HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA

Transcrição

HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE
DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE
DE SÃO PAULO
Guia de Utilização de Anti-infecciosos
e
Recomendações para a Prevenção de
Infecções Hospitalares
Elaboração
Grupo e Subcomissões de Controle de Infecção Hospitalar
do Hospital das Clínicas - FMUSP
Manual aprovado em reunião da
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital
das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP
São Paulo
2009 - 2011
4ª edição
SUMÁRIO
Tratamento de Infecções
FICHA CATALOGRÁFICA
Guia de utilização de anti-infecciosos e recomendações para a prevenção de
infecções hospitalares / coordenadores: Anna Sara S. Levin, M. Beatriz Souza
Dias, Maura S. Oliveira, Renata Desordi Lobo. – São Paulo: Hospital das Clínicas
FMUSP, 2009-2010.
222 p.
1. Agentes anti-infecciosos. 2.Infecção Hospitalar / quimioterapia. 3. Infecção
Hospitalar / prevenção e controle. 4.Antibióticos / uso terapêutico. 5.
Antibióticos / administração e dosagem. I. Título. II. Levin, Anna Sara S. III.
Souza Dias, M. Beatriz. IV Oliveira, Maura S. V. Lobo, Renata Desordi.
ISBN 978-85-62664-00-7 - 4ª edição
2
SUMÁRIO
Tratamento de Infecções
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Governador
Dr. José Serra
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE
Secretário
Dr. Luiz Roberto Barradas Barata
Chefe de Gabinete
Reinaldo Noboni Sato
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Presidente do Conselho Deliberativo
Prof. Dr. Marcos Boulos
Diretor Clínico
Prof. Dr. José Otávio Costa Auler Jr.
Superintendente
Dr. José Manoel Camargo Teixeira
Chefe de Gabinete
Dr. Haino Burmester
SUMÁRIO
3
COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR
Gestão 2007 - 2010
Prof. Dr. Antonio Alci Barone
Presidente
Dr. Alfio Rossi Junior
Dra. Ana Lucia L. M. Lima
Prof. Dra. Anna Sara Shafferman Levin
Dr. Cornelius Mitteldorf
Dr. David de Souza Gómez
Dra. Denise Schout
Enf. Edmilson Cunha Almeida
Dra. Flávia Rossi
Dr. Haino Burmester
Dr. José Ulysses Amigo Filho
Enfa. Leda Maria D. Pavani
Profa. Dra. Maria Aparecida Shikanai Yasuda
Enfa. Maria Ivone Afonso Amaral
Dra. Maria Paula Siqueira de Melo Peres
Dra. Maristela Pinheiro Freire
Dr. Pedro Takanori Sakane
Dra. Priscila Rosalba Domingos de Oliveira
Dra. Silvia Silva de Oliveira
Dra. Sônia Lucena Cipriano
Dra. Sueli Fátima de Bastos
Dra. Tânia Mara V. Strabelli
Dra. Thaís Guimarães
Dr. Wladimir Alves Pereira
SUMÁRIO
EQUIPE TÉCNICA DE TRABALHO
Coordenação
Dra. Maura Salaroli de Oliveira
Enfa. Renata Desordi Lobo
Profa. Dra. Anna Sara S. Levin
Dra. M. Beatriz G. Souza Dias
Colaboradores
Dr. Adriano Rotger Armelin
Enf. Adriana Pereira Paula
Ft. Adriana Sayuri Hirota
Dra. Aléia Faustina Campos
Dra. Alessandra Carvalho Goulart
Dra. Alessandra Saito Regatieri
Dr. Alexandre Suzuki Horie
Dr. Alfio Rossi Júnior
Dra. Alice Tung Wan Song
Enfa. Amanda Maciel
Dra. Ana Carolina Posada
Dra. Ana Cristina Garcia Ferreira
Dra. Ana Lúcia Munhoz
Dra. Ana Luiza Gibertoni
Dra. Ana Marli Christovan Sartori
Dra. Ana Paola Castagnari
Dra. Ana Paula Volpato
Dra. Ana Paula Matos Porto
Dra. Ana Silvia de Andrade
Dra. Ana Paula da Silva Herbella
Dr. André M. Siqueira
Dr. André Machado Luiz
Dr. André Oliveira Paggiaro
Dra. Andréa Remígio Oliveira Leite
Dra. Ângela Carvalho Freitas
Dra. Atalanta Ruiz
Dra. Bernadete de Lourdes Liphaus
Dra. Bianca Grassi de Miranda Souza
Dr. Brenno A. A. Falção
Prof. Dr. Bruno Zilberstein
Dra. Camila de Almeida Silva
Dra. Candida Paris
Enfa. Carla Renata Couto
Dr. Carlos Alberto Maganha
Dr. Carlos Diêgoli
Dr. Carlos Gustavo Moraes
Dr. Celso Ricardo B. Neves
Dra. Christiane Takeda
Dra Christina T. Gallafrio
Dra. Cinthia Yukie Kuga
Dra. Claudia Mangini
SUMÁRIO
Aux.Enf. Cleide Roque dos Santos
Dr. Cleyton Gregory
Dra. Cilmara Polido Garcia
Dr. Cornelius Mitteldorf
Dr. Cristiano Melo Gamba
Dra Daniela Mayumi Matsuoka
Enf. Daiane Cais
Dr. Daniel L. Bartmann
Dr. Danilo Duarte
Prof. Dr. David Everson Uip
Enfa. Doris Aoshima
Dr. Edison Manrique
Dr. Edson Abdalla
Dr. Edson Carvalho de Melo
Prof. Dr. Eduardo Alexandrino S. de Medeiros
Dr. Eduardo Moreira
Dra. Eliana Battaggia Gutierrez
Dra. Emy Akiyama Gouvea
Dra. Érika Ferrari
Prof. Dr. Evandro Baldacci
Dra. Evelyne Santana Girão
Dr. Everton Alvarez Ferreira
Dr. Fabiano R. Maximino
Enfa. Fernanda de Souza Spadão
Dra. Fernanda Maffei
Dr. Fernando Campos Gomes Pinto
Dr. Fernando de Paula Machado
Dr. Francisco Torgller Filho
Dr. Frederico Leon Fernandes
Dra. Gisele Duboc
Dra. Gladys Villas-Boas de Prado
Dra. Gláucia F. Varkulja
Dr. Gustavo L. Guimarães
Dra. Heloise M. Camilotti Codo
Dr. Hugo Abensur
Dr. Ícaro Bszczowski
Enfa. Isabel Cristina V. S. Oshiro
Dra. Jéssica Fernandes Ramos
Dr. João Carlos Pereira Gomes
Dr. João Nóbrega de Almeida Jr.
Prof. Dr. José Eduardo Monteiro da Cunha
Tratamento de Infecções
Dr. José Jukemura
Dr. José Mauro Vieira Júnior
Dra. Josefina Eugênia Xavier de Lucena
Dr. Julio Croda
Enfa. Karina M. Peron
Dra. Karina T. Miyagi
Dr. Karim Yakub Ibrahim
Dra. Lara Gurgel Távora
Enfa. Laura Maria B. Gomes
Dra. Ligia Pierrotti
Dra. Luciana Miyamoto
Dr. Luciano Bello Costa
Dra. Luciana Moura Gori
Dr. Luiz Carlos Neves de Oliveira
Dr. Marcelo Magri
Dr. Marcos Cyrilo de Brito
Dra. Maria Aparecida S. Teixeira
Dra. Maria Esther Graf
Dra. Maria Ivete Boulos
Enfa. Maria Rosa Cursino
Dra. Maria Silvia Biagioni Santos
Dra. Mariana Garcia Croda
Enfa. Marion Elke S. Araya
Dra. Marília Miranda Franco
Dra. Marisol M. M. Santos
Enfa. Mariusa Basso
Enfa. Marlene Seiko I. Oshiro
Profa. Dra. Marta Heloisa Lopes
Dra. Maysa Yano
Dra. Melissa Mascheretti
Dra. Mirian de Freitas Dalben
Dra. Mônica Velhote
Dra. Nelmy Angela Saad
Dra. Nilza Martins Ravazoli Brito
Dra. Olivia Mari Matsuo
Dra. Patrícia B. Martino
Dra. Patrícia Bonazi
Dra. Paula Resende Marques da Silva
Dr. Paulo Afonso Martins Abati
Prof. Dr. Paulo Rossi Menezes
Dr. Pedro Paulo Pereira
Dr. Pedro Takanori
Dra. Priscila R. D. Oliveira
Dra. Rachel Russo Leite
Dr. Rafael Said dos Reis
Dr. Rafael da Silva
Dr. Raphael Abegão
Dra. Regina C.R.M. Abdulkader
Dra. Renata Maronna Praça
Dra. Renata Puzzo Bortoleto
Dr. Ricardo K. M. Albernaz
Dr. Ricardo Vasconcelos
Dr. Ronaldo C. B. Gryschek
Prof. Dr. Roberto Eduardo Bittar
Dr. Rogério Zeigler
Dra. Rosana Richtmann
Dra. Rosilene de Mata Elios
Dr. Rubens Antonio Aissar Sallum
Enfa. Satiko Gobara
Dra. Sílvia Figueiredo Costa
Dra. Silvia Pereira Goulart
Dra. Sílvia Vidal Campos
Farm. Suzana Zaba Walczak
Dra. Tânia Mara V. Strabelli
Dr. Tálib M. Moussallem
Dra. Tatiana S. Goldbaum
Dra. Teresa Ganido
Dra. Thais Guimarães
Dr. Thiago Zinsly Sampaio Camargo
Dra. Valéria Paes Lima
Profa. Dra. Vera Krebs
Dra. Vivian I. A. Silva
Dra. Viviane R. Figueiredo
Enfa. Viviane Resende
Dra. Viviani Rossi
Enfa. Walquíria Barcelos de Figueiredo
Agradecimento
Aos professores da FMUSP, aos médicos do HC e a todos aqueles que contribuiram
para as discussões das condutas, nos emprestando seu tempo e seu conhecimento.
Em especial, agradecemos ao Grupo de Interconsulta do Departamento de Moléstias Infecciosas
e Parasitárias da FMUSP
Apoio administrativo
Sueli Ferreira Sena - e-mail: [email protected] - Fone/Fax:(11) 3069-7066
6
SUMÁRIO
Tratamento de Infecções
Apresentação
Nova Edição do Guia
Os antimicrobianos e antinfecciosos em geral são medicamentos de evolução
muito dinâmica, em virtude do comportamento dos microrganismos em relação
a essas drogas.
O desenvolvimento de resistência, especialmente se os medicamentos são usados
de maneira inadequada, é rápido e inevitável, fazendo com que a droga se torne
de utilidade cada vez menor.
Desta sorte, a atualização periódica dos conhecimentos nessa área é mandatória
e deve ser realizada com uma freqüência que atenda a esse fenômeno.
Da mesma sorte, o comportamento dos profissionais da área da saúde em relação
ao controle da infecção hospitalar também deve acompanhar a evolução rápida
que vem ocorrendo nessa área em todo o mundo.
Já se fala em “infecção zero”, um conceito que no passado próximo era
considerado inatingível.
Por todas essas razões, recebemos com muita satisfação a nova edição do nosso
“Guia de Utilização de Anti-Infecciosos e Recomendações para a
Prevenção de Infecções Hospitalares”.
Como sempre, ele traduz um esforço conjunto de um grande número de
colaboradores que militam na área de controle de infecção hospitalar ou de
atividades afins.
Certamente, ele terá a habitual repercussão e será cada vez mais útil não apenas
em nosso Complexo Hospitalar HC-FMUSP, como em todo Estado de São Paulo
e mesmo no nosso imenso país.
Antonio Alci Barone
Presidente da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do HC-FMUSP
Professor Titular - Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da
Faculdade de Medicina da USP
SUMÁRIO
7
Tratamento de Infecções
Introdução
A resistência bacteriana decorre principalmente do uso de antimicrobianos.
Estes agentes são muito importantes, têm contribuído para salvar vidas,
porém tem seu preço “ecológico”. Assim, devem ser utilizados somente
quando necessário e de modo adequado em termos de posologia e
duração de tratamento.
O Complexo Hospital das Clínicas alberga pacientes com condições clínicas
diversas, frequentemente muito graves. O uso de antimicrobianos pode
ser fundamental para a sobrevida desses pacientes.
Através do Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para
a Prevenção de Infecções Hospitalares esperamos orientar a escolha do
tratamento e a profilaxia em diversas situações clínicas e cirúrgicas. A
elaboração deste manual envolveu um grande número de profissionais
das diversas especialidades médicas, o que contribui para melhorar a
qualidade das informações aqui reunidas. As condutas foram discutidas
com as diferentes especialidades e lastreadas em evidências da literatura
da melhor qualidade disponível. Em algumas situações, sobre as quais não
há registro de estudo, a discussão entre a CCIH e a especialidade envolvida,
com respaldo dos princípios gerais de uso adequado de antimicrobianos,
orientou a conduta aqui sugerida
A primeira parte do manual contém as recomendações para tratamento
anti-infeccioso, seguida das orientações para profilaxia antimicrobiana em
situações clínicas e cirúrgicas. A última parte apresenta recomendações
para a prevenção de infecções hospitalares, que são de interesse
médico geral. Ao final encontram-se as orientações de doses e de como
encaminhar propostas de inserção ou modificação das condutas.
Para esta quarta edição, foram revisados e atualizados alguns tópicos,
devido às mudanças no conhecimento médico. Novas seções, como
tratamento de bactérias multi-resistentes, da infecção associada a
derivação ventrículo-peritoneal, profilaxia da doença meningocóccica e da
varicela-zoster pós exposição, entre outros, foram adicionadas.
No interesse do pequeno espaço disponível as fontes de informação e a
bibliografia não foram citadas no texto, mas estão à disposição no GCIH.
8
SUMÁRIO
Tratamento de Infecções
Sumário
Tratamento de Infecções
Abdome Agudo Inflamatório...................................................................................... 12
Aspergilose Invasiva.................................................................................................... 13
Bactérias multirresistentes........................................................................................... 16
Candida spp. - Infecções Invasivas e Candidemia......................................................... 17
- Infecções Cutâneo-mucosas................................................................. 18
Cateter Venoso Central - Óstio ................................................................................... 21
Túnel.................................................................................... 22
Bacteremia primária.............................................................. 23
Coleta de Hemocultura......................................................... 25
Clostridium difficile..................................................................................................... 27
Criptococose............................................................................................................... 28
Diarréia Aguda............................................................................................................ 31
Endocardite em valva protética................................................................................... 33
Endocardite em valva nativa........................................................................................ 34
Ginecologia (DIP)....................................................................................................... 38
Grande Queimado...................................................................................................... 39
Hemodiálise................................................................................................................ 42
Herpes simples............................................................................................................ 45
Infecções associadas à Derivação Ventrículo Peritoneal (DVP)....................................... 46
Meningites em Pediatria.............................................................................................. 48
Meningites em Adultos............................................................................................... 51
Neutropenia Febril em Adulto..................................................................................... 52
Neutropenia Febril em Pediatria................................................................................... 54
Obstetrícia - Infecção do Sítio Cirúrgico..................................................................... 58
M. ovular............................................................................................... 59
I. Puerperal............................................................................................ 59
Abortamento......................................................................................... 59
Mastite.................................................................................................. 60
Ortopedia................................................................................................................... 61
Otorrinolaringologia (Amigdalite, Otite, Sinusite)........................................................ 62
Parasitoses Intestinais.................................................................................................. 63
Pâncreas e Vias Biliares................................................................................................ 69
Partes moles: Infecções de Pele................................................................................... 70
Infecções Necrotizantes......................................................................... 71
Pé diabético.......................................................................................... 74
Peritonite associada a diálise peritoneal....................................................................... 77
Peritonite Bacteriana Espontânea (PBE)........................................................................ 78
Pneumonia Comunitária do Adulto............................................................................. 79
SUMÁRIO
9
Tratamento de Infecções
Pneumonia Comunitária em Pediatria.......................................................................... 83
Pneumonia relacionada à assistência à sonda (inclui PAV)............................................ 85
Coleta de secreção traqueal em pacientes traqueostomizados ou entubados............... 86
Pneumopatia por Aspiração (adulto)........................................................................... 87
Trato Urinário:............................................................................................................. 88
Candidúria........................................................................................... 92
Urologia..................................................................................................................... 93
Vírus Sincicial Respiratório........................................................................................... 94
Profilaxia
Cirúrgica
Antibioticoprofilaxia - Princípios Gerais........................................................................ 95
C. Cabeça e Pescoço.................................................................................................... 96
C. Cardiovascular........................................................................................................ 97
C. Gastrointestinal...................................................................................................... 98
C. Ginecológica........................................................................................................... 101
C. Neurológica............................................................................................................ 102
C. Obstétrica . ............................................................................................................ 103
C. Oftalmológicas....................................................................................................... 104
C. Ortopédica............................................................................................................. 105
C. Otorrinolaringológica.............................................................................................. 106
C. Plástica................................................................................................................... 107
C. de Tórax................................................................................................................. 108
C. em Urologia e procedimentos................................................................................. 109
C. Vascular.................................................................................................................. 112
Cirurgias por vídeo...................................................................................................... 113
Transplante de Órgãos Sólidos..................................................................................... 114
Trauma....................................................................................................................... 115
Profilaxia
Não Cirúrgica
Acidente Ocupacional com Risco Biológico (Infecção por HIV/HBV).............................. 117
Doença Meningocócica............................................................................................... 121
Endocardite Infecciosa................................................................................................ 123
Estreptococcus Grupo B em RN................................................................................... 125
Mordedura Humana e de Animais............................................................................... 127
Peritonite Bacteriana Espontânea................................................................................ 128
Pacientes cirróticos com hemorragia digestiva alta....................................................... 128
Procedimentos Endoscópicos...................................................................................... 129
Profilaxia de Fungos em Pacientes Neutropênicos........................................................ 130
Profilaxia de Fungos em Pacientes Críticos................................................................... 130
Tétano........................................................................................................................ 131
10
SUMÁRIO
Tratamento de Infecções
Varicela-Zoster no Hospital.......................................................................................... 132
Vítimas de violência sexual.......................................................................................... 135
Recomendações para Prevenção de InfecçÃO Hospitalar
Microrganismos Multirresistentes:
Critérios para início e retirada de isolamento de contato e investigação de contactantes.............. 136
Precaução para Clostridium difficile............................................................................. 144
Precaução para isolamento
Precaução padrão.................................................................................................... 145
Precaução de contato.............................................................................................. 147
Precaução respiratória com aerossóis....................................................................... 148
Precaução respiratória com gotícula......................................................................... 149
Tabela de infecções/microrganismos e tipo de isolamento......................................... 150
Prevenção de Infecções do Trato Urinário associado a
Cateter Vesical de Demora....................................................................................... 159
Cateterismo Vesical Intermitente Hospitalar.............................................................. 161
Cateterismo Vesical Intermitente Domiciliar.............................................................. 162
Prevenção de infecção associada a cateteres intravasculares........................................ 163
Prevenção de infecção respiratória.............................................................................. 169
Cuidados com equipamentos de assistência respiratória........................................... 171
Prevenção de infecção do sítio cirúrgico...................................................................... 175
Uso de antissépticos................................................................................................... 179
Tuberculose - Biossegurança e Precaução Respiratória.................................................. 181
Vacinação de profissionais de saúde............................................................................ 183
doses de Antimicrobianos
Função Renal Normal (Adultos e Pediatria).................................................................. 187
Função Renal Alterada................................................................................................ 189
Função Hepática Alterada........................................................................................... 194
Uso de Anti-infecciosos na gestação........................................................................... 195
Tabela de Diluição de Antimicrobianos........................................................................ 202
Proposta de modificação / Inserção de condutaS................................... 217
ÍNDICE REMISSIVO................................................................................................... 218
SUMÁRIO
11
Tratamento de Infecções
Tratamento de Infecções
Abdome Agudo Inflamatório
TIPO
Apendicite
edematosa ou
úlcero flegmonosa
Apendicite
perfurada,
abscesso local ou
peritonite
Diverticulite
ANTIMICROBIANO
Cefoxitina ou
Cloranfenicol ou
DOSE AO
DIAGNÓSTICO
INTERVALO
2 g
1 g 6/6h
2 g
Metronidazol +
0,5g + Gentamicina*
240 mg
Metronidazol ou
Cloranfenicol +
1 g 6/6h
24h
0,5 g 8/8 h +
3-5 mg/Kg IV
d.u. diária
0,5 g
0,5 g 8/8h
2 g
1 g 6/6h
Gentamicina*
240 mg
DURAÇÃO
3-5 mg/Kg
IV d.u. diária
> 5 dias e 72h
sem sinais de
infecção ∗∗
Fazer cobertura
para
Enterococcus se
houver:
• Gram da coleção
ou bacteremia
por cocos Gram
positivos
Ampicilina
2 g
2 g IV 6/6h
• Má resposta ao
tratamento clínico
de diverticulite
Até o
esclarecimento
do diagnóstico
microbiológico
• Desenvolvimento
de coleção intraabdominal
• Peritonite
terciária
* Usar ceftriaxone (2 g seguido de 1 g 12/12h) se insuficiência renal ou alto risco de insuficiência renal
∗∗ para suspensão do antimicrobiano: leucograma normal e apirexia > 72h
d.u. - dose única
12
SUMÁRIO
Tratamento de Infecções
Aspergilose Invasiva
A abordagem diagnóstica e terapêutica da aspergilose é complexa e deverá ser
acompanhada por um infectologista experiente.
Critérios Clínico-Radiológicos

Trato Respiratório Inferior
Maiores → qualquer dos seguintes sinais na tomografia de tórax: sinal do halo, sinal
do ar crescente, cavitação

Menores → sintomas de infecção do trato respiratório inferior (tosse, dor torácica,
hemoptise, dispneia), atrito pleural, derrame pleural, infiltrado pulmonar que não
preencha critérios maiores.


Sinusite
Maiores → sinais radiológicos de infecção invasiva nos seios (p. ex. erosões da parede
dos seios, extensão da infecção para estruturas vizinhas, destruição da base do crânio).

 Menores → sinais de infecção do trato respiratório superior (coriza), úlcera da mucosa
nasal, epistaxe, edema periorbital, lesões necróticas ou perfuração do palato duro.

Sistema Nervoso Central
Maiores → evidência radiológica de infecção do sistema nervoso central (mastoidite
ou outro foco parameníngeo, empiema extradural, lesão de massa no parênquima
cerebral ou na medula espinhal).

Menores → sintomas e sinais neurológicos focais (p. ex. convulsões, hemiparesia,
paralisia dos pares cranianos), alteração do nível de consciência, alterações liquóricas.

Critérios do Hospedeiro
Neutropenia (N<500) por tempo >10 dias.
Febre persistente por >96h em paciente de alto risco (transplante de medula óssea,
indução de leucemia mieloide aguda, mieloma múltiplo, transplante de órgãos sólidos)
com ATM de largo espectro.
 Temperatura >38 ou <36 e uma destas condições predisponentes: neutropenia
prolongada (>10 dias) nos 60 dias prévios, uso atual ou nos 30 dias anteriores
de imunossupressores, infecção provável ou comprovada em episódio anterior de
neutropenia, Aids.
 Doença do enxerto versus hospedeiro.
 Uso de corticoides por >3 semanas nos 60 dias prévios.


SUMÁRIO
13
Tratamento de Infecções
Iniciar terapêutica na:
 Aspergilose possível: pelo menos 1 critério do hospedeiro +
- Cultura ou micológico direto positivo, ou um critério clínico-radiológico maior ou
2 critérios menores.
Aspergilose provável: pelo menos 1 critério do hospedeiro + cultura ou micológico
direto positivo +
- Um critério clínico-radiológico maior ou 2 critérios clínicos menores.

 Aspergilose confirmada: evidência histológica de dano tecidual, com ou sem
cultura positiva.
Tratamento de eleição
1. Aspergilose provável/confirmada:
DROGAS PREFERENCIAIS:
Anfotericina B lipossomal* (Ambisome ®) 3 mg/kg/dia IV (não há eficácia de doses
maiores)
ou
Anfotericina B complexo lipídico* (Abelcet ®) 5 mg/kg/dia IV
ou
Voriconazol 6 mg/kg 12/12h IV no primeiro dia, seguido de 4 mg/kg 12/12h. Após
reconstituição a solução é estável por 24h. Na insuficiência renal (Cl Cr < 50 ml/min),
a formulação IV do voriconazol é contra-indicada.
2. Aspergilose provável/confirmada resgate:
Substituir por outra droga preferencial ou adicionar outra droga para tratamento
combinado (consultar infectologista).
3. Aspergilose possível
Anfotericina B deoxicolato* 1-1,5 mg/Kg/dia.
Em caso de toxicidade incontornável, o caso deverá ser discutido com o infectologista.
A administração de todas as formulações de anfotericina B deve ser precedida de
pré-medicação para minimizar os efeitos colaterais;
 Hidrocortisona 25 - 50 mg + Dipirona 1g IV 30 min. antes da infusão;
 SF 0,9% 500 mL 1h antes e 1h após o término da infusão (se condições clínicas
permitirem);
 Adicionar, se necessário, anti-histamínico (difenidramina (Benadryl®) 1/2 amp IV);
 Se os tremores não forem controlados, utilizar solução decimal de dolantina IV.

14
SUMÁRIO
Tratamento de Infecções
Duração do tratamento
Manter terapêutica IV até estabilização da doença. Após este período, manter
voriconazol VO 200 mg 12/12h. A duração total do tratamento não está estabelecida
- consultar infectologista.
Conduta diante de nova quimioterapia ou Transplante de Medula Óssea
Deve-se considerar continuação do tratamento ou reinício do mesmo para pacientes
cuja infecção esteja aparentemente resolvida.
SUMÁRIO
15
Tratamento de Infecções
Tratamento de Bactérias Multirresistentes
BACTÉRIA / INFECÇÃO
1ª OPÇÃO
OUTRAS OPÇÕES
Ampicilina+ aminoglicosídeo
Linezolida
Tigeciclina*
Enterococo resistente a vancomicina
Sensível a ampicilina e aminoglicosídeos
Sensível a ampicilina e alto nível Ampicilina
de resistência para aminoglicosídeos
Linezolida
Tigeciclina*
Resistente a ampicilina
Linezolida
Tigeciclina*
Nitrofurantoína 100mg VO 6/6h
Quinolona
Resistente a ampicilina - Infecção do trato urinário baixo
MRSA
Vancomicina
MRSA R a outras classes de ATM
Teicoplanina
Linezolida (para casos de farmacodermia com glicopeptideos)
MRSA adquirido na comunidade
S. aureus resistente a oxacilina, sensível a outras classes de ATM
• Infecção pele-partes moles leves/moderadas
Sulfametoxazol-trimetropim
ou Clindamicina
• Pneumonia
Sulfametoxazol-trimetropim Vancomicina (para infecções graves)
• Infecções pele-partes moles graves com bacteremia
Vancomicina
• Infecção de Corrente Sangüínea
Doxiciclina
Teicoplanina
Linezolida (para casos de
farmacodermia com glicopeptideos)
Acinetobacter spp resistente a carbapenem
Sensível a ampicilina-sulbactam
Ampicilina-sulbactam
Polimixina
Tigeciclina*
Resistente a ampicilina-sulbactam
Polimixina
Tigeciclina*
Sensível a piperacilina-tazobactam
Polimixina
Piperacilina-tazobactam
Resistente a piperacilina-tazobactam
Polimixina
-
Pseudomonas resistente a carbapenem
Bactérias produtoras de b-lactamase de espectro estendido (ESBL)
ITU
Ciprofloxacina ou
Aminoglicosídeo
Pneumonia Bacteremia
Imipenem ou
Meropenem
Meningite
Meropenem
Infecções intra-abdominais
Ciprofloxacina ou
Aminoglicosídeo + droga anerobicida
Piperacilina-tazobactam ou
Ertapenem ou
Imipenem ou
Meropenem
Ciprofloxacina ou
Ertapenem
Piperacilina-tazobactam ou
Ertapenem ou
Imipenem ou
Meropenem
*Tigeciclina - uso clínico aprovado apenas para inf. pele + partes moles e inf. intra-abdominal.
A concentração sérica e urinária não atinge níveis terapêuticos.
16
SUMÁRIO
Tratamento de Infecções
Candida spp. - Infecções Invasivas e Candidemia
Situação
Opções
Sem uso prévio de azólico
Fluconazol
(cetoconazol, fluconazol, itraconazol, voriconazol)
Anfotericina B*
Uso prévio de azólico nos últimos 30 dias
Anfotericina B*
(cetoconazol, fluconazol, itraconazol, voriconazol)
Caspofungina ou formulações lipídicas de anfotericina B, se insuficiência renal (clearance de creatinina < 50 mL/min) ou reação incontrolável à infusão de anfotericina
Tempo mínimo de tratamento: 14 dias
Atenção: remover todos os cateteres venosos centrais
Droga
Comentários
Anfotericina B*
• Dose: 0,7 - 1 mg/kg/dia
• Diluir em 500 mL SG 5% e infundir em 6 a 24h
• Não utilizar em C. guilhermondi e C. lusitaniae
Formulações lipídicas de anfotericina B*
• Amphocyl® – 3mg/kg/dia
• Abelcet® – 5 mg/kg/dia
• Custo elevado
• Indicações de uso:
- Reação incontrolável à infusão de anfotericina B (esgotadas as medidas de controle*);
- Insuficiência renal (clearance de creatinina < 50 mL/min)
Fluconazol
• Dose: 800 mg no 1º dia, seguido de 400 mg/dia
(6 mg/kg/dia)
• Não utilizar em C. krusei
• Experiência limitada em neutropênicos
Caspofungina
• 70mg IV no 1º dia, seguido de 50 mg/dia
• Experiência limitada em neutropênicos
• Custo elevado
* A administração de todas as formulações de anfotericina B deve ser precedida de pré-medicação, para
minimizar efeitos colaterais:
• Hidrocortisona 25 - 50 mg + Dipirona 1g IV 30 min. antes da infusão;
• SF 0,9% 500 mL IV 1h antes da infusão e 1h após seu término (se condições clínicas permitirem);
• Adicionar, se necessário, anti-histamínico (difenidramina (Benadryl®) 1/2 amp IV);
• Se os tremores não forem controlados, utilizar 2 mL de solução decimal de dolantina IV.
SUMÁRIO
17
Tratamento de Infecções
Candida spp. - Infecções cutâneo-mucosas
1. Candidíase oral
1.1. Pacientes com infecção por HIV ou com outras patologias (exceto neutropênicos)
Nistatina (pastilhas) ou 1 a 4 ml
4x/dia por 14 dias
tempo contato >2 minutos
Recidiva Repetir tratamento
se recuperação imunológica prevista
Sem resposta
Fluconazol 200 mg no D1 e
100 mg/dia por 7-14 dias ou
Itraconazol 200 mg/dia por 14 dias ou
Cetoconazol 200 mg/dia por 14 dias
1.2. Quadro extenso de candidíase oral:
• Fluconazol 200 mg no primeiro dia seguido de 100 mg/dia 7-14 dias (após melhora
clínica)
• Itraconazol 200 mg/dia (14 dias) ou
• Refratária ou intolerância ao fluconazol:
- Anfotericina B IV 0,3 - 0,5 mg/kg por 7-14 dias
- Caspofungina 50 mg/dia IV por 14 dias
2. Candidíase vaginal
2.1. Gestante → tratamento tópico
2.2. Mulheres não-gestantes
Tratamento Tópico:
• Clotrimazol
ou
18
- 500 mg 1x/dia em dose única ou
- 200 mg 1x/dia por 3 dias ou
- 100 mg 1x/dia por 6 a 14 dias
SUMÁRIO
Tratamento de Infecções
• Miconazol
- 5 g creme 1x/dia por 7 dias ou
- 200 mg em susp. vaginal por 3 dias
ou
• Tioconazol creme 6,5% aplicação única
Tratamento Oral:
• Fluconazol 150 mg 2 doses com intervalo de 3 dias (casos graves) ou
• Cetoconazol 200 mg 12/12h por 5 dias ou
• Itraconazol 200 mg 1x/dia por 3 dias
Obs.:
• A nistatina não deve ser utilizada no tratamento da candidíase vaginal.
• Não é necessário tratar o marido assintomático.
2.3. Candidíase vaginal grave e recorrente
• Clotrimazol tópico 1 vez por semana ou
• Cetoconazol 100 mg/dia VO ou
• Cetoconazol 400 mg/dia VO nos 5 primeiros dias do ciclo menstrual (se menstruação
for fator de risco).
• Fluconazol 150 mg VO 1x/semana por 6 meses
3. Candidíase Esofágica
Diagnóstico clínico - realizar tratamento empírico. Se não houver melhora clínica
em 72 horas ou suspeita de candidíase refratária, realizar endoscopia digestiva alta.
Cultura e teste de sensibilidade devem ser realizados em caso de candidíase refratária.
• Fluconazol 200 mg/dia VO por 21 dias ou
• Itraconazol 200 – 400 mg VO por 14 dias
• Anfotericina B 0,3 - 0,5 mg/kg/dia por 14 - 21 dias
• Caspofungina 50 mg/dia por 14 - 21 dias
Obs:
• Pacientes com Aids antes do uso de antirretrovirais apresentam 90%
de recidiva.
• A profilaxia é controversa e não deve ser indicada como rotina.
• O uso de itraconazol em solução oral diminui os problemas de absorção com hipocloridria e ingestão de alimentos (não-disponível no Brasil).
SUMÁRIO
19
Tratamento de Infecções
4. Onicomicose
• Terbinafina 250mg/dia, uso contínuo por 4 a 6 meses
ou
• Itraconazol 400mg/dia durante 1 semana a cada 4 semanas (pulsoterapia)
ou
• Itraconazol 200mg/dia, uso contínuo - Pés: até 6 meses
- Mãos: até 4 meses
5. Dermatofitoses
Utilizar preferencialmente o tratamento tópico.
Indicações de tratamento sistêmico:
 Doença extensa
 Falha da terapia tópica
 Intolerância ao uso tópico
 Tinea capitis
 Comprometimento palmar ou plantar extenso
 Imunossupressão
5.1. Tinea pedis
• Itraconazol
• Fluconazol
• Cetoconazol
• Terbinafina
20
−
−
−
−
400 mg/dia por 7 dias
150 mg/semana por 4 semanas
200 mg/dia por 2 a 6 semanas alternadas
250 mg/dia por 3 semanas
5.2. Tinea capitis
• Griseofulvina −
−
• Itraconazol
• Terbinafina
−
500 mg/dia por 6-12 semanas
100 mg/dia por 6 semanas
Peso<20Kg - 125 mg/dia
Peso 20-40Kg - 250 mg/dia
Peso>40Kg - 500 mg/dia
Até cura clínica e micológica
5.3. Tinea corporis
• Itraconazol
−
−
• Terbinafina
• Fluconazol
−
100 mg/dia por 14 dias
250 mg/dia por 3 semanas
150 mg/semana por 4 a 6 semanas
SUMÁRIO
Tratamento de Infecções
Cateter Venoso Central (CVC)
As complicações infecciosas relacionadas a CVC podem ser tanto locais (infecções do
óstio ou do túnel) como sistêmicas (bacteremias).
1. Infecção do óstio do CVC:
1.1. CVC de curta permanência:
a) Suspeita: presença de secreção purulenta no óstio do CVC ou celulite.
b) Como proceder: retirar o CVC, mandar ponta para cultura e providenciar dois pares
de hemoculturas de sangue periférico. Caso o paciente ainda necessite de acesso
venoso, instalar novo CVC em outro local.
c) Interpretação dos resultados:
 Se ponta de cateter positiva* e hemoculturas negativas em paciente sem sinais
sistêmicos de infecção: não tratar, apenas observar evolução. Em pacientes com
doença valvar ou neutropenia e colonização do CVC por Staphylococus aureus
ou Candida spp.: monitorizar para sinais de infecção e repetir hemoculturas se
necessário.
 Se ponta de cateter positiva* e hemoculturas negativas em paciente com sinais
sistêmicos de infecção e sem outro foco: completar sete dias de antimicrobiano
sistêmico baseado no antibiograma
 Se ponta de cateter positiva* e hemoculturas positivas: ver tratamento de
bacteremia.
1.2. CVC de longa permanência:
a) Suspeita: presença de secreção purulenta no óstio do CVC ou celulite.
b) Como proceder: não remover o CVC. Colher dois pares de hemoculturas (1 de
sangue periférico, 1 do CVC) e cultura de secreção pericateter. Iniciar tratamento
empírico com vancomicina.
c) Interpretação dos resultados:
 Hemoculturas negativas e cultura de secreção pericateter positiva: completar sete
dias de ATB sistêmico baseado no antibiograma.
 Hemoculturas positivas: ver tratamento de bacteremias.
 Se a diferença do tempo para positividade das hemoculturas for > 2h, considerar
fazer lock de ATM no CVC.
*Somente considerar positivas as culturas de ponta de cateter semi-quantitativas com
crescimento de microrganismo único e acima de 15 ufc.
SUMÁRIO
21
Tratamento de Infecções
2. Infecção do túnel ou bolso
a) Suspeita: presença de eritema, edema e dor que se estende por mais de 2 cm no
trajeto do túnel a partir do óstio do CVC.
b) Como proceder: retirar CVC; se houver coleção drenável, colher material para
cultura e colher um par de hemoculturas de sangue periférico. Iniciar tratamento
empírico com vancomicina.
c) Interpretação dos resultados:
 Hemocultura negativa: completar sete dias de antimicrobiano sistêmico com base
no resultado do antibiograma.
 Hemocultura positiva: ver tratamento de bacteremia.
3. Infecção da corrente sanguínea
Paciente com CVC de curta
permanência e episódio febril agudo
• Hemocultura, um par (periférico)
• Foco da febre não identificado: remover
CVC e inserir por outra punção ou trocá-lo
sobre fio-guia se não houver sinais de
infecção local
• Cultivar ponta do CVC
Paciente instável
(hipotensão, hipoperfusão, falência de órgãos)
Paciente estável
(sem hipotensão ou falência de órgãos)
Considerar
ATM
Hemocultura (-) e
CVC não-cultivado
Febre mantida e
sem outro foco:
remover e cultivar
CVC
ATM - antimicrobiano
22
Iniciar
ATM
Hemocultura (-) e
cultura ponta CVC (-)
Investigar outros
focos
Hemocultura (-) e
cultura ponta CVC
> 15 ufc
Em pacientes com doença valvar
ou neutropenia e colonização do
CVC por S. aureus ou levedura
→ monitorizar para sinais de
infecção e repetir hemoculturas
se necessário
SUMÁRIO
Hemocultura (+) e
cultura ponta CVC
> 15 ufc
Ver abaixo
tratamento
de bacteremia
relacionada a
CVC de curta
permanência
Tratamento de Infecções
3a.
Paciente com bacteremia relacionada a
CVC de curta permanência
Complicada
Trombose séptica,
endocardite,
osteomielite, etc
Remover CVC e
tratar com ATM
sistêmico por 4-6
semanas; 6-8
semanas para
osteomielite
Não-complicada
Staphylococcus
coagulase-negativo
• Excluir
contaminação
• Remover CVC e
tratar com ATM
sistêmico por
5-7 dias
• Se CVC mantido,
tratar com ATM
sistêmico + “selo“
de ATM no CVC por
10-14 dias
Staphylococcus
aureus
• Remover CVC e
tratar com ATM
sistêmico até
paciente afebril
por 7 dias
• Eco trans-esofágico (+),
prolongar ATM
sistêmico por 4-6
semanas
Bacilos Gram-negativos
Remover CVC e
tratar com ATM
sistêmico até
paciente afebril
por 7 dias
Candida spp.
Remover CVC
e tratar com
antifúngicos*
* Ver Tratamento de infecção invasiva Candida spp.
ATM - antimicrobianos
CVC - Cateter Venoso Central
SUMÁRIO
23
24
SUMÁRIO
Remover CVC e
tratar com ATM IV
por 4-6 semanas;
6-8 semanas para
osteomielite
Trombose séptica,
endocardite,
osteomielite etc
* Ver Tratramento de Infecção invasiva por Candida spp.
ATM - antimicrobianos
CVC - Cateter Venoso Central
IV - Intravenoso
Remover CVC e
tratar com ATM
por 10-14 dias
Infecção do
túnel ou bolsa
Complicada
• Excluir contami-nação
• Manter CVC e
tratar com ATM IV
por 7 dias + “selo“
de ATM no CVC por
10 - 14 dias
• Remover CVC
se houver piora
clínica, bacteremia
persistente ou
recidiva
Staphylococcus
aureus
• Remover CVC e
tratar com ATM IV
por 14 dias se eco
transesofágico (-)
• Para tentar salvar
CVC, se eco trans-esofágico (-), tratar
com ATM IV + “selo“
de ATM no CVC por
14 dias
• Remover CVC se
piora clínica,
bacteremia
persistente ou
recidiva
Staphylococcus
coagulase
negativo
Paciente com bacteremia relacionada a
CVC tunelizado ou implantável (port)
• Remover CVC e
tratar com ATM
IV até paciente
afebril por 7 dias
• Para tentar
salvar CVC, tratar
com ATM IV +
“selo“ de ATM no
CVC por 14 dias
• Se não houver
resposta, remover
CVC e tratar
com ATM IV até
paciente afebril
por 7 dias
Bacilos Gram-negativos
Não complicada
Remover CVC
e tratar com
antifúngicos*
Candida spp.
Tratamento de Infecções
3b.
Tratamento de Infecções
Coleta de Hemocultura
A contaminação da hemocultura, devido à coleta inadequada é frequente, levando
ao diagnóstico incorreto e uso desnecessário de antibiótico. Portanto a padronização
da técnica de coleta é fundamental.
Indicações e momento da coleta:
Para sepse ou bacteremia de origem indeterminada obter 2 punções venosas de
locais diferentes.
Para suspeita de endocardite e febre de origem indeterminada colher de 2 a 3 pares
de frascos com intervalos de 20 a 30 minutos.
Para pacientes em uso de antibiótico e com indicação de coleta de hemocultura, esta
deve ser colhida antes da próxima dose de antibiótico.
Nota: Se mais de uma hemocultura já tiver sido coletada antes da introdução de
antibioticoterapia, coleta de múltiplas amostras após início de terapêutica para
investigação do mesmo episódio febril deve ser desencorajada.
Para diagnóstico de infecção relacionada a cateter através de hemoculturas pareadas
os 2 métodos mais estudados são:
 Diferença do tempo de positivação: Este método compara os registros do
tempo de crescimento de microrganismos isolados em hemocultura periférica e
colhida através do cateter. Por esta técnica é considerada infecção relacionada a
cateter quando a hemocultura colhida através do cateter positiva duas horas ou
mais antes da amostra periférica. A desvantagem desse método é que a maioria
dos pacientes tem resultado indeterminado, pois somente um dos pares é positivo.
Quando o exame é conclusivo, a sensibilidade chega a 85% e a especificidade a 81%.
Culturas Quantitativas: Por esta técnica, considera-se infecção relacionada
a cateter quando a quantidade de microrganismos isolados na via do acesso for
cinco ou mais vezes maior que a isolada na amostra periférica. Esta técnica não é
disponível no Hospital das Clínicas.
A maioria dos estudos corrobora o uso destas técnicas para cateter venoso central
de longa permanência.

Técnica de coleta de hemocultura periférica:
1. Higienizar as mãos;
2. Colocar as luvas de procedimento;
3. Garrotear o membro do paciente e localizar a veia;
4. Realizar a antissepsia local com solução de clorexidina alcoólica a 0,5%;
5. Aplicar o antisséptico em um único sentido;
SUMÁRIO
25
Tratamento de Infecções
6. Esperar secar;
7. Após a antissepsia, realizar a punção sem colocar a mão no local. Caso seja
necessário, usar luvas estéreis;
8. Volume de sangue a ser aspirado:
• Adultos:10-20 ml, divididos em dois frascos (aeróbio e anaeróbio), respeitando o
volume máximo de cada frasco.
• Neonatos até 1 ano: 0,5 a 1,5 ml, preferencialmente > 1 ml.
• Crianças: 1 ml/ano, divididos em 2 frascos, respeitando o volume máximo de cada
frasco (por exemplo: 6 anos: coletar 6 ml e distribuir 3ml em cada frasco pediátrico)
Acima de 8ml, utilizar frasco aeróbio (8 a 10 ml)
9. Não é necessário trocar de agulha para inoculação nos frascos;
10. Proceder a desinfecção do frasco com álcool a 70%;
11. Inocular primeiro o sangue no frasco aeróbio;
12. Misturar o conteúdo dos frascos por inversão.
Técnica de coleta de hemocultura por cateter venoso central:
1. Identificar no frasco a coleta realizada pelo cateter e a coleta pelo acesso periférico;
2. Higienizar as mãos;
3. Colocar as luvas de procedimento;
4. Limpar com álcool 70% a conexão e extremidade distal do cateter. Esperar secar
30 a 60s;
5. Aspirar e desprezar 3ml de sangue do cateter em adultos ou 0,2 ml em crianças;
6. Colher amostra de todos os lúmens do cateter, contendo mesmo volume de sangue;
7. Utilizando nova seringa, coletar volume de sangue necessário;
8. Proceder a desinfecção do frasco com álcool a 70%;
9. Inocular o sangue no frasco de hemocultura, respeitando o volume máximo de
cada frasco;
10. Misturar o conteúdo dos frascos por inversão.
Observações:
 Evitar coleta de sangue 1 hora após término de infusão de antibiótico;
 Para suspeita de infecção por fungos filamentosos, Histoplasma e micobactérias
utilizar o frasco especifico Myco F. Coletar apenas 1 amostra, volume máximo de
5 ml de sangue
 Para amostras pareadas, o volume coletado por via central deverá ser o mesmo do
coletado por via periférica;
 A coleta através do cateter deve ser sempre pareada com a hemocultura periférica;
 O intervalo de tempo entre a coleta pelo cateter e periférica não deve ultrapassar
15 minutos.
26
SUMÁRIO
Tratamento de Infecções
Clostridium difficile
Episódio inicial:
Parar antimicrobianos, se possível.
Metronidazol 250 mg VO 6/6h ou 500 mg VO 8/8h (pode ser IV).
 Em casos graves, confirmados por colonoscopia ou não responsivos a metronidazol,
usar vancomicina 125 a 500 mg VO 6/6h (não pode ser IV).
 Duração 10 - 14 dias ou até 7 dias após a suspensão dos antimicrobianos.
 Não usar antiperistálticos, devido ao risco de megacólon tóxico.


Recorrência:


Metronidazol 250 mg VO 6/6h ou 500 mg VO 8/8h por 10 - 14 dias.
Após o 3º ou o 4º episódio, consultar infectologista.
SUMÁRIO
27
28
SUMÁRIO
Manutenção
Fluconazol 200 mg/dia indefinidamente
ou até CD4 > 100-200 por 6 meses
Consolidação
Fluconazol 400-800 mg/dia por 8 - 10 semanas
Não é necessária a
CONSOLIDAÇÃO. Fazer
MANUTENÇÃO com
fluconazol
* Para casos refratários
considerar anfotericina
intratecal
Manter dose de ataque até
cultura negativa no líquor*
Paciente em REG ou
culturas +
Outras opções de ATAQUE:
• Anfotericina B 0,7-1mg/kg/dia + 5-flucitosina 100-150 mg/kg/dia por 6-10 sem.
• Fluconazol 400-800 mg/dia + 5-flucitosina 100-150 mg/kg/dia por 10 sem.
• Fluconazol 400-800 mg/dia por 10 sem.
• Formulação lipídica (Ambisome) 4 mg/kg/d por 6-10 sem.
Paciente em BEG
(melhora clínica) e
culturas negativas
Colher líquor de controle com cultura para fungos
• 2ª opção: Anfotericina B (0,7 - 1mg/kg/dia) por 3-4 semanas
ATAQUE:
• 1ª opção: Anfotericina B (0,7 - 1mg/kg/dia) + 5-flucitosina (100-150 mg/Kg/dia) por 2 semanas
1) Doença no SNC:
Criptococose em HIV-Positivos
Tratamento de Infecções
Criptococose
Criptococoma pulmonar
< 3 cm
> 3 cm
2) Doença pulmonar e outros sítios:
SUMÁRIO
Sintomas graves/progressivos
• Anfotericina B (0,7 - 1mg/kg/dia) até a melhora
dos sintomas, seguido de fluconazol
Assintomáticos/Sintomas leves ou moderados:
• Fluconazol 200-400 mg/dia por 6 a 12 meses
Considerar somente tratamento clínico:
Abordagem cirúrgica apenas
Criptococose em HIV-Positivos
Tratamento de Infecções
29
30
SUMÁRIO
Manter ataque até cultura negativa no líquor*
Paciente em REG ou imunocomprometido
* Para casos refratários considerar o uso de anfotericina intratecal
< 3cm
> 3cm
Considerar apenas
tratamento clínico (acima)
Abordagem cirúrgica apenas
(nos imunocomprometidos, associar tratamento clínico)
Fluconazol 200-400 mg/dia por 6 - 12 meses
Tratar todos os imunocomprometidos
Fluconazol 400 mg/dia por 8 - 10 semanas
Criptococoma pulmonar
2) Doença pulmonar e outros sítios:
Paciente em BEG (melhora clínica)
• 2ª opção: Anfotericina B (0,7 - 1mg/Kg/dia) por 3 semanas
Colher líquor de controle com cultura para fungos
• 1ª opção: Anfotericina B (0,7 - 1mg/kg/dia) associado a 5-flucitosina (100-150 mg/kg/dia) por 2 semanas
Ataque:
1) Doença em SNC:
Criptococose em HIV-Negativos
Tratamento de Infecções
Tratamento de Infecções
Diarréia Aguda
Sem febre
Hidratação
Evitar antidiarréicos
Observar
Com febre > 38ºC
Duração <72 horas
Duração >72 horas
Adulto hígido
Sem indicação
de internação
Extremos idade
imunossupremido
Com indicação
de internação:
Colher coprocultura
Evitar antidiarréicos
Iniciar*:
Ciprofloxacino 400 mg
IV 12/12h ou
Ceftriaxona 2 g
por dia
Sem indicação
de internação:
Hidratação
Evitar antidiarréicos
Norfloxacino 400 mg
VO 12/12h
* A diarréia provocada por E. coli entero-hemorrágica não deve ser tratada com
antimicrobianos devido ao risco de síndrome hemolítico-urêmica.
SUMÁRIO
31
Tratamento de Infecções
Diarréia Aguda
Patógeno Tratamento Duração
Shigella spp. TMP-SMZ 160-800 mg VO 12/12 h
Ciprofloxacino 500 mg VO 12/12 h Ceftriaxona 2 g por dia IV
3-5 dias
Salmonella não-typhi* TMP-SMZ 160-800 mg VO 12/12 h
Ciprofloxacino 500 mg VO 12/12 h Ceftriaxona 2 g por dia IV
5-7 dias
Campylobacter Eritromicina 500 mg 12/12 h 5 dias
Escherichia coli spp.** TMP-SMZ 160-800 mg VO 12/12 h
Ciprofloxacino 500 mg VO 12/12 h Ceftriaxona 2 g por dia IV
3 dias
Yersinia spp.*** TMP-SMZ 160-800 mg VO 12/12 h
Ciprofloxacino 500 mg VO 12/12 h
Clostridium difficile toxigênico Metronidazol 500 mg VO ou IV 8/8 h 10 dias
Giardia Metronidazol 250-750 mg VO ou IV 8/8 h 7-10 dias
* Tratar somente casos graves ou pacientes com menos de 6 anos ou mais de 50 anos, doença valvar,
aterosclerose grave, neoplasia ou uremia.
** Não tratar E. coli êntero-hemorrágica.
*** Tratar somente casos graves ou associados a bacteremia.
32
SUMÁRIO
Tratamento de Infecções
Endocardite em valva protética
Suspeita de endocardite em prótese valvar (ocorre até um ano após a troca valvar):
 Após coleta de três pares de hemocultura, com intervalo de pelo menos 20 minutos,
iniciar:
- vancomicina (40 a 60 mg/kg/dia) e
- amicacina (15 mg/kg/dia) ou cefalosporina (cefepima) em pacientes com insuficiência
renal (Cr>2,5 mg/dl).
Após isolamento do agente etiológico, ajustar a antibioticoterapia, que deverá ser
mantida por 6 a 8 semanas. Quando houver indicação de trocar a prótese valvar,
manter pelo menos 4 semanas de terapia após a troca valvar.

Nas endocardites por S. aureus, associar rifampicina (300mg VO 8/8h) durante 6
semanas.

SUMÁRIO
33
Tratamento de Infecções
Endocardite em valva nativa
ETIOLOGIA
ANTIMICROBIANO
DOSE DURAÇÃO
COMENTÁRIOS
Streptococcus Penicilina cristalina
12-18 milhões
4 sem
U 24h IV viridans sensível a ou penicilina e
Ceftriaxone
2 g /24 h IV/IM
4 sem
Preferível em pacientes
>65 anos ou pacientes
com lesão renal ou
auditiva
Penicilina cristalina
12-18 milhões 2 sem
Streptococcus
bovis
ou U 24h IV Ceftriaxone
2 g /24 h IV/IM
2 sem
associados à
Gentamicina
3 mg/kg IM/IV
2 sem
dividido 3x/dia
Duração de 2 sem. não
se aplica a pacientes
com abscessos
cardíacos ou extra-cardiácos ou pacientes
com ClCr<20ml/min,
prejuízo do 8º par
Vancomicina
30 mg/kg 24h IV
4 sem
dividido 2x/dia*
Apenas nos intolerantes
à penicilina ou
ceftriaxone
Streptococcus Penicilina cristalina
24 milhões U 24h
4 sem
viridans e IV contínuo ou
Streptococcus em 4-6 doses
bovis ou
relativamente Ceftriaxone
2 g /24 h IV/IM
4 sem
resistentes à associados à
penicilina
Gentamicina
3 mg/kg IM/IV
2 sem
dividido 3x/dia
Pac. com cepas
resistentes à penicilina
(MIC> 0,5 mcg/ml)
devem ser tratados
com o esquema
recomendado para
Enterococcus spp.
(0,12mcg/ml< Vancomicina
30 mg/kg 24h IV 4 sem
MIC <
dividido 2x/dia*
0,5 mcg/ml)
Apenas nos intolerantes
à penicilina ou
ceftriaxone
* Manter nível sérico da vancominica entre 15mg/ml e 20 mg/ml no vale
34
SUMÁRIO
Tratamento de Infecções
Endocartite em valva nativa (cont.)
ETIOLOGIA
ANTIMICROBIANO
Enterococcus spp. Ampicilina sensível à ou
penicilina, Penicilina
gentamicina e vancomicina
associados à
Gentamicina
DOSE DURAÇÃO
12 g/24h
4-6 sem
em 6 doses IV
18-30 milhões 4-6 sem
U 24 h contínuo
ou em 6 doses
3 mg/kg/24 h IV
4-6 sem
em 3 doses
COMENTÁRIOS
6 sem em pacientes
com sintomas >
3 meses
Vancomicina
30 mg/kg 24h IV 6 sem
associada à dividido 2x/dia*
Gentamicina
3 mg/kg/24 h IV
6 sem
em 3 doses
Apenas nos intolerantes
a penicilina ou
ampicilina
6 sem de vanco
recomendadas por sua
atividade menor
contra enterococcus
Ampicilina
Enterococcus spp.
sensível a ou penicilina, Penicilina
estreptomicina e vancomicina associados à
e resistente a Estreptomicina
gentamicina
6 sem em pacientes
com sintomas >
3 meses
12 g/24h em 4-6 sem
6 doses IV
24 milhões 4-6 sem
U/24 h contínuo
ou em 6 doses IV
15 mg/kg/24 h
4-6 sem
IM/IV em 2 doses
Vancomicina
30 mg/kg 24h IV
6 sem
dividido 2x/dia*
associada à
Estreptomicina
15 mg/kg/24 h
6 sem
IM/IV em 2 doses
Apenas nos intolerantes
a penicilina ou
ampicilina
*Manter nível sérico da vancomicina entre 15 mg/ml e 20 mg/ml no vale
SUMÁRIO
35
Tratamento de Infecções
Endocartite em valva nativa (cont.)
ETIOLOGIA
Enterococcus spp.
resistente a penicilina e susceptível a aminoglicosídeo
ANTIMICROBIANO
DOSE DURAÇÃO
Cepa produtora de ß - lactamase
Ampicilina- 12 g/24h IV
6 sem
sulbactam
em 4 doses
associada a 3 mg/kg/24 h 6 sem
Gentamicina
IV/IM em 3 doses
e vancomicina
Vancomicina
associada a Gentamicina
30 mg/kg/24 h 6 sem
em 2 doses*
3 mg/kg/24 h
6 sem
IV/IM em 3 doses
Resistência intrínseca a penicilina
Vancomicina
30 mg/kg 24h IV 6 sem
dividido 2x/dia*
associada a
Gentamicina
3 mg/kg/24 h 6 sem
IV/IM em 3 doses
Enterococcus Linezolida 1200 mg/24 h
> 8 sem
faecium R a peni,
IV/VO em 2 doses
aminoglicosídeos e vanco
Enterococcus faecalis R a peni, aminoglicosídeos e vanco
Imipenem
associado à
Ampicilina
2 g/24 h IV > 8 sem
em 4 doses
12 g/24 h
> 8 sem
em 6 doses IV
Ceftriaxone associado à Ampicilina 4 g /24 h > 8 sem
em 2 doses IV/IM
12 g/24 h > 8 sem
em 6 doses IV
HACEK
Ceftriaxone ou
2g/24h IV/IM 4 sem
(H. influenzae, em 1 dose
H. aphrophilis, Actnobacillus, Ampicilina ou
Cardiobacterium, 12 g/24 h em 4 doses IV
* Manter nível sérico da vancominica entre 15mg/ml e 20 mg/ml no vale
SUMÁRIO
Se cepa R a genta, usar
> 6 sem de
ampi-sulbactam
Apenas nos intolerantes
à ampicilina-sulbactam
Consulta a
infectologista
recomendada
Atenção à
palquetopenia após
2 semanas
Cefotaxime ou outra
cefalo 3ª/4ª podem
ser usados
4 sem
Eikenella e Ciprofloxacino
1 g/24 h VO 4 sem
Kingella)
ou 800 mg/24 h IV em 2 doses
36
COMENTÁRIOS
Fluoroquinolonas
apenas para pacientes
não tolerantes a
cefalosporina ou
ampicilina
Tratamento de Infecções
Endocartite em valva nativa (cont.)
ETIOLOGIA
ANTIMICROBIANO
DOSE DURAÇÃO
COMENTÁRIOS
Staphylo-
Oxacilina 12g/24h em 6 sem
-coccus spp.
opcionalmente
6 doses IV
Sensível a
associada à oxacilina Gentamicina ou
3 mg/kg/24 h 3-5 dias
IV/IM em 3 doses
Cefazolina
6g/24h em 6 sem
opcionalmente 3 doses IV
associada à
Gentamicina ou
3 mg/kg/24 h 3-5 dias
IV/IM em 3 doses
Para pacientes com
reações alérgicas não
graves a penicilina
Vancomicina
30 mg/kg/24 h 6 sem
em 2 doses IV*
Para pacientes com
reações alérgicas
graves a penicilina
Resistente à Vancomicina
oxacilina
30 mg/kg/24 h
6 sem
em 2 doses IV*
Dose pediátrica:
40mg/kg em
2 ou 3 doses IV
Streptococcus Penicilina ou
12-18 milhões
4 sem
pneumoniae, UI /24h IV Streptococcus dos grupos A, B, Ceftriaxone ou
2 g /24 h IV/IM
4 sem
C e G
Alguns especialistas
recomendam a adição
de gentamicina (a
penicilina e ceftriaxone)
por 2 a 6 semanas
para tratamento de
endocardite causada
por Streptococcus do
grupo B, C e G
Vancomicina
Apenas em intolerantes
a ß-lactâmicos
30 mg/kg/24 h 4 sem
em 2 doses IV*
* Manter nível sérico da vancominica entre 15mg/ml e 20 mg/ml no vale
SUMÁRIO
37
38
SUMÁRIO
Bacteróides spp
Peptostreptococcus spp
Peptococcus spp;
Haemophilus influenzae
Streptococcus agalactiae
Mycoplasma hominis
Ureaplasma urealyticum
2) Penicilina cristalina
4 milhões UI IV 4/4h +
Gentamicina 3-5 mg/
kg d.u. diária IM ou IV
(continuar até 48h após
melhora clínica) seguida
de Doxiciclina 100 mg
VO 12/12h (por 14 dias;
e associar cobertura para
anaeróbios durante
14 dias se houver
abscesso tubo
ovariano)
1) Cefoxitina
2 g IV 6/6h
(continuar por 24 a 48h
após melhora clínica)
seguidos de Doxiciclina
100 mg VO 12/12h
(continuar por 14 dias e
associar cobertura para
anaeróbios por 14 dias
se houver abscesso tubo
ovariano)
Neisseria gonorrhoeae
Chlamydia trachomatis
tratamento inicial
de escolha
agentes mais
comuns
d.u. - dose única
DIP
Doença
Ginecologia
AMBULATORIAL
14 dias
IV ou VO 8/8h durante
Metronidazol 500 mg
VO 12/12h - 14 dias +
Doxiciclina 100 mg
ambulatorial.
no tratamento
HIV/AIDS, falha
adolescente,
abscesso pélvico,
dose única +
gravidez ectópica,
250 mg IV ou IM
apendicite ou
e diferencial com
diagnóstico incerto
internação:
• Critérios de
se necessária.
abordagem cirúrgica
• Considerar a
comentários
Ceftriaxona
ou
IV 8/8h durante 14 dias
durante 14 dias
Metronidazol 500 mg
Metronidazol
Doxiciclina 100 mg VO
400 mg VO 8/8h
VO 12/12h +
12/12h +
Ofloxacino 400 mg
200 mg IV 12/12h +
tratamento
ambulatorial
1) Ciprofloxacino
tratamento inicial
alternativo
Doença inflamatória pélvica – dip
Tratamento de Infecções
Tratamento de Infecções
Grande Queimado
À Internação
Cultura de Lesão
Cultura de Nasofaringe
(pesquisa de Streptococcus do Grupo A)*
repetir cultura semanalmente
Aos Curativos
SEM SINAIS DE INFECÇÃO
COM SINAIS DE INFECÇÃO
cultura de swabs de ferida
cultura (+)
Celulite ou
Aprofundamento do grau da
queimadura ou
Febre ou hipotermia ou
Instabilidade hemodinâmica ouLeucopenia
colonização Colher hemocultura e ver critérios para terapêutica empírica
(+)
(-)
OBSERVAR*
Rediscutir
tratamento
Antimicrobiano de acordo
com antibiograma
* Pacientes com culturas de vigilância positivas para S. pyogenes:
Iniciar penicilina G cristalina 200.000 - 300.000 unidades/kg divididas com intervalo de 4
horas por 4 dias. Manter o paciente em isolamento durante esse período. Recomendamos
adiar a enxertia até término do curso de penicilina.
Pacientes com infecção por S. pyogenes:
Primeira escolha: penicilina G cristalina 200.000 - 300.000 unidades/kg divididas com intervalo
de 4 horas por 10 a 14 dias. Manter o paciente em isolamento de contato durante esse
período. Recomendamos adiar a enxertia até término do curso de penicilina.
SUMÁRIO
39
Tratamento de Infecções
Grande Queimado
Critérios para Terapêutica Empírica Sistêmica
Iniciar antimicrobiano sistêmico quando se observarem dois dos critérios abaixo:
1. Leucopenia (< 2500/mm3)
2. Aprofundamento do grau da queimadura (exceto em queimadura elétrica) ou febre
(> 38,5o C) ou hipotermia (<36oC)
3. Instabilidade hemodinâmica após correção hidroeletrolítica
4. Celulite
5. Confusão mental (sem outra causa) ou hiperglicemia (>150 mg/dl sem diabetes
prévia)
Indicações de uso tópico de antimicrobianos
1. PROFILÁTICO em paciente proveniente de outro hospital.
2. PROFILÁTICO após escarotomia ou fasciotomia.
3. PROFILÁTICO em queimaduras extensas (criança >10% e adulto >20% de
superfície corpórea).
4. ASSOCIADO a antibioticoterapia sistêmica, quando houver indicação de tratamento
de infecção.
40
SUMÁRIO
Tratamento de Infecções
Grande Queimado
Esquema Terapêutico Empírico para Infecções
ATÉ 72 HORAS DE INTERNAÇÃO E
SEM USO PRÉVIO DE ANTIMICROBIANO
Oxacilina
+
Ciprofloxacina
Após 72 horas de internação ou
uso prévio de antimicrobiano
Reavaliação após 72h
ou
piora importante
Vancomicina + Ciprofloxacina
Reavaliação após 48h ou
piora importante
Vancomicina + Imipenem
Reavaliação após 48h ou
piora importante
Associar anfotericina B ou
fluconazol IV
SUMÁRIO
41
Tratamento de Infecções
Hemodiálise
Infecção de Via de Acesso Venoso
Pacientes com infecção no acesso
(excluídos outros focos)
Bacteremia
Sinais de infecção local
Colher 2 pares de hemoculturas (1
punção periférica, 1 CVC) e cultura
da secreção pericateter
Colher 2 pares de hemoculturas
(1 punção periférica, 1 CVC)
Cefalosporina 1ª Geração*
- Vancomicina*/** IV
1 g cada 4 a 7 dias
(checar nível sérico)
1-2 g cada 24-48h
(suplemento 0,5 g - 1 g pós-diálise)
- “Sêlo” ATM
por 1 a 2 semanas
Infecção resolvida
Observar
Infecção
não resolvida
Infecção resolvida
Medidas cirúrgicas
Troca de cateter
Rever ATM
Observar
Infecção
não-resolvida
Pesquisar outros
focos
Presente
Tratamento
Específico
Ausente
Medidas cirúrgicas
Troca de cateter
Rever ATM*/**
* Ajustar o tratamento de acordo com o agente isolado. Se S. aureus fazer eco transesofágico;
se endocardite, tratar por 4 a 6 semanas.
**Manter ATM até o paciente permanecer 7 dias afebril .
42
SUMÁRIO
Tratamento de Infecções
Hemodiálise
Infecções Relacionadas a Cateter Venoso Central (CVC)
1. CVC de longa permanência:
a) Suspeita: presença de secreção purulenta no óstio do CVC ou celulite.
b) Como proceder: não remover o CVC. Colher 2 pares de hemoculturas sendo 1 de
punção periférica e 1 do CVC e cultura da secreção pericateter. Iniciar vancomicina
empiricamente.
c) Interpretação dos resultados:
 Hemoculturas negativas e cultura da secreção pericateter positiva: completar 7 dias
de ATM sistêmico com base no antibiograma.
 Hemoculturas positivas: ver tratamento de bacteremias.
2. Infecção do túnel ou bolso
a) Suspeita: presença de eritema, edema e dor que se estende por mais de 2cm no
trajeto do túnel a partir do óstio do CVC.
b) Como proceder: retirar CVC, se houver coleção drenável, colher material para cultura
e colher 2 pares de hemoculturas sendo 1 de punção periférica e 1 do CVC. Iniciar
tratamento empírico com vancomicina.
c) Interpretação dos resultados:
 Hemoculturas negativas: completar 7 dias de ATM sistêmico com base no
antibiograma.
 Hemoculturas positivas: ver tratamento de bacteremia.
3. Bacteremias
a) Suspeita:
Presença de febre ou síndrome séptica sem outro foco.
 Sinais de sepse se instalam abruptamente após a infusão de fluidos ou medicação
IV pelo CVC.

b) Como proceder: não remover o CVC e colher 2 pares de hemoculturas, sendo 1 de
punção periférica e 1 do CVC
c) Interpretação dos resultados:
 Hemoculturas positivas: iniciar tratamento com ATM sistêmico pelo CVC e fazer
“sêlo” do CVC com ATM, com base no antibiograma.
SUMÁRIO
43
Tratamento de Infecções
Obs: Para organismos potencialmente contaminantes da pele (p. ex: Staphylococcus
não-aureus) são necessárias 2 amostras de hemocultura positivas para o mesmo
organismo; para patogênicos (p. ex: S. aureus) uma amostra positiva é suficiente
para iniciar tratamento.
 Hemoculturas positivas para fungos: retirar CVC e iniciar tratamento com antifúngicos
(ver tratamento de infecção invasiva por Candida spp.)
 Tratar por até 7 dias após o paciente ficar afebril.
*Obs: realizar acompanhamento do paciente para o diagnóstico de possíveis
complicações como endocardite infecciosa, osteomielite e abscessos metastáticos.
ATM - antimicrobiano
CVC - Cateter Venoso Central
44
SUMÁRIO
Tratamento de Infecções
Herpes Simples (genital e oral) - Tratamento
Herpes genital Droga/dose Duração
Imunocompetente Primeiro episódio Aciclovir 400 mg VO 8/8 h ou
Fanciclovir 250 mg VO 8/8 h ou Valaciclovir 1 g VO 12/12 h
7-10 dias
Imunocompetente Episódios recorrentes Aciclovir 400 mg VO 8/8 h ou
Fanciclovir 125 mg VO 12/12 h ou Valaciclovir 500 mg VO 12/12 h
5 dias
Supressão
Indicações: - recorrências frequentes (>6 episódios/ano) - recorrências graves
- pródromos graves
-  transmissão
-  problemas psicossexuais
Aciclovir 400 mg VO 12/12 h ou
Fanciclovir 250 mg VO 12/12 h ou
Valaciclovir 0,5–1 g VO 1 x/dia Imunossuprimido Primeiro episódio Aciclovir 400 mg VO 8/8 h ou
Fanciclovir 500 mg VO 8/8 h ou Valaciclovir 1 g VO 12/12 h
Imunossuprimido Supressão Aciclovir 400-800 mg VO 8/8 h ou
Fanciclovir 500 mg VO 12/12 h ou
Valaciclovir 500 mg VO 12/12 h
Herpes oral Recorrência Diminui a duração dos sintomas Droga/dose Podem ser usados a partir do pródromo:
Aciclovir em creme a 5% 3/3 h ou Aciclovir 400 mg VO 4/4 h 5x/dia ou Valaciclovir 2 g 12/12 h Profilaxia
Pode ser considerada em: Aciclovir 400 mg 12/12 h, - recorrências frequentes iniciar 12 h pré-exposição (>6 episódios/ano)
- HSV associado a eritema multiforme - Cirurgia em gânglio trigeminal - Cirurgia peroral ou intra-oral - Estresse: exposição ao sol ou
compromissos profissionais
- Profissionais de saúde
selecionados ( transmissão)
- Imunocomprometidos
SUMÁRIO
6-12 m
7-10 dias
Duração
4 dias
5 dias
1 dia
7 dias
(ou enquanto
durar a
exposição ao
fator de
risco)
45
Tratamento de Infecções
Infecções associadas à Derivação Ventrículo Peritoneal (DVP)
Diagnóstico e Tratamento
Diagnóstico
1. As infecções relacionadas à DVP podem ser :
 Meningite / Ventriculite
 Infecção de trajeto
 Pseudocisto abdominal
2. A maior parte das infecções relacionadas à DVP ocorre nos 6 primeiros meses após
a inserção do dispositivo
3. Suspeitar de infecção relacionada à DVP sempre que o paciente apresentar febre.
Para o diagnóstico, deve ser solicitado quimio-citológico e cultura de LCR colhido
do reservatório da DVP e CT de crânio.
4. Para diagnóstico de pseudo-cisto abdominal deve ser solicitada ultrassonografia
de abdome ou tomografia computadorizada e LCR.
5. Em pacientes com febre e sem sinais de meningite, peritonite ou infecção de trajeto,
considerar outros focos e solicitar hemograma, hemocultura, urina I, urocultura e
radiografia de tórax
Tratamento
1. Ventriculite/ Meningite
 Retirar a DVP e inserir DVE
 Coletar LCR durante a inserção da DVE
 Iniciar terapia empírica com vancomicina + (ceftazidima ou cefepime)
 Adequar antibiótico ao resultado de cultura
 Re-inserção da DVP: após 14 dias de tratamento, se LCR normal
 Tempo de tratamento: manter por mais 1 semana após re-inserção da DVP
46
SUMÁRIO
Tratamento de Infecções
2. Pseudocisto abdominal
Situação
Re-inserção
LCR controle
Tempo total
Re-inserção imediata
LCR normal com cultura negativa
após resolução da coleção Desnecessário 7-10 dias de vancomicina
+ (ceftazidima ou
cefepime)
LCR normal com
cultura negativa +
cultura positiva de Re-inserção após final do
Desnecessário
ponta distal da DVP tratamento da infecção
ou do conteúdo cístico 14 dias de
antimicrobiano
orientado por cultura
LCR alterado e/ou
cultura positiva (LCR ou ponta proximal)
Seguir o esquema de tratamento de meningite/ventriculite
3. Infecção de Trajeto
Situação
Re-inserção
LCR controle
Tempo total
LCR normal +
culturas negativas
Re-inserção após final Desnecessário
7 a 10 dias de
Vancomicina+
LCR normal
do tratamento da infecção
(cultura negativa)+ Cultura de pontas
positivas
(ceftazidima ou
cefepime) ou
orientado pelas culturas
de pontas
LCR alterado e/ou
cultura positiva
(LCR ou ponta proximal) Seguir o esquema de tratamento de meningite/ventriculite
SUMÁRIO
47
Tratamento de Infecções
Meningites em Pediatria
Antibioticoterapia empírica de acordo com a faixa etária
Faixa etária
Etiologia
< 1 mês
Antibioticoterapia Antibioticoterapia
(1º escolha)
(2º escolha)
Estreptococo do grupo B (49%)
Bacilos entéricos gram-negativos
Ampicilina +
(principalmente E.coli) ( 30-40%)
Cefotaxima
Listeria monocytogenes (7%)
Ampicilina +
aminoglicosídeo*
(gentamicina ou
amicacina)
2 meses a 5 anos
Meningococo
Pneumococo
Ceftriaxona
Haemophilus influenzae
Cloranfenicol
Maiores de 5 anos
Meningococo
Ceftriaxona
Pneumococo
Penicilina ou
Cloranfenicol
Trauma ranioencefálico C
aberto e após Neurocirurgia
S. aureus
Pneumococo
Bacilos Gram-negativos não
fermentadores
Vancomicina+
Cefalosporina
anti-pseudomonas
Vancomicina+
meropenem
* só utilizar aminoglicosídeo na absoluta impossibilidade de utilização de cefotaxima ou ceftriaxone
Observações:
1. Não há recomendação do uso de corticóide na meningite neonatal.
2. Não há evidência de que o uso de corticóide diminua a incidência de dano neurológico, exceto
no caso de meningite por Haemophilus.
3. Não há evidência para uso de antibiótico intratecal.
4. Em casos de meningite neonatal, realizar ultrassonografia e eletroencefalograma de crânio nas
primeiras 48 h e conforme evolução. Meningites causadas por Citrobacter koresi ou Enterobacter
sakazaki estão associadas a abscesso cerebral. Realizar tomografia de crânio.
5. Em casos de meningite neonatal, colher LCR para controle de tratamento após 48-72 horas do
início do tratamento.
48
SUMÁRIO
Tratamento de Infecções
Antibioticoterapia específica por agente
Agentes
Antibioticoterapia
Streptococcus do grupo B Penicilina por 14 dias +
aminoglicosídeo por ≥ 3 dias
ou
Ampicilina por 14 dias +
aminoglicosídeo por < 3 dias
Listeria
monocytogenes
Ampicilina por 14 -21dias +
aminoglicosídeo por < 3 dias
Bacilos Gram Negativos Cefotaxime por 21 dias
fermentadores
Doses
Intervalos
Ver quadro de doses em neonatologia
Bacilos Gram
Negativos grupo Cefotaxime por 21 dias+
CESP: Citrobacter, aminoglicosídeo ou
Enterobacter, Serratia, Cefepime
Proteus)
Meningococo Penicilina G. cristalina * ou (N. meningitidis)
(7 dias)
Ampicilina
250 – 400.000 UI/kg/dia até
24.000.000 UI/kg/dia
200 – 400 mg/kg/dia até 12 g/dia
4/4h
6/6h
Haemophylus spp.
Cloranfenicol ou
75 – 100mg/kg/dia até 6g/dia 6/6h
(7 a 10 dias)
Ceftriaxone
80 – 100mg/kg/dia até 4g/dia 12/12h ou 1x/dia
Pneumococo Penicilina G cristalina **
250 – 400.000 UI/kg/dia até
24.000.000UI/dia
(S. penumoniae)
(10 a 14 dias)
4/4h
Staphylococcus aureus Oxacilina ou
200mg/kg/dia até 12g/dia
(21 dias)
Vancomicina
40 – 60mg/kg/dia até 2- 4g/dia
4/4 h ou
6/6h
6/6h
Enterobactérias
Ceftriaxona ou
80 – 100mg/kg/dia até 4g/dia 12/12h ou
1x/dia
(14 a 21 dias)
Cefotaxima
200mg/kg/dia até 12g/dia
6/6h
* Em caso de alergia a penicilina, usar cloranfenicol.
** Se isolado pneumococo parcialmente sensível, usar ceftriaxone ou vancomicina.
Se pneumococo R (MIC > 2 mcg/ml) usar ceftriaxone + vancomicina
OBS.: o uso de corticóide na criança não altera a penetração da vancomicina
SUMÁRIO
49
Tratamento de Infecções
Doses de antimicrobianos
(Neofax - Manual de Drogas em Neonatologia 2008
Dose em mg/kg por dose na frequência indicada
Gentamicina
Idade gestacional
<29 semanas
30-33 sem
34-37 sem
>38 sem
5mg/kg/dose
48/48h
4,5mg/kg/dose
48/48h
4mg/kg/dose
36/36hh
4mg/kg/dose
24/24h
Dose em mg/kg na frequência indicada
Amicacina
Idade gestacional
<29 semanas
30-34 sem
>35 sem
0-7d 8-28d
>28d
0-7d
>8d
Todas
18mg/kg
48/48h
15mg/kg
36/36h
15mg/kg
24/24h
18mg/kg
36/36h
15mg/kg
24/24h
15mg/kg
24/24h
Dose de 100mg/kg por dose na frequência indicada
Ampicilina
Idade gestacional
<29 semanas
30-36 sem
37-44 sem
0-28d
>28d
0-14d
>14d
0-7d
>7d
12/12h
8/8h
12/12h
8/8h
12/12h
8/8h
6/6h
Idade gestacional
<29 semanas
30-36 sem
37-44 sem
0-28d
>28d
0-14d
>14d
0-7d
>7d
12/12h
8/8h
12/12h
8/8h
12/12h
8/8h
50
Todos
6/6h
Dose de 50mg/kg por dose na frequência indicada
Cefotaxime
>45 sem
SUMÁRIO
>45 sem
Todos
6/6h
6/6h
Tratamento de Infecções
Meningites em Adultos
Etiologia da meningite de acordo com a circunstância clínica
Circunstância clínica Etiologia usual
Tratamento empírico inicial*
Adultos sem fator de risco
Pneumococo (>80%)
Ceftriaxona 1-2 g IV 12/
Meningococo
12h por 10-14 dias
Trauma cranio-encefálico Staphylococcus aureus Vancomicina 1-2 g IV 12/
penetrante, neurocirurgia ou coagulase-negativo
12h + Cefepime 2g IV
ou válvula de derivação
Pseudomonas aeruginosa
8/8h por 10-14 dias
Acinetobacter baumannii
Fístula liquórica
Pneumococo
Gestantes
Adultos > 50 anos
Portadores de HIV
Ceftriaxona 1-2 g IV 12/
12h por 10-14 dias*
Acrescentar ampicilina ao esquema, devido à
possibilidade de infecção por Listeria.
Obs: Alguns estudos sugerem que o uso de corticoide (dexametasona 0,15 mg/kg/dose de 6/6h
por 4 dias) possa melhorar o prognóstico da meningite por S. pneumoniae. Se o corticoide for
utilizado, a vancomicina deverá ser evitada, pois sua penetração no líquor estará diminuída.
*Ajustar terapêutica de acordo com o agente isolado.
SUMÁRIO
51
Tratamento de Infecções
Neutropenia Febril em Adulto
1. Definições
A neutropenia febril é definida como a presença de :
 Febre: temperatura axilar > 38,0°C em uma medição ou > 37,8°C mantida por uma
hora, não relacionada a infusão de hemoderivados;
 Neutropenia: número de granulócitos < 500/mm3 ou entre 500 e 1000/mm3 com
tendência a queda.
Índice complicação paciente Neutropênico Febril
Características
Pontuação
• Extensão dos sintomas
- Sem
- Oligossintomático
- Moderado
• Sem hipotensão
• Sem DPOC
• Tumor sólido ou não infecção fúngica
• Sem desidratação
• Febre em casa
• Idade <60 5
5
3
5
4
4
3
3
2
2. Exames iniciais
Hemograma
Uréia / creatinina
 Radiografia de tórax
 Hemocultura (2 pares)
 Urocultura
 Cultura de qualquer outro sítio potencialmente envolvido na infecção


3. Princípios básicos da terapêutica empírica para neutropenia febril
Iniciar prontamente antimicrobiano de amplo espectro
Levar em conta na escolha, a epidemiologia local (agentes mais frequentes e perfil
de sensibilidade desses agentes) e observar a somatória dos efeitos colaterais
 Avaliação diária cuidadosa, com atenção aos detalhes da evolução
 Insistir no diagnóstico etiológico
 Qualquer que seja o esquema empregado, deve-se usar por 3 dias consecutivos
para avaliação dos resultados


52
SUMÁRIO
Tratamento de Infecções
Esquema Empírico para neutropenia Febril para Adultos
Paciente proveniente da comunidade
Baixo-risco
CEFEPIMA* ou PIPERACILINA / TAZOBACTAM
Paciente com >48h de hospitalização
Alto-risco
CEFEPIMA* ou PIPERACILINA / TAZOBACTAM
Após 48h, reavaliar
Hemocultura (+) ou
Foco clinicamente definido
Reajustar de acordo com antibiograma
Tratar pelo tempo recomendado
para o sítio em questão
No caso do uso de anfotericina B
interromper se forem observadas:
• recuperação de granulócitos
• resolução dos sintomas e sinais clínicos
• resolução radiológica
• negativação das culturas
Cobertura para anaeróbio se
abscesso perianal, intra-abdominal
ou gengivite
Hemocultura (-)
Afebril
Febril
Estável
Aguardar +24h
Persistência de febre**
Instável**
VANCOMICINA+
IMIPENEM/
MEROPENEM
IMIPENEM/MEROPENEM*
Persistência da febre
após 24h**
VANCOMICINA
Baixo-risco***
Alta com ATM VO
Completar 3-5 dias
de ATM IV
Persistência da febre após 24 horas**
Alto-risco
* Indicações para utilização precoce de
Vancomicina:
- Mucosite grave
Anfo B
0,5-1 mg/kg
- Evidente infecção relacionada a cateter
venoso central
- Colonização por S.aureus resistente a
oxacilina ou S.pneumoniae resistente a
penicilina
- Instabilidade hemodinâmica
** Reavaliação clínica e laboratorial
***Baixo Risco: pontuação índice de
complicações> 21 pontos
Suspeita ou colonização Aspergillus?
Risco de Candida glabrata/krusei?
Uso recente de fluconazol?
TMO alogênico?
SIM
NÃO
Neutrófilos>500/mm3
por > 2dias
Parar após 5 dias
de tratamento
SUMÁRIO
Fluconazol 400-800 mg/dia
ou anfo B 0,5 -1 mg/kg
Neutrófilos <500/mm3
Completar 2 semanas
ATM - antimicrobiano
53
Tratamento de Infecções
Neutropenia Febril em Pediatria
As orientações contidas na parte inicial desta norma se referem a pacientes
neutropênicos que desenvolveram febre sem que seja identificado o foco do processo
infeccioso na avaliação inicial.
As normas relativas aos antimicrobianos indicados nas diferentes situações foram
elaboradas com base na análise da sensibilidade dos principais agentes causadores de
infecções em neutropênicos do Instituto da Criança. Estas normas serão periodicamente
revistas.
Definições:
 Neutropenia: Contagem total de neutrófilos periféricos <1000 / mm 3 com
perspectiva de queda em 72 horas.
 Febre: Dois ou mais episódios de t >37,8oC em 24 horas ou um episódio de
t >38,5oC.
 Avaliação laboratorial inicial: Hemograma, hemoculturas (veia periférica +/cateter), RX Tórax, urina tipo 1 + urocultura, proteína C reativa.
Antibioticoterapia inicial

Esquema 1- monoterapia
Cefepima (50 mg/kg/dose de 8/8h)
Deve ser introduzido para todas as crianças neutropênicas febris à admissão, exceto
quando houver indicação dos Esquemas 2 ou 3.

Esquema 2 - esquema duplo
Cefepima (50 mg/kg/dose de 8/8h)
MAIS
Vancomicina (1200 mg/m2/dia de 6/6h)
Deve ser utilizado sempre que houver evidência de infecção por germes Gram-positivos:
 presença de hiperemia ou secreção purulenta em túnel de cateter vascular implantado
 hemocultura exibindo crescimento de cocos Gram-positivos, ainda sem identificação
e testes de sensibilidade
 evidência clínica e/ou radiológica de pneumonia
 presença de flebite, celulite ou erisipela
54
SUMÁRIO
Tratamento de Infecções

Esquema 3 - esquema triplo
Cefepima (50 mg/kg/dose de 8/8h)
MAIS
Vancomicina (1200 mg/m2/dia de 6/6h)
MAIS
Amicacina (15 mg/kg/dia 1 vez)
Deve ser utilizado para crianças que à admissão estiverem em mau estado geral,
apresentando sinais de sepse franca, instabilidade hemodinâmica, hipotensão e/
ou choque.
Reavaliação da terapêutica empírica inicial
Sempre que os resultados de culturas indicarem o agente responsável pelo processo
infeccioso atual, a antibioticoterapia deve ser adequada ao perfil de sensibilidade
desse agente.
Enquanto o paciente se mantiver febril, neutropênico, com culturas negativas,
sem foco aparente de infecção, deverão ser colhidas hemoculturas diariamente,
preferencialmente durante o pico febril.
A reavaliação do paciente a fim de definir a resposta à terapêutica instituída deve incluir,
além do exame físico completo, a verificação da situação dos locais de inserção de
cateter; dos resultados de culturas coletadas à admissão, a coleta de novas culturas e
a realização de outros exames de investigação, como radiografias do tórax e dos seios
da face. Quando possível, deve-se mensurar os níveis séricos dos antimicrobianos
utilizados, em especial da vancomicina e aminoglicosídeos. Caso os achados clínicos
sejam sugestivos, devem ser coletados exames para diagnóstico de infecções pouco
frequentes, como as causadas por Toxoplasma gondii, herpes simples, citomegalovírus,
EBV, Mycobacterium tuberculosis, outras micobactérias e Chlamydia pneumoniae.
Quando houver suspeita de infecção fúngica, complementar a investigação diagnóstica
com exames tomográficos.
A resposta clínica ao tratamento empírico inicial (esquemas 1, 2 ou 3) deve ser
avaliada após 72 horas:
a) Pacientes que estejam recebendo o esquema 1 e que se tornarem afebris,
embora neutropênicos, sem que haja evidência de localização do foco infeccioso
e sem resultados de culturas positivas, desde que mantendo bom estado geral e
com perspectiva de recuperação medular breve, devem ter a antibioticoterapia
SUMÁRIO
55
Tratamento de Infecções
suspensa após um período afebril de 24 horas. Essa conduta não se aplica a
pacientes portadores de cateter venoso central e àqueles com comprometimento
medular (em fase de indução ou recidivas).
b) Pacientes que estejam sendo tratados com o esquema 1 e que se mantenham
febris e neutropênicos sem que haja evidência de localização do foco infeccioso, sem
culturas positivas e com estado geral preservado devem continuar recebendo o
mesmo esquema (1), que será reavaliado em 48 horas. Caso se mantenham
tais condições clínicas, devem iniciar o esquema 3.
c) Pacientes que estejam recebendo o esquema 1 e que se mantenham febris e
neutropênicos sem que haja evidência de localização do foco infeccioso e sem
resultados de culturas positivas mas apresentando deterioração clínica evidente
devem iniciar o esquema 3.
d) Pacientes que desenvolverem quadro diarreico e outros sinais de infecção intestinal
deverão receber Metronidazol (30 mg/kg/dia de 6/6h) em associação ao
esquema em uso.
e) Pacientes tratados com o esquema 1 que se mantenham febris e neutropênicos, sem
resultados de culturas positivas, e apresentarem evidências de infecção por bactérias
Gram-positivas, devem iniciar o esquema 2.
f) Pacientes que estejam recebendo os esquemas 1 ou o 2 que apresentem indícios
de infecção de pele causada por Pseudomonas spp. devem iniciar o esquema 3.
g) Pacientes em tratamento com qualquer dos esquemas anteriores e que se
mantenham febris e neutropênicos, sem sinais de localização da infecção e sem
culturas positivas entre o 5o e o 7o dia de tratamento, devem receber anfotericina
B (1 mg/kg/dia) em associação ao esquema utilizado. Caso seja diagnosticada uma
infecção fúngica, o tratamento deve ser orientado de acordo com o agente causal,
a localização e extensão da doença. Caso não seja diagnosticada nenhuma infecção
fúngica, a anfotericina B poderá ser suspensa após o período de administração de
duas semanas, assim como os demais antimicrobianos.
h) Caso o esquema terapêutico inclua a vancomicina, o paciente se mantenha
febril após 72 horas de tratamento e as culturas colhidas à admissão não revelem
crescimento de bactérias Gram-positivas, deverá ser considerada a retirada deste
antimicrobiano, a fim de minimizar o surgimento de cepas de bactérias
resistentes a eles.
i) Justifica-se o uso de drogas antivirais nos pacientes que apresentam infecções
clinicamente aparentes pelos vírus herpes simples, varicella-zoster ou citomegalovírus
(esta apenas quando laboratorialmente documentada através de antigenemia e/ou
56
SUMÁRIO
Tratamento de Infecções
PCR). O uso empírico de drogas antivirais não deve ser indicado. O uso profilático de
antivirais deve ser reservado a situações específicas, como por exemplo, nos protocolos
de transplante de medula.
Observações:
1. Pacientes que, a qualquer tempo durante a internação, deixem de estar
neutropênicos (neutrófilos periféricos >1.000/mm3) mas se mantenham febris devem
ser reavaliados e ter sua antibioticoterapia revista e adequada à nova condição. Dessa
forma, caso não haja localização da infecção, os antimicrobianos podem ser suspensos
4 a 5 dias após o término da neutropenia.
2. Em pacientes que estejam recebendo o esquema 3 e se mantenham febris após um
período de 72 horas de tratamento, ou que apresentem queda evidente do estado geral
na vigência desse esquema, pode ser considerada a ampliação do espectro de ação
em relação as bactérias Gram-negativas. Substitui-se a cefepima por carbapenêmicos
(IMIPENEM 100 mg/kg/dia de 6/6h) ou quinolonas (CIPROFLOXACINO 20 mg/kg/dia
de 12/12h), mesmo que não se disponha de resultados de culturas indicando infecção
por germes resistentes.
SUMÁRIO
57
Tratamento de Infecções
Obstetrícia
Infecção do Sítio Cirúrgico
Avaliação Inicial:
 Ultrassonografia de partes moles.
 Coleta de material para bacterioscopia e cultura (nos casos exsudativos).
 Avaliação sistêmica clínica e laboratorial.
DOENÇA
Forma leve
QUADRO CLÍNICO
TRATAMENTO Hiperemia e
Não está indicado
hipertermia local Ausência de comprome-
timento sistêmico
CONDUTAS
Acompanhamento
ambulatorial
Tratamento
conservador da ferida
Celulite
Ausência de Acometimento comprometimento do tecido celular sistêmico
difuso e extenso subcutâneo
Amoxicilina / clavulanato
(500 + 250 mg) 1cp VO
de 8/8h ou
Clindamicina 300 mg
1cp VO 6/6h ou
2cp VO 8/8h
Acompanhamento
ambulatorial
Tratamento
conservador da ferida.
Presença de comprometimento sistêmico
Clindamicina 600 mg IV
6/6h+gentamicina
3-5 mg/kg d.u. diária IM ou IV (correr em 1hora)
Internação.
Abordagem cirúrgica
com remoção de tecido
necrótico (envio para
cultura)
Forma purulenta / Hiperemia e calor local
exsudativa
Coleções teciduais
Clindamicina 600 mg IV
6/6h + gentamicina 3-5 mg/kg d.u. diária IM ou IV (correr em 1hora) Internação
Abordagem cirúrgica
para drenagem de
coleções
Celulite e Acometimento difuso Penicilina cristalina
Fasciíte de subcutâneo e fáscia
2.000.000 UI IV
necrotizante
muscular, acompanhado
de 4/4h+clindamicina de crepitação e necrose
600 mg IV 6/6h
de extensa área tecidual
Nos quadros graves ou de má evolução clínica Internação
Abordagem cirúrgica
para drenagem de
coleções e
desbridamento extenso.
Considerar uso de
câmara hiperbárica
Associar gentamicina
3-5 mg/kg d.u. diária
IM ou IV ou
ceftriaxona 1 g IV 12/12h
Obs.: Fazer reorientação da terapêutica após resultados de bacterioscopia e culturas.
58
SUMÁRIO
Tratamento de Infecções
Obstetrícia
Infecção da Membrana Ovular, Abortamento e Infecção Puerperal
TIPO ANTIMICROBIANO
DOSE
OPÇÃO AMBULATORIAL
Abortamento clandestino
Amoxicilina/
clavulanato
500/125 mg VO
8/8h
Ampicilina ou penicilina*+
Gentamicina + metronidazol
ou
Clindamicina + gentamicina**
1-2 g IV 4/4h
3 milhões U IV 4/4h
3-5 mg/kg IV d.u. diária
0,5 g IV 8/8h 600 mg IV 6/6h
3-5mg/kg IV d.u. diária
até paciente afebril por 48h
Infecção de Ampicilina/sulbactam
membrana ovular - ou
corioamnionite Ampicilina+
Conduta obstétrica Gentamicina
resolutiva por
via vaginal
3 g IV de 6/6h
Infecção de membrana ovular - corioamnionite Conduta obstétrica
resolutiva por
cesárea
Por 7 dias 2 g IV de 6/6h
3-5 mg/kg IV d.u. diária
0,5 g IV de 8/8h
Ampicilina+
gentamicina +
metronidazol na indicação da cesárea
ou
Clindamicina + gentamicina**
Infecção Puerperal Ampicilina ou penicilina*+
Gentamicina + Metronidazol
ou
Clindamicina +
Gentamicina**
2 g IV de 6/6h
3-5 mg/kg IV em d.u. diária
7 dias
600 mg IV de 6/6h
3-5 mg/kg IV em d.u. diária
1-2 g IV de 4/4h
3 milhões U IV de 4/4h
3-5 mg/kg IV em d.u. diária
0,5 g IV de 8/8h
Amoxicilina/
clavulanato
500/125 mg VO
de 8/8h
600mg IV 6/6h
3-5mg/Kg IV d.u. diária
até paciente afebril por 48h
* Não é eficaz contra estafilococos produtores de penicilinase; em pacientes com suspeita de infecção por
esse agente deverá ser utilizada oxacilina, clindamicina ou vancomicina, na dependência do antibiograma
e da gravidade do quadro.
** Não é eficaz contra enterococo na falha desse esquema deverá ser associado ampicilina ou penicilina.
Comprometimento da função renal: substituir gentamicina por ceftriaxone.
A manutenção de febre após 48 horas do início do tratamento, sem evidência de foco extragenital, deverá
ser interpretada como falha terapêutica: considerar abordagem cirúrgica.
SUMÁRIO
59
Tratamento de Infecções
Obstetrícia - Mastites
DOENÇA
TRATAMENTO
HOSPITALAR
TRATAMENTO
AMBULATORIAL
1ª Opção:
1ª Opção:
Oxacilina 2 g IV de 4/4h + Cefalexina 1 g VO de 6/6h
metronidazol 500 mg IV de VO durante 7 dias.
MASTITE
8/8h durante 7 a 10 dias
60
2ª Opção:
2ª Opção:
Clindamicina 600 mg IV de Clindamicina 600 mg VO de
6/6h durante 7 a 10 dias.
6/6h durante 7 dias para pacientes alérgicos a betalactâmicos
SUMÁRIO
6 meses
(IV durante Osso
internação,
VO após alta)
SUMÁRIO
d.u. - dose única
Cefuroxima 1,5 g IV
Até resultado seguido de 750 mg 6/6h (intra- de cultura
-op) e 1,5 g 12/12h (pós-op)
Osso +
Partes moles+
Exsudato profundo
Reavaliação do tratamento deve ser
guiada pelo resultado de cultura e
pelo aspecto intraoperatório
Se alta, tratamento VO
com cefalexina 2 a 4g/dia
Revisão de
Artroplastia
Osso
(na admissão e em
todas as limpezas cirúrgicas)
• Dose da Teicoplanina deve ser de
400mg 12/12h nos 2 primeiros dias
• Considerar retirada de
material de síntese
• Reavaliação do tratamento deve ser guiada pelo resultado de cultura
Clindamicina 2,4 g/dia
+
14 dias
Gentamicina 240 mg/dia
(d.u. diária)
Se alta, tratamento VO com
cefalexina 2 a 4 g/dia
Reavaliação do tratamento deve
ser guiada pelo resultado de cultura
Considerar punção e/ou drenagem
Tratamento VO com
cefalexina 2 a 4 g/dia
Teicoplanina 400 mg/dia
Osso (preferencial)
+
Conforme
+
Infecções pós-operatórias
Amicacina 4 g/dia
a evolução
Partes moles
+
Exsudato profundo
• Tipo II e III (MMSS e MMII)
Fratura exposta
• Tipo I (MMSS e Cefazolina 3g/dia
14 dias
MMII)
Clindamicina 2,4 g/dia
+
Osteomielite crônica
Ciprofloxacino 800 mg/dia Oxacilina 8 a 12 g/dia
+
Gentamicina 240 mg/dia (d.u. diária)
Osteomielite aguda
hematogênica
2 semanas IV
Osso
+
+
4 semanas VO
Hemoculturas
Oxacilina 8 a12 g/dia
2 semanas IV
Líquido sinovial
+
+
+
Gentamicina 240 mg/dia
2 semanas VO
Hemoculturas
(d.u. diária)
CULTURAS A
OBSERVAÇÕES
SEREM COLHIDAS
Pioartrite aguda
DIAGNÓSTICO
DROGAS E DOSES
DURAÇÃO
Tratamento de Infecções
Ortopedia
61
Tratamento de Infecções
Otorrinolaringologia
INFECÇÃO
ANTIMICROBIANO
Obs
Amigdalite
Tratar somente com os
4 critérios de Centor:
• Febre
• Exsudato tonsilar
• Ausência de tosse
• Adenopatia cervical dolorosa
Penicilina Benzatina 1.200.000U IM em d.u. ou
Amoxicilina 500 mg VO
8/8h por 10 dias ou
Penicilina V 500 mg VO
12/12h por 10 dias ou
Claritromicina 250 mg VO
12/12h por 10 dias ou
Eritromicina 500 mg VO
6/6h por 10 dias ou
Azitromicina 500 mg VO no
1o dia e 250 mg por mais 4 dias
Os objetivos do tratamento
são: a prevenção da febre
reumática (penicilina),
prevenção de complicações
supurativas locais, redução
da transmissão e melhora
dos sintomas
(controverso).
Otite média aguda
Na indicação de antibioticoterapia é fundamental a diferenciação de OMA com Otite média com efusão – quadro para o qual não recomendamos ATM.
Amoxicilina 500 mg VO
8/8h por 5-7 dias ou
Amoxicilina clavulanato 500/125 mg VO de 8/8h por 5-7dias ou
Claritromicina 500 mg
12/12h por 10 dias ou
Azitromicina 500 mg VO no
1o dia e 250 mg por mais 4 dias
Tratamento de pacientes
com mais de 2 anos
é controverso
Sinusite aguda
Recomendado ATM
em caso de:
• Sintomas por mais de 7dias
• Dor facial/dentária
• Secreção nasal purulenta
Amoxicilina 500 mg VO 8/8h
ou
Claritromicina 500 mg VO de 12/12h
ou
Levofloxacino 500 mg VO 1x/dia
ou Moxifloxinico 400 mg VO 1x/dia
por 10 dias
Não é recomendado o RX
de seios da face para
diagnóstico.
Considerar TC de seios
da face apenas em
situações especiais.
62
SUMÁRIO
Tratamento de Infecções
Parasitoses Intestinais
Princípios gerais:
 Tratamento de parasitoses associadas:
a) tratar inicialmente a parasitose potencialmente mais grave
b) observar antiparasitários polivalentes
c) a eficácia das drogas é menor quando utilizadas na vigência de multiparasitoses
d) não tratar: I. büstschlii; E. coli; E. nana; C. mesnili; T. hominis
 Tratamento de entero-parasitoses na gestação:
a) evitar o uso de antiparasitários na gestação, sobretudo durante o primeiro trimestre
e principalmente os imidazólicos
b) cogitar o tratamento quando a parasitose for suficientemente sintomática para
colocar em risco a gestação; nesse caso, protelar para depois do primeiro trimestre.
Exceção: infecção por Taenia solium.
PARASITOSE
ALTERNATIVAS DE TRATAMENTO
APRESENTAÇÃO COMERCIAL
Amebíase
Forma intestinal assintomática
(Entamoeba
histolytica)
Etofamida
Kitnos® 500 mg/cp
500 mg, 2 x ao dia, 3 dias
OU
Teclosan
Falmonox® 100 mg/cp
100 mg, 3 x ao dia, 5 dias
Intestinal sintomática / extra-intestinal
Metronidazol 500 a 750 mg, 3 x ao dia, 10 dias ou
20 a 40 mg/kg/dia, em 3 doses,
10 dias
OU
• Metronidazol genérico
250 mg/cp ou 400 mg/cp
ou susp. oral - 40 mg/ml
genérico 250 mg ou
400 mg/cp ou susp. oral
40 mg/ml
Tinidazol, 2 g ou 50 mg/kg,
dose única OU
Pletil® / Amplium®
500 mg/cp
Nimorazol, 2 g ou 50 mg/kg,
dose única OU
Naxogim® 500 mg/cp ou
susp. oral 250 mg/10ml
Ornidazol, 2 g ou 50 mg/kg
dose única OU
Secnidazol
2 g ou 50 mg/kg, dose única
ASSOCIADO A: (ministrar ao final)
7, 14 e
21 dias
7, 14, 21
e 28 dias
Secnidal® ou Secnidazol
genérico 500 mg ou 1 g/cp
Etofamida OU
Kitnos® 500 mg/cp
Teclosan
Falmonox 100mg/cp
SUMÁRIO
CONTROLE DE CURA
63
Tratamento de Infecções
Parasitoses Intestinais (cont.)
PARASITOSE
ALTERNATIVAS DE TRATAMENTO
APRESENTAÇÃO COMERCIAL
Giardíase
(Giardia lamblia/
intestinalis)
Metronidazol
250 mg, 3 vezes ao dia OU
15 mg/kg/dia em 3 doses por 7 a 10 dias OU
Metronidazol genérico
250 mg/cp ou 400 mg/cp
ou susp. oral - 40 mg/ml
Tinidazol 2 g ou 50 mg/kg,
dose única OU
Pletil®/Amplium®
500 mg/cp
Nimorazol,
2 g ou 50 mg/kg,
dose única OU
Naxogim®
500 mg/cp ou
susp. oral 250 mg/10 ml
Ornidazol,
2 g ou 50 mg/kg,
dose única
Secnidazol
2 g ou 50 mg/kg,
dose única OU
Secnidal® ou Secnidazol
genérico 500 mg ou
1 g/cp
Albendazol
400 mg/dia, 5 dias
OU
Albendazol genérico ou
Zentel® 400 mg/cp ou
susp. oral 40 mg/ml
Nitazoxanida
500 mg 2x/dia,
Crianças: 7,5 mg/kg 2x/dia
por 3 dias
Annita® 500 mg/cp
Isosporíase (Isospora belli)
Sulfametoxazol+trimetoprim*
50 mg/kg/dia (S) e 10 mg/kg/dia (T), 15 dias
25 mg/kg/dia (S) e 5 mg/kg/dia (T), 28 dias
por 6 a 8 semanas
*recaídas em 45% dos casos
OU
Bactrim, Infectrim,
genérico 400 mg (S)
+ 80 mg (T) / cp
ou susp. oral 200 mg (S)/5ml+ 40 mg (T)/5 ml
Sulfadiazina 100 mg/kg/dia + Pirimetamina 25 mg/dia por 6 a 8 semanas
Sulfadiazina 500 mg/cp
Daraprim® 25 mg/cp
(S) sulfametoxazol / (T) trimetoprim
64
SUMÁRIO
CONTROLE DE CURA
7, 14, 21 dias
7, 14 e
21 dias
Tratamento de Infecções
Parasitoses Intestinais (cont.)
PARASITOSE
ALTERNATIVAS DE TRATAMENTO
APRESENTAÇÃO COMERCIAL
CONTROLE DE CURA
Criptosporidíase Espiramicina
Rovamicina® 500 mg/cp
(Cryptospo-
1 g, 3 x ao dia
ridium sp)
duração indefinida OU
Baixos índices
de cura parasi-tológica.Me-
-lhora clínica
transitória em
alguns casos
Paromomicina
500 mg, 4 x ao dia duração indefinida OU
Humatim® 500 mg/cp
(não disponível no
mercado nacional)
Nitazoxanida
Annita® 500 mg/cp
500 mg 2x/dia, 3 dias
Ciclosporíase (Cyclospora cayetanensis)
Imunocompetente
Sulfametoxazol
+trimetoprim
800 mg (S) + 160 mg (T), 2 x ao dia, 7 dias
Bactrim, Infectrim,
genérico 400 mg (S) +
80 mg (T)/cp ou susp.
oral 200 mg(S)/5ml
+40 mg(T)/5 ml
Imunodeprimido
Sulfametoxazol +trimetoprim
(Ataque) 800 mg (S) + 160 mg (T), 4 x ao dia, 10 dias
(Manutenção) 800 mg (S) +
160 mg (T), 3 x/semana
Bactrim, Infectrim,
genérico 400 mg (S) +
80 mg (T)/cp ou susp.
oral 200 mg(S)/5ml
Boa eficácia
em pacientes
com CD4>
200/mm3
Microsporíase Albendazol 400 mg,
Zentel® ou Albendazol 3x/dia por 2 - 4 semanas
genérico ou 400 mg/cp (Enterocyto-
zoon bieneusi, ou susp. oral 40 mg/ml
Encephalito- zoon intestinalis)
Eficaz para
E. intestinalis;
eficácia
duvidosa
para E.
bieneusi
Balantidíase (Balantidium coli)
7, 14 e
Tetraciclina 30 a 50 mg/kg/dia, Tetrex® 500 mg/cp
durante 10 dias
Evitar em crianças OU
Metronidazol
20 mg/kg/dia durante 7 dias
Metronidazol genérico
250 mg ou 400 mg/cp
ou susp. oral - 40 mg/ml
Dientamebíase Metronidazol
(Dientamoeba 250 mg, 3 x ao dia,
7 a 10 dias
fragilis)
15 mg/kg/dia, em 3 tomadas,
7 a 10 dias
Metronidazol genérico
250 mg ou 400 mg/cp ou susp. oral - 40 mg/ml
(gen) 250 mg ou
400 mg/cp ou susp. oral
40 mg/ml
SUMÁRIO
21 dias
7, 14 e
21 dias
65
Tratamento de Infecções
Parasitoses Intestinais (cont.)
PARASITOSE
ALTERNATIVAS DE TRATAMENTO
Blastocistose Metronidazol
(Blastocystis 500 a 750 mg, 3 x ao dia,
hominis)
10 dias OU
APRESENTAÇÃO COMERCIAL
Metronidazol genérico
250 mg/cp ou 400 mg/cp 7, 14 e
ou susp. oral - 40 mg/ml
21 dias
(gen) 250 mg ou
400 mg/cp ou susp. oral
40 mg/ml
Nitazoxanida
500 mg 2 x/dia, 3 dias
Annita® 500 mg/cp
Ancilostomíase Albendazol
Zentel® ou Alendazol
(Ancylostoma 400 mg, dose única, genérico 400 mg/cp
duodenale
repetida após 7 dias OU
Necator americanus)
CONTROLE DE CURA
7, 14 e
21 dias
®
Mebendazol
100 mg 2 x ao dia, durante 3 dias
Pantelmim ou Mebendazole (genérico)
100 mg/cp
Estrongiloidíase Formas habituais
(Strongyloides Ivermectina Revectina® 6 mg/cp
stercoralis)
200 mcg/kg, dose única OU
8, 9 e 10 dias
Cambendazol
5 mg/kg, dose única OU
Cambem® 180 mg/cp 6 mg/ml susp. oral (ou)
7, 14 e
Tiabendazol
25 mg/kg/dose, 2 x ao dia,
2 dias (máximo de 3,0 g/dia)
Repetir após 10 a 15 dias.
Thiabem® ou
Tiabendazol genérico
500 mg/cp ou
250 mg/5 ml susp. oral
21 dias
Hiper-infecção
Ivermectina
200 mg/kg dia, 2 dias OU
Revectina® 6 mg/cp
Tiabendazol
25 mg/kg/dose, 2 x ao dia,
5 a 7 dias ou
500 mg/dia durante 30 dias OU
Thiabem® ou
Tiabendazol genérico 500 mg/cp ou 250 mg/5 ml susp. oral
Cambendazol
5 mg/kg, dose única semanal, 3 a 5 semanas, dependendo da evolução clínica
Cambem®
180 mg/cp
6 mg/ml susp. oral
66
SUMÁRIO
Até negati-vação do
exame de
fezes
Tratamento de Infecções
Parasitoses Intestinais (cont.)
PARASITOSE
ALTERNATIVAS DE TRATAMENTO
APRESENTAÇÃO COMERCIAL
Ascaridíase Forma habitual
(Ascaris lumbricoides)
Levamizol
Ascaridil 80 mg ou adultos: 150 mg, dose única
150 mg/cp ou crianças: 80 mg, dose única
OU
Albendazol
400 mg, dose única
Albendazol (gen) ou Zentel® 400 mg/cp ou
susp.oral 40 mg/ml
Oclusão/sub-oclusão intestinal
CONTROLE DE CURA
7, 14 e
21 dias
Hexa-hidrato de piperazina
“Solução de piperazina 100 mg/kg + 50 ml de com licor de ameixa” óleo mineral por SNG
(Laborsil® - após 24h: 50 mg/kg + 500 mg/5 ml) ou 50 ml de óleo mineral
Vermifran 500 mg/5 ml
dose máxima diária de piperazina: 6 g
Diante de
insucesso do
tratamento
clínico,
abordagem
cirúrgica com
remoção
manual dos
vermes
Cestox® 150 mg/cp
Tamização
das fezes de
T. saginata)
Clorossalicilamida
Atenase®
adultos: 2 g
500 mg/cp
crianças: 1 g, dose única
24h após o
tratamento
(escolex) ou
idem 90 dias
após o
tratamento
(proglotes)
Himenolepíase Praziquantel
Cestox®
(H. nana,
25 mg/kg, dose única 150 mg/cp
H. diminuta) Repetir após 10 dias. OU
7, 14 e
Teníases
(T. solium,
Praziquantel 10 mg/kg, dose única
Clorossalicilamida
adultos: 2 g; crianças: 1 g, 1 x/dia, durante 6 dias consecutivos
Atenase®
500 mg/cp
Tricuríase Albendazol
400 mg em dose única OU
(Trichuris trichiura)
Zentel® ou Albendazol
genérico 400 mg/cp
ou susp. oral 40 mg/ml Mebendazol
100 mg, 2 x ao dia, 3 dias
Pantelmim® Mebendazol genérico
100mg/cp ou susp.
oral 20 mg/ml
SUMÁRIO
21 dias
7, 14 e
21 dias
67
Tratamento de Infecções
Parasitoses Intestinais (cont.)
PARASITOSE
ALTERNATIVAS DE TRATAMENTO
APRESENTAÇÃO COMERCIAL
CONTROLE DE CURA
Mebendazol Enterobíase 100 mg, dose única OU
(Enterobius vermicularis) Pantelmim® ou
Mebendazol genérico 100mg/cp e
susp. oral 20 mg/ml swab anal
a partir do
dia 8 pós
tratamento,
Albendazol 400 mg, dose única OU
Zentel® ou Albendazol genérico 400 mg/cp e susp. oral 40 mg/ml
durante 7
dias
Pamoato de pirvínio
10 mg/kg, dose única
(não absorvido; pode ser
utilizado durante a gestação
Esquistosso-
-mose (Schistosoma
mansoni)
Oxamniquina Mansil® 250 mg/cp e adultos: 12,5 a 15 mg/kg, susp. oral 50 mg/ml
dose única; crianças: 20 mg/kg, dose única
OU
Praziquantel
40 a 60 mg/kg, dose única
68
SUMÁRIO
Pyr-pam® 100 mg/cp e
susp. oral 50 mg/5 ml
Cisticid® 500 mg/cp (uso hospitalar)
Cestox® 150 mg/cp
6 coprosco-pias
mensais,
a partir do
45º dia póstratamento
Tratamento de Infecções
Pâncreas e Vias Biliares
DOENÇA
ANTIMICROBIANO
PROVÁVEIS
PATÓGENOS
COMENTÁRIOS
Colecistite aguda ou colangite
Ceftriaxona 1 g IV 12/12h +
Enterobactérias +
metronidazol 500mg IV de 8/8h enterococcus +
ou
anaeróbios
Ampicilina 6-8 g/dia IV +
gentamicina 3-5 mg/kg IV d.u. +
metronidazol 500 mg IV 8/8h
Até 72h após o controle
do quadro infeccioso
(afebril e leucograma
normal)
Colangite
Ceftazidima 1-2 g IV 8/8h
Pseudomonas ou
aeruginosa
Cefepime 2 g IV 12/12h
Gram-negativos Após manipulação endoscópica
multirresistentes
da via biliar ou próteses biliares
Até 72h após o controle
do quadro infeccioso
(afebril e leucograma
normal) e desobstrução
da via biliar
Pancreatite Aguda
DOENÇA
INDICAÇÕES
ANTIBIOTICOTERAPIA
Não há indicação
Pancreatite Aguda Leve
Não há indicação
Pancreatite Aguda Grave
• Ciprofloxacina 400 mg IV
12/12 h + metronidazol 500 mg IV 8/8h
ou
• Imipenem 500 mg IV
8/8h ou de 6/6h
ou
• Meropenem 0,5- 1g IV
8/8h
por 14 a 21 dias
• ≥ 30% de necrose visualizada
em TC de abdome
• diagnóstico de infecção por cultura de aspirado por punção guiada ou intraoperatória ou hemocultura) • Introduzir ATB se não houver sinais de necrose, mas o paciente apresentar algum critério de gravidade (IMC ≥ 30, diabetes, efusão pleural esquerda ou bilateral, PCR ≥ 12 mg/dL, escore de Ranson ≥ 3, escore de APACHE II ≥ 8).
Se não houver evolução para necrose,
suspender em 3 dias.
SUMÁRIO
69
70
COMENTÁRIOS
SUMÁRIO
Clindamicina 300-450mg 6/6h VO
por 7dias ou 600 mg 6/6h ou 900 mg 8/8h IV por 7 dias
Ambulatorialmente:
Clindamicina 300-450mg 6/6h VO
Cefalosporinas de 1º geração por 7 dias) ou 600 mg 6/6h ou (cefalexina 1 g 6/6h por 7 dias) 900 mg 8/8h IV por 7 dias
Se internado oxacilina (2 g IV 4/4h por 7 dias)
Ambulatorialmente:
Penicilina procaína 400.000 IM 12/12h
Internado: penicilina cristalina
2.000.000 IV de 4/4h
Observações:
a) Tanto a erisipela quanto a celulite apresentam sinais flogísticos; o paciente pode ter febre e leucocitose,
mas a erisipela é mais superficial e bem delimitada.
b) As doses foram calculadas para adulto com peso de 60 a 70Kg e com função renal normal.
CELULITE
Streptococcus do grupo A
S. aureus Streptococcus do grupo A, às vezes grupos G, C, B e mais raramente S. aureus
Tentar obter GRAM e
cultura em caso de
secreção purulenta.
Maior positividade em
hemocultura.
Culturas positivas em
apenas 5% dos casos
TRATAMENTO
ALTERNATIVO
ERISIPELA
TRATAMENTO INICIAL DE ESCOLHA Risco de GNDA
Difícil diferenciar
impetigo estreptocóccico de
estafilocóccico
AGENTES MAIS COMUNS
IMPETIGO
Streptococcus Cefalosporinas de 1º geração
Eritromicina do grupo A
(cefalexina 1 g 6/6h por 7 dias)
500 mg 6/6h por 7 dias
S. aureus
Aplicação tópica de mupirocina ou ácido fusídico
DOENÇA
Tratamento de Infecções
Partes Moles - Infecções de Pele
TIPO
AGENTE CAUSAL USUAL
CAUSAS PREDISPONENTES
S. aureus
Cirurgia
Streptococos microaerófilos
SUMÁRIO
Toxicidade sistêmica, dor local
intensa, gangrena, choque, falência de múltiplos órgãos
Gás nos tecidos
Fasciíte Necrotizante Streptococcus do grupo A
Feridas penetrantes, procedimentos cirúrgicos,
do Tipo 2
Diabetes mellitus
Mionecrose, formação de gás,
toxicidade sistêmica, choque
Gás na pele, fáscia poupada, pouca repercussão sistêmica
Destruição de gordura e fáscia;
envolvimento da área perineal na
Síndrome de Fournier
Flora mista aeróbia e anaeróbia
C. perfringens
Trauma, injecções de epinefrina, C. histolyticum
neutropenia
C. septicum
QUADRO CLÍNICO
Ulceração de progressão lenta
restrita à fáscia superficial
Fasciíte Necrotizante Flora mista anaeróbia,
Cirurgia, diabetes, Gram-negativos e Enterococcos
doença vascular periférica
do Tipo 1
Celulite Anaeróbia não Clostrídica
Gangrena Gasosa
Celulite Clostrídica
Clostridium perfringens
Trauma local ou cirurgia
Gangrena Sinergística de Melaney
Tratamento de Infecções
Partes Moles - Infecções Necrotizantes
71
Tratamento de Infecções
Partes Moles - Infecções Necrotizantes
Evidência de infecção grave ou não controlada (dor, aumento de hiperemia, febre,
taquicardia, agitação, instabilidade hemodinâmica).
Coleta material
por punção ou 2 swabs + hemocultura (2 amostras)
+
antibioticoterapia
Drenagem ampla através de incisões para
exposição da fáscia e/ou músculos
Considerar
oxigenoterapia
hiperbárica
Infecção não-controlada
Infecção controlada
Reavaliar desbridamento /
antibioticoterapia
72
SUMÁRIO
Tratamento de Infecções
ORIGEM COMUNITÁRIA
Clostridium (gangrena
gasosa extremidades)
Streptococcus
beta-hemolítico,
S.aureus (idiopático,
pós trauma, inj. drogas,
animais peçonhentos)
Flora mista oral
(gangrena
Ludwig )
Flora mista
intestinal (Fournier)
CLINDAMICINA 900 mg 8/8h IV
+
PENICILINA CRISTALINA 3 mi 4/4h IV
CLINDAMICINA
900 mg 8/8h
+
GENTAMICINA*
240 mg/dia
(dose única)
Reavaliar antibioticoterapia de acordo com cultura/antibiograma
* Ceftriaxona 1 g IV de 12/12h em caso de insuficiência renal ou alto risco
ORIGEM HOSPITALAR
S.aureus Streptococcus
beta-hemolítico (pós cirurgias limpas ou
potencialmente contaminadas)
Flora mista (pós-drenagem
de abcessos, cirurgias pot.
contaminadas /sujas / infectadas)
VANCOMICINA + AMICACINA# + METRONIDAZOL#
1 g 12/12h
1 g 24/24h
0,5 g 8/8h
Reavaliar antibioticoterapia de acordo com cultura/antibiograma
#
Imipenem/meropenem em caso de insuficiência renal ou alto risco
SUMÁRIO
73
Tratamento de Infecções
Partes Moles - Pé Diabético
Tratamento do Pé Diabético
Princípios gerais para tratamento do pé diabético infectado:
1.Determinar gravidade da lesão (tabela 1)
2. COLHER CULTURAS antes de iniciar a antibioticoterapia para diagnóstico etiológico:
Cultura do local:
 Limpar e desbridar a lesão (gaze e soro fisiológico);
 Obter espécime da base da ferida desbridada, por curetagem (raspando com a
lâmina do bisturi ou cureta) ou por biópsia;
 Evitar realizar swab da base da lesão desbridada. Se for a única opção disponível,
usar um swab com meio de transporte para aeróbio e anaeróbio e encaminhar
rapidamente ao laboratório;
 A aspiração por agulha pode ser usada para obter material de coleção purulenta, e
deve ser feita através da pele íntegra ao redor da ferida após antissepsia;
 A aspiração sub-periostal por agulha de áreas com suspeita de osteomielite pode
ser usada para obtenção de espécimes;
 Identificar adequadamente o material e seu local de coleta e encaminhar rapidamente
ao laboratório de microbiologia em meio estéril ou meio de transporte para aeróbios
e anaeróbios.
Colher hemocultura se sinais de infecção sistêmica
3. Iniciar TERAPIA EMPÍRICA baseado nos agentes etiológicos mais frequentes
(tabelas 2 e 3).
A terapia empírica deve sempre cobrir S. aureus e Streptococcus beta-hemolítico.
Enterococcus usualmente é apenas colonizante. Considerar o momento ideal de cobrir
gram-negativos: usualmente em infecções crônicas, com uso de antibiótico prévio.
Pseudomonas aeruginosa deve ser tratada apenas se for o patógeno predominante em
cultura de tecido profundo.Cobrir anaeróbios quando houver isquemia com necrose
ou gangrena (“o clássico odor fétido”)
4. ADEQUAR antibioticoterapia após isolamento do agente
5. DESBRIDAMENTO é essencial
6. ATENÇÃO PARA ALTERAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL, muito comum nestes pacientes
7. Checar VACINAÇÃO PARA TÉTANO
8. O tratamento do pé diabético deve ser sempre multiprofissional
74
SUMÁRIO
Tratamento de Infecções
Tabela 1. Classificação de pé diabético infectado (segundo Sociedade Americana de Doenças
Infecciosas )
Classificação Descrição Clínica
Leve
> 2 Manifestações inflamatórias (secreção purulenta ou eritema, dor, calor, aumento de sensibilidade, empastamento); qualquer celulite ou eritema se estendendo até 2 cm ao redor da úlcera, e infecção limitada à pele ou tecido subcutâneo superficial; sem complicações locais ou acometimento sistêmico
Moderado
Infecção em paciente sistemicamente bem e metabolicamente estável, com > 1 dos seguintes: celulite se estendendo > 2 cm; linfangite; extensão à fáscia; abscesso planos profundos; gangrena; envolvimento de músculos, tendões, articulações e/ou osso.
Grave
Infecção em paciente toxemiado, com instabilidade metabólica (febre, calafrios, taquicardia, hipotensão, confusão, vômitos, leucocitose, acidose, hiperglicemia, insuficiência renal)
Tabela 2. Etiologia de infecção e pé diabético em diferentes apresentações clínicas do pé
diabético
Quadro clínico
Patógeno
Celulite sem ferida aberta
Streptococcus β-hemolítico (grupos A, B, C, G) e
Staphylococcus aureus
Úlcera infectada, sem ATM prévio
Staphylococcus aureus e Streptococcus β-hemolítico
Úlcera infectada, crônica ou com uso prévio de antimicrobiano
Staphylococcus aureus e Streptococcus β-hemolítico e
Enterobactérias
Úlcera macerada, úmida*
Pseudomonas aeruginosa, frequentemente com outros
microrganismos
Feridas não cicatrizadas, crônicas,
com uso prévio prolongado de ATM de amplo espectro**
Staphylococcus aureus, Staphylococcus coagulase-negativo,
difteroides, Enterococcus, Enterobactérias, Pseudomonas
spp. , Bacilos Gram-negativos não-fermentadores e fungos
(raro).
Pé fétido: necrose ou gangrena extensa, fétido*
Cocos gram-positivos aeróbios, incluindo Enterococcus,
Enterobactérias, Bacilos Gram-negativos não-fermentadores
e anaeróbios.
*Geralmente polimicrobiana
**Geralmente polimicrobiana e com bactérias multirresistentes (S. aureus OXA-R, Enterococcus Vanco R, Enterobactérias produtoras ESBL)
SUMÁRIO
75
Tratamento de Infecções
Tabela 3. Tratamento empírico inicial para infecções em pé diabético
Classificação
Antibioticoterapia empírica inicial
Dose para função
renal normal
Duração e
via de adm.
Leve
Cefalexina ou
1g 6/6h
VO
Comunitária
Amoxicilina-
500 + 125 mg 8/8h
Clavulanato ou
7 a 14 dias
(até 4 semanas
Clindamicina ou
900 mg 8/8h
se a resolução
Sulfametoxazol + Trimetoprim
800/160 mg 8 /8h
for lenta)
Relacionada a
Serviços de Saúde Clindamicina +
Ciprofloxacino ou
900 mg 8/8h
500 mg 12/12h
ou uso de antibió-
-tico nos últimos
30 dias
Levofloxacino+
Metronidazol
500 mg 1x/dia
500mg 8/8h
Moderado Comunitária
Amoxicilina-
625 mg 8/8h
Clavulanato ou
Inicialmente IV,
podendo ser VO
Clindamicina +
Ciprofloxacino ou
900 mg 8/8h
500 mg 12/12h VO
ou 400 mg 12/12 IV
após melhora
clínica
Ceftriaxone +
Metronidazol ou
1 g 12/12h
500 mg 8/8h 2 a 4 semanas
Ertapenem*
1g 1x/ dia
Relacionada a Serviços de Saúde Piperacilina/ Tazobactam ou
4,75 g 8/8h
ou uso de antibió-
Ertapenem* 1g 1x/ dia
-tico nos últimos 30 dias
Associado a:
Vancomicina ou
Teicoplanina
1g 12/12h
400 mg 12/12h
Grave
Comunitária
Clindamicina +
Ciprofloxacino ou
900 mg 8/8h
400 mg 12/12h Cefepime +
Metronidazol ou
2g 12/12h
500 mg 8/8h Ertapenem*
1g 1x/ dia
Relacionada a Imipenem ou
500 mg 6/6h
Serviços de Saúde Meropenem ou
1g 8/8h
ou uso de antibió-
-tico nos últimos Piperacilina/ Tazobactam
4,75 g 8/8h
IV
2 a 4 semanas
30 dias
Associado a:
Vancomicina ou
1g 12/12h
Teicoplanina
400 mg 12/12h
* No Hospital das Clínicas, a prescrição do ertapenem é controlada pela CCIH e pode ser utilizado
no tratamento de infecções causadas por enterobactérias produtoras ESBL ou sensíveis apenas a
carbapenem.
76
SUMÁRIO
Tratamento de Infecções
Peritonite associada à dialise peritoneal
Diagnóstico e Tratamento
Na suspeita de peritonite associada à diálise peritoneal:
1. Coletar líquido peritoneal e enviar para: quimiocitológico, Gram, micológico direto e cultura
(inocular 10 mL no frasco de hemocultura aeróbio)
2. Iniciar antibiótico empírico intra-peritoneal (IP):
1ª opção: Vancomicina* + (amicacina ou ceftazidima)
2ª opção: Cefazolina* + Amicacina
* a literatura corrobora o uso de cefazolina para cobertura empírica para Gram-positivos.
Optamos por vancomicina como primeira opção devido a comodidade posológica e pela
baixa incidência de peritonite em nosso Serviço.
3. Se houver sinais sistêmicos (febre, queda do estado geral ou hipotensão), iniciar
vancomicina e ceftazidima intravenoso. Nesta situação, não é necessário utilizar intraperitoneal
concomitantemente
4. Ajustar antibioticoterapia conforme agente isolado:
• S.aureus: vancomicina ou cefazolina, conforme perfil de sensibilidade, por 3 semanas.
Considerar retirada do cateter peritoneal.
• Estafilococo coagulase negativo: vancomicina ou cefazolina conforme perfil de sensibilidade,
por 2 semanas.
• Enterococo: ampicilina associada ou não à gentamicina, por 2 a 3 semanas
• Enterobactérias: ceftazidima ou cefepime, conforme perfil de sensibilidade, por 3 semanas.
• P. aeruginosa: associar 2 drogas: ciprofloxacino VO associado à ceftazidima ou cefepime
ou tobramicina ou piperacilina, por 3 semanas. Considerar retirada do cateter peritoneal.
5. Indicações para retirada do cateter:
• Peritonite fúngica
• Nova peritonite pelo mesmo agente ou estéril em um período de 4 semanas após o fim do
tratamento (peritonite recidivante)
• Infecção de trajeto de cateter peritoneal (túnel)
• Ausência de resposta após 5 dias tratamento (peritonite refratária)
• Patologia intra-abdominal (apendicite, diverticulite e etc.)
Doses de antibióticos por via intraperitoneal (administrar na bolsa de diálise com maior tempo
de permanência).
• Amicacina 2mg/kg/dia.
• Cefazolina 15 mg/kg/dia
• Cefepime 1g/dia
• Ceftazidima 1000 – 1500 mg/dia
• Tobramicina 0.6 mg/kg/dia
• Vancomicina 15-30mg/kg, máximo de 2 a 3 gramas a cada 5-7 dias a depender da função
renal residual.
SUMÁRIO
77
Tratamento de Infecções
Diagnóstico e Tratamento de
Peritonite Bacteriana Espontânea (PBE)
DEFINIÇÕES/ DIAGNÓSTICO:
PBE clássica: PMNs > 250 cels/mm3 e cultura positiva
PBE com cultura negativa: PMNs > 250 cels/mm3 e cultura negativa
Bacteriascite: PMNs < 250 cels/mm3 e cultura positiva
Para aumentar positividade da cultura de líquido ascítico (LA): inocular 10 ml
do líquido ascítico no frasco de hemocultura.
Tratamento de PBE:
PBE
PBE complicada *
SIM
NÃO
Paciente em uso
de profilaxia com
norfloxacino?
Cefotaxima 2g 8/8h
IV por 5 a 14 dias +
Albumina&
SIM
AmoxicilinaClavulanato VO
ou
Ceftriaxone IM/IV
por 10-14 dias
NÃO
AmoxicilinaClavulanato VO
ou
Ciprofloxacino VO
por 10 a 14 dias
* PBE Complicada: presença de qualquer dos seguintes: encefalopatia grau II a IV, choque,
HDA , íleo paralítico ou alteração da função renal
&
Albumina 1,5g/ Kg no primeiro dia e 1,0 g/ Kg no terceiro dia.
SEGUIMENTO: Se não houver melhora clínica em 48h: considerar nova punção de LA
78
SUMÁRIO
NÃO
SIM
Comorbidades
• Neoplasias
• ICC
• Insuf. Renal
• Hepatopatia, alcoolismo
• Sequela neurológica
• DPOC
• Diabetes
• Doença vascular cerebral
• Idade >65 anos
SUMÁRIO
GRUPO III - Internação por 24h-48h
• Fluorquinolona respiratória IV ou
• Macrolídeo IV
10 dias
71-90 pontos
91-130 pontos
GRUPO V - Terapia
Intensiva
• Ceftriaxona + macrolídeo
IV ou
• Fluorquinolona IV
10-14 dias
>130 pontos
GRUPO I
Baixo risco ambulatorial
• Amoxicilina ou
• Macrolídeos ou
• Doxiciclina
7-10 dias
GRUPO IV - Internação em
Enfermaria
• Fluorquinolona respiratória
IV ou
• Ceftriaxone + macrolídeo IV
10-14 dias
• Amoxicilina 500 mg 8/8h VO
• Amoxicilina + clavulanato 500 mg + 125 mg 8/8h ou 875 mg 12/12h VO
• Azitromicina 500 mg/ dia, claritromicina 500 mg 12/12h ou eritromicina 500 mg 6/6h IV ou VO
• Ceftriaxona 1 g IV de 12/12h
• Doxiciclina 100 mg 12/12h VO
• Fluorquinolona respiratórias: Levofloxacino 500 mg/dia ou moxifloxacino 400 mg/dia IV/VO
• OBS: Considerar associação de Oseltamivir 75 mg 12/12 h por 5 dias durante epidemias de influenza
GRUPO II - Ambulatorial
• Macrolídeo ou
• Amoxicilina + clavulanato ou
• Fluorquinolona respiratória
7-10 dias
<70 pontos
NÃO
Utilize o escore de gravidade de PAC para determinar o risco e avalie comorbidades
Solicitar hemograma, glicemia, eletrólitos, função hepática e renal.
HIV consentido e hemoculturas para pacientes internados
SIM
Sinais de alerta
• Confusão mental
• PAS <90 mmHg
• TAX >40ºC ou <350C
• Taquicardia >125 bpm
• Taquipnéia >30 ipm
• Oximetria <90%
• Doença multilobar
Tratamento de Infecções
Pneumonia Comunitária do Adulto
79
Tratamento de Infecções
COMORBIDADES
CONSIDERAR
Etilismo, dentes precários, disfagia, aspiração
Anaeróbio
Amoxicilina clavulanato, clindamicina ou metronidazol
Etilismo, insuficiência hepática, neoplasias, idoso
Bacilos Gram-negativos
Não prescrever macrolídeo isoladamente
Influenza com superinfecção bacteriana
Bronquiectasia, fibrose cística ou internação prévia ou uso recente antibiótico
S. aureus, H.influenzae, S.pnemoniae
P. aeruginosa
ESCORE DE GRAVIDADE DE PAC
Pontos
Idade
anos
Sexo feminino
- 10
Asilo
+10
Neoplasia
+30
Hepatopatia
+20
ICC
+10
Doença cerebro-vascular
+10
Insuficiência Renal
+10
Confusão mental
+20
Taquipnéia: FR >30
+20
PAS <90 mmhg
+20
Temperatura axilar <35ºC ou >40 ºC
+15
Pulso >125 bpm
+10
pH arterial <7.35
+30
Uréia >40 mg/dl
+20
Glicose >250 mg/dl
+10
Sódio <130 mEq/dl
+20
Hemoglobina <9 g/dl
+10
Derrame pleural
+10
PO2 <60 mmHg ou Sat AA <90%
+10
TOTAL 80
SUMÁRIO
Tratamento de Infecções
Características e patógenos mais frequentes nos diferentes grupos conforme
classificação da Sociedade Americana do Tórax (ATS)
Grupo
Características
Patógenos mais comuns
1
• Sem necessidade de internação
• Pneumonia leve ou moderada
• Idade superior a 65 anos
• Ausência de doença associada*
• Streptococcus pneumoniae
• Mycoplasma pneumoniae
• Chlamydia pneumoniae
• Haemophilus influenzae
• Vírus respiratórios
2
• Sem necessidade de internação
• Pneumonia leve ou moderada
• Idade inferior a 60 anos e/ou doença
de base com morbidade associada*
• Streptococcus pneumoniae
• Haemophilus influenzae
• Vírus respiratórios
• Bacilos Gram-negativos
• Staphylococcus aureus
3
• Necessidade de internação (sem terapia intensiva)
• Streptococcus pneumoniae
• Haemophilus influenzae
• Bacilos Gram-negativos
• Legionella spp.
• Chlamydia pneumoniae
• Necessidade de internação 4
em unidade de terapia intensiva
• Streptococcus pneumoniae
• Legionella spp.
• Bacilos Gram-negativos
• Chlamydia pneumoniae
• Vírus respiratórios
*Insuficiência cardíaca congestiva, diabetes mellitus, doença pulmonar obstrutiva crônica, insuficiência
hepática ou renal e alcoolismo
SUMÁRIO
81
Tratamento de Infecções
Investigação Pneumonia Comunidade
MICROBIOLOGIA
enviar 5 ml em tubo seco estéril e pedido único para a mibrobiologia
Bacterioscopia*
PESQUISAS DIRETAS
P. jiroveci §
Micobactéria
Geral*
CULTURAS
Legionella pneumoniae
Fungos (filamentosos)**
Micobactéria
biologia molecular
enviar 3 ml em tubo seco estéril e pedido único para o setor de
biologia molecular
P. jiroveci §
PCR
Legionella pneumoniae*
Mycoplasma pneumoiae
Chlamydia pneumoniae
Mycobacterium turbeculosis
Influenza A
lim 54
Enviar 7 ml em tubo seco estéril e para LIM 54
prof. Dahir - fone: 3066-7029
sorologia
Legionella pneumoniae#
Mycoplasma pneumoniae#
Observações:
* lavado bronco-alveolar
#
sangue
As demais pesquisas podem ser realizadas em qualquer secreção respiratória.
§
Infecção pelo HIV / outras imunodepressões
** Apenas em imunossuprimidos hematológicos e transplantados.
82
SUMÁRIO
Tratamento de Infecções
Pneumonia Comunitária em Pediatria
1. Diagnóstico clínico e etiológico:
 Se os sinais clínicos de ausculta estão presentes, não é necessária a realização de
radiografia para o diagnóstico.
 Pneumonia bacteriana se associa a febre, dispneia e taquipneia; em crianças menores
de 3 anos, pneumonia bacteriana deve ser considerada em crianças com t >38,5oC,
FR >50 e tiragem.
 Realizar hemoculturas em todas as crianças com suspeita de pneumonia, ainda que
se saiba que <10% delas serão positivas.
 Aspirados de nasofaringe para pesquisa viral devem ser realizados em todas as
crianças menores de 18 meses.
 Colher líquido pleural para diagnóstico sempre que possível.
Idadeetiologia
RN – 21 dias
• Estreptococos do grupo B
• Bactérias Gram-negativas entéricas
• Citomegalovírus
• Listeria monocytogenes
21 dias – 3 meses
• Chlamydia trachomatis
• Vírus sincicial respiratório
• Parainfluenza-vírus tipo 3
• Streptococcus pneumoniae
• S. aureus
4 meses – 4 anos
• Vírus sincicial respiratório, parainfluenza-vírus,
influenzavirus, adenovirus, rinovirus
• S. pneumoniae
• H. influenzae
• Mycoplasma pneumoniae
• Mycobacterium tuberculosis
5 anos – 15 anos
• Mycoplasma pneumoniae
• Chlamydia pneumoniae
• S. pneumoniae
• M. tuberculosis
2. Indicações de internação:
 Hipoxemia: SatO <92%.
2
 Família sem condições de cuidar apropriadamente da criança em casa.
 Em lactentes, FR >70 irpm, dispneia, apneia, gemência ou dificuldade de alimentação.
 Em crianças maiores, FR >50 irpm, dispneia, gemência ou sinais de desidratação.
SUMÁRIO
83
Tratamento de Infecções
3. Indicações de Internação em UTI:
 SatO <92% com FiO >60%.
2
2
 Sinais de choque.
 Desconforto respiratório progressivo com sinais de falência respiratória, com ou
sem hipercapnia.
 Apneia ou respiração irregular.
4. Tratamento:
FAIXA tratamento INTERNAÇÃO
ETÁRIA ambulatorial (criança sem imagem lobar nem derrame pleural)
internação
(criança COM SEPSE,
e/ou com infiltrado alveolar,
e/ou com derrame pleural
RN-21
Internar
dias
Ampicilina (ou penicilina cristalina) e gentamicina, com ou sem cefalosporina de 3a geração (IV)
Ampicilina (ou penicilina
cristalina) e gentamicina,
com ou sem cefalosporina
de 3a geração (IV)
• Pac. Afebril: eritromicina 30-40 mg/kg/d IV de 6/6h
• Pac. febril: associar à
eritromicina uma
cefalosporina
de 3a geração
Cefalosporina de 3a geração
de Amoxicilina 50 – 4 meses 100 mg/kg/dia a 5 anos 8/8h
• Suspeita de pneumonia viral: não dar atb, apenas suporte (O2, hidratação, fisioterapia respiratória)
• Suspeita de etiologia bacteriana: penicilina
cristalina 100.000 UI/kg/d
IV de 4/4h ou ampicilina
200 mg/kg/d IV de 6/6h
Cefalosporina de 2a
(cefuroxima 150 mg/kg/d IV
8/8h) ou 3a geração, ou
penicilina cristalina ou
ampicilina
5 anos-
Adultos
jovens
Claritromicina 15 mg/Kg/d IV 12/12h ou, em crianças > 8 anos, doxiciclina 4 mg/Kg/d IV 12/12 h. Se forte suspeita de infecção por bactéria Gram-positiva, associar penicilina cristalina ou
ampicilina
Cefalosporina de 2a
(cefuroxima 150 mg/kg/d IV
8/8h) ou 3a geração, ou
penicilina cristalina ou
ampicilina. Se não evoluir
bem, associar macrolídeo.
de
3 sem. a
3 meses 84
Pac. afebril:
eritromicina 30-40 mg/kg/d VO 6/6h ou azitromicina 10 mg/kg/d no 1o dia e 5 mg/kg/d por mais 4 dias em 1 tomada diária
Eritromicina 30-40 mg/
Kg/d VO 6/6h ou azitromicina 10 mg/Kg/d
no 1o dia e 5 mg/Kg/d por mais 4 dias em 1 tomada VO diária ou claritromicina15 mg/Kg/d VO 12/12h ou, em crianças > 8 anos,
doxiciclina 4 mg/Kg/d
VO 12/12h
SUMÁRIO
Tratamento de Infecções
Pneumonia relacionada à assistência à saúde (inclui PAV)
SUSPEITA
Infiltrado radiológico em RX ou CT somado a pelo menos 2 sinais clínicos:
• Febre
• Secreção traqueal purulenta
• Leucocitose
Obs: em pacientes com SARA, 1 sinal clínico é suficiente
• Colher: Hemocultura (2 pontos, 1 par por ponto) e secreção traqueal quantitativa
• Iniciar antibiotiocoterapia empírica (tabela pág 86)
Reavaliação 48-72h:
Melhora clínica?
SIM
NÃO
CULTURA NEGATIVA
Solicitar LBA;
considerar outros
patógenos,
complicações
outras infecções
outro diagnóstico
CULTURA POSITIVA
CULTURA NEGATIVA
Considerar a
suspensão de
antimicrobianos
Adequar
antimicrobianos,
considerar outros
patógenos
outras infecções
outro diagnóstico
CULTURA POSITIVA
Descalonar
antimicrobianos
tratar por 8 dias
(P. aeruginosa por
15 dias)
Pontos de Corte das Culturas Quantitativas:
Lavado Bronco-alveolar: 104 UFC/mL
Secreção Traqueal:105-6 UFC/mL
SUMÁRIO
85
Tratamento de Infecções
Coleta de Secreção Traqueal em Pacientes Traqueostomizados
ou Entubados
Material:
 EPI – Óculos e máscara (avental em caso de precaução de contato)
 Sonda de aspiração endotraqueal
 Coletor de mucosidade estéril e seco (“bronquinho”)
 Aspirador
 Luva estéril
 Bandeja
 Etiqueta de identificação do paciente
Técnica:
 Higienizar as mãos
 Calçar luva estéril
 Introduzir uma sonda de aspiração estéril de calibre adequado já conectada ao “bronquinho”,
através do tubo endotraqueal até encontrar resistência.
 Recolher 1-2cm do cateter, aplicar sucção para obter amostra
 Não instilar soluções, pois alterará a contagem de microrganismos
 Encaminhar rapidamente ao laboratório. Caso não seja possível, manter refrigerado a 2-8°C
por, no máximo, 12 horas.
 Volume mínimo para cultura aeróbia é de 1ml, para pesquisa e cultura para fungos e
micobactérias, o volume mínimo é de 5-10 ml
 Higienizar as mãos
Momento do
Antibiotiocoterapia para
pneumonia relacionada à assistência à saúde (inclui PAV)
Sem uso prévio de atm
Com uso prévio de ATM*
diagnóstico clínico-
Estável
radiológico
Piora hemodinâmica Estável
e/ou respiratória
Piora
hemodinâmica
e/ou respiratória
Precoce
Ceftriaxone ou (<5 dias de Levofloxacino ou ventilação
Moxifloxacino
mecânica)
Ceftazidima* ou
Cefepima* ou cefepima* ou
piperacilina-
piperacilina-
tazobactam
tazobactam
+ mrsa
Ceftazidima* ou
cefepima* ou
carbapenem*
+ mrsa
Tardio
(>5 dias de ventilação mecânica)
Ceftazidima* ou cefepima* ou
carbapenem* + mrsa
Ceftazidima* ou
cefepima* ou
carbapenem*
+ mrsa
Ceftazidima ou cefepima ou piperacilina-
tazobactam
Ceftazidima* ou cefepima* ou
carbapenem*
+ mrsa? • discutir a cada caso associação com amicacina
• MRSA: cobertura para S. aureus resistente a oxacilina (vancomicina ou teicoplanina ou linezolida). Vide
bactérias multi-R (pág. 16)
• Obs: se houver suspeita de aspiração, considerar associação com clindamicina ou metronidazol se o
esquema prescrito não contemplar anaeróbios.
86
SUMÁRIO
Tratamento de Infecções
Pneumopatia por Aspiração (adulto)
Situação clínica
Condição
Antimicrobiano
Duração do tratamento
Pneumonite aspirativa
“BCP” + aspiração do
conteúdo gástrico teste-
-munhada com febre, leucocitose e imagem -
início nas primeiras 24h da aspiração
7-14 dias
conforme
gravidade e
evolução
Hígido sem fatores de risco • Clindamicina ou
para colonização gástrica*
• Ampicilina ou
(p. ex: crise convulsiva, • Penicilina
intoxicação exógena aguda, pós-anestesia eletiva)
Fatores de risco para coloni-
-zação gástrica por Gram-neg. • Institucionalizados e hospitalizados
• Disfagia neurológica, obstrução intestinal, sonda gástrica ou enteral e bloqueadores H2
• Quinolona
respiratória ou
• Cefalosporina 3ª
geração+macrolídeo*
• Considerar adição
de clindamicina ou
metronidazol
Pneumonia adquirida Tratamento ambulatorial
• Quinolona
na comunidade com respiratória ou
risco para aspiração
• Amoxicilina- Rebaixamento do nível clavulanato
de consciência, disfagia ou obstrução digestiva
Tratamento internado
• Quinolona respiratória ou
• Cefalosporina 3ª geração + macrolídeo
• Considerar adição
de clindamicina ou
metronidazol
Abscesso ou Tratamento ambulatorial
• Amoxicilina- pneumonia -clavulanato ou
necrotizante
• Clindamicina
Tratamento internado
• Quinolona respiratória ou
Cefalosporina
3ª geração
• Adicionar
clindaminica ou
metronidazol
SUMÁRIO
7-14 dias
conforme
gravidade e
evolução
Prolongada
(>3 semanas)
conforme gravidade e evolução
87
Tratamento de Infecções
Infecção do Trato Urinário (ITU)
1. Bacteriúria assintomática
 Caracterizada pela presença de bactérias na urocultura (>100.000 UFC/ml) e ausência
de sinais e sintomas clínicos de infecção.
 Indicação de tratamento: apenas naqueles pacientes com alto risco de
desenvolvimento de bacteremia:  transplante de órgãos sólidos;
 granulocitopenia;
 gravidez;
 pré-operatório de cirurgias urológicas;
 pré-operatório de colocação de próteses.

Tratamento: de acordo com o antibiograma por 5 dias.
2. Infecção do trato urinário baixo (cistite)
2.1. Mulher grávida, puerpera ou nutriz
 Realizar urina tipo 1 e urocultura
 Tratamento: de acordo com antibiograma, levar em conta os potenciais efeitos
colaterais fetais na escolha do antimicrobiano

Duração: 7 dias
Urina tipo 1 alterada
Urocultura
Iniciar antibioticoterapia empírica
• Cefalosporina de 1a geração (cefadroxila ou cefalexina)
• Amoxicilina
Reavaliar com resultado da cultura e antibiograma e
adequar esquema de tratamento se necessário

88
Exames de controle: urina tipo 1 e urocultura após 2 a 4 semanas
SUMÁRIO
Tratamento de Infecções
2.2. Mulher não-grávida
 A infecção de trato urinário não complicada em mulheres não-grávidas não requer
a realização de exames laboratoriais.
 Iniciar antibioticoterapia empírica VO:
 SMX – TMP (800 mg/160 mg) 12/12h ou
 Norfloxacino 400 mg 12/12h ou
 Ácido nalidíxico 500 mg 6/6h ou
 Nitrofurantoína 100 mg 6/6h
tratar por 3 dias
Ausência de melhora clínica
realizar urina tipo 1 e urocultura
(+)
Agente resistente à
droga utilizada
Novo tratamento por
3 dias, de acordo com
antibiograma
(+)
Agente sensível à
droga utilizada
Reavaliar o caso
Melhora clínica
(-)
Repetir cultura em 48h
(-)
Chlamydia trachomatis
Ureaplasma urealitycum
Gardnerella vaginalis
Mycoplasma hominis
Doxiciclina
100 mg VO 12/12h por 7 dias ou
azitromicina
1 g VO em dose única
SUMÁRIO
89
Tratamento de Infecções
2.3. Homem
A ITU nos pacientes do sexo masculino está frequentemente associada a hiperplasia
prostática.
 Realizar:
 urina tipo 1
 urocultura
 exame clínico da próstata
 Tratamento de acordo com antibiograma por 7 dias
3. Infecção do trato urinário alto (pielonefrite aguda)
 Na presença de sintomas clínicos sugestivos de Infecção do trato urinário alto,
solicitar:
 urina tipo 1
 urocultura
 hemocultura
 Iniciar antibioticoterapia VO, IV ou IM, de acordo com o estado geral do paciente,
e reavaliar em 72 horas para passar à terapêutica oral.


Investigar alterações do trato urinário: obstrução/cálculos.
Opções de tratamento:
 Aminoglicosídeos (IV ou IM)
(gentamicina 5 mg/kg ou amicacina 15 mg/kg por dia)
 Ciprofloxacino 400 mg IV ou 500 mg VO 12/12h
 Ceftriaxona 1 g IV de 12/12h *
tratar por 14 dias
* Para gestantes, pacientes com insuficiência renal ou maior risco de adquiri-la, ou ainda com idade
>65 anos, usar somente cefalosporina.
4. Infecção em pacientes com cateter urinário
O principal fator de risco para infecção do trato urinário hospitalar é a presença da
sonda vesical.
Suspeita clínica de ITU
Ausência de sintomas
clínicos de infecção
Urocultura (+)
Alteração da urina tipo 1 e Urocultura (+) • reavaliar a necessidade da sonda • retirar a sonda assim que possível
Tratamento não indicado
Exceção: pacientes de alto risco
• Transplante de orgãos sólidos
• Granulocitopênicos
• Gravidez
• Pré-operatório de cirurgias urológicas
• Pré-operatório de colocação de próteses
90
Piúria franca
Trocar o cateter vesical
Iniciar antibioticoterapia, de
acordo com antibiograma
SUMÁRIO
Tratamento de Infecções
5. Tratamento de infecção do trato urinário recorrente
Mais de três ITUs por ano relacionadas ao coito:
 Realizar profilaxia pós-coito

Opções de Tratamento:
 SMX-TMP (800 mg/160 mg) - 1 compr. em dose única
a
 Cefalosporina de 1 geração - 0,5 g VO em dose única
Mais de três ITUs por ano não relacionada com coito:
 Realizar profilaxia contínua com dose única diária por período de 6 meses a 1 ano

Opções de Tratamento:
 SMX-TMP (400 mg/80 mg)
 Nitrofurantoína (100 mg)
 Norfloxacino (200 mg)
SUMÁRIO
91
Tratamento de Infecções
Candidúria
1. Candidúria assintomática
a) Ausência de sintomas clínicos, ausência de piúria e
presença de urocultura (+) com >10.000 UFC/ml
Pacientes de alto risco:
• Pré-operatório de cirurgia urológica
• Neutropênicos
• Transplantados
Pacientes não-pertencentes ao
grupo de risco
Se sondado, trocar a sonda. Para todos,
repetir urocultura após 48h
Tratamento não indicado
Cultura (+) >10.000 UFC/ml
Indicado tratamento
b) Ausência de sintomas clínicos porém com piúria
Pacientes de alto risco
Pacientes não pertencentes ao grupo de risco
Pós-transplante renal
Pré-operatório de cirurgia urológica
Neutropênicos
Se sondado, tirar a sonda
Discutir caso a caso a
necessidade de tratamento
Trocar sonda e iniciar tratamento
2. Candidúria sintomática
Caracterizada pela presença de sintomas clínicos e piúria
Trocar ou retirar a sonda (parar ATM, se possível)
Indicar tratamento
PROPOSTAS DE TRATAMENTO
a) Fluconazol 200 mg no 1º dia e 100 mg/dia nos 5 dias subsequentes
b) Anfotericina B 0,3 mg/kg IV em dose única
42 ml/h em sonda
c) Anfotericina B, irrigação vesical:
Anfo B 50 mg
de tripla via por
Diluído em 1 litro de
ATM:
1 a 2 dias
antimicrobiano
água destilada estéril
92
SUMÁRIO
Cefalosporina de 3ª geração (ceftriaxona 1 g
IV ou IM de 12/12h) por 10 dias
SUMÁRIO
Se não houver resposta, considerar ceftriaxona 125 mg IM em dose única +
doxiciclina 100 mg VO 12/12h por 7 dias
DST: Doenças Sexualmente Transmissíveis / VO: Via Oral / IM: Intramuscular / IV: Intravenoso
** Profilaxia das recorrências: baixas doses de nitrofurantoína (100 mg 1x/d), cotrimoxazol (400 mg/80 mg 1x/d) ou quinolonas
(ciprofloxacino 250 mg 1x/d ou ofloxacino 200 mg 1x/d). Ressecção prostática pode ser necessária para resolver a infecção.
5. Prostatite Idem ao anterior + considerar Ofloxacino 200 mg VO de 12-12 h, crônica / C. trachomatis, Ureaplasma
por 6 semanas
Síndrome da algia pélvica
crônica
Ciprofloxacino 500 mg ou ofloxacino 200 mg VO 12/12h por 6 semanas
Cotrimoxazol (800mg/160mg) VO 12/12h
por 6 semanas
Ciprofloxacino 500 mg ou ofloxacino
200 mg VO 12/12h por 10dias
• >35 anos: ceftriaxona 1 g IV ou IM 12/12h
ou cotrimoxazol (800 mg/160 mg) 12/12h
VO por 10 dias
• <35 anos: ofloxacino 200 mg VO 12/12h
por 10 dias
TRATAMENTO ALTERNATIVO
Enterobactérias, 4. Prostatite bacteriana S. saprophyticus, E. faecalis
crônica**
E. coli, Klebsiella, Pseudomonas, Staphylococcus, Streptococcus
2. Orquite bacteriana
• >35 anos: ciprofloxacino 500 mg ou ofloxacino 200 mg VO 12/12h por 10 dias
• <35 anos: ceftriaxona 500 mg IM dose única + doxiciclina 100 mg 12/12h por 10 dias
TRATAMENTO PROPOSTO
• Não complicada: cefalosporina de 3ª
geração (ceftriaxone 1g IV ou IM 12/12h) OU
cotrimoxazol (800mg/160mg) 12/12h VO por
4 semanas
• Complicada: inicialmente cefalosporina de 3ª
geração (ceftriaxona 1 g IV ou IM 12/12h) +
aminoglicosídeo (gentamicina 80 mg IV 8/8h)
completando com quinolona VO
(ciprofloxacino 500 mg ou ofloxacino 200 mg
12/12h) Total: 4 semanas
• >35 anos: E. coli, Pseudomonas, Haemophilus eventualmente Gram-positivos
• <35 anos: considerar germes de DST, como C. trachomatis, N. gonorrhoeae
1. Epididimite
3. Prostatite Enterobactérias, Staphylococcus,
• Não complicada: ciprofloxacino bacteriana Haemophilus
500 mg de 12/12h ou ofloxacino 200 mg de 12/12h VO por 4 semanas
aguda
• Complicada: iniciar ciprofloxacino 200 mg ou ofloxacino 200 mg IV 12/12h, trocando para VO quando melhora do quadro. Total: 4 semanas
GERMES MAIS FREQUENTES
INFECÇÃO
Tratamento de Infecções
Urologia
93
Vírus Sincicial Respiratório
94
SUMÁRIO
Colher PCR para VSR no LNF e/ou LBA*
Positivo
Pneumonia (RX de tórax com infiltrado,
hipoxemia, crepitação ou sibilos)
• Ribavirina inalatória** 6g/dia (20mg/ml por 18h/dia) 3 a 7 dias
• Precauções de contato
Negativo
IVAS (dispneia, baixa SatO2)
Paciente com sintomas respiratórios (principalmente outono-inverno)
RN: recém-nascido
PCR: reação de polimerase em cadeia
LBA: lavado bronco-alveolar
SatO2: saturação de O2
LNF: lavado nasofaríngeo
* Enviar 3 ml lavado nasofaríngeo e/ou broncoalveolar ao LIM-52 (Virologia-IMT) em recipiente com gelo em até 3 horas
2) Crianças:
Considerar tratamento com ribavirina apenas para crianças com doença cardíaca congênita, pneumopatias, doença ou terapia imunossupresiva e com
infecção grave pelo VSR (necessidade de ventilação mecânica).
Não tratar
IVAS (tosse, coriza, + febre)
1) Transplantados de medula óssea:
O VSR é transmitido por secreções respiratórias de infectados, por contato íntimo ou objetos e superfícies, onde o vírus sobrevive até 24 h. O diagnóstico
preferencial é feito por detecção de antígenos virais em secreção de nasofaringe e traqueia. Em geral o tratamento é sintomático. A ribavirina aerossol
é utilizada em formas graves da doença ou em imunossuprimidos.
Recomendação: instituir precaução de contato que deve ser mantida até a alta, em quarto privativo ou, no RN, na incubadora. Intensificar a
higienização das mãos antes e após cuidados e após contato com artigos e superfícies contaminadas.
Tratamento de Infecções
PROFILAXIA
ANTIBIOTICOPROFILAXIA
Princípios Gerais da antibioticoprofilaxia em cirurgia:
Indicação apropriada
Determinar microbiota provável numa infecção pós-operatória
 Administrar dose efetiva na INDUÇÃO ANESTÉSICA (exceto parto)
 Administrar por via endovenosa (exceto alguns procedimentos urológicos)
 Usar antibióticos por curto período (em geral dose única, não ultrapassar 24h)
 Mudar o antibiótico em caso de suspeita de infecção
 Evitar utilizar para profilaxia, drogas úteis no tratamento de infecções graves
 Quando indicadas cefazolina/cefoxitina usar 1 g em pacientes com peso<70 kg e
2g em > 70 kg.
 Em pacientes com alergia grave a cefalosporinas, consultar CCIH


SUMÁRIO
95
96
SUMÁRIO
Clindamicina isolada
Clindamicina
600 mg IV
600 mg 6/6 h
600 mg 6/6 h
+
Ceftriaxone
1g IV
1g 12/12 h
1g 12/12 h
Oncológica infectada 600 mg IV
600 mg IV 6/6h
600 mg 6/6h
10 dias (tratamento)
24 horas
Não indicado
Intra-operatório
1g 4/4h
Cefazolina
1-2g IV
1g 4/4h
1g 8/8h
+
Metronidazol ou
500 mg IV
500 mg 6/6 h
500 mg 8/8 h
1-2g IV
Cefazolina
Oncológica Limpa
Oncológica
potencialmente contaminada
DURAÇÃO
Intra-operatório
Não indicado
DOSE NA
INTERVALO
INDUÇÃO INTRA-OPERATÓRIO PÓS-OPERATÓRIO
ANESTÉSICA
Cirurgia com Cefazolina
1-2g IV
Não indicada
Não indicada
incisão de mucosa
Cirurgia limpa sem incisão de mucosa
ROCEDIMENTO
P
ANTIBIÓTICO
PROFILAXIA
Cirurgia de Cabeça e Pescoço
PROFILAXIA
Cirurgia Cardiovascular
DOSE NA INTERVALO
PROCEDIMENTO ANTIBIÓTICO INDUÇÃO
INTRA-
PÓS-
DURAÇÃO
ANESTÉSICA -OPERATÓRIO -OPERATÓRIO
Cirurgia Cardíaca com uso de Circulação Cefuroxima
1,5g IV
extra-corpórea (CEC)
750 mg após
término da CEC 750 mg 6/6h
ou após 6h de (4 doses)
duração da
cirurgia Cirurgia Cardíaca com CEC em Cefuroxima
50 m/kg IV
crianças até 30 Kg
50 mg/kg após
término da CEC 50 mg/Kg 6/6h
ou após 6h de (4 doses)
duração da
cirurgia
Total
5 doses
Total
5 doses
Cirurgia Cardíaca Cefuroxima
1,5g IV
750 mg 6/6h
sem CEC 750 mg 6/6h (3 doses)
Total
4 doses
Instalação de Cefazolina
1-2 g IV
marca-passo
Não
indicada
1a2
doses
1 g após 4h de duração da cirurgia
SUMÁRIO
97
98
SUMÁRIO
Alto risco:
- Obstrução
- hipocloridria,
- sangramento,
- obesidade,
- idade> 70 anos Preparo mecânico:
opcional
Descontaminação
oral: neomicina + eritromicina ou
metronidazol VO
às 13h, 14h e 23h
da véspera da cirurgia
GASTRO-
-DUODENAL
CÓLON 500 mg 8/8h
Cefoxitina 1-2g IV
1g 2/2h
1g 6/6h
Cefazolina
1-2g IV
1g 4/4h
1g 8/8h
ou
Cefoxitina
1-2g IV
1g 2/2h
1g 6/6h
Não indicado
750 mg 8/8h
1 g 6/6h
COLECISTECTOMIA Cefazolina
1-2 g IV
1 g 4/4h
Não indicado
aberta
Baixo Risco
Cefuroxima 1,5 g IV
750 mg 4/4h
+
metronidazol
500 mg IV
500 mg 6/6h
1 g 2/2 h
1- 2 g IV
Câncer
Cefoxitina
ESÔFAGO
Incisão na mucosa
DOSE NA
INTERVALO
INDUÇÃO
INTRA-
PÓS-
ANESTÉSICA
-OPERATÓRIO -OPERATÓRIO
PROCEDIMENTO
ANTIBIÓTICO
Intra-operatório
24 horas
24 horas
24 horas
24 horas
DURAÇÃO
PROFILAXIA
Cirurgia do Trato Gastrointestinal
SUMÁRIO
1g 6/6h
Com abertura do Cefazolina
1-2 g IV
1g 4/4h
Não indicada
trato gastrointestinal
Não indicado
Sem abertura do trato gastrointestinal
orientar pela
cultura de bile
pré-op; se não
disponível:
(Ceftriaxone +
1g IV
1g 12/12h
1g 12/12h
Metronidazol) ou
500 mg IV
500 mg 6/6h
500 mg 6/6h
Imipenem
500 mg IV
500 mg 6/6h
500 mg 8/8h
1g 2/2h
PÂNCREAS
-CREATEC-
com procedimentos
-TOMIA
invasivos no pré-op
1-2g IV sem procedimentos invasivos no pré-op
GASTRODUO-
-DENOPAN-
Cefoxitina
ALTO RISCO:
- colangiografia intra-op
- vazamento de bile
- conversão para laparo
- pancreatite / colecistite
Cefazolina 1-2 g IV
1g 4/4 h
1 g 8/8h
aguda
- icterícia
- gravidez
- imunossupressão
- inserção de prótese
Não indicado
BAIXO RISCO
-TECTOMIA
laparoscópica
DOSE NA INTERVALO
INDUÇÃO
INTRA-
PÓS-
ANESTÉSICA -OPERATÓRIO -OPERATÓRIO
COLECIS-
PROCEDIMENTO
ANTIBIÓTICO
Intra-operatório
- amilase dreno
1º PO<1000:
3 dias
- amilase dreno
1º PO<1000:
7 dias
2-3 dias
3 dias
DURAÇÃO
PROFILAXIA
Cirurgia do Trato Gastrointestinal (cont.)
99
100
SUMÁRIO
Ceftriaxone
+
Metronidazol
Colangiocarninoma
(orientar pela cultura
de bile pré-op)
Cefazolina +
Metronidazol
HEPATECTO-
Hepatocarcinoma
-MIA
Metástase hepática
1g 12/12h
500 mg 8/8h
500 mg IV
500 mg 8/8h
500 mg IV
1g IV
1g 4/4h
1 - 2g IV
500 mg 8/8h
1g 12/12h
500 mg 8/8h
1g 8/8h
ALTO RISCO:
- Hérnia volumosa
- Duração
prevista> 2h
- Idade > 65 anos
Cefazolina
1- 2g IV
1g 4/4h
Não indicada
- Diabetes, neoplasia, imunossupressão,
- Obesidade (imc> 30)
- Desnutrição
Opcional
BAIXO RISCO
DOSE NA INTERVALO
INDUÇÃO
INTRA-
PÓS-
ANESTÉSICA -OPERATÓRIO -OPERATÓRIO
HÉRNIA
PROCEDIMENTO
ANTIBIÓTICO
> 5 dias
2 dias
Intra-operatório
DURAÇÃO
PROFILAXIA
Cirurgia do Trato Gastrointestinal (cont.)
PROFILAXIA
Cirurgia Ginecológica
DOSE NA INTERVALO
PROCEDIMENTO
ANTIBIÓTICO INDUÇÃO
INTRA-
PÓS-
ANESTÉSICA -OPERATÓRIO -OPERATÓRIO
DURAÇÃO
Cirurgia de Mama:
- Nodulectomia
- Quadrantectomia
Cefazolina 1-2g 1 g 4/4h
Não indicada - Mastectomia
- Cirurgia Estética
com Prótese
Intra-operatório
Cirurgia
ginecológica:
- Histerectomia abdominal/vaginal
- Ooforectomia
- Miomectomia
Cefazolina 1-2g 1 g 4/4h
Não indicada
- Panhisterectomia
- Perineoplastia
- Cistocele
- Retocele
- Uretrocistopexia
SUMÁRIO
Intra-operatório
101
PROFILAXIA
Cirurgia Neurológica
DOSE NA INTERVALO
TIPO
ANTIBIÓTICO INDUÇÃO
INTRA-
PÓS-
ANESTÉSICA -OPERATÓRIO -OPERATÓRIO
DURAÇÃO
Craniotomia sem
implantação de
corpo estranho Cirurgias com acesso
Cefuroxima
1,5g IV
750 mg 4/4 h
Não indicado
transesfenoidal
Intra-operatório
Laminectomia e
demais cirurgias
Implantação de DVE, DVP, DLE
Fístula liquórica* e
pneumoencéfalo pós-trauma: eficácia
não estabelecida
Cefuroxima
1,5g IV
750 mg 4/4 h
750 mg 8/8 h
24 horas
Cefuroxima
1,5g IV
750 mg 4/4 h
1,5 g 12/12 h
5 dias
DVE: derivação ventricular externa, DLE: derivação lombar externa, DVP: derivação ventriculo-peritoneal
* em fistulas> 5-7 dias está contra-indicado o uso continuado de antibótico.
102
SUMÁRIO
PROFILAXIA
Cirurgia Obstétrica
PROCEDIMENTO ANTIBIÓTICO
DOSE INTERVALO
APÓS CAM-
-PLEAMENTO INTRA-
PÓSDO CORDÃO -OPERATÓRIO -OPERATÓRIO
Parto Vaginal
DURAÇÃO
Não indicada
Parto Vaginal Cefazolina 1- 2 g IV com dequitação manual de ou
placenta e/ou manipulação Clindamicina 600 mg IV
intra-uterina
Dose
única após
clampeamento
do cordão
Parto Fórcipe
Cefazolina
1-2 g IV ou
Clindamicina 600 mg IV
Parto Cesárea
Cefazolina 1 - 2 g IV ou
Clindamicina 600 mg IV
Não
indicada
Dose
única
Dose
única após clampeamento
do cordão
Não
indicada
Dose
única
Dose
única após
clampeamento
do cordão
Não indicada
Dose
única
Abortamento espontâneo
Não indicada
Abortamento eletivo
Não indicada
Abortamento Ver Tratamento
clandestino
SUMÁRIO
103
PROFILAXIA
Cirurgia em Oftalmologia
Exame lâmpada de fenda antes de encaminhar à sala cirúrgica - excluir pacientes com
processo inflamatório
 Pingar 1 gota de colírio de quinolona 60, 45, 30 e 15 minutos antes da cirurgia
 Fazer antissepsia conjuntival com iodo-povidine tópico 5%* 5 minutos antes da cirurgia
(irrigação ou instilação)
 Fazer antissepsia da face com iodo-povidine tópico 10%*
 Suturar incisão cirúrgica**
 Pingar 1 gota de colírio de quinolona ao final da cirurgia
 Pingar 1 gota de colírio de quinolona 4 x/dia por 1 semana no pós-operatório

*em alérgicos ao iodo, usar clorhexidina tópica 0,05% na conjuntiva e 0,5% na face
**obrigatório para cirurgiões em formação
OBS - A literatura européia corrobora a injeção intracameral de cefuroxime 1 mg em cirurgia de catarata. Nas
Américas esta indicação ainda gera controvérsia.
104
SUMÁRIO
PROFILAXIA
Cirurgia em Ortopedia
DOSE NA INTERVALO
PROCEDIMENTO
ANTIBIÓTICO INDUÇÃO
INTRA-
PÓS-
ANESTÉSICA -OPERATÓRIO -OPERATÓRIO
• Artroplastias
primárias
Cefazolina
1 g IV
1 g 4/4h
1 g 8/8h
(checar urocultura
no pré-operatório)
ou
• Cirurgias com
Sínteses
• Cirurgias em
pacientes:
- Imunodeprimidos
- DPOC
Cefuroxima
1,5 g IV
750 mg 6/6h
1,5 g 12/12h
- Diabéticos
- Prostáticos
Cefuroxima
1,5 g IV
750 mg 6/6h
1,5 g 12/12h
Revisão de
artroplastia
SUMÁRIO
DURAÇÃO
24 horas
5 dias
Reavaliação
das drogas
após resul-tado da
cultura
105
106
Ceftriaxone Cefazolina SUMÁRIO
Cloranfenicol Cloranfenicol Cefazolina Cefazolina Cefazolina Cefazolina Cefazolina Hemilaringectomia
Laringectomia total
Tireoplastias / cirurgias de arcabouço laríngeo
Submandibulectomia/ parotidectomia
Microcirurgias de laringe (pólipos, cistos e nódulos)
Amigdalectomia
Adenoamigdalectomia
Septoplastia / rinoplastia
Realizar quando houver
tampão > 48h
Ligadura de artéria esfenopalatina
Ressecção externa de tumores naso-sinusais
Cirurgias endoscópicas de seios paranasais (sinusites crônicas, poliposes nasais,
papilomas nasais)
Ressecção de tumores glômicos
Ressecção de tumores de ângulo ponto-cerebelar
Descompressão de saco endolinfático
Neurectomia vestibular
Implante coclear
Timpanomastoidectomia
Mastoidectomia
PROCEDMENTO
ANTIBIÓTICO
1 g IV 1 g IV 1 g IV 1 g IV 1 g IV 500 mg
500 mg 1 g IV 1 g IV Não indicada
1 g 4/4 h
INTRA-
-OPERATÓRIO
1 g 4/4h
1 g 4/4h
1 g 4/4h
Não indicada
1 g 4/4h
1 g 4/4h
Não indicada
500 mg 4/4h
500 mg 4/4h
Não indicada
DOSE NA
INDUÇÃO
ANESTÉSICA
Não indicada
Não indicada
Não indicada
Não indicada
Não indicada
Não indicada
Não indicada
Não indicada
Não indicada
INTERVALO
PÓS-
-OPERATÓRIO
Intra-operatório
Intra-operatório
Intra-operatório
Intra-operatório
Intra-operatório
Intra-operatório
Intra-operatório
Intra-operatório
Intra-operatório
DURAÇÃO
PROFILAXIA
Cirurgia em Otorrinolaringologia
PROFILAXIA
Cirurgia Plástica
DOSE NA INTERVALO
PROCEDIMENTO
ANTIBIÓTICO INDUÇÃO
INTRA-
PÓS-
ANESTÉSICA -OPERATÓRIO -OPERATÓRIO
DURAÇÃO
Estéticas:
Abdominoplastia
Blefaroplastia
Opcional:
Dermolipectomia
Cefazolina
1-2g IV
1g 4/4h
Não indicada
Lipoaspiração
Mamoplastia redutora
Otoplastia
Ritidoplastia
Intra-operatório
Estética com prótese:
Mamoplastia com Cefazolina 1-2g IV 1 g 4/4h
Não indicada
colocação de prótese
Intra-operatório
Cirurgia de mão:
Opcional:
Bridas
Cefazolina 1-2g IV
1 g 4/4h
Não indicada
Sindactilia
Intra-operatório
Queimados:
Enxerto
Retalho
Colher swab no planejamento operatório.
A antibioticoprofilaxia deverá ser feita de acordo com
os resultados de cultura e antibiograma. Reparadora;
Craniofacial (congênitas, trauma)
Cefazolina 1-2g IV
1 g 4/4h
Não indicada
Microcirurgia
Reconstrução de mama
SUMÁRIO
Manter por
24h
Intra-operatório
107
PROFILAXIA
Cirurgia de Tórax
DOSE NA INTERVALO
PROCEDIMENTO
ANTIBIÓTICO INDUÇÃO
INTRA-
PÓS-
ANESTÉSICA -OPERATÓRIO -OPERATÓRIO
• Cirurgia redutora de enfisema
• Correção de hérnia/
eventração diafragmática
• Correção de pectus
• Decorticação pulmonar
• Pericardiectomia
• Pleuroscopia terapêutica
• Ressecção de condrite/
Cefazolina
1-2 g IV
1 g 4/4h
1 g 6/6h
osteomielite
• Ressecção de estenose
de traquéia
• Ressecção de tumor pleural
• Ressecção pulmonar:
nodulectomia, segmentectomia,
lobectomia
• Toracectomia (tumor de
parede)
• Toracoplastia
• Toracotomia para acesso
à coluna
• Transplante pulmonar
(seguir protocolo)
• Tromboendarterectomia
pulmonar
• Biópsia de Gânglio
• Biópsia de pleura
• Biópsia de pulmão a céu aberto
• Biópsia de tumores de parede
• Biópsia Transtorácica
• Bronscoscopia rígida e flexível
• Costectomia segmentar
• Drenagem pleural
(não empiema)
• Laringoscopia de suspensão
• Mediastinoscopia
• Mediastinotomia
• Pleuroscopia diagnóstica
• Toracocentese diagnóstica
• Traqueostomia
DURAÇÃO
Intra-operatório
ou no
máximo
24h
Não indicado
Alérgicos a beta-lactâmicos: vancomicina 1 g 12/12h ou clindamicina 600 mg IV 6/6h para cobertura de Gram-positivos.
Nota: Quando houver necessidade de realizar procedimentos fora do centro cirúrgico, usar paramentação cirúrgica completa,
campos cirúrgicos ampliados e fazer degermação das mãos seguido de degermação e antissepsia da pele do paciente.
Obs: cirurgias vídeo-assistidas seguem a mesma recomendação.
108
SUMÁRIO
1 a 2 g VO
2h antes
Braquiterapia prostática Cefazolin
transperineal
SUMÁRIO
Litotripsia extra-corpórea
Ampicilina
1 g IV
_
Indicações:
+
- DM insulino-dependente
Gentamicina
80 mg IM/IV
- > 65 anos
- Transplantados
- HIV/AIDS
- Imunossuprimidos
- Pacientes com stent ou
nefrostomia
- Hepatopatas crônicos
- Manipulação do trato
urinário concomitante
_
Dose única
Colher urocultura intra-operatória e tratar se
houver infecção
Ceftriaxone
2 g IV/IM
_
_
ou
Gentamicina
80 mg IV/IM
Ureteroscopia
_
Até retirar a sonda
Colher urocultura intra-operatória e adequar o
ATM se necessário. Manter
norfloxacino 400 mg/dia
ou nitrofurantoína
100 mg/dia ou conforme
cultura e antibiograma
por 6 meses para evitar
recorrência de cálculos
_
24h (total de
3 comprimidos)
DURAÇÃO
Ceftriaxone
2 g IV/IM
_
2 g IV / IM
Nefrolitotomia percutânea
ou
1x/dia
Gentamicina
80mg IV/IM
240 mg IV/IM
na noite
1x/dia
anterior ao
procedimento
e na indução
_
500 mg VO
_
2h antes
Biópsia de próstata transretal
Ciprofloxacino Preparo interstinal
500 mg VO
12/12h
DOSE NA INTERVALO INDUÇÃO
INTRA-
PÓS-
ANESTÉSICA
-OPERATÓRIO -OPERATÓRIO
PROCEDIMENTO
ANTIBIÓTICO
PROFILAXIA
Cirurgia e procedimentos em urologia
Os procedimentos urológicos devem ser realizados somente com UROCULTURA NEGATIVA.
Se não for possível esterilizar a urina, orientar a profilaxia pelo resultado da urocultura pré-procedimento.
109
110
SUMÁRIO
_
_
_
1-2 g IV
240 mg IV
1- 2g IV
_
1,5g IV
Orientada pela
Infectada
(tratamento) urocultura ou 1-2 g IV
ceftriaxone
Opcional: Cefazolina
Nefrectomia
limpa
Cefuroxima
ou
Cefazolina +
Gentamicina Próteses penianas
Orquiectomia com colocação de prótese
Não indicado
_
_
Não indicado
Cefazolina 1 g IV dose única
Ciprofloxacino
Se uso recente
de ciprofloxacino, 500 mg VO
orientar ATM
pela urocultura
400 mg VO
Cirurgias limpas (orquiectomia,
postectomia, vasectomia, varicoceletomia)
Cirurgia endourológica ambulatorial (colocação ou troca stent, ureteroscopia diag ou terapêutica)
Não indicado
DOSE NA
INTERVALO INDUÇÃO
INTRA-
PÓS-
ANESTÉSICA
-OPERATÓRIO -OPERATÓRIO
dose única
48 h
48 h
Dose única
24 h
24 h
DURAÇÃO
Orientada pela
urocultura ou
Tratar por 7dias
ceftriaxone
1 g IV de 12/12 h
_
1g IV 8/8h
240 mg IV
750 mg 6/6h
_
400 mg 12/12 h
Norfloxacino
_
_
400 mg 12/12 h
400 mg VO
baixo risco
alto risco
retrógrada
alto risco
Norfloxacino
simples
Cistoscopia
e Pielografia
Estudos
baixo risco
urodinâmicos
PROCEDIMENTO
ANTIBIÓTICO
PROFILAXIA
Cirurgia e procedimentos em urologia (cont.)
1g 2/2h
Preparo intestinal 2g IV + Cefoxitina
Cirurgias com manipulação de intestino delgado
1g 4/4 h
ciprofloxacino 400mg IV
400mg 12/12 h
Se uso recente de ATM, orientar
profilaxia pela
urocultura
1- 2g IV
Cefazolina ou
Ressecção transuretral de
próstata/ bexiga
1g 6/6h 500 mg VO
12/12 h
1g 8/8 h DOSE NA
INTERVALO INDUÇÃO
INTRA-
PÓS-
ANESTÉSICA
-OPERATÓRIO -OPERATÓRIO
Prostatectomia aberta
PROCEDIMENTO
ANTIBIÓTICO
24 h
24 h
DURAÇÃO
PROFILAXIA
Cirurgia e procedimentos em urologia (cont.)
SUMÁRIO
111
PROFILAXIA
Cirurgia Vascular
INTERVALO
PROCEDIMENTO
ANTIBIÓTICO DOSE NA
INTRA-
PÓS-
INDUÇÃO -OPERATÓRIO -OPERATÓRIO
Varizes* Baixo risco Alto risco
Embo-
Cefazolina DURAÇÃO
Não recomendada 1-2g IV
Baixo risco 1 g 4/4h 1 g 8/8h 24 horas
Não recomendada
-lectomia Alto risco** Cefazolina 1-2g
1 g 4/4h 1 g 8/8h 24 horas
Enxertos com prótese vascular
(sem LTI)
1-2g
1 g 4/4h 1 g 8/8h 24 horas
Cefazolina Enxertos com Veia Cefazolina 1-2g
1 g 4/4h autóloga (sem LTI)
Implante de cateter de longa permanência
_
trans-operatório
Não indicada
Fístula arteriovenosa Cefazolina 1-2g
1-2 g 4/4h
com próteses
Cefoxitina trans-operatório
Não indicada
Fístula arteriovenosa sem próteses
Amputações por gangrena seca
_
2 g
1 g 2/2h
1 g 6/6h
Amputações por Clindamicina + 600 mg IV
6/6h
gangrena úmida
Ciprofloxacino 400 mg IV
12/12h LTI= lesão trófica infectada
*varizes de baixo risco: ligaduras de perfurantes e colaterais
varizes de alto risco: safenectomias, tromboflebite, dermatofibrose, úlceras de estase,
fibredema, dermatofitose, distúrbio de imunidade, varizes exuberantes
** embolectomia de alto risco: extensas, em membros inferiores, com alteração neurológica
112
SUMÁRIO
24 horas
Adequar
conforme
culturas e
manter con-forme a
evolução
clínica
PROFILAXIA
Cirurgias por Vídeo
Iniciar antibioticoprofilaxia sempre na indução anestésica.
PROCEDIMENTO
ANTIMICROBIANO
GASTROINTESTINAL
Indicação semelhante à das cirurgias
GINECOLÓGICA
convencionais
ORTOPÉDICA
TORÁCICA
COLECISTECTOMIA
“baixo risco”
Não indicado
SUMÁRIO
113
PROFILAXIA
Transplante de órgãos
INTERVALO
PROCEDI-
ANTIBIÓTICO DOSE NA
INTRA-
PÓS-
-MENTO
INDUÇÃO -OPERATÓRIO -OPERATÓRIO
DURAÇÃO
Cefazolina
1-2g IV
1 g 6/6 h
1g 8/8h Transplante
renal*
Até retirada da
sonda vesical.
Profilaxia P.jiroveci:
SMX-TMP 800/
160 mg 1cp 3X /
semana
Transplante de pâncreas ou rim-
pâncreas*
Fluconazol
200mg
200mg 12/12h 200mg 12/12h
+Ampicilina
1g
1g 6/6h 1g 6/6h
+Ceftriaxona 2g
1g 12/12h
1g 12/12h
+Metronidazol 500mg IV
500mg 8/8h
500mg 8/8h
30 minutos antes da cirurgia
Por 10 dias.
Profilaxia P.jiroveci:
SMX-TMP 800/
160 mg 1cp 3X /
semana
Transplante rim ou rim +pâncreas –
reoperação*
Vancomicina
1 g
12/12 h
12/12 h
+Ceftriaxona 1 g IV
12/12 h
12/12 h
Até retirada de SVD
Cefuroxima
Transplante
coração
(adulto)
Transplante
coração
Cefuroxima
(criança)
Transplante de fígado (adulto)
1,5 g IV
750 mg 6/6 h
750 mg 6/6h
48h
50 mg/kg IV
50 mg/kg 6/6 h
50 mg/kg 6/6h
48h
Ampicilina
2 g
1g 6/6 h
1g 6/6 h
+cefotaxima
1g IV
1 g 6/6 h
1 g 6/6 h
Transplante Ampicilina 200 mg/
200 mg/kg/dia 200 mg/kg/dia
de fígado kg/dia
(criança)
+cefotaxima
50 mg/kg 50 mg/kg 8/8h 50 mg/kg 8/8h IV
Pulmão (doença não Cefuroxima
1,5 g IV
1,5 g 8/8 h
1,5 g 8/8 h
supurativa)
Pulmão
(doença supurativa)
Pele
4 dias
48h, até resultado
da cultura do coto
brônquico do
doador
Terapêutica antimicrobiana orientada por culturas
Profilaxia antimicrobiana orientada por culturas de swab do leito da pele
* corrigir doses de acordo com função renal
SVD: sonda vesical de demora
114
48h
SUMÁRIO
PROFILAXIA
Trauma
INTERVALO
PROCEDIMENTO
ANTIBIÓTICO DOSE NA
INTRA-
PÓS-
DURAÇÃO
INDUÇÃO -OPERATÓRIO -OPERATÓRIO
Trauma abdominal
penetrante*
Trauma abdominal
fechado com
Cefoxitina
2 g ev
1 g 2/2h
1 g 6/6h
24h
indicação cirúrgica*
Trauma tóraco -abdominal
penetrante*
Lavagem peritonial
ou Laparoscopia diagnóstica
Não está indicado
Trauma torácico
penetrante
Cefazolina
1 g IV
1 g 4/4h
1 g 8/8h
Trauma torácico
fechado com dreno
24h
Trauma torácico
Clindamicina 900 mg IV 600 mg 6/6 h 600 mg 6/6 h
penetrante em
+
esôfago + contami-
Gentamicina** 240 mg/dia _
3-5 mg/kg
-nação grosseira
IV
d.u. diária
IM ou IV
7 dias
Fratura exposta Cefazolina
1 g IV
1 g 4/4 h
1 g 8/8h
(Tipo I)
2 semanas
Se alta,
tratamento
VO com
Cefalexina
2-4g/dia
Clindamicina
600 mg IV 600 mg 6/6 h 600 mg 6/6 h
Fratura exposta
+
(Tipos II e III)
Gentamicina** 240 mg
_
3-5 mg/g d.u. IM ou IV 2 semanas
Se alta,
tratamento
VO com
Cefalexina
2-4g/dia
Lesão vascular
24h
Cefazolina
1-2 g IV
1 g 4/4 h
1 g 8/8 h
Trauma cirúrgico
cabeça / pescoço
Trauma de crânio Cefazolina
1-2 g IV
1 g 4/4 h
1 g 8/8 h
fechado, cirúrgico
Trauma de crânio
penetrante
Trauma de crânio com fístula liquórica*** Cefuroxima
1,5 g IV
750 mg
1,5g e pneumoencéfalo
4/4h
12/12h
pós-trauma: eficácia
não estabelecida
24h
5 dias
d.u. - dose única
* Com ou sem lesão de víscera oca, inclusive cólon
** Se o paciente tiver mais de 60 anos ou apresentar choque ou mioglobinúria, deverá ser utilizada
clindamicina e ceftriaxona (2 g seguidos de 1g a cada 12 horas)
*** Em fístula > 5-7 dias está contra-indicado oSUMÁRIO
uso continuado de antibiótico
115
PROFILAXIA
Trauma
Ferimentos corto-contuso em partes moles
Atenção para profilaxia contra tétano
Medidas de limpeza com soro fisiológico e desbridamento cirúrgico são prioritária
 Quando indicado, o antimicrobiano deve ser iniciado o mais cedo possível


Ferimento
Agentes etiológicos freqüentes
Antibiótico
preemptivo inicial
Antibiótico
preemptivo oral
Ferimento perfurante Staphylococcus Doxiciclina 100 mg VO
de antepé com Streptococcus
+ Ciprofloxacino
calçado
Pseudomonas
500 mg VO Vibramicina
100 mg VO 12/12 h
+ Ciprofloxacino 500 mg VO 12/12 h
Ferimento perfurante Staphylococcus Doxiciclina 100 mg VO
de antepé sem Streptococcus
calçado
Vibramicina
100 mg VO 12/12 h
Duração
3-5 dias
3-5 dias
Laceração sem Cocos Gram
Antimicrobiano tópico
positivos
desbridamento cirúrgico
Laceração com desbridamento cirúrgico limitado
(sala de admissão)
Staphylococcus Cefazolina 1 g IV 8/8 h
Streptococcus
Laceração com Staphylococcus
desbridamento Streptococcus
cirúrgico amplo Enterobactérias
(centro cirúrgico)
116
Clindamicina 600 mg
IV 6/6 h
+ Ceftriaxone 1 g
IV de12/12 h
SUMÁRIO
Cefalexina 0,5g VO
de 6/6 h
Clindamicina 600 mg
VO 6/6 h +
Ciprofloxacino 0,5g
VO12/12 h
3-5 dias
3-5 dias
PROFILAXIA
Profilaxia
Não cirúrgica
Exposição ocupacional a material biológico
Cuidados imediatos com o local da exposição:
1. Lavar ferimentos e a pele imediatamente com água e sabão (não há vantagem em
utilizar soluções antissépticas).
2. Se houve exposição de mucosa, lavar abundantemente com água corrente.
3. Não realizar expressão do local ferido, pois esse procedimento pode aumentar a
área lesada e, consequentemente, a exposição ao material infectante.
4. O funcionário acidentado deverá entrar em contato com sua chefia imediata ou
supervisão de enfermagem para comunicar o acidente e receber as orientações quanto
ao fluxograma de atendimento de acidentes com material biológico no Complexo
Hospital das Clínicas que é o seguinte:
Enfermagem
do setor
Consulta no
PA - MI*
Supervisão
Enfermagem
Abre ficha de
acidente com
material biológico
• Avaliação
do acidente
• Sorologias
(HIV, VHC, VHB
e Chagas) do
acidentado e do
paciente fonte
• Prescrição de
medicamentos,
vacina,
imunoglobulina,
de acordo com o caso.
Ambulatório de
Acidentes da MI
• Acompanhamento
por no mínimo
6 meses (0, 1, 3, 6 meses)
• Acompanhar por
12 meses quando a
fonte for HIV e
VHC positiva
*Funcionamento do PA-MI: 24h/dia, ininterruptamente (Segunda à sexta, das 8h às 16h no
ambulatório de Moléstias Infecciosas, PAMB 5º andar, bloco 2A. Finais de semana, feriados
e dias de semana das 16h às 8h, na Enfermaria de Moléstias Infecciosas, Instituto Central,
4º andar)
SUMÁRIO
117
118
HIV+ sintomático, AIDS ou Carga Viral >1500 cópias/ml
EXPOSIÇÃO PERCUTÂNEA
HIV+ assintomático ou carga viral <1500 cópias/ml
Fonte ou sorologia
anti-HIV desconhecidas
SUMÁRIO
AZT 300 mg + 3TC 150 mg (1 comprimido) VO 12/12h
Lopinavir/ritonavir 200/50 mg (2 comprimidos) VO 12/12h
de pacientes HIV + ou com
história epidemiológica
para DST/HIV
Poucas gotas de
Considerar AZT + 3TC
AZT + 3TC
material biológico de risco
Doses:
Considerar uso de
antirretrovirais somente em
locais com alta prevalência
epidemiológica para
DST/HIV
Contato prolongado ou grande quantidade de AZT + 3TC
AZT + 3TC +Lopinavir/ritomavir
material biológico de risco
EXPOSIÇÃO DE MUCOSA OU PELE NÃO INTACTA
AZT + 3TC
AZT + 3TC +Lopinavir/ritomavir • Lesão superficial ou
• Agulha sem lúmen
• Agulha de grosso calibre e grande lúmen ou
• Lesão profunda ou
Considerar uso de
• Sangue visível no objeto
AZT + 3TC + Lopinavir/ritomavir
AZT + 3TC + Lopinavir/ritomavir
antirretrovirais somente
contaminante ou em locais com alta
• Agulha usada prevalência de recentemente em veia ou pacientes HIV+ artéria do paciente-fonte
ou com história
Paciente fonte
Tipo de acidente
recomendada
Profilaxia não
Profilaxia não
recomendada
HIV negativo
1. Recomendações para profilaxia de HIV após exposição ocupacional a material biológico
PROFILAXIA
PROFILAXIA
2. Recomendações para profilaxia de hepatite B após exposição
ocupacional a material biológico ‡
Vacinação prévia Caracterização Sorológica do paciente-fonte
e resposta sorológica
do profissional de AgHBS positivo
AgHBS negativo
AgHBs desconhecido
saúde exposto
ou não testado
Não Vacinado
IGHHB + Iniciar vacinação
iniciar vacinação Iniciar vacinação e
±IGHHB*
Com Vacinação Incompleta IGHHB + iniciar
Completar vacinação
vacinação
Completar vacinação
e ±IGHHB*
Com vacinação completa • Com resposta vacinal Nenhuma medida Nenhuma medida conhecida e adequada específica
específica
(Anti-HBs>10UI/mL)
• Sem resposta vacinal (Anti-HBs<10UI/mL) após 1ª série de 3 doses IGHHB + iniciar 2º
esquema de vacinação
Iniciar 2º esquema
de vacinação
• Sem resposta vacinal Nenhuma medida
IGHHB (2x)†
específica
( Anti-HBs<10UI/mL) após 2ª série (6 doses)
• Com resposta vacinal desconhecida
Testar o profissional
de saúde e proceder de acordo com a sorologia
Testar o profissional de saúde e proceder
de acordo com a
sorologia
Nenhuma medida
específica
Iniciar 2º esquema de
vacinação
±IGHHB*
Testar o profissional de
saúde e proceder de
acordo com a sorologia
‡ Tanto a vacina como a imunoglobulina devem ser aplicadas o mais precocemente
possível após a exposição, porém idealmente a vacina deve ser aplicada nas primeiras
12 horas.
*Uso associado de IGHHB está indicado se o paciente fonte tiver alto risco para
infecção pelo HBV como: usuários de drogas injetáveis, pacientes em programa de
diálise, contatos domiciliares e sexuais de portadores de AgHBs, homens que fazem
sexo com homens, pessoas com vários parceiros sexuais e relações desprotegidas,
história prévia recente de doenças sexualmente transmissíveis, pacientes provenientes
de áreas geográficas de alta endemicidade para hepatite B, pacientes provenientes de
prisões, instituições de atendimento a pacientes com deficiência mental. Fora destas
situações não está indicado o uso de imunoglobulina.
†IGHHB (2x): duas doses de imunoglobulina hiperimune para Hepatite B com intervalo
de 1 mês entre as 2 doses. Esta opção deve ser indicada para aqueles que já fizeram
duas séries de três doses da vacina, mas não apresentarem resposta vacinal, ou que
apresentaram efeito adverso grave que contra-indique a vacina.
SUMÁRIO
119
PROFILAXIA
3. Recomendações para profilaxia de hepatite C após exposição
ocupacional a material biológico
Fonte com sorologia positiva para hepatite C:
 Não é recomendado o uso de imunoglobulina comum ou interferon.
 Recomenda-se acompanhamento clínico e sorológico do indivíduo exposto ao sangue
e/ou fluidos contaminados pelo vírus da hepatite C, para se fazer o diagnóstico e
tratamento precoces dessa patologia.
4. Recomendações para profilaxia de Doença de Chagas após exposição
ocupacional a material biológico
Fonte com sorologia positiva para doença de Chagas:
 A infecção acidental ocorre principalmente nos profissionais de saúde que exercem
atividades laboratoriais.
 Recomenda-se benznidazol na dose de 7-10 mg/kg/dia, de 8/8 horas, por via oral,
durante 10 dias (1 cp = 100 mg).
120
SUMÁRIO
PROFILAXIA
Profilaxia de Doença Meningocócica
Definição de caso de doença meningocócica:
Critério Clínico:
 Quadro toxi-infeccioso agudo acompanhado de petéquias ou sufusões hemorrágicas,
com ou sem meningite
Critério Laboratorial:
Bacterioscopia com diplococo Gram negativo no líquor e/ou raspado de lesão de pele
 Detecção de antígenos por látex, contraimunoeletroforese ou outros métodos
 Cultura positiva para N. menigitidis de materiais normalmente estéreis (sangue ou
líquor)

Critério Epidemiológico:
Contato direto e recente com outro caso de doença meningocócica confirmado
por laboratório que apresente quadro de meningite sem presença de DGN, látex ou
cultura positiva no líquor.

Atendimento de caso com suspeita de doença meningocócica no HCFMUSP:
Na suspeita de doença meningocócica, o médico que atende o caso deve:
1. Instituir precauções para gotículas - quarto privativo, uso de máscara cirúrgica
e uso de luvas se o paciente apresentar lesões cutâneas. Duração das precauções: até
24 horas de antibioticoterapia efetiva contra a infecção.
2. Notificar o caso:
De segunda a sexta, das 8h às 17h: NIS, no ramal 7521
 Outros horários: disque- CVE 0800-0555466

3. Prescrever quimioprofilaxia para os contactantes que habitam no mesmo
domicílio do caso índice: em um receituário comum com a etiqueta do paciente,
informar todos os nomes dos contactantes domiciliares e o diagnóstico de doença
meningocócica.
Os demais contactantes (por ex, creche, escolas, vizinhos): serão avaliados pela
Vigilância Epidemiológica Municipal através de visita domiciliar.
Os profissionais de saúde que eventualmente tenham exposição desprotegida deverão
ser avaliados no PA-MI (de seg a sexta, das 8h às 16h: 5º andar PAMB bloco 2B, outros
horários: enfermaria, 4º andar ICHC). Ver item Indicações abaixo.
SUMÁRIO
121
PROFILAXIA
4. Drogas para quimioprofilaxia:
1ª escolha*
RIFAMPICINA
Adultos: 600 mg a cada 12horas, 4 doses
1 mês a 12 anos: 10mg/kg/dose a cada 12 horas
(máx 600 mg), 4 doses
 <1 mês: 5mg/kg/dose a cada 12horas, 4 doses


Opções
CIPROFLOXACINA
500 mg , dose única
CEFTRIAXONA
250 mg IM, dose única
< 12 anos: 125mg, IM, dose única
* A rifampicina é indicada como droga de 1a escolha por erradicar o estado de portador em
um porcentual elevado de pessoas, por ser a única droga com estudos que documentaram
a eficácia de erradicação do meningococo em orofaringe por 4 semanas (para as outras
drogas só foi documentado até 2 semanas). Além disso, trata-se da única droga para o
qual há dados brasileiros (SIREVA) mostrando sensibilidade que respaldem seu uso.
5. Indicações de profilaxia para profissionais da saúde:
A profilaxia está indicada SOMENTE:
 Aos profissionais que atenderem pacientes com suspeita de doença meningocócica
com menos de 24 horas de antibioticoterapia efetiva para a infecção
 E que não utilizaram máscara cirúrgica
 E que realizaram procedimentos de assistência ventilatória (p.ex. intubação traqueal,
aspiração de secreções respiratórias).
Não há indicação de quimioprofilaxia:
profissionais que somente entraram no quarto de atendimento, ou verificaram sinais
vitais, como pulso e temperatura.

122
SUMÁRIO
PROFILAXIA
Profilaxia Antibiótica de Endocardite Infecciosa
Condições cardíacas de alto risco de endocardite onde a profilaxia com
antibióticos é recomendada
1. Próteses valvares
2. Endocardite prévia
3. Cardiopatias congênitas:
a) Cianóticas não corrigidas, incluindo “shunts” e condutos paliativos
b) Com correção completa com prótese ou dispositivo nos primeiros 6 meses após
procedimento (período de endotelização)
c) Corrigida com defeitos residuais locais ou adjacentes a retalhos ou dispositivos
prostéticos (inibem a endotelização)
4. Receptores de transplante cardíaco com valvopatias
5. Valvopatia reumática crônica
Procedimento Dentário
1. Manipulação de gengivas
2. Manipulação periapical dos dentes
3. Perfuração das mucosas
Não é indicada em anestesia em tecido não infectado, colocação, ajuste ou retirada
de próteses e dispositivos ortodônticos, perda da 1ª dentição ou trauma aos lábios
e mucosa oral.
Procedimento em Trato respiratório
1. Amigdalectomia, adenoidectomia e procedimentos que envolvem incisão ou biópsia
da mucosa respiratória.
2. Broncoscopia quando houver perspectiva de biópsia
Procedimentos em Trato gastro-intestinal ou genito-urinário
1. A profilaxia não é recomendada rotineiramente para tais procedimentos, inclusive
endoscopia digestiva alta ou colonoscopia (não há estudos que a indiquem ou
justifiquem)
2. Os pacientes colonizados que serão submetidos à manipulação de trato urinário:
tratar antes do procedimento.
SUMÁRIO
123
PROFILAXIA
Antibióticos para Profilaxia de Endocardite em Procedimentos Dentários
Orais ou do Trato Respiratório
Dose única 30 a 60 min
antes do procedimento
Situação
Antibiótico
Adultos
Crianças
Uso Oral
Amoxicilina
2g
50 mg/kg
Sem condições de ingestão oral
Ampicilina ou
Cefazolina ou Ceftriaxone
2g IM ou IV
1g IM ou IV
50 mg/kg IM ou IV
50 mg/kg IM ou IV
Alergia a Penicilina Cefalexina * ou
2g
ou Ampicilina – uso oral Clindamicina ou
600 mg
Azitromicina ou Claritromicina 500 mg
50 mg/kg
20 mg/kg
15 mg/kg
Alergia a Penicilina ou Ampicilina e sem
condições de ingestão oral
50 mg/kg IM ou IV
Cefazolina* ou Ceftriaxone*
ou
Clindamicina
1g IM ou IV
600 mg IM ou IV 20 mg/kg IM ou IV
IM, intramuscular; IV, intravenosa
* Não utilizar em pacientes com história de alergia grave ás penicilinas
124
SUMÁRIO
PROFILAXIA
Profilaxia de infecção por Estreptococcus
do grupo B no recém nascido
Rastreamento do Estreptococo do grupo B (swab retal e vaginal) : solicitar para todas
as gestantes entre 35 e 37 semanas.
PROFILAXIA INTRAPARTO DA INFECÇÃO
NEONATAL PELO ESTREPTOCOCO DO GRUPO B
INDICADA
NÃO INDICADA
- Cultura de rastreamento vaginal
e retal (35-37 sem) negativa
para EGB mesmo com um
ou mais fatores de risco: TPP,
febre intraparto ou RPMO.
- Gestação anterior com
rastreamento positivo para EGB,
mas sem infecção neonatal
pelo EGB e com cultura
recente (< 5 sem) negativa.
- Cultura positiva para EGB
com programação de cesárea
fora de TP e sem RPMO.
- Cultura de rastreamento vaginal e
retal (35-37sem) positiva para EGB.
- História prévia de RN
infectado pelo EGB.
- ITU ou bacteriúria pelo EGB
durante a gestação atual.
- Cultura de rastreamento não
realizada ou desconhecida e
TPP (<37 sem), RPMO
(≥ 18h) ou febre intraparto
(≥ 38ºC).
Indicações para a profilaxia intraparto da infecção neonatal pelo estreptococo do Grupo B (EGB). ITU – infecção
do trato urinário; TPP – trabalho de parto prematuro; TP – trabalho de parto; RPMO – rotura prematura das
membranas ovulares.
Em caso de alergia à penicilina, assinalar na solicitação: “Paciente alérgico à penicilina, testar susceptibilidade
à clindamicina.
SUMÁRIO
125
PROFILAXIA
ANTIBIOTICOTERAPIA INTRAPARTO
para profilaxia da infecção neonatal pelo Estreptococo do Grupo B
Alergia à penicilina
Recomendação
Baixo risco para anafilaxia
Cefazolina
Ataque: 2g IV
Manutenção: 1g IV 8/8h
Penicilina G cristalina
Ataque: 5 milhões IV
Manunenção: 2,5 milhões IV – 4/4h
OU
Alto risco para anafilaxia
Clindamicina
Ataque: 900mg IV
Manutenção: 900mg IV 8/8h
Vancomicina
Ataque: 1g IV
Manutenção: 1g IV 12/12h
Ampicilina
Ataque: 2g IV
Manutenção: 1g IV – 4/4h
A antibioticoterapia é mais eficaz se for realizada pelo menos 4h antes do parto.
A manutenção deve ser realizada até o nascimento.
 No trabalho de parto prematuro, a antibioticoterapia profilática é determinada pelo
resultado da cultura vaginal e retal para o estreptococo do grupo B e pela atividade uterina.
Se não foi realizada a cultura de rastreamento ou o resultado não estiver disponível, a
mesma deve ser realizada e instituir-se a profilaxia. Caso o resultado da cultura seja negativo,
suspende-se o antibiótico e, neste caso, uma nova cultura deverá ser realizada em quatro
semanas, se ainda não tiver ocorrido o nascimento. Diante do resultado positivo da cultura,
a profilaxia deve ser mantida até cessarem as contrações uterinas.


126
SUMÁRIO
PROFILAXIA
Profilaxia em Mordeduras Humanas e de Animais Domésticos
(Cães e Gatos)
Cuidados locais:
 Realizar limpeza vigorosa (com degermante ou sabão), irrigação com SF (500ml)
ou água limpa imediatamente
 No hospital, repetir a limpeza e fazer desbridamento com retirada de tecido
desvitalizado
 Lesões puntiformes profundas devem ser abertas cirurgicamente com cicatrização
por segunda intenção
 As demais lesões devem ser desbridadas, lavadas e suas bordas aproximadas.
Atenção: ver profilaxia do tétano (página 131) e da raiva.
Características da mordedura e do paciente
ATB 1ª Escolha
Opções
Clindamicina 600 mg
VO 6/6h +
Ciprofloxacino 500mg
VO 12/12h
Clindamicina 600 mg
VO 6/6h +
TMP-SMZ 160mg
/800 mg VO 12/12h
Doxiciclina 100 mg
VO 12/12h
Piperacillina-Tazobactan
4,5 g IV 8/8h
ou
Clindamicina
600-900 mg IV 8/8h
+
TMP-SMZ
8-10mg/kg/dia
IV 6-12h
Internado
Ambulatorial
• Mordedura humana ou animal (cão ou gato) com envolvimento Amoxicilina+
de cartilagem, mãos, pés, e clavulanato
articulações, ou lesões profundas
• Qualquer mordedura em (500/125mg)
VO 8/8h
pacientes imunocomprometidos, esplenectomizados, etilistas, cirróticos ou diabéticos Clindamicina 600-900 mg IV 8/8h +
Ciprofloxacino, 200-400 mg IV q 12h ou Clindamicina 600-900 mg IV 8/8h +
Ceftriaxone 2 g IV 24/24h
Duração
5 dias
5 dias
5 dias
5 dias
Para mordeduras por porco (Flavobacterium 2B resistente a amoxicilina+clavulanato)
e animais marinhos (predomínio de Vibrio, Aeromonas e Pseudomonas spp.) está
indicada a associação com ciprofloxacino.
SUMÁRIO
127
PROFILAXIA
Profilaxia de Peritonite Bacteriana Espontânea (PBE)
Indicações:
 Após 1º episódio de PBE ou
 Pacientes com ascite com proteína <1,0g/dl
Antimicrobiano:
Norfloxacino 400mg/dia VO ou
 Sulfametoxazol-trimetropim 800/160 mg /dia VO
Duração: Enquanto houver ascite

Profilaxia em pacientes cirróticos com hemorragia digestiva alta
No episódio de Hemorragia Digestiva Alta:
Adultos:
 Norfloxacino 400 mg VO 12/12h por 7 dias ou
 Ciprofloxacino 400 mg IV 12/12 h por 7 dias
Crianças:
Cefotaxima 100 mg/Kg/dia IV por 7 dias

128
SUMÁRIO
PROFILAXIA
Profilaxia de complicações relacionadas aos
Procedimentos Endoscópicos
PROCEDIMENTO
CONDIÇÃO DO PACIENTE
ANTIBIOTICOPROFILAXIA
• CPRE
• Ultrassonografia endoscópica para aspiração por agulha fina
• Obstrução biliar (cálculos,
doença benigna/maligna)
• Lesão cística pancreática
• Colangite esclerosante
• Imunossuprimidos
Adultos:Ciprofloxacino 1g VO
2h antes do procedimento
Crianças: Cefoxitina ou
Ceftriaxona 30 mg/kg
(1 dose IV)
Gastrostomia endoscópica percutânea Todos os pacientes
Cefazolina 1g IV dose única
imediatamente antes do
procedimento
Paciente cirrótico com hemorragia digestiva alta Paciente cirrótico
(com ou sem procedimento endoscópico) Norfloxacino 400 mg VO 12/12
horas por 7 dias ou
Ciprofloxacino 400 mg IV 12/12
horas por 7 dias
Crianças: Cefotaxima 100 mg/
kg/dia por 7 dias
Ascite
• Dilatação de estenose
• Escleroterapia de varizes
Paciente Imunocompro-
metido
Ciprofloxacino 1g VO 2h antes
do procedimento
Crianças Ceftriaxona 30 mg/kg
(1 dose IV)
Outros procedimentos endoscópicos incluindo EDA Ascite
e colonoscopia (com ou sem Paciente Imunocompro-
biópsia/ polipectomia), metido
ligadura de varizes
Não recomendado
Próteses articulares
Cefazolina 1 g IV
Artroscopia
Outros procedimentos
endoscópicos
Não há consenso
ATENÇÃO: para profilaxia de endocardite bacteriana em pacientes submetidos a
endoscopia ver PROFILAXIA DE ENDOCARDITE BACTERIANA (pág 123)
SUMÁRIO
129
PROFILAXIA
Profilaxia de Fungos em Pacientes Neutropênicos
Indicação: Pacientes com previsão de neutropenia (neutrófilos <500) por tempo
superior a 2 semanas devido a:
 Neoplasia hematológica aguda em uso de quimioterapia
 Receptor de TMO
FLUCONAZOL 400 mg IV ou VO
Início
TMO: início do condicionamento
Neoplasia hematológica aguda: início da neutropenia
Manutenção: até 1 semana após o fim da neutropenia
Profilaxia de Fungos em Pacientes Críticos
Considerar* nos pacientes com:
 Múltiplas cirurgias abdominais por deiscências, perfurações, etc.
 Pancreatite aguda necrotizante de tratamento cirúrgico
FLUCONAZOL 400 mg IV ou VO
Início: quando indicada reoperação ou cirurgia na pancreatite
Manutenção: até a suspensão da antibioticoterapia
*Não foi demonstrada redução de mortalidade
130
SUMÁRIO
PROFILAXIA
Profilaxia do Tétano
História de Imunização Ferimento limpo ou superficial
Todos os outros ferimentos*
contra tétano
Imunoglobulina Imunoglobulina
Vacina
humana Vacina
humana
antitetânica
antitetânica
Menos de 3 doses ou ignorado
Sim Não
Sim
Sim
Vacinação primária comleta (> 3 doses):
• Última dose há menos de 5 anos
Não Não
Não Não
• Última dose entre 5 e 10 anos
Não
Não
Sim
Não
• Última dose há mais de 10 anos
Sim
Não
Sim
Não
*Consideram-se outros ferimentos: fraturas expostas, ferimentos por arma branca
ou de fogo, queimaduras extensas, ferimentos com retenção de corpos estranhos,
ferimentos profundos e puntiformes (provocados por agulhas, pregos ou outros
objetos pontiagudos).
Vacina:
 para menores de 7 anos: utilizar a triplice (DPT), dupla infantil (DT) ou a tríplice
acelular.
 para maiores de 7 anos: utilizar a dupla tipo adulto (dT)
Imunoglobulina humana antitetânica: 250 UI IM.
Observação:
Não administrar imunoglobulina e vacina no mesmo grupo muscular.

SUMÁRIO
131
PROFILAXIA
Profilaxia pós-exposição ao vírus
varicela-zoster em ambiente hospitalar
1. Vacina contra varicela
Indicada para o controle de surto em ambiente hospitalar, nos comunicantes suscetíveis
com 9 meses de idade ou mais, até 120 horas após o contato. A proteção conferida
pela vacina é de longa duração.
2. Imunoglobulina anti varicela-zoster (VZIG)
Indicada para o controle de surto em ambiente hospitalar para os comunicantes
suscetíveis com menos de 9 meses de idade, imunodeprimidos e gestantes, até 96
horas após a exposição, conforme as figuras 1 e 2.
3. Antivirais
O uso de antivirais para profilaxia pós-exposição à varicela pode ser uma alternativa
caso a imunoglobulina específica não seja disponível. O aciclovir deve ser administrado
do 9º ao 14º dia do contato na dose de 40mg/kg/dia administrada de 6/6h.
Figure 1 - Fluxograma para indicação de profilaxia
Contato com varicela > 1h em ambiente fechado*?
Sim
Não
Comunicante suscetivel?
(sem história prévia de doença
ou vacinação)
Não há necessidade
de profilaxia
Sim
Indicada a
profilaxia conforme
figura 2
132
Não
Não há
necessidade de
profilaxia
* para indivíduos que tiveram contato até
48 horas antes do surgimento do exantema
SUMÁRIO
PROFILAXIA
Figure 2 - Fluxograma para definição do tipo de profilaxia a ser adotada
Idade < 9 meses?
Sim
Não
VZIG
Imunodeprimido*
ou gestante?
Sim
Não
VZIG
Vacina
*Pacientes infectados pelo HIV com contagem de linfócitos T-CD4 <200 células/mm3; com
contagem de linfócitos TCD4 entre 200 e 350 células/mm3 com manifestações clínicas de
imunodepressão; pacientes em uso de corticóide na dose equivalente de prednisona >2mg/kg/dia;
pacientes em uso de outras drogas imunossupressoras; pacientes com outras doenças causadoras
de imunodepressão celular grave
ATENÇÃO: Fora do ambiente hospitalar só devem receber VZIG comunicantes de varicela suscetíveis
que sejam: imunodeprimidos; gestantes; recém-nascidos de mães nas quais a varicela manifestouse nos últimos 5 dias de gestação ou até 48h após o parto; recém-nascidos prematuros com 28
semanas ou mais de gestação cuja mãe nunca teve varicela; recém-nascidos prematuros com
menos de 28 semanas de gestação (ou com menos de 1000g ao nascimento) independentemente
da história materna de varicela.
SUMÁRIO
133
PROFILAXIA
4. Doses e vias de administração
 Vacina: dose única (0,5mL) - via IM ou SC
 VZIG: 125U para cada 10 kg de peso - via IM (a dose mínima é 125U e a dose
máxima é 625U). A meia-vida da VZIG é de cerca de 3 semanas.
5. Isolamento
Varicela e herpes-zoster disseminado: precauções de contato + aerossóis
 Herpes-zoster localizado em paciente imunodeprimido: precauções de contato +
aerossóis
 Herpes-zoster localizado em imunocompetente: precauções-padrão
 Pacientes que receberam profilaxia com VZIG devem permanecer em isolamento até
o 28º. dia após o contato, se permanecerem internados
 Pacientes que receberam profilaxia com vacina devem permanecer em isolamento
até o 21º. dia após o contato, se permanecerem internados

134
SUMÁRIO
INDICAÇÃO
Adultos
Ceftriaxona 1 g IM Azitromicina 1 g VO Metronidazol 2 g VO Crianças
Ceftriaxona 250mg IM
Azitromicina 20mg/kg VO
Metronidazol 15mg/kg/dia por 7 dias
MEDICAÇÃO e DOSE
SUMÁRIO
• Penetração anal, vaginal ou oral;
• Pacientes não vacinadas ou esquema incompleto 135
Só 2 doses
Remedicar se vômitos até 2h
após dose
Dose única para todos os
medicamentos
DURAÇÃO
Teste de gravidez - β−HCG
Anatox tetânico – 1 amp ou 0,5 ml IM + imunoglobulina humana antitetânica 250 UI-500 UI im
Imunoglobulina p/ hepatite B-0,06 mg/kg Vacina hepatite B – 1 ml IM ( 3 doses)
A depender do estado vacinal prévio
I g - dose única até 14o dia
Vacina dia 0, 1 mês, 6 meses
Adultos
AZT + 3TC + LOPINAVIR/R
AZT 300 +3TC 150 1 compr. 12/12h
LOPINAVIR/R 200/50mg 2 compr. 12/12h
Crianças
AZT + 3TC + LOPINAVIR/R
Fornecer kit inicial para
7 dias
AZT 180 mg/m2 12/12h;
3TC 4 mg/kg de 12/12h;
Manter 4 semanas
LOPINAVIR/R 7-15kg 12/3 mg/Kg 12/12h
15-40kg 10/2,5 mg/Kg 12/12h
>40kg igual a adultos
SUP. CORPORAL em M2: (peso kg X 4 ) +7
peso kg + 90
OBS: Sorologia do agressor sob consentimento informado do mesmo: HIV (teste rápido, HCV, HBsAg, VDRL)
Tempo de seguimento da vítima – 6 meses (não doar sangue/órgãos, não engravidar, não amamentar neste período)
TÉTANO
• Ferimento ou traumas associados e a
depender do estado vacinal prévio
HEPATITE B
• Penetração anal e/ou vaginal
HIV
• Penetração oral com ejaculação • Até 72h do ocorrido
Anticoncepção
Levonorgestrel 0,75 mg VO de 12/12h
Infecções
sexualmente
transmissíveis
PROFILAXIAS
Sorologias:
• HIV
• HBV
• HCV
• HTLV I e II
• Herpes simples 1 e 2
• Sífilis
• IF indireta Chlamydia
Vítimas de violência sexual - Atendimento inicial
Secreção vaginal, uretral, faringe, anal, de
acordo com o local da violência:
• Gram
• Bacterioscópico de secreção vaginal
• Imunofluorecência direta para Chlamydia • Cultura Geral
• Cultura para gonococo (Thayer-Martin)
• Cultura para fungos
COLETA DE MATERIAL
PROFILAXIA
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Recomendações para prevenção de infecção hospitalar
Microrganismos Multiresistentes
Critérios para início e retirada de isolamento de contato e
investigação de contactantes
Paciente com colonização ou infecção por microrganismos multiresistentes passíveis
de transmissão por contato direto ou indireto
Instituto Central
Microrganismo
Indicações
de coleta Unidades
de culturas
De quem coletar
A partir do primeiro caso ICHC: Berçário
de infecção
Contactantes do
mesmo espaço
físico/quarto
Swab nasal, perineal, lesões
de pele
S.aureus ou SCN com sensibilidade ICHC: qualquer Contactantes do
intermediária ou unidade
mesmo espaço
resistente a físico/quarto
vancomicina
Swab nasal, perineal, lesões
de pele, secreção traqueal
de pacientes submetidos à
VM
ERV
Semanal
Swab retal ou coleta de
fezes de acordo com
condições clínicas do
paciente
MRSA
ICHC: U2CC, Todos os pacientes
U1CC,UCNV, internados nas
U1CH , ETMO, Unidades citadas
E1MH, E1CH
Sítio de coleta
Contactantes do
Surtos
ICHC: qualquer mesmo espaço ERV
unidade
físico/quarto
Swab retal ou coleta de
fezes de acordo com
condições clínicas do paciente
Enterobactérias A partir do
Contactantes do
resistentes a primeiro caso ICHC: qualquer mesmo espaço
de colonização unidade
físico/quarto
carbapenem
ou de infecção Urina de pacientes com
SVD, swab retal ou coleta
de fezes de acordo com
condições clínicas do paciente, secreção traqueal
de pacientes submetidos à
VM, lesões de pele
Acinetobacter spp. ICHC: qualquer Contactantes do
e P. aeruginosa Surtos
unidade
mesmo espaço
resistentes a físico/quarto
carbapenem
Urina de pacientes com
SVD, Swab retal ou coleta
de fezes de acordo com
condições clínicas do
paciente, secreção traqueal
de pacientes submetidos à
VM, lesões de pele
Clostridium Surtos
ICHC: qualquer
difficille
unidade Contactantes do
mesmo espaço físico/quarto
Fezes
S. pyogenes
Na admissão e ICHC:
Swab orofaringe, lesões de
semanal pele
Queimados
SCN - Staphylococcus coagulase negativa / ERV - Enterococcus resistente a vancomicina
136
SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Instituto do Coração
Enterococcus spp. resistentes à vancomicina em qualquer sítio;
S. aureus resistente à oxacilina;
 Enterobactérias produtoras de β-lactamase de espectro extendido (ESBL) e/ou
resistentes a carbapenem;
 Pseudomonas spp. e Acinetobacter spp. resistentes a carbapenem


Isolados nos seguintes sítios:
Feridas abertas, com drenagem de secreção purulenta (não contida no curativo)
independe do agente;
 Vias aéreas de pacientes intubados ou traqueostomizados;
 Urina de pacientes com incontinência urinária.

UTI ENFERMARIAS
COLONIZADO / INFECTADO
S. Aureus Enterobactérias Pseudomonas spp. e
Acinetobacter spp.
A liberação fica a cargo
da UCIH
A liberação fica a cargo
da UCIH
Enterococcus spp.
Isolar até a alta
Isolar até a alta
CONTACTANTES
(PACIENTES DO MESMO QUARTO/ESPAÇO FÍSICO DO CASO) Manter em precaução de
contato e solicitar orientação da UCIH
Manter em precaução de
contato e solicitar
orientação da UCIH
TRANSFERIDOS Manter o paciente em precauções de contato
DE OUTROS HOSPITAIS Colher culturas de dispositivos
invasivos, lesões abertas e Swab retal Realizar a troca dos dispositivos
invasivos o mais breve
possível. A liberação das precauções deverá ser realizada
pela UCIH
SUMÁRIO
Manter o paciente
em precauções de contato
Colher culturas de dispositivos
invasivos, lesões abertas
e Swab retal Realizar a troca dos dispositivos
invasivos em 24h ou assim que
a segurança do paciente
permitir. A liberação das
precauções deverá ser realizada pela UCIH
137
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Instituto da Criança


Enterobactérias resistente a carbapenem
Enterococcus spp resistente a vancomicina
UTI ENFERMARIAS
COLONIZADO / INFECTADO
Isolar até a alta
Isolar até a alta
CONTACTANTES
(PACIENTES DO MESMO QUARTO/ESPAÇO FÍSICO DO CASO) Colher culturas de dispositivos
invasivos e lesões abertas e Swab retal (3) de todos os
pacientes
Colher culturas de dispositivos
invasivos e lesões abertas
e Swab retal (3) de todos os
pacientes
TRANSFERIDOS Colher culturas de dispositivos
DE OUTROS HOSPITAIS OU
invasivos, lesões abertas e Swab retal PRONTO SOCCORRO DO HC
(internação >24 horas)
Colher culturas de dispositivos
invasivos, lesões abertas
e Swab retal Hospital Auxiliar de Suzano
S. aureus resistente à Oxacilina;
Enterococcus spp. resistente à Vancomicina
 Enterobactérias produtoras de beta lactamase de espectro extendido e/ou resistente
a Carbapenem;
 Pseudomonas ssp; Acinetobacter ssp resistentes a Carbapenem.


CRITÉRIO PARA RETIRADA DE ISOLAMENTO: pacientes com lesões fechadas e sem
dispositivos invasivos (traqueostomia, sonda vesical, cateter venoso central)
COLONIZADO / INFECTADO
ENFERMARIAS
Isolar enquanto permanecer com dispositivos
invasivos, sinais de infecção ou lesões abertas
CONTACTANTES
(PACIENTES DO MESMO QUARTO/ESPAÇO
Não colher cultura
FÍSICO DO CASO) TRANSFERIDOS DE OUTROS HOSPITAIS
OU PRONTO SOCCORRO DO HC
(internação >24 horas)
138
Não colher cultura
SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Hospital Auxiliar de Cotoxó
S. aureus resistente a Oxacilina;
Enterobactérias produtoras de beta lactamases e resistentes a carbapenem;
 Pseudomonas spp e Acinetobacter spp resistentes a carbapenem;
 Enterococcus spp. resistente ou intermediário a vancomicina


ENFERMARIAS
COLONIZADO / INFECTADO
Isolar até a alta
CONTACTANTES
(PACIENTES DO MESMO QUARTO/ESPAÇO
FÍSICO DO CASO) Colher culturas de dispositivos invasivos, e
feridas abertas e swab retal (3) de todos os
pacientes
TRANSFERIDOS DE OUTROS HOSPITAIS
OU PRONTO SOCCORRO DO HC
(internação >24 horas)
Colher culturas de dispositivos invasivos, e
feridas abertas e swab retal (3) de todos os
pacientes
SUMÁRIO
139
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Instituto de Ortopedia
Pseudomonas spp.e Acinetobacter spp. resistentes a carbapenem
 Enterococcus spp. resistentes a vancomicina
Isolados nos seguintes sítios:
Ferida aberta;
 Vias aéreas de paciente intubado;
 Urina com incontinência.

Isolamento para pacientes com microrganismos multirresistentes
(Pseudomonas spp., Acinetobacter spp. e Enterococcus spp.)
UTI ENFERMARIAS
COLONIZADO / INFECTADO
Isolar até a alta
Isolar se dispositivos
invasivos, sinais de
infecções e lesões abertas
CONTACTANTES
(Pacientes do mesmo quarto/espaço físico do caso)
Colher culturas de dispositivos invasivos e
lesões abertas
Não colher culturas
TRANSFERIDOS DE OUTROS HOSPITAIS OU
PRONTO SOCORRO DO HC (internação > 24 horas)
Colher culturas de dispositivos invasivos e
lesões abertas e
Swab retal
Não colher culturas
140
SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Instituto de Psiquiatria
Pacientes colonizados ou infectados pelos seguintes agentes:
 Enterococcus spp. resistentes à vancomicina;
 S. aureus resistente à oxacilina;
 Pseudomonas spp. e Acinetobacter spp. resistentes a carbapenem.
UTI ENFERMARIAS
COLONIZADO / INFECTADO
Isolar até a alta
Isolar até final do
tratamento nos casos de
infecção
e
Isolar enquanto mantiver
dispositivos invasivos,
ostomias e lesões abertas
CONTACTANTES
(PACIENTES DO MESMO QUARTO/ESPAÇO FÍSICO DO CASO) Manter em precaução de
contato e solicitar
orientação da SCIH
Manter em precaução de
contato e solicitar
orientação da SCIH
TRANSFERIDOS DE OUTROS HOSPITAIS OU
PRONTO SOCORRO DO HC (internação > 24 horas)
• Manter o paciente em
precaução de contato
• Colher culturas de dispositivo invasivo,
lesões abertas e swab retal
• A liberação da precaução
será a cargo da SCIH
Manter o paciente em
precaução de contato
Colher culturas de
dispositivo invasivo,
lesões abertas e swab retal
A liberação da precaução
será a cargo da SCIH
SUMÁRIO
141
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Tipo de precaução: precauções de contato
Quarto privativo sempre que possível.
Coorte de pacientes portadores do mesmo microrganismo com mesmo perfil de
sensibilidade.
 Manter um profissional exclusivo para os cuidados do paciente, quando possível.
 Avental de manga longa e luvas descartáveis, antes de entrar em contato com o
paciente ou material infectante (descartar luvas e aventais após cuidado do paciente).
 Higienizar as mãos com sabão antisséptico (clorexidina) ou álcool gel, antes e após
contato com paciente ou material infectante e após a retirada das luvas.
 Uso de artigos (estetoscópios, aparelho de pressão, termômetros, oxímetro, aspirador
de secreções, etc.), individualizado para o paciente
 Processar os materiais e superfícies conforme quadro a seguir.


142
SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Limpeza e Desinfecção de Artigos e Ambiente de Pacientes Colonizados
ou Infectados com microrganismos multiresistentes
ARTIGOS
COMO
Aparelhos de pressão
Tecido: enviar à lavanderia
Restante: fricção com álcool a 70%
Circuitos respiratórios/ Artigos de Inaloterapia
Manter procedimento de rotina
Comadre, papagaios, medidores de urina
Limpeza mecânica com água e sabão seguido de
desinfecção com glutaraldeído ou álcool 70% ou
termodesinfecção
Estetoscópio
Fricção com álcool a 70%
Mobiliário: Cama, colchões, mesas, criados, suporte de soro, poltronas, etc.
Limpeza mecânica com água e sabão seguido de
fricção com álcool a 70%
Monitores Cardíacos
Limpeza mecânica com água e sabão seguido de
fricção com álcool a 70%
Pisos, paredes, maçanetas
Seguir as normas padronizadas pelo Serviço de
Higiene e Limpeza Hospitalar em conjunto com
a CCIH
Termômetros
Limpeza mecânica com água e sabão seguido de
fricção com álcool a 70%
SUMÁRIO
143
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Precaução para Clostridium difficile
Se um paciente apresentar diarréia associada a Clostridium difficile, deve-se instituir:
1. Precauções de Contato:
Quarto privativo com banheiro individual para pacientes incontinentes ou com
hábitos de higiene precários. Se outros pacientes apresentarem doença associada a
Clostridium difficile, estes poderão ser colocados no mesmo quarto;
 Uso de luvas e aventais de manga longa ao entrar em contato com pacientes ou
materiais infectantes;
 Higiene das mãos é obrigatória com sabão anti-séptico imediatamente após a retirada
das luvas. Álcool-gel não é efetivo nesta situação;
 Individualizar artigos de uso próprio do paciente: termômetros, aparelhos de pressão,
comadres, papagaios, medidores de urina, etc.

2 . Contactantes:
Somente investigar C. difficile em pacientes com diarréia.
3 . Critérios para suspensão das Precauções de Contato
Paciente sem diarréia por 48h
4 . Cuidados com artigos e superfícies
A limpeza concorrente diária e a limpeza terminal devem ser feitas em todas as
superfícies, utilizando hipoclorito de sódio 1% já que os esporos do C.difficile não
são inativados com álcool a 70%.
A limpeza e desinfecção de artigos deve ser a mesma da rotina de microrganismos
multiresistentes, lembrando que a limpeza mecânica é o passo mais importante para
prevenir a disseminação de C. difficile.
144
SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Precauções para Isolamento

Precauções padrão
São precauções aplicadas ao cuidado de todos os pacientes independente de seu
diagnóstico infeccioso, com o objetivo de diminuir a transmissão de microrganismos.
Aplicadas quando se antecipa o contato com sangue, fluidos corpóreos, secreções e
excreções, pele não integra e membrana mucosa.
Os equipamentos de proteção serão utilizados de acordo com a natureza da exposição.
A aplicação das precauções padrão inclui as seguintes medidas:
1. Higienização das mãos
Higienizar as mãos nas seguintes circunstâncias:
- Antes e após higiene pessoal;
- Antes e após contato com paciente;
- Após contato com sangue, secreções, pele não íntegra, membrana mucosa, curativos
de feridas e objetos inanimados;
- Antes e após refeições
- Entre procedimentos realizados para o mesmo paciente;
- Após retirada das luvas.

Se as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue ou secreções,
realizar higiene das mãos com água e sabão ou anti-séptico.

Se as mãos estiverem sem sujidade visível, pode ser utilizada solução alcoólica
(álcool-gel).

2. Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)
Observar os seguintes princípios:
 Quando o contato com paciente envolver sangue e/ou fluidos corpóreos;
 Para proteção contra respingos ou contato com pele não íntegra e mucosa.
2.1. Uso de luvas
Utilizar sempre que for antecipado o contato com sangue e líquidos corporais,
secreções e excreções, membranas mucosas, pele lesada, artigos/superfícies sujos
com material biológico;
 Utilizar luvas devidamente ajustadas;
 Trocar as luvas entre procedimentos no mesmo paciente se contato com material
infectado;
 Desprezar imediatamente após uso.

SUMÁRIO
145
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
2.2. Uso de avental
 Utilizar como barreira física, quando existir a possibilidade de sujar/contaminar com
material biológico, as roupas ou pele do profissional da saúde;
 Utilizar avental de manga longa;
 Desprezar imediatamente após uso, antes de sair do quarto
2.3. Uso de máscara, óculos e protetor facial
Utilizar quando houver a possibilidade da ocorrência de respingos de material
biológico sobre as membranas mucosas da boca e olho, durante a realização de
procedimentos no paciente, ou manuseio com artigos/materiais contaminados.

Desinfetar os óculos ou protetor facial com álcool 70% após uso ou limpar com
água e sabão.

3. Limpeza de superfícies
Realizar limpeza concorrente diária e sempre que houver sujidade visível incluindo
cama e mobiliário do paciente;
 Realizar limpeza terminal quando o paciente for de alta, óbito ou transferência;
 Evitar movimentos bruscos com roupas para evitar disseminação de partículas no
ambiente.

4. Artigos e equipamentos
Realizar limpeza seguida de desinfecção ou esterilização entre pacientes ou sempre
que sujo ou com mau funcionamento.

5. Cuidados com material pérfuro-cortante
Manusear material pérfuro-cortante com extremo cuidado;
 Não reencapar e não dobrar agulha;
 Descartar todo material pérfuro-cortante utilizado no cuidado do paciente em
recipiente apropriado;
 Desprezar o conjunto agulha + seringa sem desconectar;
 Manter caixa de perfuro-cortante sobre suporte;
 Trocar a caixa de pérfuro quando atingir o limite de segurança (2/3 da capacidade
total - linha pontilhada).

146
SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

Precauções adicionais
As precauções para isolamento, baseados no modo de transmissão dos microrganismos;
podem ser classificados em 3 tipos:
1. Precauções de Contato
2. Precauções Respiratórias para Aerossóis
3. Precauções Respiratórias para Gotículas
Para maioria das doenças é suficiente a aplicação de um tipo de precaução porém para
outras, que podem ser transmitidas por várias vias, há necessidade da combinação
de 2 tipos de precauções.
A aplicação de qualquer uma destas precauções implica no uso associado
das Precauções Padrão.

Precauções de contato
Está indicada para situações em que exista possibilidade de transmissão de agente
infeccioso por contato direto ou indireto. Isto é, contato entre pacientes, contato através
do profissional de saúde (mãos) ou contato por meio de artigos.
1. Quarto:
 Privativo ou compartilhado com pacientes infectados com o mesmo microrganismo
com o mesmo perfil de sensibilidade.
2. Luvas:
Deverá ser utilizada ao contato com o paciente ou material infectante;
 Descartar as luvas imediatamente após o uso e higienizar as mãos.

3. Avental de manga longa:
Usar sempre que contato da roupa do profissional com o paciente, leito, mobiliário
ou material infectante;
 Em caso de diarréia, colostomia, ileostomia ou ferida não contida no curativo, o uso
do avental torna-se obrigatório.

4. Transporte do paciente:
Deverá ser evitado. Quando necessário o material infectante deverá estar contido,
(com curativo, avental ou lençol), para evitar contaminação de superfícies;
 Se paciente realizar exame e/ou procedimento fazer a desinfecção com álcool 70% da
maca ou cadeira de transporte e proteger com lençol e desprezá-lo logo em seguida;
 Avisar o local de realização de exame que o paciente está em isolamento de contato.

5. Artigos e equipamentos:
Deverão ser exclusivos para cada paciente;
 Devem ser limpos, desinfetados ou esterilizados após alta do paciente ou sempre
que sujo.

SUMÁRIO
147
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

Precauções Respiratórias com Aerossóis
Destinam-se às situações de suspeita ou confirmação de:
tuberculose pulmonar ou laríngea
 sarampo
 varicela
 herpes zoster disseminado ou em imunossuprimido
 situações especiais como influenza aviária ou influenza AH1N1 (suína)

A aplicação das precauções com aerossóis inclui as seguintes medidas:
1. Quarto privativo:
 Obrigatório, com porta fechada
 Deverá dispor de sistema de ventilação com pressão negativa e 6 trocas de ar por hora;
 A exaustão do ar deve ser feita para ambiente externo (longe de calçadas, janelas
que podem ser abertas, pessoas, animais e correntes de ar). Se o ar for recirculado
deverá ser filtrado através de filtro HEPA.
2. Máscara:
É obrigatório o uso de máscara específica (tipo N95 ou PFF2) com capacidade de
filtrar partículas < 3 micrometros de diâmetro, por todo o profissional que prestar
assistência a pacientes com suspeita ou confirmação das doenças citadas acima.
A máscara deverá ser colocada antes de entrar no quarto e retirada somente após
saída do mesmo .
 CUIDADOS COM A MÁSCARA: A máscara não tem uma vida útil pré-estabelecida
e pode ser usada várias vezes pelo mesmo profissional. Descartar quando estiver suja,
úmida ou com defeito, por exemplo, quebra da haste

3. Transporte do paciente:
Evitar. Quando necessário o paciente deverá sair do quarto utilizando máscara
comum (cirúrgica);
 Avisar o local de realização de exame que o paciente está em isolamento respiratório.

148
SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

Precauções Respiratórias com Gotículas
Destina-se para pacientes com suspeita ou confirmação de doenças com transmissão
por via respiratória.
A aplicação das precauções respiratórias para gotículas inclui as seguintes medidas:
1.Quarto privativo:
 Obrigatório, podendo ser compartilhado com pacientes infectados pelo mesmo
microrganismo;
 Manter porta fechada.
2. Máscara:
É obrigatório o uso de máscara comum, durante o período de transmissibilidade de
cada doença, para todas as pessoas que entrarem no quarto
 A máscara deverá ser desprezada à saída do quarto

3.Transporte do paciente:
Evitar. Quando necessário o paciente deverá sair do quarto utilizando máscara
comum (cirúrgica);
 Avisar o local de realização de exame que o paciente está em isolamento.

Responsabilidade e rotina na Instituição e manutenção das precauções
para isolamento
1. Quando instituir o procedimento
Sempre que houver suspeita ou confirmação de doença infecciosa ou colonização/
infecção por um microrganismo passível de ser disseminado para outros pacientes
ou profissionais de saúde.
2. Quem deve instituir o procedimento
Médico ou enfermeiro da unidade conforme a orientação do CCIH onde o paciente
se encontra internado.
3. Notificação para a CCIH
O médico ou enfermeiro que instituiu o procedimento inicial deverá notificar a CCIH.
4. Avaliação da indicação do procedimento
O médico ou enfermeiro da CCIH deverá realizar a avaliação da indicação do
procedimento imediatamente após receber a notificação. O objetivo desta avaliação
é ratificar ou não a indicação de precauções para isolamento e realizar orientações
adicionais pertinentes.
5. Supervisão da aplicação do procedimento
Deverá ser realizado pelo médico ou enfermeiro da unidade. A CCIH poderá
supervisionar a qualidade da efetivação do procedimento indicado e reorientar se
necessário.
SUMÁRIO
149
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
6. Suspensão do procedimento
O médico ou enfermeiro da unidade deverá consultar a CCIH para a suspensão do
procedimento seguindo as orientações técnicas de precauções para isolamento.
Relação das infecções, condições e microrganismos que exigem a aplicação
de precauções para isolamento
Infecção/Condição/Microrganismo
Recomendação de Precauções
Tipo
Período
C
P
DS
•ABSCESSO
Drenando: sem curativo ou com curativo não contido
Drenando com curativo oclusivo contido
• AIDS (ver HIV):
• ACTINOMICOSE
P
• ADENOVÍRUS, infecção por:
Lactante e pré-escolar
Rg+C
• AMEBÍASE
P
• ANGINA DE VINCENT
P
• ANTRAX: cutâneo e pulmonar
P
• ASCARIDÍASE
P
• ASPERGILOSE
P
DD
• BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES (ver tabela a partir da página 16)
Colonização/infecção: solicitar avaliação da CCIH
C*
• BABESIOSE
P
• BOTULISMO
P
• BRONQUIOLITE: ver infecções respiratórias em lactentes e pré-escolares
• BRUCELOSE
P
• CANDIDÍASE : todas as formas
P
• CAXUMBA
Rg
• CELULITE: drenagem não controlada
150
C
SUMÁRIO
Início TU
por 9 dias
DD
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Infecção/Condição/Microrganismo
Recomendação de Precauções
Tipo
• CANCRO MOLE (Chlamydia trachomatis):
Conjuntivite, genital e respiratória
P
• CISTICERCOSE
P
• Clostridium botulinum
P
• Clostridium difficile
C
• Clostridium perfringens:
Intoxicação alimentar e gangrena gasosa
P
• CÓLERA
C
Período
DD
• COLITE ASSOCIADA A ANTIBIÓTICO
C
• CONJUNTIVITE:
Bacteriana aguda e gonocócica
Viral aguda (hemorrágica aguda)
P
C
DD
• COQUELUCHE
Rg
TE 5 dias
• CREUTZFELDT-JACOB, doença
P
• CRIPTOCOCOSE
P
• CITOMEGALOVIROSE:
Neonatal ou em imunossuprimido
P
• DENGUE
P
• DERMATOFITOSE
P
DD
• DIARREIA: ver gastroenterite
• DIFTERIA:
Cutânea
Faríngea
C
Rg
TA+2CN**
TA+2CN**
• DOENÇA DE MÃO, PÉ E BOCA: ver enterovirose
• DONOVANOSE (granuloma inguinal)
P
• ENCEFALITE: ver agente específico
• ENDOMETRITE
P
• ENTEROBÍASE
P
• ENTEROCOLITE - Clostridium difficile
C
• ENTEROCOLITE NECROTIZANTE
P
SUMÁRIO
DD
151
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Infecção/Condição/Microrganismo
Recomendação de Precauções
Tipo
Período
• ENTEROVIROSE (Coxackie e Echovirus)
Adulto
Lactante e pré-escolar
P
C
DD
• EPIGLOTITE
Rg
TE 24 h
• ESCABIOSE
C
TE 24 h
• ESPOROTRICOSE
P
• ESQUISTOSSOMOSE
P
• ERITEMA INFECCIOSO: ver parvovírus B19
• ESTAFILOCOCCIA - S.aureus:
Pele, ferida e queimadura:
- com secreção não contida
- com secreção contida
Enterocolite
Multirresistente: ver bactérias multirresistentes
Pneumonia
Síndrome da pele escaldada
Síndrome do choque tóxico
C
P
P1
P
P
P
• ESTREPTOCOCCIA - Streptococcus Grupo A
Pele, ferida e queimadura:
- com secreção não contida
- com secreção contida
Endometrite (sepsis puerperal)
Faringite: lactante e pré-escolar
Pneumonia: lactante e pré-escolar
Escarlatina: lactante e pré-escolar
C
P
P
Rg
Rg
Rg
• ESTREPTOCOCCIA - Streptococcus Grupo B
Neonatal
P
• ESTREPTOCOCCIA- Streptococcus Grupo não A não B
P
• ESTREPTOCOCOS MULTIRRESISTENTES (pneumococo e enterococo):
ver bactérias multirresistentes.
• ESTRONGILOIDÍASE
P
• EXANTEMA SÚBITO
P
• FEBRE AMARELA
P
152
SUMÁRIO
TE 24 h
TE 24 h
TE 24 h
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Infecção/Condição/Microrganismo
Recomendação de Precauções
Tipo
Período
• FEBRE POR ARRANHADURA DO GATO
P
• FEBRE POR MORDEDURA DO RATO
(Streptobacillus moniliformis ou Spirilum minus)
P
• FEBRE RECORRENTE
P
• FEBRE REUMÁTICA
P
• FEBRE TIFOIDE: ver gastroenterite
• FURUNCULOSE ESTAFILOCÓCCICA:
Lactantes e pré-escolares
C
• GANGRENA GASOSA
P
• GASTROENTERITE
C
Campylobacter spp, Cholera spp, Criptosporidium spp
Clostridium difficile
C
Escherichia coli: Enterohemorrágica 0157:4H e outras espécies:
- diarreia não contida
C
- diarreia contida
P
Giardia lamblia
P
Rotavirus
C
Salmonella spp (inclusive S.typhi)
P1
Shigella spp
P1
Vibrio parahaemolyticus
P
Viral: outros vírus
- diarreia não contida
C
- diarreia contida
P
Yersinia enterocolitica
P
DD
DD
• GIARDÍASE: ver gastroenterite
• GONORREIA
P
• GUILLAIN-BARRÈ, síndrome de
P
• HANSENÍASE
P
• HANTAVÍRUS PULMONAR
P
• Helicobacter pylori
P
SUMÁRIO
153
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Infecção/Condição/Microrganismo
Recomendação de Precauções
Tipo
• HEPATITE VIRAL:
Vírus A:
- Uso de fralda ou incontinente
Vírus B (HBs Ag positivo), vírus C e outros:
- sem sangramento
- com sangramento, não contido
Vírus E
Período
P
C2
P
C
P
• HERPANGINA: ver enterovirose
• HERPES SIMPLES:
Encefalite
Neonatal
Mucocutânea, disseminada ou primária e grave
Mucocutânea, recorrente (pele, oral e genital)
• HERPES ZOSTER
Localizado em imussuprimido
Disseminado (mais de 1 dermátomo)
Localizado em imunocompetente
P
C3
C
P
Ra+C***
Ra+C***
P
• HIDATIDOSE
P
• HISTOPLASMOSE
P
• HIV, infecção por:
Sem sangramento
Com sangramento não contido
P
C
• IMPETIGO
C
• INFECÇÃO DE CAVIDADE FECHADA
P
• INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO
P
• INFECÇÃO DO TRATO RESPIRATÓRIO EM LACTANTES
E PRÉ ESCOLARES OU BRONQUIOLITE
Vírus Sincial Respiratório e Vírus Parainfluenzae
C
• INFLUENZA: A, B, C
Rg
• INTOXICAÇÃO ALIMENTAR POR:
C.botulium,C.perfringens, C.welchii e estafilocóccica
P
• KAWASAKI, síndrome de
P
• LEGIONELOSE
P
• LEPTOSPIROSE
P
154
SUMÁRIO
DD
DD
DD(LC)
DD(LC)
TE 24 h
DD
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Infecção/Condição/Microrganismo
Recomendação de Precauções
Tipo
• LISTERIOSE
P
• LYME, doença de
P
• LINFOGRANULOMA VENÉREO
P
• MALÁRIA
P
• MELIOIDOSE
P
• INFECÇÃO DE FERIDA CIRÚRGICA
P
• MENINGITE:
Asséptica (não bacteriana e não viral)
Bacteriana gram negativos entéricos, em neonatos
Fúngica
Haemophilus influenzae (suspeita ou confirmada)
Listeria monocytogenes
Neisseria meningitidis (suspeita ou confirmada)
Pneumocócica
Tuberculosa
Outra bactéria não citada acima
P
P
P
Rg
P
Rg
P
P4
P
• MENINGOCOCCEMIA
Rg
Período
TE 24 h
TE 24 h
TE 24 h
• MICRORGANISMOS MULTIRRESISTENTE (ver bactérias multirresistentes)
• MOLUSCO CONTAGIOSO
P
• MONONUCLEOSE INFECCIOSA
P
• MUCORMICOSE
P
• MICOBACTERIOSE ATÍPICA (não M. tuberculosis ):
Pulmonar e cutânea
P
• NOCARDIOSE
P
• OXIUROS, infecção por
P
• PARACOCCIDIOIDOMICOSE (P. brasiliensis):
Pulmonar ou cutâneo
P
• PARVOVÍRUS B19:
Doença crônica em imunossuprimido
Crise aplástica transitória ou de células vermelhas
Rg
Rg
DI
7 dias
• PEDICULOSE
C
TE 24 h
• PERTUSSIS (COQUELUCHE)
Rg
TE 5 dias
SUMÁRIO
155
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Infecção/Condição/Microrganismo
Recomendação de Precauções
• PESTE:
Bubônica
Pneumônica
Tipo
Período
P
Rg
TE 3dias
• PLEURODÍNEA: ver enterovirose
• PNEUMONIA:
Adenovírus
Rg+C
Burkholderia cepacia em fibrose cística incluindo
colonização do trato respiratório
P5
Chlamydia
P
Fúngica
P
Haemophilus influenzae
- adultos
P
- lactantes e crianças de qualquer idade
Rg
Legionella spp
P
Meningocóccica
Rg
Mycoplasma (pneumonia atípica primária)
Rg
P
Outras bactérias não listadas (incluindo gram-negativos)
Pneumocócica
P
P6
Pneumocystis jiroveci
Pseudomonas cepacia: ver pneumonia por Burkholderia cepacia
Staphylococcus aureus
P
Streptococcus, grupo A
- adultos
P
- lactantes e pré-escolares
Rg
Viral
- Adultos
P
- Lactantes e pré escolar
C
• POLIOMIELITE
TE 24
TE 24
DD
TE 24 h
P
• PSITACOSE (ORNITOSE)
P
• RAIVA
C
• REYE, síndrome de
P
• RITTER (síndrome da pele escaldada estafilocócica)
P
• RIQUETSIOSE
P
Rg
C7
• RUBÉOLA:
- congênita
156
DD
SUMÁRIO
IR 7 dias
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Infecção/Condição/Microrganismo
Recomendação de Precauções
Tipo
Período
Ra
DD
• SALMONELOSE: ver gastroenterite
• SARAMPO
• SHIGELOSE: ver gastroenterite
• SÍFILIS:
Pele e membrana mucosa (incluindo congênita,
primáriasecundária).
Lactante ( terciária) e soro positivo sem lesões
P
P
• SÍINDROME DA PELE ESCALDADA
P
• TENÍASE
P
• TÉTANO
P
• TINEA
P
• TOXOPLASMOSE
P
• TRACOMA AGUDO
P
• TRICOMONÍASE
P
• TRICURÍASE
P
• TRIQUINOSE
P
• TUBERCULOSE:
Extra-pulmonar com lesão drenando
Extra pulmonar, meningite e outras sem drenagem
Pulmonar (suspeita ou confirmada)
Laríngea (suspeita ou confirmada)
Mantoux: reator (> 5mm) sem evidência de doença
Pulmonar ou laríngea atual
• TULAREMIA: lesão drenando ou pulmonar
• TIFO: endêmico e epidêmico (não é por Salmonella spp)
P+Ra
P
Ra
Ra
P
P
P
Ra+C
• VARICELA
• VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO
C
• ZIGOMICOSE (ficomicose / mucormicose)
SUMÁRIO
TE+MC
TE+MC
LC 100%
durante toda
a internação
P
157
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Infecção/Condição/Microrganismo
Recomendação de Precauções
Tipo
Período
DOENÇAS EMERGENTES:
• ANTRAX
Ra+C
• INFLUENZA AVIÁRIA / SUÍNA
Ra+C
Ra+C
• SARS
• VARIOLA
Ra+ C***
P= Padrão
Rg= Respiratória para gotículas
DD= Durante a doença
PN= Pesquisa negativas
LC= Até todas as lesões ficarem crostosas
MC= Melhora clínica
TE= Terapêutica eficaz
C= Contato
Ra= Respiratória para aerossóis
DS= Duração da secreção
DI= Durante a internação
IR= Inicio do “rash”
TA= Terapêutica antibacteriana
TU= Tumefação
* A definir por CCIH de cada Instituto.
** Até 2 culturas negativas em dias diferentes.
*** Evitar ingresso no quarto de susceptíveis.
1= Usar precauções de contato para criança em uso de fraldas ou incontinente < 6 anos durante
a doença
2= Manter precauções em < 3 anos durante toda a hospitalização e em > 3 anos até 2 semanas
do início dos sintomas.
3= Para recém-nascido via vaginal ou cesariana de mãe com infecção ativa e ruptura de membranas
por mais de 4 a 6 horas.
4= Investigar tuberculose pulmonar ativa.
5= Evitar contato de pacientes com fibrose cística não colonizados ou infectados com B. cepacia
com este paciente.
6= Evitar colocar no mesmo quarto com paciente imunossuprimido
7=-Manter precauções até 1 ano de idade (a menos que cultura viral de urina e nasofaringe sejam
negativos após 3 meses de idade).
158
SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Prevenção de infecções do trato urinário associado a

Cateter Vesical de Demora
A - Cuidados na Instalação
1. Higienizar as mãos com água e sabão ou álcool gel;
2. Lavar minuciosamente a área perineal e genital do paciente, com água e sabão,
utilizando luvas de procedimento;
3. Realizar a higiene das mãos com solução degermante anti-séptica;
4. Calçar luvas estéreis;
5. Usar campo estéril grande, de pelo menos 0,75m x 0,75m;
6. Insuflar o balão para verificação de seu bom funcionamento;
7. Realizar a anti-sepsia do meato urinário e área adjacente com PVPI tópico ou
clorexidina degermante ou clorexidina aquosa a 2%. Se utilizar clorexidina degermante
retirar o excesso com SF 0,9%;
8. Aplicar vaselina líquida estéril ou gel anestésico estéril de uso único, sobre a superfície
da cateter vesical, lubrificando-o amplamente;
9. Proceder a instalação da cateter vesical com técnica asséptica utilizando sistema de
drenagem fechado estéril. O cateter vesical deve estar conectado ao sistema coletor
antes da inserção. Observar o adequado posicionamento do cateter vesical na bexiga
(após saída da urina introduzir aproximadamente mais três centímetros);
10. Fixar o cateter vesical no hipogástrio para o sexo masculino e na face anterior da
raiz da coxa para o sexo feminino;
11. Fixar o saco coletor no extremo oposto à cabeceira, mantendo-o sempre abaixo
do nível da pelve;
12. Higienizar as mãos com água e sabão ou álcool gel.
B - Cuidados na manutenção
Durante o banho higienizar a região perineal, com água e sabão, incluindo a junção
cateter-meato uretral;
 Higienizar as mãos antes e após o manuseio do cateter vesical, do tubo e do saco
coletor;
 Manter o fluxo da urina, favorecendo a drenagem contínua por gravidade.
 Esvaziar o saco coletor quando necessário, não permitindo que ultrapasse o limite
de segurança recomendado. Utilizar a seguinte técnica:
1. Higienizar as mãos e utilizar EPI (luvas de procedimento, máscara, óculos de
proteção e avental;
2. Retirar o tubo de drenagem do seu protetor posicionando-o para o recipiente que irá
receber a urina, evitando o contato entre as superfícies durante todo o procedimento;

SUMÁRIO
159
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
3. Abrir o clamp do tubo de drenagem;
4. Acompanhar o esvaziamento espontâneo da urina do saco coletor no cálice de
uso individualizado. Se o cálice for de uso coletivo, lavá-lo com água e sabão entre
pacientes;
5. Fechar o clamp do tubo de drenagem;
6. Colocar o tubo de drenagem no seu protetor;
7. Desprezar a urina no vaso sanitário;
8. Lavar o recipiente com água e sabão;
9. Retirar e desprezar a luva de procedimentos no lixo;
10. Retirar os outros EPIs;
11. Higienizar as mãos.
OBS.: Todos os passos desta técnica devem ser repetidos no esvaziamento de urina
para cada paciente. Não é recomendado o esvaziamento simultâneo de urina de vários
sacos coletores.O frasco para coleta de urina deve ser individualizado ou lavado com
água e sabão entre pacientes.
C - Indicações de troca do cateter vesical de demora
Trocar todo o sistema (cateter vesical e saco coletor) se:
 Houver obstrução da luz;
 Houver suspeita ou evidências de incrustações na superfície interna do cateter vesical;
 Houver contaminação do cateter vesical na instalação ou manuseio;
 A urina no saco coletor estiver com aspecto purulento.
D - Recomendações para coleta de urina em pacientes com cateter vesical
de demora
1. Higienizar as mãos;
2. Clampear o tubo de extensão logo abaixo do adaptador próprio para coleta de
material;
3. Desinfetar o local de coleta com álcool etílico a 70% ou clorexidina alcólica a 0,5%;
4. Aspirar a urina usando agulha e seringa estéreis;
5. Passar a amostra de urina da seringa para o frasco estéril;
6. Encaminhar rapidamente ao laboratório. Caso isto não seja possível, manter a
urina sob refrigeração até 1 hora após sua coleta.
OBS.: Não encaminhar ponta de cateter vesical para cultura, pois não há utilidade.
160
SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
E - Indicações de urocultura em paciente com cateter vesical de demora
 Suspeita de infecção do trato urinário
 Não é indicada a coleta de urina para realização periódica de urocultura, mesmo
para pacientes que utilizam cateter vesical de demora por períodos prolongados.
F - RECOMENDAÇÕES ESPECIAIS
O uso de germicidas/antibacterianos por irrigação vesical ou aplicados diretamente
no saco coletor é contra-indicado. Apenas é aceito o uso de Anfotericina B quando se
opta por tratar topicamente Infecção do Trato Urinário por Candida spp.
 O cateter vesical deve ser de uso único;
 Não é recomendada a técnica de “exercício vesical” para retirada do cateter vesical.


Cateterismo Vesical Intermitente Hospitalar
A técnica para a realização do cateterismo vesical compreende a seguinte seqüência:
1. Separar o material para o cateterismo vesical intermitente;
2. Higienizar as mãos com água e sabão (Operador);
3. Lavar a região perineal e genital com água e sabão;
4. Abrir o Kit de cateterismo e umedecer as bolas de algodão com PVPI tópico ou
clorexidina degermante ou clorexidina aquosa a 2%;
5. Colocar o lubrificante na gaze;
6. Abrir o pacote contendo o cateter vesical estéril;
7. Calçar as luvas de procedimento estéril;
8. Fazer antissepsia da glande e do meato uretral e área adjacente com a pinça e as
bolas de algodão. Se utilizar clorexidina degermante retirar o excesso com SF 0,9%;
9. Posicionar o cateter e aplicar o lubrificante no cateter vesical;
10. Introduzir o cateter no meato uretral, aproximadamente 30 cm em homens e
20 cm em mulheres;
11. Posicionar o saco coletor de urina na saída do cateter;
12. Abrir o dispositivo do cateter, permitindo a drenagem do conteúdo urinário
no saco coletor por aproximadamente 10 a 15 minutos ou até cessar a drenagem;
13. Retirar o cateter lentamente quando cessar a saída de urina.
SUMÁRIO
161
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

Cateterismo Vesical Intermitente Domiciliar
Separar o material para o autocateterismo vesical intermitente: sabão, lubrificante
estéril, cateter vesical e recipiente para depositar a urina.
A técnica para a realização do autocateterismo vesical compreende a seguinte
seqüência:
Técnica de passagem:
Orientar o paciente ou cuidador quanto à:
1. Higienizar as mãos com água e sabão;
2. Lavar a região perineal e genital com água e sabão;
3. Verificar se o cateter vesical encontra-se fechado;
4. Passar gel lubrificante na ponta do cateter;
5. Introduzir o cateter no meato uretral, aproximadamente 30cm em homens e
20cm em mulheres;
6. Posicionar o recipiente coletor próximo à saída de urina;
7. Abrir o dispositivo do cateter e observar a saída da urina por aproximadamente 10
a 15 minutos ou até cessar a drenagem;
8. Retirar o cateter lentamente quando cessar a saída de urina.
Freqüência da cateterização:
A freqüência da cateterização não deverá ultrapassar o intervalo de 6 horas,
recomenda-se a cada 4horas. Se em uma drenagem o volume ultrapassar 600 ml é
necessário aumentar a freqüência da cateterização.
Cuidados com o cateter:
Lavar o cateter com água e sabão após cada uso;
 Aplicar jatos de água na parte interna do cateter com auxílio de uma seringa de 20 ml;
 Injetar 20 ml de ar para remover o excesso de água;
 Armazenar o cateter em recipiente limpo e fechado;
 Trocar de cateter quando o atual “perder o aspecto de novo”, ou seja, quando
houver alteração da cor e/ou da flexibilidade e/ou se estiver áspero e/ou quando a
ponta estiver pontiaguda.

162
SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Prevenção de infecção associada a cateteres vasculares
Atualmente, o uso de cateter vascular é essencial à assistência ao paciente, sendo a
infecção de corrente sanguínea (ICS) uma de suas complicações mais temidas.
O cateter venoso central (CVC) é o maior responsável por esse tipo de infecção porém
o cateter venoso periférico pode ocasionar infecções locais (flebites) como também
ICS. Medidas simples podem ser seguidas para prevenir a ocorrência das infecções,
entre elas:
 Não realizar a palpação do local de inserção após a aplicação do anti-séptico, a
menos que a técnica asséptica seja assegurada (luvas estéreis);
 O uso de luvas não substitui a necessidade de higienização das mãos;
 Aguarde a secagem do anti-séptico aplicado na pele antes da inserção do cateter
 Remover prontamente cateteres cuja permanência não seja mais necessária;
 Realizar rotineiramente à avaliação do sítio de inserção, buscando sinais e sintomas
de flebite e outras complicações;
 Remover o mais brevemente possível (não mais do que 48 h), dispositivos inseridos em
situações de emergência, nas quais a técnica asséptica possa ter sido comprometida;
 Equipos e outros acessórios devem ser trocados a cada 72 h ou quando tiverem a
sua integridade comprometida. Recomenda-se que suas conexões sejam “Luer-lock”
para prevenir a desconexão acidental;
 Na infusão intermitente (quando for interrompida a infusão) equipos e buretas
deverão ser trocados a cada 24h ou quando sua integridade estiver comprometida;
 Utilizar equipo próprio para infusão de sangue e hemoderivados. Desprezar
imediatamente após o uso;
 Caso aconteça a saída de parte do cateter, este não deverá mais ser reposicionado.
ACESSO PERIFÉRICO
Cateter venoso periférico
Para cateteres periféricos, realizar a cada plantão, a avaliação do sítio de inserção,
buscando sinais e sintomas de flebite e outras complicações:
 Em adultos, trocar os cateteres venosos periféricos a cada 96 horas para prevenir
flebite;
 Em situações em que o acesso periférico é limitado, a decisão de deixar o cateter mais
do que 96 h dependerá da avaliação das condições do sítio de punção, da integridade
da pele, da duração e do tipo de terapia prescrita;
 Em adultos, é preferível realizar inserção de cateteres periféricos nas extremidades
superiores, evitando-se as inferiores devido ao risco aumentado de tromboflebites.
Áreas de flexão também devem ser evitadas;
 Se utilizado dispositivos agulhados (butterfly) para coleta de sangue ou para infunsão
de pequenas doses de medicação, retirá-lo em até 4 horas;

SUMÁRIO
163
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Para os neonatos e crianças, outros sítios de inserção poderão ser utilizados: veias
da cabeça, pescoço e extremidade inferior;
 Ao selecionar o cateter periférico, faça a opção pelo de menor calibre, iniciando a
punção pelo dorso da mão, depois punho, antebraço e braço;
 Não é recomendado administrar as seguintes soluções em cateteres periféricos:
drogas vesicantes, nutrição parenteral, soluções com pH menor que 5 ou maior que
9 e solução com osmolaridade maior que 600 mOsm/l.

Cateter arterial periférico
Na inserção do cateter arterial seguir as orientações abaixo:
Higiene das mãos; máscara cirúrgica cobrindo boca e nariz; luva estéril; anti-sepsia da
pele do paciente com clorexidina degermante seguido de alcoólica; campo fenestrado
na região a ser puncionada.
OBS.: Utilizar paramentação máxima se utilizada a técnica de dissecção ou passagem
do cateter arterial por fio guia.
Manter o cateter por no máximo 4 dias. Avaliar a necessidade de permanência e
necessidade de troca.

ACESSO CENTRAL
Cateteres de curta permanência:
Entre os mais utilizados no Complexo HCFMUSP destacam-se o Cateter Venoso Central
(CVC), cateter central de inserção periférica (PICC), cateter de hemodinâmica (Swan
Ganz) e cateter de hemodiálise.
Indicação
Utilizar somente quando o cateter periférico não for possível ou insuficiente;
 Inserir o cateter com o menor número de lúmens, contemplando as necessidades
do paciente.


Passagem
1. A escolha do local de inserção do cateter deverá seguir a seguinte ordem:
a) Subclávia;
b) Jugular;
c) Femoral;
d) Umbilical (para recém-nascido);
e) Flebotomia como última opção e preferir membros superiores. Evitar instalar cateter
próximo a lesões de pele e/ou traqueostomia.
2. Fazer a degermação da pele com clorexidina ou PVPI degermante em uma
área ampliada e remover o excesso com gaze para retirar oleosidade e/ou sujeira;
3. Higienizar as mãos com solução degermante (clorexidina ou PVPI). Não é
necessário realizar escovação cirúrgica;
4. Usar paramentação completa: gorro, óculos de proteção, máscara, luva e avental
de manga longa estéreis. Caso participe mais de um médico na inserção do cateter,
é necessário paramentar-se também;

164
SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
5. Fazer antissepsia da pele em uma área ampla e com movimentos únicos, utilizando
solução alcoólica com clorexidina ou PVPI alcoólico;
6. Utilizar campos estéreis que cubram todo o paciente;
7. Após passagem do cateter, manter curativo oclusivo com gaze seca no local de
inserção.
OBS: Troca por fio guia: seguir as mesmas recomendações descritas acima
Troca de curativo do CVC
1. Proteger o cateter durante o banho e realizar o curativo logo em seguida;
2. Trocar o curativo sempre que estiver úmido, sujo ou solto;
3. Após a passagem do cateter realizar imediatamente curativo com gaze e fita adesiva.
Após 48h pode utilizar gaze ou filme transparente.
4. Higienizar as mãos (água e sabão ou álcool gel) antes e depois do procedimento;
5. Realizar antissepsia da pele com solução alcoólica (PVPI ou clorexidina) do óstio
para a periferia a cada troca do curativo, utilizando luvas estéreis;
6. Na troca de curativo, realizar inspeção do local de inserção, atentando para sinais
de infecção local;
7. Em pacientes pediátricos a troca do curativo é variável devido ao risco de
deslocamento do cateter. Porém deve estar sempre atento para sinais flogísticos e
trocá-lo sempre que úmido, sujo ou solto.

Manipulação do CVC
1. Higienizar as mãos com água e sabão ou utilizar álcool-gel;
2. Utilizar luvas de procedimento;
3. Fazer a desinfecção da conexão do cateter + extremidade distal com álcool 70%
antes de qualquer procedimento (por exemplo, administrar medicação);
4. Proteger a ponta do equipo com tampinha própria ou agulha;
5. Lavar o cateter com 3ml de água destilada ou SF0,9%, reconectar o equipo ou
fechar a torneirinha;
6. Retirar as luvas e higienizar as mãos ou usar álcool-gel.

Rotina de troca do cateter
Não há rotina de troca pré-programada de cateteres. Utilizar pelo menor tempo
possível.


Exceção:
SWAN-GANZ: não deve permanecer por tempo superior a 5 dias. O introdutor é
o local mais freqüentemente colonizado, não deve ser mantido como acesso. Evitar
coleta de sangue através do sistema;
 CATETER UMBILICAL ARTERIAL: não deve permanecer por tempo superior a 5 dias;
 CATETER UMBILICAL VENOSO: não deve permanecer por tempo superior a 14 dias;

SUMÁRIO
165
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Indicação de troca do cateter com fio guia
 Se o motivo da troca não for infecção;
 Mau funcionamento.
Indicação de troca do sítio de inserção do cateter
 Presença de secreção purulenta no local de inserção.
 CVC retirado por fio guia com cultura da ponta positiva.
 Suspeita de infecção associada a cateter com repercussões clínicas graves, como
deterioração hemodinâmica, ventilação mecânica ou bacteremia clínica.
 CVC passado na urgência, sem preparo adequado (trocar no máximo em 48 horas).
 Obstrução do cateter.
 Trombose ou Infiltração.
 Flebotomia deve permanecer por no máximo 96 horas.
Rotina de troca de equipo e outros cuidados
Administrar NPT pelo cateter de um único lúmen. Se cateter de vários lumens, separar
uma via para administração de NPT.
 Equipos e outros acessórios devem ser trocados a cada 72h ou quando a sua
integridade estiver comprometida. Na infusão intermitente (quando for interrompida a
infusão) equipos e buretas deverão ser trocados a cada 24h ou quando sua integridade
estiver comprometida.
 Trocar torneirinhas e polifix a cada 24 horas.
 Utilizar equipo próprio para lípides e hemoderivados e trocar após cada infusão.
 Infundir emulsões lipídicas a cada 12 horas e NPT a cada 24 horas, a partir da data
da instalação.
Indicações de envio da ponta de cateter para cultura
 Suspeita de infecção associada a cateter
 Colher 5 cm da ponta e colocar em tubo estéril e colher 2 frascos de hemocultura
periférica (vide instruções de coleta na página 25)


CATETER DE LONGA PERMANÊNCIA
O cateter venoso central de longa permanência é utilizado em doenças crônicas
como na insuficiência renal e no tratamento de doenças oncológicas, em que o
tratamento é longo podendo alcançar até três anos de duração e requer repetidas
transfusões e internações.
 A escolha do tipo de cateter (cateter totalmente implantado , ex Port-a-cath® ou
cateter tunelizado, ex Hickman®, Broviac®, Permicath®) deverá ser feita de acordo
com a indicação do uso e tempo estimado da duração do cateter.
166
SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Passagem
Deve ser realizada no centro cirúrgico e com equipe especializada para esse tipo de
cateter, preferencialmente com métodos de radiodiagnóstico
- No CC, utilizar técnica asséptica:
 Escovação das mãos do médico com clorexidina degermante.
 Degermação da área a ser puncionada com clorexidina ou PVPI
degermante.
 Paramentação completa do médico (avental de manga longa estéril, luvas estéreis, gorro e máscara).
 Anti-sepsia com clorexidina ou PVPI alcoólica. Esperar secar antes de
realizar o procedimento.
 Utilizar campos estéreis que cubram todo o paciente.
 Fazer curativo da ferida cirúrgica e no ponto de inserção com gaze e fita adesiva (micropore)


Curativo:
Seguir a mesma recomendação do cateter de curta permanência.
 Inspecionar diariamente o local de punção, o reservatório e o trajeto do cateter
quanto a presença de sinais logísticos.


Rotina para punção do cateter de longa permanência totalmente
implantado
 Higienizar as mãos;
 Calçar luvas estéreis;
 Realizar a anti-sepsia em movimentos circulares e dentro para fora com clorexidina
alcoólica a 0,5%;
 Localizar o cateter por palpação;
 Puncionar com agulha Huber ou escalp de bisel lateral. Evitar puncionar com agulhas
normais pois a durabilidade do cateter será comprometida;
 Após puncionar o cateter, aspirar a solução anticoagulante (antes de instalar as
soluções a serem infundidas), avaliando o funcionamento do cateter (permeabilidade
- bom fluxo e refluxo);
 Desprezar o material aspirado;
 Instalar os equipos, extensores e infundir a medicação;
 Após o procedimento, lavar o cateter com 20 ml de SF 0,9%;
 Com uma seringa de 10 ml, aspirar 1 ml de heparina 5000UI/ml+9ml de água
destilada e injetar 6ml dessa solução.

SUMÁRIO
167
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Indicação de retirada de cateter de longa permanência
1. Final de indicação de uso;
2. Complicações técnicas. Não se deve tentar desobstruir cateteres de longa
permanência.
3. Complicações infecciosas: As complicações infecciosas relacionadas aos cateteres de
longa permanência são: infecção de óstio (apenas nos cateteres semi-implantáveis),
infecção de túnel ou bolsa subcutânea ou infecção de corrente sanguínea primária
(ou bacteremia primária).
No caso de infecção de túnel ou bolsa sub-cutânea deve ser retirado o cateter e feito
tratamento antimicrobiano sistêmico

OBS: O tratamento antimicrobiano, embora inicialmente possa ser empírico, deve
ser dirigido sempre que possível, por resultados de culturas (hemoculturas colhidas
de veia periférica ou artéria).
168
SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Prevenção de infecção respiratória
A pneumonia está entre as infecções hospitalares mais frequentes principalmente
em pacientes internados em unidades de terapia intensiva. A aplicação de normas
bem estabelecidas para a prevenção das infecções respiratórias é fundamental para
modificar esta realidade.
Medidas preventivas
 Condutas gerais
 Higienizar as mãos antes e após contato com o paciente intubado ou
traqueostomizado; e com secreções respiratórias mesmo que tenham sido usadas luvas.
 Elevar a cabeceira da cama do paciente de 30° a 45° para evitar aspiração do conteúdo
gástrico, caso não exista contra-indicação.
 Verificar a posição da sonda gástrica ou enteral antes de infundir a dieta.
 Aspirar adequadamente às secreções acima da região glótica antes de manipular o
cuff da cânula endotraqueal.
 Controlar a medida da pressão do cuff (aproximadamente 25 cm/H O) a cada 12h.
2
 Ajustar volume da dieta enteral, baseado no volume gástrico residual.
 No pós-operatório, estimular a respiração profunda e a deambulação o mais
precoce possível.
 Não realizar rotineiramente culturas de vigilância (secreção traqueal, equipamentos,
etc).
 Não administrar antimicrobianos rotineiramente para prevenção de pneumonia.
Intubação
Usar luvas estéreis, máscara, óculos de proteção e avental de manga longa.
 Evitar a contaminação da cânula antes da introdução na orofaringe.


Traqueostomia
Traqueostomia convencional deve ser realizada em sala de cirurgia, exceto nos
casos de urgência.
 Traqueostomia percutânea pode ser realizada a beira do leito. Para este procedimento,
o operador deve utilizar paramentação completa, colocar campos estéreis cobrindo
todo o paciente e preparar a pele do paciente com PVPI ou clorexidina degermante
seguido de PVPI ou clorexidina alcoólico.
 Utilizar luvas estéreis para trocar a cânula de traqueostomia.
 O curativo da traqueostomia deve ser trocado diariamente e/ou quando úmido e/
ou sujo.


SUMÁRIO
169
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Aspiração de secreções respiratórias em pacientes intubados
Usar luvas estéreis, máscara cirúrgica, óculos de proteção e avental de manga longa.
 Utilizar sonda de aspiração estéril de uso único.
 Aspirar sempre que houver necessidade e não em intervalos pré-fixados.
 Aspirar os pacientes entubados na seguinte ordem: traquéia, nariz e por último
a boca.
 O calibre da sonda de aspiração não deve ser superior à metade do diâmetro do
calibre da cânula endotraqueal. O “cuff” deve ser testado antes do procedimento.
 Quando houver necessidade de aspirar a boca do paciente entubado, realizar este
procedimento após a aspiração traqueal e nariz.
 Usar soro fisiológico estéril para fluidificar a secreção espessa (1 a 2 ml criança e
3 a 5 ml adulto).
 Trocar sistema fechado de aspiração (trachecare) quando visivelmente sujo ou com
mau funcionamento.
 Os sistemas fechados de aspiração não demonstraram, até o momento, diminuição
na incidência de pneumonia hospitalar.


RESPIRADORES
As peças de extensão, conectores avulsos e circuitos devem ser trocados entre
pacientes e devem ser submetidas à desinfecção de alto nível ou esterilização.
 Os circuitos respiratórios não devem ser trocados rotineiramente. Trocar somente
quando visivelmente sujo ou com mau funcionamento.
 Até o momento, o uso de filtros não mostrou redução na incidência de pneumonias
hospitalares, portanto não estão recomendados para este fim. Se forem utilizados,
não há necessidade de troca rotineira.
 O condensado que acumula no circuito deve ser desprezado, a fim de evitar que
retorne ao paciente ou ao umidificador.
 A máquina interna dos ventiladores e respiradores não devem se esterilizados ou
desinfetados rotineiramente entre pacientes.

170
SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar

Cuidados com equipamentos respiratórios e acessórios
Objetivo
Realizar a limpeza, seguida de desinfecção ou esterilização adequada dos equipamentos
de assistência respiratória e seus acessórios.
Medidas Gerais
Higienizar as mãos antes e depois do contato com os equipamentos e seus acessórios;
 Realizar limpeza mecânica do equipamento com tecido macio e água e sabão;
 Realizar limpeza e desinfecção ou esterilização dos acessórios de assistência
respiratória conforme recomendação na tabela a seguir;
 Trocar todos os circuitos e/ou material de assistência ventilatória entre os pacientes e
sempre que visivelmente sujo ou danificado. Quando em uso intermitente, no mesmo
paciente, guardar seco e protegido em saco plástico;
 Usar água estéril, de uso individual, nos umidificadores e nebulizadores. Trocar pelo
menos uma vez ao dia, desprezando o resíduo;
 Usar EPIs para manipular secreções respiratórias ou objetos contaminados com
secreções respiratórias de qualquer paciente;
 Antes de submeter os equipamentos ao reprocessamento, consultar as
recomendações do fabricante.

SUMÁRIO
171
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
MATERIAL
TRATAMENTO
TIPO
Desinfecção
Termodesinfecção
Ressucitador
manual (Ambu): ou
ou VBTF ou Óxido de Etileno
- máscara Esterilização
ou autoclave
- reservatório
BIPAP: circuito (USO PERMANENTE)
Desinfecção ou
Esterilização
Termodesinfecção ou Óxido de etileno ou
VBTF ou Autoclave
FREQUENCIA DE TROCA e OBSERVAÇÕES
- Entre pacientes
- Sempre que sujo
Manter protegido em saco
plástico quando em uso
intermintente
Entre pacientes e
sempre que sujo
BIPAP: máscara Esterilização
Óxido de etileno
com bojo insuflável
Entre pacientes e
sempre que sujo
BIPAP: máscara com membrana de silicone, (USO PERMANENTE)
Entre pacientes e
sempre que sujo
Desinfecção
Termodesinfecção ou
ou
VBTF, óxido de etileno ou
Esterilização
Autoclave
BIPAP e CPAP: - Sensores de Esterilização
VBTF ou
pressão
Óxido de etileno
- Conectores
- Válvula exalatória
Entre pacientes e
sempre que sujo
Desinfecção
Cabo de laringoscópio
Limpeza com água e sabão se-
guido de fricção com álcool 70%
Entre pacientes e
sempre que sujo
Cânula de Desinfecção ou
Guedel
Esterilização
Termodesinfecção ou
VBTF ou Óxido de Etileno
ou Autoclave Entre pacientes e
sempre que sujo
Capnógrafo
Desinfecção Termodesinfecção ou
(adaptador com
ou Esterilização Óxido de Etileno ou VBTF
sensor)
Entre pacientes,
sempre que sujo e
ao trocar o circuito
Respirador (Circuito)
Entre pacientes e
sempre que sujo
Desinfecção ou
Esterilização
Termodesinfecção ou VBTF
Óxido de etileno ou autoclave
Circuito Termodesinfecção ou
Respirador
Desinfecção ou
VBTF ou óxido de etileno
(Centro Cirúrgico/
Esterilização
ou Autoclave anestesia)
Entre pacientes trocar o
filtro antibacteriano e viral
Trocar todo o circuito a
cada 24 horas
Extensão de Descartável
NÃO SE APLICA
aspirador
Entre pacientes
e sempre que sujo
172
SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
MATERIAL
TRATAMENTO
Fio guia (mandril)
Desinfecção ou
Esterilização
Frasco de vidro Desinfecção para aspiração ou
(secreção Esterilização
respiratória)
TIPO
Termodesinfecção,
óxido de etileno ou autoclave
Termodesinfecção ou
VBTF ou óxido de etileno
ou autoclave
FREQUENCIA DE TROCA e OBSERVAÇÕES
Após cada uso
Entre pacientes
e sempre que cheio
Frasco para
aspiração de Descartável
NÃO SE APLICA
plástico (secreção respiratória)
Entre pacientes
e sempre que cheio
Inalador:
Termodesinfecção ou
- copo
Desinfecção
VBTF ou óxido de etileno
- máscara
ou
ou Autoclave
- extensão
Esterilização
Entre pacientes e
sempre que sujo ou
semanal
Após cada uso, secar e
guardar em saco plástico
limpo
Lâmina de Desinfecção
laringoscópio Limpeza com água e sabão
Após cada uso
seguido de fricção com
Manter protegido em
álcool 70% ou termodesinfecção saco plástico
Máscara Esterilização
“total face” Peróxido de hidrogênio ou VBTF ou óxido de etileno
Entre pacientes ou
sempre que sujo
Máscara de Esterilização
venturi
Termodesinfecção
VBTF ou Óxido de etileno
Entre pacientes ou
sempre que sujo
Máscara para traqueostomia
(USO PERMANENTE)
Termodesinfecção ou
VBTF ou autoclave ou óxido de etileno
Entre pacientes ou
sempre que sujo
Desinfecção
ou Esterilização
Medidor de pressão do Desinfecção
“Cuff”
Limpeza com água e sabão seguido de fricção
com álcool 70%
Entre pacientes e
sempre que sujo
Monitores e seus
Desinfecção
Acessórios
Fricção com álcool 70% ou
conforme recomendação do fabricante
Entre pacientes e
sempre que sujo
Nebulizador:
Desinfecção
Termodesinfecção ou
ou
VBTF ou autoclave
- copo
- máscara
Esterilização
ou Óxido de etileno
- extensão
Entre pacientes e sempre
que sujo ou semanal
Trocar a água diariamente,
desprezar resíduo antes
Oxímetro e
Desinfecção
acessórios
Entre pacientes e
sempre que sujo
Fricção com álcool 70% ou conforme recomendação do fabricante SUMÁRIO
173
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
MATERIAL
TRATAMENTO
Peak flow
TIPO
FREQUENCIA DE TROCA e OBSERVAÇÕES
Descartável
Não se aplica
(bocal e filtro)
Trocar bocal e filtro
entre pacientes
Esterilização
VBTF ou óxido de etileno
(equipamento)
Entre pacientes e
e sempre que sujo
Umificador Desinfecção ou
Termodesinfecção ou VBTF (de parede)
Esterilização
Óxido de Etileno
Tenda Desinfecção Limpeza com água e sabão
de oxigênio
seguido de fricção com
álcool 70%
Capacete de Esterilização
VBTF
oxigênio
ou óxido de etileno
- Entre pacientes e
sempre que sujo ou
semanal
Trocar a água diariamente,
desprezar resíduo antes
Entre pacientes e
sempre que sujo ou
semanal
Touca de tecido Limpeza
Limpeza com água e sabão
(CPAP ou BIPAP)
Entre pacientes e
sempre que sujo
encaminhar a lavanderia
Trocador de umidade e calor
Entre pacientes e
sempre que sujo
Desinfecção ou
Esterilização
Termodesinfecção ou VBTF
ou óxido de etileno
Desinfecção ou
Termodesinfecção ou VBTF
Válvula Esterilização
ou óxido de etileno
unidirecional
Ventilômetro
Desinfecção
Álcool 70%
VBTF - Vapor de baixa temperatura e formaldeído
174
SUMÁRIO
- Entre pacientes
- Na troca do circuito
respiratório
- Sempre que sujo
Entre pacientes
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Prevenção de infecção do sítio cirúrgico
A infecção de sítio cirúrgico é a causa mais comum das infecções em pacientes
cirúrgicos. A infecção leva a considerável elevação dos custos no cuidado do paciente,
além de aumentar o tempo de internação, a morbidade e mortalidade.
Medidas Preventivas
Tratar qualquer infecção que o paciente manifeste antes do procedimento cirúrgico,
a não ser que a cirurgia seja parte integrante do tratamento
 Instruir o paciente a parar de fumar 1 mês antes da cirurgia;
 Compensar as doenças de base (p.ex., diabetes);
 Reduzir o excesso de peso;
 Descontinuar o uso ou reduzir a dose de esteróide;
 Melhorar o estado nutricional do paciente;
 Diminuir ao máximo o tempo de internação pré-operatória;
 Examinar minuciosamente o paciente no pré-operatório, atentando para lesões de
pele que inviabilizem a cirurgia.
Pré-operatório
 Tricotomia
 Realizar apenas se houver interferência do pêlo com o procedimento cirúrgico e/ou
cuidado da ferida no pós-operatório;
 A área de remoção deverá ser determinada pelo médico cirurgião e ter a menor
extensão possível;
 Realizar imediatamente antes do encaminhamento do paciente ao centro cirúrgico;
 Cortar os pêlos sem lesar a pele e sem umedecê-lo. A remoção dos resíduos deverá
ser realizada com solução fisiológica recentemente aberta;
 Utilizar tricotomizador elétrico.
Banho pré-operatório
Nas cirurgias eletivas, o banho deverá ser realizada com anti-séptico degermante
antes do encaminhamento para o centro cirúrgico, mesmo que a área cirúrgica seja
pequena p.ex., blefaroplastia, rinoplastia, etc.

Centro Cirúrgico
Degermação da pele do paciente
 Utilizar solução anti-séptica degermante;
 O excesso de degermante poderá ser removido com solução fisiológica e compressa
estéril.

SUMÁRIO
175
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
A seguir utilizar solução anti-séptica* alcoólica com o mesmo princípio ativo do
degermante utilizado (PVPI ou clorexidina);
 A aplicação deverá ser do centro para a periferia, com secagem espontânea.

OBS:
Em cirurgias oftálmicas, o PVPI (tópico) ou solução aquosa (clorexidina) pode ser
utilizado. Em cirurgias plásticas de face e ginecológica recomenda-se clorexidina
(tópica).
Em cirurgias laparoscópicas a mesma recomendação quanto à tricotomia, degermação
e antissepsia deve ser seguida.
*A clorexidina alcoólica é mais eficiente na redução da microbiota da pele e possui
maior ação residual quando comparada ao PVPI.
Preparo da equipe cirúrgica
Degermação das mãos
 Manter as unhas curtas e retirar jóias das mãos e antebraços;
 Utilizar solução antisséptica degermante, escova estéril com cerdas macias e de uso
individualizado. Descartar após o uso;
 Escovar meticulosamente as mãos e antebraços, com ênfase nos espaços interdigitais
e leitos sub-ungueais por 5 minutos;
 Após a escovação, manter os braços em flexão com as mãos para cima;
 Enxugar as mãos e antebraços com compressas esterilizadas.

Paramentação da equipe
Todos os profissionais que estiverem na sala cirúrgica devem seguir as seguintes
recomencações:
 Utilizar gorro cobrindo todo o cabelo;
 Utilizar máscara cobrindo totalmente a boca, o nariz e os pêlos da face ao entrar
na sala, desde o início da cirurgia ou se instrumentais estéreis estiverem expostos.
 Utilizar sapatos fechados e limpos. Apesar de não haver evidência de que o uso
do propé reduza os índices de infecção do sítio cirúrgico, deverá ser mantido com a
finalidade de proteger o calçado de respingos com sangue, secreções e excreções;
 Usar avental e luvas estéreis (a equipe que estiver no ato operatório);
 Utilizar aventais impermeáveis quando a cirurgia oferecer risco de exposição a grande
quantidade de sangue e fluidos corporais.

Outras informações:
Utilizar óculos ou similares para a proteção individual da mucosa ocular;
 O avental e as luvas deverão ser trocados se ocorrer contaminação durante o ato
operatório;


176
SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Se ocorrer dano às luvas, estas deverão ser trocadas;
A roupa privativa é de uso exclusivo e interno ao CC. É proibida a utilização da
roupa privativa fora do CC;
 Realizar troca de luvas antes do implante de próteses ou enxertos, antes do
fechamento da pele e subcutâneo em cirurgias infectadas e antes do 2º tempo de
cirurgias artroscópicas e urológicas;
 O uso de dois pares de luvas (luva dupla) pode ser uma opção para reduzir o risco
ocupacional por acidentes com sangue e fluidos corpóreos;
 A paramentação básica de outros profissionais na sala operatória deverá incluir
o uso de gorro, máscara, roupa privativa e equipamento de proteção individual
quando necessário;
 O anestesista que for inserir cateter venoso central deverá utilizar paramentação
completa, realizar a degermação e antisepsia da pele do paciente e cobri-lo com
campos cirúrgicos estéreis antes da punção;
 A roupa privativa é de uso exclusivo e interno ao centro cirúrgico.


Cuidados com material utilizado no Centro Cirúrgico
Todo instrumental utilizado na cirurgia deve ser esterilizado;
Não utilizar rotineiramente métodos de esterilização rápida (tipo flash);
 Atentar para o prazo de validade de esterilização do produto e as condições das
embalagens e artigos cirúrgicos;
 A utilização do ciclo flash das autoclaves só pode ocorrer em casos de urgência,
como em contaminação acidental de instrumental cirúrgico do procedimento em
curso, e quando não houver a possibilidade de substituição.


Preparo e manutenção da sala de cirurgia
Realizar a limpeza concorrente entre cirurgias e terminal diária seguindo as
recomendações do Serviço de Higiene e Limpeza deste Hospital;
 A sala operatória deverá ficar fechada durante a cirurgia, com o objetivo de manter:
- as condições de ventilação e trocas de ar dentro das normas estipuladas;
- a umidade e temperatura adequadas;
- a pressão positiva dentro da sala em relação aos corredores;
- o número mínimo de pessoas dentro da sala;
- apenas o material necessário para cada cirurgia dentro da sala operatória.
 Não fechar a sala ou realizar limpeza especial após cirurgias contaminadas ou
infectadas.


Princípios básicos de profilaxia antimicrobiana
Nos procedimentos cirúrgicos em que estiver indicado profilaxia antimicrobiana, esta

SUMÁRIO
177
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
deverá ser realizada da seguinte forma:
 Escolha da droga: específica para cada procedimento, evitando utilizar drogas
reservadas para o tratamento de infecções hospitalares ou com grande toxicidade.
 Via: sempre endovenosa.
 Momento de início: durante a indução anestésica (exceto em obstetrícia em que
a profilaxia é indicada após o clampeamento do cordão umbilical).
 Doses suplementares: serão administradas quando necessárias, durante a cirurgia
ou após o fechamento da incisão.
 Duração: não superior a 24 horas (a concentração tecidual do antimicrobiano
durante o ato cirúrgico é considerada suficiente).
 Responsabilidade da administração: Anestesista.
Ver Padronização de Antibioticoprofilaxia
Cuidados com a ferida operatória - recomendações gerais:
Manter curativo fechado nas primeiras 24 horas (gaze com micropore ou curativo
absorvente);
 Para retirar o curativo: higienizar as mãos e calçar luvas de procedimento;
 Retirar o curativo umedecendo com solução fisiológica *;
 Se a ferida apresentar-se limpa e seca, deixá-la descoberta (não há necessidade de
realizar curativo);
 Se a ferida apresentar secreção hemática ou sero-hemática, realizar limpeza do local
com solução fisiológica* realizando movimentos delicados do centro da ferida para a
periferia, utilizando luvas estéreis ou pinças estéreis e cobrir a ferida;
 Não utilizar anti-séptico para a realização dos curativos;
 Trocar o curativo quando sujo e/ou úmido;
 Proteger o curativo no momento do banho e realizar novo curativo imediatamente
após o banho;
 Higienizar as mãos após a realização do curativo;
 Em feridas infectadas consultar o grupo de curativo de seu Instituto pois há opções
de curativos especiais;
 A retirada dos pontos deverá seguir a orientação do cirurgião;
 Não há consenso quanto à necessidade do curativo permanecer ocluído após as 24h.
* A solução fisiológica deverá ser aberta no momento de realizar o curativo e
desprezada logo após o uso.


178
SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Recomendações para o uso de antissépticos
Solução Degermante (clorexidina 2% ou PVPI 10%)
Preparo das mãos do profissional de saúde, antes da realização de procedimentos
invasivos, p.ex., cirurgias, instalação de cateteres vasculares e urinários.
 Degermação das mãos do profissional de saúde após cuidado do paciente
colonizado ou infectado por patógenos multiresistentes, ex. Acinetobacter baumannii
e Pseudomonas aeruginosa resistentes a imipenen, cefalosporinas e quinolonas,
Staphylococus aureus sensível somente a vancomicina.
 Degermação da pele do paciente, antes de procedimentos invasivos (p.ex, cirurgia,
cateter venoso central). Após a degermação realizar anti-sepsia com solução alcoólica.


Observações
Não usar para curativos.
 Não usar em mucosas.

Solução Alcoólica (clorexidina 0,5% ou PVPI 10%)
Preparo pré-operatório da pele do paciente após degermação.
 Preparo da pele do paciente para realização de procedimentos invasivos percutâneos,
ex. biópsias, instalação de cateteres vasculares, diálise, etc.
 Preparo da pele do paciente antes da coleta de material biológico para a realização
de exames microbiológicos.
 Realização de curativo de local de inserção de cateteres vasculares.


Observações
Não usar em mucosas.
 Não usar para a degermação/antissepsia das mãos do profissional de saúde.
 Não usar para curativos de ferida cirúrgica, úlceras de decúbito e outras lesões na
pele, etc.

Solução de clorexidina tópica ou aquosa 2%
Preparo de mucosas para realização de procedimentos cirúrgicos.
 Preparo de região genital antes da instalação de cateter urinário.
 Em procedimentos odontológicos.


Observações
Não usar para preparo de pele do paciente cirúrgico.
 Não usar para degermação/anti-sepsia das mãos de profissionais de saúde.
 Não usar para curativo da ferida cirúrgica ou de lesões de pele e mucosa.

SUMÁRIO
179
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Considerações Gerais:
Em recém-nascidos, utilizar solução de clorexidina para procedimentos invasivos,
incluindo cirurgia.
 Em cirurgias oftalmológicas o PVPI tópico pode ser utilizado.
 Em cirurgias plásticas de face e ginecológicas recomenda-se o uso de clorexidina
tópica


Recomendações para o uso de antissépticos
PROCEDIMENTO
ANTI-SÉPTICO DE ESCOLHA
ALTERNATIVA
Procedimentos invasivos
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
Cuidados com
pacientes em
Clorexidina degermante 2%
isolamento
Cuidados com pacientes em Não recomendado
geral
Água e sabão ou
Álcool gel a 70%
CATETER VENOSO CENTRAL E Inserção e Curativo
PVPI alcoólico 10%
Clorexidina degermante 2%
Clorexidina alcoólica 0,5%
PVPI degermante 10%
Álcool gel a 70%
PERIFÉRICO
Manipulação
Álcool etílico a 70%
Clorexidina
alcoólica 0,5%
CATETER VESICAL
Clorexidina degermante 2%
PVPI tópico 10%
Manipulação
Não indicado uso de anti-séptico
Não indicado uso de
anti-séptico
CIRURGIA
Banho pré-operatório
Clorexidina degermante 2%
Água e sabão
Escovação
cirúrgica das Clorexidina degermante 2%
mãos
Degermação da Clorexidina degermante 2%
pele do paciente
PVPI degermante 10%
Anti-sepsia da pele do paciente
Clorexidina alcoólica 0,5%
PVPI alcoólico 10%
Curativo de ferida cirúrgica
Não indicado uso de
anti-séptico
Não indicado uso de
anti-séptico
180
Inserção
SUMÁRIO
PVPI degermante 10%
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Tuberculose – Biossegurança e Precaução Respiratória
Proteção respiratória:
Profissionais de Saúde devem utilizar máscara N95 (equivalente PFF2) ao entrar
em contato com pacientes com suspeita ou confirmação de Tuberculose bacilífera,
ou em ambientes com alto risco de gerar aerossóis (Exemplo: salas de broncoscopia,
inalação com pentamidina, salas de autópsia, manipulação de material biológico
potencialmente contaminado);
 As máscaras N95 (PFF2) podem ser reutilizadas por períodos longos pelo mesmo
profissional enquanto apresentar-se íntegra, seca, limpa e com boa vedação;
 As máscaras cirúrgicas comuns não oferecem proteção adequada quando
utilizadas pelos profissionais, ficando seu uso restrito na contenção das partículas
no momento em que são geradas. Assim, são indicadas para os pacientes bacilíferos
fora dos locais de isolamento;


Pacientes internados - mantê-los em PRECAUÇÃO RESPIRATÓRIA PARA
AEROSSÓIS:
 Quarto individual;
 Pressão negativa em relação às áreas adjacentes;
 A exaustão do ar deve ser feita para ambiente externo (longe de calçadas, janelas
que podem ser abertas, pessoas, animais e correntes de ar). Se o ar for recirculado
deve ser filtrado através de filtro HEPA;
 No caso do paciente necessitar ser transportado, este deve utilizar máscara cirúrgica
cobrindo boca e nariz;
 Não havendo a disponibilidade de quarto com pressão negativa, colocar em quarto
individual com portas fechadas e desligar o ar condicionado.

Pacientes ambulatoriais:
Agendar as consultas ao longo do turno, priorizando o atendimento de pacientes
bacilíferos e suspeitos;
 Agendar as consultas de pacientes bacilíferos em horas de menor fluxo;
 Oferecer máscara cirúrgica para pacientes bacilíferos ou suspeitos;
 Somente utilizar ar condicionado desde que instalados exaustores ou filtros HEPA.


Durante a consulta:
Manter as janelas abertas para ambiente externo quando possível;
 Direcionar o fluxo de ar para a janela (ou porta) da sala de atendimento utilizando
ventilador de pé, de modo que o ar forme uma “barreira” entre o médico e o paciente;
 Exaustores podem ser utilizados desde que a porta seja mantida fechada.


SUMÁRIO
181
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Transporte de paciente
O paciente deve utilizar máscara cirúrgica;
 Minimizar número de transportes;
 Agendar exames preferencialmente ao final do turno;
 O paciente não deve ficar na sala de espera antes ou após a realização do exame.


Conduta no seguimento dos servidores com exposição desprotegida a
pacientes bacilíferos
As Subcomissões de Controle de Infecção Hospitalar (SCCIH), deverão definir os
contactantes a serem avaliados pelo SAMSS.
O SAMMS convocará os contactantes para avaliação clínica dirigida a sintomas
respiratórios, e solicitação do teste tuberculínico naqueles com resultado ignorado.
Dependendo da avaliação, solicitar radiografia de tórax e/ou pesquisa e cultura para
micobactéria com teste de sensibilidade.
Os comunicantes com PPD fortemente positivo, caso se afaste a possibilidade de TB
ativa, serão encaminhados ao ambulatório de tuberculose para avaliação de profilaxia.
Os comunicantes com PPD negativo deverão ser re-testados doze semanas após a
exposição.
Em se comprovando a viragem tuberculínica, afastar TB ativa e, na ausência desta,
encaminhar ao ambulatório de tuberculose para avaliação de profilaxia.
Os pacientes com diagnóstico de TB deverão ser encaminhados para acompanhamento
no ambulatório de Tuberculose ou Pneumologia.
Afastar o funcionário com suspeita de TB pulmonar ou laríngea, até que este não
ofereça risco de contágio (3 baciloscopias negativas com 24 horas de intervalo, colhidas
após 15 dias de tratamento.
Notificar os casos suspeitos ou confirmados ao Serviço de Epidemiologia Hospitalar
(EPH) assim que atendidos no SAMMS. O Serviço de Epidemiologia notificará às
Subcomissões de Controle de Infecção Hospitalar (SCCIH).
As empresas terceirizadas que prestam serviço ao Complexo HC deverão se adequar
às normas de controle descritos acima.

182
SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Vacinação de profissionais de saúde
Todos os adultos devem receber as vacinas recomendadas para sua faixa etária. A
imunização dos profissionais de saúde tem como objetivo a proteção individual
do trabalhador contra doenças às quais esses indivíduos estão mais expostos, em
decorrência de sua profissão. A imunização dos trabalhadores de instituições de saúde
visa, também, a prevenção da transmissão nosocomial dessas doenças, particularmente
para pacientes com risco aumentado de doenças graves e/ ou suas complicações.
Tabela 1. Esquema básico de vacinação para profissionais de saúde:
Vacina Esquema básico
Reforço
dT (dupla adulto, (contra difteria e tétano) 1
3 doses, com intervalos
de 2 meses
1 dose a cada
10 anos
SCR (tríplice viral, contra sarampo, caxumba e rubéola) 2, 3, 4
1 dose
Não
Varicela 2, 4, 5
2 doses, com intervalo de 2 meses Não
Influenza 2, 6
1 dose
anual
Hepatite B 6, 7
3 doses (0, 1 e 6 meses)
Não 8
1. Esquema completo de 3 doses da vacina dupla adulto (dT) é necessário para alcançar
nível adequado de proteção contra tétano e difteria em pessoas presumivelmente não
vacinadas no passado. Indivíduos vacinados na infância e que receberam última dose
há e 10 anos, uma dose da vacina é suficiente para alcançar títulos de anticorpos
protetores contra ambas as doenças. Indivíduos com esquema inicial incompleto
devem receber número de doses necessárias para completar o esquema básico,
não havendo necessidade de re-iniciar o esquema. O uso de doses adicionais pode
aumentar a reatogenicidade, sem acrescentar qualquer vantagem.
2. Recomendada para todos os trabalhadores de uma instituição de saúde,
independente de sua ocupação e de terem ou não contacto direto com pacientes.
3. São consideradas evidências aceitáveis de imunidade contra sarampo, caxumba
e rubéola: teste sorológico positivo para anticorpos específicos, documentação de
vacinação prévia adequada e história de doença diagnosticada por médico. Relato
de vacinação prévia sem documento comprobatório e história auto-referida de
SUMÁRIO
183
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
doença não são critérios confiáveis para predizer imunidade. Não há necessidade de
triagem sorológica pré-vacinação. Pelo contrário, triagem sorológica pode constituir
uma barreira à imunização adequada. Da mesma forma, não há necessidade de
comprovação sorológica para aqueles que apresentarem outra evidência de imunidade
(vacinação adequada ou doença passada adequadamente diagnosticada). O esquema
recomendado é de dose única no momento de admissão ao trabalho, ou durante o
curso, no caso de estudantes.
4. A vacina é contra indicada para imunodeprimidos e gestantes, por ser de vírus
vivos atenuados.
5. Todos os profissionais de saúde suscetíveis devem ser vacinados contra varicela. Ao
contrário do que ocorre com o sarampo, a história clínica positiva de varicela (ou herpes
zoster) prévia é confiável na avaliação de imunidade contra a doença. Entretanto, a
maioria dos adultos com história negativa ou incerta também são soropositivos para
o vírus da varicela-zoster (VVZ). É recomendada a triagem sorológica dos profissionais
com história clínica de varicela negativa ou incerta, exceto se houver contra-indicação
à vacina. A realização de teste sorológico pós-vacinação não é necessária (Figura 1).
6. Gestação e lactação não constituem contra-indicações à vacinação.
7. Todos os profissionais cujas atividades envolvam contacto regular com pacientes ou
com sangue e outros fluidos devem ser vacinados contra hepatite B. Estudantes da área
da saúde devem ser vacinados antes do início de seu treinamento.
Os profissionais de saúde podem ser vacinados sem serem submetidos à triagem
sorológica prévia. Mas, por conta de seu risco ocupacional e considerando que
condutas clínicas subseqüentes, em caso de exposição a sangue ou outros fluidos,
serão dependentes do conhecimento de seu “status” sorológico, profissionais de saúde
devem realizar teste sorológico - pesquisa de anticorpos contra o AgHBs (anti-HBs),
30 a 60 dias após a última dose da vacina. Títulos de anticorpos anti-HBs iguais ou
maiores que 10 mUI/ml são considerados protetores.
Re-vacinação, com três doses adicionais da vacina, é recomendada para os que não
responderam ao esquema básico. Não há evidências de que doses adicionais da vacina
sejam capazes de induzir resposta humoral em pessoas saudáveis que não responderam
após o segundo esquema vacinal completo (seis doses). Profissionais da saúde que
não apresentaram resposta humoral após o segundo esquema vacinal devem ser
considerados suscetíveis à hepatite B, devendo receber profilaxia específica em caso de
acidente ocupacional com exposição a sangue de pacientes AgHBs positivo (Figura 2).
184
SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
8. O desenvolvimento de resposta humoral protetora após a vacinação (anti-HBs e” 10
mUI/ml) é associado à imunidade de memória de longa duração, que persiste mesmo
quando os títulos de anticorpos caem para níveis indetectáveis, não havendo, portanto,
necessidade de doses de reforço da vacina para pessoas saudáveis.
Figura 1. Fluxograma para imunização de profissionais de saúde contra varicela.
História prévia de varicela (ou
herpes zoster)
Não ou desconhecida
Sim
Encerrar.
Não há necessidade
de vacinação, nem de
comprovação sorológica
Vacinar: 2 doses com
intervalo 2 meses.
Não há necessidade de
teste sorológico pósvacinação
SUMÁRIO
185
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Figura 2. Fluxograma de imunização contra hepatite B para profissionais de saúde.
Modificado de Poland [1998].
Vacina contra hepatite B
3 doses (20 µg)
Teste sorológico (anti-HBs)
< 10 mUI/ml
> 10 mUI/ml
O teste foi realizado 1 a
6 meses após a última
dose?
encerrar
não
sim
Aplicar 1 dose da vacina (20
µg) e repetir o anti-HBs 4 a 12
semanas após
> 10 mUI/ml
encerrar
Administrar 2º esquema
(3 doses de 40 µg)
< 10 mUI/ml
Completar 2º
esquema
Repetir o anti-HBs após 4 a
12 semanas
< 10 mUI/ml
Verdadeiro não respondedor
186
SUMÁRIO
> 10 mUI/ml
encerrar
Doses
de Antimicrobianos
Recomendações para Prevenção
de Infecção
Hospitalar
Doses de antimicrobianos
Função renal normal
DOSES
Antimicrobiano
Pediátrica (dose/kg/dia)
Adulto (dose/dia)
Intervalo
Ácido Nalidíxico
33-55 mg
2-4 g
6h
Amicacina
15 mg
15 mg/kg/dia
d.u. diária
Amoxacilina +
Ácido Clavulânico
20-50 mg de
0,75-1,5 g
8-12h
Amoxacilina
Ampicilina IV
100-400 mg
2-12 g
6h
Ampicilina VO
50-100 mg
1-2 g
6h
Ampicilina + Sulbactam
100-400 mg de
Ampicilina
6-12 g
6h
Anfotericina B*
0,5-1,5 mg
idem
24h
Anfotericina B*
3-5 mg
idem
24h
Coloidal
Anfotericina B*
3-5 mg
idem
24h
Lipossomal
Azitromicina
5-10 mg
250-500 mg
24h
Aztreonam
75-150 mg
3-8 g
6-8h
Cefaclor
40 mg
0,75-1,5 g
8h
Cefadroxila
30 mg
1-2 g
12h
Cefalexina
25-100 mg
1-4 g
6h
Cefalotina
50-125 mg
2-12 g
6h
Cefazolina
50-100 mg
2-6 g
8h
Cefepima
100-150 mg
2-4 g
8-12h
Cefixima
8 mg
400 mg
12-24h
Cefoperazona
50-200 mg
2-4 g
8-12h
Cefotaxima
100-200 mg
2-12 g
6h
Cefotetana
40-80 mg
2-6 g
12h
Cefoxitina
100-150 mg
4-12 g
6h
Cefpodoxima proxetila
10 mg
200-800 mg
12-24h
Cefprozila
15-30 mg
0,5-1 g
12h
Ceftazidima
100-150 mg
2-6 g
8h
Ceftriaxona
50-100 mg
1-4 g
12-24h
Cefuroxima IV
75-150 mg
2,25-4,5 g
8-12h
Cefuroxima VO
20-30 mg
0,5-1 g
8-12h
Cetoconazol
5-10 mg
200-400 mg
12-24h
Ciprofloxacino IV
10-20 mg
400 - 800 mg
12h
Ciprofloxacino VO
20-30 mg
1 – 1,5 g
12h
Claritromicina
15 mg
0,5-1 g
12h
SUMÁRIO
187
Doses
de Antimicrobianos
Recomendações
para Prevenção de Infecção Hospitalar
DOSES
Antimicrobiano
Pediátrica (dose/kg/dia)
Adulto (dose/dia)
Intervalo
Clindamicina IV
20-40 mg
1,8 - 2,7 g
6-8h
Clindamicina VO
20-30 mg
0,6 -1,8 g
6h
Cloranfenicol
50-100 mg
2-4 g
6h
Colistina
2,5 mg
4-6 milhões UI ou
3 a 5 mg/kg/dia
atinox 300mg**
8-12h
Doxiciclina
2,5-5 mg
100-300 mg
12-24h
Eritromicina
30-50 mg
1 - 4 g
6h
Fluconazol
3-10 mg
100-400 mg
24h
Gentamicina
7,5 mg
3-5 mg/Kg/dia d.u. diária
Griseofulvina
10-15 mg
0,5-1 g
12h
Imipenem +
50-100 mg
2-3 g
6-8h
Cilastatina
Itraconazol
3-6 mg
200-400 mg
12-24h
Meropenem
60-120 mg
1,5-6 g
8h
Metronidazol
30-50 mg
1,5 - 2 g
6-8h
Nitrofurantoína
5-7 mg
400 mg
6h
Oxacilina
100-300 mg
6-12 g
4-6h
Penicilina G benzatina
25.000-50.000 UI
1.200.000 UI
dose única
Penicilina G cristalina
100.000-400.000 UI
4-30 milhões UI
4-6h
Penicilina G procaína
50.000 UI
0,6-4,8 milhões UI
12-24h
Penicilina V
25-50 mg
0,75-2 g
6-8h
Piperacilina +
Tazobactam
150-400 mg de
12 g
6h
Piperacilina
Sulfametoxazol +
Trimetoprim
20-40 mg de
400-800 mg
12h
Sulfametoxazol
Teicoplanina
10-20 mg
400 a 800mg
12-24h
Tetraciclina
25-50 mg
1-2 g
6h
Terbinafina
<20 Kg : 125 mg
20-40 Kg : 250 mg
500 mg
24h
>40 Kg : 500 mg
Ticarcilina +
Ácido Clavulânico
200-400 mg de
4-16 g
6h
Ticarcilina
Vancomicina
40-60 mg
2 g
6 - 12h
** checar apresentações pois há grande variedade entre marcas.
* A administração de todas as formulações de anfotericina B deve ser precedida de pré-medicação para
minimizar os efeitos colaterais:
• Hidrocortisona 25 - 50 mg + Dipirona 1g IV 30 min. antes da infusão;
• SF 0,9% 500 mL 1h antes e 1h após o término da infusão (se condições clínicas permitirem);
• Adicionar, se necessário, anti-histamínico (difenidramina (Benadryl®) 1/2 amp IV);
• Se os tremores não forem controlados, utilizar solução decimal de dolantina IV.
188
SUMÁRIO
Doses
de Antimicrobianos
Recomendações para Prevenção
de Infecção
Hospitalar
Função renal alterada
Considerações sobre antimicrobianos e função renal
 A creatinina plasmática (Cr) é um mau marcador da filtração glomerular (FG).
Geralmente a Cr eleva-se quando a FG já está comprometida em pelo menos 50%.
 Utilizar fórmulas de estimativa da FG, como a Equação de Cockroft, que leva em
consideração sexo, peso e idade.
Cl Cr (ml/min)= (140 – idade) x peso/creatinina sérica (mg/dl) x 72
Mulheres = multiplicar por 0,85
 Existem grupos de risco para nefrotoxicidade para os quais a monitorização criteriosa
da função renal, a correção de doses e a aplicação de medidas preventivas estão
indicadas.
 Grupos de risco:
- idade > 65 anos
- desnutridos
- pacientes hipovolêmicos ou hemodinamicamente instáveis
- disfunção renal prévia: Cr basal maior que 1,4 mg/dl ou FG calculada < 60 ml/min.
- diabéticos, hepatopatas, nefróticos, cardiopatas, oncológicos
- associação com drogas nefrotóxicas
Considerações especiais sobre nefrotoxicidade

Aminoglicosídeos
Nefrotoxicidade: neomicina > genta = tobra > amicacina > estreptomicina
 Maior risco: associação com diuréticos e outras drogas nefrotóxicas
 Diminui o risco de nefrotoxicidade: dose única diária (não indicado para
neutropênicos, nem endocardite)

Vancomicina
Nefrotoxicidade questionável, mas provável, principalmente quando combinada a outros agentes
nefrotóxicos, em particular aos aminoglicosídeos
 Cálculo de intervalo conforme tabela
 Colher vancocinemia no vale (imediatamente antes
da próxima dose) e aplicar nova dose se estiver na faixa
terapêutica (5-10)
 Nefrotoxicidade associada a nível sérico > 20 mg/ml


SUMÁRIO
Clearance
(ml/min)
Intervalo
(dias)
120
0,5
100
0,6
80
0,75
60
1
40
1,5
30
2
20
2,5
10
4
5
6
0
12
189
Recomendações
para Prevenção de Infecção Hospitalar
Doses de Antimicrobianos

Imipenem
Não é nefrotóxico mas considerar o risco de convulsão quando FG diminuída.


Anfotericina B
Maior risco: dose acumulada > 3g (até 80%), disfunção renal prévia
 O risco de nefrotoxicidade diminui quando: hidratação com salina antes da infusão,
infusão lenta em 4-6h ou contínua em 24h
 Indicações de formulações lipídicas: Cr > 2x o limite superior do normal para a idade
 Distúrbios eletrolíticos que podem preceder ou acompanhar a queda da FG:
hipomagnesemia, hipocalemia e acidose metabólica (renal).


Sulfas
Risco de precipitação de cristais


Trimetoprim
Risco de hipercalemia


Cefepime
Risco de alterações de consciência e crise convulsivas parciais em pacientes com
FG diminuída.


Aciclovir
Maior risco: disfunção renal prévia, altas doses, infusão rápida

Nefrite Intersticial Alérgica (NIA)
Drogas classicamente associadas com a NIA: rifampicina (principalmente com uso
intermitente), oxacilina, ampicilina, cefalosporinas, sulfametoxazol-trimetoprim,
vancomicina e quinolonas.
 Suspeita: “rash” cutâneo, febre e eosinofilia acompanhando a diminuição da FG,
(somente em 30% dos casos todos esses aspectos clínicos estão presentes)

Drogas que não precisam de correção
Abacavir, azitromicina, caspofungina, ceftriaxone, cloranfenicol, clindamicina,
doxiciclina, efavirenz, indinavir, nelfinavir, nevirapina, pirimetamina
190
SUMÁRIO
8/8h
5-12,4 mg/kg - 8/8h
100 mg 12/12h
Aciclovir
Amantadina
500 mg 8/8h
500 mg 12/12h
500 mg 1x/d
SUMÁRIO
1x/d
1x/d
1 g 1x/d
1 g/amp
200 mg 1x/d 100 mg /d
25 e 100 mg/cp
200 mg 12/12h
Didanosina
200 mg 12/12h
200 mg/amp
750 mg/amp
1 g/amp
1 g/amp
1 g/amp
1 g/amp
750-1500 mg 1x/d
2 g 48h
2 g 1x/d
2 g 1x/d
1 g 1x/d
1 g/amp
48h
500 mg 8/8h
250 mg/cp ou
500 mg/amp
200 mg 12/12h
1 g/amp
2 g/1 g/amp
200 mg 12/12h
400 mg 12/12h
Ciprofloxacino
2 g 1x/d
2 g 12/12h
750-1500 mg 12/12h
2 g 12/12h
2 g 12/12h
2 g 1x/d
1 g 12/12h
1 g 8/8h
1x/d
2 g/1 g 1x/d
Claritromicina
500 mg 12/12h
500 mg 12/12h
250 mg 8/8h
250 mg 12/12h
400 mg 12/12h
12/12h
2 g/1 g 12/12h
2 g 8/8h
2 g 8/8h
2 g 12/12h
1 g 8/8h
2 g 8/8h
750-1500 mg 8/8h
2 g 8/8h
Ceftazidima
6/6h
2 g/1 g 6/6h
Cefuroxima
750-1500 mg 8/8h
2 g 8/8h
2 g 8/8h
Cefotaxima
Cefoxitina
1 g 8/8h
2 g 12/12h
Cefazolina
Cefepima
1x/d
2 g 8/8h
Anfotericina B
Aztreonam
6/6h
2 g/1 g 6/6h
Ampicilina
Ampicilina + Sulbactam
Amoxicilina 500 mg/125 8/8h
500 mg/125 8/8h 12/12h
1x/d
500 mg/125 mg /cp
+ ác. Clavulânico
500 mg 8/8h
500 mg/cp
100 mg/cp
250mg/ amp
Apresentação HC
Amoxicilina
100 mg 7dias
2,5 mg/kg 1x/d
Clearance < 10
50 mg/ml ou 250 mg/ml
100 mg 48h
12/12h ou 1x/d
Clearance 10-50
Amicacina 15 mg/kg 1x/d
10 mg/kg 1x/d
7,5 mg/kg 48h
3 mg/kg 48h
(e Estreptomicina)
100 mg 1x/d
Clearance 50-90
Dose
normal
Droga
ver texto
reduzir intervalo
da dose de
amoxicilina
Observações
Doses
Antimicrobianos
Recomendações para Prevenção
de de
Infecção
Hospitalar
191
192
SUMÁRIO
50%
100mg/cp
100 mg/cp
500 mg 1x/d
250 mg 1x/d
250 mg cada 48h
1000 mg 8/8h
500 mg 8/8h
100 mg
Meropenem
Metronidazol
Nitrofurantoína
100 mg
500 mg 8/8h
1000 mg 8/8h
evitar
500 mg 8/8h
1000 mg 12/12h
evitar
250 mg 8/8h
500 mg 1x/d
100 mg/cp
500 mg/amp
500 ou 1000 mg/amp
Linezolida
600 mg 12/12h
600 mg 12/12h
600 mg 12/12h
600 mg 12/12h 600 mg/cp ou amp
500 mg 1x/d
500 mg/cp ou amp
100%
250 mg 12/12h
100%
Levofloxacino
100%
250 mg 6/6h
100%
150 mg/cp ou
10 mg/ml(vo)
100-400mg/d
Itraconazol
500 mg 8/8h
100%
Lamivudina
150 mg 12/12h
150 mg 12/12h
50-150 mg 1x/d
25-50 mg 1x/d
500 mg 6/6h
400 mg/d
Imipenem
500 mg/ampola
400 mg/cp ou amp
500 mg/ampola
10 mg/ml ou
40 mg/ml
Isoniazida
Observações
em ClCr<10 dar
após dialise
1a dose = 500 mg
dar após diálise
500 mg/ampola
Gentamicina 5 mg/kg 1x/d
4 mg/kg 1x/d
4 mg/kg 48h
2 mg/kg 48h
(e Tobramicina)
200 mg 1x/dh
200 mg 1x/d
400 mg 1x/d
Gatifloxacino (e Moxifloxacino)
400 mg 1x/d
250 mg/cp
250 mg/cp
400 mg/cp
250 mg/cp Apresentação HC
100 mg/d
0,625 mg/kg 3x/semana
100 mg/d
250 mg 1x/d
50%
48h
500 mg 12/12h
Clearance < 10
Ganciclovir 5 mg/kg 1x/d
2,5 mg/kg 1x/d
1,25 mg/kg 1x/d
(manutenção)
200 mg/d
500 mg 12/12h
100%
36h
500 mg 6/6h
Clearance 10-50
1,25 mg/kg 3x/semana
200 mg/d
Fluconazol
500 mg 8/8h
100%
1x/d
500 mg 6/6h
Clearance 50-90
Ganciclovir 5 mg/kg 12/12h
5 mg/kg 12/12h
2,5 mg/kg 1x/d
(indução)
250-500 mg 12/12h
500 mg 8/8h
Etionamida
Fanciclovir
500 mg 6/6h
1x/d
Eritromicina
Etambutol
Dose
normal
Droga
Doses de Antimicrobianos
Recomendações
para Prevenção de Infecção Hospitalar
Dose
normal
Clearance 50-90
Clearance 10-50
Clearance < 10
100%
100%
1,5-2g/d
600 mg/d
Pirazinamida
Rifampicina
75%
300-600 mg/d
100%
2 g/500 mg 8/8h
1x/d
25%
300-600 mg/d
50%
2 g/250 mg 6/6h
36h
400 mg 12/12h
400 mg 1x/d
400 mg 48h
SUMÁRIO
12/12h
200 mg 8/8h ou 300 mg 12/12h
Zidovudina
200 mg 8/8h ou 300 mg 12/12h
1 g 12/12h
0,75 mg 8/8h
1 g 12/12h
0,75 mg 8/8h
Vancomicina
Zalcitabina
400 mg 72h
0,75 mg 1x/d
1 g 4-7d
1500 mg/50 mg 12/12h
1x/d
não se sabe - evitar
200 mg 8/8h ou 100 mg 8/8h
300 mg 12/12h
0,75 mg 12/12h
1 g 24-96h
8/8h
1500 mg/50 mg 6/6h
6/6h
Ticarcilina + 3 g/100 mg 6/6h
3 g/100 mg 6/6h
ác. clavulânico
Tetraciclina
Terbinafina
250-500 mg/d
250-500 mg/d
250-500 mg/d
Teicoplanina
Sulfametoxazol + 8/8h
12/12h
18/18 h
1x/d
Trimetoprim
600 mg/d
4 g/500 mg 6/6h
1x/d
Piperacilina + 4 g/500 mg 6/6h
Tazobactam
4-24 milhoes/d
1x/d
Penicilina
Pentamidina
400 mg 12/12h
400 mg 12/12h
200 mg 12/12h
200 mg 1x/d
Ofloxacino
Droga
100 mg/cp ou
10 mg/ml
0,75 mg / cp
500 mg/amp
3 g/100 mg/amp
250 mg/cp
125-250 mg/cp
200 ou 400 mg/amp
400 mg + 80 mg /cp ou amp
300 mg/cp
500 mg/d
4 g/500 mg/amp
300 mg/amp
variável
200 mg/cp ou
400 mg/amp
Apresentação HC
ver texto
dar após diálise
Observações
Doses
de Antimicrobianos
Recomendações para Prevenção
de Infecção
Hospitalar
193
Doses de Antimicrobianos
Recomendações
para Prevenção de Infecção Hospitalar
Função hepática alterada
Antibióticos metabolizados no fígado, sem necessidade de ajuste no
hepatopata grave
 Amoxacilina-clavulanato
 Azitromicina
 Aztreonan
 Cefalotina
 Cefotaxima
 Ceftriaxone
 Claritromicina
 Fluconazol
 Levofloxacino
 Oxacilina
 Telitromicina

 Antibióticos metabolizados no fígado, com necessidade de ajuste no
hepatopata grave
ANTIBIÓTICO
• Caspofungina
• Clindamicina
• Cloranfenicol
• Itraconazol
• Metronidazol
• Quinupristina/dalfopristina
• Voriconazol
Dose
• 35 mg/dia na doença hepática moderada
Sem dados na doença grave
• Diminuir 30%
• Atingir nível sérico 5-20ug/ml
• Diminuir 50%
• 6mg/kg12/12hs 2 dias
• 2mg/Kg 12/12hs
• Sem dados na doença grave
 Antibióticos metabolizados no fígado com contra-indicação relativa no
hepatopata grave
 Cefotetan
 Cetoconazol
 Eritromicina
 Moxifloxacino
 Sulfonamidas
 Tetraciclinas
194
SUMÁRIO
Doses
Antimicrobianos
Recomendações para Prevenção
de de
Infecção
Hospitalar
Uso de Anti-infecciosos na Gestação
ANTIBIÓTICOS
USO NA GESTAÇÃO
(CATEGORIA FDA*)
USO NA LACTAÇÃO
(OMS)**
COMENTÁRIOS
Aminoglicosídeos
Amicacina, Gentamicina, D
S
Netilmicina,Tobramicina, Estreptomicina
• Se uso inevitável preferencial
gentamicina, pois há mais estudos
de seu uso durante a gestação,
sem relatos de teratogenicidade
• Compatível com aleitamento
materno
β-lactâmicos
Penicilinas, penicilina com B
S
inibidor de β-lactamase,
cefalosporinas, aztreonam
• Reação alérgica é o principal problema: indução de parto prematuro
por liberação de histamina
• Pequena excreção no leite materno: possíveis efeitos para o neonato
como modificação na flora intestinal
e reações alérgicas
• Ticarcilina: pode ser teratogênica
para roedores, devendo ser evitadas
em gestantes
• Piperacilina: usada entre 24 e 35
semanas em ruptura prematura de
membranas: não foram observados
efeitos adversos maternos ou fetais.
Pouco excretada no leite e considerada compatível com amamentação
• Em estudo com grande número de
pacientes, o uso de amoxacilinaclavulato foi associado com uma taxa
significativamente alta de enterocolite necrotizante neonatal
• Aztreonam: estudos inconclusivos
no 1º trimestre da gestação: potencial teratogênico não estabelecido
Imipenem-cilastatina
C
ND
Meropenem
B
?
• Carbapenens: estudos animais não
demonstraram teratogenicidade, mas
aumento de abortos espontâneos
• Não encontramos na literatura estudos que expliquem a diferença na
categorização entre meropenem e
imipenem
Cloranfenicol
C
E
• Sd do bebê cinzento:
– Fígado do RN não faz a conjugação
da droga: altas concentrações de
droga livre
SUMÁRIO
195
Recomendações
para Prevenção de Infecção Hospitalar
Doses de Antimicrobianos
Uso de Anti-infecciosos na Gestação (cont.)
ANTIBIÓTICOS
USO NA GESTAÇÃO
(CATEGORIA FDA*)
USO NA LACTAÇÃO
(OMS)**
Clindamicina
B
E
Linezolida
C
COMENTÁRIOS
Macrolídeos
Eritromicina, Azitromicina
B
• Eritomicicina:
- Não utilizar a formulação estolato
devido ao riso de hepatotoxicidade
- Compatível com amamentação
Espiramicina
• Espiramicina:
– Difusão pela placenta é incomum,
entretanto se concentra na placenta e
alcança concentrações suficientes
para diminuir a transmissão de
toxoplasmose
– Não trata o feto infectado
– Ausência de relatos de alterações
fetais
– Excretado no leite materno em
concentrações bacteriostáticas
Claritromicina
C
• Claritromicina
– Poucos estudos e resultados
contraditórios:
– Passagem pela placenta em grandes
quantidades
– Base fraca, com concentração no
leite materno podendo ter efeitos no
TGI do RN
Metronidazol
B
E
• Incompatível com aleitamento
materno
Nitrofurantoína
B
S
• Ausência de relatos de efeitos
teratogênicos
• Seguro mesmo no 1º trimestre
• Evitar uso próximo ao parto (risco
de anemia hemolítica em RN com
deficiência de G6PD)
• Compatível com a lactação, mas a
OMS recomenda evitar uso no 1º
mês de lactação, em prematuros,
deficiência de G6PD e icterícia
Polimixinas
196
C
SUMÁRIO
Doses
de Antimicrobianos
Recomendações para Prevenção
de Infecção
Hospitalar
Uso de Anti-infecciosos na Gestação (cont.)
ANTIBIÓTICOS
USO NA GESTAÇÃO
(CATEGORIA FDA*)
USO NA LACTAÇÃO
(OMS)**
COMENTÁRIOS
Quinolonas
Ciprofloxacino,
C
E
Ofloxacino,Levofloxacino,
Moxifloxacino, Norfloxacino
• Alta concentração em líquido
amniótico e sangue do cordão
umbilical
• Segurança do uso na gravidez é
controverso: Estudos em animais:
desenvolvimento de artropatias e
alterações ósseas e de peso em roedoresEstudos em humanos: não houve demonstração de alterações articulares e estudos incluindo RN de
mulheres expostas no 1º trimestre
não mostraram aumento no risco de
mal-formações
• Concentrações menores passam
para o leite materno. Ofloxacino e
norfloxacino: menor concentração no
leite materno
Ácido nalidíxico
E
• Ácido Nalidixico:
– Não passa a placenta
– Sem efeitos teratogênicos (animais/
humanos)
– Ação sobre ácidos nucleicos: evitar
1º trimestre da gestação
– Não é recomendado na lactação
– Indução de anemia hemolítica e
depressão medular
– Evitar em RN com deficiência de
G6PD
Sulfonamidas/Trimetropin
C
Ver comentários
• Pode competir com a bilirrubina
nos sítios de ligação de albumina,
quando administrado no final da
gestação: aumenta o risco de
kernicterus
• Pode causar anemia no RN devido à
deficiência de G6PD
• Sulfadiazina: evitar na amamentação, especialmente em <1mês
• Cotrimoxazol: Compatível, evitar
em prematuros e em <1 mês e
deficiência de G6PD
Tetraciclinas
D
Teicoplanina
?
SUMÁRIO
• Droga não aprovada pelo FDA
197
Recomendações
para Prevenção de Infecção Hospitalar
Doses de Antimicrobianos
Uso de Anti-infecciosos na Gestação (cont.)
ANTIBIÓTICOS
USO NA GESTAÇÃO
(CATEGORIA FDA*)
USO NA LACTAÇÃO
(OMS)**
Vancomicina
C
ND
198
SUMÁRIO
COMENTÁRIOS
• Potencial risco para ototoxicidade e
nefrotoxicidade fetal
• Sd do homem vermelho: grande
liberação de histamina pode levar a
contração uterina intensa podendo
levar a parto prematuro
Doses
Antimicrobianos
Recomendações para Prevenção
de de
Infecção
Hospitalar
Uso de Anti-infecciosos na Gestação (cont.)
ANTIFÚNGICOS
USO NA GESTAÇÃO
(CATEGORIA
FDA*) USO NA LACTAÇÃO
(OMS)**
COMENTÁRIOS
Anfotericina B B
ND
deoxicolato e formulações lipídicas
• Não há relato de toxicidade
durante a gravidez
• Poucos dados sobre uso na
lactação
• As formulações lipídicas tem menor
tamanho e altas maiores concentrações sangüíneas são detectadas,
podem ser fatores de passagem para
o leite materno e para o feto.
Caspofungina
C
• Não há estudos adequados em
mulheres grávidas
• Evidências de embriotoxicidade em
animais (ossificação incompleta do
crânio, aumento da reabsorção
óssea)
• Apresenta difusão placentária em
animais
• Excreção pelo leite
Fluconazol, C
Fluconazol compatível
Itraconazol,
Cetoconazol
• Não devem ser usados na gestação:
evidências de teratogenicidade.
Sérios riscos de mal formações com
Voriconazol e Cetoconazol
Voriconazol
D
Flucitosina
C
Terbinafina
B
ND
SUMÁRIO
199
Doses de Antimicrobianos
Recomendações
para Prevenção de Infecção Hospitalar
Uso de Anti-infecciosos na Gestação (cont.)
ANTIPARASITÁRIOS
USO NA GESTAÇÃO
(CATEGORIA
FDA*) USO NA LACTAÇÃO
(OMS)**
Albendazol
C
S
Atovaquone
C
Cloroquina
C
Ivermectina
C
Mebendazol
C
S
Mefloquina
C
E
Pentamidina
C
ND
Pirimetamina
C
Praziquantel
B
Quinidina
C
S
S
Quinino
X
S
200
COMENTÁRIOS
SUMÁRIO
Monitorar hemólise, icterícia
especialmente em prematuros e em
<1 mês
Doses
Antimicrobianos
Recomendações para Prevenção
de de
Infecção
Hospitalar
Uso de Anti-infecciosos na Gestação (cont.)
ANTIVRAIS
USO NA GESTAÇÃO
(CATEGORIA
FDA*) USO NA LACTAÇÃO
(OMS)**
COMENTÁRIOS
Aciclovir, Fanciclovir,
B
Aciclovir Valaciclovir
compatível
• Uso de aciclovir é preferido, pois
há mais estudos quanto a sua
segurança na gestação.
Amantadina e C
Rimantadina
• Nenhum estudo humano
adequado foi realizado
• Crianças expostas apresentaram
alterações cardio-vasculares
Cidofovir
C
Foscarnet
C
Ganciclovir
• Apenas 1 relato de caso do uso de
foscarnet como tratamento em uma
gestante na 32º semana de gestação
não resultou em alterações para o
RN
• Uso na gestação deve ser reservado
para infecções com ameaça à vida
materna, onde o foscarnet é a única
opção
C
Interferon
C
• Há poucos relatos com relação a
gestações de sucesso em mulheres
que foram tratadas com IFN no
tratamento de LMC e HCV durante a
gestação
Oseltamivir
C
• Estudos animais demonstram
alterações esqueléticas mínimas em
roedores de ambas as medicações
• Nenhum estudo humano
adequado foi realizado
Zanamivir
B
Ribavirina
X
* Categoria A: Estudos controlados em gestantes não apresentaram risco fetal; portanto uso seguro;
Categoria B: Estudos feitos em animais não demonstraram risco, porém não há estudos em humanos ou
animais reprodutivos controlados demonstrando efeitos adversos; usar com cautela;
Categoria C: Estudos em animais mostrando efeitos adversos (teratogênico, embriocida, etc.) e não há estudos
em humanos ou não há estudos controlados em humanos e animais; só usar se o benefício justificar o risco;
Categoria D: Há evidencia de risco fetal em humanos; só usar se o benefício eventualmente justifica o risco;
Categoria X: Há demonstração em estudos animais e humanos de elevado risco de anormalidades fetais;
droga contra-indicada
** S: compatível com amamentação
E: evitar durante amamentação
ND: sem dados disponíveis
SUMÁRIO
201
202
Reconstituição 12h temp.amb
1 hora ou mais
sob refrigeração
para preservar
pode precipitar,
danos renais com
mas se dissolve
adequada hidratação
em temp.amb
IV lento - 5min para
doses até 500mg e
10 a 15 min para
doses que excedam
100 mg/ml
IV – infusão de
4 a 8 horas
50 - 100 ml
SG 5%
SF 0,9%
Ringer solução
e lactato
Ampicilina 1g
IM – 3,5ml de água
Não requer
Não requer
Fr/amp
destilada estéril 1 hora em
temp. amb
IV – 10ml de água
4h sob 100 ml* SF 0,9% SF 0,9% - 8h à
destilada estéril
refrigeração
Glicose pode ser temp. amb e 48h
ou bacteriostática utilizada, mas sob refrigeração.
inativa-se rapida-
-mente a temp. SG 5% - 4 horas
amb.
temp.amb
12h temp. amb.
Sob refrigeração
pode precipitar,
mas se dissolve em temp. amb
IM – Glúteos ou parte
lateral da coxa
IV continua - 30 a
60 min em adultos ou
crianças 1 a 2 horas
em recém-nascidos
10 ml de água
destilada estéril Obs: não usar água
bacteriostática, pois
poderá precipitar
a solução
Amicacina 500mg Não requer
Não requer
Com 100 ou
24h temp.amb
Solução injetável
200 ml de;
2 dias sob
Glicose 5%, refrigeração
SF 0,9%
Ringer lactato Aciclovir
Fr/amp
<7mg/ml diminui
risco de flebite
10mg/ml –
quando restrição
hídrica
Concentração
infusão
Observações
Tempo de infusão
Estabilidade
Produto/forma
farmacêutica
Reconstituição Estabilidade
Diluição Estabilidade
Doses
Recomendações
de Antimicrobianos
para Prevenção de Infecção Hospitalar
Tabela de diluição de antimicrobianos
SUMÁRIO
Reconstituição SUMÁRIO
Se exceder 2 horas
de infusão, agitar
a bolsa.
Incompatível com
SF 0,9% (causa
precipitação da
anfotericina)
Entre 2 e 6 horas
Incompatível com
SF 0,9% (causa
precipitação da
anfotericina)
Anfotericina B 20 ml de água
24h em temp.
Com 250 a
24h em temp. amb
complexo lipídico
destilada estéril
amb
500ml de
Fr/amp
7 dias sob
SG 5%
48h sob
refrigeração
refrigeração
Anfotericina B 10 ml de água
24h em temp.
Com 250 a
dispersão coloidal
destilada estéril
amb
500ml de SG 5%
Fr/amp
(concentração
7 dias sob
final de 5mg/ml)
refrigeração
24h em temp. amb
(sem proteção
da luz)
14 dias protegido
da luz.
Entre 2 e 6 horas
Incompatível com
SF 0,9% (causa
precipitação da
anfotericina)
Proteger da luz
Bolus – 3 min
Infusão - entre
15 e 30 min
Anfotericina B
10 ml de água
24h em temp.
Com 250 a
24h a temp.amb.
Fr/amp
destilada estéril, amb
500ml de
2 dias sob
não bacteriostática 7 dias sob
SG 5%
refrigeração
refrigeração
Ampicilina IM – 2,7 ml água
sódica+sulbactam estéril com lidocaína
Não requer
Não requer
Fr/amp
a 0,5% ou 2%
8h em temp.amb
IV – 3,2 ml de água 48h sob
50 ml a 100 ml 8h temp. amb
destilada estéril refrigeração
SF 0,9% 48h sob refrigeração
50 ml a 100 ml 4h temp.amb SG 5%
4h sob
refrigeração
≤ 2,5mg/ml em
cateter central
≤ 0,1mg/ml em
veia periférica
≤ 2,5 mg/ml em
cateter central
≤ 0,1mg/ml
em veia periférica
Concentração
infusão
Observações
Tempo de infusão
Estabilidade
Produto/forma
farmacêutica
Reconstituição Estabilidade
Diluição Estabilidade
Doses
de Antimicrobianos
Recomendações para Prevenção
de Infecção
Hospitalar
Tabela de diluição de antimicrobianos (cont.)
203
204
Reconstituição 4 ml de lidocaina
24h a temp.amb Não requer
Não requer
a 1%
Benzilpenicilina benzatina e procaine
Fr/amp
SUMÁRIO
Aplicar em Glúteos
ou parte lateral
da coxa
Não administrar
IV ou SC
IM - Glúteos ou parte
lateral da coxa (até
100.00UI/ml)
IV continua (24h) 10 milhões de UI
IV lenta - 1 a 2h
Pode ser dada ainda
por infusão intratecal,
intraarticular,
intrapleural
IM – 3 ml de água
Não requer
Não requer
24h.temp.amb
Benzilpenicilina benzatina
destilada estéril
7 dias sob
Fr/amp
refrigeração
Benzilpenicilina 5 ml de água
7 dias sob
50 ml a 100 ml
Uso imediato
potássica cristalina destilada estéril
refrigração
de: SF 0,9%
temp. amb
Fr/amp
SG 5% ou SF 0,9%
SG 5%
24h sob
10 milhões de UI refrigeração
diluir entre 1 a 2 litros.
Ringer Lactato
Obter 300,000UI/ml
IV - não administrar
Outros medica-mentos não devem
ser infundido
simultaneamente
4,8 ml de água
24h em temp.amb
destilada estéril (concentração final de 100 mg/ml)
Azitromicina
Fr/amp
Com 250 a
24h a temp.amb
500 ml de SG 5%
Ringer Lactato
7 dias sob
SF 0,9%
refrigeração
Infusão controlada
em 120 min, pode
ser diminuída se to-lerada para 60 min
Incompatível com
SF 0,9% (causa
precipitação da
anfotericina)
Anfotericina B 10 ml de água
24h em temp.amb Com 250 a
6h a temp.amb
lipossomal
destilada estéril
500 ml de
Fr/amp
7 dias sob
SG 5%
11 dias sob
refrigeração
refrigeração
0,2 – 2 mg/ml
Concentração
infusão
Observações
Tempo de infusão
Estabilidade
Produto/forma
farmacêutica
Reconstituição Estabilidade
Diluição Estabilidade
Doses
Recomendações
de Antimicrobianos
para Prevenção de Infecção Hospitalar
Tabela de diluição de antimicrobianos (cont.)
Reconstituição SUMÁRIO
Bolus – 3 a 5 min
Infusão - uso intermi-
-tente por aproxima-damente 30 min
50 a 100 ml
24h a temp.amb
Ringer lactato
7 dias sob
com SG 5% e 10% refrigeração
SF 0,9%
Não requer
Cefepime
IM – 2,4 ml de
Fr/amp
solução lidocaina a 1%
24h a temp.amb
7 dias sob
IV – 10 ml de água refrigeração
destilada estéril e bacteriostática
Não requer
Cor amarelada
Bolus – após recons-tituição de 3 a 5 min.
IV– infusão intermi-tente 30 a 60 min
IM – em Glúteos ou
parte lateral da coxa
100 ml
24h temp.amb
Infusão lenta
SF 0,9%
48h sob
em 1 hora
Não usar SG 5% refrigeração
Cefazolina 1g
IM – 2,5 ml
Não requer
Não requer
Fr/amp
Lidocaina a 1% Cor amarelada – s/vasoconstritor
pode ocorrer e não
24h a temp.amb
significa perda de
10 dias sob
potência
refrigeração
IV – 10 ml de água
50 a 100 ml
24h temp.amb
destilada estéril Glicose 5%
96h sob
água bacterisostática
SF 0,9%
refrigeração
SF 0,9%
Ringer solução e lactato Caspofungina 10 ml de SF 0,9% ou 1h temp. amb
Solução injetável
água destilada estéril
1 – 40 mg/ml
10 – 20 mg/ml
0,2 a 5 mg/ml
Concentração
infusão
Observações
Tempo de infusão
Estabilidade
Produto/forma
farmacêutica
Reconstituição Estabilidade
Diluição Estabilidade
Doses
de Antimicrobianos
Recomendações para Prevenção
de Infecção
Hospitalar
Tabela de diluição de antimicrobianos (cont.)
205
206
Reconstituição IV – infusão rápida
3 a 5 min
infusão intermitente
de 15 a 30 min.
Não administrar com
aminiglicosídeo na
mesma bolsa
Bolus - Infusão entre concentração final
3 a 5 min
não exceder
Infusão intermitente 40mg/ml
e continua em 30 e
60 min.
Cefoxitina sódica
IM – 2 ml de água
destilada estéril ou
Fr/amp
lidocaina 1% sem
vasoconstritor
24h temp.amb
IV - entre 10 e 20 ml 48 h sob
50 a 100 ml
24h temp. amb;
de água destilada refrigeração
SG 5% e 10%
1 semana sob
estéril
Ringer Lactato refrigeração
SF 0,9%
IM – aplicar entre
3 a 5 min
Cefotaxima sódica IM – 3 ml de água
destilada estéril ou Fr/amp
lidocaina 1% sem vasoconstritor
24h temp. amb
7 dias sob
IV - 10 ml de água refrigeração
50 a 100 ml
Com SG 5% e
destilada estéril
13 semanas no
SG 5% e 10%
SF 0,9% 24h
freezer
SF 0,9%
temp. amb e 5 dias sob refrigeração
Demais uso imediato
Concentração
infusão
Observações
Tempo de infusão
Estabilidade
Produto/forma
farmacêutica
Reconstituição Estabilidade
Diluição Estabilidade
Recomendações
Doses de Antimicrobianos
para Prevenção de Infecção Hospitalar
Tabela de diluição de antimicrobianos (cont.)
SUMÁRIO
Reconstituição SUMÁRIO
Bolus – 2 a 4min
Infusão intermitente
de 15 a 30min
Não adminstrar
com aminiglicosídeo
na mesma bolsa
Administrar em
Glúteos ou parte
lateral da coxa
IM – Glúteos ou
parte lateral da coxa
Ceftriaxona sódica 10 ml de água
3 dias em temp.
50 a 100 ml em Contendo 100 mg/ml
destilada estéril amb dias sob Ringer solução
é estável 3 dias a
Fr/amp
refrigeração
e lactato
temp. amb e
SG 5% e 10%
10 dias sob
SF 0,9%
refrigeração
Ceftriaxona+
3,6 ml da solução
Não requer
Não requer
Não requer
de lidocaina a 1%
lidocaina 1%
Fr/amp
Cefuroxima IM – 3 ml de água
Não requer
Não requer
destilada estéril ou
sódica 750 mg
Fr/amp
lidocaina a 1%
24h temp. amb
IV – 8 ml de água
48h sob 50 a 100 ml
Estável 24 temp.
destilada estéril
refrigeração
SG 5%
amb.
Bolsa – 100ml
SF 0,9%
7 dias sob
Glicose 10%
refrigeração
Ringer simples
e lactato
Bolus - de 3 a 5 min
Para infusão intermi-tente ou continua
de 15 a 60 min
Bolus - entre 3 a 5 min
infusão intermitente
de 30 a 60 min.
Não adminstrar
com aminiglicosídeo
na mesma bolsa.
IM – Glúteos ou
parte lateral da coxa
Ceftazidima
IM – entre 1,5 e 3 ml
Fr/amp
água bacteriostática com lidocaina a 1%
24h a temp. amb
IV – entre 5 a 10 ml 7 dias sob 50 a 100 ml
24h a temp.amb
de água destilada
refrigeração
SG 5%
10 dias sob
estéril Ringer solução refrigeração
e Lactato
SF 0,9%
1 a 30 mg/ml
100 mg/ml
10 a 40 mg/ml
1 - 40 mg/ml
Concentração
infusão
Observações
Tempo de infusão
Estabilidade
Produto/forma
farmacêutica
Reconstituição Estabilidade
Diluição Estabilidade
Doses
de Antimicrobianos
Recomendações para Prevenção
de Infecção
Hospitalar
Tabela de diluição de antimicrobianos (cont.)
207
208
Reconstituição Não deve ser admi-
-nistrado IM ou IV
direto
Infusão intravenosa
em 60 min
10ml de água
24h temp.amb
100 – 250ml
6h temp.amb
Claritromicina
Fr/amp
destilada estéril 48h sob SG 5%
24h sob
refrigeração
SF 0,9%
refrigeração
SUMÁRIO
não exceder
100mg/ml
30dias em
100ml de SG 5% 30 dias temp.amb
Cloranfenicol sódio 10ml de água
succinato
destilada estéril
temp.amb.
SF 0,9% Fr/amp
ou SG 5%
Para infusão IV ou
intermitente
Mudança de coloração
não significa perda
de eficácia
IM – não mais de
600mg
IV - não ultrapassar
concentração de
30mg/ml
Achei 18mg/ml
Clindamicina
Não requer
Não requer
100ml
16 dias temp. amb Não administrar IV
SG 5% e 10%
em bolus
Solução injetável
SF 0,9%
Infusão intermitente
(mínimo de 50ml)
entre 20 a 60 min
Infusão continua 2mg/ml
Infusão em 60 min – Concentração 0,5
redução de riscos de a 2mg/ml
irritação venosa.
Infusão em 60 min – Concentração não
redução de riscos de ultrapassar 2mg/ml
irritação venosa.
5mg/kg
(recomendada)
3mg/kg
(insuficiência
renal- ajuste)
Bolsas de 100ml
Não requer
200mg – 100ml
Ciprofloxacino
Solução injetável
disponíveis para uso
de SG 5%
Diluição de 0,5 –
2mg/ml – estável
Ciprofloxacino
Fr/amp de 20 e 40ml Não requer
50 a 100ml
14 dias a temp.amb
Fr/amp
(para diluição)
SF 0,9%
SG 5%
Ringer lactato
Cidofovir
Não requer
Não requer
100ml
24h temp. amb
IV - 1 hora (deve ser
Solução injetável
SF 0,9%
administrado com
probenicida)
Concentração
infusão
Observações
Tempo de infusão
Estabilidade
Produto/forma
farmacêutica
Reconstituição Estabilidade
Diluição Estabilidade
Recomendações
Doses de Antimicrobianos
para Prevenção de Infecção Hospitalar
Tabela de diluição de antimicrobianos (cont.)
Reconstituição SUMÁRIO
2- 4 semanas sob 100ml
24h temp.amb
refigeração, SF 0,9%
escurecida não perde a potencia
Fluconazol
Solução injetável
Pronto para uso
Não requer
50 a 100ml
14 dias em
Obs: quando não 48h
SF 0,9%
temp.amb
em bolsas SF 0,9%
(100ml)
≤ 12mg/ml – veia
periférica
≤ 24mg/ml – veia
central
≤ 20mg/ml
Inalatório –
50-75 mg
IM/IV – 2,5 a
5,0 mg /kg/dia
IV – de 60 a 120 min não exceder
Não usar se
concentração
precipitado
de 200mg/100ml
Foscarnet
Não requer
Não requer
50 a 100ml
24h temp.amb
Não administrar
(guardar em SG 5%
30 dias sob
em bolus ou
Solução injetável
temp.amb)
SF 0,9%
refrigeração
injeção rápida
5 ml de água
Estreptomicina
Fr/amp
destilada estéril IM – Glúteos ou
parte lateral da coxa
IV – infundir de
30 a 60 min
IM – Glúteos ou
parte lateral da coxa
IV – Infundir
em 30 min
IV - 6h temp. amb
24h sob refrigeração
(usar até 4h após
retirada)
Não freezer
Ertapenem sódico
Fr/amp
IM – 3,2 ml de
IM – 1h
IV – 50 ml de
lidocaina 1% sem SF 0,9%
epinefrina IV – 10ml de água
destilada estéril SF 0,9% ou água
bacteriostática
IM – Glúteos ou
parte lateral da coxa
IV – infusão rápida
de 3 a 10 min
intermitente ou continua em 30 min
(cateter central)
Colistimetato sódico IM/IV - 2 ml de água Não requer
50 a 100ml
24 horas
1.000.000UI
destilada estéril
SG 5% e 10%
Fr/amp
Ringer
Inalatório – 3 a 4ml
Ringer lactato
de SF 0,9%
SF 0,9%
Concentração
infusão
Observações
Tempo de infusão
Estabilidade
Produto/forma
farmacêutica
Reconstituição Estabilidade
Diluição Estabilidade
Doses
Antimicrobianos
Recomendações para Prevenção
de de
Infecção
Hospitalar
Tabela de diluição de antimicrobianos (cont.)
209
210
Reconstituição SUMÁRIO
IM - em Glúteos ou
parte lateral da coxa
SF 0,9% - 10h
IV- infusão intermi-
não exceder
temp. amb ou
tente de 20 a 30 min 5mg/ml
48 h sob
refrigeração
Glicose - 4 h temp.
amb e 24h sob
refrigeração)
IM – 2 a 3ml com
1h temp. amb
Não requer
Não requer
lidocaina a 1%
(sem epinefrina)
Para infusão usar
≤ 10 mg/ml
filtro
Precauções de
quimioterapia
Infusão em 60 min
Não administrar
IM, SC, rapidamente ou em bolus Diluição entre 50 24h em temp.amb IM – diretamente
e 200ml de:
96 h sob
IV – infusão entre
SG 5% e 10%
refrigeração
30 e 120min
Emulsão
lipídica10%
SF 0,9%
Imipenem+
IV - diretamente
10h temp.amb.
IV – 100ml
na bag (100ml)
48h sob
SG 5% e 10%
cilastatina sódica
refrigeração
SF 0,9%
Formulação intravenosa
Fr/amp
Imipenem+
cilastatina sódica
Formulação intramuscular
Fr/amp
Gentamicina
Não requer
Não requer
Solução injetável
Ganciclovir
10ml de água
12h temp.amb
100ml de:
5 dias em temp.
destilada estéril Não recomendado SG 5%
amb ou refrigera-
Fr/amp
não bacteriostática refrigeração 60
SF 0,9%
ção não pode
(concentração final dias em freezer
ser congelado
de 50mg/ml)
Concentração
infusão
Observações
Tempo de infusão
Estabilidade
Produto/forma
farmacêutica
Reconstituição Estabilidade
Diluição Estabilidade
Recomendações
Doses de Antimicrobianos
para Prevenção de Infecção Hospitalar
Tabela de diluição de antimicrobianos (cont.)
Reconstituição SUMÁRIO
IV bolus – 3 a 5 min
(volume de 5 a 20ml)
IV infusão –
15 a 30 min
Infusão continua
(24h)
Infusão intermitente
em 1 hora
SF 0,9% - 2h temp.
amb e 18h sob
refrigeração.
Em mini bags 24h
SG 5% - 1h em
temp. amb e 18h
sob refrigeração,
em mini-bag
6 horas
Meropeném
Fr/amp
Não requer
Não requer
50 a100ml
24h temp.amb
Metronidazol
Solução injetável
SG 5%
Pode precipitar se
SF 0,9%
refrigerado
50mg/ml
- protegido da luz
- IV – infusão entre
30 a 120 min
- não misturar com
outra medicação
- cor amarelada não
diminuição da potência
Linezolida
Não requer
Não requer
50 a 100ml
Solução injetável
SF 0,9%
SG 5%
Ringer Lactato
500mg – 10ml de
2h temp.amb
50 a 250ml:
água destilada estéril 12h sob
SF 0,9%
1g – 20ml de água refrigeração
SG 5%
destilada estéril Obs; pode ser recons-
-tituído diretamente 100ml de
SF 0,9% SG 5%
IV – em 60 min (in-fusão em bolus risco
de hipotensão)
Não administrar em
cateter que se admi-nistrou misturas contendo magnésio,
cálcio( cátions
multivalentes).
Em bolsas - não
Não requer
Em bolsas não
72h à temp.amb
Levofloxacino
Solução injetável
requer
requer
14 dias sob
Fr/amp – 500mg 80ml: de SF 0,9% refrigeração
em 20ml SG 5%
6 meses em
freezer
Concentração
infusão
Observações
Tempo de infusão
Estabilidade
Produto/forma
farmacêutica
Reconstituição Estabilidade
Diluição Estabilidade
Doses
Antimicrobianos
Recomendações para Prevenção
de de
Infecção
Hospitalar
Tabela de diluição de antimicrobianos (cont.)
211
212
Reconstituição IV – infusão em
60 min
- não infundir
rapidamente ou
em bolus
IV – administrar em
60 min
Infundir separada-mente
Não usar linhas que
se administrou sais
de magnésio ou cálcio
IM – Glúteos ou
parte lateral da coxa
profundo
IV rápida – 10 min
IV intermitente –
30 min
IV – continuo (24h).
IV – infusão lenta em 60 min
Não usar SF 0,9% causa precipitação.
Não deve ser admi-nistrada em infusão
rápida.
Moxifloxacino
Não requer
Não requer
Não requer
Não requer
Solução injetável
Ofloxacino
Não requer
Não requer
SG 5%
72h em temp.amb
Solução injetável
SF 0,9%
14 dias sob
Manitol 20%
refrigeração
6 meses e, freezer
Oxacilina
IM - 2,8 ml de água
Não requer
Não requer
Fr/amp
destilada estéril
SF 0,9%
3 dias temp. amb
IV - 5ml de água
7 dias refrigeração 50 a 100ml
24 horas temp. amb
destilada estéril
SF 0,9%
7 dias sob
SG 5%
refrigeração
Pentamidina
IM - 3ml de água
48h temp.amb
50 a 250ml de:
24h temp.amb
Fr/amp
destilada estéril não requer
SG 5%
IV - 3 a 5ml de proteção da luz
água destilada estéril SG 5%
1 a 2,5mg/ml
Concentração
infusão
Observações
Tempo de infusão
Estabilidade
Produto/forma
farmacêutica
Reconstituição Estabilidade
Diluição Estabilidade
Recomendações
Doses de Antimicrobianos
para Prevenção de Infecção Hospitalar
Tabela de diluição de antimicrobianos (cont.)
SUMÁRIO
Reconstituição SUMÁRIO
Uso imediato
temp.amb
1 semana sob
refrigeração
IM – 2ml de água
72h sob
300 a 500ml – Uso imediato
destilada estéril, refrigeração
SG 5%
SF 0,9%, ou 1% com solução de procamina -não manter em
IV – 10ml de água temp.amb
destilada estéril
SF 0,9%
Intratecal – 10ml
de SF 0,9% 24h em temp.amb 50 ml a 150ml de:
48h sob
SG 5%
refrigeração
SF 0,9%
SG 5% ou SF 0,9% (30 dias em freezer)
Sulfametoxazol+
Não requer
Não requer
125 a 250ml
6h em 125ml
trimetropina
SF 0,9%
4h em 100ml
Solução injetável
SG 5%
2h em 75ml
(uso imediato não refrigerar)
Polimixina B
Fr/amp
Piperaciclina+
20ml de água
tazobactam
destilada estéril
Fr/amp
Infusão cada 5ml
deve ser diluído em
75, 100 ou 125ml
Deve ser administrado
entre 60 a 90 min
(pode ser em cateter
central)
Não absorção em bags
IM – Glúteos ou
parte lateral da coxa
IV – infusão continua
entre 60 a 90 min
(gotejamento)
Infusão intermitente
por 30 min
IM – não usar
Concentração
infusão
Observações
Tempo de infusão
Estabilidade
Produto/forma
farmacêutica
Reconstituição Estabilidade
Diluição Estabilidade
Doses
de Antimicrobianos
Recomendações para Prevenção
de Infecção
Hospitalar
Tabela de diluição de antimicrobianos (cont.)
213
214
Reconstituição 50ml
Uso imediato
Não requer
Não requer
SG 5%
Ringer lactato
SUMÁRIO
Infusão intravenosa
entre 30 a 60 min
Infusão intermitente
em 30 min
Tigeciclina
Solução injetável
SF 0,9% - 24
temp. amb, 7 dias
sob refrigeração
SG 5% – 24h em
temp.amb, 3 dias
sob refrigeração
50 a 100ml de:
SG 5%
SF 0,9%
(obter concen-
-tração de 10 a
100mg/ml)
Fr/amp - 13 ml de
6h temp.amb
água destilada estéril 72h sob
SF 0,9%
refrigeração
Bolsas – 50 a 100ml de SF 0,9%, SG 5% ou Ringer lactato)
Tircacilina+
ácido clavulânico
Fr/amp
IM- Glúteos ou
parte lateral da coxa.
50 a 100ml
IV – administrada
SG 5%
em bolus ou infusão
SF 0,9%
intermitente em
Água estéril para 30 min
injeção
Ringer lactato
IM – 3ml de
Não requer
lidocaina 1% sem epinefrina
IV – 10ml de água
24h sob destilada estéril
refrigeração
Teicoplamina
Fr/amp
Concentração
infusão
Observações
Tempo de infusão
Estabilidade
Produto/forma
farmacêutica
Reconstituição Estabilidade
Diluição Estabilidade
Recomendações
Doses de Antimicrobianos
para Prevenção de Infecção Hospitalar
Tabela de diluição de antimicrobianos (cont.)
Reconstituição SUMÁRIO
IV – Infusão intermi-
-tente em 60 min
(extravasamento
irritação local ou
tromboflebites ou
necrose).
IV – infusão continua
(volume para 24h)
Infundir entre 1 a
2 horas (não exceder
3mg/kg/h)
Vancomicina 500mg 10ml de água
14 dias em temp. 500mg em 100 ml 24h em temp. amb
Fr/amp
destilada estéril amb ou refrigeração 1000mg em
7 dias sob
até 200ml de:
refrigeração
SG 5% e 10%
Obs. Em ringer
SF 0,9%
lactato, sol. glico-
-fisiológicas – 96h sob refrigeração.
Voriconazol
Fr/amp
19 ml de água
24h sob
Não requer
Não requer
destilada estéril refrigeração
(10mg/ml)
IV- infusão intermi-tente entre 20 a
60 min (não deve ser
abaixo de 20 min).
Não absorção no
plástico das bags.
Adminstrar 1h após
penicilinas ou
cefalosporinas
Crianças o volume
deve ser proporcional
ao peso.
IM – Glúteos ou
parte lateral da coxa
Tobramicina
IM – 2ml de lidocaina
Não requer
Não requer
Fr/amp
1% sem epinefrina ou água destilada
estéril
24h temp.amb
IV – 30ml de água
96h sob 50 a 100ml de:
48h temp.amb. destilada estéril
refrigeração
SG 5% a 10%
ou refrigeração
Ringer
Ringer Lactato
SF 0,9%
3,5 a 5 mg/ml
≤ 5mg/ml
(acima pode
causar
tromboflebite)
IM - Não usar
6mg/ml
Concentração
infusão
Observações
Tempo de infusão
Estabilidade
Produto/forma
farmacêutica
Reconstituição Estabilidade
Diluição Estabilidade
Doses
de Antimicrobianos
Recomendações para Prevenção
de Infecção
Hospitalar
Tabela de diluição de antimicrobianos (cont.)
215
216
Reconstituição Infusão continua
1 hora
Neonatos – infusão
em 30 min
Infusões
- Bolus: é a administração intravenosa realizada em tempo menor ou igual a 1 minuto.Geralmente através de seringa
- Infusão rápida: é a administração intravenosa realizada entre 1 a 30 minuto. Algumas podem ser realizadas com seringa,
porém para infusões em tempo superior a 10 min recomenda-se a utilização de bureta;
- Infusão lenta: é a administração intravenosa realizada entre 30 e 60 minutos;
- Infusão contínua: é a administração realizada em tempo superior a 60 min, ininterruptamente;
- Infusão Intermitente: não continua, por exemplo de 6 em 6 horas. Para este tipo de terapia é importante a preocupação
com a manutenção da permeabilidade do cateter que permanecerá com dispositivo de tampinha nos intervalos da
medicação
Temp. Amb – temperatura ambiente
Min - minutos
Zidovudina
Não requer
Não requer
50 a 100ml
24h temp.amb
SG 5%
48h sob
Solução injetável
SF 0,9%
refrigeração
≤4mg/ml
Concentração
infusão
Observações
Tempo de infusão
Estabilidade
Produto/forma
farmacêutica
Reconstituição Estabilidade
Diluição Estabilidade
Recomendações
Doses de Antimicrobianos
para Prevenção de Infecção Hospitalar
Tabela de diluição de antimicrobianos (cont.)
SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Proposta de inserção / modificação de condutas
1. Proponente
Nome: ________________________________________________________________
Área/clínica: ____________________________________________________________
Telefone: _ _____________________________Bip: _____________________________
Celular:________________________________e-mail: __________________________
2. Proposta
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
3. Referências literatura (anexar textos)_ __________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
4. Outras justificativas para a proposta:___________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
5. Encaminhar esta folha ao gcih do hc (6º andar - Prédio da administração)
das 7h-16h ou por fax: (11) 3069-7066 ou por e-mail ([email protected])
SUMÁRIO
217
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
ÍNDICE REMISSIVO
A
Abdome Agudo Inflamatório, 12
Abortamento, 59, 103
Abscesso, 87, 150
Amebíase, 63, 150
Amigdalite, 62
Ancilostomíase, 66
Antibioticoprofilaxia, 95
Anti-infecciosos na gestação, 195
Antissépticos, 179
Apendicite, 12
Ascaridíase, 67, 150
Aspergilose, 13
B
Bactérias multirresistentes, 16, 150
Bacteriúria assintomática, 88
Balantidíase, 65
Blastocistose, 66
C
Campylobacter, 32
Candida, 17, 18
Candidíase esofágica, 19
Candidíase oral, 18
Candidíase vaginal, 18
Candidúria, 92
Cateter Venoso Central (CVC), 21
Cateterismo vesical intermitente domiciliar, 162
Cateterismo vesical intermitente hospitalar, 161
Celulite, 58,70,71,75,150
Ciclosporíase, 65
Clostridium difficile, 27, 144
Colangite, 69
Colecistite aguda, 69
218
SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Criptococose, 28, 29, 30, 151
Criptosporidíase, 65
D
Derivação Ventrículo-Peritoneal, 46
Dermatofitoses, 20
Diarréia aguda, 31, 32
Dientamebíase, 65
Diverticulite, 12
Doença Inflamatória Pélvica, 38
Doses de antimicrobianos, 50, 187
E
Endocardite em valva nativa, 34
Endocardite em valva protética, 33
Enterobíase, 68, 151
Epididimite, 93
Erisipela, 70
Escherichia coli spp., 32, 153
Esquistossomose, 152
Estrongiloidíase, 66, 152
Exposição Ocupacional a material biológico, 117, 118, 119, 120
F
Fasciíte Necrotizante, 58, 71
Fratura exposta, 61, 115
G
Gangrena Gasosa, 71, 73, 151, 153
Gangrena, 71, 73, 74, 75, 112
Giardia, spp., 32
Giardíase, 64
SUMÁRIO
219
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
H
Hemocultura, 25
Hemodiálise, 42, 43
Hemorragia digestiva cirróticos, profilaxia, 126, 127
Herpes simples genital, 45, 154
Herpes simples oral, 45, 154
Himenolepíase, 67
I
Impetigo, 70, 154
Infecção da corrente sanguínea, 22
Infecção da membrana ovular, 59
Infecção do óstio do CVC, 21
Infecção do trato urinário, 88
Infecção do túnel ou bolso, 22, 43
Infecção puerperal, 59
Isolamento, 136, 145, 149, 150
Isosporíase, 64
M
Mastites, 60
Meningites - adultos, 51
Meningites - pediatria, 48
Meningocócica, doença, 121
Microsporíase, 65
Mordeduras Humanas e de Animais domésticos, 125
Multirresistentes, 16, 136, 150, 152, 155
N
Neutropenia febril, 52, 53, 54
O
Obstetrícia, 58, 59, 60
Onicomicose,20
Ortopedia, 61, 105, 140
220
SUMÁRIO
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Osteomielite aguda hematogênica, 61
Osteomielite crônica, 61
Otite média aguda, 62
Otorrinolaringologia, 62, 106
P
Pâncreas e vias biliares, 69
Pancreatite aguda, 69
Parasitoses Intestinais, 63
Partes moles – infecções de pele, 70
Partes moles – infecções necrotizantes, 71, 72
Pé Diabético, 74
Peritonite associada a diálise, 77
Peritonite Bacteriana Espontânea (PBE), 78 e 126
Pielonefrite aguda, 90
Pioartrite aguda, 61
Pneumonia aspirativa, 87, 156
Pneumonia Comunitária do Adulto, 79, 156
Pneumonia relacionada à Assistência à Saúde, 85, 156
Pneumonia necrotizante, 87, 156
Pneumopatia por Aspiração, 87, 156
Precauções de contato, 142, 144, 147
Precauções padrão, 145, 147
Precauções respiratórias com aerossóis, 148
Precauções respiratórias com gotículas, 149
Prevenção de infecção associada a cateteres vasculares, 163
Prevenção de infecção do sítio cirúrgico, 175
Prevenção de infecção respiratória, 169
Prevenção de infecções do trato urinário, 159
Profilaxia de complicações relacionadas aos procedimentos endoscópicos, 127
Profilaxia de Doença de Chagas após exposição ocupacional a material biológico, 120
Profilaxia de Endocardite Bacteriana, 124
Profilaxia de fungos em pacientes críticos, 128
Profilaxia de fungos em pacientes neutropênicos, 128
Profilaxia de hepatite B após exposição ocupacional a material biológico, 119
Profilaxia de hepatite C após exposição ocupacional a material biológico, 120
Profilaxia de HIV após exposição ocupacional a material biológico, 118
Profilaxia de infecção por Streptococcus do grupo B (GBS) no RN, 130
Profilaxia do tétano, 129
SUMÁRIO
221
Recomendações para Prevenção de Infecção Hospitalar
Profilaxia de Varicela-Zoster, 133
Prostatite bacteriana aguda, 93
Prostatite bacteriana crônica, 93
Q
Queimado, 39, 40, 41
S
Salmonella não-typhi, 32
Shigella spp., 32
Síndrome da algia pélvica crônica, 93
Sinusite aguda, 62
T
Teníase, 67, 157
Tétano, 129, 132, 157
Tricuríase, 67, 157
Tuberculose, 157, 181
U
Urologia - tratamento de infecções, 93
Urologia - profilaxia de procedimentos, 109, 110, 111
V
Vacinação de profissionais de saúde, 183
Violência Sexual, 132
Vírus Sincicial respiratório, 94, 157
Varicela-zoster, profilaxia pós exposição, 133
Y
Yersinia spp., 32
222
SUMÁRIO

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