Agronegócio

Transcrição

Agronegócio
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
Agronegócio
ASN
Agroindústrias familiares prospectam mais de R$ 200 mil durante
encontro de negócios
Evento foi realizado pela primeira vez na Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque
Não-Me-Toque - A diversidade de produtos ofertados na Rodada de Negócios da
Agricultura familiar foi grande, mas o objetivo do grupo de obter bons resultados no
evento realizado na Expodireto Cotrijal era de todos os produtores participantes.
Durante a tarde de quarta-feira, 17, bebidas e alimentos produzidos por 19
agroindústrias gaúchas despertaram o interesse de 16 empresas compradoras da
região. A comercialização de cachaça, suco de uva, bolachas, pipoca e farinha
orgânica, conservas de legumes, rapaduras, amendoins, entre outros produtos,
colocou os empresários frente a frente e gerou expectativa de negócios futuros de
R$ 220.000,00. O evento em Não-Me-Toque foi iniciativa do Serviço de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Sul (Sebrae/RS), e teve como
parceiros a Emater, Fetag, Cotrijal e AGAS.
Um dos mais animados com o encontro de negócios era o agricultor Vitório
Gasparetto, proprietário da Agroindústria Gasparetto, de Flores da Cunha. O suco de
uva Mata Nativa, sem açúcar e conservantes, oferecido pelo empreendedor, chamou
a atenção de redes de supermercado. A expectativa de Gasparetto é fechar negócio
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
1/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
em breve. “Participar do evento foi excelente. Além de divulgar meu produto, já tenho
pedidos confirmados para entregar”, comemora.
Na Expodireto Cotrijal, ele está expondo no estande da Agricultura Familiar. No fim
dos três primeiros dias da Expodireto, entre degustações e vendas, já haviam saído
180 caixas de suco de uva, uma mistura da Bordô com a Isabel, para deixar a bebida
mais suave. Na quarta-feira à noite, o agricultor teve que voltar para casa em busca
de outras 100 caixas do produto. “Como participei no ano passado, as pessoas já
conhecem a qualidade do suco que ofereço e, por isso, fazem questão de comprar
de mim”, afirma.
De acordo com o gerente do setorial de Agronegócios do Sebrae/RS, João Paulo
Kessler, a avaliação feita pelos participantes foi extremamente positiva. “A exemplo
do evento que realizamos na Expointer em 2009, tanto os produtores rurais quanto
os empresários compradores saíram satisfeitos com os resultados obtidos por meio
da rodada de negócios”, destaca. Para Kessler, a dinâmica de aproximar os
pequenos negócios de grandes empresas deve ser realizada cada vez mais. “É uma
oportunidade que muitos empreendedores, sozinhos, não teriam condições de ter”,
acredita o gerente.
Além da Rodada com foco no agronegócio, o Sebrae/RS realizou a Rodada
Internacional (nos dias 17 e 18/03) e a Nacional (19/03) com empresas ligadas ao
setor metalmecânico.
http://www.sebrae-rs.com.br/central-noticias/agencia-noticias/agroindustrias-familiares-prospectam-mais-r200-mil-durante-encontro-negocios/1525.aspx
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
2/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
MS Notícias
Delcídio diz que Brasil será o número 1 do Agronegócio
O
senador
Delcídio
do
Amaral
(PT/MS)
acredita
que
o
Brasil
caminha para ser o país número 1 do agronegócio no mundo, graças a
competência dos produtores e o apoio do poder público, fatores que têm permitido
aperfeiçoar
a
tecnologia
da
agricultura
e
da
pecuária,
aumentar a produtividade e ampliar a produção, com reflexos positivos na geração
de riquezas e empregos.
"É um processo que não tem mais volta. O empenho dos nossos agricultores e
pecuaristas, que cada vez mais investem no aperfeiçoamento das técnicas e no
aumento da produção, o trabalho das instituições de pesquisa, como a Embrapa, na
descoberta de novos produtos, e o apoio do governo ao produtor, com regras claras,
estáveis e juros adequados à realidade do mercado, têm contribuído para que o país,
a cada ano, bata recordes na produção de grãos, carnes e bioenergia. Hoje somos
respeitados em todo o mundo. Uma prova disso é que a Europa abre as portas para
a nossa carne e países como o Japão e os Estados Unidos estão em busca do
etanol que produzimos aqui", destacou o senador, durante a abertura da Expogrande
2010, que acontece no Parque Laucídio Coelho, em Campo Grande.
Delcídio disse que Mato Grosso do Sul tem desempenhado um papel
fundamental nesse processo de aprimoramento e ampliação do agronegócio
brasileiro.
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
3/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
"A Expogrande é uma vitrine do talento e da competência dos nossos
produtores. São mais de mil animais de genética aprimorada que, sem dúvida
alguma, estão contribuindo para melhorar a qualidade do rebanho não só do nosso
estado, mas também de outras regiões do Brasil e até do exterior", explicou.
O senador destacou que, além de fortalecer o agronegócio, a exposição se firmou
como uma grande atração de turistas a Campo Grande. "Todo ano a feira bate
recordes de visitantes, que vêm em busca não só da parte técnica, mas também das
novidades trazidas pelos expositores e dos shows que reúnem grandes nomes da
MPB e o melhor da música sertaneja. Por isso, faço questão de ser parceiro da
Acrisul na realização da festa, que alegra a população, movimenta a nossa economia
e gera milhares de empregos", ressaltou Delcídio, No passado, ele conseguiu R$
400 mil do governo federal para a Expogrande e esse ano viabilizou R$ 350 mil em
patrocínio para o evento.
http://www.msnoticias.com.br/?p=ler&id=35788
Agricultura Orgânica
Canal Rural
Desenvolvimento Agrário seleciona produtores orgânicos para Bio
Fair 2010
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
4/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
Inscrições para participar da seleção vão até o dia 4 de abril e devem ser feitas
pelo site do MDA
O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) está com chamada aberta para
seleção de 12 empreendimentos e/ou redes de empreendimentos interessados em
participar da Bio Fair 2010 – Feira Internacional de Produtos Orgânicos e
Agroecologia. As inscrições vão até o dia 4 de abril e devem ser feitas pela internet.
O evento será realizado entre os dias 20 e 23 de maio em São Paulo. Os
selecionados poderão expor e comercializar seus produtos no estande coletivo do
Ministério. Para participar da seleção, o MDA exigirá que a produção seja orgânica,
de acordo com critérios da Lei 10.831, de 23 de dezembro de 2003, e que,
preferencialmente, seja composta de produtos da sociobiodiversidade, como frutas
nativas, castanhas, erva mate, entre outros.
Segundo a assessoria de imprensa do Ministério, os produtos devem apresentar
bom nível de apresentação para o mercado, potencial de oferta com regularidade e
constância, embalagem e rótulo próprios, registros necessários e informações
básicas exigidas por lei. Os empreendimentos devem estar enquadrados nos
critérios de aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar
(Pronaf) e atuar ou ter condições de atuar em mercados regional e/ou nacional e/ou
internacional.
O gerente de área de agronegócios do Sebrae, Paulo Alvim, explica que a feira é um
evento tradicional do setor e que representa uma oportunidade de mostrar o
incremento que está ocorrendo na cadeia de agroecologia do Sebrae.
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
5/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
— Antes a carteira de agronegócios da instituição tinha caráter pedagógico. Hoje, ela
se expandiu e conta com investimentos de organizações públicas e privadas —
afirma.
Aberta ao público e com entrada gratuita, a Bio Fair 2010 possibilita a compra direta
do produtor e é voltada para atacadistas, distribuidores, exportadores e
importadores,
fabricantes,
lojistas,
hotéis
e
restaurantes,
supermercados,
processadores, produtores e profissionais de saúde. Paralelo a Bio Fair, serão
realizados a 6ª edição do Fórum Brasileiro de Agricultura Orgânica e Sustentável e o
Ciclo Aberto de Palestras. Entre as atrações do fórum está o seminário ‘Brasil –
Itália: Oportunidades de Colaboração Comercial e Produtiva na Agricultura
Orgânica’, que contará com participação de dez empresas italianas.
Além programação internacional, a feira deve contar este ano com um espaço
voltado às tecnologias empregadas na produção de orgânicos.
— Pela primeira vez, estamos trabalhando para trazer, com o patrocínio do Ministério
da Ciência e Tecnologia, um pavilhão exclusivo de tecnologia para a produção
orgânica. O Ministério do Meio Ambiente promete apresentar um projeto inovador
sobre a biodiversidade brasileira, cujo lançamento será na Bio Brazil Fair — revela a
gerente de negócios da Francal Feiras, Lucia Cristina de Buone.
http://www.clicrbs.com.br/canalrural/jsp/default.jsp?uf=2&local=18&action=noticias&id=284
3476&section=Capa
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
6/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
EcoAgência
Expansão da agricultura orgânica é economicamente viável
Além de defender que a agricultura orgânica é economicamente viável,
economista avalia os efeitos positivos e negativos provocados pela utilização
do agrotóxico; analisa a saúde do trabalhador rural de acordo com as
características do uso de agrotóxico nos estabelecimentos rurais; e aponta
alternativas econômicas e tecnológicas para sua eliminação.
As principais barreiras que limitam a expansão, tanto da oferta quanto da demanda,
do mercado dos alimentos orgânicos motivaram o desenvolvimento da tese de
doutorado do economista Wagner Lopes Soares, no Programa de Saúde Pública e
Meio Ambiente da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz). Além de
defender que a agricultura orgânica é economicamente viável, ele avalia os efeitos
positivos e negativos provocados pela utilização do agrotóxico; analisa a saúde do
trabalhador rural de acordo com as características do uso de agrotóxico nos
estabelecimentos rurais; e aponta alternativas econômicas e tecnológicas para sua
eliminação, sempre que possível.
A tese Uso dos agrotóxicos e seus impactos à saúde e ao ambiente: uma avaliação
integrada entre a economia, a saúde pública, a ecologia e a agricultura, analisa
fatores que influenciam o uso dessas substâncias nas propriedades agrícolas. Fale
sobre a importância de reunir todos esses aspectos para abordar um tema que está
em evidência.
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
7/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
Wagner Lopes Soares: Sou economista, trabalho no Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE) e fiz meu mestrado em economia. Porém, não é comum
observarmos uma abordagem das ciências econômicas sobre a questão dos
agrotóxicos. Normalmente, o que predomina na literatura serve mais para
demonstrar a eficiência desses produtos e do modelo agrícola, que incorpora essa
"modernidade". Poucos são os trabalhos que abordam, revelam e discutem a
questão da ineficiência desses produtosCertamente, um fator importante para a
decisão do uso dessas substâncias é que muitos dos seus impactos sociais são
externalizados, ou seja, não refletem em um custo privado para o agricultor quando
decide utilizar esses produtos. Quem acaba pagando, quando há trabalhadores
intoxicados, contaminações na biota e em recursos ambientais é a sociedade, o que
de certa forma acaba incentivando o uso desses insumos por parte do agricultor
individual.
Em relação à questão do emprego dos agrotóxicos na agricultura e seus efeitos - ou
externalidades negativas - à saúde e ao ambiente, podemos dizer que essa tese é
inovadora, pois, além de valorá-las, discute o papel de desincentivos econômicos ao
uso dessas substâncias e incentivos às outras opções tecnológicas menos nocivas.
Na minha dissertação de mestrado também abordei o tema. No entanto, naquela
ocasião, o olhar sobre o problema se restringiu a uma visão economicista,
simplificada, e que não dava conta de abarcar as várias questões em razão da sua
grande complexidade. A lição tirada da dissertação de mestrado sobre a questão dos
agrotóxicos é que explorá-la mais exigiria um grande esforço interdisciplinar em
diferentes áreas, especialmente da agricultura e da saúde pública.
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
8/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
A tese foi defendida no Programa de Saúde Pública e Meio Ambiente da Ensp, que
traz uma abordagem interdisciplinar sobre as questões relacionadas à saúde e ao
meio ambiente, e o tema agrotóxico é bastante complexo. Como foi o
desenvolvimento do estudo?
Soares: A tese é composta de três artigos sobre o uso dos agrotóxicos e seus
impactos à saúde e ao ambiente, e um quarto artigo que aborda, sob o prisma das
políticas públicas, alternativas de produção ao modelo agrícola baseado no uso
intensivo desses insumos. O primeiro artigo, Atividade agrícola e externalidade
ambiental: uma análise a partir do uso de agrotóxicos no Cerrado brasileiro,
publicado no periódico Ciência e Saúde Coletiva, em 2006, teve como objetivo
discutir as externalidades negativas associadas ao uso intensivo de agrotóxicos no
bioma do cerrado, área em franca expansão da atividade agrícola, em especial da
monocultura da soja. O artigo traz uma visão ampla das externalidades negativas
provocadas pelos agrotóxicos utilizados na atividade agrícola e a importância das
políticas de regulação para internalizá-las no processo produtivo. Nesse artigo, em
função da própria base de dados utilizada, procuramos dar ênfase aos impactos
ambientais, como é o caso da contaminação do solo e da água pelo uso dos
agrotóxicos e fertilizantes.
Quais foram as abordagens dos artigos seguintes? Soares: O segundo e o terceiro
artigos mostram como fazer um exercício de valoração desses custos. O segundo
passa pela externalidade associada à intoxicação aguda e apresento dados do IBGE
em que estabeleço associações entre a intoxicação e características do
estabelecimento rural, por exemplo: se ele usa receituário agronômico ou não, se
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
9/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
possui assistência técnica, quem indica o uso do agrotóxico, a quantidade utilizada, a
área em que é aplicado, ou seja, uma série de variáveis e as suas relações com a
intoxicação aguda do trabalhador rural. A partir daí, conduzimos um estudo que
valora os custos sociais associados à intoxicação aguda, condicionando-os às
características dos estabelecimentos rurais e comparando-os aos benefícios dos
agrotóxicos, obtidos a partir dos ganhos de produtividade. Por meio de um exercício
comparativo, avalia-se o quanto benefícios exclusivamente privados chocam-se com
os interesses de bem-estar da sociedade como um todo. Os resultados indicam que
os custos com a intoxicação aguda podem representar em torno de 64% dos
benefícios dos agrotóxicos, e, na melhor das hipóteses, quando as características de
risco dos estabelecimentos encontram-se ausentes, esses custos representam 8%
dos benefícios.
Como foi feita essa divisão entre os estabelecimentos com grande risco de
intoxicação e os com menor risco?
Soares: Quando todos os fatores de risco de intoxicação estavam presentes em um
determinado estabelecimento, chamei de Tipo 1, e estimei o custo da intoxicação
aguda para esse estabelecimento mais arriscado. Em seguida, fiz o cálculo do custo
esperado para um estabelecimento sem esses fatores de risco, o Tipo 2, e fiz o
seguinte cálculo: se todos os estabelecimentos do Paraná que produzem o milho
fossem do Tipo 1, qual seria o custo agregado para o estado? Esse cálculo se
baseia no número de estabelecimentos que produzem milho vezes o custo esperado
do estabelecimento mais arriscado. Isso dá um custo para o estado da ordem de
US$ 70 milhões para os estabelecimentos do primeiro tipo. Se imaginarmos que
esses mesmos estabelecimentos são do Tipo 2, esse custo cairia para US$ 9
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
10/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
milhões, ou seja, uma economia em torno de US$ 61 milhões ao retirar esses fatores
de risco.
E
a
situação
dos
produtores?
Como
fica
sua
relação
com
esses
estabelecimentos?Soares: Ao avaliar os fatores de risco que fazem com que o custo
esperado com a intoxicação aumente, observa-se que os mesmos estão
relacionados à falta de assistência técnica, à falta de informação sobre a utilização
dessa tecnologia, e, nesses casos, quem sofre mais é o pequeno produtor. Ele tem
maior risco de intoxicação aguda, apesar de os grandes agricultores serem os
maiores vilões, principalmente sob o ponto de vista ambiental.
Os pequenos produtores têm maior risco porque são mais vulneráveis, ou seja,
sofrem com a falta de informação, e, na maioria dos casos, o vendedor indica qual
agrotóxico ele deve usar no estabelecimento, o que aumenta as chances de
intoxicação em 263%. Só para dar um exemplo, na análise que fiz sobre o milho,
cultura presente em grandes e pequenos estabelecimentos, 29% dos agrotóxicos
utilizados para essa cultura não eram indicados para o uso. Já no caso da soja, em
que basicamente há grandes estabelecimentos, esse número caiu para 4%.
O que traz o terceiro artigo?
Soares: O terceiro artigo faz o mesmo exercício de valoração, mas incorporo fatores
não só do estabelecimento, mas da vizinhança e do entorno, ou seja, fatores do
contexto no qual o município se encontra. Um dos fatores mais importantes que
consegui articular com toda essa abordagem é que, quando o estabelecimento está
em um município que incentiva o uso da agricultura orgânica, o custo esperado cai
sensivelmente.
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
11/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
Portanto,
quando
assumimos
um
cenário
em
que
há
maior
risco
nos
estabelecimentos rurais, verifica-se que para cada dólar gasto com a compra dos
agrotóxicos no estado, US$ 1,28 poderia ser gerado em custos externos com a
intoxicação. No entanto, essa situação poderia ser revertida, caso certas medidas
fossem tomadas, como, por exemplo, a adoção de um programa de incentivo à
agricultura orgânica por parte do município, uma vez que reduz as chances de
intoxicação no estabelecimento rural em 47%. Tendo em vista os resultados dos dois
artigos anteriores, que apontaram, respectivamente: a maior fragilidade do pequeno
agricultor aos danos à saúde causados pelo uso agrotóxicos; e um efeito significativo
dos incentivos políticos à agricultura orgânica para a redução desses riscos;
procurou-se, no último artigo dessa tese, trabalhar a inserção desse pequeno
agricultor nesse processo produtivo, reconhecendo alguns elementos teóricos e
empíricos que limitam a expansão do mercado dos alimentos orgânicos.
Quais fatores limitam a expansão da agricultura orgânica? Como funciona esse
mercado no Brasil?
Soares: O Censo Agropecuário de 2006 estima que, dos 5,2 milhões de
estabelecimentos existentes, 84% são classificados como familiares e 71% deles são
excluídos da agricultura química, ou seja, não utilizam agrotóxico. Esse cenário
revela que temos um potencial enorme para expandir a oferta de produtos orgânicos,
inserindo esses agricultores nesse tipo de agricultura. No entanto, há barreiras como,
por exemplo, o alto preço dos produtos orgânicos, o que acaba limitando por outro
lado a sua demanda. A tese identificou uma série de fatores que fazem com que
esse preço seja alto, como, por exemplo, o maior custo com mão de obra e a
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
12/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
certificação, que onera os produtores, e que por sua vez é repassado para os preços
dos orgânicos.
Como funciona a concessão da certificação? Ela é mesmo necessária?
Soares: No caso dos produtos orgânicos é difícil avaliar sua qualidade e definir se
aquele produto é realmente 'limpo' em termos de resíduo de agrotóxico. O produtor
sabe a qualidade do seu bem, mas o consumidor não tem certeza. A ideia da
certificação serve para o produtor comprovar que seu produto é de boa qualidade.
Temos certificadores nacionais, internacionais, e a certificação gera um custo para o
produtor, pois é ele quem paga por isso. O grande problema é que esse custo fere o
princípio básico do poluidor pagador, pois quem não polui acaba pagando, o que
deveria ser o contrário. O que estou dizendo é que a certificação é necessária,
porém injusta. Acaba penalizando o agente econômico errado.
Fora o custo, quais outros fatores interferem na obtenção da certificação?
Soares: O último artigo da tese avalia bem esses fatores. Por exemplo, o fato de o
estabelecimento ter acesso a crédito, ser familiar e possuir um bom nível de
integração ao mercado influenciam na certificação. Além disso, a exportação
também é um fator importante, assim como a característica da sua vizinhança. Por
exemplo, quando a cultura orgânica é vizinha de estabelecimentos com grandes
produções, as chances de certificação diminuem para 7%. Por outro lado, as
possibilidades aumentam 359% quando se trata de agricultores familiares mais
capitalizados. Mas quando esse estabelecimento familiar capitalizado é vizinho de
grandes propriedades rurais, essa porcentagem é reduzida 20%. Logo, não basta ser
só familiar. A ideia é isolar o agricultor orgânico mesmo.
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
13/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
De certa forma, pode-se afirmar que é um processo burocrático?
Soares: Há certificações e certificações. Depende do grau de exigência, do tipo de
certificadora, mas, em geral, se trata de um processo rigoroso. Em minha opinião,
ser orgânico não é apenas ser livre de agrotóxicos. Tem uma série de questões
embutidas, como o ganho social que ele traz, questões relacionadas à justiça social.
Certamente, há externalidades positivas nesse processo para além de questões
somente associadas à saúde e ao ambiente.
Em termo políticos, o governo tende a flexibilizar essa questão da certificação.
Deverá entrar em vigência, no próximo ano, uma certificação nacional que irá
normatizar a questão e também outra modalidade que tornará mais flexível esse
processo aos produtores não tão integrados ao mercado. No caso da venda direta
dos produtos, os agricultores orgânicos contarão com um sistema participativo de
garantias, que é uma espécie de controle social que garante a rastreabilidade, a
qualidade da produção e, consequentemente, dá a necessária credibilidade ao
produtor, sem exigir a certificação.
Como funciona a demanda em relação aos produtos orgânicos?
Soares: A tese também contemplou esse aspecto. Pesquisei uma base de dados do
IBGE que analisa as características pessoais do indivíduo que consome alimento
orgânico e do seu domicílio. A questão domiciliar é fundamental na tomada de
decisão do consumo, já que 91% da variabilidade desse consumo se devem às
características domiciliares. O fato de o indivíduo ser gestor do lar também aumenta
essas chances, já que ele possui maior autonomia na escolha do que será
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
14/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
consumido, assim como o grau de instrução, pois a pessoa mais informada conhece
os benefícios desse consumo. Ser mulher também influencia, já que elas possuem
maior preocupação com a qualidade do alimento.
Em relação ao domicílio, quanto maior for o número de idosos, menores são as
possibilidades de consumo, pois eles trazem hábitos antigos e em geral são mais
avessos às mudanças. O acréscimo de uma pessoa no domicílio também reduz o
consumo em 77%. Os resultados também mostram que esse consumo está
basicamente associado à classe média-alta. Por outro lado, o fator que mais
aumenta esse consumo é o fato do domicilio ter consumidores mais éticos e
responsáveis com o meio ambiente. Portanto, o desafio é justamente levar
informações sobre os benefícios dos orgânicos para além desses consumidores,
chamados "verdes", e também para além da educação formal e do nível de
rendimento domiciliar.
Em 2008, o Brasil atingiu a marca de maior consumidor de agrotóxicos no mundo. É
possível reverter esse quadro?
Soares: As políticas de governo do passado tiveram forte influência para chegarmos
a esse ponto. Na década de 1970, tivemos um Plano Nacional de Expansão de
Defensivos Agrícolas que fornecia subsídios para a compra dos agrotóxicos.
Podemos dizer que o grande "adubo" do agrotóxico foi o estado. Hoje, vemos que
essa participação foi reduzida, mas que, de certa forma, foi bem suprida na década
de 1990 com o papel das grandes empresas multinacionais que entraram no
mercado fazendo uma nova forma de financiamento e incentivo ao uso.
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
15/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
O importante agora é fazer o caminho inverso. Os mesmos subsídios e políticas de
incentivo devem ser feitos para a produção orgânica, e ao mesmo tempo
desincentivos à produção convencional, geradora de externalidades negativas. Na
tese, elenco uma série dessas políticas. Convivemos com o despreparo do pequeno
agricultor e uma fragilidade institucional enorme na regulação dessas substâncias. O
registro de um agrotóxico hoje na Anvisa custa R$ 1.800, enquanto o de um
medicamento, por exemplo, custa R$ 80 mil, ou seja, esse custo é irrisório perto das
cifras gastas para o controle e seus impactos sociais. O prazo de reavaliação de
eficiência do agrotóxico, a partir do momento que ele obteve o registro, é eterno.
Tudo isso tem a ver com a força da bancada ruralista no Congresso. A indústria do
agrotóxico tem investimentos maciços em pesquisa, enquanto a tecnologia
disponível na agricultura orgânica conta com um saber espalhado nas mãos dos
produtores, necessitando maior aproximação entre o saber popular e o saber
científico. Por outro lado, devemos conscientizar a população, ao demandante, de
que a agricultura orgânica é economicamente viável a esse pequeno produtor e
socialmente justa.
http://www.ecoagencia.com.br/?open=noticias&id=VZlSXRFWwJlYHZETOdVMXJ1aKVV
VB1TP
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
16/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
Agroenergia
Energia Hoje
Embrapa estuda gás de síntese
A
Embrapa
Pantanal
está
pesquisando
a
viabilidade
da
produção
de
biocombustíveis, a partir de aguapés que descem o rio Paraguai. A ideia é usar a
planta nativa para a produção de gás de síntese
O projeto “Produção de biocombustíveis a partir de ilhas flutuantes de biomassa em
planícies de inundação do Brasil: estudo de caso no Pantanal” prevê o recolhimento
de amostras de ilhas flutuantes de aguapé para produção de bio-óleo, a partir da
secagem e processamento da matéria-prima. Em seguida, o produto é convertido em
gás de síntese, atualmente produzido a partir do petróleo no Brasil.
De acordo com o pesquisador Ivan Bergier, da Embrapa Pantanal, a produção de
biocombustível a partir do aguapé nativo do Pantanal é interessante do ponto de
vista da sustentabilidade. No caso do camalote nativo, a planta é produzida na
planície e se desloca naturalmente pelo rio, sem necessidade de uso de insumos,
como fertilizantes. Como o aguapé também é encontrado em represas de
hidrelétricas e barragens, a retirada dos aguapés soluciona problemas técnicos nas
turbinas.
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
17/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
A biomassa do aguapé pode ter destinos nobres como a produção de fertilizantes,
fibras e bioenergia, incrementando a renda de pequenos e grandes produtores de
suínos.
O projeto é uma parceria entre instituições de ensino, que integra a Unicamp,
Embrapa Labex EUA, Embrapa Agroenergia, Grupo Combustíveis Alternativos e
Laboratório de Engenharia Ecológica, ambos da Unicamp, a empresa Bioware de
Campinas (SP) e a Embrapa Pantanal (Corumbá-MS).
http://www.energiahoje.com/online/biocombustiveis/biodiesel/2010/03/19/406599/embrapaestuda-gas-de-sintese.html
Aqüicultura e Pesca
Jornal Feira Hoje
Pescadores de Araci comemoram projeto de inclusão produtiva
Renda familiar planejada, segurança alimentar garantida e um salário acima do
mínimo. Emocionados, 52 pescadores de Araci e suas famílias comemoraram essa
nova realidade. Eles são associados ao Sistema de Condomínio para o
Desenvolvimento Sustentável, que funciona por meio de convênio entre a Secretaria
de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), como parte do programa
Pescando Renda e a Associação de Pescadores de Poço Grande.
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
18/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
Na quinta-feira (18), os pescadores receberam a visita do secretário Valmir
Assunção, da superintendente de Inclusão Alimentar, Ana Torquato, e do
superintendente do Ministério da Pesca e da Aqüicultura, Marcelino Gallo. O projeto
é pioneiro em geração de renda, segurança alimentar, com sustentabilidade e
inclusão continuada. Por meio dele, a produção dos peixes é feita de forma
planejada e associativa, promovendo e incentivando o aproveitamento racional
sustentável dos recursos hídricos existentes na localidade.
Com recursos do convênio, no valor de R$ 809,8 mil, os pescadores adquirem o kit
Pescando Renda - um para cada família beneficiada. Cada kit contém cinco unidades
de tanques-rede, um bolsão para berçário, seis mil alevinos de tilápia e quase cinco
mil quilos de ração para cada ciclo do projeto.
“Estamos vivendo um novo momento”, afirmou o presidente da Associação dos
pescadores, Francisco Lima. Ele afirmou que os pescadores se sentem mais
seguros. “Se antes saíamos para pescar sem nenhuma perspectiva, agora sabemos
que a renda independe da boa ou má pescaria”.
Fundo de Inclusão Social
No Sistema de Condomínio elaborado pela Sedes, cada beneficiário contribui com
10% da produção bruta do ciclo produtivo que é revertido para o Fundo de Inclusão
Social (FIS). Com o recurso do FIS, o condomínio adquire novos kit’s Pescando
Renda e equipamentos necessários à cadeia produtiva da aquicultura, além de
proporcionar a inclusão de mais famílias ao processo. Com isso, o projeto quer
atender a todos os associados da entidade - cerca de 200 integrantes - e ampliar
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
19/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
alternativas de produção. Já se produz filé de pescado o que vai criar novas
expectativas de comercialização.
Segundo Lima, o objetivo é garantir, a todos os pescadores, uma renda acima de R$
1,5 mil. Além da segurança que passaram a ter, com os criatórios, a associação
comercializa o peixe para várias prefeituras, entidades e movimentos sociais. “Ainda
este mês estamos fechando com a Prefeitura de Serrinha, a comercialização do
nosso produto para a merenda escolar do município”.
http://www.jornalfeirahoje.com.br/materia.asp?id=16311
Café
ASN
Cafeicultores paranaenses se organizam para obter certificação
internacional
Selo garante controle permanente da qualidade e abre novas oportunidades
para comercialização do produto
Curitiba - Depois de conquistar, em 2009, o código de conduta 4C - Código Comum
para a Comunidade Cafeeira, um grupo de 20 cafeicultores paranaenses da
Associação de Cafés Especiais do Norte Pioneiro do Paraná (ACENPP) está se
organizando para obter a UTZ Certified, um dos principais programas de certificação
do café no mercado internacional. Existente desde 1997, a certificação foi instituída
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
20/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
por produtores de café da Guatemala e pela torrefadora europeia Ahold Coffee
Company.
Os cafeicultores do Norte Pioneiro são apoiados pelo Sebrae/PR e outras entidades
por meio do Programa Cafés Especiais do Norte do Paraná. A criação da ACENPP é
um dos resultados do Programa.
O consultor do Sebrae/PR em Jacarezinho e gestor do projeto Cafés Especiais,
Odemir Capello, explica como a instituição vai auxiliar os cafeicultores interessados
em obter a certificação e conta que o objetivo da conquista é atestar a qualidade do
café, melhorar os processos e agregar mais valor à produção.
“Realizaremos um diagnóstico personalizado em cada uma das propriedades do
grupo interessado em obter a certificação UTZ. Após essa etapa, será desenvolvido
um plano de ação individual com as indicações de melhorias, a fim de facilitar o
processo de verificação e auditorias necessárias para a concessão da certificação”,
detalha o consultor.
Gestão de propriedades
Paralelamente às etapas necessárias para a obtenção da UTZ Certified, o
Sebrae/PR em Jacarezinho vai promover um programa para capacitar cafeicultores
do Norte Pioneiro em gestão de propriedades e disponibilizar consultores
especializados para ajudá-los a implantar os conhecimentos aprendidos em suas
propriedades.
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
21/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
“A certificação em grupo impõe uma grande responsabilidade aos interessados, pois
se um dos integrantes não atender aos requisitos exigidos, prejudicará todos os
outros. Seriedade e comprometimento são essenciais nesse caso”, analisa Odemir
Capello.
Para o presidente da Associação de Cafés Especiais do Norte Pioneiro do Paraná
(ACENPP), Luiz Fernando de Andrade Leite, as certificações do café elevam o valor
do produto e abrem novos mercados.
“Para que uma propriedade obtenha a certificação UTZ, precisa atender a exigências
como boas práticas agrícolas, padrões para manutenção de registros da produção,
uso minimizado e documentado de defensivos agrícolas, proteção aos direitos
trabalhistas, às questões ambientais e sociais. Outro aspecto é o controle da
rastreabilidade dos grãos por meio de um sistema próprio, o que motiva o produtor a
melhorar o gerenciamento da produção”, avalia o presidente da ACENPP.
Os produtores são certificados por um auditor independente, que confere se a
propriedade está de acordo com o Código de Conduta da UTZ. A inspeção é feita
anualmente. Uma vez certificados, os produtores passam a contar com orientações
sobre formas de gerenciamento das fazendas, redução de custos de produção e
acesso ao crédito.
Experiência
Na opinião do engenheiro agrônomo e cafeicultor Luiz Roberto Saldanha Rodrigues,
a maior exigência num processo de certificação de propriedade é a mudança
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
22/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
comportamental. “A UTZ Certified visa responder a duas perguntas: de onde vem o
café e como foi produzido?”, destaca.
Até abril deste ano, a Fazenda Califórnia deve ser recertificada pelo UTZ Certified. A
propriedade iniciou o processo de certificação da UTZ em 2007, ano em que foi
auditada pela primeira vez. “Além das alterações de estrutura, procedimentos e
processos, a maior mudança é a comportamental. Há mais de cinco anos, investimos
constantemente em treinamentos para todos os setores e funções da propriedade.
Também incentivamos os estudos de colaboradores e familiares”, conta Luiz Roberto
Saldanha Rodrigues.
O agrônomo relembra que a realização de benchmarking (processo de comparação
e visita a propriedades agrícolas-modelos em seus segmentos de mercado) e a
participação em diversos eventos técnicos de cafeicultura realizados em vários locais
do país deram suporte a formatação do moderno sistema de gestão adotado pela
Fazenda Califórnia.
Norte Pioneiro
O Paraná se destacou como um dos principais produtores de café do país em 2009,
com mais de 158 mil toneladas de grãos, com destaque para o Norte Pioneiro,
responsável pela colheita de aproximadamente 50% do total. Atualmente, a região
paranaense conta com 7,5 mil produtores de pequenas propriedades, distribuídos
em 45 municípios. No ano passado, os 109 associados da ACENPP produziram 58
mil sacas de café e exportaram 6 mil delas.
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
23/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
De acordo com análises de especialistas, o café do Norte Pioneiro é classificado
como leve, encorpado, com intenso aroma e sabor, doce, caramelado. A região se
destaca por sua altitude (acima de 500 metros), latitude (23o Sul) e temperatura
entre 20 e 22 graus.
http://www.agenciasebrae.com.br/noticia.kmf?canal=199&cod=9687506
ASN
Produtores paranaenses buscam Indicação Geográfica para café
Conquista trará benefícios aos empresários da região e potencializará o
marketing do produto
Curitiba - No próximo dia 30, às 9 horas, os produtores da Associação de Cafés
Especiais do Norte Pioneiro do Paraná (ACENPP) reúnem-se em assembleia na
sede da entidade, no município Santo Antônio da Platina, para acertarem os últimos
detalhes do processo de pedido de Indicação Geográfica.
Em março do ano passado, uma reunião na sede do Instituto Nacional da
Propriedade Industrial (INPI), no Rio de Janeiro, marcou o início do processo para o
registro de Indicação Geográfica do Norte Pioneiro do Paraná como uma região
produtora de café.
Para dar entrada no pedido, integrantes da ACENPP e representantes de instituições
apoiadoras, dentre elas o Sebrae/PR, reuniram informações para comprovar a
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
24/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
tradição do plantio de café na região, o que resultou em um documento com mais de
500
páginas.
Após analisar os documentos apresentados, o INPI recomendou algumas alterações,
que serão apresentadas aos produtores durante a assembleia.
Reforço da marca
Para o consultor do Sebrae/PR em Jacarezinho e gestor do projeto Cafés Especiais,
Odemir Capello, a conquista da Indicação Geográfica vai trazer inúmeros benefícios
para os produtores da região. “Todos os resultados obtidos até agora pela ACENPP
se devem ao planejamento, à organização e à vontade dos cafeicultores em mudar
sua realidade. O café do norte vai ser o primeiro produto do estado a conquistar a
Indicação Geográfica. Isso vai reforçar a marca e contribuir para o marketing do
produto, melhorando assim a comercialização, o que já vem ocorrendo”, analisa
Odemir.
Uma Indicação Geográfica compreende a Indicação de Procedência e a
Denominação de Origem. A Indicação de Procedência distingue o nome de um país,
cidade, região ou localidade que se torna conhecido pela produção, fabricação ou
extração de determinado produto ou prestação de um serviço específico. A
Denominação de Origem reconhece que as qualidades de um produto ou serviço se
devem exclusivamente ao meio geográfico no qual se encontra, que pode ser um
país, cidade, região ou localidade.
Luiz Fernando de Andrade Leite, produtor de café e presidente da ACENPP,
enumera alguns aspectos decorrentes da conquista da Indicação Geográfica. “A
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
25/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
conquista promoverá comercialmente as propriedades, vai agregar valor e garantir a
autenticidade do produto, além de preservar a diversidade e o meio ambiente. Um
produto com o selo de Indicação Geográfica gera proteção para produtores e
consumidores, impulsiona o desenvolvimento rural e facilita a promoção comercial e
as exportações”, explica Andrade Leite.
Produtos reconhecidos
A região que alcança o reconhecimento de Indicação de Procedência e o registro de
Denominação de Origem oferece ao consumidor produtos caracterizados por uma
marca e uma identidade própria que os diferenciam no mercado. Alguns exemplos
de produtos com Indicação Geográfica, tidos como de alta qualidade, são os vinhos
da região Bordeaux, produzidos na França; o presunto de Parma, na região da
Emilia-Romagna, na Itália, e os charutos cubanos. A legislação que rege as
Indicações Geográficas é a Lei da Propriedade Industrial nº 9279/96.
http://www.agenciasebrae.com.br/noticia.kmf?canal=199&cod=9687533
Revista Globo Rural
Café: otimização do uso da água residual
O processamento de café por via úmida permite que se obtenha o grão cereja
descascado, produto de maior qualidade, com valor diferenciado no mercado.
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
26/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
Porém, essa atividade consome muita água (estima-se que sejam gastos 4 litros de
água por cada litro de fruto processado), à qual se juntam resíduos orgânicos
(fragmentos de frutos, folhas e ramos), gerando a chamada água residuária do café
(ARC).
Tendo em vista que o Brasil é o maior produtor mundial do grão - com previsão de
colher entre 45,9 milhões e 48,6 milhões de sacas de 60 quilos do produto
beneficiado na safra 2010 - a Embrapa Café passou a investir em um método para
reutilizar a água na unidade de processamento, evitando o gasto hídrico desenfreado
- e, consequentemente, dando mais sustentabilidade ambiental aos cafezais.
Segundo o pesquisador Sammy Fernandes, já existem no mercado sistemas que
possibilitam esse reuso, mas com uma estrutura um tanto rudimentar. "O que
tentamos fazer é um aperfeiçoamento, possibilitando a retirada de parte do material
orgânico que se acumula, para que a água possa ser usada várias vezes no
processamento, resultando em um custo menor para o agricultor", afirma.
A pesquisa teve início em 2008, e conta com o auxílio do Instituto Capixaba de
Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e da Empresa de
Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). Os estudos já permitiram a
construção de um protótipo com esse sistema de remoção de resíduos, montado em
uma fazenda no Espírito Santo - e os testes em campo começaram no ano passado.
O funcionamento do equipamento é simples: a água residuária proveniente da
unidade de processamento é conduzida em tubos para o sistema de remoção,
desaguando em uma primeira caixa de decantação (que pode ser de amianto,
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
27/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
plástico, fibra de vidro ou alvenaria). Então, a água passa da primeira para a
segunda caixa e dessa para a terceira, através de tubos de PVC. Na sequência,
passa por peneiras e flui para um depósito, de onde é bombeada para a caixa de
abastecimento da unidade de processamento.
Os resultados iniciais indicam que o volume de água gasto para se obter o grão
cereja descascado cai para meio litro de água por litro de fruto processado. "Ainda
precisamos fazer alguns refinamentos, como definir uma malha para a peneira que
traga mais eficiência ao sistema, ou talvez adicionar um processo de vibração", diz
Fernandes.
O custo para a construção do equipamento gira em torno de R$ 500 - segundo
Fernandes, um décimo do valor de uma máquina para o mesmo fim no mercado. Há
a intenção de atingir os pequenos agricultores, capacitando-os para que eles
próprios possam montar o sistema. "Nesta safra, já devemos começar a divulgar
entre os produtores a estrutura da máquina e como ela funciona", diz. Os estudos
são limitados pelo período de colheita do café, entre maio e julho. Mas a expectativa
é de que até 2011 o sistema já esteja totalmente finalizado para a disseminação do
uso pelos cafezais do país.
http://revistagloborural.globo.com/GloboRural/0,6993,EEC1709295-2454-2,00.html
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
28/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
ES Hoje
Mapa quer estabelecer qualidade mínima para o café
Assunto é tratado em nova norma técnica que será discutida pelo Ministério
com industriais do setor no próximo dia 22
Os brasileiros podem ficar tranquilos quanto à qualidade do cafezinho, bebida
consumida por 94% da população com mais de 15 anos, segundo dados da Abic Associação Brasileira da Indústria de Café. Isso porque o Mapa - Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento está discutindo a publicação de uma norma
técnica exigindo uma qualidade mínima para o produto. O assunto vai ser o tema de
um debate, a ser realizado na segunda-feira (22), a partir das 07h45, no edifício
Findes, entre representantes do Ministério e membros da cadeia produtiva de café
do Espírito Santo.
O encontro é fruto de uma parceria entre Abic e Sincafé - Sindicato da Indústria de
Torrefação e Moagem de Café do Espírito Santo. O objetivo é adequar a cadeia local
às novas normas de regulamentação e aprimorar a qualidade do café produzido no
Espírito Santo.
O evento será realizado durante todo o dia, e terá palestras com representantes da
diretoria da Abic, entre eles o diretor executivo da instituição, Nathan Herszkowicz.
"Vamos debater o papel de cada integrante da cadeia, desde o produtor rural aos
industriais, para que o produto chegue ao consumidor com a maior qualidade
possível", destaca o presidente do Sincafé, Egídio Malanquini.
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
29/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
Norma
A norma que vem sendo elaborada pelo Mapa classifica os cafés numa escala de 0 a
10 e estabelece que 4 é a nota mínima para que o produto possa ser comercializado.
A classificação será obtida através de critérios como acidez, que deve ser menor que
1%, e umidade de no máximo 13%, no caso dos grãos. Para o café torrado, serão
levados em consideração fatores como o ponto de torra e o limite de água de
resfriamento.
Segundo Egídio Malanquini, um dos termos da norma técnica que será questionado
pela indústria é sobre quem será responsabilizado pela qualidade do café. "O
produtor deve atender as exigências mínimas já no cultivo, senão a qualidade do
produto estará comprometida. Para isso, é preciso treinar e capacitar os
cafeicultores", disse.
Malanquini também acredita que deveria haver uma capacitação dos produtores
rurais antes da criação desta política. "Se o café não for fornecido já com a qualidade
mínima exigida, a indústria terá que procurar outros fornecedores, o que pode
acarretar na escassez do produto", declarou.
A norma técnica ainda está em processo de audiência pública. A previsão é de que
esteja finalizada no mês de maio.
Programa de Qualidade do Café
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
30/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
Na terça-feira, dia 23, às 07h45, também na Findes, será realizado um café da
manhã para oficializar o lançamento do Programa de Qualidade do Café (PQC) no
Espírito Santo, com a assinatura de um Termo de Cooperação Técnica.
O Termo será assinado pelas indústrias e toda a cadeia produtiva do segmento de
café do Estado, pela Associação Capixaba de Supermercados (Acaps), Sindicato da
Indústria de Panificação do Estado (Sindipães), Sindicatos dos Restaurantes, Bares
e Similares do Estado (Sindbares) e Sindicato de Hotéis e Meios de Hospedagens do
Estado (Sindihotéis). Estarão presentes representantes do governo estadual, da
secretaria de agricultura, da Assembleia Legislativa, prefeitos da região de
montanhas e produtores de cafés de qualidade.
O programa foi criado pela Abic em 2004 para ampliar continuamente o consumo do
café, através da oferta de cafés diversificados e garantindo boas práticas nos
processos de fabricação.
Uma das finalidades do PQC é informar a qualidade do café que está sendo vendido,
além de permitir que o consumidor identifique o tipo de grão utilizado por cada
marca, e com isso escolher o sabor que mais agrada. "Para as indústrias, é muito
importante a participação neste programa porque as fábricas que atenderem suas
especificações estarão automaticamente enquadradas nas novas resoluções
estabelecidas pelo Mapa", disse Egídio Malanquini.
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
31/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
A classificação no PQC é obtida através de auditorias nas instalações, que consiste
na avaliação de itens como infraestrutura, processos de compra, armazenamento e
blendagem, e análises químicas e de degustação.
A análise química identifica sete características do produto: bebida (rio, dura ou
mole), sabor (suave ou intenso), corpo (leve ou encorpado), aroma (suave ou
intenso), tipo de café (arábica ou conilon), moagem e torrefação. Dependendo do
desempenho obtido nos testes, o café pode ser classificado em quatro categorias:
não recomendável para o consumo, tradicional, superior e gourmet.
http://www.eshoje.com.br/portal/leituranoticia,inoticia,923,mapa+quer+estabelecer+qualidade+minima+para+o+cafe.aspx
Carne
G1
Festas do búfalo e da ovelha reúnem milhares no RS e SC
Em Campo Alegre (SC), criadores divulgam carne da ovelha.
Demanda de carne de búfalo foi comemorada em Passo do Sobrado (RS).
Para celebrar a demanda pela produção e divulgar a carne dos animais que criam,
moradores das cidades de Campo Alegre (SC) e Passo do Sobrado (RS) organizam,
tradicionalmente, festas em suas regiões.
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
32/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
Campo Alegre tem 60 criadores de ovelhas e 6 mil animais. É um investimento tão
importante na região, que carneiros e ovelhas se tornaram estrelas da festa realizada
há 12 anos, com direito à exibição da criação.
Há 23 anos, o criador Heitor de Almeida descobriu a vocação agropecuária da
cidade, no nordeste de Santa Catarina. Ele começou com dez animais. Hoje, são
180 e com uma qualidade que ele garante ser de causar inveja.
Em três dias de festa, que terminou no domingo (21), o município de 11 mil
habitantes recebeu cerca de 60 mil visitantes. Quase 400 animais foram abatidos e
não restou quase nada dos 5 mil quilos de carne da maior barraca da festa. Foram
consumidas, no total, 7,5 toneladas.
“É usado só sal grosso na carne para que fique com o gosto característico da
ovelha”, diz Wolfra Bahs, criador e churrasqueiro.
Festa do búfalo
Em Passo do Sobrado, os criadores de búfalo comemoraram o bom momento do
setor. Com o aumento da demanda, eles se organizam para expandir a atividade.
O animal de origem asiática é dócil e atrai facilmente a atenção de adultos e
crianças.
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
33/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
A festa, que também terminou no domingo, é uma forma de divulgar a criação do
animal, que cresce como alternativa de renda na pecuária gaúcha. Em todo o
estado, são 250 criadores responsáveis por cerca de 70 mil cabeças.
O desafio para os criadores de búfalo do Rio Grande do Sul é encontrar formas de
expandir o mercado. A procura já existe. São Paulo e Rio de Janeiro demonstraram
interesse na carne gaúcha, mas o rebanho, por enquanto, é insuficiente para atender
à demanda.
http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1539326-5598,00FESTAS+DO+BUFALO+E+DA+OVELHA+REUNEM+MILHARES+NO+RS+E+SC.html
Tribuna do Interior
Livre de aftosa sem vacinação, PR deverá garantir novos mercados
O Paraná pode ser considerado oficialmente área livre de febre aftosa sem
vacinação. O reconhecimento foi feito pelo Ministério da Agricultura e Pecuária,
durante seminário da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), em
Curitiba. O anúncio foi do secretário nacional de Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz.
Com o status o estado deve suspender, ainda este ano as campanhas de vacinação
contra a doença. O Presidente da Federação, Ágide Meneguetti, afirmou que este é
um dia histórico para a pecuária. “Começamos agora um processo para manter o
Estado livre de aftosa sem vacinação. Isso significa a abertura de novas fronteiras no
mercado internacional, mas significa também maior responsabilidade”, afirma.
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
34/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
A ampliação dos mercados internacionais consumidores da carne
paranaense também foi discutida por Antonio Jorge Camadeli, representante da JBS
Carne Bovina. Camadeli também criticou a política adotada pelo Itamaraty. “O Brasil
está presente em apenas 60% dos mercados potenciais. Isso é um pouco por
timidez diplomática, um próprio viés do Itamaraty que não luta mais pelos
pecuaristas. Agora este status de área livre de aftosa que o Paraná está
conseguindo é uma condição importante que vai seguramente garantir o acesso a
estes mercados ainda fechados para o Estado”, explica.
Até o momento, o único estado que conseguiu aprovação, inclusive
internacional, foi Santa Catarina. Durante o evento, o estado foi usado para
exemplificar as vantagens que podem ser obtidas com a conquista. “Antes, Santa
Catarina vendia para 23 países, hoje são 34. Mas lá, eles não tem tradição
exportadora de carne como o Paraná. Apesar disso, o preço médio do corte
aumentou. Imagine aqui, que temos toda a estrutura como isso pode ser ainda
maior”, exemplifica Camadeli. Outra vantagem que o representante da JBS elencou
é que com a ampliação dos mercados, é resolvida uma equação de desperdícios.
Segundo ele, aqui no país são consumidos três cortes traseiros para cada dianteiro.
Com isso, sobra acarretando em perdas. “A ampliação dos mercados pode
solucionar esse problema. Muitos países que ainda estão fechados para a carne
paranaense consomem justamente estes cortes, além de que remunera mais. É a
conquista de um nicho importante de mercado”, completa.
Mercado Suíno
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
35/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
Elias Idequi, diretor da Frimesa falou sobre a situação do mercado do suíno.
O Paraná participa com apenas 1,5% das vendais globais da carne. Idequi mostrou
durante o evento que o potencial do estado pode chegar a 14,5% desse mercado.
“Ainda podemos crescer muito mais. Entre as principais barreiras, a primeira é a
Sanitária. Dentro da questão sanitária, a que mais preocupa é a febre aftosa, daí a
importância deste status”, relata. O diretor ainda brincou lembrando que a carne
suína ainda sofre grandes preconceitos injustificados. “Isso que faço agora é um
desabafo do suíno. A febre aftosa que prejudica nossas vendas vem do boi. A gripe
suína, não tem nada de suína foi só um apelido que inventaram. A própria mídia suja
a imagem dizendo que faz mal a saúde. As economias quebradas são chamadas de
PIG’s [porcos]. Acreditem, ainda sim, é a mais produzida e consumida no mundo.
Nos ajudem a atingir esse status de livre de aftosa. Com isso inauguraremos nova
fase para a cadeia. O importante são as atitudes de cada agente para elevar a
economia”, finaliza.
O papel dos agentes da cadeia foi lembrado pelo presidente da Faep durante
a abertura do seminário. “Responsabilidade não é apenas do Governo, tanto federal,
estadual como municipal. Ele deve manter e aprimorar um sistema de defesa
sanitária eficiente e que tenha credibilidade internacional para que os produtos
possam alcançar status de alimentos seguros em qualquer parte do mundo. Porém a
responsabilidade também é do setor privado, sem cuja participação ativa os
procedimentos de manutenção da sanidade acabam sendo ineficientes e podendo
chegar a desastres”, explica Meneguetti.
Conselhos de Sanidade Agropecuária
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
36/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
Segundo ele, duas medidas aprendidas com o mercado mundial foram
decisivas para que o Paraná fosse reconhecido como livre de aftosa e, agora, possa
pleitear o status de livre sem vacinação. “A criação de um fundo de defesa
agropecuária. Este fundo deu a garantia ao produtor de que, em caso de surto de
aftosa, os proprietários de animais sacrificados seriam indenizados. A ocorrência do
surto de 2005 mostrou como o Fundo de Defesa é importante para que as decisões
sejam tomadas com confiança pelo mercado. A mais importante foi a criação dos
Conselhos Municipais e Intermunicipais de Sanidade Agropecuária – os CSA’s,
reunindo a iniciativa privada ao Governo nas ações de conscientização e defesa”,
diz.
A ampliação dos conselhos também foi lembrada por Silmar Bürer, diretor da
Secretaria de Estado da Agricultura, como uma das medidas adotadas para o
controle da aftosa sem vacinação. “O MAPA faz várias exigências e todas foram
tomadas. Ausência de focos e circulação viral por dois anos. Um sistema de
vigilância adequado. A melhoria do serviço veterinário oficial e a ampliação dos
conselhos sanitários”, elenca Bürer. Recentemente foi empossada a diretoria do
Conselho de Sanidade Agropecuária de Campo Mourão. A presidência ficou com
Jaciane Beal Klank e o diretor executivo é Getúlio Ferrari Júnior. Assim como a
cidade, todos os municípios da região estão formando os conselhos.
Apesar das medidas de segurança não foi descartada a possibilidade de
algum foco. “Não existe risco zero, nem nunca vai existir. Agora o que vai fazer a
diferença, o que sempre faz a diferença é o pronto atendimento. Nós temos um plano
de ação preparado para o surgimento de algum problema. Inclusive com um fundo
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
37/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
de 28 milhões para indenizações e 8 milhões para o repasse a pecuaristas. A
notificação é imediata, estamos preparados.
A medida terá impacto a partir do segundo semestre, quando o estado
substituirá as campanhas de vacinação contra aftosa com um eficiente serviço de
vigilância. Também haverá restrições para o trânsito e importações de animais
oriundos de outros estados que também são áreas livres de febre aftosa, mas que
ainda tenha vacinação.
Ocorrência
O último registro da doença no estado aconteceu em 2005, depois de
confirmados casos em animais de fazendas do Mato Grosso do Sul, vizinhas ao
Paraguai e separadas do Paraná pelo Rio Paraná. Meneguetti lembrou que este
interesse é mais do que um simples interesse econômico. “Tem interesse social
pelos milhares de empregos que são comprometidos sempre que algo de ruim
acontece. Lembre-se do que aconteceu conosco há alguns anos. As portas do
mercado se fecharam. Os preços de bois e suínos despencaram.
Os municípios que dependiam substancialmente da renda da pecuária,
tiveram problemas. Não apenas os pecuaristas, suinocultores, leiteiros tiveram
prejuízos. Os prejuízos alcançaram as indústrias, o comércio, os trabalhadores, a
própria arrecadação dos tributos. Não foi apenas o setor que perdeu. Todos
perdemos”, afirma o presidente da Faep. Segundo ele agora, há uma oportunidade
para que todos ganhem. Obter o status de área livre de febre aftosa sem vacinação
significa um salto na posição no mercado. O secretário de Agricultura do Estado do
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
38/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
Paraná, Valter Bianchini comentou que o MAPA conhece os procedimentos adotados
pelo estado e confia no sucesso da empreitada. “Acreditamos no sucesso da decisão
e vamos aumentar as exportações, com toda a certeza. A vacinação será substituída
por um sistema de vigilância e controle de trânsito de animais”, completa.
Estratégia
Há um ano, a secretaria mudou a estratégia da vacinação, reduzindo as
doses de duas para uma em animais com mais de 24 meses de idade. A vacinação
ainda acontecerá no mês de maio. O próximo passo é buscar o reconhecimento da
Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
http://www.tribunadointerior.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1977:
livre-de-aftosa-sem-vacinacao-pr-devera-garantir-novosmercados&catid=46:agropecuaria&Itemid=60
Floricultura
EPTV
Girassol ganha espaço na rotação de culturas
O grande diferencial é que toda a planta pode ser aproveitada. A semente
escura produz até 42% de óleo e tem outros benefícios
A cada ano a flor oferece mais vantagens para quem produz. No Instituto
Agronômico de Campinas pesquisadores trabalham numa variedade chamada
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
39/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
Iarama. "É a principal qualidade dela é ter um ciclo bastante curto de cerca de 90
dias, ela se insere justamente depois da cultura principal no período de cultivo de
verão, depois da colheita da cultura principal você pode instalar o girassol que vai
haver tempo suficiente para que a cultura se desenvolva bem", explica o pesquisador
cientifico Amadeo Regitano Neto
Alem da vantagem de uma produção rápida, essa variedade de girassol tem o preço
bastante acessível e o produtor pode usar as sementes em até dois ciclos desde que
faça a armazenamento correto, mas o grande diferencial é que toda planta pode ser
diferenciada.
A pesquisadora Lília Del Aguila diz que poucas plantas têm tantos benefícios como o
girassol. Uma das vantagens é a raiz que alcança até 2 metros de profundidade na
terra. "Ela consegue chegar lá no fundo e como se fosse um transporte ela traz
esses nutrientes pra superfície deixando eles disponíveis para a própria cultura e
para as culturas seguintes. Além disso, é uma cultura que pode ser utilizado as suas
hastes para a indústria de forro acústico", explica Lília.
Amadeo explica que o plantio é simples. "É um plantio convencional, em grandes
áreas a recomendação é que se faça de forma mecanizada. A população ideal
estaria entre 35 mil a 42 mil plantas, por hectare", afirma Amadeo.
Mas alguns cuidados dever ser tomados para evitar as perdas. A pesquisadora
Tammy Kiil lembra que como os girassóis ainda não são produzidos em grande
escala no Brasil quase não existem defensivos regularizados. Além disso, áreas com
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
40/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
muitas aves podem se tornar alvos de ataques. "Os pássaros, principalmente no
estado de São Paulo e as maritacas tem atacado praticamente todo o campo de
produção, se o campo é um campo pequeno, então o produtor tem que tomar
cuidado na hora de escolher a área e se tiver a ocorrência de pássaros nas
redondezas dificilmente ele vai conseguir controlá-los", explica Tammy.
Apesar desses riscos quem decide plantar tem um bom mercado para venda. A
semente escura produz até 42% de óleo e tem outros benefícios. Hoje o óleo de
girassol é o segundo mais consumido no país e o que é produzido não da conta do
mercado. Além disso, o biodiesel disponta como uma das produções mais viáveis em
todo o território nacional.
"Mesmo no biodiesel é uma das plantas que mais de coloca como a ideal, uma vez
que na produção de óleo, você tem a geração de muitos subprodutos os que são
chamados resíduos. É uma fonte de proteína que não é tóxica, pode ser consumido
por animais e utilizado na indústria, e nós importamos ainda bastante óleo de
girassol, então tem mercado", conclui Lília.
http://eptv.globo.com/emissoras/emissoras_interna.aspx?292125
Gazeta do Sul
Uma paixão pelas flores que já dura 25 anos
Em 1971, o químico Akira Hirasawa deixou o Japão para vir trabalhar em uma
multinacional no Brasil. Na época, jamais imaginou que ficaria aqui em definitivo e,
mais ainda, que se tornaria um dos mais respeitados produtores de orquídeas.
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
41/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
Simpático e sorrindo sempre, Akira conta que, inicialmente, dedicou-se a colecionar
borboletas, reunindo 3,5 mil exemplares. Há 25 anos, no entanto, ao ter os primeiros
contatos com as orquídeas, por elas se apaixonou. As borboletas foram doadas a um
amigo e as plantas passaram e envolvê-lo por completo.
Morador de Sapucaia do Sul, o químico aposentado tem 1,5 milhão de mudas em
suas estufas, além centenas de plantas adultas. Para cuidar de tudo isso, conta com
oito funcionários e mais a ajuda do filho. Além de cultivar, produz sementes e faz
cruzamentos, originando novas espécies.
Para Santa Cruz, trouxe mudas e plantas adultas, dentre elas a sua preferida, uma
Roxo Bispo. “Eu a considero como uma filha. Desde a produção da semente até o
surgimento desta bela flor, foram sete anos de cuidados.” Seu colorido é raro,
lembrando as faixas usadas pelos bispos em algumas celebrações. “Ela não está à
venda por menos de R$ 3 mil”, esclareceu. Akira disse que tem orquídeas com
preços entre R$ 5,00 e R$ 10 mil. Na exposição, a planta mais rara foi uma
Bulbophylum echinolabium, originária da ilha de Bornéu. Avaliada por Akira em R$
400,00, ela não estava à venda.
http://www.gazetadosul.com.br/default.php?arquivo=_noticia.php&intIdConteudo=129389&i
ntIdEdicao=2043
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
42/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
Fruticultura
Jornal A Cidade
Circuito das Frutas oferece atividades de turismo rural em meio a
belas paisagens
Outono inicia a alta temporada das atividades turísticas na região do polo
produtor de frutas no interior paulista
O outono começa hoje e, junto com a nova estação, tem início também a alta
temporada das atividades turísticas na região conhecida como Polo Turístico do
Circuito das Frutas. Trata-se de um consórcio turístico intermunicipal que abrange as
cidades de Jundiaí e suas vizinhas, Itupeva, Louveira, Itatiba, Jarinu, Vinhedo,
Valinhos, Morumgaba e Atibaia.
Mais do que proximidade física, essas cidades possuem outras características em
comum, já que a região se destaca como um polo de fruticultura variada. "O solo de
nossa região é muito acidentado e por isso não permite o cultivo de grandes áreas
de um mesmo produto. Dessa forma, desenvolvemos aqui uma fruticultura variada
de espécies sensíveis e que demandam uma mão-de-obra cuidadosa, como a uva, o
morango, caqui, abacate, laranja, lichia, pêssego, ameixa e abacate. O clima, a
qualidade do solo e as técnicas de plantio resultam, então, em frutas bonitas e de
boa qualidade, tanto que estão entre os nossos principais atrativos turísticos",
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
43/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
explica Rene Tomasetto, diretor de turismo de Jundiaí e secretário executivo do Polo
do Circuito das Frutas.
Riquezas Naturais
Segundo o diretor, a riqueza de recursos naturais, associada ao clima agradável,
potencializaram o desenvolvimento de atividades de turismo rural, que incluem
passeios às propriedades rurais, em que os turistas podem colher frutas diretamente
no pé, além de observarem o processo de manejo dos frutos, desde a colheita ao
processamento. Em Jundiaí, algumas fazendas oferecem hospedagem para
pequenos grupos e opções de lazer como trilhas, passeios a cavalo, lagos para
pesca esportiva e passeios em caiaque.
Nas adegas, os turistas podem conferir a produção artesanal de vinhos e também de
vinagre e outros produtos como salames, linguiças, licores e doces caseiros. Clima
ameno e excelente qualidade do ar são alguns dos destaques de Morumgaba. Lá, os
visitantes podem passar o dia em pousadas localizadas em regiões mais altas da
cidade, onde podem aproveitar a vista para a mata nativa e as pequenas plantações
de frutas e também relaxar com os tratamentos estéticos e massagens oferecidos.
A produção de mel é outro atrativo de Itupeva. Os apiários da cidade abrem suas
portas para mostrar aos visitantes as técnicas utilizadas na criação de abelhas e
oferecer informações sobre o mel e outros produtos como o própolis, a geleia real e
cosméticos feitos à base do produto.
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
44/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
Leia a reportagem completa com as atrações das cidades que fazem parte do
Circuito das Frutas na edição deste domingo do A Cidade.
http://www.jornalacidade.com.br/editorias/caderno-c/2010/03/20/circuito-das-frutas-ofereceatividades-de-turismo-rural-em-meio-a-belas-paisagens.html
Leite e Derivados
Agrosoft
Epamig lança a campanha "Sim ao Leite, Uai" no congresso da
Fepale
A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) participa do 11º Congresso
Pan-Americano do Leite, que será realizado nos dias 22 a 25 de março, no
Minascentro, em Belo Horizonte. Parceira da Federação Pan-Americana do Leite
(Fepale), organizadora do evento, a Epamig vai apresentar a campanha Sim ao Leite,
uai, uma versão mineira da campanha desenvolvida pela Fepale.
A campanha visa conscientizar a sociedade sobre a importância do leite para a
saúde. "A grande diversidade de produtos lácteos fabricados nas diferentes partes
do mundo constitui uma base alimentícia que, em função de seu amplo consumo e
versatilidade, está sendo aplicada para incorporar e fornecer a todos os nichos da
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
45/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
população novos ingredientes funcionais", afirma a pesquisadora da Epamig, Danielle
Chelini. Profissionais de nutrição recomendam o consumo de três porções diárias de
leite ou derivados como parte de uma dieta equilibrada.
A campanha terá uma primeira etapa desenvolvida nos meses de abril, maio e junho
em escolas de Belo Horizonte e Juiz de Fora com público-alvo formado por crianças
com 7 e 8 anos, idade em que elas começam a escolher a dieta.
"Pensamos na conscientização das crianças acerca dos benefícios do leite como
parte de sua dieta desde a infância, tema que será trabalhado em encontros e com
distribuição de materiais de divulgação específicos ou personalizados, como
cartilhas, quebra-cabeça, calendário, brindes, distribuição de produtos lácteos, para
facilitar o reconhecimento destes pelas crianças e valorização das indústrias locais",
diz Danielle. A participação das instituições de ensino está sendo negociada, pois
necessita de autorização dos pais ou responsáveis.
"Faremos um diagnóstico antes e outro depois e apresentaremos os resultados no
27º Congresso Nacional de Laticínios (CNL). Além disso, o workshop que vamos realizar
dentro do nosso congresso, com participação de nutricionistas, visará agregar o leite
como item na merenda escolar de Juiz de Fora. O objetivo é estimular políticas
públicas que viabilizem esse consumo", conclui a pesquisadora. Os resultados da
campanha serão divulgados durante o congresso, que a Epamig realiza nos dias 12 a
15 de julho, em Juiz de Fora.
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
46/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
TRABALHOS
O Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT) também vai participar do 11º Congresso
Pan-Americano do Leite com a presentação de cinco trabalhos. Os estudos serão
expostos em formato de pôster durante o evento.
A pesquisadora Denise Sobral vai apresentar o projeto Avaliação da capacidade de
derretimento e aceitação sensorial de requeijões culinários análogos; a pesquisadora
Vanessa Aglaê Martins Teodoro, o tema Efeito da adição de nisina sobre a
maturação de queijo Minas artesanal do Serro - MG, Brasil; e o pesquisador Júnio
César Jacinto de Paula, três trabalhos: Avaliação da atividade antioxidante de uma
bebida láctea acidificada enriquecida com luteína, Otimização do processo de salga
do queijo mussarela e Efeito de resíduos de leite no método de adenosina tri-fosfato
– bioluminescência utilizado para avaliação de procedimentos de higienização em
laticínios, este em co-autoria com o pesquisador da Epamig Zona da Mata, Adbeel de
Lima Santos.
FONTE
Agência Minas
http://www.agrosoft.org.br/agropag/213718.htm
Globo Rural
Leite instável não-ácido
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
47/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
Esta reportagem especial mostra um problema presente em muitas propriedades
leiteiras. É que o produto fica com aparência de ácido no teste do álcool, quando na
verdade está saudável.
Todos os dias, em todo canto do país, uma cena se repete: milhares de produtores
de leite recebem em suas propriedades o caminhão que vem buscar o produto.
Por determinação da lei, a coleta depende do resultado de um teste: o teste do
álcool. Se o leite talhar será considerado ácido, azedo, e não poderá ser carregado.
O leite só fica ácido depois que sai da vaca. Geralmente, por causa da falta de
higiene na hora da ordenha ou até por falhas no sistema de resfriamento. Sujeira e
calor, por exemplo, aumentam a quantidade de bactérias no leite e são elas que
deixam o produto "ácido".
A veterinária e produtora de leite Clarice Fernandes já teve seu leite recusado mais
de uma vez por dar positivo no teste do álcool. Ela cuida de um rebanho de 112
cabeças da raça Jersey, no município de Cerrito, no sul do Rio Grande do Sul.
Com 42 vacas em lactação produz em média 500 litros de leite por dia. Sempre
muito cuidadosa, achou que o problema pudesse ter sido causado por falta de
energia ou falhas no resfriador. "A perda é grande. Em um resfriador a granel não
tem como perder uma parte do leite e outra não. A gente perde um tanque de 500
litros, perde um tanque de mil litros, de uma vez só", afirma.
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
48/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
O problema é que o teste do álcool pode dar um falso-positivo para acidez.
Pesquisas recentes revelam que em determinadas circunstâncias, o leite não está
ácido e mesmo assim reage, coagula no álcool e isso já tem nome: "leite instável não
ácido", também chamado "lina".
Para entender o que é isso visitamos a sede da Embrapa Clima Temperado, que fica
no município gaúcho de Pelotas, pertinho de Cerrito e a 250 quilômetros de Porto
Alegre.
Maira Zanela é veterinária, hoje professora da Universidade Federal do Rio Grande
do Sul. Foi ela quem começou a pesquisar o tema em 2002, por sugestão da
veterinária Maria Edi Ribeiro, pesquisadora da Embrapa. "No primeiro mês nós
levamos um susto, no primeiro mês de análise, nós avaliamos mil amostras de
produtores e deu 75% positivo para 'lina'".
Depois disso já foram analisadas outras 22 mil amostras em três regiões do Rio
Grande do Sul. 46% delas deram positivo para 'lina'. "A partir daí, se viu que o
problema realmente era sério e até hoje estamos tentando elucidar os fatores que
contribuem para o aparecimento do 'lina'", explica a pesquisadora da Embrapa.
Para entender como isso acontece nós trouxemos para o laboratório três amostras
de leite: uma com leite instável não ácido, uma com leite ácido e uma com leite
normal. Vamos submeter as três amostras ao mesmo teste do álcool.
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
49/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
Primeiro o leite normal, que em contato com o álcool, permanece estável. "Você vê
que o leite normal, ele não fica com grumos", explica Maira Zanela. Agora, a Doutora
Maira repete o teste com a amostra de leite ácido. "Eles chamam isso de cortar.
Cortou o leite no teste do álcool. Na realidade é uma reação positiva ou de
precipitação", esclarece.
Agora sim, o 'lina'. "Dois mililitros de leite e vamos usar então dois mililitros de álcool.
Então você tem a reação de precipitação. Então você tem um leite 'lina' e um leite
ácido. Eles são muito parecidos. Na realidade, com esse teste, o do álcool, você não
consegue diferenciar o 'lina' do ácido. Os dois dão positivo”.
Aí é que aparece o prejuízo para o criador. O 'lina' na verdade é um leite saudável,
que poderia ser aproveitado.
Com este resultado tão semelhante, como é que o produtor faz para saber se o leite
dele está instável-não ácido, ou se está ácido?
"Na propriedade rural, o mais fácil, é o produtor ferver uma pequena amostra de
leite, e o leite ácido, toda dona de casa sabe, o leite ácido, na hora que você ferve,
ele talha, ele não levanta fervura".
Já o 'Lina' não talha quando fervido, mas só testes feitos em laboratórios
especializados podem garantir um resultado mais preciso.
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
50/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
Depois de sete anos de pesquisa já foi possível chegar a algumas conclusões. Já se
sabe, por exemplo, que problemas ligados a nutrição das vacas são a principal
causa do leite instável-não ácido.
Quem coordena essa parte da pesquisa é a agrônoma da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul, Vivan Fischer, especialista em nutrição bovina. "A gente verificou
que o pico de ocorrência correspondia a períodos de carência alimentar e isso
motivou nossos estudos controlados com condições experimentais com animais. O
que a gente notava, é que a maioria dos animais, que era submetido então a uma
restrição da quantidade, ou a um desbalanceamento, manifestava 'lina' em menos de
uma semana. Rápido".
Comida de menos ou desbalanceada é a principal causa constatada do 'lina', mas
não a única: a genética dos animais influi. Além disso, vacas que ficam muito tempo
em lactação, mais de dez meses, também podem apresentar o problema.
Ana Cristina Krolow, farmacêutica bioquímica, testa na verdade o potencial do 'lina'
na fabricação de derivados. "Nós já trabalhamos com iogurte, com queijo minas
frescal, o queijo minas padrão e estamos testando também o queijo mussarela.
Fizemos um experimento com queijo mussarela, mas ainda é pouco para termos o
resultado final", afirma.
No caso do iogurte e do queijo minas padrão não se observou diferenças
consideráveis. Já o queijo minas frescal, feito com 'lina', rende um pouco menos do
que o produzido com leite normal, também é mais macio e branquinho. "Isso
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
51/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
acontece provavelmente pela diferença no teor de gordura. O 'lina' tem um pouco
menos de gordura, e na realidade acaba sendo saudável. É um queijinho light".
O quebradinho é o 'lina', que é um pouco mais molinho mesmo, na hora de partir a
gente percebe. O outro é com leite normal. A diferença é na textura e só. Um é mais
molinho e o outro mais rígido um pouquinho, mas o sabor é idêntico, não há
diferença.
Levando em conta que o 'lina' é um leite bom, aproveitável, mas que a indústria teria
algum tipo de prejuízo com ele, muitos pesquisadores defendem uma remuneração
menor. Pelo menos, ele não seria jogado fora e ver este leite ter algum tipo de
aproveitamento é o que espera também a veterinária e produtora Clarice Fernandes,
do começo da reportagem. Enquanto isso, o desperdício e os prejuízos causados
pelo 'lina' entristecem.
"Quando a gente tira o leite ele é resultado de um trabalho que começa muitos
meses antes. O leite ele nos dá um lucro muito pequeno por unidade, o lucro por litro
é muito pequeno, então qualquer volume de leite desperdiçado é um prejuízo muito
grande".
Ainda há muitas questões em aberto sobre o leite instável não-ácido. As instituições
de pesquisa, os laticínios e os produtores ainda vão ter muito trabalho resolver este
problema
.http://globoruraltv.globo.com/GRural/0,27062,LTO0-4370-340100-1,00.html
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
52/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
Milk Point
MAPA: análises de leite aumentam 128% frente a 2008
As análises da qualidade do leite brasileiro aumentaram 128% em 2009, com 2.934
amostras, contra 1.287 registradas em 2008, e desse total, 28 apresentaram
indicativos de fraudes. "Os estabelecimentos com irregularidades foram submetidos
ao Regime Especial de Fiscalização, que levou à suspensão da venda dos produtos
até que adotem medidas corretivas", explica o diretor do Departamento de Inspeção
de Produtos de Origem Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária, Nelmon
Costa. Além disso, o Serviço de Inspeção Federal deve constatar três resultados
oficiais de análises dentro dos padrões.
Esse controle é feito pelas próprias empresas registradas nos serviços de Inspeção
Federal (SIF), Estadual (SIE) ou Municipal (SIM), que fiscalizam a qualidade da
matéria-prima e a inocuidade do produto. Cabe ao Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (Mapa) verificar o cumprimento das normas das indústrias
registradas. Os produtos ofertados no comércio devem conter todas as informações
no rótulo, para esclarecer o consumidor sobre a composição, procedência, tipo,
qualidade, quantidade, validade, rendimento ou forma de uso do produto de origem
animal.
O Mapa também faz reinspeção em produtos importados. No ano passado, foram
1.060 análises para garantir ao consumidor brasileiro a qualidade do produto que
vem do exterior. "Essa ação é importante para que os alimentos importados tenham
livre comércio no País, após serem considerados aptos pelos fiscais federais
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
53/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
agropecuários, em análises físico-químicas e microbiológicas", informa o diretor do
Ministério da Agricultura.
Programa Nacional de Combate à Fraude no Leite
Desde 2003, o Programa Nacional de Combate à Fraude no Leite (PCFL), do
Ministério da Agricultura, coleta amostras de leite UHT, pasteurizado ou em pó para
análises e verifica possíveis fraudes na indústria, sob supervisão do Serviço de
Inspeção Federal.
Centro Integrado do Monitoramento da Qualidade do Leite
Em junho de 2008, ação conjunta dos ministérios da Agricultura e da Justiça e da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) resultou na criação doCentro
Integrado do Monitoramento da Qualidade do Leite (CQuali-Leite). Seu objetivo é
direcionar ações específicas de cada órgão na fiscalização e fortalecimento de
medidas preventivas e combate à fraude, para garantir a segurança alimentar.
As informações são do MAPA, resumidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.
http://www.milkpoint.com.br/?noticiaID=61410&actA=7&areaID=50&secaoID=165
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
54/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
Plantas Medicinais
Sport Life
Folhas de mamão podem ajudar no combate ao câncer
Pesquisadores dizem que o extrato do vegetal aumenta a produção de
moléculas que regulam o sistema imunológico
Um extrato de folhas de mamão pode ter um efeito anticâncer, segundo cientistas
americanos e japoneses da Universidade da Flórida, nos EUA. Em testes em
laboratório, os pesquisadores descobriram que um tipo de chá feito com folha secas
de papaia poderia combater tumores desenvolvidos no próprio laboratório, incluindo
os cânceres de útero, mama, fígado, pulmão e pâncreas.
Publicados na última edição do Journal of Ethnopharmacology, os resultados
indicaram que o extrato aumenta a produção de moléculas-chave de sinalização citocinas tipo Th1-, que regulam o sistema imunológico e reduz a velocidade de
crescimento de tumores. E as análises mostraram que, além de seu efeito
anticâncer, a folha de mamão poderia ser usada como um anti-inflamatório.
“Baseado no que tenho visto e ouvido em ambiente clínico, ninguém que toma este
extrato experimenta toxidade demonstrável; parece que você poderia tomá-lo em
longo prazo - contanto que ela seja eficaz”, destacou o pesquisador Nam Dang.
Os pesquisadores estão, agora, patenteando um processo de destilar o extrato de
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
55/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
papaia - que já é usado há anos por nativos do Vietnã, do México e da Austrália.
Porém mais estudos são necessários antes de se recomendar o uso medicinal da
planta.
Fernando Fischer
http://sportlife.terra.com.br/index.asp?codc=1273
Vitivinicultura
Zero Hora
Produção de uvas tem queda de 5% no RS em 2009
No ano passado, área plantada cresceu 1,2% e a área colhida, 2,29%, no Estado
A produção de uvas no Rio Grande do Sul, principal estado produtor de uvas e
vinhos do país, registrou queda de 5% em 2009, segundo dados divulgados nesta
sexta-feira pelo Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho)
Mesmo com a redução, o Estado lidera a produção de uvas no Brasil, com 737 mil
toneladas. Na sequência, aparece São Paulo (177,9 mil/ton), Pernambuco (158,5
mil/ton), Paraná (102 mil/ton), Bahia (90,5 mil/ton), Santa Catarina (67,5 mil/ton) e
Minas Gerais (11,7 mil/ton).
No Brasil, a produção de uvas somou 1,34 milhão de toneladas em 2009 – 4% a
menos do que em 2008, de 1,4 milhão/ton. A queda interrompe a tendência de
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
56/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
crescimento verificada desde 2006, aponta a pesquisadora da Embrapa Uva e Vinho,
Loiva Maria Ribeiro de Mello, tendo por base dados coletados no IBGE e no Ibravin
(Instituto Brasileiro do Vinho).
Segundo ela, no ano passado, a crise mundial se refletiu na produção de uvas de
mesa e alguns produtores abandonaram parte dos vinhedos. Em 2006, a produção
de uva no Brasil foi de 1,22 milhão/ton e em 2007, de 1,35 milhão/ton.
A pesquisadora aponta que, em 2009, praticamente a metade da uva produzida no
Brasil (678 mil/ton) foi destinada ao processamento para elaboração de vinhos, suco
de uva e derivados, sendo o restante (667,5 mil/ton) destinado ao mercado de uva in
natura.
O país plantou 82,58 mil hectares de uvas em 2009, ante 83,5 mil/ha em 2008, e
colheu em uma área de 79 mil hectares, frente a 79,3 mil/ha. A área plantada e
colhida de uvas diminuíram, respectivamente, 1,15% e 0,41%, em janeiro de 2010.
O Rio Grande do Sul por outro lado apresentou aumento de 1,2% na área plantada
com videiras e a área colhida cresceu 2,29%. O Estado tem a maior área plantada
do Brasil, com 50,4 mil hectares.
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&section=Economia&ne
wsID=a2843295.xml
Sebrae Nacional
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
57/58
Clipping Sebrae UAGRO 22 de Março de 2010
INDICADORES
Bovespa
+0,17%
68,945
22/03
14h17
Nasdaq
+0,88%
2395,53
22/03
14h16
Ouro 250 g BMF
-0,44%
67,500
19/03
16h11
CAC&FR
+0,06%
3928
22/03
13h45
DAX
+0,08%
5987,5
22/03
14h07
Dólar comercial
+0,05%
R$ 1,8000
22/03
14h26
Euro
+0,54%
R$ 2,44564
22/03
14h17
Poupança
0,50000%
DÓLAR | FUNDOS | FOLHAINVEST
Sebrae Nacional
22/03
FonteFolha de S. Paulo, CMA
Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios
58/58