Aqui - Escola B+S Bispo D. Manuel Ferreira Cabral
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Escola B+S Bispo D. Manuel Ferreira Cabral 25 de Março de 2010 Ano 1, N.º 2 Incognitus Distribuição gratuita Páscoa Nesta edição: Editorial 2 Triatlo Literário 2 Feira do Amor 3 Página Solta 3 Penso, logo escrevo 7 Docinho de Morango e a Primavera 13 Escola em movimento 11, 14 e 15 Aproxima-se mais uma interrupção da actividade lectiva, o último fôlego para os meses finais de mais um ano lectivo. Feliz Acelerando Acabamos por dar mais importância a cogitações mais profundas, sejam elas a respeito e nós ou dos outros. Em momentos destes estamos mais sensíveis a ques- Ao contrário de outras épocas festivas, a Páscoa dever ser vista e aproveitada para uma reflexão mais profunda. Pontos de interesse especiais: familiar ou profissional. Independentemente de sermos cristãos ou não, a Páscoa deverá servir para essa meditação pessoal, para o balanço da sua vida pessoal, tões humanitárias ou a atrocidades que nos surgem cometidas pela humanidade. Como será possível que a humanidade cometa tais crueldades? Num mundo que vive hoje à sombra da globalização, é impossí- vel ficarmos indiferentes a todas estas questões. O humano parece ser o único ser que tem deliberada e intencionalmente feito mal a outro da sua espécie. Nem os animais assim agem. Estamos em pleno século XXI, mas para muita gente o tempo parece ter parado. A vivência de alguns é diariamente na base de adver si dades de toda a ordem. N a cor r er i a dos nossos dias, temos de parar um pouco e tentar perceber o nosso mundo. Digamos que é uma questão de sobrevivência. (continua na página 8) carpete fora (crónica) O carnaval saiu à rua Mulher Reportagens de actividades decorridas A Páscoa — origens e símbolos Textos criativos Passatempos Intercâmbio (continua na página 9) Página 2 I n c o g n it u s A no 1, N. º 2 Editorial Aqui está o n.º 2 da nossa gazeta. Destacamos, com particular agrado, a colaboração de professores e alunos na prossecução dos objectivos iniciais a que nos propusemos: incentivar a leitura e a escrita. Incognitus Agora que finalizamos o 2.º período, é altura de balanços e afazeres a uma velocidade estonteante. Apesar de tudo, alguns alunos e professores disponibilizaram um certo tempo para nos fazerem chegar as suas demandas e os seus pensamentos. Neste número, temos um pouco de tudo. Desde a referência a visitas de estudo, passando pela apresentação de textos cria- dos para determinadas disciplinas, ou textos de índole mais criativa e literária. Dentro das nossas limitações quer temporais, quer físicas, tentamos convencer a comunidade que há espaço para um periódico deste género. Os seus autores e colaboradores estimam o agrado demonstrado por aqueles que, em jeito de críticos, tecem as suas considerações. Com boas ou más apreciações não há que esmorecer . O futuro é para a frente e não para a retaguarda. O Projecto de Animação de Leitura espera contar com mais colaboradores e que o jornal persista na sua senda, apesar de sabermos que este género de suporte está cada vez mais ameaçado. O digital há muito que domina. Relembramos aqui que toda e qualquer cooperação é bem vinda. Os textos ou imagens para publicação podem ser remetidos para o nosso endereço de correio electrónico: [email protected] Saudações amigas e muito boas leituras! Pelo PAL Victor Vieira Triatlo Literário - 2.ª eliminatória O Triatlo Literário é um concurso de leitura, dirigido a alunos do 3.º ciclo, que consiste na realização de uma prova dividida em três modalidades: leitura, escrita e cultura. A primeira baseia-se na leitura expressiva de um excerto da obra; a segunda refere-se à redacção de um texto e a terceira consiste num questionário de resposta múltipla. A segunda eliminatória do “Triatlo Literário”, concurso promovido pelo Baú de Leitura, decorrerá no dia 16 de Abril, na nossa escola, a partir das 14:30h. Esta prova conta com a participação dos alunos vencedores da 1.ª eliminatória das escolas de S. Vicente, Santana, Caniçal, Porto da Cruz e Caniço. A nossa escola será representada pela Cláudia Gouveia, da turma 8.º2. De referir que, nesta etapa, os alunos serão avaliados por um júri composto por cinco ele- mentos, de entre os quais um escritor. Os três primeiros classificados ficarão apurados para a prova final, a decorrer na Feira do Livro do Funchal, em Maio. Lembramos que está em jogo, entre outras coisas, um computador portátil, oferecido pela FNAC ao vencedor do concurso. Guida Andrade http://dre.madeira-edu.pt/baudeleitura Edição: Escola B + S Bispo D. Manuel Ferreira Cabral Coordenação: Projecto de Animação de Leitura (PAL) Coordenadores do PAL: Guida Andrade, Liliana Melo, Victor Vieira Agradecimentos: a todos aqueles que se disponibilizaram com os seus contributos para o presente número A no 1, N. º 2 I n c o g n it u s Página 3 Feira do Amor Este ano, pela coincidência com a celebração do carnaval na escola, optouse por antecipar a nossa feira para o dia 11 de Fevereiro. Não foi por isso que os amigos e apaixonados se deixaram esmorecer. Muitos até aproveitaram para se mimar com as maçãs de chocolate, os bombons e as gomas que havíamos preparado. A Feira do Amor não é mais do que uma actividade que propõe celebrar um dia dedicado em especial ao amor e, de modo geral, a todo o tipo de amizade. Alguns, mais altruístas, lembraram-se dos amigos e das suas almas gémeas. Para o ano há mais. O amor e a amizade é que são eternos, com ou sem Feira. “Página solta à procura do seu livro” Este concurso teve como principais objectivos promover a leitura, associado a uma vertente mais lúdica. Esta edição do concurso não correu tão bem como as anteriores, mas realizou-se apesar de tudo. Nos dias 23 e 24 de Fevereiro, procedeu-se à entrega dos prémios referentes ao concurso "Página Solta à procura do seu Livro", destinado a alunos de 2.º e 3.º ciclo da nossa escola. Pode considerar-se que a participação dos alunos de 2.º ciclo foi bastante grande. O mesmo não aconteceu com os alunos de 3.º ciclo. Apesar de tudo, foi agradável ver, novamente, o empenho de alguns alunos nesta actividade de promoção da leitura. As foram: alunas premiadas Andreia Silva, da turma 5.º3; Jéssica Jesus, da turma 5.º 1; Letícia Perestrelo, da turma 5.º1. Os prémios, livros e chocolates, foram entregues nas aulas de Língua Portuguesa. Parabéns às vencedoras! Página 4 I n c o g n it u s A no 1, N. º 2 Feliz Madeira 20 de Fevereiro de 2010 Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu. No dia anterior, o Sol exibira-se escarninho, pujando-se pelos castelinhos de nuvens esbranquiçadas que o azul suspendia pelo ar ocioso. A tarde, soberbamente indumentada, despontara sorrisos de felicidade nas gentes buliçosas, que lhe sorveram os feixes como uma emersão dos pegos marítimos. A noite trouxera uma viuvez predestinada e a madrugada, de candeia pardacenta, apregoara os brados do algoz cangalheiro, envolto no manto letal da tempestade horrenda. No Pomar da Rocha, a pujança rebelde da vegetação encadeia-nos o olhar tacanho. Estamos habituados a ver jardins esquadrinhados, esculpidos segundo os nossos devaneios e ambições. Moldámo-nos ao pronto a olhar e lambuzamo-nos com o festim programado dos lírios ou dos junquilhos amarelos, que adocicam o ar com os seus aromas namoradeiros. Naquele retalho genesíaco, as encostas acasteladas verdejam mimadas pela exuberância das águas vítreas. Sobre a côdea dos morros, pintalga o vermelho dos telhados, como punhados de cerejas entrelaçadas a espreitar por detrás do folhedo opulento. Uma nespereira encarrapita-se sobre o fatiado da montanha, que se sustenta entre a penedia apinhoada pelas mesmas mãos que cuidam dos alfobres saborosos. Um véu de água desinquieto precipita-se, largos metros, sobre os seixos lapidados e esgueira-se para lá dos ramos das árvores. Nessa manhã de sábado, os declives das montanhas bramiram de sofrimento. O gorgolejar aprazível dos corgos transformou-se num Adamastor indomável e vingativo, de «rosto carregado», «barba esquálida», os cabelos «crespos» e «cheios de terra», a «boca negra», os «dentes amarelos», capaz de tragar os casalejos que lhe atravancavam a fúria de não poder ser amado. No topo de uma escarpa, despontava, em jeitos de provocação, uma pequena casa encimada por um terraço que dominava todo o vale pletórico, como se se quisesse agigantar à gávea de uma caravela. O ventre da encosta, acossado pela borrasca, embuchou até à exaustão. Esgotada, a montanha soltou um balido de dor como um cordeiro empastelado de líquidos fetais e, em seguida, semelhante ao acordar de um monstro há muito adormecido, urrou do mais fundo dos Infernos, precipitando sobre a gávea desprotegida uma enorme vaga lamarenta. Um rapaz correu por uma vereda em aflição. Não olhava para trás. Só corria, corria sem parar, sem ver o caminho lamacento do sangue que lhe escorria não se sabe donde, sempre a gritar. O pai não lhe escutava os gritos cavos. Desesperado e a tremer, não de medo mas de esforço, abraçava-se ao sobrinho que tentava içar a todo o custo do entulho. Também ele se enterrava ainda mais na lama, mas não desistia, puxava sempre, impelido pelo choro compulsivo do rapazito. Onze anos tolhidos naquele desespero agonizante. A argamassa enjaulava-o. O esforço daquele pai, que não ouvia os gritos do filho a correr pela vereda, era em vão. Onze anos apenas e o dever de crescer. Na cozinha atafulhada de lameira, exasperava uma rapariga de cabelos compridos, a pingar o castanho da cor que não se via. Circulava, estonteada, de um lado para o outro. Olhava em redor e não via nada, só o suplício do medo aterrador. Do seu rosto adolescente, tão belo como a Primavera que sempre chega, já não alcançava os sussurros do primo, com quem brincava quando a escola terminava por mais um dia. Tal como ela, para sempre sentada a ver-nos desconhecidos, também vamos guardar a imagem daquela criança de sete anos, a sorrir-nos do alto da camisola vermelho-vivo, com a sua terna meninice feita de caracóis sobre a testa suada de tanto cabriolar. Nunca mais se viu a avó. Habitava a parte de baixo da casa, completamente engolida pela terra impiedosa. Não saiu da cama. Aconchegou-se nos cobertores quentes que a cobriam e adormeceu na escuridão do último dia. Mas o Mostrengo não estava satisfeito. A abundância das águas despidas de ninfas não lhe trazia o amor de Tétis, «das águas a Princesa». Não poderia admitir que esta amasse um humano e o rejeitasse a ele, que era um Gigante, filho da Terra. A montanha rasgou-se mais uma vez perante o ímpeto dos seus pulsos iracundos. Um estrondo ainda maior do que o primeiro projectou-se pela escarpa e abocanhou num trago cavernoso a casa desafiante, que ousou penetrar nos «vedados términos». Uma mortalha de terra e pedras cimentou o choro do Marcelino, que gritava, abraçado ao tio impotente, que queria viver. A chuva amainou. A montanha encolheuse de vergonha e emudeceu, respeitando o murmúrio das vozes em pranto. Um corgo lacrimoso misturou-se às águas lamacentas que se afugentavam para o sopé da montanha. O Ezequiel tinha apenas sete anos quando a enxurrada o colheu. Como ele, pereceram os pais, Manuel e Anacleta, os primos, Marcelino e Carla, a tia Fátima e a avó Maria da Conceição. O choro do Marcelino, amortalhado tão precocemente, foi afogado pela lama e esmagado pelas rochas que se desprenderam da encosta. Insondavelmente, no meio de toda a destruição, mantiveram-se imperturbáveis os vasos de plantas nos degraus de acesso ao terraço. É a imagem de Ícaro que agora se observa do alto da gávea da caravela. É a nossa própria imagem que lá está. É o inconformismo da gente que não desiste de lutar. «E a cruz ao alto diz que o que me dá na alma / E faz a febre em mim de navegar / Só encontrará de Deus na eterna calma / o porto sempre por achar». O único que se salvou foi o Feliz, o irmão mais velho do Ezequiel, que naquela manhã assombrosa de sábado ludibriou a Morte por um triz. Um feliz acaso ou talvez não... Hélder Teixeira Nota: As citações foram retiradas quer d’ Os Lusíadas, de Luís de Camões, quer da Mensagem, de Fernando Pessoa. A no 1, N. º 2 I n c o g n it u s Página 5 Acelerando carpete fora (crónica) Lembro-me de num passado não muito distante, de borbulhas no rosto e membros desmesurados, me sentar a pensar como seria a minha vida futura. Como seria a minha mulher? Quantos filhos iria ter? Tudo aquilo, na altura, me parecia a milhões de anos-luz de distância, como se fosse preciso mais que uma vida inteira para encontrar esses caminhos. Como se aquele outro imaginado, casado e com filhos, não pudesse ser eu próprio. Recordo-me bem das vezes em que a minha avó, com todo o carinho, me dizia: ”Guarda esses carrinhos, que um dia são para o teu filho”; ou “Tens aqui uma prenda para um dia quando te casares”. Eu, estúpido como só um adolescente podia ser, talvez, na tentativa de ser adulto, fugindo a tudo o que me pudesse ligar a ser criança, respondia de forma brusca: “Mas algum dia o meu filho vai brincar com isso”; ou “tens cada uma avó, ele há-de ter coisas muito melhores para brincar”; ou pior, quando nada dizia, mas ficava a pensar “mais uma porra para o enxoval, grande treta”. O legado dos carrinhos perdeu-se, por completo, oferecido sem pensar a um e outro miúdo que aparecesse lá por casa. Quanto ao enxoval, valeu-me a persistência das avós (das três que tenho, mas isso é outra história) e da minha mãe para não ter sido, também, perdido nas asas do tempo. Não sei se a palavra estúpido não será um eufemismo para aquela forma de responder ou pensar. No entanto, tento não me martirizar em demasia quando, hoje, olho para trás e me vejo nesse tem- po: afinal, estava apenas perdido entre um mundo de sonhos da infância e um outro mundo futuro, na altura, ainda impossível de conceber. Ontem, dei por mim a pensar que esse mundo, outrora tão difícil de imaginar, estava bem ali à minha frente: o meu filhote, de apenas 1 ano de idade, emitia um “bruuum, bruum”, enquanto na sua pequena mão um carrinho da matchbox, desses mesmos que eu coleccionava, acelerava carpete fora. Lembrei-me do legado das dezenas de carrinhos que, infelizmente, não lhe soube guardar e dei por mim enternecido quando peguei num velho pano de cozinha bordado pela minha avó. http://caraveladosmeusdedos.blogspot.com/ David Fazendeiro Carnaval e dia dos namorados Amizade No dia 12 de Fevereiro festejamos o carnaval, com um bonito desfile pelas ruas de Santana. A amizade é o amor sem asas! Contudo, também celebramos uma tradição muito querida e engraçada que foi o dia dos namorados. A adesão foi a esperada, uma vez que houve empenho por parte dos alunos e dos professores na escrita de algumas cartas de teor mais na linha da amizade e outras na linha do amor. Surgiram temas criativos e até curiosos no que diz respeito à atitude dos alunos para com os professores e vice-versa, dentro da sala de aula. Podemos concluir que estas duas iniciativas foram vividas com entusiasmo e dedicação por parte dos professores e dos alunos, não deixando de salientar a iniciativa das caixas de correio e a distribuição das cartas, levadas a cabo pela turma 7.º 5. Podemos viajar por labirintos inimagináveis de ternura e afectos. Podemos planar por mundos antes desconhecidos. Assim sendo, podemos afirmar que uma boa amizade: transforma o medo em confiança, o desalento em esperança, as incertezas em certezas, o desamor em amor, a escuridão em luz. A amizade tudo acalma é uma poesia que seduz! Maria Luísa e Luísa Lopes Fashion In my opinion fashion and appearance are not important, what is important is people feeling comfortable. Firstly, I prefer to wear jeans, a t-shirt, a jacket and trainers, because I like comfortable clothes. The colours I like in my clothes are yellow, purple and grey. Secondly, I don't go shopping very often, but when I buy clothes I only buy those which fit me. I usually go shopping with my mother. I think brand labels are not very important and I don't have a favourite brand label because I just buy the clothes I like. Bem-haja! Luísa Lopes e Maria Luísa Lastly, I think fashion and famous people influence mainly the way teenagers dress. I don't have a favourite fashion designer or model, because I don't like fashion. In conclusion, I think that fashion is not important, but there are people who love fashion and people who are fashion victims. Ana Catarina Freitas 8.º 4 Página 6 I n c o g n it u s A no 1, N. º 2 Mulher mulheres fossem jantar com as amigas ou a clubes de striptease num dia qualquer e que reservassem este dia para se manifestarem por aquelas que não têm tantas regalias. Têm mais trezentos e muitos dias para essas coisas. Isso só mostra que as mulheres que se dizem sensíveis a tantas questões, aqui falham. Sara acordou, tomou um duche, vestiu-se e desceu até à cozinha. O seu pai preparava o pequenoalmoço, nada mais do que leite quente e uma taça de cereais integrais. José aparentava quarenta e poucos anos, mas na realidade ainda não os atingira. Casara aos 24 anos com uma jovem de igual idade, Patrícia. Viviam nos subúrbios da cidade desde então, num apartamento de três assoalhadas. José ficou boquiaberto. Poucas vezes falava de questões complexas ou sensíveis como esta, pelo menos com “gente de palmo e meio”, mas Sara surpreendera-o, conseguira pasmá-lo. Era realmente uma adolescente com ideias. Saía à mãe. Ele nunca fora de filosofar ou questionar muito o status quo. Agora tinha de lhe responder, com a experiência que tinha. José estava a recordar, nos seus pensamentos, os bons tempos da universidade, quando se conheceram. Foi amor à primeira vista, no entanto, só começaram a namorar já iam no terceiro ano de faculdade. Ele enveredara pela gestão de empresas, ela pelo ensino. Nessa manhã, Patrícia já havia saído, pois tinha de chegar às oito e picos à escola. Gostava de começar cedo, as manhãs rendiam mais. Parecia que o cérebro funcionava melhor, até os dos alunos. José entrava às nove, por isso dava-lhe tempo a deixar a miúda na escola por volta das oito e trinta. – Oh pai! Achas que o dia da mulher tem sentido? – perguntou Sara. – Como assim? Que queres dizer com isso? – interrogou José. Sara sempre fora muito perspicaz. Os seus treze anos escondiam muita maturidade. Coisa que hoje em dia não é de se esperar dos miúdos desta idade. Era muito curiosa e questionava tudo e todos, pois entendia que só assim poderia perceber o mundo. – Não sei! É que há tantos dias disto e daquilo, com manifestações, marchas. No dia da mulher não se vê nada disso! – Oh filha! Cada pessoa manifesta-se do modo que considera mais adequado. – Mas concordas com o dia da mulher? – insistiu Sara. – Se concordo ou não, isso não muda muito. O que importa em dias destes é chamar a atenção para determinados assuntos. Ainda para mais, devias colocar essa questão às mulheres. Olha, à tua mãe ou à tua avó, por exemplo. – Simmmm, pai! Mas gosto de saber a tua opinião. Como vês estas coisas… se o dia da mulher se justifica? – sublinhou. – Vejamos a coisa desta maneira: o dia da mulher foi criado com o ensejo de recordar as mulheres que lutaram pelos direitos que lhes eram devidos. Sara não ficara satisfeita. Tudo isso já sabia, pois estava minimamente atenta para saber que neste ano se assinalam os cem anos da tal conferência na Dinamarca que instituiu o dia da mulher. Queria era saber da real opinião do seu pai, com quem gostava habitualmente de falar sobre tudo e mais alguma coisa. Também queria saber o que os homens pensam realmente destas iniciativas. Antes que Sara insistisse mais, José avançou: – Sabes!? As mulheres dos dias de hoje têm preocupações diferentes das das suas antecedentes. A vida nos países desenvolvidos leva a que a luta pelos direitos ao trabalho, à saúde, à igualdade seja diferente daquela que se faz, ou se possa vir a fazer, em países subdesenvolvidos ou em países mais pobres. Sara matutou e retorquiu: – Acho que teria mais sentido se as – Querida! Realmente, hoje em dia, os países com alguma história na democracia e na conquista dos direitos humanos deveriam ser exemplares na luta pelos desfavorecidos e pelos oprimidos. Mas a realidade demonstra que, depois de adquirido determinado estatuto, depressa nos esquecemos das origens. Talvez por aí se expliquem os comportamentos, também a meu ver menos adequados, no dia da mulher. A opinião pública é, de tal forma, moldada pelo marketing e pela publicidade e as pessoas vão por arrastamento. Sara compreendia, mas pensava naquelas mulheres que morreram porque lutaram pelo direito, que deveria ser inato, a serem respeitadas como qualquer homem. Pensava nas mulheres que hoje morrem vítimas da violência de um homem qualquer que merece tudo menos ser apelidado de ser humano. Pensava nas mulheres que, apenas por serem mulheres, são impedidas de andar na rua, de se manifestarem por melhores dias, pelo direito à expressão, pelo simples direito à existência. Pensava naquelas que são vistas unicamente como parideiras, como mulheres para cuidar dos filhos e nada mais, como objectos sexuais, como escravas ao serviço de qualquer um. Tomaram o pequeno almoço, saíram de casa, cada um a caminho da sua vida normal, mais um dia qualquer, mais um Dia da Mulher. Victor Vieira A no 1, N. º 2 I n c o g n it u s Página 7 Penso, logo escrevo Acontecimentos recentes Acontecimentos recentes tem provocado grandes mudanças...Primeiro, uma grande tragédia assola o Haiti, as pessoas começam a ver as notícias e uma onda de solidariedade começa a surgir. Ao ver as notícias sobre tal acontecimento, tão devastador, fiquei inicialmente assustada, depois comecei a sentir pena de todas aquelas pessoas, mas por fim, cheguei à brilhante conclusão de que o facto de estar a sentir pena daquelas pessoas não lhes traria felicidade alguma,porque nestas alturas aquelas pessoas precisavam era de AJUDA, não de pena! Passado algum tempo o mau tempo atingiu a Madeira, uma nova realidade surgiu...os locais que conhecia passaram a ter um aspecto totalmente diferente e as notícias que surgiam eram cada vez mais assustadoras, pois o que via não era sobre o Haiti, um lugar distante, era sobre a Madeira, a terra onde vivo! Depois deste acontecimento percebi como a nossa visão sobre determinado assunto pode mudar de forma drástica,a Madeira um local que parece estar reservado, onde as coisas más supostamente não aconteciam, deixou de ter esse lado onde tudo parece tão perfeito. A partir daquele instante percebi que as coisas más não acontecem só aos outros, pois ninguém neste mundo pode estar certo de que está seguro porque de um dia a outro as coisas mudam, em apenas algumas horas ou minutos, os locais deixam de ser como foram durante décadas, as pessoas que nos rodeavam desaparecem sem se despedirem, a nossa casa é totalmente redecorada com lama e entulho… E mesmo antes de escrever este meu pensamento, voltei a ver as notícias onde me deparei com uma nova tragédia, um sismo no Chile...neste momento pergunto-me : que mais estará para vir? Todos estes acontecimentos me fazem crer que isto não ficará por aqui, tenho um pressentimento que este tipo de notícias serão cada vez mais frequentes... Quando este tipo de coisas acontece perguntamos porquê que tal coisa aconteceu, estes fenómenos tem uma razão de ser e não me venham dizer que foi Deus o responsável, porque o único responsável a quem devemos pedir justificações e mudanças é ao próprio ser humano que destrói a pouco e pouco o que o rodeia. Na minha opinião tudo o que está a acontecer agora é apenas a solução que a natureza encontrou para repor o equilíbrio. Pode parecer estranho, mas acho que a natureza que parece ser tão amena, tão bonita, digna dos mais belos adjectivos, também tem o seu lado menos bom, e está apenas a mostrar ao homem que tem uma força incalculável e incontrolável. O aquecimento Global muito provavelmente é a resposta, o porquê de todas estas catástrofes naturais, por isso mais importante que estar constantemente a fazer palestras sobre o assunto é preciso é agir, e rápido, antes que seja tarde demais, se é que já não o é! Cátia Carmo O amor A reflexão que se segue acerca do amor foi elaborada após a leitura da obra Diário Secreto de Camila de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, no âmbito do plano nacional de leitura/ plano regional de leitura/ leitura recreativa. Para mim, o amor à primeira vista é… algo imprevisto, um sentimento muito forte, que ocupa o vazio nos corações das pessoas. É algo que nós não mandamos, que não se pode controlar, que não se sabe quando vai acontecer. Por vezes, faz-nos felizes e, por outras, tristes. (…) O amor é demonstrado de várias maneiras, tal como o carinho que as pessoas demonstram umas pelas outras. (…) O sentimento ao primeiro olhar, ao primeiro tocar de mão, sente-se e é algo muito especial que nos toca muito. Pode ser uma mera coisinha, sem importância, para alguns, mas para outros é uma coisa muito especial… Às vezes, também por causa de gostarmos de um amigo, temos muito medo que a nossa amizade venha a acabar. Pois, nós não mandamos naquilo que sentimos. É uma coisa que surge no nosso coração e que, por vezes, não sabemos o que fazer. Quando gostamos muito de alguém, não se desiste daquilo que sentimos por essa pessoa. Pois, não foi encomendado, foi algo que surgiu sem se prever. Não é de um dia para o outro que se vai deixar de gostar de alguém. Por vezes, o que mais me amedronta é saber que fomos amigos e que a amizade pode terminar. Pois, o amor tem destas coisas. Era tão bom que compreendessem os nossos sentimentos. A meu ver, só temos que dar valor às pessoas que realmente nos amam e não as magoar, porque, se a pessoa que está a ser alvo do amor mostrar desprezo, está a causar imensa dor àquela que a ama. Para algumas pessoas, o amor ajuda em tudo: a melhorar a sua atitude e as suas notas, tornando-a numa óptima pessoa. Ana Paula Câmara, CAC Página 8 I n c o g n it u s A no 1, N. º 2 Páscoa A celebração da Primavera Muito antes de ser uma festa cristã, o que se celebrava no momento da Páscoa era o anúncio do fim do Inverno e a chegada da Primavera. Para os antigos, festejar a Primavera (tal como a Páscoa) sempre representou a alegria da passagem de um tempo escuro e triste para um mundo iluminado, de vida nova na Natureza. Era uma espécie de renascer. A “páscoa” A palavra "páscoa" vem do hebreu "pessah" e significa "passagem", "mudança", refere-se ao êxodo (saída) do Egipto de Moisés. Nesta estação do ano, os antigos povos pagãos europeus homenageavam Ostera, ou Esther (em inglês, Easter quer dizer Páscoa, e em alemão é Oster). Ostera era a Deusa da Primavera, que segurava um ovo na mão. A deusa e o ovo eram símbolos da chegada de uma nova vida. Estes antigos povos comemoravam a chegada da Primavera decorando ovos. Mas o costume de os decorar para dar de presente na Páscoa surgiu na Inglaterra, no século X. O rei Eduardo I tinha o hábito de banhar ovos em ouro e oferecê-los aos seus amigos e aliados. Acreditava-se que receber ovos pintados trazia boa sorte, fertilidade, amor e fortuna. A oferta de ovos manteve-se até hoje e de várias formas. A Páscoa cristã Para entender o significado da Páscoa cristã, é necessário recordar que muitas celebrações antigas foram integradas nos acontecimentos relacionados com Cristo. A festa da Páscoa refere-se à última ceia de Jesus com os Apóstolos, a sua prisão, julgamento e condenação à morte, seguida da sua crucificação e ressurreição. A celebração começa no Domingo de Ramos (quando Jesus entra em Jerusalém e é aclamado com ramos de palmeira) e acaba no Domingo de Páscoa (com a Ressurreição de Cristo): é a chamada Semana Santa. A data da Páscoa foi fixada pela Igreja no ano 325, de modo a "cair" no domingo mais próximo da primeira Lua Cheia do mês lunar que começa com o equinócio da Primavera. Com esta definição, a data da Páscoa varia de ano para ano, sendo, em limite, entre 22 de Março e 25 de Abril, transformando a Páscoa numa festa "móvel". Sabias que a sequência exacta de datas da Páscoa se repete aproximadamente a cada 5 milhões de anos do nosso calendário? A Páscoa judaica Em hebraico, existe a "Pessah", a chamada "Páscoa Judaica", que começou a celebrar-se há cerca de 3 mil anos, quando os hebreus iniciaram o "êxodo" (a viagem de libertação do seu povo, pela mão de Moisés, depois de serem escravos do Egipto durante 400 anos). Comemoravam assim a passagem da escravidão para a libertação. A comemoração inclui (entre outras coisas) uma refeição, onde se come o Cordeiro Pascal, pão sem fermento (o "matzá"), ervas amargas e muito vinho. http://www.junior.te.pt A no 1, N. º 2 I n c o g n it u s Página 9 O carnaval saiu à rua Tal como já é hábito a nossa escola, promoveu um cortejo carnavalesco, que saiu da escola e percorreu as principais artérias da cidade de Santana. Desta vez, o tempo não ajudou e não pudemos ter a presença da maioria das escola de primeiro ciclo do concelho. As trupes, organizadas pelos colegas de EV e EVT, estavam um mimo. Só é pena que a maioria dos alunos de 3.º ciclo e do ensino secundário não se tenham juntado ao corso, devidamente apetrechados, entenda-se. Parabéns a professores e alunos que se esmeraram na confecção dos trajes e adornos utilizados para a apresentação desta actividade. Página 10 I n c o g n it u s A no 1, N. º 2 A palavra aos alunos O Temporal do Funchal Mau Tempo na Madeira Ninguém pode esquecer Já de madrugada, O dia 20 de Fevereiro O que foram as pessoas encontrar Tanta gente no Funchal O Sul da Madeira virado do avesso Que ficou sem casa e terreiro Mais uma preocupação para nos atormentar. Muitas famílias tristes Muitas casa destruídas, Por terem perdido os seus queridos Pessoas sem um lugar para morar Muitas escolas fechadas Agora neste momento, Por terem as salas inundadas Muita solidariedade temos que dar! Quantas mortes houve As ruas do Funchal Já nem as consigo contar Estão um grande deserto Mas que dia tão triste, Tanta lama espalhada Que ainda estamos a lamentar! Que o coração nem bate certo Maria - 5.º1 A pérola do Atlântico Tragédia na Madeira Perdeu agora a sua beleza Mas com a ajuda de todos Nesta nossa Madeira, Teremos uma nova cidade com certeza. Aconteceu uma coisa terrível. Cheias e quebradas, Temporal na Madeira Foi o dia 20 de Fevereiro Um sábado cinzento Águas escuras correram na ribeira Trouxe muita tristeza e tormento. Madeira com a sua beleza Muitos turistas encantou Mesmo depois desta tristeza Muita gente nos visitou. Madeirenses solidários A Madeira vão limpar Para que nesta bela ilha, O sol volte a brilhar. Alexandre Caires Martins - 5.º1 Letícia Perestrelo – 5.º1 Foi mesmo horrível. Esta grande cidade Tempestade na ilha Foi destruída Vamos todos ajudar, A pérola do Atlântico Para ver a cidade reconstruída. Sofreu uma grande catástrofe Vamos unir as mãos Às pessoas desalojadas, Para ultrapassar este desastre. Vamos todos dar-lhes de comer. Para as vermos felizes, Do alto da montanha Numa casa as vamos acolher. Vieram as águas revoltadas Tudo arrastaram à sua passagem Ana Furtado Alves – 5.º1 E desfiguraram a bela paisagem. A Madeira é um jardim E assim continuará a ser Todos unidos vamos fazer a Madeira renascer. Beatriz Pereira – 5.º1 A no 1, N. º 2 I n c o g n it u s Página 11 A palavra aos alunos Temporal na Madeira Desta tragédia na Madeira Nós vos vimos falar Muita tristeza é a nossa Por favor venham ajudar. Neste mau temporal O que foi acontecer A ilha da Madeira Não a conseguimos reconhecer. Aqueles que mais precisam Nós vamos ajudar Substituição de penas de prisão por serviços à comunidade Falando da substituição de penas de prisão por serviços à comunidade, julgo que cada caso deve ser analisado individualmente antes de ser tomada uma decisão a esse nível. Quem cometeu um crime, mas que, por sua vez, não teve essa intenção e está arrependido, acho por bem que faça esses serviços comunitários, mas aos criminosos que o fizeram intencionalmente, não deve ser dada a oportunidade de estarem livres. Só deve viver livremente aquele que assim souber viver, respeitando-se e respeitando todos os outros. O serviço comunitário serve como “castigo” para aqueles que, de alguma forma, não cumpriram a lei, mas que até não provocaram danos irreparáveis, nem voltariam a cometer o mesmo erro. Dulce Spínola - GA Com ternura e caridade Da Madeira vamos cuidar. Escola em movimento Com tristeza e carinho Nós vamos agir Para a Madeira Nós podermos reconstruir. Naquelas lindas cidades da Madeira Pelas quais eu ia passear Aconteceu uma grande desgraça Mas não a sei remendar. Nélia Jardim Spínola – 5.º1 Entre o dia 8 e 15 de Novembro, 13 alunos do 9.º e 10.º ano (Andreia Raquel do 9/3, Ayrton do 9/3, Carina do 9/3, Cédric do 9/2, Cláudio do 9/2, Cristiana do 9/1, Décio do 9/2, Laura do 9/1, Linda do 9/3, Mónica do 9/1, Patrícia do 9/2, Sofia do 9/3 e Vítor Hugo do 10º ano) participaram no projecto do Intercâmbio com o colégio Dr. Luís Pereira da Costa no Monte Redondo, acompanhados por 2 professores (o professor Bernardino e a professora Noémia). Dia da Partida (Domingo/dia 8): A partida da Madeira para Lisboa, foi no dia 8 de Novembro de 2009. O local de encontro foi na escola B+S Bispo D. Manuel Ferreira Cabral, por volta das 9h e 20min. Saímos da escola mais ou menos às 9h e 30min em duas carrinhas, com destino ao aeroporto da Madeira, onde fizemos o Check-In e esperámos até chegar a hora do avião partir, ou seja, às 11h e 45min. Viajámos na TAP, num avião da “Star Alliance” durante cerca de 1h e 30min. Chegámos ao aeroporto de Lisboa perto das 13h e 15min e fomos buscar as malas. De seguida fomos de camioneta até a Pousada da Juventude em Lisboa, onde deixámos as malas e fomos para o centro comercial “Campo Pequeno” almoçar. Após o almoço, fomos até o Mosteiro dos Jerónimos, onde vimos o túmulo do Vasco da Gama. A seguir fomos ver o Padrão dos Descobrimentos e experimentámos os “famosos” Pastéis de Belém. De seguida, caminhámos junto ao Rio Tejo e fomos a um bar. Por volta da meia-noite, depois de já todos terem terminado as suas bebidas, apanhámos o metro para regressar à pousada. (continua na página seguinte - pág. 12) Página 12 (continuação da página 11) 2.º dia (segunda-feira/dia 9): No 2.º dia acordámos às 7h, tomámos o pequeno-almoço e fomos ter ao metro, onde um funcionário das relações públicas da empresa nos acompanhou numa visita guiada às várias estações do metro de várias linhas. O senhor ofereceu a cada um, um cartão de metro, com 6 viagens já carregadas. Durante a visita guiada, vimos vários painéis nas paredes das estações. A seguir saímos no Chiado e andámos pelo centro de Lisboa. Após isto tudo, fomos almoçar ao centro comercial “Colombo”. Depois do almoço andámos em carrinhos durante 1 hora, depois voltámos à pousada, para buscar as malas. Partimos, de autocarro, para Leiria pelas 17h, juntamente com os alunos e professores da Holanda, Grécia, Itália, Espanha e Polónia com quem entretanto nos encontrámos. A viagem demorou mais ou menos 2h. O local de encontro com os parceiros do intercâmbio foi no colégio Dr. Luís Pereira da Costa. Eu fiquei na casa da Marina Moderno do 9.ºE e após o encontro, fui jantar à churrascaria dos pais dela. Depois fomos para casa dela. 3.º dia (terça-feira/dia 10): No 3.º dia, acordei às 6h e 30min e fui para a paragem de autocarro. Cheguei à escola às 8h, onde me encontrei com os outros. As aulas começavam às 8h e 45min e tivemos que assistir às aulas dos nossos parceiros. Almoçámos na escola e durante a parte da tarde, todos os alunos do intercâmbio foram ter ao pátio, onde pintámos um cartaz com “COMENIUS” escrito. Depois da escola fui para a casa dela, jantei, e depois fui com ela ver o irmão dela treinar futebol. I n c o g n it u s 4.º dia (quarta-feira/dia 11): No 4.º dia, fomos ter à escola às 8h, e partimos mais ou menos às 10h e 30min para Leiria de autocarro, onde andámos a pé até ao Castelo. Lá, deram-nos um mapa e andámos pelo castelo em grupos. A no 1, N. º 2 ço passeamos perto do rio e a seguir voltámos para a escola e cada um foi com o seu parceiro para casa. À noite, combinámos todos, e fomos jogar Bowling, onde nos divertimos e houve a hora das despedidas, pois íamos embora no dia seguinte, só que a horas diferentes. 7.º dia (sábado/dia 14): Após a visita, fomos até Óbidos almoçar e depois fomos até Nazaré onde vimos as senhoras com sete saias e passeámos pela praia. À noite, eu e a minha parceira e mais alguns do intercâmbio, fomos até a casa do Gonçalo (o aluno que recebeu o Cédric), onde comemos castanhas, cantámos karaoke e jogámos BUZZ. No 7.º dia, fomos de autocarro para Lisboa. Chegámos a Lisboa e depois apanhámos o metro até à pensão, onde deixámos as nossas malas. A seguir, fomos para o centro comercial “Colombo” almoçar e visitámos as lojas e andámos numa espécie de montanha russa num parque de diversões. Às 18h fomos para o estádio da Luz, ver Portugal jogar contra Bósnia. Gostei de ver o jogo, ficou 1-0 para Portugal. Por volta das 10h, saímos do estádio e voltámos para o Centro Comercial, para jantarmos. Após o jantar, apanhámos outra vez o metro e fomos novamente para a pensão. 5.º dia (quinta-feira/dia 12): No 5.º dia, tivemos que assistir outra vez às aulas dos nossos parceiros, só que, os que ficaram com alunos do 9.º ano não assistiram às aulas, porque o 9.º ano estava numa visita de estudo, então ficámos na escola a jogar matraquilhos e fomos almoçar fora da escola. Na parte da tarde por volta das 2h, os alunos do intercâmbio e os parceiros que não estavam no 9.º ano, tiveram que fazer a sua apresentação. A nossa apresentação foi sobre a cultura e algumas tradições da Madeira. Quando os nossos parceiros que foram à visita de estudo chegaram, fomos para casa. Voltámos para a escola às 9h, para um jantar com os pais dos nossos parceiros, onde cada um dos alunos recebeu um certificado, vimos fotografias que tirámos ao longo da semana e cantámos karaoke. 6.º dia (sexta-feira/dia 13): No 6.º dia, fomos ter à escola e depois partimos para Coimbra, onde vimos alguns edifícios, como a Universidade de Coimbra, a Biblioteca Joanina, o Cárcere Académico, etc. Depois andámos pelas ruas de Coimbra, onde almoçámos e visitámos as lojas. Após o almo- Dia de chegada (Domingo/dia 15): No último dia, acordámos às 7h, arranjámo-nos, arrumámos as malas e tomámos o pequeno-almoço às 8h. Fomos numa carrinha para o aeroporto. Chegámos lá, fizemos o Check-In e depois esperámos até que chegasse a hora de partir. Quando chegámos à Madeira, fomos buscar as malas, e uns alunos foram com a família que estava à espera no aeroporto e os outros foram numa carrinha da Câmara Municipal de Santana para a escola, onde estavam os pais à espera. Foi assim que acabaram os nossos dias excelentes no continente. Adorei a experiência! Foi uma semana inesquecível. Linda Matos Câmara, 9.º 3 A no 1, N. º 2 I n c o g n it u s Página 13 Docinho de Morango e a Primavera PEÇA DE TEATRO PARA CRIANÇAS DO PRÉ-ESCOLAR 19 de Março 21 de Março 27 de Março Que têm estas datas em comum para além do mês? Foi no dia 19 de Março (Dia do Pai) que foi levada a palco uma peça de t e a t r o (antecedemos, assim, as comemorações do Dia Mundial do Teatro, dia 27, que este ano coincide com as férias da Páscoa) sobre a Primavera (mais uma vez antecedemos as comemorações de outra efeméride – o Dia Mundial da Floresta ou Dia da Árvore e Dia da Poesia, dia 21 – que decorreu num fim-de-semana). O Projecto de Animação de Leitura convidou os alunos do pré-escolar de três escolas do concelho de Santana (Externato Sagrada Família, EB1/PE do Caminho Chão e EB1/PE de Santana) para assistirem à peça de teatro intitulada “Docinho de Morango e a Primavera”. A peça resultou de uma adaptação de uma obra com o mesmo título, por isso passaram pelo palco apenas quatro personagens. Para a encenação, contámos com os alunos Letícia Perestrelo (Docinho), Lara Martins (Laranjinha), Ricardo Caldeira (Inverno) e Eliana Caldeira (Primavera), todos eles da turma 1, do 5.º ano. Os professores responsáveis pelo Projecto de Animação de Leitura ofereceram a cada escola uma obra infantil e um caderno de actividades e, às crianças presentes, um pequeno caderno de desenhos para pintar, sobre as personagens da obra adoptada. A escola também ofereceu um lanche para os presentes, com o patrocínio do Hiper Sá de Santana. Entidades locais e pessoas individuais apoi aram-nos nesta actividade, pelo que ficamos muito gratos e dispomos o nosso trabalho para partilhar e contribuir com aqueles que um dia não hesitaram em vir em nosso auxílio. Por isso, agradecemos: à Câmara Municipal de Santana, que nos assegurou o transporte para os alunos do pré-escolar; ao Hiper Sá de Santana, que nos presenteou com iguarias que superaram as nossas solicitações; ao Conselho Executivo, que nos motivou e que se empenhou na hora dos momentos imprevistos; ao professor Martinho Freitas, que aperfeiçoou o texto gravado e fez a conversão das músicas utilizadas para forma- tos compatíveis ao programa adoptado; ao professor Duarte Silva, que nos deu orientações para o espectáculo; ao professor Juan Batista, que executou um dos cenários; ao professor Maurício, que fez o registo fotográfico; ao grupo de EVT, que disponibilizou material para o cenário; ao aluno Airam Galindo, que gravou (e regravou) as falas das personagens; às escolas que aceitaram o nosso convite; e, por fim, de uma forma muito especial, aos seis alunos do 5.º1 que estão inscritos no nosso Projecto (a Letícia, a Lara, a Ana, a Eliana, o Ricardo e o Alexandre). Para terminar, o nosso Projecto vai continuar a desenvolver actividades que motivem os alunos para a leitura, para a escrita, para o gosto e respeito pelo livro e pela cultura. Temos o cuidado de abranger alunos de várias idades, dinamizando actividades específicas para cada grupo. Para os interessados, divulgamos o nosso trabal ho nos seguintes sites/blogues: http://www.ebs-santana.pt http://bibloslandia.blogspot.com/ Para os que querem partilhar as suas opiniões e sugestões, podem utilizar o correio electrónico se segue: [email protected]. Página 14 I n c o g n it u s A no 1, N. º 2 Escola em movimento Ida ao Teatro e visita à Quinta Berardo No dia 25 de Janeiro as turmas 1,2,3 e 5 do 5.º ano efectuaram uma visita de estudo ao Funchal no âmbito das disciplinas de Língua Portuguesa e de Ciências da Natureza. Ao entrarmos no teatro deparamo-nos com um ambiente diferente e mágico. Sentamo-nos nos nossos lugares e em poucos minutos começava o espectáculo. A p ó s uma viagem tranquila chegamos à nossa primeira paragem, o Teatro de Santo António, para assistir à peça “Amigos e Diabretes”. Mas antes de entrar havia que aconchegar os nossos estômagos, e nada melhor do que um pequeno lanche para recuperar as nossas energias. A peça contava a história de Carlota e de Manelito, que um dia foram visitados por um grande diabrete e seu aprendiz que estavam decididos a acabar com a amizade dos dois. Foi uma peça muito interessante, pois falava do valor da amizade e que esta é um sentimento que devemos defender, pois a qualquer momento pode ser posta à prova pelos diabinhos que constantemente saltitam dentro e fora das nossas cabeças e corações. Após o espectáculo fomos almoçar e rumamos até ao Monte para visitar a Quinta Berardo – Museu e Jardins do Monte Palace. Começamos por uma visita guiada ao museu onde vimos esculturas do Zimbabué e minerais dos quatro cantos do mundo. Depois caminhamos juntamente com uma guia pelos bonitos jardins onde vimos diferentes tipos de plantas, aves, peixes e apreciamos uma vista magnífica sobre a cidade do Funchal. Foi uma tarde bem divertida e quando demos por nós já estava na hora regressar até Santana. Correu tudo bem e foi um dia muito bem passado. Os professores responsáveis: Carla Oliveira, Dorita Santo e Luís Lino. Visita de Estudo aos Bombeiros Municipais do Funchal, Câmara Municipal do Funchal e Cinema No dia 5 de Fevereiro de 2010 o Curso de Técnico de Design realizou uma visita de estudo, no âmbito das disciplinas de Higiene e Segurança no Trabalho, Cidadania e Sociedade e Inglês, com o intuito de promover, acima de tudo, os valores da cidadania, integrada nos conteúdos abordados nas aulas. O encontro matinal deu-se pelas 8h30m, com alguma ansiedade à mistura. O entusiasmo fez-se acompanhar da alegria, que andaram de mãos dadas o dia todo. Após o percurso de Santana ao Funchal, eis a chegada à Corporação de Bombeiros Municipais da capital. Aqui, a recepção amistosa e atenta, animou o pessoal. Foi feita uma descrição esclarecedora dos diversos equipamentos utilizados por esta entidade, nos diversos serviços prestados. Com o auxílio de um lanche, intercalado com uma caminhada pelas ruelas do Funchal, a chegada aos Paços do Concelho fez-se num passo apressado. Ali, a responsável pelo Departamento do Turismo, deu a conhecer as divisões observada a partir dali extasiou todos os presentes. mais solenes deste edifício, que encantaram os olhos que ali pousaram. O recheio das salas, de um requinte único, permitiu uma viagem por épocas históricas da cidade do Funchal. A oportunidade de encarnar o papel de membros da Assembleia Municipal permitiu, por instantes, sentir uma responsabilidade acrescida. Alimentados por um espírito de descoberta, foi feita uma escalada até o topo desta instituição – a Torre. A paisagem Ainda embevecidos pelos momentos vividos, alunos e professores deslocaram-se até ao centro comercial, onde sossegaram os estômagos já famintos. Repostas as energias, e preparados para uma nova aventura, a três dimensões, todos foram transportados para um espectacular mundo para além da imaginação. Avatar retrata um herói rebelde que embarca numa viagem de redenção, descoberta e amor inesperado, liderando uma batalha heróica para salvar a civilização de Pandora, onde as florestas, plantas flutuantes e habitantes azuis, transportam os espectadores para um mundo perfeito, mas utópico. Para finalizar esta experiência única, nada como um bom regresso a casa. Com alguma nostalgia à mistura, a boa disposição não desvaneceu e alimentou as conversas dos dias seguintes… Professoras Carla Mendonça, Mercês Ramos e Rosa Vieira A no 1, N. º 2 I n c o g n it u s Página 15 Jogos Lúdico-didácticos na disciplina de Área-projecto do 7.º 2 Nos dois primeiros períodos deste corrente ano lectivo, na disciplina de Área de Projecto, com orientação das professoras Ana Paula Câmara e Eulália Silva, nós, a turma do 7.º 2, realizámos alguns jogos sobre o nosso país. A turma foi dividida em 4 grupos e logo depois começámos a trabalhar. As aulas correram na normalidade e o empenho dos alunos foi visível. Houve muita recolha de informação para podermos realizar esta actividade, mas alguns grupos tiveram perguntas semelhantes. No dia oito de Março (2 feira) chegou a hora de podermos apresentar os nossos trabalhos. Foi à turma do 7.º 4. Aconteceu na sala 7 do 4.º pavilhão. Três grupos utilizaram o computador enquanto que o quarto grupo desenhou um “caracol” no chão, ao pé do bar dos alunos, com casas numeradas e cada grupo da turma quatro se acertasse às perguntas andava casas, se falhasse era penalizado e andava para trás. Foi muito engraçado, divertido, mas ao mesmo tempo difícil gerir todos aqueles jogos, mas, como todos os grupos se esforçaram, conseguimos. O vencedor foi o grupo constituído pelos alunos Diana Aguiar, Daniela Martins, Miguel Florença e Luís Jesus. Em segundo lugar ficaram os alunos Hugo Batista, Michael Gouveia, André Abreu e Ruben Nóbrega. Estes dois grupos tiveram um prémio: um chocolate! É de salientar que trabalhámos ardua- O “caracol” mente para esta actividade e deu resultado. Hugo Leme (delegado da turma 7.º 2) Preparativos O decorrer dos jogos Ler faz bem à saúde! Escola B+S Bispo D. Manuel Ferreira Rua Albino de Menezes http://leituras.webnode.com http://bibloslandia.blogspot.com Tel: 291570000 Correio electrónico: [email protected]