de volta ao glamour do new look! -156

Transcrição

de volta ao glamour do new look! -156
R$14,00 Ano5 Nº6 Junho/2013
www.extrabella.com.br
ANOS 50 E 60
NOS DIAS DE HOJE
DE VOLTA AO
GLAMOUR
DO NEW
LOOK! -156
A ORDEM
AGORA É SER
MUITO FEMININA
SEXY LADY
LANÇAMENTOS
MAIS ESPERADOS
E BEST-SELLERS
INTERNACIONAIS
+
ESPECIAL
PERFUMES
ÓCULOS E
RELÓGIOS
+
FIQUE DE
OLHO E NÃO
PERCA TEMPO.
USE JÁ!
JULIA
IN LOVE
JULIA ROBERTS
EM SEU MELHOR
MOMENTO
CELULITE FREE
+FUNCIONAM
TRATAMENTOS QUE
MESMO.
QUEM FEZ CONTA!
it people
Repórter Avant Garde
O mundo encantado de
Jum Nakao
As criações de sonho do
designer.
De primeira!
A segunda marca de Lino
Villaventura.
40 Anos de Cavali.
Comemoração de primeira.
Homem
Beleza
O rei do street
Alexander Wang aumenta
a sua linha T.
Atitude
Sumário
Talitha Getty
O ícone da moda soho
wchic.
Guerra declarada
Acabe com a celulite
94
100
104
107
112
136
Javier Bardem
O ator está mais apaixonante que nunca.
142
Anos incríveis
O sucesso da série Mad
Men
147
156
Anos 50 e 60 nos dias de
hoje
dar apoio a elas pelos mil
anos”. Nesse ponto da noite, com a névoa do Pacífico
ao redor do restaurante, as
confissões chegam fácil, em
uma intimidade do tipo que
acontece entre estranhos em
uma longa viagem noturna
de avião ou ônibus. Nós nos
pegamos falando a respeito da forma inesperada que
a vida é capaz de
assumir e que a
“Quero que meus
gente só vai entender muitos anos
filhos saibam quando
depois. “Quando
estou brava, quando estou
você acaba em um
feliz,
feliz. O rosto da gente conta casamento
percebe que até os
uma história”
relacionamentos
malfadados
trabalharam lindamente para
fazer você chegar até ele”,
diz a atriz. “Acho que Julia
passou a vida toda buscando algum tipo de paz”, diz
o ator Richard Jenkins, que
vive o texano que contracena com ela na parte indiana
de Comer, Rezar, Amar. “E
agora ela percebe que encontrou e se sente grata.”A
família de Julia é o bastião
contra o mundo superficial
de Hollywood. A atriz está
naquele universo, mas não
faz parte dele. Seu “casulo
de amigas”, como ela coloca, vem do backstage do
cinema. São as esposas dos
colegas e dos amigos do marido. “As pessoas acham que
a vida é de algum modo diferente para um ator”, diz.
“Elas projetam um contexto
“É uma pena
mais radical sobre a gente:
vivermos em uma
ou sou absolutamente infeliz ou nunca fui tão feliz,
sociedade tão
ou estou totalmente apaixonada ou completamente
dismorfa, em
desencantada com o amor...
que as mulheres
Mas todo mundo passa pelas
mesmas coisas.” Eu me lemnem se dão a
bro de uma frase que Ryan
oportunidade de
Murphy me disse a respeito
de Julia: “Ela não tem o nar-
ver o rosto com
mais idade”
cisismo que a maior parte
das atrizes tem. Na Índia, as
mulheres, nos
menores vilarejos, sabiam
quem ela era porque tinham
assistido a Uma Linda Mulher. E ela segurava a mão
delas e conversava sobre os
filhos. Seu dom é a empatia”.
Durante a entrevista, quando não estava tirando uma
da minha cara, ela perguntava sobre os meus irmãos,
a minha vocação, os meus
livros preferidos, a minha
vida amorosa e até o meu
signo (“Eu sou de Escorpião”, ela diz, “mas não do
tipo que dá vontade de matar.”). Falo a ela sobre caminhar no bosque do Bronx,
pássaros negros, pântanos.
Ela me fala de sua fazenda
no Novo México, do deserto,
de seu casamento.
Assuntos comuns, de pessoas comuns... Parece que Julia deseja que todos fiquem
bem, até mesmo uma pessoa
que estará com ela apenas
uma noite, como é o meu
caso. Ela se inclina para bem
perto do gravador e deixa
um recado inesperado para
a minha namorada: “Case
com ele”. Parece que ela não
deseja que eu fique à deriva. E diz: “Não foi Sócrates
quem disse que, para a vida
de um homem ser completa,
ele precisa fazer três coisas:
escrever um livro, construir
uma casa e criar um filho?”
Sócrates disse isso? Não faço
ideia. Mas foi o que Julia
Roberts falou antes de partir
pela noite da Califórnia.
175
Viagem
Star
168
Julia in love
Julia Roberts em seu melhor
momento.
172
Moda
Especial óculos e relógios
Para todas as ocasiões.
Be a lady!
Especial perfumes
Nova fragrâncias e embalagens.
Jogo de dama
Saia rodada, cintura marcada…
Ela neosurf
Peças inspiradas nas roupas
das mulheres surfistas
Décor
seu colega espanhol Javier
Bardem de fazer um sotaque
brasileiro convincente. “Nós
nos conectamos por meio do
humor”, diz Bardem. “Algumas palavras são engraçadas
para ela. A maneira como
eu digo enlightenment (iluminação). Ela passava o dia
inteiro fazendo piada com
aquela palavra.w Existe uma
relação bacana da mulher
que faz piada com o homem
e do homem que gosta do
fato de a mulher fazer piada
com ele. Significa que ela se
importa com você.” Bardem,
por sua vez, gostava de fazer
Julia dar risada ao se fingir
de Al Pacino.Menciono um
artigo que li em que diretores de elenco reclamam de
estar tendo dificuldade para
encontrar atores que não
acabaram de fazer aplicação
com toxina botulínica, limitando suas expressões. “É
uma pena vivermos em uma
sociedade tão dismorfa, em
que as mulheres nem se dão
a oportunidade de ver o rosto com mais idade”, diz Julia. “Quero ter ideia de como
vai ser minha aparência
antes de corrigir as imperfeições.” E completa: “Quero que meus filhos saibam
quando estou brava, quando
estou feliz. O rosto da gente
conta uma história”, reflete.
“E não deve ser a respeito do
seu trajeto até o consultório
do médico.” Envelhecer, ela
afirma, “é uma combinação
de genética e de apoio cheio
de amor – ou da amiga que
diz: ‘Porra, você está de piada?’ Ficar mais velha e encarar a mortalidade abriga
os medos adequados para
mim. Mas os meus medos
estão mais ligados ao fato
de ser mãe. A gente faz essas pessoas e as ama e quer
que fiquem perto de você
mil anos e quer estar lá para
Goumert
“Quando você
acaba em um
casamento feliz,
percebe que
até os relacionamentos malfada
dos trabalharam
lindamente para
fazer você chegar
até ele”
de personalidade que a câmera reconhece primeiro e a
massa adora. Estima-se que
os filmes dela tenham arrecadado mais de 2,3 bilhões
de dólares. Talvez para se
adiantar às críticas, Julia
censure sua falta de técnica
de atuação sempre que eu
pergunto a respeito de escolhas que ela fez em uma
cena específica. “Eu não tenho técnica”, ela diz. “E não
tem nada mais chato do que
atores que se reúnem para
falar de atuação.”
Mas ela completa: “Se alguém chegasse para mim e
dissesse que sabe exatamente o que eu estou fazendo,
eu imploraria para que nunca me explicasse porque eu
poderia acabar com tudo em
segundos”. É verdade que
o carisma de Julia é monumental, diz Ryan Murphy,
diretor de Comer, Rezar,
Amar e criador da série de
TV Glee, mas ele argumenta
que seu talento de atriz não
pode ser subestimado. “Ela
conhece cada luz, cada ângulo. Nunca fiz mais do que
dois takes com ela. Se eu dizia: ‘Quero que você chore e
que a lágrima chegue até o
meio da sua bochecha’, ela
respondia: ‘Sem problema’.
Ela é tecnicamente brilhante.” Existe um quê de moleca em
Julia — ela solta a todo momento a risada que ouvi tantas vezes em filmes, aquela
gargalhada que as pessoas
acham que ela força, da mesma maneira que acreditam
que criou seu sorriso.
Ela é o tipo de garota capaz de andar com meninos,
brincar com eles e, então,
surpreendê-los com o fato
de ter se transformado em
uma linda mulher. No set de
Comer, Rezar, Amar, Julia se
deleitou com o esforço de
Sagrada Catalunha
O charme da região dividida entre a França e a
Espanha.
179
211
226
236
Estilo Máximo
O olhar do francês Ora-Ito
260
Le Chef
Chico Ferreira faz comida francesa sem frescura
264
Star
R
R
E
U
G
Você, como 99% das mulheres, deve
ter — adivinhe? — celulite. Antes de
escolher os biquínis e os maiôs da
temporada, leia os depoimentos de
quem luta contra o problema e está
ganhando a batalha.
Se quase todas somos atingidas por esse mal, a solução
é identificar as causas e enfrentá-las com tudo que temos
à disposição, concorda? Você já deve saber, mas não custa
relembrar: predisposição genética, alterações hormonais,
uso de anticoncepcionais, sedentarismo, stress, tabagismo e
maus hábitos alimentares – ufa! – são fatores que causa
o efeito de casca de laranja. Vamos ser sinceras: não dá
para se livrar completa e definitivamente da celulite,
mas é possível amenizar sua aparência. Para isso, nada
melhor do que agir em várias frentes. Sim, continuam
valendo alimentação saudável, exercícios físicos regulares,
cremes específicos e tratamentos com aparelhos – tanto
os já consagrados como os novos, que prometem combater
com mais eficácia os terríveis furinhos. Veja a seguir as armas
usadas por algumas mulheres contra a inimiga.
Por Manuela Biz e Bel Ascenso / Fotos Paul Empson/Elin Skohagen/IMG
Comer, Rezar, Amar é uma história corajosa de auto descobrimento: uma relação e um casamento
desastrosos, que são redimidos
por meio de muita comida na Itália, meditação na Índia e, finalmente, amor em Bali — ao lado
de um brasileiro atencioso e de
coração partido, que diz coisas
como: “Quantas vezes mais eu
vou ter que dormir antes de você
voltar para mim?”, “Estou gostando de me apaixonar por você,
querida” e “Parece tão natural,
mas, na verdade, não me sinto
assim em relação a ninguém há
quase 30 anos”. O filme é fiel ao
quociente de romance de conto
de fadas do livro. Mas, de acordo com Gilbert, Julia foi esperta
em mudar o foco da narrativa de
uma busca espiritual para uma
história a respeito de como é difícil superar uma desilusão amorosa. “Afinal, por quanto tempo
dá para ver uma pessoa meditando?”, disse a escritora.A história,
em muitos aspectos, faz paralelo
com a própria trajetória de Julia.
Quando seu agente lhe enviou o
livro de Gilbert, a atriz estava feliz no casamento e tinha acabado
de ter um filho. E, apesar de “estar determinada a não gostar de
uma coisa só porque todo mundo
gosta”, ela se sentou na frente da
janela para ler e se apaixonou.
Talvez tenha se apaixonado por
aquilo que milhões de mulheres
adoraram no livro. Comer, Rezar,
Amar fala sobre ser fiel a uma
voz interna que faz a gente fugir
de uma relação ruim, que nos
permite comer muito macarrão,
que sanciona a busca solitária
pela sabedoria e que acaba com a
chegada de um amor duradouro.
“Você reza hoje em dia?”, pergunto. “Rezo sim”, ela responde.
Julia explica que seus pais se divorciaram quando ela era pequena. “A minha mãe era católica,
e meu pai, batista. Eu aprecio o
catolicismo – me faz pensar em
ovos mexidos e rosquinhas esfareladas. Mas a quietude, a reverência silenciosa, não é isso que
eu sou. Então, a ideia batista – o
apreço expressivo pela reunião,
pela comunidade – é o que eu
entendo. Envolver-me na vida
espiritual com os meus filhos
faz todo o sentido desde que esses dois elementos estejam presentes.” “Que vida espiritual é
essa?” “É muito hinduísta”, ela
responde e se inclina na minha
direção para mostrar os colares
hindus que tem ao redor do pescoço. “Em família, nós vamos ao
templo e entoamos mantras e rezamos. Posso dizer que sou uma
hinduísta praticante”, diz. Na
cosmologia hinduísta, o Universo é criado e destruído de maneira perpétua, algo parecido com a
carreira dos atores de Hollywood.
A alma pode renascer em dúzias
de outros corpos. Julia observa a
filha, por exemplo, e sente a presença de outra alma, mais velha.
“Hazel se senta de um jeito específico”, ela diz, “e eu sei que há
alguém ali que eu não tive o prazer de conhecer, que tinha o costume de se sentar daquele jeito.”
A atriz não hesita quando pergunto se ela se lembra de alguma
vida passada. “Com certeza, fui
uma camponesa revolucionária”,
fala com a mesma naturalidade
de alguém que descreve o trajeto de casa para o trabalho. Talvez
seja mais preciso dizer que a primeira religião de Julia é o ofício
de atuar. Levando em conta sua
família, ela entrou no ramo com
naturalidade, como se tivesse
sido criada em uma trupe de ciganos ou funcionários de parque
de diversões. Hoje, aos 42 anos,
está com a idade do pai quando
ele morreu. Na época, ela tinha 9
anos. Foi criada em Smyrna, no
estado da Geórgia. Seu pai vendia aspiradores, e a mãe era se-
cretária e depois virou corretora
de imóveis. A paixão da família,
no entanto, era o teatro, e a mãe
gerenciava uma oficina de atores
em Atlanta. Ela acredita que o
pai iria se orgulhar dela: “Ficaria
maravilhado de me ver no show
business, mas ele tinha objetivos
mais elevados. Era mais literário,
escritor”. Julia é a mais nova de
três irmãos. Quando adolescente, conta, não foi nem um pouco rebelde. Aliás, ela se descreve
como “adequadamente passiva”.
Não fez teatro no ensino médio,
mas se apaixonou por atuação
depois que um professor passou
o filme Becket, o Favorito do Rei
(1964), com Richard Burton e Peter O’Toole. Depois de terminar
a escola, foi atrás da irmã, com
quem tinha dividido o quarto em
casa durante 12 anos, em Greenwich Village, Nova York, onde
alugaram um apartamento em
King Street. Julia
trabalhava na loja Athlete’s Foot
da Broadway com a 77th Street.
Ela não frequentou um curso de
atuação, mas não demorou muito até causar sensaçãoem Três
Mulheres, Três Amores (1988),
como uma moça do interior que
trabalhava em uma pizzaria. Então, em 1990, assumiu o papel
que faria sua fama, o da prostituta divertida e de coração aberto
que se relaciona com o executivo
de classe alta representado por
Richard Gere em Uma Linda Mulher – performance que fez o historiador do cinema David Thomson classificar a personagem dela
como “o tipo de prostituta adorável que qualquer homem de
respeito poderia levar à ópera e
mandar para a faculdade”.O consenso, desde então, é o de que
Julia está na lista dos atores americanos – com Tom Cruise – que
se conectam diretamente com o
público, utilizando uma força
173
Beleza
N
Julia in
Love
Como a protagonista de
Comer, Rezar, Amar, Julia
Roberts esbanja
carisma e parece ter entrado definitivamente na melhor fase da sua vida.
Will Blythe /
Fotos
Tom Munr
ão são muitas as atrizes
que chegaram ao patamar de Julia Roberts.
Linda, carismática e segura,
ela é capaz de arrastar multidões às salas de cinema independentemente do filme.
Imagine, então, quando a história é a adaptação de um best-seller mundial? O livro Comer, Rezar, Amar, de Elizabeth
Gilbert, figurava havia tempos
no primeiro lugar das listas
de mais vendidos em todo o
mundo quando anunciaram a
versão cinematográfica dessa
história de autodescobrimento. E quem melhor para viver
a protagonista do que Julia? O
ex-marido da escritora,
Michael Cooper, que prepara
sua resposta sobre a própria
iluminação pós-casamento no
livro Displaced, deve
estar queimando neurônios
para encontrar um ator à altura para fazer contraponto a
Julia – isso, claro, se sua história também acabar indo para
as telonas. Estamos em Malibu, em um restaurantezinho
na Pacific Coast Highway, perto da casa de Julia. Nem bem
começo a entrevista, chega
uma mensagem de texto do
marido da atriz, o diretor de
fotografia Danny Moder, que
ela conheceu no set de A Mexicana, em 2000.Eles têm três
filhos, Phinnaeus e Hazel,
gêmeos de 5 anos e meio, e
Henry Daniel, 3. “Temos sorte de nos amarmos tanto que
explodimos e formamos mais
três pedaços”, conta. Então, lê
a mensagem em voz alta: “Sinto muito saber que seu dia foi
tão ruim (ela, de fato, chegou
meio irritada, vindo de uma
longa sessão de fotos), queria
estar com você”. Quer dizer
que vocês são o tipo de casal
que troca mensagens de texto o tempo todo? “Não. Normalmente, nós só ficamos nos
agarrando”, ela diz. “Mas ele
está em Toronto, trabalhando
em um filme.”
ADeclarada
Drenagem linfática + Pilates
Creme + Drenagem + Estimu- Exercícios Aeróbicos + Creme
lação Russa
“Tenho furos visíveis, aqueles
“Não vivo sem drenagem linfáti“Sempre apelei para um milhão
de coisas para combater o efeito de
casca de laranja e acho que compensa. Costumo investir em bons
cremes, como o da Adcos, para
usar diariamente e em sessões semanais de drenagem linfática. Já
me submeti à estimulação russa,
duas vezes por semana, por um
mês, em um ‘projeto verão’. O
38 anos, relações-públicas, Porto tratamento deixou a musculatura
Alegre
das minhas pernas mais definida e diminuiu muito a flacidez.
A intensidade da corrente elétriCircuito + Estimulação Russa ca do aparelho de estimulação é
regulável, então não sofri durante
+ Creme
“O primeiro passo para atacar o tratamento.”
as ondulações nas coxas e no Daniela Cardoso, 33 anos, publicbumbum foi aderir a um treino itária, Porto Alegre
em uma academia especializada
em circuito. A aula tem apenas
Velashape
30 minutos, mas é muito intensa, não se para um minuto. Os Apesar de ser magra e fazer
exercícios são repetitivos, nada musculação três vezes por semdivertidos, mas valeu! Em um ana, os furinhos teimavam em
mês, perdi 3 kg. Parti para a se- aparecer na parte interna das
gunda etapa: ganhar tônus. Fiz coxas. Optei pelo aparelho Vedez sessões, duas ou três vezes lashape por indicação do meu
por semana, de estimulação rus- dermatologista. O programa,
sa, que não doeu, pois a inten- com oito sessões de 40 minusidade dos choques é controla- tos, cada uma, me surpreenda. Depois de tudo isso, percebi deu — tive 80% de melhora!
a redução de quase 70% na celu- Não senti dor e vi a diferença
lite de coxas e glúteos e ganhei a partir da sexta visita à clínifirmeza nas pernas. Também uso ca. Também gostei do efeito
diariamente o Bye Bye Celulite, Cinderela que o equipamento
da Nivea, para melhorar a textu- dá — a pele fica firme —, ideal
para o dia em que a gente quer
ra e a firmeza da pele.”
de fora.
Laila Cury, 22 anos, estudante, deixar as pernas
ca. A diferença no inchaço do
corpo, depois de cada sessão, é
muito grande e as ondulações,
antes bem pronunciadas, foram
amenizadas depois de seis visitas à terapeuta corporal. Para
estimular ainda mais o efeito
na região das pernas e dos glúteos, pratico pilates duas vezes
por semana.” Alessandra Hruby,
São Paulo
que aparecem mesmo sem pressionar a pele. Já tentei de tudo,
mas percebi que o que conta é
ser metódica. Vou à academia
três vezes por semana e combino 30 minutos de exercícios
aeróbicos com um treino específico para pernas e bumbum.
Outro fator importante é usar
os cremes de tratamento e não
deixá-los no armário. Não sou
fiel a marcas, mas os produtos
da Nivea e L’Oréal Paris têm um
ótimo custo/benefício. Alternei
os dois por duas semanas, todos os dias, de manhã e à noite, e minha pele ficou 50% mais
firme e lisinha. Quando paro de
usar, o aspecto casca de laranja
volta.”
Juliana Aprigio de Oliveira, 30
anos, professora, São Paulo
Dieta + Manthus + Velashape
“Estou seguindo uma dieta com
o objetivo de queimar gordura e
diminuir os furinhos que apareceram por causa do aumento de
peso. Para acelerar o processo,
fiz um pacote de oito sessões
com o Manthus, que não me
causou dor, só um leve aquecimento. Não acreditava muito
em aparelhos, mas, por sugestão
da minha dermatologista, decidi experimentar e gostei. Agora
resolvi incluir no meu programa
outro aparelho, o Velashape Na
Claudia Costa Almeida, 29 anos, segunda sessão (preciso fazer
defensora pública, Belo Horizonte mais seis), percebi uma redução
136
Beleza
no aspecto de casca de laranja e Massagem + Carboxiterapia +
senti a pele do bum bum e das
Manthus
coxas mais firme.”
“Tento fazer pelo menos uma sessão
Cecília Freitas, 30 anos, advogada,
de massagem modeladora ou uma
Rio de Janeiro
de drenagem linfática uma vez por
semana e uso diariamente o creme
Manthus + Spinning
redutor da Adcos para amenizar as
“Depois de ter meus dois filhos, ondulações no bumbum e nas peros furinhos se acentuaram, assim nas. Já experimentei sessões de carcomo a flacidez e a gordura local- boxiterapia em uma clínica – a pele
izada. Meu problema é a falta de ficou lisa, mas, depois de um mês,
tempo para cuidar do corpo. Em resolvi parar porque o método era
um mês de tratamento, fazendo muito dolorido. Na verdade, o que
duas sessões semanais com o apa- mais gostei foi fazer um pacote de
relho Manthus, aliadas à prática oito sessões, combinando Manthus
de spinning duas vezes por sema- com drenagem linfática. Não senti
na, minhas roupas ficaram folgadas nenhuma dor, só um leve formigae o tônus muscular aumentou mui- mento, e tive a redução de 80% de
to e mais rápido, principalmente flacidez e celulite!”
nas coxas e no bumbum. Senti um Marina Amaral, 25 anos.
pequeno desconforto com o equi- Advogada, São Paulo.
pamento, mas valeu a pena.”
Nagila Godinho, 40 anos.
Advogada, Belo Horizonte.
Velashape
Associa a luz infravermelha
com radiofrequência bipolar e
sucção para quebrar as moléculas de gordura pelo calor. Há
uma versão mais nova, o Velashape Plus, com potência maior.
Sessões: de oito a 12, duas por
semana. Preço por sessão: 300
reais.
Estimulação Russa
Também conhecida
como corrente russa,
é um estímulo elétrico com intensidade
regulável, que causa
a contração dos músculos. Ativa
a microcirculação, amenizando
o aspecto da celulite, e dá firmeza à região de glúteos, coxas e
abdômen. Sessões: pelo menos
dez, duas ou três por
semana. Preço por pacote (dez
sessões): a partir de 400 reais.
137
Manthus
Esse equipamento computadorizado utiliza terapias combinadas — um potente emissor de
ultrassom, que quebra as células
de gordura, e a corrente elétrica, para estimular a ação dos
vasos linfáticos. Sessões: são
necessárias cerca de oito, uma
ou duas por semana.
Preço por sessão: a partir de 300 reais.
Carboxiterapia
Injeção de gás carbôni-
co na camada subcutânea da pele, com o objetivo de
aumentar a circulação, reduzir a
gordura e eliminar líquidos. Para
minimizar a dor, há uma versão
do tratamento com gás aquecido.
Sessões: de oito a dez, uma por
semana. Preço por sessão: de 80
a 150 reais.
Novas e poderosas
maquinas
Além dos tratamentos
mencionados nesta
reportagem, os especialisatas
sugerem, para furos e
ndulações visíveis, os
seguintes procedimentos:
Accent Ultra
Indicado para reduzir medidas e melhorar a flacidez, tem
como efeito colateral a redução
da celulite. O aparelho aquece
a pele em profundidade, quebrando as moléculas de gordura e estimulando a formação
das fibras de colágeno. Sessões:
cerca de quatro, uma por semana. Preço por sessão: 500 reais.
Apollo
A radiofrequência do aparelho
promove a quebra do tecido fibroso da bpele e a regeneração
do colágeno, diminuindo furos,
ondulações e flacidez. Sessões:
cerca de seis, uma por semana.
Preço por sessão: 500 reais.
Powershape
Laser, sucção e radiofrequência
reunidos em um único aparelho. Esse trio ativa a circulação
sanguínea, combate os furinhos e estimula a produção de
colágeno e de fibras elásticas.
Sessões: oito, duas por semana.
Preço por sessão: 300 reais.
Smoothshapes
Uma luz específica aumenta a
permeabilidade da célula adiposa e as ondas do laser de diodo quebram a gordura no seu
interior. Os rolos e a sucção garantem a penetração do laser e
da luz e movem a gordura para
o sistema linfático, eliminando-a. Sessões: pelo menos oito,
uma ou duas vezes por semana.
Preço por sessão: a partir de
300 reais.
Hoje:
Podemos nos inspirar na
década de 1960 usando
estampas gráficas e listras em
preto e branco que remetam
ao futurismo apresentado na
época. É interessante também
ousar nos comprimentos,
focando sempre no micro.
Assim como nos anos 50, há
destaque na cintura marcada,
então, tirem do baú aqueles
seus cintos fininhos. Aposte também no look pin-up,
combinando spencers com
saias curtinhas.
Além dessas dicas, você
também pode explorar outros
elementos característicos da
década de 60, tais como:
Calças de cintura baixa;Calças boca-de-sino (nesse
caso, opte pelo modelo
Flare); Tailleur (modelos de
mangas ¾);Tecidos sintéticos
e futuristas, como plásticos,
látex, metalizados, entre
outros;Vestido tubinho; Botas
de cano e salto baixos na cor
branca; Botas envernizadas
de bico fino; Cores vibrantes
e color blocking; Cabelos
lisos, com franja e longos;
Peças em preto, branco e
metálico dão o ar futurista
163
Atitude
ruas em diversas partes do mundo e
contestava a sociedade, seus sistemas
de ensino e a cultura em diversos aspectos, como a sexualidade, os costumes, a moral e a estética.
Talvez o que mais tenha caracterizado
a juventude dos anos 60 tenha sido o
desejo de se rebelar, a busca por liberdade de expressão e liberdade sexual.
Nesse sentido, para as mulheres, o
surgimento da pílula anticoncepcional, no início da década, foi responsável por um
“
“
Manifestações e palavras de
ordem mobilizaram jovens em
diversas partes do mundo.A
esse conjunto de manifestações que surgiram em diversos países deu-se o nome de
contracultura. Uma busca
por um outro tipo de vida,
underground, à margem do
sistema oficial. Faziam parte
desse novo comportamento,
cabelos longos, roupas coloridas, misticismo oriental,
música e drogas.
No Brasil, o grupo
“Os Mutantes”,
formado por Rita
Lee e os irmãos
Arnaldo e Sérgio
Batista, seguiam
o caminho da
contracultura
e afastavam-se
da ostentação do
vestuário da jovem
guarda, em busca
de uma viagem
psicodélica.A moda
passou a ser as roupas antes reservadas
às classes operárias
e camponesas, como
os jeans americanos, o
básico da moda de rua.
Nas butiques chiques,
a moda étnica estava
presente nos casacos
afegãos, fulares indianos, túnicas floridas e uma série de
acessórios da nova
moda, tudo kitsch,
retrô e pop.
Toda a rebeldia
dos anos 60
culminaram em
1968. O movimento estudantil explodiu e
tomou conta das
caracterizado a
juventude dos
anos 60 tenha sido
o desejo de se
rebelar, a busca
por liberdade
de expressão e
liberdade sexual.
comportamento sexual feminino mais
liberal. Porém, elas também queriam
igualdade de direitos, de salários,
de decisão. Até o sutiã foi queimado
em praça pública, num símbolo de
libertação. Os 60 chegaram ao fim,
coroados com a chegada do homem
à Lua, em julho de 1969, e com um
grande show de rock, o “Woodstock
Music & Art Fair”, em agosto do mesmo ano, que reuniu cerca de 500 mil
pessoas em três dias de amor, música,
sexo e drogas.
Anos 50 e 60
nos dias de hoje
De volta ao glamour do
k
o
o
L
w
e
N
Consciente dessa realidade, Saint Laurent saiu na
frente e inaugurou uma
nova estrutura com as butiques de prêt-à-porter de
luxo, que se multiplicariam pelo mundo também
através das franquias.
Com isso, a confecção
ganhava cada vez mais
terreno e necessitava de
criatividade para suprir o
desejo por novidades. O
importante passaria a ser o estilo
e o costureiro passou a ser chamado de estilista
Nessa época, Londres havia se
tornado o centro das atenções, a
viagem dos sonhos de qualquer
jovem, a cidade da moda. Afinal,
estavam lá, o grande fenômeno
musical de todos os tempos, os
Beatles. Nesse contexto, a modelo Jean Shrimpton era a personificação das chamadas “chelsea
girls”. Sua aparência era adolescente, sempre de minissaia, com
seus cabelos longos com franja e
olhos maquiados. Por outro lado,
Brigitte Bardot encarnava o estilo sexy, com cabelos compridos
soltos rebeldes ou coque no alto
da cabeça.Entretanto, os anos 60
sempre serão lembrados pelo estilo da modelo e atriz Twiggy, muito magra, com seus cabelos curtíssimos e cílios inferiores pintados
com delineador.
A maquiagem era
essencial e feita
especialmente
para o público
jovem. O foco
estava nos olhos,
sempre
muito
marcados.
Os
batons eram clarinhos ou mesmo brancos e os
produtos preferidos deviam ser
práticos e fáceis de
usar. Nessa área,
Mary Quant inovou
ao criar novos modelos de embalagens, com caixas e
estojos pretos, que
vinham com lápis,
pó, batom e pincel.
Ela usou nomes divertidos para seus
produtos, como o
“Come Clean Cleanser”, sempre com o logotipo de
margarida, sua marca registrada.
As perucas também estavam na
moda e nunca venderam tanto.
Mais baratas e em diversas tonalidades e modelos, elas eram produzidas com uma nova fibra sintética, o kanekalon.
O estilo da “swinging London”
culminou com a Biba, uma butique independente, frequentada
por personalidades da época. Seu
ar romântico retrô, aliado ao estilo camponês, florido e ingênuo
de Laura Ashley, estavam em sintonia com o início do fenômeno
hippie do final dos anos 60.
No Brasil, a Jovem Guarda fazia sucesso na televisão e ditava
moda. Wanderléa de minissaia,
Roberto Carlos, de roupas coloridas e como na música, usava botinha sem meia e cabelo na testa
[como os Beatles]. A palavra de
ordem era “quero que vá
tudo pro inferno”.
Nesse contexto, nenhum
movimento artístico causou maior impacto do que
a Arte Pop. Artistas como
Andy Warhol, Roy Lichetenstein e Robert Indiana
usaram irreverência e ironia
em seus trabalhos. Warhol
usava imagens repetidas
de símbolos populares da
cultura norte-americana em
seus quadros, como as latas
de sopa Campbell, Elvis Presley e
Marilyn Monroe. A Op Art [abreviatura de optical art, corrente de
arte abstrata que explora fenômenos ópticos] também fez parte
dessa época e estava presente em
estampas de tecidos.
No ritmo de todas as mudanças
Nesse
cenário, a
transformação da
moda iria ser radical.
Era o fim da moda única,
que passou a ter várias
propostas e a forma de se
vestir se tornava cada
vez mais ligada ao
comportamento.
dos anos 60, o cinema europeu
ganhava força com a nouvelle vague do cinema francês [“Acossado”, de Jean-Luc Godard, se tornaria um clássico do movimento],
ao lado do neo-realismo do cinema italiano, que influenciaram o
surgimento, no início da década,
do cinema novo no Brasil, ao contestar as caras produções da época e destacar a importância do autor, ao contrário dos estúdios de
Hollywood.
No final dos anos 60, de Londres, o reduto jovem mundial
se transferiu para São Francisco
(EUA), região portuária que recebia pessoas de todas as partes
do mundo e também por isso,
berço do movimento hippie, que
pregava a paz e o amor, através
do poder da flor, do negro [black
power], do gay e da liberação da
mulher.
161
Atitude
O
s anos 50 chegaram ao
fim com uma geração
de jovens, filhos do chamado “baby boom”, que
vivia no auge da prosperidade financeira, em um clima de euforia
consumista gerada nos anos do
pós-guerra nos EUA. A nova década que começava já prometia
grandes mudanças no comportamento, iniciada com o sucesso do
rock and roll e o rebolado frenético de Elvis Presley, seu maior
símbolo.A imagem do jovem de
blusão de couro, topete e jeans,
em motos ou lambretas, mostrava
uma rebeldia ingênua sintonizada com ídolos do cinema como
James Dean e Marlon Brando. As
moças bem comportadas já começavam a abandonar as saias
rodadas de Dior e atacavam de
calças cigarette, num prenúncio
de liberdade.
Os anos 60, acima de tudo, viveram uma explosão de juventude
em todos os aspectos. Era a vez
dos jovens, que influenciados pelas idéias de liberdade “On the
Road” da chamada geração beat,
começavam a se opor à sociedade de consumo vigente. O movimento, que nos 50 vivia recluso
em bares nos EUA, passou a caminhar pelas ruas nos anos 60 e
influenciaria novas mudanças de
comportamento jovem, como a
contracultura e o pacifismo do final da década.
Nesse cenário, a transformação
da moda iria ser radical. Era o fim
da moda única, que passou a ter
várias propostas e a forma de se
vestir se tornava cada vez mais ligada ao comportamento.
Conscientes desse novo mercado
consumidor e de sua voracidade, as empresas criaram produtos
específicos para os jovens, que,
pela primeira vez, tiveram sua
própria moda, não mais derivada
160
Atitude
dos mais velhos. Aliás, a moda
era não seguir a moda, o que representava claramente um sinal
de liberdade, o grande desejo da
juventude da época.
Algumas personalidades de características diferentes, como
as atrizes Jean Seberg, Natalie
Wood, Audrey Hepburn, Anouk
Aimée, modelos como Twiggy,
Jean Shrimpton, Veruschka ou
cantoras como Joan Baez, Marianne Faithfull e Françoise Hardy, acentuavam ainda mais os
efeitos de uma nova atitude.Na
moda, a grande vedete dos anos
60 foi, sem dúvida, a minissaia.
A inglesa Mary Quant divide
com o francês André Courrèges
sua criação. Entretanto, nas palavras da própria Mary Quant: “A
idéia da minissaia não é minha,
nem de Courrèges. Foi a rua que
a inventou”. Não há dúvidas de
que passou a existir, a partir de
meados da década, uma grande
influência da moda das ruas nos
trabalhos dos estilistas. Mesmo as
idéias inovadoras de Yves Saint
Laurent com a criação de japonas e sahariennes [estilo safári],
foram atualizações das tendências que já eram usadas nas ruas
de Londres ou Paris.O sucesso
de Quant abriu caminho para outros jovens estilistas, como Ossie
Clark, Jean Muir e Zandra Rhodes. Na América, Bill Blass, Anne
Klein e Oscar de la Renta, entre
outros, tinham seu próprio estilo, variando do psicodélico [que
se inspirava em elementos da art
nouveau, do oriente, do Egito antigo ou até mesmo nas viagens
que as drogas proporcionavam]
ou geométrico e o romântico.Em
1965, na França, André Courrèges operou uma verdadeira revolução na moda, com sua coleção
de roupas de linhas retas, minissaias, botas brancas e sua visão de
futuro, em suas “moon girls”, de
roupas espaciais, metálicas e fluorescentes. Enquanto isso, Saint
Laurent criou vestidos tubinho
inspirados nos quadros neoplasticistas de Mondrian e o italiano Pucci virou mania com suas
estampas psicodélicas.
Paco Rabanne, em meio às suas
experimentações, usou alumínio
como matéria-prima.
As mudanças no vestuário também alcançaram a lingerie, com a
generalização do uso da calcinha
e da meia-calça, que dava conforto e segurança, tanto para usar a
minissaia, quanto para dançar o
twist e o rock.
O unissex ganhou força com os
jeans e as camisas sem gola. Pela
primeira vez, a mulher ousava
se vestir com roupas tradicionalmente masculinas, como o
smoking [lançado para mulheres por Yves Saint Laurent em
1966].A alta-costura cada vez
mais perdia terreno e, entre 1966
e 1967, o
número de
maisons
inscritas
na Câmara Sindical
dos costureiros parisienses
caiu de 39
para 17.
C
om o fim dos anos
de guerra e do racionamento de tecidos,
a mulher dos anos 50 se tornou
mais feminina e glamourosa, de
acordo com a moda lançada pelo
“New Look”, de Christian Dior,
em 1947. Metros e metros de tecido eram gastos para confeccionar
um vestido, bem amplo e na altura dos tornozelos. A cintura era
bem marcada e os sapatos
eram de saltos altos,
além das luvas e
outros acessórios
luxuosos, como
peles e jóias.
Essa silhueta extremamente feminina e jovial
atravessou toda
a década de 50 e
se manteve como
base para a maioria das criações desse
período. Apesar de tudo indicar
que a moda seguiria o caminho
da simplicidade e praticidade,
acompanhando todas as mudanças provocadas pela guerra,
nunca uma tendência foi tão rapidamente aceita pelas mulheres
como o “New Look” Dior, o que
indica que a mulher ansiava pela
volta da feminilidade, do luxo
e da sofisticação. E foi o mesmo
Christian Dior quem liderou, até
a sua morte em 1957, a agitação
de novas tendências que foram
surgindo quase a cada estação.
Com o fim da escassez dos cosméticos do pós-guerra, a beleza
se tornaria um tema de grande
importância. O clima era de sofisticação e era tempo de cuidar
da aparência. A maquiagem estava na moda e valorizava o olhar,
o que levou a uma infinidade de
lançamentos de produtos para
os olhos, um verdadeiro arsenal
composto por sombras, rímel, lápis para os olhos e sobrancelhas,
além do indispensável delineador. Grandes empresas, como a
Revlon, Helena Rubinstein, Elizabeth Arden e Estée Lauder, gastavam muito em publicidade, era
a explosão dos cosméticos. Era
também o auge das tintas para cabelos, que passaram a fazer parte
da vida de dois milhões de mulheres - antes eram 500 -, e das loções alisadoras e fixadoras.
Os penteados podiam ser
coques ou rabos-de-cavalo,
como os de Brigitte Bardot.
Os cabelos também ficaram um pouco mais curtos, com mechas caindo
no rosto e as franjas davam
um ar de menina.
Dois estilos de beleza feminina marcaram os anos 50, o
das ingênuas chiques, encarnado por Gracwwe Kelly e Audrey
Hepburn, que se caracterizavam
pela naturalidade e jovialidade
e o estilo sensual e fatal, como o
das atrizes Rita Hayworth e Ava
Gardner, como também o das
pin-ups americanas, loiras e com
seios fartos.
Entretanto, os dois grandes símbolos de beleza da década de 50
foram Marilyn Monroe e Brigitte
Bardot, que eram uma mistura
dos dois estilos, a devastadora
combinação de ingenuidade e
sensualidade.
Durante os anos 50, a alta-costura viveu o seu apogeu. Nomes
importantes da criação de moda,
transformaram essa época na
mais glamourosa e sofisticada de
todas. A partir de 1950, uma forma de difusão da alta-costura parisiense tornou-se possível com
a criação de um grupo chamado
“Costureiros Associados”, esse
grupo havia se unido a sete profissionais da moda de confecção
para editar, cada um, sete modelos a cada estação, para que fossem distribuídos para algumas
lojas selecionadas.
157
Atitude
alta-costura parisiense, os Estados
Unidos estavam avançando na direção do ready-to-wear e da confecção.
A indústria norte-americana desse
setor estava cada vez mais forte, com
as técnicas de produção em massa
cada vez mais bem desenvolvidas e
especializadas.
Na Inglaterra, empresas como Jaeger,
Susan Small e Dereta produziam
roupas prêt-à-porter sofisticadas.
Na Itália, Emilio Pucci produzia
peças separadas em cores fortes
e estampadas que faziam sucesso
tanto na Europa como nos EUA.
Na França, Jacques Fath foi um dos
primeiros a se voltar ao prêt-à-porter,
ainda em 1948, mas era inevitável
que os outros estilistas começassem
a acompanhar essa nova tendência a
medida que a alta-costura começava
a perder terreno, já no final dos anos
50. Em 1955, as revistas Elle e
de sua publicação às coleções
de prêt-à-porter, o que sinalizava que algo estava se transformando no mundo da moda.Uma
preocupação dos
estilistas era a diversificação dos
produtos, através
do sistema de licenças, que estava revolucionando a estratégia
econômica
das
marcas. Assim,
alguns itens se
tornaram símbolos do que havia
de mais chique,
como o lenço de
seda Hermès, que
Audrey Hepburn
usava, o perfume Chanel Nº 5,
preferido de Marilyn Monroe e o
batom Coronation Pink, lançado
por Helena Rubinstein para a coroação da rainha da Inglaterra.
Melhores condições de habitação, desenvolvimento das comunicações, a busca pelo novo,
“
Vogue dedicaram várias páginas
158
“
O grande destaque na criação de
sapatos foi o francês Roger Vivier. Ele criou o salto-agulha, em
1954 e, em 1959 o salto-choque,
encurvado para dentro,
além do bico chato e
quadrado, entre muitos
outros.
Em 1954, Chanel reabriu sua maison em Paris, que esteve fechada
durante a guerra. Aos
70 anos de idade, ela
criou algumas peças que
se tornariam inconfundíveis, como o famoso
tailleur com guarnições
trançadas, a famosa bolsa a tiracolo em matelassê e o escarpin bege com
ponta escura. Onde hoje
ainda essa moda perciste, com alguns estilos de
mulheres.
Nessa época, pela primeira vez,
as pessoas comuns puderam ter
acesso às criações da moda sintonizada com as tendências do
momento. Ao lado do sucesso da
Melhores condições de
habitação,desenvolvimento das comunicações,
a busca pelo novo, pelo
conforto e consumo são
algumas das características dessa época.
sos, que viviam de luxo, prazer e
elegância, como o casamento da
atriz Grace Kelly com o príncipe
Rainier de Mônaco.
A tradição e os valores conservadores estavam de volta. As
pessoas casavam cedo e tinham
filhos. Nesse contexto, a mulher dos anos 50, além de bela e
bem cuidada, devia ser boa dona-de-casa, esposa e mãe.
Ao som do rock and roll, a nova
música que surgia nos 50, a juventude norte-americana buscava sua própria moda. Assim, apareceu a moda colegial, que teve
origem no sportswear. As moças
agora usavam, além das saias rodadas, calças cigarrete até os tornozelos, sapatos baixos, suéter e
jeans.
O cinema lançou a moda do garoto rebelde, simbolizada por
James Dean, no filme “Juventude
Transviada” (1955), que usava
blusão de couro e jeans. Marlon
Brando também sugeria um visual displicente no filme “Um
Bonde Chamado Desejo” (1951),
transformando a camiseta branca
em um símbolo da juventude.
Hoje
Nos dias de hoje
ainda são usadas várias
peças inspiradas nos
anos de 1950. Pode-se,
por exemplo, abusar da
feminilidade e das peças
românticas, usando
saias evasês, blazers,
principalmente na cor
branca e tops decotados.
Já se você gosta de quebrar
esse excesso de doçura e
feminilidade, a dica é usar
golas polo ou até cintos de
couro largo.
pelo conforto e consumo são algumas das características dessa
época.A televisão se popularizou e permitia que as pessoas
assistissem aos acontecimentos
que cercavam os ricos e famo-
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