,38
3.862.693,61
3.163.539,80
147.107,47
144.419,49
174.446,96
112.845,35
3.455.066,76
287.292,31
105.868.780,47
113.984,61
116.621.974,24
340.323,94
106.209.104,41
423.985,26
117.045.959,50
366.436,83
106.575.541,24
3.475.725,22
120.521.684,72
1.427.221,29
108.002.762,53
10.199.158,89
130.720.843,61
8.105.295,67
116.108.058,20
123.274.046,76
1.820.962,81
54.683,83
112.122.736,67
262.385,40
97.484,41
1.485.030,87
126.634.724,27
977.819,27
95.985,55
568.248,34
209.158,54
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
1.340.461,47
15.226.414,11
1.340.461,47
127.975.185,74
0,00
1.014.675,93
1.851.211,70
114.333.818,18
1.014.675,93
115.348.494,11
2.745.657,87
130.720.843,61
759.564,09
116.108.058,20
10.126.734,64
1.226.476,86
11.353.211,50
13.674.884,11
10.199.158,89
8.465.037,71
674.351,99
9.139.389,70
9.532.516,96
8.105.295,67
Demonstração de Resultados por Funções
(Valores em Euros)
RUBRICAS
2007
2006
118.254.724,97
110.961.036,87
0,00
0,00
OUTRAS ACTIVIDADES
2.960.249,46
677.273,45
PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS
2.059.072,33
1.012.158,91
123.274.046,76
112.650.469,23
-92.098.986,08
-84.996.814,30
31.175.060,69
27.653.654,93
OUTROS PROVEITOS E GANHOS OPERACIONAIS
5.625.834,04
3.195.203,57
CUSTOS DE DISTRIBUIÇÃO
-2.940.150,25
-2.740.495,22
CUSTOS ADMINISTRATIVOS
-12.007.714,16
-11.296.893,07
-8.178.106,33
-7.278.777,22
13.674.923,99
9.532.692,99
CUSTOS LÍQUIDOS DE FINANCIAMENTO
-39,88
-176,03
GANHOS (PERDAS) EM FILIAIS E ASSOCIADAS
0,00
0,00
GANHOS (PERDAS) EM OUTROS INVESTIMENTOS
0,00
0,00
SITUAÇÕES ESPECIAIS
0,00
0,00
VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS:
REPARAÇÕES NAVAIS
CONVERSÕES
CUSTO DAS VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS
RESULTADOS BRUTOS
OUTROS CUSTOS E PERDAS OPERACIONAIS
RESULTADOS OPERACIONAIS
RESULTADOS CORRENTES
IMPOSTOS SOBRE OS RESULTADOS CORRENTES
RESULTADOS CORRENTES APÓS IMPOSTOS
RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS
IMPOSTOS SOBRE OS RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS
13.674.884,11
9.532.516,96
-3.475.725,22
-1.427.221,29
10.199.158,89
8.105.295,673
0,00
0,00
0,00
0,00
10.199.158,89
8.105.295,67
10,20
8,11
RESULTADOS BRUTOS / VENDAS
25,29%
24,19%
RESULTADOS OPERACIONAIS / VENDAS 11,09%
8,46%
RESULTADOS CORRENTES / VENDAS
11,09%
8,46%
RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS / VENDAS
11,09%
8,46%
RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO / VENDAS
8,27%
7,20%
RESULTADOS LÍQUIDOS
RESULTADOS POR ACÇÃO
RÁCIOS:
106
Demonstração de Fluxos de Caixa
EXERCÍCIO
2007
RUBRICAS
(Valores em Euros)
EXERCÍCIO
2006
ACTIVIDADES OPERACIONAIS:
RECEBIMENTO DE CLIENTES
129.667.948,19
108.468.987,72
PAGAMENTO A FORNECEDORES
-109.493.053,90
-95.487.700,02
-13.208.416,21
-13.978.573,48
6.966.478,08
-997.285,78
PAGAMENTO AO PESSOAL
FLUXO GERADO PELAS OPERAÇÕES
PAGAMENTO/RECEBIM.DO IMPOSTO S/RENDIMENTO
-2.290.583,61
-123.708,55
OUTROS RECEB./PAGAM.RELATIVOS À ACTIVIDADE OPERACIONAL
12.880.530,79
13.128.200,53
17.556.425,26
12.007.206,10
RECEBIMENTOS RELACIONADOS COM RUBRICAS EXTRAORDINÁRIAS
615.098,00
137.664,00
PAGAMENTOS RELACIONADOS COM RUBRICAS EXTRAORDINÁRIAS
-73.774,00
FLUXOS GERADOS ANTES DAS RUBRICAS EXTRAORDINÁRIAS
FLUXO DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS
-25.860,00
18.097.749,26
(1)
12.119.010,10
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:
RECEBIMENTOS PROVENIENTES DE:
INVESTIMENTOS FINANCEIROS
IMOBILIZACOES CORPÓREAS
12.250,00
-37.290,05
199.821,60
0,00
212.071,60
-37.290,05
IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS
SUBSÍDIOS DE INVESTIMENTO
JUROS E PROVEITOS SIMILARES
DIVIDENDOS
PAGAMENTOS PROVENIENTES DE:
INVESTIMENTOS FINANCEIROS
IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS
FLUXO DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO
0,00
0,00
-2.538.511,63
-3.311.931,61
0,00
0,00
-2.236.440,03
(2)
-3.349.221,66
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:
RECEBIMENTOS PROVENIENTES DE :
EMPRÉSTIMOS OBTIDOS
0,00
0,00
-4.212.533,08
-6.108.372,66
0,00
0,00
PAGAMENTOS PROVENIENTES DE:
EMPRÉSTIMOS OBTIDOS
JUROS E CUSTOS SIMILARES
DIVIDENDOS
FLUXO DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO
-2.500.000,00
(3)
VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES (4) = (1) + (2) + (3)
EFEITO DAS DIFERENÇAS DE CÂMBIO
108
-500.000,00
-6.172.533,08
-6.608.372,66
9.058.776,15
2.161.415,78
-177,78
0,00
CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO INÍCIO DO PERÍODO
-20.595.979,95
-18.434.564,17
CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO FIM DO PERÍODO
29.654.873,88
20.595.979,95
9.058.776,15
2.161.415,78
Anexo à Demonstração dos Fluxos de Caixa
Não são aplicáveis ao Exercício terminado em 31 de Dezembro de 2007 as notas 1, 3, 4 e 5 do Anexo à
Demonstração dos Fluxos de Caixa previsto na Directriz Contabilistica N.º 14 aprovada pelo Conselho Geral
da Comissão de Normalização Contabilística em 07 de Julho de 1993.
Relativamente à nota 2 informa-se
Os componentes de Caixa e seus equivalentes são os seguintes:
(Valores em Euros)
Rubricas
2006
51.927,49
58.426,34
352.946,39
770.710,65
Equivalentes a Caixa
29.250.000,00
19.766.842,96
Disponibilidades constantes do Balanço
29.654.873,88
20.595.979,95
Numerário
Depósitos Bancários imediatamente mobilizáveis
110
2007
Anexo ao Balanço
e à Demonstração de Resultados
Nota Introdutória
A Lisnave, Estaleiros Navais, S.A., foi constituída por escritura pública, lavrada em 12-03-1997, com o
nome Navenova – Estaleiros Navais, S.A., denominação social, posteriormente alterada, por escritura pública
de 31 de Julho de 1997, para Lisnave, Estaleiros Navais, S.A..
Tem como objecto social a exploração de Estaleiros Navais para construção e reparação de navios, para o exercício de indústria, comércio, bem como o desenvolvimento de actividades com esta conexas ou afins.
As demonstrações financeiras foram elaboradas de harmonia com os princípios contabilísticos definidos no
Plano Oficial de Contabilidade (POC). Assim, foram preparadas segundo a convenção dos custos históricos
e, na base da continuidade das operações, em conformidade com os princípios contabilísticos de prudência, especialização dos exercícios, consistência e substância sobre a forma e materialidade, respeitando as
características qualitativas da relevância, fiabilidade e comparabilidade.
As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no Plano Oficial de Contabilidade. As
notas cuja numeração se encontra ausente deste Anexo não são aplicáveis à Empresa ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras anexas. Os montantes apresentados
encontram-se expressos em Euros.
3. São os seguintes os critérios valorimétricos adoptados:
3.1 - Imobilizações Incorpóreas
Estão valorizadas ao custo de aquisição líquido das amortizações efectuadas dentro dos limites das
taxas legalmente fixadas, aplicando-se a essas a faculdade concedida no Art. 19º n.º 2 do Decreto
Regulamentar 2/90.
3.2 - Imobilizações Corpóreas
As Imobilizações Corpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição líquido das amortizações
efectuada dentro dos limites das taxas fixadas, aplicando-se a essas a faculdade concedida no Artº
19 n.º 2 do Decreto Regulamentar 2/90 de 12 de Janeiro, com excepção para os terrenos, os quais
foram objecto durante o ano de 2005 de uma reavaliação económica feita com base num estudo
elaborado por entidade independente, o que originou um decréscimo ao seu valor de aquisição
de Euros 7.606.105,82.
112
3.3 - Existências
A Empresa utiliza o “custo médio ponderado” como método de custeio.
Matérias primas, subsidiárias e de consumo:
Custo médio de aquisição, que inclui todas as despesas até à sua entrada em Armazém, para as
matérias primas com rotação regular.
Nos casos em que haja obsolescência, deterioração física, quebra de preços, bem como outros factores análogos que façam com que o seu valor de mercado seja inferior ao seu custo de aquisição
e/ou produção, o valor das existências é ajustado em função deste (valor de mercado).
Produtos e trabalhos em curso:
Custos de produção, que inclui matérias primas, mão-de-obra, aquisição de serviços e gastos gerais
industriais apropriados.
3.4 - Dívidas de/e a Terceiros em Moeda Estrangeira
As transacções em moeda estrangeira foram contabilizadas ao câmbio em vigor à data das operações. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as
taxas de câmbio em vigor na data das transacções e aquelas em vigor na data das cobranças,
pagamentos ou na data do Balanço, são registadas como proveitos ou custos nos resultados do
Exercício. Em 31 de Dezembro os saldos expressos em moeda estrangeira são actualizados para
os câmbios em vigor nessa data (fixing do Banco de Portugal).
3.5 - Disponibilidades em moeda estrangeira
Os saldos expressos em moeda estrangeira estão valorizados aos câmbios de 31 de Dezembro de
2007, indicados no ponto 4.
3.6 - Reconhecimento de Proveitos
O reconhecimento dos resultados das obras em curso é efectuado de acordo com o método do
contrato completo, conforme o disposto na Directiva Contabilística n.º 3.
De acordo com este método os proveitos e respectivos custos são apenas reconhecidos quando a
obra contratada estiver concluída ou substancialmente concluída.
114
3.7 - Dívidas de Terceiros
Os riscos de cobrança identificados nas dívidas de terceiros são reconhecidos através de uma conta
de ajustamentos, a qual será reduzida quando deixarem de existir os motivos que as originaram.
3.8 - Juros
Os juros são reconhecidos numa base de proporcionalidade de tempo que tome em consideração
o rendimento efectivo do activo, sempre que seja provável que os benefícios económicos com a
transacção fluam para a Empresa e quando a quantia do crédito passar fiavelmente mensurada.
3.9 - Dividendos
Os dividendos devem ser reconhecidos quando for estabelecido o direito do Accionista aos mesmos.
4. As contas incluídas no Balanço e Demonstração de Resultados, originariamente expressas em moeda
estrangeira, encontram-se valorizadas conforme descrito nas notas 3.4 e 3.5. Os câmbios em vigor à
data de encerramento do Balanço foram os seguintes:
código moeda
Designação Da moeda
Fixing Médio
BRL
Real Brasileiro
2.5963
CAD
Dólar Canadiano
1.4449
CHF
Franco Suíço
1.6547
DKK
Coroa Dinamarquesa
7.4583
GBP
Libra Esterlina
0.7333
HUF
Florim Húngaro
253.73
ILS
Shekel-Israel
5.6897
JPY
Iene Japonês
164.93
MXN
Peso Mexicano
16.051
NOK
Coroa Norueguesa
7.9580
PEN
Nuevo Sol – Peru
4.4134
SEK
Coroa Sueca
9.4415
USD
Dólar Americano
PTE
Escudo
200.482
ZAR
Rand Sul Africano
10.0298
RUB
Rublos
1.4721
35.986
5. O resultado do Exercício não foi afectado, tendo em vista a obtenção de benefícios fiscais.
116
6. De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte
das autoridades fiscais, durante um período de quatro anos. As declarações fiscais da Empresa relativas
aos anos de 2004 a 2007 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão. A Empresa está sujeita a revisão em
termos de Segurança Social num período de cinco anos. A Empresa considera, no entanto, que eventuais
correcções resultantes das revisões referidas não poderão ter um efeito significativo nas demonstrações
financeiras em referência a 31 de Dezembro de 2007.
A Empresa não procedeu à contabilização do efeito resultante das diferenças temporárias entre a base
fiscal e contabilística (impostos diferidos), de acordo com a Directriz Contabilística N.º28 – Impostos
sobre o Rendimento. As situações sobre as quais a empresa tem diferenças temporárias entre a base
fiscal e contabilística decorrem das provisões e dos ajustamentos para Existências e Dívidas de Terceiros.
A Empresa optou por não registar o imposto diferido activo correspondente por entender que não era
relevante para a leitura das demonstrações financeiras
7. O número médio de empregados durante o ano de 2007 foi de 360 (2006=437).
8. O quadro seguinte evidencia a situação em 31 de Dezembro de 2007, das despesas consideradas como
Imobilizado Incorpóreo e as respectivas amortizações praticadas no Exercício.
(Valores em Euros)
Rubricas
Dragagens
Despesas Diversas
Valor
em
31-12-2006
343.726,62
Aumentos
em
2007
1.316,64
Regulariz.
em
2007
0,00
Amortiz.
do
Exercício
45.415,06
26.552,16
12.162,99
0,00
7.766,85
Aumento de Capital
190.063,70
0,00
0,00
0,00
TOTAL
560.342,48
13.479,63
0,0
55.181,91
9. No Exercício não ocorreu qualquer facto que esteja abrangido pela presente nota, que se relacione com
a amortização de “Trespasses” para além do período de 5 anos.
118
10. O movimento ocorrido na Rubrica de Imobilizações e respectivas amortizações e ajustamentos foi o
seguinte:
10.1 - Activo Bruto
(Valores em Euros)
Activo Bruto
Rubricas
Saldo Inicial
Aumentos
Transf.
e
Abates
Alienações
Saldo Final
IMOB. INCORPÓREAS
Despesas de Instalação
560.342,48
13.479,63
573.822,11
IMOB. CORPÓREAS
Terrenos e Recursos Naturais
Edifícios e Outras Construções
2.567.100,00
2.567.100,00
5.262.453,77
683.353,95
5.945.807,72
11.961.858,08
2.183.217,40
14.145.075,48
317.357,47
114.879,17
Ferramentas e Utensílios
5.245.521,47
284.899,72
5.530.421,19
Equipamento Administrativo
3.920.128,84
278.305,63
4.198.434,47
Equipamento Básico
Equipamento de Transporte
Imobilizações em Curso
TOTAL
-55.839,56
376.397,08
1.060.398,28
3.721.094,32
-3.623.107,12
1.158.385,48
30.334.817,91
7.265.750,19
-55.839,56
-3.623.107,12
33.921.621,42
30.895.160,39
7.279.229,82
-55.839,56
-3.623.107,12
34.495.443,53
10.2 - Amortizações e Ajustamentos Acumulados
(Valores em Euros)
Amortizações e Ajustamentos Acumulados
Rubricas
Saldo
Inicial
31-12-2005
Reforço
Anulação/
Reversão
Saldo
Final
31-12-2006
Valor
Líquido
IMOB. INCORPÓREAS
Despesas de Instalação
385.417,39
55.181,91
440.599,30
133.222,81
4.154.758,87
8.370.213,50
522.172,88
2.076.882,39
4.676.931,75
10.447.095,89
2.567.100,00
1.268.875,97
3.697.979,59
IMOB. CORPÓREAS
Terrenos e Recursos Naturais
Edifícios e Outras Construções
Equipamento Básico
237.922,74
75.370,52
257.453,70
118.943,38
Ferramentas e Utensílios
Equipamento de Transporte
4.936.523,65
154.309,54
-55.839,56
5.090.833,19
439.588,00
Equipamento Administrativo
3.594.697,28
183.086,63
3.777.783,91
TOTAL
120
420.650,56
1.158.385,48
Imobilizações em Curso
21.294.116,04
3.011.821,96
-55.839,56
24.250.098,44
9.671.522,98
21.679.533,43
3.067.003,87
-55.839,56
24.690.697,74
9.804.745,79
13. O Imobilizado Corpóreo nunca foi reavaliado com excepção para os terrenos conforme referido na nota
3.2 acima.
14. Todo o Imobilizado da Empresa excluindo Terrenos e Recursos Naturais está implementado em propriedade alheia.
19. Por força dos critérios de valorimetria legais e práticas seguidas pela Empresa na contabilização de
elementos do Activo Circulante, não existem diferenças materialmente relevantes entre aqueles custos
e os correspondentes aos respectivos preços de mercado.
21. Os Movimentos ocorridos nas Rubricas do Activo Circulante, foram como se segue:
Ajustamentos:
Rubricas
Dívidas de Terceiros:
Cliente C/C
Existência:
MP, Subs. e de Consumo
TOTAL
Saldo Inicial
Reforço
Reversão
Saldo Final
760.815,46
47.966,87
625.896,63
182.885,70
210.467,62
0,00
28.148,50
182.319,12
971.283,08
47.966,87
654.045,13
365.204,82
23. As dívidas de cobrança duvidosa no valor de 182.885,70 Euros, correspondem a Clientes C/C.
24. Não existem adiantamentos ou empréstimos concedidos aos Órgãos de Administração e Fiscalização
da Empresa.
25. As Dívidas do/e ao Pessoal Activo no final do Exercício, eram as seguintes:
Rubricas
2007
2006
Dívidas do Pessoal
67.143,57
71.435,39
Dívidas ao Pessoal
1.020.178,00
1.233.598,00
As Dívidas ao Pessoal correspondem às Férias e Subsídio de Férias deste, referentes ao Exercício de
2007 que serão liquidadas em 2008.
26. À data de 31 de Dezembro de 2007 não existem valores contabilizados em Letras a Receber.
28. Não existem dívidas ao “Estado e Outros Entes Públicos” em situação de mora.
122
29. Não existem no final do Exercício, Dívidas a Terceiros a mais de cinco anos.
30. À data do Balanço, não se conhecem direitos a terceiros cobertos por garantias reais.
31. À data de 31 de Dezembro de 2007, não se reconhecem quaisquer compromissos financeiros não
devidamente mencionados no Balanço.
32. À data de 31 de Dezembro de 2007 são reconhecidas as seguintes responsabilidades (Garantias Bancárias e ou Seguros de Caução):
Entidades
Moeda
Montante
Beneficiário
Millennium/BCP
eur
100.000.00
ALFANDEGA DE SETÚBAL
Millennium/BCP
eur
115.062,02
APL
Millennium/BCP
eur
522.161,33
CH.SERV.FIN.SETUBAL 1
Millennium/BCP
USD
1.000.000,00
Millennium/BCP
eur
55.660,96
Millennium/BCP
eur
24.939,90
Millennium/BCP
eur
5.856,00
NNPC Nigerian Nat. P. Corp.
ALFÂNDEGA DE LISBOA
ALFÂNDEGA DE LISBOA
APL
34. Movimentos ocorridos nas Provisões:
(Valores em Euros)
Rubricas
Saldo Inicial
Aumento
Redução
Saldo Final
Outras Provisões
720,461,43
217.064,47
937.525,90
TOTAL
720,461,43
217.064,47
937.525,90
36. À data de 31 de Dezembro de 2007, o Capital Social é representado por 1.000.000 Acções Nominativas,
com o valor nominal de 5 Euros cada.
37. À data de 31 de Dezembro de 2007, estão identificadas as seguintes Pessoas Colectivas com pelo
menos 20% de Capital:
Empresa
124
% Participação
Navivessel, Estudos e Projectos Navais, s.a.
72,82
ThyssenKrupp marine systems AG
20,00
40. Resumo das contas de Capitais Próprios:
(Valores em Euros)
Rubricas
Capital
Saldo Inicial
Result. Líquido
Total
Reduções
5.000.000,00
Reserva Legal
Result. Transitados
Aumentos
Saldo Final
5.000.000,00
482.950,54
405.264,78
6.413.677.77
7.700.030,89
888.215,32
2.500.000,00
11.613.708.66
8.105.295,67
10.199.158,89
8.105.295,67
10.199.158,89
20.001.923,98
18.304.454,56
10.605.295,67
27.701.082,87
Reserva Legal: A Legislação Comercial estabelece que pelo menos 5% do Resultado Líquido anual tem
de ser destinado ao reforço da Reserva Legal até que esta represente pelo menos 20% do Capital. Esta
Reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para
absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no Capital.
41. O custo das mercadorias vendidas e das matérias primas consumidas demonstra-se como segue:
Movimento de matérias primas, subsidiárias e de consumo:
(Valores em Euros)
Rubricas
2007
2006
Existências Iniciais
2.104.676,17
2.011.139,01
Compras
7.163.068,36
6.719.167,13
Regularização de Existências
0,00
0,00
Existências Finais
2.159.686,07
2.104.676,17
Custo das Existências Vendidas / Consumidas
7.108.058,46
6.625.629,97
42. Demonstração da variação da produção e do Custo das Vendas e das Prestações de Serviços:
Demonstração da variação da produção:
(Valores em Euros)
Rubricas
Existências Finais
Existências Iniciais
Aumento/ Redução no Exercício
126
2007
2.356.188,77
2006
535.225,96
535.225,96
272.840,56
1.820.926,81
262.385,40
Demonstração do Custos das Vendas e das Prestações de Serviços:
(Valores em Euros)
Prestações de Serviços
Rubricas
2007
Existências Iniciais
Entradas Provenientes da Produção
Existências Finais
Custo das Vendas e das Prestações de Serviços
2006
535.225,96
272.840,56
93.919.948,89
84.734.428,90
2.356.188,77
535.225,96
92.098.986,08
84.996.814,30
43. As remunerações atribuídas durante o ano 2007 aos membros dos Órgãos Sociais relacionadas com o
exercício das respectivas funções são as seguintes:
(Valores em Euros)
Conselho de Administração
565.987,56
Conselho Fiscal
40.943,00
44. Valor líquido das Vendas e das Prestações de Serviços distribui-se como segue:
(Valores em Euros)
Rubricas
2007
2006
Mercado Interno
Reparações Navais
1.253.916,00
621.525,30
Outras Actividades
2.864.152,43
611.002,20
Prestações de Serviços
2.059.072,33
1.012.158,91
6.177.140,76
2.244.686,41
117.000.808,97
109.811.779,01
Mercado Externo
Reparações Navais
Outras Actividades
Total Geral
128
96.097,03
66.271,25
117.096.906,00
109.878.050,26
123.274.046,76
112.122.736,67
45. Os Resultados Financeiros demonstram-se como segue:
(Valores em Euros)
Conta
Custos e Perdas
681
Juros Suportados
685
688
2007
2006
39,88
176,03
Diferenças de Câmbio Desfavoráveis
47.460,91
268.116,66
Outros Custos e Perdas Financeiras
66.483,82
72.031,25
1.226.476,86
674.351,99
1.340.461,47
1.014.675,93
1.015.322,69
603.670,34
51.514,32
155.507,84
261.124,85
255.497,71
Resultados Financeiros
Conta
Proveitos e ganhos
781
Juros Obtidos
785
Diferenças de Câmbio Favoráveis
786
Descontos de Pronto Pagamento Obtidos
788
Reversões e Outros Proveitos e Ganhos Financeiros
12.499,61
0,04
1.340.461,47
1.014.675,93
46. Resultados Extraordinários demonstram-se como segue:
(Valores em Euros)
Conta
691
Custos e perdas
Donativos
692
Dívidas Incobráveis
Perdas em Existências
694
Perdas em Imobilizações
695
Multas e Penalidades
696
Aumentos de Amortizações e Provisões
697
Correcções Relativas a Exercícios Anteriores
698
Outros Custos e Perdas Extraordinárias
Resultados Extraordinários
130
2006
138.400,00
693
Conta
2007
69.860,00
0,00
0,00
59.044,45
28.143,51
0,00
328,75
3.874,00
0,00
0,00
0,00
221.751,04
262.778,28
915,77
5.326,29
2.321.672,61
393.127,26
2.745.657,87
759,564,09
Proveitos e Ganhos
791
Restituição de Impostos
591.136,45
0,00
793
Ganhos em Existências
40.888,81
20.896,37
794
Ganhos em Imobilizações
12.250,00
37.290,05
796
Redução de Amortizações e Provisões
0,00
0,00
2.077.506,74
697.968,65
23.875,87
3.409,02
2.745.657,87
759.564,09
797
Correcções Relativas a Exercícios Anteriores
798
Outros Proveitos e Ganhos Extraordinários
47. Informações exigidas por Diplomas Legais.
1. Nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 447º do Código das Sociedades Comerciais,
informa-se que os membros do Conselho de Administração da Sociedade, Eng. José António Leite
Mendes Rodrigues e Dr. Nelson Nunes Rodrigues, únicos Accionistas da Navivessel - Estudos e
Projectos Navais, S.A., são titulares através desta Empresa de 728.255 Acções.
Em relação ao Órgão de Fiscalização da Sociedade, informa-se que este não se encontra em qualquer das situações previstas no corpo deste Artigo.
2. Nos termos e para os efeitos do disposto no n.º 4 do Artigo 448º do Código das Sociedades Comerciais, informa-se que na data do encerramento do Exercício, e segundo os registos da Sociedade,
são titulares de 72,82% e de 20,00% do Capital Social da Lisnave, respectivamente os seguintes
Accionistas:
3 Navivessel, Estudos e Projectos Navais, S.A.
Titular de 728.255 Acções.
3 ThyssenKrupp Marine Systems AG
Titular de 200.000 Acções.
3. A Estrutura Accionista da Lisnave em 31 de Dezembro de 2007 era a seguinte:
Accionista
- Navivessel, Estudos e Projectos Navais, s.a.
- ThyssenKRUPP MARINE SYSTEMS ag
- Estado Português
- Público (OPT)
Total
132
Acções Detidas
% Votos
% Total
728.255
200.000
29.666
42.079
72.82
20.00
2.97
4.21
72.82
20.00
2.97
4.21
1.000.000
100.00
100.00
4. Cargos desempenhados pelos Administradores da Lisnave, em outras Sociedades:
Empresas
José António Leite Mendes Rodrigues
Navivessel, estudos e projectos navais, S.A.
LISNAVE Infraestruturas Navais, S.A.
LISNAVE Internacional, S.A.
Lisapro, Lda.
Navalset, Lda.
Administrador
P.C. Administração
Administrador
Gerente
Gerente
Nelson Nunes Rodrigues
Navivessel, estudos e projectos navais, S.A.
LISNAVE Infraestruturas Navais, S.A.
LISNAVE Internacional, S.A.
Repropel,Lda.
Navalset, Lda.
Administrador
Administrador
P.C. Administração
Gerente
Gerente
METROCOM, S.A.
CPCOM
Administrador
Administrador
Frederico José Ferreira de Mesquita Spranger
LISNAVE internacional, S.A.
Mecnavis, S.A.
Dakarnave, S.A.
a.i. marítimas
FENAME
Vice P. C. Administração
P. C. Administração
P. C. Administração
Presidente Direcção
Vice-P.C. Direcção
Jürgen Peters
deutscher schulsschiff verein
bbv bremer bootsbau gmbh
Administrador
Memb. Cons. Supervisão
João Rui Carvalho dos Santos
Navivessel, estudos e projectos navais, S.A.
LISNAVE Internacional, S.A.
NavalRocha, S.A.
Gaslimpo, S.A.
Mecnavis, S.A.
darkarnave, s.a.
Fundenav
A.i. marítimas
FENAME
Administrador
Administrador
Administrador
Administrador
Administrador
Administrador
P. C. Fiscal
Vice-P.C. Direcção
Presidente C. Fiscal
Manuel Serpa Leitão
Navivessel, estudos e projectos navais, S.A.
LISNAVE Infraestruturas Navais, S.A.
Gaslimpo, S.A.
tecor, S.A.
LISNAVE Internacional, S.A.
fundenav
A. I. Marítimas
rEBOCALIS, LDA.
Presidente Mesa A. Geral
Administrador-Delegado
P. C. Administração
P. Mesa A. Geral
Administrador
P.C. da Direcção
P. Mesa A. Geral
P. C. Gerência
Aloísio Fernando Macedo da Fonseca
134
Cargos
desempenhados
48. Outras Informações consideradas relevantes para melhor compreensão da posição financeira e dos
resultados
Demonstração dos Resultados por Funções
A Demonstração dos Resultados por Funções foi preparada em conformidade com o estabelecido pela
Directriz Contabilística N.º20, a qual apresenta um conceito de Resultados Extraordinários e Custo Líquido de Financiamento diferente do definido no Plano Oficial de Contabilidade (POC) para a preparação
da Demonstração dos Resultados por Natureza. Assim, o valor dos Resultados Extraordinários (Euros
-2.321.672,61) apresentado na Demonstração dos Resultados por Naturezas foi reclassificado para as
Rubricas de “Outros Custos e Perdas Operacionais” e “Outros Proveitos e Ganhos Operacionais” (Euros
423.985,26 e Euros 2.745.657,87 respectivamente), assim como, os Custos e Perdas e os Proveitos e
Ganhos Financeiros, que não respeitam a financiamentos contraídos pela Empresa (Euros 113.944,73
e Euros 1.340.461,47 respectivamente), representando uma reclassificação de Euros 1.226.516,47, o
que proporciona as seguintes diferenças nas diversas naturezas de resultados:
(Valores em Euros)
Rubricas
Resultados Operacionais
Reclassificação
Por Funções
10.126.734,64
3.548.189,35
13.674.923,99
1.226.476,86
-1.226.516,74
-39,88
11.353.211,50
2.321.672,61
13.674.884,11
2.321.672,61
-2.321.672,61
0,00
Imposto sobre o rendimento
-3.475.725,22
0,00
-3.475.725,22
Resultado Líquido do Exercício
10.199.158,89
0,00
10.199.158,89
Resultados Financeiros
Resultados Correntes
Resultados Extraordinários
136
Por Naturezas
Relatório e Parecer do Conselho Fiscal
- Exercício de 2007 Senhores Accionistas,
1. No cumprimento das disposições legais e do contrato de sociedade, o Conselho Fiscal da «Lisnave,
Estaleiros Navais, S.A.», no exercício das suas competências, após ter procedido à análise do Balanço, da Demonstração dos Resultados e dos demais elementos de prestação de contas preparados
pelo Conselho de Administração, que acompanhavam o Relatório de Gestão e as Contas relativas
ao exercício de 2007, vem apresentar o seu Relatório e Parecer sobre esses mesmos elementos
de prestação de contas.
2. O Conselho Fiscal acompanhou ao longo do exercício, com a periodicidade conveniente, a actividade
da Lisnave, através da análise da documentação produzida, dos contactos com os Serviços, dos
elementos de trabalho disponibilizados pelos auditores externos e das reuniões de informação que
regularmente manteve com o Conselho de Administração. Procedeu às verificações e análises da
informação contabilística, com a consulta dos seus documentos de suporte e dos correspondentes
registos. Verificou, em particular, as operações contabilísticas referentes ao apuramento dos resultados do exercício.
3. É sua convicção que os procedimentos técnicos seguidos, que conduziram à elaboração das demonstrações financeiras apresentadas, e tendo em conta, em particular, as explicitações que se
incluem no Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados, complementadas com o exposto
no relatório de gestão elaborado pelo Conselho de Administração, reflectem os valores evidenciados
nos documentos que lhes servem de suporte, e, no seu conjunto, expressam, em termos financeiros
e económicos, uma correcta avaliação do património e dos resultados.
4. Em documento separado o vogal Revisor Oficial de Contas procedeu à elaboração da Certificação
Legal das Contas, parecer que merece a concordância do Conselho Fiscal e deve ser tomado como
parte integrante deste Relatório.
5. No Relatório de Gestão que elaborou, o Conselho de Administração descreve a forma como se
desenvolveu a actividade no exercício caracterizada por um crescimento da procura no mercado
de Reparação Naval da ordem de 5%, decorrente dos efeitos globalmente conjugados do elevado
nível do preço do petróleo, da elevada cotação do Euro e, também, da evolução registada na taxa
de frete dos petroleiros e mineraleiros.
140
6. A actividade da Lisnave no decorrer do ano de 2007, à semelhança do registado em exercícios
anteriores, voltou a apresentar um bom desempenho global, no essencial, expresso por:
• Evolução positiva no comportamento registado na relação: consultas/encomendas/taxa de
sucesso, superior ao valor alcançado em 2006;
• o número de navios reparados(135), da ordem do registado no ano anterior;
• obtenção de um resultado liquido positivo de 10.199 milhares de euros;
• a consolidação da posição da Lisnave no mercado de Reparação Naval e da sua vocação como
empresa fortemente exportadora, traduzida em vendas para o mercado externo de 117,1 milhões de euros (95% da sua produção total), continuando a garantir-lhe posição cimeira entre
os maiores estaleiros de reparação naval a nível mundial.
7. Relativamente aos valores expressos nas demonstrações financeiras do exercício devem salientar-se
os seguintes indicadores:
• o volume global das vendas e prestações de serviços, de 123,3 milhões de euros, em cerca de
10% superior ao correspondente valor de 2006;
• o peso dos custos com o pessoal, que passaram a representar 11,3% do total dos custos de
exploração;
• 0 valor alcançado pelos resultados operacionais, da ordem de 10,1 milhões de euros, representando 8% do total dos Proveitos de Exploração;
• o bom desempenho da função financeira global;
• os investimentos efectuados no exercício, da ordem de 3,6 milhões de euros(acrescidos de 3,7
milhões de euros de imobilizações em curso);
• o “cash-flow” gerado no exercício de 13,5 milhões de euros;
• a generalizada melhoria conseguida nos indicadores de gestão, económicos e financeiros.
142
8. Face ao exposto, e como consequência das análises e acções de fiscalização desenvolvidas no decorrer
do exercício, o Conselho Fiscal, agradecendo a colaboração prestada pelos trabalhadores da empresa
com quem teve necessidade de contactar e ao Conselho de Administração, a sua colaboração e
disponibilidade assim como as referências constantes do seu relatório, vem, em conclusão, e tendo
presente as perspectivas da actividade que se antevêem para o ano de 2008, emitir o seguinte
PARECER
a) que o Relatório de Gestão e as Contas do Exercício sejam aprovados;
b) que seja aprovada a proposta de aplicação do Resultado Líquido do exercício, de E 10.199.158,89,
apresentada pelo Conselho de Administração.
Lisboa, 25 de Fevereiro de 2008
O CONSELHO FISCAL
Francisco José da Silva
- Presidente Maria Isabel Louro Caria Alcobia
- Vogal Joaquim Patrício da Silva
(ROC nº 320)
em representação de
PATRÍCIO, MIMOSO E MENDES JORGE
Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, nº 42
- Vogal -
144
Certificação Legal das Contas
- Exercício de 2007 -
INTRODUÇÃO
1. Examinei as demonstrações financeiras anexas da «Lisnave, Estaleiros Navais, S.A.», as quais
compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2007, (que evidencia um total de 63.488 milhares
de euros e um total de capital próprio de 27.701 milhares de euros, incluindo um resultado líquido
de 10.199 milhares de euros), a Demonstração dos resultados do exercício e o correspondente
Anexo ao balanço e à demonstração de resultados e a demonstração dos fluxos de caixa e anexo
e demonstração dos resultados por funções do exercício findo naquela data.
RESPONSABILIDADES
2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras
que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa e o resultado
das suas operações, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a
manutenção de um sistema de controlo interno apropriado.
3. A minha responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada
no meu exame daquelas demonstrações financeiras.
ÂMBITO
4. O exame a que procedi foi efectuado de acordo com as Normas e as Directrizes Técnicas da Ordem
dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com
o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão
isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu:
• a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias constantes das demonstrações
financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho
de Administração, utilizadas na sua preparação;
• a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação,
tendo em conta as circunstâncias;
148
• a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e
• a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações
financeiras.
5. O meu exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira constante
do relatório de gestão com as demonstrações financeiras.
6. Entendo que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da minha opinião.
OPINIÃO
7. Em minha opinião, a informação financeira constante dos mencionados documentos, apresenta de
forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira da «Lisnave, Estaleiros Navais, S.A.» em 31 de Dezembro de 2007 e o resultado das suas
operações e os fluxos de caixa no Exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios
contabilísticos geralmente aceites.
Lisboa, 25 de Fevereiro de 2008
Joaquim Patrício da Silva
(ROC nº 320)
em representação de
PATRÍCIO, MIMOSO E MENDES JORGE
Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, nº 42
150
Extracto da Acta da Assembleia Geral Anual
de Accionistas de 19 de Março de 2008 relativo à aprovação
dos documentos de prestação de contas respeitante
ao Exercício de 2007
Acta Nº 01/2008
Aos dezanove dias do mês de Março de dois mil e oito, pelas onze horas, reuniu na Sede da Sociedade, a
Assembleia Geral Anual da Lisnave - Estaleiros Navais, S.A..
Assumiu a direcção dos trabalhos o Presidente da Mesa da Assembleia Geral, o Sr. Dr. Luís Miguel Nogueira
Freire Cortes Martins, coadjuvado pelos Secretários da Mesa Dr. Manuel Joaquim Rodrigues e Dr. Carlos
Fernando Pinheiro.
..........................................................................................................................................
O Presidente da Mesa confirmou, ainda, através do respectivo mapa de presenças, que se encontravam
presentes e devidamente representados os seguintes Accionistas, titulares de acções, com direito a voto:
- Navivessel, Estudos e Projectos Navais, S. A., representada pelo Sr. Engº. Manuel Serpa Leitão, titular
de setecentas e vinte e oito mil e duzentas e cinquenta e sete Acções (representativas de setenta e
dois vírgula e oitenta e dois por cento dos votos);
- Thyssen Krupp Marine Systems AG, representada pelo Sr. Dr. Walter Klausmann, titular de duzentas
mil acções (representativas de vinte por cento de votos);
- Estado Português, representado pela Sra. Dra. Sara Alexandra Ribeiro Pereira Simões Duarte Ambrósio,
titular de vinte e nove mil, seiscentas e sessenta e seis acções (representativas de dois vírgula noventa
e seis por cento dos votos);
- Sr. Manuel Sousa Pereira, titular de mil e cem acções (representativas de zero vírgula onze por cento
dos votos);
- Sr. Nuno Filipe Pedro Baptista, titular de duzentas acções (representativas de zero vírgula zero dois
por cento dos votos);
- Sr. João Alexandre Dinis de Sousa, titular de dez mil acções (representativas de um por cento dos
votos).
154
Ponto Um – Deliberar sobre o Relatório de Gestão e as Contas do Exercício de 2007.
..., o Presidente do Conselho de Administração, no âmbito da sua intervenção e entre outros aspectos
essenciais, reconhecendo a importante participação do Estado Português no contexto do Plano Social, que
findou no passado dia 31 de Dezembro de 2007, realçou o Acordo de Princípios, celebrado, entre o Estado
e a Lisnave, em 21 de Janeiro último.
O Presidente da Mesa, ... submeteu à votação da Assembleia o Relatório de Gestão e as Contas do Exercício
de 2007, documentos que foram aprovados por unanimidade.
Ponto Dois – Deliberar sobre o Relatório do Conselho Fiscal.
..., o Presidente da Mesa submeteu à votação da Assembleia o Relatório do Conselho Fiscal, que foi aprovado por unanimidade.
Ponto Três – Deliberar sobre a Proposta de Aplicação de Resultados
..., o Sr. Presidente informou que tinha dado entrada na Mesa uma Proposta de Aplicação dos Resultados,
subscrita pelo Conselho de Administração, que passou a ler em voz alta, cujo teor era o seguinte:
“Proposta de Aplicação de Resultados
O Conselho de Administração da Lisnave - Estaleiros Navais, S.A. propõe:
• Que seja aprovado o presente Relatório de Gestão e Contas relativo ao exercício de 2007;
• E que ao resultado líquido, no montante de 10.199.158,89 Euros (lucro), seja dada a seguinte
aplicação:
• Reserva Legal
509.957,94 Euros;
• Dividendos
7.000.000,00 Euros;
• Gratificação de Balanço aos Empregados 1.000.000,00 Euros;
• Resultados Transitados
1689.200,95 Euros.”
Mitrena, 19 de Fevereiro de 2008
O Conselho de Administração”
(seguem-se assinaturas de todos os Administradores da Lisnave)
..., o Presidente pôs a mesma a votação, a qual foi igualmente aprovada por unanimidade.
156
Ponto Quatro – Proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da sociedade
..., o Presidente da Mesa informou que tinha dado entrada na Mesa uma Proposta, subscrita pelo Accionista
Navivessel, Estudos e Projectos Navais, S.A., que passou a ler em voz alta, cujo teor era o seguinte:
“Proposta
A Navivessel, Estudos e Projectos Navais, S.A., considerando a forma competente e eficiente como os titulares dos Órgãos Sociais da Empresa têm vindo a desempenhar os respectivos mandatos, designadamente
durante o exercício de 2007, propõe que seja aprovado, por esta Assembleia Geral, um voto de louvor aos
Conselho de Administração e Conselho Fiscal da Lisnave - Estaleiros Navais, S.A..
Caparica, 04 de Março de 2008
O Representante do Accionista Navivessel
(Segue-se a assinatura do Representante da Navivessel)”
..........................................................................................................................................
Apresentada a votação, esta proposta, foi aprovada, por unanimidade.
..........................................................................................................................................
Nada mais havendo a tratar, o Presidente da Mesa, deu por encerrada a presente sessão, da qual vai ser
lavrada a correspondente acta, que vai ser assinada pelo Presidente e pelos dois Secretários da Mesa.
Mitrena, 19 de Março de 2008
Carlos Pinheiro
(Secretário da Sociedade)
158
Delegações e Representações
ALEMANHA
ZOEPFFEL & SHNEIDER GMBH
HAMBURGO
Tel.: + 49 40 879 785-0
Fax: + 49 40 879 785-20
GRÉCIA
N. BOGDANOS MARINE B. LTD.
Atenas
Mobile: 30 6 976 565 605
Fax: + 30 210 92 46 95 5
ARÁBIA SAUDITA
THE REDA ESTABLISHEMENT
Alkhobar – Arábia Saudita
HOLANDA/BELGICA/
LUXEMBURGO
ESMA - INTERNATIONAL, B.V.
Amesterdão
Tel.: + 31 20 696 99 06
Fax: + 31 20 696 69 00
ARGÉLIA
SOCOFEP -(DEVEXPORT)
Paris
Tel.: + 33 1 445 56 161
Fax: + 33 1 445 56 162
BRASIL
QUILHA ENGENHARIA NAVAL
E REPRESENTAÇÕES
Rio de Janeiro
Tel.: + 55 21 248 63 779
Fax: + 55 21 249 36 882
CANADÁ
WISEPOOL ENTERPRISES LTD
(Transma Agents)
Vancouver
Tel.: + 1 604 272 18 73
Fax: + 1 604 272 18 43
CHIPRE
WSR – SERVICES, LTD.
Limassol
Tel.: + 357 253 44 41 8
Fax: + 357 25 344 41 9
DINAMARCA
AKTIESELKABET MARITIME AGENCY
Copenhague
Tel.: + 45 33 151 50 4
Fax: + 45 33 118 62 4
ESPANHA
MEDCO, SHIPBROKERS, S.L.
Madrid
Tel.: + 34 914 31 52 35
Fax: + 34 915 75 05 00
FRANÇA
AMIDSSHIPS
Paris
Tel.: + 33 1 405 00 18 1
Fax: + 33 1 405 00 15 9
PAÍSES BÁLTICOS/RÚSSIA
UCRÂNIA/GEORGIA/
LITUÂNIA/AZERBEIJÃO
ZAO IBÉRICA
Moscovo
Tel.: + 7 495 68 49 02 1
Fax: + 7 495 68 49 19 0
MARMAX, S.A.
Algés - Portugal
Tel.: + 351 21 413 55 60
Fax: + 351 21 413 55 66
HONG-KONG/
REP. CHINA/TAIWAN
TRANSMA LIMITED
Hong-Kong
Tel.: + 852 28 61 16 23
Fax: + 852 28 61 39 01
SINGAPURA/MALÁSIA/
TÂILANDIA
C.C. SHIP REPAIR & SERVICES PTE
LTD.
Singapura
Tel.: + 65 633 86 66 7
Fax: + 65 633 81 01 1
ÍNDIA
B.D. KATÁRIA & CO. MARITIME
Bombaim
Tel.: + 91 22 22 83 45 46
Fax: + 91 22 22 04 24 56
SUÉCIA
A.B. AUGUST LEFLER
Gotemburgo
Tel.: + 46 31 61 61 66
Fax: + 46 31 61 60 17
INGLATERRA/IRLANDA
CALVEY MARINE
Guildford – U.K.
Tel.: + 44 1 48 38 90 04 0
Fax.: + 44 1 48 38 90 02 7
TURQUIA
INTAY - TEK TEKNIK HIZMETLER LTD.
SKT.
Istambul
Tel.: + 90 212 29 77 38 6
Fax: + 90 212 29 77 38 7
ITÁLIA/MÓNACO/SUÍÇA
CAMBIASO & RISSO
Génova - Itália
Tel.: + 39 010 57 14 1
Fax: + 39 010 53 01 54
JAPÃO
AALL & CO., LTD.
Tóquio
Tel.: + 81 3 52 17 01 81
Fax: + 81 3 52 17 01 82
Ehime
Tel.: + 81 8 98 43 02 22
Fax: + 81 8 98 43 03 39
NORUEGA
ULRIK QVALE & PARTENERS
Oslo
Tel.: + 47 22 51 16 16
Fax: + 47 22 51 16 08
U.S.A. / CANADÁ
EAST COAST MARINE ALLIANCE LLC
Norwalk
Tel.: + 1 203 86 64 11 0
Fax: + 1 203 86 64 16 1
VENEZUELA
KORT CONSULTING XXI, C.A.
Caracas
Tel.: + 58 212 23 98 40 8
Fax: + 58 212 23 93 32 0