Suyá Moura Mendes Alencar
Transcrição
Suyá Moura Mendes Alencar
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA Tensões no osso periimplantar provenientes de próteses parciais fixas com cantiléver – Análise pelo Método de Elemento Finito. Suyá Moura Mendes Alencar Teresina 2014 2 Suyá Moura Mendes Alencar Tensões no osso periimplantar provenientes de próteses parciais fixas com cantiléver – Análise pelo Método de Elemento Finito. Dissertação apresentada ao Programa de PósGraduação em Odontologia da Universidade Federal do Piauí como requisito para obtenção do grau de Mestre em Odontologia Área de Concentração: Clínica Odontológica Linha de Pesquisa: Estudo de Materiais e Técnicas Odontológicas Orientadora: Profa. Dra. Carmem Dolores Vilarinho Soares de Moura Teresina 2014 3 Tensões no osso periimplantar provenientes de próteses parciais fixas com cantiléver – Análise pelo Método de Elemento Finito. COMISSÃO EXAMINADORA 1) Profa. Dra. Carmem Dolores Vilarinho Soares de Moura Titulação: Doutora em Clínicas Odontológicas Julgamento: __________ Assinatura: ___________________________ 2) Prof. Dr. José Henrique Rubo Titulação: Doutor em Odontologia Julgamento: __________ Assinatura: ___________________________ 3) Prof. Dr. Raimundo Rosendo Prado Junior Titulação: Doutor em Dentística Restauradora Julgamento: ________ Assinatura:_____________________________ Suplente: 1) Prof. Dra. Marcoeli Silva de Moura Titulação: Doutora em Ciências Odontológicas Julgamento: __________ Assinatura: ___________________________ Teresina 2014 4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho: - aos meus pais, George e Geni, por sonharem os meus sonhos e não medirem esforços pra vê-los realizados; - ao meu marido, Valter Neto, pelo amor e carinho a mim dispensados em todos os momentos; - aos meus pequenos Maria Valentina e Valtinho, por me fazerem compreender o real significado do AMOR DE MÃE; - aos meu irmãos, demais familiares e amigos pelos incentivos diários. 5 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, em primeiro lugar, por seu amor infinito. À minha querida orientadora Professora Dra. Carmem Dolores, um exemplo de profissional dedicada, por ter me apoiar e compreender minhas limitações; e por ter sempre uma palavra tranquilizadora e confortante nos momentos mais difíceis. Ao Prof. Dr. José Henrique Rubo, pela atenção, pelas considerações enriquecedoras e pela disponibilidade em participar da Banca Examinadora dessa dissertação de mestrado. À Lorenna Bastos Lima Verde Nogueira, pela ajuda INCONDICIONAL em todos os momentos; Aos Professores, Dr. Raimundo Rosendo Prado Junior e Dra. Marcoeli Silva de Moura por terem aceito participar da Banca Examinadora, pela atenção e constante dedicação durante toda a nossa trajetória; Ao Programa de Pós-Graduação em Odontologia, na pessoa da Profa. Dra. Lúcia de Fátima Almeida de Deus Moura (coordenadora), que executa brilhantemente a função; A todo corpo docente e funcionários do Programa de Pós-graduação em Odontologia da UFPI, pelos ensinamentos transmitidos e oportunidade de crescimento profissional e pessoal; Aos meus amigos de Mestrado, por juntos enfrentarmos todos os obstáculos, podendo contar um com os outros, o que tornou a nossa caminhada bem mais fácil. A todos que direta ou indiretamente contribuíram para a realização deste trabalho; A todos vocês, minha eterna gratidão! 6 LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS MEF – Método de Elementos Finitos N - Newton μm – micrômetro PPFC – Prótese Parcial Fixa com Cantiléver % - por cento mm – milímetro PPF – Prótese Parcial Fixa CAD/CAM – computer aided desing/ computer aided manufacturing mm2 - milímetro quadrado NURBS - Non Uniform Rational Bases Splines MPa - megapascal ° - grau Co-Cr – cobalto cromo 7 SUMÁRIO Revisão de Literatura...............................................................................................08 Página de Título .......................................................................................................19 Resumo.....................................................................................................................20 Abstract.....................................................................................................................21 1. Introdução.............................................................................................................22 2. Material e Métodos...............................................................................................24 Delineamento Experimental.......................................................................................24 Obtenção dos Modelos...............................................................................................24 Aplicação das Cargas.................................................................................................25 Análise das Tensões..................................................................................................26 3. Resultados............................................................................................................28 4. Discussão..............................................................................................................29 5. Conclusão.............................................................................................................32 6. Referências...........................................................................................................33 Tabelas .....................................................................................................................36 Figuras.......................................................................................................................38 Anexo 1......................................................................................................................40 Comprovante de Submissão ..................................................................................49 Produção Científica..................................................................................................50 8 REVISÃO DE LITERATURA Extensa pesquisa foi realizada, com os descritores “cantilever”, “finite element analysis” e “dental prostheses”, utilizando o PubMed. Como critérios de inclusão dos artigos estavam: língua inglesa como padrão, data de publicação recente e envolver como assunto próteses parciais fixas em cantiléver. Além dos artigos que se enquadravam nos critérios de inclusão, foram selecionados artigos relevantes sobre o tema, embora tivessem sido publicados há algum tempo. Williams et al.1, em 1990, com o objetivo de estabelecer os locais de maior stress nas próteses fixas, frente à diferentes padrões de forças, além de avaliar os materiais utilizados na confecção das mesmas, realizaram análise através do método de elementos finitos bidimensional possibilitando introduzir os valores da espessura do material. As figuras obtidas sugeriram que a maior concentração de stress seria em direção ao pilar distal na prótese mais rígida (liga de cromo-cobalto). Os autores reconheceram que o MEF é um método rápido e de baixo custo para analisar valores de tensão em reabilitações da cavidade oral. Por fim, propuseram a modificação do desenho das próteses com o objetivo de aumentar a rigidez da sobre-estrutura. Em 1994, White, Caputo e Anderkvist2 determinaram os efeitos do comprimento da extensão protética em cantiléver, na transferência de carga para a mandíbula. Um modelo fotoelástico de uma mandíbula humana edêntula com reabsorção óssea moderada e 13 implantes Branemark foi construído e utilizado na simulação de forças em modelos de cantiléver. Os resultados mostraram que os maiores níveis de stress se concentraram na crista óssea alveolar distal do implante mais distal, independente do comprimento do cantiléver. Os stresses apicais neste implante desenvolveram-se em reciprocidade ao efeito da força de inclinação 9 ocorrida no cantiléver, bem como pouca transferência de carga aos implantes adjacentes foi observada. Stegaroiu et al. (1998)3 avaliaram diferentes planejamentos para próteses fixas através do método de elemento finito. Simularam modelos de prótese parcial fixa com cantiléver (PPFC) sobre dois implantes, prótese fixa convencional com pôntico central sobre dois implantes, e prótese fixa de três coroas unidas sobre três implantes. Foram realizadas aplicações de carga de 1N no sentido axial, vestíbulolingual e mésio-distal das coroas. Maiores valores de tensão no osso de suporte foram verificados para o modelo com cantiléver, enquanto os menores valores corresponderam às coroas unidas sobre três implantes. Sob cargas axiais, a prótese parcial fixa convencional produziu resultados semelhantes àqueles obtidos com as coroas unidas. Entretanto, considerando as cargas não axiais, apenas o modelo de coroas unidas demonstrou capacidade para minimizar os efeitos prejudiciais destas cargas sobre o osso de ancoragem dos implantes. Protocolarmente, quando se planeja uma prótese com cantiléver sobre implantes, necessita-se de, pelo menos, dois implantes viáveis para servirem de pilares. No entanto, essa regra é determinada pela incidência de forças na prótese, ou seja, pelo tamanho do pôntico em cantiléver (Becker & Kaiser, 2000)4. Akça e Iplikçioglu (2002)5 avaliaram a distribuição do stress em PPFC na região posterior de mandíbulas edêntulas, através da construção de modelos finitos classe II de Kennedy. Seis implantes foram projetados em dois modelos: extensões em cantiléver anterior e posterior, comparadas com a colocação de um implante curto adicional, sendo ambos os modelos submetidos a uma força oclusal de 400 N. Os resultados mostraram menores valores de estresse no modelo composto com 10 implantes curtos. Os autores sugeriram que, em aplicações clínicas, quando a uma PPFC for indicada devido às restrições anatômicas, o uso de um implante curto seria recomendado preferencialmente ao uso de uma extensão em cantiléver. Johansson e Ekfeldt (2003)6 realizaram um estudo retrospectivo para acompanhar os resultados obtidos com o tratamento reabilitador de 76 pacientes através de próteses parciais fixas sobre implantes Brånemark instalados entre 1986 e 1995, sendo o tempo médio de observação de 53,9 meses. Nas próteses com cantiléver 17% dos parafusos dos pilares apresentaram afrouxamento, o que não foi observado para as próteses sem cantiléver. Os autores concluíram que a biomecânica das próteses com cantiléver seria mais complexa que a das convencionais. Em 2003, Romeo et al.7 avaliaram o prognóstico a médio e longo prazo de próteses fixas com cantiléver e estabeleceram o grau de influência de fatores como extensão, tipo de cantiléver (mesial ou distal) e tipo de dentição do arco oposto. A análise estatística correlacionou a reabsorção óssea periimplantar com os parâmetros avaliados no estudo e os autores concluíram que cantiléveres para mesial ou distal com tamanho apropriado não prejudicam o prognóstico a médio e longo prazo destas próteses, desde que sejam compatíveis com os pilares. No entanto, se comparada com a reabsorção nas próteses sem cantiléver, o prognóstico é inferior. O efeito negativo do cantiléver é verificado através da reabsorção óssea marginal no implante mais próximo ao cantiléver, especialmente na face proximal. A extensão do cantiléver não é um fator complicador para o prognóstico de próteses e implantes, tendo como conseqüência um mínimo aumento da reabsorção óssea ao redor do implante mais próximo ao cantiléver. Os índices de 11 reabsorção óssea marginal, referentes aos pilares de cantiléveres mesiais ou distais não foram significativamente diferentes. Becker 8, em 2004, realizou estudo retrospectivo de 60 próteses parciais fixas com cantiléver sobre 115 implantes dentários da marca ITI colocados em 36 pacientes. As próteses analisadas consistiam nos seguintes modelos: 30 com dois pilares e 1 cantiléver; 19 com três pilares e um cantiléver, 10 com dois pilares e dois cantiléveres e uma com 1 pilar e 1 cantiléver. Após 10 anos, todas as 60 próteses foram analisadas clínica e radiograficamente, e todas permaneciam em função satisfatória, com ausência de fratura de implantes, intermediários, porcelana ou infraestruturas, além de ausência de recessão nos tecidos moles ou perda óssea. Os autores concluíram que, a longo prazo, as próteses parciais fixas com cantiléver retidas por implantes se beneficiam com o uso de implantes com maior área de superfície, com desenhos de implantes que reduzem os movimentos dos intermediários e que eliminam a necessidade de parafusos de retenção oclusal, dando preferência às próteses cimentadas. Yokoyama et al. (2004)9, avaliaram a influência da posição e do comprimento de implante na distribuição dos stress (forças oclusais) em próteses parciais fixas (PPF) em cantiléver , através de modelos 3-D finitos. Sobre modelos utilizando implantes de 10 ou 12 mm e distando de 3 a 11 mm da face distal do ultimo prémolar presente, os autores observaram que a utilização de implantes com 12 mm demonstraram pouca influencia na redução de stress sobre o osso, bem como encontraram altos níveis de stress adjacente às faces mesiais de implantes localizados a uma distância maior que 9 mm dos primeiros pré-molares. Concluiu-se que a localização do implante em PPF com cantiléver é um fator mais significativo que o comprimento do implante, podendo influenciar no stress criado no osso. 12 Wennström et al. (2004)10, avaliaram, retrospectivamente, se a inclusão de extensões em cantiléver seriam capazes de aumentar a quantidade de perda óssea marginal em próteses parciais fixas, suportadas em extremo livre em implantes, durante um período de função de 5 anos. Quarenta e cinco pacientes parcialmente dentados foram tratados periodontalmente, receberam 50 PPFC (implantes Astra Tech System) e foram mantidos em um programa de controle e manutenção periodontal. Os resultados mostraram que as PPFC foram semelhantes às PPF sem cantiléver quanto a alterações no nível ósseo alveolar. Nedir et al.11, em 2006, avaliaram, por um período de oito anos, as complicações protéticas em pacientes com próteses removíveis e fixas implantossuportadas com e sem cantiléveres. Dentre as próteses fixas, as próteses posteriores (11%) apresentaram maior número de complicações que as anteriores (0%), a maior parte das complicações ocorreram até o segundo ano e após esse tempo não aumentaram. Entre próteses cimentadas e aparafusadas não houve diferença significativa e próteses com extensão em cantiléver apresentaram maiores complicações que próteses sem cantiléveres. Kreissl et al. (2007)12, avaliaram a incidência dos problemas técnicos mais comuns (perda de rosca, fratura do implante, fratura da prótese) associados, à próteses parciais fixas (PPF) suportadas por implantes após 5 anos de função. Em 76 pacientes parcialmente edêntulos, foram instalados 205 implantes (machined surface) (3i Corporation, Palm Springs, EUA) e restaurados com 112 próteses (23 PPF com cantiléver). Os resultados mostraram uma taxa de sobrevivência dos implantes de 94,5%, estando a maior incidência de complicações associadas às PPF com cantiléver (taxa de sobrevivência de 68,6%). 13 Pjetursson et al. (2007)13, realizaram uma revisão sistemática da literatura onde foi comparada a taxa de sobrevivência de diferentes tipos de implantes, próteses fixas suportadas por implantes e dentes em um período de 5 e 10 anos após a instalação das próteses. Os resultados das meta-análises mostraram que as PPF com cantiléver apresentaram uma taxa de sobrevivência dos implantes de 91,4%. Entre os estudos de 10 anos, esta taxa caiu para 80, 3 %. Entre todos os tipos de próteses (unitárias e PPF), as PPFC foram as que apresentaram as menores taxas de sucesso. Romeo et al. (2009)14, em estudo de coorte prospectivo, avaliaram 45 pacientes portadores de 59 próteses parciais fixas sobre 116 implantes com cantiléver após um período médio de 8,2 anos. As variáveis avaliadas foram a presença de complicações no implante e na prótese e a perda óssea marginal. A freqüência de complicações foi analisada de acordo com a localização do cantiléver e a dentição do arco oposto e testada através do teste exato de Fisher. O prognóstico de próteses parciais fixas sobre implantes com relação à perda óssea marginal nos implantes não foi influenciada pela posição ou comprimento do cantiléver, nem pelo tipo de dentição do arco oposto. Segundo os autores, as próteses fixas sobre implantes com cantiléver podem ser adequadamente indicadas como tratamento de escolha. Ohlmann et al.15, em 2009, avaliaram próteses parciais fixas com extensão em cantiléver confeccionadas em cerâmica pura com infra-estrutura em zircônia com o objetivo de determinar o valor da força de fratura destas próteses. Nos cinco modelos propostos, que variavam a espessura do ombro e do desgaste axial, primeiro e segundo premolares foram preparados e serviram como pilares para o primeiro molar em cantiléver. Todos os modelos foram submetidos à fadiga 14 termocíclica e mecânica e a média da força de fratura dos grupos testados variavam de 346 a 548 N. O reforço do ombro na face vestibular resultou em valores de força maiores, enquanto o aumento da espessura do retentor do pilar distal não aumentou a resistência à fratura. Assim, os autores concluíram que próteses parciais fixas em cantiléver em cerâmica com infraestrutura em zircônia não são recomendadas para reposição clínica de um molar ausente. Em revisão sistemática para avaliar o impacto de fatores de riscos técnicos e mecânicos em reconstruções sobre implantes, Salvi & Brägger (2009) 16, analisaram ensaios clínicos randomizados, ensaios clínicos, estudos de coorte retrospectivos e prospectivos com um período de acompanhamento mínimo de 4 anos. Os autores, dentre outras conclusões, afirmaram que a presença de extensões em cantiléver não foi associada com aumento de riscos mecânicos (risco de complicação ou falha de componentes pré-fabricados causados por forças mecânicas) ou técnicos (risco de complicação ou falha de estruturas fabricadas laboratorialmente ou seus materiais) para próteses de pequena extensão suportadas por implantes, além de não ter impacto na permanência ou taxa de sucesso dos implantes. Aglietta et al.17, em 2012, avaliaram a taxa de sobrevida em coroas unitárias sobre implantes com extensões em cantiléveres e comparou-as com próteses parciais fixas suportadas por dois implantes com extensões em cantiléveres localizadas na região posterior de maxila ou mandíbula em função por um período de, pelo menos, 3 anos. Para tal, 17 pacientes que possuíam 19 coroas unitárias metalocerâmicas sobre implantes e 21 pacientes que possuíam 21 próteses parciais fixas sobre implantes foram avaliados. A perda óssea marginal nas áreas mesial e distal do momento da instalação da prótese em relação ao período de acompanhamento foi avaliada radiograficamente e comparada nas coroas unitárias 15 com as áreas adjacentes ou distantes do cantiléver das próteses parciais fixas. A média das mudanças de profundidade de bolsa à sondagem foi calculada e também comparada entre os três grupos. Os autores afirmaram que a presença de um cantiléver, seja ele mesial ou distal, na região posterior de maxila ou mandíbula não prejudica os níveis ósseos marginais de implantes que suportam próteses unitárias ou próteses parciais fixas de pequena extensão após um período médio de observação de 5 anos. Correia et al. (2012)18 analisaram a distribui parciais fixas com cantil ver ap s aplica o de tens es em pr teses o de car as simuladoras da masti a o. Para tal, obtiveram a infra-estrutura de uma prótese parcial fixa em cantiléver no sistema CAD-CAM (Computer Aided Design/ Computer Aided Manufacturing) Everest®Kavo v2.0, considerando dois materiais: titânio e zircônia, com conectores de 5,28 mm2 e 9,05 mm2, respectivamente e eraram um modelo de elementos finitos, onde foram efetuadas an lises de tens es com car as simuladoras da masti a o. Como conclusão, relataram que as infra-estruturas de titânio em cantiléver n o suportam car as masti at rias m ximas com uma rea de conector de 5,28mm2 e requerem conectores de áreas superiores. A zircônia geralmente suporta forças mastigatórias máximas com cantiléver molar ou pr -molar, mas devese ter precau o quando a rea dos conectores reduzida. Koka et al. (2012)19 investigaram o efeito do design do implante sobre a distribuição das tensões na barra, no implante e no osso ao seu redor através do método de elementos finitos tridimensional. Foi criado um modelo tridimensional de secção mandibular com implantes na região de primeiro e segundo premolares para reter uma prótese parcial fixa com cantiléver na região do primeiro molar. Implantes tradicionais e de corpo único e suas supraestruturas foram simulados no programa 16 Pro engineer® e foram criados quatro modelos compostos por: dois implantes de corpo único; dois implantes tradicionais; implante de corpo único como implante primário e implante tradicional como implante secundário; e implante tradicional como implante primário e implante de corpo único como implante secundário. A análise comparativa de todos os modelos demonstrou que a maior concentração de tensão foi na porção cervical do pilar secundário. Ao ser utilizado em combinação, ocorreu maior tensão quando implantes tradicionais foram utilizados como pilar secundário. Os implantes de corpo único mostraram menor stress quando utilizados como implante secundário e a máxima distribuição da tensão no osso foi ao redor na região do pescoço do implante secundário. Com isso, concluíram que a distribuição das tensões é melhor em implantes de corpo único quando comparados com implantes tradicionais, com a concentração das tensões sendo maior na junção do abutment com a coroa. Quando implantes são utilizados como pilares (tanto primário quanto secundário), independente da posição ou design, o implante secundário sofre maior quantidade de tensões. De Brandão, Vettore & Vidigal Júnior (2013)20 realizaram revisão sistemática e meta-análise para avaliar e comparar a perda óssea marginal na região periimplantar de pacientes reabilitados com próteses fixas cimentadas e parafusadas. Dentre os estudos analisados, encontraram uma perda óssea marginal média agrupada de 0,53mm (IC 95%, 0,31-0,76mm) para próteses cimentadas e de 0,89mm (IC 95%, 0,45-1,33mm) para próteses parafusadas. Concluíram que, com os dados existentes atualmente, não é possível comparar diretamente, através de meta-análise, estes dois tipos de próteses com relação à perda óssea marginal da região periimplantar. Além disso, a comparação indireta dos resultados não 17 evidencia diferenças na quantidade de perda óssea marginal periimplantar entre próteses parafusadas e cimentadas. REFERÊNCIAS 1. Williams KR, Watson CJ, Murphy WM, Scott J, Gregory M, Sinobad D. Finite element analysis of fixed prostheses attached to osseointegrated implants. Quintessence Int. 1990 Jul;21(7):563-70. 2. White SN, Caputo AA, Anderkvist TJ. Effect of cantilever length on stress transfer by implantsupported prostheses. Prosthet Dent 1994;71:493–499. 3. Stegaroiu R, Sato T, Kusakari H, Miyakawa O. Influence of restoration type on stress distribution in bone around implants: a three- dimensional finite element analysis. Int. J. Oral Maxillofac. Implants. 1998; 13(1): 82-90. 4. Becker CM, Kaiser DA. Implant-retained cantilever fixed prosthesis: where and when. J Prosthet Dent. 2000 Oct;84(4):432-5. 5. Ak a K, Iplik io˘ lu H. Finite element stress analysis of the effect of short implant usa e in place of cantilever extensions in mandibular posterior edentulism. J Oral Rehabil 2002;29(4):350-356. 6. Johansson LA, Ekfeldt A. Implant-supported fixed partial prostheses: a retrospective study. Int. J. Prosthodont. 2003; 16(2): 172-6. 7. Romeo E, Lops D, Margutti E, Ghisolfi M, Chiapasco M, Vogel G. Implant-supported fixed cantilever prostheses in partially edentulous arches. A seven-year prospective study. Clin Oral Implants Res. 2003 Jun;14(3):303-11. 8. Becker CM. Cantilever fixed prostheses utilizing dental implants: a 10-year retrospective analysis. Quintessence Int. 2004 Jun;35(6):437-41. 9. Yokoyama S, Wakabayashi N, Shiota M, Ohyama T. The influence of implant location and length on stress distribution for three-unit implant-supported posterior cantilever fixed partial dentures. J Prosthetic Dent 2004;91(3):234-240. 10. Wennstrom J, Zurdo J, Karlsson S, et al: Bone level change at implant-supported fixed partial dentures with and without cantilever extension after 5 years in function. J Clin Periodontol2004;31:1077-1083 11. Nedir R, Bischof M, Szmukler-Moncler S, Belser UC, Samson J. Prosthetic complications with dental implants: from an up-to-8-year experience in private practice. Int J Oral Maxillofac Implants. 2006 NovDec;21(6):919-28. 12. Kreissl ME, Gerds T, Muche R, Heydecke G, Strub JR. Technical complications of implant-supported fixed partial dentures in partially edentulous cases after an average observation period of 5 years. Clin Oral Implants Res. 2007 Dec;18(6):720-6. 13. Pjetursson BE, Brägger U, Lang NP, Zwahlen M. Comparison of survival and complication rates of tooth-supported fixed dental prostheses (FDPs) and implant-supported FDPs and single crowns 18 (SCs). Clin Oral Implants Res. 2007 Jun; 18 Suppl 3:97-113. Review. Erratum in: Clin Oral Implants Res. 2008 Mar; 19(3): 326-8. 14. Romeo E, Tomasi C, Finini I, Casentini P, Lops D. Implant-supported fixed cantilever prosthesis in partially edentulous jaws: a cohort prospective study. Clin Oral Implants Res. 2009 Nov;20(11):127885. 15. Ohlmann B, Marienburg K, Gabbert O, Hassel A, Gilde H, Rammelsberg P. Fracture-load values of allceramic cantilevered FPDs with different framework designs. Int J Prosthodont. 2009 JanFeb;22(1):49-52. 16. Salvi GE, Brägger U. Mechanical and technical risks in implant therapy. Int J Oral Maxillofac Implants. 2009;24 Suppl:69-85. 17. Aglietta M, Iorio Siciliano V, Blasi A, Sculean A, Brägger U, Lang NP, Salvi GE. Clinical and radiographic changes at implants supporting single-unit crowns (SCs) and fixed dental prostheses (FDPs) with one cantilever extension. A retrospective study. Clin Oral Implants Res. 2012 May;23(5):550-5. 18. Correa S, Ivancik J, Isaza JF, Naranjo M. Evaluation of the structural behavior of three and four implant-supported fixed prosthetic restorations by finite element analysis. J Prosthodont Res. 2012 Apr; 56(2):110-9. 19. Koka P, Mohapatra A, Anandapandian PA, Murugesan K, Vasanthakumar M. The effect of implant design on the stress distribution in a three-unit implant-supported distal cantilever fixed partial denture: A three-dimensional finite- element analysis. Indian J Dent Res. 2012; 23:129-34. 20. de Brandão ML, Vettore MV, Vidigal Júnior GM. Peri-implant bone loss in cement- and screw-retained prostheses: systematic review and meta-analysis. J Clin Periodontol 2013; 40: 287–295. doi: 10.1111/jcpe.12041. 19 PÁGINA DE TÍTULO Título: Tensões no osso periimplantar provenientes de próteses parciais fixas com cantiléver – Análise pelo Método de Elementos Finitos. Título Curto: Tensões no osso periimplantar provenientes de próteses com cantiléver. 1. Suyá Moura Mendes Alencar - Universidade Federal do Piauí (UFPI) 2. Carmem Dolores Vilarinho Soares de Moura - Universidade Federal do Piauí (UFPI) 3. José Henrique Rubo - Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) 4. Lorenna Bastos Lima Verde Nogueira - Universidade Federal do Piauí (UFPI) 5. Walter Leal de Moura - Universidade Federal do Piauí (UFPI) Autor Correspondente: Suyá Moura Mendes Alencar – Av. Marechal Castelo Branco, 742 Apto 702 Ed. Van Gogh Teresina-PI CEP [email protected] 64014-058. Telefone +55(86)9452-7669. E-mail: 20 RESUMO É objetivo deste experimento estudar as tensões geradas no osso periimplantar pelas próteses parciais fixas com cantiléveres mesial e distal, quando cimentadas e aparafusadas sobre implantes. A amostra foi constituída por quatro modelos tridimensionais obtidos pela tomografia computadorizada volumétrica e analisados pelo Método de Elementos Finitos (MEF), simulando situações clínicas de próteses parciais fixas implantossuportadas com cantiléveres mesial e distal. Como variável resposta foram avaliadas as tensões geradas por cargas axiais e oblíquas no osso periimplantar em função dos grupos: Grupo 1 – Modelos de prótese parcial fixa cimentada sobre implantes com variações de cantiléveres para mesial e distal; Grupo 2 – Modelos de prótese parcial fixa aparafusada sobre implantes com variações de cantiléveres para mesial e distal. A plotagem gráfica e numérica dos dados foi registrada, avaliada e comparada. As cargas oblíquas resultaram em valores maiores de picos de tensão quando comparadas às cargas axiais, e localizaram-se na crista óssea do implante mais próximo ao cantiléver, independente dos modelos de prótese. Nos modelos de prótese cimentada observou-se que as cargas oblíquas geraram picos de tensão maiores na região do implante primário quando comparadas com os modelos de prótese aparafusadas. Portanto, as próteses fixas aparafusadas causam menos dano ao osso periimplantar quer o cantiléver esteja localizado para mesial ou distal. Palavras-chaves: Biomecânica; Análise de Elemento Finito; Prótese Parcial Fixa 21 ABSTRACT The objective of this experiment was to study the stresses in the peri-implant bone produced by fixed partial prostheses, with mesial and distal cantilevers, when cemented or screwed on implants. The sample consisted of four three-dimensional models obtained by volumetric computerized tomography and analyzed using the Finite Element Method (FEM) to simulate clinical situations of implant-supported fixed partial dentures with mesial and distal cantilevers. The response variables were the axial and oblique stresses on the peri-implant bone, according to the following groups: Group 1 - models of fixed partial prostheses cemented onto implants with varying mesial and distal cantilevers; Group 2 - models of fixed partial denture screwed onto implants with varying mesial and distal cantilevers. The graphical and numerical plotting of the data was recorded, evaluated and compared. The oblique loads produced higher peak stress values when compared with the axial loads, and were located at the bone crest of the implant closest to the cantilever, regardless of the type of prosthesis. In the cemented prosthesis models the oblique loads produced the highest peak stresses in the primary implant region when compared with the screwed prosthesis models. Therefore, the screwed fixed prostheses caused less damage to the peri-implant bone regardless of whether the cantilever is located mesially or distally. KEYWORDS: Finite Element Analysis; Dental Prosthesis; Dental Implants 22 1. INTRODUÇÃO As opiniões são conflitantes a respeito da biomecânica de pônticos com cantiléver, pois as tensões geradas por forças aplicadas nessas próteses, geralmente, são mais complexas que em uma prótese convencional.1 Há dúvidas sobre o desempenho destas próteses, porém, quando executadas com critério, extensões em cantiléver podem ser empregadas, obtendo-se resultados previsíveis.2,3 Os implantes endósseos foram desenvolvidos para substituir morfofuncionalmente raízes naturais. Em caso de condições locais desfavoráveis do rebordo residual parcialmente edêntulo, há duas alternativas clínicas: procedimentos de reconstrução e/ou de regeneração ósseas antes da colocação dos implantes ou reabilitação com próteses fixas com cantilevéres.4 Os procedimentos reconstrutivos apresentam taxas elevadas de custos biológicos. Por outro lado, as próteses fixas com cantiléver suportadas por implantes são procedimentos reabilitadores menos complexos quando comparados às próteses fixas convencionais.5 O Método de Elementos Finitos (MEF) é considerado uma ferramenta importante de simulação e análise da tensão provocada pela carga exercida sobre implante e seu efeito sobre a integridade estrutural da interface osso-implante.6 Apesar de suas limitações, muitos estudos têm sido realizados. 7-11 Compreender como as variáveis clínicas afetam a distribuição das tensões facilita o planejamento e a execução dessas próteses, levando à diminuição da ocorrência de falhas mecânicas e melhorando a sua longevidade12, portanto, é objetivo deste estudo avaliar as tensões geradas no osso periimplantar pelas 23 próteses parciais fixas cimentadas e aparafusadas sobre implantes com cantiléveres mesial e distal. 24 2. MATERIAL E MÉTODOS Delineamento Experimental A amostra deste experimento foi constituída por quatro modelos tridimensionais confeccionados pelo Método de Elementos Finitos (MEF) simulando situações clínicas de próteses parciais fixas implantossuportadas com cantiléveres mesial e distal. Como variável resposta foram avaliadas as tensões geradas por cargas axiais e oblíquas no osso periimplantar em função dos grupos: Grupo 1 – Modelo A (prótese parcial fixa cimentada sobre pilares implantados na região dos elementos 34 e 35 e pôntico em cantiléver na região do elemento 36) e Modelo B (prótese parcial fixa cimentada sobre pilares implantados na região dos elementos 35 e 36 e pôntico em cantiléver na região do elemento 34); Grupo 2 – Modelo C (prótese parcial fixa aparafusada sobre implantes localizados na região dos elementos 34 e 35 e pôntico em cantiléver na região do elemento 36) e Modelo D (prótese parcial fixa aparafusada sobre implantes localizados na região dos elementos 35 e 36 e pôntico em cantiléver na região do elemento 34), como ilustrado na figura 01. Obtenção dos Modelos Foram criados modelos tridimensionais a partir de uma tomografia computadorizada (I-CAT, Xoran Technologies, Ann Arbor, USA) de paciente voluntário, após consentimento livre e esclarecido, e os cortes tomográficos foram importados para um programa de processamento de imagens e reconstrução digital (Simpleware 4.2, Simpleware Ltd, Exeter, United Kingdom), obtendo-se modelos paramétricos com faces do tipo NURBS (Non Uniform Rational Bases Splines) com mínima distorção. As próteses foram modeladas utilizando implantes e componentes protéticos 25 da marca Nobel Biocare AB (Goteburg, Sweden) em combinação com os modelos provenientes das tomografias para simular próteses parciais fixas de três elementos implanto-suportadas com cantiléver, seguindo características referenciadas na literatura.13-17 Os implantes do tipo Branemark Mk III (Nobel Biocare AB), cilíndrico, com conexão do tipo hexágono externo, diâmetro de 4.0 mm e comprimento de 10 mm foram posicionados com um mínimo de 2 mm de distância ao canal mandibular e a plataforma do implante posicionada na altura da crista óssea. Além disso, foram utilizados intermediário personalizável com parafuso de titânio e cinta de 1mm nos modelos com prótese cimentada e intermediário do tipo multi-unit com parafusos de titânio e cinta de 1mm nos modelos com prótese parafusada. Todos os modelos foram exportados para o software de simulação de elementos finitos Ansys Workbench. (Ansys Inc., Canonsburg, PA, USA) e configurados com um módulo de elasticidade e coeficiente de Poisson (tabela 01). Aplicação das Cargas As tensões sobre os modelos foram simuladas em dois estágios: aplicação da pré-carga nos parafusos das infraestruturas e aplicação de cargas mastigatórias (forças axiais e oblíquas) sobre as próteses. A pré-carga nos parafusos foi simulada através de recurso específico do Ansys chamado de “bolt pre-tension”, que utiliza o elemento de pr car a Ansys Prets179, e permite aplicar o pré-torque com uma força previamente determinada ou com um ajuste no comprimento do parafuso. Para os parafusos dos pilares das próteses cimentadas a pré-carga foi de 288N, resultando num pico de tensão de 389,27 MPa no parafuso. Nas próteses parafusadas, a pré-carga foi de 257 N no 26 parafuso do intermediário (multi-unit) e 110,7 N sobre o parafuso da infraestrutura da prótese, resultando num pico de tensão de 390,45 MPa em cada parafuso. Para o segundo estágio de simulação, foram aplicadas cargas axial e oblíqua. Na carga axial, para simular o contato oclusal, estruturas antagonistas foram configuradas com suportes sem fricção nas suas laterais (“frictionless”), de forma a permitir um movimento unicamente ocluso-gengival. Esse tipo de contato permite deslizamentos e formação de gaps, de forma a possibilitar, além da intrusão, um movimento vestíbulo-lingual dos implantes, à semelhança da situação real. Foi utilizada uma carga de 50N para os implantes na região dos molares e de 30N para a região de pré-molares, devido à sua posição mais anterior, objetivando simular cargas fisiológicas e simplificar as forças oclusais. Na carga oblíqua, para padronizar o contato oclusal, foi modelada uma estrutura em cada elemento para a aplicação da carga. Na vertente vestibular da cúspide vestibular de cada coroa aplicou-se uma carga de 30N para a região de prémolar e de 50N para a região de molar, com vetor de carga no sentido vestíbulolingual, fazendo ângulo de 45º com o plano oclusal. Análise das Tensões A malha foi gerada com elementos tetraédricos quadráticos de 10 nós (Ansys solid187), que possibilitaram a simulação de estruturas irregulares como a do presente trabalho. As simulações foram resolvidas (Windows 7 x64, processador Intel I7 920, 24 Gb RAM), seguida de análise do tipo não linear em relação ao contato e os dados foram plotados gráfica e numericamente. A tabela 02 demonstra a quantidade de nós e elementos obtidos em cada modelo. O osso periimplantar foi analisado pelo critério de Mohr-Coulomb. Sabendo do efeito do dano ósseo na remodelação18, o critério de Mohr-Coulomb foi utilizado para 27 quantificar, em nível estrutural, o risco ao dano, levando em consideração a diferença no impacto das tensões de tração e compressão num material friável como o osso19 e seu impacto na geração do dano ósseo. 28 3. RESULTADOS Os resultados foram registrados, avaliados e comparados numérica e graficamente para análise quantitativa e qualitativa. A tabela 03 mostra os valores de picos de tensão no osso periimplantar dos modelos submetidos à carga axial e oblíqua. A localização das tensões no osso periimplantar está representada na figura 2. 29 4. DISCUSSÃO As cargas axiais e oblíquas em pilares implantados que suportam prótese com cantiléver desencadeiam comportamentos mecânicos distintos na estrutura da prótese e, consequentemente, no tecido ósseo periimplantar.20 Neste experimento comparou-se dois padrões de cargas (axiais e oblíquas) e em todos os modelos observou-se que a tensão sobre o osso periimplantar foi maior quando o implante foi exposto à carga oblíqua do que à carga axial, o que pode ser explicado pelo componente de cisalhamento presente quando uma carga angulada incide sobre o implante.20 Estudo de análise fotoelástica observou que os maiores níveis de tensão estão localizados na crista óssea periimplantar do implante mais próximo ao cantiléver, independente do comprimento do cantiléver.21 No nosso estudo, os maiores picos de tensão sob os dois padrões de cargas em todos os modelos analisados também se localizaram na região superior da crista óssea periimplantar do implante mais próximo ao cantiléver (figura 2). No entanto, observou-se nos modelos de prótese com cantiléver mesial que as tensões no pilar secundário (dente 36) foram proporcionalmente maiores que nos modelos de próteses com cantiléveres distais. Nestes modelos a dissipação das tensões em torno do pilar secundário parece acontecer em função deste pilar possuir maior mesa oclusal. Na carga axial temos uma superfície que distribui a carga proporcionalmente à mesa oclusal de cada elemento e na carga oblíqua o pilar secundário (dente 36) recebeu uma carga 66% maior que o pilar primário (dente 35). Essa distribuição de cargas poderia ser a justificativa para as diferenças encontradas entre os modelos com cantiléveres mesial e distal. A extensão do cantiléver, até certo limite, não é um fator complicador para o 30 prognóstico de próteses e implantes, tendo como conseqüência um mínimo aumento da reabsorção óssea marginal ao redor do implante mais próximo ao cantiléver, mas com valores estatísticamente insignificantes.22, 23 No presente estudo observou-se como vantagem nos modelos com cantiléver mesial, a distribuição mais uniforme das tensões entre os pilares primários e secundários, restando para os modelos com cantiléver distal uma sobrecarga no pilar primário quando comparado ao pilar secundário. Estudo recente demonstrou que a taxa de sobrevida de implantes unitários com extensão em cantiléver distal é a mesma que a de próteses fixas suportadas por dois implantes com extensão em cantiléver distal.24 Considerando o estudo citado anteriormente, observou-se neste experimento que a biomecânica nos modelos com cantiléver distal não sobrecarregou o pilar secundário. No entanto, nos modelos de prótese com cantiléver mesial, os picos de tensão no osso periimplantar do pilar secundário foram maiores quando comparados aos modelos de prótese com cantiléver distal, evidenciando a melhor distribuição das tensões (tabela 03). É evidente que a localização dos elementos retentores no arco dentário é um fator importante para que um adequado planejamento reabilitador possa ser executado. Com relação ao sistema de fixação, os modelos com prótese aparafusada apresentaram menores picos de tensão no osso periimplantar do que os modelos cimentados quando submetidos a cargas oblíquas, provavelmente devido à menor tendência de flexão do sistema nos modelos aparafusados. Quando submetidas a carga axial, os modelos de prótese cimentadas apresentaram picos de tensão muito próximos dos modelos aparafusados. O modo de fixação das próteses não influenciou na distribuição da tensão no osso periimplantar para cargas incidentes 31 axiais ao implante, o que talvez se justifique pela própria natureza da carga, a qual não desenvolve nenhum componente de cisalhamento. As próteses aparafusadas são mais favorecidas do ponto de vista biológico, pois próteses cimentadas possuem uma área de microgap marginal maior, além de serem posicionadas mais coronalmente.25, 26 No entanto, isso pouco parece influenciar na quantidade de perda óssea marginal periimplantar.27 32 5. CONCLUSÃO De acordo com a metodologia aplicada neste estudo, pode-se concluir que: Os cantiléveres distais geram mais tensões no osso periimplantar do implante primário que os cantiléveres mesiais; Os cantiléveres mesiais geram tensões mais uniformes ao redor do osso periimplantar; Cargas oblíquas geram mais tensão no osso periimplantar, independente da posição do cantiléver e do tipo de fixação da prótese; As tensões geradas no osso periimplantar estão relacionadas com a posição dos pilares no arco dental; As próteses fixas aparafusadas causam menor tensão no osso periimplantar, quando comparadas com as próteses cimentadas, quer o cantiléver esteja localizado para mesial ou distal 33 6. REFERÊNCIAS 1. Tsumita M, Kokubo Y, Vult von Steyern P, Fukushima S. Effect of framework shape on the fracture strength of implant-supported all-ceramic fixed partial dentures in the molar region. J Prosthodont. 2008;17:274-85. 2. Dekon SFC, Zavanelli AC, Baleeiro RP. Utilização de prótese parcial fixa com cantilever: revisão de literatura. Revista Odontológica de Araçatuba. 2008 Jul/Dez; 29(2): 66-70. 3. Romanos GE, Gupta B, Eckert SE. Distal cantilevers and implant dentistry. Int J Oral Maxillofac Implants. 2012; 27:1131-1136. 4. Zarb GA, Schmitt A. The longitudinal clinical effectiveness of osseointegrated dental implants. The Toronto study. Part II: the prosthetic results. J Prosthet Dent 1989; 64:53–61. 5. Shackleton J, Carr L, Slabbert J, Becker PJ. Survival of fixed implant-supported prostheses related to cantilever lengths. Journal of Prosthetic Dentistry. 1994; 71: 23–26. 6. Rubo JH, Souza E. Métodos computacionais aplicados à bioengenharia: solução de problemas de carregamento em próteses sobre implantes. Rev Fac Odontol Bauru. 2001; 9(3/4): 97-103. 7. Greco, GD et al. Stress analysis on the free-end distal extension of an implant-supported mandibular complete denture. Braz Oral Res. 2009; 23(2):175-81. 8. Correa S, Ivancik J, Isaza JF, Naranjo M. Evaluation of the structural behavior of three and four implant-supported fixed prosthetic restorations by finite element analysis. J Prosthodont Res. 2012 Apr; 56(2):110-9. 9. Silva GCC, Fraga MT, Fonseca LG, Lopes LR, Mendonça JAG, Landre Júnior J. Estudo pelo método dos elementos finitos 3D das tensões induzidas em implantes instalados no sistema All-on-4. ImplantNews. 2009 Maio-Jun; 6(3): 277-283. 10. Koka P, Mohapatra A, Anandapandian PA, Murugesan K, Vasanthakumar M. The effect of implant design on the stress distribution in a three-unit implant-supported distal cantilever fixed partial denture: A three-dimensional finite- element analysis. Indian J Dent Res. 2012; 23:129-34. 11. Kurniawan D, Nor FM, Lee HY, Lim JY. Finite element analysis of bone-implant biomechanics: refinement through featuring various osseointegration conditions. Int J Oral Maxillofac Surg. 2012 Sep; 41(9):1090-6. 12. Rubo JH, Souza EAC. Finite element analysis of stress in bone around dental implants. J Oral Implantol 2008; 9:407– 418. 13. Pegoraro LF, Valle AC, Araújo CRP, Bonfante G, Conti PCR, Bonachela V. Prótese fixa. São Paulo: Artes Médicas; 1998. 14. McLean JW, von Fraunhofer JA. The estimation of cement film thickness by an in vivo technique. Br Dent J. 1971;131(3):107-11. Epub 1971/08/03. 15. Belser UC, MacEntee MI, Richter WA. Fit of three porcelain-fused-to-metal marginal designs in vivo: a scanning electron microscope study. J Prosthet Dent. 1985;53(1):24-9. Epub 1985/01/01. 16. Karlsson S. The fit of Procera titanium crowns. An in vitro and clinical study. Acta Odontol Scand. 1993;51(3):129-34. Epub 1993/06/01. 34 17. Sulaiman F, Chai J, Jameson LM, Wozniak WT. A comparison of the marginal fit of In-Ceram, IPS Empress, and Procera crowns. Int J Prosthodont. 1997;10(5):478-84. Epub 1998/03/12. 18. Taylor D, Hazenberg JG, Lee TC. Living with cracks: damage and repair in human bone. Nat Mater. 2007;6(4):263-8. Epub 2007/04/03. 19. Bayraktar HH, Morgan EF, Niebur GL, Morris GE, Wong EK, Keaveny TM. Comparison of the elastic and yield properties of human femoral trabecular and cortical bone tissue. J Biomech. 2004;37(1):27-35. Epub 2003/12/16. 20. Misch CE, Bidez MW. Considerações oclusais para a prótese implantossuportada: oclusão implantoprotegida. In: Misch CE. Prótese sobre implantes. São Paulo: Santos; 2006. p. 472-82. 21. White SN, Caputo AA, Anderkvist TJ. Effect of cantilever length on stress transfer by implantsupported prostheses. Prosthet Dent 1994;71:493–499. 22. Romeo E, Lops D, Margutti E, Ghisolfi M, Chiapasco M, Vogel G. Implant-supported fixed cantilever prostheses in partially edentulous arches. A seven-year prospective study. Clin Oral Implants Res. 2003 Jun;14(3):303-11. 23. Romeo E, Tomasi C, Finini I, Casentini P, Lops D. Implant-supported fixed cantilever prosthesis in partially edentulous jaws: a cohort prospective study. Clin Oral Implants Res. 2009 Nov;20(11):127885. 24. Aglietta M, Iorio Siciliano V, Blasi A, Sculean A, Brägger U, Lang NP, Salvi GE. Clinical and radiographic changes at implants supporting single-unit crowns (SCs) and fixed dental prostheses (FDPs) with one cantilever extension. A retrospective study. Clin Oral Implants Res. 2012 May;23(5):550-5. 25. Keith SE, Miller BH, Woody RD & Higginbotton FL. Marginal discrepancy of screw-retained and cemented metal-ceramic crowns on implant abutments. International Journal of Oral & Maxillofacial Implants. 1999; 14: 369–378. 26. Guichet DL, Caputo AA, Choi H &Sorensen JA. Passivity of fit and marginal opening in screw- or cement-retained implant fixed partial denture designs. International Journal of Oral &Maxillofacial Implants. 2000; 15: 239–246. 27. de Brandão ML, Vettore MV, Vidigal Júnior GM. Peri-implant bone loss in cement- and screwretained prostheses: systematic review and meta-analysis. J Clin Periodontol. 2013; 40: 287–295. 28. Holmes DC, Diaz-Arnold AM, Leary JM. Influence of post dimension on stress distribution in dentin. J Prosthet Dent. 1996;75(2):140-7. Epub 1996/02/01. 29. Zarone F, Sorrentino R, Apicella D, Valentino B, Ferrari M, Aversa R, et al. Evaluation of the biomechanical behavior of maxillary central incisors restored by means of endocrowns compared to a 35 natural tooth: a 3D static linear finite elements analysis. Dent Mater. 2006;22(11):1035-44. Epub 2006/01/13. 30. Benzing UR, Gall H, Weber H. Biomechanical aspects of two different implant-prosthetic concepts for edentulous maxillae. Int J Oral Maxillofac Implants. 1995;10(2):188-98. Epub 1995/03/01. 31. Eskitascioglu G, Usumez A, Sevimay M, Soykan E, Unsal E. The influence of occlusal loading location on stresses transferred to implant-supported prostheses and supporting bone: A threedimensional finite element study. J Prosthet Dent. 2004;91(2):144-50. 36 TABELAS Tabela 1: Propriedades mecânicas dos materiais Módulo de Elasticidade Material Coeficiente de Poisson Longitudinal (MPa) Osso cortical(Holmes, Diaz-Arnold et al., 1996)28 13700 0.3 1370 0.3 69000 0.3 110000 0.35 22400 0.25 218000 0.33 Osso Medular(Holmes, Diaz-Arnold et al., 1996)28 Porcelana feldspática(Zarone, Sorrentino et al., 2006)29 Titânio (Benzing, Gall et al., 1995)30 Cimento de fosfato de zinco (Holmes, Diaz-Arnold et 28 al., 1996) Liga de cobalto cromo (Eskitascioglu, Usumez et al., 31 2004) Tabela 2: Numero de nós e elementos em cada modelo Modelo Nós / elementos Modelo A (PPF cimentada com cantilever distal) 1362011 / 849723 Modelo B (PPF cimentada com cantilever mesial) 1312637 / 814696 Modelo C (PPF parafusada com cantilever distal) 1423197 / 894751 Modelo D (PPF parafusada com cantilever mesial) 913859 / 540859 37 Tabela 3: Valores de picos de tensão no osso periimplantar pelo critério de Mohr Coulomb, para modelos de prótese parcial fixa submetidos a carga axial e oblíqua segundo os grupos 1 e 2. Carga Axial Carga Oblíqua GRUPO 1 Elemento 34 Elemento 35 0,053 0,137 Elemento 36 Elemento 34 Elemento 35 0,165 0,453 Elemento 36 MODELO A PPF cimentada com cantiléver distal MODELO B 0,122 0,082 0,418 0,248 PPF cimentada com cantiléver mesial Carga Axial Carga Oblíqua GRUPO 2 Elemento 34 Elemento 35 0,056 0,143 Elemento 36 Elemento 34 Elemento 35 0,183 0,406 Elemento 36 MODELO C PPF parafusada com cantiléver distal MODELO D 0,099 PPF parafusada com cantiléver mesial 0,083 0,339 0,283 38 FOLHA DE FIGURAS: Figura 1: Modelos de prótese parcial fixa segundo os grupos 1 e 2. Contorno externo e sua configuração com porcelana (A1, B1, C1 e D1) e infraestrutura transparente para visualização das estruturas internas (A2, B2, C2 e D2). 39 Figura 2: plotagem dos resultados no osso periimplantar pelo critério de MohrCoulomb, para implantes submetidos à carga axial e oblíqua segundo os grupos 1 e 2. 40 ANEXO 1: Normas de publicação da Journal of Oral implantology INFORMATION FOR CONTRIBUTORS The Journal of Oral Implantology (JOI) seeks to bring information of interest to scientists, clinicians, laboratory owners and technicians, manufacturers, and educators. This information includes, but is not limited to, scientific articles, basic and clinical research, research reviews, case letters and research letters, and book and article reviews. None of these necessarily represent the opinions or views of the American Academy of Implant Dentistry (AAID), the Editors or members of the Board, or the Institution with which the author(s) are affiliated. Articles are welcomed from all clinicians and scientists. Membership in the AAID is not a prerequisite for submission. This journal does not necessarily offer approval of products advertised within it. MANUSCRIPT SUBMISSION See below section entitled MANUSCRIPT SUBMISSION INSTRUCTIONS. Submitted articles should be for exclusive publication in the JOI, with the understanding that they have not been published elsewhere in any form and will not be submitted elsewhere unless rejected. Authors should always retain a complete copy of their manuscripts. General Publication Policies (applies to all manuscript types) Manuscripts will be considered for publication only if they Are focused; Are based on a sound hypothesis and an adequate investigation method analyzing a statistically relevant series, leading to relevant results that back the conclusion; Are well written in simple, scientific English grammar and style; Are presented with a clear message and containing new information that is relevant for the readership of the journal; Add new information to the existing body of knowledge or present new points of view on known treatments, pathologies, or implant related issues; and Have contributions by all authors on the paper. Manuscript Types Please note the maximum length for each manuscript type. Manuscripts over the desired length will be returned to the author without review. Editorials To be commissioned by the Editor-in-Chief. Clinical Research Papers & Dental Implant Science Research Papers Clinical and Dental Implant Science Research papers should be formatted as follows: • _Title pa e • _Abstract & Key Words • _Text o Introduction o Materials and Methods o Results o Discussion o Conclusion • _Acknowled ments • _References • _Tables • _Fi ures: charts, illustrations, photos • _Captions to fi ures 41 Clinical Case Letters & Research Letters Clinical Case Letters and Research Letters are intended to inform, entertain, and inspire the readers. These letters normally contain three parts: 1) Introduction, 2) a description of the case or method and its outcome or result, and 3) discussion. Like all letters, they do not have an abstract. In these letters, authors should use no more than 1500 words and 25 references. Explanatory and graphic pictures (up to a maximum of 15) are highly recommended in this format. Clinical Case Letters should present in the introduction a diagnostic conundrum or a practical clinical problem, and introduce the authors’ therapeutic lo ic. The description of the case should contain the history, examination, investigations, management, and outcome of the case. The discussion should educate the reader and open the debate on the many therapeutic options, and the logic of their choices considering the risks and potential outcomes. Clinical Case Letters should enlighten readers about an interesting clinical situation or therapeutic option. They can also serve as the introduction of a new technique, new material or therapeutic approach, or as the first step before a clinical research protocol. Rarity and overspecialization are not necessary, but originality is highly recommended. Research Letters should present in the introduction an interesting basic science problem or concept to be examined and discussed, followed by a description of methods of investigation and results, and discussion of the data. This format is limited to simple protocols, which do not require a full research article. This kind of article must be particularly reader-friendly and didactic, even if it refers to a dense basic science topic. This format has to be considered as a pedagogic tool for research communication, and not as a format for the publication of large amounts of data. Research Letters can follow the classical 3-part format (introduction, method, discussion) or use a more open format for the purpose of illustrating a concept. The open format can be used as a discussion on a hot research topic or as an introduction to new research perspectives. Review Papers Review papers in JOI are normally submitted by invitation, but we do consider unsolicited submissions. The purpose of a Review is to bring the reader up-to-date with research in a particular aspect of implant dentistry, highlighting areas of special interest and progress. Because the readership of JOI is wide-ranging it is essential that the Review is easily comprehensible to a nonspecialist in the discipline. However, the article should also aim to provide an authoritative in-depth discussion of current progress and problems and should not consist of a laborious report that includes every paper in the area. The author should not be concerned with providing a comprehensive list of references; references of importance and particular interest are all that are required. The author should identify areas in the field where further developments are impending or of urgent need, and any areas (such as techniques) that may be of consequence to implant dentistry. Please note that Reviews in JOI should not contain any original research. There is no limit on number of words or references. 42 Mini-Review Papers Mini-reviews are highlights or summaries of research in an evolving area in implant dentistry from the previous 2–3 years. Mini-reviews are not intended to be comprehensive overviews; rather, they are meant to highlight recent and important developments in a specific subject area. Mini-reviews should not include unpublished original research and should set the topic in the context of the relevant literature. A small amount of speculation of possible upcoming developments is appropriate in the Conclusions section of the paper. The recommended length of a Mini-Review is 2000 words and 30 references. Letters to the Editor JOI welcomes Letters to the Editor. To keep the letter timely and relevant the editorial staff will expedite submission of Letters to the Editor. Only letters of the highest quality will be published, and the following guidelines must be adhered to: Letters are meant to be focus pieces and, therefore, are limited to no more than 600 words and 6 references. One reference should include a reference to the JOI article being addressed. It is recommended that you limit your letter to one or two important and critical points to which you wish to provide a clear and precise discussion regarding the previously published article. One should support all assertions by peer reviewed literature, which should be primary research or large clinical studies rather than a case report. Please include any financial disclosures at the end of the letter. This would include any potential conflicts of interest not just related to the specific content of your letter, but also the content of the JOI article and other related areas. Please recognize that letters that are essentially in agreement with the author's findings and offer no additional insights provide little new information for publication. Likewise, letters that highlight the writer's own research or are otherwise self-promotional will receive a low publication priority. There may be a need for additional editing. Should editing be required, the letter will be sent back to the author for final approval of the edited version. It is important to use civil and professional discourse. It is not advisable that one adopts a tone that may be misconstrued to be in any way insulting. Letters that are anecdotal are not acceptable for publication. While personal experiences can have great value in patient care, it is generally not strong evidence to be placed in a Letter to the Editor. Book Review A review of a book should be no more than 400 words with 1 reference to the book being reviewed. Article Review A review of a journal article should be no more than 400 words with 6 references, one of which should be to the article being reviewed. Manuscript Preparation General Comments Papers should be submitted in journal style. Failure to do so will result in the paper being immediately returned to the author, and may lead to significant delays in publication. Spelling is that of American usage. Papers should be double-spaced with a margin of at least 1 in. (3 cm) all round. Headings Headings appropriate to the nature of the paper enhance readability. They should be kept to a minimum and may be removed by the Editors. Only two categories of headings should be 43 used: 1st level headings should be typed in all capital letters; 2nd level headings should be typed in lower case with an initial capital letter. Quantitative Analysis If any statistical methods are used, the text should state the test or other analytical method applied, basic descriptive statistics, critical value obtained, degrees of freedom, and significance level (eg, ANOVA, F = 2.58; df = 4.58; P < .001). If a computer data analysis was involved, the software package and manufacturer should be mentioned. Descriptive statistics may be presented in the form of a table or included in the text. Abbreviations, Symbols, and Nomenclature Only standardized or generally accepted terms should be used. Abbreviations must be defined when initially used in the text. For further details concerning abbreviations, see Baron DN, ed. Units, Symbols, and Abbreviations: A Guide for Biological and Medical Editors and Authors. London: Royal Society of Medicine, 1988. The minus sign should be -. If a special designation for teeth is used, a note should explain the symbols. Scientific names of organisms should be binomials, the generic name only with a capital, and should be in italicized font. Microorganisms should be named according to Manual of Clinical Microbiology. 10th ed. Versalovic J, Carroll KC, Funke G, Jorgensen JH, Landry ML, Warnock DW, eds. Washington DC: American Society of Microbiology; 2011. Drugs Use only generic (nonproprietary) names in the text. Suppliers of drugs used may be named in the Acknowledgments section. Gender References Do not use “he”, “his”, “she”, or “her” when the sex of the person is unknown; use the term “the patient” or “patient” etc. Avoid alternatives such as “he/she”. Patients should not be automatically desi nated as “she”, and doctors as “he”. Tooth Numbers When authors wish to list tooth numbers, edentulous sites, or implant locations, JOI requires the use of the ADA’s Current Dental Terminolo y, 2011-2012. This system assigns #1 to the maxillary right 3rd molar and moves around the upper arch to #16, the maxillary left 3rd molar, then continues with the mandibular left 3rd molar as #17, and ends with the lower right 3rd molar as #32. See http://www.ada.org for more information. Manuscript Files to Include in Submission Cover Letter The cover letter should include the correspondin author’s complete contact information. Title Page JOI conducts double-blind reviews of all submitted articles. Each submission should include a document, separate from the manuscript, that contains the title, full name and department or institution of each author (in order), corresponding author and contact information (address, telephone and fax numbers, and e-mail address), and sources of support in the form of grants. If the title is longer than 40 characters (including spaces), a short title should be supplied for use in the running heads. Please note that the qualifications of the authors will not be included in the published paper. The name of the institution where the research was performed also will not be included in the published paper. Manuscript Assemble the manuscript in the following order, with each item beginning a new page. Please activate line numbering for the whole manuscript. • _Abstract & Key Words o 250 words or fewer o Do not use subheadings or abbreviations o Should be one continuous paragraph 44 o Must contain all relevant information, including results and conclusion o Should contain 6 or fewer key words • _Text. Please ensure that the text of your paper conforms to the following structure: Introduction, Materials and Methods, Results, Discussion, and Conclusion. o Introduction Present the type and extent of the problem studied. Review briefly the relevant literature. State the rationale for the study. Explain the purpose in writing the paper. State the method of investigation and the reasons for the choice of a particular method. Write in the present tense. o Materials and Methods Give the full details but limit references. Write in the past tense. Include exact technical specifications, quantities and generic names. Limit the number of subheadings, and use the same subheadings in the results section. State the statistical analysis used. Do not mention the investi ators’ qualifications or the institution where the work was performed. o Results Do not describe methods. Present results in the past tense. Present representative data rather than endlessly repetitive data. Use tables where appropriate, and do not repeat information that can be found in the text. o Discussion Discuss - do not reiterate the data found in the results section. Point out exceptions and lack of correlations in the data. Do not try to disguise or “spin” data. Show how results concur and/or contrast with previous work. Discuss the implications of the study’s findin s. o Conclusion State your conclusions clearly. Conclusion must be supported by and limited to the results of the study. Acknowledgments. There is no standard format for writing acknowledgments. However, it is best if the format matches the formatting of the rest of the manuscript. JOI prefers the style be kept formal and that only names of individuals be listed. Funding organizations should also be mentioned here. References. Do not use endnotes; instead, type in all references as text. References strictly follow The American Medical Association Manual of Style, 10th edition. In-text citations to references should be indicated using superscripted numbers in numerical order. The references should then be listed at the end of the article in the order they are mentioned in the text. Unpublished observations, personal communications, submitted papers not yet accepted, and abstracts may not appear in the reference section. Refer to written, not oral, communications parenthetically in the text. Include among the references papers accepted but not yet published, and label them as “in press.” Sample references are below: o Article from a journal 45 Davarpanah M, Martinez H, Tecucianu JF, Hage G, Lazzara R. The modified osteotome technique. Int J Periodontics Restor Dent. 2001;21:599–607. o Chapter from a book Jensen OT. Guided bone graft augmentation. In: Buser D, Dahlin C, Schenk RK, eds. Guided Bone Regeneration in Implant Dentistry. 1st ed. Chicago, Ill: Quintessence Publishing Co Ltd; 1994: 234–264. o Book Misch CE. Contemporary Implant Dentistry. St Louis, Mo: Mosby Year Book; 1993. o Paper Ho E, Marcolongo M. The effect of coupling agents on hydroxyapatite/polymethylmetacryl-ate composite. Paper presented at: Drexel University Research Day, April 22, 2003; Philadelphia, Pa. o Web Freiberg RJ, Boutossov D, Cozean C. Role of water irrigation during laser ablation of hard dental tissue. Available at: http://www.laserdentistry.org/praf/edu_overview.cfm. Accessed February 15, 2004. Tables. Tables should be numbered consecutively and titled. Use the table function within Microsoft Word to create tables. Table columns should have explanatory headings. Each table should appear on a separate page. Tables must provide information that cannot be adequately dealt with in the text and should not duplicate (or be a rewording of) information presented in the text. Tables will be typeset in JOI style by the Publisher. Captions to figures. Please supply complete captions for all figures on a separate page at the end of the manuscript. Authors should not use symbols in figure captions; instead, a key should be included as part of the figure. Submit each part of a multi-part figure in separate files. Use letters in the caption for the corresponding figure. Figures For electronic figures, the Publisher will accept EPS, TIFF, PDF, and JPG formats. Images must be at least 4.0 in. (10.2 cm) in width with a resolution of at least 200 dpi. Figure quality may be checked using the complimentary Allen Press VeriFig service available at http://verifig.allenpress.com/login. Do not embed figures within the Microsoft Word document containin the manuscript. It is the author’s responsibility to obtain written permission to use figures that have appeared in another publication. Proof of permission to use previously published figures must be presented at the time of submission. Reprints Authors will receive a complimentary PDF reprint of their article 3–4 weeks after publication. Paper reprints are available for purchase at the time of publication. The corresponding author will be sent an informational email when it is time to place orders for paper reprints. MANUSCRIPT SUBMISSION INSTRUCTIONS Registration & Login To register yourself in the peer review system, go to http://www.editorialmanager.com/aaidjoi. Click on Register Now and follow the instructions. You will receive an email notifying you of your registration, Login ID and password. Main Menu Once you have registered and signed in, you will be directed to the Main Menu. In your Main Menu will be three boxes: New Submissions, Revisions, and Completed. From these boxes you can perform the following tasks: 46 New Submissions Submit manuscripts Check submission status Check status of submissions Revisions Check for required revisions Submit revisions Check status of revisions Completed Check for decisions Submitting a Manuscript As a submitting Author, your role in the review process begins when you submit (or are requested to submit) a manuscript. Either click on the link in the email you received when you registered or logon and select Submit New Manuscript from the New Submissions box. This will take you to your New Submission page. Title/Short Title Select an article type and click ‘‘Next’’ to move to the Submission Title page. Enter a Full Title and a Short Title (being mindful of word limits) in the boxes provided. Contributing Authors Click ‘‘Next’’ to move to the Contributing Authors page. On this screen you may enter information on contributing authors; assign corresponding author by checking the box; or click ‘‘Next’’ to move on to the Abstract page After you have entered the information for a Contributin Author, click ‘‘Add Author’’ to clear fields to add another author. Abstract/Key Words On the Abstract Page you can either type or cut and paste the abstract (be mindful of word limit) of your manuscript. Click ‘‘Next’’ at the bottom of the pa e to continue to the Keywords page. Enter keywords, separated by semicolons. Each keyword may be up to 256 characters in len th. Click ‘‘Next.’’ Classifications Classifications are used to aid in the selection of reviewers with the appropriate specialties for a submission. On the Classifications Page you may choose classifications for your manuscript by clickin ‘‘Select Classifications.’’ Click ‘‘Next.’’ Additional Information You will be taken to an Additional Information page. Questions requiring a response will indicate ‘‘Answer Required’’ in the left mar in. Answer all required questions and ive required information before clickin ‘‘Next’’ at the bottom of the pa e. Comments Next you will be taken to the Comments page. Any comments entered on this page will go to the editorial office and will NOT appear in your manuscript or be shown to reviewers. Enter your comments and click ‘‘Next.’’ 47 Suggest Reviewers You will be taken to a page where you can enter the names and contact information for potential reviewers. Fill out the information and click ‘‘Add Reviewer’’ at the bottom of the pa e. If you do not have any su estions o to the bottom of the pa e and click ‘‘Next.’’ Building Your Manuscript You are now ready to attach the files for your manuscript. Select the item for each attachment from the drop-down menu at the top of the screen. Type a name for each file in the ‘‘Description’’ window (default will be the item selected). Enter the file name or use the ‘‘Browse’’ button to locate and select the file. Click ‘‘Attach This File’’ to add the file to your manuscript. You can change the order of the files before you proceed by numbering them sequentially and clickin on ‘‘Update File Order.’’ Once you have added all your files and placed them in the correct order, click ‘‘Next’’ to build your PDF. Make sure all of your files are accounted for in the table and click ‘‘Build PDF for my Approval.’’ Please Note: You are not yet finished with the submission process. Approve Submission Click on Submissions Waitin for Author’s Approval to ensure your PDF has been built. You will be taken to the Submissions Waiting for Approval by Author page. Until Action Links appears you cannot check and approve your submission. If the Action column is blank, please wait until Action Links appears to continue. This may take several minutes depending on the size of the files you uploaded. You may view, edit, approve and/or remove your submission using the Action Links dropdown menu. You must first view the submission. Select View Submission to open your PDF file, view it for accuracy and ensure it appears as you want it to. If you wish to make changes, select Edit Submission to return to the New Submission screen. Select the area of your submission you would like to edit from the categories on the left. Clicking on Approve Submission in the Action Links will bring up a confirmation box. Click ‘‘OK’’ to o to the Author’s Confirmation page. Submitting Revisions You will receive an email if the Editorial Staff determines that your manuscript needs revisions before further consideration for publication. Either minor or major revisions will need to be made and the manuscript resubmitted to start the process over. Access the manuscript to make revisions either by using the link in the email or clicking Submissions Needing Revision in the ‘‘Revisions’’ box on your Main Menu. Select Revise Submission from the Action Links on the Submissions Needing Revision page. This will brin up a confirmation pane. Click ‘‘OK’’ if you are ready to proceed. You will be directed to a Revised Submission screen where you will resubmit your manuscript with revisions. Tracking information and identification (such as the manuscript number) will be carried over from the initial submission. During the process you will have the opportunity to include additional comments and/or Respond to Reviewers. These comments and responses will be seen by the Editorial Staff and Reviewers, but will not appear in your manuscript. Original files can be included or excluded by using the check boxes at the bottom of the screen. New files are added in the same way as in the original submission, on the Attach Files screen. Select item type from the drop-down menu. Give a description or name to the file. Browse for file and attach it. 48 Please be sure to include all files for your revised submission, not just those files that have changed (eg, include all figure files though only a couple of figures were altered at the reviewers’ su estion). At the bottom of the Please Attach Files screen you will see an inventory. Rearrange files, if necessary, and click ‘‘Update File Order.’’ Click ‘‘Next’’ to proceed to the Summary page. Make sure all of your files are included and click ‘‘Build PDF for my Approval.’’ Once the PDF is built, check and approve it. The process for Submission with Revisions will begin. Check Status & Revisions Once you have submitted your manuscript with revisions, it will appear in the Revisions box on your Main Menu under Revisions Being Processed. The following Action Links are available: View Revision, View Invitation Letter, and Send Email. Click on Send E-mail to send a request for a deadline extension on a revision. 49 COMPROVANTE DE SUBMISSÃO Dear Mrs. Suyá Alencar, Your submission entitled "Stresses in the peri-implant bone produced by fixed partial prostheses with cantilevers - Finite Element Method Analysis." has been received by journal Journal of Oral Implantology You will be able to check on the progress of your paper by logging on to http://aaidjoi.edmgr.com/. Your manuscript will be given a reference number once an Editor has been assigned. Thank you for submitting your work to this journal. Kind regards, Journal of Oral Implantology Dear Mrs. Alencar, Your submission entitled "Stresses in the peri-implant bone produced by fixed partial prostheses with cantilevers - Finite Element Method Analysis." has been been assigned the following manuscript number: aaid-joi-D-14-00020. You will be able to check on the progress of your paper by logging on to http://aaidjoi.edmgr.com/. Thank you for submitting your work to this journal. Kind regards, Beverly Lindeen, BA Managing Editor Journal of Oral Implantology PRODUÇÃO CIENTÍFICA 50 1) Artigos científicos aceitos para publicação 1. DANTAS-NETA, N. B.; ALENCAR, S. M.M.; SOUSA, C. H. C.; PRADO JÚNIOR, R. R.; MENDES, R. F. Dental Findings in children with West Syndrome. Special Care in Dentistry, 2014. 2) Trabalhos apresentados 1) SILVA, T. S.O.; VASCONCELOS, L.C.A.; MOURA, C.D.V.S.; ALENCAR, S.M.M.; VALENTE, V.S.; Saúde Bucal e impacto na qualidade de vida do idoso. In: 6o Congresso Internacional de Odontologia do Piauí, 2013. 2) ALENCAR, S.M.M; MOURA, C.D.V.S.; NOGUEIRA, L.B.L.V.; VALENTE, V.S. MOURA, W.L. Prótese total sobre três implantes como alternativa reabilitadora após intercorrência pós-operatória. In: 6o Congresso Internacional de Odontologia do Piauí, 2013. 3) NOGUEIRA, L. B. L. V.; MOURA, C. D. V. S.; VALENTE, V.S. ; ALENCAR, S. M. M.; SILVA, T.S.O.; BEZERRA, A. A. ; RODRIGUES, A. C. S. ; Precisão dos moldes de alginato manipulado com solução de clorexidina. In: 11 Jornada de Odontologia da Universidade Federal do Piauí, 2013. 4) MOURA, C. D. V. S.; NOGUEIRA, L. B. L. V.; VALENTE, V.S. ; MOURA, W. L.; ALENCAR, S. M. M.; SILVA, T.S.O. EFEITO DA FADIGA NA RESISTÊNCIA A FRATURA NAS COROAS ZIRCÔNIO-CERÂMICA PARAFUSADAS SOBRE IMPLANTES. In: 3 Neodent International Congress, 2013, Curitiba. Full Dentistry in Science, 2013. N 15, p.80. 5) ALENCAR, S. M. M. ; NOGUEIRA, L. B. L. V. ; MOURA, C. D. V. S. ; VALENTE, V.S. ; MOURA, W. L. ; FRANCISCHONE, C. E. . MICROSCOPIC ASSESSMENT OF ADAPTATION OF CEMENTED CROWNS ON PILLARS IMPLANTED. In: international Association for Dental Research 90 th General Session, 2012, Iguacu Falls. journal of Dental Research, 2012. v. 91. p. 989. 6) NOGUEIRA, L. B. L. V.; MOURA, C. D. V. S. ; ALENCAR, S. M. M. ; VALENTE, V.S. ; CRAVINHOS, J. C. P. ; LEAL, P. A. . Protocol on short implants in atrophic mandible. In: III International Congress of Implantology, 2012, Bauru. Brazilian Dental Journal, 2012. v. 23. p. 278. 7) ALENCAR, S. M. M. ; NOGUEIRA, L. B. L. V. ; MOURA, C. D. V. S. ; VALENTE, V.S. ; CASTRO, J. C. O. ; MOURA, H. G. S. . Total prosthesis on three implants as an alternative rehabilitation after post-operative somplications. In: III International Congress of Implantology, 2012, Bauru. Brazilian Dental Journal, 2012. v. 23. p. 274. 51 3) Participação em projetos de iniciação científica 1. Alterações dimensionais em modelos de gesso com fraturas e colagem com cianoacrilato Integrantes: Lorenna Bastos Lima Verde Nogueira - Coordenador / Carmem Dolores Vilarinho Soares de Moura - Integrante / Suyá Moura Mendes Alencar Integrante. 4) Organização de eventos 1. Participação como Avaliadora de Painéis na XI Jornada Acadêmica de Odontologia na Universidade Federal do Piauí.