TCC – Liane Valentini Machado - Sistemas de Informação
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TCC – Liane Valentini Machado - Sistemas de Informação
0 UNIBALSAS – FACULDADE DE BALSAS CURSO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO – BACHARELADO AVALIAÇÃO DA ERGONOMIA E USABILIDADE DE DISPOSITIVOS MÓVEIS PARA TERCEIRA IDADE LIANEVALENTINI MACHADO BALSAS-MA 2010 1 UNIBALSAS – FACULDADE DE BALSAS CURSO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO – BACHARELADO AVALIAÇÃO DAERGONOMIA E USABILIDADE DE DISPOSITIVOS MÓVEIS PARA TERCEIRA IDADE Por LIANE VALENTINI MACHADO Trabalho de Conclusão de Curso submetido à Faculdade de Balsas - UNIBALSAS para a obtenção dos créditos na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II do curso de Sistemas de Informação — Bacharelado. Orientadora: Prof. Cassiana Fagundes da silva BALSAS-MA 2010 2 AVALIAÇÃO DA ERGONOMIA E USABILIDADE DE DISPOSITIVOS MÓVEIS PARA TERCEIRA IDADE LIANE VALENTINI MACHADO Trabalho aprovado para obtenção dos créditos na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II, pela banca examinadora formada por: Examinador 1: __________________________________________________________ Cassiana Fagundes da Silva (Orientadora) Examinador 2: __________________________________________________________ Fabio Roberto Pillatt Examinador 3:________________________________________________ Junior Marcos Bandeira BALSAS-MA 2010 3 Dedico este trabalho especialmente a meus Pais, a minha Irmã, a Prof. Cassiana e a todos os amigos, especialmente aqueles que me ajudaram diretamente na realização deste. 4 AGRADECIMENTOS A Deus por ter me dado sabedoria suficiente para desenvolver esse trabalho. Aos meus pais que sempre me incentivaram em todos os momentos de minha vida. A minha irmã que me ajudou na aplicação dos testes. A professora Cassiana Fagundes Silva por aceitar o pedido de ser minha orientadora nesse projeto, e pela imensa dedicação que ela sempre teve comigo. Aos professores do curso de Sistemas de Informação pelo apoio e disponibilidade a nos ajudar no que fosse preciso. A todos os meus colegas de sala de aula que direta ou indiretamente contribuíram para a construção deste. 5 O sucesso é um professor perverso. Ele seduz as pessoas inteligentes e as faz pensar que jamais vão cair. (Bill Gates) 6 RESUMO Este trabalho tem como principal objetivo mostrar a avaliação de testes ergonômicos e de usabilidade em dispositivos móveis (celulares), usando usuários da terceira idade da Faculdade Aberta da Terceira Idade (FATI). Para esta avaliação serão desenvolvidas métricas ergonômicas de usabilidade para esses dispositivos, em específico, através de questionários fechados, entrevista não estruturada e execução de tarefas cronometradas, tais como: tirar foto e salvar a imagem, fazer uma ligação, entre outras. Realizados os testes baseado na facilidade de uso de cada dispositivo, disponibilidade, facilidade de aprendizagem e satisfação dos utilizadores. Através deste trabalho, pretende-se investigar as principais vantagens e desvantagens ergonômicas desses dispositivos para usuários da Faculdade Aberta da Terceira Idade (FATI) da Faculdade de Balsas-MA. O aspecto facilidade de uso dos celulares testados foi considerado por 86% do grupo pesquisado como critério utilizado na execução das tarefas propostas. A satisfação foi verificada como um critério básico de usabilidade para analisar e avaliar os padrões seguidos pelos fabricantes dos aparelhos testados. Palavras chave: Usabilidade, Ergonomia, Dispositivos Móveis, Terceira Idade. 7 ABSTRACT This work has as main objective to show the evaluation of ergonomic and usability testing on mobile devices (cell phones), using the elderly users of the Open College of the Third Age (sliced). For this assessment will be developed ergonomic usability metrics for these devices, in particular, through questionnaires, unstructured interview and performance of timed tasks such as take pictures and save the image, make a call, among others. Further tests based on ease of use of each device, availability, ease of learning and user satisfaction. Through this work, we intend to investigate the main advantages and disadvantages of these ergonomic devices for users of the Open College of the Third Age (sliced), Faculty of Balsas-MA. The ease of use aspect of the cell tested was considered by 86% of the studied group as a criterion used in the execution of tasks. Satisfaction was verified as a basic criterion of usability to assess and evaluate the standards followed by the manufacturers of the devices tested. Keywords: Usability, Ergonomics, Mobile Devices, Third Age. 8 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Primeiro Celular (primeira geração) ...................................................................... 17 Figura 2 – Segunda geração de celular .................................................................................... 18 Figura 3 – Geração ―dois e meio‖ ........................................................................................... 19 Figura 4 – Terceira geração de celular .................................................................................... 19 Figura 5 – Quarta geração de celular ....................................................................................... 20 Figura 6 - Aparelho Samsung B5702 ...................................................................................... 31 Figura 7 - Aparelho LG KM710 ............................................................................................. 31 Figura 8 - Aparelho Samsung Star 3G .................................................................................... 32 Figura 9 - Aparelho LG GX500 ............................................................................................. 32 Figura 10 - Tela inicial de contato dos aparelhos LG KM 710 e do Samsung B5702, ambos de terceira geração. .................................................................................... 33 Figura 11- Tela inicial de contato dos aparelhos LG GX500 e do Samsung Star 3G, ambos de quarta geração. ...................................................................................... 34 Figura 12- Tela inicial do despertador dos aparelhos LG KM710 e do Samsung B5702, de terceira geração. ............................................................................................... 34 Figura 13 - Tela inicial do despertador dos aparelhos LG GX500 e do Samsung Star 3G, de quarta geração. ................................................................................................. 35 Figura 14 - Tela inicial de mensagens dos aparelhos LG KM710 e do Samsung B5702, de terceira geração. ............................................................................................... 35 Figura 15 - Tela inicial de mensagens dos aparelhos LG GX500 e do Samsung Star 3G, de quarta geração. ................................................................................................. 36 Figura 16 - Sexo dos Respondentes. ........................................................................................ 41 Figura 17 - Idade dos respondentes. ........................................................................................ 41 Figura 18 – Grau de instrução dos respondentes. .................................................................... 42 Figura 19 - Respondentes que possuem célula. ....................................................................... 42 Figura 20 - Tempo que os respondentes possuem celular ...................................................... 43 Figura 21 - Horas de uso por semana ..................................................................................... 43 Figura 22 - Tempo de permanência no celular, por minutos. ................................................. 44 Figura 23 - Razão do uso do celular. ...................................................................................... 44 Figura 24 - Organização dos aparelhos testados. ................................................................... 45 Figura 25 - Nível de dificuldade de uso nos aparelhos testados. ............................................ 46 Figura 26 - Aparência dos celulares testados. ........................................................................ 46 9 Figura 27 - Satisfação com os aparelhos utilizados nos testes. ............................................... 47 Figura 28 - Facilidade na execução das tarefas. ..................................................................... 47 Figura 29 - Tarefa mais fácil de ser realizada. ....................................................................... 48 Figura 30 - Utilidade dos aparelhos testados. ......................................................................... 48 Figura 31 - Atende as necessidades dos respondentes. .......................................................... 49 Figura 32 - Aparelhos que seguem os critérios de usabilidade. ............................................. 49 Figura 33 - Tarefa mais fácil de executar no aparelho Samsung Star 3G. ............................. 50 Figura 34 - Tarefa mais fácil de executar no aparelho LG GX500. ....................................... 50 Tabela 1 - Tabela referente ao tempo gasto na execução das tarefas dos aparelhos testados ................................................................................................................. 51 10 LISTA DE SIGLAS 1xTT Radio Transmission Technology; AMPS Advanced Mobile Phone System; ANATEL Agência Nacional de Telecomunicações; API Application Program Interface; CDMA Code division Multiple Access; EDGE É uma atualização de rede eficiente e simples para a maioria de operadora; ERP Enterprise Resource Planning; EVDO Evolution data optimized; FATI Faculdade Aberta da Terceira Idade; GPRS General Packet Radio Service; GPS Global Positioning System ; GSM Global System For Mobile; GUI Graphic User Interface; HSCSD High Speed Circuit switched Data; HSDPA High Speed Downlink Packet Access; HSPA High Speed Packet Access; HSUPA High Speed Uplink Packet Access; IEA International Ergonomics Association; IHC Interação Humano-Computador; NMT Networked Media Tank; PC Personal Computer; PDA Assistente Pessoal Digital; SMS Short Message Service ; TDMA Time Division Multiple Access; TI Tecnologia da Informação; UMTS Ácronimo de Universal Mobile Telecommunication System; WAP Wireless Application Protocol; 11 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 12 2 DISPOSITIVOS MÓVEIS .......................................................................................... 15 2.1 História dos Dispositivos Móveis ................................................................................ 15 2.2 Celular ........................................................................................................................... 17 3 MOBILIDADE ............................................................................................................. 21 3.1 Vantagens da Mobilidade ............................................................................................ 22 3.2 Aplicações da Mobilidade ............................................................................................ 23 4 ERGONOMIA E USABILIDADE ............................................................................. 23 4.1 Ergonomia e Usabilidade de Interfaces Humano-Computador .............................. 24 4.2 Usabilidade ................................................................................................................... 25 4.2.1 Usabilidade em Dispositivos Móveis ............................................................................. 26 5 O IDOSO DO SÉCULO XXI ...................................................................................... 28 6 MATERIAIS E MÉTODOS ....................................................................................... 30 6.1 Seleção dos aparelhos celulares para a realização dos testes ................................... 30 6.2 Tarefas testadas ............................................................................................................ 33 6.3 Entrevistas não estruturadas ...................................................................................... 36 6.4 Questionários ............................................................................................................... 37 7 ANALISE DOS RESULTADOS................................................................................. 39 7.1 Entrevista não estruturada ......................................................................................... 39 7.1.1 Analise das respostas da entrevista não estruturada ....................................................... 39 7.1.2 Analise das respostas do questionário ............................................................................ 40 8 CONCLUSÕES ............................................................................................................ 52 REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 55 APÊNDICES................................................................................................................. 58 12 1 – INTRODUÇÃO Nos últimos anos aconteceu um enorme salto tecnológico. No início do surgimento dos computadores pessoais existia apenas uma tela escura e com caracteres luminosos, dificultando o manuseio do usuário comum, pois as operações necessitavam do conhecimento da codificação e sintaxe próprias daquele sistema específico. Sendo assim ocorreu uma mudança radical na computação, que possibilitou pessoas comuns e não somente técnicos e profissionais de informática manusear computadores de forma intuitiva a partir da introdução da Graphic User Interface (GUI). A facilitação do aprendizado de alguns aplicativos foi obtida além da padronização dos aplicativos GUI e também com a utilização do Application Program Interface (API) ( CARVALLHO, 2003). Para que houvesse um bom entendimento e boa adequação às necessidades de quem efetivamente iria usar essas máquinas começava a se tornar fundamental, com isso, nesse período inicia, a abordagem da tecnologia orientada a aspectos humanos para essas máquinas. Uma dessas máquinas que, a cada dia, tem se tornado mais presente no cotidiano das pessoas é o telefone celular. Hoje em dia, este dispositivo se encontra praticamente em todas as situações do indivíduo em uma condição de quase onipresença (Idem, ibdem). Passando por essa ideia de onipresença, acredita-se que os impactos da Tecnologia de Informação TI’s não são uniformes em todos os setores, mas dependentes de variáveis sócio-históricas, aspectos individuais e organizacionais em níveis macro e micro social: governo, família, entre outras organizações nos quais os indivíduos se estruturam (PASSERINO E PASQUALLOTTI apud Passerino, Montardo, 2007). Percebe-se que o impacto é diferenciado para cada um dos membros de uma organização social particular como a família (pai, filho, avôs, netos, etc.), ao se pensar num nível micro, isso em relação a variáveis individuais que dizem respeito a historia de cada indivíduo sujeito as suas transformações e seu contexto sócio-histórico de desenvolvimento. Satisfazer as necessidades de uma parcela significativa da população (pessoas de terceira idade) não é uma tarefa fácil, mas através da Interação Humano-Computador (IHC), essas necessidades podem ser alcançadas com maior facilidade, priorizando a qualidade de vida dessas e valorizando a dignidade do idoso enquanto cidadão. Os dispositivos móveis estão voltados para aplicações mais rápidas, ou seja, é demandado um período de tempo bem mais curto e exatamente com foco no objetivo esperado. O usuário da terceira idade procura mais comodidade e rapidez na execução de 13 determinadas tarefas, que permite uma manipulação mais rápida, precisa, e acessível da interface a informação. O tamanho das teclas muitas vezes é ergonomicamente impróprio dificultando em partes o manuseio por usuários da terceira idade, sendo assim a procura desses dispositivos por esse publico vem crescendo (NIELSEN, 1993). As operações, com o tamanho das teclas, além de complicadas para o público da terceira idade apresentam diversidade de procedimento. Apesar da existência de alguns padrões nos aparelhos celulares, verifica-se a necessidade da ampliação destes padrões e de sua efetiva utilização nas interfaces das celulares. Neste sentido, podem-se encontrar muitas variações nas interfaces dos aparelhos de diferentes fabricantes e, por vezes em modelos de mesmo fabricante. Tais diferenças confundem e atrapalham o usuário idoso na hora de realizar operações no aparelho. A forma como o usuário se comunica com o sistema é um dos fatores mais importantes. Segundo a International Organization for Standardization (9241-11, 1998), a importância da usabilidade é a capacidade de um determinado produto ser usado por usuários específicos para atingir objetivos específicos com eficácia, eficiência e satisfação em um contexto específico de uso. Os testes são elaborados através de engenharia de usabilidade para avaliar um sistema. Esses testes segundo Nielsen (1993) consideram se ele é fácil de usar, de aprender, de memorizar, isentos de erros e se causam satisfação ao usuário. Os testes de usabilidade no contexto móvel são mais importantes que no contexto estático. Isto porque o dispositivo móvel possui um tamanho bastante reduzido e comumente quem o utiliza já está habituado ao uso do sistema desktop. Algumas recomendações são levadas em consideração para o usuário de dispositivos moveis, tais como: Adequação ao contexto do usuário móvel, Interface não ―miniaturizada‖, Consistência interna e externa, Minimização de custo e carga de trabalho, Facilidade de navegação, Apoio à seleção de opções, Unidade com rolagem de tela, Apoio as interrupções e Apoio a personalização da interface. A interação móvel tem suas particularidades no que diz respeito aos princípios para o projeto de dispositivos móveis, segundo (WEISS, 2001). Atualmente é oferecida uma variedade de dispositivos móveis e neles existe uma gama enorme de serviços aos usuários, sendo os mais conhecidos o telefone celular, o Assistente Pessoal Digital (PDA) e o laptop. Existe também o telefone inteligente (smartphone) que combina as funcionalidades dos PDA’s com as funcionalidades dos aparelhos celulares. Identificar e avaliar as dificuldades encontradas no manuseio e como utilizar a 14 tecnologia por usuários de terceira idade motiva um estudo sobre a usabilidade de dispositivos móveis visto que a mesma é uma ferramenta importante para o entendimento de usuário de qualquer sistema. Baseado em pesquisas pela internet em trabalhos científicos, verificou-se que até o presente momento a maioria dos trabalhos existentes na área é relacionada à avaliação de dispositivos móveis para melhor desenvolvimento dos mesmos, mas em nenhum momento se preocupou com a usabilidade da terceira idade em relação aos dispositivos móveis, e sim com o uso de computadores. Ao deparar-se com essa realidade, visa-se dar ênfase a este tema com objetivo de auxiliar a terceira idade na utilização de celulares. Utilizando conhecimentos adquiridos na disciplina de Interação Humano-Computador (IHC) e no acompanhamento da Faculdade Aberta da Terceira Idade (FATI) da Faculdade de Balsas-MA. Este estudo tem como objeto de investigação a interação dos usuários com as tarefas testadas, tais como: Tirar fofo e salvar imagem, fazer uma ligação, escrever e enviar uma mensagem, adicionar um contato na agenda, programar o despertador, colocar no silencioso, nos celulares disponibilizados para os testes. O problema da pesquisa reside na dificuldade de interação, acarretada pelas formas de operações existentes em diferentes marcas e aparelhos celulares testados. Neste sentido, este trabalho tem como objetivo geral avaliar a usabilidade dos dispositivos móveis, baseados em critérios ergonômicos, com a finalidade de facilitar a operação das tarefas testadas nestes dispositivos de comunicação móvel das pessoas da terceira idade. Desta forma, os objetivos específicos definidos são: Estudar os conceitos de ergonomia e usabilidade para dispositivos móveis; Abordar características e conceitos de computação e dispositivos móveis; Escolher quais dispositivos serão avaliados; Realizar e analisar os testes aplicados com os usuários da terceira idade; Para o alcance de tais objetivos, foram realizados estudos (pesquisas), feito todo um levantamento bibliográfico, com o intuito de adquirir conhecimentos específicos no que diz respeito à usabilidade de dispositivos móveis para a terceira idade, bem como foram realizadas entrevistas não estruturadas, testes dos aparelhos (LG KM 710, Samsung B5702, LG GX500, Samsung Star 3G) e suas respectivas tarefas e aplicação dos questionários elaborados. 15 2 DISPOSITIVOS MÓVEIS 2.1 História dos Dispositivos Móveis Pode-se considerar que a computação móvel teve seu inicio em meados de 1992, isso porque nessa época foi introduzido no mercado um Handheld chamado Newton, pela Apple. O Newton chegou ao mercado possuindo tela sensível ao toque, com 1 MB de memória total, e capacidade de transmissão de dados de 38.5Kbps. Apesar de ser considerado o início dos dispositivos móveis este modelo não teve muita repercussão (ABREU, 2005). Em 1996, a V.S. Robotics fez o lançamento do (Palm) Pilot 1000 e 5000, esses dispositivos tiveram uma grande aceitação no mercado e foi a partir deles que foi lançado as bases de toda uma plataforma de ―Palms‖, que são utilizadas hoje em dia. A V.S. Robotics foi adquirida pela 3Com, que com o passar do tempo desvinculou dela a empresa Palm Inc., desta forma ficando totalmente focada nesta nova plataforma de dispositivos (Idem ibdem). Ainda no ano de 1996, teve início o surgimento de dispositivos com Windows CE 1.0, da Microsoft, como NEC Móbile Pro 200 e o Casio A-10. Até o lançamento do Windows CE 3.0 e da plataforma Pocket PC, em 2000, a plataforma Windows CE não teve uma boa aceitação no mercado. Mas a partir do Sistema Operacional Pocket PC 2000, embutido em dispositivos como o HP Jornada e o Compaq Ipaq, esta plataforma começou a crescer devido a aceitação do mercado (ABREU, 2004). Em 1998, a empresa Symbiam foi formada por alguns dos maiores fabricantes de celulares do mundo e a PSION, no qual foi entregue ao mercado o sistema operacional Symbiam, que roda na maioria dos smartphones e handhelds da Nokia, que atualmente detém a maior fatia de mercado da Europa quando se refere a dispositivos móveis (Idem ibdem). Nos dias de hoje o mercado esta apostando para a conversão de recursos nos dispositivos móveis, criando equipamentos que concentram funções de palmtops, celular, câmera fotográficas digitais, Sistema de Posicionamento Global (GPS) e inúmero outras funções, além de oferecerem excelente desempenho, grande capacidade de armazenamento e inúmeras possibilidades de comunicação (ARAUJO, 2009). Verificou-se um grande salto tecnológico nos últimos anos. Quando os computadores pessoais foram criados havia apenas uma tela escura com caracteres luminosos,que para serem operados era necessário o conhecimento da codificação e sintaxe daquele sistema especifico. ( ARIEL; BRANDAO; MIRANDA; ET al.2009) A taxa de crescimento de usuários de celular elevou-se a partir de 1999. Nesse 16 ano, o índice de penetração desses dispositivos era de 9,7%, em 2003 foi para 26,2%, passando para 31,3% no final de 2004. Podemos ver um incremento na teledensidade cujo número de celulares em serviço no ano de 2003 para 2004 ficou em 27% para cada grupo de 100 habitantes. (SILVA FILHO, 2002). Ainda em relação ao crescimento de usuários de celular no Brasil pode-se identificar que em 1990, o Brasil possuía exatos 667 usuários, com o passar dos anos esse numero cresceu e chegaram a 173.959.368 usuários em 2009 (ANATEL). Dados divulgados pela Anatel indicam que o Brasil terminou o mês de outubro de 2010 com 194,4 milhões de celulares e uma densidade de 100,44 cel/100 habitantes. As adições líquidas de 3,0 milhões de celulares no mês foram superiores às de outubro de 2009 (1,9 milhões). As adições líquidas acumuladas nos últimos 12 meses somam 26,4 milhões de celulares. Hoje em dia, os dispositivos de comunicação móvel não alcançam o mesmo grau de usabilidade que os computadores pessoais. Nos computadores encontramos um ambiente de desenvolvimento com vários recursos, já no ambiente de comunicação móvel apresenta um meio mais restrito para a visualização da informação, tornando o ambiente pouco fértil para o desenvolvimento de interfaces (SILVA FILHO, 2002). Frequentemente usuários de dispositivos móveis, sofrem com essas deficiências técnicas, tanto na saída quanto na entrada de dados. O que dificulta a maneira de acesso e inserção da informação pelos usuários em aparelhos celulares são os problemas que aparecem representados por pequenas telas de baixa definição e poucas cores, prejudicando a legibilidade, e também por teclados com teclas de tamanhos ergonomicamente impróprios e métodos de entrada e edição de dados compilados (Idem ibdem). O que também atrapalha e confunde o usuário na hora de usar o celular, são algumas operações que além de complicadas, apresentam uma grande diversidade de procedimentos e informações visuais. Apesar de existir alguns padrões nos aparelhos celulares, percebe-se a necessidade da ampliação desses padrões e de sua efetiva utilização nas interfaces do aparelho. Podemos encontrar muitas variações nas interfaces de diferentes fabricantes de celulares e até mesmo do mesmo fabricante. (SILVA FILHO, 2002) Um bom exemplo de produtos que adotaram padronização dos elementos básicos em favor de um melhor uso são as calculadoras e as câmeras fotográficas. Na mesma linha de raciocínio, Andrew Monk (2002), destaca a importância da definição de ―guidelines‖ para incrementar a interação homem maquina, como um conjunto de normas sugeridas para serem seguidas. 17 2.2 Celular Telefone celular, é a designação utilizada no Brasil Este termo deriva da topologia de uma rede de telefonia móvel: cada célula é o raio de acção de cada uma das estações base (antenas de emissão/recepção) do sistema, e o fato de elas estarem contíguas faz com que a representação da rede se assemelhe a uma colmeia. Telefone celular ou telemóvel é um aparelho de comunicação por ondas electromagnéticas que permite a transmissão bidireccional de voz e dados utilizáveis em uma área geográfica. A invenção do telefone celular ocorreu em 1947 pelo laboratório Bell, nos EUA. (WIGLEY; WHEELWRIGHT, 2003) O primeiro celular lançado no Brasil foi pela TELERJ, na cidade do Rio de janeiro em 1990, a segunda cidade do Brasil a utilizar o telefone celular foi a cidade de Ssalvador-BA (Fonte IBOPE). Segundo a União Internacional de Telecomunicações o Brasil ocupa o sexto lugar no quisito ao maior mercado de mundo em telefonia celular e atualmente, são 152 milhões de aparelhos no Brasil (Idem ibdem). Há diferentes tecnologias para a difusão das ondas eletromagnéticas nos telefones móveis, baseadas na compressão das informações ou na sua distribuição (DEPINÉ 2003),: A primeira geração de celulares tinha como caracteristicas, aparelhos grandes e suas funções eram restritas, faziam parte de um rede analogica de comunicação móvel conforme a figura 1. Nesta geração de aparelhos celulares as funções eram básicas e continham poucos recursos tecnologicos, sendo assim não possuiam funções mais sofisticadas. Desenvolvida no início dos anos de 1980, com sistemas NMT e AMPS. Figura 1 – Primeiro Celular (primeira geração) Fonte: Wigley,Wheelwright (2003) 18 A segunda geração de celulares, teve um avanço, visto que os mesmos já funcionavam em redes digitais com qualidade melhor. Acessar informações e ler no celular o horoscopo do dia ou o placar do ultimo jogo do seu time, teve início nessa geração, pois foi inaugurada a comunicação escrita nos celulares, isso através das noticias recebidas pelo sistema WAP (Wireless Aplication Protocol). Entretanto, um sucesso maior desse recurso foi impedido devido a baixa qualidade de leitura, navegação e velocidade do WAP, demonstrado na Figura 2. Foi na segunda geração de celulares, que surgiu o SMS (Short Message System), utilizado para torcar mensagens de texto e trocar imagens entre dois celulars. Esta tecnologia é muito utilizada até hoje para envio de mensagens. Desenvolvida no final dos anos 1980 e início dos anos 1990, com as seguintes tecnologias embutidas: GSM (Global System for Mobile) , CDMA (Code Division Multiple Access), ou Acesso Múltiplo por Divisão de Código), TDMA (Time Division Multiple Access). Figura 2 – Segunda geração de celular Fonte: Wigley,Wheelwright (2003) A chamada geraçaõ ―dois e meio‖ nominada assim por alguns fabricantes de celulares permitiam o acesso a intenet, celulares com camêras de foto e video embutidos nos aparelhos e envio e recebiemento de fotos e pequenos videos. Com melhorias significativas em capacidade de transmissão de dados e na adoção da tecnologia da pacotes e não mais comutação de circuitos, nesta geração esta tresente as tecnologias GPRS, EDGE, HSCSD, EVDO e 1xRTT. 19 Figura 3 – Geração “dois e meio” Fonte: Wigley,Wheelwright (2003) Já na terceira geração de celulares novas formas de comunicação foram desenvolvidas, assim como o usuário de um aparelho celular poderia assistir televisão no proprio celular e fazer video-conferência em tempo real visivel na Figura 4. Em razão do alto custo de implementação esta geração obteve algumas dificuldades, alguns de seus serviços começaram a ficar disponiveis em redes que nã oeram exatamente de 3G, um exemplo disso é a trnsmissão de televisão pelo celular. Geração funciona em rede digital com mais recursos, começou a ser desenvolvida desde o final de 1990, com sistemas como UMTS. Figura 4 – Terceira geração de celular Fonte: Wigley,Wheelwright (2009) Existe a também chamada ―terceira geraçao e meia‖, como HSDPA, HSPA e HSUPA. Especula-se muito sobre que a quarta geração de celulares contenha uma oferta maior de recursos e serviços em razão das velocidades de transmissão de dados que poderia 20 chegar a um gigabit/s, observavel na Figura 5. Com essa velocidade existiria um melhoria de qualidade das video-conferências e surgiriam possibilidades de vários outros serviço. Figura 5 – Quarta geração de celular Fonte: Wigley,Wheelwright (2009) O celular/telemóvel que quando lançado ainda na tecnologia analógica era somente usado para falar, já é usado para enviar SMS, tirar fotos, filmar, despertar, gravar lembretes, jogar e ouvir músicas, mas não para por aí, nos últimos anos, principalmente no Japão e na Europa, tem ganhado recursos surpreendente até então não disponível para aparelhos portáteis, como GPS, videoconferências e instalação de programas variados, que vão desde ler e-book a usar remotamente um computador qualquer, quando devidamente configurado. Juntamente com tecnologia digital, chegou além de qualidade e segurança, a possibilidade de personalizar os celulares/telemóveis. Inicialmente podia-se configurar o toque monofônico, os quais são formados apenas por um bip de mesmo tom, configurados para ter o ritmo da música, e também as figuras monocromáticas que são quase desconhecidas. Com a nova geração de aparelhos, principalmente nos lançamentos do sistemas GSM, veio então além de toques polifônicos e em formato MP3 em conjunto com imagens coloridas. As imagens coloridas podem ser de dois tipos distintos1: Formato GIF; trata-se de um formato que só suporta 256 cores, nos aparelhos pioneiros, normalmente era usado esse formato. Formato JPG; formato amplamente difundido graças as câmes digitais, este 1 Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Telefone_celular 21 suporta até 16 milhões de cores e é usado em aparelhos mais avançados, e praticamente todos que possuem câmeras digitais integradas ao celular. Os celulares agregam, ao redor do tempo, muitos recursos, tais como câmera, rádio FM e leitor de M3. Alguns telefones, inclusive, têm um computador de mão Palm u PocketPC integrado, são os chamados smartphones (do inglês telefone inteligente). Sua pricipal característica é a possibilidade de instalar programas que utilizam os recursos disponíveis no aparelho. Os sistemas mais utilizados são o Symbian e o Windows Mobile, tendo o Linux crescido também de forma exponencial. A maioria dos novos modelos possui alguma forma de conexão com outros telefones, IrDA (infravermelho) ou Bluetooth. Essas tecnologias servem, principalmente, para envio de daods entre telefones. Nos dias de hoje o celular não é mais um simples telefone de bolso. A internet já pode ser acessada via WI-Fi e banda larga 3G e 4G no Japão. Jogos gráficos que se comparam as videogame PSP com qualidade 3D. Telas que, em 2003 tinham 4 mil cores, agora possuem mais de 16 milhões. As polegadas também cresceram. Hoje os celulares tem telas com até 4 polegadas sensíveis as toque. No próximo capítulo sera esplanado características sobre mobilidade, bem como as principais vantagens, aplicações de mobilidade. 3 MOBILIDADE Segundo Reza B’FAR (2005), sistemas computacionais móveis são sistemas que podem facilmente ser movidos fisicamente ou cujas capacidades podem ser utilizadas enquanto eles estão sendo movidos. Como estes sistemas permitem tal mobilidade, eles normalmente oferecem recursos e características que não encontramos em sistemas comuns, como por exemplo: Monitoramento do nível de energia e prevenção de perda de dados em caso de pane de energia; Através de conexão com ou sem fio, armazenamento de dados local e/ ou remoto; Sincronização de dados com outros sistemas. Considera-se que sistemas móveis são sistemas que são desenvolvidos para rodar em palmtops, celulares, tablet pcs e similares. Pela definição acima, os notebooks também 22 podem ser considerados como plataformas para sistemas móveis, no entanto a sua forma de uso não é exatamente a mesma dos dispositivos citados anteriormente, (isso porque para a utilização do mesmo exige que o usuário pare em algum lugar, abra o notebook, espere ele carregar até que esteja pronto para o uso). Um dispositivo para ser ―móvel‖ mesmo, deve oferecer a possibilidade de acesso imediato e com o usuário em movimento, sem qualquer interferência, seja ela por algum fio ou até mesmo por ter que esperar seu carregamento de dados (ALVES, 2010). 3.1 Vantagens da Mobilidade A possibilidade de acessar dados em qualquer lugar e a qualquer momento é sem sombra de dúvidas a vantagem mais trivial da mobilidade. Contudo as vantagens não param por ai, com sistemas móveis bem planejados, ou seja, respeitando as regras de usabilidade e ergonomia, é possível que a mobilidade dos dispositivos móveis tenha outras vantagens, tais como: (B’ FAR, 2005). Redução dos custos de comunicação – pois o usuário não precisará ligar para outras pessoas para saber informações que seu dispositivo/ sistema possui; Redução dos custos de entrada/ processamento de dados - visto que o usuário poderá escrever em um formato digital, podendo ser transmitido para outros dispositivos ou sistemas, ao invés de ter que escrever em um papel (que teria que ser redigitado mais tarde); Otimização de tempo – visto que as informações serão oferecidas aos usuários com precisão e de forma imediata. Além disso, dispositivos móveis (mobilidade) dispensam o deslocamento do utilizados dos sistemas para outros locais para receber e enviar dados e informações e isso tudo remotamente; Aumenta seu faturamento, imagina um usuário que esta em uma negociação e esta utilizando dispositivo móvel, automaticamente ele terá em suas mãos uma gama maior de informações disponíveis no momento da negociação, neste caso o usuário será mais eficiente e terá melhores resultados. As vantagens escritas acima são apenas algumas das enumeras vantagens de se utilizar sistemas móveis no dia-a-dia tanto de uma pessoa comum quanto de uma empresa. Para cada tipo de usuário ou solução oferece-se um conjunto de vantagens diferentes. Mas na lista acima demonstra algumas vantagens ―gerais‖, e que dão uma boa noção do que se ganha com a mobilidade (MIRANDA, CARVALHO, 2008). 23 3.2 Aplicações da Mobilidade A computação móvel pode ser aplicada a praticamente todas as atividades e/ ou segmentos de negócio que trabalham com informações, isto porque a maioria das pessoas que trabalham nessas atividades/ segmentos se desloca, em maior ou menor grau. Entre as aplicações possíveis, podemos destacar: Consultas de informações e relatórios diversos de forma on-line ou off-line; Processos de venda (automação da equipe de vendas externa); Processos de contagem/inventário em geral; Gerenciamento de informações em geral – desde lista de contratos até dados de ERPs/ CRMs ou aplicações verticais. A forma com que o ser humano acessa a informação através da plataforma móvel representa uma mudança. Antes do surgimento dos dispositivos móveis, quando um usuário precisasse fazer uma consulta ou processar alguma informação, ele teria que se mover para um computador para poder atingir seu objetivo, (mas é bom lembrar que hoje em dia isso continua acontecendo, só não se sabe até quando). Acessar as suas informações em qualquer lugar e a qualquer hora, seja de forma on-line ou off-line só é possível com dispositivos móveis. As possibilidades de aplicação da mobilidade têm foco no usuário, de forma que o desenvolvedor tenha condições de antever demandas de mobilidade que possam surgir com relação as suas aplicações e suas soluções. Disponibilizar informação em qualquer lugar é a ideia básica da mobilidade em TI, em qualquer dispositivo, no momento que o usuário precisar, de forma que produza de forma eficiente, com menos erros e com processos mais ágeis. No capítulo seguinte será explanado os conceitos de ergonomia e usabilidade, bem como Ergonomia de Interfaces Humano-Computador, Usabilidade em Dispositivos Móveis. 4 ERGONOMIA E USABILIDADE Ergonomia, ou human factors (fatores humanos) ou human factors & ergonomics (fatores humanos e ergonomia), expressões pelas quais é conhecida nos Estados Unidos da América, é a disciplina científica relacionada ao entendimento das interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema, e também é a profissão que aplica teoria, 24 princípios, dados e métodos para projetar a fim de otimizar o bem-estar humano e o desempenho geral de um sistema. Esta é a definição adotada pela Associação Internacional de Ergonomia (International Ergonomics Association - IEA ) em 2000. Os ergonomistas contribuem para o projeto e avaliação de tarefas, trabalhos, produtos, ambientes e sistemas, a fim de torná-los compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações das pessoas. (IEA, 2000). 4.1 Ergonomia e Usabilidade de Interfaces Humano-Computador A ergonomia é a qualidade da adaptação de um dispositivo a seu operador e à tarefa que ele realiza. A usabilidade se revela quando os usuários empregam o sistema para alcançar seus objetivos em um determinado contexto de operação (Cybis, Betiol & Faust, 2007). Pode-se dizer que a ergonomia está na origem da usabilidade, pois quanto mais adaptado for o sistema interativo, maiores serão os níveis de eficácia, eficiência e satisfação alcançados pelo usuário durante o uso do sistema. De fato, a norma ISO 9241, em sua parte 11, define usabilidade a partir destas três medidas de base: Eficácia: a capacidade que os sistemas conferem a diferentes tipos de usuários para alcançar seus objetivos em número e com a qualidade necessária. Eficiência: a quantidade de recursos (por exemplo, tempo, esforço físico e cognitivo) que os sistemas solicitam aos usuários para a obtenção de seus objetivos com o sistema. Satisfação: a emoção que os sistemas proporcionam aos usuários em face dos resultados obtidos e dos recursos necessários para alcançar tais objetivos. Um problema de ergonomia é identificado quando um aspecto da interface está em desacordo com as características dos usuários e da maneira pela qual ele realiza sua tarefa. Já um problema de usabilidade é observado em determinadas circunstâncias, quando uma característica do sistema interativo (problema de ergonomia) ocasiona a perda de tempo, compromete a qualidade da tarefa ou mesmo inviabiliza sua realização. Como consequência, ele estará aborrecendo, constrangendo ou até traumatizando a pessoa que utiliza o sistema interativo. Pode-se dizer que a ergonomia está na origem da usabilidade, pois ela visa proporcionar eficácia e eficiência, além do bem-estar e saúde do usuário, por meio da adaptação do trabalho ao homem. Isto significa que seu objetivo é garantir que sistemas e dispositivos estejam adaptados à maneira como o usuário pensa, comporta e trabalha e, 25 proporcionem usabilidade. Para a construção de interfaces ergonômicas e que proporcionam usabilidade, os diferentes profissionais que desenvolvem sistemas interativos devem, entre outras coisas, conhecer muito bem o usuário e o seu trabalho. Os programas de software e suas interfaces com o usuário constituem ferramentas cognitivas, capazes de modelar representações, abstrair dados e produzir informações. Elas facilitam a percepção, o raciocínio, a memorização e a tomada de decisão, seja para ou para divertimento. Para produzir tais interfaces, os projetistas devem saber que os usuários diferem entre si em termos de inteligência, estilos cognitivos e personalidades. O grande desafio, pois as pessoas em sua diversidade natural desenvolvem estratégias e contextos de operações muito mais variados do que se pode imaginar, o desafio é ainda maior, pois as estratégias e situações de uso evoluem com o tempo e com o uso do sistema. Na medida em que percebem novas possibilidades ou funcionalidades, as pessoas passam a usar um dispositivo de forma diferente e desenvolvem novas expectativas, assim, a Interação Humano-Computador tem de ser pensada como um processo em constante evolução. 4.2 Usabilidade Historicamente, o termo usabilidade surgiu como uma ramificação da ergonomia (trata da compreensão das interações entre os seres humanos e outros elementos de um sistema), voltada para as interfaces computacionais, mas acabou se difundindo para outras aplicações. A usabilidade é um fator de sucesso para um software, ignora-la pode significar o fracasso de um projeto, os desenvolvedores normalmente não se preocupam com esta característica. A análise da usabilidade de um sistema tem que ser parte integrante de qualquer ciclo de desenvolvimento. Em termos gerais usabilidade é usada para definir a facilidade com que as pessoas podem empregar uma ferramenta ou objeto a fim de realizar uma tarefa. Também pode ser definida como sinônimo de facilidade de uso, ou seja, se um determinado produto é fácil de usar, o usuário consequentemente terá uma maior produtividade, aprende mais rápido a usar, memoriza as operações e comete menos erros. Segundo Antonio Mendes da Silva Filho (2002) ―usabilidade é um conceito chave no campo da Interação Humano-Computador, sendo ela um atributo de qualidade de sistemas 26 que são fáceis de usar e fáceis de aprender‖. As interfaces de usuário devem considerar que à medida que as pessoas envelhecem, suas habilidades sensoriais e cognitivas apresentam respostas lentas. Por exemplo, semáforos podem ter os sinais maiores e mais luminosos com o objetivo de facilitar a visibilidade dos idosos, além de tornar o tráfego mais seguro. O contraste de interfaces de usuário e o tamanho das fontes (i.e. tipos de letras) utilizados em programas de computador podem ser aumentados para realçar melhor o conteúdo e facilitar a leitura. Outro recurso que pode facilitar é a tela por toque que, dá a sensação ao usuário de controle sobre a aplicação com a qual ele interage. E o mais importante de tudo: simplicidade. Quanto menos, melhor. Quão menor for à quantidade de recursos disponíveis na aplicação, mais intuitiva ela será e, portanto, mais fácil será seu uso. (FILHO, 2007, p.64) Para Nielsen (1993), a usabilidade é um dos aspectos que podem influenciar a aceitação de um produto e se aplica a todos os aspectos do sistema com os quais a pessoa pode interagir, incluindo os procedimentos de instalação e manutenção e deve ser sempre medida relativamente a determinados usuários executando determinadas tarefas. A usabilidade pode ser aplicada sempre que existir uma interface, ou seja, um ponto de contato entre o ser humano e um objeto físico (Ex: Celular) ou abstrato (Ex: software embutido no celular), sendo assim observa-se a usabilidade que esse objeto oferece. 4.2.1 Usabilidade em Dispositivos Móveis Com a popularização dos dispositivos móveis verifica-se um problema, eles apresentam uma tela de tamanho reduzido, por serem portáteis não existe muito espaço em sua tela para os projetistas desenvolverem interfaces (ARIEL, ET AL 2006). Com o avanço de serviço para dispositivos móveis ocorre de maneira desordenada e pode ser comparada ao caos do surgimento da Internet na última década, deve-se ter uma preocupação com a usabilidade de dispositivos móveis, isso porque o mercado de dispositivos móveis possui muitos modelos de diferentes marcas. Não há um padrão entre esses dispositivos, tanto ao seu uso quanto a suas interfaces. Isso origina aplicações com interfaces não intuitivas, navegação confusa entre as telas, além do uso desordenado de cores devido às propriedades das telas dos sistemas (DEPINÉ, 2003). Serviços como e-banking e e-commerce pelo celular teriam um crescimento maior se fosse proporcionado uma padronização nos dispositivos móveis, já que possibilitam que usuários que utilizem os mais diferentes aparelhos acessem estes dispositivos, sem a necessidade de custos adicionais para a empresa com o desenvolvimento de várias soluções destinadas a múltiplos aparelhos (Idem ibdem). A usabilidade de dispositivos móveis ainda se encontra em fases de pesquisa, principalmente devido ao alto custo na realização de testes com usuários, já que são inúmeros 27 dispositivos existentes (Idem ibdem). Para se avaliar um sistema, usam-se métodos de engenharia de usabilidade para elaborar testes. Esses testes, segundo Nielsen (1993), consideram se ele é fácil de usar, de aprender, de memorizar, isentos de erros e se causam satisfação ao usuário. No contexto móvel, os testes de usabilidade são até mais importantes que no contexto estático. Isto é fato, levando-se em consideração que o dispositivo móvel possui um tamanho bastante reduzido e que geralmente o utilizador está habituado ao uso do sistema desktop. Obviamente ele irá esperar que o seu celular acesse a internet e exiba seu site favorito com a mesma facilidade que o seu PC (computador pessoal). Portanto, a usabilidade dos dispositivos móveis não fica restrita à interface com o usuário. As características do usuário, do ambiente e dos dispositivos móveis são fatores que influenciam a interação e devem ser considerados tanto no processo de projeto de interface quanto na avaliação de usabilidade desses dispositivos para a terceira idade. O público da terceira idade vem se destacando cada vez mais aos olhos dos fabricantes de dispositivos móveis (celular), baseado nisso alguns fabricantes de celulares decidiram recentemente desenvolver aparelhos celulares que se adaptassem as necessidades das pessoas de terceira idade. Um exemplo claro desse novo interesse é o da Vodafone que desenvolveu um modelo de aparelho celular especial para as pessoas da terceira idade, uma boa ideia que já deveria ter se realizado há mais tempo (TERRA, 2008). Auro é o nome desse celular. O Auro vem com aplicações muito simples e práticas, de forma que se facilite a compreensão para pessoas que não estão acostumadas a linguagem tecnológica. Além disso, o Auro também incorpora na parte traseira botões de para ligações de emergência, cujos números são bem fáceis de programar. O designer é bem ergonômico (elo entre os seres humanos e os sistemas de informação), com a tela e os botões um pouco maiores do que o normal e números e letras também em um tamanho maior, o que facilita a leitura para pessoas com problemas de vista (EXAME, 2010). Outro exemplo de desenvolvimento de aparelho celular para a terceira idade é o do O Big Keypad Cell Phone foi feito sob medida para pessoas idosas com teclas e números grandes em relevo para facilitar o manuseio por pessoas da terceira idade. (site: www.techlider.com.br). 2 2 site: www.techlider.com.br). 28 O Big Keypad Cell Phone tem também uma lanterna, MP3 Player, rádio FM e um botão SOS que emite um alarme e manda mensagens de texto ou liga para até quatro aparelhos pré-programados. Este celular pode ser muito útil para alguns idosos, especialmente portador de Alzheimer ou com deficiência visual. Grandes fabricantes de celulares estão despertando para o desenvolvimento de aparelhos para a terceira idade, os maiores fabricantes a serem citados são a IBM e a SamgSung (EXAME, 2010). O capítulo seguinte descreve o Idoso do século XXI. 5 O IDOSO DO SÉCULO XXI Em virtude de uma série de mudanças comportamentais, existem pessoas que aos 40 anos de idade já se sentem idoso, por outro lado pessoas com 80 anos não se sentem. A forma de viver de pessoas de 60 anos está sendo influenciada pelo tipo de sociedade que estamos vivendo atualmente, pois pessoas dessa faixa etária estão cada vez mais se sentindo capazes e com possibilidades de continuar vivendo sua aposentadoria em plena capacidade intelectual, física e emocional. Para designar uma geração que se aposenta e envelhece ativamente surgiu o termo ―terceira idade‖ criada pelo gerontologista francês Huet (GOLDMA, 2000). O termo foi empregado no Brasil inicialmente pelo SESC de São Paulo, quando foram criadas as ―escolas Abertas para a terceira idade‖. O termo apresenta a velhice como uma nova etapa da vida, expressa pela prática de novas práticas sociais e culturais (MAZO; LOPES e BENEDETTI, 2001). Pelo fato de que as pessoas permaneçam por mais tempo em plena atividade, essa nova realidade provoca alguns mudanças comportamentais. Hoje em dia ao se falar em uma pessoa aposentada, não se pensa mais como alguém que se aposentou da vida, mas como alguém que mudou de hábitos, de atitudes. De acordo com Mazo, Lopes e Benedetti (2001), a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera idoso todo pessoa com de 65 anos de idade ou mais, que habita em países desenvolvidos e, com 60 anos ou mais, os habitantes em países subdesenvolvidos. Por tudo isso, repensar as categorias em função da idade. Essa categoria de idoso se concebe de maneira rebelde. Trata-se de uma perspectiva questionadora em que situações e casos devem ser representados dentro deste recém-nascido contexto de sociedade conhecida como Sociedade da Informação. 29 Preparar-se para velhice, em uma nem tão antiga concepção era convencer-se de que ele ou ela ―já deu tudo o que tinha que dar‖, agora ―permaneça o mais quieto possível e atrapalhe menos‖. Infere-se, portanto, uma concepção da não participação, do desligamento. A justificativa para tal decorre do fato de não se submeter à pessoa idosa situação de vexame, de conflito. O capitalismo entende que atitudes positivas com relação à terceira idade incentivam o idoso a uma participação da qual ela não tem mais capacidade (DOMINGUES, 1998). A Constituição Federal, quando se refere ao idoso em seu artigo 230, dispõe: ―a família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida‖. Nos parágrafos 1 e 2 se estabelece que ―os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente em seus lares e garantindo o transporte gratuito aos maiores de 65 anos de idade‖. Ao analisar esses parágrafos, percebe-se a transição existente a ideia assistencialista e a ideia de participação, de integração social através de atividades de convivência. Segundo Minguez e Garcia (1998), a nova concepção de velhice rejeita a proposta de preparação para a própria como ideia de desligamento, orientando este ser para uma atuação passiva em relação à vida e a sociedade. É incentivada a possibilidade de participar, não como forma de repetição de atividades anteriores, mas através de novas atividades comunitárias e solidárias que vençam a tendência natural ao individualismo e ao isolacionismo. Este novo jeito de considerar a velhice representa também uma cobrança, na medida em que essas pessoas não podem mais ser omissas. Nesse prisma, as pessoas idosas que acumulam mai experiências têm mais tempo para se dedicar ao trabalho de interesse social; não têm o direito de se omitirem e, portanto, devem assumir responsabilidades que anteriormente não puderam assumir. Quanto às especificações da interação de pessoas da Terceira Idade com a informática, Kchar (2001) defende que grupos de idosos demonstram interesse a aprender a usar o computador; entretanto, para fazê-lo, demandam o dobro de tempo dos adolescentes. Nesse novo contexto, preparar-se para a velhice significa pensar em novas atividades que poderão ser exercidas, pensar em uma nova vida integrada na vida social. O capítulo 5 explica os materiais e métodos utilizados na pesquisa. 30 6 MATERIAIS E MÉTODOS Esta pesquisa tem caráter descritivo, na medida em que investiga, descreve, classifica e interpreta a interação dos entrevistados com os respectivos aparelhos utilizados nos testes, observando que uma possível ausência de critérios ergonômicos inibe a utilização das tarefas proposta tais como: tirar fotos e salvara imagem, fazer uma ligação, escrever e enviar uma mensagem, adicionar um contato na agenda de contatos, programar o despertador, colocar o celular apenas no silencioso. A hipótese testada analisou a existência de determinados princípios de usabilidade como, por exemplo: se são fáceis de usar, aprender, memorizar, isentos de erros e se causam satisfação ao usuário dos dispositivos móveis testados LG KM710, Samsung B5702, LG GX500 e Samsung Star 3G, pois essa inexistência dificulta a realização das operações (tarefas), e inibe a utilização desses dispositivos pelo consumidor idoso. Foram utilizadas técnicas quantitativas, como entrevistas não estruturadas, além de técnicas quantitativas, como questionários fechados, com o objetivo de obter dados que mostrassem a verificação da hipótese formulada. A seguir são explicadas as etapas das técnicas utilizadas na pesquisa. Os testes foram realizados com um grupo no total de 22 pessoas, todos da terceira idade, devidamente matriculados e assíduos na Faculdade Aberta da Terceira Idade (FATI), a realização dos testes foram desempenhados na Faculdade de Balsas – Unibalsas, mais precisamente no laboratório 02 do bloco B. 6.1 Seleção dos aparelhos celulares para a realização dos testes Os celulares utilizados nos testes foram cedidos da seguinte forma: dois dos aparelhos cedidos pela pesquisadora LG KM 710, LG GX 500, e o outro dois aparelhos foram cedidos por parentes da pesquisadora Samsung B5702 e Samsung Star 3G. A escolha da marca e do modelo teve como objetivo selecionar os aparelhos de duas marcas e gerações distintas, que seriam a terceira e quarta geração e aproveitando a oportunidade de ter acesso a esses aparelhos de forma mais fácil, uma vez que a pesquisadora possuía dois dos aparelhos testados e os parentes da pesquisadora o restante dos celulares, sem deixar de mencionar das tecnologias aplicadas em cada aparelho que muda de geração para geração. 31 Figura 6 - Aparelho Samsung B5702 Fonte: Autor à Autora A Figura 6 mostra o modelo de celular B5702 da marca Samsung pertencente à terceira geração de celulares. Algumas características dele: tecnologia GSM, 2,4 polegadas tela, câmera de três megapixels, Bluetooth e Rádio FM, dual chip e bateria Stand-By e Talk Time, bateria não informado pelo fabricante. Figura 7 - Aparelho LG KM710 Fonte: Autor à Autora Outro aparelho utilizado nos testes é o KM710 da marca LG também pertencente à terceira geração de celulares. Algumas características dele: tecnologia GSM, ele tem um 32 display QVGA, câmera de três megapixels, Bluetooth com suporte A2DP, slot de memória microSD e leitor de música, bateria Stand-By até 250 horas e Talk Time até 3 horas. Figura 8 - Aparelho Samsung Star 3G Fonte: Autor à Autora O modelo de celular Star 3G da marca Samsung pertencente à quarta geração de celulares. Algumas características dele: tecnologia GSM, tela sensível ao toque QVGA, câmera de três megapixels, rádio FM, Bluetooth, browser HTML, Wi-Fi, Organizador e vivavoz, bateria Stand-By até 300 horas e Talk Time até 3 horas. Figura 9 - Aparelho LG GX500 Fonte: Autor à Autora 33 O modelo GX500 da marca LG pertencente à quarta geração de celulares. Algumas características dele: tecnologia GSM, aparelho celular candybar com dois slots para cartão SIM. Ele tem uma tela de 3 polegadas WQVGA, câmera de 3 megapixels, slot microSD para memória, Bluetooth estéreo, Wi-Fi e organizador, bateria Stand-By até 400 horas e Talk Time até 6 horas. Os aparelhos escolhidos tinham similaridade uns com outros, ou seja, o LG KM 710 e o Samsung B5702 são pertencentes à terceira geração, já LG GX500 e o Samsung Star 3G são classificados como de quarta geração. 6.2 Tarefas testadas Nos dia 29 de setembro, 01, 06, 20, 27 de outubro de 2010, foram realizados os testes de usabilidade com as seguintes tarefas: tirar e salvar uma imagem, fazer uma ligação, escrever e enviar uma mensagem, adicionar um contato na agenda, programar o despertador e colocar no silencioso. Em seguida segue as telas iniciais de algumas tarefas testadas. (A) (B) Figura 10 - Tela inicial de contato dos aparelhos LG KM 710 e do Samsung B5702, ambos de terceira geração. Fonte: Autor à Autora A figura 10 ilustra a tela inicial da agenda de contatos do LG KM710 e a Figura 11 ilustra a tela inicial do aparelho Samsung B5702, ambos de terceira geração. 34 (A) (B) Figura 11- Tela inicial de contato dos aparelhos LG GX500 e do Samsung Star 3G, ambos de quarta geração. Fonte: Autor à Autora A figura 11 acima se refere à tela inicial da agenda de contatos dos aparelhos LG GX500 e do Samsung Star 3G, ambos da quarta geração. (A) (B) Figura 12- Tela inicial do despertador dos aparelhos LG KM710 e do Samsung B5702, de terceira geração. Fonte: Autor à Autora Na figura 12, observam-se as telas iniciais, onde o despertador esta localizado, dos aparelhos LG KM710 e Samsung B5702, pode-se identificar que nessas telas existem similaridades. 35 (A) (B) Figura 13 - Tela inicial do despertador dos aparelhos LG GX500 e do Samsung Star 3G, de quarta geração. Fonte: Autor à Autora As telas acima são referentes a programar o despertador doa aparelhos LG GX500 e Samsung Star 3G, o que se pode identificar que as telas não tem similaridade uma com a outra. (A) (B) Figura 14 - Tela inicial de mensagens dos aparelhos LG KM710 e do Samsung B5702, de terceira geração. Fonte: Autor à Autora A Figura 14 mostra as telas iniciais de mensagem dos aparelhos LG KM 710 e Samsung B5702. 36 (A) (B) Figura 15 - Tela inicial de mensagens dos aparelhos LG GX500 e do Samsung Star 3G, de quarta geração. Fonte: Autor à Autora Mudanças de telas pode-se perceber na Figura 15, mas todas tem a mesma organização, nas quais não atrapalha o entendimento do usuário, essa figura refere-se aos aparelhos LG GX500 e Samsung Star 3G. 6.3 Entrevistas não estruturadas Segundo Marconi e Lakatos (2002), entrevistas com usuários de aparelhos celulares são definidas como, entrevistas não estruturadas e focalizadas – estruturadas no que diz respeito à utilização de um roteiro de perguntas abertas, e focalizadas porque o roteiro em si orienta o foco da entrevista, sendo que a perguntas não precisam obrigatoriamente seguir uma ordem específica. Com o objetivo de verificar as questões que são realmente importantes para o usuário, relativo ao uso diário de seu aparelho celular e, mais especialmente, para detectar as tarefas que iria ser utilizar nos testes, foi realizado nos meses de abril, agosto e setembro de 2010 entrevistas com 11 alunos da Faculdade Aberta da Terceira Idade (FATI), dentro da Faculdade de Balsas – Unibalsas. A entrevista foi realizada em um roteiro de perguntas, mas que, não obrigatoriamente, determinava a ordem das questões, transparecendo dessa forma, mais naturalidade à entrevista, portanto, um maior e mais adequado fluxo de informações do usuário. 37 Para facilitar ainda mais a entrevista, todos os usuários entrevistados tinham acesso à visualização dos aparelhos testados, com o propósito de auxiliar na lembrança através de imagens desses. Detectou-se essa necessidade, em razão da grande dificuldade por parte dos entrevistados para lembrar os nomes e os códigos dos modelos de celular que foram utilizados nos testes. O roteiro da entrevista era composto pelas seguintes questões: 1. Nome, idade, possui celular? 2. Quanto tempo possui celular? 3. O que levou ou levaria você a comprar um celular? 4. Quais critérios você usa ou usaria para comprar um aparelho celular? 5. Você testa ou testaria o aparelho antes de compra-lo? 6. Mudaria algo nos aparelhos testados? 7. Quais as diferenças entre os aparelhos a serem testados? Foi definido que todos alguns alunos assíduos e matriculados da FATI fossem entrevistados, com o objetivo de trabalhar com usuários e não usuários de celulares da terceira idade do FATI. Desta maneira, o perfil definido para os entrevistados foi: um homem de 65 anos de idade e 21 mulheres, entre 50 e 75 anos, pertencentes às classes A, B e C, onde quatro deles não possuem celulares e 18 deles possuem ou já possuíram aparelho celular. A utilização dos aparelhos celulares pelas quatro pessoas que não possuem celulares causou oriunda dificuldade do uso das funções dos dispositivos móveis mesmo em funções básicas como as testadas. Os problemas de usabilidade encontrados nos aparelhos celulares de usuários tem seu efeito aumentado quando aplicados em pessoas que não utilizam esses dispositivos, em grande parte, devido ao menor grau de interação com as tecnologias. A analise de conteúdo foi feita com a citação das entrevistas realizadas, extraindo questões relevantes pelos próprios entrevistados. A analise foi realizada pela pesquisadora e por outra pessoa convidada, bem como os testes, com o objetivo de minimizar possíveis tendências pessoais. 6.4 Questionários Segundo Rudio (1986), um conjunto de questões consiste em formulário, enunciado, como perguntas, de forma organizada e sistematizada, objetivando alcançar certas informações. Além disso, segundo o autor, entrevistas e questionários são métodos de pesquisas muito utilizados nas ciências comportamentais. Os dois métodos são utilizados para 38 conseguir informações que não podem ser conseguidas por outros meios, para garantir a validação e a fidedignidade dos mesmos precisam obedecer as técnicas próprias de elaboração e aplicação. Um instrumento é valido quando mede o que pretende medir e é fidedigno quando aplicado ao grupo escolhido e oferece consistentemente os mesmos resultados em relação ao total (RUDIO, 2002). A partir da classificação obtida na analise de conteúdo das entrevistas não estruturadas e alguns questionários pilotos3 que auxiliaram a aperfeiçoar tanto as perguntas quanto às opções de respostas das questões, com o intuito de ficarem mais claras e mais coerentes com os propósitos da pesquisa, foi formulado um questionário fechado, para facilitar a analise dos resultados. Os 22 respondentes estavam dentro do mesmo perfil, utilizados nas técnicas anteriores desta pesquisa. No inicio dos questionários algumas questões foram submetidas como piloto, para ajustar questões da redação inicial, com o objetivo de verificar se o texto das perguntas e respostas estava claro e preciso para o perfeito entendimento dos respondentes. Após a escolha das tarefas foram criados questionários fechados no total de 22 perguntas objetivas dos quais algumas são descritas abaixo: 1. As tarefas realizadas durante os testes nos celulares são fáceis? ( ) Sim ( ) Não 2. É fácil manusear esses celulares? ( ) Sim ( ) Não 3. Qual das tarefas abaixo foi mais fácil de ser realizada nos aparelhos testados? ( ) Tirar fotos e salvar imagem ( ) Fazer uma ligação ( ) Escrever e enviar uma mensagem ( ) Adicionar um contato na agenda do celular ( ) Programar o despertador ( ) Colocar a celular apenas no silencioso Uma parte do questionário aplicado as grupo de pessoas escolhido para a realização dos testes, o questionário na integra encontra-se em anexo 01. 3 Questionário piloto é um questionário já existente, que tem por objetivo orientar quanto à elaboração de um novo questionário. 39 Após a realização dos testes os respondentes receberam os questionários para preencher e quando terminavam devolviam a pesquisadora e a pessoa convidada para auxiliar a execução dos testes e aplicação dos questionários. 7 ANALISE DOS RESULTADOS 7.1 Entrevista não estruturada Foram realizadas entrevistas não estruturadas com 11 alunos da FATI, que já possuíam um conhecimento básico em informática. A técnica foi aplicada na Faculdade de Balsas – UNIBALSAS, mais precisamente no laboratório de informática II aonde acontece também às aulas de informática do referido curso, localizada na BR 230 – KM 05. As perguntas não estruturadas tinham como objetivo fornecer elementos para posterior elaboração e realização dos questionários, assim como a categorização do questionário com questões fechadas. A analise do conteúdo das sete (07) perguntas realizadas nesta fase de avaliação. Detalhamento maior desta técnica poderá ser observado no capitulo Métodos e Técnicas. 7.1.1 Analise das respostas da entrevista não estruturada Nome, idade, possui aparelho celular? Conforme previsto os entrevistados informaram seus nomes, idade e se possuíam celular. Essas perguntas objetivavam qualificaras pessoas para o grupo de entrevistados. As respostas fornecidas nesta questão estavam diretamente ligadas à continuação da pesquisa com questionários, uma vez que o questionário foi elaborado baseado nas entrevistas. Quanta tempo possui celular? Em corelação com a primeira pergunta, só responderia essa segunda se a pergunta anterior fosse positiva, essa tem como objetivo de verificar a incidência do uso de celulares. O que levou você a comprar um celular? Assim como a segunda pergunta, essa terceira tem relação como à primeira, verificando os critérios que fazem os que possuem a comprar e os que ainda não possuem verificar a necessidade dos mesmos. Quais critérios você usa ou usaria para comprar um aparelho celular? Dentre os critérios citados o ―tamanho das teclas‖ foi o que teve maior incidência 40 aparecendo em quatro respostas, em seguida identificou-se o critério ―preço‖ e ―marca‖ presente em três respostas dos entrevistados, ―resistência‖ foi comentada em duas respostas. Identificando em uma resposta cada um ―design‖ e ―bom funcionamento‖ foram os critérios restantes. Você testa ou testaria o aparelho antes de compra-lo? Cinco pessoas disseram que testam ou testariam o aparelho antes da compra. Dois entrevistados afirmaram ler as especificações ou o manual para comprar, outros dois entrevistados afirmam ―apenas gostar do design‖, uma pessoa declarou que não testa antes da compra, uma pessoa afirmou seguir ―recomendações de conhecidos‖. Dentre os entrevistados nenhum deles afirmou usar ou usaria o aparelho de outras pessoas para testa-los antes de efetuar a compra. Mudaria algo nos aparelhos testados? Como resposta de quatro entrevistados surgiu à questão de torna-lo com o tamanho das teclas maiores. Três pessoas disseram que nada mudariam. Duas pessoas declararam não precisar de uma ―quantidade tão grande de funções‖ como as existentes nos aparelhos testados, também duas pessoas informaram o desejo de aumentar o tamanho do aparelho todo, não somente as teclas, isso devido a dificuldade que alguns dos entrevistados tem em relação a visão, essas foram as questões colocadas nessa pergunta. Quais diferenças entre os aparelhos testados? Uma grande parte, cincos entrevistados, respondeu que a maior diferença percebida entre os aparelhos testados foi a ―evolução dos recursos‖, constava em três respostas ―melhoria do aparelho‖, assim o aspecto da ―facilidade de uso dos dispositivos‖ constavam em duas respostas, e uma pessoa respondeu ―a forma do teclado para digitar os textos das mensagens‖. Apesar de alguns entrevistados dizerem estar satisfeitos com os aparelhos testados observou-se que uma quantidade expressiva, tiveram algumas dificuldades no manuseio dos aparelhos, seja na parte física quanto na parte do sistema em si dos aparelhos testados, mas o problema foi quase que eliminado em sua totalidade quando foi repassado aos respondentes noções de como manusear cada aparelho, sendo assim a ―facilidade de uso‖, uma das questões dessa pesquisa, surgiu espontaneamente como uma realidade entre os entrevistados. 7.1.2 Analise das respostas do questionário Ao todo 22 pessoas preencheram o questionário com 23 questões da pesquisa em 41 um grupo que era composto por 5% de homens e 95% de mulheres. Nem todos haviam possuído ou possuía celular, os aparelhos testados eram assinantes de planos pré-pagos em suas respectivas operadoras. A tecnologia de telefonia móvel usada foi a GSM, existente na região do estado do Maranhão, mais precisamente na região de Balsas, entendeu-se que, de forma geral, as principais tarefas dos aparelhos celulares foram testadas. Figura 16 - Sexo dos Respondentes. Fonte: Autor à Autora Analise dos resultados dos questionários Qual sua faixa etária? Os respondentes pertenciam à faixa etária de 50 a75 anos. O grupo pesquisado, em geral era relativamente idoso, uma vez que a maior parte dos pesquisadores (cerca de 45%) tinham idade entre 65 e 70 anos, com 14% tinham idade relativa entre 75 e 80 anos, 14% com idade entre 55ª 60 anos, 14% com idade entre 50 e 55 anos, 9% referente a faixa etária entre 45 e 50 anos e 4% com idade entre 60 e 65 anos. Figura 17 - Idade dos respondentes. Fonte: Autor à Autora 42 Qual seu grau de instrução? A maior parte (82%) dos respondentes havia uma escolaridade muito baixa, ou seja, tinham estudado somente o ensino fundamental e não haviam concluído, enquanto 5% tem o segundo grau completo, 5% nem sequer frequentou a escola, 4% tem o terceiro grau completo e 4% possui terceiro grau incompleto. Figura 18 – Grau de instrução dos respondentes. Fonte: Autor à Autora Você possui celular? A grande maioria 82% dos pesquisados já tiveram ou tinham aparelhos celulares enquanto 18% disseram nunca ter possuído qualquer celular. Sendo assim observa-se a importância desta pesquisa, visto que a grande maioria possui aparelhos celulares estando cada vez mais no mercado de consumidores desse produto. Figura 19 - Respondentes que possuem célula. Fonte: Autor à Autora 43 Há quanto tempo você utiliza celular (anos)? Baseado nos 18% dos pesquisados da pergunta anterior não possuírem celular, as porcentagens dessa questão serão calculados apenas com os 81% dos pesquisados que possui celular, sendo assim as demais questões, tais como a sétima e a oitava seguirão essa regra. Os resultados do questionário mostram que uma parte considerável dos pesquisados possuem celular a mais de quatro anos, cerca de 33%, com alguns pontos percentuais a menos com 28% dos pesquisados disseram que utilizam o celular de zero a um ano, o tempo que as pessoas possuem celular entre dois a três anos teve um percentual de 22% aparecendo em terceiro lugar, seguido pelo tempo que possuem celular de um a dois anos com 17% das respostas. Figura 20 - Tempo que os respondentes possuem celular Fonte: Autor à Autora Quantas horas em media por semana você utiliza o celular? Apenas 6% dos pesquisados disseram que utilizam o celular ―entre cinco e dez horas por semana‖ e ―mais de dez horas por semana‖, cada um. Aos que utilizam o celular entre duas e cinco horas por semana o percentual ficou em 33%, já os que responderam usar o celular menos de duas horas tiveram a maioria das respostas com 55%. Figura 21 - Horas de uso por semana Fonte: Autor à Autora 44 Tempo de permanência no celular, quando esta utilizando. Uma fatia bastante expressiva de pesquisados 78% afirmou ficar menos de dez minutos utilizando o aparelho celular de cada vez, com 17% das respostas os respondentes declaram utilizar cerca de dez a vinte minutos por vez e com 5% das respostas afirmam usar o celular entre vinte e trinta minutos por uma única vez. Figura 22 - Tempo de permanência no celular, por minutos. Fonte: Autor à Autora Razão pelo qual utiliza celular? A maioria dos pesquisados (46%) respondeu usa ou usaria o celular para ―falar com parentes e amigos distantes‖ e ―comunicação rápida‖, em segundo lugar novamente aparecem os itens citados acima com a diferença que a razão do uso seria também o ―uso de aplicativos‖ com 27%, posteriormente foi acrescentado a primeira resposta um item que foi o ―relacionamento‖ com 27%. Figura 23 - Razão do uso do celular. Fonte: Autor à Autora 45 Quanto à organização dos aparelhos testados você define como? Embora 73% dos pesquisados tenham afirmado que os aparelhos testados tinham uma ―boa organização‖, deve-se saber que essa é uma analise geral dos aparelhos sem que haja distinção de organização de um aparelho com os outros, um percentual de 27% declarou que a organização dos aparelhos é ―ótima‖. Nesta questão pode-se verificar que para esse perfil de usuários a métrica de usabilidade usada na fabricação desses aparelhos testados é condizente ao aprendizado fácil. Figura 24 - Organização dos aparelhos testados. Fonte: Autor à Autora Dificuldade em acessar recursos dos celulares utilizados nos testes A maioria de 41% dos pesquisados percebe que sentem ―alguma dificuldade‖ em acessar os recursos dos celulares testados, com 23% das respostas das questões está ―pouca dificuldade‖ em acessar os recursos dos aparelhos, ―muito pouca‖ dificuldade foram detectados em 18% das respostas, ainda em relação à dificuldade de acesso 14% relatam não ter ―dificuldade alguma‖ para a execução das tarefas, e 4% diz sentir ―muita dificuldade‖ em acessar os recursos disponíveis dos celulares disponibilizados nos testes. Devem-se levar em consideração duas questões primordiais nesta questão, a primeira em relação que era a primeira vez que os respondentes tinham acesso a esses aparelhos, podendo assim elevar o grau de dificuldade das tarefas realizadas e a segunda questão que se deve considerar que essa analise foi coletiva, não medindo o grau individual de dificuldade de cada aparelho. 46 Figura 25 - Nível de dificuldade de uso nos aparelhos testados. Fonte: Autor à Autora O que você acha da aparência dos celulares testados? Um percentual equilibrado é o que se pode notar nesta questão, pois 50% dos respondentes mencionaram que a aparência dos resultados é ―boa‖ e 50% relatam que a aparências são ótimas. Figura 26 - Aparência dos celulares testados. Fonte: Autor à Autora Satisfação com os aparelhos testados Como era de se prever aconteceu outro empate nas respostas, assim como na questão anterior, com 50% das respostas apontando ―totalmente satisfeitos‖ e 50% ―parcialmente satisfeito‖. 47 Figura 27 - Satisfação com os aparelhos utilizados nos testes. Fonte: Autor à Autora As tarefas realizadas durante os testes nos aparelhos disponíveis são fáceis? Apenas 14% dos respondentes declarou que as tarefas ―não são fáceis‖ de serem executadas, dentre as tarefas a mais citada durante os testes foi a ―escrever e enviar mensagens‖ e com 86% das respostas os respondentes afirma que as tarefas executadas são fáceis de serem realizadas. Figura 28 - Facilidade na execução das tarefas. Fonte: Autor à Autora Qual tarefa é mais fácil de ser realizada? A maior parte (53%) dos pesquisados declarou que as tarefas mais fáceis de 48 executar são as ―fazer uma ligação‖, ―colocar o celular no silencioso", ―adicionar um contato na agenda do celular‖, ―programar o despertador‖ ficou em segundo lugar com 27% do percentual e ―escrever e enviar uma mensagem‖ teve 20% das respostas. Figura 29 - Tarefa mais fácil de ser realizada. Fonte: Autor à Autora Considera os aparelhos testados uteis? Essa questão foi unanime, pois todos os respondentes afirmam que os aparelhos testados são uteis, ou seja, 100% das respostas foram positivas. Figura 30 - Utilidade dos aparelhos testados. Fonte: Autor à Autora 49 Qual dos aparelhos testados acima atende melhor as suas necessidades? E qual deles está utilizando os critérios ergonômicos de usabilidade, em sua opinião? Os aparelhos de quarta geração se destacaram durante os testes, com o percentual de 52% o Samsung Star 3G atende melhor as necessidades dos respondentes, já o LG Gx 500 fica com o percentual um pouco abaixo com 48%, os demais aparelhos não foram citados nesta questão. Em relação a critérios de usabilidade os aparelhos de quarta geração continuam em destaque com os mesmo percentuais. Figura 31 - Atende as necessidades dos respondentes. Fonte: Autor à Autora Figura 32 - Aparelhos que seguem os critérios de usabilidade. Fonte: Autor à Autora Quais são as tarefas mais fáceis de executar no aparelho Samsung Star 3G? As tarefas citadas como as mais fáceis de executar nesse aparelho, aparecem da 50 seguinte forma: com 33% das respostas esta ―tirar fotos e salvar‖, logo em seguida com 28% estava ―programar o despertador‖, como o percentual de 21% aparece ―colocar apenas no silencioso‖, e ―fazer uma ligação‖ aparece em ultimo lugar com 18%. Figura 33 - Tarefa mais fácil de executar no aparelho Samsung Star 3G. Fonte: Autor à Autora Quais são as tarefas mais fáceis de executar no aparelho LG GX500? A maior parte dos respondentes (82%) afirma que a tarefa mais fácil é a ―escrever e enviar mensagens‖, isso se dá porque este aparelho ao ser colocado de lado o teclado se transforma em teclado QUETE, que na verdade são teclados que todas as aparecem em uma só tecla. Com 18% das respostas aparece a tarefa de ―fazer uma ligação‖. Figura 34 - Tarefa mais fácil de executar no aparelho LG GX500. Fonte: Autor à Autora 51 Tabela 1 - Tabela referente ao tempo gasto na execução das tarefas dos aparelhos testados Tarefas/Aparelhos LG KM 710 Samsung B5702 LG GX500 Samsung star 3G Tirar fotos e salvar imagem 58s 64s 48s 42s Fazer uma ligação 33s 39s 35s 31s 1mim e 50s 1mim e 59s 1mim e 06s 1mim e 48s 2mim e 55s 2mim e 30s 2mim e 16s 2mim e 01s Programar o despertador 60s 52s 49s 36s Colocar no silencioso 10s 9s 8s 5s Escrever e enviar uma mensagem Adicionar um contato na agenda Na tabela 1 verifica que em todas as tarefas os aparelhos da quarta geração tiveram um tempo menor na execução das mesmas, mostrando assim que cada vez mais os fabricantes estão se preocupando com a facilidade de uso dos aparelhos fabricados. Uma vez que foram realizadas as tarefas básicas dos aparelhos testados, essencialmente as de: (tirar foto e salvar a imagem, fazer uma ligação, escrever e enviar uma mensagem, adicionar um contato na agenda do celular, programar o despertador, colocar apenas no silencioso), podemos entender a importância destes dispositivos e dessas tarefas para o respondente, uma vez que a grande parte que possui celular dentre os respondentes informou de forma informal que utiliza essas tarefas em seu dia-a-dia. O aspecto facilidade de uso dos celulares testados foi considerado por 86% do grupo pesquisado como critério utilizado na execução das tarefas propostas. Entretanto, o alto percentual atribuído a esta questão de facilidade de uso dos aparelhos testados, a parcela de 14% dos respondentes desses dispositivos testados não tem facilidade de uso dos mesmos. A satisfação foi verificada como um critério básico de usabilidade para analisar e avaliar os padrões seguidos pelos fabricantes dos aparelhos testados. Quando relacionado à organização dos celulares testados, os percentuais e a classificação das respostas foram satisfatórios no quesito usabilidade, visto que pode-se verificar que, entre a classificação destacou-se boa e ótima. Uma parcela de 41% dos respondentes diz sentir alguma dificuldade em executar determinadas tarefas, afirmaram também sentir pouca, nenhuma e muita dificuldade, identificando isso por ser a primeira vez que os respondentes manusearam os aparelhos 52 utilizados nos testes. Um percentual de 50% refere-se que a aparência dos aparelhos é ―boa‖ e outros 50% afirmam ser ―ótima‖. Pode-se considerar que os critérios ergonômicos de usabilidade foram utilizados pelos fabricantes dos aparelhos celulares testados, pois nesta pesquisa foi levado em consideração pontos crucial para a identificação desses critérios tais como o nível de satisfação, facilidade, organização, dificuldade e aparência dos aparelhos avaliados. Outro ponto muito importante observado durante a pesquisa esta relacionado ao bom desempenho das pessoas de terceira idade com o manuseio de dispositivos móveis, visto que esses aparelhos foram desenvolvidos para um publico mais jovem, mas mesmo assim os idosos acompanharam bem a execução das tarefas. 8 CONCLUSÕES Observa-se que os dispositivos móveis têm características muito particulares e devem ser tratadas de maneira diferente, não sendo aplicáveis as mesmas técnicas para o projeto de interfaces de computadores de mesa para computadores móveis. Assim como as interfaces gráficas dos computadores ampliaram a possibilidade de outros tipos de usuários, fora os técnicos, usufruírem as vantagens dos computadores, segundo (Sheiderman, 1996) a nova computação, a usabilidade universal possibilitará a inclusão de grupos, até então não considerados pela indústria. Isto permitiria reverter o quadro atual de subaproveitamento da tecnologia dos aparelhos celulares, como o encontrado no Brasil. Com a maturidade do mercado de aparelhos celulares, os usuários poderão ter mais consciência da seriedade da usabilidade originada de comparações com modelos já utilizados. A lógica de operação deverá ter seus estudos centrados nos usuários, e não somente na tecnologia, para que as pessoas possam ter uma interação maior com seus aparelhos celulares. Usuários mais exigentes com seu aparelho celular exigirão produtos com lógicas operacionais coerentes com um fácil uso do dispositivo, o aparelho celular deve seguir esse perfil e ir, além disso, deverá continuar a absorver novas tecnologias e funções ao longo do tempo. Existem hoje no mercado diversos tipos de aparelhos, e como era de se prever, esses contém diferentes técnicas e exibição de informação e abordagem do sistema. Cada fabricante tenta estabelecer suas características ao mercado com o intuito de diferenciar da 53 concorrência. O maior problema de tudo isso e que tais características particulares, afetam a facilidade de uso do aparelho, sendo assim, essa tentativa poder ter efeito contrário e causar rejeição ao produto daquele fabricante. A criatividade na abordagem de seus consumidores, em diferentes tipos de canais de comunicação vem sendo cada vez mais praticadas pelos fabricantes de celulares. Entretanto, o consumidor deve ser respeitado em relação a sua cultura e convenções locais para que possa consumir produtos com interfaces que não gerem ruído na comunicação com o usuário. Essa questão tem um impacto maior em grupos com menor grau de instrução e a faixa etária. Uma forma de acabar com esses problemas seria que todos os fabricantes utilizassem os critérios ergonômicos de usabilidade, como oriente a norma ISO 9241-11, bons índices de eficiência e satisfação estão presentes em produtos que apresentam propriedades desejáveis. As técnicas quantitativas foram fundamentais para confirmar algumas questões e descobrir um grande numero de novas considerações. Pode-se perceber a grande importância da elaboração de um questionário fechado, a partir do qual foram colocadas questões pelos próprios respondentes da entrevista não estruturada. Como o objetivo desse trabalho era de avaliar a usabilidade de aparelhos celulares pelos usuários, não seria coerente se, no momento da coleta de dados da pesquisa o respondente não pudesse ser ouvido. As informações colhidas na entrevista não estruturada alimentaram o questionário quantitativo que foi a voz de 22 alunos da FATI, nessa técnica quantitativa confirmou-se a importância da satisfação com a realização das tarefas propostas pelos usuários, uma vez que 86% das pessoas respondentes afirmaram serem essas as tarefas mais utilizadas nos celulares. Verificou-se que os aparelhos de terceira geração não foram escolhidos como os que atendem as necessidades do grupo testado, talvez porque antes os fabricantes não se preocupavam com os critérios de ergonomia e usabilidade, uma vez que houve a evolução dos mesmos, foram se aprimorando esses critérios. Logo, pode-se dizer que o uso e adoção dos critérios ergonômicos de usabilidade é um forte componente para a fidelização e retenção dos consumidores da terceira idade de aparelhos celulares. Devido aos vários dispositivos disponíveis no mercado e a grande rotatividade de equipamentos, principalmente de aparelhos celulares, a padronização no desenvolvimento de tais interfaces permite que o usuário aprenda a utilização do sistema e mesmo com a troca de equipamento, possibilite a continuidade do seu aprendizado e não o reaprendizado sobre uma nova interface. 54 Estas interfaces devem levar em conta também o contexto em que os usuários estão inseridos e os principais usos destes equipamentos. Dispositivos móveis normalmente são utilizados em tarefas mais rápidas e nas mais diversas situações, desde fila em bancos até reuniões de negócios. Além disso, a própria tecnologia exige uma agilidade no uso dos mesmos. 55 REFERÊNCIAS ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 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Sexo: ( )masculino ( )feminino 2. Qual a sua faixa etária? ( ) 45 a 50 anos ( ) 50 a 55 anos ( ) 55 a 60 anos ( ) 60 a 65 anos ( ) 65 a 70 anos ( ) 75 a 80 anos 3. Qual é o seu grau de instrução? ( ) 20 grau incompleto ( ) 20 grau completo ( ) 30 grau incompleto ( ) 30 grau completo 4. Você possui celular? ( ) Sim ( ) Não 5. Há quanto tempo você utiliza o celular? ( ) 0 a 1 ano ( ) 1 a 2 anos ( ) 2 a 3 anos ( ) Mais de 4 anos 6. Em média quantas horas por semana você utiliza o celular? ( ) Menos de 2 horas ( ) Entre 2 e 5 horas ( ) Entre 5 e 10 horas ( ) Mais de 10 horas 61 APÊNDICE C - Questionário sobre o celular Questionário sobre o celular 1. Quando esta no celular, qual o tempo aproximado de permanência? ( ) Menos de10 minutos ( ) Entre 10 e 20 minutos ( ) Entre 20 e 30 minutos ( ) Mais de 3m minutos 2. Qual o seu propósito (razão) da utilização do celular? Pode-se marcar mais de uma opção ( ) Relacionamento ( ) Fins profissionais ( ) Falar com parentes e amigos distante ( ) Comunicação rápida ( ) Usar aplicativos, além de fazer ligações, tais como; tirar fotos, ouvir música e vídeo. 3. Quanto à organização das informações dos celulares testados, você define como: ( ) Péssima ( ) Ruim ( ) Boa ( ) Ótima 4. Sentiu alguma dificuldade em acessar os recursos dos celulares? ( ) Muito Pouca ( ) Pouca ( ) Nenhuma ( ) Alguma ( ) Muita dificuldade 5. O que mais chamou sua atenção nos celulares? ( ) Conteúdo (fotos, vídeos, recados) ( ) Recursos disponíveis ( ) Navegação 62 ( ) Combinação de cores ( ) Facilidade de navegação 6. O que você acha da aparência dos celulares ( ) Péssima ( ) Ruim ( ) Boa ( ) Ótima 7. Com relação do grau de satisfação com os celulares testados, você afirma que está: ( ) Totalmente satisfeito ( ) Parcialmente satisfeito ( ) Parcialmente insatisfeito ( ) Totalmente insatisfeito 8. As tarefas realizadas durante os testes nos celulares são fáceis? ( ) Sim ( ) Não 9. É fácil manusear esses celulares? ( ) Sim ( ) Não 10. Qual das tarefas abaixo foi mais fácil de ser realizada nos aparelhos testados? ( ) Tirar fotos e salvar imagem ( ) Fazer uma ligação ( ) Escrever e enviar uma mensagem ( ) Adicionar um contato na agenda do celular ( ) Programar o despertador ( ) Colocar a celular apenas no silencioso 11. Enquanto manuseava os celulares, sabia sempre o que estava fazendo, a etapa que estava cumprindo? ( ) Sim ( ) Não 12. Considera esses celulares úteis? ( ) Sim ( ) Não 13. Recomendaria esses modelos de celulares para alguém comprar? 63 ( ) Sim ( ) Não 14. Você compraria celulares igual ou parecido com esses? ( ) Sim ( ) Não 15. Qual dos aparelhos testados acima atende melhor as suas necessidades? E qual deles está utilizando os critérios ergonômicos de usabilidade, em sua opinião? ( )LG KM710 ( ) Samsung B5702 ( )LG GX500 ( )Samsung Star 3G 16. Quais são as tarefas mais fáceis de executar no aparelho Samsung Star 3G? ( ) Tirar fotos e salvar imagem ( ) Fazer uma ligação ( ) Escrever e enviar uma mensagem ( ) Adicionar um contato na agenda do celular ( ) Programar o despertador ( ) Colocar a celular apenas no silencioso 64 APÊNDICE D – Cronograma de Atividades