Piedade Valente

Transcrição

Piedade Valente
Revista Quadrimestral | N.º4 | Fevereiro 2008
DOSSIER
Internacionalização
e Inovação
A Inovação na Saúde
Definimos a inovação como
área estratégica convictos que
este é um factor decisivo da
competitividade e do futuro das
empresas no mundo actual.
ARTIGOS
USA/Portugal:
A strong Alliance
Today, Portugal is the European
leader in the transatlantic
economic dialogue initiated
by the very successful U.S.-EU
Summit that took place
in Washington on April 30, 2007.
Oportunidades de
Exportação para os EUA
A internacionalização das
empresas portuguesas,
nomeadamente através da
promoção das exportações,
é uma opção estratégica que
deverá ser dinamizada em
permanência.
The Trasatlantic
Economy 2008
Transatlantic trade, investment
and affiliate profits have soared,
boosting employment, income
and corporate earnings on both
sides of the Atlantic.
Destination: US
A Câmara de Comércio Americana
em Portugal agradece
a todos os Sócios Patrocinadores
A categoria de Sócio Patrocinador traz à sua Empresa grandes vantagens.
Se desejar tornar-se Sócio Patrocinador ou receber mais informação, por favor contacte-nos.
Índice/Editorial
5
Carta
Carta do Presidente da CCAP
6
Artigo
USA/Portugal: A strong Alliance
- Thomas F. Stephenson
8
Artigo
Economic Development Opportunities for Portuguese Businesses
in the city of Newark - Cory Booker
e Stefan Pryor
Artigo
10
Oportunidades de Exportação
para os EUA - Francisco Mendes
Palma e Luís Ribeiro Rosa
Artigo
13
The Transatlantic Economy 2008
- Daniel Hamilton e Joseph Quintan
Análise
17
Uma análise económica
- Gonçalo Pascoal
Artigo
20
Euro-Dolar versus Importações-Exportações - Elsa Picão
Dossier
22
Internacionalização e Inovação
A aicep Portugal Global
e a Internacionalização
da Economia Portuguesa
- Basílio Horta
Álvaro Coelho & Irmãos: Um caso
exemplar na abordagem e utilização dos incentivos da UE
- Luís Mesquita
A Inovação na Saúde - Luís Portela
A SISCOG e a Inovação - João
Pavão Martins
Sobre a CCAP
Galeria de Fotos
Novos Sócios
Novidades sobre
os Nossos Sócios
30
Editorial
2008 – ano de incertezas...
- Ano de eleições presidenciais nos EUA - uma das mais imprevisíveis dos últimos
anos e onde a palavra mais marcante é sem dúvida “mudança”. É pois com expectativa que esperamos para ver o que vai mudar e como vai mudar.
- Dólar. Em 2007 o dólar desvalorizou-se 11% fase ao euro e o euro forte parece ter
vindo para ficar. Teremos que nos habituar ao dólar fraco? Irá continuar em queda?
- Petróleo. O preço do petróleo rompeu a barreira psicológica dos 100 dólares. Esta
é uma tendência, ou atingimos já o valor máximo?
- Subida de preços dos produtos agrícolas. Até onde irão estes valores? Qual a taxa
de inflação expectável?
- Mercado imobiliário em queda. O subprime minou a confiança dos investidores,
o apetite pelo risco e teve efeitos devastadores nos maiores bancos mundiais. Até
quando e até quanto? Irão os EUA entrar efectivamente na tão falada recessão?
- Turbulência nos mercados financeiros. Com esta crise os bancos apertam o acesso ao crédito. Começam a conhecer-se prejuízos, os maiores da história do sector
financeiro. Os Bancos centrais para tentar evitar o colapso total dos mercados financeiros injectam dinheiro nos mercados financeiros. Será suficiente?
- Alguns dos países emergentes, nomeadamente a China, aproveitam esta crise para
ganhar voz em importantes empresas ocidentais que necessitam de liquidez. Qual
a evolução do equilíbrio económico mundial nos próximos anos?
- Uma eventual recessão na economia norte americana terá efeitos perturbadores na
União Europeia. O crescimento nos últimos anos esteve assente nas exportações
sustentando o investimento e a criação de emprego. Podem as economias emergentes juntamente com a União Europeia substituírem-se aos EUA no crescimento
mundial?
Uma coisa parece certa, menos crescimento (todas as previsões do crescimento são
feitas em baixa) mas até quanto, esta é a grande questão que ninguém se sente seguro a responder.
Na sua carta, José Joaquim Oliveira faz uma breve análise sobre a situação económica
mundial realçando, de uma forma positiva mas realista, sinais e caminhos de inversão
das tendências actuais, contrariando uma certa atitude geral de pessimismo.
Sabemos que o importante é a informação, conhecer a realidade para podermos tomar boas decisões e definir as nossas estratégias. Por isso, solicitámos a Gonçalo
Pascoal, Chief Economist do Millennium bcp e a Elsa Picão, economista da Câmara
que nos falassem sobre algumas das realidades económicas actuais para nos ajudarem a perceber melhor o que se está a passar. Este clima de incertezas deve obrigar
a uma maior exigência e rigor mas, como gostamos de lembrar, tempos difíceis são
também tempos de oportunidades. E é precisamente de oportunidades que falamos
neste nosso número da Meeting Point. Oportunidades e incentivos que a cidade de
Newark oferece às empresas portuguesas apresentadas pelo Mayor Cory Booker e por
Stefan Pryor, e oportunidades de exportação para os EUA, através de um levantamento
feito pela equipa do Espírito Santo Research Sectorial, Francisco Mendes Palma e Luís
Ribeiro Rosa.
As relações transatlânticas continuam indubitavelmente a ser o grande suporte da
economia nos dois lados do atlântico, e isso é o que nos mostra claramente o relatório
anual elaborado por Daniel Hamilton e Joseph Quinlan do Center for Transatlantic Relations da John Hopkins University e do qual reproduzimos o resumo.
O novo Embaixador dos EUA em Portugal, Thomas Stephenson deu-nos o privilégio de
colaborar neste número com um interessante artigo sobre as relações entre os nossos
dois países, e sobre o papel dos EUA no mundo nos dias de hoje.
E, continuando a falar de oportunidades, são muitas aquelas que se abrem ás empresas portuguesas se souberem utilizar, bem, os novos incentivos da União Europeia,
essencialmente no que diz respeito aos processos de Internacionalização e I&D.
Basílio da Horta fala-nos do papel da AICEP no âmbito das políticas públicas de apoio
à internacionalização das empresas portuguesas, factor decisivo para a economia portuguesa. E por ser através da partilha de experiências que muitas vezes aprendemos,
apresentamos três casos de sucesso: o caso de Álvaro Coelho & Irmãos, o exemplo de
uma boa utilização dos fundos comunitários e os casos da Bial e da Siscog que são
dois excelentes exemplos de investigação e desenvolvimento feita em Portugal, de que
muito nos devemos orgulhar, testemunhando como a inovação deve ser uma presença
constante no planeamento estratégico das empresas como factor decisivo de sucesso
num mercado cada vez mais global e competitivo.
A actividade da Câmara tem sido intensa e, na Galeria das fotos, partilhamos convosco
alguns momentos dos últimos eventos. Saiba também mais sobre os nossos sócios,
os novos e aqueles que tem novidades para nos contar na secção Sobre a CCAP.
Leia-nos e dê-nos a sua opinião e contributo para que possamos melhorar este nosso
projecto que esperamos possa também ser seu.
Graça Didier
Ficha Técnica
Director: José Joaquim Oliveira - Editor: Graça Didier - Colaboraram neste número: Cory Booker, Daniel Hamilton, Elsa Picão, Francisco Mendes Palma, Gonçalo Pascoal, João Pavão
Martins, Luís Mesquita, Luís Portela, Joseph Quinlan, José Joaquim Oliveira, Luís Ribeiro Rosa, Basílio Horta, Stefan Pryor, Thomas Stephenson - Projecto gráfico e paginação: Add
Solutions - Impressão: Europress - Propriedade: Câmara de Comércio Americana em Portugal, Rua D. Estefânia, 155, 5.º Esq. - 1000-154 Lisboa - Portugal - Telefone: 213 572 561 Fax: 213 572 580 - Email: [email protected] - Website: www.amchamportugal.org - Contribuinte n.º: 500 912 467 - Tiragem: 1.500 exemplares - N.º de depósito legal:
250354/06 - Publicação: Quadrimestral de distribuição gratuita aos sócios - Isenta de registo ao abrigo do Decreto regulamentar n.º 8/99 de 9 de Junho art. 12º alínea a) do n.º 1.
3
Carta
Carta do Presidente da CCAP
Procurar entender as situações num dado momento
e antecipar possíveis evoluções é importante e necessário.
Temos que ter um rumo, uma orientação, saber para onde ir.
José Joaquim Oliveira
Presidente da IBM em Portugal
Presidente da CCAP
Há dias, um ilustre economista dava
a entender que fazer previsões sobre
a conjuntura económica é uma tarefa
absolutamente inútil. E ia mais longe,
insinuando que muitas vezes essas
previsões não passam de palpites sem
qualquer base cientifica que apenas
servem para satisfazer ansiedades. Radical esta posição. Percebe-se porquê,
até certo ponto, dado as surpresas que
acontecem a cada passo, sem qualquer
respeito pelas análises e projecções
mais fundamentadas. Mas só até certo
ponto. Procurar entender as situações
num dado momento e antecipar possíveis evoluções é importante e necessário. Temos que ter um rumo, uma
orientação, saber para onde ir. Tarefa
difícil num mundo e numa economia de
fronteiras e barreiras cada vez mais esbatidas, em que os efeitos dos acontecimentos num ponto do globo se estendem rapidamente a outras geografias.
O que está a acontecer com a recente
crise no sector imobiliário dos EUA e em
parte do sistema financeiro deste país
constitui o exemplo mais recente desta
realidade.
Neste mundo cada vez mais global,
tanto os planos de desenvolvimento
como as medidas de combate às crises
devem ter em conta as situações dos
países que as desenvolvem, da área
económica em que estes se inserem
e, naturalmente, a conjuntura à escala
do planeta, sob pena de se produzirem
resultados aquém do desejado.
Vivem-se hoje dias de incerteza e aparente desorientação no que à situação
económica diz respeito. Fala-se – excessivamente deve dizer-se - em recessão
com início nos EUA e quase certa propagação a outras regiões, designadamente
à Europa. Apontam-se sinais que nuns
casos são reais, noutros são apenas
(dos tais) palpites. Mas a desaceleração
do crescimento da economia parece,
de facto, estar a chegar e vir a atingir
diferentes geografias económicas. Tipicamente nestes momentos o pessimismo instala-se e alimenta a crise em vez
de a combater.
Atentemos, mesmo que brevemente,
nalguns aspectos que, caso se verifiquem, podem contrariar estes sinais.
Comecemos pela América. Os EUA
continuam a ser a maior economia do
mundo, com músculo e capacidades
que outras estão longe de possuir
e que, com elevada probabilidade, resolverão os seus problemas. O corrente ano pode ser difícil - as crises não
se resolvem da noite para o dia – mas
as medidas que já estão decididas
e outras que certamente vão surgir,
visam reverter a ameaça de recessão
e a própria crise se ambas acabarem por
acontecer. As eleições no final do ano
e um novo Presidente no início de 2009
não deixarão de imprimir dinamismo
adicional (a mudança no poder só por
si tende a ter este efeito independentemente de quem venha a ser eleito),
constituindo um forte antídoto - porventura o maior de todos – para os problemas do país, com consequente impacto
positivo noutras zonas do globo e noutros países, partindo do pressuposto de
que uma América sem crise é bom para
o mundo. Devemos, por outro lado, ter
em atenção o peso do sector privado
americano na economia do país e na
economia global. Os EUA são, porventura, o maior expoente do sistema económico vigente nas democracias desenvolvidas ou em vias de desenvolvimento,
no qual as empresas constituem o seu
elemento central e mais importante.
As empresas americanas dos sectores
menos atingidos pelas dificuldades que
hoje se sentem e as empresas globais
menos expostas ao mercado interno deverão, normalmente, puxar pela economia do país e criar espaço e condições
para uma recuperação a médio prazo
dos sectores mais vulneráveis. Será
deste conjunto - evolução da situação
política e acção das empresas privadas
- que sairá grande parte da transformação necessária a uma inversão das tendências actuais.
Quanto a Portugal, o que podemos fazer para equilibrar a situação global
é semelhante ao nosso peso no contexto internacional, isto é, muito pouco.
Mas podemos actuar à luz de alguns
princípios orientadores. Em primeiro lugar, é indispensável estar muito atento
ao desenrolar da situação e preparar
o que for possível para minimizar os efeitos da ameaçadora recessão económica internacional. Convém lembrar que
quer Portugal quer a Europa têm contribuído fortemente, com os seus próprios
problemas, para a situação que vivem
e que virão a viver. Não é nada verdade
que a América e as suas “crises” sejam
os maiores causadores das dificuldades
que se sentem por cá. Depois devemos
ser prudentes. Dizer não ao facilitismo
e sim ao rigor e à exigência. Devemos
continuar a fazer bem o que está bem
– as boas estratégias não se mudam
se, de facto, forem boas – corrigir, sem
hesitações, o que se vier a reconhecer
que não é o mais adequado e, sobretudo, deitar mãos à obra e executar as reformas que ainda estão por concretizar.
E embrulhar tudo isto em trabalho,
determinação e vontade de vencer.
O trabalho é o melhor remédio para as
crises. As boas empresas, em Portugal
e em qualquer outro país, regem-se por
estes princípios. O Primeiro-Ministro
de Portugal enunciou-os recentemente
também para a sua governação, com
grande convicção e confiança no futuro.
Resta-nos acreditar e ajudar. Só pode
correr bem.
5
Artigo
USA/Portugal:
A strong Alliance
Our engagement in the world today is defined not only by
our challenges, but by our opportunities...
Thomas F. Stephenson
U.S. Ambassador to Portugal
One of the wonderful things about coming to represent the United States in
Portugal is the knowledge that, in this
role, I am continuing a long, happy tradition. The tradition started well over
200 years ago when Portugal did us
the lasting favor of recognizing our new,
near-friendless democracy. We reciprocated by sending our best and brightest
as envoys to this country, men like John
Quincy Adams, son of one of our most
important founding fathers and a future
president himself.
Our ties were strengthened over the
years as American whaling ships employed Portuguese sailors and millions
of Portuguese immigrants settled in
the United States. Anyone who pays
at least a minimum of attention to the
news knows that we still take this relationship seriously, both at the highest
level as witnessed by Prime Minister
Sócrates’ visit with President Bush last
year and at the popular level with the
“Encompassing the Globe” exhibit breaking attendance records at the Smithsonian Institution in Washington during
a phenomenal showing last summer.
So to say that the United States and
Portugal have been mutually supportive
friends for a long time is an understatement. Our alliance today is as strong
as it has ever been, and getting stronger. Our mutual commitment to democratic values, our close cooperation in
everything from fighting terrorism to
fighting forest fires, and the constant
flow of goods, people and ideas between our two countries, all point towards
a close, fruitful relationship for years to
come.
I’m pleased to note that our governments at the highest levels are working
together to strengthen two-way trade
and investment. As it stands, the U.S.
6
is Portugal’s top non-EU trading partner and a focus market for Portuguese foreign direct investment. Whether
it’s Brisa’s tollroads in Colorado, EDP’s
wind turbines in Texas, or Efacec’s power substations in Georgia, Portugal’s
commercial presence in the United States is increasing to the benefit of both
economies. At the same time, U.S.
companies continue to establish and
expand their operations in Portugal,
which is encouraging and reflects the
wealth of opportunities that this country has to offer. From advanced renewable energy resources to an ever-more
qualified workforce and access to the
broader European Union market, Portugal is an increasingly attractive destination for American businesses and
investors.
In 2007, the level of bilateral trade
between our two nations was around
$5 billion – up 12% from 2006. All the
same, Portugal still lags behind countries like Costa Rica and Trinidad and
Tobago in terms of total trade with the
U.S. This tells me that, while progress
is being made, much remains to be
done before our commercial relations
better reflect the strength of our political relations. During my time here,
I will continue to work toward narrowing
that gap.
Moving from the bilateral to the global,
I would like to highlight just a few issues
on which we’ve been focused lately. Beginning with Iraq, which is a different
country today than it was a year ago,
the surge of troops has made an undeniable dent in the violence there and in
restoring security. In addition, the surge
of our Provincial Reconstruction Teams
is facilitating reconstruction and reconciliation at the local level. All of this, of
course, is still fragile and in the year
to come, we will need to continue to
help Iraqis translate security gains into
lasting political progress. To be sure,
serious challenges remain in Iraq, but
they are increasingly the challenges of
building on positive developments.
Another top priority, as you know, has
been to bring Israelis and Palestinians
together in order to open final status
negotiations for the establishment of
a Palestinian state. Annapolis was the
culmination of patient and painstaking
diplomacy of almost a year, and the
President’s recent trip to the Middle
East sent a strong message that we will
continue to support President Abbas’
efforts to build an effective democratic
state.
With Syria and Iran, we remain open to
better relations, but they must choose cooperation, not confrontation with
the international community. We have
made progress, with regards particularly, to Iran. We have strengthened
international cooperation to pressure
Iran to give up its pursuit of a nuclear
capability, and we have increased financial pressure against Iranian agencies,
banks, and front companies that abuse
the international financial system. And
we have targeted Iran’s provision of lethal support to extremists who attack
U.S. and coalition troops and innocent
civilians in Iraq and Afghanistan.
In Central and South Asia, we and our
NATO and Afghan allies are fighting together in Afghanistan and it is a fight
that we will win. We will continue to
support the Afghan Government, and
continue to encourage our NATO allies
to maintain and enhance their commitments to this critical front in countering
terrorism.
In East Asia, we have made progress toward our goal of denuclearizing the Ko-
Artigo
rean Peninsula. North Korea has shut
down and is now disabling its nuclear
facilities. We expect North Korea to honor the pledge it made in the six-party
talks, to make a complete and accurate
declaration of all its nuclear programs.
Of course, other challenges and flashpoints of conflict remain in East Asia
and we will monitor those closely. In
the Taiwan Strait, for example, the United States remains committed to peace
and security. We oppose any threat to
use force and any unilateral move by either side to change the status quo. We
have a One China policy and we do not
support independence for Taiwan.
In Africa, a top priority this year is to
remain steadfast with our partners in
Africa who are working to end conflict
and build prosperity. That is especially
true in Kenya, Sudan, Somalia and the
Democratic Republic of the Congo. The
United States will continue to keep
the pressure on Sudan’s Government
to get an AU/UN peacekeeping force
into Darfur. We will continue our efforts
to do the same in Somalia, and of course we are actively engaged in efforts
to find a solution to the presidential crisis in Kenya.
In Latin America, we have worked hard
to promote democracy and prosperity
and to support our allies who are trying
to build more just and open systems.
Congress’ passage last year of our Free
Trade Agreement with Peru is good for
our democratic partner there and an
important sign of our nation’s enduring
bipartisan support for free trade.
We are dealing with a lot of serious
challenges right now, but we must never let that obscure a deeper and more
meaningful fact. Our engagement in the
world today is defined not only by our
challenges, but by our opportunities -opportunities to help shape a future in
which more men and women than ever
before in human history enjoy lives of
peace, prosperity and freedom. I look
forward to working closely with our Portuguese allies in meeting the challenges that lie ahead and taking full advantage of the opportunities our mutual
engagement in world affairs presents.
7
Artigo
Economic
Development
Opportunities
for Portuguese
Businesses in the
City of Newark
Cory Booker e Stefan Pryor
Mayor e Deputy Mayor of Economic Development, respectivamente
Business interest in the city continues to grow tremendously
as experienced developers recognize the opportunity that Newark presents.
Newark, the largest city in New Jersey,
is a gateway to America for Portuguese
business and industry. Newark welcomes new investment, corporate tenancies, and industrial and distribution facility development from Portugal.
Newark is connected to the world’s centers of commerce through an exceptional infrastructure that includes seaport,
airport, and rail and highway systems.
Newark is home to the largest port on
the east coast of North America. Goods shipped to the port are distributed
throughout the Northeast, the largest
consumer market in the U.S. and one of
the most economically vibrant regions
in the world. The land around the port
in Newark is primed for development by
warehouse, distribution, and other industrial businesses that would benefit
from its strategic location.
The Newark Liberty International Airport
increases accessibility for Portuguese
business in Newark. The Newark Airport
is home to the United States headquarters of Transportes Aéreos Portugueses
(TAP Air Portugal). Continental Airlines
also has a large presence at the airport, and more Continental flights travel
through the Newark Airport each day
than through any of the airline’s other
American hubs. The Newark Airport
is also the closest airport to downtown
Manhattan.
Newark is only a twenty-minute train ride
from New York City, and Newark is connected to Manhattan and the region by
8
the PATH, Amtrak, and New Jersey Transit rail lines. Seven highways intersect
Newark, including the New Jersey Turnpike, the Garden State Parkway, Route
78, Interstate 280, and Routes 1 and 9.
TAP’s as well as Millenium BCP’s United
States headquarters are located in the
Ironbound section of Newark. Since the
1920’s, Newark has been the center of
one of the largest Portuguese communities in America, and it presents an ideal
opportunity for Portuguese businesses
looking to expand to the United States.
Under the leadership of Councilman
Augusto Amador, the Ironbound neighborhood is home to a thriving Portuguese community and a number of Portuguese restaurants, civic organizations,
and two Portuguese-language newspapers. An Urban Enterprise Zone encompasses the Ironbound, along with much
of Newark, and this distinction allows
businesses to pay no or reduced state
sales tax on equipment and services.
Goods sold by Urban Enterprise Zone
businesses are only subject to one half
of the normal state sales tax. The Urban
Enterprise Zone has helped many businesses thrive in Newark, and we invite
Portuguese investors to take advantage
of the opportunity it presents.
Newark is poised to be an economic
leader within New Jersey and the Northeast. As the largest city in New Jersey, Newark continues to be a center of
urban residential life, and that residential base is growing. The development
of new mixed-use residential and com-
mercial projects will help create a 24/7
downtown. With the opening of the
Prudential Center Arena, a new 18,000seat sports and entertainment venue
that opened in October of this year, we
see the continued growth of downtown
restaurants and cultural events that will
ensure a safe and active nightlife.
Newark also has the highest concentration of colleges and universities in New
Jersey. 30,000 students attend these
institutions, and the schools support
over 10,000 faculty members. As Rutgers, NJIT, Seton Hall, Essex County College, and UMDNJ work with the Newark
Economic Development Office to encourage development in University Heights,
the retail and residential options for the
university community will increase. This
area is geographically central in downtown and can link development centers
throughout the city.
Newark is home to 150,000 jobs, more
than any other municipality in the state, but the infrastructure and economy
of the city can support many more. The
Newark Economic Development Office
has made it a priority to bring in businesses that will take advantage of our
large and diverse workforce.
As a center for office space, Newark
is unequalled in the region. The office
market in Newark contains nearly 13
million square feet of office space, with
a healthy overall vacancy rate of 11.8%.
While the rental rates for office space in
New York are typically over $100/squa-
Artigo
re foot, the average rental rate for Class
A office space in Newark is $29.29/
square foot. Newark offers businesses
a strategic location with competitive
market rates.
New businesses in Newark that demonstrate financial need have access
to compelling incentives. Businesses
that develop or renovate buildings are
eligible for the Commercial Revitalization Deduction, which allows businesses to deduct either one half of the
cost of revitalization in the first year of
a building’s use or to deduct the cost of
all revitalization efforts on a ratable basis over ten years. Renewal Community
Wage Credits offer a 15% federal tax
credit for each employee who lives and
works in Newark. Furthermore, the City
of Newark may abate municipal property
taxes if such assistance is needed to
close a financing gap.
Under the leadership of Mayor Cory
Booker and Deputy Mayor for Economic
Development Stefan Pryor, Newark is
ready for revitalization. Newark’s Brick
City Development Corporation fosters
economic development through relationships that help businesses work
and grow in Newark. Business interest
in the city continues to grow tremendously as experienced developers re-
cognize the opportunity that Newark
presents. Portuguese businesses are
especially well-positioned to take advantage of this opportunity. A recent trip
by top governmental and private sector
representatives from Newark to Lisbon
and Porto opened the door for the relationship between the Portuguese
business community and Newark. The
Newark Department of Economic Development will continue to do all it can to
ensure that Portuguese industries find
a productive environment in Newark,
and we invite Portuguese businesses
contemplating investment in the United
States to explore our city.
City of Newark incentives
Program
Eligibility
BEIP Grant
25 jobs new to New Jersey
Tax Exempt
Bond Financing
All manufacturing facilities
Wage Credit
All Newark-based businesses
· Direct credit against Federal taxes for up to 1,500 dollars for each year employee who lives and works in Newark.
Section 179 Deduction
All Newark-based businesses
· 35,000 dollars immediate tax-deductible depreciation expense for machinery or equipment placed in service
during the year.
Capital Gain Exclusion
All Newark-based businesses
· 0% Federal capital gains rate for Newark assets eld for a minimum of 5 years.
All Newark-based businesses within
Urban Enterprise Zone boundaries
Corporate Sales
All Newark-based businesses within
Tax Credit
Urban Enterprise Zone boundaries
Subsidized Unemployment All Newark-based businesses within
Insurance Costs
Urban Enterprise Zone boundaries
Sales Tax Exemption
New Markets Loans
Benefits
·
·
·
·
·
Annual grant of 10-80% of employee withholdings.
Up to 10 years.
Lower interest rates.
Up to 20 years for real estate, 10 years for equipment.
May be used for land and building acquisition, new construction or expansion, purchase of new equipment
and machinery and debt/refinancing and working capital.
· Sales tax exemption for purchases of certain material and tangible personal property.
· One time corporation sales tax credit of 1,500 dollars for each new, full-time, permanent employee who lives
in Newark and has been unemployed for at least 90 days prior to date of hire.
· For new employees with gross salaries of less than 4,500 dollars per quarter.
· 3% fixed interest rate loan (for up to 50% of project cost).
Developers of industrial, commercial
· Loans of up to 10 million dollars.
or mixed-use projects
· May be used for fixed assets or working capital.
9
Artigo
Oportunidades
de Exportação
para os EUA
Francisco Mendes Palma e Luís Ribeiro Rosa
A internacionalização das empresas
Espírito Santo Research Sectorial
portuguesas, nomeadamente através
da promoção das exportações, é uma opção
estratégica que deverá ser dinamizada em permanência.
A internacionalização das empresas
portuguesas, nomeadamente através
da promoção das exportações, é uma
opção estratégica que deverá ser dinamizada em permanência. Partindo
do perfil actual das exportações portuguesas para o mundo, a equipa do
Espírito Santo Research Sectorial, através de um levantamento e trabalho estatísticos, identificou um conjunto, não
exclusivo, de oportunidades de exportação de mercadorias para os 10 mercados alvo seleccionados pela Agência
para o Investimento e Comércio Externo
de Portugal – AICEP: Angola, Argentina,
Brasil, China, Espanha, EUA, Índia, Marrocos, Polónia e Rússia, no âmbito do
segundo Fórum Missão Exportar. Este
evento foi realizado no passado dia 15
de Novembro de 2007 no Centro de
Congressos de Lisboa, numa organização conjunta da Associação Industrial
Portuguesa Confederação Empresarial
– AIP-CE, da AICEP e do BES.
O valor do mercado dos 10 países,
quantificado pelo volume total das importações realiza-das, evoluiu positivamente, de USD 1 896.1 mil milhões,
em 2002, para USD 3 607.2 mil milhões, em 2006, registando uma taxa
de crescimento médio anual (TCMA) de
17.4%, superior à evolução das importações mundiais totais (15.1%). Esta
amostra de países registou, assim, um
dinamismo das importações maior que
o da economia mundial, o que é positivo para que sejam encontradas oportunidades de exportação.
Surpresa para alguns, mas não tanto
para o observador mais atento, os EUA
surgem entre os países escolhidos, em
paralelo com mediaticamente mais óbvias opções como os hoje incontornáveis países BRIC (Brasil, Rússia, Índia
10
e China), os vizinhos Espanha e Marrocos, e ainda Angola, Argentina e Polónia cujas economias têm em comum
terem sabido ultrapassar conjunturas
económicas muito difíceis, por razões
de natureza diversa, evoluindo para
patamares de crescimento que, consistentemente, ao longo dos últimos cinco
anos, se situam entre os mais elevados à escala global.
Independentemente dos crescentes
sinais sobre uma potencial recessão
na economia americana, que um início
de 2008 menos positivo em termos de
informação económica (crise do mercado habitacional, dificuldades no sector
industrial e arrefecimento do consumo
privado) tem vindo a alimentar, não
se pode olhar para a economia americana sem a per-cepção muito clara
de três elementos fundamentais da sua
relação comercial (objecto da presente
análise) com as demais economias,
e muito particularmente com a economia por-tuguesa: Dimensão, Diversidade e Competitividade.
• Dimensão, porque se trata da
maior economia mundial. Dados do
último World Economic Outlook (de
Outubro de 2007) estimam, para
o ano que agora terminou, um valor
do PIB a preços correntes para os
EUA de USD 13 194.7 mil milhões,
que supera largamente a soma dos
outros nove países (USD 9 067.6
mil milhões). Esta dimensão é também suportada pela observação
do valor, apurado pela Organização
Mundial de Comércio (OMC), das
importações americanas em 2006
(USD 1 919.4 mil milhões), valor
particularmente relevante quando
se pretende aferir o potencial deste mercado para os exportadores
portugueses. Os EUA não só se
posicionam como o maior importador mundial, como as suas importações mais do que duplicam
as importações da Alemanha, 2º
importador mundial em 2006, e da
própria China que surge em 3º lugar neste ranking.
Figura 1. exposições Portuguesas para os 10 países, 2002 e 2006
Ranking
tcMa02-06
1
20.6
espanha
11.487
5
15.6
USa
2.642
8
29.7
angola
1.519
14
19.9
Brasil
319
18
36.7
china
19
18.4
Polónia
24
16.1
Marrocos
32
45.2
rússia
47
25.8
argentina
61
51
23.3
Índia
36
USD milhões - 2006
265
TCMA02-06
para os 10 países
20.7%
Fontes: UN comtrade, ES Research - Research Sectorial
259
203
134
Artigo
Quando nos interrogamos sobre
o significado que o mercado norteamericano tem para os exportadores portugueses, podemos verificar
que se trata do principal destino das
exportações nacionais fora da União
Europeia, surgindo em 5º lugar neste ranking, unicamente atrás da Espanha, da Alemanha, da França e do
Reino Unido, com os quais constitui
um núcleo de países que absorvem
aproximadamente dois terços das
exportações portuguesas. Efectivamente, no conjunto dos países
que eram apontados no Fórum Exportar como oportunidades para as
exportações portuguesas, os EUA,
ainda que penalizados por um menor dinamismo ao longo do período
2002-2006, eram unicamente suplantados pela Espanha em termos
do respectivo peso como mercado
destino (Figura 1).
Em 2006, o valor exportado por
Portugal para os EUA era superior
à soma das exportações para todos
os restantes mercados considerados, excluindo a Espanha. Para
os EUA, tal como para Espanha, Angola e Brasil, as estratégias e oportunidades passam por um reforço
de uma relação já existente que
pode proporcionar mais frutos. Por
outro lado, quanto a países como
China, Polónia, Marrocos, Rússia,
Argentina e Índia, as oportunidades
de exportação significam diversificar
o relacionamento comercial externo
de Portugal com países com pouco
peso no nosso comércio internacional (exportações) mas que, nos
últimos anos, têm registado boa dinâmica comercial.
• Diversidade, porque é redutor olhar
para a economia americana como
uma única área de negócio. A maior
economia do mundo, com 300 milhões de consumidores, o 3º maior
país em área geográfica, não pode
ser observada como um único mercado, mas como um conjunto de
mercados, quando se procuram
perspectivar oportunidades de negócio para uma pequena economia
como a portuguesa. Uma atitude
prospectiva, que permita adquirir
Figura 2. Taxa de crescimento real do PIB por estado nos EUA, 2006
new england
rocky Mountain
Wa
5.5
or
5.0
ID
7.4
nv
4.1
WY
2.2
Ut
7.2
ca
4.2
Plains
nD
3.1
Mt
4.6
Mn
2.9
SD
3.7
ne
2.2
co
4.9
KS
3.4
tX
4.3
Southwest
HI
4.3
oK
2.5
nM
6.2
Far West
aK
0.7
Far West
Great lakes
Mideast
WI
1.8
Ia
2.6
MI
-0.5
Il
3.0
Mo
2.1
In
2.0
KY
2.2
az
6.8
nH 1.3
vI 2.8
conhecimento prévio sobre os mercados, ou nichos de mercado, eventualmente recorrendo a parcerias
locais, são aspectos que devem
constar de qualquer estratégia de
internacionalização das empresas
que pretendem entrar nos EUA.
Não fará qualquer sentido para
uma empresa portuguesa, perante
um mercado desta dimensão, ter a
ambição de o abordar, pelo menos
numa fase inicial, na sua globalidade. Pelo contrário, a selecção cuidada de um mercado (segmento de
mercado) alvo, assente num conhecimento profundo das políticas de
preço, dos canais de distribuição,
das características de produto mais
adequadas e da concorrência, é um
factor determinante para o esperado sucesso futuro.
A economia americana apresenta realidades muito diversas que,
mesmo a uma escala macroeconómica se tornam evidentes, e que
transparecem da simples análise
dos dados publicados pelo Bureau
of Economic Analisys – U.S. Department of Commerce – BEA, em Junho
de 2007, à escala estadual e regional (Figura 2).
É possível destacar uma disparidade elevada nas taxas de crescimento reais do PIB dos diferentes estados, desde os -0.5% do Michigan
até aos 7.4% do Idaho, permitindo
identificar áreas regionais com taxas
la
1.7
MS
2.5
al
3.1
Ma 2.9
nY
3.4
rI 1.8
ct 2.5
nJ 2.9
De 3.3
MD 2.9
Wv
0.6
tn
3.0
ar
2.5
Pa
1.7
cH
1.1
Me
1.9
Ga
3.4
Southeast
va
3.2
nc
4.2
Sc
3.5
Fl
4.2
Dc 4.1
Quintil mais alto
4.º quintil
3.º quintil
2.º quintil
Quintil mais baixo
Fonte: U.S Bureau of Economic Analysis
de crescimento próximas dos 5%:
as Rocky Mountain1 (5,5%), o Southwest2 (5%) e o Far West3 (4.4%).
A maioria dos estados com menor
crescimento está situada na Costa
Leste e na zona dos Grandes Lagos,
área em que existe maior concentração das indústrias tradicionais.
• Competitividade, porque se encontra entre as primeiras economias
mundiais, em termos de competitividade negocial. Os principais indicadores internacionais colocam,
sistematicamente, os EUA nos
primeiros lugares: o Global Competitiveness Index 2007-2008 e o Business Competitiveness Index 20072008, do World Economic Forum,
classificaram a economia americana em primeiro lugar entre 131 economias observadas e o Doing Business 2008, do World Bank, colocam
os EUA em 3º lugar num universo
de 178 economias.
Uma análise mais detalhada dos
sub-indicadores, que concorrem
para as classificações apresentadas, revela uma economia sistematicamente classificada entre as
dez melho-res do mundo em áreas
tão diversas como a qualidade das
infraestruturas, a qualificação profissional e tecnológica, a eficiência do
mercado de trabalho, a sofisticação
negocial e financeira, a protecção do
investimento e a inovação.
Rocky Mountain – Idaho, Utah, Montana, Wyoming e Colorado.
Southwest – Texas, Oklahoma, Novo México e Arizona.
Far West – California, Oregon, Nevada, Washington, Hawaii, Alaska.
1
2
3
11
Artigo
Figura 3. Top 10 das Importações dos EUA do Mundo
Nomenclatura Combinada
27
84
85
87
99
90
29
71
94
30
2002
2006
(USD milhões) (USD milhões)
Combustíveis e óleos minerais; matérias betuminosas
Reactores nucleares, máquinas, aparelhos mecânicos, etc
Máquinas, aparelhos e materiais eléctricos
Automóveis, tractores e outros veículos terrestres
Outros
Aparelhos de óptica, fotografia, cinema, medida, controle, etc
Produtos químicos orgânicos
Pérolas, pedras e met. preciosos, suas obras; bijuterias; moedas
Móveis; mobiliário médico-cirúrgico; anúncios, cartazes
Produtos farmacêuticos
122 082.1
165 662.8
155 101.8
173 177.9
49 380.8
35 338.9
33 481.7
26 558.6
28 925.8
21 645.7
345 157.7
250 076.9
233 603.6
219 008.5
59 014.0
51 346.3
44 617.2
43 995.8
43 932.0
42 583.0
TCMA
(%)
29.7
10.8
10.8
6.0
4.6
9.8
7.4
13.4
11.0
18.4
Ranking Peso 2006
2006
(%)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
18.0
13.0
12.2
11.4
3.1
2.7
2.3
2.3
2.3
2.2
Fonte: UN comtrade, ES Research - Research Sectorial
Sendo clara a relevância que um mercado com as características descritas
não pode deixar de representar para as
outras economias, relevância acrescida
no caso português que tem nos EUA
o 7º parceiro comercial e uma importante comunidade residente, importa
com-preender de que forma se poderá
potenciar o reforço do relacionamento
existente.
Na perspectiva portuguesa, uma economia cujo top 10 de exportações de
mercadorias (automóveis, máquinas
e aparelhos eléctricos e mecânicos,
combustíveis e óleos, vestuário, calçado, plástico, papel e cartão, obras de
ferro e cortiça) representa 58% das
nossas exportações totais em 2006
(USD 25.1 mil milhões), a detecção de
oportunidades de exportação requer
o conhecimento do que os EUA procuram no mercado mundial (Figura 3),
e a estruturação de uma oferta que vá
ao encontro das necessidades detectadas, na economia americana.
O cruzamento dos diversos elementos
estatísticos – as importações totais
de mercadorias dos EUA do Mundo,
as importações norte americanas de
mercadorias de Portugal e as exportações totais de mercadorias de Portugal
–, permitiram chegar a um conjunto de
oportunidades, não exclusivas e/ou
exaustivas, onde se destacam: a área
do mobiliário e decoração, os produtos farmacêuticos, os plásticos e suas
obras, as bebidas e líquidos alcoólicos
(Figura 4).
O aproveitamento destas oportunidades, incrementando a exportação destes produtos para os EUA, contribuirá
para o aumento das sociedades portuguesas exportadoras. De facto, dadas
as cerca de 8 mil sociedades referenciadas pela AICEP como sendo exportadoras e, face às 181 mil sociedades
(2005) identificadas como produtoras
e/ou vendedoras de bens transaccionáveis, existe um potencial a explorar, e a
preencher através de uma cuidada observação das oportunidades existentes,
não só em novos mercados com elevadas taxas de crescimento, mas também
em mercados tradicionais, como o dos
EUA, cuja dimensão, diversidade e competitividade é em si mesmo uma sempre renovável janela de oportunidade.
Figura 4. oportunidades de exportação para os eUa
Obras de pedra,
gesso, cimento,
amianto, mica
Preparações
de produtos hortícolas
de frutas
Produtos diversos
das indústrias químicas
Obras diversas
de metais comuns
Gorduras eóleos,
animais ou vegetais,
Ceras
Tecidos impregandos
revestidos; artigos
usos técnicos
Móveis; mobiliário
médico-cirúrgico;
anúncios, cartazes
Cobre
e suas obras
Bebidas, líquidos
alcoólicos e vinagre
Produtos
farmacêuticos
Plásticos
e suas obras
Fontes: UN comtrade, ES Research - Research Sectorial
12
Artigo
The Transatlantic
Economy 2008
Annual Survey of Jobs, Trade and Investment between
the United States and Europe - Executive Summary
•Over the past five years the transatlantic economy has enjoyed one of
its strongest periods of growth and
prosperity in decades. Transatlantic
trade, investment and affiliate profits
have soared, boosting employment,
income and corporate earnings on
both sides of the Atlantic.
•We estimate that the transatlantic
economy generates $4 trillion in
total commercial sales a year and
employs up to 14 million workers in
mutually “insourced” jobs on both
sides of the Atlantic. These workers
enjoy high wages and high labor and
environmental standards.
•The European Union expanded at
roughly the same pace as the U.S.
in 2006 and is likely to exceed U.S.
growth in 2007. A more vibrant Europe has been instrumental in driving
and sustaining the earnings of many
U.S. firms confronting decelerating
or declining sales at home.
•Since the beginning of 2002, the
dollar has dropped nearly 40%
against the euro and 30% against
the British pound and Swiss franc,
bestowing a healthy price/cost advantage to U.S. exporters and U.S.
multinationals over their European
competition. U.S. firms operating in
Europe have enjoyed the best of both
worlds-strong demand in Europe and
a competitive currency.
•The transatlantic economy remains
in many ways the foundation of the
global economy-notwithstanding the
much-discussed rise of emerging
markets. This is evident from the
most recent data available:
Transatlantic Investment: Driving
the Transatlantic Economy
•On a historic cost basis, America’s
investment stakes in Europe rose to
$1.2 trillion in 2006, or nearly 53%
of the global total, nearly three times
larger than corporate America’s investment position in all of Asia and
more than double its cumulative
stakes in the developing nations.
•In 2006 U.S. companies ploughed
another $128 billion into the European Union. That is a record amount,
even eclipsing the booming investment amounts of the late 1990s.
•U.S. affiliates accounted for 6.2% of
the United Kingdom’s total output in
2005 and 5.5% of Norway’s total output that same year.
•Europe remains the top destination
of U.S. foreign direct investment
(FDI), with the region accounting for
nearly 59% of total U.S. investment
outflows in 2006. That’s a healthy
global share and higher than at the
start of the decade (55%). Over the
balance of this decade, Europe has
accounted for more than half (53%)
of U.S. overseas investment.
•U.S. foreign affiliate output in Belgium in 2005 ($18.4 billion) was
roughly equivalent to combined U.S.
foreign affiliate output in China and
India ($18.8 billion).
•U.S. assets in the UK are the largest
in the world, totaling $2.3 trillion
in 2005, nearly one-quarter of the
global total, and an amount greater
than total combined U.S. assets in
Asia, South America, Africa and the
Middle East.
•U.S. assets in the Netherlands
($868 billion) were the second largest in the world in 2005.
•The U.S. asset base in Poland, Hungary, and the Czech Republic (over
$50 billion) in 2005 was twice the
size of corporate America’s assets in
India.
•Corporate America’s investment position in Ireland in 2006 ($83 billion)
was larger than America’s total investment stakes in the much-hyped
BRICs-Brazil, Russia, India and China
($73 billion).
•U.S. FDI in Ireland in 2006 hit a new
record of $13.3 billion, nearly double
the amount of U.S. investment in all
of South America.
•American affiliates in Ireland accounted for 18.5% of Ireland’s total output in 2005.
•U.S FDI in Switzerland in 2006 totaled $10.4 billion, an amount nearly
50% greater than total investment in
Africa and the Middle East.
•U.S. FDI in the Netherlands in 2006
was a whopping $33 billion, well in
excess of U.S. investment in all of
developing Asia ($26 billion) and
NAFTA partners Canada and Mexico
($25 billion).
•Between 2000 and 2006 U.S. FDI
in China was less than 8 times U.S.
FDI in the UK, less than 4 times U.S.
FDI in the Netherlands, and roughly 3
times less than U.S. FDI in Ireland or
in Germany.
•On a historic cost basis, Europe’s investment stake in the U. S. totaled a
record $1.3 trillion in 2006, a 12.6%
rise from 2005 and more than triple
the level of a decade ago.
•European foreign affiliates accounted for nearly two-thirds of the $540
billion contributed by foreign affiliates to U.S. aggregate production in
2005.
•British foreign affiliate output in the
United States alone reached nearly
$110 billion in 2005.
•In their own right, U.S. affiliates in
Europe and European affiliates in
the United States are among the largest economic forces in the world.
Transatlantic foreign affiliate output
totaled $834 billion in 2005, a 5.6%
rise from 2004 and equivalent to the
entire national product of countries
such as Mexico or South Korea.
•The United States remains the primary destination of EU investment
in terms of FDI flows and outward
stock. No other region of the world
has invested as much in the United
States than Europe, with the latter
accounting for roughly 75% of total
inward investment stock in 2006 –
an increase in Europe’s leading role
over the previous year.
•Switzerland ranked first as the largest holder of U.S. assets in 2005
($1.2 trillion), followed closely behind
by UK firms ($1.1 trillion).
•Of particular interest is the spread
13
Artigo
between European investment in
the United States on the one hand
versus EU investment in China and
India on the other. In a nutshell, there is no comparison - in 2005, EU
investment in the U.S. totaled €29
billion versus total combined investment of €8 billion in China and India. Investment in China totaled €6
billion, while EU investment in India
tallied just €2 billion.
•Europe invests considerably more
in California than it does in China.
Overall European investment in China is less than German investment
alone in the American Southeast. European investment in India is about
the same as European investment
in Massachusetts, or French investment alone in the American MidAtlantic states.
•EU merger and acquisition (M&A) inflows to the United State doubled in
2006 from the prior year, with total
M&A deals rising to $114 billion in
2006, up from $57 billion in 2005.
From January to mid-September
2007, M&A inflows from Europe totaled $171 billion, a near 90% jump
from the same period in 2006. Over
the same period, U.S.M&A in the European Union tallied $150 billion, up
nearly 75% from the same period in
2006. For the first time since 2002,
M&A inflows from Europe to the United States are expected to exceed
U.S. M&A flows to the EU.
•The American Southeast accounted
for nearly a quarter of total European
investment in 2005, versus a share
of roughly 19% in 2004.
•Texas, California and New York maintained their rank as the top three
destinations of European foreign investment; their collective share of
European investment was just over
20% in 2005. European investment
rose 10% in New York, 6.1% in Texas,
and 5.4% in California.
Transatlantic Trade Flows
•While America’s trade deficit with
Europe peaked in 2005 at $132.65
billion, it narrowed by 5.2% in 2006
to nearly $126 billion, and is on pace
to narrow sharply again in 2007.
U.S. exports of goods and services
to Europe rose 16.2% in the first half
of 2007 from the same period a year
ago, well ahead of U.S. imports from
Europe, up 5.7% in the same period.
Against this backdrop, the U.S. trade deficit with Europe narrowed by
nearly 27% in the first half of 2007,
and was running at an annual rate of
$100 billion. The U.S. trade deficit
14
with Europe hasn’t been below $100
billion since 2002.
•While this is a dramatic change, it
is important to bear in mind that a
substantial share of transatlantic
trade is considered intra-firm trade
or related party trade, which is crossborder trade that stays within the
ambit of a company.
•Roughly 59% of U.S. imports from
the EU and 62.6% of U.S. imports
from Germany in 2006 consisted of
related-party trade.
•Roughly one-third of U.S. exports to
Europe in 2006 represented relatedparty trade.
•The importance of related-party trade
is one reason why the U.S. dollar’s
longterm decline against the euro
since 2002 has not had an even greater effect on America’s trade deficit
with Europe. Parent-affiliate trade is
less responsive to shifts in prices
of exchange rates and more attuned
to domestic demand. While a strong
euro in theory should hurt European
competitiveness in the U.S., the fact
that many European multinationals
produce, market, and distribute goods on both sides of the ocean gives
them a high degree of immunity to a
dramatic shift in exchange rates.
•Five of the top ten export markets for
U.S. services in 2006 were in Europe. The United Kingdom ranked first,
followed by Germany (5th), France
(6th), Switzerland (7th) and the Netherlands (10th).
•U.S. service imports from Europe
rose from $56 billion in 1996 to
$137 billion in 2006. Europe accounted for 40% of total U.S. service exports and for 44% of total
U.S. service imports. While the U.S.
recorded a $142.5 billion deficit in
goods exports with Europe in 2006,
nearly 12% of the deficit was offset
by America’s $17 billion surplus in
services.
•By state, exports from Texas and New
York to Europe rose 32% and 21.4%,
respectively, in 2006. Illinois exports
surged by 20.6%, while exports from
Washington (+39.9%) and New Jersey (+33.3%) posted robust growth.
Exports from Alabama, reflecting
rising volumes of automobile trade,
soared nearly 70% in 2006. Delaware more than doubled its exports to
Europe in 2006.
•Europe is one of the largest markets
in the world for a host of U.S. goods,
ranging from agricultural products
to high tech goods. By commodity,
sharp increases were recorded for
such exports as chemicals, transportation equipment, computers, processed foods and paper products.
The Transatlantic Profits Boom
Continues
•Corporate America is in the midst of
a five-year global profits boom. Europe has led the way, accounting for
roughly half of total U.S. global earnings in 2006 and a similar share in
the first half of 2007. During this decade, Europe has accounted for 55%
of total U.S. global earnings.
•Europe remains by far the most profitable region of the world for U.S. multinationals. U.S. affiliate income from
Europe in 2006 was nearly three times as large as total earnings from
Latin America and more than double
affiliate earnings from Asia.
•U.S. affiliate earnings from Europe
have more than doubled since 2001,
rising to nearly $147 billion in 2006.
Affiliate income soared 20% in 2006,
and in the first half of 2007 earnings
were some 14% higher than the first
half of 2006. U.S. affiliates reported
record income in 2006 in Belgium,
Finland, France, Germany, Ireland,
Italy, the Netherlands, Spain and the
United Kingdom.
•U.S. affiliate income in the UK in
2006 was a staggering $25.5 billion,
more than three times what U.S. affiliates earned in Germany, Europe’s
largest economy.
•U.S. affiliate income in the Netherlands in 2006 remained robust at $32.2
billion - more than U.S. affiliate income in Germany, France and Italy combined.
•U.S. affiliate income from Poland, the
Czech Republic and Hungary totaled
$2 billion in 2006, a figure some onequarter larger than what U.S. affiliates earned in India during the same
year.
•Between 2000 and 2006 U.S. affiliates in the Netherlands earned more
than 8 times as much as U.S. affiliates in China. U.S. affiliates in the UK
earned more than 6 times as much
as U.S. affiliates in China, and U.S.
affiliates in Ireland earned more than
4 times as much as U.S. affiliates in
China.
•European foreign affiliates operating
in the United States posted record
U.S. profits of $89 billion in 2006, up
nearly 14% from 2005. Since 2001
European affiliate profits in the U.S.
have increased more than six-fold.
•Record profit levels were achieved by
Artigo
affiliates in the U.S. from Belgium,
France, Germany, Ireland, Italy, Netherlands, Spain and the UK.
tes topped $1.5 trillion in 2005, and
were some three times larger than
U.S. imports from Europe.
•German affiliate earnings in the U.S.
surged more than 30% in 2006 over
2005, itself a record year for German
affiliate earnings in the United States.
•German-owned affiliates in the United States sold $343 billion in 2005,
more than four times German exports
to the United States of $86.1 billion.
•European affiliates earned over 70%
more in the U.S. than in all of Asia
(€32 billion) in 2005. Affiliate earnings from India and China combined
totaled €4.2 billion in 2005, less
than 8% of what European affiliates
earned in the United States.
Transatlantic Portfolio Flows
Foreign Affiliate Sales
•Sales of services of U.S. foreign affiliates in Europe rose in 2005 to a record $276 billion, up nearly 30% from
2000, and were some 85% larger
than U.S. services exports to Europe
in the same year. Europe accounted
for just over half of total global U.S.
services sales.
•Sales of services by European foreign
affiliates in the U.S. totaled $261
billion in 2005. French, German, Dutch and Swiss affiliates sold more
services in the U.S. in 2005 than
American affiliates sold in France,
Germany, the Netherlands and Switzerland. European affiliate sales of
services were more than double U.S.
service imports - a fact that underscores the ever expanding presence
of European services leaders in the
U.S. economy.
•Reflecting the deep investment linkages between the United States and
Europe, European sales of U.S.-owned affiliates totaled $2.1 trillion in
2005, nearly six times larger than
U.S. exports to Europe in the same
year, and double U.S. affiliate sales
in the entire Asia/Pacific region.
•U.S. affiliate sales in the United Kingdom ($531 billion) in 2005 were larger than total affiliate sales in Latin
America ($480 billion).
•U.S. affiliate sales to China have
soared in past few years, although
sales in China in 2005 - just over
$86.5 billion - were on par with sales to Belgium ($82 billion) or Spain
($87 billion) and well below U.S. affiliate sales in Germany ($308 billion),
France ($193 billion), Ireland ($151
billion) and the Netherlands ($195
billion).
•In 2005 U.S. affiliates sold more in
Poland ($20.2 billion) than U.S. affiliates sold in India ($17.7 billion).
•U.S. sales of European-owned affilia-
•The EU accounted for roughly 60% of
total U.S. capital outflows of $216
billion in 2006.
•In the first eight months of 2007,
U.S. capital outflows to the EU soared to $62 billion - a figure roughly
five times larger than U.S. inflows
from Europe over the same period in
2006 and a dramatic shift from the
prevailing pattern of recent years.
•In this regard, it is interesting to
note that despite the high-flying stock markets of India, Brazil and China
in 2007, U.S. investors have shown
a stronger preference for European
equities. For instance, net U.S. purchases of Spanish securities in the
first eight months of 2007 ($11.9
billion) were nearly 40% larger than
net U.S. purchases of Brazilian securities. U.S. investors sunk more than
four times the amount of capital in
French securities between January
and August 2007 ($17 billion) than
they invested in India ($3.8 billion).
•U.S. net purchases of Irish securities
totaled $8.4 billion between JanuaryAugust 2007; over the same time frame, U.S. investors sold (or were net
sellers) of over $10 billion of Chinese
securities.
•U.S. investors bought nearly $9 billion
in German equities in the year to August 2007—a figure greater than net
cumulative purchases of Germany
equities over the past decade.
•U.S. demand for British equities was
even stronger: after soaring to a record $60 billion in 2006, net U.S.
purchases of British equities more
than doubled between January – August 2007, rising to $47 billion, compared with $23 billion from the same
period a year earlier. Net purchases
of British equities accounted for 50%
of all foreign equities bought by U.S.
investors in 2007; the share was
56% in 2006.
Transatlantic Jobs
•Europe is by far the most important
source of “insourced” jobs in America, and the U.S. is by far the most
important source of “insourced” jobs
in Europe.
• Of the 9 million people employed outside the United States by majority-owned U.S. companies in 2005, roughly
44% were located in Europe. The bulk
of these workers were based in the
United Kingdom, Germany and France.
•U.S. affiliates employed just as many
manufacturing workers in Europe
(1.9 million) in 2005 as they did in
1990. This employment has shifted
over the past fifteen years, however,
towards lower cost locations such as
Ireland and Spain at the expense of
the UK and Germany. Between 1990
and 2005 U.S. affiliate manufacturing employment fell in the UK (-20%)
and Germany (-6.5%) and soared in
Ireland (+37.5%) and Spain (+22%).
•Despite stories about European companies moving to cheap labor markets in central Europe or Asia, most
foreigners working for European companies outside the EU are American.
European majority-owned foreign affiliates directly employed roughly 3.5
million U.S. workers in 2005.
•The top five European employers in
the U.S. were firms from the United Kingdom (908,000), Germany
(655,000), France (473,000), the Netherlands (442,000) and Switzerland
(389,000).
•European firms employed nearly 70%
of the 5.1 million U.S. workers on the
payrolls of majority-owned foreign affiliates in 2005.
Transatlantic Knowledge Economies
•Research and development among
U.S. foreign affiliates topped $28
billion in 2005; 65% was in Europe.
The UK, Germany, France, and Switzerland accounted for roughly half of
global R&D spending by U.S. affiliates in 2005.
•R&D expenditures by majority-owned
foreign affiliates in the U.S. totaled
nearly $32 billion in 2005 - roughly
14-15% of total R&D spending in the
U.S.
•A significant share of this total emanated from world class leaders from
Europe. German-owned affiliates led
the pack with a 20% share in 2005.
British-owned affiliates ranked second with a 19% share.
Este texto é um excerto da publicação The Transatlantic Economy 2008: Annual Survey of Jobs,
Trade and Investment between the United States and Europe, dos autores Daniel S. Hamilton
e Joseph P. Quinlan - Center for Transatlantic Relations, Johns Hopkins University, Paul H. Nitze
School of Advanced International Studies - o qual
teve o apoio da AmCham EU.
15
Análise
Uma análise económica
O ano de 2007 revelou-se favorável para economia
portuguesa em vários domínios: na trajectória
desinflacionista, na redução do peso de défice público,
no crescimento do PIB real.
50
40
30
20
10
0
Dez-07
Dez-06
Dez-05
Dez-04
Dez-03
Dez-02
Dez-01
250
200
150
100
50
0
Dez-00
Diferença entre taxas 3m Libor e Bilhetes de
Tesouro nos EUA (em p.b.)
Volatilidade Mercados Accionistas
Dez-99
1. Enquadramento económico e financeiro
Desde o Verão que o processo de reavaliação do risco tem vindo a condicionar o comportamento dos mercados financeiros
globais e a elevar o grau de incerteza relativamente à evolução
da actividade económica para 2008. O receio de cristalização
deste clima negativo motivou a adopção de medidas de natureza extraordinária por parte de alguns governos e dos principais bancos centrais, com o intuito de quebrar o ciclo vicioso
da aversão ao risco e promover o funcionamento regular nos
mercados interbancários. Não obstante a fraca exposição directa a estes desenvolvimentos, a forte integração e abertura
económica e financeira da economia portuguesa representa
um canal de transmissão destes efeitos e, por conseguinte,
eleva o nível de exigência para a consolidação dos progressos
conseguidos em termos de redução do défice público, de recuperação da competitividade e de convergência no âmbito da
União Europeia.
Gonçalo Pascoal
Chief Economist of Millennium bcp
Gráfico 1: O segundo semestre de 2007 representa uma alteração profunda na
evolução das condições dos mercados financeiros.
Índice Accionista área do euro (Dez.06=100)
115
110
105
100
95
90
85
Out-07
Ago-07
Jun-07
Abr-07
Fev-07
Dez-06
5,0
4,8
4,6
4,4
4,2
4,0
3,8
3,6
Gráfico 2: O aumento da aversão ao risco favoreceu instrumentos de menor risco,
em particular a dívida pública de curto prazo das economias desenvolvidas.
Taxa Directora EUA
Taxa Directora UEM
8
6
4
2
Dez-07
Dez-06
Dez-05
Dez-04
Dez-03
Dez-02
Dez-01
0
Dez-00
Num contexto de recrudescimento das tensões inflacionistas
- pressão da procura e rigidez da oferta nas matérias primas,
com destaque para os bens alimentares e para a energia,
e perante o dilema de condescender com a complacência dos
investidores ou incorrer no risco de precipitar a economia mundial num ciclo recessivo, as autoridades monetárias das economias mais desenvolvidas adoptaram uma postura pragmática que visou mitigar a deterioração das condições de liquidez
através da redução das taxas directoras (como no caso dos
EUA e do Reino Unido), da flexibilização dos requisitos para
Taxa de Juro 2 anos Dívida Pública Área do Euro
Dez-99
Após vários anos de um contexto muito favorável - taxas de
crescimento do PIB real mundial consistentemente robustas,
reduzida volatilidade, desenvolvimento fenomenal dos mercados e instrumentos financeiros, em particular de instrumentos
estruturados de crédito, e crescente integração dos mercados
mundiais, ao longo de 2007, começaram a manifestar-se os
primeiros sinais de alteração de paradigma. O aumento do
registo de incumprimentos no mercado norte-americano de
crédito hipotecário de alto risco (subprime), na sequência da
viragem do ciclo no mercado imobiliário e da menor disciplina
na concessão de empréstimos nos EUA, provocou uma alteração substancial na confiança e na atitude dos investidores,
com um impacto transversal às diversas classes de activos
financeiros. Os diferenciais de risco de crédito alargaram-se,
os principais índices accionistas apresentaram maior volatilidade e os investidores reduziram a sua exposição a investimentos em activos de remuneração elevada, tendo, por contrapartida, um aumento expressivo na procura por instrumentos
de refúgio, tipicamente de dívida pública e de curto prazo.
Gráfico 3: Bancos centrais reagem a deterioração da conjuntura providenciando
liquidez ao mercado interbancário, reduzindo taxas de juro e flexibilizando as condições dos empréstimos à banca comercial.
17
Análise
18
PIB real EUA (%)
3
2
1
0
2006
2007
2008
Grafico 4: Alteração das condições financeiras deverá repercutir-se numa evolução
mais branda do crescimento económico em 2008
4
3
2
1
0
-1
-2
-3
-4
Dez-06
Dez-05
Dez-04
Dez-03
PIB (PT-UEM)
Dez-02
A degradação nas condições de funcionamento dos mercados de capitais constitui um constrangimento importante,
em particular para regiões económicas com um grau de aber-
PIB real UEM (%)
4
Dez-01
2. Implicações para a economia portuguesa
O ano de 2007 revelou-se favorável para economia portuguesa em vários domínios: na trajectória desinflacionista, na
redução do peso de défice público, no crescimento do PIB
real. Os dados disponíveis para o terceiro e quarto trimestres – crescimento real do PIB de 1,8% no terceiro trimestre
e a estabilidade nos índices coincidentes de actividade em
Outubro e Novembro - são compatíveis com um crescimento
médio anual próximo de 2,0%, o que representa uma das melhores prestações dos últimos anos. Também de assinalar
em 2007 o maior contributo da procura interna para o crescimento, em particular através da despesa de investimento empresarial. De facto, pela primeira vez desde meados
de 2004, a taxa de crescimento real do investimento voltou
a ser positiva e nas diversas componentes: construção,
bens de equipamento e material de transporte. O consumo
privado mantém um crescimento muito brando, decorrente
da estagnação do emprego e das restrições aos orçamentos
familiares, nomeadamente para cumprimento do serviço da
dívida. A melhoria da competitividade tem vindo a reflectir-se
numa recuperação de quotas de mercado, mas o andamento
mais moderado da actividade nos principais países de destino das exportações portuguesas deverá reflectir-se num
abrandamento da procura externa.
Mas também existem atenuantes e não se exclui a ocorrência de surpresas positivas, destacando-se: (i) o facto do
mercado imobiliário português ao longo dos últimos anos
não ter evoluído em sintonia com os demais mercados europeus, onde se registaram fortes valorizações do preço das
casas, estando por esta via menos vulnerável à correcção;
(ii) o grau de exposição do sistema bancário nacional às estruturas financeiras complexas relacionadas com a “crise do
Dez-00
Nos próximos meses, o sucesso destas medidas será determinante para o retomar de um clima de maior confiança
entre os investidores, para estabilizar a evolução dos preços das casas e para o desbloquear das anomalias que se
verificam no mercado de capitais. Todavia, não deverá evitar o abrandamento da actividade económica mundial que
se perspectiva. De facto, tem-se verificado uma revisão, no
sentido descendente, das projecções de crescimento económico, de maior magnitude para 2008 e para os EUA, onde
o risco para o desempenho do sector imobiliário e a respectiva influência nas decisões de consumo privado se afigura
mais elevado. O nosso cenário privilegia um crescimento
económico nos E.U.A e na U.E.M. semelhante, na vizinhança
dos 2,0%, mas qualitativamente diferente, dado que enquanto para a área do euro representa um andamento em linha
com o valor potencial da economia, no caso dos EUA reflecte
um andamento inferior.
tura comercial e financeiro elevado como é o caso de Portugal. Num cenário de abrandamento mais pronunciado do
crescimento mundial, a evolução das exportações poder-se-á
revelar revelar-se menos dinâmica do que o previsto e as
condições de concessão de crédito poder-se-ão tornar mais
restritivas, onerando o esforço de investimento actualmente
em curso. O aumento do risco de crédito, que justifica o alargamento do diferencial entre as taxas de juro como a Euribor
e a taxa de juro do BCE, configura, do ponto de vista prático,
o equivalente a um aperto das condições monetárias na ordem de 50-75 p.b, e que é mais relevante para países onde
a prática comum são os empréstimos a taxa de juro variável
como é o caso de Portugal. Este fenómeno, em conjunto com
a valorização da moeda europeia – um subproduto da evolução relativa dos diferenciais de taxas de juro entre os EUA
e a UEM - e do preço do petróleo, sugere que as condições
monetárias enfrentadas pela economia portuguesa permanecem moderadamente prejudiciais ao crescimento.
Dez-99
obtenção de fundos e da cedência de montantes invulgarmente elevados ao sistema financeiro. Nos EUA, o Governo
Federal promoveu um plano de actuação sobre o mercado de
crédito à habitação, com o propósito de atenuar o risco de
um aumento substancial das insolvências ao longo de 2008;
a Reserva Federal submeteu a consulta um conjunto de propostas de regulação do crédito destinado à habitação e, ao
nível da indústria, tiveram lugar iniciativas com o propósito
de conter os efeitos decorrentes da forte desvalorização de
activos estruturados de crédito, nomeadamente a eventual
alienação forçada de activos por parte de investidores institucionais.
Gráfico 5: Gradualmente, a economia portuguesa tem vindo a exibir uma evolução
mais próxima da verificada na área do Euro.
Análise
... o sucesso destas medidas
será determinante para
o retomar de um clima
de maior confiança entre
os investidores, para estabilizar
a evolução dos preços
das casas e para o desbloquear
das anomalias que se verificam
no mercado de capitais.
Taxa de Câmbio Efectiva Portugal
110
105
100
95
90
85
Mar-07
Mar-05
Mar-03
Mar-01
Mar-99
Mar-97
Mar-95
Mar-93
10
8
6
4
2
0
-2
-4
Gráfico 6: Euribor e taxa de câmbio efectiva do euro
var % real média no período 2000-2006
15
10
5
Espanha
França
r.Unido
Dinamarca
EUA
Italia
Finlandia
-5
Holanda
0
Portugal
Todos os factores ponderados, para 2008 o nosso cenário é de um crescimento do PIB real português semelhante
ao registado em 2007, isto é, na vizinhança dos 2,0%, reconhecendo que, de momento, os riscos para uma realização
inferior ao esperado ainda suplantam os factores positivos.
Tx Juro 3m Real
Alemanha
subprime” ser pouco significativo, o que atenua os efeitos
adversos sobre os balanços dos bancos e, indirectamente,
na sua capacidade de concessão de crédito (mas não evita os efeitos indirectos relacionados com o encarecimento
e maior dificuldade na obtenção dos fundos para refinanciamento da actividade); (iii) a expectativa de retoma de condições mais normais de funcionamento dos mercados à medida que 2008 progrida, decorrente do impacto desfasado das
medidas que têm vindo a ser adoptadas pelas autoridades
e da divulgação das contas anuais por parte das instituições financeiras, o que constitui uma peça de informação
importante para uma correcta hierarquização do risco de
contraparte; (iv) a resiliência das economias emergentes
e a respectiva capacidade em suportar uma evolução robusta
do comércio internacional e, dada a acumulação de poupança nos últimos anos, constituírem-se como um recurso para
a recapitalização de balanços (tal como evidenciado pela
recente participação de investidores asiáticos e do médio
oriente em capital de importantes instituições financeiras
europeias e norte-americanas); (v) a expressiva melhoria dos
mercados de emprego na área do euro (taxa de desemprego
mais baixa dos últimos 15 anos), passível de suster uma
retracção mais pronunciada do consumo.
Gráfico 7: À semelhança da Alemanha e ao contrário de outros países europeus,
nos últimos anos o mercado imobiliário residencial em Portugal estabilizou.
19
Artigo
Euro - Dólar versus
Importações - Exportações
Uma realidade pouco risonha.
20
as exportações europeias, e sobretudo as nacionais. Mesmo as empresas
mais organizadas enfrentam, hoje uma
nova ameaça à sua competitividade:
a apreciação substancial do euro.
A manutenção de um euro forte vai obrigar as empresas a esmagarem as suas
margens de lucro para poderem continuar a competir no mercado americano.
Neste contexto o Banco Central Europeu (BCE) está numa posição delicada.
Se o BCE mantiver ou descer os juros
alivia os agentes mais endividados
e facilita o acesso ao crédito para investimento, mas estará a estimular a inflação que consumirá o poder de compra
dos consumidores, em especial dos que
tem menores rendimentos. Já, se subir
os juros, consegue controlar a inflação,
mas trava a retoma do investimento,
aumenta o peso do endividamento
e desincentiva o consumo porque reduz o rendimento disponível das famílias. Adicionalmente, quanto mais altos
forem os juros europeus maior a força
da moeda única. E isto prejudica as exportações, em especial num cenário de
competição com economias emergentes, pondo numa situação delicada um
dos principais motores das economias
europeias. A economia portuguesa,
sendo uma pequena economia aberta, não será excepção a este dilema.
Mais, uma vez que depende das exportações para crescer, tal cenário
pode constituir um risco acrescido para
o crescimento do produto nacional.
Numa breve análise da evolução
da taxa de câmbio entre 2006 e2007
importa recordar que, em 2007, a Fed
baixou as taxas de juro em 1%, de
5,25% para 4,25%. Já o BCE aumentou
oito vezes o preço do dinheiro para os
4% desde Novembro de 2005.
O preço da divisa europeia variou, em
termos médios anuais, cerca de 9%,
passando dos 1,26€ em 2006 para
os 1,37€ verificados no final de 2007.
Porém, olhando apenas para o comportamento da moeda europeia nos últimos 12 meses, verifica-se um avanço,
em torno dos 12% face ao dólar.
COMPORTAMENTO DAS IMPORTAÇÕES
- EXPORTAÇÕES
Em Portugal, no período em análise
(de Janeiro a Novembro de 2007), em
termos do comércio total com Países
Terceiros, as exportações registaram
um crescimento de 12,8% e as importações de 7,3%. O que determinou uma
redução do défice da Balança Comercial com Países Terceiros de 0,6%, em
relação ao ano anterior.
Ainda, no que ao comércio com Países
Terceiros respeita, face ao mesmo perí-
Evolução da Taxa de Câmbio 2006-2007
1,45
1,40
Taxa média anual 2007 - 1,37
1,35
1,30
1,25
Taxa média anual 2006 - 1,26
1,20
Taxa média mensal
Set-07
Mai-07
Jan-07
Set-06
Jan-06
1,15
Mai-06
/$
1,50
Taxa de Câmbio
EVOLUÇÃO DA RELAÇÃO CAMBIAL
EURO - DÓLAR
A situação cambial euro/dólar reflecte,
de uma forma global, o actual cenário
económico de ambas as economias.
Assim, é razoável afirmar que, existindo fortes perspectivas de um abrandamento pronunciado da economia
americana face à economia europeia,
e tendo havido uma redução das taxas
de juro nos mercados americanos, tal
se tenha espelhado numa apreciação
do euro face ao dólar.
Os receios de um abrandamento da
economia americana, mais pronunciado do que o desejável para o equilíbrio
da balança de pagamentos, e as preocupações no que respeita á situação
do sector bancário, fragilizado pela
crise do subprime, continuam a influenciar os mercados cambiais, contribuindo para o aumento da pressão sobre
o dólar. Por outro lado, o euro demasiado forte não agrada aos agentes
económicos (políticos, empresários
e famílias). A economia europeia terá
dificuldade em gerir, de forma sustentada, e por muito mais tempo uma moeda forte, sobretudo se as moedas asiáticas não amortecerem as evoluções
do euro face ao dólar.
Esta relação cambial favorece as exportações americanas ao mesmo
tempo que, teoricamente, encarece os
produtos europeus nos mercados americanos. Todavia, a redução do diferencial das taxas de juro praticadas nos
Estados Unidos e na Zona Euro beneficia a moeda única, já que torna os investimentos em euros mais atractivos.
Ainda, e apesar das consequências negativas para as exportações europeias,
durante o ano de 2007, a manutenção
do euro forte protegeu a Europa do choque do petróleo.
O valor do euro constitui um risco sério, e não há quem arrisque fazer previsões de até onde a moeda única pode
ir. Tudo parece apontar para a manutenção do euro forte, o que prejudica
Fonte: Banco de Portugal
Artigo
Elsa Picão
Economista colaboradora da CCAP
Resultados Globais Preliminares - Janeiro a Novembro
Milhões de Euros
Exportação (Fob)
2007
1926,6
1654,0
Importação (Cif)
Saldo
Taxa Variação Peso no Comércio Total (%)
2006
EUA
%
2006
2007
-14,1
6,0
6,8
6,8
20,6
719,8
880,8
22,4
1206,8
773,3
-35,9
2,7
1,9
7117,0
8026,6
12006,7
12888,4
7,3
-4889,7
-4861,8
-0,6
59,3
62,3
Taxa de cobertura (%)
Países Terceiros
Exportação (Fob)
Importação (Cif)
Saldo
Taxa de cobertura (%)
12,8
Fonte: INE
Importação
Milhões de Euros
Janeiro
Exportação
Variação
Milhões de Euros
Variação
2006
2007
%
2006
2007
%
76,5
80,9
5,7
129,0
156,8
21,6
Fevereiro
57,6
88,2
53,0
127,7
152,7
19,6
Março
96,0
64,7
-32,6
176,5
158,7
-10,1
Abril
50,8
70,9
39,6
157,3
143,6
-8,7
Maio
72,6
72,6
0,1
216,3
137,0
-36,7
Junho
76,6
82,1
7,2
195,8
190,4
-2,7
Julho
61,8
78,2
26,6
222,1
166,5
-25,0
Agosto
47,0
77,6
65,1
180,6
97,4
-46,1
Setembro
55,4
68,1
22,9
167,5
140,4
-16,2
Outubro
69,1
91,3
32,1
147,8
152,4
-12,8
Novembro
56,4
106,3
88,5
179,0
158,2
-11,6
Dezembro
61,0
178,7
Fonte: INE
Taxa de variação homóloga (%)
%
100
80
60
40
20
Nov-07
Out-07
Set-07
Ago-07
Jul-07
Jun-07
Mai-07
Abr-07
Mar-07
Fev-07
Jan-07
-40
Dez-06
0
-20
Nov-06
odo de 2006, os maiores aumentos
nas importações registaram-se em Produtos alimentares e bebidas e no Material de transporte e acessórios e, nas
exportações, no Material de Transporte
e acessórios, nas Máquinas e outros
bens de capital e nos Produtos alimentares e bebidas. O grupo dos Combustíveis e lubrificantes verificou uma quebra de 3,2% nas exportações e 2,2%
nas importações.
A taxa de cobertura das importações
pelas exportações passou de 59,3%
para 62,3%, quando comparada com
o período homólogo.
Para o mesmo período de análise,
a situação verificada nas relações comerciais bilaterais entre Portugal e os
Estados Unidos difere da apresentada
para os Países Terceiros como um todo.
Assim, entre Janeiro e Novembro de
2007, registou-se um decréscimo das
exportações em cerca de 14% e um aumento nas importações de 22,4%, três
vezes mais que o aumento registado no
total do comércio com Países Terceiros,
em comparação com o ano anterior.
A taxa de cobertura das importações
pelas exportações passou de 2,7%
para 1,9%, quando comparada com
o período homólogo.
Estas variações face ao período homólogo registadas nas importações
e exportações podem, em boa parte,
ser explicadas pela apreciação do euro
face ao dólar durante o ano de 2007.
A evolução homóloga mensal revela
alguma volatilidade no comportamento
das importações, embora a tendência
seja de crescimento. Em Novembro
atingiram a maior taxa de variação dos
últimos onze meses (88,5%) enquanto
que em Maio a variação foi quase nula
e em Março se registou um mínimo de
-32,6%, relativamente aos meses homólogos do ano anterior.
Por seu lado, as exportações vêm registando taxas de crescimento negativas
desde Março, a excepção foram os dois
primeiros meses do ano com taxas de
crescimento na ordem dos 20%. O mês
de Agosto foi o que registou a maior
variação homóloga, com uma quebra
próxima dos 50% (46,1%), ao passo
que a menor variação se registou em
Junho (2,7%), por comparação com
os meses homólogos.
-60
Importações
Exportações
Fonte: INE
21
Dossier - Internacionalização e Inovação
A aicep Portugal Global
e a Internacionalização
da Economia Portuguesa
Este é, no mundo complexo e dinâmico de hoje,
o desafio que se coloca a organizações e empresas.
A globalização e a necessidade
de coordenação nas intervenções
públicas e privadas
Assiste-se actualmente a reforço da
liberalização do comércio e serviços
e dos movimentos de capitais, com
o consequente alargamento e intensificação do comércio mundial e dos fluxos
internacionais de capital, confirmando
uma tendência inequívoca da política
económica internacional.
Estamos assim perante uma crescente interdependência entre as diversas
economias, no que se tem designado
por globalização.
Neste processo observa-se uma predominância dos temas económicos face
as outras instâncias (sociais, culturais,
políticas) pelo que será insensato não
prestar a devida atenção a este fenómeno na ordem político-económica internacional.
Com efeito, o grau de abertura/exposição dos sistemas nacionais, nomeadamente o económico, é de tal ordem
que o sucesso nacional passa cada
vez mais pela eficácia das interfaces
que se estabelecem entre o contexto
interno e os enquadramentos externos.
No reconhecimento deste facto, é cada
vez mais premente estimular a ligação
entre a componente doméstica e as
vertentes regional e inter-regional, que
exigem competências que vão além
das capacidades linguísticas e da capacidade negocial tradicional. Essas
competências estão cada vez mais
ligadas à economia, ao direito, ao comércio internacional, à organização de
estruturas multilaterais e regionais de
integração e cooperação, que alicerçam a estrutura actual da sociedade.
22
Hoje, reconhece-se, não bastam, para
citar apenas alguns exemplos, conhecimentos práticos das pautas aduaneiras, regulamentações do comércio
externo e/ou normas técnicas e legais
em vigor nos mercados estrangeiros.
Torna-se necessária toda uma nova
bateria de competência que vão desde
a diplomacia económica a todas as
componentes operacionais de intervenção mercado a mercado.
Em Portugal, a introdução formal, na
nossa ordem jurídica, do modelo actual de diplomacia económica é relativamente recente. No entanto, mais do
que um modelo de funcionamento vertido em diplomas legais, a diplomacia
económica é, na perspectiva da aicep
Portugal Global, mais uma prática que
se deve traduzir na intervenção da rede
diplomática no mundo de negócios.
É efectivamente muito importante que
a rede externa da aicep Portugal Global e as Embaixadas e Consulados de
Portugal no estrangeiro trabalhem em
estreita articulação, coordenando esforços e criando sinergias. A rede externa da Agência, cujos responsáveis
locais têm estatuto diplomático, foi
recentemente objecto de uma profunda reestruturação, com grande foco no
que a nossa realidade económica tem
de mais sensível.
Pretende-se, nesta articulação, alavancar e potenciar um ciclo virtuoso em
que a diplomacia e a economia interagem operacionalmente em prol de mais
e melhores exportações nacionais, da
internacionalização das empresas portuguesas, da promoção de Portugal
e da sua imagem, e da contribuição
para captação de investimento directo
Basílio Horta
Presidente da AICEP
estrangeiro de qualidade. Só assim se
obterá uma adequada eficácia, potenciando os esforços das empresas, em
especial das PME, das universidades
e de outros centros de investigação
científica e tecnológica, de entidades
públicas envolvidas na expansão da
internacionalização das empresas, na
captação de investimentos, na celebração de parcerias e na promoção do
turismo.
Neste contexto, não pode deixar de se
referir também a existência dos programas/parcerias científicas internacionais em curso em Portugal com universidades líderes internacionalmente,
como a CMU-Carnegie Melon, o MIT
e a UT Austin.
Estamos assim perante
uma crescente interdependência entre
as diversas economias,
no que se tem designado
por globalização.
A ajuda ao desenvolvimento, uma outra
forma de diplomacia económica, também pode e deve constituir um catalisador de relações comerciais a médio
e longo prazo.
Para além dos aspectos relevantes
para a internacionalização da nossa
economia tudo isto contribuirá para
a construção de um perfil político e económico de Portugal, como país moderno e de crescente especialização.
Por outro lado, as empresas portuguesas, ao mesmo tempo que investem
Dossier - Internacionalização e Inovação
cada vez mais a uma escala internacional, designadamente em matéria de
mercados e especialização de nichos,
esforçam-se, através de aquisições,
fusões, joint ventures e outras formas
de alianças, por influenciar tanto o Estado como as entidades reguladoras
internacionais. As empresas, sobretudo as de cariz multinacional, à medida
que aprofundam os seus processos de
internacionalização, ao conduzirem as
suas acções em múltiplos países, acabam por desenvolver uma importante
actividade diplomática pois interagem
permanentemente com os governos
locais e entidades regionais no que
respeita às condições da sua presença
e respectivas operações, novos investimentos, obrigações sociais, ambientais
e mesmo éticas, para além, é claro, da
criação de organizações empresariais
internacionais com a missão de desenvolver o lobby empresarial de âmbito
diplomático.
Este é, no mundo complexo e dinâmico
de hoje, o desafio que se coloca a organizações e empresas.
A aicep Portugal Global
E é neste contexto que Agência para
o Investimento e o Comércio Externo
de Portugal - aicep Portugal Global - se
enquadra, enquanto organismo que assume responsabilidades acrescidas no
âmbito da internacionalização da economia Portuguesa.
A Agência surge como resultado da
junção das atribuições anteriormente
residentes na API e no extinto ICEP, tornando esta agência na referência para
o desenvolvimento de um ambiente de
negócios competitivo que contribua
para a inserção internacional das empresas portuguesas.
Assim, a aicep Portugal Global, é mais
do que um Trade and Investment Promotion Office. É uma agência pública
empresarial de nova geração, com
um âmbito de acção de uma business
development agency, contemplando
nas suas funções o comércio, o investimento e o desenvolvimento da
imagem de Portugal no mundo. O conceito de actuação da Agência baseiase no apoio e promoção integrada
das empresas portuguesas nas áreas
mais críticas para os seus processos
de internacionalização.
A aicep Portugal Global dispõe, como
já referido, de uma importante rede de
representações externas distribuídas
pelos cinco continentes, que constituem um elemento fundamental para
rentabilizar a acção estratégica da nova
Agência, como facilitadora de negócios
e de contactos comerciais. Dadas
as constantes mutações no quadro dos
equilíbrios económicos internacionais
e nas estratégias a eles subjacentes,
sentiu-se a necessidade de promover
uma profunda reestruturação e actualização na rede externa da Agência, no
intuito de melhor servir as empresas
suas clientes nos mercados externos e
responder com maior eficácia às pressões da concorrência internacional.
Essa reestruturação, naturalmente, teve
em consideração uma dupla vertente,
obedecendo por um lado a uma lógica
de eficiência de custos, aliada esta, por
outro lado, a uma estratégia de diversificação. Assim, concentraram-se recursos em mercados que foram considerados “mercados âncora” e apostou-se
também em mercados emergentes, de
modo a reduzir a excessiva concentração nos mercados europeus.
Com efeito, envolvendo a internacionalização da economia a conjugação
de três variáveis (IDE – Investimento
Directo Estrangeiro em Portugal e IDPE
– Investimento Directo de Portugal no
Estrangeiro, Exportações) houve que
definir uma estratégia que articulasse,
de modo adequado, essas variáveis
e, paralelamente, enquadrasse os mercados-alvo desse esforço de internacionalização.
No que se refere à variável mercados,
destacou-se a importância de reduzir
a natural exposição/dependência face
aos mercados da UE, especialmente da
UE a 15, por via de um esforço adicional em países e regiões emergentes.
Neste contexto, os mercados que se afiguraram como mais prioritários foram:
• mercados âncora decisivos e de
primeira prioridade: Espanha, França, Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos;
• mercados emergentes: Rússia,
China, Índia, Singapura e Emiratos
Árabes;
• Mercados da CPLP, em especial
Angola e Brasil.
A ajuda ao desenvolvimento, uma outra forma
de diplomacia económica, também pode e deve
constituir um catalisador
de relações comerciais
a médio e longo prazo.
Estão pois agora a estabelecer-se
e a concretizarem-se estratégias e formas de actuação muito direccionadas,
identificando segmentos ou nichos de
mercado onde a oferta nacional reúna efectivas vantagens competitivas.
As políticas públicas dirigidas à internacionalização terão, pois, como prioridade, o conhecimento específico de cada
um dos mercados, numa abordagem
eminentemente comercial, que permita
a obtenção de significativas mais valias
para as empresas nacionais.
No que se refere às variáveis investimento (nos dois sentidos, IDE e IDPE)
e exportações, os objectivos da Agência passam pela implementação efectiva de políticas públicas que visem:
1. Promover a captação e retenção
de projectos de investimento em
bens transaccionáveis, geradores
de mais valor acrescentado, que
aproveitem melhor as capacidades
e os recursos endógenos nacionais
e que reforcem as capacidades
de inovação e desenvolvimento –
como até aqui, vamos privilegiar os
bons projectos, capazes de assegurar a transição para áreas baseadas no conhecimento, e continuar
a apostar, nomeadamente, no apoio
à instalação de Centros de I&D
e Centros de Competência;
2. Estimular a internacionalização das
empresas portuguesas, em especial das PME’s, através da qualificação dos gestores e da formação
dos quadros que, nas empresas,
23
Dossier - Internacionalização e Inovação
as habilitem a desenvolver e levar
a cabo estratégias de marketing
internacional eficazes para a penetração nos mercados;
3. Apoiar a organização da oferta portuguesa, quer através da concentração empresarial e/ou criação de
redes de fornecedores e parcerias
internacionais, quer apostando na
especialização, em nichos em que
Portugal tenha vantagens competitivas.
4. Apoiar as marcas portuguesas, no
seu esforço de ganharem reconhecimento e notoriedade em mercados externos, mediante a promoção adequada;
5. Reforçar o papel do capital de risco
como instrumento de apoio a estratégias empresariais de internacionalização.
Ao nível dos produtos, a aposta na
competitividade, a todos os níveis,
traduz-se já pelas alterações no perfil das exportações nacionais. Com
efeito, o aumento da incorporação de
média e alta tecnologia nos produtos
portugueses, em percurso de subida,
demonstra que as nossas empresas
compreenderam bem os desafios que
se lhes colocam.
Paralelamente com a criação de novas
empresas na área das tecnologias de
ponta, verifica-se já o aumento da base
nacional exportadora.
Ao nível das empresas: neste contexto,
consideramos que o apoio à internacionalização das empresas (incluindo as
PME) passa também por um selecção
muito rigorosa do universo em relação
às quais têm que dirigir-se as políticas
públicas de apoio à internacionalização.
Para melhor orientar a actuação da
aicep Portugal Global é fundamental,
como já referido, que a nova Agência
conheça muito bem os seus “clientes”.
Está a ser implementado - no que respeita às PME pois isso já ocorria com
as Grandes Empresas - um modelo de
funcionamento baseado no contacto
regular e personalizado com as em-
24
presas através do Gestor de Cliente,
que as acompanha de modo integrado,
procurando encontrar soluções diferenciadas por forma a satisfazer as necessidades específicas das empresas.
Nesse sentido, para um melhor conhecimento da situação real e expectativas das empresas, lançou-se ainda em
2007 um inquérito nacional a um vasto
número de empresas que constituem
a nossa base exportadora.
As políticas públicas
dirigidas à internacionalização terão, pois, como
prioridade, o conhecimento específico
de cada um dos mercados, numa abordagem
eminentemente comercial, que permita a obtenção de significativas
mais valias para
as empresas nacionais.
Partindo desse primeiro universo e utilizando vários critérios de segmentação
(e.g. volume de exportações, taxa de
crescimento das exportações, mercados de destino, sector de actividade,
etc.), foram já seleccionadas as empresas que constituem a base de trabalho
inicial, com o objectivo de as ajudar lançar numa trajectória ascendente na via
da internacionalização.
Paralelamente, estendendo em tempo
oportuno o inquérito ao universo mais
alargado das PME em Portugal, a Agência vai procurar aquelas que ainda não
têm experiência de exportação, mas reúnem potencial, e tentar proporcionarlhes os meios e fornecer-lhe a formação, a qualificação e o aconselhamento
necessários para as ajudar a projectarem-se nos mercados externos. Com
efeito, as PME têm de ser vistas como
uma prioridade, tanto ao nível da exportação como ao nível do investimento
no estrangeiro, dada a sua importância
na estrutura empresarial portuguesa,
pois constituem 99% do tecido empresarial, são responsáveis por cerca
de 2 milhões de postos de trabalho
e apresentam uma facturação aproximada de 115 mil milhões de euros. Têm
um peso muito relevante nos sectores
do comércio e serviços, e detêm uma
importância ímpar a nível regional.
Nesta área particular de intervenção,
a aicep Portugal Global está pois
a orientar a sua actuação para as empresas, com especial foco nas PME
com potencial de internacionalização,
pretendendo, para tal, lançar um conjunto de novos serviços e um modelo
de acompanhamento ajustados às necessidades e estágios de desenvolvimento. Acreditamos que esta actuação
terá efectivamente um impacto positivo
e dará a projecção desejada às empresas e a Portugal nos mercados internacionais.
É, portanto, neste quadro que a aicep
Portugal Global estará ao lado dos
empresários, para, de forma dinâmica,
colocar os seus serviços em Portugal
e a sua rede externa ao dispor das empresas portuguesas:
• assistindo-as nos seus negócios
• informando-as sobre os mercados
• divulgando as suas iniciativas e,
• promovendo as suas marcas e produtos
O mercado dos EUA
O mercado dos EUA constitui um dos
mais importantes mercados extra
comunitários de bens e serviços portugueses. Com efeito, o mercado dos
EUA é altamente relevante para Portugal, podendo alavancar na importante
presença de uma comunidade portuguesa, activa e muito dinâmica.
Com efeito, actualmente o mercado
norte-americano, com cerca de 300
milhões de consumidores, representa
a maior economia do mundo.
Mesmo tendo em contra os mais recentes desenvolvimentos desta economia,
nomeadamente no que se refere à crise do subprime e à subida de preço do
petróleo, com elevados riscos/sinais
de desaceleração da economia, ilustrada pela evolução recente de vários
Dossier - Internacionalização e Inovação
indicadores (quebra do mercado imobiliário, redução da confiança dos consumidores, aumento do défice comercial,
aumento do desemprego) espera-se que
a economia americana continue a realizar
significativos investimentos no exterior
e a aumentar, de forma significativa, o volume de importações.
Esta expectativa é suportada pela reconhecida resiliência da economia americana, bem como a sua surpreendente
capacidade de reacção às adversidades,
aliada à enorme flexibilidade e mobilidade das empresas e seus trabalhadores.
Destaca-se também que o número
de empresas portuguesas com representação directa, nos EUA é já significativo, repartindo-se por sectores bastante
diversos (energia, com destaque para
as renováveis, tecnologias de informação, finanças, construção civil, materiais
de construção, farmacêutico, vinhos,
mobiliário, ourivesaria e cortiça, calçado,
têxtil, turismo, entre outros).
Também no que respeita à presença
de empresas dos Estados Unidos no nosso país temos uma situação equilibrada,
com nomes sonantes cobrindo áreas tão
importantes com as tecnologias de informação, indústria automóvel, biotecnologias, etc.
Mas a ambição da aicep Portugal Global
é elevada relativamente ao estreitar das
relações entre os Estados Unidos da
América e Portugal pelo que, já no plano
de actividades da Agência para 2008 estão previstas importantes acções promocionais, para além da intenção de avaliar
o reforço/alargamento na rede externa da
Agência naquele mercado, cobrindo áreas
geográficas, sectoriais e tecnologias relevantes para as empresas portuguesas.
Alguns dados sobre as relações económicas
Estados Unidos da América e Portugal
Fluxos Investimento
Dos Estados Unidos da América em Portugal - Global
2006
2007 (Jan. – Nov.)
Investimento
692.674
679.906
Desinvestimento
511.742
405.353
Saldo
180.932
274.553
Fonte: Banco de Portugal
Unidades: Milhares de Euros
Dos Estados Unidos da América em Portugal - Investimento Contratado
Investimento
Investimento acumulado
2003
53,1
53,1
2004
3,2
56,3
2005
30,2
86,5
2006
28,6
115,1
2007
43,6
158,7
Fonte: AICEP
Unidades: Mil Milhões de Euros
Dos Estados Unidos da América em Portugal – Investimento contratado por sector
2003
Automóvel
48,8
Metalomecânica
4,3
2004
1,8
2005
2006
0,7
4,7
13,9
Electrónica
14,1
Vidro
1,6
TOTAL
Acumulado
15,6
35,6
20,3
34,4
54,2
23,9
Embalagem
Químico
2007
25,5
7,8
7,8
43,6
158,7
1,4
53,1
3,2
1,4
30,2
28,6
Fonte: AICEP
Unidades: Mil Milhões de Euros
De Portugal nos Estados Unidos de América
Investimento
2006
2007 (Jan. – Nov.)
117.599
361.021
Desinvestimento
92.718
49.442
Saldo
24.881
311.579
Fonte: Banco de Portugal
Unidades: Milhares de Euros
Fluxos Comerciais
2006
2007
Importação
780.797
946.968
Variação
21%
Exportação
2.105.266
1.784.055
- 15%
Saldo
1.324.469
837.087
Fonte: Instituto Nacional de Estatística
Unidades: Milhares de Euros
Tudo faremos nesse sentido.
25
Dossier - Internacionalização e Inovação
Álvaro Coelho & Irmãos:
Um caso exemplar na
abordagem e utilização
dos incentivos da UE
A Álvaro Coelho & Irmãos, SA (ACI) alcançou em 10 anos
de actividade uma posição de destaque no competitivo mercado
mundial das rolhas de cortiça, fruto de uma estratégia
e posicionamento adequados e de uma equipa de gestão
de excepção que foi capaz de a pôr em prática de forma rápida,
encurtando ciclos de investimento para os quais os sistemas
de incentivos, nas suas diversas vertentes, foram um
importante apoio.
A ACI emprega 220 trabalhadores, detém activos avaliados
em 35 milhões de euros e em 2007 atingiu um volume
de negócios de 42 milhões de euros (55 milhões de euros,
quando consolidado com o das suas participadas), dos quais
90% provêm de mercados externos. Contando já com uma forte
presença na Europa e no continente americano, a empresa
pretende continuar a alargar as suas operações a novos países
produtores de vinho, entre os quais Austrália, Nova Zelândia,
África do Sul e Brasil.
26
A Álvaro Coelho & Irmãos, SA foi constituída em 1996, na sequência da cessação do vínculo profissional que ligava
os seus três fundadores ao maior grupo
nacional da indústria corticeira, onde
ocupavam lugares de gestão de topo.
A sua experiência e o conhecimento acumulado durante anos motivou
a concretização de um ambicioso, mas
realista, projecto empresarial no subsector das rolhas de cortiça.
se início à comercialização de rolhas
no Chile, Argentina, Bulgária e Hungria.
A partir da aquisição de uma unidade
industrial de acabamento de rolhas
em Mozelos, foi possível desenvolver
o projecto traçado. O crescimento da
empresa assentou desde logo em três
princípios estratégicos: especialização
em produtos de elevada qualidade,
forte presença directa no mercado internacional e verticalização da actividade. Com base nesta estratégia, foi
possível criar os alicerces industriais
para a produção de rolhas “premium” e
implementar o processo de internacionalização que alavancou o rápido crescimento do negócio. Em 1998 foram
instaladas unidades de finishing e deu-
Paralelamente, a empresa continuou
a apostar em novos produtos e processos de fabrico. O estabelecimento de
parcerias com centros tecnológicos permitiu diversificar a gama de produtos
e adoptar novas tecnologias, algumas
das quais pioneiras e até revolucionárias no contexto do sector. A prossecução de uma política de qualidade total
facilitou o processo de consolidação da
ACI nos seus mercados e conferiu-lhe
uma reputação diferenciadora.
No ano 2000 a ACI encetou um novo
ciclo de internacionalização, tendo adquirido participações em França e Espanha. No mesmo ano constituiu a ACI
Itália e a ACI Rioja, em Espanha. Hoje a
empresa está presente nos mercados:
Portugal, Espanha, França, Hungria,
EUA, Chile, Argentina, Itália e Bulgária.
Em 2002, como resultado da célere
concretização dos dois primeiros pilares
estratégicos, as expectativas dos funda-
Luís Mesquita
Managing Partner CopiRisco
- Consultadoria e Gestão de Empresas, S.A.
• Em 1996, com a aquisição da
unidade fabril de acabamento,
iniciou-se o primeiro ciclo de investimentos da ACI. O esforço ascendeu a cerca de 5 milhões de
euros e incidiu sobretudo na área
produtiva, nomeadamente no aumento da capacidade instalada,
na ampliação e racionalização do
layout da unidade de produção, no
desenvolvimento de novos produtos e na qualidade. As metas estabelecidas foram amplamente ultrapassadas. Em dois anos e meio
a ACI triplicou o volume de negócios quando, no plano de negócios
inicial, se previa um crescimento
na ordem dos 100% em igual período. O projecto de investimento
foi co-financiado pelo PEDIP II (Programa Estratégico de Desenvolvimento da Indústria Portugal), com
um incentivo a fundo perdido na
ordem dos 1,5 milhões de euros.
• Em 1998 foi encetado o processo
de internacionalização, com a instalação de unidades de finishing
e comercialização no Chile, Argentina, Bulgária e Hungria. Estes projectos de investimento foram apoiados no âmbito do PAIEP (Programa
de Apoio à Internacionalização
das Empresas Portuguesas) e alvo
de benefícios fiscais concedidos
ao investimento no estrangeiro.
• Durante o triénio 1999-2002 foi
realizado um investimento de 10
milhões de euros aplicados na diversificação da gama de produtos,
desenvolvimento e implementação de novas tecnologias de fabricação de rolhas, certificação da
qualidade e alargamento da base
produtiva aos mercados italiano
e espanhol por via do investimen-
Dossier - Internacionalização e Inovação
dores tinham sido amplamente superadas, sendo a ACI percepcionada no mercado mundial como um dos três players
de referência nas rolhas de cortiça.
Os incentivos da União
Europeia (UE) de que
usufruiu até então reveto directo ACI Rioja). Este investimento foi alvo de uma candidatura
ao SIME (PRIME) (Sistema de Incentivos à Modernização Empresarial com a qual se obteve um
incentivo total de 1,5 milhões de
euros (parcialmente reembolsável
e não reembolsável). Como resultado, foram desenvolvidos novos
processos que resultaram numa
maior incorporação de valor no
produto final e no aproveitamento
de matéria-prima menos nobre.
• No final de 2002 foi realizado um
investimento de 10 milhões de euros na instalação de uma nova unidade industrial para preparação
e armazenamento da cortiça, produção de cortiça traçada, granulados, discos e rolhas naturais,
aglomeradas e compostas. Este
investimento foi apoiado pelos
programas AGRO (Programa Operacional de Agricultura e Desenvolvimento Rural) com um financiamento total no valor de 1,5
milhões de euros, parte do qual
a fundo perdido e outra parte reembolsável.
laram-se um importante
instrumento de alavancagem do processo de
execução da estratégia.
Sem eles, teria sido mais
difícil alcançar estes
resultados em tão curto
espaço de tempo.
Ainda em 2002, foi constituída a Álvaro
Coelho & Irmãos II (ACI II) com o principal objectivo de dar corpo ao terceiro
pilar estratégico. A integração vertical
a montante permitiu racionalizar as
actividades industriais da ACI. Através
desta nova empresa, localizada em
Ponte de Sor, alargaram-se as operações a todo o ciclo produtivo, integrando e racionalizando os processos de
transformação da cortiça, desde a floresta até ao cliente final.
O processo de integração vertical ficou
concluído em 2005, passando a ACI
a dominar toda cadeia de valor.
A ameaça representada pela emergência
de novos produtos substitutos, sobretudo no segmento das rolhas de média
Portugal
Espanha
qualidade, constitui uma forte motivação para a ACI estender a sua presença
a outros mercados internacionais.
A manutenção da aposta em factores
dinâmicos de competitividade como
a I&DT, a Qualidade Total e o domínio
dos canais de distribuição assume um
papel decisivo na estratégia de crescimento da ACI.
Ao longo destes 10 anos, a ACI realizou
investimentos superiores a 50 milhões
de euros, dos quais cerca de 4 milhões
de euros constituíram financiamento
comunitário. A canalização inteligente
destas verbas para investimentos em
factores críticos e distintivos, capazes de
criar e sustentar vantagens competitivas,
traduziu-se na geração de receitas na ordem dos 55 milhões de euros anuais.
Na perspectiva dos sistemas de incentivos, podemos afirmar que cada unidade monetária colocada à disposição da
empresa teve um efeito multiplicador
próximo de 15. Estes excelentes resultados, para o que contribuiu a redução
dos ciclos de investimento facilitada
pelo financiamento das verbas de UE,
só foram possíveis graças à visão, seriedade e profissionalismo dos gestores da empresa, bem como ao apoio
obtido dos parceiros financeiros.
Húngria
França
• Paralelamente, a ACI beneficiou
de incentivos fiscais concedidos
pelo Estado português para apoiar
os processos de internacionalização que entretanto foram concretizados, durante o período 20002004.
E.U.A.
Chile
Argentina
Itália
Bulgária
27
Dossier - Internacionalização e Inovação
A Inovação na Saúde
Definimos a inovação como área estratégica convictos
que este é um factor decisivo da competitividade
e do futuro das empresas no mundo actual.
Luís Portela
Presidente da BIAL
Desde o início da sua história que o Homem procura novas formas de se adaptar
ao mundo em que vive, de melhorar as
suas condições de vida, de explorar novas
técnicas e instrumentos que lhe permitam
viver melhor. O conceito de inovar, podemos
dizer que inato à natureza humana, explica
a evolução e todos os progressos que têm
caracterizado a história do homem.
A Saúde é talvez a área em que ao longo
dos tempos mais se procurou inovar. Povos
dos diversos locais do globo, diferentes civilizações e múltiplas instituições, ao longo
dos séculos, inovaram com o objectivo de
encontrar soluções para combater as doenças que atingem o Homem, marcando novas etapas e progressos do conhecimento
humano no campo da Saúde.
Hoje a necessidade de inovar continua
a ser premente. Continuamos, tal como os
nossos antepassados, à procura de técnicas, instrumentos, conhecimentos, medicamentos que nos permitam viver melhor,
viver mais tempo e com maior qualidade
de vida. A investigação de novas soluções
terapêuticas, a inovação na área da saúde
é por isso uma exigência e um factor decisivo da competitividade e de sucesso das
empresas neste mundo global. A indústria
farmacêutica tem dado um importante contributo na resposta a esta necessidade,
sendo uma das áreas de actividade com
maior investimento em inovação. Em média, a indústria farmacêutica investe em
I&D 15 a 20% do seu volume de negócios.
A investigação de novos medicamentos
está hoje direccionada para o desenvolvimento de fármacos cada vez mais eficazes, seguros e selectivos, o que tem
consequências ao nível da complexidade
e durabilidade dos processos de I&D.
Numa primeira etapa, designada de investigação laboratorial - que demora cerca de
3 a 4 anos -, são seleccionadas as moléculas com interesse terapêutico. Segue-se
o seu desenvolvimento, o que pode demorar cerca de 5 a 6 anos, decorrendo os
ensaios clínicos realizados inicialmente em
animais, depois em seres humanos saudáveis e posteriormente em doentes. Os ensaios clínicos são realizados ao longo de
vários anos, em diversas regiões do globo,
envolvendo milhares de doentes e diversas
instituições, e permitem avaliar a eficácia
e a segurança do medicamento, englobando estudos de âmbito toxicológico, farmacológico e clínico. Sucedem-se também
estudos de formulação que vão permitir
incorporar a substância com actividade
28
terapêutica numa forma farmacêutica que
constituirá o medicamento. Paralelamente,
desenrola-se todo o trabalho regulamentar
para a obtenção de uma Autorização de Introdução no Mercado junto das entidades
competentes, a FDA (Food and Drug Administration) nos Estados Unidos e a EMEA
(European Medicines Agency) na Europa.
Estima-se que o custo associado à Investigação e Desenvolvimento de um novo
fármaco ronde, em média, 800 milhões
de dólares. Este forte investimento pode
não ter qualquer retorno, já que ao longo
do processo de investigação são muitos
os compostos que ficam pelo caminho,
ou porque não se verifica a sua eficácia,
ou porque são tóxicos para o organismo,
ou porque não são comprovadas as suas
vantagens face a outros produtos existentes. São também vários os fármacos que
culminando todo o processo de I&D, e apesar de chegarem ao mercado, não conseguem obter um retorno compensatório face
ao investimento realizado. A inovação na
indústria farmacêutica é pois caracterizada
pelos elevados custos que exige, pela morosidade e pelos riscos que comporta.
Conscientes desta realidade e das dificuldades que iríamos encontrar, em 1992
num pequeno laboratório com apenas três
pessoas, demos início ao nosso projecto
de I&D de novas soluções terapêuticas.
Definimos a inovação como área estratégica convictos que este é um factor decisivo
da competitividade e do futuro das empresas no mundo actual. Convictos também
que, particularmente na área da Saúde,
a inovação é incontornável.
Actualmente Bial detém dois centros de
I&D, um na Trofa e outro em Bilbau, onde
trabalham 92 pessoas de sete nacionalidades, das quais 21 são doutoradas. Centramos a nossa actividade em três áreas
- sistema nervoso central, sistema cardiovascular e alergologia - concentrando em
Bial os passos cruciais da investigação,
e estabelecendo parcerias com instituições
universitárias, centros de investigação
e com outras companhias com as quais
colaboramos na realização das restantes
fases do processo de desenvolvimento.
Temos vindo a investir anualmente cerca
de 20% da nossa facturação em I&D o que
representou em 2007 trinta milhões de
euros. O esforço de financiamento é enorme, sendo, essencialmente, um esforço
de auto-financiamento. Bial é actualmente
a empresa portuguesa na área farmacêutica que mais investe em Investigação
e Desenvolvimento. Nos últimos anos patenteámos vários novos medicamentos
a nível mundial, entre os quais um antiepiléptico, já registado na Organização
Mundial de Saúde como acetato de eslicarbazepina. O processo de investigação
deste antiepiléptico seguiu os passos
tradicionais no processo de inovação
de um medicamento, resumidamente
descritos anteriormente. A investigação
laboratorial, selecção e síntese desta entidade química decorreu em 1994, tendo
a patente sido registada em 1996. Seguiram-se os testes pré-clínicos, ensaios de
toxicologia e, entre 2000 e 2007, decorreram os ensaios clínicos de fase I, II e III.
O antiepiléptico de Bial foi testado em 22
países (África do Sul, Alemanha, Austrália, Bélgica, Brasil, Dinamarca, Espanha,
França, Reino Unido, Rússia, Suécia, Suiça, entre outros), envolvendo mais de mil
doentes. O acetato de eslicarbazepina demonstrou ser eficaz e seguro em ensaios
clínicos em doentes adultos com epilepsia.
Os testes realizados comprovaram a existência de benefícios para os doentes em
termos de baixo potencial de interacções
farmacológicas, o que é uma vantagem em
relação a outros fármacos correntemente utilizados na terapêutica da epilepsia.
A administração em toma única diária
é também uma vantagem clínica importante para doentes com epilepsia já que
a maioria dos antiepilépticos existentes
é administrada em várias doses ao dia.
Neste momento entramos numa nova etapa, o registo do acetato de eslicarbazepina
junto das autoridades regulamentares. Estabelecemos também recentemente, no fim
de 2007, um acordo de licenciamento com
uma empresa norte-americana, Sepracor,
para desenvolvimento e comercialização
deste antiepiléptico nos mercados dos EUA
e do Canadá. Esta parceria com a Sepracor
representa o primeiro contrato de licenciamento de medicamentos de investigação
de Bial que está actualmente a licenciar tecnologia para empresas de diversos países.
Esperamos que em 2009 o antiepiléptico
de Bial possa chegar ao mercado mundial, constituindo o primeiro medicamento
de raiz e patente portuguesa. Este, e os
outros projectos que temos em curso, representam o compromisso de Bial com
a inovação, o contributo de Bial para a criação de valor, para a evolução terapêutica,
para a melhoria da qualidade de vida do
Homem. Esta é a nossa forma de estarmos ao serviço da Saúde.
Dossier - Internacionalização e Inovação
A SISCOG e a Inovação
Actualmente a SISCOG é considerada uma
das principais empresas a nível mundial a oferecer
soluções no domínio do planeamento e gestão de
recursos em empresas ferroviárias e em metropolitanos.
João Pavão Martins
Administrador da SISCOG
No início dos anos 80 começam a surgir
nos Estados Unidos as primeiras aplicações comerciais da Inteligência Artificial,
um ramo da Informática que até então
era um domínio exclusivo dos centros de
investigação. Nessa altura, dois bolseiros
da Fulbright, Ernesto Morgado e João Pavão Martins, trabalhavam na sua tese de
Doutoramento na Universidade Estadual
de Nova Iorque, dentro do domínio da Inteligência Artificial. Entusiasmados com estes sucessos, surgiu-lhes a ideia de criar
uma empresa dedicada ao desenvolvimento de aplicações nesta área do saber
quando regressassem a Portugal.
Em 1986 nasce a SISCOG (Sistemas
Cognitivos), a primeira empresa nacional
dedicada ao desenvolvimento de sistemas baseados em conhecimento. Nos
nossos dias, em que tanto se fala na
sociedade do conhecimento, esta ideia
é considerada como natural, mas há
22 anos era completamente inovadora.
O panorama da industria nacional era extremamente pobre. O desenvolvimento de
software estava praticamente circunscrito
aos grandes fabricantes de equipamento
informático e a utilização da informática
nas organizações estava apenas vulgarizada em grandes instituições. Quando os
fundadores da SISCOG apresentavam aos
empresários e aos dirigentes nacionais
a ideia que a nova revolução do conhecimento era inevitável, eram olhados como
uma espécie de extra-terrestres falando
em ficção científica.
Com a fundação da SISCOG foram tomadas três decisões, que em 1986 eram
também inovadoras. A SISCOG deveria
ser uma empresa a oferecer um produto e
não ser uma mera prestadora de serviços
informáticos. Para ter sucesso, a SISCOG
deveria actuar à escala internacional. Finalmente, a SISCOG deveria actuar num
nicho de mercado, evitando a competição
com empresas generalistas que trabalhavam para as grandes massas.
O nicho de mercado foi definido cerca de
um ano mais tarde como sendo o planeamento e a gestão de recursos em empresas de transportes. As razões para a escolha deste nicho de mercado prenderam-se
com o facto de este nicho corresponder
a uma área chave para as empresas de
transportes, por abordar um problema
muito difícil para o qual a tecnologia de In-
teligência Artificial apresentava soluções
e por não parecer existir grande oferta por
parte do mercado. Os fundadores da SISCOG convencem algumas pessoas chave
da administração da CP a avançar com um
protótipo e as cartas estavam lançadas!
Actualmente a SISCOG é considerada uma
das principais empresas a nível mundial
a oferecer soluções no domínio do planeamento e gestão de recursos em empresas ferroviárias e em metropolitanos. Os
clientes da SISCOG localizam-se, ainda,
apenas na Europa. Os sistemas desenvolvidos pela SISCOG planeiam directamente
o trabalho diário de mais de 20,000 maquinistas e revisores. É com orgulho que
podemos afirmar qualquer passageiro
de um comboio da Holanda, da Dinamarca, da Noruega e da Finlândia viaja com
todo o pessoal de bordo planeado com
sistemas desenvolvidos pela SISCOG.
O mesmo acontece com os mil milhões
de passageiros que se espera que viagem
durante o ano de 2008 no metropolitano
de Londres, o trabalho de todos os seus
maquinistas foi planeado com os produtos “made in Portugal”. A SISCOG compete principalmente com 5 empresas no
mundo, duas localizadas nos Estados
Unidos e outras localizadas na Suécia, na
Alemanha e no Canadá.
A inovação científica introduzida pela SISCOG foi premiada duas vezes pela Associação Americana de Inteligência Artificial
através da “Innovative Application Award”,
em 1997 e em 2003. Em 2006 a “Computer World Honors” reconhece a importância das contribuições da SISCOG no
domínio dos transportes a nível mundial.
Nos últimos 7 anos o crescimento médio
da facturação da empresa situa-se nos
25% por ano e o número de empregados
aumentou uma média de 18% por ano.
Desde 2005, toda a facturação da SISCOG
provém exclusivamente de exportações.
O mercado está cada vez mais apto para
os tipos de soluções produzidas pela
SISCOG. A procura para sistemas do tipo
oferecido pela SISCOG tem vindo a aumentar devido à competição aberta entre
os operadores ferroviários e às preocupações ambientais que forçam à expansão
de sistemas de transportes em massa.
Por outro lado, o conhecimento específico exigido pelo desenvolvimento de sis-
temas de planeamento e gestão nestes
domínios torna pouco provável que novas
empresas de porte apareçam no mercado
nos próximos anos.
O desenvolvimento de uma família de produtos para planear e gerir o trabalho de
pessoal terminou em 2007. O seu desenvolvimento durou cerca de 20 anos. Sempre financiado pelos lucros gerados pela
empresa. Em 2006, a SISCOG iniciou um
projecto para o desenvolvimento de produtos análogos para lidar com o material
circulante. O tempo de desenvolvimento
deste projecto, parcialmente apoiado pelo
programa SIME, será significativamente
mais curto. O desenvolvimento desta nova
família de produtos foi parcialmente motivado pela grande procura que se começa
a delinear para sistemas integrados que
abordem a frota e o pessoal.
A palavra de ordem para os próximos 2
a 5 anos é a de expansão, expansão na
gama de produtos, expansão no número
de clientes e expansão no modo como a
SISCOG desenvolve sistemas a nível internacional. Entre os objectivos a curto prazo
conta-se a exportação de software para os
Estados Unidos.
Foram 22 anos muito interessantes mas
também muito difíceis. A inovação liderou
o nosso rumo associada a um trabalho
muito árduo. Fomos inovadores na introdução da tecnologia, na abordagem ao mercado e na abordagem ao desenvolvimento
da empresa. A inovação tecnológica não
se prende apenas com a tecnologia inicialmente introduzida, mas também com
a abertura e flexibilidade com que adoptámos outros tipos de tecnologia, fora da
nossa área inicial de actuação, colocando
o sucesso do negócio e a satisfação do
cliente acima dos aspectos tecnológicos.
Fomos inovadores na introdução de métodos de trabalho e na organização empresarial. Fomos arrojados e inovadores, em
períodos de grande adversidade, quando
tudo corria mal, nos agarrámos ao leme,
mantendo o rumo traçado, contra tudo
e contra todos. Continuamos inovadores,
tendo plena consciência que este aspecto
é essencial para o nosso sucesso. Estamos extremamente confiantes no futuro
e acreditamos que os próximos 22 anos
serão ainda mais interessantes e promissores do que os primeiros.
29
Sobre a CCAP
Galeria de Fotos
A CCAP organizou em conjunto com o American Club,
um almoço/conferência que decorreu no dia 8 de Outubro
no Hotel Real Palácio tendo como convidado de honra
Mr. Steven Preston, Head of the Small Business
Administration. A intervenção, intitulada “American Small
Businesses Leadership in Global Growth” permitiu conhecer
um pouco melhor a realidade americana nesta área.
1
2
1
2
3
4
Almoço/Debate com orador convidado Mr. Steven C. Preston, Head
of the Small Business Administration (fotos de J. Marques)
1.Da esquerda para a direita: Charles Buchannan e Steven C. Preston.
2 Da esquerda para a direita: John Scott Johnson, Paula Gramaça
e Steven C. Preston.
No dia 15 de Outubro, decorreu no Hotel Meridien
em Lisboa o primeiro almoço/debate subordinado
ao tema “Análise da Economia Portuguesa e Perspectivas
para 2008”.
As intervenções dos convidados da Câmara, Prof. Augusto
Mateus e Dr. Filipe de Botton permitiram uma dupla
abordagem ao tema proposto, constituindo excelentes
pontos de partida para o debate que se seguiu.
Almoço/Debate com oradores convidados Prof. Augusto Mateus
e Dr. Filipe de Botton (fotos de J. Marques)
1.Dr. Filipe de Botton, Secretário de Estado da Indústria
e Inovação, Dr. António Castro Guerra e José Joaquim Oliveira.
2 Da esquerda para a direita: Dr. João Castanheira Martins,
Eng.º José Reis Costa, Dr. Manuel Boto, Eng.º Fernando Mendes.
3.Da esquerda para a direita: Prof. Augusto Mateus, José Joaquim
Oliveira e Dr. Filipe de Botton.
4.Da esquerda para a direita: Dr. Rui Basílio, Dr.ª Paula Gramaça,
Dr.ª Cláudia Pereira, Dr.ª M.ª Lourdes Lopes Dias e Eng.º Fernando
Feliciano.
Em comemoração dos 200 anos sobre a abolição
do comércio de escravos nos EUA, o Le Amistad, símbolo
do movimento da abolição da escravatura e de defesa
dos Direitos Humanos, organizou a Atlantic Freedom Tour
que tendo saído dos EUA, mais precisamente de New
Haven, no dia 21 de Junho atracou em Londres, Bristol,
Liverpool, Lisboa, Madeira, Dakar e Freetown.
Durante a sua estadia em Lisboa, tivemos oportunidade
de oferecer aos nossos sócios um passeio pelo Tejo
neste barco cheio de história, seguido de uma recepção
no cais de desembarque oferecida pela Embaixada
Americana, tendo o Senhor Embaixador Alfred Hoffman
proferido algumas palavras.
1
Passeio de barco no Le Amistad (fotos de J. Marques)
1.Da esquerda para a direita: Capitão do Le Amistad, Embaixador
Alfred Hoffman e Charles Buchannan.
1
2
No dia 15 de Novembro a Câmara participou com stand
próprio na feira Exportar Melhor 2007 organizada pela
AIP, cujo objectivo foi o de disponibilizar às empresas
portuguesas um vasto conjunto de produtos e serviços
de apoio à exportação e à internacionalização das
mesmas.
Stand da CCAP na Feira “Exportar Melhor 2007”
Inauguração da feira pelo Dr. Basílio Horta e Dr. Rocha Matos.
30
Sobre a CCAP
Decorreu no dia 6 de Dezembro no Hotel Meridien
em Lisboa o segundo almoço/debate subordinado
ao tema “Análise da Economia Portuguesa e Perspectivas
para 2008”.
As intervenções dos convidados da Câmara, Prof. Miguel
Beleza e Dr. Luís Portela foram, à semelhança do que
já tinha acontecido no almoço anterior subordinado
ao mesmo tema, excelentes pontos de partida para
um debate sobre a nossa economia.
Almoço/Debate com oradores convidados Prof. Miguel Beleza
e Dr. Luís Portela (fotos de J. Marques)
1.Da esquerda para a direita: Prof. Miguel Beleza, José Joaquim
Oliveira e Dr. Luís Portela.
2.Da esquerda para a direita: Dr. Luís Portela, Dr.ª Raquel Sousa Leite,
Dr.ª Nídia Costa e Dr. Pedro Penalva.
3.Da esquerda para a direita: Eng.º Fernando Mendes, Dr. Rui Teixeira
da Motta e Dr. José Araújo.
4. Da esquerda para a direita: Dr. José Athaíde Furtado e Prof. Miguel
Beleza.
1
2
3
4
Tendo sido divulgados os regulamentos sobre os principais sistemas de incentivos ao abrigo do QREN (Quadro
de Referência Estratégica Nacional), a Câmara organizou no dia 17 de Outubro um workshop onde se prestaram
informações e esclarecimentos sobre o plano operacional temático - Factores de Competitividade.
Breakfast about the QREN
1.Da esquerda para a direita: Dr. Luís Mesquita, da CopiRisco; Graça Didier, da CCAP; Dr.ª Piedade Valente, da Com. Executiva PO – factores
de Competitividade; Dr. Paulo Lemos, da Anje e Dr.ª Marta Miraldes da SBI Consulting.
2.Apresentação proferida pela Dr.ª Piedade Valente, Vogal da Comissão Directiva do Programa Operacional Factores de Competitividade.
1
À semelhança dos anos anteriores, a Câmara cooperou
com o grupo The Economist a propósito da iniciativa The
Third Business Roundtable with the Government of Portugal,
que decorreu nos dias 21 e 22 de Janeiro.
Os sócios da Câmara tiveram oportunidade de, em condições privilegiadas, participar neste evento de elevado nível.
1
2
1
2
The Third Business Roundtable with the Government of Portugal.
O primeiro Almoço-Debate de 2008 organizado pela
Câmara foi subordinado ao tema “Protecção Social,
a Demografia e a Produtividade” que decorreu no dia
30 de Dezembro no Hotel Pestana Palace. O nível
das intervenções e o interesse do tema proposto, foi
manifestamente reconhecido, tendo sido seguido
de um debate bastante participativo.
1
2
Almoço/Debate com Dr. Bagão Félix e Eng.º Fernando Mendes
como oradores convidados (fotos de J. Marques)
1.Dr. Bagão Félix e Dr. Pedro Rebelo de Sousa.
2.Dr. Rui Teixeira Motta e Eng.º Fernando Mendes.
3.Dr. Bagão Félix e Eng.º Luís Todo Bom.
4.Da esquerda para a direita: Dr. Bagão Félix, Dr. Manuel Boto
e Eng.º Fernando Mendes.
3
4
31
Sobre a CCAP
Novos Sócios
CopiRisco
Condomínio Alcântara-Rio
Rua da Cozinha Económica, Bloco A 2.º Dto.
1300-149 Lisboa
Tel.: +351 21 361 61 20 / Fax: +351 21 361 61 29
Email: [email protected]
Website: www.copirisco.pt
Fundada em 1991, a CopiRisco presta serviços de consultoria de
negócio e outsourcing nos mercados português, angolano e da
República Checa. A sua oferta integra serviços de contabilidade,
reporting e assessoria fiscal; sistemas de controlo de gestão;
consultoria económico-financeira e de gestão; sistemas de melhoria de performance, incluindo a metodologia Lean Six Sigma;
e apoio nos processos de acesso a fundos comunitários e outras
fontes de financiamento.
A sua carteira de clientes conta já com mais de 100 empresas,
entre PMEs e multinacionais de grande dimensão, a operar em
praticamente todos os sectores de actividade – indústria de vários
sectores, serviços financeiros, comércio, distribuição, construção
civil, metalomecânica, turismo, telecomunicações, tecnologias
de informação e comunicação, energia e combustíveis, administração pública e outros serviços. Orientada para a satisfação dos
seus clientes através da concepção e implementação de sistemas e processos geradores de vantagens competitivas e valor
para as organizações, a CopiRisco conta com a colaboração de
parceiros estratégicos, entre eles a Accenture e o George Group,
os quais garantem a integração de diferentes competências sem
prejuízo da eficiência da sua prestação.
Fricar – Comércio e Indústria de Peixe, Lda.
Tel.: 00351 239 981 247 / Fax: 00351 239 981 342
Sócios Gerentes: Carlos Leitão e Conceição Mano
Área de Negócio: Transformação Bacalhau/Salgado Seco, Demolhado Ultracongelado, Derivados e Outros Peixes.
Webpage:www.fricar.pt
Com mais de 20 anos de experiência no sector do pescado, com
grande expressão no processamento de bacalhau e derivados.
A nova unidade de fabril veio dar novo dinamismo à empresa,
com a produção e lançamento de novos produtos, nomeadamente Bacalhau Demolhado Ultracongelado, Raia Salgada Seca e outros afins. A FRICAR detentora de três marcas, Bacalhau REAL,
Bacalhau NÓRDICO e Bacalhau FRICAR podem ser encontradas
no mercado Português, bem como noutros mercados Internacionais, que contudo pretende intensificar nomeadamente em países com fortes comunidades Portuguesas. FRICAR conceito de
qualidade.
IRG International Realty Group Buganvilia Plaza 42/45, Apartado 2116, Quinta do Lago
8135-024 Almancil, Portugal
Tel.: + 351 289 397 653 / Fax: + 351 289 397 683
E-mail: [email protected]
Website: www.irgportugal.com
Director: Mr. Maurice Elst – [email protected]
Director: Mr. Ole Jespersen – [email protected]
IRG International Realty Group provides international brokerage
and development services. We provide unparalleled services to
property owners, buyers, developers and investors.
IRG International Realty Group is the exclusive affiliate of Christie’s
Great Estates in Portugal, a subsidiary of Christie’s, the world’s oldest fine arts auctioneer. IRG furthermore is a founding member of
EREN – The European Real Estate Network, a member of Leading
Real Estate Companies of the World, a member of Luxury Portfolio,
a member of Who’s Who in Luxury Real Estate and a member of
32
FIABCI. IRG has been responsible for the marketing and sale of
some of Portugal’s finest properties and landmark developments
including The Lake apartments by Grupo Amorim, The Hilton Vilamoura As Cascatas Golf Resort & Spa by Grupo Imocom, Troiaresort by Grupo Sonae, Quintas de Óbidos and Vale Santo António
totalling a portfolio of over Euro 500 million of prime development
properties.
SOCOSMET LDA – ESTÉE LAUDER COMPANIES
Rua Carlos Alberto Mota Pinto, n.º 17 – 3.º A
1099-094 Lisboa
Tel.: 213585915 / Fax: 213537324
Email: [email protected]
Website: www.elcompanies.com
Contacto: Sofia Magalhaes Pereira – GM
The Estée Lauder Companies is one of the world’s leading manufacturers and marketers of quality skin care, makeup, fragrance
and hair care products. The Company’s products are sold in over
135 countries and territories under well-recognized brand names,
including Estée Lauder, Aramis, Clinique, Lab Series Skincare for
Men, Origins, Tommy Hilfiger, M.A.C, Kiton, Bobbi Brown, Aveda, Jo
Malone, Bumble and bumble, Michael Kors, Darphin, Sean John
Fragrances, Missoni, Tom Ford.
SOFTLIMITS
Av. Eng.º Duarte Pacheco, Amoreiras – Torre 2, 15.º B
1070-102 Lisboa
Tel.: + 351 211 125 400 / Fax: + 351 211 125 401
E-mail: [email protected]
Website: www.softlimits.com
Contacto: Carmen Gomes Ferreira (Sec. da Administração)
A SOFTLIMITS foi criada em Junho de 2006, e, apesar da sua
juventude, possui já uma larga experiência de actividade no mercado nacional e internacional, e um conjunto de clientes de referência nos diversos sectores de actividade económica.
A SOFTLIMITS é responsável pela gestão, desenvolvimento e comercialização de um portfolio de produtos e tecnologias próprias,
onde se destacam os produtos de Atendimento Integrado, Gestão
Documental e Workflow de Processos e Mercados Electrónicos.
O fornecimento destes produtos é complementado por um conjunto de serviços de desenvolvimento, implementação e suporte
adaptados à necessidade de cada projecto.
Novidades sobre os Nossos Sócios
AIG Europe no Coração de Lisboa
A AIG Europe S.A., um dos líderes mundiais
em seguros e organizações de serviços financeiros, acaba de anunciar a sua recente
mudança de instalações. A nova sede da
empresa situada na Avenida da Liberdade nº
131, 3º é acompanhada com o crescimento
da equipa nacional para 23 colaboradores. Para Pedro Penalva,
Director Geral da AIG Europe para o mercado nacional, esta mudança é encarada “como uma necessidade inevitável na sustentação da nossa estratégia de consolidação no mercado nacional.” Decorada com linhas modernas e simplistas, sinónimo do
posicionamento inovador que a empresa deseja ter no mercado
nacional, a sede da empresa pretende oferecer bem-estar não só
aos colaboradores mas a todos os que a visitem.
A AIG Europe S.A. deu início à sua actividade em Portugal há
mais de 20 anos, com o objectivo inicial de apoiar localmente
as Empresas Multinacionais sediadas em Portugal, bem como
Sobre a CCAP
desenvolver uma relação com as empresas locais disponibilizando
produtos e soluções em linha com as melhores práticas internacionais possibilitando assim às organizações Portuguesas concorrer em igualdade com os seus concorrentes internacionais.
A AIG Europe S.A. oferece protecção financeira às empresas em
todas as vertentes da sua actividade, especializando-se em Seguros de Responsabilidade Civil, Seguros de Acidentes Pessoais,
Seguros de Danos Patrimonais e Responsabilidade Civil de Directores e Administradores, entre outros.
Sobre a AIG Europe: A AIG Europe é uma companhia membro da
AIG, um dos líderes mundiais em seguros e organizações de serviços financeiros. A nossa força financeira e niveis de segurança,
igualadas por poucas organizações de seguros, reflectem a nossa
capacidade no cumprimento, junto dos nossos segurados, de compromissos financeiros presentes e futuros.
Novidades BES
O Grupo Banco Espírito Santo (Grupo BES) concluiu com sucesso,
em 20 de Dezembro de 2007, a sua primeira operação de Securitização de uma carteira de créditos de Project Finance, denominada Lusitano Project Finance 1. a primeira do género na Europa.
O montante da operação ascendeu a 1.100 milhões de Euros e
foi organizada em conjunto pelo ABN AMRO e pelo Espírito Santo
Investment.
O BES foi nomeado pela 2.ª vez consecutiva “Best Trade Finance
Bank” em Portugal - o Banco Espírito Santo foi distinguido, pela
segunda vez consecutiva, como o melhor banco na área de Trade
Finance em Portugal pela prestigiada revista internacional “Global
Finance”. Este prémio distingue os melhores Bancos a actuar na
área de Trade Finance em 67 países e 4 regiões e será publicado
na edição de Fevereiro de 2008 da Global Finance.
De entre os critérios utilizados para a escolha dos melhores Bancos, destacam-se o volume das operações, a presença e cobertura internacional, a estrutura comercial e plataformas tecnológicas,
bem como a política de pricing da instituição.
O BES foi recentemente considerado o melhor banco do ano em
Portugal pela revista “The Banker”, por apresentar a performance
mais consistente em termos estratégicos e maior qualidade dos
objectivos alcançados.
CB RICHARD ELLIS PORTUGAL encerra ano com uma facturação de €9,6 milhões
Em 2007, o Grupo de empresas da CB Richard Ellis em Portugal
alcançou um volume recorde de facturação de cerca de 9,6 milhões de euros, entrando em 2008 com 94 colaboradores, tendo
efectuado uma contratação de mais de 20 novos elementos ao
longo do último ano.
Para Pedro Seabra, Presidente do Grupo CB Richard Ellis em Portugal, “Estamos muito satisfeitos com a nossa performance no
ano de 2007, marcada por um significativo crescimento orgânico,
que nos permitiu manter a posição de liderança que ocupamos
nas nossas areas de serviço tradicionais. Consolidámos a entrada
em novos mercados geográficos, como é o caso do Porto, e de
serviços, como é o caso da consultoria em Turismo, através da
Neoturis.”
Cisco apresenta nova sede
Todos os caminhos vão dar ao escritório do Lagoas Park
O Lagoas Park foi o local escolhido pela Cisco para ser o seu novo
centro de negócios. Com uma localização privilegiada, os novos
escritórios da Cisco permitem um acesso fácil do centro de Lisboa, de apenas 15 minutos. Nas novas infra-estruturas a Cisco vai
estar situada no edifício número 12.
A nova sede faz parte da estratégia de expansão da Cisco para
Portugal. Com os novos projectos tais como o Hércules, a abertura
da Cisco Capital e o crescimento da operação portuguesa, esta
mudança tornou-se necessária.
CopiRisco alia-se ao gigante mundial
de serviços jurídicos e contabilísticos
MSI para suportar processos de internacionalização
CopiRisco assume representação nacional da MSI Legal & Accounting Network Worldwide para a área de contabilidade
A CopiRisco, conceituada consultora de negócios portuguesa, integra, a partir do passado mês de Novembro, uma das principais
redes internacionais de consultoria jurídica e contabilística – a MSI
Legal & Accounting Network Worldwide.
No contexto actual de expansão das relações económicas externas, a selecção da CopiRisco para fazer parte da MSI constitui
uma boa notícia para as empresas portuguesas que pretendam
internacionalizar-se. A partir de agora os clientes da consultora nacional passam a contar com a experiência e o know-how de 6.000
profissionais distribuídos por mais de 300 escritórios, em 100
países. Assim a CopiRisco vê o seu leque de competências alargado em termos geográficos sem no entanto perder independência
e as vantagens de um serviço mais personalizado habitualmente
associadas a uma empresa de média dimensão, afastando a possibilidade de fusões com players multinacionais.
IBM volta a liderar o registo de patentes e anuncia projecto
de partilha de patentes “verdes”: o Eco-Patent Commons
Numa acção inédita, a comunidade empresarial uniu-se com
o objectivo de ajudar o meio ambiente, disponibilizando um vasto
número de patentes inovadoras e ambientalmente responsáveis
para o domínio público.
A iniciativa irá encorajar investigadores e empresas de todas dimensões e sectores a criar, aplicar e, mais tarde, a desenvolver
os seus produtos de consumo e industriais, processos e serviços,
por forma a preservar e proteger o ambiente.
O World Business Council for Sustainable Development e a IBM
iniciam este projecto em parceria com outras empresas como
a Nokia e a Sony. O portfólio de patentes cedidas, designado de
“Eco-Patent Commons”, estará disponível num website específico
e público, gerido pelo WBCSD (http://www.wbcsd.org/web/epc).
De referir que o investimento em inovação para as gerações futuras é uma das prioridades da Companhia que, por ano, direcciona 6 biliões de dólares para Investigação & Desenvolvimento. Em
resultado, a IBM foi, pelo 15º ano consecutivo, nomeada pela IFI
Claims como a líder de patentes norte-americanas, tendo registado 3125 patentes em 2007.
A INCENTIVENT está a expandir-se No passado dia 2 de Janeiro a Incentivent – Incentivos e Eventos
Lda, abriu os seus novos escritórios na cidade do Porto sendo
André Torre o responsável do mesmo.
Rua Santos Pousada, 441, Sala 05, 4000-486 Porto
Tel.: + 351 22 519 17 30 / Fax: + 351 22 519 17 01
[email protected] / Tm: (+ 351) 915 193 601
No escritório em Lisboa, também se verificaram algumas alterações tendo mudado para Miraflores/Algés onde se encontra
desde Outubro de 2007 na morada abaixo mencionada. O Staff
mantém-se com Cristina Halder como Directora e Cristina Moreira
como Gestora de Eventos.
Torre das MilFlores
Alameda António Sérgio, 14 A, Miraflores, 1495 - 132 Algés
Tel.: + 351 21 414 67 20 / Fax: + 351 21 414 67 29
[email protected] / Tm: (+ 351) 919 252 315
[email protected] / Tm: (+ 351) 917 697 566
A Incentivent é uma empresa que presta serviços de apoio organizacional e concepção de eventos e incentivos. Disponibilizam um
extenso pacote de serviços, de modo a ir ao encontro das necessidades profissionais e sociais de cada cliente.
33
Sobre a CCAP
Gestão de Tesouraria e Risco
Aumente as receitas e minimize riscos
Depois do êxito registado na 1ª Conferência de 2007, o Millennium
bcp é, de novo, o Patrocinador Oficial da 2ª Conferência Anual que
se realiza em Portugal, no dia 13 de Março, subjacente ao tema
“Gestão de Tesouraria e Risco para Empresas”, organizada pela
EuroFinance, líder mundial na organização de eventos nesta área.
Contando com a presença de algumas das mais importantes empresas portuguesas, que irão partilhar com os participantes as soluções que implementaram para transformar as suas tesourarias
em centros de criação de valor, serão apresentados exemplos de
centralização de tesouraria, detalhe de processos de cash-pooling
e de previsão de cash-flows, estratégias de gestão de risco, alternativas de financiamento, impactos das pensões de reforma na
tesouraria das empresas, com base no enquadramento e perspectiva do cenário macro-económico para 2008. Será feita, de igual
forma, uma abordagem sobre a Gestão de Tesouraria na era SEPA,
procurando identificar e esclarecer os verdadeiros impactos que
esta realidade trará às empresas e a forma como deverão prepararse, aproveitando as potenciais vantagens. As empresas que pretendam assistir a esta Conferência poderão efectuar a inscrição
através do sítio www.eurofinance.com. O Millennium bcp assegura
aos seus Clientes Empresas, até 8 de Fevereiro, um desconto de
25% sobre o preço base de inscrição, bastando, para tal, entrar em
contacto com o seu Gestor de Cliente no Millennium bcp.
RECER apresenta nova gama de proposta cerâmicas
Aos critérios da funcionalidade e design da peça cerâmica, convertida hoje em necessidade, juntamos a mais avançada tecnologia
produtiva, permitindo-nos em cada momento a abordagem aos produtos naturais com prestações cada vez mais reconhecidas. Estes
são valores que marcam a senda da inovação na criação de novas
propostas cerâmicas, especialmente pensadas para a motivação
de ideias, quando se procuram novas atmosferas e sensações.
Em 2007, a Recer celebrou 30 anos na vanguarda da tecnologia
e design, cimentando a confiança do mercado nos seus produtos,
contribuindo para a criação de novos conceitos de habitar.
Ceramic for the Senses, assinala o lançamento de uma nova gama
de propostas cerâmicas com a assinatura da RECER.
Destacamos a série: ARTS
O papel de parede retoma hoje o protagonismo na decoração de
espaços, sempre que se pretende expressar individualidade ou
mesmo um certo “status”. A Recer reforça esta corrente lançando
em porcelânico, nos formatos 30x30, 30x60, 60x60 e 60x120,
um conjunto de propostas que apelida de ARTS. Às cores (bege,
castanho, antracite, verde e laranja) associa-se CRAFT, conjunto
de peças decoradas
ÇOS E TECNOLOGIA DE SEGURANÇA, S.A. é a primeira empresa
de prestação de serviços de segurança privada a instalar-se no
país e, desde logo, assume a liderança do mercado. Actualmente,
detém 23% da quota de mercado, no sector da vigilância humana,
com um volume de negócios, em 2006, de 102 milhões de euros,
conta com 6300 colaboradores e possui nove filiais, incluindo Madeira e Açores.
A dinâmica do Grupo tem conduzido a uma grande expansão a nível internacional com presença assegurada nos principais países
europeus e do continente americano, entre os quais: Alemanha,
Argentina, Áustria, Bélgica, Canadá, Colômbia, Dinamarca, Espanha, Estónia, E.U.A., Finlândia, França, Holanda, Hungria, Inglaterra, Irlanda, México, Noruega, Polónia, Portugal, República Checa,
Roménia, Suécia, Suíça, Turquia e Uruguai.
A Psicoforma, empresa de formação do Grupo Select Vedior tem
vindo a demonstrar resultados no seio das empresas, mediante
o desenvolvimento de projectos de formação em diferentes áreas. Sendo a criatividade e a inovação uma prática nos projectos,
e no seguimento dos Programas 7 Ventos (Outdoor náutico), a Psicoforma para 2008 vai lançar quatro programas diferenciadores:
workshop gastronómico, prova de vinhas, técnicas de relaxamento e provas de outdoor; todos eles promovem o desenvolvimento
de competências e o empowerment das Equipas.
IBM Apresenta Jogo de Vídeo para Ajudar Estudantes
a Desenvolverem Competências Empresariais
A IBM disponibiliza, já desde Novembro, um novo jogo de vídeo,
criado para ajudar os estudantes universitários e jovens profissionais a desenvolverem competências relacionadas com o mundo dos negócios e das tecnologias da informação (TI). Milhares
de universidades em todo o mundo têm agora acesso ao Innov8,
o novo “jogo sério” da IBM, disponível gratuitamente. Mais de trinta faculdades e universidades já integraram o jogo no seu programa. A partir de hoje, milhares de universidades de todo o mundo
podem fazer o download do Innov8 a partir do site da IBM e começar a usá-lo nas suas salas de aula.
“A IBM vê os jogos sérios como uma forma nova e empolgante
de desenvolver as capacidades que são exigidas à medida que
as estratégias de negócio e as TI se tornam mais estreitamente
ligadas”, disse Sandy Carter, vice-presidente da divisão de estratégia de SOA e WebSphere, canais e marketing da IBM. “O Innov8
foi concebido para fazer face a esta escassez de competências
específicas, enquanto que também ajuda as universidades a perceber os benefícios da utilização de jogos sérios, como uma poderosa ferramenta para o ensino dos estudantes de hoje.” O Innov8
encontra-se agora disponível através da Iniciativa Académica IBM.
Mudança de imagem dos Hotéis Tivoli
The Tivoli Hotels group is going to introduce a new image in May
2008. Through a process of remodelling and a new concept in hotels, the group aims to provide unique and exclusive experiences for
our guests. This new strategy includes partnerships with carefully
chosen internationally recognised brands such as Nikki Beach, Brasserie Flo, Olivier Café, and an agreement with the Banyan Tree, a
well known Asian group of luxury spas.
SECURITAS aposta na internacionalização e inovação
A Securitas AB, com sede em Estocolmo, Suécia, é a maior empresa mundial de prestação de serviços de vigilância e segurança
privada, com um efectivo de 200.000 colaboradores e um volume
de facturação de 5,35 mil milhões de euros.
Com presença em Portugal desde 1966, a SECURITAS - SERVI-
34

Documentos relacionados