Edição nº28

Transcrição

Edição nº28
REVISTACARGILL
Inovação e
relacionamento
Cargill inaugura o
Innovation Center Latin
America, um espaço de
interação com os clientes
para desenvolvimento
de soluções e aplicações
em ingredientes
ANO 31 - AGO. SET. 2011
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Feito para o cliente
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O País quer inovar
entrevista
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Cargill inaugura o Innovation Center Latin America
especial
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mensagem
Parceria de valor entre empresa e universidade
Fundação Cargill: evoluindo rumo ao futuro
responsabilidade social
Notícias Cargill
destaques
A hora e a vez do Brasil
artigo
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Revista Cargill é uma publicação trimestral editada pelo Departamento de Assuntos Corporativos e dirigida aos clientes, fornecedores e funcionários da
Cargill – Av. Morumbi, 8.234 – CEP 04703-002 – São Paulo – Tel.: (11) 5099-3311 – www.cargill.com.br – Direção Editorial: Afonso Champi – Coordenação
Editorial e Jornalista Responsável: Katia Perez (Mtb 20401) – Comitê Editorial: Ana Lúcia Caiasso, Andrea Fioravante, Anyelle Rocha, Cintia Bernardes,
César Neres, Cristiane Bordinhon, Cristina Vitória, Cristine Chui, Débora Sesti, Francisco Gomes, Gerson Beraldo, Katia Sala, Neusa Duarte, Rodrigo
Campos, Sônia Matangrano, Vagner Rodrigues e Valmir Tambelini – Colaboração: Carolina Cardoso – Projeto Gráfico: Oz Design – www.ozdesign.com.br
- Editoração e Direção de Arte: Arco W Comunicação & Design – www.arcow.com.br – Elaboração de Conteúdo: Quintal 22 – Edição de Textos:
Anna Costa e Letícia Tavares – Reportagem: Aline Rodrigues, Armando Mendes e Renata Nogueira – Foto Capa: Mário Fontes. A Revista Cargill não se
responsabiliza pelas opiniões emitidas em entrevistas.
• A Revista Cargill adota o novo acordo ortográfico da língua portuguesa.
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Para comentários ou sugestões sobre a Revista, envie seu e-mail para [email protected] ou telefone para (11) 5099-3220.
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novar... Mais do que produtos de qualidade e com preços justos, o mercado exige novidades. Quem consegue ser criativo e assertivo, lançando
produtos que surpreendem seus clientes e consumidores, manterá sucesso nos negócios. Empresas que não têm visão futura das necessidades das
próximas gerações deixam de atender seus clientes e, pior, começam a perder
participação nas vendas.
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Inovação já faz parte do vocabulário e das atitudes da Cargill há muitos
anos. Estamos sempre em busca do inédito, seja em produtos, seja em serviços. Em junho, brindamos o segmento de alimentos com a inauguração
do Innovation Center Latin America, em Campinas, a 100 quilômetros de
São Paulo.
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O espaço oferece laboratórios de pesquisa a todos os segmentos de mercado em que a Cargill atua. Neles, equipes de clientes e da Cargill poderão,
juntas, desenvolver soluções de aplicação para a indústria de alimentos. Há,
ainda, a possibilidade de conhecer o portfólio de produtos da empresa, conceber e testar novos ingredientes e formulações e conferir a opinião de seus
clientes sobre a inovação. Todos os detalhes desse novo ambiente da Cargill
você confere na reportagem de capa desta edição.
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Temos ainda uma entrevista exclusiva com o professor Ronaldo Mota, secretário nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério
da Ciência e Tecnologia. Ele traça um panorama sobre as inovações científicas
no Brasil e alerta para a necessária aproximação entre empresas privadas e
universidades. As novidades continuam por todas as páginas, e você poderá conferir também a mudança de posicionamento da Fundação Cargill no
Brasil – uma evolução em sua atuação – e as principais ações da empresa no
País e no mundo.
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Boa leitura,
Foto: Ana Ottoni
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Marcelo Martins
Presidente
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Foto: Divulgação
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Brasil sobe nos rankings globais e produz ciência
de boa qualidade, mas ainda precisa ampliar a formação
de cientistas e incentivar as empresas inovadoras
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Inovação brasileira:
um longo caminho
O físico Ronaldo Mota, professor da Universidade
Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, é secretário nacional de Desenvolvimento Tecnológico e
Inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia, cargo
que assumiu em 2009 e manteve no governo Dilma
Rousseff. Ele chama a atenção para um paradoxo: o
Brasil sobe de posição nos rankings mundiais de produção científica, mas ainda não consegue traduzir
todo esse avanço em inovação para as empresas. A
saída, em sua opinião, é manter os investimentos na
formação de profissionais e construir pontes entre a
academia e o setor produtivo.
de empresários empreendedores em tecnologia. Em
conclusão, ainda há um longo caminho a ser percorrido, mas é certo que passos importantes têm sido dados
na direção correta e existem sinalizações claras de que
os empresários vêm gradativamente incorporando o
conceito de inovação na sua agenda de investimentos.
Revista Cargill – O Brasil é hoje um grande produtor agrícola, combinando recursos naturais e investimento em tecnologia. Na área de alimentos e
do agronegócio, o que se pode esperar de inovação
brasileira nos próximos anos?
Ronaldo Mota – Diferentemente do setor industrial, no agronegócio o Brasil obteve êxito na transferência do conhecimento produzido ao setor empresarial. Ou seja, nas áreas rurais somos um bom produtor
de ciência e tecnologia e aprendemos a usar esse lastro para inovar. A transformação do País em um dos
maiores produtores de grãos, de carnes e de sucos, por
exemplo, resultou da boa ponte estabelecida entre a
academia e o setor produtivo. Ao longo desta década
e da próxima, a expectativa mundial é que nos transformemos cada vez mais em celeiro do mundo, graças ao crescente aumento da produtividade da terra
e das tecnologias de produção de alimentos. Somos
líderes em biocombustíveis e temos, em tese, todas as
condições para manter uma boa posição em energias
renováveis em geral. Não é algo simples, e demanda
permanente atenção e investimentos, tanto do setor
público como, especialmente, do setor privado.
Revista Cargill – Como a pesquisa e a indústria
brasileiras se colocam hoje no panorama mundial da
inovação? E qual a tendência para os próximos anos?
Ronaldo Mota – No plano dos macroproblemas e
soluções, o Ministério da Ciência e Tecnologia enfrenta bem o paradoxo de o País produzir conhecimento
em números e qualidade impressionantes, com razoável competência e bom nível de maturidade, mas ainda transmitir esse conhecimento ao setor produtivo
de modo demasiado incipiente. Entre 2000 e 2009 o
Brasil dobrou sua participação na produção científica
mundial – atualmente responde por 2,7% do total. No
mesmo período, o número de publicações aumentou
205%, atingindo cerca de 32.100 artigos indexados na
base de dados National Science Indicators (NSI1). Em
2008 o País alcançou a 13ª colocação no ranking e continuamos crescendo bem mais que a média mundial,
de lá para cá. Mas, ainda hoje, um percentual pequeno
de empresas gera produtos novos e uns poucos pesquisadores brasileiros atuam em empresas. Finalmente,
neste começo de 2011, o Brasil consolida a articulação
de sua política de desenvolvimento produtivo com a
política de ciência, tecnologia e inovação, assim como
fortalece os estímulos à formação de uma nova geração
Revista Cargill – Têm surgido novas modalidades de investimento das empresas de países desenvolvidos, como alternativa ao investimento direto
tradicional nos países em desenvolvimento. Como
as empresas brasileiras podem se beneficiar dessa
diversificação?
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Ronaldo Mota – Fundamental é qualificar os investimentos estrangeiros. Não basta investir. É preciso
fazê-lo com transferência e desenvolvimento local de
conhecimentos, preferencialmente em parceria com
empresas nacionais e estimulando a propriedade intelectual (patentes incluídas) em território nacional. A
projeção internacional do Brasil em ciência e tecnologia, somada ao nosso desenvolvimento econômico
acelerado, tem contribuído para atrair a instalação de
centros de pesquisa e desenvolvimento de empresas
multinacionais no País.
consistentes entre nossa competente academia e nossos competitivos empresários, como o Programa RHAE
Pesquisador na Empresa, que provê bolsas para pesquisadores atuarem nas empresas. Em 2008 e 2009, cerca
de 300 companhias absorveram mais de 500 mestres
e doutores com recursos do programa. O mais recente estímulo para a inovação nas empresas vem da Lei
nº 12.349 aprovada em dezembro de 2010. Os novos
dispositivos abrem a possibilidade de conceder margem de preferência de até 25% nas licitações estatais
às empresas brasileiras, especialmente àquelas que investem em pesquisa e desenvolvimento no País. Esse
instrumento é central no desenvolvimento produtivo
e tecnológico de setores como saúde, tecnologias da
informação e de comunicação, defesa e aeronáutica,
ao possibilitar ao Estado a utilização de seu poder de
compra para impulsionar a geração de produtos e processos nas empresas brasileiras.
Revista Cargill – Qual o principal gargalo que o
Brasil enfrenta hoje para melhorar seu desempenho
na hora de fazer inovação?
Ronaldo Mota – Historicamente, é possível destacar três grandes gargalos na promoção de inovação no
Brasil. O primeiro é a carência de cultura de inovação
no ambiente empresarial e na comunidade científica
e tecnológica. Só recentemente as empresas começaram a desenvolver o hábito da demanda e a academia
tem se esforçado para desenvolver a vocação do atendimento a essas demandas. O segundo é a sincronia
baixa entre políticas públicas e atividades de pesquisa
e tecnologia e as estratégias de desenvolvimento econômico e social, ou seja, é recente a articulação entre a política industrial e a de ciência e tecnologia. O
terceiro, a falta de recursos humanos aptos ao cenário
contemporâneo de inovação. A atividade de inovação
tecnológica requer necessariamente a participação de
tecnólogos, engenheiros e cientistas, em especial com
formação pós-graduada.
”Em 2008 o País alcançou
a 13ª colocação no ranking
mundial da produção
científica e continua
crescendo bem mais que
a média global”
Revista Cargill – A universidade brasileira forma
esses quadros?
Ronaldo Mota – Apesar do início tardio, a pósgraduação brasileira avança rapidamente. O número de mestres e doutores formados passou de cerca
de 5 mil, em 1987, para cerca de 50 mil – mais de 12
mil doutores e 38 mil mestres. Em termos de formação pós-graduada, o nível é reconhecidamente bom,
dentro dos mais exigentes padrões internacionais, e os
números são expressivos. O grave problema é que raramente essa formação é voltada ao atendimento de
demandas sociais, assim como a imensa maioria não vai
para as empresas. Em geral, a formação pós-graduada
se dá em nível disciplinar, dentro da linha de pesquisa
específica do orientador, muitas vezes desvinculada de
qualquer forma de pressão de demanda, visando exclusivamente explorar as fronteiras do conhecimento.
Há várias ações em curso para estabelecer pontes mais
Revista Cargill – Temos no Brasil uma atitude
favorável à inovação ou ainda preferimos copiar?
Ronaldo Mota – Para fomentar uma atitude favorável à inovação é preciso um conjunto de medidas, e
entre elas destaco o aprimoramento de nosso marco
regulatório. Para criar, ao invés de somente copiar, é
preciso investimento do setor privado, reconhecimento da ação desenvolvida e resultados compatíveis com
o risco de inovar. A partir da Lei de Inovação, de 2004,
e da Lei do Bem, de 2005, surge um novo cenário no
País, que permite às empresas a utilização de um leque de instrumentos mais amplo e efetivo e estimula
a adoção da inovação como estratégia para as empresas estabelecidas e a criação de empresas baseadas em
tecnologia, as start-ups. A subvenção econômica prevista na Lei de Inovação, administrada pela Finep, concedeu às empresas, nos últimos quatro anos, cerca de
R$ 2 bilhões de recursos não reembolsáveis.
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O endereço da inovação
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Cargill inaugura Innovation Center Latin America,
em Campinas (SP), para desenvolver e testar
produtos, com tecnologia e competência
Marcial Mendoza, diretor de Tecnologia para América Latina, e Carmen Arruda, diretora de Tecnologia da Cargill para
Europa e África, inauguram o Innovation Center Latin America. Ao lado, Marcelo Martins, presidente da Cargill no Brasil
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uando se trata de inovação de produtos, determinados conceitos vêm à mente: criatividade,
superação de expectativas, funcionalidade, aprovação do mercado. Para chegar a esses resultados, porém,
são necessários alguns ingredientes: uma equipe especializada e focada em inovar e, ainda, um ambiente adequado
para o desenvolvimento de produtos e serviços.
inovação da empresa ao redor do mundo. “Esse é um
espaço para ampliar o relacionamento com nossos clientes, reunindo em um único local todo o conhecimento
da empresa em pesquisa e desenvolvimento de produtos”, afirmou Marcelo Martins, presidente da Cargill no
Brasil, durante entrevista coletiva que precedeu o evento de inauguração (veja quadro na pág. 8).
É exatamente isso que os clientes da Cargill encontram no Innovation Center Latin America, inaugurado
em 6 de junho. Instalado na cidade de Campinas, a 100
quilômetros de São Paulo, o Centro teve investimento
de R$ 20 milhões, ocupa uma área de 20 mil metros quadrados e pode servir de modelo para outros centros de
Os clientes poderão conhecer o amplo portfólio de
produtos, as soluções inovadoras para a indústria de
alimentos e a de bebidas e ainda contar com desenvolvimento de soluções exclusivas para suas empresas.
O Centro tem capacidade para promover dois ou três
Innovation Day por mês – que consiste em receber o
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Foto: Mário Fontes
Infraestrutura diferenciada
O Innovation Center Latin America possui oito laboratórios, cinco deles de aplicação e três de criação de
aromas, equipados com alta tecnologia, e conta com 35
profissionais diferenciados em pesquisa. É possível realizar análise sensorial de produtos, desenvolver protótipos, criar e testar ingredientes. Há ainda um Centro de
Culinária e uma área de focus group, para atender o mercado de varejo e o de food service, voltados às exigências
do consumidor final.
Cada um dos cinco laboratórios de aplicação é dedicado à categoria específica de produtos acabados. O
Confectionery atua no segmento de alimentos doces, à
base de açúcar ou de edulcorantes, com foco em três
grandes mercados: confeitos, gomas de mascar e chocolates e seus derivados. O Industrial atende empresas de
papel, de embalagens e de especialidades.
Há ainda o Bakery, que trabalha com todos os produtos assados ou extrusados, cuja principal característica é
o alto teor de carboidratos, como pães, itens de confeitaria, biscoitos, massas, cereais e snacks; o Convenience,
cujo foco são os pratos prontos, molhos, ingredientes
culinários e condimentos; e por fim o Dairy/Beverage,
para testar produtos laticínios, sobremesas, bebidas lácteas, achocolatados e sorvetes.
Nos três outros, é possível desenvolver aromas em
suas diversas formas: líquidos, pós, pastas, preparados e
emulsões. Neles são formuladas soluções específicas às
necessidades dos clientes, tanto para produtos salgados
como doces. Os laboratórios têm, ainda, capacidade
para preparar e fornecer amostras de aromas para uso
em testes nas fábricas da Cargill ou nos laboratórios dos
clientes, garantindo a agilidade requerida pelo mercado.
cliente, trabalhar exclusivamente no desenvolvimento
de seus ingredientes e, se for preciso, testá-los com o
consumidor. Além disso, os laboratórios podem realizar
mais de 100 estudos mensalmente. Segundo Carmen
Arruda, líder regional de Tecnologia e Inovação para plataforma FIS, “esse modelo de centro de inovação deve
servir de referência para outros investimentos da Cargill
no mundo”.
Construção sustentável
A inovação do Centro começou por seu projeto arquitetônico: utiliza sistemas construtivos, que respeitam
as características originais do terreno, preservam a vegetação e se adaptam ao relevo em curvas. Também foram
levadas em conta a preservação de recursos naturais e
a diminuição do impacto ambiental causado pela obra.
“O Centro também serve como ponto de fomento
regional para estreitar o relacionamento da Cargill com
universidades, ONGs, institutos de pesquisa e estudantes de toda a América Latina”, completou Hernan Calvo,
líder da Unidade de Negócio Flour para o Mercosul.
O prédio foi coberto por telhas com tratamento
acústico e grandes vãos de iluminação natural, para
manter o ambiente claro, reduzindo o consumo de energia. Vidros reflexivos também possibilitam a entrada de
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luminosidade e a temperatura interna agradável, o que
evita o uso contínuo de ar-condicionado. E a energia solar é utilizada para aquecimento da água das torneiras
dos laboratórios e dos chuveiros.
O vice-presidente sênior da Cargill, Sergio Rial, na abertura do evento, fala sobre
a importância de inaugurar um centro de inovação no Brasil que vai atender a
toda a América Latina
Modernos sistemas de reúso de água e de tratamento de esgoto garantem o menor volume de efluentes. Os
pisos são de taco de eucalipto de reflorestamento e os
contrapisos usam concreto ecológico, que contém, em
sua composição, garrafas PET. E mais: todos os resíduos
recicláveis da obra foram encaminhados às cooperativas
locais e 100% dos materiais recicláveis gerados são descartados corretamente.
Segundo Sergio Rial, vice-presidente sênior da Cargill, o
sonho do Centro de Inovação teve início em 2004. “Hoje,
sete anos depois, o componente inovação vem com força total, num polo de pesquisa e desenvolvimento – com
a vantagem da proximidade da Unicamp – para ajudar
nossos clientes de toda a América Latina a sair na frente
da concorrência. Queremos que o Innovation Center seja
um ambiente de fomento de grandes ideias.”
Portas abertas
Mais de 300 convidados se reuniram no dia 6 de junho para visitar o Innovation Center Latin America da Cargill.
Estiveram presentes autoridades de Campinas e região, pesquisadores, representantes de universidades, clientes, fornecedores e funcionários da empresa no Brasil e em outros países, como o líder de Unidade de Negócio da Cargill na
Venezuela, Jon Badiola, além do vice-presidente mundial de Pesquisa e Desenvolvimento da Cargill, Chris Mallett.
Após a abertura do evento, os participantes foram
divididos em grupos para a visita monitorada ao Centro. A iniciativa foi aprovada. “Nosso setor de papel e
celulose está num momento de crescimento, e temos
carência de novos estudos. O Innovation Center chega
em um ótimo momento”, afirma Fernando Gobman,
gerente de Matéria-Prima da Klabin. Compartilha da
mesma opinião Mario Pagani, presidente da Arcor
Brasil: “É muito importante contar com fornecedores
capazes de desenvolver produtos inovadores para a
América Latina. E ter esse Centro no Brasil facilitará
muito o trabalho da nossa empresa na região”.
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Fotos: Mário Fontes
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Equipe do Innovation Center Latin America aguarda
a entrada dos convidados para a visita ao novo espaço
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cerias, envolvendo clientes e universidades, para elaboração e desenvolvimento de produtos que venham a
beneficiar todas as partes envolvidas. Com ações como
essa, mantemos um relacionamento fundamentado na
confiança de nossos clientes, atendendo a suas necessidades e expectativas”, enfatiza Luiza Pedro, gerente de
produto de Óleos e Gorduras da Cargill.
limentos saudáveis e sem impacto no orçamento do consumidor. Se há alguns anos isso
parecia impossível, soluções inovadoras na indústria alimentícia comprovam que ter saúde à mesa é
algo que já faz parte da realidade dos brasileiros. A Cargill,
atenta a esse cenário, investe em pesquisa para atender
aos anseios dos consumidores ávidos por alimentos
nutritivos e, ao mesmo tempo, saborosos. Dessa vez, o
resultado é uma gordura com reduzido teor de ácidos
graxos saturados e isenta de ácidos graxos trans, para ser
aplicada em recheio de biscoito, fruto da parceria entre a
área de Óleos e Gorduras, da Unidade de Negócio Foods
Brasil, e a Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA)
da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
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Cargill trabalha em conjunto com a Unicamp no
desenvolvimento de produto com redução de gorduras saturadas
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Solução para alimento
mais saudável
Parceria de sucesso
“Desenvolvemos uma gordura para essa aplicação,
com redução no teor de gorduras saturadas e custo
competitivo, pois não queríamos aumentar o preço do
produto para o consumidor”, afirma a professora e pesquisadora Lireny Gonçalves, do laboratório de Óleos e
Gorduras da FEA, que esteve envolvida nesse desafio,
junto com o pesquisador Renato Grimaldi, também da
FEA. O produto dá a consistência certa ao recheio, aderência às partes do biscoito e não derrete no processo
de estocagem.
Para atender às
demandas de clientes, a
Cargill firma parcerias
também com outras
universidades. “Estamos
próximos do mundo
acadêmico, pois as
faculdades estão
sempre atualizadas e têm mais
recursos disponíveis. Foi uma
experiência positiva, e a intenção
é continuarmos trabalhando
dessa forma”, explica Cristina.
Foram dois anos de pesquisas, análises e testes até
chegar às exigências solicitadas, como 100% de atendimento à performance, ao odor e ao sabor do biscoito
anteriormente comercializado, prazo de validade igual e
redução do teor de gorduras saturadas. Além disso, era
preciso que não houvesse modificação na linha de produção do cliente.
Depois de verificar que a aplicação era positiva,
a Cargill decidiu patentear a gordura, fabricada na
Unidade de Itumbiara (GO). “Com os bons resultados
desse projeto, estamos dispostos a realizar novas par9
Foto: Arquivo Arco W/StockPhoto - RF
Já a parceria entre a Cargill e a Unicamp não é novidade. Entretanto, essa é a primeira vez em que envolveu empresa, universidade e clientes. “Essa experiência
só reforçou a relação com a Unicamp. Dessa vez fomos
além, não ficamos apenas com a prestação de serviço
da FEA. E esse modelo de trabalho pode ser replicado
em outras áreas da Cargill”, diz
Cristina Santos, gerente técnica
de ingredientes alimentícios da
Unidade de Negócio
Foods Brasil.
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Depois de atuar com o Programa Fura-Bolo e o
“de grão em grão”, a Fundação volta seu foco para a
alimentação saudável, segura, sustentável e acessível
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O relatório levou a Fundação Cargill a adotar um
novo foco de trabalho para os próximos anos. “Vivemos
agora um novo momento, em que o aprendizado desses
38 anos de história nos permitirá dar um grande salto
e auxiliar na melhor alimentação das pessoas”, afirma
Marcelo Martins, presidente da Cargill no Brasil.
alimentação tem sido tema de discussão na
mídia, em ONGs e na indústria de alimentos.
Fala-se de obesidade e, ao mesmo tempo, de
desnutrição e desperdício. De acordo com estudo do
Instituto de Pesquisa da População de Hamilton, no
Canadá, divulgado em 2010, o mundo tem 500 milhões
de obesos e 1,46 bilhão de pessoas com sobrepeso. No
Brasil, segundo o Ministério da Saúde, 15% da população
acima de 20 anos já é considerada obesa e quase metade
está com sobrepeso.
Olhar para o alimento
A experiência da Cargill em agricultura e alimento seguro, bem como o objetivo da empresa – ser líder global
em alimentação –, foram fatores determinantes para a
escolha do novo foco de trabalho da Fundação Cargill:
a alimentação.
Em contrapartida, cerca de 25 mil pessoas no mundo
morrem todos os dias de fome ou de causas relacionadas.
Já quando o assunto é desperdício, dados da Organização
das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO)
de 2011 revelam que um terço dos alimentos é jogado
fora, o equivalente a 1,3 milhão de toneladas. Isso significa
que cerca de 30% de tudo que é produzido no planeta é
descartado, do armazenamento ao consumo final.
A partir de agora, a instituição atuará com esse tema em
toda a cadeia produtiva, do campo à mesa do consumidor.
“Com a reavaliação do nosso trabalho, chegamos à conclusão de que estávamos prontos para dar o próximo passo.
Queremos detectar a necessidade da região, encontrar soluções e fazer com que a comunidade consiga superar dificuldades em termos de alimentação e nutrição”, diz Valeria
Militelli, presidente da Fundação Cargill, que tem liderado
esse processo de transformação desde seu planejamento.
Diante desse cenário, a Fundação Cargill decidiu, em
2010, reavaliar seus programas e fazer um trabalho de reposicionamento estratégico de sua atuação. Para isso, visitou cidades que participavam dos Programas Fura-Bolo e
“de grão em grão” e conversou com beneficiários, voluntários e poder público. A análise gerou um diagnóstico acerca da abrangência e dos resultados das iniciativas.
As duas áreas de atuação da Fundação Cargill passam
a ser: a produção no campo, para disseminar conhecimen-
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Fundação Cargill
em transformação
Linha do tempo
1973
1974
1999
2004
Criação da
Fundação
Cargill
Início da produção de
publicações técnicas, trabalho
que perdura até hoje
Criação do Programa
Fura-Bolo
Criação do
Programa
“de grão em grão”
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alimentação das
pessoas,
trabalhando em temas
da cadeia produtiva de alimentos. “As
ações da Fundação Cargill
e das Unidades serão mais
eficientes se realizadas em
alinhamento com a missão e
o objetivo da companhia”, diz
Denise Cantarelli, gerente da
Fundação.
Para isso, cada Unidade organizará
uma equipe para propor ideias e apresentá-las ao comitê nacional, que escolherá
o projeto com base nos critérios de enriquecimento da comunidade. “Faremos isso sem tirar a autonomia das localidades de desenvolver e propor projetos”, esclarece Valeria. A Fundação Cargill promoverá
ainda projetos voltados às diferentes necessidades das
comunidades onde a Cargill está inserida. Isso significa
trabalhar em atividades próprias e com parceiros e até
mesmo apoiar ações de terceiros.
to sobre boas
práticas e produção sustentável, reduzir perdas de alimentos, gerar
inclusão social e qualificar talentos, e a prevenção da má
nutrição (desde a desnutrição até a obesidade), que engloba alimentação saudável, segura, sustentável e acessível e
consumo consciente. “Alinhamos o trabalho da Fundação
Cargill com as competências da empresa. Trabalhamos
para nutrir melhor o mundo e queremos impactar positivamente nas comunidades nas quais estamos inseridos”,
explica Valeria.
Fundação Cargill
Atuação alinhada
Visão: ser referência na promoção e disseminação
de conhecimentos para a alimentação saudável,
segura, sustentável e acessível.
Além da mudança no foco de atuação, haverá um
alinhamento das atividades sociais desenvolvidas pelas
Unidades da empresa, que seguirão o compromisso global de responsabilidade corporativa assumido pela Cargill.
2006
2010
2011
Revitalização da Biblioteca Pública
Paulo Rodrigues dos Santos,
localizada em Santarém (PA)
Revisão estratégica
para atuação da
Fundação
Novo foco para
as ações e revitalização
da Visão e da Missão da Fundação Cargill
11
Ilustração: Arquivo Arco W/StockPhoto - RF
Missão: promover a alimentação saudável, segura,
sustentável e acessível, do campo ao consumidor.
Para isso, a Fundação Cargill e as localidades devem
atuar juntas no objetivo de contribuir para uma melhor
envolveram toda a empresa: o relançamento do portal de responsabilidade
corporativa e um concurso que selecionou trabalhos artísticos de funcionários feitos de materiais recicláveis. As
unidades ainda tiveram a oportunidade de desenvolver ações específicas. O
Escritório Central, em São Paulo, realizou pela primeira vez sua Semana do
Meio Ambiente, com apresentações de
teatro musical e palestras com especialistas do Instituto Akatu pelo Consumo
Consciente. Também foram destaques
durante o período, na Cargill, show de
talentos e concurso de fotografia, na
unidade de Uberlândia (MG), e exposição de artigos confeccionados com resíduos da fábrica em Porto Ferreira (SP).
locais, o Espaço Prima Jovem oferecerá aulas de música, dança, informáti-
ca, idiomas, educação ambiental, entre outras oportunidades.
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ês do Meio Ambiente. A
Cargill promove diversas
atividades de sensibilização e mobilização dos funcionários
em prol do meio ambiente. Ao longo
do mês de junho, as iniciativas foram
intensificadas para marcar o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado
no dia 5 do mesmo mês. Duas ações
E
spaço Prima Jovem. A
Fundação Cargill e a Prefeitura de Primavera do
Leste (MT) inauguraram o Espaço
Prima Jovem, centro de convivência
voltado para jovens de 12 a 17 anos. A
empresa investiu cerca de R$ 700 mil
na reforma e no mobiliário do prédio
cedido pela prefeitura. Já são 1.000
alunos inscritos em cursos culturais e
de capacitação profissional previstos
para este segundo semestre. Com a
gestão do município e parcerias com
universidades, empresas e entidades
S
abor caseiro. A marca Liza está aumentando seu portfólio de maioneses
em sachê com a novidade Liza Caseira. O produto traz o sabor e a consistência da receita original, em uma embalagem prática e econômica, com
425 g. O lançamento atende a uma tendência do mercado, no qual 25% das maioneses são comercializadas nesse tipo de embalagem. Com isso, a marca Liza encontra
oportunidades e traça estratégias para o crescimento na categoria. Também estão
disponíveis em sachê as versões Tradicional (196 g e 472 g) e Saborizadas – Atum,
Ervas Finas e Queijo (196 g). Informações sobre esses produtos podem ser obtidas no
site www.liza.com.br.
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ou Agro. Iniciativa inédita na história do setor, o
Movimento de Valorização do Agronegócio Brasileiro – Sou
Agro – mobiliza organizações, empresas do setor e produtores rurais
e conta com o apoio da Cargill. A
ideia é incentivar ações de comunicação que destaquem a importância do agronegócio na economia brasileira (responde por 25%
do PIB do País) e fortaleçam o vínculo entre campo e cidade, assim
como o respeito do setor às agen-
V
isita ministerial. Depois de
conhecer de perto os principais portos brasileiros, o
ministro dos Portos, Leônidas Cristino,
visitou alguns dos mais importantes da
Espanha e da Itália, em junho. O objetivo foi promover oportunidades de investimentos no setor, no Brasil, e conhecer
das ambiental e social. Lançada em
junho, a campanha nacional do
Sou Agro envolve filmes publicitários para TV e cinema, mídia impressa, inclusive em aeroportos e
elevadores, rádio e o Portal Sou
Agro (www.souagro.com.br). “Nunca, anteriormente, os setores se
uniram e trabalharam de forma coordenada, estruturada e sinérgica
na promoção de sua imagem”, destaca Roberto Rodrigues, Presidente
do Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp.
as demais estruturas logísticas nesses
países. Em sua visita ao Porto de Barcelona, na Espanha, Cristino foi recebido
no terminal portuário da Cargill, conheceu a unidade de esmagamento de soja
e processamento de farelo da empresa
e assistiu a uma apresentação sobre a
logística dos grãos entre Brasil e Europa.
Clythio van
Buggenhout (à
direita), gerente de
Portos da Cargill no
Brasil, apresentou
a Leônidas Cristino,
ministro dos Portos,
as instalações da
empresa no Porto
de Barcelona
T
rês em um. A campanha
de Liza Equilíbrio volta
à mídia, no período de
junho a agosto, para reforçar sua
imagem ao público consumidor. A
exibição do filme “Árvore Genealógica”, com 30 segundos de duração, foi ao ar em horário nobre, nas
principais emissoras do País. A mensagem “quando você junta o que é
bom tudo fica melhor” refere-se aos
benefícios oferecidos por Liza Equilíbrio, que reúne em um só produto
ômega-3 (canola), ômega-6 (milho)
e vitamina E (girassol). A campanha
abrange emissoras de TV aberta, nas
cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, e canais fechados, além de revistas em todo o Brasil.
13
Fotos: Arquivo Cargill
P
rograma de Trainees. A Cargill investe na formação de novos talentos há
mais de 20 anos, preparando seus trainees para atuarem alinhados à cultura
da companhia. Em agosto, começam as inscrições e o processo seletivo da
nova turma, com previsão de início em janeiro de 2012. Serão selecionados cerca de
30 jovens profissionais, que em 18 meses passarão por treinamentos e avaliações, sob
a responsabilidade de um “tutor”. Podem participar candidatos com formação entre
dezembro de 2009 e dezembro de 2011, em áreas como Engenharias, Administração,
Economia, Agronomia, Psicologia, Zootecnia e Ciências Contábeis. Também precisam
ter inglês fluente e disponibilidade para mudança.
V
itaminAde. Dois ingredientes da Cargill,
ácido cítrico e
ZeroseTM Eritritol, comecializados pela Unidade
de Negócio Amidos &
Adoçantes, integram uma
bebida leve, refrescante
e, melhor, sem calorias: a
VitaminAde. O produto
funciona como repositor
de nutrientes e o conteúdo de uma garrafa oferece
a dose diária necessária de
vitaminas do complexo B
e C. Com o ZeroseTM Eritritol, que combina proprie-
 Para atender à demanda cres-
dades de caloria zero sem perda
de sabor, o VitaminAde atende
tanto os praticantes de esportes como o público que
procura um estilo de vida
saudável, pois uma garrafa
contém apenas 10 miligramas de sódio e zero de
açúcar, enquanto produtos similares são compostos por uma média de 30
gramas de carboidratos,
120 calorias e 225 miligramas de sódio. A bebida foi
desenvolvida pela empresa Mega Energy, cliente
da Cargill.
14
cente de consumidores por alimentos com menos gordura saturada, a
Cargill lançou nos Estados Unidos o
óleo de canola de alto teor oleico Clear
Valley® 80, com os mesmos benefícios
nutricionais da linha Clear Valley®. O
produto é único por seu baixo teor de
gordura saturada, zero gordura trans
para porções de 14 g e por seu ciclo
de vida excepcional. Com alto grau de
estabilidade à oxidação, sabor neutro e
funcionalidade superior no processamento de alimentos, o Clear Valley® 80
é uma excelente alternativa aos óleos
tradicionais na produção de cereais,
salgadinhos e itens de panificação.
 A Cargill italiana recebeu a certificação AEOF e tornou-se a primeira empresa de agroalimentos na Itália a obtê-la.
A AEOF (Authorised Economic Operator Full) é uma iniciativa da Comissão
Europeia que estabelece medidas para
ampliar a segurança das cadeias de suprimentos internacionais, tais como
procedimentos de armazenagem e movimentação de produtos. A certificação
só é concedida após satisfeitos os critérios relativos às operações alfandegárias
em países da Comunidade Europeia.
o
d
n
u
m
o
inovadores e funcionais para a combinação de ingredientes na indústria de laticínios e panificação. Apresentados na feira
Gulfood/IME 2011, esses sistemas produzem alimentos de custo otimizado e mais
saudáveis e estão sendo testados em
duas sobremesas altamente apreciadas
nos países do Oriente Médio: o iogurte de
frutas com dupla camada e os cupcakes
com baixo teor de gordura. Para o preparo do iogurte, a Cargill utiliza as culturas
ativas Ultra-GroTM Direct Vat (DVC) com
o sistema funcional FlanogenTMADA 60
para laticínios. Para o dos cupcakes, oferece o sistema funcional CitriTexTM, que
atua como substituto da gordura, mantendo o sabor e a textura do produto.
l
C
argill na Abad. A Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores
de Produtos Industrializados (Abad)
contou com a participação da Cargill
no mais recente encontro bimestral
com os associados, em maio. A empresa aproveitou esse momento para,
pela primeira vez, divulgar os produtos atomatados ao público do encontro. A Cargill reconhece a importância
dos atacadistas e distribuidores para
viabilizar suas vendas, sem os quais
não atingiria os mais de 390 mil pontos de venda alimentares existentes
em todo o território nacional.
 A Cargill vem desenvolvendo sistemas
e
s
e
u
q
a
d
e
s
t
Francisco Flório, gerente de vendas da Cargill,
recebe o prêmio em nome da empresa
Liderança / Óleos. A 16ª edição do
Top of Mind apontou 70 marcas, de
62 empresas, como as mais populares em Minas Gerais. A pesquisa,
realizada pela revista de economia
e negócios Mercado Comum, entrevistou 1.280 pessoas em 30 cidades
do Estado. Os participantes foram
questionados sobre determinados
produtos e de que marca se lembravam naquele momento. A cerimônia de premiação ocorreu no dia 24
de maio, em Belo Horizonte.
p
T
op of Mind. Os consumidores mineiros elegeram
as marcas mais lembradas, e Liza foi a campeã na Categoria
o
Um país de boas
oportunidades
i
t
r
a
Luiz Pretti*
Brasil começa a viver um dos melhores momentos de sua economia. Dados não faltam
para confirmar essa previsão. Mais de 20
milhões de brasileiros superaram a linha de pobreza.
Outros 36 milhões ascenderam à classe média. O índice
que mede a redução da desigualdade das classes sociais
é o menor nos últimos 30 anos. A geração de empregos
formais é a maior de toda a história e a sociedade brasileira desfruta um nível de bem-estar que nunca havia
desfrutado anteriormente.
risco Brasil foi mais baixo que o dos Estados Unidos, uma
posição que ainda não tínhamos conquistado.
Esses bons resultados nos colocam, sim, como a economia da vez. Mas, afinal, o que precisamos fazer para
continuar nesse caminho de prosperidade? Acredito
que precisamos seguir com humildade e inteligência. Só
assim seremos em breve uma das cinco maiores economias mundiais.
Às corporações cabe dar apoio a esse desenvolvimento e investir maciçamente em treinamento de seus
profissionais para não enfrentar a pane da mão de obra
– uma ameaça que já aponta na atualidade. É importante ainda as empresas ficarem atentas ao aumento
de consumo das classes C e D. Aquelas que, como a
Cargill, atuam no mercado de alimentos ou de produtos de uso desse público terão de ampliar sua capacidade produtiva para atender uma sociedade com maior
poder aquisitivo.
Estamos vivendo ainda o momento do bônus demográfico. Isso significa que a maioria de nossa população
está na fase ativa – deixamos de ser um país de jovens, o
Brasil do futuro. Somos a bola da vez e vamos continuar
nesse cenário até 2025. As nações que passaram por esse
bônus viveram anos de alta produtividade e crescimento. Outro ponto positivo é que o País tem reservas de
commodities minerais, potencial para ampliar a produção agrícola e matriz energética com o pré-sal. Junte-se
a isso, ainda, a chegada de dois grandes eventos esportivos internacionais – os Jogos Olímpicos e a Copa do
Mundo. Mais do que esporte, eles trazem investimento e
obrigam os governos a investir na cidade, no transporte,
na hospedagem, na formação de mão de obra. Áreas em
que ainda somos carentes.
A Cargill está seguindo esses passos, investindo na capacitação de sua equipe e na ampliação de seu volume
produtivo. Também tem aproveitado as boas oportunidades que o mercado oferece e há alguns meses adquiriu importante linha de atomatados. A empresa quer
fazer parte dessa evolução econômica que o Brasil já está
vivendo, quer deixar sua marca de responsabilidade e
sustentabilidade. E por aqui o recado é o mesmo: seguir
com humildade genuína, inteligência e também com
inovação. Com isso deixaremos um país mais igualitário
e melhor para as próximas gerações.
O cenário, portanto, não poderia ser mais promissor.
E não é uma visão dos economistas e estrategistas brasileiros. O mercado internacional está ciente dos bons
ventos que vivemos. Está muito otimista e de olho nas
oportunidades. Tanto é verdade que no mês de junho o
*Luiz Pretti é diretor Financeiro da Cargill para a América Latina e presidente do Banco Cargill
15
Ilustração: Arquivo Arco W/StockPhoto - RF
O
g
Fatores como bônus demográfico,
reservas minerais e de áreas
agrícolas contribuem
para o cenário positivo
ANÚNCIO

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