Agronegócio
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Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 Agronegócio ASN Agroindústrias familiares prospectam mais de R$ 200 mil durante encontro de negócios Evento foi realizado pela primeira vez na Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque Não-Me-Toque - A diversidade de produtos ofertados na Rodada de Negócios da Agricultura familiar foi grande, mas o objetivo do grupo de obter bons resultados no evento realizado na Expodireto Cotrijal era de todos os produtores participantes. Durante a tarde de quarta-feira, 17, bebidas e alimentos produzidos por 19 agroindústrias gaúchas despertaram o interesse de 16 empresas compradoras da região. A comercialização de cachaça, suco de uva, bolachas, pipoca e farinha orgânica, conservas de legumes, rapaduras, amendoins, entre outros produtos, colocou os empresários frente a frente e gerou expectativa de negócios futuros de R$ 220.000,00. O evento em Não-Me-Toque foi iniciativa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Sul (Sebrae/RS), e teve como parceiros a Emater, Fetag, Cotrijal e AGAS. Um dos mais animados com o encontro de negócios era o agricultor Vitório Gasparetto, proprietário da Agroindústria Gasparetto, de Flores da Cunha. O suco de uva Mata Nativa, sem açúcar e conservantes, oferecido pelo empreendedor, chamou a atenção de redes de supermercado. A expectativa de Gasparetto é fechar negócio Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 1/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 em breve. “Participar do evento foi excelente. Além de divulgar meu produto, já tenho pedidos confirmados para entregar”, comemora. Na Expodireto Cotrijal, ele está expondo no estande da Agricultura Familiar. No fim dos três primeiros dias da Expodireto, entre degustações e vendas, já haviam saído 180 caixas de suco de uva, uma mistura da Bordô com a Isabel, para deixar a bebida mais suave. Na quarta-feira à noite, o agricultor teve que voltar para casa em busca de outras 100 caixas do produto. “Como participei no ano passado, as pessoas já conhecem a qualidade do suco que ofereço e, por isso, fazem questão de comprar de mim”, afirma. De acordo com o gerente do setorial de Agronegócios do Sebrae/RS, João Paulo Kessler, a avaliação feita pelos participantes foi extremamente positiva. “A exemplo do evento que realizamos na Expointer em 2009, tanto os produtores rurais quanto os empresários compradores saíram satisfeitos com os resultados obtidos por meio da rodada de negócios”, destaca. Para Kessler, a dinâmica de aproximar os pequenos negócios de grandes empresas deve ser realizada cada vez mais. “É uma oportunidade que muitos empreendedores, sozinhos, não teriam condições de ter”, acredita o gerente. Além da Rodada com foco no agronegócio, o Sebrae/RS realizou a Rodada Internacional (nos dias 17 e 18/03) e a Nacional (19/03) com empresas ligadas ao setor metalmecânico. http://www.sebrae-rs.com.br/central-noticias/agencia-noticias/agroindustrias-familiares-prospectam-mais-r200-mil-durante-encontro-negocios/1525.aspx Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 2/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 MS Notícias Delcídio diz que Brasil será o número 1 do Agronegócio O senador Delcídio do Amaral (PT/MS) acredita que o Brasil caminha para ser o país número 1 do agronegócio no mundo, graças a competência dos produtores e o apoio do poder público, fatores que têm permitido aperfeiçoar a tecnologia da agricultura e da pecuária, aumentar a produtividade e ampliar a produção, com reflexos positivos na geração de riquezas e empregos. "É um processo que não tem mais volta. O empenho dos nossos agricultores e pecuaristas, que cada vez mais investem no aperfeiçoamento das técnicas e no aumento da produção, o trabalho das instituições de pesquisa, como a Embrapa, na descoberta de novos produtos, e o apoio do governo ao produtor, com regras claras, estáveis e juros adequados à realidade do mercado, têm contribuído para que o país, a cada ano, bata recordes na produção de grãos, carnes e bioenergia. Hoje somos respeitados em todo o mundo. Uma prova disso é que a Europa abre as portas para a nossa carne e países como o Japão e os Estados Unidos estão em busca do etanol que produzimos aqui", destacou o senador, durante a abertura da Expogrande 2010, que acontece no Parque Laucídio Coelho, em Campo Grande. Delcídio disse que Mato Grosso do Sul tem desempenhado um papel fundamental nesse processo de aprimoramento e ampliação do agronegócio brasileiro. Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 3/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 "A Expogrande é uma vitrine do talento e da competência dos nossos produtores. São mais de mil animais de genética aprimorada que, sem dúvida alguma, estão contribuindo para melhorar a qualidade do rebanho não só do nosso estado, mas também de outras regiões do Brasil e até do exterior", explicou. O senador destacou que, além de fortalecer o agronegócio, a exposição se firmou como uma grande atração de turistas a Campo Grande. "Todo ano a feira bate recordes de visitantes, que vêm em busca não só da parte técnica, mas também das novidades trazidas pelos expositores e dos shows que reúnem grandes nomes da MPB e o melhor da música sertaneja. Por isso, faço questão de ser parceiro da Acrisul na realização da festa, que alegra a população, movimenta a nossa economia e gera milhares de empregos", ressaltou Delcídio, No passado, ele conseguiu R$ 400 mil do governo federal para a Expogrande e esse ano viabilizou R$ 350 mil em patrocínio para o evento. http://www.msnoticias.com.br/?p=ler&id=35788 Agricultura Orgânica Canal Rural Desenvolvimento Agrário seleciona produtores orgânicos para Bio Fair 2010 Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 4/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 Inscrições para participar da seleção vão até o dia 4 de abril e devem ser feitas pelo site do MDA O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) está com chamada aberta para seleção de 12 empreendimentos e/ou redes de empreendimentos interessados em participar da Bio Fair 2010 – Feira Internacional de Produtos Orgânicos e Agroecologia. As inscrições vão até o dia 4 de abril e devem ser feitas pela internet. O evento será realizado entre os dias 20 e 23 de maio em São Paulo. Os selecionados poderão expor e comercializar seus produtos no estande coletivo do Ministério. Para participar da seleção, o MDA exigirá que a produção seja orgânica, de acordo com critérios da Lei 10.831, de 23 de dezembro de 2003, e que, preferencialmente, seja composta de produtos da sociobiodiversidade, como frutas nativas, castanhas, erva mate, entre outros. Segundo a assessoria de imprensa do Ministério, os produtos devem apresentar bom nível de apresentação para o mercado, potencial de oferta com regularidade e constância, embalagem e rótulo próprios, registros necessários e informações básicas exigidas por lei. Os empreendimentos devem estar enquadrados nos critérios de aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e atuar ou ter condições de atuar em mercados regional e/ou nacional e/ou internacional. O gerente de área de agronegócios do Sebrae, Paulo Alvim, explica que a feira é um evento tradicional do setor e que representa uma oportunidade de mostrar o incremento que está ocorrendo na cadeia de agroecologia do Sebrae. Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 5/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 — Antes a carteira de agronegócios da instituição tinha caráter pedagógico. Hoje, ela se expandiu e conta com investimentos de organizações públicas e privadas — afirma. Aberta ao público e com entrada gratuita, a Bio Fair 2010 possibilita a compra direta do produtor e é voltada para atacadistas, distribuidores, exportadores e importadores, fabricantes, lojistas, hotéis e restaurantes, supermercados, processadores, produtores e profissionais de saúde. Paralelo a Bio Fair, serão realizados a 6ª edição do Fórum Brasileiro de Agricultura Orgânica e Sustentável e o Ciclo Aberto de Palestras. Entre as atrações do fórum está o seminário ‘Brasil – Itália: Oportunidades de Colaboração Comercial e Produtiva na Agricultura Orgânica’, que contará com participação de dez empresas italianas. Além programação internacional, a feira deve contar este ano com um espaço voltado às tecnologias empregadas na produção de orgânicos. — Pela primeira vez, estamos trabalhando para trazer, com o patrocínio do Ministério da Ciência e Tecnologia, um pavilhão exclusivo de tecnologia para a produção orgânica. O Ministério do Meio Ambiente promete apresentar um projeto inovador sobre a biodiversidade brasileira, cujo lançamento será na Bio Brazil Fair — revela a gerente de negócios da Francal Feiras, Lucia Cristina de Buone. http://www.clicrbs.com.br/canalrural/jsp/default.jsp?uf=2&local=18&action=noticias&id=284 3476§ion=Capa Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 6/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 EcoAgência Expansão da agricultura orgânica é economicamente viável Além de defender que a agricultura orgânica é economicamente viável, economista avalia os efeitos positivos e negativos provocados pela utilização do agrotóxico; analisa a saúde do trabalhador rural de acordo com as características do uso de agrotóxico nos estabelecimentos rurais; e aponta alternativas econômicas e tecnológicas para sua eliminação. As principais barreiras que limitam a expansão, tanto da oferta quanto da demanda, do mercado dos alimentos orgânicos motivaram o desenvolvimento da tese de doutorado do economista Wagner Lopes Soares, no Programa de Saúde Pública e Meio Ambiente da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz). Além de defender que a agricultura orgânica é economicamente viável, ele avalia os efeitos positivos e negativos provocados pela utilização do agrotóxico; analisa a saúde do trabalhador rural de acordo com as características do uso de agrotóxico nos estabelecimentos rurais; e aponta alternativas econômicas e tecnológicas para sua eliminação, sempre que possível. A tese Uso dos agrotóxicos e seus impactos à saúde e ao ambiente: uma avaliação integrada entre a economia, a saúde pública, a ecologia e a agricultura, analisa fatores que influenciam o uso dessas substâncias nas propriedades agrícolas. Fale sobre a importância de reunir todos esses aspectos para abordar um tema que está em evidência. Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 7/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 Wagner Lopes Soares: Sou economista, trabalho no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e fiz meu mestrado em economia. Porém, não é comum observarmos uma abordagem das ciências econômicas sobre a questão dos agrotóxicos. Normalmente, o que predomina na literatura serve mais para demonstrar a eficiência desses produtos e do modelo agrícola, que incorpora essa "modernidade". Poucos são os trabalhos que abordam, revelam e discutem a questão da ineficiência desses produtosCertamente, um fator importante para a decisão do uso dessas substâncias é que muitos dos seus impactos sociais são externalizados, ou seja, não refletem em um custo privado para o agricultor quando decide utilizar esses produtos. Quem acaba pagando, quando há trabalhadores intoxicados, contaminações na biota e em recursos ambientais é a sociedade, o que de certa forma acaba incentivando o uso desses insumos por parte do agricultor individual. Em relação à questão do emprego dos agrotóxicos na agricultura e seus efeitos - ou externalidades negativas - à saúde e ao ambiente, podemos dizer que essa tese é inovadora, pois, além de valorá-las, discute o papel de desincentivos econômicos ao uso dessas substâncias e incentivos às outras opções tecnológicas menos nocivas. Na minha dissertação de mestrado também abordei o tema. No entanto, naquela ocasião, o olhar sobre o problema se restringiu a uma visão economicista, simplificada, e que não dava conta de abarcar as várias questões em razão da sua grande complexidade. A lição tirada da dissertação de mestrado sobre a questão dos agrotóxicos é que explorá-la mais exigiria um grande esforço interdisciplinar em diferentes áreas, especialmente da agricultura e da saúde pública. Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 8/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 A tese foi defendida no Programa de Saúde Pública e Meio Ambiente da Ensp, que traz uma abordagem interdisciplinar sobre as questões relacionadas à saúde e ao meio ambiente, e o tema agrotóxico é bastante complexo. Como foi o desenvolvimento do estudo? Soares: A tese é composta de três artigos sobre o uso dos agrotóxicos e seus impactos à saúde e ao ambiente, e um quarto artigo que aborda, sob o prisma das políticas públicas, alternativas de produção ao modelo agrícola baseado no uso intensivo desses insumos. O primeiro artigo, Atividade agrícola e externalidade ambiental: uma análise a partir do uso de agrotóxicos no Cerrado brasileiro, publicado no periódico Ciência e Saúde Coletiva, em 2006, teve como objetivo discutir as externalidades negativas associadas ao uso intensivo de agrotóxicos no bioma do cerrado, área em franca expansão da atividade agrícola, em especial da monocultura da soja. O artigo traz uma visão ampla das externalidades negativas provocadas pelos agrotóxicos utilizados na atividade agrícola e a importância das políticas de regulação para internalizá-las no processo produtivo. Nesse artigo, em função da própria base de dados utilizada, procuramos dar ênfase aos impactos ambientais, como é o caso da contaminação do solo e da água pelo uso dos agrotóxicos e fertilizantes. Quais foram as abordagens dos artigos seguintes? Soares: O segundo e o terceiro artigos mostram como fazer um exercício de valoração desses custos. O segundo passa pela externalidade associada à intoxicação aguda e apresento dados do IBGE em que estabeleço associações entre a intoxicação e características do estabelecimento rural, por exemplo: se ele usa receituário agronômico ou não, se Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 9/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 possui assistência técnica, quem indica o uso do agrotóxico, a quantidade utilizada, a área em que é aplicado, ou seja, uma série de variáveis e as suas relações com a intoxicação aguda do trabalhador rural. A partir daí, conduzimos um estudo que valora os custos sociais associados à intoxicação aguda, condicionando-os às características dos estabelecimentos rurais e comparando-os aos benefícios dos agrotóxicos, obtidos a partir dos ganhos de produtividade. Por meio de um exercício comparativo, avalia-se o quanto benefícios exclusivamente privados chocam-se com os interesses de bem-estar da sociedade como um todo. Os resultados indicam que os custos com a intoxicação aguda podem representar em torno de 64% dos benefícios dos agrotóxicos, e, na melhor das hipóteses, quando as características de risco dos estabelecimentos encontram-se ausentes, esses custos representam 8% dos benefícios. Como foi feita essa divisão entre os estabelecimentos com grande risco de intoxicação e os com menor risco? Soares: Quando todos os fatores de risco de intoxicação estavam presentes em um determinado estabelecimento, chamei de Tipo 1, e estimei o custo da intoxicação aguda para esse estabelecimento mais arriscado. Em seguida, fiz o cálculo do custo esperado para um estabelecimento sem esses fatores de risco, o Tipo 2, e fiz o seguinte cálculo: se todos os estabelecimentos do Paraná que produzem o milho fossem do Tipo 1, qual seria o custo agregado para o estado? Esse cálculo se baseia no número de estabelecimentos que produzem milho vezes o custo esperado do estabelecimento mais arriscado. Isso dá um custo para o estado da ordem de US$ 70 milhões para os estabelecimentos do primeiro tipo. Se imaginarmos que esses mesmos estabelecimentos são do Tipo 2, esse custo cairia para US$ 9 Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 10/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 milhões, ou seja, uma economia em torno de US$ 61 milhões ao retirar esses fatores de risco. E a situação dos produtores? Como fica sua relação com esses estabelecimentos?Soares: Ao avaliar os fatores de risco que fazem com que o custo esperado com a intoxicação aumente, observa-se que os mesmos estão relacionados à falta de assistência técnica, à falta de informação sobre a utilização dessa tecnologia, e, nesses casos, quem sofre mais é o pequeno produtor. Ele tem maior risco de intoxicação aguda, apesar de os grandes agricultores serem os maiores vilões, principalmente sob o ponto de vista ambiental. Os pequenos produtores têm maior risco porque são mais vulneráveis, ou seja, sofrem com a falta de informação, e, na maioria dos casos, o vendedor indica qual agrotóxico ele deve usar no estabelecimento, o que aumenta as chances de intoxicação em 263%. Só para dar um exemplo, na análise que fiz sobre o milho, cultura presente em grandes e pequenos estabelecimentos, 29% dos agrotóxicos utilizados para essa cultura não eram indicados para o uso. Já no caso da soja, em que basicamente há grandes estabelecimentos, esse número caiu para 4%. O que traz o terceiro artigo? Soares: O terceiro artigo faz o mesmo exercício de valoração, mas incorporo fatores não só do estabelecimento, mas da vizinhança e do entorno, ou seja, fatores do contexto no qual o município se encontra. Um dos fatores mais importantes que consegui articular com toda essa abordagem é que, quando o estabelecimento está em um município que incentiva o uso da agricultura orgânica, o custo esperado cai sensivelmente. Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 11/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 Portanto, quando assumimos um cenário em que há maior risco nos estabelecimentos rurais, verifica-se que para cada dólar gasto com a compra dos agrotóxicos no estado, US$ 1,28 poderia ser gerado em custos externos com a intoxicação. No entanto, essa situação poderia ser revertida, caso certas medidas fossem tomadas, como, por exemplo, a adoção de um programa de incentivo à agricultura orgânica por parte do município, uma vez que reduz as chances de intoxicação no estabelecimento rural em 47%. Tendo em vista os resultados dos dois artigos anteriores, que apontaram, respectivamente: a maior fragilidade do pequeno agricultor aos danos à saúde causados pelo uso agrotóxicos; e um efeito significativo dos incentivos políticos à agricultura orgânica para a redução desses riscos; procurou-se, no último artigo dessa tese, trabalhar a inserção desse pequeno agricultor nesse processo produtivo, reconhecendo alguns elementos teóricos e empíricos que limitam a expansão do mercado dos alimentos orgânicos. Quais fatores limitam a expansão da agricultura orgânica? Como funciona esse mercado no Brasil? Soares: O Censo Agropecuário de 2006 estima que, dos 5,2 milhões de estabelecimentos existentes, 84% são classificados como familiares e 71% deles são excluídos da agricultura química, ou seja, não utilizam agrotóxico. Esse cenário revela que temos um potencial enorme para expandir a oferta de produtos orgânicos, inserindo esses agricultores nesse tipo de agricultura. No entanto, há barreiras como, por exemplo, o alto preço dos produtos orgânicos, o que acaba limitando por outro lado a sua demanda. A tese identificou uma série de fatores que fazem com que esse preço seja alto, como, por exemplo, o maior custo com mão de obra e a Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 12/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 certificação, que onera os produtores, e que por sua vez é repassado para os preços dos orgânicos. Como funciona a concessão da certificação? Ela é mesmo necessária? Soares: No caso dos produtos orgânicos é difícil avaliar sua qualidade e definir se aquele produto é realmente 'limpo' em termos de resíduo de agrotóxico. O produtor sabe a qualidade do seu bem, mas o consumidor não tem certeza. A ideia da certificação serve para o produtor comprovar que seu produto é de boa qualidade. Temos certificadores nacionais, internacionais, e a certificação gera um custo para o produtor, pois é ele quem paga por isso. O grande problema é que esse custo fere o princípio básico do poluidor pagador, pois quem não polui acaba pagando, o que deveria ser o contrário. O que estou dizendo é que a certificação é necessária, porém injusta. Acaba penalizando o agente econômico errado. Fora o custo, quais outros fatores interferem na obtenção da certificação? Soares: O último artigo da tese avalia bem esses fatores. Por exemplo, o fato de o estabelecimento ter acesso a crédito, ser familiar e possuir um bom nível de integração ao mercado influenciam na certificação. Além disso, a exportação também é um fator importante, assim como a característica da sua vizinhança. Por exemplo, quando a cultura orgânica é vizinha de estabelecimentos com grandes produções, as chances de certificação diminuem para 7%. Por outro lado, as possibilidades aumentam 359% quando se trata de agricultores familiares mais capitalizados. Mas quando esse estabelecimento familiar capitalizado é vizinho de grandes propriedades rurais, essa porcentagem é reduzida 20%. Logo, não basta ser só familiar. A ideia é isolar o agricultor orgânico mesmo. Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 13/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 De certa forma, pode-se afirmar que é um processo burocrático? Soares: Há certificações e certificações. Depende do grau de exigência, do tipo de certificadora, mas, em geral, se trata de um processo rigoroso. Em minha opinião, ser orgânico não é apenas ser livre de agrotóxicos. Tem uma série de questões embutidas, como o ganho social que ele traz, questões relacionadas à justiça social. Certamente, há externalidades positivas nesse processo para além de questões somente associadas à saúde e ao ambiente. Em termo políticos, o governo tende a flexibilizar essa questão da certificação. Deverá entrar em vigência, no próximo ano, uma certificação nacional que irá normatizar a questão e também outra modalidade que tornará mais flexível esse processo aos produtores não tão integrados ao mercado. No caso da venda direta dos produtos, os agricultores orgânicos contarão com um sistema participativo de garantias, que é uma espécie de controle social que garante a rastreabilidade, a qualidade da produção e, consequentemente, dá a necessária credibilidade ao produtor, sem exigir a certificação. Como funciona a demanda em relação aos produtos orgânicos? Soares: A tese também contemplou esse aspecto. Pesquisei uma base de dados do IBGE que analisa as características pessoais do indivíduo que consome alimento orgânico e do seu domicílio. A questão domiciliar é fundamental na tomada de decisão do consumo, já que 91% da variabilidade desse consumo se devem às características domiciliares. O fato de o indivíduo ser gestor do lar também aumenta essas chances, já que ele possui maior autonomia na escolha do que será Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 14/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 consumido, assim como o grau de instrução, pois a pessoa mais informada conhece os benefícios desse consumo. Ser mulher também influencia, já que elas possuem maior preocupação com a qualidade do alimento. Em relação ao domicílio, quanto maior for o número de idosos, menores são as possibilidades de consumo, pois eles trazem hábitos antigos e em geral são mais avessos às mudanças. O acréscimo de uma pessoa no domicílio também reduz o consumo em 77%. Os resultados também mostram que esse consumo está basicamente associado à classe média-alta. Por outro lado, o fator que mais aumenta esse consumo é o fato do domicilio ter consumidores mais éticos e responsáveis com o meio ambiente. Portanto, o desafio é justamente levar informações sobre os benefícios dos orgânicos para além desses consumidores, chamados "verdes", e também para além da educação formal e do nível de rendimento domiciliar. Em 2008, o Brasil atingiu a marca de maior consumidor de agrotóxicos no mundo. É possível reverter esse quadro? Soares: As políticas de governo do passado tiveram forte influência para chegarmos a esse ponto. Na década de 1970, tivemos um Plano Nacional de Expansão de Defensivos Agrícolas que fornecia subsídios para a compra dos agrotóxicos. Podemos dizer que o grande "adubo" do agrotóxico foi o estado. Hoje, vemos que essa participação foi reduzida, mas que, de certa forma, foi bem suprida na década de 1990 com o papel das grandes empresas multinacionais que entraram no mercado fazendo uma nova forma de financiamento e incentivo ao uso. Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 15/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 O importante agora é fazer o caminho inverso. Os mesmos subsídios e políticas de incentivo devem ser feitos para a produção orgânica, e ao mesmo tempo desincentivos à produção convencional, geradora de externalidades negativas. Na tese, elenco uma série dessas políticas. Convivemos com o despreparo do pequeno agricultor e uma fragilidade institucional enorme na regulação dessas substâncias. O registro de um agrotóxico hoje na Anvisa custa R$ 1.800, enquanto o de um medicamento, por exemplo, custa R$ 80 mil, ou seja, esse custo é irrisório perto das cifras gastas para o controle e seus impactos sociais. O prazo de reavaliação de eficiência do agrotóxico, a partir do momento que ele obteve o registro, é eterno. Tudo isso tem a ver com a força da bancada ruralista no Congresso. A indústria do agrotóxico tem investimentos maciços em pesquisa, enquanto a tecnologia disponível na agricultura orgânica conta com um saber espalhado nas mãos dos produtores, necessitando maior aproximação entre o saber popular e o saber científico. Por outro lado, devemos conscientizar a população, ao demandante, de que a agricultura orgânica é economicamente viável a esse pequeno produtor e socialmente justa. http://www.ecoagencia.com.br/?open=noticias&id=VZlSXRFWwJlYHZETOdVMXJ1aKVV VB1TP Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 16/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 Agroenergia Energia Hoje Embrapa estuda gás de síntese A Embrapa Pantanal está pesquisando a viabilidade da produção de biocombustíveis, a partir de aguapés que descem o rio Paraguai. A ideia é usar a planta nativa para a produção de gás de síntese O projeto “Produção de biocombustíveis a partir de ilhas flutuantes de biomassa em planícies de inundação do Brasil: estudo de caso no Pantanal” prevê o recolhimento de amostras de ilhas flutuantes de aguapé para produção de bio-óleo, a partir da secagem e processamento da matéria-prima. Em seguida, o produto é convertido em gás de síntese, atualmente produzido a partir do petróleo no Brasil. De acordo com o pesquisador Ivan Bergier, da Embrapa Pantanal, a produção de biocombustível a partir do aguapé nativo do Pantanal é interessante do ponto de vista da sustentabilidade. No caso do camalote nativo, a planta é produzida na planície e se desloca naturalmente pelo rio, sem necessidade de uso de insumos, como fertilizantes. Como o aguapé também é encontrado em represas de hidrelétricas e barragens, a retirada dos aguapés soluciona problemas técnicos nas turbinas. Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 17/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 A biomassa do aguapé pode ter destinos nobres como a produção de fertilizantes, fibras e bioenergia, incrementando a renda de pequenos e grandes produtores de suínos. O projeto é uma parceria entre instituições de ensino, que integra a Unicamp, Embrapa Labex EUA, Embrapa Agroenergia, Grupo Combustíveis Alternativos e Laboratório de Engenharia Ecológica, ambos da Unicamp, a empresa Bioware de Campinas (SP) e a Embrapa Pantanal (Corumbá-MS). http://www.energiahoje.com/online/biocombustiveis/biodiesel/2010/03/19/406599/embrapaestuda-gas-de-sintese.html Aqüicultura e Pesca Jornal Feira Hoje Pescadores de Araci comemoram projeto de inclusão produtiva Renda familiar planejada, segurança alimentar garantida e um salário acima do mínimo. Emocionados, 52 pescadores de Araci e suas famílias comemoraram essa nova realidade. Eles são associados ao Sistema de Condomínio para o Desenvolvimento Sustentável, que funciona por meio de convênio entre a Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), como parte do programa Pescando Renda e a Associação de Pescadores de Poço Grande. Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 18/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 Na quinta-feira (18), os pescadores receberam a visita do secretário Valmir Assunção, da superintendente de Inclusão Alimentar, Ana Torquato, e do superintendente do Ministério da Pesca e da Aqüicultura, Marcelino Gallo. O projeto é pioneiro em geração de renda, segurança alimentar, com sustentabilidade e inclusão continuada. Por meio dele, a produção dos peixes é feita de forma planejada e associativa, promovendo e incentivando o aproveitamento racional sustentável dos recursos hídricos existentes na localidade. Com recursos do convênio, no valor de R$ 809,8 mil, os pescadores adquirem o kit Pescando Renda - um para cada família beneficiada. Cada kit contém cinco unidades de tanques-rede, um bolsão para berçário, seis mil alevinos de tilápia e quase cinco mil quilos de ração para cada ciclo do projeto. “Estamos vivendo um novo momento”, afirmou o presidente da Associação dos pescadores, Francisco Lima. Ele afirmou que os pescadores se sentem mais seguros. “Se antes saíamos para pescar sem nenhuma perspectiva, agora sabemos que a renda independe da boa ou má pescaria”. Fundo de Inclusão Social No Sistema de Condomínio elaborado pela Sedes, cada beneficiário contribui com 10% da produção bruta do ciclo produtivo que é revertido para o Fundo de Inclusão Social (FIS). Com o recurso do FIS, o condomínio adquire novos kit’s Pescando Renda e equipamentos necessários à cadeia produtiva da aquicultura, além de proporcionar a inclusão de mais famílias ao processo. Com isso, o projeto quer atender a todos os associados da entidade - cerca de 200 integrantes - e ampliar Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 19/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 alternativas de produção. Já se produz filé de pescado o que vai criar novas expectativas de comercialização. Segundo Lima, o objetivo é garantir, a todos os pescadores, uma renda acima de R$ 1,5 mil. Além da segurança que passaram a ter, com os criatórios, a associação comercializa o peixe para várias prefeituras, entidades e movimentos sociais. “Ainda este mês estamos fechando com a Prefeitura de Serrinha, a comercialização do nosso produto para a merenda escolar do município”. http://www.jornalfeirahoje.com.br/materia.asp?id=16311 Café ASN Cafeicultores paranaenses se organizam para obter certificação internacional Selo garante controle permanente da qualidade e abre novas oportunidades para comercialização do produto Curitiba - Depois de conquistar, em 2009, o código de conduta 4C - Código Comum para a Comunidade Cafeeira, um grupo de 20 cafeicultores paranaenses da Associação de Cafés Especiais do Norte Pioneiro do Paraná (ACENPP) está se organizando para obter a UTZ Certified, um dos principais programas de certificação do café no mercado internacional. Existente desde 1997, a certificação foi instituída Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 20/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 por produtores de café da Guatemala e pela torrefadora europeia Ahold Coffee Company. Os cafeicultores do Norte Pioneiro são apoiados pelo Sebrae/PR e outras entidades por meio do Programa Cafés Especiais do Norte do Paraná. A criação da ACENPP é um dos resultados do Programa. O consultor do Sebrae/PR em Jacarezinho e gestor do projeto Cafés Especiais, Odemir Capello, explica como a instituição vai auxiliar os cafeicultores interessados em obter a certificação e conta que o objetivo da conquista é atestar a qualidade do café, melhorar os processos e agregar mais valor à produção. “Realizaremos um diagnóstico personalizado em cada uma das propriedades do grupo interessado em obter a certificação UTZ. Após essa etapa, será desenvolvido um plano de ação individual com as indicações de melhorias, a fim de facilitar o processo de verificação e auditorias necessárias para a concessão da certificação”, detalha o consultor. Gestão de propriedades Paralelamente às etapas necessárias para a obtenção da UTZ Certified, o Sebrae/PR em Jacarezinho vai promover um programa para capacitar cafeicultores do Norte Pioneiro em gestão de propriedades e disponibilizar consultores especializados para ajudá-los a implantar os conhecimentos aprendidos em suas propriedades. Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 21/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 “A certificação em grupo impõe uma grande responsabilidade aos interessados, pois se um dos integrantes não atender aos requisitos exigidos, prejudicará todos os outros. Seriedade e comprometimento são essenciais nesse caso”, analisa Odemir Capello. Para o presidente da Associação de Cafés Especiais do Norte Pioneiro do Paraná (ACENPP), Luiz Fernando de Andrade Leite, as certificações do café elevam o valor do produto e abrem novos mercados. “Para que uma propriedade obtenha a certificação UTZ, precisa atender a exigências como boas práticas agrícolas, padrões para manutenção de registros da produção, uso minimizado e documentado de defensivos agrícolas, proteção aos direitos trabalhistas, às questões ambientais e sociais. Outro aspecto é o controle da rastreabilidade dos grãos por meio de um sistema próprio, o que motiva o produtor a melhorar o gerenciamento da produção”, avalia o presidente da ACENPP. Os produtores são certificados por um auditor independente, que confere se a propriedade está de acordo com o Código de Conduta da UTZ. A inspeção é feita anualmente. Uma vez certificados, os produtores passam a contar com orientações sobre formas de gerenciamento das fazendas, redução de custos de produção e acesso ao crédito. Experiência Na opinião do engenheiro agrônomo e cafeicultor Luiz Roberto Saldanha Rodrigues, a maior exigência num processo de certificação de propriedade é a mudança Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 22/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 comportamental. “A UTZ Certified visa responder a duas perguntas: de onde vem o café e como foi produzido?”, destaca. Até abril deste ano, a Fazenda Califórnia deve ser recertificada pelo UTZ Certified. A propriedade iniciou o processo de certificação da UTZ em 2007, ano em que foi auditada pela primeira vez. “Além das alterações de estrutura, procedimentos e processos, a maior mudança é a comportamental. Há mais de cinco anos, investimos constantemente em treinamentos para todos os setores e funções da propriedade. Também incentivamos os estudos de colaboradores e familiares”, conta Luiz Roberto Saldanha Rodrigues. O agrônomo relembra que a realização de benchmarking (processo de comparação e visita a propriedades agrícolas-modelos em seus segmentos de mercado) e a participação em diversos eventos técnicos de cafeicultura realizados em vários locais do país deram suporte a formatação do moderno sistema de gestão adotado pela Fazenda Califórnia. Norte Pioneiro O Paraná se destacou como um dos principais produtores de café do país em 2009, com mais de 158 mil toneladas de grãos, com destaque para o Norte Pioneiro, responsável pela colheita de aproximadamente 50% do total. Atualmente, a região paranaense conta com 7,5 mil produtores de pequenas propriedades, distribuídos em 45 municípios. No ano passado, os 109 associados da ACENPP produziram 58 mil sacas de café e exportaram 6 mil delas. Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 23/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 De acordo com análises de especialistas, o café do Norte Pioneiro é classificado como leve, encorpado, com intenso aroma e sabor, doce, caramelado. A região se destaca por sua altitude (acima de 500 metros), latitude (23o Sul) e temperatura entre 20 e 22 graus. http://www.agenciasebrae.com.br/noticia.kmf?canal=199&cod=9687506 ASN Produtores paranaenses buscam Indicação Geográfica para café Conquista trará benefícios aos empresários da região e potencializará o marketing do produto Curitiba - No próximo dia 30, às 9 horas, os produtores da Associação de Cafés Especiais do Norte Pioneiro do Paraná (ACENPP) reúnem-se em assembleia na sede da entidade, no município Santo Antônio da Platina, para acertarem os últimos detalhes do processo de pedido de Indicação Geográfica. Em março do ano passado, uma reunião na sede do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), no Rio de Janeiro, marcou o início do processo para o registro de Indicação Geográfica do Norte Pioneiro do Paraná como uma região produtora de café. Para dar entrada no pedido, integrantes da ACENPP e representantes de instituições apoiadoras, dentre elas o Sebrae/PR, reuniram informações para comprovar a Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 24/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 tradição do plantio de café na região, o que resultou em um documento com mais de 500 páginas. Após analisar os documentos apresentados, o INPI recomendou algumas alterações, que serão apresentadas aos produtores durante a assembleia. Reforço da marca Para o consultor do Sebrae/PR em Jacarezinho e gestor do projeto Cafés Especiais, Odemir Capello, a conquista da Indicação Geográfica vai trazer inúmeros benefícios para os produtores da região. “Todos os resultados obtidos até agora pela ACENPP se devem ao planejamento, à organização e à vontade dos cafeicultores em mudar sua realidade. O café do norte vai ser o primeiro produto do estado a conquistar a Indicação Geográfica. Isso vai reforçar a marca e contribuir para o marketing do produto, melhorando assim a comercialização, o que já vem ocorrendo”, analisa Odemir. Uma Indicação Geográfica compreende a Indicação de Procedência e a Denominação de Origem. A Indicação de Procedência distingue o nome de um país, cidade, região ou localidade que se torna conhecido pela produção, fabricação ou extração de determinado produto ou prestação de um serviço específico. A Denominação de Origem reconhece que as qualidades de um produto ou serviço se devem exclusivamente ao meio geográfico no qual se encontra, que pode ser um país, cidade, região ou localidade. Luiz Fernando de Andrade Leite, produtor de café e presidente da ACENPP, enumera alguns aspectos decorrentes da conquista da Indicação Geográfica. “A Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 25/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 conquista promoverá comercialmente as propriedades, vai agregar valor e garantir a autenticidade do produto, além de preservar a diversidade e o meio ambiente. Um produto com o selo de Indicação Geográfica gera proteção para produtores e consumidores, impulsiona o desenvolvimento rural e facilita a promoção comercial e as exportações”, explica Andrade Leite. Produtos reconhecidos A região que alcança o reconhecimento de Indicação de Procedência e o registro de Denominação de Origem oferece ao consumidor produtos caracterizados por uma marca e uma identidade própria que os diferenciam no mercado. Alguns exemplos de produtos com Indicação Geográfica, tidos como de alta qualidade, são os vinhos da região Bordeaux, produzidos na França; o presunto de Parma, na região da Emilia-Romagna, na Itália, e os charutos cubanos. A legislação que rege as Indicações Geográficas é a Lei da Propriedade Industrial nº 9279/96. http://www.agenciasebrae.com.br/noticia.kmf?canal=199&cod=9687533 Revista Globo Rural Café: otimização do uso da água residual O processamento de café por via úmida permite que se obtenha o grão cereja descascado, produto de maior qualidade, com valor diferenciado no mercado. Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 26/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 Porém, essa atividade consome muita água (estima-se que sejam gastos 4 litros de água por cada litro de fruto processado), à qual se juntam resíduos orgânicos (fragmentos de frutos, folhas e ramos), gerando a chamada água residuária do café (ARC). Tendo em vista que o Brasil é o maior produtor mundial do grão - com previsão de colher entre 45,9 milhões e 48,6 milhões de sacas de 60 quilos do produto beneficiado na safra 2010 - a Embrapa Café passou a investir em um método para reutilizar a água na unidade de processamento, evitando o gasto hídrico desenfreado - e, consequentemente, dando mais sustentabilidade ambiental aos cafezais. Segundo o pesquisador Sammy Fernandes, já existem no mercado sistemas que possibilitam esse reuso, mas com uma estrutura um tanto rudimentar. "O que tentamos fazer é um aperfeiçoamento, possibilitando a retirada de parte do material orgânico que se acumula, para que a água possa ser usada várias vezes no processamento, resultando em um custo menor para o agricultor", afirma. A pesquisa teve início em 2008, e conta com o auxílio do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). Os estudos já permitiram a construção de um protótipo com esse sistema de remoção de resíduos, montado em uma fazenda no Espírito Santo - e os testes em campo começaram no ano passado. O funcionamento do equipamento é simples: a água residuária proveniente da unidade de processamento é conduzida em tubos para o sistema de remoção, desaguando em uma primeira caixa de decantação (que pode ser de amianto, Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 27/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 plástico, fibra de vidro ou alvenaria). Então, a água passa da primeira para a segunda caixa e dessa para a terceira, através de tubos de PVC. Na sequência, passa por peneiras e flui para um depósito, de onde é bombeada para a caixa de abastecimento da unidade de processamento. Os resultados iniciais indicam que o volume de água gasto para se obter o grão cereja descascado cai para meio litro de água por litro de fruto processado. "Ainda precisamos fazer alguns refinamentos, como definir uma malha para a peneira que traga mais eficiência ao sistema, ou talvez adicionar um processo de vibração", diz Fernandes. O custo para a construção do equipamento gira em torno de R$ 500 - segundo Fernandes, um décimo do valor de uma máquina para o mesmo fim no mercado. Há a intenção de atingir os pequenos agricultores, capacitando-os para que eles próprios possam montar o sistema. "Nesta safra, já devemos começar a divulgar entre os produtores a estrutura da máquina e como ela funciona", diz. Os estudos são limitados pelo período de colheita do café, entre maio e julho. Mas a expectativa é de que até 2011 o sistema já esteja totalmente finalizado para a disseminação do uso pelos cafezais do país. http://revistagloborural.globo.com/GloboRural/0,6993,EEC1709295-2454-2,00.html Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 28/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 ES Hoje Mapa quer estabelecer qualidade mínima para o café Assunto é tratado em nova norma técnica que será discutida pelo Ministério com industriais do setor no próximo dia 22 Os brasileiros podem ficar tranquilos quanto à qualidade do cafezinho, bebida consumida por 94% da população com mais de 15 anos, segundo dados da Abic Associação Brasileira da Indústria de Café. Isso porque o Mapa - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento está discutindo a publicação de uma norma técnica exigindo uma qualidade mínima para o produto. O assunto vai ser o tema de um debate, a ser realizado na segunda-feira (22), a partir das 07h45, no edifício Findes, entre representantes do Ministério e membros da cadeia produtiva de café do Espírito Santo. O encontro é fruto de uma parceria entre Abic e Sincafé - Sindicato da Indústria de Torrefação e Moagem de Café do Espírito Santo. O objetivo é adequar a cadeia local às novas normas de regulamentação e aprimorar a qualidade do café produzido no Espírito Santo. O evento será realizado durante todo o dia, e terá palestras com representantes da diretoria da Abic, entre eles o diretor executivo da instituição, Nathan Herszkowicz. "Vamos debater o papel de cada integrante da cadeia, desde o produtor rural aos industriais, para que o produto chegue ao consumidor com a maior qualidade possível", destaca o presidente do Sincafé, Egídio Malanquini. Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 29/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 Norma A norma que vem sendo elaborada pelo Mapa classifica os cafés numa escala de 0 a 10 e estabelece que 4 é a nota mínima para que o produto possa ser comercializado. A classificação será obtida através de critérios como acidez, que deve ser menor que 1%, e umidade de no máximo 13%, no caso dos grãos. Para o café torrado, serão levados em consideração fatores como o ponto de torra e o limite de água de resfriamento. Segundo Egídio Malanquini, um dos termos da norma técnica que será questionado pela indústria é sobre quem será responsabilizado pela qualidade do café. "O produtor deve atender as exigências mínimas já no cultivo, senão a qualidade do produto estará comprometida. Para isso, é preciso treinar e capacitar os cafeicultores", disse. Malanquini também acredita que deveria haver uma capacitação dos produtores rurais antes da criação desta política. "Se o café não for fornecido já com a qualidade mínima exigida, a indústria terá que procurar outros fornecedores, o que pode acarretar na escassez do produto", declarou. A norma técnica ainda está em processo de audiência pública. A previsão é de que esteja finalizada no mês de maio. Programa de Qualidade do Café Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 30/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 Na terça-feira, dia 23, às 07h45, também na Findes, será realizado um café da manhã para oficializar o lançamento do Programa de Qualidade do Café (PQC) no Espírito Santo, com a assinatura de um Termo de Cooperação Técnica. O Termo será assinado pelas indústrias e toda a cadeia produtiva do segmento de café do Estado, pela Associação Capixaba de Supermercados (Acaps), Sindicato da Indústria de Panificação do Estado (Sindipães), Sindicatos dos Restaurantes, Bares e Similares do Estado (Sindbares) e Sindicato de Hotéis e Meios de Hospedagens do Estado (Sindihotéis). Estarão presentes representantes do governo estadual, da secretaria de agricultura, da Assembleia Legislativa, prefeitos da região de montanhas e produtores de cafés de qualidade. O programa foi criado pela Abic em 2004 para ampliar continuamente o consumo do café, através da oferta de cafés diversificados e garantindo boas práticas nos processos de fabricação. Uma das finalidades do PQC é informar a qualidade do café que está sendo vendido, além de permitir que o consumidor identifique o tipo de grão utilizado por cada marca, e com isso escolher o sabor que mais agrada. "Para as indústrias, é muito importante a participação neste programa porque as fábricas que atenderem suas especificações estarão automaticamente enquadradas nas novas resoluções estabelecidas pelo Mapa", disse Egídio Malanquini. Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 31/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 A classificação no PQC é obtida através de auditorias nas instalações, que consiste na avaliação de itens como infraestrutura, processos de compra, armazenamento e blendagem, e análises químicas e de degustação. A análise química identifica sete características do produto: bebida (rio, dura ou mole), sabor (suave ou intenso), corpo (leve ou encorpado), aroma (suave ou intenso), tipo de café (arábica ou conilon), moagem e torrefação. Dependendo do desempenho obtido nos testes, o café pode ser classificado em quatro categorias: não recomendável para o consumo, tradicional, superior e gourmet. http://www.eshoje.com.br/portal/leituranoticia,inoticia,923,mapa+quer+estabelecer+qualidade+minima+para+o+cafe.aspx Carne G1 Festas do búfalo e da ovelha reúnem milhares no RS e SC Em Campo Alegre (SC), criadores divulgam carne da ovelha. Demanda de carne de búfalo foi comemorada em Passo do Sobrado (RS). Para celebrar a demanda pela produção e divulgar a carne dos animais que criam, moradores das cidades de Campo Alegre (SC) e Passo do Sobrado (RS) organizam, tradicionalmente, festas em suas regiões. Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 32/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 Campo Alegre tem 60 criadores de ovelhas e 6 mil animais. É um investimento tão importante na região, que carneiros e ovelhas se tornaram estrelas da festa realizada há 12 anos, com direito à exibição da criação. Há 23 anos, o criador Heitor de Almeida descobriu a vocação agropecuária da cidade, no nordeste de Santa Catarina. Ele começou com dez animais. Hoje, são 180 e com uma qualidade que ele garante ser de causar inveja. Em três dias de festa, que terminou no domingo (21), o município de 11 mil habitantes recebeu cerca de 60 mil visitantes. Quase 400 animais foram abatidos e não restou quase nada dos 5 mil quilos de carne da maior barraca da festa. Foram consumidas, no total, 7,5 toneladas. “É usado só sal grosso na carne para que fique com o gosto característico da ovelha”, diz Wolfra Bahs, criador e churrasqueiro. Festa do búfalo Em Passo do Sobrado, os criadores de búfalo comemoraram o bom momento do setor. Com o aumento da demanda, eles se organizam para expandir a atividade. O animal de origem asiática é dócil e atrai facilmente a atenção de adultos e crianças. Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 33/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 A festa, que também terminou no domingo, é uma forma de divulgar a criação do animal, que cresce como alternativa de renda na pecuária gaúcha. Em todo o estado, são 250 criadores responsáveis por cerca de 70 mil cabeças. O desafio para os criadores de búfalo do Rio Grande do Sul é encontrar formas de expandir o mercado. A procura já existe. São Paulo e Rio de Janeiro demonstraram interesse na carne gaúcha, mas o rebanho, por enquanto, é insuficiente para atender à demanda. http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1539326-5598,00FESTAS+DO+BUFALO+E+DA+OVELHA+REUNEM+MILHARES+NO+RS+E+SC.html Tribuna do Interior Livre de aftosa sem vacinação, PR deverá garantir novos mercados O Paraná pode ser considerado oficialmente área livre de febre aftosa sem vacinação. O reconhecimento foi feito pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, durante seminário da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), em Curitiba. O anúncio foi do secretário nacional de Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz. Com o status o estado deve suspender, ainda este ano as campanhas de vacinação contra a doença. O Presidente da Federação, Ágide Meneguetti, afirmou que este é um dia histórico para a pecuária. “Começamos agora um processo para manter o Estado livre de aftosa sem vacinação. Isso significa a abertura de novas fronteiras no mercado internacional, mas significa também maior responsabilidade”, afirma. Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 34/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 A ampliação dos mercados internacionais consumidores da carne paranaense também foi discutida por Antonio Jorge Camadeli, representante da JBS Carne Bovina. Camadeli também criticou a política adotada pelo Itamaraty. “O Brasil está presente em apenas 60% dos mercados potenciais. Isso é um pouco por timidez diplomática, um próprio viés do Itamaraty que não luta mais pelos pecuaristas. Agora este status de área livre de aftosa que o Paraná está conseguindo é uma condição importante que vai seguramente garantir o acesso a estes mercados ainda fechados para o Estado”, explica. Até o momento, o único estado que conseguiu aprovação, inclusive internacional, foi Santa Catarina. Durante o evento, o estado foi usado para exemplificar as vantagens que podem ser obtidas com a conquista. “Antes, Santa Catarina vendia para 23 países, hoje são 34. Mas lá, eles não tem tradição exportadora de carne como o Paraná. Apesar disso, o preço médio do corte aumentou. Imagine aqui, que temos toda a estrutura como isso pode ser ainda maior”, exemplifica Camadeli. Outra vantagem que o representante da JBS elencou é que com a ampliação dos mercados, é resolvida uma equação de desperdícios. Segundo ele, aqui no país são consumidos três cortes traseiros para cada dianteiro. Com isso, sobra acarretando em perdas. “A ampliação dos mercados pode solucionar esse problema. Muitos países que ainda estão fechados para a carne paranaense consomem justamente estes cortes, além de que remunera mais. É a conquista de um nicho importante de mercado”, completa. Mercado Suíno Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 35/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 Elias Idequi, diretor da Frimesa falou sobre a situação do mercado do suíno. O Paraná participa com apenas 1,5% das vendais globais da carne. Idequi mostrou durante o evento que o potencial do estado pode chegar a 14,5% desse mercado. “Ainda podemos crescer muito mais. Entre as principais barreiras, a primeira é a Sanitária. Dentro da questão sanitária, a que mais preocupa é a febre aftosa, daí a importância deste status”, relata. O diretor ainda brincou lembrando que a carne suína ainda sofre grandes preconceitos injustificados. “Isso que faço agora é um desabafo do suíno. A febre aftosa que prejudica nossas vendas vem do boi. A gripe suína, não tem nada de suína foi só um apelido que inventaram. A própria mídia suja a imagem dizendo que faz mal a saúde. As economias quebradas são chamadas de PIG’s [porcos]. Acreditem, ainda sim, é a mais produzida e consumida no mundo. Nos ajudem a atingir esse status de livre de aftosa. Com isso inauguraremos nova fase para a cadeia. O importante são as atitudes de cada agente para elevar a economia”, finaliza. O papel dos agentes da cadeia foi lembrado pelo presidente da Faep durante a abertura do seminário. “Responsabilidade não é apenas do Governo, tanto federal, estadual como municipal. Ele deve manter e aprimorar um sistema de defesa sanitária eficiente e que tenha credibilidade internacional para que os produtos possam alcançar status de alimentos seguros em qualquer parte do mundo. Porém a responsabilidade também é do setor privado, sem cuja participação ativa os procedimentos de manutenção da sanidade acabam sendo ineficientes e podendo chegar a desastres”, explica Meneguetti. Conselhos de Sanidade Agropecuária Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 36/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 Segundo ele, duas medidas aprendidas com o mercado mundial foram decisivas para que o Paraná fosse reconhecido como livre de aftosa e, agora, possa pleitear o status de livre sem vacinação. “A criação de um fundo de defesa agropecuária. Este fundo deu a garantia ao produtor de que, em caso de surto de aftosa, os proprietários de animais sacrificados seriam indenizados. A ocorrência do surto de 2005 mostrou como o Fundo de Defesa é importante para que as decisões sejam tomadas com confiança pelo mercado. A mais importante foi a criação dos Conselhos Municipais e Intermunicipais de Sanidade Agropecuária – os CSA’s, reunindo a iniciativa privada ao Governo nas ações de conscientização e defesa”, diz. A ampliação dos conselhos também foi lembrada por Silmar Bürer, diretor da Secretaria de Estado da Agricultura, como uma das medidas adotadas para o controle da aftosa sem vacinação. “O MAPA faz várias exigências e todas foram tomadas. Ausência de focos e circulação viral por dois anos. Um sistema de vigilância adequado. A melhoria do serviço veterinário oficial e a ampliação dos conselhos sanitários”, elenca Bürer. Recentemente foi empossada a diretoria do Conselho de Sanidade Agropecuária de Campo Mourão. A presidência ficou com Jaciane Beal Klank e o diretor executivo é Getúlio Ferrari Júnior. Assim como a cidade, todos os municípios da região estão formando os conselhos. Apesar das medidas de segurança não foi descartada a possibilidade de algum foco. “Não existe risco zero, nem nunca vai existir. Agora o que vai fazer a diferença, o que sempre faz a diferença é o pronto atendimento. Nós temos um plano de ação preparado para o surgimento de algum problema. Inclusive com um fundo Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 37/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 de 28 milhões para indenizações e 8 milhões para o repasse a pecuaristas. A notificação é imediata, estamos preparados. A medida terá impacto a partir do segundo semestre, quando o estado substituirá as campanhas de vacinação contra aftosa com um eficiente serviço de vigilância. Também haverá restrições para o trânsito e importações de animais oriundos de outros estados que também são áreas livres de febre aftosa, mas que ainda tenha vacinação. Ocorrência O último registro da doença no estado aconteceu em 2005, depois de confirmados casos em animais de fazendas do Mato Grosso do Sul, vizinhas ao Paraguai e separadas do Paraná pelo Rio Paraná. Meneguetti lembrou que este interesse é mais do que um simples interesse econômico. “Tem interesse social pelos milhares de empregos que são comprometidos sempre que algo de ruim acontece. Lembre-se do que aconteceu conosco há alguns anos. As portas do mercado se fecharam. Os preços de bois e suínos despencaram. Os municípios que dependiam substancialmente da renda da pecuária, tiveram problemas. Não apenas os pecuaristas, suinocultores, leiteiros tiveram prejuízos. Os prejuízos alcançaram as indústrias, o comércio, os trabalhadores, a própria arrecadação dos tributos. Não foi apenas o setor que perdeu. Todos perdemos”, afirma o presidente da Faep. Segundo ele agora, há uma oportunidade para que todos ganhem. Obter o status de área livre de febre aftosa sem vacinação significa um salto na posição no mercado. O secretário de Agricultura do Estado do Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 38/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 Paraná, Valter Bianchini comentou que o MAPA conhece os procedimentos adotados pelo estado e confia no sucesso da empreitada. “Acreditamos no sucesso da decisão e vamos aumentar as exportações, com toda a certeza. A vacinação será substituída por um sistema de vigilância e controle de trânsito de animais”, completa. Estratégia Há um ano, a secretaria mudou a estratégia da vacinação, reduzindo as doses de duas para uma em animais com mais de 24 meses de idade. A vacinação ainda acontecerá no mês de maio. O próximo passo é buscar o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). http://www.tribunadointerior.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1977: livre-de-aftosa-sem-vacinacao-pr-devera-garantir-novosmercados&catid=46:agropecuaria&Itemid=60 Floricultura EPTV Girassol ganha espaço na rotação de culturas O grande diferencial é que toda a planta pode ser aproveitada. A semente escura produz até 42% de óleo e tem outros benefícios A cada ano a flor oferece mais vantagens para quem produz. No Instituto Agronômico de Campinas pesquisadores trabalham numa variedade chamada Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 39/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 Iarama. "É a principal qualidade dela é ter um ciclo bastante curto de cerca de 90 dias, ela se insere justamente depois da cultura principal no período de cultivo de verão, depois da colheita da cultura principal você pode instalar o girassol que vai haver tempo suficiente para que a cultura se desenvolva bem", explica o pesquisador cientifico Amadeo Regitano Neto Alem da vantagem de uma produção rápida, essa variedade de girassol tem o preço bastante acessível e o produtor pode usar as sementes em até dois ciclos desde que faça a armazenamento correto, mas o grande diferencial é que toda planta pode ser diferenciada. A pesquisadora Lília Del Aguila diz que poucas plantas têm tantos benefícios como o girassol. Uma das vantagens é a raiz que alcança até 2 metros de profundidade na terra. "Ela consegue chegar lá no fundo e como se fosse um transporte ela traz esses nutrientes pra superfície deixando eles disponíveis para a própria cultura e para as culturas seguintes. Além disso, é uma cultura que pode ser utilizado as suas hastes para a indústria de forro acústico", explica Lília. Amadeo explica que o plantio é simples. "É um plantio convencional, em grandes áreas a recomendação é que se faça de forma mecanizada. A população ideal estaria entre 35 mil a 42 mil plantas, por hectare", afirma Amadeo. Mas alguns cuidados dever ser tomados para evitar as perdas. A pesquisadora Tammy Kiil lembra que como os girassóis ainda não são produzidos em grande escala no Brasil quase não existem defensivos regularizados. Além disso, áreas com Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 40/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 muitas aves podem se tornar alvos de ataques. "Os pássaros, principalmente no estado de São Paulo e as maritacas tem atacado praticamente todo o campo de produção, se o campo é um campo pequeno, então o produtor tem que tomar cuidado na hora de escolher a área e se tiver a ocorrência de pássaros nas redondezas dificilmente ele vai conseguir controlá-los", explica Tammy. Apesar desses riscos quem decide plantar tem um bom mercado para venda. A semente escura produz até 42% de óleo e tem outros benefícios. Hoje o óleo de girassol é o segundo mais consumido no país e o que é produzido não da conta do mercado. Além disso, o biodiesel disponta como uma das produções mais viáveis em todo o território nacional. "Mesmo no biodiesel é uma das plantas que mais de coloca como a ideal, uma vez que na produção de óleo, você tem a geração de muitos subprodutos os que são chamados resíduos. É uma fonte de proteína que não é tóxica, pode ser consumido por animais e utilizado na indústria, e nós importamos ainda bastante óleo de girassol, então tem mercado", conclui Lília. http://eptv.globo.com/emissoras/emissoras_interna.aspx?292125 Gazeta do Sul Uma paixão pelas flores que já dura 25 anos Em 1971, o químico Akira Hirasawa deixou o Japão para vir trabalhar em uma multinacional no Brasil. Na época, jamais imaginou que ficaria aqui em definitivo e, mais ainda, que se tornaria um dos mais respeitados produtores de orquídeas. Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 41/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 Simpático e sorrindo sempre, Akira conta que, inicialmente, dedicou-se a colecionar borboletas, reunindo 3,5 mil exemplares. Há 25 anos, no entanto, ao ter os primeiros contatos com as orquídeas, por elas se apaixonou. As borboletas foram doadas a um amigo e as plantas passaram e envolvê-lo por completo. Morador de Sapucaia do Sul, o químico aposentado tem 1,5 milhão de mudas em suas estufas, além centenas de plantas adultas. Para cuidar de tudo isso, conta com oito funcionários e mais a ajuda do filho. Além de cultivar, produz sementes e faz cruzamentos, originando novas espécies. Para Santa Cruz, trouxe mudas e plantas adultas, dentre elas a sua preferida, uma Roxo Bispo. “Eu a considero como uma filha. Desde a produção da semente até o surgimento desta bela flor, foram sete anos de cuidados.” Seu colorido é raro, lembrando as faixas usadas pelos bispos em algumas celebrações. “Ela não está à venda por menos de R$ 3 mil”, esclareceu. Akira disse que tem orquídeas com preços entre R$ 5,00 e R$ 10 mil. Na exposição, a planta mais rara foi uma Bulbophylum echinolabium, originária da ilha de Bornéu. Avaliada por Akira em R$ 400,00, ela não estava à venda. http://www.gazetadosul.com.br/default.php?arquivo=_noticia.php&intIdConteudo=129389&i ntIdEdicao=2043 Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 42/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 Fruticultura Jornal A Cidade Circuito das Frutas oferece atividades de turismo rural em meio a belas paisagens Outono inicia a alta temporada das atividades turísticas na região do polo produtor de frutas no interior paulista O outono começa hoje e, junto com a nova estação, tem início também a alta temporada das atividades turísticas na região conhecida como Polo Turístico do Circuito das Frutas. Trata-se de um consórcio turístico intermunicipal que abrange as cidades de Jundiaí e suas vizinhas, Itupeva, Louveira, Itatiba, Jarinu, Vinhedo, Valinhos, Morumgaba e Atibaia. Mais do que proximidade física, essas cidades possuem outras características em comum, já que a região se destaca como um polo de fruticultura variada. "O solo de nossa região é muito acidentado e por isso não permite o cultivo de grandes áreas de um mesmo produto. Dessa forma, desenvolvemos aqui uma fruticultura variada de espécies sensíveis e que demandam uma mão-de-obra cuidadosa, como a uva, o morango, caqui, abacate, laranja, lichia, pêssego, ameixa e abacate. O clima, a qualidade do solo e as técnicas de plantio resultam, então, em frutas bonitas e de boa qualidade, tanto que estão entre os nossos principais atrativos turísticos", Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 43/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 explica Rene Tomasetto, diretor de turismo de Jundiaí e secretário executivo do Polo do Circuito das Frutas. Riquezas Naturais Segundo o diretor, a riqueza de recursos naturais, associada ao clima agradável, potencializaram o desenvolvimento de atividades de turismo rural, que incluem passeios às propriedades rurais, em que os turistas podem colher frutas diretamente no pé, além de observarem o processo de manejo dos frutos, desde a colheita ao processamento. Em Jundiaí, algumas fazendas oferecem hospedagem para pequenos grupos e opções de lazer como trilhas, passeios a cavalo, lagos para pesca esportiva e passeios em caiaque. Nas adegas, os turistas podem conferir a produção artesanal de vinhos e também de vinagre e outros produtos como salames, linguiças, licores e doces caseiros. Clima ameno e excelente qualidade do ar são alguns dos destaques de Morumgaba. Lá, os visitantes podem passar o dia em pousadas localizadas em regiões mais altas da cidade, onde podem aproveitar a vista para a mata nativa e as pequenas plantações de frutas e também relaxar com os tratamentos estéticos e massagens oferecidos. A produção de mel é outro atrativo de Itupeva. Os apiários da cidade abrem suas portas para mostrar aos visitantes as técnicas utilizadas na criação de abelhas e oferecer informações sobre o mel e outros produtos como o própolis, a geleia real e cosméticos feitos à base do produto. Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 44/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 Leia a reportagem completa com as atrações das cidades que fazem parte do Circuito das Frutas na edição deste domingo do A Cidade. http://www.jornalacidade.com.br/editorias/caderno-c/2010/03/20/circuito-das-frutas-ofereceatividades-de-turismo-rural-em-meio-a-belas-paisagens.html Leite e Derivados Agrosoft Epamig lança a campanha "Sim ao Leite, Uai" no congresso da Fepale A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) participa do 11º Congresso Pan-Americano do Leite, que será realizado nos dias 22 a 25 de março, no Minascentro, em Belo Horizonte. Parceira da Federação Pan-Americana do Leite (Fepale), organizadora do evento, a Epamig vai apresentar a campanha Sim ao Leite, uai, uma versão mineira da campanha desenvolvida pela Fepale. A campanha visa conscientizar a sociedade sobre a importância do leite para a saúde. "A grande diversidade de produtos lácteos fabricados nas diferentes partes do mundo constitui uma base alimentícia que, em função de seu amplo consumo e versatilidade, está sendo aplicada para incorporar e fornecer a todos os nichos da Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 45/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 população novos ingredientes funcionais", afirma a pesquisadora da Epamig, Danielle Chelini. Profissionais de nutrição recomendam o consumo de três porções diárias de leite ou derivados como parte de uma dieta equilibrada. A campanha terá uma primeira etapa desenvolvida nos meses de abril, maio e junho em escolas de Belo Horizonte e Juiz de Fora com público-alvo formado por crianças com 7 e 8 anos, idade em que elas começam a escolher a dieta. "Pensamos na conscientização das crianças acerca dos benefícios do leite como parte de sua dieta desde a infância, tema que será trabalhado em encontros e com distribuição de materiais de divulgação específicos ou personalizados, como cartilhas, quebra-cabeça, calendário, brindes, distribuição de produtos lácteos, para facilitar o reconhecimento destes pelas crianças e valorização das indústrias locais", diz Danielle. A participação das instituições de ensino está sendo negociada, pois necessita de autorização dos pais ou responsáveis. "Faremos um diagnóstico antes e outro depois e apresentaremos os resultados no 27º Congresso Nacional de Laticínios (CNL). Além disso, o workshop que vamos realizar dentro do nosso congresso, com participação de nutricionistas, visará agregar o leite como item na merenda escolar de Juiz de Fora. O objetivo é estimular políticas públicas que viabilizem esse consumo", conclui a pesquisadora. Os resultados da campanha serão divulgados durante o congresso, que a Epamig realiza nos dias 12 a 15 de julho, em Juiz de Fora. Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 46/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 TRABALHOS O Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT) também vai participar do 11º Congresso Pan-Americano do Leite com a presentação de cinco trabalhos. Os estudos serão expostos em formato de pôster durante o evento. A pesquisadora Denise Sobral vai apresentar o projeto Avaliação da capacidade de derretimento e aceitação sensorial de requeijões culinários análogos; a pesquisadora Vanessa Aglaê Martins Teodoro, o tema Efeito da adição de nisina sobre a maturação de queijo Minas artesanal do Serro - MG, Brasil; e o pesquisador Júnio César Jacinto de Paula, três trabalhos: Avaliação da atividade antioxidante de uma bebida láctea acidificada enriquecida com luteína, Otimização do processo de salga do queijo mussarela e Efeito de resíduos de leite no método de adenosina tri-fosfato – bioluminescência utilizado para avaliação de procedimentos de higienização em laticínios, este em co-autoria com o pesquisador da Epamig Zona da Mata, Adbeel de Lima Santos. FONTE Agência Minas http://www.agrosoft.org.br/agropag/213718.htm Globo Rural Leite instável não-ácido Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 47/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 Esta reportagem especial mostra um problema presente em muitas propriedades leiteiras. É que o produto fica com aparência de ácido no teste do álcool, quando na verdade está saudável. Todos os dias, em todo canto do país, uma cena se repete: milhares de produtores de leite recebem em suas propriedades o caminhão que vem buscar o produto. Por determinação da lei, a coleta depende do resultado de um teste: o teste do álcool. Se o leite talhar será considerado ácido, azedo, e não poderá ser carregado. O leite só fica ácido depois que sai da vaca. Geralmente, por causa da falta de higiene na hora da ordenha ou até por falhas no sistema de resfriamento. Sujeira e calor, por exemplo, aumentam a quantidade de bactérias no leite e são elas que deixam o produto "ácido". A veterinária e produtora de leite Clarice Fernandes já teve seu leite recusado mais de uma vez por dar positivo no teste do álcool. Ela cuida de um rebanho de 112 cabeças da raça Jersey, no município de Cerrito, no sul do Rio Grande do Sul. Com 42 vacas em lactação produz em média 500 litros de leite por dia. Sempre muito cuidadosa, achou que o problema pudesse ter sido causado por falta de energia ou falhas no resfriador. "A perda é grande. Em um resfriador a granel não tem como perder uma parte do leite e outra não. A gente perde um tanque de 500 litros, perde um tanque de mil litros, de uma vez só", afirma. Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 48/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 O problema é que o teste do álcool pode dar um falso-positivo para acidez. Pesquisas recentes revelam que em determinadas circunstâncias, o leite não está ácido e mesmo assim reage, coagula no álcool e isso já tem nome: "leite instável não ácido", também chamado "lina". Para entender o que é isso visitamos a sede da Embrapa Clima Temperado, que fica no município gaúcho de Pelotas, pertinho de Cerrito e a 250 quilômetros de Porto Alegre. Maira Zanela é veterinária, hoje professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Foi ela quem começou a pesquisar o tema em 2002, por sugestão da veterinária Maria Edi Ribeiro, pesquisadora da Embrapa. "No primeiro mês nós levamos um susto, no primeiro mês de análise, nós avaliamos mil amostras de produtores e deu 75% positivo para 'lina'". Depois disso já foram analisadas outras 22 mil amostras em três regiões do Rio Grande do Sul. 46% delas deram positivo para 'lina'. "A partir daí, se viu que o problema realmente era sério e até hoje estamos tentando elucidar os fatores que contribuem para o aparecimento do 'lina'", explica a pesquisadora da Embrapa. Para entender como isso acontece nós trouxemos para o laboratório três amostras de leite: uma com leite instável não ácido, uma com leite ácido e uma com leite normal. Vamos submeter as três amostras ao mesmo teste do álcool. Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 49/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 Primeiro o leite normal, que em contato com o álcool, permanece estável. "Você vê que o leite normal, ele não fica com grumos", explica Maira Zanela. Agora, a Doutora Maira repete o teste com a amostra de leite ácido. "Eles chamam isso de cortar. Cortou o leite no teste do álcool. Na realidade é uma reação positiva ou de precipitação", esclarece. Agora sim, o 'lina'. "Dois mililitros de leite e vamos usar então dois mililitros de álcool. Então você tem a reação de precipitação. Então você tem um leite 'lina' e um leite ácido. Eles são muito parecidos. Na realidade, com esse teste, o do álcool, você não consegue diferenciar o 'lina' do ácido. Os dois dão positivo”. Aí é que aparece o prejuízo para o criador. O 'lina' na verdade é um leite saudável, que poderia ser aproveitado. Com este resultado tão semelhante, como é que o produtor faz para saber se o leite dele está instável-não ácido, ou se está ácido? "Na propriedade rural, o mais fácil, é o produtor ferver uma pequena amostra de leite, e o leite ácido, toda dona de casa sabe, o leite ácido, na hora que você ferve, ele talha, ele não levanta fervura". Já o 'Lina' não talha quando fervido, mas só testes feitos em laboratórios especializados podem garantir um resultado mais preciso. Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 50/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 Depois de sete anos de pesquisa já foi possível chegar a algumas conclusões. Já se sabe, por exemplo, que problemas ligados a nutrição das vacas são a principal causa do leite instável-não ácido. Quem coordena essa parte da pesquisa é a agrônoma da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Vivan Fischer, especialista em nutrição bovina. "A gente verificou que o pico de ocorrência correspondia a períodos de carência alimentar e isso motivou nossos estudos controlados com condições experimentais com animais. O que a gente notava, é que a maioria dos animais, que era submetido então a uma restrição da quantidade, ou a um desbalanceamento, manifestava 'lina' em menos de uma semana. Rápido". Comida de menos ou desbalanceada é a principal causa constatada do 'lina', mas não a única: a genética dos animais influi. Além disso, vacas que ficam muito tempo em lactação, mais de dez meses, também podem apresentar o problema. Ana Cristina Krolow, farmacêutica bioquímica, testa na verdade o potencial do 'lina' na fabricação de derivados. "Nós já trabalhamos com iogurte, com queijo minas frescal, o queijo minas padrão e estamos testando também o queijo mussarela. Fizemos um experimento com queijo mussarela, mas ainda é pouco para termos o resultado final", afirma. No caso do iogurte e do queijo minas padrão não se observou diferenças consideráveis. Já o queijo minas frescal, feito com 'lina', rende um pouco menos do que o produzido com leite normal, também é mais macio e branquinho. "Isso Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 51/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 acontece provavelmente pela diferença no teor de gordura. O 'lina' tem um pouco menos de gordura, e na realidade acaba sendo saudável. É um queijinho light". O quebradinho é o 'lina', que é um pouco mais molinho mesmo, na hora de partir a gente percebe. O outro é com leite normal. A diferença é na textura e só. Um é mais molinho e o outro mais rígido um pouquinho, mas o sabor é idêntico, não há diferença. Levando em conta que o 'lina' é um leite bom, aproveitável, mas que a indústria teria algum tipo de prejuízo com ele, muitos pesquisadores defendem uma remuneração menor. Pelo menos, ele não seria jogado fora e ver este leite ter algum tipo de aproveitamento é o que espera também a veterinária e produtora Clarice Fernandes, do começo da reportagem. Enquanto isso, o desperdício e os prejuízos causados pelo 'lina' entristecem. "Quando a gente tira o leite ele é resultado de um trabalho que começa muitos meses antes. O leite ele nos dá um lucro muito pequeno por unidade, o lucro por litro é muito pequeno, então qualquer volume de leite desperdiçado é um prejuízo muito grande". Ainda há muitas questões em aberto sobre o leite instável não-ácido. As instituições de pesquisa, os laticínios e os produtores ainda vão ter muito trabalho resolver este problema .http://globoruraltv.globo.com/GRural/0,27062,LTO0-4370-340100-1,00.html Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 52/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 Milk Point MAPA: análises de leite aumentam 128% frente a 2008 As análises da qualidade do leite brasileiro aumentaram 128% em 2009, com 2.934 amostras, contra 1.287 registradas em 2008, e desse total, 28 apresentaram indicativos de fraudes. "Os estabelecimentos com irregularidades foram submetidos ao Regime Especial de Fiscalização, que levou à suspensão da venda dos produtos até que adotem medidas corretivas", explica o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária, Nelmon Costa. Além disso, o Serviço de Inspeção Federal deve constatar três resultados oficiais de análises dentro dos padrões. Esse controle é feito pelas próprias empresas registradas nos serviços de Inspeção Federal (SIF), Estadual (SIE) ou Municipal (SIM), que fiscalizam a qualidade da matéria-prima e a inocuidade do produto. Cabe ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) verificar o cumprimento das normas das indústrias registradas. Os produtos ofertados no comércio devem conter todas as informações no rótulo, para esclarecer o consumidor sobre a composição, procedência, tipo, qualidade, quantidade, validade, rendimento ou forma de uso do produto de origem animal. O Mapa também faz reinspeção em produtos importados. No ano passado, foram 1.060 análises para garantir ao consumidor brasileiro a qualidade do produto que vem do exterior. "Essa ação é importante para que os alimentos importados tenham livre comércio no País, após serem considerados aptos pelos fiscais federais Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 53/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 agropecuários, em análises físico-químicas e microbiológicas", informa o diretor do Ministério da Agricultura. Programa Nacional de Combate à Fraude no Leite Desde 2003, o Programa Nacional de Combate à Fraude no Leite (PCFL), do Ministério da Agricultura, coleta amostras de leite UHT, pasteurizado ou em pó para análises e verifica possíveis fraudes na indústria, sob supervisão do Serviço de Inspeção Federal. Centro Integrado do Monitoramento da Qualidade do Leite Em junho de 2008, ação conjunta dos ministérios da Agricultura e da Justiça e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) resultou na criação doCentro Integrado do Monitoramento da Qualidade do Leite (CQuali-Leite). Seu objetivo é direcionar ações específicas de cada órgão na fiscalização e fortalecimento de medidas preventivas e combate à fraude, para garantir a segurança alimentar. As informações são do MAPA, resumidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint. http://www.milkpoint.com.br/?noticiaID=61410&actA=7&areaID=50&secaoID=165 Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 54/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 Plantas Medicinais Sport Life Folhas de mamão podem ajudar no combate ao câncer Pesquisadores dizem que o extrato do vegetal aumenta a produção de moléculas que regulam o sistema imunológico Um extrato de folhas de mamão pode ter um efeito anticâncer, segundo cientistas americanos e japoneses da Universidade da Flórida, nos EUA. Em testes em laboratório, os pesquisadores descobriram que um tipo de chá feito com folha secas de papaia poderia combater tumores desenvolvidos no próprio laboratório, incluindo os cânceres de útero, mama, fígado, pulmão e pâncreas. Publicados na última edição do Journal of Ethnopharmacology, os resultados indicaram que o extrato aumenta a produção de moléculas-chave de sinalização citocinas tipo Th1-, que regulam o sistema imunológico e reduz a velocidade de crescimento de tumores. E as análises mostraram que, além de seu efeito anticâncer, a folha de mamão poderia ser usada como um anti-inflamatório. “Baseado no que tenho visto e ouvido em ambiente clínico, ninguém que toma este extrato experimenta toxidade demonstrável; parece que você poderia tomá-lo em longo prazo - contanto que ela seja eficaz”, destacou o pesquisador Nam Dang. Os pesquisadores estão, agora, patenteando um processo de destilar o extrato de Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 55/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 papaia - que já é usado há anos por nativos do Vietnã, do México e da Austrália. Porém mais estudos são necessários antes de se recomendar o uso medicinal da planta. Fernando Fischer http://sportlife.terra.com.br/index.asp?codc=1273 Vitivinicultura Zero Hora Produção de uvas tem queda de 5% no RS em 2009 No ano passado, área plantada cresceu 1,2% e a área colhida, 2,29%, no Estado A produção de uvas no Rio Grande do Sul, principal estado produtor de uvas e vinhos do país, registrou queda de 5% em 2009, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho) Mesmo com a redução, o Estado lidera a produção de uvas no Brasil, com 737 mil toneladas. Na sequência, aparece São Paulo (177,9 mil/ton), Pernambuco (158,5 mil/ton), Paraná (102 mil/ton), Bahia (90,5 mil/ton), Santa Catarina (67,5 mil/ton) e Minas Gerais (11,7 mil/ton). No Brasil, a produção de uvas somou 1,34 milhão de toneladas em 2009 – 4% a menos do que em 2008, de 1,4 milhão/ton. A queda interrompe a tendência de Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 56/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 crescimento verificada desde 2006, aponta a pesquisadora da Embrapa Uva e Vinho, Loiva Maria Ribeiro de Mello, tendo por base dados coletados no IBGE e no Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho). Segundo ela, no ano passado, a crise mundial se refletiu na produção de uvas de mesa e alguns produtores abandonaram parte dos vinhedos. Em 2006, a produção de uva no Brasil foi de 1,22 milhão/ton e em 2007, de 1,35 milhão/ton. A pesquisadora aponta que, em 2009, praticamente a metade da uva produzida no Brasil (678 mil/ton) foi destinada ao processamento para elaboração de vinhos, suco de uva e derivados, sendo o restante (667,5 mil/ton) destinado ao mercado de uva in natura. O país plantou 82,58 mil hectares de uvas em 2009, ante 83,5 mil/ha em 2008, e colheu em uma área de 79 mil hectares, frente a 79,3 mil/ha. A área plantada e colhida de uvas diminuíram, respectivamente, 1,15% e 0,41%, em janeiro de 2010. O Rio Grande do Sul por outro lado apresentou aumento de 1,2% na área plantada com videiras e a área colhida cresceu 2,29%. O Estado tem a maior área plantada do Brasil, com 50,4 mil hectares. http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1§ion=Economia&ne wsID=a2843295.xml Sebrae Nacional Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 57/58 Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010 INDICADORES Bovespa +0,17% 68,945 22/03 14h17 Nasdaq +0,88% 2395,53 22/03 14h16 Ouro 250 g BMF -0,44% 67,500 19/03 16h11 CAC&FR +0,06% 3928 22/03 13h45 DAX +0,08% 5987,5 22/03 14h07 Dólar comercial +0,05% R$ 1,8000 22/03 14h26 Euro +0,54% R$ 2,44564 22/03 14h17 Poupança 0,50000% DÓLAR | FUNDOS | FOLHAINVEST Sebrae Nacional 22/03 FonteFolha de S. Paulo, CMA Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios 58/58