Aqui - Escola B+S Bispo D. Manuel Ferreira Cabral

Transcrição

Aqui - Escola B+S Bispo D. Manuel Ferreira Cabral
Escola B+S Bispo D. Manuel Ferreira Cabral
25 de Março de 2010
Ano 1, N.º 2
Incognitus
Distribuição gratuita
Páscoa
Nesta edição:
Editorial
2
Triatlo Literário
2
Feira do Amor
3
Página Solta
3
Penso, logo escrevo
7
Docinho de Morango e
a Primavera
13
Escola em movimento
11, 14
e 15
Aproxima-se mais uma interrupção da actividade lectiva, o
último fôlego para os meses finais
de mais um ano lectivo.
 Feliz
 Acelerando
Acabamos por dar mais importância a cogitações mais profundas,
sejam elas a respeito e nós ou dos
outros.
Em momentos
destes
estamos
mais sensíveis a ques-
Ao contrário de outras épocas
festivas, a Páscoa dever ser vista e
aproveitada para uma reflexão
mais profunda.
Pontos de interesse
especiais:
familiar ou profissional.
Independentemente de sermos
cristãos ou não, a Páscoa deverá
servir para essa meditação pessoal,
para o balanço da sua vida pessoal,
tões humanitárias ou a atrocidades que nos
surgem cometidas pela humanidade.
Como será possível que a humanidade cometa tais crueldades?
Num mundo que vive hoje à
sombra da globalização, é impossí-
vel ficarmos indiferentes a todas
estas questões.
O humano parece ser o único ser
que tem deliberada e intencionalmente feito mal a outro da sua
espécie. Nem os animais assim
agem.
Estamos em pleno século XXI,
mas para muita gente o tempo
parece ter parado. A vivência de
alguns é
diariamente na
base de
adver si dades de
toda a
ordem.
N
a
cor r er i a
dos nossos dias, temos de parar um
pouco e tentar perceber o nosso
mundo. Digamos que é uma questão de sobrevivência.
(continua na página 8)
carpete
fora (crónica)
O carnaval saiu à rua
 Mulher
 Reportagens de actividades decorridas
 A Páscoa — origens e
símbolos
 Textos criativos
 Passatempos
 Intercâmbio
(continua na página 9)
Página 2
I n c o g n it u s
A no 1, N. º 2
Editorial
Aqui está o n.º 2 da nossa
gazeta. Destacamos, com particular agrado, a colaboração de
professores e alunos na prossecução dos objectivos iniciais a
que nos propusemos: incentivar
a leitura e a escrita.
Incognitus
Agora que finalizamos o 2.º
período, é altura de balanços e
afazeres a uma velocidade estonteante. Apesar de tudo, alguns
alunos e professores disponibilizaram um certo tempo para nos
fazerem chegar as suas demandas e os seus pensamentos.
Neste número, temos um
pouco de tudo. Desde a referência a visitas de estudo, passando
pela apresentação de textos cria-
dos para determinadas disciplinas, ou textos de índole mais
criativa e literária.
Dentro das nossas limitações
quer temporais, quer físicas,
tentamos convencer a comunidade que há espaço para um
periódico deste género. Os seus
autores e colaboradores estimam
o agrado demonstrado por aqueles que, em jeito de críticos,
tecem as suas considerações.
Com boas ou más apreciações não há que esmorecer . O
futuro é para a frente e não para a
retaguarda.
O Projecto de Animação de
Leitura espera contar com mais
colaboradores e que o jornal
persista na sua senda, apesar de
sabermos que este género de
suporte está cada vez mais
ameaçado. O digital há muito
que domina.
Relembramos aqui que toda
e qualquer cooperação é bem
vinda. Os textos ou imagens
para publicação podem ser
remetidos para o nosso endereço de correio electrónico:
[email protected]
Saudações amigas e muito
boas leituras!
Pelo PAL
Victor Vieira
Triatlo Literário - 2.ª eliminatória
O Triatlo Literário é
um concurso de leitura,
dirigido a alunos do 3.º
ciclo, que consiste na
realização de uma prova
dividida em três modalidades: leitura, escrita e
cultura.
A
primeira
baseia-se
na
leitura
expressiva de um excerto
da obra; a segunda refere-se à redacção de um
texto e a terceira consiste
num questionário de resposta múltipla.
A segunda eliminatória do “Triatlo Literário”,
concurso
promovido
pelo Baú de Leitura,
decorrerá no dia 16 de
Abril, na nossa escola, a
partir das 14:30h.
Esta prova conta com
a participação dos alunos
vencedores da 1.ª eliminatória das escolas de S.
Vicente, Santana, Caniçal, Porto da Cruz e
Caniço. A nossa escola
será representada pela
Cláudia Gouveia, da turma 8.º2.
De referir que, nesta
etapa, os alunos serão
avaliados por um júri
composto por cinco ele-
mentos, de entre os
quais um escritor. Os
três primeiros classificados ficarão apurados
para a prova final, a
decorrer na Feira do
Livro do Funchal, em
Maio.
Lembramos
que
está em jogo, entre
outras coisas, um computador portátil, oferecido pela FNAC ao
vencedor do concurso.
Guida Andrade
http://dre.madeira-edu.pt/baudeleitura
Edição: Escola B + S Bispo D. Manuel Ferreira Cabral
Coordenação: Projecto de Animação de Leitura (PAL)
Coordenadores do PAL: Guida Andrade, Liliana Melo, Victor Vieira
Agradecimentos: a todos aqueles que se disponibilizaram com os seus contributos para o presente número
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Feira do Amor
Este ano, pela coincidência com a celebração do
carnaval na escola, optouse por antecipar a nossa
feira para o dia 11 de Fevereiro. Não foi por isso que
os amigos e apaixonados se
deixaram esmorecer.
Muitos até aproveitaram
para se mimar com as
maçãs de chocolate, os
bombons e as gomas que
havíamos preparado.
A Feira do Amor não é
mais do que uma actividade
que propõe celebrar um dia
dedicado em especial ao
amor e, de modo geral, a
todo o tipo de amizade.
Alguns, mais altruístas,
lembraram-se dos amigos e
das suas almas gémeas.
Para o ano há mais. O
amor e a amizade é que são
eternos, com ou sem Feira.
“Página solta à procura do seu livro”
Este concurso teve como
principais objectivos promover a
leitura, associado a uma vertente
mais lúdica.
Esta edição do concurso
não correu tão bem como as anteriores, mas realizou-se apesar de
tudo.
Nos dias 23 e 24 de Fevereiro, procedeu-se à entrega dos
prémios referentes ao concurso
"Página Solta à procura do seu
Livro", destinado a alunos de 2.º e
3.º ciclo da nossa escola.
Pode considerar-se que
a participação dos alunos de 2.º
ciclo foi bastante grande. O mesmo
não aconteceu com os alunos de 3.º
ciclo. Apesar de tudo, foi agradável
ver, novamente, o empenho de
alguns alunos nesta actividade de
promoção da leitura.
As
foram:
alunas
premiadas
Andreia Silva, da turma 5.º3;
Jéssica Jesus, da turma 5.º 1;
Letícia Perestrelo, da turma 5.º1.
Os prémios, livros e chocolates, foram entregues nas aulas
de Língua Portuguesa.
Parabéns às vencedoras!
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Feliz
Madeira
20 de Fevereiro de 2010
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
No dia anterior, o Sol exibira-se
escarninho, pujando-se pelos castelinhos de nuvens esbranquiçadas que o
azul suspendia pelo ar ocioso. A tarde,
soberbamente indumentada, despontara sorrisos de felicidade nas gentes
buliçosas, que lhe sorveram os feixes
como uma emersão dos pegos marítimos.
A noite trouxera uma viuvez predestinada e a madrugada, de candeia
pardacenta, apregoara os brados do
algoz cangalheiro, envolto no manto letal da
tempestade horrenda.
No Pomar da Rocha, a pujança rebelde
da vegetação encadeia-nos o olhar tacanho.
Estamos habituados a ver jardins esquadrinhados, esculpidos segundo os nossos devaneios e ambições. Moldámo-nos ao pronto a
olhar e lambuzamo-nos com o festim programado dos lírios ou dos junquilhos amarelos,
que adocicam o ar com os seus aromas
namoradeiros.
Naquele retalho genesíaco, as encostas
acasteladas verdejam mimadas pela exuberância das águas vítreas. Sobre a côdea dos morros, pintalga o vermelho dos telhados, como
punhados de cerejas entrelaçadas a espreitar
por detrás do folhedo opulento. Uma nespereira encarrapita-se sobre o fatiado da montanha, que se sustenta entre a penedia apinhoada pelas mesmas mãos que cuidam dos alfobres saborosos. Um véu de água desinquieto
precipita-se, largos metros, sobre os seixos
lapidados e esgueira-se para lá dos ramos das
árvores.
Nessa manhã de sábado, os declives das
montanhas bramiram de sofrimento. O gorgolejar aprazível dos corgos transformou-se
num Adamastor indomável e vingativo, de
«rosto carregado», «barba esquálida», os cabelos «crespos» e «cheios de terra», a «boca
negra», os «dentes amarelos», capaz de tragar
os casalejos que lhe atravancavam a fúria de
não poder ser amado.
No topo de uma escarpa, despontava, em
jeitos de provocação, uma pequena casa encimada por um terraço que dominava todo o
vale pletórico, como se se quisesse agigantar à
gávea de uma caravela.
O ventre da encosta, acossado pela borrasca, embuchou até à exaustão. Esgotada, a
montanha soltou um balido de dor como um
cordeiro empastelado de líquidos fetais e, em
seguida, semelhante ao acordar de um monstro há muito adormecido, urrou do mais
fundo dos Infernos, precipitando sobre a
gávea desprotegida uma enorme vaga lamarenta.
Um rapaz correu por uma vereda em
aflição. Não olhava para trás. Só corria, corria sem parar, sem ver o caminho lamacento
do sangue que lhe escorria não se sabe donde, sempre a gritar. O pai não lhe escutava os
gritos cavos. Desesperado e a tremer, não de
medo mas de esforço, abraçava-se ao sobrinho que tentava içar a todo o custo do entulho. Também ele se enterrava ainda mais na
lama, mas não desistia, puxava sempre, impelido pelo choro compulsivo do rapazito.
Onze anos tolhidos naquele desespero agonizante. A argamassa enjaulava-o. O esforço
daquele pai, que não ouvia os gritos do filho
a correr pela vereda, era em vão. Onze anos
apenas e o dever de crescer.
Na cozinha atafulhada de lameira, exasperava uma rapariga de cabelos compridos, a
pingar o castanho da cor que não se via.
Circulava, estonteada, de um lado para o
outro. Olhava em redor e não via nada, só o
suplício do medo aterrador. Do seu rosto
adolescente, tão belo como a Primavera que
sempre chega, já não alcançava os sussurros
do primo, com quem brincava quando a
escola terminava por mais um dia. Tal como
ela, para sempre sentada a ver-nos desconhecidos, também vamos guardar a imagem
daquela criança de sete anos, a sorrir-nos do
alto da camisola vermelho-vivo, com a sua
terna meninice feita de caracóis sobre a testa
suada de tanto cabriolar.
Nunca mais se viu a avó. Habitava a
parte de baixo da casa, completamente engolida pela terra impiedosa. Não saiu da cama.
Aconchegou-se nos cobertores quentes que a
cobriam e adormeceu na escuridão do último
dia.
Mas o Mostrengo não estava satisfeito.
A abundância das águas despidas de
ninfas não lhe trazia o amor de Tétis,
«das águas a Princesa». Não poderia
admitir que esta amasse um humano e o
rejeitasse a ele, que era um Gigante,
filho da Terra.
A montanha rasgou-se mais uma vez
perante o ímpeto dos seus pulsos iracundos. Um estrondo ainda maior do
que o primeiro projectou-se pela escarpa e abocanhou num trago cavernoso a
casa desafiante, que ousou penetrar nos
«vedados términos». Uma mortalha de
terra e pedras cimentou o choro do Marcelino, que gritava, abraçado ao tio impotente,
que queria viver.
A chuva amainou. A montanha encolheuse de vergonha e emudeceu, respeitando o
murmúrio das vozes em pranto. Um corgo
lacrimoso misturou-se às águas lamacentas
que se afugentavam para o sopé da montanha.
O Ezequiel tinha apenas sete anos quando a enxurrada o colheu. Como ele, pereceram os pais, Manuel e Anacleta, os primos,
Marcelino e Carla, a tia Fátima e a avó Maria
da Conceição.
O choro do Marcelino, amortalhado tão
precocemente, foi afogado pela lama e esmagado pelas rochas que se desprenderam da
encosta.
Insondavelmente, no meio de toda a
destruição, mantiveram-se imperturbáveis os
vasos de plantas nos degraus de acesso ao
terraço. É a imagem de Ícaro que agora se
observa do alto da gávea da caravela. É a
nossa própria imagem que lá está. É o inconformismo da gente que não desiste de lutar.
«E a cruz ao alto diz que o que me dá na
alma / E faz a febre em mim de navegar / Só
encontrará de Deus na eterna calma / o porto sempre por achar».
O único que se salvou foi o Feliz, o
irmão mais velho do Ezequiel, que naquela
manhã assombrosa de sábado ludibriou a
Morte por um triz. Um feliz acaso ou talvez
não...
Hélder Teixeira
Nota: As citações foram retiradas
quer d’ Os Lusíadas, de Luís de
Camões, quer da Mensagem, de
Fernando Pessoa.
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Acelerando carpete fora (crónica)
Lembro-me de num passado não muito distante, de borbulhas no rosto e
membros desmesurados, me sentar a
pensar como seria a minha vida futura.
Como seria a minha mulher? Quantos
filhos iria ter? Tudo aquilo, na altura, me
parecia a milhões de anos-luz de distância, como se fosse preciso mais que uma
vida inteira para encontrar esses caminhos. Como se aquele outro imaginado,
casado e com filhos, não pudesse ser eu
próprio.
Recordo-me bem das vezes em que a
minha avó, com todo o carinho, me
dizia: ”Guarda esses carrinhos, que um
dia são para o teu filho”; ou “Tens aqui
uma prenda para um dia quando te casares”. Eu, estúpido como só um adolescente podia ser, talvez, na tentativa de
ser adulto, fugindo a tudo o que me
pudesse ligar a ser criança, respondia de
forma brusca: “Mas algum dia o meu
filho vai brincar com isso”; ou “tens cada
uma avó, ele há-de ter coisas muito
melhores para brincar”; ou pior, quando
nada dizia, mas ficava a pensar “mais
uma porra para o enxoval, grande treta”.
O legado dos carrinhos perdeu-se, por
completo, oferecido sem pensar a um e
outro miúdo que aparecesse lá por casa.
Quanto ao enxoval, valeu-me a persistência das avós (das três que tenho, mas isso
é outra história) e da minha mãe para não
ter sido, também, perdido nas asas do
tempo.
Não sei se a palavra estúpido não será
um eufemismo para aquela forma de
responder ou pensar. No entanto, tento
não me martirizar em demasia quando,
hoje, olho para trás e me vejo nesse tem-
po: afinal, estava apenas perdido entre
um mundo de sonhos da infância e um
outro mundo futuro, na altura, ainda
impossível de conceber.
Ontem, dei por mim a pensar que
esse mundo, outrora tão difícil de imaginar, estava bem ali à minha frente: o
meu filhote, de apenas 1 ano de idade,
emitia um “bruuum, bruum”, enquanto
na sua pequena mão um carrinho da
matchbox, desses mesmos que eu coleccionava, acelerava carpete fora.
Lembrei-me do legado das dezenas
de carrinhos que, infelizmente, não lhe
soube guardar e dei por mim enternecido quando peguei num velho pano de
cozinha bordado pela minha avó.
http://caraveladosmeusdedos.blogspot.com/
David Fazendeiro
Carnaval e dia dos namorados
Amizade
No dia 12 de Fevereiro festejamos o
carnaval, com um bonito desfile pelas
ruas de Santana.
A amizade é o amor sem asas!
Contudo, também celebramos uma
tradição muito querida e engraçada que
foi o dia dos namorados. A adesão foi a
esperada, uma vez que houve empenho
por parte dos alunos e dos professores
na escrita de algumas cartas de teor
mais na linha da amizade e outras na
linha do amor. Surgiram temas criativos e até curiosos no que diz respeito à
atitude dos alunos para com os professores e vice-versa, dentro da sala de
aula.
Podemos concluir que estas duas
iniciativas foram vividas com entusiasmo e dedicação por parte dos professores e dos alunos, não deixando de
salientar a iniciativa das caixas de correio e a distribuição das cartas, levadas a
cabo pela turma 7.º 5.
Podemos viajar por labirintos inimagináveis de
ternura e afectos.
Podemos planar por mundos
antes desconhecidos.
Assim sendo, podemos afirmar que uma boa amizade:
transforma o medo em confiança,
o desalento em esperança,
as incertezas em certezas,
o desamor em amor,
a escuridão em luz.
A amizade tudo acalma é uma poesia que seduz!
Maria Luísa e Luísa Lopes
Fashion
In my opinion fashion and appearance are not important, what is important is people feeling
comfortable.
Firstly, I prefer to wear jeans, a t-shirt, a jacket and trainers, because I like comfortable clothes.
The colours I like in my clothes are yellow, purple and grey.
Secondly, I don't go shopping very often, but when I buy clothes I only buy those which fit me.
I usually go shopping with my mother. I think brand labels are not very important and I don't
have a favourite brand label because I just buy the clothes I like.
Bem-haja!
Luísa Lopes e
Maria Luísa
Lastly, I think fashion and famous people influence mainly the way teenagers dress. I don't
have a favourite fashion designer or model, because I don't like fashion.
In conclusion, I think that fashion is not important, but there are people who love fashion and
people who are fashion victims.
Ana Catarina Freitas 8.º 4
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Mulher
mulheres fossem jantar com
as amigas ou a clubes de
striptease num dia qualquer e
que reservassem este dia para
se manifestarem por aquelas
que não têm tantas regalias.
Têm mais trezentos e muitos
dias para essas coisas. Isso só
mostra que as mulheres que
se dizem sensíveis a tantas
questões, aqui falham.
Sara acordou, tomou
um duche, vestiu-se e desceu até à cozinha. O seu
pai preparava o pequenoalmoço, nada mais do que
leite quente e uma taça de
cereais integrais.
José aparentava quarenta e poucos anos, mas
na realidade ainda não os
atingira. Casara aos 24
anos com uma jovem de
igual
idade,
Patrícia.
Viviam nos subúrbios da
cidade desde então, num
apartamento de três assoalhadas.
José ficou boquiaberto.
Poucas vezes falava de questões complexas ou sensíveis
como esta, pelo menos com
“gente de palmo e meio”,
mas Sara surpreendera-o,
conseguira pasmá-lo. Era
realmente uma adolescente
com ideias. Saía à mãe. Ele
nunca fora de filosofar ou
questionar muito o status quo.
Agora tinha de lhe responder,
com a experiência que tinha.
José estava a recordar,
nos seus pensamentos, os
bons tempos da universidade, quando se conheceram. Foi amor à primeira
vista, no entanto, só começaram a namorar já iam no
terceiro ano de faculdade.
Ele enveredara pela gestão
de empresas, ela pelo ensino.
Nessa manhã, Patrícia já havia saído, pois
tinha de chegar às oito e picos à escola. Gostava de começar cedo, as manhãs rendiam
mais. Parecia que o cérebro funcionava
melhor, até os dos alunos. José entrava às
nove, por isso dava-lhe tempo a deixar a
miúda na escola por volta das oito e trinta.
– Oh pai! Achas que o dia da mulher tem
sentido? – perguntou Sara.
– Como assim? Que queres dizer com
isso? – interrogou José.
Sara sempre fora muito perspicaz. Os
seus treze anos escondiam muita maturidade.
Coisa que hoje em dia não é de se esperar dos
miúdos desta idade. Era muito curiosa e
questionava tudo e todos, pois entendia que
só assim poderia perceber o mundo.
– Não sei! É que há tantos dias disto e
daquilo, com manifestações, marchas. No dia
da mulher não se vê nada disso!
– Oh filha! Cada pessoa manifesta-se do
modo que considera mais adequado.
– Mas concordas com o dia da mulher? –
insistiu Sara.
– Se concordo ou não, isso não muda
muito. O que importa em dias destes é chamar a atenção para determinados assuntos.
Ainda para mais, devias colocar essa questão
às mulheres. Olha, à tua mãe ou à tua avó,
por exemplo.
– Simmmm, pai! Mas gosto de saber a tua
opinião. Como vês estas coisas… se o dia da
mulher se justifica? – sublinhou.
– Vejamos a coisa desta maneira: o dia da
mulher foi criado com o ensejo de recordar
as mulheres que lutaram pelos direitos que
lhes eram devidos.
Sara não ficara satisfeita. Tudo isso já
sabia, pois estava minimamente atenta para
saber que neste ano se assinalam os cem anos
da tal conferência na Dinamarca que instituiu
o dia da mulher. Queria era saber da real
opinião do seu pai, com quem gostava habitualmente de falar sobre tudo e mais alguma
coisa. Também queria saber o que os
homens pensam realmente destas iniciativas.
Antes que Sara insistisse mais, José avançou:
– Sabes!? As mulheres dos dias de hoje
têm preocupações diferentes das das suas
antecedentes. A vida nos países desenvolvidos leva a que a luta pelos direitos ao trabalho, à saúde, à igualdade seja diferente daquela que se faz, ou se possa vir a fazer, em países subdesenvolvidos ou em países mais
pobres.
Sara matutou e retorquiu:
– Acho que teria mais sentido se as
– Querida! Realmente,
hoje em dia, os países com
alguma história na democracia e na conquista dos direitos humanos deveriam ser exemplares na luta
pelos desfavorecidos e pelos oprimidos. Mas
a realidade demonstra que, depois de adquirido determinado estatuto, depressa nos esquecemos das origens. Talvez por aí se expliquem os comportamentos, também a meu
ver menos adequados, no dia da mulher. A
opinião pública é, de tal forma, moldada pelo
marketing e pela publicidade e as pessoas vão
por arrastamento.
Sara compreendia, mas pensava naquelas
mulheres que morreram porque lutaram pelo
direito, que deveria ser inato, a serem respeitadas como qualquer homem. Pensava nas
mulheres que hoje morrem vítimas da violência de um homem qualquer que merece tudo
menos ser apelidado de ser humano. Pensava
nas mulheres que, apenas por serem mulheres, são impedidas de andar na rua, de se
manifestarem por melhores dias, pelo direito
à expressão, pelo simples direito à existência.
Pensava naquelas que são vistas unicamente
como parideiras, como mulheres para cuidar
dos filhos e nada mais, como objectos
sexuais, como escravas ao serviço de qualquer um.
Tomaram o pequeno almoço, saíram de
casa, cada um a caminho da sua vida normal,
mais um dia qualquer, mais um Dia da
Mulher.
Victor Vieira
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Penso, logo escrevo
Acontecimentos recentes
Acontecimentos recentes tem provocado
grandes mudanças...Primeiro, uma grande
tragédia assola o Haiti, as pessoas começam a
ver as notícias e uma onda de solidariedade
começa a surgir. Ao ver as notícias sobre tal
acontecimento, tão devastador, fiquei inicialmente assustada, depois comecei a sentir
pena de todas aquelas pessoas, mas por fim,
cheguei à brilhante conclusão de que o facto
de estar a sentir pena daquelas pessoas não
lhes traria felicidade alguma,porque nestas
alturas aquelas pessoas precisavam era de
AJUDA, não de pena!
Passado algum tempo o mau tempo atingiu a Madeira, uma nova realidade surgiu...os
locais que conhecia passaram a ter um aspecto totalmente diferente e as notícias que surgiam eram cada vez mais assustadoras, pois o
que via não era sobre o Haiti, um lugar distante, era sobre a Madeira, a terra onde vivo!
Depois deste acontecimento percebi
como a nossa visão sobre determinado assunto pode mudar de forma drástica,a Madeira
um local que parece estar reservado, onde as
coisas más supostamente não aconteciam,
deixou de ter esse lado onde tudo parece tão
perfeito.
A partir daquele instante percebi que as
coisas más não acontecem só aos outros,
pois ninguém neste mundo pode estar certo
de que está seguro porque de um dia a outro
as coisas mudam, em apenas algumas horas
ou minutos, os locais deixam de ser como
foram durante décadas, as pessoas que nos
rodeavam desaparecem sem se despedirem, a
nossa casa é totalmente redecorada com lama
e entulho…
E mesmo antes de escrever este meu
pensamento, voltei a ver as notícias onde me
deparei com uma nova tragédia, um sismo no
Chile...neste momento pergunto-me : que
mais
estará
para
vir?
Todos estes acontecimentos me fazem crer
que isto não ficará por aqui, tenho um pressentimento que este tipo de notícias serão
cada vez mais
frequentes...
Quando este tipo de coisas acontece perguntamos porquê que tal coisa aconteceu, estes
fenómenos tem uma razão de ser e não me
venham dizer que foi Deus o responsável,
porque o único responsável a quem devemos
pedir justificações e mudanças é ao próprio
ser humano que destrói a pouco e pouco o
que o rodeia.
Na minha opinião tudo o que está a
acontecer agora é apenas a solução que a
natureza encontrou para repor o equilíbrio.
Pode parecer estranho, mas acho que a natureza que parece ser tão amena, tão bonita,
digna dos mais belos adjectivos, também tem
o seu lado menos bom, e está apenas a mostrar ao homem que tem uma força incalculável e incontrolável.
O aquecimento Global muito provavelmente é a resposta, o porquê de todas estas
catástrofes naturais, por isso mais importante
que estar constantemente a fazer palestras
sobre o assunto é preciso é agir, e rápido,
antes que seja tarde demais, se é que já não o
é!
Cátia Carmo
O amor
A reflexão que se segue acerca
do amor foi elaborada após a leitura da
obra Diário Secreto de Camila de Ana Maria
Magalhães e Isabel Alçada, no âmbito do
plano nacional de leitura/ plano regional
de leitura/ leitura recreativa.
Para mim, o amor à primeira
vista é… algo imprevisto, um sentimento
muito forte, que ocupa o vazio nos corações das pessoas. É algo que nós não
mandamos, que não se pode controlar,
que não se sabe quando vai acontecer.
Por vezes, faz-nos felizes e, por
outras, tristes.
(…)
O amor é demonstrado de
várias maneiras, tal como o carinho que
as pessoas demonstram umas pelas
outras.
(…)
O sentimento ao primeiro
olhar, ao primeiro tocar de mão, sente-se
e é algo muito especial que nos toca muito.
Pode ser uma mera coisinha,
sem importância, para alguns, mas para
outros é uma coisa muito especial…
Às vezes, também por causa de
gostarmos de um amigo, temos muito
medo que a nossa amizade venha a acabar. Pois, nós não mandamos naquilo
que sentimos. É uma coisa que surge no
nosso coração e que, por vezes, não
sabemos o que fazer.
Quando gostamos muito de
alguém, não se desiste daquilo que sentimos por essa pessoa. Pois, não foi encomendado, foi algo que surgiu sem se
prever. Não é de um dia para o outro
que se vai deixar de gostar de alguém.
Por vezes, o que mais me amedronta é saber que fomos amigos e que a
amizade pode terminar. Pois, o amor
tem destas coisas.
Era tão bom que compreendessem os nossos sentimentos.
A meu ver, só temos que dar
valor às pessoas que realmente nos
amam e não as magoar, porque, se a
pessoa que está a ser alvo do amor mostrar desprezo, está a causar imensa dor
àquela que a ama.
Para algumas pessoas, o amor
ajuda em tudo: a melhorar a sua atitude e
as suas notas, tornando-a numa óptima
pessoa.
Ana Paula Câmara, CAC
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Páscoa
A celebração da Primavera
Muito antes de ser uma festa cristã, o que se celebrava no momento da Páscoa era o anúncio do fim do Inverno e a chegada da
Primavera.
Para os antigos, festejar a Primavera (tal como a Páscoa) sempre representou a alegria da passagem de um tempo escuro e triste
para um mundo iluminado, de vida nova na Natureza. Era uma espécie de renascer.
A “páscoa”
A
palavra
"páscoa" vem do
hebreu "pessah" e
significa "passagem",
"mudança", refere-se
ao êxodo (saída) do
Egipto de Moisés.
Nesta estação do ano, os antigos
povos pagãos europeus homenageavam
Ostera, ou Esther (em inglês, Easter quer
dizer Páscoa, e em alemão é Oster).
Ostera era a Deusa da Primavera, que
segurava um ovo na mão. A deusa e o
ovo eram símbolos da chegada de uma
nova vida.
Estes antigos povos
comemoravam a chegada
da Primavera decorando
ovos. Mas o costume de
os decorar para dar de
presente na Páscoa surgiu
na Inglaterra, no século X.
O rei Eduardo I tinha o hábito de
banhar ovos em ouro e oferecê-los aos
seus amigos e aliados.
Acreditava-se que receber ovos pintados trazia boa sorte, fertilidade, amor e
fortuna.
A oferta de ovos manteve-se até hoje
e de várias formas.
A Páscoa cristã
Para entender o
significado da Páscoa cristã, é necessário recordar que
muitas celebrações
antigas foram integradas nos acontecimentos relacionados
com Cristo.
A festa da Páscoa
refere-se à última ceia de Jesus com os
Apóstolos, a sua prisão, julgamento e
condenação à morte, seguida da sua crucificação e ressurreição.
A celebração começa no
Domingo de Ramos (quando
Jesus entra em Jerusalém e é
aclamado com ramos de palmeira) e acaba no Domingo de
Páscoa (com a Ressurreição de
Cristo): é a chamada Semana Santa.
A data da Páscoa foi fixada pela Igreja no ano 325, de modo a "cair" no
domingo mais próximo da primeira Lua
Cheia do mês lunar que começa com o
equinócio da Primavera.
Com esta definição, a data da Páscoa
varia de ano para ano, sendo, em limite,
entre 22 de Março e 25 de Abril, transformando a Páscoa numa festa "móvel".
Sabias que a sequência exacta de
datas da Páscoa se repete aproximadamente a cada 5 milhões de anos do nosso calendário?
A Páscoa judaica
Em
hebraico,
existe a "Pessah", a
chamada
"Páscoa
Judaica", que começou a celebrar-se há
cerca de 3 mil anos,
quando os hebreus
iniciaram
o
"êxodo" (a viagem
de libertação do seu povo, pela mão de
Moisés, depois de serem escravos do
Egipto durante 400 anos). Comemoravam assim a passagem da escravidão
para a libertação.
A comemoração inclui (entre outras
coisas) uma refeição, onde se come o
Cordeiro Pascal, pão sem fermento (o
"matzá"), ervas amargas e muito vinho.
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A no 1, N. º 2
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O carnaval saiu à rua
Tal como já é hábito a nossa escola,
promoveu um cortejo carnavalesco, que
saiu da escola e percorreu as principais
artérias da cidade de Santana.
Desta vez, o tempo não ajudou e não
pudemos ter a presença da maioria das
escola de primeiro ciclo do concelho.
As trupes, organizadas pelos colegas
de EV e EVT, estavam um mimo. Só é
pena que a maioria dos alunos de 3.º
ciclo e do ensino secundário não se
tenham juntado ao corso, devidamente
apetrechados, entenda-se.
Parabéns a professores e alunos que
se esmeraram na confecção dos trajes e
adornos utilizados para a apresentação
desta actividade.
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A no 1, N. º 2
A palavra aos alunos
O Temporal do Funchal
Mau Tempo na Madeira
Ninguém pode esquecer
Já de madrugada,
O dia 20 de Fevereiro
O que foram as pessoas encontrar
Tanta gente no Funchal
O Sul da Madeira virado do avesso
Que ficou sem casa e terreiro
Mais uma preocupação para nos atormentar.
Muitas famílias tristes
Muitas casa destruídas,
Por terem perdido os seus queridos
Pessoas sem um lugar para morar
Muitas escolas fechadas
Agora neste momento,
Por terem as salas inundadas
Muita solidariedade temos que dar!
Quantas mortes houve
As ruas do Funchal
Já nem as consigo contar
Estão um grande deserto
Mas que dia tão triste,
Tanta lama espalhada
Que ainda estamos a lamentar!
Que o coração nem bate certo
Maria - 5.º1
A pérola do Atlântico
Tragédia na Madeira
Perdeu agora a sua beleza
Mas com a ajuda de todos
Nesta nossa Madeira,
Teremos uma nova cidade com certeza.
Aconteceu uma coisa terrível.
Cheias e quebradas,
Temporal na Madeira
Foi o dia 20 de Fevereiro
Um sábado cinzento
Águas escuras correram na ribeira
Trouxe muita tristeza e tormento.
Madeira com a sua beleza
Muitos turistas encantou
Mesmo depois desta tristeza
Muita gente nos visitou.
Madeirenses solidários
A Madeira vão limpar
Para que nesta bela ilha,
O sol volte a brilhar.
Alexandre Caires Martins - 5.º1
Letícia Perestrelo – 5.º1
Foi mesmo horrível.
Esta grande cidade
Tempestade na ilha
Foi destruída
Vamos todos ajudar,
A pérola do Atlântico
Para ver a cidade reconstruída.
Sofreu uma grande catástrofe
Vamos unir as mãos
Às pessoas desalojadas,
Para ultrapassar este desastre.
Vamos todos dar-lhes de comer.
Para as vermos felizes,
Do alto da montanha
Numa casa as vamos acolher.
Vieram as águas revoltadas
Tudo arrastaram à sua passagem
Ana Furtado Alves – 5.º1
E desfiguraram a bela paisagem.
A Madeira é um jardim
E assim continuará a ser
Todos unidos vamos fazer a Madeira renascer.
Beatriz Pereira – 5.º1
A no 1, N. º 2
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A palavra aos alunos
Temporal na Madeira
Desta tragédia na Madeira
Nós vos vimos falar
Muita tristeza é a nossa
Por favor venham ajudar.
Neste mau temporal
O que foi acontecer
A ilha da Madeira
Não a conseguimos reconhecer.
Aqueles que mais precisam
Nós vamos ajudar
Substituição de penas de prisão por serviços à comunidade
Falando da substituição de penas de
prisão por serviços à comunidade, julgo
que cada caso deve ser analisado individualmente antes de
ser tomada uma
decisão a esse nível.
Quem cometeu um
crime, mas que, por
sua vez, não teve
essa intenção e está
arrependido, acho
por bem que faça
esses serviços comunitários, mas aos
criminosos que o
fizeram intencionalmente, não deve ser dada a oportunidade
de estarem livres.
Só deve viver livremente aquele
que assim souber viver, respeitando-se e
respeitando todos os
outros. O serviço
comunitário
serve
como “castigo” para
aqueles que, de alguma
forma, não cumpriram
a lei, mas que até não
provocaram
danos
irreparáveis, nem voltariam a cometer o
mesmo erro.
Dulce Spínola - GA
Com ternura e caridade
Da Madeira vamos cuidar.
Escola em movimento
Com tristeza e carinho
Nós vamos agir
Para a Madeira
Nós podermos reconstruir.
Naquelas lindas cidades da Madeira
Pelas quais eu ia passear
Aconteceu uma grande desgraça
Mas não a sei remendar.
Nélia Jardim Spínola – 5.º1
Entre o dia 8 e 15 de Novembro, 13
alunos do 9.º e 10.º ano (Andreia Raquel
do 9/3, Ayrton do 9/3, Carina do 9/3,
Cédric do 9/2, Cláudio do 9/2, Cristiana
do 9/1, Décio do 9/2, Laura do 9/1,
Linda do 9/3, Mónica do 9/1, Patrícia do
9/2, Sofia do 9/3 e Vítor Hugo do 10º
ano) participaram no projecto do Intercâmbio com o colégio Dr. Luís Pereira da
Costa no Monte Redondo, acompanhados por 2 professores (o professor Bernardino e a professora Noémia).
Dia da Partida (Domingo/dia 8):
A partida da Madeira para Lisboa, foi
no dia 8 de Novembro de 2009. O local
de encontro foi na escola B+S Bispo D.
Manuel Ferreira Cabral, por volta das 9h
e 20min. Saímos da escola mais ou menos
às 9h e 30min em duas carrinhas, com
destino ao aeroporto da Madeira, onde
fizemos o Check-In e esperámos até chegar a hora do avião partir, ou seja, às 11h
e 45min. Viajámos na TAP, num avião da
“Star Alliance” durante cerca de 1h e
30min. Chegámos ao aeroporto de Lisboa
perto das 13h e 15min e fomos buscar as
malas. De seguida fomos de camioneta
até a Pousada da Juventude em Lisboa,
onde deixámos as malas e fomos para o
centro comercial “Campo Pequeno”
almoçar.
Após o almoço, fomos até o Mosteiro
dos Jerónimos, onde vimos o túmulo do
Vasco da Gama. A seguir fomos ver o
Padrão dos Descobrimentos e experimentámos os “famosos” Pastéis de
Belém. De seguida, caminhámos junto ao
Rio Tejo e fomos a um bar. Por volta da
meia-noite, depois de já todos terem terminado as suas bebidas, apanhámos o
metro para regressar à pousada.
(continua na página seguinte - pág. 12)
Página 12
(continuação da página 11)
2.º dia (segunda-feira/dia 9):
No 2.º dia acordámos às 7h, tomámos
o pequeno-almoço e fomos ter ao metro,
onde um funcionário das relações públicas da empresa nos acompanhou numa
visita guiada às várias estações do metro
de várias linhas. O senhor ofereceu a
cada um, um cartão de metro, com 6
viagens já carregadas. Durante a visita
guiada, vimos vários painéis nas paredes
das estações. A seguir saímos no Chiado
e andámos pelo centro de Lisboa. Após
isto tudo, fomos almoçar ao centro
comercial “Colombo”. Depois do almoço andámos em carrinhos durante 1
hora, depois voltámos à pousada, para
buscar as malas.
Partimos, de autocarro, para Leiria
pelas 17h, juntamente com os alunos e
professores da Holanda, Grécia, Itália,
Espanha e Polónia com quem entretanto
nos encontrámos. A viagem demorou
mais ou menos 2h. O local de encontro
com os parceiros do intercâmbio foi no
colégio Dr. Luís Pereira da Costa. Eu
fiquei na casa da Marina Moderno do
9.ºE e após o encontro, fui jantar à churrascaria dos pais dela. Depois fomos
para casa dela.
3.º dia (terça-feira/dia 10):
No 3.º dia, acordei às 6h e 30min e fui
para a paragem de autocarro. Cheguei à
escola às 8h, onde me encontrei com os
outros. As aulas começavam às 8h e
45min e tivemos que assistir às aulas dos
nossos parceiros. Almoçámos na escola e
durante a parte da tarde, todos os alunos
do intercâmbio foram ter ao pátio, onde
pintámos um cartaz com “COMENIUS”
escrito. Depois da escola fui para a casa
dela, jantei, e depois fui com ela ver o
irmão dela treinar futebol.
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4.º dia (quarta-feira/dia 11):
No 4.º dia, fomos ter à escola às 8h, e
partimos mais ou menos às 10h e 30min
para Leiria de autocarro, onde andámos
a pé até ao Castelo. Lá, deram-nos um
mapa e andámos pelo castelo em grupos.
A no 1, N. º 2
ço passeamos perto do rio e a seguir
voltámos para a escola e cada um foi
com o seu parceiro para casa.
À noite, combinámos todos, e fomos
jogar Bowling, onde nos divertimos e
houve a hora das despedidas, pois íamos
embora no dia seguinte, só que a horas
diferentes.
7.º dia (sábado/dia 14):
Após a visita, fomos até Óbidos almoçar
e depois fomos até Nazaré onde vimos
as senhoras com sete saias e passeámos
pela praia.
À noite, eu e a minha parceira e mais
alguns do intercâmbio, fomos até a casa
do Gonçalo (o aluno que recebeu o
Cédric), onde comemos castanhas, cantámos karaoke e jogámos BUZZ.
No 7.º dia, fomos de autocarro para
Lisboa. Chegámos a Lisboa e depois
apanhámos o metro até à pensão, onde
deixámos as nossas malas. A seguir,
fomos para o centro comercial
“Colombo” almoçar e visitámos as lojas
e andámos numa espécie de montanha
russa num parque de diversões. Às 18h
fomos para o estádio da Luz, ver Portugal jogar contra Bósnia. Gostei de ver o
jogo, ficou 1-0 para Portugal. Por volta
das 10h, saímos do estádio e voltámos
para o Centro Comercial, para jantarmos. Após o jantar, apanhámos outra
vez o metro e fomos novamente para a
pensão.
5.º dia (quinta-feira/dia 12):
No 5.º dia, tivemos que assistir outra
vez às aulas dos nossos parceiros, só
que, os que ficaram com alunos do 9.º
ano não assistiram às aulas, porque o 9.º
ano estava numa visita de estudo, então
ficámos na escola a jogar matraquilhos e
fomos almoçar fora da escola. Na parte
da tarde por volta das 2h, os alunos do
intercâmbio e os parceiros que não estavam no 9.º ano, tiveram que fazer a sua
apresentação. A nossa apresentação foi
sobre a cultura e algumas tradições da
Madeira. Quando os nossos parceiros
que foram à visita de estudo chegaram,
fomos para casa.
Voltámos para a escola às 9h, para um
jantar com os pais dos nossos parceiros,
onde cada um dos alunos recebeu um
certificado, vimos fotografias que tirámos ao longo da semana e cantámos
karaoke.
6.º dia (sexta-feira/dia 13):
No 6.º dia, fomos ter à escola e
depois partimos para Coimbra, onde
vimos alguns edifícios, como a Universidade de Coimbra, a Biblioteca Joanina, o
Cárcere Académico, etc. Depois andámos pelas ruas de Coimbra, onde almoçámos e visitámos as lojas. Após o almo-
Dia de chegada (Domingo/dia 15):
No último dia, acordámos às 7h,
arranjámo-nos, arrumámos as malas e
tomámos o pequeno-almoço às 8h.
Fomos numa carrinha para o aeroporto.
Chegámos lá, fizemos o Check-In e
depois esperámos até que chegasse a
hora de partir. Quando chegámos à
Madeira, fomos buscar as malas, e uns
alunos foram com a família que estava à
espera no aeroporto e os outros foram
numa carrinha da Câmara Municipal de
Santana para a escola, onde estavam os
pais à espera. Foi assim que acabaram os
nossos dias excelentes no continente.
Adorei a experiência! Foi uma semana
inesquecível.
Linda Matos Câmara, 9.º 3
A no 1, N. º 2
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Docinho de Morango e a Primavera
PEÇA DE TEATRO PARA CRIANÇAS DO PRÉ-ESCOLAR
19 de Março
21 de Março
27 de Março
Que têm estas datas em comum para
além do mês?
Foi no dia 19
de Março (Dia
do Pai) que foi
levada a palco
uma peça de
t e a t r o
(antecedemos,
assim, as comemorações do
Dia Mundial do
Teatro, dia 27,
que este ano
coincide com as
férias da Páscoa) sobre a Primavera (mais uma vez
antecedemos as comemorações de outra
efeméride – o Dia Mundial da Floresta
ou Dia da Árvore e Dia da Poesia, dia 21
– que decorreu num fim-de-semana).
O Projecto de Animação de Leitura
convidou os alunos do pré-escolar de
três escolas do concelho de Santana
(Externato Sagrada Família, EB1/PE do
Caminho Chão e EB1/PE de Santana)
para assistirem à peça de teatro intitulada
“Docinho de Morango e a Primavera”.
A peça resultou de uma adaptação de
uma obra com o mesmo título, por isso
passaram pelo palco apenas quatro personagens. Para a encenação, contámos
com os alunos Letícia Perestrelo
(Docinho), Lara Martins (Laranjinha),
Ricardo Caldeira (Inverno) e Eliana Caldeira (Primavera), todos eles da turma 1,
do 5.º ano.
Os professores responsáveis pelo
Projecto de Animação de Leitura ofereceram a cada escola uma obra infantil e
um caderno de actividades e, às crianças
presentes, um
pequeno caderno de desenhos
para
pintar,
sobre as personagens da obra
adoptada.
A
escola
também ofereceu um lanche
para os presentes, com o
patrocínio do
Hiper Sá de
Santana.
Entidades
locais e pessoas
individuais
apoi aram-nos
nesta actividade, pelo que
ficamos muito
gratos e dispomos o nosso
trabalho para
partilhar e contribuir
com
aqueles que um
dia não hesitaram em vir em nosso auxílio.
Por
isso,
agradecemos: à
Câmara Municipal de Santana, que nos
assegurou
o
transporte para
os alunos do
pré-escolar; ao
Hiper Sá de
Santana, que
nos presenteou
com iguarias
que superaram
as nossas solicitações; ao Conselho Executivo, que nos motivou e que se empenhou na hora dos momentos imprevistos; ao professor Martinho Freitas, que
aperfeiçoou o texto gravado e fez a conversão das músicas utilizadas para forma-
tos compatíveis ao programa adoptado;
ao professor Duarte Silva, que nos deu
orientações para o espectáculo; ao professor Juan Batista, que executou um dos
cenários;
ao
professor Maurício, que fez o
registo fotográfico; ao grupo
de EVT, que
disponibilizou
material para o
cenário;
ao
aluno Airam
Galindo, que
gravou (e regravou) as falas
das personagens; às escolas que aceitaram o nosso
convite; e, por fim, de uma forma muito
especial, aos seis alunos do 5.º1 que
estão inscritos no nosso Projecto (a Letícia, a Lara, a Ana, a Eliana, o Ricardo e o
Alexandre).
Para terminar, o nosso Projecto vai
continuar a desenvolver actividades que
motivem os alunos para a leitura, para a
escrita, para o gosto e respeito pelo livro
e pela cultura. Temos o cuidado de
abranger alunos de várias idades, dinamizando actividades específicas para cada
grupo.
Para os interessados, divulgamos o
nosso trabal ho nos seguintes
sites/blogues:
http://www.ebs-santana.pt
http://bibloslandia.blogspot.com/
Para os que querem partilhar as suas
opiniões e sugestões, podem utilizar o
correio electrónico se segue:
[email protected].
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Escola em movimento
Ida ao Teatro e visita à Quinta Berardo
No dia 25 de Janeiro
as turmas 1,2,3 e 5 do 5.º ano
efectuaram uma
visita de estudo ao
Funchal no âmbito das disciplinas
de Língua Portuguesa e de Ciências da Natureza.
Ao entrarmos no
teatro deparamo-nos com um
ambiente diferente e mágico. Sentamo-nos
nos
nossos lugares e
em poucos minutos começava o
espectáculo.
A p ó s
uma viagem tranquila chegamos à
nossa primeira paragem, o
Teatro de Santo António, para
assistir à peça “Amigos e Diabretes”. Mas antes de entrar
havia que aconchegar os nossos estômagos, e nada melhor
do que um pequeno lanche
para recuperar as nossas energias.
A peça
contava a história
de Carlota e de
Manelito, que um dia foram
visitados por um grande diabrete e seu aprendiz que estavam decididos a acabar com a
amizade dos dois.
Foi uma peça muito
interessante, pois falava do
valor da amizade e que esta é
um sentimento que devemos
defender, pois a qualquer
momento pode ser posta à
prova pelos diabinhos que
constantemente saltitam dentro e fora das nossas cabeças e
corações.
Após o espectáculo
fomos almoçar e rumamos até
ao Monte para visitar a Quinta
Berardo – Museu e Jardins do
Monte Palace.
Começamos por
uma visita guiada ao
museu onde vimos
esculturas do Zimbabué
e minerais dos quatro
cantos do mundo.
Depois caminhamos
juntamente com uma
guia pelos bonitos jardins
onde vimos diferentes tipos
de plantas, aves, peixes e apreciamos uma vista magnífica
sobre a cidade do Funchal.
Foi uma tarde bem
divertida e quando demos por
nós já estava na hora regressar
até Santana. Correu tudo bem
e foi um dia muito bem passado.
Os professores responsáveis: Carla
Oliveira, Dorita Santo e Luís
Lino.
Visita de Estudo aos Bombeiros Municipais do Funchal, Câmara Municipal do
Funchal e Cinema
No dia 5 de Fevereiro de 2010 o
Curso de Técnico de Design realizou
uma visita de estudo, no âmbito das disciplinas de Higiene e Segurança no Trabalho, Cidadania e Sociedade e Inglês,
com o intuito de promover, acima de
tudo, os valores da cidadania, integrada
nos conteúdos abordados nas aulas.
O encontro matinal deu-se pelas
8h30m, com alguma ansiedade à mistura.
O entusiasmo fez-se acompanhar da
alegria, que andaram de mãos dadas o
dia todo. Após o percurso de Santana ao
Funchal, eis a chegada à Corporação de
Bombeiros Municipais da capital. Aqui, a
recepção amistosa e atenta, animou o
pessoal. Foi feita uma descrição esclarecedora dos diversos equipamentos utilizados por esta entidade, nos diversos
serviços prestados.
Com o auxílio de um lanche, intercalado com uma caminhada pelas ruelas do
Funchal, a chegada aos Paços do Concelho fez-se num passo apressado. Ali, a
responsável pelo Departamento do
Turismo, deu a conhecer as divisões
observada a partir dali extasiou todos os
presentes.
mais solenes deste edifício, que encantaram os olhos que ali pousaram. O recheio
das salas, de um requinte único, permitiu
uma viagem por épocas históricas da
cidade do Funchal. A oportunidade de
encarnar o papel de membros da Assembleia Municipal permitiu, por instantes,
sentir uma responsabilidade acrescida.
Alimentados por um espírito de descoberta, foi feita uma escalada até o topo
desta instituição – a Torre. A paisagem
Ainda embevecidos pelos momentos
vividos, alunos e professores deslocaram-se até ao centro comercial, onde
sossegaram os estômagos já famintos.
Repostas as energias, e preparados para
uma nova aventura, a três dimensões,
todos foram transportados para um
espectacular mundo para além da imaginação. Avatar retrata um herói rebelde
que embarca numa viagem de redenção,
descoberta e amor inesperado, liderando
uma batalha heróica para salvar a civilização de Pandora, onde as florestas, plantas flutuantes e habitantes azuis, transportam os espectadores para um mundo
perfeito, mas utópico.
Para finalizar esta experiência única,
nada como um bom regresso a casa.
Com alguma nostalgia à mistura, a boa
disposição não desvaneceu e alimentou
as conversas dos dias seguintes…
Professoras Carla Mendonça, Mercês Ramos e
Rosa Vieira
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Jogos Lúdico-didácticos na disciplina de Área-projecto do 7.º 2
Nos
dois
primeiros
períodos deste corrente ano
lectivo, na disciplina de Área
de Projecto, com orientação
das professoras Ana Paula
Câmara e Eulália Silva, nós, a
turma do 7.º 2, realizámos
alguns jogos sobre o nosso país.
A turma foi dividida em 4 grupos e logo
depois começámos a trabalhar.
As aulas correram na normalidade e o
empenho dos alunos foi visível.
Houve muita recolha de informação para
podermos realizar esta actividade, mas alguns
grupos tiveram perguntas semelhantes.
No dia oito de Março (2 feira) chegou a
hora de podermos apresentar os nossos trabalhos. Foi à turma do 7.º 4. Aconteceu na
sala 7 do 4.º pavilhão. Três grupos utilizaram
o computador enquanto que o quarto grupo
desenhou um “caracol” no chão, ao pé do
bar dos alunos, com casas numeradas e cada
grupo da turma quatro se acertasse às perguntas andava casas, se falhasse era penalizado e andava para trás.
Foi muito engraçado, divertido, mas ao
mesmo tempo difícil gerir todos aqueles
jogos, mas, como todos os grupos se esforçaram, conseguimos.
O vencedor foi o grupo constituído pelos
alunos Diana Aguiar, Daniela Martins, Miguel
Florença e Luís Jesus. Em segundo lugar
ficaram os alunos Hugo Batista, Michael
Gouveia, André Abreu e Ruben Nóbrega.
Estes dois grupos tiveram um prémio: um
chocolate!
É de salientar que trabalhámos ardua-
O “caracol”
mente para esta actividade e deu resultado.
Hugo Leme (delegado da turma 7.º 2)
Preparativos
O decorrer dos jogos
Ler faz bem à saúde!
Escola B+S Bispo D. Manuel Ferreira
Rua Albino de Menezes
http://leituras.webnode.com
http://bibloslandia.blogspot.com
Tel: 291570000
Correio electrónico: [email protected]