Boletim DCR no 97

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Boletim DCR no 97
 Ministério de Minas e Energia EDIÇÃO No 96 Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis Março/2016 Departamento de Combustíveis Renováveis
BOLETIM MENSAL DOS COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS A PRESENTAÇÃO
S UMÁRIO Destaques 2 Nesta edição, são apresentadas informações e dados atualizados relativos à produção e aos preços dos Biodiesel biocombustíveis. Como destaques do mês, trazemos: Produção 7 
Sancionada a Lei nº 13.263, de 23 de março de 2016: Capacidade 7 aumenta o percentual de adição de biodiesel ao diesel; 8 Localização 
Capacidade de produção nacional de etanol; Atos Normativos 9 
Resíduo do dendê pode gerar biogás; e Preços e Margens 9 
Evolução recente da demanda nacional de combustível 10 Entregas dos Leilões para o Ciclo‐Otto. Preço das Matérias‐Primas 11 Participação das Matérias‐
14 Primas O Boletim é parte do esforço contínuo do Departamento de Combustíveis Renováveis (DCR) em tornar 14 Produção Regional transparentes as informações sobre biocombustíveis, Não Conformidades no divulgando‐as de forma consolidada a agentes do setor, 15 Diesel B órgãos públicos, universidades, associações, imprensa e 15 Consumo Internacional público em geral. Etanol O Boletim é distribuído gratuitamente por e‐mail e 16 Produção e Consumo está disponível para consulta no endereço virtual Exportação e Importações http://www.mme.gov.br/web/guest/secretarias/petroleo‐gas‐
17 natural‐e‐combustiveis‐renovaveis/publicacoes. Frota Flex‐Fluel 18 Preços da Cana‐de‐Açúcar 18 Preços 18 Margens 19 Paridade de Preços 20 Preços do Açúcar 21 Não Conformidades 21 Consumo Internacional 22 Biocombustíveis Variação de Matérias‐
Primas e do IPCA Números do Setor Muito obrigado, A Equipe do DCR 22 23 Publicado em 24.03.2016
B O L E T I M M E N S A L D O S C O M B U S T Í V E I S R E N O V Á V E I S NO 97 MARÇO/2016 D ESTAQUES Sancionada a Lei que aumenta o percentual de adição de biodiesel Foi sancionada a Lei nº 13.263, de 23 de março de 2016, que alterou Lei nº 13.033, de 24 de setembro de 2014, para dispor sobre novos percentuais de adição de biodiesel ao óleo diesel comercializado no território nacional. Atualmente, são adicionados obrigatoriamente 7% (mistura B7) de biodiesel ao óleo diesel comercializado a qualquer consumidor, em todo o território nacional. Com a nova lei, a mistura obrigatória, passará para 8% (B8) em até 12 meses; 9% (B9) em até dois anos, e 10% (B10) no período de três anos. A norma ainda autoriza o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) a elevar a mistura obrigatória para até 15%, mediante a realização de testes em motores a diesel. A Lei também define diretrizes para o uso autorizativo em quantidade superior ao percentual obrigatório. A partir de 12 meses, o CNPE já poderá autorizar a mistura B10 a qualquer consumidor, desde que concluídos os testes de validação dessa mistura em veículos. Depois de 36 meses da promulgação da nova lei, a mistura em caráter autorizativo poderá chegar a B15. Para grupos de consumidores específicos, a lei faculta ainda ao CNPE deliberar sobre a adição voluntária de biodiesel ao óleo diesel em qualquer percentual acima do obrigatório. É o caso do uso autorizativo no transporte público, no transporte ferroviário, na navegação interior, em equipamentos e veículos destinados à extração mineral e à geração de energia elétrica, em tratores e demais veículos agrícolas. Página 2
B O L E T I M M E N S A L D O S C O M B U S T Í V E I S R E N O V Á V E I S NO 97 MARÇO/2016 Capacidade de produção nacional de etanol autorizada pela ANP De acordo com o Boletim do Etanol n°06/2016 da ANP, , publicado em fevereiro, 382 plantas produtoras de etanol estão autorizadas à operar no Pais por aquela Agência Reguladora. A capacidade operacional nacional autorizada é de 212.168 m³/dia de produção de etanol hidratado e 114.139 m³/dia de produção de etanol anidro. A cana‐de‐açúcar é a matéria prima utilizada em 97,1% das plantas de etanol autorizadas. Ainda de acordo com o Boletim da ANP há 32 solicitações de autorização para operação, sendo 7 referentes a plantas novas, canceladas ou ratificadas e 25 referentes a ampliação. Há ainda 16 solicitações de autorização para construção, 8 solicitações para ampliação de capacidade e 8 solicitações para plantas novas. Os Estados com destaque na capacidade instalada são: São Paulo, com 164 unidades autorizadas, Minas Gerais, com 37 unidades de produção, seguido por Goiás, com 36 unidades, Paraná, com 30 unidades e Mato Grosso do Sul, com 23 unidades. Na região Nordeste, Alagoas e Pernambuco se destacam com 19 e 16 unidades de produção, respectivamente. Ao todo, são 69 unidades de produção na região Norte‐
Nordeste. Outro ponto de grande importância para o setor é a sua capacidade de estocagem do biocombustível. Devido à grande parte de a produção ocorrer em 8 meses e ao consumo se diluir por todo ano, a capacidade de manter os estoques nas principais regiões consumidoras é fundamental para a continuidade do abastecimento. No estado de São Paulo, são 1.147 tanques com capacidade de 9,2 milhões de m³, Goiás, 176 tanques com capacidade de 1,9 milhão de m³, Minas Gerais, 150 tanques com capacidade de 1,4 milhão de m³ e Mato Grosso do Sul, 107 tanques com capacidade de 1,3 milhão de m³. Fonte: Agencia Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (www.anp.gov.br) elaborado por Ministério de Minas e Energia (www.mme.gov.br) Resíduo do dendê pode gerar biogás No processamento dos cachos de dendê, vários coprodutos e resíduos são gerados e o de maior quantidade é o POME, sigla para palm oil mill effluent (efluente da extração do óleo da palma). Atualmente, ele é usado como fertilizante, mas a Embrapa Agroenergia vê outro potencial. Ele pode dar origem à produção de biogás, de biofertilizante e de água de reuso, por meio de um único processo, utilizando microrganismos. Trata‐se da biodigestão, técnica já utilizada para gerar energia a partir de dejetos suínos. Desenvolver tecnologias para transformar o POME em produtos de maior valor agregado é um dos objetivos de um amplo projeto de pesquisa, o Dendepalm, que é financiado pela Agência Brasileira de Inovação (Finep) e conta com uma rede de instituições de pesquisas lideradas pela Embrapa Agroenergia. Essa instituição tem investido no dendê pelo seu potencial de integrar a cadeia produtiva do biodiesel, diversificando as fontes de matérias‐primas. Uma das características que chama a atenção é a produtividade de óleo por hectare, que chega a ser 8 a 10 vezes maior do que a da soja. Contudo, o aproveitamento dos diversos coprodutos e resíduos é essencial para que o óleo do dendê possa chegar às usinas com preço suficientemente competitivo para gerar um produto que precisa ter baixo custo, como o biodiesel. A pesquisadora Sílvia Belém, da Embrapa Agroenergia, vê muito potencial na produção do biogás. "Quando analisamos as características do POME, percebemos que ele tem o que é necessário para se produzir o biogás. Sua composição é basicamente 95% água e 5% matéria orgânica, bem próximo das características da vinhaça, que já sabemos ser uma boa produtora de biogás", explica a pesquisadora. Sílvia diz que essa característica é fundamental para os microrganismos que fazem a biodigestão. Eles utilizam a água como meio para crescerem e alimentam‐se da matéria orgânica, liberando metano e gás carbônico, os constituintes do biogás. É um processo fermentativo, como o que dá origem ao etanol, porém, mais complexo, porque utiliza não uma única espécie de microrganismo, mas algumas delas em consórcio. Tais espécies precisam ser capazes de sobreviver em ambientes sem luz e oxigênio. A química Priscilla Araújo Victor, bolsista de doutorado na Página 3
B O L E T I M M E N S A L D O S C O M B U S T Í V E I S R E N O V Á V E I S NO 97 MARÇO/2016 Embrapa Agroenergia, explica que a biodigestão é feita em fases e, durante cada uma delas, é um microrganismo diferente que atua mais fortemente. Uma vez obtido o biogás, sobram do processo: água, sais minerais e microrganismos. Mas nada seria desperdiçado. Os microrganismos são separados e utilizados na próxima batelada de processamento do POME. Os sais minerais viram fertilizantes para a própria plantação e a água é convertida em água de reuso e empregada novamente na extração de óleo. De olho no futuro, a equipe do projeto vislumbra o aproveitamento do biogás obtido no POME para gerar a energia que move a indústria de processamento do dendê. Hoje, é a queima dos cachos vazios que faz esse papel. No entanto, pesquisas em andamento na própria Embrapa Agroenergia e em outras instituições já estão encontrando fins mais lucrativos para a utilização desse material, como a extração de nanofibras de celulose. Sílvia conta que o biogás ainda pode ser acondicionado em botijões e utilizado para cozinhar alimentos, da mesma forma que o gás natural. Assim, o produto gerado nas usinas de processamento de dendê também poderia ser utilizado pelas comunidades do entorno, como substituto da lenha. Para comparar o rendimento de biogás obtido do POME, o projeto de pesquisa está realizando os mesmos testes com a vinhaça e com resíduos de frutas e verduras, já conhecidos como boas matérias‐primas para biodigestão. Com a colaboração da Universidade de Brasília, um biorreator foi especialmente configurado para esses experimentos, de modo que os cientistas consigam controlar as condições de processo. "Nós estamos coletando os dados de quanto de metano e gás carbônico que estão sendo produzidos e a quantidade de água e matéria inorgânica remanescentes, para posteriormente compará‐los", explica Priscilla. Fonte: Assessoria de Imprensa da Embrapa (www.embrapa.gov.br) Evolução recente da demanda nacional de combustível para o Ciclo‐Otto O Brasil experimentou nos últimos anos uma grande variação nos volumes comercializados de gasolina A, etanol hidratado e etanol anidro que, juntos, atendem a mais de 96% da demanda de combustíveis para o Ciclo‐Otto (veículos leves). De acordo com o gráfico elaborado com dados da ANP e do MAPA, a gasolina A saiu de um patamar de 1,5 milhão de m³/mês (2006 a 2009) para mais de 2,5 milhões de m³/mês (2012 a 2015); o etanol hidratado alcançou demanda de 1,5 milhão de m³/mês (2009 a 2010 e 2015); e o etanol anidro saiu de um patamar de 500 mil m³/mês (2007) para quase 1 milhão de m³/mês em 2015. Página 4
B O L E T I M M E N S A L D O S C O M B U S T Í V E I S R E N O V Á V E I S NO 97 MARÇO/2016 Gasolina A (m³)
Anidro (m³)
Hidratado (m³)
GNV (m³)
Total (m³ Gas. Eq)
2006
2009
2012
2014
2015
18.889.750
19.056.817
31.758.172
33.272.900
30.169.714
5.117.883
6.352.272
7.862.927
11.090.967
10.967.688
7.824.662
18.053.090
11.287.034
13.177.580
18.115.072
3.065.438
2.805.067
2.585.506
2.411.324
2.342.411
32.550.335
40.851.321
50.107.528
55.999.497
56.160.363
OBS: Demanda Energética = Total (m³ Gas Eq) = Gas A + Anidro + 0,7 x Hidratado + GNV Apesar deste crescimento desde 2006, verifica‐se uma estabilização nesta demanda por combustíveis para o Ciclo‐Otto em 2015, em comparação com 2014. Com relação ao ano de 2015, apesar de um aumento na demanda volumétrica de 3%, a demanda energética ficou estável em relação ao ano anterior, registrando um crescimento de 0,3%. Isso se deve ao fato de que a demanda por etanol hidratado (combustível com menor conteúdo energético em comparação com a gasolina) em 2015 aumentou significativamente (quase 5 bilhões de litros a mais em relação ao ano anterior). O aumento na demanda por etanol hidratado é fruto de uma maior oferta desse combustível na safra 2015/2016, estimulada pela melhor remuneração ao produtor, combinada com alterações nas alíquotas de ICMS em alguns estados da federação. Destaque para Minas Gerais, que teve sua demanda por etanol hidratado dobrada em relação ao ano anterior, por conta dessa alteração no ICMS incidente sobre o combustível. O impacto dessa medida pode ser observado no gráfico na página 6, que mostra uma avaliação no percentual de utilização de etanol hidratado nos veículos flex‐fuel no Brasil e em Minas Gerais. Observa‐se, claramente, que a paridade (média das capitais no Brasil) tem relação inversa com o percentual estimado de utilização de etanol hidratado nos veículos flex‐fuel (Brasil). Destaca‐se o comportamento desse percentual de utilização de hidratado em Minas Gerais em 2015, após a medida do governo estadual que alterou a competitividade do biocombustível em relação à gasolina C. De 2009 até 2014, o estado seguia a tendência média do País nesta avaliação, quadro que se alterou em 2015. Em 2014, o estado de Minas Gerais registrou demanda de 760.185 m³ de hidratado (5,7% da demanda nacional). Em 2015, foi registrado volume de 1.815.223 m³ (10% da demanda nacional) . Página 5
B O L E T I M M E N S A L D O S C O M B U S T Í V E I S R E N O V Á V E I S NO 97 MARÇO/2016 Os dados levantados sugerem que, atualmente, cerca de um terço dos carros flex‐fuel no País utiliza etanol hidratado (curva em azul). Neste mesmo aspecto, utilização de etanol hidratado por veículos flex‐fuel, Minas Gerais salta de um patamar de 10% (no período de 2011 a 2014) para mais de 30% em 2015 (curva em vermelho). Elaboração: MME – a partir de dados da ANP e do MAPA. Frota de veículos estimada com base nas vendas informadas pela ANFAVEA, aplicada curva de sucateamento, e distribuição de veículos por estado da federação com base nos dados do DENATRAN . Página 6
B O L E T I M M E N S A L D O S C O M B U S T Í V E I S R E N O V Á V E I S NO 97 MARÇO/2016 BIODIESEL
Biodiesel: Produção Acumulada e Mensal Dados divulgados pela ANP mostram que a de produção de biodiesel, em janeiro de 2016, foi de 271 mil m³. Um decréscimo de 15% em relação ao mesmo período de 2015 (320 mil m³). Abaixo, são apresentadas, para os períodos de mistura B5 (até junho de 2014), B6 (julho até outubro de 2014) e B7 (a partir de novembro de 2014), a produção acumulada anual e, posteriormente, a produção mensal, com a variação percentual em relação ao mesmo período do ano anterior. Biodiesel: Capacidade Instalada A capacidade instalada autorizada a operar comercialmente em janeiro de 2016 ficou em 7.263 mil m³/ano (605 mil m³/mês). Dessa capacidade, 92% são referentes às empresas detentoras do Selo Combustível Social. Página 7
B O L E T I M M E N S A L D O S C O M B U S T Í V E I S R E N O V Á V E I S NO 97 MARÇO/2016 Em janeiro, havia 50 unidades aptas a operar comercialmente, do ponto de vista legal e regulatório, com uma capacidade média instalada de 145 mil m³/ano (403 m³/dia). Dessas, 39 detinham o Selo Combustível Social. Biodiesel: Localização das Unidades Produtoras Região
N
nº usinas
3
Capacidade Instalada
mil m3/ano
%
241
3%
NE
4
476
7%
CO
21
2.857
39%
SE
9
954
13%
S
13
2.735
38%
Total
50
7.263
100%
OBS: contempla apenas usinas com Autorização de Comercialização na ANP
e Registro Especial na RFB/MF. Posição em 31/01/2016.
Página 8
B O L E T I M M E N S A L D O S C O M B U S T Í V E I S R E N O V Á V E I S NO 97 MARÇO/2016 Biodiesel: Atos Normativos, Autorizações de Produtores e o endereço eletrônico para o Boletim Mensal do Biodiesel emitido pela ANP 

Atos Normativos 
Aviso de Homologação ANP nº 01/2016 – 47º Leilão de Biodiesel (L47), biodiesel para o 2º bimestre/ 2016. Produtores Autorizações de Construção nº 67/2016 (FRCB/Várzea Grande/MT – capacidade de 1.200 m³/d); 
Despachos da ANP no 162/2016 (Revoga as autorizações nos 58/2015 e 420/2015 – Petrobras Biocombustíveis/Guamaré/RN). 
Boletim Mensal do Biodiesel emitido pela ANP (endereço eletrônico) http://www.anp.gov.br > Biocombustíveis > Biodiesel > Boletim Mensal do Biodiesel (link). 

Biodiesel: Preços e Margens O gráfico a seguir apresenta a evolução de preços no produtor de biodiesel (B100) e de diesel, na mesma base de comparação (com PIS/Cofins e CIDE, sem ICMS). Em janeiro de 2016, o preço médio do biodiesel no produtor foi de R$ 2,70, sendo 30,8% superior à média do diesel (R$ 2,06). Os demais gráficos mostram os preços de venda da mistura obrigatória ao consumidor e ao posto revendedor final. Mostra‐se, também, o comportamento das margens de revenda. Página 9
B O L E T I M M E N S A L D O S C O M B U S T Í V E I S R E N O V Á V E I S NO 97 MARÇO/2016 No mês de janeiro, o preço médio de venda da mistura ao consumidor, na época com B7, apresentou acréscimo de 0,6% em relação ao mês anterior. No preço intermediário (venda pelas distribuidoras aos postos revendedores), houve acréscimo de 0,9%. A margem bruta de revenda da mistura registrou decréscimo de 1,9%. Biodiesel: Entregas nos Leilões e Demanda Estimada O gráfico a seguir apresenta as entregas nos leilões promovidos pela ANP para atender a demanda obrigatória de B5 (até junho de 2014), B6 (de julho a outubro de 2014) e B7 (a partir de novembro de 2014). Página 10
B O L E T I M M E N S A L D O S C O M B U S T Í V E I S R E N O V Á V E I S NO 97 MARÇO/2016 O desempenho médio das entregas nos leilões públicos promovidos pela ANP é mostrado no gráfico a seguir. Contratualmente, a faixa de variação das entregas permitida é de 90% a 110% na média do leilão, atualmente bimestral. Em janeiro, a performance ficou em 90%. Biodiesel: Preços das Matérias‐Primas O gráfico abaixo apresenta a evolução do preço da soja em grão no Paraná, Bahia e Mato Grosso. Em seguida, são apresentadas as séries históricas do preço do óleo de soja em São Paulo, Rosário (Argentina) e na Bolsa de Chicago (Estados Unidos), estas últimas convertidas para Real (R$) por litro. Página 11
B O L E T I M M E N S A L D O S C O M B U S T Í V E I S R E N O V Á V E I S NO 97 MARÇO/2016 No gráfico a seguir, estão as cotações internacionais de outras matérias‐primas utilizadas na produção de biodiesel. Na sequência, têm‐se as cotações do sebo bovino. O gráfico mostra a variação acumulada do óleo e do grão de soja, com referência a janeiro de 2012. Página 12
B O L E T I M M E N S A L D O S C O M B U S T Í V E I S R E N O V Á V E I S NO 97 MARÇO/2016 No gráfico a seguir, estão as cotações dos preços de exportação e importação brasileiras de matérias‐
primas que podem ser utilizadas na produção de biodiesel. Na sequência, apresentamos uma comparação entre os preços do óleo de soja em São Paulo e os preços do óleo de soja nas exportações brasileiras. Comparados no gráfico abaixo, estão a evolução de preços do biodiesel nos leilões promovidos pela ANP e os de outras commodities. Todos os valores foram convertidos para uma mesma base (US$/BBL), sem tributos. Página 13
B O L E T I M M E N S A L D O S C O M B U S T Í V E I S R E N O V Á V E I S NO 97 MARÇO/2016 As cotações de insumos alcoólicos utilizados na produção de biodiesel são apresentadas na continuação. Biodiesel: Participação das Matérias‐Primas O gráfico a seguir apresenta a evolução da participação das matérias‐primas utilizadas na produção de biodiesel. Em 2016, no mês de janeiro, a participação das três principais matérias‐primas foi: 72,2% soja, 20,1% gordura bovina e 2,8% algodão. Biodiesel: Distribuição Regional da Produção A produção regional, em janeiro de 2016, apresentou a seguinte distribuição: 43,8% Centro‐Oeste, 35,9% Sul, 7,8% Sudeste, 10,6% Nordeste e 1,9% Norte. Página 14
B O L E T I M M E N S A L D O S C O M B U S T Í V E I S R E N O V Á V E I S NO 97 MARÇO/2016 Biodiesel: Não Conformidades no Óleo Diesel (B7) A ANP analisou 1.415 amostras da mistura B7 comercializada no mês de janeiro. O teor de biodiesel fora das especificações representou 43,5 % do total de não conformidades identificadas. Biodiesel: Consumo em Países Selecionados Em 2014, o Brasil foi o segundo maior consumidor de biodiesel (3,4 milhões de m³), atrás somente dos Estados Unidos (5,3 milhões de m³). Em 2015, estima‐se o consumo brasileiro em 3,9 milhões de m³, descontando‐se a exportação de aproximadamente 12 mil metros cúbicos. Página 15
B O L E T I M M E N S A L D O S C O M B U S T Í V E I S R E N O V Á V E I S NO 97 MARÇO/2016 ETANOL Etanol: Produção e Consumo Mensais De acordo com o segundo levantamento da safra 2015/2016 realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), a previsão de moagem de cana para essa safra é de 658,7 milhões de toneladas. A moagem de cana‐de‐açúcar, de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), fechou o mês de fevereiro com um volume total de 650,15 milhões de toneladas, relativas à safra 2015/16. O gráfico a seguir mostra a comparação do cronograma de moagem esperado, de acordo com a previsão de moagem total de cana de açúcar feita pela CONAB, com a moagem realizada. Destaca‐se que no final de janeiro, a Coordenação de Açúcar e Etanol do MAPA emitiu comunicado aos produtores de açúcar e etanol determinando que a safra 2016/17 será iniciada no sistema SAPCANA em 1º de abril de 2016 nas regiões de Centro‐sul e Norte. Segundo o comunicado, as unidades localizadas nessas regiões devem fazer lançamentos regulares nos registros da colheita 2015/16 até a segunda quinzena de março de 2016 (a última metade da temporada para estas regiões), independentemente de terem iniciado a nova temporada. De acordo com o MAPA, em fevereiro, a produção de etanol foi de 331 milhões de litros. Nos dois primeiros meses do ano, a produção de etanol totaliza 828,8 milhões de litros, aumento de 20% em relação à produção do ano anterior. A produção de hidratado a partir de abril de 2015, ou seja, na safra 2015/16, é de 18.745 milhões de litros. Em fevereiro, o consumo de etanol foi de 2.013 milhões de litros, sendo 908,2 milhões de litros de etanol anidro e 1.105,6 milhões de litros de hidratado. Em 2016 já foram consumidos 4.351,8 milhões de litros de etanol. Página 16
B O L E T I M M E N S A L D O S C O M B U S T Í V E I S R E N O V Á V E I S NO 97 MARÇO/2016 Etanol: Exportações e Importações Em fevereiro, as exportações brasileiras de etanol somaram 306,1 milhões de litros, o que representa um aumento de 155% em relação ao mês anterior. O preço médio (FOB) das exportações por litro do combustível, em janeiro, foi de US$ 0,49. Nesse mesmo mês, o volume importado de etanol foi de aproximadamente 32,54 milhões litros, a um custo total de aproximadamente US$ 14,1 milhões. Página 17
B O L E T I M M E N S A L D O S C O M B U S T Í V E I S R E N O V Á V E I S NO 97 MARÇO/2016 Etanol: Frota Flex‐Fuel O número de licenciamentos de veículos leves em fevereiro de 2016 foi de 142 mil, número aproximadamente 5% menor que o mês de janeiro e 20% menor em relação ao mesmo período do ano anterior. Desse total, os carros flex‐fuel representaram 88,2%, os carros exclusivamente movidos à gasolina, 4,7% e os carros a diesel, 7,1%. Etanol: Preços da Cana‐de‐Açúcar Etanol: Preços
O preço médio do etanol hidratado no produtor, em fevereiro, sem tributos, teve uma média de R$ 1,91/litro. O preço médio do etanol anidro foi de R$ 2,09 por litro. O preço do anidro foi 41% maior que o mesmo mês do ano anterior. E o etanol hidratado teve um aumento de 39% em relação ao mesmo mês do ano anterior. O acompanhamento dos preços semanais realizado pela ESALQ refere‐se aos preços praticados no mercado spot, ou seja, não captura os preços praticados nos contratos. Página 18
B O L E T I M M E N S A L D O S C O M B U S T Í V E I S R E N O V Á V E I S NO 97 MARÇO/2016 Etanol: Margens de Comercialização Página 19
B O L E T I M M E N S A L D O S C O M B U S T Í V E I S R E N O V Á V E I S NO 97 MARÇO/2016 Etanol: Paridade de Preços – Média Mensal Etanol: Paridade de Preço – Semana de 06.03.2016 a 12.03.2016 No final de março, todas as capitais tiveram a paridade de preços no varejo, em âmbito nacional, esteve acima dos 70% (valor que, do ponto de vista econômico, torna o consumo de hidratado mais vantajoso em relação à gasolina). Página 20
B O L E T I M M E N S A L D O S C O M B U S T Í V E I S R E N O V Á V E I S NO 97 MARÇO/2016 Etanol: Preços do Açúcar e do Petróleo em Relação ao Etanol Em fevereiro, o preço médio do açúcar NY SB11 teve uma queda de 7% em relação ao mês anterior. Em contraposição, o etanol hidratado em dólar no mercado interno teve um aumento de 6%, mesmo com a queda da moeda estrangeria de 2%. Já o preço médio do petróleo tipo Brent se manteve na casa dos US$ 32,30/barril (no mesmo patamar dos preços registrados em 2003). Etanol: Não Conformidades na Gasolina C A ANP analisou 1.663 amostras de gasolina C no mês de janeiro. A não conformidade (NC) teor de etanol, correspondeu a 90,6 % do total das não conformidades. Página 21
B O L E T I M M E N S A L D O S C O M B U S T Í V E I S R E N O V Á V E I S NO 97 MARÇO/2016 Etanol: Não Conformidades no Etanol Hidratado A ANP analisou 869 amostras de etanol hidratado no mês de janeiro, das quais 17 apresentaram não conformidades. Na sua maioria, referem‐se à Soma de Massa Específica/Teor de álcool. Etanol: Consumo em Países Selecionados Biocombustíveis: Variação de Matérias‐Primas em Comparação à do IPCA O gráfico a seguir mostra a variação acumulada das principais matérias‐primas de biocombustíveis usadas no Brasil (cana‐de‐açúcar e óleo de soja) em comparação com o Petróleo tipo Brent e com o índice de inflação dado pelo IPCA, com referência a janeiro de 2010. Página 22
B O L E T I M M E N S A L D O S C O M B U S T Í V E I S R E N O V Á V E I S NO 97 MARÇO/2016 Biocombustíveis: Números do Setor em 2014 e 2015
NÚMEROS DO SETOR DE BIOCOMBUSTÍVEIS (2014 e 2015) Produção (safras 2014/15 e 2015/16 – milhões de m³) Produção (ano civil – milhões de m³) Consumo combustível (milhões de m³) Exportações (milhões de m³) Importações (milhões de m³) Preço médio no produtor – EH e B100(1) (R$/L) Preço médio no distribuidor – EH(2) e B5‐B7(2) (R$/L) Preço médio no consumidor final – EH(2) e B5‐B7(2) (R$/L) Capacidade de produção instalada nominal (milhões de m³)
(1) Inclui os tributos federais. (2) Com todos os tributos. Etanol 2014 2015 28,65 n.a. 27,9 29,97 24,4 28,96 1,39 1,78 0,44 0,52 1,19 1,35 1,79 1,90 2,43 2,60 n.d. n.d. Biodiesel 2014 2015 n.a. n.a. 3,4 3,9 3,4 3,9 0,04 0,01 ‐ ‐ 1,96 2,17 2,21 2,51 2,51 2,82 7,5 7,3 Ressalva do Editor A reprodução de textos, figuras e informações deste Boletim não é permitida para fins comerciais. Para outros usos, a reprodução é permitida, desde que citada a fonte. Distribuição do Boletim A distribuição do Boletim Mensal dos Combustíveis Renováveis é feita gratuitamente por e‐mail. Os interessados em receber mensalmente essa publicação podem solicitar seu cadastramento na lista de distribuição por meio do envio de mensagem para o endereço [email protected]. O Boletim também está disponível para download no sítio http://www.mme.gov.br/web/guest/secretarias/petroleo‐gas‐natural‐e‐
combustiveis‐renovaveis/publicacoes. Equipe do Departamento de Combustíveis Renováveis Ricardo de Gusmão Dornelles (Diretor), Patricia Bragança Soares, Luciano Costa de Carvalho, Marlon Arraes Jardim Leal, Paulo Roberto M. F. Costa, Gustavo Luís de Souza Motta e Ricardo Borges Gomide. Página 23

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