Economia em Dia - CORECON-RS

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Economia em Dia - CORECON-RS
Economia em Dia
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A estratégia do governo para
retomar os investimentos
H
á muitos anos o Rio Grande do Sul deixou de investir o
que seria necessário, levando em conta as dívidas sociais
acumuladas durante todo este tempo. No governo Tarso
Genro, o desafio poderá ser resgatado com a criação de novos
instrumentos capazes de incentivar a busca de investimentos e
a captação de empresas. O otimismo está expresso nas palavras
do atual secretário de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, o economista Mauro Knijnik. Ex-presidente da Federasul,
o empresário já atuou na área pública em postos de destaque. De
1979 a 1983, por exemplo, foi secretário da Fazenda do governador Amaral de Souza. Knijnik adianta nesta entrevista os projetos
do governo na busca do desenvolvimento.
CORECON/RS - O Sr. já declarou que o Rio Grande do Sul
está com sua capacidade de investimento próximo a zero. Há
maneiras de reverter esta realidade?
Mauro Knijnik – Este é um grande desafio. Mas não há surpresa,
pois há décadas que o Estado vem com a capacidade de novos investimentos reduzida. Então nós vamos, de uma maneira criativa,
estabelecer condições para que estes investimentos retornem.
CORECON/RS – Por que estas condições não foram criadas
anteriormente?
Mauro Knijnik – A realidade é que a receita vem crescendo menos que as despesas. E este Estado apresenta um grande número
de aposentados, a arrecadação não está crescendo. Mas ninguém
construiu este cenário por vontade própria. É que as necessidades
do RS foram historicamente grandes.
CORECON/RS – O que o governo está pensando de diferente
para atrair empresas e investidores?
Mauro Knijnik – Por determinação do governador Tarso Genro,
estamos realizando um estudo em parceria com a secretaria da
Fazenda e da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico.
O objetivo é criar novo sistema de incentivos para o desenvolvimento do nosso Estado. Não serão só incentivos fiscais. O Fundopem e as mudanças no sistema estão dentro deste estudo. Eu
posso garantir é que vai ter um diferencial que nós ainda estamos
analisando.
CORECON/RS – Como a recém criada Agência Gaúcha de
Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), pode
ajudar neste processo de busca por investimentos?
Mauro Knijnik - A Agência de Desenvolvimento vai ser o braço
executivo da Secretaria. Tenho muita esperança nela, mas ainda
tem alguns detalhes a serem definidos. Acredito que a AGDI vai
trazer muitas alegrias para o Rio Grande do Sul.
CORECON/RS – Nesta política de investimento, serão privilegiados alguns setores da economia?
Mauro Knijnik – O Estado está totalmente aberto para qualquer
empresa que queira aqui se localizar. Porém teremos incentivos
maiores para aquelas que realmente interessam para a economia
do Estado. Por exemplo, as que são complementares a empresas
já existentes, que possam usar nossos produtos primários e, ainda,
empresas que possam fornecer bens e se integrar aos pólos que
temos, como o petroquímico e o naval.
CORECON/RS – Um outro histórico problema do RS é com
relação às desigualdades regionais...
Mauro knijnik – Este é um dos principais focos desta política
de desenvolvimento. E não é só em relação à metade sul, temos
outras regiões que necessitam atenção especial.
CORECON/RS – O que o Sr. poderia ampliar sobre as estratégias do governo?
Mauro Knijnik – Uma ação que já está em andamento é em
relação à nova Caixa RS, que terá um departamento de participação no capital das empresas. A medida vai poder alavancar o
crescimento de muitas organizações. E os recursos poderão vir
do próprio governo federal e, principalmente, dos Fundos de Pensão. Tentaremos criar um míni BNDESPar, que é a subsidiária do
BNDES voltada à capitalização de empresas.
CORECON/RS – Que outras mudanças estruturais estão previstas para a sua pasta?
Mauro Knijnik – Nós teremos um vínculo maior com a Caixa
RS, que inclusive vai mudar de nome por exigência legal. E com
o BRDE. Também estamos irmanados com a secretaria da Fazenda e o Banrisul.
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