Doclisboa`12 defende a importância dos laboratórios de cinema

Transcrição

Doclisboa`12 defende a importância dos laboratórios de cinema
Dossiê de Imprensa
Panorama 2013
7ª Mostra do Documentário Português
3 a 11 de Maio
Cinema São Jorge, Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema
Teatro do Bairro
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Índice
Parceiros
Apresentação PANORAMA – 7ª Mostra do Documentário Português
Programação PANORAMA
Informações de bilheteira
Contacto Imprensa
Ficha Técnica
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Parceiros
Organização
Câmara Municipal de Lisboa/Direcção Municipal de Cultura
Arquivo Municipal de Lisboa - Videoteca
Apordoc – Associação pelo Documentário
Parceria Estratégica
EGEAC – Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural
Co-Produção
Cinema São Jorge
Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema
Apoios
ICA – Instituto do Cinema e do Audiovisual
Teatro do Bairro
Apoios à Divulgação
MOP – Multimédia Outdoors Portugal, Antena 1, Antena 2, Antena 3, Metro – Transportes de
Lisboa, Turismo de Lisboa, Don’tPanic, Universidade Lusófona, Universia, Janela Urbana, Rua de
Baixo, Dona Chica 2.0, C7nema, Metropolis, Take – Cinema Magazine, Ante-Cinema, Le Cool,
Parq, Empire, Dialogue, Cision, Speak, Garage, Lisboa Film Commission, Fernado Rosado, SASG
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PANORAMA - 7ª Mostra do Documentário Português
O PANORAMA - 7ª Mostra do Documentário Português, organizado pela Apordoc - Associação
pelo Documentário e pelo Arquivo Municipal de Lisboa - Videoteca, realiza-se de 3 a 11 de Maio, no
Cinema São Jorge, na Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema e no Teatro do Bairro.
Dedicada à exibição de documentários portugueses, esta mostra não competitiva exibirá filmes
incluídos em duas grandes rubricas: sessões Contemporâneas, que incluem filmes produzidos
maioritariamente em 2012; e sessões Percursos do Documentário Português, com filmes da
época/autores do tema selecionado em cada ano.
Este ano, a Mostra vai contar com um novo espaço de programação intitulado Lisboa, que dará
visibilidade a um conjunto de olhares sobre as componentes sociais, culturais e arquitetónicas da
capital portuguesa. "Pensamos que existe aqui um fértil universo que merece um olhar mais atento,
potenciando assim uma maior reflexão sobre a cidade que deu luz ao PANORAMA", referem os
programadores da mostra. No Teatro do Bairro será apresentada uma seleção do que se viu no
Doclisboa’12.
No ano em que a cidade de Guimarães foi Capital Europeia da Cultura e o Festival de
Curtas Metragens de Vila do Conde comemorou 20 anos, o PANORAMA mostra uma seleção
de documentários produzidos nesses contextos específicos, filmes que retratam, de uma ou outra
forma, as memórias e vivências dessas cidades e sua região envolvente.
E, mais uma vez, na rubrica Percursos no Documentário Português, o PANORAMA revisita a
história do cinema português, centrando-se no tema “Documentário no Cinema Novo” e na
produção documental da década de 1960 e inícios de 1970, momentos cruciais para o cinema
nacional, fundador do trabalho de autores como Fernando Lopes, Paulo Rocha, Manuel Costa e
Silva, José Fonseca e Costa, Manuel Faria de Almeida, António de Macedo, João César Monteiro,
António-Pedro Vasconcelos, António Escudeiro, Alfredo Tropa e Fernando Matos Silva.
A Mostra do Documentário Português teve a sua primeira edição em 2006 e, desde o primeiro
momento, pretende ser um espaço privilegiado para dar a conhecer documentários feitos em
Portugal ou por portugueses, contribuindo para um encontro entre quem faz e quem vê. É uma
plataforma de exibição e discussão, um lugar onde o documentário português é retratado de forma
abrangente, na sua diversidade e riqueza, procurando perceber caminhos futuros.
O PANORAMA procura constituir um retrato largo e desafogado da paisagem documental
portuguesa, apresentando um conjunto de filmes de cada ano de produção.
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Programação PANORAMA 2013
Sexta, 3 de Maio
Cinema São Jorge
21h00 – Sala Manoel de Oliveira
SESSÃO DE ABERTURA PANORAMA 2013 – Percursos no Documentário Português
Homenagem a Fernando Lopes
Belarmino
Fernado Lopes (1964, 72’)
"Saíamos tarde da Televisão e portanto acabávamos no Parque Mayer, no Ribadouro, na Lisboa
noturna, no Ritz Clube. Foi assim que conheci o Belarmino. Ia trabalhar a cara de uma pessoa, a
vida de uma pessoa, de uma forma de facto documental" (FL). Poesia, boxe, Lisboa à noite, vida,
má vida, cinema, o Novo Cinema a chegar, tudo se misturava e tudo acontecia, intensamente. Só
assim podia acontecer Belarmino.
A existência marginária e popular de Belarmino Fragoso – engraxador, colorista de fotografias -,
antigo campeão de boxe, através dum "questionário psicológico", que logo salta para o universo
social e urbano onde se inscreve: das origens humildes, com a força embargada das palavras cruas
– sobre o drama que constitui a sua vida, realçando as irregularidades e explorações de que foi
vítima –, o inquérito dissolve-se na cadência excêntrica e nostálgica, da Lisboa crepuscular... (“O
Cais do Olhar”, Cinemateca Portuguesa).
Atuação do Trio Hot Club Portugal, que participou no filme, em 1964.
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Sábado, 4 de Maio
Cinema São Jorge
15h00 – Sala 3
SESSÃO GUIMARÃES-CAPITAL EUROPEIA DA CULTURA I
Em Honra de São Gualter
Rui Simões (2012, 30’)
Por volta de 1213, Frei Gualter é enviado por São Francisco de Assis para Guimarães, foi crescendo
a devoção a este frade franciscano e em 1577 é fundada a irmandade de São Gualter. Desde 1906
que se festejam as Gualterianas, nova forma de festejos da cidade em honra ao seu patrono.
A Menina dos Olhos
Regina Guimarães (2012, 31’)
Olhar documental sobre as práticas da cultura popular na mais jubilatória das festas pagãs, neste
caso, Santa Luzia, cuja festa religiosa acontece na cidade de Guimarães. Regina Guimarães trabalha
o tema por associação e montagem, artefactos e pessoas, doçarias e amores.
Cinema São Jorge
17h00 – Sala 3
Televisão
Filipe Afonso (2012, 17')
Eu ando, no meio da noite, na cidade e ouço televisões. Suponho que todas juntas poderiam contar
uma história e darem-me um sinal até chegar a casa. É como uma extensão de dentro da casa e dos
seus moradores para o exterior, para a rua e para mim. Eu ando. Como um fantasma. Entro em
todas essas casas... Enquanto ando, aproximo-me, tento ouvir melhor, ver mais, mais, mais...
Reconversão
Thom Andersen (2012, 65')
Reconversão retrata 17 edifícios e projetos do arquiteto portuense Eduardo Souto Moura,
acompanhados pelos seus próprios escritos. É uma investigação sobre a sua arquitetura, sem
comentário crítico. Apenas o guia no Estádio de Braga oferece algumas generalizações, que se
ajustam bastante bem à obra, mas esta pode ser a exceção, não a regra. Souto Moura tem a última
palavra: “Se ali não há nada, eu invento uma preexistência”. Tecnicamente, Reconversão combina
a crueza do proto-cinema com o hiper-realismo do cinema digital, remetendo-nos de novo aos
ideais de Dziga Vertov. Filmar um ou dois frames por segundo e animar as imagens à maneira de
Muybridge, produz uma resolução mais elevada, embora não necessariamente um melhor sentido
da realidade, e ressalta os movimentos da água e da vegetação que geralmente passam
despercebidos.
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Cinema São Jorge
19h00 – Sala 3
5040
Inês Teixeira (2012, 9')
Que impacto terá a escala de uma cidade, nas relações entre os seus habitantes? Talvez a cidade já
não tenha uma escala humana. Vivemos dependentes de todos os meios que tornam a nossa vida
quotidiana mais confortável, mas estamos cada vez mais independentes dos restantes habitantes
da cidade.
A Luz da Terra Antiga
Luís Oliveira Santos (2012, 15')
O filme A Luz Da Terra Antiga, baseado no livro, ”Portugal Luz e Sombra - o país depois de
Orlando Ribeiro”, é uma viagem com Duarte Belo à procura dos territórios da fotografia de
Orlando Ribeiro e da inexorável passagem do tempo.
A Rua da Estrada
Graça Castanheira (2012, 15')
Em A Rua da Estrada percorrem-se as estradas nacionais, com a sua muito peculiar paisagem –
sismógrafo do tempo que passa. Lida pelo olhar avisado do geógrafo Álvaro Domingues, uma
viagem por Portugal, tal qual é.
Pequenos Teatros de Rua
Regina Guimarães (2013, 30')
Uma reflexão sobre o modo peculiar como o Porto se encena nas montras. Nas Monstras. E uma
divagação em torno do que elas reflectem...
Cinema São Jorge
21h00 – Sala Manoel de Oliveira
Fome e Fartura
Filomena Carvalho de Sousa (2012, 12')
A partir da tradição oral – romances, cantigas, poesia popular, episódios de vida e formas
proverbiais – fala-se da fome e da fartura, da riqueza e da pobreza, das desigualdades e das
injustiças sociais. O filme inicia com o romance “o rico e o pobre” filmado em Beja, uma versão do
romance de devotos “Lázaro e o rico avarento”; segue-se o “Triste ceguinho” filmado em Idanha-aNova que fala do sacrifício dos filhos nas famílias mais pobres, neste caso os pais que enganam a
filha e a vendem a um rei rico que se finge de “pobre ceguinho”. De Torres Vedras uma história
verídica que é narrada como se fosse um conto tradicional, uma história sobre a recompensa de
quem partilha o pouco que tem. De Grândola os poetas populares e as suas décimas sobre as
diferentes classes sociais e por fim, também de Idanha-a-Nova, “Os mandamentos da poupa”.
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Anquanto La Lhéngua Fur Cantada
João Botelho (2012, 52') - ESTREIA
Anquanto La Lhéngua Fur Cantada, este povo não morre. O planalto de Miranda, único em língua
e rico em gente, geografia e tradições que vêm do início dos tempos, tem uma riqueza musical
inigualável. Porque não atravessá-lo com a Catarina Wallenstein, com rosto de “Madona”, que
canta como ninguém, acompanhada pelo extraordinário acordeão do Gabriel Gomes, com rosto de
anjo, e seguido pelo burro “Atenor” de pêlo comprido e avermelhado, perfeito exemplar do burro
mirandês? Há alguma coisa mais comovente do que a polifonia dos cantantes das Almas de
Sendim? Não é verdade senhor Giacometti? O meu amigo Dr. Amadeu Ferreira, ficará contente e
com ele todos os mirandeses a quem dedico este pequeno filme.
Cinema São Jorge
23h00 – Sala 3
Até ao Outro Lado do Arco-Íris
André Agostinho (2012, 12')
Até ao Outro Lado do Arco-íris retrata a solidão de um homem que todos os dias espera por
clientes a quem possa cortar o cabelo. No entanto, poucos são os que aparecem e os tempos mortos
são passados com a sua maior companhia, os seus dois periquitos.
Montemor
Ignasi Duarte (2012, 65')
Um homem que caminha pelo campo. Um artesão que trabalha a madeira. Um velho que fala de
Deus com firmeza. Em frente à sua habitação passam comboios de cinco em cinco minutos. Umas
mulheres cantam num bosque. O artesão que trabalha a madeira tenta estabelecer um diálogo com
as rãs. O homem que caminha pelo campo tenta explicar-lhe que tal não é possível. Ninguém dá
importância à razão. E é assim que a vida passa, ali.
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Domingo, 5 de Maio
Cinema São Jorge
15h00 - Sala 3
Manifestação
Carlos Godinho (2012, 12') - ESTREIA
Vaguear reflexivo de uma multidão sobre vibração.
Quero-vos, Respeito-vos, Preciso de Vocês - 15M de Dentro
Alex Campos García (2012, 72')
Quero-vos, respeito-vos, preciso de vocês. Com estas palavras inicia suas intervenções Román,
octogenário madrileno que levava 50 anos esperando uma mudança real. O 15 de Maio de 2011, na
"Puerta del Sol", amanheceu junto duma geração num acordar colectivo que lhe tirou da sua
impotência e frustração. “Lo llaman democracia y no lo es”. Os indignados tomam a praça e
começam um movimento que terá expansão mundial. Uma geração de jovens que parecia
adormecida toma as praças de Espanha e mais tarde realiza marchas pelas estradas e aldeias da
península, reivindicando uma democracia real. Um movimento assembleario que se esforça ao
máximo por conseguir o consenso e praticar a horizontalidade. Realizado por vários dos
integrantes da comissão de audiovisuais da acampada, este é um documentário desde dentro. A
Spanish revolution desde o ponto de vista dos seus protagonistas, e uma geração bisagra, que viu
truncados seus sonhos e se junta hoje as novas gerações, para germinar num movimento que
propõe uma mudança de paradigma, onde cada um se reconhece como pessoa.
Cinema São Jorge
17h00 - Sala 3
PDL-LIS (Ponta Delgada-Lisboa)
Diogo Lima (2012, 28')
A que sabe voltar à casa que julgamos querer abandonar de vez? Um jovem a estudar em Lisboa faz
uma viagem a São Miguel para descobrir qual é a sua relação com a terra-natal à medida que a
distância e o tempo os vão separando. Percorre e filma com um novo olhar os sítios onde cresceu e
que até agora lhe traziam uma sensação agridoce. Neste exercício para um atelier de documentário
da sua licenciatura, Lima repete continuamente que odeia a sua terra, mas é difícil acreditar nisso.
Noite de Festa
Tiago P. de Carvalho (2013, 57')
Nuno aos 30 e poucos anos perde o rasto dos vinis da sua adolescência. Decide partir numa
demanda que o leva de volta à sua terra natal, a Ilha de S. Miguel no distante arquipélago dos
Açores, isolado no meio do Oceano Atlântico. Uma demanda para resgatar os seus vinis e, a sua
juventude.
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Cinema São Jorge
19h - Sala 3
Des-construindo-Parte de Mim
Patrícia Louro/Micol Pecoraro/Manewa Gutiérrez Cornejo/Mercè Salom Parés/Ingrid de la Torre
(2012, 24') - ESTREIA
Podemos superar as experiências traumáticas que nos marcaram? Três mulheres explicam-nos a
sua vivência pessoal através de uma sobreposição contínua de diálogos e experiências, entrelaçada
com imagens quotidianas, mas sempre em movimento.
Este documentário abre-nos a intimidade do dia-a-dia destas mulheres, para quem a superação de
um trauma pode supor uma transformação vital.
Outras Cartas ou o Amor Inventado
Leonor Noivo (2012, 51')
Outras Cartas ou o Amor Inventado parte da obra literária Novas Cartas Portuguesas, escrita em
conjunto pelas Três Marias nos anos 70, como pretexto para um pequeno inventário
cinematográfico, um documentário que cruza esse legado literário com diferentes situações,
contextos e interlocutores; ligando material de arquivo do processo de tribunal (a que as autoras
foram sujeitas quando o livro foi publicado) a uma procura muito pessoal e labiríntica sobre o
amor.
SESSÃO GUIMARÃES-CAPITAL EUROPEIA DA CULTURA II
O Fantasma do Novais
Margarida Gil (2012, 90')
Na Guimarães de hoje, Ana (Cleia Almeida) tenta desesperadamente acabar um trabalho de
pesquisa sobre Joaquim Novais Teixeira, orgulhoso vimaranense desparecido em Paris em 1972.
Faltam-lhe o tempo e as forças para editar as horas de entrevistas que recolheu sobre ele, e pede
ajuda a Sofia (Maria Raquel Correia) e a Jacinto (Miguel Nunes), cujo maior empenho é dormir.
Todos se acabam por emaranhar no véu do fantasma do Novais e de se deixar seduzir por esta
figura incontornável.
Um homem do mundo, de excecional carácter e inteligência, um sedutor, um homem de princípios,
comprometido, independente e confiável. Do Novais Teixeira assim fala gente como Júlio Pomar,
Eduardo Lourenço, o filho de Luis Buñuel, Teresa Ricou, ou António da Cunha Telles. Influente
crítico de cinema e amigo das principais figuras da cultura do seu tempo, Novais Teixeira viveu
entre Espanha, Brasil e França num exílio forçado.
Num constante cruzamento entre o passado e o presente, entre a ficção e o documentário, o filme
atravessa diferentes cidades, épocas cruciais do século passado, refletindo a história do país e do
mundo através das palavras dos que o conheceram, e o recordam com saudade e incomparável
admiração.
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Segunda, 6 de Maio
Teatro do Bairro
18h00
SESSÕES PANORAMA DOCLISBOA
Aux Bains de la Reine
Maya Kosa, Sérgio da Costa (2012, 37')
Elsa regressa à terra de origem, Caldas da Rainha, em Portugal, para se encontrar com a mãe.
Através desta pequena aventura, descobrimos a cidade e as misteriosas actividades dos seus
habitantes, bem como elementos da história familiar de Elsa. Tece-se um retrato impressionista
cruzado, confundem-se os tempos, misturam-se os sonhos com a realidade.
Seems So Long Ago, Nancy
Tatiana Macedo (2012, 45')
“Primeiro desenhamos um círculo, depois dá-se uma rutura, um pequeno movimento, uma linha
de fuga, estas coisas não acontecem numa sequência, estão constantemente a acontecer ao mesmo
tempo, mas este paradoxo é “como desenhar um circulo em torno de algo e porquê?” Podemos
brincar com estas linhas, claro que depois até que ponto é que elas se dissolvem? Para tentar
ilustrá-lo posso tentar dissolver as paredes, é por isso que o som é tão importante, porque escapa,
não respeita limites. Como trabalhar com subjetividades, como as reformular ou como repensar a
subjetividade? Como é que repensamos o poder, de que forma se manifesta?” De que forma é o
corpo um microcosmos da instituição? Filmado na Tate Britain e Tate Modern, Londres.
Cinemateca Portuguesa
19h30 - Sala Luís de Pina
SESSÃO 1: ATO PRIMEIRO
Acto da Primavera
Manoel de Oliveira (1962, 90')
Representação popular do "Auto da Paixão", segundo um texto do século XVI, de Francisco Vaz de
Guimarães, apreendendo a atmosfera duma comunidade que, para além das fainas e ritmos
quotidianos, se transfigura em seus rituais ingénuos mas sinceros. Ao espetáculo, celebrado pela
Páscoa e de iniciativa própria, assistem as gentes das aldeias vizinhas, sendo antecedido por uma
apresentação, em que se enumeram as suas diversas fases... (“O Cais do Olhar”, Cinemateca
Portuguesa).
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Cinemateca Portuguesa
22h00 - Sala Luís de Pina
SESSÃO 2: MÁQUINAS DESEJANTES
Tejo Rota do Progresso
Fernando Lopes (1967, 11')
O Rio Tejo, os transportes fluviais e marítimos, a construção naval. Estaleiros da Lisnave. O
nascimento de uma obra de engenharia e de uma cidade, num trabalho que, segundo o próprio
Fernando Lopes, teve uma enorme importância para tudo o que fez a seguir.
Por um Fio
Fernando Matos Silva (1968, 13')
O trabalho da Fábrica de Cabos Eléctricos Ávila, de Diogo d'Ávila, de Alfragide, a propósito do qual
Matos Silva cria sucessivos ambientes estranhos, ficcionais, do erotismo das máquinas à quase
ficção científica. A música, um jazz progressivo, integra-se nesse jogo de forma exemplar. E parece
que o texto é mesmo escrito por Alexandre O’Neill (não creditado).
As Palavras e os Fios
Fernando Lopes (1962, 12')
A produção de cabos e fios metálicos numa grande unidade fabril, com destaque para os
componentes destinados às telecomunicações. Mas tudo isto não serve senão para associar a
palavra à imagem e à música, um trio aqui combinado de forma exemplar.
A Embalagem de Vidro
Faria de Almeida (1966, 10')
Fabrico artesanal e moderno de garrafas, copos, candeeiros a petróleo e outros objetos de vidro. As
operações técnicas destinadas a uma conveniente embalagem. Importância económica da indústria
vidreira em Portugal. Tudo isto ao som do jazz de Manuel Jorge Veloso e em frente da câmara de
um dos realizadores mais inovadores do Cinema Novo.
Arte e o Ofício de Ourives
Alberto Seixas (1968,10’)
Este é o primeiro filme de Seixas Santos, um documentário preciso e concreto onde se realça a
beleza das imagens: a utilização do fogo na modelação dos metais nobres; as fases do trabalho –
laminagem, repuxagem, soldagem, cinzelagem e acabamento; jóias, fios, filigranas, contrastaria,
enfim, a ourivesaria portuguesa nos seus motivos mais importantes, nas mãos dos seus mais hábeis
artífices. Depois deste, o realizador só fez mais um documentário. Passou para a ficção e tornou-se
um dos grandes nomes do Cinema Novo.
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A Metafísica dos Chocolates
José Fonseca e Costa (1967,18’)
Variação poético-cinegráfica construída a partir de filmagens na Regina, uma fábrica de chocolates,
e de um célebre poema de Álvaro de Campos/Fernando Pessoa, onde se diz: “Come chocolates,
pequena, como chocolates! Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates. Olha que
as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria”.
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Terça, 7 de Maio
Teatro do Bairro
18h00
SESSÕES PANORAMA DOCLISBOA
Sobre Viver
Cláudia Alves (2012, 51’)
Uma pequena aldeia chamada Regoufe, no norte de Portugal, está aparentemente condenada ao
abandono dentro de poucas décadas. No cimo da montanha dois pastores conversam calmamente
enquanto o rebanho pasta. Os poucos habitantes do lugar seguem com normalidade as rotinas da
aldeia até que sucede algo inesperado que ameaça a comunidade. Escuta-se um canto de
resistência. Três mulheres dançam entre ruínas. Um homem cego reflete sobre o futuro da aldeia.
Sobre Viver não é uma viagem pelos caminhos difíceis da desertificação. É um encontro com o
lugar e a vida, através momentos de desgraça e encanto.
O Sabor do Leite Creme
Hiroatsu Suzuki/Rossana Torres (2012, 74’)
Duas irmãs de 96 e 98 anos vivem numa velha casa no centro de Portugal, em frente da escola onde
em tempos ensinaram. Os seus cuidados repartem-se entre a casa e o quintal. O seu quotidiano,
sereno e sem pressas, é cheio de pequenos trabalhos e de memórias. Tal como os tapetes que são
bordados sem modelo nem desenho prévio, as duas irmãs não fazem planos para o futuro: ele
apenas acontece dia após dia.
Enquanto o quintal acusa o fluir do tempo, a casa parece viver com o tremular da luz e da
respiração. A doença chega sem precisar de outro aviso além da própria idade.
Cinemateca Portuguesa
19h30 - Sala Luís de Pina
SESSÃO 3: ESTÉTICA OU POLÍTICA
Num Mar de Moliço
Alfredo tropa (1966, 10’)
A colheita do moliço nas águas da ria de Aveiro. Belos planos e belas imagens num pequeno
documentário que ultrapassa a linguagem da simples reportagem de televisão, por onde este
realizador também passou.
A Cidade
José Fonseca (1968, 20’)
Évora, o espírito de uma cidade; a Sé, a Capela dos Ossos. A paisagem e o artesanato do Alentejo.
As cidades são construídas pelo povo, a classe trabalhadora que não as utiliza. As ceifeiras. Os
sobreiros. O forno do oleiro. Um filme político, no seu discurso de uma etnogenealogia pouco
coincidente com as versões do Estado Novo.
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A Grande Roda
Manuel Costa e Silva (1969,15’)
Aspetos da vida das crianças deficientes no Centro Infantil Helen Keller, em Lisboa, orientado
através de técnicas pedagógicas e lúdicas que põem em relevo os fatores afetivos das relações
humanas no grupo escolar. Documentário inovador, muito direto e próximo do seu objeto, este é o
primeiro filme dirigido por Costa e Silva – que se veio a tornar o único documentarista assumido
do grupo de cineastas do Cinema Novo.
Cinemateca Portuguesa
22h00 - Sala Luís de Pina
SESSÃO 4: CENSURA E COLONIALISMO
Angola Terra do Passado e do Futuro
António Escudeiro (1972, 17’)
Terra de aventura e de esperança. Angola lança-se à conquista da civilização e do progresso
crescente, não perdendo os traços antigos de uma civilização autóctone. A verdade é que a censura
proibiu este filme em Portugal. Será porque não se menciona a pertença a Portugal. E a guerra,
estará naquele plano do esqueleto no deserto?
Catembe + Cenas Censuradas
Faria de Almeida (1964, 44’) (12’)
Na versão original, "Catembe - 7 Dias em Lourenço Marques" incluía: reportagem de domingo
sobre a capital de Moçambique, cidade turística; inquérito de rua em Lisboa, quanto ao que as
pessoas pensam sobre Lourenço Marques; em Xipamanine, bairro pobre de pescadores, Catembe –
empregada no bar "Luso" – suscita a evocação do quotidiano dessa comunidade... (“O Cais do
Olhar”, Cinemateca Portuguesa). Nesta exibição incluem-se as cenas cortadas pela censura.
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Quarta, 8 de Maio
Teatro do Bairro
17h00
SESSÕES PANORAMA DOCLISBOA
Amanhecer a Andar
Sílvia Firmino (2012, 97’)
Um velho homem guarda uma escola ao amanhecer. Vozes de crianças ao longe cantam o hino de
Moçambique. Pela mão deste homem, Augusto, chegamos a um espaço amplo e misterioso, que os
protagonistas do filme revelarão aos poucos: Elvita, Carlos e Salim. Três vidas em movimento que
olham para o futuro sem perder a tranquila condição do presente.
Cinemateca Portuguesa
18h00 - Sala Luís de Pina
DEBATE PERCURSOS NO DOCUMENTÁRIO PORTUGUÊS: “DOCUMENTÁRIO NO
CINEMA NOVO”
Cinemateca Portuguesa
19h30 - Sala Luís de Pina
SESSÃO 5: EXPRIMENTAR, MISE-ENCENAR
O Verão Coincidente
António de Macedo (1962, 13’)
Interpretação cinematúrgica de um poema de Maria Teresa Horta, em três partes: A Manhã, A
Tarde, A Noite, que são outras tantas variações sobre o calor. O ócio, o trabalho, dias cheios de sol,
rituais de amor. (“O Cinema de António de Macedo”, Cinemateca Portuguesa).
Vermelho, Amarelo e Verde
Fernando Lopes (1966, 9’)
À palavra poética de O’Neill junta-se a poesia da imagem de Lopes, juntos compõe variações sobre
o tema do trânsito, dos sinais e da prevenção rodoviária, com Lisboa ao fundo. É um filme de
promoção, mas isso não interessa nada.
A Passagem
Manuel Costa e Silva (1971, 11’)
Um miúdo rejeita um brinquedo (objeto fictício) que lhe oferecem e parte em busca do seu
correspondente real que, no caso, é uma locomotiva, a qual funciona para ele como símbolo da
verdade. Um belo filme que conta uma história através de um trabalho rigoroso da imagem, dos
planos e da fotografia a preto e branco.
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E Era o Mar
José Fonseca e Costa (1966, 11’)
Uma variação sobre os diversos temas visuais, sociais, culturais e paisagísticos da vila de Sesimbra,
e da sua privilegiada posição em frente ao mar. Tudo a propósito do então recente Hotel do Mar, do
arquiteto Conceição Silva.
Portugal 850Km de Praias
António Escudeiro (1973, 12')
O extraordinário recorte do litoral português, de intensa luminosidade, excelente para férias.
Apresentação de vários locais de veraneio. Destaque para Sesimbra, Nazaré, Tróia, Praia da Rocha,
Cascais e Estoril.
Cinemateca Portuguesa
22h00 - Sala Luís de Pina
SESSÃO 6: NOVO OLHAR SOBRE OS LUGARES
Painéis do Porto
António Reis/César Guerra Leal (1963, 16’)
Aspetos da vida na Cidade Invicta e o seu património, em imagens sublinhadas pela leitura de
poemas e trechos literários sobre a Capital do Norte. Francisco Xavier Pacheco disse dele, na
altura: “jogo acertado dos movimentos de uma câmara irrequieta e dos ângulos de filmagem, ora
contemplando o assunto, ora procedendo a uma descrição correta, cheia de sugestões, detalhando
com oportunidade e eficácia, ora sublinhando o pormenor anedótico ou característico, ora focando
o típico sem o explorar, ora transfigurando a realidade em poesia, em símbolo, sem o trair...”.
Sever do Vouga Uma Experiência
Paulo Rocha (1971, 30’)
Experiência agrícola em Sever do Vouga. Inventário dos problemas locais: pequena propriedade,
alfaias primitivas, gado de pouca produção, má escolha das culturas, falta de formação. Fases de
resolução: mecanização, orientação da produção, cursos de iniciação, dinamização dos circuitos de
comercialização. Criação duma cooperativa. Um filme que contou com a colaboração técnica de
muitos dos que fizeram o Cinema Novo.
Festa Trabalho e Pão em Grijó de Parada
Manuel Costa e Silva (1973, 34’)
Grijó de Parada, aldeia transmontana. Situação geográfica; fabrico e importância do pão na vida da
comunidade; a festa do Natal, realizada na aldeia dentro das mais antigas tradições. Um olhar
etnográfico novo, longe do “folclore” que tanto interessava ao Estado Novo.
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Quinta, 9 de Maio
Cinema de São Jorge
19h00
SESSÕES LISBOA I
Para um Álbum de Lisboa
Faria de Almeida (1966, 14’)
Lisboa dos anos 1960, a cidade vista de um modo irónico, em alguns dos aspetos mais significativos
e pitorescos da sua existência quotidiana. O flagelo do trânsito, as obras nas ruas, o saudosismo dos
“bons tempos”. Os namorados que se refugiam nos jardins, os mirones, os que aos domingos vão à
praia. Complexidade da moderna vida urbana.
Abandonados
Júlio Pereira (2013, 8’) – ESTREIA
Em cidades cosmopolitas, onde o tempo é distorcido a cada momento, o que é velho é abandonado,
nem notamos que lá está.
Santa Maria dos Olivais
Susanne Malorny (2012, 7’)
A Freguesia de Santa Maria dos Olivais vive de contrastes. A segunda maior freguesia de Lisboa liga
a cidade com os subúrbios, o aeroporto com o rio, construção e ruína, abundância e privação,
acumulação com isolamento, vastidão e pormenor. Este filme é o retrato de um momento, do pulso
do presente num bairro que de alguma forma é absolutamente único - mas ao mesmo tempo
substituível por qualquer outro. Uma pequena homenagem aos cineastas vanguardistas dos anos
1920.
Sem Anos
Lino de Oliveira (2012, 30’)
Um documentário que mostra diferentes facetas do bairro da Bica, em Lisboa. Este filme leva-nos a
ver com outros olhos o bairro, desde o nascer do dia até ao anoitecer.
As Coisas dos Outros
Alexandra Côrte-Real (2012, 16’) – ESTREIA
Na Feira da Ladra (Lisboa), uma jovem rapariga, Alexandra, procura saber por que motivo os
vendedores se despojam dos seus objetos pessoais e o passado que eles encerram, e, como
resultado da compra desses objetos, ela própria se tornará outra pessoa, que transporta todas
aquelas histórias.
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Alfama o Típico Bairro de Lisboa
António Ruano/ Miguel Spiguel (1970, 10’)
Manhã, tarde e noite num dos bairros típicos de Lisboa, que conserva, na atualidade, uma forma de
vida várias vezes secular. Era assim a vida em Alfama nos inícios dos anos 1970.
Cinema São Jorge
21h00 - Sala 3
Rhoama Acans
Leonor Teles (2012, 12’)
Rhoma Acans é uma viagem de autodescoberta empreendida pela realizadora com o objectivo de
compreender o verdadeiro peso identitário da sua herança cigana, a partir da história da sua
própria família e do modo como ela se afasta ou aproxima da história de uma jovem cigana no seio
da tradição, Joaquina.
Aqui Tem Gente
Leonor Areal (2013, 81’) – ESTREIA
Portugal, Europa, 2011. Às portas de Lisboa, um bairro de lata está em vias de ser demolido. A
Câmara Municipal de Loures parece firme na sua decisão, mas não apresenta soluções alternativas
de alojamento. Na iminência de ficar sem teto, os moradores do Bairro da Torre organizam-se para
negociar com a Câmara e defender o seu direito à habitação, num processo com avanços e recuos,
derrotas e vitórias. As mulheres assumem um papel central na defesa da casa e da família. No
Bairro da Torre coexistem etnias sobretudo ciganas e africanas, e imigrantes que chegaram nos
anos 90 para as grandes obras do regime. A crise atirou-os para o desemprego e a miséria. Agora
batem-se pelos seus direitos e dignidade humana. Aqui Tem Gente acompanha o processo negocial,
os problemas e conflitos desta população que, embora anarquicamente, consegue organizar-se e
lutar pelos seus direitos. Levanta também outras questões. Qual o papel dos ativistas no apoio à
organização da comunidade? Que política de habitação social para o atual momento de crise?
Cinema São Jorge
23h00 - Sala 3
Faixa Negra
Cristóvão Peças (2012, 8’) – ESTREIA
Um documentário sobre uma equipa de jiu jitsu chamada Romana Jiu Jitsu, de Almada, com a
intenção de mostrar o lado filosófico desta arte marcial.
Entrado
Paulo Preto (2013, 23’) - ESTREIA
Entrado: nome masculino; indivíduo que acaba de entrar na prisão; o acabado de chegar; o que
está sempre à espera; o que não se pode esticar naquilo que diz; título de uma peça de teatro; part.
pass. de entrar.
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Johnson
Nuno Cibrão (2012, 42’)
História de vida que vale a pena ser contada. Após mais de 10 anos preso, por causa de uma vida de
drogas e de crime Johnson saiu e regenerou-se tornando-se um exemplo social na sua comunidade
onde desenvolve um trabalho de excelência com os jovens.
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Sexta, 10 de Maio
15h00 - Cinema São Jorge
Que ânsia Distante Perto Chora?
Ana Costa /Henrique Prudêncio/Sara Santos (2012, 16’) – ESTREIA
Um Poema. Uma Corrente. Uma Geração. Qual a reação da atual geração a um dos maiores poemas
do nosso país? Qual a interpretação que têm? Será que têm alguma? Neste filme, a partir do poema
"Nevoeiro" de Fernando Pessoa, remetida numa carta pelos realizadores às pessoas que têm o
futuro do país nas mãos, os espectadores são convidados a assistir às mensagens do nosso jovem
povo. De interpretação em interpretação, vai-se filtrando o que é mais importante... Ou não? Qual a
mensagem dos nossos jovens para Portugal? Será que "Está na Hora" de mudar?
Herberto
Bruno Sousa (2013, 53’) – ESTREIA
O filme apresenta-nos o Sr. Herberto, um açoriano de 92 anos que, aos 90, abriu uma fábrica de
produtos derivados da soja na ilha do Faial. Conta-nos a sua história, dividida por três continentes
diferentes, mostra-nos a relação com a sua mulher, 40 mais nova e, acima de tudo, o drama que
diariamente tem ao tentar levar avante o sonho que não se tem vindo a concretizar como havia
idealizado.
Cinema São Jorge
17h00 - Sala 3
Teles
José Magro (2012, 13’)
Teles é marcador de linhas do União Sport Clube de Baltar.
As Partes e o Todo
Levi Martins (2013, 60’)
O quotidiano de Humberto Machado, 82 anos de idade, divide-se entre o convívio, a agricultura e o
teatro. Durante três anos, Levi Martins regista as suas conversas em almoços e jantares, os seus
trabalhos na horta e as suas participações em peças de teatro. Surge entre ambos uma amizade que
os leva a partilhar uma mútua preocupação: continuar a pensar a relação que deve existir entre o
interesse individual e o interesse coletivo, numa busca incessante por conciliar o pensamento com
a ação.
Thierry
Rodrigo Lacerda (2012, 17’)
Thierry é um jovem francês que vive em Londres. É gay, trabalhador do sexo, ator porno ocasional,
ativista LGBT e o presidente da delegação dos trabalhadores do sexo do terceiro maior sindicato do
Reino Unido. Possui uma licenciatura em História e concluiu recentemente um mestrado em
British Women History na London Metropolitan University. Está a planear poupar dinheiro para
fazer o doutoramento. Este filme é constituído por dois dias na sua vida.
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Cinema São Jorge
19h00 - Sala 3
Um Rio Chamado Ave
Luís Alves de Matos (2012, 23’)
Este filme constrói-se numa viagem contínua entre o passado e o presente. Num sentido de
impermanência, como a condição natural do rio e do homem. Num voo rasante sobre as suas
águas, desde o seu início nas montanhas até à sua foz, assistimos às consequências da indiferença
do homem para com a natureza. Mas o rio resiste. Pois tudo o que é profundo se revela à superfície.
Monsantempo
Tarek Raffoul (2013, 11’) – ESTREIA
Monsanto é um lugar tranquilo e calmo, onde cada dia é um ciclo da mesma rotina e hábitos, quase
como um trabalho de relógio. Este será um documentário metafórica descritiva onde a câmara vai
nos mostrar a vila, a sua paisagem, entranhas e detalhes.
Cinzas, Ensaio Sobre o Fogo
Pedro Flores (2012, 18’)
Gerês, Portugal. Os dias nascem com o fogo e morrem com ele. Os homens renovam a terra com
práticas ancestrais. Todos os seres habitam o mesmo lugar.
Terra
Pedro Lino (2013, 12’)
“Um deus de cornos e testículos, que, depois de cada chega e de cada vitória, a gratidão dos fiéis
cobre de palmas, de flores, de cordões de oiro e de ternura. Um deus que a devoção adora sem
pedir outros milagres que não sejam os de força e da fecundidade, provados à vista da infância, da
juventude e da velhice. Um deus eternamente viril, num paraíso sem pecado original”.
Miguel Torga, Diários, 1968
Cinema São Jorge
21h00 - Sala 3
A Rapariga do Cabelo Vermelho
Catherine Boutaud (2012, 17’)
“O meu aparelho faz parte do meu corpo e nunca tratei tão bem um objeto como ele. É como se
tirasse um braço postiço e o deixasse na mesa para pintar as unhas. É desta forma que vejo o meu
corpo.”
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Chã de Cricket
Pedro Faria (2012, 26’) – ESTREIA
Em Chã de Cricket atravessamos diversos espaços noturnos da ilha de São Vicente (Cabo Verde)
observando quem naquele momento os habita.
O Dormitório
Vanessa Fernandes (2011, 15’)
Dormimos, acordamos. Repetimos ações em ciclo. Comemos, dormimos, acordamos. Atravessamos
o Tejo, comemos, dormimos, acordamos. – Quando a luz cai e a grande cidade dorme, o que
acontece na cidade dormitório? Há quem sofra de insónias, há quem cambaleie a contrariar o sono.
E há uma parte da cidade que não quer ser acordada.
Cinemática
João Costa/Rui Falcão/Harro Rannamets (2012, 6’)
A captura do vibrar da cidade desde que acorda até repousar, num exaustivo pára-arranca,
possuído pela pontualidade das deslocações. Um formigueiro de gente, carros, motas, bicicletas,
comboios, que rapidamente resultaria em tumulto não fosse a sua colisão evitada no mais básico
jogo de sinais luminosos: vermelho – passagem proibida; verde – passagem permitida.
Cinema São Jorge
23h00 - Sala 3
No Green, No Blue
Marta Alvin (2011, 14’) – ESTREIA
- “Is it real what’s on the the outside?”
No Green No Blue reflete sobre o impacto dos valores sociais, na forma como estes alteram a noção
de tempo, de espaço e o papel que cada indivíduo desempenha na sua própria vida e
consequentemente na sociedade. Sugerindo diferentes olhares, o som e a imagem alternam entre o
sonho e a realidade ou entre o consciente e o subconsciente, numa narrativa que, de forma
metafórica, revela o poder e a fragilidade do Homem num mundo onde ele próprio se vê como o
sistema.
Learning From Macau #1_#2
José Maçãs de Carvalho (2011, 35’)
Quatro obras de arquitetura de Manuel Vicente e a ausência de uma outra, em Macau.
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O Sortudo
Zimu Zhang (2013, 14’) – ESTREIA
Em busca de uma mulher perdida chinesa. Eu sou uma estudante chinesa e encontrei várias
comunidades chinesas, aonde acontece um mistério local, não só sobre um indivíduo mas sobre
todo o grupo de imigrantes.
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Sábado, 11 de Maio
Cinema de São Jorge
15h00
Cossé, 16h
Gil Ramos (2012, 13’)
São quatro da tarde, mas podiam ser oito da manhã. Aqui, o tempo não importa e a rotina diária é
feita de pequenos e contundentes gestos. Destemidos, os aldeões seguem o seu rumo sem que,
aparentemente, nada os demova de cumprirem o seu destino. O ritmo da vida é, nesta atmosfera
inebriante, o ritmo do sol e da água. Nada fica ao acaso e tudo flui com a maior das naturalidades.
Aqui é Cossé e o relógio marca 16 horas.
Bafatá Filme Clube
Silas Tiny (2012, 77’)
Em Bafatá na Guiné-Bissau, Canjajá Mané antigo operador de cinema e guarda do clube da cidade,
repete os mesmos gestos há cinquenta anos. Mas atualmente o cinema está fechado e não existem
espectadores. Dos seus tempos como trabalhador do clube até aos nossos dias, restam apenas
recordações. Na cidade, somente as pedras, árvores e o rio resistiram a erosão do tempo. E com
eles, algumas pessoas, que ficaram para perpetuar na memória do mundo e dos homens, que ali já
viveu gente. São essas pessoas por quem Canjajá procura e espera pacientemente até hoje.
Cinema São Jorge
17h00 - Sala 3
SESSÃO TELEVISÃO: EXPERIMENTAR OU NORMALIZAR + DEBATE
A Fábrica
Mariana Bártolo (2012, 30’) - ESTREIA
Filme realizado no âmbito da reconstrução da Fábrica de Fiação e Tecidos de Santo Tirso, patente
na exposição permanente do Centro Interpretativo da Fábrica de Santo Thyrso. Reflecte sobre o
passado da emblemática fábrica do Vale do Ave e sua recente reconversão num polo de Indústrias
Criativas, através das memórias de antigos trabalhadores e do questionamento da noção de
criatividade.
Vítor, Fecho da Fábrica
Cândida Pinto (2012, 25’)
Este documentário intimista mostra o impacto da crise económica no tecido empresarial
português. Durante meses seguiu a vida de um pequeno empresário português, Vítor Rita, obrigado
a fechar a unidade têxtil que o pai ergueu há vários anos. Vítor | Fecho da Fábrica mostra um
encerramento por dentro e reflete as dificuldades do tecido económico português ainda mais
afetado com os efeitos da globalização. Sem trabalho e com uma família a cargo este filme
acompanha o desenrolar da história de Vítor com um final atual mas inesperado.
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Paisagens de Papel
André Pisca/Pedro Almeida (2012, 12’)
Numa região marcada pelo abandono e pela desertificação, há algo que teima em tapar o horizonte.
Para além das fábricas, uma delas com mais de 100 anos de história, há mais vestígios para além de
uma aparente solidão.
Cinema São Jorge
19h00 - Sala 3
SESSÃO LISBOA II
225, Rua da Rosa
José Ricardo Lopes (2012, 9’)
Três anos duraram aquela relação. Ele cuidava dela e estimava-a. Ela era o seu porto de abrigo e
protegia-o. 225, Rua da Rosa é um docudrama autobiográfico inspirado na teoria do eterno retorno
de Friedrich Nietzsche, que mostra a verídica história de amor entre um rapaz e a sua casa.
Domingo à Tarde
Cristina Ferreira Gomes (2012, 65’)
Um grupo de jovens paquistaneses reúne-se, todos os domingos à tarde, para jogar críquete num
dos lugares mais emblemáticos de Lisboa: a Alameda D. Afonso Henriques. Quem são estes rapazes
que mal falam português? Como vivem e o que fazem no seu dia-a-dia? Como olham e pensam
Portugal, a Europa, tão diferentes do seu país de origem? Domingo à Tarde segue o dia-a-dia destes
imigrantes, espreita os seus mundos, o que pensam do país em que vivem e do lugar que deixaram.
A partir da vivência dos jogos, vamos descobrir estes jovens que convivem nos espaços públicos da
cidade, mas fazem parte de um tecido social quase desconhecido.
Cinema São Jorge
21h00 - Sala 3
SESSÃO DE ENCERRAMENTO
Almada–Negreiros, Vivo, Hoje
António de Macedo (1969, 23’)
José Sobral de Almada Negreiros, um dos maiores artistas contemporâneos. Faleceu em 1970, com
77 anos, tendo sempre mantido o espírito e a criatividade tão jovens, como na época em que
escandalizou com os seus poemas, desenhos e, sobretudo, com o violento e demolidor "Manifesto
Futurista às Gerações Portuguesa do Século XX". Entrevista registada em preparação prévia.
Vitrais da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, Painéis da Fundação Calouste Gulbenkian e da Gare
Marítima, Frontaria da Faculdade de letras. Rodagem e sequência de "Deseja-se Mulher". (“O
Cinema de António de Macedo”, Cinemateca Portuguesa).
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27 Minutos com Fernando Lopes Graça
António-Pedro Vasconcelos (1969, 27’)
Filme assinado coletivamente e primeiro marcadamente não publicitário em que participou
António-Pedro Vasconcelos, em que é já possível detetar alguns dos traços que vieram a enformar a
sua obra.
Sophia de Mello Breyner Andresen
João César Monteiro (1969, 17’)
O primeiro filme de João César Monteiro é sobre a vida e a obra de Sophia de Mello Breyner
Andresen. Aspetos do quotidiano da poetisa: ambiente familiar, férias na praia, depoimento
pessoal. Jorge Leitão Ramos disse: "No chamado documentarismo do Cinema Novo não há outro
filme como este. Reivindica, à partida, o direito à diferença (num genérico dito pelo autor que,
assim, duplamente se inscreve no filme e aponta, desde logo, o ouvir como dimensão basilar do seu
cinema). E João César Monteiro afirmou: “No que ao meu filme diz respeito, suponho que, antes
do mais, ele é a prova, para quem a quiser entender, que a poesia não é filmável e não adianta
persegui-la”.
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Informações de Bilheteira
CINEMA SÃO JORGE
Bilhete: 3€
Menores de 25, Maiores de 65, Funcionários CML, Sócios Apordoc: 2,5€
Grupo (mínimo 10 pessoas): 1,5€
Estudantes: 1,5€
Bilhete Diário: 6€ (apenas no Cinema São Jorge)
Horário da Bilheteiras: das 13h00 às 22h00.
Não é possível a reserva de bilhetes.
www.cinemasaojorge.pt
Av. da Liberdade, 175
1250-141 Lisboa
CINEMATECA PORTUGUESA
Bilhete: 3, 20€
Estudantes/Cartão Jovem, Reformados e Pensionistas - >65 anos:2,15€
Amigos da Cinemateca/Estudantes de Cinema: 1,35€
Marcação de Bilhetes: tel. 213 596 262
Horário da Bilheteira: seg.sáb., 14h30 - 15h30 e 18h00 - 22h00
www.cinemateca.pt
Rua Barata Salgueiro, 39
1269-059 Lisboa
TEATRO DO BAIRRO
Bilhete: 3€
Menores de 25, Maiores de 65: 2,5€
Estudantes, Sócios Apordoc, Grupo (mínimo 10 pessoas): 1,5€
Horário da Bilheteira: das 16h00 às 18h00.
Não é possível reserva de bilhetes.
www.teatrodobairro.org
Rua Luz Soriano, 63
1250-141 Lisboa
Contacto Imprensa
Helena César - Speak
[email protected]
21 343 22 34
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Ficha Técnica
Organização
Panorama –Mostra de Documentário Português
Câmara Municipal de Lisboa / Direcção Municipal de Cultura/ Divisão de Arquivo Municipal
Videoteca/ Arquivo Municipal de Lisboa
Apordoc - Associação Pelo Documentário
Parceria Estratégica
EGEAC - Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural
Co-Produção
Cinema São Jorge
Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema
Apoio
ICA Instituto do Cinema e do Audiovisual
Equipa Panorama
Programação Central
Fernando Carrilho
João G. Rapazote
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Programação Percursos no Documentário Português O Documentário no Cinema
Novo Português
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João Rapazote
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Vasco Costa
Apoio à Direcção de Produção
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Comunicação e Assessoria de Imprensa
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Identidade Gráfica
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Website
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Gestor Adjunto
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Assistente
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Comunicação
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Directora
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Sub-director
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