Apresentação do PowerPoint
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Roberto Pereira D’Araujo www.ilumina.org.br Brasil Sustentável: Que se pode sustentar, estável por um longo período. BEN 2014 Energias, renováveis, mas preços, incontroláveis 2 3 governos e suas políticas : Indústria ( kWh - mercado cativo) FHC Dilma Lula 55 % 114 % Fonte: ANEEL Reforma mercantil R$/MWh 110% Aqui tem MWh por menos de R$ 10! 3 3 governos e suas políticas : Tarifa Residencial (apenas o kWh) FHC Dilma Lula 45 % Reforma mercantil R$/MWh 44 % 170% Só a energia! Fonte: ANEEL 4 Diagnóstico da FIESP: Tarifas caras por conta das usinas “velhas”. Tomando como paradigma o custo por kW dessas usinas, os consumidores já teriam amortizado 74% do investimento. Portanto, o preço poderia ser reduzido a 30% do valor. 5 Efeito MP 579 sobre Eletrobras – MWh a menos de US$ 3. Nota Técnica 385/2012-SER/SRG/ANEEL. 70 % Fonte: www.fundamentus.com.br 6 -13% Dívida /Patrimônio 80% Lucro Líquido - R$ 2.7 bi -20% EBITDA - R$ 2 bi. Algum exemplo similar no planeta? Há outra maneira de reconhecer a amortização? 7 Como é possível amortizar ativos, reduzindo tarifas continuamente, sem intervenções? Regulando o Return on Equity. Company Alabama Power Arizona Public Service Entergy AR Oklahoma Gas & Electric AR Pacific Gas & Electric CA Southern California Edison San Diego Gas & Electric Public Service Co CO Progress Energy FL Maine Public Service Potomac Electric Power MD Delmarva Power & Light MD Detroit Edison Consumers Energy MI Interstate Power & Light MN Northern States Power MN Entergy Mississippi Mississippi Power Kansas City Power & Light MO ROE 13.75% 10.75%* 11.00% 10.00%* 11.35% 11.50% 11.10% 10.50%** 11.75% 10.20%** 10.00%* 10.00%* 11.00% 10.70% 10.39%** 10.54%** 11.05%*** 12.98%*** 11.25%** Company Aquila Inc MO Ameren UE MO Sierra Pacific Power NV Unitil Energy Systems NH Central Hudson Gas & Electric NY Duke Energy Carolinas NC Progress Energy Carolinas SC South Carolina Electric & Gas Entergy Gulf States – TX PacifiCorp UT Green Mountain Power VT Appalachian Power VA Puget Sound Energy WA PacifiCorp WA Avista WA APCo/Wheeling (AEP Utilities) WV MonPower/PE (APS Utilities) WV Wisconsin Power & Light Wisconsin Public Service ROE 10.25%* 10.20%* 10.60%** 9.67%** 9.60%** 12.25%*** 12.75%*** 11.00%*** 10.95% 10.25%** 10.25%** 10.00% 10.40%*** 10.20%*** Avista WA 10.50%*** 10.50%*** 10.80%* 10.90%* Fonte:R. Mihai Cosman – CPUC Energy Division. (***) Ferc response, (**) 2007, (*) 2006 Public Utilities Fortnightly 8 Redução pós MP e US$ mais alto... Mesmo com o US$ a R$ 3,80.... kWh residencial`médio = US$ 20 cents 0,20/0,081 = 2,36 236 %! 130% do valor médio de cidades norte americanas. http://www.hydroquebec.com/publications/en/docs/comparaisonelectricity-prices/comp_2014_en.pdf 9 Esqueletos aguardam dentro do armário 1. Empréstimo de R$ 10 bi pagos a partir de 2015. 2. Subsídio de R$ 10 bi para a conta CDE. 3. Empréstimo Banco Distribuidoras R$ 21 bi a ser pago até 2019. 4. Déficit na conta das bandeiras tarifárias de ~ R$ 1 bi/mês (~ R$ 10 bi) 5. Indenizações decorrentes da MP 579 + transmissão pré 2000 ~ R$ 28 bi. 6. Custos de investimentos não cobertos nas usinas e subestações “velhas” ~ R$ 5 bi. 7. Déficit de geração das hidráulicas ~ R$ 30 bi ( até abril) 8. Relicitação, agora com “outorga” – R$ 17 bi. S = R$ 130 bi. Equivalente a toda a receita da privatização do setor na década de 90! ...mas será que todos pagaram esses preços exorbitantes? (Apenas o preço do MWh nos gráficos) Mercado Cativo: Pequena Indústria e Comércio Residências Mercado Livre: Grandes grupos econômicos Comercializadores Apenas o MWh! Média de R$ 60/MWh MP 579 Geração Térmica Total/Carga Total Será que a MP 579 apenas reduziu tarifas? MP 579 Quem gerou o resto? 12 Elaboração a partir de dados do ONS Exigindo mais das hidráulicas 13 Elaboração a partir de dados do ONS Reserva total/Carga Total (número de meses) Sinais de redução da poupança energética claros desde 2010. Um bizarro mercado de energia – “Ninharias ou Fortunas” R$822/MWh Em 2011, cerca de 25% dos contratos mensais liquidaram quase 30% da energia . Quem comprou? Quem vendeu? Por quanto? Transparência Zero! Tão irrisório quanto R$ 4/MWh Fonte: CCEE Tão irrisório quanto R$ 16/MWh R$ 12/MWh Ás vésperas da crise! 7.000% 15 Mas....todo mercado de energia é muito instável! NORDPOOL - Noruega, Finlândia, Suécia e Dinamarca Euros/MWh Fonte: CCEE e Nordpool PJM - Delaware, Illinois, Indiana, Kentucky, Maryland, Michigan, New Jersey, North Carolina, Ohio, Pennsylvania, Tennessee, Virginia, West Virginia, DC. US$/MWh Fonte: CCEE e PJM 18 Geração Térmica e “Garantia Física” Associada MW médios Contabilizado como oferta Efetivamente Gerado Fonte: CCEE 19 Geração Térmica e “Garantia Física” Associada 1. Sobra (GF>consumo) 2. Usinas indisponíveis. 3. Gerada por outra fonte e liquidada a PLD 646 GW médios ou 5.600 TWh Fonte: CCEE A nossa maior jabuticaba: Nenhuma usina brasileira vende a energia que gera! 20 Conjunto de usinas hidroelétricas despachadas pelo ONS. Garantia Física Sazonalizada Fonte: CCEE e ONS Geração mensal 21 A “pedalada” elétrica confirmada. ~ 150 TWh Acima da garantia Fonte: CCEE e ONS 22 O mundo virtual e especulativo da Garantia Física Muita água no verão? Fonte: CCEE e ONS GF menor!! 23 Garantia Física inversamente proporcional à energia física Déficit de geração? PLD em janeiro alto? Sem problemas! GF = 130% da geração real definida em fevereiro! Fonte: CCEE e ONS 24 O incrível GSF! Déficit de geração das hidráulicas. • A usina está com defeito? Não! • A GF está definida em alguma característica da usina? Não! • O gerador decide a quantidade de energia de sua usina? Não! • Sua geração depende exclusivamente da hidrologia? Não! • Sua geração depende de decisões do ONS? Sim! Um “esqueleto” de aproximadamente R$ 30 bilhões! 25 Saldos e déficits hídricos assimétricos ao extremo. R$/MWh R$ 7 bi MW médios R$ 30 bi 26 Como conseguimos tanta bizarrice? Software de gestão da operação no centro do modelo comercial. Mimetismo de realidades distintas Fragmentação de responsabilidades “Valor da água” tratado como custo marginal Planejamento usa critérios distintos da operação Custo marginal tratado como preço de curto prazo. Leilões decididos por subjetivo Índice Custo Benefício Certificado de Garantia dependente do critério de operação Somatório das garantias físicas individuais ultrapassa a garantia do sistema. Garantias dadas em datas diferentes com critérios distintos. Energia de Reserva para suprir as Garantias Físicas superavaliadas. Comercialização sem transparência. A crença na Garantia Física é tão “fundamentalista” que despreza evidências como as mostradas a seguir. O Rio S. Francisco pede socorro há 20 anos! Fonte: Histórico do ONS 29 Oito anos sem perceber que a “caixa d’água” se reduz? Reserva Máxima/Carga Reserva Máxima/(Carga – Geração Não Hidr.) Gráfico semelhante foi mostrado pelo ILUMINA em seminário da COPPE-UFRJ (2010) ao MME, CEPEL, ONS, EPE e CCEE. Fonte: Histórico do ONS 30 O país dos “benjamins” “Adaptadores”.... das tomadas às fórmulas. • Além dos erros políticos, o setor se deteriora sob um modelo mercantil mal adaptado à realidade. • Nenhum consumidor consegue entender o que ocorre por conta da enorme complexidade decorrente da modelagem vigente desde 1995. Não é física quântica. É apenas parte do método para calcular a “garantia física” das usinas brasileiras. O país dos “benjamins” • Os riscos dessa confusa adaptação sempre foram conhecidos pelos técnicos. Apesar disso, foram “tolerados”. • Negação da crise apesar da persistência. Ao invés de examinar os fundamentos, intervenção por medida provisória. • Prejuízos e perda de valor da ordem de centenas de bilhões de reais • Isso não seria uma versão tecnológica da nossa complacência? • Ela não estaria imersa também nas nossas leis e regulações? O que é necessário para uma política de sustentabilidade? • Reconhecer que há problemas estruturais no modelo e iniciar uma ampla reforma. • Reconhecer que o sistema de reservatórios não poderá mais exercer a função estabilizadora que cumpriu no passado. • Estabelecer uma política consistente para o uso de complementação térmica (gás). • Reconhecer que usinas hidroelétricas não são meras fábricas de kWh. Precisam ser parte de um planejamento regional. • Reconhecer e combater perdas elétricas subavaliadas na distribuição. O que é necessário para uma política de sustentabilidade? • Abandonar a política titubeante quanto à eficiência energética. • Ausência de política efetiva para a geração distribuída, principalmente a solar. • Construir regras estáveis fruto de amplo diálogo. Grato pela atenção Roberto Pereira D’Araujo [email protected] www.ilumina.org.br