Jornal Nippak - Abrac Brasil
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ANO 19 – Nº 2560 – SÃO PAULO, 04 A 10 DE FEVEREIRO DE 2016 – R$ 3,50 www.nippak.com.br BRASIL-JAPÃO Olimpíadas e Japan House devem fortalecer relações bilaterais em 2016 Passadas as comemorações pelos 120 Anos do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação Brasil-Japão, 2016 reserva para a comunidade nipo-brasileira, pelo menos do ponto de vista do governo japonês, dois grandes eventos para fortalecer ainda mais as relações bilaterais: Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro e o projeto Japan House. Para o governo japonês, os Jogos Rio 2016 tem um significado especial porque a maior competição esportiva do planeta representa a passagem de bastão para Tóquio, sede dos Jogos em 2020. Durante discurso proferido na sétima edição do FIB – Fórum de Integração Bunkyo – realizado nos dias 21 e 22 de novembro do ano passado nas dependências do Bunkyo – Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social –, o cônsul geral do Japão em São Paulo, Takahiro Nakamae, disse esperar que a transição “ocorra de maneira a ostentar os laços dos dois povos para o público mundial, e lá acho que a comunidade nipo-brasileira merece destaque de honra”. —————–——————–––——–––––—––––—–––| Pág. 03 ‘Pena para crimes no Brasil é muito light’, diz nikkei vítima de violência facebook/rika yamane JIRO MOCHIZUKI POSSE – Fortalecer a or- safios que esperam o novo realizada nesta segunda- São Paulo. Shodi Nomuganização e trabalhar para presidente da JCI Brasil- -feira, no Auditório Paulo ra sucederá Camila Stuck, para atrair novos membros Japão, Shodi Nomura, que Kobayashi da Assembleia primeira não descendente a são apenas alguns dos de- tomou posse em cerimônia Legislativa do Estado de assumir a organização. ————————————–—————————–—————–————–––—––––––––––—–––——–––––—––––—–––| Pág. 04 Fernanda Takai se apresenta em São Paulo nos dias 8 e 9 dudi polonis A médica veterinária Rika atualmente em Curitiba Yamane, de 39 anos, pas- (PR), onde está radicada sou momentos de terror no desde 2002. Em entrevista último dia 29, quando foi ao Jornal Nippak, na últiassaltada e violentamente ma terça-feira (2), ela disse agredida na Praia do Fu- que estava em Fortaleza turo, em Fortaleza (CE). desde o dia 27 para partiNatural de Quioto, no Ja- cipar de um aniversário e pão, Rika Yamane mora descansar. —————–——————–––——–––––—––––—–––| Pág. 05 Cônsul visita comunidades nikkeis do Vale do Paraíba divulgação Uma opção para quem quer fugir do ziriguidum do Carnaval é conferir o show da cantora Fernanda Takai nesta segunda (8) e terça (9), no Sesc Pinheiros, em São Paulo, onde a vocalista da banda mineira Pato Fu estará apresentando seu álbum solo mais recente, o premiado “Na Medida do Impossível”. Depois de dois álbuns inspiradores na carreira solo, “Onde Brilhem os Olhos Seus”, dedicado à Nara Leão, e “Luz Negra”, a cantora apresenta um repertório que mescla composições autorais com diferentes parceiros a regravações inusitadas, com canções de autores que vão de Padre Zezinho a George Michael. ————————————–—————————–—————–————–––—––––––––––—–––——–––––—––––—–––| Pág. 08 Apesar da crise, Taça Tiemi Yajima mantém número de participantes em sua 14ª edição arquivo O cônsul geral do Japão janeiro, as comunidades em São Paulo, Takahiro nipo-brasileiras das cidaNakamae, em companhia des de Caçapava, Taubaté do deputado estadual Hé- e Jacareí, na Região Melio Nishimoto (PSDB), vi- tropolitana do Vale do Pasitou, nos dias 23 e 24 de raíba. —————–——————–––——–––––—––––—–––| Pág. 05 A crise financeira está afetando o desenvolvimento de várias modalidades esportivas no país, principalmente aquelas que não tem para onde correr. É o caso do softbol. Fora do programa olímpico desde 2008, em Pequim, o esporte sobrevive graças ao trabalho de abnegados, como é o caso do diretor técnico comissário da Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol (CBBS), Nelson Yajima, idealizador do Torneio Início de Softbol Feminino Sub 13 (Aberto) e Festival T-Bol feminino “Taça Tiemi Yajima”. ————————————–—————————–—————–————–––—––––––––––—–––——–––––—––––—–––| Pág. 11 JORNAL NIPPAK 2 São Paulo, 04 a 10 de fevereiro de 2016 AGENDA CULTURAL CONCERTO Matinais: BANDA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO Marcos Sadao Shirakawa Regente Marcos Pedroso - Saxofone Milton Vito - Saxofone Ramiro Marques - Saxofone Ederson Marques - Saxofone Onde: Sala São Paulo (Praça Júlio Prestes 16, Estação Luz) Dia 21/02/2016 Horário: 11h Ingressos: Gratuito - Ingressos disponíveis na bilheteria da Sala São Paulo a partir da segunda-feira anterior ao concerto, limitados a quatro por pessoa. A partir de cinco ingressos, será cobrado o valor de R$2,00 (por ingresso). Informações: 11/3223-3966 Devido à grande procura recomendamos que verifique se há disponibilidade de ingressos. EXPOSIÇÃO DA BANALIDADE VOLUME 1 Artistas: Ana Elisa Egreja, Julia Kater e Cabelo Onde: Instituto Tomie Ohtake (Rua Coropés 88, Pinheiros) De 03/02 a 06/03/2016 Horário: de 3ª a domingo das 11h às 20h – Carnaval: O Instituto estará fechado nos dias 06, 07, 08 e 09/02 e dia 10/02 horário das 12h às 20h. Ingresso: Entrada Gratuita Informações: 11/2245-1900 ou www.institutotomieohtake.org.br A ARTE E A CIÊNCIA – NÓS ENTRE OS EXTREMOS Curadoria: Paulo Miyada Onde: Instituto Tomie Ohtake (Rua Coropés 88, Pinheiros) De 25/11 a 14/02/2016 Horário: de 3ª a domingo das 11h às 20h – Carnaval: O Instituto estará fechado nos dias 06, 07, 08 e 09/02 e dia 10/02 horário das 12h às 20h. Ingresso: Entrada Gratuita Informações: 11/2245-1900 ou www.institutotomieohtake.org.br Exposição Itinerante CURITIBA/PR CERÂMICA DO JAPÃO: A GERAÇÃO EMERGENTE DO FORNO TRADICIONAL JAPONÊS Onde: Museu Paranaense (Rua Kellers 289, Alto São Franscisco, Curitiba/PR) De 12/01 a 07/02/2016 Horário: De terça a sexta-feira, das 9h às 18h, sábados, domingos e feriados, das 10h às 16h Ingresso: Entrada Gratuita Informações: Consulado Geral do Japão em Curitiba e Museu Paranaense 41/33043300 CASARÃO DO CHÁ – MOGI DAS CRUZES/SP Onde: Casarão do Chá (Estrada do Chá cx 05, acesso pela Estrada do Nagao, km 3, Cocuera, Mogi das Cruzes/ SP) Visitação: Todos os domingos das 9h às 17h Durante a semana visitas monitoradas: Escolas – visitação gratuita; Grupos Turisticos – R$100,00 até 30 pessoas. Agendamentos 11/4792-2164 Ingresso: Entrada Gratuita Informações: 11/4792-2164 e www.casaraodocha.org.br EVENTO PAVILHÃO JAPONÊS – PARQUE DO IBIRAPUERA Visitação: quarta-feira, sábado, domingo e feriados Horário: das 10h às 12h e das 13h às 17h Contribuição adulto: R$10,00 Programação especial: O OLHAR JAPONÊS NO BRASIL De 21/01 a 28/02/2016 EXPOSIÇÃO DE ARTE CRAFT (CERÂMICA) Curadoria: Kenjiro Ikoma, presidente da Comissão de Arte Craft do Bunkyo EXPOSIÇÃO DE BONSAI Curadoria: Márcio Augusto de Azevedo, fundador do Bonsai Kai EXPOSIÇÃO DE IKEBANA Curadoria: Cristina Sagara, vice-presidente da Comissão de Administração do Pavilhão Japonês CONCERTO DE MÚSICA CLÁSSICA JAPONESA (aos finais de semana) Curadoria: Shen Ribeiro, presidente da Associação Brasileira de Música Clássica Japonesa AOBA MATSURI Feira de verduras frescas e comidas caseiras. Onde: Miyagui Kenjin Kai (Rua Fagundes 152, Liberdade) Dia 06/02/2016 Horário: 9h às 18h Informações: 11/3209-3265 KARAOKÊ-DANCE NIKKEY CULTURAL Pioneiro nessa atividade cujo objetivo é de proporcionar um ambiente familiar onde os freqüentadores cantam suas músicas preferidas e dançam EDITORA JORNALÍSTICA UNIÃO NIKKEI LTDA. CNPJ 02.403.960/0001-28 Rua da Glória, 332 - Liberdade CEP 01510-000 - São Paulo - SP Tel. (11) 3340-6060 Fax (11) 3341-6476 Publicidade: Tel. (11) 3340-6060 Fax (11) 3341-6476 [email protected] [email protected] JORNAL NIPPAK Diretor-Presidente: Raul Takaki Diretor Responsável: Daniel Takaki Jornalista Responsável: Takao Miyagui (MTb. 15.167) Redator Chefe: Aldo Shiguti Repórter Fotográfica: Luci J. Yizima Colaboradores: Erika Tamura, Jorge Nagao, Shigueyuki Yoshikuni, Célia Kataoka, Paulo Maeda, Cristiane Kisihara, Marcos Yamada e Jiro Mochizuki Periodicidade: semanal Assinatura semestral: R$ 80,00 [email protected] ritmos como o chá chá chá, rumba, forro, samba e country. Todos os domingos. Onde: Nikkey Cultural (Praça Almeida Jr. 86 A, Liberdade) Dia 07/02/2016 Horário: 8h às 22h (incluso: café da manhã, missoshiru, almoço às 12h30, refrigerantes, àgua, chá e café.). Informações: 11/37747456/3774-7457/3774-7443 Estacionamento: Parceria com estacionamento Samurai Park - Rua Conselheiro Furtado, 549, Liberdade. Pagamento de R$14,00 (doze reais) por período, na semana e nos domingos com seguro. PAELLA SOLIDÁRIA EM PROL DO IKOI-NO-SONO Atração musical: Norberto Show com o ilusionista Roger Hideo Onde: Nikkey Palace Hotel (Rua Galvão Bueno 425, Liberdade) Dia 14/02/2016 Horário: 12h Convites: R$110,00 (individual) Informações: 11/3209-0215 e http://ikoinosono.org.br/ wordpress/2016/01/19/paella-solidaria/ YOSHIDA BROTHERS – PAISES IRMÃOS Participações: Wadaiko Sho e Meninos do Morumbi Onde: Teatro Sérgio Cardoso (Rua Rui Barbosa 153, Bela Vista) Dias 20 e 21/02/2016 Horário: 20(21h) e 21(14h e 18h) Ingresso: R$40,00 a R$100,00 Informações: 11/3288-0136 e ingressorapido.com.br Retorno: 18/02/2016 (quinta feira) após o almoço Reservas por Telefone: Emilia 11/3751-9910 e 11/995108499, José Iritsu 11/998573845, Meily 11/3774-7456 e 11/3774-7457, Deise Inokida 11/3749-0374 e Ikuhiro Hayashu/Ayako Hayashi 11/99888-2935 CURSO CURSOS DE FÉRIAS 2016 – INSTITUTO TOMIE OHTAKE 22 a 26 fevereiro 2016 Informações e inscrições: 11/2245 1937 ou email [email protected] PRISCILA MENEGASSO Guia-sentimental de São Paulo – Memórias Periodo: 22, 24 e 26/02/2016 Horário: segunda, quarta e sexta-feira, das 14h às 17h Vagas: 20 Valor: R$80,00 DEBORAH PAIVA Maratona de pintura Período: 22 a 26 fevereiro 2016 Horário: segunda a sexta-feira, das 14h às 17h Vagas: 20 Valor: R$350,00 INAÊ COUTINHO FOTOGRAFIA CONTEMPORÂNEA: origens, práticas, teorias, intersecções Período: 22 a 26 fevereiro 2016 Horário: segunda a sexta-feira, das 18h30 às 21h30 Vagas: 30 Valor: R$350,00 ANIKE LAURITA Oficina Colagem como linguagem Período: 22 a 25 de fevereiro 2016 Horário: segunda a quinta-feira, das 14h às 17h Vagas: 30 Valor: R$80,00 CAMILA FIX E JORN KONIJN Workshop exposição de design Período: 26, 27 e 28 de fevereiro 2016 Horário: sexta-feira, das 19h às 22h; sábado das 10h às 18h – com 1 hora de intervalo - e domingo das 10h às 13h Vagas: 25 Valor: R$350,00 IKI IKI TAISÔ PARA TERCEIRA IDADE A ginástica será oferecida em duas turmas, têm vagas limitadas, nos seguintes horários: segunda-feira, das 9h30 às 11h e terça-feira, das 14h às 15h30. Dia 18/01 a 12/04/2016 As inscrições serão aceitas até preencher as vagas, e podem ser feitas na secretaria do Bunkyo: Rua São Joaquim, 381, Liberdade, próx. Estação São Joaquim do Metrô) Informações: 11/3208-1755 com Reiko Akabane. No ato da inscrição, solicita-se apresentar atestado médico. Informações e divulgação de eventos com Cristiane Kisihara [email protected] Tel. 11/3340-6060 PALESTRA PALESTRAS GRATUITAS DO CIATE FEVEREIRO/2016 – 14 às 16h 16 – Terça-feira – Aumentando a sua Qualidade de Vida 18 – Quinta-feira – Encaminhe Profissionalmente através de seus talentos. 25 – Quinta-feira – Relatos de problemas enfrentados pelos decasséguis com empreiteiros não idoneas. Onde: CIATE - Centro de Informação e Apoio ao Trabalhador Retornado do Exterior (Rua São Joaquim 381, 1º andar, Liberdade) Informações e Inscrições: 11/3207-9014 EXCURSÃO POUSADA NAULTILUS – ILHA GRANDE Ônibus super-luxo Saída: 15/02/2016 segunda-feira às 23h Passeios de escunas e pescarias durante o dia e a noite karaoke-dance apos o jantar. ASSINE Jornal Nippak (11) 3340-6060 São Paulo, 04 a 10 de fevereiro de 2016 JORNAL NIPPAK 3 COLUNA DA ERIKA TAMURA BRASIL-JAPÃO Japan House e Rio 2016 devem fortalecer relações bilaterais P assadas as comemorações dos 120 Anos do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação Brasil-Japão, 2016 reserva para a comunidade nipo-brasileira, dois grandes eventos para fortalecer ainda mais as relações bilaterais, pelo menos do ponto de vista do governo japonês: Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro e o projeto Japan House. Para o governo japonês, os Jogos Rio 2016 tem um significado especial porque a maior competição esportiva do planeta representa a passagem de bastão para Tóquio, sede dos Jogos em 2020. Durante discurso proferido na sétima edição do FIB – Fórum de Integração Bunkyo – realizado nos dias 21 e 22 de novembro do ano passado nas dependências do Bunkyo – Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social –, o cônsul geral do Japão em São Paulo, Takahiro Nakamae, disse esperar que a transição “ocorra de maneira a ostentar os laços dos dois povos para o público mundial, e lá acho que a comunidade nipo-brasileira merece destaque de honra”. Em seu discurso, o cônsul disse que “será uma ótima oportunidade para aprofundar as relações bilaterais na área esportiva também”. “Assim como aconteceu na Copa do Mundo, no ano passado, acredito que muitos atletas japoneses e turistas irão ao Rio de Janeiro passando por São Paulo. Por sua vez, São Paulo também sediará parte dos jogos, recebendo também concentrações de algumas competições”, destacou Nakamae. JIRO MOCHIZUKI Cônsul geral do Japão em São Paulo coordenou a segunda reunião para instalação do Japan House Japan House – Outro projeto que está merecendo atenção do governo japonês é a construção do centro informativo estratégico, batizado de Japan House e que cujo objetivo é “servir como uma porta de entrada para conhecer o ‘Verdadeiro Japão’ e para o fortalecimento e engajamento do Japão com o público no exterior, através das informações e recursos de várias instituições e organizações, tanto públicas como privadas, aumentando assim a compreensão dos aspectos culturais, sociais e econômicos do país”. Aprovado em julho de 2014 pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão, a ideia é oferecer diversas atividades em áreas como o ensino de línguas e de intercâmbio cultural e, ao mesmo tempo, formar conhecedores e apreciadores da cultura japonesa. As obras do Japan House, que funcionará na Av. Paulista, 52 – onde fica uma agência do Banco Bradesco – já foram iniciadas. De acordo com o cronograma, o projeto deve abrir suas portas provisoriamente em novembro deste ano, antes da inauguração definitiva, marcada para março de 2017. Em janeiro foi realizada a segunda reunião nesse sentido. Participaram, além do cônsul, a presidente do Bunkyo, Harumi Goya; a diretora administrativa executiva, Ângela Hirata; o diretor de planejamento e curador, Marcello Dantas – que criou o pavilhão do Brasil na Expo 2010 de Xangai – e a diretora de Mídia e Comunicação, Nely Caixeta, além do exdesembargador Kazuo Watanabe. Complementaridade – Ao lado de Londres e Los Angeles, a capital paulista é uma das três únicas metrópoles no mundo escolhida pelo governo japonês a receber a construção. Conforme explanação do cônsul Nakamae, o Japan House não tem a intenção de concorrer com o bairro da Liberdade, que ao longo dos anos tem contribuído com a comunidade nikkei na preservação e divulgação da cultura japonesa. “A função do Japan House deve ser de complementaridade, respeitando e preservando essa cultura tradicional já existente”. “Esse deve ser um projeto amplo e abrangente com a possibilidade de realizar grandes cooperações com a comunidade nipo-brasileira, particularmente entre os nikkeis da nova geração com sua característica extrovertida”, destacou o cônsul. (Aldo Shiguti) forças armadas Jamil Ono prestigia posse do general Riyuzo Ikeda como comandante da 11ª Região Militar O prefeito de Andradina (SP), Jamil Ono (PT) participou, no último dia 28, no Quartel General da 11ª Região Militar, em Brasília, da passagem de cargo do alto comando do Exército Brasileiro. Jamil esteve ao lado do general de brigada, Riyuzo Ikeda, que passa a ser comandante da 11ª Região Militar, cargo este que era ocupado por Fernando Mirando do Carmo. Participaram também o assessor da presidência da Sansuy S. A., Yasuyuki Hirasaki; o coronel do exército, Toru Yamauchi; e o Dr. Masato Ninomiya, professor de Jamil da primeira turma de Direito Internacional no ano de 1986 da USP (Universidade de São Paulo). Ikeda, junto com o Comandante Militar do Sudeste, João Camilo Pires e o general Cláudio Coscia Moura, foram fundamentais para a volta do novo Tiro de Guerra 02-007 do Governo de Andradina e também para a vinda da viatura blindada M-41. “O general Ikeda foi parte essencial para ter o Serviço Militar novamente na cidade. A volta do TG foi um dos compromissos do Governo de Andradina para que o município tivesse um novo centro de formação que preparasse os jovens para a vida em comunidade e também para defender o país, se necessário”, comenta o prefeito Jamil. Outro ponto que Jamil relembrou é que na abertura do Secom/Prefeitura Jamil Ono (1º à esq.) com o general de brigada, Riyuzo Ikeda, que passa a ser comandante da 11ª Região Militar, Masato Ninomiya, Yasuyuki Hirasaki e demais autoridades novo TG, o Governo de Andradina conseguiu reunir na cidade três generais do alto comando das Forças Armadas, um feito inédito em um evento não organizado pelo Exército Brasileiro. “Isto mostrou o carinho e o cuidado que o Exército teve com a nossa comunidade, incluindo Ikeda”, ressalta Jamil. O retorno do Tiro de Guerra aconteceu depois que o Governo de Andradina se responsabilizou em construir uma unidade do bairro Pereira Jordão dentro das exigências do Exército Brasileiro, local que hoje já formou 50 atiradores, e que neste ano, outros jovens serão incorporados e farão parte dessa unidade que pos- sui uma área construída de aproximadamente 300m². Reconhecimento – No local também está exposta a viatura Blindada de Combate M-41 doada pelo Exército Brasileiro, sendo um local de visitação turística. “O Governo de Andradina ofereceu toda a estrutura para a volta da unidade, o que envolveu também investimentos em asfalto novo naquela região”, explica Jamil. Pelo trabalho realizado, o prefeito Jamil recebeu a Medalha do Pacificador e Diploma de Colaborador Emérito do Exército, honrarias concedidas às personalidades que se destacaram por relevantes serviços prestados ao Exército Brasileiro. ASSINE Jornal Nippak (11) 3340-6060 A conquista da Melissa No meu artigo passado, eu disse que essa semana escreveria sobre a palestra do professor Daisuke Onuki. Peço a compreensão de todos, mas aconteceu um fato que me fez mudar de ideia, e adiar o artigo sobre a palestra. O fato que aconteceu, fez de mim a pessoa mais feliz desse mundo, e sem exageros. Vou falar sobre a conquista da minha filha, Melissa. Confesso que fiquei com receio de escrever um artigo meramente matriarcal, carregado de exageros afetuosos, mas resolvi encarar isso. Melissa é uma menina de 12 anos, até os 10 anos viveu no Japão. Estudou em escola japonesa e brasileira. Portanto é uma criança bilingue. Retornando ao Brasil, começou a estudar em escola brasileira, e não têve maiores dificuldades. Talvez uma palavra incompreendida aqui e outra ali, mas nada que comprometesse o seu rendimento. E paralelamente deu continuidade às aulas de japonês. Foi assim que no mês de dezembro, Melissa fez a prova Noryoku Shiken, ou seja, a prova de proficiência da língua japonesa. Uma prova com vários níveis de dificuldade, desde o N5, N4...até chegar ao N1, que é o mais difícil. Para se ter uma ideia do grau de dificuldade, as grandes empresas japonesas no Brasil, quando contratam os seus tradutores, exigem pelo menos o N2 de proficiência para o exercício do cargo. Melissa escolheu prestar o N1. E estudou muito para isso, no início ela falava que estava muito difícil, pois são linguagens muito técnicas com os ideogramas de uso mais formal. Totalmente compreensível esse nível de dificuldade, afinal, quem passa pelo N1, poderá ser considerado professor de língua japonesa em qualquer lugar do mundo, pois o certificado é reconhecido mundialmente. E a minha filha com uma segurança e uma auto confiança inabalável. Tanto é que eu ficava preocupada, se por acaso ela não conseguisse passar, como reagiria à uma decepção? Conversei, mas ela sempre muito segura, falou que está tudo bem, pois estava estudando para passar. E essa semana saiu o resultado, e ela passou! Eu estava dentro do trem, quando recebi a notícia, a primeira reação foi chorar, chorar muito. Eu sei o quão difícil é essa prova, e sei também os critérios rigorosos para o cumprimento do exame. E não é de hoje que a Melissa vem me ensinando coisas da vida. Esse exame é um exemplo, ela acreditou, buscou meios para chegar lá, correu atrás, se preparou e conseguiu. Orgulho é pouco para descrever o que eu sinto hoje. Mas na verdade, o que eu quero passar, e isso sim é a real intenção desse artigo, é que vale a pena criar filhos bilingues. Quando a Melissa estava no Japão, frequentava cargas horárias puxadas de estudos, ia na escola japonesa e depois ia para as aulas de português. Fácil não é. Ela mesmo não queria ir, achava desnecessário saber português. E tem o fator econômico, porque sai caro, é cansativo, é tra- balhoso, mas vale muito a pena. O próprio professor Daisuke Onuki, disse que é importante a criança saber a língua materna, pois já foi comprovado que, quando essas crianças crescem acabam perdendo a referência e podem desenvolver vários problemas, como crise de identidade e o pior que pode acontecer é a falta de comunicação dentro de casa. Aliás a saúde mental de jovens e crianças no Japão tem sido alvo de grandes estudos e eternas discussões. Isso fica ainda mais evidente dentro da comunidade brasileira no Japão. Os pais têm que pensar no futuro dos filhos, como uma geração melhor do que fomos ou somos, e parar de passar a mão na cabeça pois isso é ser conivente com uma situação que não agrega nada para os filhos. Eu tinha dó quando a minha filha voltava da escola japonesa e dormia no sofá de cansaço, mas eu a acordava e dizia para ir para a aula de português porque era importante. Se eu tivesse afrrouxado e deixasse ela dormir, não haveria evolução. Às vezes os pais agem com piedade, achando que estão protegendo os filhos, mas nem sempre, pois a vida bate mais forte, e cabe aos pais prepararem os filhos para enfrentarem a vida e os seus percalços. Agora mesmo, eu agi com dor no coração em deixar meus filhos no Brasil e vir para o Japão, mas isso fortalece mais o nosso vínculo e tornam-os mais fortes. Resiliência é isso. A base educacional tem que partir dos pais, senão a criança não evolui, se acomoda naquilo que o sistema oferece. E acho que educação é o mínimo que os pais podem fazer pelos filhos. Fui muito criticada em criar meus filhos bilingues, todos que me criticavam falavam que eu poderia estar forçando muito e que futuramente isso poderia me trazer problemas. Sinceramente não vi nenhum tipo de desvantagem até agora. Preciso dizer que participar de cada etapa evolutiva dos filhos dá uma sensação maravilhosa, é como se cada dificuldade fosse dissipada assim, neste exato momento de vitória. A conquista da Melissa é mérito dela, mas mexeu com a família toda. Meus pais estão orgulhosos e felizes com o desempenho da neta. E hoje, mais do que nunca tenho certeza que acertei nas minhas decisões como mãe. Levar a Melissa para o Brasil não foi um retrocesso como muitos acham, serviu como uma mola propulsora, onde se dá aquela recuada mas é só para pegar impulso, porque depois ela sobe, sobe e brilha. Portanto eu digo que não me arrependo de nada, e enfatizo que não quero nada para mim, estou satisfeita com tudo o que tenho, só peço saúde para ver meus filhos voarem alto. Muito alto. *Erika Tamura nasceu em Araçatuba (SP) e há 18 anos reside no Japão, onde trabalha na ONG Sabja (Serviço de Assistência aos Brasileiros no Japão). E-mail: erikasumida@ hotmail.com JORNAL NIPPAK 4 São Paulo, 04 a 10 de fevereiro de 2016 JCI BRASIL-JAPÃO Shodi Nomura toma posse como presidente e elege como desafio atrair novos membros F ortalecer a organização e trabalhar para atrair novos membros são apenas alguns dos desafios que esperam o novo presidente da JCI Brasil-Japão, Shodi Nomura, que tomou posse em cerimônia realizada nesta segunda-feira (1º de fevereiro), no Auditório Paulo Kobayashi da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Desde 2012 na organização, Shiodi Nomura sucederá Camila Mitrowic Stuck, primeira não descendente de japoneses a comandar a JCI Brasil-Japão desde que a entidade foi fundada, em 24 de junho de 1982. Na mesma solenidade, foram empossados os novos membros do Comitê Executivo (veja box nesta página). Compuseram a Mesa de Trabalho o cônsul geral do Japão em São Paulo, Takahiro Nakamae; o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Japonesa no Brasil, Toshifumi Murata; Rafael Jun Mabe, eleito presidente 2017 da JCI Brasil; a presidente do Bunkyo (Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social), Harumi Goya; o deputado federal William Woo (PV-SP) e o deputado estadual Hélio Nishimoto (PSDB), além da presidente 2015 e o recém-empossado. Também prestigiaram a cerimônia, políticos como o vereador Aurélio Nomura (PSDB) e o deputado federal Walter Ihoshi (PSD-SP) e várias lideranças da comunidade como o presidente da Associação Okinawa Kenjin do Brasil e Centro Cultural Okinawa do Brasil, Eiki Shimabukuro; o presidente da Associação Okinawa Vila Carrão, Tério Uehara; o presidente da Associação Cultural e Assistencial da Liberdade (Acal), Hirofumi Ikesaki; o presidente do Enkyo, Yoshiharu Kikuchi e o subsecretário de Empreendedorismo, Roberto Sekiya, além de ex-presidentes, membros e senadores da organização. Referência – Em suas falas, as autoridades que discursaram destacaram a importância da JCI Brasil-Japão não só para a comunidade nipo-brasileira como também para o fortalecimento das relações bilaterais. A presidente do Bunkyo lembrou que, passado mais de um século da chegada dos primeiros imigrantes de japoneses, as associações nikkeis continuam sendo uma referência na vida da comunidade nipo-brasileira. De acordo com Harumi Goya, assim como as demais associações, também o Bunkyo compartilha das mesmas angústias quando o assunto refere-se sobre o papel que desempenhará as novas gerações no futuro. “Esperamos que continuem trazendo valiosos aprendizados”, ressaltou. O presidente da CCIJB, Toshifumi Murata, revelou que em 2016 a entidade busca novas formas de contribuir fotos: jiro mochizuki COMITÊ EXECUTIVO JCI BRASIL-JAPÃO 2016 jiro mochizuki Membros do Comitê Executivo 2016 da JCI Brasil-Japão Camila Stuck cumprimenta seu sucessor, Shodi Nomura, observados por Cibele e Patrícia Autoridades participam da cerimônia da quebra da tampa do barril Murata, Nishimoto, cônsul, Camila, Shodi, William, Goya e Jun Mabe com a comunidade e propôs uma maior interação com a JCI Brasil-Japão. Já o deputado estadual Hélio Nishimoto disse que “fico tranquilo sempre que vejo entidades como a JCI BrasilJapão”. “Pois sempre temos certeza de um futuro melhor quando há envolvimento de novas lideranças”, explicou o parlamentar, que enalteceu ainda a mescla de membros mais experientes como um fator preponderante para que a empreitada tenha sucesso. William Woo destacou a “dívida pessoal” que tanto ele como o deputado Walter Ihoshi têm com a organização. “Com o apoio da JCI BrasilJapão tivemos os melhores mandatos”, afirmou Woo, acrescentando que o engajamento dos jovens na organização acontece “sem nenhum ganho pessoal”. “São pessoas que acreditam em princípios”, frisou o deputado, que convocou os empresários presentes a lutarem pelo fortalecimento de uma sociedade mais justa e educadora. O cônsul Takahiro Nakamae destacou que a entidade Toshifumi Murata (centro) com membros da JCI Brasil-Japão exerce um importante papel não só na formação de novos líderes como também para o fomento das relações bilaterais. E finalizou seu dicurso pedindo para que a entidade dê continuidade ao legado recebido de nossos ancestrais. Antídoto – Ao Jornal Nippak, Walter Ihoshi disse que a posse de Shodi Nomura significa “o início de um trabalho de um jovem que demonstra muita capacidade em tudo que já fez como líder da nossa comunidade, como alguém que participa da Câmara Júnior há vários anos e de alguém que foi preparado para esse momento”. “A Câmara Júnior tem feito um trabalho no mundo para servir a humanidade e os jovens tem essa percepção que, cuidar das pessoas é uma missão de todos nós. Desejo boa sorte ao Shodi Nomura e, ao mesmo tempo, parabenizo a Camila, que foi uma presidente atuante e, como não descendente de japoneses, demonstrou que a comunidade nikkei está totalmente inserida na sociedade brasileira”, explicou Ihoshi. Para o vereador Aurélio Nomura, a JCI é um “celeiro de novas lideranças”. “E hoje, nesse momento que estamos vivendo, marcado por demandos políticos, escândalos e corrupção, nós precisamos ter um antídoto. E esse antídoto está exatamente aqui, nesse celeiro, nesse trabalho de investir nos jovens como faz a JCI”, disse o vereador, lembrando que “eu mesmo já participei da organização quando jovem”. “Aprende- Presidente 2015: Camila Mitrowic Stuck Presidente atual: Alexandre Shodi Nomura Secretária Geral: Patrícia Mayumi Murakami Secretária Geral Adjunta: Maria Crystina Igarashi Tesoureiro: Cibele Mitrowic Stuck Tesoureiro Adjunto: Adriano Mitsuo Yoshino VP Comunitário: Luiz Bruno Isoda VP Comunitário Adjunto: Hugo Takeji Teruya VP Individual: Márcia Mariko Nakano VP Individual Adjunto: Bruno Yoshio Katayama VP Negócios: Cleber Kamiya VP Negócios Adjunto: Yugo Mabe Junior VP Internacional: Marcos Paulo Gawriliuk VP Internacional Adjunto: Rodolfo Eiji Wada VP Sênior: Iju Shimizu Junior VP Senior Adjunto: Claudio Kiyoshi Yamamoto Assessor Legal: Max Ide Hasimoto Conselho Fiscal: Fabio Kawauchi, Marcelo Shiraishi, Danilo Fujita Conselho Fiscal (Suplente): Daniel Kawachi mos muito através dos debates e discussões e hoje estamos vendo até uma sofisticação, ou seja, a ampliação dos elos de amizade de realcionamentos, que saíram de uma esfera eminentemente doméstica para alcançar um nível internacional. Saiu da Câmara de Comércio ao buscar a formação e qualificação de novas lideranças para algo muito mais amplo pois, nesse mundo globalizado, muitos jovens nem vão ficar no Brasil. Então, acho que esse preparo deu um grande salto, não só pela globalização mas pela necessidade de cada vez mais entidades como a JCI marcarem uma posição na sociedade”, destacou Aurélio Nomura. (Aldo Shiguti) Rafael, Ihoshi, Nomura, Sekiya, Kikuchi, Ikesaki, Korosue e Woo ‘Para ser membro basta ter vontade de fazer a diferença’ Antes de passar o bastão, a presidente de 2015 da JCI Brasil-Japão, Camila Stuck, fez um balanço positivo de sua gestão. Primeira não descendente de japoneses a comandar a entidade, Camila disse que pôde abrir as portas para novos membros e “quebrar paradigmas”. “Sempre fui muito bem recebida em todos eventos”, explicou ela, lembrando que em seu mandato a comunidade nipo-brasileira teve uma agenda bastante intensa com as comemorações dos 120 Anos do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação Brasil-Japão, o Centenário da Instalação do Consulado Geral do Japão em São Paulo, os 60 Anos do Bunkyo e os 100 Anos da JCI Mundial, realizado em Kanazawa (Japão) com a participação de 10 mil membros do mundo todo, incluindo representantes do Brasil. Para ela, não foi tarefa fácil conciliar as atividades de presidente da JCI BrasilJapão com a vida familiar. “Sem amor e dedicação não poderia ter assumido esse compromisso”, enfatizou JIRO MOCHIZUKI No auge, organização reuniu cerca de 800 membros; hoje são 50 Camila, acrescentando que em sua gestão deu prosseguimento aos projetos já existentes, como os Projetos Integração e Oratória nas Escolas, e deu o pontapé para outros, como o Primeira Turma do Projeto Integração Novas Tecnologias - Smartphones e Tablets e o Projeto Plantando Alegria. “Atingimos todas as metas que havíamos planejado”, afirmou Camila, acrescentando que ingressou na JCI Brasil-Japão por intermédio do marido, Fabio Kawauchi, que presidiu a organização em 2011. Shodi Nomura, seu suces- sor, terá a missão de “manter o mesmo nível”. “Acredito que uma gestão começa pelo sucesso da gestão anterior. Mas isso não quer dizer que alguns pontos não possam ser melhorados”, disse Shodi, lembrando teve importantes passagens por outras associações, como a Represa e o Interkaikans antes de fazer parte da JCI Brasil-Japão. Segundo ele, um dos motivos que o fez ingressar na organização ocorreu em 2012, quando teve oportunidade de assistir a um vídeo intitulado “JCI Operation Hope – Arigatou”, um registro sobre o trabalho dos membros da JCI no mundo todo em prol das vítimas da tragédia que devastou a costa nordeste do Japão em 11 de março de 2011. Fazer a diferença – “Aquelas cenas me fizeram acreditar na grandeza dos princípios da JCI, o que motivou a ingressar nesta organização”, explicou, afirmando que pretende trabalhar para fortalecer a entidade, investindo na formação e no desenvolvimento dos membros, intensificando os trabalhos em projetos sociais, além de trabalhar em parceria com outras entidades, como a Abeuni, Asebex, Interkaikans, Bunkyo e, principalmente, no Programa de Captação e Retenção de Novos Membros. “No auge, chegamos a ter 800 membros. Hoje, somos em 50. Nosso principal desafio será entender como funciona essa geração”, conta Shodi, explicando que para fazer parte da JCI Brasil-Japão é preciso ter entre 18 e 40 anos e, principalmente, “querer fazer a diferença na sociedade”. (Aldo Shiguti) São Paulo, 04 a 10 de fevereiro de 2016 JORNAL NIPPAK 5 VIOLÊNCIA Vítima de violência, nikkei desabafa: ‘Não somos nós que devemos ficar presos dentro de casa’ A médica veterinária Rika Yamane, de 39 anos, passou momentos de terror no último dia 29, quando foi assaltada e violentamente agredida na Praia do Futuro, em Fortaleza (CE). Natural de Quioto, no Japão, Rika Yamane mora atualmente em Curitiba (PR), onde está radicada desde 2002. Em entrevista ao Jornal Nippak, ela disse que estava em Fortaleza desde o dia 27 para participar de um aniversário e descansar. O crime aconteceu por volta das 9h30 da última sexta-feira. O horário, aliás, ela faz questão de deixar bem claro “pois tem muita gente dizendo que foi à noite, o que também não justificaria”. No sábado (30), ela relatou a agressão em sua página no Facebook. “Eu estava correndo pelo calçadão da praia do Futuro, um dos principais pontos turísticos de Fortaleza, da mesma forma que para onde quer que eu viaje sempre dou uma corridinha. Quando percebi que estava ficando meio deserto, virei para voltar pelo mesmo caminho. Não deu tempo de correr nem 50 metros, fui atacada pelas costas, primeiro com uma paulada na cabeça e vários socos e joelhadas na cara. Juntei todas as minha forças, foquei em fugir e comecei a gritar o mais alto que conseguia e a dar coto- facebook/rika yamane atacada agora por dois. Mas em vez disso, ele o agarrou e mandou deixar eu ir porque era mulher. Fugi correndo e pedi socorro para um rapaz que vinha com dois cães, pois pensei que, ‘se passeia com cães eu posso confiar’. Enquanto explicava o que aconteceu, uma moça veio perguntar se eu precisar de algo e então pedi gelo. Começou a juntar muita gente e chamaram a polícia”, relata. De acordo com a Polícia Militar, o suspeito foi preso quando tentava cometer um segundo crime, ainda na Avenida José Diogo, em Fortaleza. O suspeito foi encaminhado ao 2º Distrito Policial, no Bairro Aldeota, onde está preso. Segundo a PM, o suspeito afirmou em depoimento que praticava roubos e furtos para pagar dívidas com traficantes de drogas e que era ameaçado de morte. Os pertences que haviam sido roubados foram recuperados. Impunidade – Na terça-feira (2), já na capital paranaense, onde se recupera dos ferimentos, Rika Yamane conversou com a reportagem do Jornal Nippak por telefone. Disse que veio de Quioto com a família, com três anos de idade e morou em outras localidades antes de fixar residência em Curitiba.”Fiquei sabendo que aquele local é violento há mais de 20 anos “O problema não é Fortaleza. O problema é a impunidade no país” veladas e socos”, conta ela, lembrando que “isso o deixou mais irritado e ele me bateu mais algumas vezes”. “Continuei gritando e me mexendo e batendo de todas as formas que conseguia”, relatou ela, acrescentando que acertou várias cotoveladas em seu agressor para não sofrer abuso sexual. Segundo a médica, a agressão foi vista por várias pessoas, mas “fui ignorada”. “Quem vinha na direção e percebia simplesmente dava meia volta ou atravessava a rua”, conta a nikkei, que teve seu iPod roubado. “Nisso veio do outro lado da rua, um rapaz mais alto e que parecia conhecer o bandido. Fiquei com medo de ser “Eu lutei para não ser violentada e ele terá a pena diminuída” e ninguém fez nada até hoje. É por isso que eles praticam crimes”, conta Rika, que fica revoltada “só de pensar que o criminoso já esteja em liberdade”. “Não somos nós que devemos ter medo de sair de casa. O bandido é que tem que pensar antes de praticar o crime”, critica Rika, explicando que “lutei para não ser estuprada e escapar do criminoso e ele ainda terá sua pena diminuída por causa disso”. “É injusto. Eu que me esforcei para não ser violentada”, diz a médica, que ainda faz um desabafo: “Bandido se dá muito bem no Brasil”. “O problema não é Fortaleza. Podia ter acontecido em Curitiba, Rio de Janeiro ou São Paulo. O problema é a impunidade que existe no Brasil. A pena é muito light. O bandido pratica um crime hoje e amanhã já está na rua. É por isso que o crime só aumenta”, critica Rika, afirmando que, apesar da agressão, não pensou em voltar para o Japão nem pretende mudar sua rotina. “Por enquanto não estou trabalhando para cuidar dos ferimentos. Mas é revoltante saber que um preso no Brasil pode ser beneficiado com o auxílio-reclusão enquanto a vítima tem que pagar o tratamento do próprio bolso”, finaliza a veterinária. (Aldo Shiguti) comunidade INTERNACIONAL Cônsul geral do Japão Takahiro Nakamae visita comunidades nikkeis do Vale do Paraíba Japão mobiliza tropas contra possível míssil norte-coreano agência lusa (agência Brasil) O cônsul geral do Japão em São Paulo, Takahiro Nakamae, em companhia do deputado estadual Hélio Nishimoto (PSDB), visitou, nos dias 23 e 24 deste mês, as comunidades nikkeis das cidades de Caçapava, Taubaté e Jacareí, na Região Metropolitana do Vale do Paraíba. No sábado, 23, a primeira visita ocorreu na sede da Associação Cultural Nipo-brasileira de Caçapava, na rua Castro Alves, 440, na Vila Santos, onde foram recepcionados pelo presidente Roberto Suizu, diretores e associados. A segunda visita foi na sede da Associação Cultural Nipo-brasileira de Taubaté, na rua Dona Benta, 1.104, Jardim Gurilândia, onde o cônsul e comitiva foram recebidos pelo dirigente Yuichi Wada, que estava acompanhado de diretores e associados. No domingo, 24, o cônsul Takahiro Nakamae visitou a sede da Associação Cultural e Desportiva Nipo-brasileira de Jacareí, na avenida Lucas Nogueira Garcêz, 1.940, Jardim Nova Esperança. Lá foi recepcionado pelo presidente Alberto Ueda, diretores e associados. Bastante solícito, o cônsul Nakamae colocou-se à dispo- divulgação Líder norte-coreano Kim Jong-un passa tropas em revista Takahiro Nakamae na Associação Cultural Nipo-Brasileira de Caçapava O cônsul na Associação Cultural e Desportiva NB de Jacareí sição para prestar esclarecimentos de assuntos consulares a associados e dirigentes das entidades visitadas. Segundo o deputado Hélio Nishimoto, “esses contatos aproximam nossos relacionamentos, especialmente nas áreas da assistência social, cultura e dos esportes”. (da redação) O governo japonês determinou no último dia 29 ao Exército que se prepare para a possibilidade de ter de destruir um míssil que a Coreia do Norte pode lançar em breve. O objetivo é evitar que caia sobre o território japonês. “Tomamos todas as medidas necessárias para responder a qualquer tipo de situação”, afirmou o ministro porta-voz do Executivo, Yoshihide Suga, citado pela agência Kyodo. Ele não deu mais dados sobre a iniciativa do Ministério da Defesa, de modo a não revelar “informação sensível” sobre a capacidade do Japão para interceptar mísseis. As últimas imagens de satélite da base norte-coreana de Sohae mostraram que há movimentação nas instalações e que a Coreia do Norte pode estar preparando o lan- çamento, em breve, de um projétil de longo alcance, como Seul, Tóquio e Washington tinham alertado. O ministro dos Negócios Estrangeiros japonês, Fumio Kishida, disse que acertou, em teleconferência com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, uma cooperação sobre a questão do lançamento norte-coreano. “Trabalharemos estreitamente com os Estados Unidos e outros países envolvidos e tomaremos todas as medidas possíveis para garantir a segurança do público”, disse Kishida, em entrevista. O novo lançamento pode ocorrer no momento em que os países do Conselho de Segurança das Nações Unidas estudam sanções adicionais à Coreia do Norte devido ao seu quarto teste nuclear, feito no início do mês. (com Agência Brasil) ASSINE Jornal Nippak (11) 3340-6060 Hélio Nishimoto discursa observado por Takahiro Nakamae Hélio Nishimoto e o cônsul Nakamae com lideranças em Taubaté JORNAL NIPPAK 6 São Paulo, 04 a 10 de fevereiro de 2016 karaokê Abrac realiza Assembleia e estuda locais para o Brasileirão 2017 A Abrac – Associação Brasileira de Canção - presidida por Akemi Nishimori realizou a Assembléia Geral Ordinária, dia 16 de janeiro, na Chácara Recanto de Beija-Flor (Cotia), com a participação de representantes regionais e diretores da Associação. Com o vídeo institucional “Fazendo História com a Música”, os convidados tiveram a oportunidade de conhecer um pouco da história da Abrac e em seguida todos discutiram uma extensa pauta, com o balanço geral das atividades realizadas no ano passado, o financeiro e os eventos deste ano, que promete grandes momentos para a comunidade nikkei. Após as saudações iniciais feita por Akemi Nishimori e Tetsuji Arie, vice-presidente da Abrac, Pedro Mizutani, também vice-presidente, fez uma avaliação geral do II Concurso Brasileiro da Canção Internacional realizado no Parque Maeda . Akemi, por sua vez, apresentou o Relatório Geral das atividades desenvolvidas em 2015. Após a apresentação do Balanço Anual da Abrac 2015 feita pelo Tesoureiro Sadao Shigueoka, o presidente do Parque Maeda, André Maeda saudou a todos e mostrou-se feliz pela realização do Brasileirão 2016 nos dias 22,23 e 24 de julho, e anunciou a inauguração da nova ala do Complexo com a construção celia kataoka A presidente da Abrac, Akemi Nishimori com representantes das regionais e convidados Costão do Santinho: Caroline Ribeiro Bremm, Sérgio Takao Sato e Karina Sindermann de um Hotel para acomodar os participantes do Concurso. Maeda garantiu que a infra- estrutura e exigências da ABRAC serão atendidas para a boa realização do Concurso. Brasileirão – Muitos cantores tiveram projeção dentro e fora do Brasil, graças aos Kampai palcos dos grandes Concursos, que apresentam os cantores de forma especial. No Concurso Internacional, a Comissão Organizadora quer valorizar os cantores e atingir toda a mídia brasileira. Esta é a intenção de Akemi Nishimori e Pedro Mizutani. A Comissão Organizadora do II Concurso Internacional, realizado no Parque Maeda , atingiu os seus objetivos. Nesta oportunidade, o jantar comemorativo dos 30 anos da Abrac teve a apresentação do maestro João Carlos Martins.O próximo Concurso Internacional será em São Paulo, mas ainda não tem data e local definidos. Para a realização do Brasileirão 2017, várias propostas foram apresentadas. Dentre elas, o Costão do Santinho em Florianópolis foi colocado como uma opção. O complexo foi apresentado por Sérgio Takao Sato, mas a definição do local será anunciada em breve. (Celia Kataoka, especial para o Jornal Nippak) Pedro Mizutani e Akemi Nishimori Liga Centro Oeste: Shigeyoshi Une, Aquico Miyamura e Augusto Katao Akemi Nishimori e convidadas. NIPÔNICA Triplo xXx... Tu Vens... Tu Vens...! Em meados de agosto passado escrevi uma Nipônica usando como título o refrão, “Tu vens... tu vens... eu já escuto os teus sinais”, da música Anunciação, de Alceu Valença, crente de que a concretização daquilo a que me referia não passasse do final do ano. Ledo engano. E acreditava tanto nisso, que alguns amigos de meu círculo me cobravam, até com ironia, por minha afirmação demorar a se concretizar. Para alguns, aliás, impossível em se tratando da pessoa a quem me referia. Minha reposta, sempre, era para que aguardassem mais um pouco, usando exatamente a figura do que ele ainda representava como razão, pela alegação de que os órgãos que o investigavam não poderiam se precipitar devido ao risco que correriam caso, por exemplo, o prendessem e logo tivessem de soltá-lo, levando tudo a perder. Ainda acho isso, de tantas evidências até para quem não tem poder e nem acesso a elas. Que digam as redes sociais... e, agora, o mundo inteiro! E por que ainda representa tanto assim? Ótima pergunta. Né, não?! A alegação principal é a de que tirou milhões da miséria... pelo trabalho social (Bolsa Família?). Alguns, não em sua defesa, ainda lhe atribuem inteligência e esperteza, principalmente pela quase nenhuma formação acadêmica. Até mesmo o crítico que mais admiro, Reinaldo Azevedo, com o qual, nesse aspecto, discordo. A mim, o “cara” não engana. Aliás, nunca me enganou. Não sou grande coisa, sei, apenas um simples mortal, mas foi minha percepção!!. Fazer o quê?! Já escrevi a respeito, aqui, e faço referência em meu livro, Sonhos Que De Cá Segui (1997), para explicar a admiração dos brasileiros ao empresário (?) japonês que os empregava... igual a um político muito co- nhecido nosso, do tal “rouba, mas faz!” Ambos, aplicavam a máxima romana do “ao povo, pão e circo”, cada um à sua maneira. O japonês dava inúmeros benefícios aos brasileiros como excursões gratuitas em ônibus e hotéis de alta qualidade, empréstimos em dinheiro a endividados no Brasil a juros zero, etc., tudo para encobrir as sonegações que aplicava ao governo. Quando preso, aos brasileiros “beneficiados” custavam acreditar que ele fosse... “mau” assim! No caso do político brasileiro, como já é do conhecimento de todos, fico apenas com o exemplo de um tio... taxista! Beneficiado por suas tantas obras tornou-se um de seus admiradores “istas”. Para ser claro, um “malufista” roxo!! Para ser mais claro ainda, o “povo” da máxima romana, nesse caso, foram os motorizados, ou classe média para cima... rsrs. Retomando ao do tema, “este”, beneficiou realmente o povo, mas graças ao que colheu do que o anterior plantou, visto que não tinha projeto de governo quando assumiu, mas ficando com os louros e só tirou milhões da miséria porque deu um Bolsa-Família acima do novo índice que “eles” determinaram como classe média (renda per capita de R$ 291 a R$ 1.019 – 2012). Simples assim! Os sinais que escuto, agora, à máxima romana, estão aumentando aos poucos, de forma a confirmar outra, a de que “toda mentira tem perna curta”!! Né, não?!! Máxima romana Leva o autor à glória Apesar de tudo. *Silvio Sano é arquiteto, jornalista e escritor. E-mail: silviossam@ gmail.com COLUNA DO JORGE NAGAO Novelha Era uma vez uma velha biblioteca no centro velho, onde a velhice era visível. O diretor era velho, a faxineira era velhíssima, a moça do café era uma anciã, a bibliotecária era mais velha ainda. Menos velhos eram os seguranças, Eumesmo e Elepróprio, mas até elesotros já estavam com um pé na aposentadoria. Ah, velhos também eram os frequentadores da bibliô. Cada dia mais velhos. E os livros? Eram velhos como velhas eram suas histórias. Os móveis eram velhos, do século XIX. Lá, onde tudo era velho, reinava a velharia. Não havia novidade, só velhidade, como diz minha amiga Carmen Vaz. Um dia, a velha rotina da velha biblioteca foi quebrada com a chegada da Manu, a estagiária de 17 anos. O velho ambiente, com esse sopro de juventude, foi mudando do vinagre pro vinho. Até os velhos escritores ficaram assanhados com a menina, que parecia ouvir: — Me pegue, Manu! – dizia Hemingway. — Não, garota. Põe as mãos em mim – suplicava Edgar Allan. — Vem cá, minha Lolita! – suspirava Nabokov. — Que bom te ver, Moreninha! – se alegrava Joaquim Manuel de Macedo. — Me leva pra casa! – suplicava Jorge Amado. — Eu queria sentir o seu dedo na minha “orelha” – gracejava Graciliano. — Ó virgem dos lábios de mel, seus cabelos são mais negros que a asa da graúna – declamava Alencar. — Eu queria ser o seu livrinho pra poder ficar juntinho de você – cantava Erasmo… de Roterdã. Enciumada com as cantadas que a Manu levava, a Velha reclamou: — E eu? Não mereço uma palavra de carinho? — Posso falar? – disse GGM. — Gabo?! Fala, amor! – animou-se ela. — Te desejo “Cem anos de solidão”! – disse o vencedor do Nobel de 1982. Quá-quá-quá! (gargalhada pré KKK) – se ouviu em todos os cantos. — Velho babaca! – resmungou a Velha. As velhas estantes, antes abandonadas, se renovaram, pois Manu não só retirava o pó, como lustrava os móveis. Por onde a jovem passava, ficava no ar um frescor, um perfume. E a velha bruxa tramava para sugar a juventude de Manu. Mas o que era doce acabou-se. Com o tempo, a jovem foi envelhecendo rapidamente, enquanto a velha vampira rejuvenescia. Ela ganhava um ano por semana, enquanto ocorria o inverso com a velha. Entretida naquele dia a dia, ela estranhava a velha que já não era mais velha, mas não dava muito importância. Certo dia, porém, ela se olhou num espelho mágico e ficou horrorizada. E gritou: – Velha! Estou velha! Cadê você, Velha? A velha rejuvenesceu tanto que sumiu para sempre. Já era! Era uma vez uma velha… Minibio: Japonês, em reprodução geral,/ é sério como o Raoni/ que detesta assédio./ Diferente é o Nagao/ que é um japa que ri:/ rir é melhor que o tédio. Ele anda na linha, para na vírgula e desce no ponto final. prestigie o blog: https:// umcircodepercalcosfalsos. wordpress.com/2016/02/01/ novelha-2/ ............................................. CARNAVALÉRIO Valério Oliveira é um dos mais originais poetas contemporâneo. Seu livro “O ser humano na era de sua reprodutibilidade tática” foi recentemente lançado pela Editora Patuá, do Edu que adora Stella Artois. A ironia é um artifício que ele usa porque acha que ela está desaparecendo da literatura brasileira porque os leitores já não compreendem o seu sentido duplo. Uma pequena mostra de sua arte literária: Duplipensar Entre/ o mau/ e o pior/ o piau é/ o melhor Meus medinhos Amo a poesia mas tenho medo/ dos poetas/ Amo a ciência mas tenho medo/ dos cientistas/ Amo a religião mas tenho medo/ dos religiosos/ Amo a política mas tenho muito medo/ um pavor selvagem/ dos políticos/ de seus assessores/ de seus militantes Final feliz Saio do cinema/ de mãos dadas/ comigo mesmo ............................................. Com Fátima Costa, fiz a marchinha Painho, inspirada em Ivete Sangalo. A letra: Quem é essa aí, Painho?/ Quem é essa aí, Painho?/ cheia de trelelê/ É muito assunto, viu? É muito assunto, viu?/ Para com esse conversê! Essa mulherada/ tá muito folgada/ só porque é carnaval/ Vê se te manca, Pai,/ se não parar você vai/ ficar sem o seu bilau... Jorge Nagao, além do Nippak e www.portalnikkei.com.br, também está na constelação do www.algoadizer. com.br. E-mail: [email protected] São Paulo, 04 a 10 de fevereiro de 2016 JORNAL NIPPAK 7 CULTURA O HAICAI BRASILEIRO Jornal Nippak publica aqui os haicais enviados pelos leitores. Haicai é um tipo de poema que se originou no Japão. Seu maior expoente é Matsuo Bashô (16441694). O haicai caracteriza-se por descrever, de forma breve e objetiva, aspectos da natureza (inclusive a humana) ligados à passagem das estações. Hoje, no mundo inteiro, pessoas de todas as idades e formações escrevem haicais em suas línguas, atestando a universalidade dessa forma de expressão. TEMAS DE FEVEREIRO Cachoeira – Jacaré – Mandacaru Temporal perene alimenta a cachoeira: Penteadeira de Iara. Antonio Cabral Filho Rio de Janeiro, RJ O minguado gado vagueia entre mandacarus. Por quanto tempo? Irene M. Fuke São Paulo, SP Na velha pousada, A cachoeira cantante É grande atração. Reneu do Amaral Berni Goiânia, GO Desliza no rio feito uma tora inerte – Ah, um jacaré! Benedita Azevedo Magé, RJ volta do Pantanal – o jacaré faz a fama entre tantas fotos José Marins Curitiba, PR sempre imponente mesmo no sol inclemente o mandacaru Se-Gyn Goiânia, GO chuva no sertão logo em breve surgirá mandacaru em flor Carlos Viegas Brasília, DF Entre sólidas rochas cachoeira desce o véu – Olhar se refresca Madô Martins Santos, SP nesta cachoeira lembrança da minha terra – o frescor da infância Seishin São Roque, SP Mal e mal se move Jacaré de boca torta em seu terrário. Cristiane Kovacs Cardoso São Paulo, SP O dia termina... Em volta da cachoeira só as oferendas! Mahelen Madureira Santos, SP Banho de cachoeira – a água caindo nas costas renova o espírito. Silvio Gargano Jr. Batatais, SP na beira do lago emerge um jacaré súbita correria Elisa Campos São Paulo, SP Solo de caatinga – Mandacaru resistente enfeita o sertão. Mario Isao Otsuka São Paulo, SP Jacarés no rio Ninguém ousa atravessar Até quando será? Yone São Paulo, SP Próximo da trilha barulho inconfundível… Cachoeira à frente. Iraí Verdan Magé, RJ Chuva repentina na trilha da cachoeira – minha roupa nova Neide Rocha Portugal Bandeirantes, PR Fim de feriado... Na trilha da cachoeira garrafas de plástico. Zekan Fernandes São Paulo, SP Temas de março/2016 (postar até 10 de fevereiro) Dia de outono – Orquídea – Malhação de Judas lhora será verificada em minha própria produção. Seria como se achasse “cheguei ao ponto desejado, nada preciso fazer além”. Em outros termos, lembrando-me de Shunryu Suzuki, autor de Mente Zen, Mente de Principiante, é como sempre Cada pessoa pode participar com apenas uma identidade. A seleção dos trabalhos é feita pelos haicaístas Edson Kenji Iura e Francisco Handa. Envie suas cartas para: Haicai Brasileiro A/C Jornal Nippak Rua da Glória, 332 CEP 01510-000 São Paulo-SP E-mail: [email protected] Cc. [email protected] Temas de abril/2016 (postar até 10 de março) Água transparente – Laranja – Jandaia Haicai como experiência (4) Quando escrevo a respeito do haicai, bem como sobre a composição, uso o termo “principiante”. Ainda que alguns sejam realmente principiantes e outros veteranos, isso se aplica a todos, inclusive a mim. Se não pensar desta maneira, nenhuma me- Envie seus haicais (no máximo três de cada tema sugerido) digitados ou em letra legível, com nome (mesmo quando preferir o uso de pseudônimo), endereço e RG. fosse a primeira vez. Isso se aplica ao haicai. Cada composição é como fosse a primeira vez. Com a mente vazia, o que quer dizer atenta, o haicaísta compõe a partir do kigô sugerido. Por isso, conhecer os kigô é de grande importância, pois neste momento, o foco Francisco Handa deverá ser aprofundado através da percepção imediata. Pensar muito sobre o que se vai escrever é pura abstração. Alguns haicais lidos por mim, nesta mesma coluna, cometem erros desta natureza. Pois a abstração anula a experiência do mundo das sensações. LITERATURA Livro aborda aspectos peculiares da história japonesa Os aficionados pela cultura japonesa têm, agora, acesso à coletânea de textos publicados semanalmente na coluna cultural do jornal Nikkey Shimbun e considerado um sucesso absoluto pelos leitores. Extraídos do site de língua japonesa “Curso para a Formação de Japoneses da Geração Internacional”, a obra “Cultura Japonesa – Entendo o Japão”, reúne textros inéditos, traduzidos para o português com o objetivo de expor de forma simples e atual, as peculiaridades da história e da cultura japonesa. Ricamente ilustrado, a obra é bilingue – todo o texto em japonês tem furigana para facilitar a leitura – e aborda os seguintes temas: “É nas crises que se revela o caráter nacional – o dever público e o grande terremoto do leste europeu”; “Kowashi Inoue – um país virtuoso por meta”; “O Japão que Einstein viu”; “O orgulho da mulher japonesa – De “Bushidô para as mulheres”; “A revolução tecnológi- divulgação ca das empresas tradicionais” e “A história da imigração japonesa: A Colônia Hirano”. Destaques para a tragédia de 11 de março de 2011 – uma das piores da história do Japão –, que devastou a costa nordeste japonesa. O texto traz o sentimento do “dever público” não apenas por militares da Força de Autodefesa e por bombeiros mas também por civis, como funcionários de shopping center. Igualmente merecem atenção os capítulos sobre o resgate da história dos pioneiros em “A Colônia Hirano”, que celebrou 100 anos de imigração em 2015, “O Japão que Einstein Viu”, com as impressões da visita que o físico alemão fez ao país em novembro de 1922. Serviço – Ao custo de R$ 35,00, o livro pode ser adquirido no Nikkey Shimbun (11/3340-6060); Livraria Fonomag (11/3104-3399); Livraria Sol (11/3208-6588) e Livraria Takano (11/3209-3313) O pé Ai o meu pé! Sim! O mesmo pé de sempre. Aquele que nasceu com o osso defeituoso e resolveu parar de se desenvolver para acompanhar o resto do corpo. Só fui descobrir isso, numa daquelas graves crises de dores. Nada grave, dizia o médico. Precisava apenas cuidar das micro-fraturas e obedecer às limitações impostas pela natureza. Daquela vez, fiquei alguns bons meses em tratamento médico e castigo. Não podia andar muito e nem carregar peso nenhum quase. Era no tempo em que andava com alguns amigos e costumávamos viajar bastante. Éramos jovens adultos vivendo a adolescência tardia com mochilões pelas trilhas e rotas que um ou outro inventava de querer desbravar. Bons tempos aqueles. Aos trancos e barrancos caminhávamos. Anos mais tarde, já em outra. Os amigos, cada um em suas jornadas individuais e eu, na minha batalha insana, num daqueles dias que corria feito uma louca para chegar sabe-se lá onde. Em casa, quando já poderia voltar a atenção para meus movimentos e pensamentos, eis que CRASH!!!! Por pura falta de atenção e inteligência, estatelo os ossos do pé na dura cadeira de pau ferro. Aquela talvez tenha sido a maior dor física que já suportei em minha vida. Quase instantaneamente à dor, o medo. Não havia como colocar o pé no chão. Como um saci lesado, providenciei um táxi e corri ao pronto socorro. Fratura. Depois do diagnóstico, nada a fazer além de cuidar da recuperação dos ossos. Longos meses de repouso. Longos meses recebendo os cuidados de outros. Sorte que havia quem me socorresse. Eterna gratidão às pessoas que estiveram ao meu lado. Depois disso, tudo leva a crer que passei a cuidar bem melhor do meu pé. Sapatos confortáveis e anatômicos. Nenhum aperto. Nada de carregar peso alem do que posso. Cuidado com a alimentação para não ficar com excesso de peso. E assim vamos fazendo. Mas nem tudo caminha como reza a cartilha. Há a sapatilha bonita e colorida para combinar com o vestido novo, só por algumas horinhas. A falta de alguém para ajudar a carregar o peso em excesso que resolvi carregar no porta-malas do carro, o excesso de compras num daqueles passeios ao mercadão central da cidade. De pouquinho em pouquinho, o pé vai suportando. De abuso em abuso ele vai reclamando e a dona do pé, insana, no dia seguinte por já não sentir tanto incômodo, acha que pode calçar a sapatilha colorida novamente. Depois, acha que pode caminhar descalça quilômetros e quilômetros descalça pelas areias das praias, só porque o incômodo passa quando se repousa por algumas horas. Assim vai até que o pé resolve gritar novamente. Agora, cá estou eu. De molho. Corpo e mente. Para ajudar, a droga receitada é uma droga! O corpo rejeitou e se encheu de coceiras. Suores e coceiras pelo corpo todo e, para ajudar tem o calor insuportável destes dias. Alívio apenas embaixo da água morna, quase fria do chuveiro. Parei com as drogas. Melhor manquitolar do que me coçar e ferir a pele. Incrível, depois de 36 horas sem a droga, hoje já não sobem os calorões seguidos da insuportável coceira. O pé ainda dói, mas o movimento já é um pouco mais veloz. Manquitolando ainda. Amanhã é dia de bloco. Vai passar. Tudo passa nesta vida, até a nossa. Mari Satake escreve semana sim, semana não neste espaço [email protected] Faleceu em 01 de janeiro de 2016, aos 85 anos, o sr. Mitsuo Nakano. Missa de 49º Dia Dia 13 de fevereiro às 11 horas Templo Daikozan Shoboji Rua Luís Góis, 504 Vila Mariana - São Paulo JORNAL NIPPAK 8 São Paulo, 04 a 10 de fevereiro de 2016 música 1 Fernanda Takai se apresenta em São Paulo na segunda e terça de carnaval no Sesc Pinheiros Bruno Sena Neta de japoneses, Fernanda Takai pretende divugar a canção Love Song também no Japão Tipo” com Pitty, “De um Jeito ou de Outro” com Marcelo Bonfá, e “Quase Desatento” com Marina Lima e Climério Ferreira. Sucessos nacionais foram regravados, como “A Pobreza”, de Renato Barros e “Como Dizia o Mestre”, de Benito di Paula. O CD traz, ainda, “Doce Companhia”, sua versão em português para uma música da cantora mexicana Julieta Venegas. Essas e as demais músicas de “Na Medida do Im- Cantora sugere criação de um ‘programa de residência’ entre artistas brasileiros e japoneses Em 2015, ao lado de Maki Nomiya, da Pizzicato Five, e John Ulhoa, Fernanda Takai compôs Love Song, uma música exclusiva para a comemoração aos 120 Anos do Tratado de Amizade Japão/ Brasil e 100 Anos de Instalação do Consulado Geral do Japão em São Paulo. Infelizmente, a música não faz parte do repertório destas duas apresentações em São Paulo, conforme revelou a cantora com exclusividade ao Jornal Nippak. Neta de japoneses por parte dos avós paternos, a artista antecipou, no entanto, que pretende retornar ao Japão, país que já visitou em quatro ocasiões – a última vez aconteceu em 2009, quando cantou com a Camerata Vale Música e o maestro Marcelo Bratke no Suntory Hall (Tóquio) e Shirakawa Hall (Nagoya) – para divulgar a música por lá. Natural de Serra do Navio, no Amapá, mas com raízes em Minas Gerais, Fernanda Takai conta que artistas japoneses e brasileiros poderiam criar um programa de residência, como existe em outras áreas. “Tanto o Japão quanto o Brasil são ricos na diversidade de paisagens e climas. Isso influi na alma criativa da gente”, destaca. Por Aldo Shiguti Jornal Nippak: Alguma chance de os fãs nikkeis curtirem “Love Song” no show? Fernanda Takai: Acho que não, pois eu não tive a oportunidade de ensaiar com a minha banda solo esta música. Nos últimos dois meses estive envolvida em dois espetáculos de música e teatro, um em BH e e outro em Porto Alegre. JN: “Love Song”, aliás, uma composição sua com a Maki Nomiya e John Ulhoa, foi feita a pedido do Consulado do Japão em São Paulo para celebrar os 120 Anos de Amizade Brasil-Japão e o Centenário do Consulado em São Paulo. De alguma forma, essa canção a aproximou mais do seu público japonês? FT: A canção só vai ganhar mais força lá no Japão e aqui quando fizermos um videoclipe dela, eu acho. Também quero muito voltar ao país para divulgá-la. O mais importante foi essa primeira etapa que comemorou os 120 anos. Agora vamos nos empenhar para que seja mais conhecida. JN: Gostou do resultado? Curtiu essa aproximação? FT: Gostei muito! Eu e Maki san já tínhamos trabalhado juntas antes. Ela esteve aqui cantando comigo por duas vezes, eu apresentei meu show em Tóquio e ela fez uma participação especial. Além disso, temos um EP chamado Maki Takai No Jet Lag, lançado pela Taiyo Record em possível”, como “Pra Curar Essa Dor” e a polêmica “Amar Como Jesus Amou” compõem o repertório do show. Fernanda Takai será acompanhada pela banda formada por Larissa Horta (baixo e vocais), Lenis Rino (bateria e vocais), Lulu Camargo (teclado e gaita) e Tiago Borba (guitarra, violões e vocais). O projeto “Na Medida do Impossível” rendeu à cantora as indicações de “Melhor Cantora”, “Melhor Álbum” e “Melhor projeto visual” no Prêmio da Música Brasileira - das quais venceu os últimas duas. A capa do disco também foi vencedora do Red Dot Design Award, considerado o Oscar do design. Desde 1992, a artista integra a banda mineira Pato Fu, com a qual alimenta uma parceria de 11 álbuns, 5 DVDs, apresentações em dezenas de festivais (como Rock In Rio, Planeta Atlântida, Festival de Verão) e o reconhecimento em diversos prêmios de público e crítica (MTV, Multishow, Prêmio da Música Brasileira, entre outros). Somam-se ainda à trajetória de Takai participações especiais em shows da banda inglesa Duran Duran e a gravação, em 2012, nos EUA, do álbum bilíngue “Fundamental”, fruto de uma parceria com Andy Summers, guitarrista do The Police. FERNANDA TAKAI – NA MEDIDA DO IMPOSSÍVEL Data/horário: 8 e 9 de fevereiro, às 18h. Local: Sesc Pinheiros Rua Pais Leme, 195 Pinheiros, São Paulo. Ingressos: R$ 40 (inteira)/ R$ 20 (meia entrada) Informações: http://www.sescsp.org.br/ Bruno Sena U ma opção para quem quer fugir do ziriguidum é conferir o show da cantora Fernanda Takai nesta segunda (8) e terça (9), no Sesc Pinheiros, em São Paulo, onde a vocalista da banda mineira Pato Fu estará apresentando seu álbum solo mais recente, o premiado “Na Medida do Impossível”. Depois de dois álbuns inspiradores na carreira solo, “Onde Brilhem os Olhos Seus”, dedicado à Nara Leão, e “Luz Negra”, a cantora apresenta um repertório que mescla composições autorais com diferentes parceiros a regravações inusitadas, com canções de autores que vão de Padre Zezinho a George Michael. O disco foi gravado no estúdio 128 Japs, em Belo Horizonte, e produzido por John Ulhoa. Em um repertório de 13 músicas, Fernanda divide a autoria de “Seu 2010. JN: O público japonês e o nipo-brasileiro são diferentes do público brasileiro? Como eles interagem com a cantora Fernanda Takai? FT: Acho que é um público mais concentrado, aprecia os detalhes. Nossa interação é ótima, pois não há muitos artistas brasileiros com ascendência japonesa com uma carreira que visita a música, literatura, teatro e cinema. Fico muito feliz por representar essa união. JN: Pretende intensificar esse intercâmbio com o Japão? FT: Sempre! Torcendo demais para que as Olimpíadas aqui e lá nos tragam ótimos ventos. JN: Nesses 120 Anos de Amizade, o que você acha que poderia e ainda não foi feito para incrementar “Fico feliz por representar essa união entre o Brasil e o Japão” ainda mais esse intercâmbio na área musical? FT: Talvez um programa de residência por alguns meses de artistas de lá por aqui e os nossos por lá. Isso acontece em tantas áreas, por que não na música? E seria algo como sentir o país: morar, ver outros artistas locais, produzir coisas juntos, viajar pelas diferentes regiões. Tanto o Japão quanto o Brasil são ricos na diversidade de paisagens e climas. Isso influi na alma criativa da gente. MÚSICA 2 Débora Iha une moda e música com tradição No final do ano passado, Débora Iha viajou à Ilha de Okinawa para se apresentar no programa Shinshu Shima No Uta com cantores de lá, que uniu música, família e amigos. A viagem foi o prêmio que a cantora garantiu ao vencer o 3º Shima Uta No Saiten, um concurso de Minyo (músicas clássicas de Okinawa), ocorrido em setembro do ano passado em São Paulo. Em entrevista ao Jornal Nippak, Débora Iha, que além de cantar, também é estilista de moda por profissão – divide seu tempo entre a moda e a ‘Banda Utiná’ da qual faz parte – conta como iniciou na música e a tocar o sanshin (instrumento de três cordas típico de Okinawa). “A minha influência musical veio da minha família, em especial do meu avô”, diz. “Eu sempre ouvia, e assistia muito programas, muitos musicais japoneses, logo tentava escrever as canções e ficava tentando cantar. divulgação Débora Iha com integrantes da banda Utiná: cantora voltou ainda mais orgulhosa de suas raízes Meu avô tocava muito bem o sanshin. As lembranças que tenho da casa dos meus avós e das festas são as músicas alegres contagiantes ao som desse instrumento”, conta, lembrando que sua histó- ria com o sanshin começou quando seu pai faleceu e deixou o instrumento. “Aquele pequeno objeto era para mim uma lembrança que eu tinha dele, dos meus avós, sentia que aquele ‘som’ não poderia ficar adormecido numa caixa. Aquele som era uma lembrança nítida de momentos de alegria de uma família feliz, que poderia sim ecoar infinitamente. Assim resolvi aprender a tocar, e isso já se completam 6 anos e até hoje sinto muito emoção quando ouço as canções tradicionais de Okinawa”, comenta com saudades Débora. A cantora também destaca que, “ganhar em primeiro lugar no concurso 3º Shima Uta no Saiten foi um “sonho maravilhoso”, “um orgulho”. “Cantar na terra dos meus antepassados foi um prazer inesquecível. Lá conheci muitos parentes que só conhecia por nomes e fotos, e conhecê-los pessoalmente foi algo inexplicável, mágico”, destaca a cantora, que aos 15 anos de idade já participava de concursos de Karaokês e cantava em festas de amigos e familiares. Há 16 anos, Débora se dedica à carreira solo, cantando e tocando sanshin. De 7 anos para cá montou uma banda de ‘Banda Utiná’, onde divide o palco composta por sete integrantes; Ricardo Nakase (vocal), Ivan Chinen (baixo e sanshin), Michel Chinen (guitarra), Bruno Chinen Kora (guitarra), Cezar Nakase (violão), Victor Augusto (bateria). “Nosso estilo de música é bem eclético, tocamos vários gêneros musicais. Acredito que na música não existe fronteiras, tudo é válido, e a junção de sons tão diferentes entre si, resulta numa grande harmonia, que normalmente em shows fazemos um medley de músicas clássicas okinawanas, J pop, pop americano e MPB (Música Popular Brasileira)”, destaca. Para ela, conhecer Okinawa foi uma experiência inesquecível, onde além de conhecer suas belezas, conheceu também um pouco mais da cultura do povo okinawano. Voltou ainda mais orgulhosa de dizer que é ‘Uchinanchu’ (como são chamadas as pessoas que nascem em Okinawa). Também pretende estudar mais sobre a cultura japonesa e tentar unir com a rica cultura brasileira. (Luci Júdice Yizima) São Paulo, 04 a 10 de fevereiro de 2016 JORNAL NIPPAK 9 comunidade ‘Miss Akimatsuri’ está com inscrições abertas para jovens descendentes da região do Alto Tietê M ulheres com idade entre 16 e 30 anos, descendentes de japoneses e que residem na região do Alto Tietê, já podem se inscrever para o concurso “Miss Akimatsuri”. As interessadas têm que preencher o formulário disponível no site oficial do evento - www. akimatsuri.com.br - e enviar duas fotos, uma de corpo inteiro e outra somente de rosto. O concurso está na 7ª edição e será realizado em 9 de abril (sábado), durante a programação da 31ª Festa do Akimatsuri (Festa do Outono). As inscrições terminam no dia 13 de março (domingo). Só serão aceitas as inscrições de jovens solteiras e que não estejam em regime de união estável. As menores de idade deverão apresentar autorização assinada pelo BAILE ERIKA KAWAHASHI – A tecladista, professora, vocalista e jurada Erika Kawahashi realizou no último dia 23, nas dependências da Associação Miyagui divulgação responsável legal, bem como uma cópia do documento de identidade, conforme orienta- ções no site da festa. Todas as participantes precisarão preencher um termo de uso de imagem. Os nomes das pré-selecionadas serão divulgados no site do Akimatsuri em 14 de março (segunda-feira). Em 16 de março (quarta-feira), os nomes das participantes já estarão definidos. No total, serão classificadas 15 candidatas, que participarão de ensaios e do grande desfile do concurso, que acontecerá no primeiro dia do festival japonês. Se houver desistência, a Comissão Organizadora do Akimatsuri poderá classificar as demais inscritas de acordo com os critérios: beleza, plástica, elegância, desenvoltura e simpatia. A 1ª colocada do concurso receberá prêmios, assim como as 1ª e 2ª princesas e a Miss Simpatia. O Miss Akimatsuri tem como objetivo valorizar a cultura e os valores da comunidade japonesa na região. O concurso possibilita ainda para a vencedora a partici- Kenjin do Brasil, no bairro da Liberdade, em São Paulo, o primeiro Baile Érika Kawahashi de 2016. “E com muito êxito, felizmente”, destacou Erika, acrescentando que o salão estava “super lotado, com pessoas vindas de todas as partes, inclusive, de Sorocaba e Mogi das Cruzes, que muito nos honrou”. O próximo Baile Érika Kawahashi, será realizado no dia 27 de fevereiro, na Associação Miyagui do Brasil, na Rua Fagundes, 152, Liberdade, São Paulo, das 17h30 às 22h. Antes, haverá meia hora inicial de karaokê. “As pessoas que desejarem cantar, basta levar o seu CD e dar aquele 'show', sem nenhum acréscimo por isso. É só chegar um pouco antes das 17h30 Na segunda foto (da esq. p/dir): Marianne Mary Miyashita (Miss Akimatsuri), Laís Kaori Matsutani Miura (1ª Princesa), Carolina Sayuri Shiguedomi (2ª Princesa) e Bianca Naomi de Carvalho (Missa Simpatia) pação no “Miss Nikkey São Paulo” e no “Miss Nikkey Brasil”, eventos estadual e nacional que abrem oportunidades para o mercado da moda nikkei. A 31ª Festa do Akimatsuri acontecerá nos dias 9, 10, 16 e 17 de abril, no Centro Esportivo do Bunkyo de Mogi das Cruzes, localizado na Avenida Japão, 5.919, bairro Porteira Preta. e fazer a sua inscrição”, explica Erika, lembrando que para aquelas que forem desacompanhadas haverá personal-dancers da Academia Dançando na Lua. 7º Concurso Miss Akimatsuri Inscrições gratuitas até 13 de março pelo site: www.akimatsuri.com.br Podem participar: mulheres com idade entre 16 e 30 anos, residentes no Alto Tietê Informações pelo telefone (11) 4791-2022 31ª edição do Akimatsuri – dias 09, 10, 16 e 17 de abril. KARAOKÊ/BRASILEIRÃO Presidente da UPK visita Lins para fechar detalhes shigueyuki yoshikuni O presidente da União Paulista de Karaokê (UPK), Elzo Sigueta, acompanhado dos assessores Atushi Abe, Morio Minami e Oduvaldo Adatihara, deslocaram da Capital até Lins, no dia 28, onde foram recebidos pelo presidente da Abcel (Associação Beneficente, Cultural e Esportiva de Lins), Akio Matsuura, alé de diretores e também pelo presidente da Liga Noroeste da Canção Japonesa, Takashi Tangoda. Na pauta, os últimos detalhes para a realização do 22º Concurso de Karaokê do Estado de São Paulo, o Paulistão, marcado para os dias 19, 20 e 21 de fevereiro, na Arena Blue Tree de Lins. A comitiva vistoriou o local do evento e, entre outros assuntos, ficou decidido que a solenidade da abertura será no dia 20, sábado, às 11h30, num Elzo Sigueta, presidente da União Paulista de Karaokê, durante visita à Abcel intervalo das apresentações O término está previsto 19h20. O evento conta com mara e do Bradesco. dos cantores, no segundo dia para domingo, dia 21, às a parceria da Prefeitura, Câ(Shigueyuki Yoshikuni) do evento. ASSINE • Jornal Nippak (11) 3340-6060 JORNAL NIPPAK 10 São Paulo, 04 a 10 de fevereiro de 2016 Carnaval, feriadão e calor. Bons motivos para pescar na praia! Curtas Cachaça Wiba WIBA! é cuidadosamente produzida na Cidade de Torre de Pedra, a 170 km de São Paulo, em um alambique construído num terreno de 45.000 metros. Antes de ir para o consumidor, passa por vários processos de filtragem, para que não fique nenhuma substância em desacordo com o estabelecido por lei. O alambique é fiscalizado pelo Ministério da Agricultura, e possui o certificado de Análise da ESALQ-USP. Todo modelo de produção é sustentável, ou seja, todos os subprodutos que seriam descartados, são reutilizados, garantindo o ciclo sustentável de produção. Este método de produção garantiu três cachaças deliciosas: a Branca; Amburana e Blend de Carvalhos. E é só o começo, em breve essa família vai crescer. Mais informações no site www.cachacawiba.com. br fone (11) 5041-1591 email: [email protected] instagram: cachacawiba facebook.com/wibacachaca Bolsa Apetrecho Gg Standard - Ebf Pesca Bolsa ideal para o armazenamento dos acessórios e tralhas de pesca. Fabricado em nylon, contêm dois bolsos laterais, bolso frontal, bolso para documentos, etc. Especificações: altura: 37 cm largura: 24 cm e comprimento: 40 cm. EBF PESCA – Especialista em Acessórios de Pesca. Procure nossos produtos nas lojas de pesca, caça e camping de sua preferência. Informações www.ebfpesca.com.br email: [email protected] fone 11 3856 8032 instagram: ebf_pesca_ oficial e facebook.com/ebfpesca Fishing Co Destaque e sucesso na Pesca Trade Show, nossa proposta é oferecer produtos de qualidade, com muito conforto, flexibilidade e proteção solar. As camisetas são produzidas com malha 91% poliamida e 9% elastano, com tecnologia Dry Fit, antibacteriano e protetor solar UFP 50+ (homologado). As bermudas e calças são produzidas com tecido Elastic 90% poliéster e 10% elastano, todas com regulador de ajuste na cintura, para oferecer o máximo de conforto. Procure nas melhores lojas de aventuras. Informações no site www.fishingco. com.br - email: [email protected] e fone (11) 2692 5944 Produtos Karandá – Força Pantaneira Fundada em janeiro de 2002, a Empresa é fruto da ousadia e do espírito empreendedor dos seus proprietários. Anteriormente revendia produtos acabados como chapéus de palha, sentindo o mercado promissor que se descortinava a sua frente, começa a investir e passa também a produzir o seu próprio chapéu, apostando na qualidade do produto oferecido e na inovação. Fiel à sua missão de “surpreender os seus clientes com produtos inovadores e garantir a excelência dos produtos e serviços prestados” a empresa conta hoje com um vasto mix de produtos: chapéus produzidos com fibra, palha, tecido, couro e material reciclado como lona de caminhão, artigos para cutelaria e selaria em geral. Hoje a marca Karandá está consolidada em todo o Brasil, levando o sonho de uma família que com transparência, honestidade, valorização do potencial humano e respeito ao seu cliente, tem a cada dia conquistado seu espaço no mercado. Informações no site www.karanda.com.br - fone (67) 3292 1175 – email: [email protected] facebook/ contatoKaranda e instagram: karanda_oficial Massa para pesca – União Pesca Neste verão é ter sempre na mão a isca certa para melhorar suas chances de sucesso na pescaria. Com esta massa, basta acrescentar água e está pronta para lhe propiciar a fisgada certeira. Sabores: erva-doce, goiaba, banana, milho verde, mel, bichinho da laranja, carnívora, amendoim, natural vermelha e natural amarela, em embalagem de 500g. Procure nas melhores lojas de pesca. Suas pescarias com sossego, tranquilidade e segurança! Informações e compras no tel: (42) 3524 4505 ou 3524 3748 site: www.uniaopesca.com.br e facebook. com/uniaopesca Camisas Gafanhotos Team Qualidade, conforto, segurança, proteção, leveza e liberdade nos movimentos. Peças 100% sublimadas, 100% poliéster, confeccionadas com tecido de tecnologia TrueLife Dry (que simula a transpiração e transporta o suor para as camadas mais externas do tecido), TrueLife Bio (que simula o sistema imunológico a fim de prevenir o surgimento de bactérias que se proliferam na umidade e no calor) e TrueLife UV (que simula a ação da melanina, a fim de proteger a pele contra os raios UV. Tamanhos P, M, G, GG, XG, XGG, EGG, GG1, GG2 e GG3. Personalize e vista sua equipe de aventuras. Veja os produtos, modelos e cores no site www.gafanhotosteam.com.br contato no email contato@ gafanhotosteam.com.br fone (47) 3395 0295 ou WhatsApp (47) 9166 8529 O Brasil conta com cerca de 8.000km de litoral e, neste feriadão de carnaval com a previsão de dias de muito calor, uma boa idéia é juntar descanso e pescaria. para esse blefe. Mauro Yoshiaki Novalo A proveitar os dias do feriadão prolongado – carnaval – na praia não deixa de ser uma boa opção para quem tem para onde ir e ficar acomodado. Com os dias quentes e ensolarados deste verão, nada melhor do que ter diversão para família inteira, pois dependendo do local (mais tranquilo e sem movimento) poderá curtir o sol e praia enquanto pesca. Como qualquer outra modalidade, tem equipamento específico para melhorar seus resultados. Confira nossa sugestão do que usar na hora de montar a sua tralha. Evite acidentes, lembrar que a prática só é possível se a praia estiver livre de outros frequentadores e banhistas. Licença de Pesca Amadora Como toda e qualquer atividade pesqueira, só é permitida com a autorização do órgão competente, no caso, o Ministério da Pesca e Aquicultura. Assim, o pescador deverá estar de posse da “Licença da Pesca Amadora”, que quando solicitada deve ser apresentada a fiscalização, com a carteira de identidade e o boleto bancário comprovando o pagamento da taxa correspondente a categoria do praticante. Pode ser obtido via internet, no endereço eletrônico http://sinpesq.mpa.gov.br/ pndpa/web/pesca_amadora.php validade é 1 ano contada a partir do dia do pagamento do boleto bancário. Tralha As varas para esta modalidade podem ser telescópicas ou em partes. No caso das longas varas para molinetes, em muitos modelos o passador próximo ao cabo acompanha o diâmetro do carretel do molinete e é dobrável para evitar quebras e facilitar na hora do transporte. Opção 1 – Pesca na espuma • Vara até 2,75m e capacidade de arremesso para 80 gramas - ponta fina ou de agulha Vara leve para o pescador ficar com ela na mão para sentir a batida do peixe. Conhecida como pescaria na espuma, isto é, a curta distância, os peixes são menores e rápidos na mordida • Carretilha ou molinete médio para pequeno Não precisa de muita linha, pois irá efetuar lançamentos de no máximo 60 metros • Linha 0,18mm a 0,20mm Como a finalidade é a procura dos peixes de menor porte que ficam na espuma das ondas, linha fina para alta sensibilidade e menos ação dos ventos e ondas com líder até 0,35 mm • Necessidade do líder para o caso de um peixe de maior porte bater na isca Líder com 3 vezes o comprimento da vara, para o pescador poder duelar com o peixe com segurança e, aguentar na hora do arremesso do peso do chumbo + iscas • Anzóis pequenos modelos Akita Kitsune - 6 ou 7 e Maruseigo - 6 a 8 Como o objetivo é o peixe de menor porte com boca menor, um anzol afiado e pequeno é o recomendado Opção 2 – Pesca de espera • Vara de 3m ou maior, com capacidade de arremesso de chumbada de 80 gramas para mais Aqui o peixe visado está longe da areia e, para conseguir os longos lançamentos é necessário vara com maior potência. A escolha recai sobre varas que possam arremessar chumbadas mais pesadas = igual maior distância alcançada. Destaca-se também que vara longa propicia a linha ficar bem mais alta que as ondas, melhorando assim a sensibilidade e visibilidade da batida do peixe. Suf Cast denomina modelo com comprimento que supera 3,90m - tendo como referência principal sua capacidade de arremesso ou cast weight anotada em libras ou gramas. • Carretilha ou molinete médio para grande; Para distâncias maiores, precisará de mais linha e assim a necessidade de aumentar capacidade e tamanho do molinete / carretilha. • Linha base de espessura em torno de 0,20 mm; Aumenta-se somente um pouco o diâmetro mas a linha continua fina, para que saia com velocidade e o mínimo de atrito com o ar • Líder até 0,55 mm; O líder é para proteger contra os peixes de maior porte que porventura entrem na pescaria e, também para suportar no momento do arremesso o peso da chumbada + iscas • Anzóis médios modelo Maruseigo tamanhos entre 10 a 16 Aumenta-se o tamanho do anzol, para oferecer uma isca maior. O modelo em questão apresenta robustez combinando com ponta altamente afiada, além de um desenho especial que resulta em fisgada mais certeira. Para as varas das duas opções, observar a anotação do cast que a mesma suporta pois, se for inferior o arremesso é frouxo, enquanto se for superior ao tolerado pode ocasionar a quebra. Chumbadas (para as duas opções) Para locais em que existam muitas pedras, utilizar os arredondados como: gota, beach bomber, pingo, bola, etc. Óbvio que precisa adequar o peso x distância pretendida x capacidade do equipamento. Para locais sem enrosco, com fundo de areia, utiliza-se chumbadas com linhas retas e que permitam neutralizar parcialmente a ação maré, correnteza e etc, neste caso o formato mais indicado é a pirâmide, triângulo, beach bomber ou aranha (garateia) e seus derivados. • Normalmente na pesca de praia o mais utilizado é o modelo pirâmide, que agarra no fundo de areia devido ao seu formato, proporcionando boa ancoragem quando a maré está forte. • Carambola e beach bomber são os mais aerodinâmicos, proporcionando arremessos longos devido ao formato aerodinâmico e capacidade de cortar o ar. • Gota mais utilizada quando se tem fundo de pedra. Este modelo quando tracionado tem como tendência subir à superfície, minimizando o risco de enrosco. • Medalha – tem um furo no meio e ação igual ao de gota. • Oliva – é a chumbada mais comum, com furo que vai de ponta a ponta, sendo colocado antes do anzol deixando a linha solta, proporcionando maior sensibilidade na mordida do peixe. Normalmente utilizada para isca viva. • Já o modelo aranha (garateia) alia formato aerodinâmico com ganchos abertos no lançamento. Depois do contato na areia estes ganchos enroscam no fundo arenoso, travando a chumbada. Antes de recolher é dar um tranco e os ganchos desarmam. Rabicho ou chicote O chicote ou rabicho é constituído de um conjunto de terminais, que levará: os anzóis e chumbada unidas ao arranque por um girador. Estes terminais ficam na distância determinadas através de nós de correr, e entre eles coloca-se uma miçanga para evitar cortes. Inicialmente, a linha a ser usada no rabicho deverá ser ligeiramente mais resistente que a linha mestre com aproximadamente 80 cm de comprimento. Utilize linhas transparentes (evite as coloridas) e dê preferência as de fluorocarbono. Na ponta deverá ser presa um snap (facilita na hora de trocar a chumbada por outra), e depois o mdelo de chumbada que julgar conveniente. Podem ter 2 ou 3 pernadas (linha que une o terminal ao anzol), e o comprimento destas são ajustadas conforme o fundo ou por exemplo se quiser simular que a isca esteja viva, uma linha fina bem mais comprida que o líder fornecerá os movimentos Iscas As melhores iscas são as capturadas no local da pescaria. Se a praia tiver corruptos (pequenos crustáceos que se enterram na areia), então com um apetrecho especialmente montado para isto facilita a sua captura. Outras iscas: minhocas de praia, tatuíras, baratinhas do mar, moluscos e sem esquecer das lulas e camarões em pedaços. Para os grandes peixes: pedaços de pequenos peixes ou sardinhas inteiras. O momento de conseguir a isca é na maré baixa, quando observamos os buraquinhos na areia, que posteriormente a água do mar vai cobrir. Maré enchendo é hora de iniciar a pescaria. Para não perder a isca no instante do arremesso é aconselhável o uso de elastricot ou um pedaço de linha bem fina. Se a praia não for de tombo, ou seja, afunda lentamente o ideal é identificar os canais - paralelos a praia – onde os peixes ficam a caça. Para perceber no visual, acompanhe a formação da onda e onde morrer, aí está um canal. O arremesso é para cair após o canal, recolher até sentir na linha uma pressão maior, indicando correnteza mais forte = canal. Colocar a vara no apoiador, travar o equipamento e recolher o suficiente para manter a linha esticada e, aguardar a batida do peixe. Se preferir iscas artificiais, as imitações de camarões são boas para esta modalidade. É bom ter tesouras, alicates e material reserva (linhas, anzóis e etc). Proteção é fundamental então tenha sempre a mão: protetor solar, bonés ou chapéus, óculos escuros, banquetas e os apoios de varas - para facilitar sua vida na hora da reposição da isca e conforto para a pesca de espera. Prefira frutas, alimentos leves e não esquecer de beber muita água para evitar desidratação. No final da pescaria, lavar com água doce toda a tralha que levou para a areia, mesmo que não tenha utilizado. Aproveite o feriadão e divirta-se mas, com responsabilidade. Ótimas pescarias! Apoio: Cachaça Wiba! www.cachacawiba.com.br EBF Pesca www.ebfpesca.com.br Fishing Co www.stanley.com.br Gafanhotos Team www.gafanhotosteam.com.br Karandá www.karanda.com.br Maré Iscas www.mareiscas.com.br Moro e Deconto www.morodeconto.com.br Mustad www.mustad.com.br União Pesca www.uniaopesca.com.br NIPPAK PESCA Mauro Yoshiaki Novalo Texto: Mauro Yoshiaki Novalo Revisão: Aldo Shiguti Publicidade [email protected] Tel. (11) 3208-4863 São Paulo, 04 a 10 de fevereiro de 2016 JORNAL NIPPAK 11 softbol Apesar da crise, Taça Tiemi Yajima mantém tradição há 14 anos A crise financeira está afetando o desenvolvimento de várias modalidades esportivas no país, principalmente aquelas que não tem para onde correr. É o caso do softbol. Fora do programa olímpico desde 2008, em Pequim e, consequentemente longe dos holofotes e de qualquer possibilidade de receber investimento do governo federal, o esporte sobrevive graças ao trabalho de abnegados. Um exemplo é o Torneio Início de Softbol Feminino Sub 13 (Aberto) e Festival T-Bol feminino “Taça Tiemi Yajima” 2016, que acontece n os dias 13 e 14 deste mês, no Centro de Treinamento da Yakult/CBBS, em Ibiúa (SP). Evento que abre oficialmente o calendário da CBBS, a competição foi idealizada pelo diretor técnico comissário da Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol (CBBS), Nelson Yajima, que atua também como supervisor do Departamento de Árbitros da entidade ou, resumindo, um voluntário da entidade. Yajima organizou o torneio como forma de homenagear e manter viva a memória de sua flha, Tiemi Yajima, que faleceu em 1994, com apenas 11 anos de idade. Às custas de muito sacrifício, a competição atingirá sua 14ª edição este ano com a participação de 12 equipes: Maringá “A” e “B”, Paraná Clube, Nikkei Curitiba, Marília, Tozan, Indaiatuba, Atibaia, Gecebs, São Paulo-Gigante, Arujá-Universo e Coopercotia. Praticamente o mesmo número de equipes do ano passado, com a ausência da Aelu, do Peru. Crise – “Na verdade, a maioria das equipes, especialmente as da Capital, estão sofrendo uma redução no seu quadro de atletas, diria que em cerca de 30%”, explica Yajima, afirmando que “nosso objetivo sempre foi o de incentivar as categorias de base, que contam com apenas dois campeonatos ao longo do ano promovidos pela CBBS”. “A maioria dos times da Capital vem incompletos.”, conta Yajima, lembrando que chegou a con- evento estava bem animado e a organizadora do evento, monge Miyosei, “ficou contente pois foram consumidos todas as comidas preparadas com carinho pelas senhoras”. Além do yakisoba e udon a maior procura foi pelo Hiyashi Chyuka (lamen gelado). arquiivo A equipe do Paraná Clube conquistou o torneio em 2014: competição deve reunir 12 times este ano custos sozinho. “Oficialmente não tenho ajuda, recebo ajuda apenas de amigos”, destaca ele, acrescentando que este ano as homenagens serão mais singelas. “Mas também temos nossas recompensas. É muito gratificante quando uma jogadora de seleção fala que ainda guarda a medalha que ganhou. Isso não tem dinheiro que paga”, garante Yajima. (Aldo Shiguti) Yajima entrega a taça para Maringá, campeã do ano passado sultar os dirigentes da equipe de Maringá, última campeã do torneio, para saber se daria ou não continuidade ao torneio. “Eles me disseram para continuar, caso contrário aí sim, é que a categoria acabaria de vez”, assegura Yajima, explicando que sua decisão não estava apenas na escassez cada vez maior de atletas, mas também na crise financeira pela qual passa o país. “Em 2015 já senti dificuldade em realizá-lo por ser um evento diferenciado, em que desde a primeira edição distribuo brindes e prêmios a todas as atletas, independentemente da classificação. Essa é uma marca do torneio, que todas as crianças ficam esperando”, diz Yajima, afirmando que praticamente arca com os 14º Torneio Início de Softbol Internacional Feminino Sub 13 (Aberto) e Festival T-Bol feminino “Taça Tiemi Yajima” 2016 Onde: C.T. Yakult – Rodovia Bunjiro Nakao, km 58,5 – Ibiúna (SP) Quando: Dias 13 e 14 de fevereiro. Abertura: a partir das 8 horas Informações pelo telefone: 11/9 9985-3060 Entrada franca ASSINE Jornal Nippak (11) 3340-6060 COLUNA AKIRA SAITO Um passo no escuro Torneio é uma das duas competições da categoria Atletas aguardam competição com ansiedade TÊNIS DE MESA Modalidade têm atletas de alto nível graças ao trabalho de clubes espalhados pelo país divulgação Atletas durante intervalo de treinamento na ADR Itaim Keiko: clube é um dos mais tradicionais do país A estrutura brasileira do tênis de mesa é muito diferente a da China e Japão, pois aqui temos sua base de formação nos clubes, já que nas escolas e nas Prefeituras, ambas ajudam muito pouco na captação e capacitação. Por ter visitado os 27 estados do país pelo tênis de mesa, posso falar com propriedade que devido a algumas pessoas abnegadas é que JOE HIRATA – O cantor Joe Hirata abriu seu calendário de shows em 2016 no último dia 30, com uma apresentação no Festival das Estrelas, no Templo Budista Jogan Ji Fudô Miyô, em Diadema (região do Grande ABC), comemorando a entrada do Ano do Macaco. Segundo ele, o a modalidade cresce. Alguns estados trabalhando com clubes e outras com as Prefeituras. Estes são os clubes que têm trabalhado forte e contribuindo bastante com o TM estadual/nacional: RS - Ivoti e Sogipa SC - Base nas prefeituras PR – Acema (Associação Cultural e Esportiva de Maringá), Acel (Associação Cultural e Esportiva de Londrina), Assai, Toledo, Cascavel, Campo Mourao e Nikkey Curitiba SP - São Caetano, Vale do Paraíba, Jundiaí, Itaim Keiko, Kenzen, Itaquera, Acrepa, Ateme, Bunka SA e SBC, Casa Verde e Uceg (União Cultural e Esportiva Guarulhense) RJ - Fluminense, ACTM, Madureira, MG - Varginha, Praia Clube, MS - Nippo, Amambay e TopSpin. Nos demais estados, todos tem trabalhado bem forte, porém, com poucos atletas na seleção brasileira atual. Engo Marcos Yamada Consultor Especialista em TM. “O limite se baseia naquilo que se sabe e tem segurança, o desconhecido é um passo importante para aqueles que querem ir além” Início de ano, novos projetos, novas ideias, novos lugares, para muitos tudo é novo. Com isso, a sensação que se tem é a de insegurança, afinal de contas, está se dando um passo rumo a algo totalmente desconhecido. Para algumas pessoas este fator é algo muito difícil, e em alguns casos até pode levar a uma fatal desistência, por sentirem a extrema necessidade de se ter segurança. As crianças sofrem muito com isso, por mudarem de escola, de professor, de amigos, enfim, qualquer mudança é encarada como um fator novo de insegurança. O adulto possui também esta sensação, mas muitas vezes esquece que com as crianças pode ser muito mais difícil entender. Seja um adulto que já pensou e foi criança e não espere que uma criança saiba como pensa um adulto. Um exercício fácil para os adultos, mas de grande utilidade é fechar os olhos, respirar profundamente, prestar atenção no ar sendo inspirado percorrendo todo nosso corpo e depois sendo expirado, acalmar a mente e depois dar um passo e depois outro. O ato de dar um passo no escuro representa o medo do desconhecido, representa não saber onde irá pisar. Talvez a segurança seja ficar parado, porém, é assim também em nossa vida, sem darmos o passo no escuro não percorreremos o caminho das descobertas, do aprendizado e da evolução. Vença a insegurança, dê seu passo no escuro e se orgulhe de conquistar mais esta etapa rumo ao desconhecido!!!!! GANBARIMASHOU!!!!! *Akira Saito, professor e praticante de Budo há 32 anos, morou no Japão de maio de 1990 a setembro de 1996, onde treinou karate sob a tutela do Hanshi Konomoto Takashi – 9º dan, graduando-se até o 3º Dan e tornando-se instrutor da matriz na cidade de Sagara-cho e das filiais das cidades de Hamamatsu-shi e Hamakita-cho até o retorno ao Brasil. Atualmente tem a graduação de 5 Dan e recebeu o título de Renshi-Shihan da matriz no Japão. E-mail: [email protected] www.karatedogojukai.com.br www.saitobrothers.com www.artesdojapao.com.br www.akirasaito.blogspot.com JORNAL NIPPAK 12 São Paulo, 04 a 10 de fevereiro de 2016 CARNAVAL Na Ala de Compositores da Mocidade Alegre, Edson Akimoto une trabalho e paixão S e o carnaval para uns é pura brincadeira e diversão, para outros é paixão, muito trabalho e responsabilidade. É o caso do gerente financeiro, músico e compositor de samba, Edson Akimoto, que se divide entre sua atividade na loja de acessórios para veículos e a quadra da Escola de Samba Mocidade Alegre como compositor de samba, leva muito a sério, unindo o útil ao agradável. Além de compor sambas enredos, ele toca vários instrumentos como cavaquinho, violão e bandolim desde os 18 anos de idade. Akimoto em um bate papo informal a reportagem conta como nasceu a sua paixão pelo samba. “Comecei quando moleque a dedilhar o violão, cavaquinho e o bandolim com os amigos, a partir daí nasceu a minha simpatia e admiração pelo samba”, afirma. “Aos 18 anos de idade comecei a fazer aulas e produções musicais com grupos de samba e bandas, de lá para cá não parei mais, aí virou paixão e trabalho”, admite Edson. De acordo com Akimoto, seu maior desafio foi vencer o preconceito, pois já sofreu muita discriminação por ser branco e descendente de japonês, onde a maioria dos compositores são negros. Seu apelido nas rodas de samba e pelas quadras das escolas de samba por onde passou como Rosas arquivo pessoal Edson Akimoto (primeiro à esquerda), durante ensaio na quadra da Mocidade Alegre de compositores da Mocidade Alegre, que criam e disputam em concurso o samba enredo que vai agitar a passarela do samba em São Paulo. “Nós como compositores recebemos uma sinópse do tema da escola. São muitas horas de sacrifícios, ansiedade para o processo de criação. Nos reunimos para escrever o samba, ritmo onde vários compositores disputam e concorrem ao samba que será o samba enredo da escola. É uma disputa cruel e acirrada para que tudo saia perfeito”, comenta Akimoto que apesar de disputar em várias escolas, se mantém fiel a Mocidade Alegre. (Luci Judice Yizima) Desfile das Escolas de Samba do Grupo Especial e Grupo de Acesso de São Paulo Onde: Sambódromo do Anhembi - Av. Olavo Fontoura, 1209 - Santana, São Paulo - SP Quando: De 05, 06 e 07 de Fevereiro Confira a ordem dos desfiles das Escolas de Samba do Grupo Especial e Grupo de Acesso SEXTA-FEIRA, 05 DE FEVEREIRO 23H15 – PÉROLA NEGRA Tema: “Do Canindé ao samba no pé. A Vila Madalena nos passos do balé”. 00H20 – UNIDOS DE VILA MARIA Tema: “A Vila famosa é mais bela, Ilhabela das maravilhas” 01H25 – ÁGUIA DE OURO Tema: “Ave Maria cheia de faces”. Para Edson Akimoto (c), maior desafio foi vencer o preconceito Nikkeis superam a timidez e mostram muito samba no pé no Anhembi O empresário japonês, Tsubasa Miyoshi não quer fazer feio no carnaval. Ele vem ao Brasil 4 meses antes do carnaval para aprender o samba enredo da Império da Casa Verde, onde sai há 11 anos, e hoje é destaque de mestre sala. Mas também vem fazer negócios, pois no Japão ele tem uma loja de fantasias de carnaval e dá aulas de samba. Em entrevista, o empresário e passista Tsubasa diz que, “O carnaval faz parte de mim, e não tem como tirar. Se não tem carnaval, não existe Tsubasa. Sempre saio na Escola de Samba da Liberdade de Tóquio, no Japão, escola fundada por japoneses”. A foliã Marcia Matsuo que já está com o enredo da Escola Acadêmicos do Tatuapé na ponta da língua, e muito samba para desfilar no Anhembi, destaca que o samba é sua paixão, tem uma energia diferente e contagiante. “É impossível ficar indiferente ao som de uma bateria, é gostoso e muito contagiante. Eu adoro o carnaval”, enfatiza Matsuo. de Ouro, Unidos do Tucuruvi, Águia de Ouro era Japão ou japa. Mas em 1996 ele se encantou mesmo, e encontrou a sua ‘família do samba’ foi na Escola de Samba Mocidade Alegre, no qual integra a ‘Ala dos Compositores’, e está até hoje. Ele também participou por 3 anos consecutivos dos carnavais na cidade de Laranjeiras, no interior paulista, compondo o samba enredo da Escola de Samba Unidos de Laranjeiras. O compositor já fez parte da Escola de Samba Portela, no Rio de Janeiro. O músico participa do projeto “Morada do Samba”, é uma roda de samba antes de começar os ensaios, um aquecimento onde são tocadas as músicas de composições próprias, na qual sua filha Luiza Akimoto canta com os outros compositores, um repertório variado que tem desde chorinho e os clássicos do samba. Segundo ele são 35 compositores que fazem parte da ala E completa, “Assim como no passado o carnaval era genuinamente encantador ao som das marchinhas. Hoje, com a modernização do carnaval e alta tecnologia das escolas de samba em São Paulo se profissionalizaram, e estão cada ano mais competitivas igual as do Rio de Janeiro. Não precisamos sair de São Paulo para curtir no Rio, temos carnaval tão bom quanto dos cariocas”. Outro folião que vai levar para avenida 100 pessoas entre nikkeis e japoneses através do Instituto Paulo Kobayashi, na Escola de Samba Águia de Ouro, é o empresário Victor Kobayashi. “Diferentemente do ano passado que levamos 650 pessoas entre nikkeis e japoneses para a avenida, devido o tema da Águia de Ouro ser 120 Anos de Amizade entre Brasil e Japão, esse ano o tema é ‘Ave Maria cheia de faces’ estamos com 100 pessoas na ala do IPK que prometem fazer bonito na avenida”, garante Kobayashi. A japonesa Akiko Tsukada pelo quarto ano con- 02H30 – ROSAS DE OURO Tema: “Arte à flor da pele. A minha história vai marcar você”. 03H35 – NENÊ DE VILA MATILDE Tema: “Nenê apresenta seu musical: Rainha Raia nas Asas do Carnaval”. 04H40 – GAVIÕES DA FIEL Tema: “É Fantástico! Imagine, admire e sinta!”. 05H45 – ACADÊMICOS DO TATUAPÉ Tema: “É ela, a Deusa da Passarela – Olha a Beija-flor aí gente!”. SÁBADO, 06 DE FEVEREIRO 22H30 – UNIDOS DO PERUCHE Tema: “Ponha um pouco de amor numa cadência e vai ver que ninguém no mundo vence a beleza que tem o samba…100 anos de samba, minha vida, minha raiz”. 23H35 – IMPÉRIO DE CASA VERDE Tema: “O Império dos Mistérios”. 00H40 – ACADÊMICOS DO TUCURUVI Tema: “Celebrando a religiosidade, Tucuruvi canta as festas de Fé” 01H45 – MOCIDADE ALEGRE Tema: “Ayo – A alma ancestral do samba” 02H50 – VAI-VAI Tema: “Je Suis Vai-Vai, bem-vindos a França” 03H55 – DRAGÕES DA REAL Tema: “Surpresa! Adivinha o que eu trouxe pra você?” O empresário japonês Tsubasa na Império da Casa Verde secutivo vem ao Brasil para trabalhar voluntariamente e ao mesmo tempo aprender a costurar fantasias na oficina da Escola de Samba Império da Casa Verde. No Japão, a comerciante tem uma oficina de fantasias em sua residência em Tóquio, e garante que capricha nos modelitos da Escola de Samba Liberdade do Japão. “Aprender nunca é demais. As pessoas aqui no Brasil são atenciosas, a cada dia aprendo uma coisa diferente. Quero ter a qualidade e o capricho das fantasias brasileiras, para isso preciso me reciclar” diz. E completa, “é muito prazeroso fazer fantasias e ver a alegoria na passarela do samba brilhar, é uma sensação maravilhosa e até me emociono”. Tsukada afirma ter clientes fiéis no Japão. (LJY) 05H00 – X-9 PAULISTANA Tema: “Açaí guardiã ! Do amor de Iaçã ao esplendor de Belém do Pará”. DOMINGO, 07 DE FEVEREIRO 21H00 – BARROCA ZONA SUL Tema: “Bakhita”. 22H00 – TOM MAIOR Tema: “Travessias de Milton Nascimento, todo artista tem de ir aonde o povo esta..”. 23H00 – COLORADO DO BRÁS Tema: “Transformando a química da Vida”. 00H00 – MORRO DA CASA VERDE Tema: “Mzemba-a-Nzinga, Dom Afonso I – Um Rei Cristão no Império Africano do Congo”. 01H00 – CAMISA VERDE E BRANCO Tema: “Nas águas sagradas de Oxum, Iemanjá e Oxalá, Camisa Verde dá um banho de alegria”. 02H00 – MANCHA VERDE Tema: “Mato Grosso, uma Mancha Verde no coração do Brasil” 03H00 – IMPERADOR DO IPIRANGA Tema: “A Imperador reluz esperança Com… Don Quixote Dela Mancha”. 04H00 – LEANDRO DE ITAQUERA Tema: “Rainhas de todos nós, mulheres guerreiras! Ê, Baiana… Com suas bênçãos, a Leandro conta sua história e celebra o centenário do samba”. Marcia Matsuo na quadra da Acadêmicos do Tatuapé Victor Kobayashi (2º a partir da direita) na quadra da Águia de Ouro 05H00 – INDEPENDENTE TRICOLOR Tema: “O que conta no faz de contas”.