Eucalipto já prêdomina em Portugal

Transcrição

Eucalipto já prêdomina em Portugal
Regiãodo Castelo. 07 n'1
AMBIENT
UmadasprÌncipais
conclusôes
do relatóriopreliminar
do 6.eInventário
Fïorestal
Nacionai
já prêdomina
Eucalipto
em Portugal
Atualmente,o eucaliptojá é
a árvoremaisplantadaem
Portugalcontinental,
tendo
registadoum aumentode
169ó,entre1995e 2010.Por
seu lado,as plantacões
de
pinheirobravodiminuíram
1 3 o l oe,nquantoas d e sob reiro
aumentaram4olo
TextoJoaquimAlmeida
stas são as conclusõespúli3
] " crtìas no rcletórìo preÌininar.
ji...*," do 6.0Inventário Florestal
Nacional (IFN6), com o títrúo',Areas
tìos usoscÌosolo e tlas espéciesI1orestais de Polhrgai cotrtinental em
1995, 2005 e 2010", ilpresentado.
em meados deste nrês,pelo instifuto cìaConservaçãoda Natr-uezae
tias Florest:r-s.
À edicão do reìatório
find estáprer,'istapara 2014.
\ssinr.se3-trrrrìo
o r.el,rrório
prelinÍrlirl'.ÕeìicaÌiptoocupai-inl:.ár.eaflorestal de 8I2 mil hectales (26% da
ár'eaflor,estaltotal), se€tridodo so-
breirq corn 737mil hectares (239ó),
e do piúeiro bt'avq com 7Ì.1 nil
hectares Q3Yò. O uso agrícoìa do
solo apresenta, no mesmo períodq
unra dinrinuição acenhl.Ìdade 129á.
De acordo com II'Nó, eÌìb:e1995e
20i0 a principal alteraçãoocorreu
ao nivel do pirüeiro bral-q com a
pÌantaçãoa dirninuir em cercir de
ló3 nriì hecLales,
cnqunrro se verificou url aumento cìaárea ocupatìa
pelo eucaÌipto em 95 mil hectares.
A trtcior 1ìarte dÌ área anteriormente ocupadapelo pürìreirobmvo
trarsfonrrou-se em Inâtos e pastâgens ().65 mil hectares), enquarlto
os eucaliptos passa:'ama ocupar 70
rnil hectü'esdessaárea.
Sobre este assuntq e em declaracões ao nosso jomaì, o Diretor
Executiro dâ FLOPEN, .Ioão Ribeiro, comecou por dizer'ì1"re "a
rninla plincípal ftlnção, enqumrto
Dü'etor Executiro de uma Asstrciaçãoúe Pro(lutore:,.lorcstils,e
defenderos interesses
dos associr.
ciosda FLOPEN e acima de tudq
C i N I MA
DtzsER
Qusncus
AuditórioMunicipal
deFenela
.Mrptaciìo do muical daBrosdny:que porsurvez íoì ìnspìrarlona
ciássjcì obfa do escritor \iicror Hil!Ío À histi)ir pss$se enl pìr,na
Rerohçio Fnncesn do sócuio XIX. Jeân Valjean(Hugh JrkÌnan)
rcubl um p;to pnrÌ dlirnennr À ìÍmi mois tìollÌ e acabasentlo preso poÍ jsso. Solto tenlDs delnis, eÌr fentÌrá reconÌcçtr suâ lidâ e
re{iimiÌ-*. Ao mr.smotrmpo cnì que tenrx fugìr da penepiçâo do
ínspetor.Iâ\?ft(RussellCro{r).
"O5 Miseráveis"
08 e O9de março I SextaeSábrdo:2ú3O
Pusado no sui dos EstadosLtnidosdois uos antesda Guena Ciül.
DjÀngoUnchainedcontâ ahisróriâ de Django,um e$rtyo com !endido a unr crçador de rcconrpenslsrlemio pan c;udtr na cÌpÈra
dos irÌios assnssinos
Britle. O seu sucesroleB SchuÌe i libeìnr
Djângo. ms os dois homens decicìempemünece. junÌos. fusim,
Schu]a perseguetrscriminososmris procuradosdo Sill com DjrÌIÍ)
r seulâdo ApesâÌde apcrfeiçoarassuascaprcidÀdesd(,cÂçx.Djãngo
nÌültórr-se lìrc!(Ì) n!Ìnì objccrivo:Èocono.xre resgitãr Broonlhildi.
r sut üìuÌher que pcdeu no coììarcjo riL.escarvoshá ilìuitos Ânos
"DjangoLibertado"
15e ló de matçoi Se:ltee !ìábado:21h.l0
ìlrriil FÌLÌììyr'os s('usrrôs filltos r.irì:ro $è ì TriÌilldii D.ìfr nts
_Jram.L{rurr férirs de iìì\rtr_,o,es}Ìrintlo r_nc0ntrrrrÌ+rns Jirs de
der:rn*,
num ptnÈo tropicii. \ijri nr ôìànhì dc lô Je DÈ2cn1hro,
tL*.'
rn(turnro ,ì lìmiììi reÌü\r nr Fiscin.Ìrptis rs ilsrir.iriLrrìcde \atr1 ria
e f$f
d6q\$
t"-ffi*ff:]ì,',,1r."',,.rr'lumruirlorterreüorsrrgeünrìoiÌoccntiothrerrr0n,
.
!kF"
,. iIìtrfj:\i\Li,
'
Âss.
fu1ffi
defender a Flor-estae a sua olganização". Acrescentou que "pessoal
e tecnicâmente, nâda tetüo conh?
o eucalipto.no entxnto.sou terminÍÌnterìtente
conn'aI plantaç5oindiscrirnirradae desregrrdr destaárvore. Penelatem sido um exemplo
clalo dessr nresma desleg.rlacào.
que se irricìou na segundametade
do século pa,ssado.Que efeitos é
que esrespovoemeutos l'ìos pfovoceram?Poisbern.cles.leìogonapdsagem, pois se hoje oÌharmos para
À parte Este do concelho (Selra da
Lousã), remos uma enonÌìe nìâncha de eucaliptos,e poucas manchas de outras âr'ores. O próprio
mureio ÍiorestaÌ que o eucdipto
impõe, pror,'oca^em muitos casos,
O eucaliptojá é a árvoremaisplantadaem Portugal
probÌemasde erosãngrar,'es,
e problemas de ercessivar,lrenilgprrtìos pois num;l'azo de dez anoso pro- duplicam os lucros e dir.ider
tcn?Ììos.nào deirendoque rr áarri prietário porle lucriìr lar-e$rs
cen- dos ser:sacionistas",subliúou
drs clruvs se itrfilue rros Ìençóis tena-stle elu'os, setn se incomodar A terninar, João Ribeilo afi
fieáticos".
nurito.N:rrrrirür opiniio. tenrhari- que "ainda que pareça umà
João Ribeiro adianta que, a1ém do tula reÌacãodìretl, no desapare- perdida, há que continuar a ti"
disso. "as próprias operações de cinento do pinÌial derido ao NMP
ìhal pala mudar a-smentalid:
exploraçío fforesral, executediìs e as rÌovasplzurtacõesde eucalipto, e mudar o futuro da Floresta
por aÌpçunrae
cÌììpresasmeÌtos es- pol fotca dos p;'opi'ieúios qtrere- tuguesa".
cmpulosa-s, cleix:mr os canÍúos,
rern planearo seu ftrrurofinarceiasbermas e a própda flolesta numa rq pa:'atlgir à crise nacional que
lástima.Felizmenteque nem todas r-rãotem flr àüst;r".
têm o mesmo conrpoltamento, nlas O responsável recorda qr"re 'lra
quanto mais rnadeira há a corte. FLOPEN temos Ìncenti\'âdo a
pior fican'r as estracias.Por âur, os plantação de outras espéciesque
incêndios,pois é do conheciniento são resistentesao NN.IPe, ao mesPREOCUPA,NTE..
geral que grandes norÌopoa\€menmo tempo, potlerão nurn prazo de
tos da mesnra espéciefazem com quinze anos ter um retorno anual
A associacãoambientalista Qu
qtreos incêndiossetornentnrdores nruitoinreleçs;urte
plil'aoi proprie- cus corsiderou preocupante qu
e a sua pro€fessãomais rápitla. e, tários,como por exenplo o Pinìreieucalipto se teúa tomado na
consequentenente o seu combate ro Manso,nomeadamentea piúa
pécie que mais espacoocupa
maísdificil e demorado".
destaánore".
Íìoresta nacional. "No casodo r
"Não nos podemos alhear de cluas "Como referi, naclateúo contra tl
caliptq é preocupante, sobretL
situações que estão a ocorrer no eucalipto se este for plantado corn
ao nível da propagaçãodos incr
nosso país, por un lado o apare- re€trae no local cefto. Infelizmendios florestais", disse Dominl
cimento cìa doença cìo Nemátodo te a avidez e o receio do fltturcr
Patacho,da Quercus,
da Doença do Piúeiro (NÌ!IP), tem feito conr que os proprietários
Aliás, para a Quercus,"não e nc
e por ouffo ìado a grave siruaçào cotranl ãtlás dos eucaiiptos, sem
dadeque o eucal.iptosejaaprim
económico-socialem que estarrlos se aperceLreremque poderão estar
ra especieem termos de ocupa<
merp5uÌhados.Mas como estãorela- a hipotecal o itturo da Floresta e
de áreaemPortugal". "Há rrais
cionadâ-sestasduas situações?Tem consequentemente o futuro dos
dez anosque clizíamosque o eu,
sido comum o desaparecimentodo seus filhos e rìetos. A sustentabiÌilipto ia avançal para áreasna,
pinÌreüo blavq quer por força de dadeflorestalestáem risco,e quem
dem de já quase r.un niìhão
corte de er'ploracãq quer por força tem g:ìnho cotìl esta sinrrção tèm
hectares,e não andar'árruito lr
de coües sanitários.Infeliznrentc
ge clisso",referiu Domingos Pa
a opção de rcflolestação que unÌâ
cho.
gr;urtle maioria dos proprierários
Segundoa Qr,rercr.rs,
as plar-rtaç<
tem feito,enì zonrìsontle erisrierrr
de eucaÌipto acân'etilÌì impac
pinìrais,tern sido o eucrlipro.Aconambientais consideráreis sobn
tecc que nruitr. dcsu*spÌmtaçòes
território nomeàdÍìtnente tll
.rìonraginds à lei. poisa plurrrcio
maior erosão do solo, a alterac
dc eucdipLns.(,ntr'lctc.rÌì.ìiìì:ÌrìiÌs
cido regime hidricg a perda de b:
Rrxcòcscuece Je licerrç:r-qr,rersejr
tlircrsidade e a alteracãotla pair
pala e n-robilizaçãodo soÌo,ou par.a
genì, par"aaiérn de facilitarerr
a própria plantação",relere o respropagação dos incêndios florr
pon-sír'elda FLOPEN.
tais de formamuito mais signilì<
SegunrloJoão Ribeiro. "não há dútila do que as florestas constitr
riJr que.r phrtaçio Íìolestaìnreis JoãoRibeiÍoqueí mudarmentalidades
e
das por esScies autóctones.
renúr.el e curto prazo é o eucalipto, o futuro da floresta portuguesa
(ìu.ìnroÀlf,riÂpermâneaepirrlisrdi de nredo,rÉ unreenormeplretìe
de.igurnegrr.tlucsc rbrtc':nbrcrrJilnlr'rcl.rpro\inir-seenìs!Ìi
diÍecìo. lnspirrdo numa hisrórjr reúdjcr. csrei, o ìntsquecrìtì releto
üc unrr l'nnìilir rpànhtdq juntantenre corn rltzenas de nrilhrres de
f.r ;i;ì;ilr;*Jc
unìr
Jr*ircs
cr'l:i'r't'
nrrur.'
22 e 23 de mârço I Sextae sribada 2ih30