David Szpilman

Transcrição

David Szpilman
AFOGAMENTO
Near-DROWNING
Sociedade Bras. Salvamento Aquático – SOBRASA – Diretor
Hospital M. Miguel Couto – CTI
Ten Cel Médico RR do Corpo de Bombeiros
International Lifesaving Federation – Medical Commission
PLANETA TERRA?
75% de água
Dr David Szpilman
COSTA com 8.000 Km
Brasil
Brazil
Temperatura média
da água de 22oC
Rio de Janeiro
Maior número
de resgates em
todo mundo
Dr David Szpilman
A Mãe
A Sogra
Meu
Pai
Minha
Namorada
Eu
VOCÊ SABIA ?
no mundo
10 pessoas se afogam e
UMA MORRE a cada
minuto
Fonte: Szpilman D. - ano 2007 - Dados elaborado com base na OMS
VOCÊ SABIA ?
No Brasil (2011)
6.494 pessoas morrem afogadas por ano
18 pessoas morrem
afogadas diariamente
David Szpilman. Afogamento - Perfil epidemiológico no Brasil - Ano 2011.
Publicado on-line em www.sobrasa.org, Julho de 2013
VOCÊ SABIA ?
No Brasil
(2011)
Afogamento
2ª causa de morte de 1 a 9 anos
3ª na faixa de 10 a 19 anos
4ª na faixa de 20 a 29 anos
David Szpilman. Afogamento - Perfil epidemiológico no Brasil - Ano 2011.
Publicado on-line em www.sobrasa.org, Julho de 2013
Causas gerais de óbito por faixa etária de 1 a 54 anos
1a4
5a9
10 a 14
15 a 19
20 a 24
25 a 29
30 a 34
35 a 39
40 a 44
45 a 49
50 a 54
Agressões
IAM
IAM
1a
Acidentes
Pneumonia
de
transporte
Acidentes
de
transporte
Agressões
Agressões
Agressões
Agressões
Acidentes de
transporte
2a
Afogament Afogament
o
o
Agressões
Acidentes
Acidentes
Acidentes de
de
de
transporte
transporte
transporte
Acidentes
de
transporte
Acidentes
de
transporte
Agressões
3a
Acidentes
Afogament Afogament
de
Pneumonia
o
o
transporte
HIV
HIV
IAM
4a
Malf cong.
Ap. circulat
Leucemia
5a
Sepsis
Neopl
malig SNC
Pneumonia Pneumonia
Agressões
Neopl
malig SNC
Infeccão
6ª intestinais
Leucemia
Suicídio
Leucemia
Suicídio
Suicídio
Doenças
Doenças
cerebrovasc cerebrovasc
ulares
ulares
Acidentes de
transporte
Diabetes
Mellitus
Agressões
Acidentes
de
transporte
Afogamento
HIV
Suicídio
IAM
Doenças
cerebrovascu
lares
HIV
Pneumoni
a
IAM
Doenças
cerebrovasc
ulares
HIV
HIV
Doenças
hipertensiva
s
Suicídio
Hepatopatia
alcoólica
Diabetes
Mellitus
Pneumonia
Pneumonia
Afogamen
Pneumonia
to
David Szpilman - Dados tabulados com base no Sistema de Informação em Mortalidade (SIM) – ano 2009, Ministério da Saúde - DATASUS – acesso em Fevereiro de 2013.
AFOGAMENTO BRASIL - 2011
MORTALIDADE – 6.494 Óbitos
<1
Genero Masculino 6.1 X fem
< 1 ano Masc = Femin.
20 a 24 anos Masc.=12x
Idade
5a9
15 a 19
30 a 39
50 a 59
70 a 79
Masculino
Feminino
ignorada
0
200
400
600
800
1000
óbitos
Fonte: Szpilman D. - ano 2011
Dados elaborados com base no DATASUS - Atestado de óbito - 2013
1200
1400
População: 190 milhões
David Szpilman. Afogamento - Perfil epidemiológico no Brasil - Ano 2010.
Publicado on-line em www.sobrasa.org, Julho de 2012
Óbitos por afogamento/100.000 habitantes no Brasil - 1979 a 2010.
7
6
4
3
2
Death/ 100.000 hab.
1
0
1
9
7
9
1
9
8
0
1
9
8
1
1
9
8
2
1
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8
3
1
9
8
4
1
9
8
5
1
9
8
6
1
9
8
7
1
9
8
8
1
9
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9
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1
9
9
1
1
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9
2
1
9
9
3
1
9
9
4
1
9
9
5
1
9
9
6
1
9
9
7
1
9
9
8
1
9
9
9
2
0
0
0
Anos
David Szpilman. Afogamento - Perfil epidemiológico no Brasil - Ano 2010.
Publicado on-line em www.sobrasa.org, Junho de 2012
2
0
0
1
2
0
0
2
2
0
0
3
2
0
0
4
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0
0
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0
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6
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0
0
7
2
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0
8
2
0
0
9
2
0
1
0
Título do Eixo
5
História da Ressuscitação
Em 1771 é publicado um boletim informando que 150 pessoas
já haviam sido salvas com as recomendações das Sociedades.
a) Aquecer a vítima e remover as
roupas molhadas.
b) Aspirar a água posicionando a
vítima com a cabeça mais baixa
que os pés,
c) Estimular a vítima com fumo
de tabaco por via retal ou oral,
d) Utilizar o método de respiração
boca-boca,
e) Sangrias.
Não havia um limite de tempo de duração
da ressuscitação, aceitando-se 6 h ou mais.
Szpilman 2000
Rio de Janeiro
Primeiro posto de salvamento no Brasil - 1918
Primeira ambulância a realizar o atendimento
pré-hospitalar no Brasil - 1930
Manobra de Schafer - 1958
Praia de Copacabana
RIO DE JANEIRO
Grupamento Marítimo RJ - 1973 a 2000
MIL
150.159 resgates nas praias
Resgates
15.000
10.000
5.000
0
PERCENTUAL MÉDIO DE ÓBITOS/SOCORROS = 1%
Fonte: Szpilman D. - Grupamento Marítimo do Rio de Janeiro - 2001
1981 a 2003
GMAR - Rio de Janeiro
6
6
Percentual Médio de ÓBITOS/SOCORROS = 0,1%
5
5
4
4
3
3
2
2
0.1%
1
1
0
0
Anos
Fonte: Szpilman D. - Grupamento Marítimo do Rio de Janeiro - 2004
Novos protocolos em afogamento
= Congresso Mundial 2002 – Amsterdam - Holanda
= Handbook of Drowning - Springer-Verlag, 2005
= Article in Resuscitation (2005) - In-water resuscitation
= “Bulletin” da OMS – Drowning definition – 2005.
= Congresso Mundial 2007 - Porto - Portugal
= Livro do ACLS - AHA – EUA – 2008
= The Textbook of Emergency Cardiovascular Care and CPR
AHA & ACEP - Drowning – 2009
= Textbook of Critical Care, 6th edition – Drowning – 2011
Fink M, Abraham E, Vincent JL, Kochanek
Szpilman D, Bierens JJLM, Handley AJ, Orlowski JP. Drowning: Current
Concepts. N Engl J Med 2012;366:2102-10
DEFINIÇÃO
Afogamento: É a aspiração de líquido não
corporal causada por submersão ou imersão.
Resgate: Vítima
retirada da água sem
tosse
e com ausculta
pulmonar normal
Szpilman D., Drowning definition - World Congress on Drowning - Netherland 2002
Fatores a serem
considerados
AFOGAMENTO
CLASSIFICAÇÃO - CAUSA
PRIMÁRIO
Etilismo
" Diving Reflex "
(Reflexo de mergulho)
Hipotermia
" Imersion syndrome "
(Hidrocussão)
SEM CAUSA PRECIPITANTE
SECUNDÁRIO
PATOLOGIA PRECIPITA O AFOGAMENTO
• Drogas (álcool) - 36,2%
• Crise convulsiva - 18,1%
• Trauma - 16,3%
• Cardio/pneumopatias - 14,1%
• Mergulho - 3,7%
• Outros (caimbras, lipotímias) - 11,5%
SZPILMAN D; NEAR-DROWNING AND DROWNING CLASSIFICATION: A proposal
to stratify mortality based on the analysis of 1,831 cases, CHEST; VOL 112; ISSUE 3;1997.
FISIOPATOLOGIA DO AFOGAMENTO
ÁGUA DOCE E MAR
ASPIRAÇÃO DE ÁGUA
EFEITOS NO
EFEITOS PULMONARES
INTRAVASCULAR
TEMPESTADE
ACIDOSE
RESPIRATÓRIA
HIPÓXIA
ADRENÉRGICA
EFEITOS
HIPOTERMIA
MÍNIMOS
CORPORAL
ESFORÇO MUSCULAR
E VASOCONSTRICÇÃO
ELETRÓLITOS
EFEITOS
EFEITOS
VOLUME SANGUÍNEO
SOBRE O SNC
CARDÍACO
HEMÓLISE
ACIDOSE LÁTICA
ENCEFALOPATIA
ANÓXICA
ARRITMIAS
COMA
LESÃO CEREBRAL
PARADA CARDÍACA
SZPILMAN D, AMOEDO AR;ARTIGO DE REVISÃO “AFOGAMENTO, NEAR-DROWNING/DROWNING ”,
JAMA - PEDIATRIA - Vol 2, Setembro/Outubro de 1995
Grau 2
Grau 3
Estudo demográfico de 2.304 casos de afogamento
Homens
Solteiros
Sabem nadar
Moram fora da orla
Mar
Afoga. Secundário
Média de 22 anos
Ingeriram álcool
Alimentaram-se 3 h
antes do acidente
0
20
40
60
Percentual (%)
SZPILMAN D ; NEAR-DROWNING AND DROWNING CLASSIFICATION: CHEST; 1997.
80
100
SUPORTE DE VIDA NA ÁGUA
Cadeia da Sobrevivência no Afogamento
2002
Szpilman D, Morizot-Leite L, Vries W, Scarr J, Beerman S, Martinhos F, Smoris L, Lofgren B; First aid courses for
the aquatic environment; Hand book of drowning - Nehterland - 2003, In edition.
Prevenção em Água doce
• 75% dos óbitos por afogamento
• 90% das crianças afogadas não tem supervisão adulta
Dr David Szpilman
Prevenção em Praias
Não superestime sua natação
46.6% dos afogados acham que sabem nadar.
Bóias podem virar tragédia!
Qual o local de maior risco
de afogamentos em piscinas
Identificar um afogamento &
Solicitar Socorro - Alarme
Cadeia da Sobrevivência no Afogamento
Szpilman D, Morizot-Leite L, Vries W, Scarr J, Beerman S, Martinhos F, Smoris L, Lofgren B; First
aid courses for the aquatic environment; Hand book of drowning - Nehterland - 2003, In edition.
A observação pode
reconhecer e antecipar o
afogamento em 80 a 90%.
FORA & DENTRO DA ÁGUA
Szpilman D, “Na praia, você sabe quem vai se afogar antes de entrar na água? - Revista
Hardcore; ano 14, Fevereiro 2003, #162.
Obesos
Cansados
Alcoolizados
Szpilman D, “Na praia, você sabe quem vai se afogar antes de entrar na
água? - Revista Hardcore; ano 14, Fevereiro 2003, #162.
Utilizando objetos flutuantes
Szpilman D, “Na praia, você sabe quem vai se afogar antes de entrar na água? - Revista Hardcore;
ano 14, Fevereiro 2003, #162.
Estranhos ao ambiente
Szpilman D, “Na praia, você sabe quem vai se afogar antes de entrar na água? - Revista Hardcore;
ano 14, Fevereiro 2003, #162.
Quem está se afogando?
• Nada sem se deslocar.
• Onda encobre o rosto e o cabelo cai na face;
• Nada contra a corrente;
Pia F: Reflections on lifeguard surveillance programs. In Fletemeyer JR, Freas SJ (eds): Drowning:
New Perspectives on Intervention and Prevention. Boca Raton, FL, CRC Press, 1999, pp 231-243
Alarme antes do Socorro
1o
----
Solicita Socorro
de guarda-vidas
e Ambulancia
Vítima
Socorro
193
Onde é a emergência?
O que aconteceu?
O que está sendo feito para a(s) vítima(s)?
Qual o número do telefone que você está ligando?
SZPILMAN 2003
SOCORRO &
SUPORTE BÁSICO DE VIDA
DENTRO da ÁGUA
Szpilman D, Morizot-Leite L, Vries W, Scarr J, Beerman S, Martinhos F, Smoris L, Lofgren B; First
aid courses for the aquatic environment; Hand book of drowning - Nehterland - 2003, In edition.
O SOCORRO na ÁGUA
Se você for a vítima...
1. Mantenha a calma – a maioria morre
por cansaço na luta contra a correnteza.
2. Flutue e acene por socorro.
Só grite se alguém puder lhe ouvir.
3. No mar, deixe-se levar para o alto mar, a
favor da correnteza, acene por socorro e aguarde.
Szpilman D, Morizot-Leite L, Vries W, Scarr J, Beerman S, Martinhos F, Smoris L, Lofgren B; First
aid courses for the aquatic environment; Hand book of drowning - Nehterland - 2003, In edition.
Se você for o socorrista,
cuidado para não se tornar a vítima!
Vítima a menos de 4 m - piscina, lagos, rios.
Szpilman D, Morizot-Leite L, Vries W, Scarr J, Beerman S, Martinhos F, Smoris L, Lofgren B; First
aid courses for the aquatic environment; Hand book of drowning - Nehterland - 2003, In edition.
Se você for o socorrista,
cuidado para não se tornar a vítima!
Vítima entre 4 e 10 m - rios, encostas, e canais
Atire um objeto flutuante
(se possível com uma corda)
Deixe que a vítima agarre
o objeto, e então puxe-a.
Szpilman D, Morizot-Leite L, Vries W, Scarr J, Beerman S, Martinhos F, Smoris L, Lofgren B; First
aid courses for the aquatic environment; Hand book of drowning - Nehterland - 2003, In edition.
Retire a face da vítima de dentro
da água e ABRA AS VIAS AÉREAS
RESPIRAÇÃO PRESENTE?
Use sempre que possível um flutuador
Como retirar a vítima INCONSCIENTE/CANSADA do MAR
Szpilman D, Idris A & Cruz-Filho FES; Position of Drowning Resuscitation victim on Sloping
Beaches; World Congress on Drowning, Amsterdam 26-28 June 2002, Book of Abstracts, pg 168.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA
EM ÁREA SECA
Szpilman D, Morizot-Leite L, Vries W, Scarr J, Beerman S, Martinhos F, Smoris L, Lofgren B; First
aid courses for the aquatic environment; Hand book of drowning - Nehterland - 2003, In edition.
Coloque a vítima paralela a água
Cheque a resposta
da vítima
perguntando,
“Você está me
ouvindo?”
Szpilman D, Idris A & Cruz-Filho FES; Position of Drowning Resuscitation victim on Sloping
Beaches; World Congress on Drowning, Amsterdam 26-28 June 2002, Book of Abstracts, pg 168.
GRAUS de AFOGAMENTO - CLASSIFICAÇÃO - BLS
Baseado na avaliação de 1.831 casos - CHEST - Setembro 1997 e Julho 2007
Na Areia ou Borda da Piscina
Cabeça da vítima no mesmo nível do tronco - praias inclinadas na posição paralela a água.
Não perca tempo tentando
retirar água do pulmão.
Cheque a resposta do afogado - Você está me ouvindo ?
sim
Não
Desobstrua as vias aéreas e veja, ouça e sinta a respiração
TRM ?
RESPIRAÇÃO
PRESENTE ?
Não
Faça 5 ventilações artificiais
e cheque o pulso carotídeo
ESPUMA na BOCA/NARIZ
Sim
Ausente
GRANDE QUANTIDADE DE
ESPUMA NA BOCA / NARIZ
PEQUENA
QUANTIDADE DE
TEM PULSO
Pulso CAROTIDEO ?
Não
Sim
VERIFIQUE TOSSE e
RADIAL ?
não
sim
ESPUMA NA BOCA/
NARIZ
Suporte Cardíaco Avançado de Vida (BLS) Afogamento - Szpilman 2013
TOSSE SEM
ESPUMA
CLASSIFICAÇÃO DA GRAVIDADE
DO AFOGAMENTO
Só classifique o
grau do afogamento
após ter certeza
de que está vivo.
Manual de Emergências Aquáticas - Dr David Szpilman
60
SUPORTE AVANÇADO DE VIDA
no AFOGADO
Szpilman D, Morizot-Leite L, Vries W, Scarr J, Beerman S, Martinhos F, Smoris L, Lofgren B; First
aid courses for the aquatic environment; Hand book of drowning - Nehterland – 2006.
GRAUS de AFOGAMENTO - CLASSIFICAÇÃO - ACLS
Cheque a resposta do afogado - Você está me ouvindo ?
sim
Não
Desobstrua as vias aéreas e veja, ouça e sinta a respiração
RESPIRAÇÃO
Cuidado com a
PRESENTE ?
mobilização do
pescoço se houver
Não
suspeita de TRM
AUSCULTA PULMONAR
Normal
sem tosse
Sim
EDEMA AGUDO
Faça 5 ventilações artificiais
e cheque o pulso carotídeo
DE PULMÃO
HIPOTENSÃO/CHOQUE ?
Pulso CAROTIDEO ?
Não
Sim
sim
ESTERTORES de
LEVE A
NORMAL COM
MODERADA
TOSSE
INTENSIDADE
não
Suporte Cardíaco Avançado de Vida (ACLS) Afogamento - Szpilman 1999
GRAUS de AFOGAMENTO - TRATAMENTO - ACLS
Baseado na avaliação de 1.831 casos - CHEST - Setembro 1997
Parada Cárdio-Respiratória
Mortalidade - 93%
1. Inicie a RCP - T.O.T assim que possível e acesso venoso periférico
• Monitorize ECG para desfibrilação, CUIDADO o paciente pode estar molhado
• Adrenalina I.V. a 0.01mgr/kg após 3 min e 0.1mgr/kg a cada 3 min de PCR.
• Não dar soco no precórdio - retarda o início das manobras
• Não comprimir o abdome - 86% tem vômitos
• Não utilizar BICARBONATO
2. Mantenha a RCP até a temperatura Corporal > 340C.
3. Após sucesso trate como Grau 4.
Suporte Cardíaco Avançado de Vida (ACLS) Afogamento - Szpilman 2005
GRAUS de AFOGAMENTO - TRATAMENTO - ACLS
Baseado na avaliação de 1.831 casos - CHEST - Setembro 1997
Parada Respiratória Isolada
Mortalidade - 44%
1. Inicie imediatamente a ventilação artificial de emergência
2. Mantenha a ventilação artificial de 12 a 20/min com 15 L /O2
até retorno expontâneo da respiração e cheque o pulso
regularmente.
3. Após retorno da ventilação trate como Grau 4
Suporte Cardíaco Avançado de Vida (ACLS) Afogamento - Szpilman 2005
GRAUS de AFOGAMENTO - TRATAMENTO - ACLS
Baseado na avaliação de 1.831 casos - CHEST - Setembro 1997
Edema agudo de Pulmão COM Hipotensão Arterial
Mortalidade - 19.4%
1. Observe a respiração com atenção - pode haver parada respiratória.
2. Siga o tratamento para o grau 3 e;
2.1 infusão venosa de cristalóides até restabelecer a pressão arterial.
2.2 Soluções colóides somente em hipovolemia refratária.
2.3 Restrinja a reposição hídrica orientada pelo débito urinário.
2.4 Raramente há necessidade do uso vasopressores ou inotrópicos.
Suporte Cardíaco Avançado de Vida (ACLS) Afogamento - Szpilman 2005
GRAUS de AFOGAMENTO - TRATAMENTO - ACLS
Baseado na avaliação de 1.831 casos - CHEST - Setembro 1997
Edema agudo de Pulmão SEM Hipotensão Arterial
Mortalidade - 5.2%
1. Oxigênio por máscara facial ou TOT a 15 l/min.
2. Posição lateral de segurança sob o lado direito.
3. Internação hospitalar (CTI) - 48 a 96 horas.
3.1 Assistência respiratória - TOT + ventilação mecânica com PEEP.
3.2 Sedação por 48 h.
3.3. Corrija a acidose metabólica.
3.4. Solicite radiografia de tórax + gasometria arterial + eletrólitos + Uréia
+ EAS + Creatinina + Glicose + e se nível de consciência alterado TAC de
crânio.
Suporte Cardíaco Avançado de Vida (ACLS) Afogamento - Szpilman 2005
GRAUS de AFOGAMENTO - TRATAMENTO - ACLS
Baseado na avaliação de 1.831 casos - CHEST - Setembro 1997
Estertores Pulmonares de Leve a Moderada Intensidade
Mortalidade - 0.6%
1. Oxigênio nasofaríngeo a 5 l/min.
2. Repouso, aquecimento, e tranqüilização.
3. Posição lateral de segurança sob o lado direito.
4. Observação hospitalar por 6 a 48 h.
5. Solicite radiografia de tórax e gasometria arterial.
Suporte Cardíaco Avançado de Vida (ACLS) Afogamento - Szpilman 2005
GRAUS de AFOGAMENTO - TRATAMENTO - ACLS
Baseado na avaliação de 1.831 casos - CHEST - Setembro 1997
Ausculta Pulmonar Normal com Tosse
Mortalidade - 0.0%
Repouso, aquecimento, e tranqüilização.
Não há necessidade de oxigênio ou hospital
Suporte Cardíaco Avançado de Vida (ACLS) Afogamento - Szpilman 2005
GRAUS de AFOGAMENTO - TRATAMENTO - ACLS
Baseado na avaliação de 1.831 casos - CHEST - Setembro 1997
Ausculta Pulmonar Normal Sem Tosse
Mortalidade - 0.0%
Libere para casa do próprio
local, sem atendimento médico.
Suporte Cardíaco Avançado de Vida (ACLS) Afogamento - Szpilman 2005
15 Compresões
X
2 Ventilações
Equipo
de soro
Aspirador
Bolsa + TOT
Prancha
Desfibrilador
e Monitor
Medicação
Oxímetro
Via IV periférica
AFOGAMENTO
QUANDO INICIAR AS MANOBRAS DE RCP ?
Inicie a RCP em:
1. Todos com um tempo de submersão inferior a 1 hora.
2. Todos que não apresentem um dos sinais abaixos;
· Rigidez cadavérica
· Decomposição corporal
· Presença de livores
QUANDO PARAR AS MANOBRAS DE RCP ?
10 - Se houver resposta a RCP, ou;
20 - Em caso de exaustão do guarda-vidas, ou;
30 - Ao entregar o afogado a uma equipe médica.
Para o ACLS: Só parar a RCP com a
vítima em assistolia SEM hipotermia
SZPILMAN D, AMOEDO AR; MANUAL DE AFOGAMENTO e RCP, Editora Revinter - 1995
Novas recomendações ILCOR 2010
RCP conforme experiência do socorrista.
1.
Leigo com nenhuma experiência, recebendo instruções por telefone:
• Reconhecer a PCR (não responsivo) + Ativar o SEM(193/192)
• Iniciar compressão cardíaca (sem ventilação)
• Só utilizará o DEA se estiver próximo.
• Só procede a ventilação em casos de asfixia (afogamento e outros).
2. Leigo treinado em SBV
• Reconhecer PCR + Acionar serviço de emergência (193 / 192)
• Iniciar a RCP C-A-B (não palpa pulso)
• DEA se disponível e re-checar a cada 2 minutos.
3. Profissionais de Saúde (analisa a situação e decide ordem das manobras)
(afogamento + hipotermia + trauma + crianças) = ABC
Afogamento se 2 socorristas a relação é 2 x 15.
• Reconhecer PCR (palpação pulso) + Acionar serviço de emergência (193 / 192).
• Iniciar a RCP - CAB ou ABC
• DEA se disponível e re-checar a cada 2 minutos.
HOSPITAL
Szpilman D, Morizot-Leite L, Vries W, Scarr J, Beerman S, Martinhos F, Smoris L, Lofgren B; First
aid courses for the aquatic environment; Hand book of drowning - Nehterland - 2003, In edition.
O QUE
NÃO FAZER EM AFOGAMENTO
• Não esperar para ofertar O2
• Não aspirar vias aéreas em excesso
• Não passar sonda naso-gastrica antes de via aérea definitiva
• Não fazer diuréticos
• Não fazer corticóide
• Não fazer antibiótico sem indicação
O QUE
FAZER EM AFOGAMENTO
• Quanto mais cedo o salvamento, melhor o prognóstico
• Resgate e Grau 1 – repouso e liberar para casa
• Grau 2 - Ofertar O2 o mais breve possível
• Grau 3 e 4 – Oxigênio e Via aérea definitiva(TOT)
• Grau 5 e 6 – iniciar a RCP o mais precoce possível e manter
Quais os nossos maiores desafios?
• Conhecer o perfil do afogamento em nossa cidade/estado
Planejar a melhor estratégia de prevenção local
• Convencer a população que o afogamento pode acontecer!
Melhorar a penetração de nossas mensagens de prevenção
• Lidar com a impossibilidade do guarda-vidas de supervisionar tudo
Melhorar as sinalização em locais de risco
Não aceitar como impossível tudo que possa ser feito,
mas ter a sabedoria de saber seu limite szpilman 2012
Próximos cursos gratuitos
Emergências Aquáticas – Dia 14/09
Onde encontrar
www.szpilman.com
&
www.sobrasa.org

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