LIVRO 8

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LIVRO 8
LIVRO 8
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
RESOLUÇÃO:
Somente a frase da letra “a” respeita as regras de rêngias em
relação ao pronome relativo; no caso: “para cuja beleza muito
contribuía a mata no alto do morro”.
LÍNGUA PORTUGUESA
1.
(ENEM-2010) Diante do número de óbitos provocados pela gripe
H1N1 – gripe suína – no Brasil, em 2009, o Ministro da Saúde fez
um pronunciamento público na TV e no rádio. Seu objetivo era
esclarecer a população e as autoridades locais sobre a
necessidade do adiamento do retorno às aulas, em agosto, para
que se evitassem a aglomeração de pessoas e a propagação do
vírus.
Fazendo uso da norma padrão da língua, que se pauta pela
correção gramatical, seria correto o Ministro ler, em seu
pronunciamento, o seguinte trecho:
(A) Diante da gravidade da situação e do risco de que nos
expomos, há a necessidade de se evitar aglomerações de
pessoas, para que se possa conter o avanço da epidemia.
(B) Diante da gravidade da situação e do risco a que nos
expomos, há a necessidade de se evitarem aglomerações de
pessoas, para que se possam conter o avanço da epidemia.
(C) Diante da gravidade da situação e do risco a que nos
expomos, há a necessidade de se evitarem aglomerações de
pessoas, para que se possa conter o avanço da epidemia.
(D) Diante da gravidade da situação e do risco os quais nos
expomos, há a necessidade de se evitar aglomerações de
pessoas, para que se possa conter o avanço da epidemia.
(E) Diante da gravidade da situação e do risco com que nos
expomos, tem a necessidade de se evitarem aglomerações de
pessoas, para que se possa conter o avanço da epidemia.
RESPOSTA: C
RESOLUÇÃO:
A regência adequada do verbo “expor” exige o uso da preposição
“a”, assim como o verbo “evitar”, no infinitivo pessoal, deve
acompanhar o sujeito no plural, o que invalida as opções A e D. A
locução verbal da oração subordinada adverbial final (“para que se
possa conter o avanço da epidemia”) deve concordar com o
sujeito simples no singular, o que invalida também a opção B. Em
E, é inadequado, na linguagem formal, o uso do verbo “ter” com o
sentido de “haver”. Assim, a frase correta é a que se apresenta em
C: “Diante da gravidade da situação e do risco a que nos expomos,
há a necissidade de se evitarem aglomerações de pessoas, para
que se possa conter o avanço da epidemia”.
2.
3.
Assinale a alternativa em que a regência do verbo proceder
contraria a norma culta:
(A) Suas reclamações não procedem.
(B) Procedíamos de uma humilde família de imigrantes.
(C) Tomaram-lhe a tutela do filho, pois ela não procedia
corretamente.
(D) Daqui a três horas, o juiz procederá ao inquérito.
(E) O professor procedeu os exames com um risinho de ironia.
RESPOSTA: E
RESOLUÇÃO:
Nesta frase, proceder tem sentido de executar, fazer; exige, então,
a preposição a “...procedem aos exames...”.
4.
(FGV) Na revista Veja de 06.08.2008, a propaganda de
determinada montadora de veículos apresentava os modelos
espalhados pela página e, no alto, à direita, a seguinte frase:
‘‘sair Quando você da rotina vai?
FUJA DO PADRÃO’’
Assinale as informações
I. A frase - ‘‘sair Quando você da rotina vai?’’ – não possui
elementos que remetam aos aspectos formais da língua
portuguesa, daí a sua ininteligibilidade.
II. Do ponto de vista comercial, ‘‘Fugir do padrão’’ significa
adquirir um veículo da montadora. Linguisticamente, ‘‘Fugir
do padrão’’ manifesta-se como uma frase que não atende
aos padrões de organização sintática da língua portuguesa.
III. A frase – ‘‘sair Quando você da rotina vai?’’ está dentro a
construção formal da frase em língua portuguesa.
Está correto apenas o que se afirma em:
(A) I
(B) II
(C) III
(D) I e II
(E) II e III
RESPOSTA: B
RESOLUÇÃO:
O anúncio publicitário tem como objetivo induzir o leitor a
adquirir o veículo anunciado. Para isso, argumenta que a pessoa
que adquirir um veículo daquela marca faria diferente, fugiria do
padrão.
Essa ideia de rompimento dos padrões é reforçada, no plano da
expressão, por uma frase que vai de encontro à "construção
formal".
(FUVEST-2010) A única frase que segue as normas da língua escrita
padrão é:
(A) A janela propiciava uma vista para cuja beleza muito
contribuía a mata no alto do morro;
(B) Em pouco tempo e gratuitamente, prepare-se para a
universidade que você se inscreveu;
(C) Apesar do rigor da disciplina, militares se mobilizam no
sentido de voltar a cujos postos estavam antes de se
licenciarem;
(D) Sem pretender passar por herói, aproveito para contar as
coisas as quais fui testemunha nos idos de 1968 e que hoje
tanto se fala;
(E) Sem muito sacrifício, adotou um modo de vida a qual o
permitia fazer o regime recomendado pelo médico.
RESPOSTA: A
5.
(UFV-MG) Assinale a alternativa, abaixo, que, em sequência,
preenche CORRETAMENTE as lacunas das seguintes frases:
Devo obediência.......professor.
Não fiz referência.........
Os alunos estavam presentes........acontecimentos.
Continuaremos fiéis......que são os nossos amigos.
(A) àquele, àquilo, àqueles, àqueles
1
(B) àquele, aquilo, aqueles, àqueles
(C) aquele, aquilo, aqueles, aqueles
(D) àquele, aquilo, aqueles, aqueles
(E) aquele, aquilo, àqueles, aqueles
RESPOSTA: A
RESOLUÇÃO:
A preposição ”a” pode se contrair com os pronomes
demonstrativos aquele, aquela, aqueles, aquelas e aquilo não
importando o gênero gramatical. Deve-se observar, pela regência
das palavras, que todos exigem preposição “a”.
RESOLUÇÃO:
Os itens falsos, temos: ((A) O dinheiro de que os corruptos se
utilizam é do povo. A preposição de aparece, pois o verbo utilizar
exige; (B) Prefiro ler um bom livro a acompanhar novelas. O verbo
preferir é usado sem o termo intensificador mais e deve
apresentar objeto indireto introduzido pela preposição a; (C)
Informei-o de que o Brasil tem sérios problemas sociais. Quem
informa, informa alguém de algo; (D) Assisti à aula atentamente. O
verbo assistir no sentido de ver, presenciar pede preposição a.
9.
6.
(CEFET-S(C) Em qual das sentenças a seguir não há erro quanto à
concordância e à regência verbal?
(A) A empresa a qual o prêmio foi concedido destacou-se pelas
ações destinadas à preservação do meio ambiente.
(B) Ainda não de discutiu os termos do acordo cujo os
presidentes comprometeram-se a reduzir as emissões de CO2
até 2050.
(C) O arquipélago dos Açores, aonde iremos nas próximas férias,
possui uma natureza deslumbrante.
(D) Foi oferecido uma vaga de gerente à moça com a qual ele
morava.
(E) Não se conseguiu determinar a maneira que o vigarista
selecionava às vitimas nas quais aplicava seus golpes.
RESPOSTA: C
RESOLUÇÃO:
No item C, temos o verbo "ir" que, na linguagem formal culta,
deve ser acompanhado da preposição a. Esta, por sua vez, aparece
na palavra aonde (combinação da preposição A + OND(E)
7.
(ESPM) Embora de ocorrência frequente no cotidiano, a gramática
normativa não aceita o uso do mesmo complemento para verbos
com regência diferentes. Esse tipo de transgressão só não ocorre
na frase:
(A) ‘‘Pode-se concordar ou discordar, até radicalmente, de toda a
política externa brasileira.” (Clovis Rossi)
(B) ‘‘Educador é todo aquele que confere e convive com esses
conhecimentos.” (J. Carlos de Souz((A)
(C) Vi e gostei muito do filme O Jardineiro Fiel cujo diretor é um
brasileiro.
(D) A sociedade brasileira quer a paz, anseia por ela e a ela
espira.
(E) Interessei-me e desinteressei-me pelo assunto quase que
simultaneamente.
RESPOSTA: D
RESOLUÇÃO:
O rigor gramatical exige que não se dê complemento comum a
termos de regência de natureza diferente. Assim não podemos
dizer: concordar ou discordar de toda política externa, porque
concordar pede a preposição com e discordar de. No item B,
verificamos o mesmo erro, pois "confere" não exige preposição,
mas "convive" pede a preposição com. Dessa forma, temos: (..)
confere os conhecimentos e convive com eles. No item C, o correto
seria: vi o filme e gostei muito dele. No item E, o verbo interessarse pede a preposição por e desinteressar-se a preposição de.
8.
(CEFET) No trecho "... relacionamento diário com o relógio de
ponto", o termo regente (relacionamento) exige a preposição
"com", que introduz o termo regido (relógio de ponto). NÃO há
erro de regência apenas na opção:
(A) O dinheiro que os corruptos se utilizam é do povo
(B) Prefiro mais ler um bom livro do que acompanhar novelas.
(C) Informei-o que o Brasil tem sérios problemas sociais.
(D) Assisti a aula atentamente.
(E) Esqueci-me dos nomes de muitos dos meus amigos de
infância.
RESPOSTA: E
(INSPER-2012) Utilize o texto abaixo para responder ao teste
Quem ri por último ri Millôr
Eu tinha 15 anos, havia tomado bomba, era virgem e não via,
diante da minha incompetência para com o sexo oposto, a mais
remota possibilidade de reverter a situação.
Em algum momento entre a oitava série e o primeiro colegial,
todos os meus colegas haviam adotado roupas diferentes, gírias,
trejeitos ao falar e ao gesticular, mas eu continuava igual — era
como se houvesse faltado na aula em que os estilos foram
distribuídos e estivesse condenado a viver para sempre numa
espécie de limbo social, feito de incertezas, celibato e moletom.
O mundo, antes um lugar com regras claras e uma razoável
meritocracia, havia perdido o sentido: os bons meninos não
ganhavam uma coroa de louros — nem ao menos, vá lá, uma
loura coroa —, era preciso acordar às 6h15 para estudar química
orgânica e os adultos ainda queriam me convencer de que aquela
era a melhor fase da vida.
Claro, observando-os, era óbvia a razão da nostalgia: seres de
calças bege e pager no cinto, que gastavam seus dias em
papinhos de elevador, sem ambições maiores do que um carro
novo, um requeijão com menos colesterol, o nome na moldura
de funcionário do mês e ingressos para o Holiday on Ice no fim de
semana.
Em busca de algum consolo, me esforçava para bater o
recorde jamaicano de consumo de maconha, mas, em vez de ter
abertas as portas da percepção — ou o que quer que fizesse com
que meus amigos se divertissem e passassem meia hora
rachando o bico, sei lá, de um amendoim —, só via ainda mais
escancaradas as portas da minha inadequação. Foi então, meus
caros, que eu vi a luz — e a luz veio na forma de um livro; "Trinta
anos de mim mesmo", do Millôr Fernandes.
A primeira página que eu abri trazia um quadrado em branco,
com a seguinte legenda: "Uma gaivota branca, trepada sobre um
iglu branco, em cima de um monte branco. No céu, nuvens
brancas esvoaçam e à direita aparecem duas árvores brancas
com as flores brancas da primavera". Logo adiante estava "O
abridor de latas", "Pela primeira vez no Brasil um conto
inteiramente em câmera lenta" — narrando um piquenique de
tartarugas que durava uns 1.500 anos. Mais pra frente, esta
quadra: "Essa pressa leviana/ Demonstra o incompetente/ Por
que fazer o mundo em sete dias/ Se tinha a eternidade pela
frente?".
Lendo aquelas páginas, que reuniam o trabalho jornalístico
do Millôr entre 1943 e 1973, compreendi que não estava sozinho
em meu estranhamento: a vida era mesmo absurda, mas a
resposta mais lógica para a falta de sentido não era o desespero,
e sim o riso. Percebi, como se não bastasse, que se agregasse
alguma graça aos meus resmungos poderia fazer daquele
incômodo uma profissão. Dos 19 anos até hoje, jamais paguei
uma conta de luz de outra forma.
Uma pena nunca ter conhecido o Millôr pessoalmente, não
ter podido apertar sua mão e agradecer-lhe por haver me
sussurrado ao ouvido, quando eu mais precisava escutar, a única
verdade que há debaixo do céu: se Deus não existe, então tudo é
divertido.
Antonio Prata, Folha de S. Paulo, 04/04/2012
Releia este excerto:
2
“Foi então, meus caros, que eu vi a luz — e a luz veio na forma de
um livro”
universalização dos serviços de saúde pública, da melhoria da
atenção primária, com todas as limitações que o SUS possa ainda
possuir, da descentralização e municipalização dos recursos e dos
serviços de saúde. A intensa luta contra a mortalidade infantil, a
desnutrição e a violência intrafamiliar contou com a contribuição
dessa enorme rede de solidariedade da Pastoral da Criança. (...)”
“(...) A segunda área da maior importância nessa prevenção
primária da violência envolvendo crianças e adolescentes é a
educação, a começar pelas creches, escolas infantis e de
educação fundamental e de nível médio, que devem valorizar o
desenvolvimento do raciocínio e a matemática, a música, a arte,
o esporte e a prática da solidariedade humana.
As escolas nas comunidades mais pobres deveriam ter dois
turnos, para darem conta da educação integral das crianças e dos
adolescentes; deveriam dispor de equipes multiprofissionais
atualizadas e capacitadas a avaliar periodicamente os alunos.
Urgente é incorporar os ministérios do Esporte e da Cultura às
iniciativas da educação, com atividades em larga escala e simples,
baratas, facilmente replicáveis e adaptáveis em todo o território
nacional. (...)”
“(...) Com relação à idade mínima para a maioridade penal,
deve permanecer em 18 anos, prevista pelo Estatuto da Criança e
do Adolescente e conforme orientações da ONU. Mas o tempo
máximo de três anos de reclusão em regime fechado, quando a
criança ou o adolescente comete crime hediondo, mesmo em
locais apropriados e com tratamento multiprofissional, que
urgentemente precisam ser disponibilizados, deve ser revisto.
Três anos, em muitos casos, podem ser absolutamente
insuficientes para tratar e preparar os adolescentes com graves
distúrbios para a convivência cidadã. (...)”
Nas duas ocorrências, o a não recebe acento grave, indicador de
crase. Isso ocorre porque:
(A) há uma falha gramatical: sempre há crase em locuções
adverbiais femininas como à luz.
(B) se trata de um caso de crase facultativa: a junção de
preposição com artigo é uma opção estilística.
(C) nunca se emprega acento indicador de crase no a diante de
palavras masculinas.
(D) o novo acordo ortográfico em vigor aboliu acentos como
trema e acento grave.
(E) os termos regentes associados ao substantivo luz rejeitam a
presença de preposição.
RESPOSTA: E
RESOLUÇÃO:
Nas duas ocorrências, temos apenas artigo, portanto não há
palavra que comande a preposição a para que tivéssemos a fusão
do artigo com a preposição (cras(E), que seria indicada pelo
acento grave, de acordo com as regras estabelecidas.
10. (IFAL-2011) Como prevenir a violência dos adolescentes
“(...) Quando deparo com as notícias sobre crimes hediondos
envolvendo adolescentes, como o ocorrido com Felipe Silva Caffé
e Liana Friedenbach, fico profundamente triste e constrangida.
Esse caso é consequência da baixa valorização da prevenção
primária da violência por meio das estratégias cientificamente
comprovadas, facilmente replicáveis e definitivamente muito mais
baratas do que a recuperação de crianças e adolescentes que
comentem atos infracionais graves contra a vida.
Talvez seja porque a maioria da população não se deu conta e
os que estão no poder nos três níveis não estejam conscientes de
seu papel histórico e de sua responsabilidade legal de cuidar do
que tem de mais importante à nação: as crianças e os
adolescentes, que são o futuro do país e do mundo.
A construção da paz e a prevenção da violência dependem de
como promovemos o desenvolvimento físico, social, mental,
espiritual e cognitivo das nossas crianças e adolescentes, dentro
do seu contexto familiar e comunitário. Trata-se, portanto, de
uma ação intersetorial, realizada de maneira sincronizada em cada
comunidade, com a participação das famílias, mesmo que estejam
incompletas ou desestruturadas (...)”
“(...) Em relação às crianças e adolescentes que cometeram
infrações leves ou moderadas – que deveriam ser mais bem
expressas – seu tratamento para a cidadania deveria ser feito com
instrumentos bem elaborados e colocados em prática, na família
ou próxima dela, com acompanhamento multiprofissional,
desobstruindo as penitenciárias, verdadeiras universidades do
crime. (...)”
“(...) A prevenção primária da violência inicia-se com a
construção de um tecido social saudável e promissor, que começa
antes do nascer, com um bom pré-natal, parto de qualidade,
aleitamento materno exclusivo até seis meses e o complemento
até mais de um ano, vacinação, vigilância nutricional, educação
infantil, principalmente propiciando o desenvolvimento e o
respeito à fala da criança, o canto, a oração, o brincar, o andar, o
jogar; uma educação para a paz e a nãoviolência.
A pastoral da criança, que em 2003 completa 20 anos, forma
redes de ação para multiplicar o saber e a solidariedade junto às
famílias pobres do país, por meio de mais de 230 mil voluntários, e
acompanhou no terceiro trimestre deste ano cerca de 1,7 milhão
de crianças menores de seis anos e 80 mil gestantes, de mais de
1,2 milhão de famílias, que moram em 34.784 comunidades de
3.696 municípios do país.
O Brasil é o país que mais reduziu a mortalidade infantil nos
últimos dez anos; isso, sem dúvida, é resultado da organização e
Zilda Arns Neumann, 69, médica pediatra e sanitarista; foi fundadora e
coordenadora nacional da Pastoral da Criança. (Folha de S Paulo,
26/11/2003.)
Releia os dois parágrafos iniciais do TEXTO e indique a alternativa
em que figure uma forma nominal do verbo.
(A) "(...) notícias sobre crimes hediondos envolvendo
adolescentes (...)”.
(B) “Quando deparo com as notícias (...)”.
(C) “Talvez seja porque a maioria da população não se deu
conta (...)”.
(D) “(...) as crianças e os adolescentes que são o futuro do país e
do mundo.”
(E) “Esse caso é a consequência da baixa valorização da
prevenção primária da violência (...)”.
RESPOSTA: D
RESOLUÇÃO:
A regência nominal caracteriza-se pela presença de uma
preposição exigida pelo nome, conforme acontece na opção [D],
em que a preposição “a” (em situação de crase com o artigo “a”
na palavra “a”) é exigida pelos substantivos “ relação” e
“solidariedade”.
11. (IFSC-2012) Quanto ao emprego do acento indicativo de crase,
assinale a alternativa CORRETA.
(A) Não gostava de fazer os deveres de casa às pressas.
(B) Os bois eram mortos à marretadas.
(C) Trabalho de segunda à sexta-feira.
(D) Convenceu a amiga à comprar um vestido pavoroso.
(E) O remédio deveria ser ministrado gota à gota.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIO:
É correta apenas a opção [A]. A crase resulta da fusão de duas
vogais idênticas e o acento grave assinala a fusão da preposição
“a” com artigo feminino “a” ou “as”, com os pronomes
“aquele”(s), “aquela”(s), “aquilo”,
“aqueloutro”(s) e “aqueloutra” (s), o pronome relativo “aquilo” e
“as quais” e o pronome demonstrativo “a” ou “as”. Assim, é
3
inadequada a opção [B], pois o plural em “marretadas” exigiria o
emprego do artigo definido “as” ou a sua supressão: a marretadas
ou às marretadas. A ausência de artigo primeiro termo da
expressão “de segunda à sexta-feira” deve repitir-se no segundo:
“de segunda a sexta=feira”, o que invalida a opção [C]. Como o
verbo não demanda artigo, a frase em [D] está incorreta e deveria
ser substituída por Convenceu a amiga a comprar um vestido
pavoroso. Também não existe crase expressões com substantivos
idênticos, o que invalida a opção [E]
culta da língua portuguesa, que períodos estariam adequados a
essa norma?
(A) Somente o período 3.
(B) Somente os períodos 2 e 4.
(C) Somente os períodos 1 e 3.
(D) Somente os períodos 1 e 4.
(E) Somente os períodos 2, 3 e 4.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIO:
Apenas os períodos 2 e 4 obedecem aos critérios estabelecidos no
dicionário Aurélio. Em 1, o verbo “visar” no sentido de apontar
arma de fogo é transitivo direto e não indireto (depois de visar o
logo na floresta), assim como “revidar” na acepção de responder
(revidar o chamado dos companheiros de caça). Em 3, o verbo
“proceder”, na acepção de levar a efeito, executar, realizar, é
transitivo indireto pelo que o uso da preposição é obrigatório (e
procedeu à investigação). Ainda em 3, o verbo “desfrutar”, no
sentido de usufruir, é transitivo direto o que exigiria a eliminação
da preposição (desfrutassem algumas horas).
12. (UFPR/2012) Leia como o dicionário Aurélio explica o significado e
o uso dos seguintes verbos.
Atender. V. t. i. 1. Dar, prestar atenção: Não atendeu à
observação que lhe fizeram. 2. Tomar em consideração; levar em
conta; ter em vista; considerar: Não atende a súplicas. 3. Atentar,
observar, notar: Atendia, de longe, aos acontecimentos. T. d. 4.
Acolher, receber com atenção ou cortesia: Sempre atende aqueles
que o procuram. Dar ou prestar atenção a. Tomar em
consideração; considerar: Atende antes de tudo as suas
conveniências.
Desfrutar. V. t. d. 1. V. usufruir (2): Agora desfruta benefícios
prestados; 2. Deliciar-se com; apreciar: Sádico, desfrutou as cenas
brutais do filme. 3. Viver à custa de. 4. Zombar de; troçar,
chacotear. T. i. 5. Fruir (3): Desfruta de bom conceito no meio
científico.
Precisar. V. t. d. 1. Indicar com exatidão; particularizar,
distinguir, especializar: Não sabe precisar a época de sua viagem.
2. Ter precisão ou necessidade de; necessitar: (...) precisa
espairecer. 3. Citar ou mencionar especialmente: a testemunha
precisou o criminoso. T. i. 4. Ter necessidade; carecer, necessitar:
Precisa de dinheiro. Int. 5. Ser pobre, necessitado. Trabalha
porque precisa.
Proceder. V. t. i. 1. Ter origem; originar-se, derivar(-se): O
amor não procede do hábito. (...) 2. Provir por geração;
descender: Segundo o cristianismo, todos os homens são irmãos
porque procedem de Adão e Eva. 3. Instaurar processo: O governo
procederá contra os agiotas. 4. Levar a efeito; executar, realizar:
As juntas apuradoras procederam à contagem dos votos. (...)
Revidar. V. t. d. 1. Responder ou compensar (uma ofensa
física ou moral) com outra maior: O rapaz revidou os socos do
agressor. 2. Responder, replicar, contestando: O deputado
revidou o discurso que o incriminava. T. d. e i. e Int. 3. Vingar
uma ofensa com outra maior: Revidou a alusão pérfida com as
mais violentas injúrias.
Visar. V. t. d. 1. Dirigir a vista fixamente para; mirar: visar um
alvo. 2. Apontar arma de fogo contra: Visou o ladrão,
imobilizando-o. 3. Pôr o sinal de visto em: visar um cheque. 4. Ter
por fim ou objetivo; ter em vista: Ao escrever esta novela, visava
um fim moral. T. i. 4. Ter por fim ou objetivo; ter em vista: Estas
medidas visavam ao bem público.
13. (UFTM MG/2011) Analise as frases.
I. Ontem, fui até a escola para visitar velhos amigos.
Ontem, fui até à escola para visitar velhos amigos.
II. Ontem, passei a noite na casa da minha prima.
Ontem, passei à noite na casa da minha prima.
III. Ontem, entreguei o relatório a minha supervisora.
Ontem, entreguei o relatório à minha supervisora.
Dentre os pares de frases apresentados, a estrutura frasal em que
se verifica alteração de sentido da segunda frase em relação à
primeira está contida em:
(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIO:
Em II, a colocação do acento grave confere caráter de locução
adverbial de tempo à expressão “à noite”. Alterando o sentido da
primeira grase em que o interlocutor afirma que passou a noite
toda em casa da prima, para indicar o período do dia em que
realizou a ação. Nas frases contidas em I e III, não há alteração de
sentido, na mediada em que a preposição “até” e o pronome
possessivo “minha” apresentam flexibilidade quanto ao uso da
crase.
14. (IFSP-2011) Assinale a alternativa que preenche, correta e
respectivamente, a frase a seguir.
Os interessados em adotar crianças têm de recorrer _____
orientações do Juizado de Menores e se sujeitar
____ uma espera muitas vezes longa, o que, apesar de tudo, não
desanima _____ maioria.
(A) às ... a ... a
(B) às ... à ... a
(C) às ... à ... à
(D) as ... a ... à
(E) as ... à ... à
RESPOSTA: A
COMENTÁRIO:
O verbo “recorrer” exige a preposição “a” e o termo
“orientações” admite o artigo definido “as”, ocorrendo assim a
crase na primeira circunstância da frase. O fato de a plavra
“espera” se apresentar antecedida pelo artigo “um” não permite
a crase da preposição exigida pelo verbo “sujeitar”. O verbo “
desanimar” é transitivo direto e tem como núcleo do objeto a
palavra “maioria”, a companhada do seu adjunto “a”
Agora, considere os seguintes períodos:
1. O caçador, depois de visar ao lobo na floresta, parou para
revidar ao chamado dos companheiros de caça.
2. Depois de precisar os detalhes do contrato, o vendedor pediu
aos interessados que aguardassem, pois teria de atender o
chamado do escritório.
3. Para revidar as investidas dos clientes, o gerente adiou o
início da liquidação e procedeu a investigação do percentual
de aumento de preços praticado pela loja, o que permitiu
que os funcionários desfrutassem de algumas horas extras de
descanso.
4. Os representantes do povo demoram a atender a demandas
dos cidadãos, mas sabem desfrutar as benesses do poder.
Assumindo que as explicações sobre os verbos disponibilizadas
acima constituem a única possibilidade de uso segundo a norma
4
15. (UNIFESP-2011) Leia o texto.
Dimitria cursava a oitava série no colégio e desapareceu durante
as férias de julho de 2008. Segundo a polícia, a garota avisou que
iria viajar em companhia do caseiro, mas nunca mais foi vista. (...)
De acordo com a polícia, [o caseiro] Silva disse que matou a
menina
porque era apaixonado por ela, mas ela não o correspondia.
(E) Até a ciência inventar o papel eletrônico, o desmatamento
vai continuar.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIO:
Acento grave indicativo de crase ocorre nas locuções prepositivas
femininas, como acontece em a). Por resultar de uma aglutinação
da preposição “a” com o artigo definido feminino “a” ou “as”,
não pode ocorrer antes de verbos, o que exclui as opções d) e e),
nem antes de palavras masculinas, como em b). Embora o verbo
“referir” exija a preposição “a”, seria inadequado na frase da
opção c), pois o substantivo “experiências” encontra-se no plural,
designando uma situação genérica, e por isso, não determinado
por artigo.
(Folha de S.Paulo, 16.08.2010.)
No texto, há um erro gramatical. O tipo de erro e a versão que o
corrige estão, respectivamente, em
(A) uso de conectivo – Silva disse no depoimento o qual matou a
menina (...)
(B) uso de pronome – (...) porque era apaixonado por ela, mas
ela não correspondia.
(C) uso de conectivo – (...) iria viajar em companhia do caseiro,
porém nunca mais foi vista.
(D) uso de adjetivo – (...) porque era obcecado por ela, mas ela
não o correspondia.
(E) uso de verbo – Dimitria frequentava a oitava série no colégio
(...)
RESPOSTA: B
COMENTÁRIO:
No último período do texto, termo verbal “correspondia” está
incorretamente acompanhado do pronome oblíquo “o”. Para
respeitar as regras de regência verbal exigidas pela gramática
normativa e porque se trata de um verbo transitivo indireto, o
pronome deveria ser substituído por “lhe”
17. (IFSC-2011) O fenômeno da crase ocorre quando a preposição a se
funde com o artigo a, com o pronome demonstrativo a ou com o
primeiro a dos pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s) ou
aquilo. Na escrita padrão, essa fusão dos aa é marcada com
acento grave.
Considerando essa definição de crase, assinale a alternativa na
qual o acento grave foi CORRETAMENTE empregado.
(A) Se eu pudesse optar por uma outra profissão, escolheria à
que meu pai me indicou.
(B) Defender à pena de morte, no Brasil, é algo atemorizante.
(C) Estamos elegendo à nova diretora do Instituto Federal de
Santa Catarina.
(D) Quando ela me disse àquilo, fiquei bastante preocupado com
à forma como ela reagiria ao saber de toda a história.
(E) Temos que recorrer às emissoras de rádio, à TV, ao
Congresso Nacional, se for preciso, para denunciar o abuso.
RESPOSTA: E
COMENTÁRIO:
Crase nomeia a fusão da preposição a com outra a (s) que ocorre
logo depois dela. Ocorrerá a crase, se o termo regente exigir a
preposição a e se o termo regido aceitar o artigo feminino a (as).
No caput da questão há um definição completa do uso da crase.
A alternativa A está incorreta, porque o a que faz papel de
demonstrativo não encontra outro a na próxima palavra que, para
que ocorra a crase (junção do a mais a).
A afirmação B está errada porque o a ali incorretamente craseado
é apenas um artigo definido que especifica o substantivo pena.
A alternativa C está incorreta. A em “estamos elegendo a nova
diretoria” não encontra outro a para ocorrer a crase.
A afirmação D está errada, pois em “quando ela me disse aquilo”,
o termo regente disse (VTD) não pode complemento com
preposição a. Quem diz, dia alguma coisa. Não existe a para juntar
com o a da palavra aquilo.
A alternativa E está correta. Em “termos que recorrer às emissoras
de rádio, à TV, ao Congresso Nacional, se for preciso, para
denunciar o abuso” – observamos que o verbo recorrer é
transitivo indireto, portanto pede complemento verbal com
preposição obrigatória: quem recorre, recorre a alguma coisa ou a
alguém. O Termo regido emissoras aceita o artigo definido as,
bem como a palavra TV (abreviatura de televisão) aceita o artigo
a. Nesse caso, há a fusão da preposição a com os artigos as e a.
16. (IFCE-2011)
VELHO PAPEL PODE ESTAR COM OS ANOS CONTADOS
Já imaginou, daqui a algumas décadas, seu neto lhe
perguntando o que era papel? Pois é, alguns pesquisadores já
estão trabalhando para que esse dia chegue logo.
A suposta ameaça à fibra natural não é o desajeitado e-book,
mas o papel eletrônico, uma 'folha' que você carregaria dobrada
no bolso.
Ela seria capaz de mostrar o jornal do dia – com vídeos, fotos
e notícias atualizadas –, o livro que você estivesse lendo ou
qualquer informação antes impressa. Tudo ali.
Desde os anos 70, está no ar a ideia de papel eletrônico, mas
as últimas novidades são de duas semanas atrás. Cientistas
holandeses anunciaram que estão perto de criar uma tela com
'quase todas' as propriedades do papel: leveza, flexibilidade,
clareza, etc.
A novidade que deixa o invento um pouco mais palpável está
nos transistores. No papel do futuro, eles não serão de silício,
mas de plástico – que é maleável e barato.
Os holandeses dizem já ter um protótipo que mostra imagens
em movimento em uma tela de duas polegadas, ainda que de
qualidade 'meia-boca'.
Mas não vá celebrando o fim do desmatamento e do peso na
mochila. A expectativa é que um papel eletrônico mais ou menos
convincente apareça só daqui a cinco anos.
Folha de S. Paulo, 17 dez. 2001.
Folhateen, p. 10.
18. (ENEM-2010) O cartaz de Ziraldo faz parte de uma campanha
contra o uso de drogas. Essa abordagem, que se diferencia das de
outras campanhas, pode ser identificada
O acento indicativo de crase que aparece na expressão “à fibra”
(linha 04) só deve ser empregado obrigatoriamente no a da
opção
(A) Estamos a espera do papel eletrônico.
(B) O papel eletrônico só interessa a jovens.
(C) O texto refere-se a experiências científicas.
(D) Os estudantes estão dispostos a substituir o livro pelo papel
eletrônico.
5
A incompreensão do narrador sobre a conversa com Conceição,
no fragmento, diz respeito à movimentação da personagem na
sala, pois “de costume tinha os gestos demorados e as atitudes
tranquilas”.
20. (Espcex (Aman) 2013) Leia o trecho abaixo:
“Não tenho uma palavra a dizer. Por que não me calo, então? Mas
se eu não forçar a palavra a mudez me engolfará para sempre em
ondas. A palavra e a forma serão a tábua onde boiarei sobre
vagalhões de mudez.”
O fragmento, extraído da obra de Clarice Lispector, apresenta
(A) uma reflexão sobre o processo de criação literária.
(B) uma postura racional, antissentimental, triste e recorrente na
literatura dessa fase.
(C) traços visíveis da sensibilidade, característica presente na 2ª
fase modernista.
(D) a visão da autora, sempre preocupada com o valor da mulher
na sociedade.
(E) exemplos de neologismo, característica comum na 3ª fase
modernista.
RESPOSTA: A
RESOLUÇÃO:
O fragmento extraído de “A paixão segundo G.H.”, de Clarice
Lispector, expõe o fluxo de consciência da narradora no momento
em que ela hesita sobre o que verdadeiramente quer contar, ou
seja, apresenta uma reflexão sobre processo da criação literária,
como se afirma em [A].
(A) pela seleção do público alvo da campanha, representado, no
cartaz, pelo casal de jovens.
(B) pela escolha temática do cartaz, cujo texto configura uma
ordem aos usuários e não usuários: diga não às drogas.
(C) pela ausência intencional do acento grave, que constrói a
ideia de que não é a droga que faz a cabeça do jovem.
(D) pelo uso da ironia, na oposição imposta entre a seriedade do
tema e a ambiência amena que envolve a cena.
(E) pela criação de um texto de sátira à postura dos jovens, que
não possuem autonomia para seguir seus caminhos.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIO:
O slogan tradicional “ Não à droga” foi modificado
intencionalmente através da supresão do acento grave, indicativo
de crase. Assim, o cartaz sugere que é a pessoa, o sujeito da ação,
quem escolhe o seu caminho e não a droga.
21. (Insper 2013) Suspensão de blog com livros piratas cria discussão
na web
Uma mensagem de violação dos termos de uso anunciou
semana passada aos milhares de visitantes diários do blog Livros
de Humanas a suspensão da página, que era hospedada pelo
Wordpress. Criado em 2009 por um aluno da USP, o blog formou
em pouco mais de dois anos uma biblioteca maior do que a de
muitas faculdades brasileiras. Até sair do ar, reunia 2.496 títulos,
entre livros e artigos, de filosofia, antropologia, teoria literária,
ciências sociais, história etc. Um acervo amplo, de qualidade, que
podia ser baixado imediatamente e de graça.
Muitas pessoas, é claro, adoravam a página. Entre elas, no
entanto, não estavam os editores dos livros reunidos ali. A
biblioteca do Livros de Humanas era toda formada sem qualquer
autorização.
“É óbvio que o blog desrespeita a legislação vigente” - diz o
criador da página, que mantém anonimato, numa entrevista por
e-mail. – “Mas não porque somos bandidos, mas porque a
legislação é um entrave para o desenvolvimento do pensamento e
da cultura no país.”
O mesmo argumento foi defendido nos últimos dias no
Twitter por intelectuais como o crítico literário Idelber Avelar, o
antropologo Eduardo Viveiros de Castro, a escritora Verônica
Stigger e o poeta Eduardo Sterzi. Do outro lado da discussão,
críticas à pirataria. A Editora Sulina, que vinha pedindo a remoção
da página, falou em "apropriação indevida" e o escritor Juremir
Machado escreveu: "Quem chama pirataria de universalização da
cultura é babaca q ñ vende livro, mas quer q alguém pague a
conta. Livro tem de ser barato e pago".
O caso chama atenção para a ampliação da circulação de
arquivos digitais de livros na internet, uma prática que dá novo
sentido e escala à discussão sobre a circulação de cópias
xerocadas no meio acadêmico.
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
19. (Ita 2013) O conto Missa do galo, de Machado de Assis, relata
uma conversa do narrador, Sr. Nogueira, um jovem de 17 anos,
com Conceição, de 30 anos, mulher do escrivão Meneses, um
distante parente seu. O narrador, de Mangaratiba (RJ), hospedouse durante alguns meses na casa de Meneses e Conceição, no Rio
de Janeiro, a fim de estudar na capital. O foco do conto é a
incompreensão do narrador sobre tal conversa com Conceição,
momentos antes da missa do galo. O fragmento abaixo expressa
um dos aspectos que contribuiu para a incompreensão do
narrador.
De costume tinha os gestos demorados e as atitudes
tranquilas; agora, porém, ergueu-se rapidamente, passou para o
outro lado da sala e deu alguns passos, entre a janela da rua e a
porta do gabinete do marido. Assim, com o desalinho honesto que
trazia, dava-me uma impressão singular. Magra embora, tinha
não sei que balanço no andar, como quem lhe custa levar o corpo;
essa feição nunca me pareceu tão distinta como naquela noite.
Parava algumas vezes, examinando um trecho da cortina ou
consertando a posição de algum objeto no aparador; afinal
deteve-se, ante mim, com a mesa de permeio. Estreito era o
círculo das suas ideias; tornou ao espanto de me ver esperar
acordado; eu repeti-lhe o que ela sabia, isto é, que nunca ouvira
missa do galo na Corte, e não queria perdê-la.
Esse aspecto, recorrente no conto, refere-se
(A) à movimentação de Conceição na sala.
(B) às razões da insônia de Conceição.
(C) ao acanhamento de Conceição.
(D) à conversa repetitiva de Conceição.
(E) aos sobressaltos de Conceição.
RESPOSTA: A
RESOLUÇÃO:
(Fonte:
http://oglobo.globo.com/blogs/prosa/posts/2011/04/29/suspensao-deblog-com-livros-piratas-cria-discussao-na-web-377257.asp).
6
De acordo com o texto, o blog
(A) constitui uma contravenção, assumida por seu próprio
criador, o qual, no entanto, considera a punição muito severa
para quem comete esse tipo de crime.
(B) foi retirado da internet por violar a autoria das obras
publicadas.
(C) tinha um acervo variado e era publicado gratuita e
especificamente para alunos do curso de letras da USP.
(D) foi suspenso pela Editora Sulina, que classificou a prática do
blog como “pirataria”.
(E) evidencia que a prática de copiar obras ilegalmente, comum
em universidades, agora tem ramificações no mundo virtual.
RESPOSTA: E
RESOLUÇÃO:
O último parágrafo adverte para a circulação de cópias de livros na
internet, sem que as fontes sejam comunicadas, o que prejudica
autores e editoras. Ou seja, a circulação de cópias xerocadas,
comum no meio acadêmico, agora tem ramificações no mundo
virtual, como se afirma em [E].
(D) a referência às “respostas sustentáveis” e a sugestão de uma
alternativa para impedir a pesca predatória.
(E) a referência ao “Brasil do amanhã” e a representação do país
submerso no mar.
RESPOSTA: A
RESOLUÇÃO:
No anúncio publicitário, a imagem de uma turbina eólica
associada à frase “O Brasil do amanhã precisa de respostas
sustentáveis” sugere a solução para o problema energético
através da substituição de fontes de combustíveis fósseis por
fontes naturais de energia, estabelecendo, assim, uma relação
entre linguagem verbal, e não verbal. Assim, é correta a opção [A].
24. (Insper 2013)
22. (Insper 2013) Os quadros abaixo fazem parte de um “Manifesto”
criado por uma revista feminina:
A imagem acima, do aclamado fotógrafo brasileiro Sebastião
Salgado, mostra que as fotografias, da mesma forma que os
textos, podem ser lidas e interpretadas. A opção de colocar, no
primeiro plano, figuras humanas provoca no espectador uma
atitude de
(A) questionamento sobre a hostilidade da natureza.
(B) admiração pela beleza do cenário.
(C) surpresa pelo jogo de luz e sombra.
(D) mobilização para combater as injustiças sociais.
(E) reflexão sobre desamparo e fragilidade.
RESPOSTA: E
RESOLUÇÃO:
A fotografia de Sebastião Salgado exibe a imagem de um homem e
de uma criança em cenário natural adverso, sujeitos ao frio e à
solidão. Desse modo, ressalta-se a reflexão sobre o desamparo e a
fragilidade humana frente à natureza, como se afirma em [E].
Em comum, eles apresentam
(A) o emprego da linguagem formal.
(B) a valorização de uma aparência natural, despojada.
(C) a desconstrução de clichês divulgados na mídia.
(D) a desconstrução da imagem de esposa perfeita.
(E) a desmistificação da família perfeita.
RESPOSTA: C
RESOLUÇÃO:
Os três quadros apresentam chamadas comuns em revistas
femininas, desconstruídas no protesto. Assim, é correta a
afirmativa [C].
Dez anos de Flip
23. (Insper 2013)
Ao mesmo tempo, poucos eventos culturais despertam
reações tão contraditórias quanto a Flip (Festa Literária
Internacional de Paraty), desde que, há dez anos, ela fez de
Paraty uma das capitais mundiais da literatura. Recorrendo à
polarização proposta por Umberto Eco décadas atrás, há os
apocalípticos e os integrados. Para os primeiros, a Flip é um show
midiático patrocinado pelas grandes corporações da vida
editorial, uma prova de como o capitalismo compra e corrompe
tudo – e podemos encontrar sinais de "apocalipse" até no
insuspeito escritor Jonathan Franzen (capa da Time como "o
romancista da América"). Em sua palestra lembrou que, ao
chegar a Paraty, encontrou placas enormes com propaganda de
um cartão de crédito e, sussurrou, conspirador, "isso já diz muita
coisa". Os americanos também adoram falar mal do dinheiro.
Franzen é um realista de carteirinha. Mas outro grande
escritor, este de vocação nefelibata, o espanhol Enrique VilaMatas, denuncia com uma certa volúpia a "extinção da
literatura", entregue hoje ao horror das leis do mercado. Bem,
não tomemos ao pé da letra a afirmação, uma licença poética
transcendente – segundo o clássico gosto ibérico, a realidade é
uma consequência do desejo, e não o contrário. A ideia
apocalíptica pressupõe uma utopia poética, mas também política,
redentora e pura, onde a arte, enfim, brilhará como um diamante
intocado pelo mundo real.
No anúncio publicitário, a relação estabelecida entre texto verbal
e não-verbal ocorre, respectivamente, por meio da associação
entre
(A) a apresentação da necessidade de buscar “respostas
sustentáveis” e a referência à produção de energia eólica.
(B) a referência ao “Brasil do amanhã” e a representação de uma
alternativa para a preservação da água.
(C) a alusão ao futuro próspero do Brasil e a imagem do mar com
fartura de peixes.
7
Enquanto isso não acontece, os integrados leem livros,
pedem autógrafos, lotam as tendas da Flip, bebem cachaça,
passeiam pela cidade histórica, conversam fiado, odeiam alguns
autores e amam outros; há um clima de devoção e um culto das
celebridades que faz parte do pacote (a diária num hotel de
Paraty durante a Flip é uma das mais caras do mundo).
numa comunidade linguística qualquer que ela "ganha" o
idioma), a escrita/leitura precisa ser ensinada e praticada.
As dificuldades não são poucas. Começam nos olhos (só
conseguimos ler o que é captado pela fóvea) e se estendem por
todo o tecido neuronal. Um problema particularmente
interessante é o da invariância. Como o cérebro faz para concluir
que os caracteres mostrados na figura 1 são a mesma letra,
apesar dos diferentes desenhos? Pior, mesmo quando fazemos
uma sopa de fontes e misturamos tudo, continuamos decifrando
a mensagem com pouca perda de velocidade. Comprove lendo a
frase da figura 2.
(Adaptado de TEZZA, Cristovão. Dez anos de Flip. Gazeta do Povo, 30 jul.
2012.)
25. (Ufpr 2013) Em sua apresentação do ponto de vista apocalíptico
sobre a literatura, Tezza afirma: “A ideia apocalíptica pressupõe
uma utopia poética, mas também política, redentora e pura, onde
a arte, enfim, brilhará como um diamante intocado pelo mundo
real”. Segundo o autor, qual é a crítica à Flip feita pelos escritores
que assumem a perspectiva apocalíptica?
(A) A subordinação da produção literária e de sua divulgação na
Flip aos interesses comerciais das grandes editoras.
(B) A exposição exagerada dos autores e de suas obras na mídia,
o que resulta na banalização da produção literária.
(C) O alto custo do evento para os participantes, dificultando o
acesso do público realmente interessado.
(D) A superficialidade dos leitores, mais interessados em ver e
ouvir os escritores do que em ler suas obras.
(E) A falta de patrocinadores para o evento, o que colocaria em
risco a continuidade da Flip nos próximos anos.
RESPOSTA: A
RESOLUÇÃO:
É correta a opção [A], pois, segundo o autor, os escritores acusam
a Flip de ser um show midiático subordinado aos interesses das
editoras: “uma prova de como o capitalismo compra e corrompe
tudo – e podemos encontrar sinais de ‘apocalipse’”.
(Adaptado de SCHWARTSMAN, Hélio. Conversando com os mortos. Folha
de S. Paulo. 14 jun. 2012.)
Sobre quem gosta de ler
Quando você vê alguém lendo um livro, presencia uma
pessoa às voltas com uma grande exigência. A palavra escrita o
põe na parede: pede a ele uma interação e manda às favas a
passividade. A leitura fricciona a percepção; é a fricção de duas
pedras – fiat lux!
Não, quem lê não está imóvel, é puro dinamismo e motor. É
como uma barriga grávida, num aceleradíssimo tempo de
prenhez.
A leitura enfia-se no presente, fabrica o que virá. Quem lê é
um da Vinci, diagramando os recursos recebidos, aplicando cor. E
fazendo.
A importância primeira do ato de ler é essa negação da
passividade, essa incondicional exigência de ação. É um ato de
otimismo intrínseco.
Conversando com os mortos
Neste exato instante em que seus olhos passam por estas
linhas, está ocorrendo um pequeno milagre da tecnologia. Não,
não estou falando do computador nem da transmissão de dados
pela internet, mas da boa e velha leitura, inventada pela primeira
vez cerca de 5.500 anos atrás. Para nós, leitores experimentados,
1
ela parece a coisa mais natural do mundo, mas isso não passa de
uma ilusão. Ler não apenas não é natural como ainda envolve
cooptar uma complexa rede de processos neurológicos que
surgiram para outras finalidades.
Acho que dá até para argumentar que a escrita é a mais
fundamental criação da humanidade. Ela nos permitiu ampliar
nossa memória para horizontes antes inimagináveis. Não fosse
por ela, jamais teríamos atingido os níveis de acúmulo,
transmissão e integração de conhecimento que logramos obter.
Nosso modo de vida provavelmente não diferiria muito daquele
experimentado por nossos ancestrais do Neolítico.
A conclusão é que, de alguma forma, conseguimos adaptar
nosso cérebro de primatas para lidar com a escrita. Para Stanislas
2
Dehaene (matemático e neurocientista francês), operou aqui o
fenômeno da reciclagem neuronal, pelo qual processos que
3
surgiram para outras funções foram recrutados para a leitura. A
coisa funcionou tão bem que nos tornamos capazes de ler com
proficiência e rapidez, obtendo a façanha de absorver a
4
linguagem através da visão, algo para o que nosso corpo e
mente não foram desenhados.
Antes de continuar, é preciso qualificar um pouco melhor
esse "funcionou tão bem". É claro que funcionou, tanto que me
comunico agora com você, leitor, através desse código especial.
Mas, se você puxar pela memória, vai se lembrar de que teve de
aprender a ler, um processo que, na maioria esmagadora dos
casos, exigiu instrução formal e vários anos de treinamento até
atingir a presente eficiência.
Enquanto a aquisição da linguagem oral ocorre, esta sim,
naturalmente e sem esforço (basta jogar uma criança pequena
(Tom Zé (músico). In: Almanaque Brasil.
www.almanaquebrasil.com.br/curiosidades-literatura/7171.
Acesso em 11 jul. 2012.)
26. (Ufpr 2013) Compare os seguintes trechos extraídos dos textos
“Conversando com os mortos” e “Sobre quem gosta de ler”:
— “Não, não estou falando do computador nem da transmissão
de dados pela internet [...]”. (Schwartsman)
— “Não, quem lê não está imóvel, é puro dinamismo e motor”.
(Tom Zé)
Em ambos os casos, os autores usam reiteradamente a negação
para:
(A) questionar possíveis inferências que o leitor possa fazer a
partir de afirmações anteriores.
(B) retificar afirmações feitas em trechos anteriores dos textos.
(C) dar ênfase aos trechos, destacando sua relevância na
exposição do ponto de vista dos autores.
(D) inverter o sentido das frases, já que duas negações equivalem
a uma afirmação.
(E) responder questões formuladas pelos próprios autores ao
longo dos textos.
RESPOSTA: A
RESOLUÇÃO:
No texto “Conversando com os mortos”, o autor usa a negação
para esclarecer que o termo “tecnologia”, que poderia ter sido
entendido pelo leitor como referência a computadores, está
relacionado com o conjunto de processos neurológicos que
capacitam o indivíduo para o ato da leitura. No de Tom Zé, a
negativa está relacionada ao termo “passividade” anteriormente
citado, que poderia ter sido indevidamente associado a
“imobilidade”. Assim, é correta a opção [A], pois em ambos os
8
casos a negação questiona possíveis inferências que o leitor
pudesse ter feito a partir de afirmações anteriores.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 5 QUESTÕES:
A questão toma por base dois trechos de um artigo de
Alexandre Oliva sobre a importância do uso de software na
educação.
Software Livre, isto é, software que respeita as liberdades dos
usuários de executar o software para qualquer propósito, de
estudar o código fonte do software e adaptá-lo para que faça o
que o usuário deseje, de fazer e distribuir cópias do software, e de
melhorá-lo e distribuir as melhorias, permite que pessoas usem
computadores sem abrir mão de serem livres e independentes,
sem aceitar condições que os impeçam de obter ou criar
conhecimento desejado.
Software que priva o usuário de qualquer dessas liberdades
não é Livre, é privativo, e mantém usuários divididos, dependentes
e impotentes. Não é uma questão técnica, não tem nada a ver com
preço nem com a tarefa prática desempenhada pelo software. Um
mesmo programa de computador pode ser Livre para alguns
usuários e não-Livre para outros, e tanto os Livres quanto os
privativos podem ser grátis ou não. Mas além do conhecimento
que foram projetados para transmitir, um deles ensinará
liberdade, enquanto o outro ensinará servidão.
[...]
Se o usuário depender de permissão do desenvolvedor do
software para instalá-lo ou utilizá-lo num computador qualquer, o
desenvolvedor que decida negá-la, ou exija contrapartida para
permiti-la, efetivamente terá controle sobre o usuário. Pior ainda
se o software armazenar informação do usuário de maneira
secreta, que somente o fornecedor do software saiba decodificar:
ou o usuário paga o resgate imposto pelo fornecedor, ou perde o
próprio conhecimento que confiou ao seu controle. Seja qual for a
escolha, restarão menos recursos para utilizar na educação.
Ter acesso negado ao código fonte do programa impede o
educando de aprender como o software funciona. Pode parecer
pouco, para alguém já acostumado com essa prática que pretende
também controlar e, por vezes, enganar o usuário: de posse do
código fonte, qualquer interessado poderia perceber e evitar
comportamento indesejável, inadequado ou incorreto do software.
Através dessa imposição de impotência, o fornecedor cria um
monopólio sobre eventuais adaptações ao software: só poderão
ser desenvolvidas sob seu controle. Pior ainda: cerceia a
curiosidade e a criatividade do educando. Crianças têm uma
curiosidade natural para saber como as coisas funcionam. Assim
como desmontam um brinquedo para ver suas entranhas,
poderiam querer entender o software que utilizam na escola. Mas
se uma criança pedir ao professor, mesmo o de informática, que
lhe ensine como funciona um determinado programa privativo, o
professor só poderá confessar que é um segredo guardado pelo
fornecedor do software, que a escola aceitou não poder ensinar ao
aluno. Limites artificiais ao que os alunos poderão almejar
descobrir ou aprender são a antítese da educação, e a escolha de
modelos de negócio de software baseados numa suposta
necessidade de privação e controle desse conhecimento não deve
ser incentivada por ninguém, muito menos pelo setor educacional.
A questão toma por base um texto de Millôr Fernandes (19242012).
Os donos da comunicação
Os presidentes, os ditadores e os reis da Espanha que se
cuidem porque os donos da comunicação duram muito mais. Os
ditadores abrem e fecham a imprensa, os presidentes xingam a TV
e os reis da Espanha cassam o rádio, mas, quando a gente soma
tudo, os donos da comunicação ainda tão por cima. Mandam na
economia, mandam nos intelectuais, mandam nas moças fofinhas
que querem aparecer nos shows dos horários nobres e mandam no
society que morre se o nome não aparecer nas colunas.
Todo mundo fala mal dos donos da comunicação, mas só de
longe. E ninguém fala mal deles por escrito porque quem fala mal
deles por escrito nunca mais vê seu nome e sua cara nos “veículos”
deles. Isso é assim aqui, na Bessarábia e na Baixa Betuanalândia.
Parece que é a lei. O que também é muito justo porque os donos
da comunicação são seres lá em cima. Basta ver o seguinte: nós,
pra sabermos umas coisinhas, só sabemos delas pela mídia deles,
não é mesmo? Agora vocês já imaginaram o que sabem os donos
da comunicação que só deixam sair 10% do que sabem?
Pois é; tem gente que faz greve, faz revolução, faz terrorismo,
todas essas besteiras. Corajoso mesmo, eu acho, é falar mal de
dono de comunicação. Aí tua revolução fica xinfrim, teu terrorismo
sai em corpo 6 e se você morre vai lá pro fundo do jornal em
quatro linhas.
(Millôr Fernandes. Que país é este?, 1978.)
27. (Unesp 2013) Para Millôr Fernandes, no texto apresentado, os
donos da comunicação são
(A) produtores de tecnologia de informação e comunicação.
(B) dirigentes de órgãos governamentais que regem a
comunicação no país.
(C) proprietários de veículos de comunicação em massa.
(D) apresentadores de telejornais e programas populares de
televisão.
(E) funcionários executivos de empresas de publicidade.
RESPOSTA: C
RESOLUÇÃO:
Para Millôr Fernandes, os donos da comunicação são os
proprietários dos veículos de comunicação em massa, pois são
eles que mandam na economia, determinam o que pode ou não
ser divulgado e têm o poder de afastar qualquer um que não
esteja de acordo com as orientações ideológicas da empresa.
28. (Unesp 2013) As repetições, o uso de palavras e expressões
populares, a justaposição fluente de ideias, dispensando vírgulas,
e as ironias constantes atribuem ao texto de Millôr Fernandes
(A) tom descontraído e bem-humorado.
(B) dificuldade de leitura e compreensão.
(C) feição arcaica e ultrapassada.
(D) estilo agressivo e contundente.
(E) imagens vulgares e obscenas.
RESPOSTA: A
RESOLUÇÃO:
O uso de palavras e expressões populares (“xingam”, “estão por
cima”, “pra”,”xinfrim”, “pro”), as repetições (“Mandam na
economia, mandam nos intelectuais, mandam nas moças
fofinhas”, “E ninguém fala mal deles por escrito porque quem fala
mal deles por escrito nunca mais vê seu nome e sua cara nos
“veículos” deles”), a ausência de vírgulas (“teu terrorismo sai em
corpo 6 e se você morre vai lá pro fundo do jornal em quatro
linhas”) e a ironia atribuem tom descontraído e bem-humorado ao
texto de Millôr Fernandes, como se afirma em [A].
(Alexandre Oliva. Software privativo é falta de educação.
http://revista.espiritolivre.org)
29. (Unesp 2013) De acordo com a argumentação do especialista
Alexandre Oliva, a principal característica de um software livre
consiste em
(A) não permitir que o usuário o copie para outro computador ou
para terceiros.
(B) apresentar grande facilidade de instalação e uso.
(C) revelar qualidade superior e maior velocidade de
desempenho.
(D) ser sempre muitíssimo mais barato que o software privativo.
(E) dar liberdade de acesso e manipulação do código-fonte ao
usuário.
9
RESPOSTA: E
RESOLUÇÃO:
No primeiro parágrafo do texto, Alexandre Olica afirma que um
software livre “permite que pessoas usem computadores sem abrir
mão de serem livres e independentes, sem aceitar condições que
os impeçam de obter ou criar conhecimento desejado”, ou seja,
consiste em dar liberdade de acesso e manipulação do códigofonte ao usuário, como se afirma em [E].
(E) Trata-se de um recurso que o autor utilizou, ao rascunhar o
artigo, para localizar a palavra “livre” e depois esqueceu de
apagar.
RESPOSTA: D
RESOLUÇÃO:
Como o texto tematiza os benefícios do uso livre dos softwares e a
letra maiúscula pode ser usada para destacar ideias ou
personificar conceitos, infere-se que o autor usou a palavra “Livre”
com inicial maiúscula e a palavra “privativo” com inicial minúscula
como recurso estilístico para enfatizar a grande importância que o
autor atribui a tal tipo de software, como se afirma em [D].
30. (Unesp 2013) Conforme aponta o autor no terceiro parágrafo, um
dos problemas dos programas privativos é
(A) sofrerem rápida defasagem, necessitando de atualizações
constantes.
(B) exigirem contrapartida para instalações em outros
computadores.
(C) apresentarem preço extorsivo para o usuário em ambiente
doméstico.
(D) trazerem a marca registrada ou de fantasia da empresa.
(E) não poderem ser devolvidos em caso de ineficácia.
RESPOSTA: B
RESOLUÇÃO:
No terceiro parágrafo, o autor alerta para um dos problemas dos
programas privativos, pois as empresas podem negar a instalação
do software em qualquer computador ou obrigar as pessoas a
satisfazerem determinadas exigências para aquisição do produto,
como se afirma em [B].
33. (Unesp 2013) [...] cerceia a curiosidade e a criatividade do
educando.
A forma verbal cerceia, nesta frase do último parágrafo, significa:
(A) contamina.
(B) reforça.
(C) restringe.
(D) cerca.
(E) estimula.
RESPOSTA: C
RESOLUÇÃO:
É correta a opção [C], pois, na frase “cerceia a curiosidade e a
criatividade do educando”, o termo verbal “cerceia” apresenta
valor semântico de limita, restringe.
A essência da teoria democrática é a supressão de qualquer
imposição de classe, fundada no postulado ou na crença de que os
conflitos e problemas humanos — econômicos, políticos, ou
sociais — são solucionáveis pela educação, isto é, pela cooperação
voluntária, mobilizada pela opinião pública esclarecida. Está claro
que essa opinião pública terá de ser formada à luz dos melhores
conhecimentos existentes e, assim, a pesquisa científica nos
campos das ciências naturais e das chamadas ciências sociais
deverá se fazer a mais ampla, a mais vigorosa, a mais livre, e a
difusão desses conhecimentos, a mais completa, a mais imparcial
e em termos que os tornem acessíveis a todos.
31. (Unesp 2013) Crianças têm uma curiosidade natural para saber
como as coisas funcionam.
No contexto em que surge, no último parágrafo, esta frase aponta
um fato que reforça o argumento de Alexandre Oliva, segundo o
qual
(A) seria altamente educativo que as escolas utilizassem
programas sem limitações de acesso a seu funcionamento.
(B) a educação brasileira necessita, urgentemente, de teorias
que estimulem ainda mais a curiosidade infantil.
(C) tanto faz usar um tipo de programa como outro, desde que
as crianças sejam consultadas primeiro.
(D) tanto faz usar software privativo como livre, que as crianças
sempre dão um jeito de desmontá-lo.
(E) os programas privativos, apesar dos problemas que
apresentam, são mais indicados para a educação.
RESPOSTA: A
RESOLUÇÃO:
É correta a opção [A], pois, se a curiosidade das crianças é
benéfica para o aprendizado, então “seria altamente educativo
que as escolas utilizassem programas sem limitações de acesso a
seu funcionamento”, já que isso permitiria que usassem
computadores de forma livre e criativa.
Anísio Teixeira, Educação é um direito. Adaptado.
34. (Fuvest 2013) De acordo com o texto, a sociedade será
democrática quando
(A) sua base for a educação sólida do povo, realizada por meio
da ampla difusão do conhecimento.
(B) a parcela do público que detém acesso ao conhecimento
científico e político passar a controlar a opinião pública.
(C) a opinião pública se formar com base tanto no respeito às
crenças religiosas de todos quanto no conhecimento
científico.
(D) a desigualdade econômica for eliminada, criando-se, assim, a
condição necessária para que o povo seja livremente
educado.
(E) a propriedade dos meios de comunicação e difusão do
conhecimento se tornar pública.
RESPOSTA: A
RESOLUÇÃO:
É correta a opção [A], pois, em “Educação é um direito”, Anísio
Teixeira fundamenta a tese de que a democracia só será atingida
plenamente quando estiver assegurado o acesso à educação a
todos os cidadãos: “os conflitos e problemas humanos —
econômicos, políticos, ou sociais — são solucionáveis pela
educação”.
32. (Unesp 2013) No fragmento do artigo apresentado, em todas as
referências a software, a palavra “Livre” aparece com inicial
maiúscula e a palavra “privativo” com inicial minúscula. Aponte a
alternativa que explica essa diferença em função do próprio
contexto do artigo:
(A) Foi seguido o preceito segundo o qual todos os nomes
próprios do idioma devem ser escritos sempre com inicial
maiúscula.
(B) A maiúscula foi necessária no contexto para ressaltar o fato
de que as palavras “livre” e “privativo” pertencem a classes
gramaticais diferentes.
(C) O autor escreveu a inicial maiúscula na palavra “livre” sem
nenhum motivo justificável em função do texto do artigo.
(D) A inicial maiúscula em “livre” foi empregada como recurso
estilístico para enfatizar a grande importância que o autor
atribui a tal tipo de software.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
Caçadas a Pedrinho
Talvez seja até um bom sinal, em país acostumado a dizer que
"tudo termina em pizza", a circunstância de que tanta coisa,
agora, alcance o Supremo Tribunal Federal.
10
7
Constitui evidente exagero, todavia, que a polêmica sobre o
livro "Caçadas de Pedrinho", de Monteiro Lobato, necessite da
intervenção do STF para ser dirimida.
Parece faltar equilíbrio em muitas dessas manifestações. Em
primeiro lugar, não se trata propriamente de "censura" ao clássico
infantil. "Caçadas de Pedrinho" continua a circular livremente.
Para alguns setores do movimento negro, o recurso a notas
explicativas não é suficiente. Com parcela de razão, argumentam
que nem sempre os professores da rede pública estão preparados
para desenvolver esclarecimentos satisfatórios sobre o assunto.
A lembrança não exclui, entretanto, a comichão censória que
tantas vezes acompanha o espírito politicamente correto. Julga-se
eliminar o racismo recalcando, e não dissecando, suas
manifestações.
Há algo de ridículo nessa insistência, e não há conciliação
possível quando uma das partes está mais interessada em manter
a discussão para além do que seu âmbito, restrito e pontual,
permite.
Desculpe tratá-lo com esta liberdade; como, porém, já sou seu
amigo, não encontro jeito de lhe falar doutro modo. Ontem,
quando combinamos no Hotel dos Príncipes a sua visita para
8
domingo, não me passava pela cabeça que hoje era dia santo e
que fazíamos melhor em aproveitá-lo; por conseguinte, se o amigo
não tem algum compromisso, venha passar a tarde conosco, que
nos dará com isso grande prazer. Minha família, depois que lhe
falei a seu respeito, está impaciente para conhecê-lo e desde já
fica à sua espera."
Assinava "João Coqueiro" e havia o seguinte post-scriptum:
9
"Se não puder vir, previna-mo por duas palavrinhas; mas venha.
Resende n ... "
Amâncio hesitou em se devia ir ou não. O Coqueiro, com a
sua figurinha de tísico, o seu rosto chupado e quase verde, os seus
olhos pequenos e penetrantes, de uma mobilidade de olho de
pássaro, com a sua boca fria, deslabiada, o seu nariz agudo, o seu
todo seco egoísta, desenganado da vida, não era das coisas que
mais o atraíssem. No entanto, bem podia ser que ali estivesse o
que ele procurava, − um cômodo limpo, confortável, um
pouquinho de luxo, e plena liberdade. Talvez aceitasse o convite.
10
− Esta gente onde está? perguntou, indicando o andar de
cima a um caixeiro que lhe apareceu no corredor, com a sua calça
domingueira, cor de alecrim, o charuto ao canto da boca.
11
− Foram passear ao Jardim Botânico, respondeu aquele,
descendo as escadas.
− Todos? ainda interrogou Amâncio.
− Sim, disse o outro entre os dentes, sem voltar o rosto. E saiu.
− Está resolvido! pensou o estudante. − Vou à casa do Coqueiro.
Ao menos estarei entretido durante esse tempo!
E voltando ao quarto:
− Não! É que tudo ali em casa do Campos já lhe cheirava mal!...
Olhassem para o ar impertinente com que aquele galeguinho lhe
havia falado! ... E tudo mais era pelo mesmo teor. − Uma súcia
d'asnos!
12
Começou a vestir-se de mau humor, arremessando a roupa,
atirando com as gavetas. O jarro vazio causou-lhe febre, sentiu
venetas de arrojá-lo pela janela; ao tomar uma toalha do cabide,
porque ela se não desprendesse logo, deu-lhe tal empuxão que a
fez em tiras.
− Um horror! resmungava, a vestir-se furioso, sem saber de quê.
− Um horror!
E, quando passou pela porta da rua, teve ímpetos de esbordoar o
caixeiro, que nesse dia estava de plantão.
AZEVEDO, Aluísio. Casa de Pensão. São Paulo: Ática, 2009, p.59-60.
(Adaptado, http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/66111-cacadas-apedrinho.shtml)
35. (Insper 2013) Em sentido denotativo, a expressão “terminar em
pizza”, usada no primeiro parágrafo, significa
(A) terminar em festa.
(B) acabar impune.
(C) dar uma recompensa.
(D) não ter resultado conclusivo.
(E) violar regras.
RESPOSTA: B
RESOLUÇÃO:
No Brasil, a expressão “terminar em pizza” é muito comum e
indica que atos muitas vezes sérios, que deveriam ser resolvidos e
punidos judicialmente, muitas vezes não resultam em nada,
acabam impunes.
36. (Insper 2013) Na passagem “A lembrança não exclui, entretanto,
a comichão censória...”, a palavra em destaque deve ser
compreendida como equivalente a
(A) tentação.
(B) ansiedade.
(C) abnegação.
(D) indecisão.
(E) morosidade.
RESPOSTA: A
RESOLUÇÃO:
Figurativamente, “comichão” significa “desejo premente”,
“tentação”.
37. (Ufpb 2012) No fragmento “– Esta gente onde está? perguntou,
indicando o andar de cima a um caxeiro que lhe apareceu no
corredor, com a sua calça domingueira, cor de alecrim, o charuto
ao canto da boca.” (ref.10), ocorrem sequências textuais
(A) narrativas e descritivas.
(B) dissertativas e narrativas.
(C) argumentativas e descritivas.
(D) injutivas e argumentativas.
(E) dissertativas e injutivas.
RESPOSTA: A
RESOLUÇÃO:
O fragmento apresenta sequência de ações caracterizadoras de
narração (“perguntou”, “apareceu”) e descrição (“com a sua calça
domingueira, cor de alecrim, o charuto ao canto da boca”).
Casa de Pensão (fragmento)
Às oito horas, quando entrou em casa tinha já resolvido não
1
ficar ali nem mais um dia. − Era fazer as malas e bater quanto
antes a bela plumagem!
Mas também, se por um lado não lhe convinha ficar em
companhia do Campos; por outro, a ideia de se meter na república
2
do Paiva não o seduzia absolutamente. Aquela miséria e aquela
3
desordem lhe causavam repugnância. Queria liberdade, a
boêmia, a pândega − sim senhor! tudo isso, porém, com um certo
ar, com uma certa distinção aristocrática. Não admitia uma cama
sem travesseiros, um almoço sem talheres e uma alcova sem
4
espelhos. Desejava a bela crápula, − por Deus que desejava! mas
não bebendo pela garrafa e dormindo pelo chão de águasfurtadas! − Que diabo! − não podia ser tão difícil conciliar as duas
coisas! ...
5
Pensando deste modo, subiu ao quarto. Sobre a cômoda
estava uma carta que lhe era dirigida; abriu-a logo:
6
"Querido Amâncio.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
Embaixo, o rumor da água pipocando sobre o pedregulho;
vaga-lumes retouçando no escuro. Desci, dei-me com o lugar onde
havia estado; tenteei os galhos do sarandi; achei a pedra onde
tinha posto a guaiaca e as armas, corri as mãos por todos os lados,
mais pra lá, mais pra cá...; nada... nada!...
11
Então, senti frio dentro da alma. . . o meu patrão ia dizer que
eu havia roubado!... roubado... Pois então eu ia lá perder as
onças!... Qual! Ladrão, ladrão, é que era!...
E logo uma tenção ruim entrou-me nos miolos: eu devia
matar-me, para não sofrer a vergonha daquela suposição.
É, era o que eu devia fazer: matar-me... e já, aqui mesmo!
Tirei a pistola do cinto: amartilhei o gatilho... benzi-me, e
encostei no ouvido o cano, grosso e frio, carregado de bala...
Ah! patrício! Deus existe!... No refilão daquele tormento,
olhei para diante e vi... as Três-Marias luzindo na água... o cusco
encarapitado na pedra, ao meu lado, estava me lambendo a
mão... e logo, logo, o zaino relinchou lá em cima, na barranca do
riacho, ao mesmíssimo tempo que a cantoria alegre de um grilo
retinia ali perto, num oco de pau!... Patrício! não me avexo duma
heresia; mas era Deus que estava no luzimento daquelas estrelas,
era ele que mandava aqueles bichos brutos arredarem de mim a
má tenção...
O cachorrinho tão fiel lembrou-me a amizade da minha
gente; o meu cavalo lembrou-me a liberdade, o trabalho, e aquele
grilo cantador trouxe a esperança...
Eh-pucha! patrício, eu sou mui rude... a gente vê caras, não
vê corações...; pois o meu, dentro do peito, naquela hora, estava
como um espinilho ao sol, num descampado, no pino do meio-dia:
era luz de Deus por todos os lados!...
E já todo no meu sossego de homem, meti a pistola no cinto.
Fechei um baio, bati o isqueiro e comecei a pitar.
Dias depois, o finório morcego planta-se no casebre do gatodo-mato. O gato entra, dá com ele e chia de cólera.
– Miserável bicho! Pois te atreves a entrar em minha toca,
sabendo que detesto as aves?
– E quem te disse que sou ave? - retruca o cínico - sou muito
bom bicho de pelo, como tu, não vês?
– Mas voas!...
– Voo de mentira, por fingimento...
– Mas tem asas!
– Asas? Que tolice! O que faz a asa são as penas e quem já
viu penas em morcego? Sou animal de pelo, dos legítimos, e
inimigo das aves como tu. Ave, eu? É boa...
O gato embasbacou, e o morcego conseguiu retirar-se dali
são e salvo.
Moral da Estória:
O segredo de certos homens está nesta política do morcego. É
vermelho? Tome vermelho. É branco? Viva o branco!
(LOBATO, José Bento Monteiro. Fábulas. 45. ed. São Paulo: Brasiliense,
1993. p. 49.)
(LOPES NETO, J. S. Contos gauchescos. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 2008.
p. 21-22.)
38. (Uel 2011) É correto afirmar que a história é narrada
(A) em primeira pessoa, por João Simões Lopes Neto, que, num
tom autobiográfico, conta fatos da época em que atuou na
Revolução Farroupilha.
(B) em terceira pessoa, por uma personagem textualmente
nomeada Patrício, que relata todo o seu arrependimento por
ter roubado as onças do patrão.
(C) por um narrador testemunha, mais precisamente o patrão do
protagonista, que registra as qualidades morais de seu
empregado.
(D) em primeira pessoa, pelo vaqueano Blau Nunes, que relata
como e onde perdeu as onças do patrão.
(E) por um narrador onisciente, não nomeado, que registra fatos
relacionados à agitada e violenta época do cangaço riograndense.
RESPOSTA: D
RESOLUÇÃO:
O narrador em 1ª pessoa, Blau Nunes, vaqueano típico dos
pampas, relata um episódio marcante em sua vida. Ele perdera
uma bolsa carregada de moedas de ouro que seu patrão lhe tinha
confiado e, perante a hipótese de ser considerado ladrão, resolve
cometer suicídio. No entanto, no último momento, as sensações
provocadas pelo cenário sugestivo devolvem-lhe o apego à vida,
incutem-lhe a razão, fazendo com que se arrependa do gesto
tresloucado que ia fazer, enfrente o problema e busque outra
solução.
39. (Uel 2011) A charge de Sassá refere-se a um problema que afeta a
cidade de Londrina e muitas outras cidades brasileiras: o risco de
contrair doenças transmitidas pelas pombas que vivem na região
urbana. O que permite ao morcego, da fábula, e à pomba, da
charge, disfarçarem sua condição é
(A) o fato de suplicarem pela vida e pela misericórdia de seus
inimigos.
(B) a postura corporal, visto que um imita o comportamento do
outro.
(C) o uso de recursos argumentativos presentes na fala.
(D) a confiança na consciência ambiental dos interlocutores.
(E) a esperteza simbolicamente atribuída a esses animais.
RESPOSTA: C
RESOLUÇÃO:
O uso de recursos argumentativos permite ao morcego e à pomba
disfarçarem sua condição, como sugere a moral que encerra a
narrativa: ”... O segredo de certos homens está nesta política do
morcego. É vermelho? Tome vermelho. É branco? Viva o branco!”
40. (Uel 2011) A hesitação do gato, na fábula, e do caçador, na
charge, deve-se
(A) à contradição existente entre a fala do morcego e a da
pomba e suas características físicas.
(B) à tentativa frustrada do morcego e da pomba em disfarçarem
sua condição apelando para o fingimento e a mentira.
(C) ao medo de serem agredidos pelas garras afiadas do morcego
e pelo bico semiaberto da pomba.
(D) à aversão do gato e do caçador em relação à aparência física
dos morcegos.
(E) à postura submissa da pomba e do morcego diante dos
olhares arregalados do caçador e do gato.
RESPOSTA: A
RESOLUÇÃO:
O fato de o morcego ter pelo e a pomba estar em posição
invertida contradizem as características de ave, que o gato odiava
e o caçador perseguia.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 4 QUESTÕES:
Texto
Pau de Dois Bicos
Um morcego estonteado pousou certa vez no ninho da
coruja, e ali ficaria de dentro se a coruja ao regressar não
investisse contra ele.
– Miserável bicho! Pois te atreves a entrar em minha casa,
sabendo que odeio a família dos ratos?
– Achas então que sou rato? Não tenho asas e não voo como
tu? Rato, eu? Essa é boa!...
A coruja não sabia discutir e, vencida de tais razões, poupoulhe a pele.
12
41. (Uel 2011) O texto Pau de dois bicos é uma fábula,
(A) pelo predomínio do discurso direto, com consequente
apagamento da figura do narrador.
(B) pois o tempo cronológico é marcado pela expressão “certa
vez” e pelos verbos no passado.
(C) pois apresenta trama pouco definida e trata de problemas
cotidianos imediatos, o que lhe confere caráter jornalístico.
(D) por utilizar elemento fantástico, como o fato de os animais
falarem, para refletir sobre problemas humanos.
(E) por resgatar a tradição alegórica de representação de seres
heroicos que encarnam forças da natureza.
RESPOSTA: D
RESOLUÇÃO:
Por se tratar de uma composição literária em que os personagens
são animais que apresentam características humanas, tais como a
fala e os costumes, encerrada com uma reflexão moral de caráter
instrutivo, o texto Pau de dois Bicos é classificado de “fábula”.
me botou a bênção, com gesto me mandando para trás. Fiz que
vim, mas ainda virei, na grota do mato, para saber. Nosso pai
entrou na canoa e desamarrou, pelo remar. E a canoa saiu se indo
— a sombra dela por igual, feito um jacaré, comprida longa.
Nosso pai não voltou. Ele não tinha ido a nenhuma parte. Só
executava a invenção de se permanecer naqueles espaços do rio,
de meio a meio, sempre dentro da canoa, para dela não saltar,
nunca mais. A estranheza dessa verdade deu para estarrecer de
todo a gente. Aquilo que não havia, acontecia. Os parentes,
vizinhos e conhecidos nossos se reuniram, tomaram juntamente
conselho.
[...]
A gente teve de se acostumar com aquilo. Às penas, que, com
aquilo, a gente mesmo nunca se acostumou, em si, na verdade.
Tiro por mim, que, no que queria, e no que não queria, só com
nosso pai me achava: assunto que jogava para trás meus
pensamentos. O severo que era, de não se entender, de maneira
nenhuma, como ele aguentava. De dia e de noite, com sol ou
aguaceiros, calor, sereno, e nas friagens terríveis de meio-do-ano,
sem arrumo, só com o chapéu velho na cabeça, por todas as
semanas, e meses, e os anos — sem fazer conta do se-ir do viver.
Não pojava em nenhuma das duas beiras, nem nas ilhas e croas do
rio, não pisou mais em chão nem capim.
[...]
Sou homem de tristes palavras. De que era que eu tinha
tanta, tanta culpa? Se o meu pai, sempre fazendo ausência: e o
rio-rio-rio, o rio — pondo perpétuo. Eu sofria já o começo de
velhice – esta vida era só o demoramento. Eu mesmo tinha
achaques, ânsias, cá de baixo, cansaços, perrenguice de
reumatismo. E ele? Por quê? Devia de padecer demais. De tão
idoso, não ia, mais dia menos dia, fraquejar do vigor, deixar que a
canoa emborcasse, ou que bubuiasse sem pulso, na levada do rio,
para se despenhar horas abaixo, em tororoma e no tombo da
cachoeira, brava, com o fervimento e morte. Apertava o coração.
Ele estava lá, sem a minha tranquilidade. Sou o culpado do que
nem sei, de dor em aberto, no meu foro. Soubesse — se as coisas
fossem outras. E fui tomando ideia.
Sem fazer véspera. Sou doido? Não. Na nossa casa, a palavra
doido não se falava, nunca mais se falou, os anos todos, não se
condenava ninguém de doido. Ninguém é doido. Ou, então, todos.
Só fiz, que fui lá. Com um lenço, para o aceno ser mais.
Eu estava muito no meu sentido. Esperei. Ao por fim, ele
apareceu, aí e lá, o vulto. Estava ali, sentado à popa. Estava ali, de
grito. Chamei, umas quantas vezes. E falei, o que me urgia, jurado
e declarado, tive que reforçar a voz: — “Pai, o senhor está velho,
já fez o seu tanto... Agora, o senhor vem, não carece mais... O
senhor vem, e eu, agora mesmo, quando que seja, a ambas
vontades, eu tomo o seu lugar, do senhor, na canoa! . . .” E, assim
dizendo, meu coração bateu no compasso do mais certo.
Ele me escutou. Ficou em pé. Manejou remo n'água, proava
para cá, concordado. E eu tremi, profundo, de repente: porque,
antes, ele tinha levantado o braço e feito um saudar de gesto — o
primeiro, depois de tamanhos anos decorridos! E eu não podia...
Por pavor, arrepiados os cabelos, corri, fugi, me tirei de lá, num
procedimento desatinado. Porquanto que ele me pareceu vir: da
parte de além. E estou pedindo, pedindo, pedindo um perdão.
Sofri o grave frio dos medos, adoeci. Sei que ninguém soube
mais dele. Sou homem, depois desse falimento? Sou o que não
foi, o que vai ficar calado. Sei que agora é tarde, e temo abreviar
com a vida, nos rasos do mundo. Mas, então, ao menos, que, no
artigo da morte, peguem em mim, e me depositem também numa
canoinha de nada, nessa água que não para, de longas beiras: e,
eu, rio abaixo, rio a fora, rio a dentro — o rio.
42. (Uel 2011) Considerando o trecho em negrito no texto Pau de dois
bicos, assinale a alternativa correta. Nos dois casos, a palavra
“mas”
(A) opõe-se ao argumento “sou muito bom bicho de pelo”.
(B) revela a causa do “voo de mentira”.
(C) expressa a consequência dos fatos narrados.
(D) marca a condição do “voo de mentira”.
(E) explica o argumento “sou muito bom bicho de pelo”.
RESPOSTA: A
RESOLUÇÃO:
A conjunção adversativa “mas” estabelece oposição ao argumento
“sou muito bom bicho de pelo”, pois o fato de o morcego ter asas
e voar induz o gato a pensar que se trata de uma ave.
LITERATURA
Utilize o texto abaixo para responder aos testes 43 a 45.
A TERCEIRA MARGEM DO RIO
Nosso pai era homem cumpridor, ordeiro, positivo; e sido
assim desde mocinho e menino, pelo que testemunharam as
diversas sensatas pessoas, quando indaguei a informação. Do que
eu mesmo me alembro, ele não figurava mais estúrdio nem mais
triste do que os outros, conhecidos nossos. Só quieto. Nossa mãe
era quem regia, e que ralhava no diário com a gente — minha
irmã, meu irmão e eu. Mas se deu que, certo dia, nosso pai
mandou fazer para si uma canoa.
Era a sério. Encomendou a canoa especial, de pau de
vinhático, pequena, mal com a tabuinha da popa, como para caber
justo o remador. Mas teve de ser toda fabricada, escolhida forte e
arqueada em rijo, própria para dever durar na água por uns 20 ou
30 anos. Nossa mãe jurou muito contra a ideia. Seria que, ele, que
nessas artes não vadiava, se ia propor agora para pescarias e
caçadas? Nosso pai nada não dizia. Nossa casa, no tempo, ainda
era mais próxima do rio, obra de nem quarto de légua: o rio por aí
se estendendo grande, fundo, calado que sempre. Largo, de não
se poder ver a forma da outra beira. E esquecer não posso, do dia
em que a canoa ficou pronta.
Sem alegria nem cuidado, nosso pai encalcou o chapéu e
decidiu um adeus para a gente. Nem falou outras palavras, não
pegou matula e trouxa, não fez a alguma recomendação. Nossa
mãe, a gente achou que ela ia esbravejar, mas persistiu somente
alva de pálida, mascou o beiço e bramou: — “Cê vai, ocê fique,
você nunca volte!” Nosso pai suspendeu a resposta. Espiou manso
para mim, me acenando de vir também, por uns passos. Temi a ira
de nossa mãe, mas obedeci, de vez de jeito. O rumo daquilo me
animava, chega que um propósito perguntei: — “Pai, o senhor me
leva junto, nessa sua canoa?” Ele só retornou a olhar em mim e
João Guimarães Rosa. Primeiras Estórias. Rio de Janeiro: José
Olympio, Civilização Brasileira, Três, 1974
43. (INSPER-2011) A respeito da reação da mãe, diante da decisão do
marido, é correto afirmar que ela:
13
(A) revela indignação, uma vez que não compreende o motivo da
atitude do marido.
(B) demonstra apatia, visto que tal atitude não mudou
radicalmente a rotina familiar.
(C) manifesta desespero, pois a canoa construída parecia muito
frágil para um rio tão perigoso.
(D) demonstra desgosto, pois aquilo comprovava a suspeita de
que ele enlouquecera.
(E) mostra-se revoltada, porque o marido usou dos recursos
financeiros da família para construir o barco.
RESPOSTA: A
RESOLUÇÃO:
A mãe, no conto de Guimarães Rosa, fica indignada ao saber
sobre a decisão do marido e diz simplesmente para ele “Cê vai,
ocê fique, você nunca volte”. Tal indignação se dá pela dificuldade
de compreender os motivos do marido, o que contempla a
alternativa A.
pergunta em que ele expõe sua falha, sua culpa: “sou homem
depois desse falimento?”.
Utilize o texto a seguir para responder aos testes 46 a 48.
Você lerá no Texto um trecho do poema “Morte e vida
severina”, de João Cabral de Melo Neto, importante poeta
pernambucano da Geração de 45 do Modernismo brasileiro. No
excerto, um retirante chamado Severino, protagonista da obra,
encontra dois homens que estão carregando um defunto numa
rede.
Texto
“— A quem estais carregando, irmãos das almas, embrulhado
nessa rede? Dizei que eu saiba.
— A um defunto de nada, irmão das almas, que há muitas
horas viaja à sua morada.
— E sabeis quem era ele, irmãos das almas, sabeis como ele
se chama ou se chamava?
— Severino Lavrador, irmão das almas, Severino Lavrador,
mas já não lavra.
— E de onde que o estais trazendo, irmãos das almas, onde
foi que começou vossa jornada?
— Onde a Caatinga é mais seca, irmão das almas, onde uma
terra que não dá nem planta brava.
— E foi morrida essa morte, irmãos das almas, essa foi morte
morrida ou foi matada?
(...)
— E quem foi que o emboscou, irmãos das almas, quem
contra ele soltou essa ave-bala?
— Ali é difícil dizer, irmão das almas, sempre há uma bala
voando desocupada.
— E o que havia ele feito irmãos das almas, e o que havia ele
feito contra a tal pássara?
— Ter um hectare de terra, irmão das almas, de pedra e areia
lavada que cultivava.
— Mas que roças que ele tinha, irmãos das almas que podia
ele plantar na pedra avara?
— Nos magros lábios de areia, irmão das almas, os intervalos
das pedras, plantava palha.”
44. (INSPER-2011) Considere as afirmações sobre o narrador no conto
“A Terceira Margem do Rio”
I. Como é personagem e narrador ao mesmo tempo, o filho
exerce uma dupla função na narrativa, cujo objetivo é
envolver afetivamente o leitor no fato narrado.
II. O caráter contraditório do narrador é ilustrado em “Nosso pai
não voltou. Ele não tinha ido a nenhuma parte.”
III. Em “Seria que, ele, que nessas artes não vadiava, se ia propor
agora para pescarias e caçadas?”, o narrador registra
pensamentos íntimos dos personagens.
Está(ão) correta(s) apenas:
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) I e III.
RESPOSTA: E
RESOLUÇÃO:
Afirmação I – Correta – Sendo o narrador um dos personagens, o
leitor é envolvido por suas impressões e sensações, envolvendo se
afetivamente com o fato narrado.
Afirmação II – Errada – Embora o autor se valha da dupla negação
em “não tinha ido a nenhuma parte”, o trecho em destaque não
se torna contraditório, enquadrando-se plenamente no contexto
da narrativa.
Afirmação III – Correta – No trecho em destaque, o narrador
mostra ao leitor as angústias dos personagens pela partida do pai,
revelando-nos seus pensamentos, por meio do discurso indireto
livre.
46. (IFPE-2012) No que tange à utilização de figuras de linguagem para
a construção dos sentidos presentes no texto, analise as
proposições verdadeiras e falsas.
I. Em “...essa foi morte morrida ou foi matada?”, tem-se um
pleonasmo que foi utilizado como recurso enfático do tipo de
morte ao qual foi acometido o lavrador.
II. Em “Ali é difícil dizer, irmão das almas, sempre há uma bala
voando desocupada”, foi utilizada uma figura de linguagem
conhecida como personificação.
III. Ainda em relação ao mesmo verso, poder-se-ia utilizar uma
conjunção explicativa, a exemplo de “pois” ou “porque”,
antes da palavra “sempre”.
IV. Tem-se, no décimo verso transcrito, “...o que havia ele feito
contra a tal pássara?”, em que “pássara” foi utilizada como
uma metáfora para “bala”.
V. Pode-se afirmar que em “Nos magros lábios de areia” ocorre
uma hipérbole, figura de linguagem que consiste em exagerar
numa definição quando se pretende enfatizar um conceito.
São verdadeiras, apenas:
(A) I, II e V
(B) I, II, III e IV
(C) II, III e V
(D) III, IV e V
(E) I e III
RESPOSTA: B
RESOLUÇÃO:
45. (INSPER-2011) O sentimento de fracasso do narrador revelado no
último parágrafo pela expressão "Sou homem, depois desse
falimento?" tem como causa o acontecimento relatado em:
(A) "Temi a ira de nossa mãe, mas obedeci, de vez de jeito."
(B) "Pai, o senhor me leva junto, nessa sua canoa?"
(C) "Fiz que vim, mas ainda virei, na grota do mato, para saber."
(D) "Tiro por mim, que, no que queria, e no que não queria, só
com nosso pai me achava: assunto que jogava para trás meus
pensamentos."
(E) "Por pavor, arrepiados os cabelos, corri, fugi, me tirei de lá,
num procedimento desatinado"
RESPOSTA: E
RESOLUÇÃO:
Resolução: O fracasso do narrador está expresso no período “Por
pavor, arrepiados os cabelos, corri, fugi, me tirei de lá,
numprocedimento desatinado”. No último parágrafo, o
personagem-narrador retoma essa sensação por meio de uma
14
Todas são verdadeiras, execeto a proposição V, pois em “lábios de
areia” existe uma catacrese, figura de linguagem que consiste na
utilização de uma palavra ou expressão que não descreve com
exatidão o que se quer expressar, mas é adotada por não haver
uma outra palavra apropriada. No caso, o autor refe-se ás bordas
de pequenas fendas que as poucas plantas da caatinga abrem na
terra árida, “nos intervalos das pedras”.
Olímpico de Jesus trabalhava de operário numa metalúrgica e
ela nem notou que ele não se chamava de “operário” e sim de
“metalúrgico”. Macabéa ficava contente com a posição social dele
porque também tinha orgulho de ser datilógrafa, embora
ganhasse menos que o salário mínimo. Mas ela e Olímpico eram
alguém no mundo. “Metalúrgico e datilógrafa” formavam um
casal de classe. A tarefa de Olímpico tinha o gosto que se sente
quando se fuma um cigarro acendendo-o do lado errado, na ponta
da cortiça. O trabalho consistia em pegar barras de metal que
vinham deslizando de cima da máquina para colocá-las embaixo,
sobre uma placa deslizante. Nunca se perguntara por que
colocava a barra embaixo. A vida não lhe era má e ele até
economizava um pouco de dinheiro: dormia de graça numa
guarita em obras de demolição por camaradagem do vigia.
47. (IFPE-2012) A única alternativa verdadeira a respeito dos
elementos retirados do texto é:
(A) A expressão “irmãos das almas”, no primeiro verso, aparece
entre vírgulas e desempenha a função de sujeito da forma
verbal “estais”, que aparece no mesmo verso.
(B) Em “Dizei que eu saiba”, ainda no primeiro verso, há uma
forma verbal no imperativo que poderia ter como sujeito o
pronome pessoal “tu”.
(C) No quarto verso, com a expressão “mas já não lavra”, o autor
quis estabelecer uma relação de oposição entre a profissão e
a situação em que “Severino Lavrador” se encontrava.
(D) O adjunto adverbial “Ali”, em “Ali é difícil dizer...”, foi
utilizado referindo-se ao tipo de morte que teve o defunto.
(E) Com “sabeis como ele se chama ou se chamava?”, no terceiro
verso, o retirante demonstra não ter certeza de que o
homem na rede estava morto.
RESPOSTA: C
RESOLUÇÃO:
São incorretas as opções [A], [B], [D] E [E].
Em [A] a expressão “irmãos das almas” configura um vocativo;
Em [B] a forma verbal “dizei” constitui oração com sujeito
desinencial, que poderia ser explicado com o pronome pessoal
“vos”;
Em [D] o adjunto adverbial “ali” refere-se ao local onde Severino
Lavrador foi morto;
Em [E] o retirante alterante o tempo verbal de presente para
pretérito impefeito por saber que Severino está morto e, por isso,
já não poder ser chamado por ninguém.
49. (UFTM-2012) De acordo com as informações textuais, Macabéa e
Olímpico têm em comum o fato de que ambos
(A) aparentam estar despreocupados com seu futuro financeiro.
(B) desejam ardentemente mudar de condição social.
(C) demonstram ter grande ambição e espírito aventureiro.
(D) são um tanto alienados com relação às condições em que
vivem.
(E) realizam um trabalho altamente qualificado, mas são mal
pagos.
RESPOSTA: D
RESOLUÇÃO:
Tanto Olimpico como Macabéa sentiam orgulho das suas
profissões apesar de realizarem trabalhos mal remunerados e
viverem em situação precárias, o que revela desconhecimento da
sua própria condição e uma consciência fragmentada de mundo.
50. (UFTM-2012) Uma característica que A hora da estrela
compartilha com outros textos produzidos pelo Neomodernismo
brasileiro (ou Geração Modernista pós 1945) é
(A) o enfoque histórico, retratando o passado brasileiro.
(B) o propósito nacionalista, com heróis idealizados.
(C) o uso de uma linguagem distante do cotidiano.
(D) a criação de personagens burlescos e pouco complexos.
(E) o tom intimista, de investigação psicológica.
RESPOSTA: E
RESOLUÇÃO:
O Neomodernismo brasileiro caracteriza-se, sobretudo, pela
reinvenção do código linguístico de cunho instrumentalista nos
romances de Clarice Lispector e João Guimarães Rosa, entre
outros. A sondagem do mundo interior dos personagens adquire
valor generalizante na busca de explicações existentenciais, em
tom intimista e de investigação psicológica, como se refere em [E]
48. (IFPE-2012) Em relação à sintaxe dos períodos retirados no texto,
é correto afirmar que:
(A) Em “há muitas horas viaja à sua morada”, no segundo verso,
o sujeito do verbo haver é “muitas horas”.
(B) Em “há uma bala voando desocupada”, o termo destacado
funciona como um adjunto adverbial de modo.
(C) “um defunto de nada” é sujeito do verbo haver que aparece
no mesmo verso.
(D) No quinto verso, o possessivo “vossa” pode estar-se
referindo apenas ao “irmão das almas”, condutor do defunto,
ou a ambos, ou seja, ao condutor e ao defunto.
(E) Na expressão “Ter um hectare de terra”, “de terra” constitui
um objeto indireto do verbo “ter”, tendo em vista ter sido
exigida uma preposição.
RESPOSTA: D
RESOLUÇÃO:
As opções [A], [B], [C] e [E] são incoretas, pois
Em [A] o verbo haver no sentido de tempo decorrido configura
oração sem sujeito;.
Em [B] o tempo “desocupada” exerce a função de predicativo do
objeto direto;
Em [C] o segmento da oração “um defunto de nada”, resposta à
pergunta anterior “A quem estais carregando, irmãos das almas,
embrulhado nessa rede?”, exerce a função de objeto direto
preposicionado;
Em [E] na expressão “Ter um hectare de terra”, “de terra”
constitui um adjunto adnominal.
51. (UFTM-2012) A partir da leitura do texto, pode-se concluir que
Olímpico, ao apresentar-se como metalúrgico em vez de operário,
(A) revela ser um homem culto e com bom nível de instrução.
(B) pretende conferir melhor status ao trabalho que exerce.
(C) mostra ser um homem humilde e despretensioso.
(D) atribui destaque ao fato de realizar um serviço braçal.
(E) demonstra ter vergonha de trabalhar no ramo dos metais.
RESPOSTA: B
RESOLUÇÃO:
Olimpico de Jesus preferia usar o tempo “metalúgico” para
designar a sua profissão, pois, para ele, o termo “operário”, por
ser mais genéricoe comum, não conferia o status social que
pretendia ostentar.
52. (UFV) Leia atentamente o poema abaixo, de João Cabral de Melo
Neto:
Instrução: Leia o trecho de A hora da estrela, de Clarice Lispector,
para responder às questões de números 49 a 51.
15
A educação pela pedra
RESPOSTA: A
RESOLUÇÃO:
O autor faz uma analogia entre o ato de plantar e o de sepultar os
mortos, enfatizando que este dá menos trabalho e que se recebe
a paga na mesma hora em que se planta, ao contrário daquele,
que é preciso esperar a hora da colheita.
Uma educação pela pedra: por lições;
para aprender da pedra, frequenta-la;
captar sua voz inenfática, impessoal
(pela de dicção ela começa as aulas).
A lição de moral, sua resistência fria
ao que flui e a fluir, a ser maleada;
a de poética, sua carnadura concreta;
a de economia, seu adensar-se compacta:
lições de pedra (de fora para dentro,
cartilha muda), para quem soletrá-la.
Outra educação pela pedra: no Sertão
(de dentro para fora, e pré-didática).
No Sertão a pedra não sabe lecionar,
e se lecionasse não ensinaria nada;
lá não se aprende a pedra: lá a pedra,
uma pedra de nascença, entranha a alma.
54. (FUVEST-SP)
Decerto a gente daqui
jamais envelhece aos trinta
nem sabe da morte em vida,
vida em morte, severina;
(João Cabral de Melo Neto, Morte e vida severina)
Neste excerto, a personagem do “retirante” exprime uma
concepção da “morte e vida severina”, ideia central da obra, que
aparece em seu próprio título. Tal como foi expressa no excerto,
essa concepção só NÃO encontra correspondência em:
(A) “morre gente que nem vivia”.
(B) “meu próprio enterro eu seguia”.
(C) “o enterro espera na porta: o morto ainda está com vida”.
(D) “vêm é seguindo seu próprio enterro”.
(E) “essa foi morte morrida ou foi matada?”.
RESPOSTA: E
RESOLUÇÃO:
A significação residente no verso “vida em morte, severina” é a de
que a vida do retirante nordestino tem um aspecto já de morte,
como se sua vida fosse um eterno sofrimento, ao contrário do que
está explicitado no item E, que fala de uma morte já consumada.
(MELO NETO, João Cabral de. A educação pela pedra. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1996. p. 21.)
Assinale a alternativa que NÃO traduz uma leitura possível do
poema acima:
(A) O poeta apreende da pedra a própria vivência na vida agreste
do Sertão: de austeridade, resistência silenciosa e sempre
capaz de dar lições de vida e de poesia.
(B) Os versos metalinguísticos revelam a própria poética
cabralina:
concreta,
impessoal,
concisa,
embora
profundamente social.
(C) Ao partir do pressuposto de que a pedra é muda, e, portanto,
não ensina nada, o poeta suscita uma reflexão sobre a
situação educacional precária no Nordeste.
(D) O eu lírico também apreende da pedra os próprios versos
enxutos, num esforço de dissecação de quaisquer
sentimentalismos.
(E) No poema, de intensa economia verbal, a pedra faz-se
metáfora da paisagem do Sertão, que “entranha a alma”, e
espelha o fazer poético do autor pernambucano.
RESPOSTA: C
RESOLUÇÃO:
O tipo de ensinamento de que trata o poema não diz respeito à
educação escolar, mas sim à educação para a vida. A pedra teria
um significado metafórico de dureza, simbolizando a paisagem
seca e inóspita do sertão.
55. (IBMEC) Utilize o texto abaixo, fragmento de Morte e vida
Severina, de João Cabral de Melo Neto, para responder o teste.
O RETIRANTE EXPLICA AO LEITOR QUEM É E A QUE VAI
— O meu nome é Severino,
não tenho outro de pia.
Como há muitos Severinos,
que é santo de romaria.
Deram então de me chamar
Severino de Maria;
como há muitos Severinos
com mães chamadas Maria,
fiquei sendo o da Maria
do finado Zacarias. 10
Mas isso ainda diz pouco:
há muitos na freguesia,
por causa de um coronel
que se chamou Zacarias
e que foi o mais antigo
senhor desta sesmaria.
Como então dizer quem fala
Ora a Vossas Senhorias?
Vejamos: é o Severino
da Maria do Zacarias,
lá da serra da Costela,
limites da Paraíba.
53. (FUVEST)
Só os roçados da morte
compensam aqui cultivar,
e cultivá-los é fácil:
simples questão de plantar;
não se precisa de limpa,
de adubar nem de regar;
as estiagens e as pragas
fazem-nos mais prosperar;
e dão lucro imediato;
nem é preciso esperar
pela colheita: recebe-se
na hora mesma de semear.
(CAMPESTRINI, Hildebrando. Literatura Brasileira. São Paulo: FTD,
1989, p. 1978)
(João Cabral de Melo Neto, Morte e vida severina)
Nos versos acima, a personagem da “rezadora” fala das vantagens
de sua profissão e de outras semelhantes. A sequência de imagens
neles presente tem como pressuposto imediato a ideia de:
(A) sepultamento dos mortos.
(B) dificuldade de plantio na seca.
(C) escassez de mão de obra no sertão.
(D) necessidade de melhores contratos de trabalho.
(E) técnicas agrícolas adequadas ao sertão.
Assinale a alternativa incorreta com relação ao texto de João
Cabral de Melo Neto:
(A) A expressão “pia”(segundo verso) refere-se à pia batismal e
traz o sentido de que o personagem não tem outro nome de
batismo.
(B) ‘b) A filiação paterna, a partir do nome Zacarias, não constitui
ponto de referência para o personagem.
16
(C) O personagem não foi batizado por ser santo de romaria e ter
a paternidade desconhecida.
(D) A expressão “senhor desta sesmaria” refere-se a posse de
terras.
(E) Fazendo uso do pronome de tratamento “Vossas Senhorias”,
o personagem coloca o interlocutor numa posição
hierarquicamente superior.
RESPOSTA: A
RESOLUÇÃO:
Na escrita de Clarice, percebe-se o afinco em revelar coisas
íntimas e desafiadoras à expressão convencional; também é
notório na autora a não preocupação em retratar ações e sim
sensações. Empregando vocabulário relativamente simples,
neologismos e ideias elevadas, a autora fala à alma muito mais
intimamente do que muitos autores a ela contemporâneos.
(E) a mulher barroca foi apresentada como arquétipo da beleza,
evidenciando o poder por ela conquistado, enquanto os
homens viviam uma paz espiritual.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIO:
As opções [A], [C], [D] e [E] são incorretas, pois
[A] nas cantigas de amor, o eu lírico é masculino;
[C] a idealização é típica do Romantismo;
[D] o amor, o casamento, a relação homem e mulher são questões
abordadas no Modernismo, questionamentos que provocam
reconhecimento e valorização da mulher no espaço social da
época;
[E] a estética barroca nega a concepção da figura do ser perfeito
típico do Classicismo e apresenta a mulher como alguém dual,
merecedora de elogios e também de críticas.
Assim, é correta apenas [B].
56. Metáfora
Gilberto Gil
Uma lata existe para conter algo,
Mas quando o poeta diz: “Lata”
Pode estar querendo dizer o incontível
Uma meta existe para ser um alvo,
Mas quando o poeta diz: “Meta”
Pode estar querendo dizer o inatingível
Por isso não se meta a exigir do poeta
Que determine o conteúdo em sua lata
Na lata do poeta tudonada cabe,
Pois ao poeta cabe fazer
Com que na lata venha caber
O incabível
Deixe a meta do poeta não discuta,
Deixe a sua meta fora da disputa
Meta dentro e fora, lata absoluta
Deixe-a simplesmente metáfora.
58. (Ufrgs 2012) Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes
afirmações sobre sentimentos de personagens de Campo Geral,
da obra Manuelzão e Miguilim, de Guimarães Rosa.
( ) Miguilim odiava seu Pai, pela violência das surras e castigos
que ele lhe impunha: mandar embora a cadela, ou soltar os
passarinhos que estavam nas gaiolas.
( ) As rezas da avó e os feitiços de Mãitina enfim surtiram efeito:
Miguilim passou a se sentir culpado pela morte do irmão.
( ) Miguilim detestava o Mutum, mas, com a ajuda dos óculos do
doutor, acabou finalmente descobrindo que se tratava de um
lugar bonito.
( ) Dito sentiu inveja de Miguilim porque Papaco-o-Paco era
capaz de dizer “ – Miguilim, Miguilim, me dá um beijim”, mas
não conseguia pronunciar “Dito”.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima
para baixo, é
(A) F – V – F – F.
(B) F – V – F – V.
(C) V – V – F – V.
(D) V – F – V – V.
(E) V – F – V – F.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIO:
O pai de Miguilim é descrito, em suas ações, como bastante
agressivo e cruel. A primeira afirmação é verdadeira.
Tanto a avó quanto Mãitina gostavam de Miguilim, por isso não
tinham intenção de fazê-lo sentir-se culpado. Além disso, a avó de
Miguilim era católica, não fazia feitiços. A segunda afirmativa está
incorreta.
Os óculos levam Miguilim a um mundo de descobertas e belezas,
trata-se de um momento emocionante na trama. A terceira
afirmação está certa.
O Papagaio não conseguia dizer o nome de Dito. Apenas uma
coruja pronuncia o nome do irmão de Miguilim pouco antes de
sua morte. A quarta afirmação é verdadeira.
Disponível em: http://www.letras.terra.com.br. Acesso em: 5 fev. 2009.
A metáfora é a figura de linguagem identificada pela comparação
subjetiva, pela semelhança ou analogia entre elementos. O texto
de Gilberto Gil brinca com a linguagem remetendo-nos a essa
conhecida figura. O trecho em que se identifica a metáfora é:
(A) “Uma lata existe para conter algo”.
(B) “Mas quando o poeta diz: ‘Lata’”.
(C) “Uma meta existe para ser um alvo”.
(D) “Por isso não se meta a exigir do poeta”.
(E) “Que determine o conteúdo em sua lata”.
RESPOSTA: E
RESOLUÇÃO:
A metáfora, tal como se afirma no conceito apresentado na raiz da
questão, é uma figura de linguagem que consiste em empregar
uma palavra fora do seu sentido literal (denotativo),
demonstrando semelhança ou analogia entre elementos. A
comparação, nesse caso, é mental e subjetiva, tal como no poema
de Gilberto Gil. Com exceção da alternativa correta, todas as
demais empregam as palavras em seu sentido literal.
59. (Enem 2012) O sedutor médio
Vamos juntar
Nossas rendas e
expectativas de vida
querida,
o que me dizes?
Ter 2, 3 filhos
e ser meio felizes?
57. (Espcex (Aman) 2013) Considerando a imagem da mulher nas
diferentes manifestações literárias, pode-se afirmar que
(A) nas cantigas de amor, originárias da Provença, o eu-lírico é
feminino, mostrando o outro lado do relacionamento
amoroso.
(B) no Arcadismo, a louvação da mulher é feita a partir da
escolha de um aspecto físico em que sua beleza se iguale à
perfeição da natureza.
(C) no Realismo, a mulher era idealizada como misteriosa,
inatingível, superior, perfeita, como nas cantigas de amor.
(D) a mulher moderna é inferiorizada socialmente e utiliza a
dissimulação e a sedução, muitas vezes desencadeando crises
e problemas.
VERISSIMO, L. F. Poesia numa hora dessas?! Rio de Janeiro: Objetiva, 2002.
No poema O sedutor médio, é possível reconhecer a presença de
posições críticas
17
(A) nos três primeiros versos, em que “juntar expectativas de
vida” significa que, juntos, os cônjuges poderiam viver mais, o
que faz do casamento uma convenção benéfica.
(B) na mensagem veiculada pelo poema, em que os valores da
sociedade são ironizados, o que é acentuado pelo uso do
adjetivo “médio” no título e do advérbio “meio” no verso
final.
(C) no verso “e ser meio felizes?”, em que “meio” é sinônimo de
metade, ou seja, no casamento, apenas um dos cônjuges se
sentiria realizado.
(D) nos dois primeiros versos, em que “juntar rendas” indica que
o sujeito poético passa por dificuldades financeiras e almeja
os rendimentos da mulher.
(E) no título, em que o adjetivo “médio” qualifica o sujeito
poético como desinteressante ao sexo oposto e inábil em
termos de conquistas amorosas.
RESPOSTA: B
RESOLUÇÃO:
A proposta do eu lírico à mulher amada está carregada de ironia e
desvincula o casamento ou a constituição de uma família da ideia
de segurança para se atingir a felicidade plena. Através do adjetivo
“médio” e do advérbio “meio”, o eu lírico subverte a concepção
tradicional do casamento com final feliz e instaura a crítica a esse
tipo de união, como se afirma em [B].
evidence to go on. Your prime suspect is the maintenance man at
the apartment complex where the child lived. In his car you find
tiny bits of hair and clothing fibers. Will this evidence be your link
to the missing child, the break you need to solve the investigation?
In this case…as in many cases like it before and since…the
answer was yes-thanks to the work of forensic experts in our FBI
Laboratory. After careful analysis, our scientists found that the
hairs were highly similar to the missing girl’s and that the fibers
were no different from those on a rabbit hair coat worn by the
child’s mother. Even though the 5-year-old was never found, this
trace evidence-as we call it because it’s small and
easily transferred-played a key role in putting the killer behind
bars.
Each year, some 10,000 bits of this kind of evidence-shards of
glass, strands of hair and fur, paint chips, soil clods, feathers, rocks
and minerals, building materials of all kinds, you name it-come
pouring into what we call our Trace Evidence Unit on the third
floor of our FBI Lab in rural Virginia, courtesy of not just FBI
investigators but also any law enforcement agency nationwide
looking for help in a case.
There, it is compared, contrasted, and analyzed every which
way for whatever clues may lie hidden, usually invisible to the
naked eye. A lot can be learned in the process.
Just a few examples: We can tell if a strand of hair is dyed or
burned; whether it’s from an animal or human being; what part of
the body it’s from; and whether it was shed or pulled out. When
glass is fractured, we can determine the direction of the blow and
what did the damage. We can take the smallest pieces of building
materials and figure out if they are insulation, fiber glass, building
tile, bricks, cement blocks, etc. “It’s amazing how the smallest
clues can end up yielding so much information and making such a
big difference in cases,” says Cary Oien, chief of the unit.
Here are some more details about the work of the unit:
60. (Ufrgs 2012) Assinale a alternativa que preenche corretamente as
lacunas do enunciado abaixo, na ordem em que aparecem.
O livro A Educação pela Pedra, de João Cabral de Melo Neto,
constitui-se de poemas marcados pela ........ e pelo andamento
argumentativo, além de alguns deles exibirem ........ , como se lê
em ....... e Comendadores Jantando.
(A) complexidade sintática – humor agressivo – Catar Feijão
(B) ambiguidade metafórica – reflexão intimista – Catar Feijão
(C) complexidade sintática – reflexão intimista – O Urubu
Mobilizado
(D) ambiguidade metafórica – humor agressivo – O Urubu
Mobilizado
(E) complexidade sintática – humor agressivo – O Urubu
Mobilizado
RESPOSTA: E
RESOLUÇÃO:
Existem inversões sintáticas e humor agressivo em “A Educação
pela Pedra” de João Cabral de Melo Neto, nomeadamente em
“Comendadores Jantando” e “Urubu Mobilizado”. No primeiro,
existe síntese-crítica ao poder, associando-o à forma de comer
(“se centram atentos na questão prato,/atenção ao mesmo tempo
acesa e cega,/tão em ponta que o talher se contagia/e que a prata
inemocional se retesa”). No segundo, ao associar o urubu a
“funcionário”, que se alimenta de mortos: animais e homens
(“Durante as sêcas do Sertão, o urubu /de urubu livre, passa a
“funcionário” ... “e vai acolitar os empreiteiros da seca, /veterano,
mas ainda com zelos de novato: /aviando com eutanásia o morto
incerto, /êle, que no civil que o morto claro”). Assim, é correta a
alternativa [E].




INGLÊS
Texto para as questões de 61 a 70
With a Trace
Analyzing Crime Scene Clues
The people. Highly professional and well-schooled. Along
with Oien, the 18-person staff includes: forensic examiners
who do the evidence comparisons, write reports, and testify
in court…physical scientists who prepare and process
theevidence… and a geologist who specializes in mineralogy
and soil comparisons.
Tools and techniques. For soil, a technique called “x-ray
diffraction” is used. For glass, it’s the glass refractive index
measurement (yes, “GRIM” for short). For fiber, we use tools
like
the
microspectrophotometer
and
infrared
spectrophotometer to discriminate between colors and types
of polymers (polyester vs. wool, for example). And of course,
there are plenty of powerful microscopes on hand.
Cases. More than we can name. But including: 9/11, the D.C.
snipers, the ’01 anthrax attacks, O.J. Simpson, and plenty of
violent crimes and kidnappings.
Final words. “We’re all about using science to solve crimes,”
says Oien. “But there is a very personal side to what we do.
Some of the cases we’re involved in-whether it’s a missing
child or a brutal murder—are heart wrenching. It’s a great
feeling when our analysis helps take a dangerous criminal off
the streets. That’s what makes every day here interesting
and worthwhile.”
61. In the beginning of the text, the author:
(A) asks you to help the FBI in a investigation.
(B) is trying to solve the case of a missing child.
(C) tries to convince the reader to think like a kidnapper.
(D) asks the reader to imagine himself as an FBI agent.
(E) said the child was kidnapped by a member of her own far
RESPOSTA: D
RESOSULUÇÃO:
Imagine the heartbreak of having your young child
mysteriously disappear from a holiday party…as happened to a
northern Virginia family some years ago.
Now imagine you’re the FBI agent trying desperately to solve
the case, but with no sign of the missing 5-year-old and little
18
No início do texto, mais precisamente no Segundo parágrafo, o
autor pede para que o leitor se imagine como um agente do FBI
tentando resolver um caso de sequestro.
O quarto parágrafo afirma que qualquer tipo de material pode ser
classificado como evidência, já que pode ajudar a solucionar um
crime.
67. According to the text:
(A) there is no way of telling human hair from animal hair.
(B) it is not possible to determine what damaged grass.
(C) it is possible to know if strand of hair is tinted.
(D) hair is always shed and pulled out during forensic analyz
(E) hair, grass and building materials are not analyzed in a cri
scene investigation.
RESPOSTA: C
RESOLUÇÃO:
No sexto parágrafo, o texto afirma que há meios de saber se um
fio de cabelo foi pintado ou não.
62. Who kidnapped the little five-year-old girl?
(A) A member of her own family.
(B) A man who worked to her father.
(C) A man who worked where she lived.
(D) A serial killer.
(E) A neighbor.
RESPOSTA: C
RESOLUÇÃO:
No segundo parágrafo do texto, afirma-se que o principal suspeito
do sequestro da garota de cinco anos é um homem que trabalha
no condomínio onde a menina morava.
68. Which statement is wrong according to the text:
(A) Science is used by the FBI to solve crimes.
(B) The FBI deals with violent crimes, kidnappings and terrorist
actions.
(C) Work in the FBI is interesting and worthwhile.
(D) Microspectrophotometer is a tool used by the FBI to analyze
fibers.
(E) The FBI´s forensic staff is made up of nineteen members.
RESPOSTA: E
RESOLUÇÃO:
No oitavo parágrafo do texto, afirma-se que a equipe de cientistas
forenses do FBI é composta por dezoito membros e não dezenove.
63. The little girl:
(A) is sound and safe now.
(B) was killed by the kidnapper.
(C) was found just a couple of days after the kidnapping.
(D) was hijacked after a holiday festival.
(E) is still missing.
RESPOSTA: B
RESOLUÇÃO:
No final do terceiro parágrafo, o suspeito é chamado de assassino
(killer), o que mostra que a garota fora morta por seu
sequestrador.
th
64. How was the crime solved?
(A) The little girl was found inside the car of a man who wor!
(B) The car of the suspect was found full of fibers of rak hair coat
worn by the five-year-old.
(C) FBI scientists analyzed the neighborhood and found girl inside
a nearby house.
(D) The girl was never found, so the case has not been sol yet.
(E) FBI forensic scientists found trace evidences in the ca the
suspect.
RESPOSTA: E
RESOLUÇÃO:
O crime foi resolvido a partir da análise de evidências encontradas
no carro do suspeito por cientistas forenses, de acordo com o
terceiro parágrafo do texto.
69. The word some (4 paragraph) can be substituted by:
(A) About.
(B) Any.
(C) Over.
(D) Such.
(E) Within.
RESPOSTA: A
RESOLUÇÃO:
No texto, o vocábulo some significa “aproximadamente”, logo
pode ser substituído por about.
70. The plural of analysis and index is:
(A) Analysis – indices
(B) Analyses – indexies
(C) Analysis – indexes
(D) Analyses – indices
(E) Analysies – indices
RESPOSTA: D
RESOLUÇÃO:
As formas de plural dos vocábulos analysis (análise) e índex (
índice) são, respectivamente, analyses e índices.
65. Mark the False Cognate Word.
(A) Experts
(B) Cement
(C) Polymers
(D) Forensic
(E) Testify
RESPOSTA: A
RESOLUÇÃO:
O vocábulo experts (especialistas, peritos) é considerado um fale
cognate.
Texto para as questões de 71 a 80
BBC News World Edition
Eastern and southern Africa are suffering from a catastrophic
drought and famine, with more than 30 million people facing
hunger Ethiopia is one of the worst affected countries. As it
struggles to cope, it is hosting an annual conference to discuss
how Africa is affected by economic globalization. For many
agencies seeking to alleviate famine and cope with Africa's
crippling level of poverty, globalisation is a key and controversial
issue. Those who favour the process, like the former head of the
International Monetary Fund, Michel Camdessus, argue that it will
lead to the modernisation of economies, the removal of trade
barriers and to the elimination of want. He says the prospects are
good for "achieving more rapid poverty reduction and faster
growth". But critics, like the British charity ActionAid, argue that
trade liberalisation has harmed Africa. It says that the freer trade,
66. According to the text, trace evidence:
(A) is not small and easily transferred.
(B) may be any kind of material that can be used as proo help
solve a crime.
(C) is a stock of small pieces of materials kept on the third fl of an
FBI facility.
(D) is anything but glass, hair, fur, feather, rock and build
material.
(E) Is easily found by any law enforcement agency nationwi
RESPOSTA: B
RESOLUÇÃO:
19
especially in agricultural produce, has worked to "threaten or
destroy the livelihoods of millions of farmers" and to keep people
poor. The arguments are fierce and complex, but how does
globalisation affect people's lives?
Sugar's bitter taste
Selpha Maende Okweno is an 87-year-old grandmother living
in Kenya's Busia district. For decades her family has grown sugar
cane and made a good living from it. But now it is threatened by
trade policies which enable foreign sugar exporters to sell sugar
more cheaply in Kenya than local producers.
Her granddaughter, journalist Florence Machio, says that her
"grandmother cannot afford to buy sugar, yet the crop that
produces it stretches as far as the eye can see" near her home.
Cheap imports of processed sugar undercut the prices
Kenyan farmers need to survive and so sugar farmers are
becoming poorer or are having to grow other crops. Kenya's
Director of Internal Trade, Seth Otieno, says that liberalisation of
trade has been a disaster for many in Kenya."Globalisation is a
curse to many sectors, especially agriculture, in this country," he
says. In Swaziland, the import of sugar products from the
European Union countries has undermined the local industry. The
sugar industry has lost 16,000 jobs and a further 20,000 have gone
in transport and packaging, according to Action Aid.
Reform
Those in favour of globalisation say Africa needs better
economic management and more trade liberalisation. These
changes, argues Michel Camdessus, will enable it to be part of the
new economic partnership offered by globalisation and so
increase economic growth. Many African leaders accept
globalisation as a long-term goal, but say it must be accompanied
by reform by the developed countries to make the terms of trade
fairer to Africa. President Thabo Mbeki of South Africa, an
originator of the pro-globalisation New Partnership for Africa's
Development (Nepad), says that Africa must embrace the process
but warns that it is leading to rising inequalities between and
within countries. He says governments must "re-shape and redirect its impact".
“Negative effects”
Some critics are harsher. The African director of the
International Labour Organisation, Regina Amadi-Njoku, says
globalisation is responsible for the decline in Africa's status in the
global economy. Pressures for economic liberalisation in Africa
from the IMF, World Bank and Western governments "have
brought negative effects on the globalisation process," she says.
ActionAid and Oxfam say that European Union and US
1
2
financial support for their farmers gives them big advantages in
3
trade and ruins African farmers by subjecting them to unfair
competition. These countries protect their own farmers but
demand that African countries cut subsidies to theirs, they argue.
In a submission to the UK Government, Oxfam calls for
globalisation to "be underpinned by global rules and institutions
that place human development above the pursuit of corporate
self-interest and national advantage". For ordinary African farmers
the question of globalisation comes down to issues of economic
survival. Kenyan grandmother Selpha Maende Okweno's view is
simple: "Why should I plant sugar cane if there is no market for
it?"
Segundo o texto, Michel Camdessus é ex-presidente fdo FMI
(former head of the IMF).
72. From the first paragraph, it can be inferred that:
(A) there are different points of view about Africa´s process of
globalisation.
(B) globalization will surely lead Africa to a faster economic
growth and reduce poverty.
(C) the effects of globalisation are actually rather clear and wellknown.
(D) the process of globalisation does not affect the agricultural
production in Africa.
(E) the African farmers are sure that globalization will bring
progress to their crops.
RESPOSTA: A
RESOLUÇÃO:
No primeiro parágrafo do texto, são apresentados dois pontos de
vista em relação ao processo de globalização da Africa: o
favorável, representado pela opinião de Michel Camdessus (expresidente do FMI), e o contrário, da ActionAid (uma instituição
britânica de caridade).
73. What is not correct to say about Selpha Maende Okweno?
(A) Her family deals with sugar cane.
(B) She is in her eighties.
(C) Her daughter is a journalist.
(D) She lives near a sugar cane crop.
(E) She has at least one grandchild.
RESPOSTA: C
RESOLUÇÃO:
O texto afirma que a neta (granddaughter) de Selpha Maende
Okweno é jornalista, não a filha (daughter).
74. In accordance with the text:
(A) Trade policies do not threaten sugar cane crops despite they
favour foreigner exporters.
(B) Agriculture in Kenya is one of the sectors that have suffered
the consequences of globalisation.
(C) Kenya sugar farmers are growing other crops in other to vie
with foreign sugar entrepreneurs.
(D) The effects of globalization on Kenya are a blessing for they
removed trade barriers and caused economical increase.
(E) Kenyan industry has hired more than 36,000 new employees
to fight against the EU countries.
RESPOSTA: B
RESOLUÇÃO:
De acordo com Seth Otieno, diretor de relações comerciais
internas do Kenya, “ a globalização é uma maldição para muitos
setores, especialmente a agricultura, neste país” (lobalisation is a
curse to many sectors, especially agriculture, in this country).
75. Which is the most suitable title for this text?
(A) The African Sugar Market
(B) A Pro-globalisation analysis
(C) The Fight Against Famine Must Go ON
(D) Africa: Globalisation or marginalization?
(E) Drought and Famine Attack Africa Again
RESPOSTA: D
RESOLUÇÃO:
Levando em consideração o debate levantado pelo texto em
relação ao processo de globalização da África, pode-se inferir que
o melhor título para o artigo é “África: Globalisation or
Marginalisation?.”
71. According to the text, Michel Camdessus:
(A) is the head of the International Monetary Fund.
(B) is not the head of the International Monetary Fund anymore.
(C) is against the process of globalisation in Africa.
(D) does not know globalisation affects people´s lives.
(E) said globalisation is not the key to the modernization of
economies.
RESPOSTA: B
RESOLUÇÃO:
76. After reading the text we can say that:
(A) the process of globalization must be embraced in short-term
by the Africans.
20
(B) the African leaders are not against globalization, but fear the
long-term consequences.
(C) it is necessary to establish fairer terms of trade in the
developed countries.
(D) the Nepad was created by President Thabo Mbeki and Michel
Camdessus to make the terms of trade fairer to Africa.
(E) the process of globalization is provoking the increase of
inequalities in the African countries.
RESPOSTA: E
RESOLUÇÃO:
O presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, afirma, no terceiro
parágrafo, que o processo de globalização está aumentando as
desigualdades entre e nos países africanos.
(B) looks after
(C) looks over
(D) looks out
(E) looks at
RESPOSTA: B
RESOLUÇÃO:
A única alternativa que prenche adequadamente e pergunta é
looks after, que significa vida.
81. (Ufg 2013) Read the text.
st
77. The word want (1 paragraph) is a(n)________ and can be
replaced by _________
(A) Verb – need
(B) Verb – misery
(C) Noun – poverty
(D) Noun – desire
(E) Adjective – poverty
RESPOSTA: C
RESOLUÇÃO:
No texto, o vocábulo want significa “pobreza”, portanto, exerce
função de substantivo e pode ser substituído por poverty.
There is an implicit message in the text, according to which
(A) statistical tolerancing must be studied more carefully.
(B) hypothesis testing involves making a correct decision.
(C) training qualified statisticians is frustrating.
(D) statistics for calmness of mind is being tested.
(E) statistics might be boring sometimes.
RESPOSTA: E
RESOLUÇÃO:
O título do livro pode ser traduzido como “Estatística para testar
hipóteses e sua paciência”. Pode-se inferir da frase que a
estatística pode ser enfadonha. A alternativa [E] afirma
justamente isso: “a estatística pode ser chata às vezes”.
78. True or False?
( ) Africa´s status in the global economy has decreased due to
the effects of globalisation.
( ) African farmers are ruining for the unfair competition against
European and American farmers.
( ) IMF, World Bank and Western governments have pressured
the African countries for economic liberalization.
( ) The question at the end of the text was made by an expert in
globalization and foreign trade.
(A) T,T,F,T
(B) T,T,T,F
(C) T,T,T,T
(D) F,T,T,F
(E) F,TFF
RESPOSTA: B
RESOLUÇÃO:
A quarta asserção está errada: a pergunta na última linha do texto
foi feita por Selpha Maende Okweno, uma simples camponesa do
Kenya, não uma especialista em globalização e comércio exterior.
82. (Ufg 2013) Read the two pieces of news.
Brazilian police kill 9 drug traffickers in shootout
An elite police unit killed nine people during an operation
targeting drug traffickers in Varzea Paulista, a city about 50
kilometers (31 miles) from São Paulo, Brazilian officials said.
Six of the nine suspects killed in Tuesday's operation have
been identified and all had lengthy criminal records, the São Paulo
Security Secretariat said.
Disponível em:
http://latino.foxnews.com/latino/news/2012/09/12/brazilian-policekilldrug-traffickers-in-shootout/. Acesso em: 3 fev. 2013. (Adaptado).
79. The pronouns their (Ref. 1), them ( Ref. 2) and them (Ref. 3) refer,
respectively, to:
(A) ActionAid and Oxfam – European and American Farmers –
European farmers
(B) ActionAid and Oxfam – European and American Farmers –
American farmers
(C) EU and USA – American farmers - African Farmers
(D) EU and USA – European farmers - African Farmers
(E) EU and USA – European and American Farmers - African
Farmers
RESPOSTA: E
RESOLUÇÃO:
No texto, o pronome possessivo adjetivo their (seus, deles) referese à União Europeia e aos Estados Unidos (EU and USA), já o
pronome pessoal oblíquo them (eles, os) refere-se,
primeiramente, a fazendeiros europeus e americanos (European
and American farmers) e, em seguida, a fazendeiros africanos
(African farmers).
Ten Workers in Colombia Killed by Drug Traffickers
By Dan Molinski
BOGOTA – Ten farm workers were massacred in
northwestern Colombia by an alleged drug-trafficking gang
involved in an increasingly bloody battle with a rival group for
control of the area.
The killings Wednesday night raised concern that drug
traffickingrelated violence, frequently seen in Mexico, may
become more common among the gangs in Colombia.
THE WALL STREET JOURNAL, Europe Edition, Vol. XXX no. 201, 9 fev. 2013,
p.9. (Berlin). (Adaptado).
Glossário:
alleged: suposta
What problem concerns the two pieces of news?
(A) The difficulties South American authorities face in controlling
drug trafficking.
80. Who ________________ the plants while you are out?
(A) looks for
21
(B) The intrinsec relation between drug trafficking, violence, and
death.
(C) The way drug traffickers were killed in Colombia and Brazil.
(D) The increasing number of innocents killed because of drug
trafficking.
(E) The similarity between Colombian and Brazilian drug
trafficking gangs.
RESPOSTA: B
RESOLUÇÃO:
O primeiro texto fala que a polícia brasileira matou nove
traficantes de drogas em um tiroteio, enquanto o segundo texto
discorre sobre o fato de dez trabalhadores terem sido mortos por
traficantes de drogas na Colômbia. Assim, a alternativa [B] está
correta por afirmar que os dois textos tratam “da relação
intrínseca entre o tráfico de drogas, violência e morte”.
85. (Ufg 2013) Read the lines with examples of the word 'taste' in
idiomatic expressions, taken from The Free Dictionary website. In
which context is it used with the meaning of 'to taste very good'?
(Adaptado de http://idioms.thefreedictionary.com/taste. Acesso em: 8 jan.
2013.)
(A) The Smiths have a taste for adventure and take exotic
vacations.
(B) Look at that purple and orange car! There's no accounting for
taste.
(C) This stuff tastes like watermelon. What do you think this
tastes like?
(D) It was a very nice hotel, but something about it left a bad
taste in my mouth.
(E) This pie is great. It tastes like more. Mom's cooking always
tastes like more.
RESPOSTA: E
RESOLUÇÃO:
A questão pede ao candidato que escolha a alternativa que possui
o uso de “taste” como “possuindo um sabor muito bom”. A
alternativa [E] é a correta, pois coloca que “esta torta está ótima.
Ela possui um ‘gostinho de quero mais’. A culinária da mamãe
sempre tem um ‘gostinho de quero mais’”.
83. (Ufg 2013) Information about where to stay while travelling
always mentions positive aspects of a hotel or a guesthouse, for
example. Sometimes, though, it points out something which may
not be so positive. The comments presented in the alternatives
below were taken from the newspaper supplement Travel, in The
Sunday Telegraph.
THE SUNDAY TELEGRAPH, European Edition, 29 jul. 2012, p. C42-46.
(United Kingdom). (Adaptado).
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES:
There is a couple interested in staying in a small and comfortable
hotel, with good views and pleasant surroundings. Which of the
comments points out something this couple should be aware of?
(A) 15th century building with a terrace, in a prime position on
the little harbour of Goedereede and close to De Kwade
Hoek.
(B) Perhaps the most interesting rooms are the bedrooms, with
colourful quilts and simple wood furniture.
(C) The decoration of the staircase, wide landings and corridors
to the 22 bedrooms remains painful to look at.
(D) If you want a real taste of Amish life, this charming two
bedroom guesthouse is on a true-to-life Amish dairy farm.
(E) This new, small-scale hotel has 10 rooms, and is situated on
the edge of the village of Ouddorp.
RESPOSTA: C
RESOLUÇÃO:
A questão pede ao candidato que escolha a alternativa
relacionada aos pontos que o casal deve ter cuidado (should be
aware of) ao escolher o hotel em que ficarão. A alternativa [C] é a
única que possui um ponto realmente negativo (a decoração da
escadaria é horrível – painful to look at).
Apple manufacturing plant workers complain of long hours and
militant culture
Chengdu, China (CNN) — Miss Chen (we changed her name
for this story), an 18-year-old student from a village outside of the
southern megacity of Chongqing, is one of more than one million
factory workers at a Chinese company that helps manufacture
products for Apple Inc.’s lucrative global empire, which ranked in a
record $46.3 billion in sales last quarter. They work day or night
shifts, eating and sleeping at company facilities, as they help build
electronics products for Apple and many other global brand
names, such as Amazon’s Kindle and Microsoft’s Xbox.
As a poor college student with no work experience, looking
for a job in China’s competitive market is an uphill battle. So when
Chen was offered a one-month position at Foxconn with promises
of great benefits and little overtime, she jumped at the chance.
But when she started working, she found out that only senior
employees got such benefits.
“During my first day of work, an older worker said to me,
‘Why did you come to Foxconn? Think about it again and leave
right now’,” said Chen, who plans to return to her studies at a
Chongqing university soon.
Foxconn recently released a statement defending its
corporate practices, stating its employees are entitled to
numerous benefits including access to health care and
opportunities for promotions and training. In response to
questions from CNN, Apple also released a statement: “We care
about every worker in our worldwide supply chain. We insist that
our suppliers provide safe working conditions, treat workers with
dignity and respect, and use environmentally responsible
manufacturing processes wherever Apple products are made. Our
suppliers must live up to these requirements if they want to keep
doing business with Apple.”
After three weeks of applying more than 4,000 stickers a day
onto iPad screens by hand and working 60 hours a week in an
assembly line, Chen says she’s ready to go back to school and
study hard so she’ll never have to return to Foxconn. “It’s so
boring, I can’t bear it anymore. Everyday is like: I get off from work
and I go to bed. I get up in the morning, and I go to work. It is my
daily routine and I almost feel like an animal,” said Miss Chen.
When asked why humans do machine-like work at Foxconn, she
responds, “Well, humans are cheaper.”
84. (Ufg 2013) The headlines below are from the online version of the
British newspaper The Guardian.
Red Squirrel population wiped out in northern Italy
Why is Labour so quiet on green issues?
Obama blocks Chinese firm's purchase of four US wind farms
Disponível em: <www.theguardian.co.uk/>. Acesso em: 20 set. 2012.
In which of the following sections can such headlines be found?
(A) Environment
(B) Business
(C) Culture
(D) Life & Style
(E) Travel
RESPOSTA: A
RESOLUÇÃO:
As manchetes podem ser respectivamente traduzidas como:
“População de esquilos vermelhos é dizimada no norte da Itália”,
“Por que o Trabalho está tão quieto sobre os assuntos ecológicos”
e “Obama veta compra por uma empresa chinesa de quadro
fazendas dos Estados Unidos que usam energia eólica”. Devido ao
conteúdo das manchetes, a seção mais provável de serem
encontradas é a de meio ambiente (environment).
22
Adaptado de http://edition.cnn.com, consulta em 06/02/2012.
RESOLUÇÃO:
Segundo o texto, a polícia militar brasileira está investigando a
causa do incêndio (Brazilian military police are investigating the
cause).
86. (Espcex (Aman) 2013) In the sentence “As a poor college student
with no work experience, looking for a job in China’s competitive
market is an uphill battle”, the author means that
(A) you cannot find a job in China.
(B) you have to go up a hill.
(C) it’s exciting to get a job in China.
(D) it’s difficult to get a job in China.
(E) you have to be an excellent athlete.
RESPOSTA: D
RESOLUÇÃO:
Já que a senhorita Chen é uma universitária de baixo poder
aquisitivo, procurar por empregos na China é uma batalha muito
difícil.
ESPANHOL
Frágil e importante para quem o possui, ficando fácil deduzir que
“Pichones” são os filhotes das aves.
TEXTO I
LA ECONOMIA MÁS HUMANA
En América Latina debería sumarse a los otros valores la
noción de que debe haver una ética de la prisa. Cada día que
transcurre sin respuestas adecuadas a los sufrimientos de la
población significa daños en muchos casos irreversibles”, afirma el
argentino Bernardo Kliksberg en las páginas de su ultimo libro
Hacia una economía con rostro humano. Kliksberg, de 62 años,
vive en Washington, y es asesor de diversos organismos
internacionales y coordinador general de la Iniciativa
Interamericana del Banco Interamericano de Desarrollo (BID). En
su obra, afirma que una cultura de la ética conseguiría reducir
drásticamente los niveles de corrupción. Asegura que el peor
riesgo es acostumbrarse a la pobreza, y destaca que hechos como
la profunda reacción de la sociedad civil en la Argentina de la crisis
le dan sobrados motivos para la esperanza.
87. (Espcex (Aman) 2013) According to the text, workers at Foxconn
company are compared to
(A) machines and animals.
(B) machines and humans.
(C) animals and men.
(D) suppliers and machines.
(E) animals and suppliers.
RESPOSTA: A
RESOLUÇÃO:
A senhorita Chen afirma que ela se sente quase como um animal (I
almost feel like an animal). Além disso, Chen afirma que
comparados às máquinas, os humanos são mais baratos (When
asked why humans do machine-like work at Foxconn, she
responds, “Well, humans are cheaper”).
(Bernardo Kliksberg, La Nación, revista, 6/10/2008)
90. Bernardo Kliksberg denomina “ética de la prisa”:
(A) a la necesidad urgente de renegociar las obligaciones de la
deuda externa.
(B) a la necesidad de encontrar soluciones urgentes para los
problemas sociales.
(C) al combate a la corrupción, hasta ahora sin respuestas
adecuadas.
(D) a la política de reformulación de la burocracia de los
organismos internacionales.
(E) e la reacciones de la sociedad civil ante las crisis.
RESPOSTA: B
RESOLUÇÃO:
O candidato nesta questão teria que retomar o tema geral do
texto: a problemática das questões sociais e a necessidade de
soluções urgentes para os mesmos.
88. (Espcex (Aman) 2013) It’s correct to say that Miss Chen
(A) is very satisfied with her job at Foxconn.
(B) is a special factory worker at Foxconn.
(C) has lots of benefits and little overtime at Foxconn.
(D) works day or night shifts, eating and sleeping at Foxconn.
(E) worked in another company before working at Foxconn.
RESPOSTA: D
RESOLUÇÃO:
Segundo o texto, a senhorita Chen trabalha em dois turnos
(manhã e noite) na Foxconn, além de comer e dormir na empresa
(They work day or night shifts, eating and sleeping at company
facilities).
Fire at Antarctica station kills 2 Brazilian sailors
Two Brazilian sailors died and one was injured Saturday after
a fire broke out at a naval research station in Antarctica,
authorities reported. The fire occurred at the Comandante Ferraz
Station on King George Island, said Adm. Julio Soares de Moura
Neto, commander of the Brazilian Navy. The three sailors were
trying to extinguish a fire that broke out in the engine room of the
facility. Brazilian military police are investigating the cause. The
station is home to researchers who conduct studies on the effects
of climate change in Antarctica and its implications on the planet,
according to the Ministry of Science and Technology and
Innovation. Researchers at the base also study marine life and the
atmosphere.
91. El libro escrito por Bernardo Kliksberg se titula Hacia una
economía con rostro humano, porque, según la reseña.
(A) defiende la necesidad de atender los intereses del Banco
Interamericano de Desarrollo.
(B) defiende la necesidad de colocar la economía según las
indicaciones de la problación.
(C) defiende la necesidad de modernizar la economia según las
indicaciones de los organismos internacionales.
(D) defiende la necesidad de que la sociedad civil actúe con prisa,
(E) defiende la necesidad de acabar permanentemente con la
corrupción.
RESPOSTA: B
RESOLUÇÃO:
Nesta questão o candidato teria que atentar para as informações
concentradas nas linhas 2, 3, 4 e 5. Dessa forma encontraria
facilmente a resposta certa na letra B.
Adaptado de http://articles.cnn.com, consulta em 26/02/2012.
89. (Espcex (Aman) 2013) According to the text, it is correct to state
that
(A) the Brazilian sailors were responsible for the fire incident.
(B) the fire started outside the engine room.
(C) Brazilian military police still don’t know the cause.
(D) researchers are studying the cause.
(E) climate change caused the fire.
RESPOSTA: C
92. En la frase “y destaca que hechos como la profunda reacción de la
sociedad civil en la Argentina de la crisis le dan sobrados motivos
para la esperanza”, la expresión “la Argentina de la crisis”, se
refiere:
(A) a la Argentina como un país permanentemente en crisis.
23
(B) a la Argentina como un país profundamente corrupto.
(C) a una crisis especifica por la que atravesó la Argentina.
(D) a la falta de esperanza de la población Argentina.
(E) a la Argentina como um país profundamente reacionário.
RESPOSTA: C
RESOLUÇÃO:
Deve-se observar nesta questão que o autor não se refere a
Argentina, de maneira geral, como um pais de crises, mas
determina um momento de crise vivenciada pelo país
recentemente. Para isso fez uso do artigo determinante “la” no
sintagma” “la Argentina de la crisis”.
* Entonces, ¿ _____________ gustó ______________ coche
___________ Julio?
* no ______________ sé. No todavía decidido comprar
___________.
Se completan, respectivamente, con:
(A) el / lo / de / lo / le
(B) le / el / a / lo / lo
(C) el / al / de / lo / le
(D) le / del / a / le / lo
(E) te / lo / de / lo / le
RESPOSTA: B
SOM PRONOMES ÁTONOS E ARTIGOS.
93. El peor riesgo para América Latina sería, según el autor,
(A) la resignación frente a la pobreza.
(B) la corrupción de la sociedad civil.
(C) los intereses internacionales.
(D) la falta de una cultura de la ética.
(E) los sufrimientos de la población.
RESPOSTA: A
RESOLUÇÃO:
Pode ser respondida, esta questão, observando-se a informação
contida nas linhas 12 e 13 do texto onde está explicito que: “... el
peor riesgo es acostumbrarse a la pobreza”.
TEXTO III
La movida en 200 actos y tres meses
“La movida madrileña ya es historia. No fue algo de pasotas y
drogrados, como algunos dicen. Fue un gran momento creativo
hecho por una gente con una increíble capacidad de trabajo. Esta
exposición lo demuestra”. Así de categoríca afirma Blanca
Sánchez, artífice de una iniciativa, que es algo más que una
exposición: es una viaje en el tiempo repartindo en distintos
espacios y escenarios, con más de 200 actos que se desarrolarén
del 29 de noviembre a febrero de 2007.
La muestra sobre la movida va del año 1977 al 1986. La
macroexposicion destacará “no sólo la importancia de la labr de
nombres famosos, sino también de quienes estuvieron detrás de
los bastidores”. Otro punto común a los protagonista de la movida
que e pondrá de relieve es su perfil multidisplinar, pues probaban
todas las expresiones artísticas y vitales: artes plásticas, fotografía,
música, moda, diseño, comic, cine, radio, televisión. Un
voluminoso catalogo, que saldrá en diciembre, recogeráel
testimonio. 3. La obras más representativas de la movida podrán
ser vistas por los expectadores del siglo XXI en espacios de la
Comunidad de Madrid. La sala El sol acogerá debates y dará
musicales. El Círculo de Bellas Artes acogerá debates y dará
cobertura a la aportación cinematográfica, con la imprescindible
de Almodóvar Pepi, Luci, Bom y otras chicas del montón (1980).
TAREFA DE CASA MÓDULO VIII
TEXTO II
Pasma salir a la calle a caminar sin rumbo, huir del atasco o
de las emacinaciones de los tubos de escape. Las avenidas
atraviesan, en una interminable raya asfáltica, el retrato
apocalítico del hacinamiento humano; algunas llegan a medir un
centenar largo de kilómetros. Hay quienes emplean más de seis
horas al día en el trajecto de ida y vuelta a sus centros de trabajo
(…) El aire se ha vuelto irrespirable. El tráfico, difícil de soportar.
Según los urbanistas, se ha llegado ya al limite a partir cual
toda transgresión tiene un costo mortal para la salud.
Muy interesante 14/07/2007
94. La idea central del texto es:
(A) El trayecto de una persona sin rumbo.
(B) Los problemas para la salud de las personas.
(C) El trayecto de ida y vuelta de las personas e sus centros de
trabajo.
(D) Los problemas de una gran ciudad.
(E) El día de un obrero.
RESPOSTA: D
OS PROBLEMAS DE UM CIDADE GRANDE.
(El Pais, Rosa Rivas – 7 madrid 17/11/2006)
98. Assinale como VERDADEIRA a alternativa que apresenta verbo
conugados unicamente no tempo futuro do indicativo:
(A) acogerá; di
(B) desarrolaran; probaban
(C) pondrá; saldrá
(D) estuvieran; desarrolarán
(E) demuestra; destacará
RESPOSTA: C
VERBOS POR E SABER.
95. Según el texto NO ES CORRECTO afirma que:
(A) Hay personas que tardan más de seis horas al día en el
trayector de ida e vuelta a sus trabajos.
(B) El aire se tornó irrespirable.
(C) Las avenidas de asfalto son kilométricas.
(D) Salir a la calle nos deja atónitos.
(E) Todavía no se há llegado ya limite mortal para la salud.
RESPOSTA: E
AINDA NÃO CHEGOU AO COSTO MONTAL.
99. Assinale como VERDADEIRA a alternativa que reformula, em
portugués, o fragmento La macroexposición destacará no solo la
importância de la sabor de nombres famosos, sino también de
quienes estuvieron detrás de los bastidores.
FALSAS aquelas que não o fazem.
(A) A macroexposição dará destaque apenas à importância do
trabalho de nomes famosos, mas também daqueles que
estiveram atrás dos bastidores.
(B) A macroexposição somente destacará a importância do
trabalho de nomes famosos como também dos que
estiveram atrás dos bastidores.
(C) A macroexposição não destacará a importância do trabalho
de nomes famosos más sim dos que estiveram atrás dos
bastidores.
(D) A macroexposição destacará somente a importância do
trabalho de nomes famosos e não a dos que estiveram atrás
dos bastidores.
96. Las palabras ataso y hacinamiento, en el texto, significan
respectivamente:
(A) Embotellamiento y aglomeración
(B) Obstrución y consumación
(C) Camino corto y amontonamiento
(D) Embotellamiento y término
(E) Camino corto y consumación.
RESPOSTA: A
ENGARRAMENTO E MULTIDÃO.
97. Los espacios en el siguiente diálogo:
24
(E) A macroexposição além de destacar a importância do
trabalho de nomes famosos, destacara também a
importância daqueles que estiveram atrás dos bastidores.
RESPOSTA: B
A RESPOSTA ESTÁ NO SEGUNDO PARÁGRAFO.
102. Dela lectura del texto se puede interir que Pedrito Tinoco.
(A) Era un abanquino muy querido en el pueblo y que comia
gracias a la caridad de los vecinos.
(B) Era hijo del párroco y por eso vivía con él.
(C) Fue abandonado en la puerta de a inglesa porque era
retarado mental.
(D) No tuvo un hogar, a pesar de haber convivido con el párroco
durante su niñez.
(E) Durante la adocescencia desempeñó diverdos trabajos que le
permitieron autosustentarse.
RESPOSTA: D
NÃO TEVE UM LAR ONDE MORAR.
100. Assinale a alternativa que apresenta correta para o fragmento Las
obras más representativas de la movida podrán ser vistas por los
espectadores del siglo XXI em espacios de la Comunidad de
Madrid, sublinhado no ultimo paragrafo do texto.
(A) Los espectadores podrán verse en espacios de la Comunidad
de Madrid em las obras más representativas del siglo XXI.
(B) Las obras más representativas del siglo XXI serán vistas por
los espectadores en espacios de la Comunidad de Madrid.
(C) Los espectadores del siglo XXI podrán ver las obras más
importantes de la movida madrileña en espacios de la
Comunidad de Madrid.
(D) Los espectadores de la movida de la Comunidad de Madrid
podrán ver las obras más importantes del siglo XXI.
(E) En el siglo XX las obras más representativas de la movida se
podrán ver en espacios de la Comunidad de Madrid.
RESPOSTA: C
A RESPOSTA ESTÁ NO TERCEIRO PARÁGRAFO.
103. Los verbos presentes en el texto:
Dicho (línea 7), trajo (linha 7), supo (línea 12), y hecho (línea 22)
corresponden a los siguientes infinitos, en el mismo orden:
(A) Decir – trair – supor – hechar
(B) Decir – traer – saber – hacer
(C) Dicer – trair – suponer – hacer
(D) Dichar – traer – supor – ochar
(E) Decir – trajer – saber – echar
RESPOSTA: B
SOM TODOS VERBOS IRREGULARES.
101. Assinale a alternativa que, de acordó com o texto, define
corretamente La movida madrileña.
(A) É algo mais que uma exposição, é uma viagem no tempo.
(B) Foi um momento criativo concebido por pessoas dotadas de
uma incrível capacidade de trabalho.
(C) É uma viagem no tempo dividida em distintos espaços e
cenários, com mais de 200 atos que se desenvolverão de 20
de novembro a fevereiro de 2007.
(D) É uma parte da historia da Europa.
(E) É uma macroexposição de artistas com uma incrível
capacidade de trabalho, que terá lugar em Madrid, de 29 de
novembro até fevereiro de 2007.
RESPOSTA: B
FOI UM MOMENTO MUITO CRIATIVO NO PASSADO.
104. En la línea 16 la frase “sirvió de campanero y de monaguillo”
significa que:
(A) Sirvió para tocar la campana.
(B) Sirvió para los mandados y las compras de la iglesia.
(C) Sirvió como compañía para el padre y para ayudar en la
misma.
(D) Sirvió para barrer y limpiar la iglesia.
(E) Sirvió para mantener limpia campana y la iglesia.
RESPOSTA: C
SIRVIOU COMO CORINHA.
105. En línea 19, la palabra “reemplazante” tiene al siguiente
significando:
(A) Ayudante
(B) Distribuidor
(C) Obrero
(D) Auxiliar
(E) Substituto
RESPOSTA: E
SIGNIFICA SUBSTITUTO.
TEXTO IV
Desde niño a Pedrito Tinoco le habían dicho alunado, opa,
ido, bobo, y, como siempre andaba con la boca abierta,
comemoscas. No se enojaba con esos apodos porque él nunca se
enojaba con nada ni con nadie. Y los abanquinos tampoco se
enojaban nunca con él pues a todos terminaba por ganárselos su
apacible sonrisa, su espíritu servicial y su llaneza. Se decía que no
era de Abancay, que lo trajo a los pocos días de nacido su madre,
la que sólo se detuvo en la ciudad el tiempo necesario para dejar a
ese hijo no querido, dentro de un atadito, en la puerta de la
parroquia de la Virgen del Rosario. Chisme o verdad, nadie supo
nunca en Abancay otra cosa de Pedrito Tinoco. Los vecinos
recordaban que desde niño había dormido con los perros y las
gallinas del párroco (malas lenguas decían también que éste era su
padre), a quien le barrió la iglesia y sirvió de campanero y
monaguillo hasta que el curita se murió. Entonces, ya adolescente,
Pedrito Tinoco se mudó a las calles de Abancay, donde fue
cargador, lustrabotas, barrendero, ayudante y reemplazante de
serenos, carteros, recogedores de basura, cuidante de puestos del
mercado y acomodador del cinema y de los circos que llegaban
para Fiestas Patrias. Dormía hecho un ovillo en los establos, las
sacristías o bajo los bancos de la plaza de Armas y comía gracias a
los vecinos caritativos. Iba descalzo, con unos pantalones bolsudos
y grasosos sujetos con una cuerda, un poncho deshilachado, y no
se quitaba de la cabeza un chullo puntiagudo por cuyos contornos
se escapaban unos mechones lacios jamás hollados por tijera o
peine.
TEXTO V
EL ECLIPSE
Cuando fray Bartolomé Arrazola se sintió perdido aceptó que
ya nada podría salvarlo. La selva poderosa de Guatemala lo había
apresado, implacable y definitiva. Ante su ignorancia topográfica
se sentó con tranquilidad a esperar la muerte. Quiso morir allí, sin
ninguna esperanza, aislado, con el pensamiento fijo en la España
distante, particularmente en el convento de los Abrojos, donde
Carlos Quinto condescendiera una vez a bajar de su eminencia
para decirle que confiaba en el celo religioso de su labor
redentora.
Al despertar se encontró rodeado por un grupo de indígenas
de rostro impasible que se disponían a sacrificarlo ante un altar,
un altar que a Bartolomé le pareció como el lecho en que
descansaría, al fin, de sus temores, de su destino, de sí mismo.
Tres años en el país le habían conferido un mediano dominio
de las lenguas nativas. Intentó algo. Dijo algunas palabras que
fueron comprendidas.
25
Entonces floreció en él una idea que tuvo por digna de su
talento y de su cultura universal y de su arduo conocimiento de
Aristóteles. Recordó que para ese día se esperaba un eclipse total
de sol. Y dispuso, en lo más íntimo, valerse de aquel conocimiento
para engañar a sus opresores y salvar la vida.
-Si me matáis -les dijo- puedo hacer que el sol se oscurezca
en su altura.
Los indígenas lo miraron fijamente y Bartolomé sorprendió la
incredulidad en sus ojos. Vio que se produjo un pequeño consejo,
y esperó confiado, no sin cierto desdén.
Dos horas después el corazón de fray Bartolomé Arrazola
chorreaba su sangre vehemente sobre la piedra de los sacrificios
(brillante bajo la opaca luz de un sol eclipsado), mientras uno de
los indígenas recitaba sin ninguna inflexión de voz, sin prisa, una
por una, las infinitas fechas en que se producirían eclipses solares
y lunares, que los astrónomos de la comunidad maya habían
previsto y anotado en sus códices sin la valiosa ayuda de
Aristóteles.
“Dar la Lata” contra la violencia de género
Impulsada por la ONGD Paz y Desarrollo, y financiada por la
Agencia Española de Cooperación Internacional para el Desarrollo
(AECID), esta iniciativa pretende remarcar que contra la violencia
de género hay que ‘Dar la lata todos los días’.
Por Violeta Alonso
Una de cada tres mujeres es maltratada en el mundo. Por ello, la
ONG Paz y Desarrollo ha repartido 2.000 latas con semillas de
violetas, para simbolizar la lucha contra la violencia de género. El
acto ha sido en la Plaza del Museo Reina Sofía de Madrid. 50
voluntarios de esta ONG han repartido todas las latas en una hora.
Se han entregado a aquellos que asumían el reto de “dar la
lata” todos los días del año para luchar contra este tipo de
violencia.
El violeta es el color con que se representa la lucha contra la
violencia de género. Los que han recogido las latas se han
comprometido a hacer crecer la flor y conservarla, simbolizando
así la lucha contra este tipo de violencia.
Paz y Desarrollo postula que se hable de esta problemática, no
solo cuando se producen casos de violencia machista o en los días
internacionales sino todos los días. Piensan que hay que plantarle
cara a esta violencia trabajando conjuntamente por la igualdad de
géneros. Explican que, además de pedir a los gobiernos que tomen
las medidas necesarias para solventar este tipo de violencia, es
importante trabajar la igualdad entre hombres y mujeres en
cualquier contexto: tanto en casa, con las tareas del hogar y el
cuidado de los hijos, como en el trabajo y con los amigos.
Asimismo, pretenden destacar los logros que se han ido
consiguiendo contra la violencia de género gracias a la persistencia
de las personas a lo largo de la historia. Creen que solo así se
conseguirá acabar con esta problemática.
La campaña ''www.darlalata.org'' recoge los avances contra la
violencia de género y ejemplos de acciones de concienciación que
se están llevando a cabo con éxito en varios países. Se ha realizado
un vídeo al que han llamado ''La mayor historia de desamor jamás
contada'' y que narra en un minuto la trayectoria de la violencia
contra las mujeres en la humanidad. La ONG afirma que "en los
últimos cien años son innumerables los avances legislativos y la
toma de conciencia de la ciudadanía en el mundo. La violencia de
género ha pasado de ser vista como un problema ''doméstico'' a
un desafío de vital importancia. Eso sí, aún queda mucho por
hacer, por eso tenemos que dar la lata todos los días". Paz y
Desarrollo ha realizado, desde el año 1991, 780 proyectos y 9
convenios de cooperación internacional en 35 países de América
Latina, África y Asia, con especial hincapié en la igualdad y la
justicia social.
Según una estadística del Ayuntamiento, la Guardia Urbana
de Madrid detuvo e imputó en el mes de marzo a 1.784 personas,
162 personas por violencia doméstica, 12 más por agresiones y
abusos sexuales.
Augusto Monterroso
Madrid: Edelsa, 2007, p 20-21.
106. Señala la(s) proposición(es) que corresponda(n) al contenido del
texto:
(A) Fray Bartolomé Arrazola, perdido en la selva, se desespera y
pide que lo maten.
(B) El religioso, al verse rodeado de indios, decide predicarles
el evangelio.
(C) Como Fray Bartolomé sabe la lengua de los indígenas, los
convence para que lo dejen libre.
(D) El fraile, para salvarse, echa mano de un recurso que
resulta inútil.
(E) El sol milagrosamente se oscureció y el fraile se salvó.
RESPOSTA: B
O RELIGIOSO DECIDE PREDICAR O EVANGELICO.
107. Entre la razón que causa la muerte de Fray Bartolomé está:
(A) Los malentendidos entre los interlocutores, ya que el
religioso no conocía la lengua de os indios.
(B) La ropa extraña del fraile, tan diferente de la que vestían los
indígenas.
(C) El intento de engañar a los indios, presentándose como
detentor de poderes sobrehumanos.
(D) Atribuirse la posibilidad de provocar el eclipse.
(E) El ataque a los dioses indígenas por el fraile.
RESPOSTA: C
TENTOU ENGANAR AOS INDIOS.
108. Señala la(s) proposición(es) que corresponda(n) a lo que se dice
en las líneas 34-37:
(A) Los indígenas no se dejaron impresionar por el fraile.
(B) Bartolomé quiso impresionar a los indígenas.
(C) Bartolomé
consideraba a los indígenas como seres
superiores.
(D) Los indígenas alabaron al dios predicado por el fraile.
(E) Los indígenas se aterrorizaron con las amenazas del fraile.
RESPOSTA: B
O SENHOR BARTOLOMÉ TENTOU IMPRESSIONAR AOS INDIGENAS.
Disponível em: http://www.cadenaser.com/. Acesso em: 08 setembro de
2012 (adaptado).
110. (Ufpa 2013) No enunciado “Eso sí, aún queda mucho por hacer,
por eso tenemos que dar la lata todos los días” (penúltimo
parágrafo), o conector em destaque possui o mesmo valor de
(A) Em cambio
(B) Sin embargo
(C) Mientras tanto
(D) Así que
(E) Además
RESPOSTA: B
RESOLUÇÃO:
A “locución conjuntiva adversativa sin embargo”, tem o mesmo
valor de “eso sí”, uma vez que pode ser substituída por “No
109. Tiempos verbales y sus derivaciones. Señale la CORRECTA:
(A) Quiso (…) tiempo del verbo QUERER.
(B) Dijo (…) del verbo DEJAR.
(C) Encontró (…) de ENTRAR.
(D) Produjo (…) deriva de PONER.
(E) Dispuso (…) viene de DISPENSAR.
RESPOSTA: A
QUISO, PRETÉRITO SIMPLE (INDEFINIDO), VERBO QUERER.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES:
26
obstante, aún queda mucho por hacer (...)”. Alternativa [B],
portanto.
deberá mantenerse en un lugar seco y bien ventilado.
Existen muchas variedades de maíz, pero el más habitual en
Guinea es el de granos amarillos; esos granos son bastante
grandes y, desde su plantación hasta su recogida, suelen
transcurrir unos tres meses, por lo que se plantan y cosechan dos
veces al año.
Las mazorcas, cuando aún están verdes, se consumen
asándolas o cociéndolas. Una vez completamente maduras se
desgranan, es decir, se separan los granos de la panoja, y estos
granos se utilizan, cocidos, para sopas, como acompañamiento de
platos o, secos y molidos, como harina para preparar una gran
variedad de platos. También, salteándolos con un poco de aceite
en una sartén, se preparan las conocidas palomitas de maíz. Para
el ganado se utiliza la planta como forraje, tanto en verde como
en seco.
111. (Ufpa 2013) Ao utilizar a expressão “dar la lata” no trecho “Dar la
lata todos los días” (subtítulo do texto), a autora pretende
destacar que a campanha contra a violência de gênero objetiva
(A) distribuir latas com sementes de violeta para simbolizar a luta
contra esse tipo de violência.
(B) destacar os avanços e exemplos de ações de conscientização
que se realizam, com sucesso, em diversos países.
(C) reunir um grupo de pessoas que assuma o desafio de lutar
contra essa violência.
(D) conscientizar as pessoas de que esse tipo de violência
somente terminará com a luta e a persistência de todos.
(E) pedir aos governos que tomem medidas necessárias para
resolver o problema da violência.
RESPOSTA: D
RESOLUÇÃO:
Como o significado de “dar la lata” em português é “importunar”,
a autora pretende, com a campanha, conscientizar a sociedade
contra a violência de gênero. Alternativa [D], portanto.
REUS, Erika. Las plantas de Guinea Ecuatorial: maíz. Disponível em:
<http://www.lagacetadeguinea.com/179/19.htm>. Acesso em: 18 set.
2012. (Adaptado).
113. (Ufg 2013) El texto comienza señalando algunas recomendaciones
que han de tenerse en cuenta con relación al maíz. Para evitar
problemas se indica que
(A) la cosecha debe ser guardada en lugares ventilados.
(B) las semillas deben ser plantadas en días sin lluvia.
(C) los espantapájaros deben ser puestos entre los cultivos.
(D) el almacenamiento debe impedir que la luz afecte al grano.
(E) lo recogido en mal estado debe ser destinado al ganado.
RESPOSTA: A
RESOLUÇÃO:
No início do texto apontam-se, entre outras recomendações sobre
a plantação do milho, que: “(...) una vez recogida ésta, deberá
mantenerse en un lugar seco y bien ventilado.”. Alternativa [A].
112. (Ufpa 2013) Com base na leitura do texto, depreende-se que a
ONG “Paz y Desarrollo” dedica-se, principalmente, a
(A) preparar as pessoas de diversos países da América Latina,
Ásia e África para lutar por seus direitos.
(B) produzir vídeos que denunciem a violência de gênero e que
mudem a ideia de que esse tipo de violência é apenas um
problema doméstico.
(C) desenvolver projetos e convênios de cooperação
internacional com especial destaque à igualdade e à justiça
social.
(D) defender valores e princípios indispensáveis para conseguir
que a sociedade seja mais respeitada pelos governos.
(E) destacar as conquistas que se têm alcançado contra a
violência de gênero ao longo da história.
RESPOSTA: C
RESOLUÇÃO:
Após a leitura do texto, percebemos que a ONG “Paz y Desarrollo”
se dedica a promover projetos e convênios de cooperação
internacional, como a autora destaca no último parágrafo: “Paz y
Desarrollo ha realizado, desde el año 1991, 780 proyectos y 9
convenios de cooperación internacional en 35 países de América
Latina, África y Asia, con especial hincapié en la igualdad y la
justicia social.” Alternativa [C], portanto.
114. (Ufg 2013) Al referirse a las características del cultivo del maíz, la
autora señala que, en Guinea Ecuatorial, se
(A) baten barcas de tamaño.
(B) dejan en barbecho las tierras.
(C) recogen dos cosechas anuales.
(D) desechan los granos amarillos.
(E) siembran los campos cada tres meses.
RESPOSTA: C
RESOLUÇÃO:
De acordo com as características do cultivo do milho, a autora
aponta que se fazem duas colheitas anuais.
115. (Ufg 2013) El tercer párrafo es dedicado a destacar las utilidades
del maíz. En él, se dice que en Guinea
(A) las panojas maduras se suelen servir en cocidos.
(B) los corazones de la mazorca se usan en sopas.
(C) el grano se pone como aditamento en los platos.
(D) lo aprovechable del maíz se convierte en pienso.
(E) la harina del choclo se transforma en palomitas.
RESPOSTA: C
RESOLUÇÃO:
De acordo com as utilidades do milho, aponta-se que o grão
utiliza-se como “aditamentos”, isto é, como acompanhamento nos
pratos: “(...) se separan los granos de la panoja, y estos granos se
utilizan, cocidos, para sopas, como acompañamiento de platos o,
secos y molidos, como harina para preparar una gran variedad de
platos.”.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES:
LAS PLANTAS DE GUINEA ECUATORIAL: MAÍZ
El maíz, procedente, como tantas plantas útiles, de la América
tropical, se cultiva con mucha frecuencia en los alrededores de los
poblados de Guinea. Para prosperar bien, necesita que el suelo
esté bien trabajado y que no se encharque, es decir, que tenga un
buen drenaje. Es una planta muy útil, ya que sirve para alimentar,
tanto a las personas como al ganado. Durante su cultivo ha de
tenerse cuidado de que los pájaros no arruinen la cosecha, pues
son muy aficionados al maíz. También, una vez recogida ésta,
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
EL LESULA, LA NUEVA ESPECIE DE MONO AFRICANO
27
Investigadores estadounidenses descubrieron una nueva
especie de primates en una región poco explorada de la República
Democrática del Congo, que se denominó Cercopithecus
lomamiensis, localmente conocidos como lesula. Los científicos
vieron en cautiverio, por primera vez, un ejemplar de este mono
en la ciudad de Opala, en junio de 2007. A partir de esa fecha,
iniciaron una búsqueda sistemática de ejemplares en su hábitat
natural. Durante los siguientes tres años, los autores del estudio
encontraron más ejemplares de lesula en la naturaleza,
determinando su carácter distintivo genético y anatómico, y
realizando las primeras observaciones de su comportamiento y de
su ecología.
Entre los detalles de la investigación que se publican en la
revista especializada Plos one se exponen las características de
estos animales. Se destaca que miden entre 47 y 65 centímetros
los machos y entre 40 y 42 las hembras, y poseen las extremidades
largas y cuerpo delgado. Los lesula se desenvuelven básicamente
por el suelo de la densa selva húmeda tropical, aunque también
les gustan las ramas bajas de los árboles. Normalmente viven en
grupos familiares reducidos, de unos cinco ejemplares, formados
por un macho, hembras y crías. “El Cercopithecus lomamiensis es
tímido y fue el primate que se observó con menos frecuencia
entre todos los registrados en las campañas de reconocimiento”,
señalan los investigadores. Los científicos los han visto en grupos
con otras especies de primates para alimentarse. Esta especie es
similar al mono de cara de búho pero tiene rasgos diferentes,
sobre todo en la coloración del pelo, que va del gris rosado al
marrón, negro en las patas y rayas distintivas de color ámbar.
El lesula, la nueva especie de mono africano. Disponível em:
<http://www.elcomercio.com/sociedad/Identifican-nueva-especier-afr>.
Acesso em: 18 set. 2012. (Adaptado).
116. (Ufg 2013) Al principio del texto se comenta como se localizó el
Cercopithecus Iomamiensis. Así, es dicho que ese mono fue por
primera vez visto
(A) fuera de su hábitat natural.
(B) tras tres años de búsqueda.
(C) en grupos de cinco ejemplares.
(D) oculto en una región congoleña.
(E) aclimatado a la ciudad de Opala.
RESPOSTA: A
RESOLUÇÃO:
O Cercopithecus Iomamiensis foi visto pela primeira vez no
cativeiro, isto é, fora de seu habitat natural. Alternativa [A],
portanto.
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