História

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História
História
DATA: 03/06
Prof.: Fred
Expansão territorial
ANO: 2016
Chega ao rio Vermelho, sudoeste de Goiás, entre 1680 e
1682.
A busca de mão-de-obra indígena, a pecuária e
a mineração são atividades que resultam na expansão
da ocupação portuguesa para áreas além dos limites do
Tratado de Tordesilhas. Essa expansão é estimulada
pela Coroa portuguesa velada ou abertamente.
Pascoal Moreira Cabral – Parte de Sorocaba e atinge
o Mato Grosso. Encontra ouro às margens do rio CoxipóMirim, em 1719.
Bandeiras
Artur e Fernão Paes de Barros – A bandeira dos Paes
de Barros parte de Cuiabá. Descobre ouro na bacia do
rio Guaporé, no Mato Grosso, em 1731.
O apresamento de indígenas e a busca de
metais e pedras preciosas são os principais objetivos
das bandeiras. No início do século XVII, com Portugal
sob domínio espanhol, a Holanda investe no comércio
de mão-de-obra africana e desorganiza o tráfico
português. O fluxo de escravos negros para algumas
regiões da colônia diminui e renasce o interesse pela
escravização do indígena. Quando o tráfico negreiro é
regularizado, as bandeiras continuam, motivadas pela
procura de metais e pedras preciosas.
As expedições – A capitania de São Vicente é o
principal ponto de partida das bandeiras: grandes
expedições, às vezes formadas por milhares de homens,
que viajam pelo interior durante meses e até anos. Vão
fixando acampamentos temporários para melhor
explorar uma região – possibilidade de encontrar ouro,
prata e pedras preciosas – ou preparar o ataque às
tribos indígenas. Para o apresamento, os alvos
principais são os aldeamentos jesuíticos. Estima-se que
300 mil índios são escravizados entre 1614 e 1639. As
primeiras bandeiras são comandadas por Diogo
Quadros e Manuel Preto, em 1606, e Belchior Dias
Carneiro, em 1607.
Raposo Tavares – Em 1629, Antônio Raposo Tavares e
Manuel Preto dirigem uma bandeira com 900
mamelucos e 2.200 índios. Eles destroem os
aldeamentos jesuítas de Guayra, na atual fronteira com
o Paraguai, aprisionando milhares de indígenas. Raposo
Tavares faz uma outra grande bandeira entre 1648 e
1651: sai de São Paulo, alcança o Peru, desce o
Amazonas até o Pará.
Domingos Jorge Velho – A bandeira de Domingos
Jorge Velho dirige-se ao Nordeste do Brasil entre 1695 e
1697. Subjuga indígenas do Maranhão a Pernambuco e
ajuda a exterminar o Quilombo de Palmares.
Ocupação do sertão
Bandeirante lavra certidão fundando Arraial de
Cuiabá
Pascoal Moreira Cabral Leme é, desde ontem, o
detentor dos direitos de exploração das minas de
ouro
MOACYR FREITAS
Pedro Teixeira – A bandeira de Pedro Teixeira sobe o
rio Amazonas até Quito, em 1637. Retorna ao Pará em
1639 e é derrotado pelos índios com o apoio dos
jesuítas em 1641.
Fernão Dias Paes – Conhecido como caçador de
esmeraldas, a bandeira de Fernão Dias embrenha-se
pelo interior do atual Estado de Minas Gerais, entre
1674 e 1681, em busca de ouro e pedras preciosas. Em
outra expedição, vai às Missões, no sul, junto com
Raposo Tavares.
Anhangüera – Bartolomeu Bueno da Silva, conhecido
como Anhangüera, procura ouro no Brasil central.
A região agora chamada Arraial de Cuiabá é, desde os
tempos remotos, povoadas pelos invencíveis índios
Bororos
-1-
Lúmen Específicas
Cuiabá, 9 de abril de 1719 - Depois de errar
por mais de um ano na caça ao índio da região do
Cuiabá, o bandeirante paulista Pascoal Moreira
Cabral Leme resolveu enfim levantar acampamento
definitivo e se apossar, perante a Coroa Portuguesa,
do imenso território hoje ocupado em sua maior
parte pelos Bororos. Ainda ontem, em São Gonçalo
Velho, pouco abaixo da foz do rio Coxipó no Cuiabá, o
bandeirante determinou que se lavrasse um “Termo
de Certidão”, com o qual visa assegurar os seus
direitos de descobridor e, principalmente, de
explorador das minas de ouro encontradas na região
por seus homens. Ao território dentro do qual se diz
agora “Capitão-Mor”, Pascoal Moreira Cabral deu o
nome
fundador
de
“Arraial
de
Cuiabá”.
O Termo — que foi escrito por outra alheia
mão, posto que Pascoal Moreira Cabral, apesar de
exímio caçador de índios e conhecedor de ouro
experiente, não lê ou escreve palavra —, foi
despachado ontem mesmo para o Conde de Assumar
e Capitão General Governador da Capitania de São
Paulo, D. Pedro de Almeida Portugal. O encarregado
de levar o Termo é o Capitão Antônio Antunes Maciel,
que ainda leva consigo boas amostras do ouro
encontrado.
O que os bandeirantes esperam é que da Vila de São
Paulo, sede da Capitania desde 1711, sejam enviadas
tropas regulares, tanto para lhes ajudar na cata do
ouro, quanto para lhes proteger dos índios, já que
estes não se conformam com a presença de gente
estranha em suas terras. De acordo com Pascoal
Moreira Cabral, sua bandeira está a correr grandes
riscos na região. “Em serviço de sua Real Majestade,
já perdemos até agora oito homens brancos, fora
negros”, disse ele.
De fato, não é de boa memória para o
bandeirante o combate que travou contra os
invencíveis guerreiros Bororo, assim que chegou às
margens do rio Coxipó. Pascoal Moreira Cabral só não
voltou fugido para o Planalto do Piratininga porque
encontrou, no caminho, Antônio Pires de Campos,
chefe de outra e melhor-sucedida bandeira. No ano
passado, depois de intensa luta contra uma tribo
ainda não identificada, na confluência entre o Coxipó
e o Cuiabá, Antônio Pires de Campos conseguiu
capturar dezenas de índios para trabalhar como
escravos nas lavouras do litoral. Pires de Campos
mostrou o caminho a Moreira Cabral que, se não deu
sorte na captura de índios, ao menos encontrou o
metal tão apreciado mundo afora.
Curiosamente, o local onde os rios Coxipó e
Cuiabá se encontram já havia sido visitado por Pires
de Campos ainda quando menino. Entre 1673 e 1680
(não se sabe ao certo), ele esteve lá com o seu pai, o
bandeirante Manoel de Campos Bicudo, considerado
o primeiro homem branco a pisar nestas bandas
ocidentais da Colônia. Neste momento, Pires de
campos - também conhecido como PayPirá — está
acampado no trecho do rio Cuiabá denominado
Bananal. Ali, seus homens, incluindo os índios
prisioneiros, cultivam roças para se reabastecerem
antes seguir a longa viagem rumo ao Planalto do
Piratininga.
TENTATIVA DE ACORDO - Depois de quase uma
vida inteira a guerrear contra os índios, Pascoal
Moreira Cabral tenta agora fazer um acordo com os
Bororos, a quem os paulistas chamam de Coxiponés.
O bandeirante sabe que a região onde ele está a
pisar é alvo de disputas constantes entre as mais
diversas
tribos
indígenas:
Bororos,
Caiapós,
Guaicurus, Xavantes, Parecis, Bakairis, etc. Ora as
tribos se ajuntam, ora se separam nas lutas por
territórios, por rios mais piscosos e por terras mais
férteis.
Como nenhuma guerra interessa a quem vai
se dedicar agora à paciente cata do ouro, Moreira
Cabral pretende convencer os Bororos a ajuda-lo em
troca de não mais importuna-los. Não será nada fácil
(veja reportagem nesta página). O bandeirante quer
que os índios o ajude a coletar o ouro, a remar as
canoas e a carregar as bagagens. Ao mesmo tempo,
ele sabe que ninguém melhor do que o índio pode
lhe dizer onde estão as melhores caças, frutas e
ervas medicinais e lhe avisar sobre os perigos da
mata. O Planalto do Piratininga foi a principal região
agrícola da Capitania de São Paulo. Para lá era levada
a maioria dos índios escravizados. É onde fica hoje o
ABC
Paulista.
Fontes: “História Geral de Mato Grosso (vol.I)”, de
Lenine Povoas; “O Processo Histórico de Mato Grosso.
Cuiabá: Guaicurus” e “Revivendo Mato Grosso”, de
Elizabeth Madureira Siqueira; “Cidades de Mato
Grosso”, de João Carlos Vicente Ferreira e Pe. José de
Moura e Silva * Historiador consultado: Gilberto
Brizola – UFMT
O primeiro registro que se tem sobre Cuiabá
é do século XVII, entre 1670 e 1673, quando o
bandeirante paulista Manoel de Campos Bicudo subiu
o Rio Cuiabá, até chegar no Morro da Canastra, atual
Morro de São Jerônimo, situado em Chapada dos
Guimarães. Anos mais tarde, em 1717, o filho de
Bicudo, Antônio Pires de Campos, acampou no
mesmo local que seu pai chegara, rebatizando-o de
São Gonçalo Velho. Lá combateu e aprisionou os
índios Coxiponés, para depois vendê-los como
escravos em São Paulo . No ano seguinte, 1718,
deixou o acampamento nas margens do Coxipó,
desceu o Rio Cuiabá levando centenas de índios
escravizados, e encontrou-se com gente da bandeira
de Pascoal Moreira Cabral, a quem informou sobre os
índios Coxiponés, aldeados rio acima.
Voltando a São Gonçalo Velho encontraram o
outro grupo garimpando ouro de aluvião que
acidentalmente fora descoberto às margens e no
leito do Coxipó. A bandeira recebeu ajuda de outra, a
de Fernando Dias Falcão, possibilitando uma posição
estratégica para Pascoal Moreira, superior aos
Coxiponés, modificando seu objetivo que era prear
índios, para minerar ouro. São Gonçalo Velho
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Lúmen Específicas
transformou-se no primeiro núcleo de povoamento, e
em 8 de abril de 1719, Pascoal Moreira Cabral e os
bandeirantes ali reunidos lavraram a Ata de
Fundação de Cuiabá, sendo Pascoal Moreira eleito
Guarda-Mor das minas descobertas.
A busca inicial pelo ouro trouxe mais
bandeirantes paulistas, que foram subindo o Coxipó e
seus afluentes, o que teve como conseqüência a
transferência do arraial primitivo para a Forquilha, na
confluência do Rio Mutuca com o Coxipó, em 1721.
No arraial da Forquilha foi levantada a primeira igreja
rústica, onde foi celebrada a primeira missa pelo
padre Jeronymo Botelho.
Em outubro de 1722, Miguel Sutil subiu o Rio
Cuiabá, chegando até o córrego da Prainha, no sopé
do Morro da Prainha (atual Morro da Luz), onde
mandou os índios buscarem mel silvestre, voltaram
sem o mel, mas em compensação trouxeram as
primeiras pedras de ouro, colhidas no local que se
denominou Lavras do Sutil, a maior mancha aurífera
do Brasil Colonial. Hoje, o local onde se encontravam
as Lavras do Sutil é a região da Igreja do Rosário.
A população garimpeira em pouco tempo
abandonou a Forquilha, desenvolvendo o núcleo que
ficou dividido entre o córrego da Prainha e o Morro da
Prainha (hoje Morro da Luz), no meio estava as lavras
auríferas. Em 1727, no dia 1º de janeiro, o arraial
recebeu o título de vila, por determinação do Capitão
General de São Paulo, passando a se chamar Vila
Real do Senhor Bom Jesus do Cuiabá. A 17 de
setembro de 1818, Cuiabá é elevada à categoria de
cidade, de acordo com a Carta Régia de D. João VI, e
em 1823, por decisão do Imperador D. Pedro I,
tornou-se a capital da Província, no lugar de Vila Bela
da Santíssima Trindade.
Em vez de mel, ouro.
Em 17Z2, o foco das descobertas passou
para a região de Cuiabá. Miguel Sutil , paulista de
Sorocaba, começara uma roça de mantimentos no
local. Um dia, enviou dois índios em busca de mel de
pau; em vez disso, trouxeram-lhe cerca de 120
oitavas de ouro. No dia seguinte, os índios guiaramno até onde haviam encontrado as pepitas. Em um
só dia, Sutil recolheu uma arroba de ouro. A notícia
dessa mina fabulosa espalhou-se, e as do rio CoxipóMirim foram abandonadas. As "lavras do Sutil", como
inicialmente foram chamadas, tornaram-se mais
tarde conhecidas como minas do Senhor Bom Jesus
do Cuiabá. Em pouco tempo deram mais de
quatrocentas arrobas de ouro. Centenas de pessoas
vieram então de São Paulo, e logo organizou-se a
arrecadação
de
impostos.
Quando
tomou
conhecimento das descobertas de ouro em Mato
Grosso, D. Rodrigo César de Menezes, governador da
recém-criada capitania de São Paulo (1720), resolveu
mandar uma bandeira à procura de novas jazidas em
Goiás. Para chefiá-la, convidou Bartolomeu Bueno da
Silva, o Moço, que, quando menino, percorrera a
região ao lado do pai e era agora, ele próprio, um
sertanista calejado.
A expedição deixou São Paulo em julho de
1722 e explorou o sertão goiano por três anos, sem
encontrar nada de valor. Uma nova tentativa, em
1726, teve melhor resultado. Travando contato com
um grupo de índios goiases, Bartolomeu Bueno deuse a conhecer como filho do terrível Anhangüera, o
Diabo Velho, que é como seu pai ficara conhecido
depois do famoso truque da aguardente incendiada.
Os índios guiaram então o segundo Anhangüera até
as jazidas de ouro das quais o Diabo Velho apenas
tivera notícia. No mesmo ano Bueno fundou o Arraial
de Santana (atual cidade de Goiás), que se tomaria
capital da capitania. Em 1727, outros arraiais foram
fundados pelo sertanista: Ferreiros, Barra e Ouro Fino.
No ano seguinte, voltou a São Paulo trazendo 8000
oitavas de ouro. Foi o bastante para que levas e mais
levas de aventureiros partissem para Goiás. Com o
povoamento da região, o segundo Anhangüera foi
nomeado capitão-mor do novo distrito aurífero,
morrendo em 1740.
Conta-se que, para obrigar os índios a
revelarem o caminho das minas de ouro,
Bartolomeu Bueno da Silva ateou fogo em um
prato com álcool, ameaçando fazer o mesmo
com os rios da região. Imaginada que o prato
contivesse água, os índios entraram em pânico
e o chamaram Anhangüera, que significa Diabo
Velho.
AS MONÇÕES DE ABASTECIMENTO
A palavra monção era usada pelos
portugueses para denominar os ventos periódicos
que ocorriam na costa da Ásia Meridional. Esses
ventos, que durante seis meses sopram do
continente para o Oceano Índico e nos seis meses
seguintes em sentido contrário, determinavam a
saída das expedições marítimas de Lisboa para o
Oriente.
Na Colônia, as expedições que utilizavam as
vias fluviais foram chamadas de monções, não por
causa dos ventos, mas por se submeterem ao regime
dos rios, partindo sempre na época das cheias
(março e abril), quando os rios eram facilmente
navegáveis, tornando a viagem menos difícil e
arriscada. As monções partiam das atuais cidades de
Porto Feliz e Itu, às margens do rio Tietê, levando em
média cinco meses até alcançar as minas de Cuiabá.
No início as monções transportavam paulistas para
as minas cuiabanas, mas logo tornaram-se
expedições de abastecimento, isto é, bandeiras de
comércio, levando mercadorias para as zonas
mineradoras. A população das minas necessitava
adquirir tudo que precisava, pois só estava
interessada
em
achar
ouro
e
enriquecer
rapidamente.
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Lúmen Específicas
Coxipó-Mirim, com a descoberta de ouro pelos
homens
que
acompanhavam
o
bandeirante
Pascoal Moreira
Cabral.
A viagem era difícil devido às inúmeras
corredeiras, febres, insetos venenosos, piranhas e,
principalmente, ataques de índios. As canoas eram
construídas à maneira indígena, cavadas em um só
tronco e muito rasas. As maiores chegavam a
transportar até 300 arrobas de carga, e com o tempo
receberam toldos para evitar que as provisões se
estragassem. A tripulação era formada pelo piloto,
pelo proeiro e por cinco ou seis remadores que
remavam em pé como os índios. A carga ficava no
centro da canoa, os tripulantes na proa e os
passageiros na pôpa. Navegavam entre 8 horas da
manhã e 5 da tarde, quando embicavam as canoas
nos barrancos dos rios, armando acampamentos.
Alimentavam-se de feijão, farinha de mandioca ou de
milho e recorriam à pesca, aos palmitos, frutos e
caça.
Com o tempo, por medida de segurança, as
viagens passaram a ser feitas em grandes comboios.
O número de canoas e pessoas num comboio variava
, mas sabe-se que um dos maiores, o do governador
de São Paulo, D. Rodrigo César de Menezes, partiu de
Porto Feliz com mais de 300 canoas e cerca de 3.000
pessoas.
O Quilombo do Quariterê
Como marco oficial, a História de Mato
Grosso iniciou-se, em 1719, nas margens do rio
Com o sucesso da mineração e a necessidade
de garantir para Portugal, a posse de terras além
Tratado de Tordesilhas, foi criado em 1748 a
Capitania de Mato Grosso, sendo a primeira capital
Vila Bela da Santíssima Trindade, na extremidade
oeste
do
território
colonial.
Para trabalhar na mineração, chegaram, no século
XVIII, em Mato Grosso, os primeiros escravos de
origem africana. Como resistência à escravidão, as
fugas foram constantes, sendo individuais ou
coletivas, formando diversos quilombos. Por ocasião
da presença da capital â?" Vila Bela da Santíssima
Trindade â?" a região do vale do rio Guaporé foi onde
houve maior concentração dessas aldeias de
escravos fugitivos.
O quilombo do Piolho ou Quariterê, no final
do século XVIII, localizado próximo ao rio Piolho, ou
Quariterê, reuniu negros nascidos na África e no
Brasil, índios e mestiços de negros e índios (cafuzos).
José Piolho, provavelmente foi o primeiro chefe do
quilombo. Depois, assumiu o poder sua esposa,
Teresa.
Fugidos da exploração branca, os habitantes
do quilombo conviviam comunitariamente em uma
fusão de elementos culturais de origem indígena e
africana. Os homens caçavam, lenhavam, cuidavam
dos animais e conseguiam mel na mata; as mulheres
preparavam os alimentos e fabricavam panelas com
barro, artesanato e roupas.
As
dificuldades
de
abastecimento,
principalmente
de
escravos,
com
que
constantemente conviviam os habitantes da região
guaporeana, levou-os a organizar uma bandeira para
atacar os escravos fugitivos.
O poder público, através da Câmara
Municipal de Vila Bela da Santíssima Trindade, e os
proprietários de escravos patrocinaram a bandeira
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Lúmen Específicas
para destruir o quilombo e recapturar seus
moradores.
A bandeira contendo cerca de trinta homens
e comandada por João Leme de Prado, percorreu um
mês de Vila Bela até o quilombo, e, de surpresa,
atacou-o, prendendo quase a totalidade dos
moradores. Alguns morreram no combate que se
travou, outros fugiram.
Os escravos que sobreviveram foram capturados
e levados para Vila Bela, sendo colocados para
reconhecimento público, a mando do capitão-general
de Mato Grosso Luís de Albuquerque de Melo Pereira
e Cáceres e após o ato de reconhecimento, os
escravos foram submetidos a outros momentos de
castigos, com surras, tendo parte de suas orelhas
cortadas e tatuados o rosto com a letra "F" â?" de
Fugitivo â?" feita com ferro em brasa.
O objetivo da repressão era intimidar novas
fugas, porém, a vontade, o desejo e a luta pela
liberdade era maior que essa humilhação. Tal
conquista esteve presente por um bom tempo e em
1791 â?" duas décadas após a primeira â?" uma
segunda bandeira foi organizada para recapturar
negros fugitivos e, finalmente, acabar com o
quilombo do Quariterê.
Comandada pelo alferes de dragão, Francisco
Pedro de Melo, a bandeira de 1791 continha 45
homens que destruíram as edificações e plantações
do quilombo, recapturando sua população e
devolvendo aos seus donos, em Vila Bela. Porém,
percebendo a ineficiência dos castigos físicos, os
escravos não mais foram torturados publicamente.
Outros quilombos na região também foram
destruídos, inclusive ao comando do mesmo alferes,
Francisco de Melo, que assolou os quilombos de "João
Félix" e o do "Mutuca".
No local do quilombo do Piolho, após sua
destruição a mando do capitão-general João de
Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres, foi
organizada uma aldeia â?" a Aldeia da Carlota â?"
que visava o interesse português em garantir a posse
da terra num local tão isolado. Os moradores da
aldeia contavam com o apoio do governador.
Outros quilombos também foram organizados
em terras mato-grossenses durante os séculos XVIII e
XIX, podendo ser registrados aqui, apenas para
exemplificar, os quilombos "Mutuca" e "Pindaituba",
situados na Chapada dos Guimarães, os "Sepoutuba"
e "Rio Manso", próximos a Vila Maria (atual Cáceres).
A historiadora Elizabeth Madureira refere-se à
organização de 11 quilombos em Mato Grosso, porém
registra o pouco que ainda foi percorrido e
pesquisado sobre o assunto.
LUIZ DE ALBUQUERQUE MELO
PEREIRA E CACERES
Português de Vizeu, Luiz de Albuquerque de
Mello Pereira e Cáceres foi o 4.º Governador e
Capitão-General da Capitania de Mato Grosso,
tomando posse em 13 de dezembro de 1772, e só
deixando o cargo 16 anos, 11 meses e 7 dias após,
sucedido por seu irmão João de Albuquerque de Mello
Pereira e Cáceres.Durante seu governo construiu o
Forte Coimbra, Forte Príncipe da Beira, fundou
Albuquerque (atual cidade de Corumbá), Vila Maria
(atual cidade de Cáceres), Casalvasco, Salinas e
Corixa Grande, consolidando o domínio português. A
atual extensão territorial do Estado de Mato Grosso
deve-se à ação enérgica de Luiz de Albuquerque, que
foi, nos dizeres do Governador Espanhol de Santa
Cruz de La Sierra - "O mais ambicioso dos
governadores portugueses".
A RUSGA
Cuiabá, 4 de novembro de 1834 – Atendendo
à representação do Promotor Público Joaquim
Fernandes Coelho, o Juízo de Paz do 1º Distrito iniciou
ontem o Auto-sumário Crime para apurar as
circunstâncias da rebelião armada que, na
madrugada do dia 31 de maio, tomou de assalto
prédios públicos, arrombou e saqueou casas
comerciais e matou pelo menos 40 estrangeiros em
Cuiabá.
Antes mesmo da sentença, já estão presos no
calabouço do Quartel da Guarda Municipal os cinco
acusados pela Promotoria de liderar o movimento.
São eles o fazendeiro José Alves Ribeiro, o capitão da
Guarda Nacional José Jacinto de Carvalho, o bacharel
Pascoal Domingues de Miranda, o professor de
filosofia Braz Pereira Mendes e o vereador Bento
Franco de Camargo.
As prisões teriam sido feitas “à ordem da
regência e pelo povo em massa”, conforme justificou
o novo Presidente da Província, Antônio Pedro de
Alencastro. Os cinco “cabeças do movimento”, como
diz a denúncia da Promotoria Pública, serão
encaminhados para o Rio de Janeiro e julgados pelo
Superior Tribunal de Justiça.
As vinte e quatro testemunhas arroladas pela
acusação devem ser ouvidas nos próximos dias pelo
juiz de Paz, Antônio Rodrigues do Prado. O juízo
também designou dois peritos carpinteiros para que
seja feito o exame de corpo de delito direto nas
portas e janelas das doze casas que teriam sido
arrombadas pelos revoltosos, para avaliar os
prejuízos
causados
naquela
noite.
Segundo
estimativas extra-oficiais, o valor dos estragos
supera os 100 contos.
“É desconhecido na história dos povos
civilizados o vandalismo que os habitantes desta
cidade chegaram a ver na noite do dia 30 de maio do
corrente ano. Dia em que todos os princípios
subversivos e medidas tirânicas deram a luz danadas
intenções de homicídios, saques, roubos, cortamento
de membros do corpo, devastando uma porção de
habitantes”, diz um trecho de uma das duas
representações populares que moveu a promotoria a
agir.
As representações acusam ainda o poder
judiciário de omissão e conivência para com os
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Lúmen Específicas
envolvidos. “As pessoas que são abrigadas pela Lei a
vigiar e promover a boa ordem, quando não aplicam
os meios possíveis para prevenir o crime, o seu delito
é muito mais grave”, diz um trecho. “A firmeza que
deveria apresentar o Promotor Público José Jacinto de
Carvalho, ficou degenerada em fraqueza e
comiseração com os facinorosos até agora, deixando
os cidadãos expostos a todos os males”.
Entre as assinaturas que acompanham
ambos os documentos, figura em primeiro lugar a de
João Poupino Caldas, 46 anos, que subiu à
Presidência da Província dois dias antes da rebelião,
e um dos membros fundadores da Sociedade dos
Zelosos da Independência, berço ideológico da rusga
que chocou a cidade (ver matéria).
Para justificar sua posição, Poupino Caldas
alega que o cânone liberal sobre o qual a “Zelosos da
Independência” foi erguida não trazia nenhum
elemento que pudesse ser relacionado à violência
que explodiu em maio (ver matéria). Os cinco
acusados, diz, é que o teriam interpretado conforme
suas tendências radicais e conspiradoras.
“Assim como no corpo humano se devem
cortar os membros podres para não infeccionarem o
indivíduo, da mesma sorte é necessário lançar para
fora da Província aqueles membros, cabeças de toda
a
desordem”.
O Auto-sumário Crime puniu apenas soldados
e populares que participaram dos arrombamentos e
saques. Dos cinco líderes presos e enviados ao Rio de
Janeiro, José Álvaro Ribeiro e José Jacinto, retornaram
inocentados a Mato Grosso. Os outros três foram
soltos, sendo que Pascoal Domingues de Miranda
ficou na cidade carioca.
A CONSTRUÇÃO DA FERROVIA MADEIRAMAMORÉ (PRIMEIRA FASE)
acervo: Jkerdy
TRAÇADO INICIAL DA FERROVIA
MADEIRA-MAMORÉ
O declínio do Ouro na região do Guaporé
provocou um êxodo populacional de graves
proporções do final do século XIX. Sua maior
povoação, Vila Bela da Santíssima Trindade de Mato
Grosso, perdeu a maioria de seus habitantes e a
condição de capital da capitania de Mato Grosso,
haja vista a sede do governo haver sido transferida
para Cuiabá.
Entretanto, na segunda metade do século
XIX, outra atividade econômica começou a despontar
na Amazônia: a produção de borracha silvestre em
larga escala. Surgia o Ciclo da Borracha que atraiu
milhares de trabalhadores oriundos do Nordeste
brasileiro, notadamente dos Estados do Ceará,
Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco, tangidos
pela grande seca de 1877, que flagelou aquela
região, e pelo avanço das grandes usinas açucareiras
situação econômica, demográfica e política da
Amazônia rondoniense começavam a se modificar
em decorrência da entrada de dois novos
personagens: os seringueiros e os seringalistas. As
terras rondonienses passaram então a ser povoadas
pela ação dos seringueiros, que penetravam na
floresta através dos rios Madeira, Jamary, Machado,
Guaporé e Mamoré, em busca de látex, a matériaprima da borracha nativa. O Brasil destacava-se
como o maior produtor de borracha silvestre do
mundo. Nesse contexto, a área geográfica que forma
o Estado de Rondônia respondia por considerável
parcela dessa atividade econômica. Porém, não era
somente o Brasil que produzia borracha em larga
escala na Amazônia. A Bolívia também despontava
como grande produtor e se ressentia da necessidade
de escoar seu produto, cuja maior concentração
ficava no Oriente boliviano, isolado do restante
daquele país. Foi exatamente em função da carência
de um porto onde pudesse escoar sua produção de
látex, que o governo boliviano criou, em 1846, uma
comissão de estudos destinada a viabilizar uma rota
fluvial através do rio Mamoré, ou do Madeira, a fim
de permitir ao país acesso ao oceano Atlântico.
Esses estudos resultaram em dois projetos
apresentados ao governo boliviano. O primeiro,
visava a construção de canais nos trechos
encachoeirados do Madeira, o rio escolhido pela
comissão de estudos. O segundo, de 1861, previa a
construção de uma ferrovia da margem direita do rio
Mamoré até a fronteira das províncias de Mato
Grosso e do Amazonas. O governo boliviano
entendeu ser mais viável a execução do primeiro
projeto, que contemplava uma rota fluvial pelo rio
Madeira, com a canalização de seus trechos
encachoeirados. No dia 27 de agosto de 1868 a
Bolívia concedeu ao engenheiro-militar norteamericano, coronel George Earl Church, autorização
para que fosse constituída, sob sua direção, uma
empresa de navegação entre os rios Mamoré e
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Madeira. O coronel George Earl Church fudou então a
National Bolivian Navigation Company, com a
finalidade de explorar o transporte de passageiros
em ambos os rios e construir os canais necessários
nas cachoeiras do Madeira. Entretanto, ao buscar
financiamento junto aos bancos da Inglaterra,
deparou-se com a resistência dos financistas
londrinos, que preferiam apoiar a construção da
estrada de ferro, prevista no segundo projeto
boliviano. Essa decisão dos banqueiros ingleses foi
baseada, principalmente, no fato de a Inglaterra ser,
na época, o maior produtor de vagões e locomotivas
do mundo, além de controlar toda a importação de
borracha da Amazônia. Nesse sentido, a construção
de uma ferrovia daria aos ingleses excelente
oportunidade de ampliar sua influência política e
econômica na região. Em função do trajeto da
estrada de ferro ser totalmente em território
brasileiro, tornava-se necessário que o Brasil desse
autorização para que as obras fossem iniciadas. Isto
ocorreu no dia 20 de abril de 1870, através do
Tratado de Amizade, Limites, Navegação, Comercio e
Extradição, firmado entre o governo brasileiro e a
República da Bolívia, em La Paz. Por esse tratado, o
Brasil exigiu que a razão social da empresa National
Bolivian Navigation Company fosse mudada para The
Madeira and Mamoré Railway Company. Em
conseqüência, no dia 1º de março de 1871, foi
constituída a empresa The Madeira and Mamoré
Raiway Company Ltda., sob a presidência do Coronel
George Earl Church, que levantou, junto aos
banqueiros ingleses, um financiamento, com aval do
governo boliviano, para a construção da ferrovia. Por
exigência desses banqueiros, o coronel George Earl
Cchurch contratou a empreiteira Public Works
Construction Company, de Londres, por 600 mil libras
esterlinas. Essa empresa instalou seu canteiro de
obras na localidade de Santo Antônio, em 06 de julho
de 1872, e deu ínicio à primeira fase de construção
da estrada de ferro Madeira-Mamoré. Para facilitar o
acesso à localidade de Santo Antônio do Rio Madeira
o governo imperial brasileiro, sob pressão da
Inglaterra e dos Estados Unidos da América, baixou o
decreto-lei nº 5.024, de 15 de janeiro de 1873, que
permitia aos navios mercantes, de todas as nações,
subirem o rio Madeira e atracarem no porto
conhecido como “Porto dos Vapores”, para embarque
e desembarque de cargas destinadas ou procedentes
da Bolívia. Em seguida, instalou um posto da
alfândega brasileira para a arrecadação de tributos
originados das importações e exportações. Mas, os
serviços da Public Works Construction Company
duraram apenas um ano.
Em 09 de julho de 1873 a empresa rompeu o
contrato, pressionada por enormes prejuízos, pelas
dificuldades estruturais do local onde deveria ser
instalada a estação inicial da ferrovia, pelos violentos
ataques dos índios Caripunas aos trechos em obra, e
pelas doenças regionais que mataram dezenas de
trabalhadores. Para piorar a situação, os acionistas
da extinta National Bolivian Navigation Company,
inconformados com a construção da ferrovia,
moveram diversas ações na justiça inglesa, pelo
embargamento das obras. Essas adversidades
levaram a Public Works Construction Company a
abandonar máquinas e equipamentos e deixar a
região, definitivamente, em janeiro de 1874. Essa foi
a única vez na história da estrada de ferro MadeiraMamoré em que houve a participação de uma
empresa inglesa em sua construção. Após o fracasso
da Public Works Construction Company, o coronel
George Earl Church contratou, em 17 de setembro de
1873, a empreiteira norte-americana Dorsey and
Caldwell, que chegou em Manaus em 1874. No
entanto, essa empresa não se instalou na região.
Informados
das
imensas
dificuldades
estruturais do local e das graves condições sanitárias
do povoado de Santo Antônio, os diretores da Dorsey
and Caldwell decidiram retornar aos Estados Unidos e
transferiram o contrato para a empreiteira inglesa
Reed Brothers and Company, que apenas pretendia
especular
e
receber
possíveis
indenizações
contratuais. Com o apoio do imperador D. Pedro II, o
coronel Geroge Earl Church contratou, em 25 de
outubro de 1877, a empresa norte-americana
P.T>Collins, da Filadélfia, com larga experiência no
ramo de construção de ferrovias. A 19 de fevereiro
de 1878, a P.T>Collins instalou seu canteiro de obras
na localidade de Santo Antônio do Rio Madeira.
Apesar de enfrentar problemas semelhantes ao da
empreiteira que a antecedeu, a P.T.Collins deu um
novo impulso às obras da ferrovia. Primeira
empreiteira norte-americana a realizar uma grande
obra dos Estados Unidos da América, essa empresa
trouxe para a região a primeira locomotiva e
contratou os primeiros operários brasileiros para as
obras da ferrovia, cerca de quinhentos cearenses,
que chegaram ao canteiro de obras em outubro de
1878. A despeito de todos os esforços para cumprir
seu contrato, a P.T.Collins não resistiu aos graves
problemas que teve de enfrentar.
Com o crédito cortado, envolvida em pesadas
dívidas, revoltas e fugas de operários, doenças
regionais e ataques de índios, viu-se forçada a
encerrar suas atividades na região. Por outro lado, os
insistentes acionistas da empresa National Bolivian
Navigation Company conseguiram na justiça inglesa
sentença favorável ao embargo das obras da
ferrovia. O proprietário da empresa, Mr. Philips
Thomas Collins, em razão das graves dificuldades
financeiras e operacionais, instalou-se na região para
dirigir os trabalhos pessoalmente. Entretanto, foi
flechado pelos índios Caripunas e ficou gravemente
ferido. Em seguida, a empresa abandonou as obras,
e, posteriormente, entrou em concordata, devido aos
enormes prejuízos e às diversas ações judiciais que
teve de defender nas justiças inglesa e norteamericana. Após todos esses fracassos, o governo
imperial brasileiro cancelou a permissão concedida
ao coronel George Earl Church.. Mas, em 15 de maio
de1882, que restabeleceu os estudos para a
construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré. Em
-7-
Lúmen Específicas
25 de novembro do mesmo ano, foi criada uma
comissão de estudos chefiada pelo engenheiro
sueco, naturalizado brasileiro, Carlos Morsing, com a
finalidade de projetar uma nova rota para a ferrovia.
A Comissão Morsing, como ficou nacionalmente
conhecida, instalou-se em Santo Antônio do Rio
Madeira em 10 de janeiro de 1883. Dois meses
depois, retornou ao Rio de Janeiro com o resultado de
112 quilômetros de trecho explorado e a
recomendação técnica para que fosse alterada a
localização da estação inicial da ferrovia. Apesar de
ter permanecido somente dois meses na região, a
Comissão Morsing sofreu pesadas baixas, entre as
quais as mortes dos engenheiros Pedro Leitão da
Cunha, Alfredo Índio do Brasil e Silva, E Thomas Pinto
Cerqueira, vítimas de doenças regionais. Outra
comissão foi criada sob a chefia do engenheiro
austríaco Júlio Pinkas. Entretanto o resultado dos
seus estudos foram colocados sob suspeita pelo
governo brasileiro. O governo boliviano foi obrigado a
arquivar seu ambicionado projeto de construir a
estrada de ferro Madeira-Mamoré, que, nesta
primeira fase, teve como saldo diversos contratos
rompidos, vários técnicos e operários mortos e
inúmeros processos nas justiças americana, inglesa e
brasileira.
CICLOS ECONÔMICOS
- O ciclo da Erva-Mate
I) Áreas de Exploração
- A Cia Mate Laranjeira possuia cerca de 2 milhões de
ha no sul do Mato Grosso do Sul, onde existe hoje, 20
municípios. Esse ciclo econômico criou toda uma
mentalidade política existente até hoje no Estado.
II) Evolução econômica
1872/1892 - Cia pertencia a Thomaz Laranjeira
1892/1902 - Thomaz Laranjeira se associou aos
Irmãos Murtinho
1902/1937
a
Cia
passou
para
a
Cia
Mendes(Argentina)
III) Oposição
- O poder da Cia despertou a ira dos inimigos
políticos como por exemplo Pedro Celestino Correia
da Costa. O próprio Getúlio Vargas combateu a Cia
com seu nacionalismo.
Em 1947 - O governador Arnaldo Estevão Figueiredo
tirou a concessão dos Ervais.
O PERÍODO REPUBLICANO
Como na Independência, a notícia da
proclamação da República encontrou Cuiabá em
grande efervescência, com grupos políticos já se
digladiando contra ou a favor do novo regime. A
instabilidade política grassava por todo o País, mas
em Mato Grosso adquiria contornos mais marcantes,
inclusive pela truculência das disputas entre os
grupos de poder locais, geralmente chefiados por
coronéis cujo prestígio se media pela capacidade de
arregimentar homens e armas pelo
critério da
eficácia mais que da legitimidade ou procedência. A
ação desses grupos, aliada à de caudilhos vindos do
sul, acostumados a chamar qualquer briga política de
revolução para em nome dela saquear fazendas e
praticar outras estrepolias, resultou na proliferação
dessa prática, que se estendeu aos grupos de
bandoleiros e ladrões de gado que assolaram a
região nas décadas seguintes.
Para a maioria da população, pacífica e
assustada, restava quase sempre a posição de vítima
direta ou indireta dessas ações. Principalmente as
mulheres, que não tinham voz nem vez, tanto na
vida
pública
quanto
na
vida
privada.
Esse clima de instabilidade política e social, em parte
decorrente da própria forma de ocupação e defesa do
território, foi um dos fatores que resultaram na
insignificante participação do capital estrangeiro no
desenvolvimento de Mato Grosso, comparada com
outras regiões do país. Mas na entrada do século XX
os interesses internacionais muito contribuíram para
o fortalecimento econômico de Mato Grosso e Cuiabá
com toda a movimentação provocada pelo ciclo da
borracha nos seringais do norte e pelo ciclo da ervamate nos ervais do sul do Estado.
Em 1914, com cerca de 22 mil habitantes,
Cuiabá já tinha perímetro urbano de três quilômetros
de comprimento (no sentido NE-SO) por dois de
largura. A cidade era organizada em dois distritos,
com 24 ruas, 28 travessas, 17 praças, dois jardins
públicos e um serviço de bonde com um ramal para o
Matadouro e outro para a Cervejaria.
A
prefeitura
mantinha
serviços
de
abastecimento d’água, ensino público, limpeza
pública, iluminação e dois mercados públicos. Havia
dois hotéis, vários restaurantes, serviço telegráfico,
rede de telefones e correio. Nas duas bibliotecas
públicas e da Sociedade Literária Cuyabana
circulavam além de livros duas revistas locais e seis
jornais, sendo um diário (O Debate).
Mato Grosso era governado na época por
Joaquim Augusto da Costa Marques, o primeiro
governante eleito a exercer integralmente seu
mandato de quatro anos, coroando assim um período
de uma década de razoável normalidade
Política na capital. Foi também o primeiro a
empreender uma visita às mais distantes localidades
do Estado, numa longa viagem de mais de ano,
fotografada e primorosamente documentada no
Álbum Graphico de Matto Grosso, um dos mais
importantes acervos de imagens e informações sobre
o passado desta região.
Ainda em 1914 o Estado recebe a visita do
presidente norte-americano Theodor Roosevelt, que
empreende uma viagem pela selva amazônica em
companhia do então coronel Cândido Mariano da
Silva Rondon, que em janeiro do ano seguinte
completa a ligação telegráfica entre Cuiabá e a vila
-8-
Lúmen Específicas
de Santo Antonio do Madeira, atual Porto Velho,
capital de Rondônia.
Em janeiro de 1918, após conturbado período
em que a tentativa de empeachment do governador
Caetano Manoel de Faria Albuquerque resultou em
sangrentos combates no sul e no norte seguidos de
intervenção federal, assume o comando de Mato
Grosso, eleito fragorosamente, o bispo cuiabano D.
Francisco de Aquino Corrêa. Intelectual notável,
membro da Academia Brasileira de Letras, D. Aquino,
além de pacificar o Estado, procura jogar mais luz
sobre suas inteligências criando a Academia Mato
Grossense de Letras, o Instituto Histórico de Mato
Grosso e o serviço de iluminação elétrica de Cuiabá.
Vários governos, e golpes e choques armados
e intervenções federais, se sucederam, até que em
1937 assume o governador Julio Strubing Muller, que
permaneceria no cargo por oito anos, até o final da
ditadura Vargas. Uma das principais marcas de seu
governo foi a preocupação em melhorar o aspecto
visual e funcional de Cuiabá, abrindo ruas e estradas,
reformando
e construindo
modernos
prédios
públicos, como o Colégio Estadual e outros, inclusive
um hotel e um cinema, que segundo se conta, faziam
falta na cidade. Construiu também a ponte de
concreto
ligando
Cuiabá
a
Várzea
Grande,
impulsionou a pecuária e procurou desenvolver a
agricultura atraindo colonos dos estados do Nordeste
para a região de Poxoréu. O projeto não deu certo ali
mais veio frutificar na colônia de Dourados, no sul do
Estado, implantada ainda durante o seu mandato.
O sul do Estado, que após a Guerra do
Paraguai vinha sendo povoado sobretudo por
mineiros e paulistas em função da facilidade de
terras para a pecuária, crescia celeremente e
começava a desenvolver-se também na agricultura.
A estrada de ferro trouxe levas e levas de imigrantes
japoneses, portugueses, libaneses, e encurtou para
dois ou três dias a comunicação com São Paulo e Rio
de Janeiro, que até então levava meses de espera
pelo rio Paraguai.
A MORTE DE TOTÓ PAES
Cuiabá, 7 de julho de 1906 – Foi executado
ontem na Fábrica de Pólvora, região do Coxipó do
Ouro, o presidente de Mato Grosso, Coronel Antônio
Paes de Barros, mais conhecido por Totó Paes.
Fundador e proprietário da Usina de Açúcar Itaicy,
Totó estava refugiado de Cuiabá desde o último dia
30, quando tropas oposicionistas a seu governo,
lideradas pelo senador Generoso Paes Leme de
Souza, invadiram a capital.
Totó Paes foi morto com dois tiros, um no
tórax e outro no ouvido esquerdo. As forças
revolucionárias que o executaram foram comandadas
pelo Coronel Joaquim Sulpício de Cerqueira Caldas,
também conhecido por Quinco Caldas. O corpo do
presidente foi encontrado por um tenente do
Exército. Também ontem, na Praça do Arsenal de
Guerra, o senador Generoso Ponce realizou a parada
da vitória, com a presença de centenas de pessoas.
Com a morte de Totó Paes, assume a administração
de Mato Grosso o 1º vice-presidente Pedro Leito
Osório, com apoio de Generoso Ponce. A morte de
Totó Paes coloca fim a um das disputas mais
ferrenhas já vistas na história política da capital. O
episódio já é comentado pela população como a
“Revolução de 1906”.
Totó Paes estava na presidência de Mato
Grosso desde 15 de agosto de 1903, quando venceu
as eleições concorrendo com Manoel Esperidião da
Costa Marques. O governo de Totó foi marcado pela
tentativa de reorganizar o Estado, mas também por
muitos
fatos
violentos.
Desde 1904, quando Generoso Ponce retornou de
Assunção para Corumbá, o ambiente político na
Capital se tornou mais tenso. Este clima enfatizou-se
no ano passado, quando os irmãos Murtinho
reataram forças com Ponce, formando juntos a
“Coligação Mato-Grossense” a partir do antigo
Partido Republicano - da qual Ponce fazia parte – e da
“Dissidência” , ala dos murtinhistas.
A impopularidade de Totó Paes ficou mais
evidente em 1º de novembro de 1905, quando nas
eleições para Assembléia Legislativa e Câmaras
Municipais a “Coligação” fez maioria. Maioria que se
repetiu em 30 de janeiro deste ano, quando a
“Coligação” também elegeu a maior parte para o
Senado e a Câmara Federal. Foi neste clima tenso,
que Generoso Ponce resolveu reunir forças militares
para, em 17 de maio deste ano, partir rumo a Cuiabá
a fim de tomar a capital.
As forças militares reunidas por Generoso
Ponce em Corumbá estavam compostas por 10
vapores e 20 chatas trazendo 500 homens, número
que foi aumentando no decorrer da viagem até
chegar a 2000 já em Cuiabá. A este movimento,
também chamado de Divisão Sul, foi somada a
Divisão Norte, composta por 1,2 mil homens e
liderada pelo Coronel Pedro Celestino, também sob a
coordenação de Generoso Ponce. Foi a Divisão Sul
que ocupou a Usina Itaicy, de Totó Paes, e a Fazenda
Pindaival, do irmão do presidente, Henrique Paes de
Barros, golpes considerados fatais para Totó. Já com
cerca de quatro mil homens, no final do mês passado
Generoso Ponce mandou um ultimato a Totó Paes,
que não respondeu ao chamado e fugiu de Cuiabá.
Totó acionou o governo federal e aguardava, na
Fábrica de Pólvora, a chegada do socorro da
Expedição Dantas Barreto. Até ontem, no entanto, tal
expedição não havia chegado a Cuiabá. Ao contrário
do que acontece hoje, no início do século passado
era chamado presidente a autoridade máxima do
Estado, e governador da autoridade máxima da
República. As tropas de Dantas Barreto, que eram
aguardadas por Totó Paes em Cuiabá no início de
julho de 1906, só chegaram na capital dia 17 de julho
de 1906.
-9-
MARECHAL RONDON
Lúmen Específicas
Nasceu a 5 de maio de 1865, em Mimoso,
Estado do Mato Grosso. Pelo lado materno, descendia
de índios terena e bororó, e de portugueses,
espanhóis e índios guanás pelo lado paterno.
Aos dois anos perdeu os pais, ficando sua
educação a cargo de um tio.
Após o curso primário, em 1879, matriculouse na Escola Normal de Cuiabá. Em 1881, aos 16
anos de idade, completou o curso com distinção.
Ingressou no Regimento de Cavalaria, em Cuibá e
decidiu ir para o Rio de Janeiro, para prosseguir seus
estudos na Escola Militar.
Depois de vencer dificuldades de saúde e
outras, saiu classificado em 1º lugar da Escola
Superior de Guerra com o título de Engenheiro Militar
e o diploma de bacharel em Matemática e Ciências
Físicas e Naturais. Foi então servir na Comissão
Construtora da Linha Telegráfica de Cuiabá ao
Araguaia, e assim iniciou suas atividades de
sertanista.
Começando pelo 16º Distrito Telegráfico de
Mato Grosso (1892), Rondon chefiaria, depois, a
Comissão encarregada da construção da linha
telegráfica de Cuiabá ao Araguaia (1897), a
Comissão das linhas telegráficas do Estado do Mato
Grosso (1900) e a Comissão construtora das linhas
telegráficas de Mato Grosso ao Amazonas, mais tarde
conhecida e famosa como "Comissão Rondon"
(1907), a qual faria a ligação do remoto Território do
Acre ao circuíto telegráfico nacional.
A construção de linhas telegráficas exigia
trabalho penoso e abnegado, desbastando a mata
virgem, fazendo postes com as árvores derrubadas,
explorando regiões desconhecidas, fazendo medições
e cálculos, limpando o terreno, transportando com
enorme esforço diversos materiais e equipamentos, e
sobretudo enfrentando um clima adverso, doenças
tropicais, serpentes e insetos perigosos, e ataques
dos índios que não toleravam o invasor das suas
terras.
No tratamento inteligente e pacífico com que
enfrentou os indígenas, Rondon celebrizou-se ao
mesmo tempo por sua coragem e humanidade. Ficou
para sempre no coração dos brasileiros e seu lema:
"Morrer, se necessário; matar nunca".
De 1900 a 1906, com o estudo de 4.100
quilômetros de rotas, foram construídos 1.746 km de
linhas telegráficas. Em 1914, pela Expedição
Científica Roosevelt-Rondon (com a participação de
Theodore Roosevelt, ex-presidente dos Estados
Unidos) vastas regiões foram desbravadas na
Amazônia. Rondon retornou em seguida à selva,
reassumindo a chefia da Linha Telegráfica de Cuiabá
ao Madeira, e nos oito meses seguintes foram
construídos 372.235 metros de linha, com uma
média mensal de 46 km.
O Congresso das Raças, que se reuniu em
Londres em 1913, elogiou entusiasticamente a obra
de Rondon, ressaltando que tal obra deveria ser
imitada "para honra da civilização universal".
Criada em 1927 a Inspeção de Fronteiras, foi
entregue a Rondon a sua chefia e organização. Na
inspeção e levantamento das fronteiras com a
Venezuela, Colômbia e Guianas Francesa e Inglesa,
Rondon utilizou todos os meios de transporte. Uma
viagem ininterrupta de 257 dias, na primeira fase dos
trabalhos, comprova o seu devotamento ao dever,
seu amor à pátria e também seu vigor físico e moral.
Foram vencidos 10.702 km por via marítima e fluvial;
1.801 km a cavalo; 2.917 km em automóvel; l.896
km em estrada de ferro, perfazendo um total de
17.316 quilômetros, Rondon tinha então 62 anos.
Em 1934, Rondon foi convocado pelo
Presidente da República para presidir a Comissão
Mista Peru-Colômbia. Esses dois países estavam em
dissídio pela posse da região de Letícia, e durante
quatro anos (dos 69 aos 72 anos de idade) o
infatigável Rondon, apesar de ter grave doença numa
vista, dirigiu os trabalhos até a total confraternização
de ambas as nações.
Recusando então receber a subvenção
governamental que lhe era devida por sua missão no
estrangeiro, ofereceu e doou toda a quantia para a
construção de uma escola na sua cidade natal,
Mimoso.
Quando completou 90 anos, o Congresso
Nacional conferiu-lhe a patente de marechal. Pelo
trabalho humanitário junto aos índios, que insistia em
serem tratados com compreensão e bondade, foi
cognominado "Grande Chefe" pelos silvícolas e
"Marechal da Paz" pelos civilizados.
DIVISÃO DE MT
Enquanto o norte de Mato Grosso expandia a
pecuária como sua principal atividade econômica
mas sofria ainda as dificuldades da falta de
transporte por via rodoviária, o sul já tinha essas
melhorias e incrementava o comércio, facilitado pela
relativa
proximidade
dos
grandes
centros
consumidores. E se o crescimento econômico do sul
trazia benefícios para Cuiabá, centro político e
administrativo do Estado, o crescimento demográfico
trazia também o desequilíbrio numérico, evidente
sobretudo a partir de 1945, nas sucessivas eleições
diretas ou indiretas de governadores originados do
sul do Estado, como Arnaldo Estevão de Figueiredo,
Fernando Correa da Costa, Pedro Pedrossian e José
Fontanillas Fragelli.
E a idéia separatista, que motivou grandes
disputas, crises políticas e entreveros armados por
mais de um século e meio, acaba concretizada por
decreto do governo militar de Ernesto Geisel em
1977, criando o Estado de Mato Grosso do Sul,
separado então definitivamente de Cuiabá.
O sentimento de perda para as populações
do norte mato-grossense foi muito grande. Cuiabá, já
era então uma grande metrópole, com todos os
recursos e facilidades de qualquer cidade moderna.
Mas o receio de muitos era que estivéssemos então
condenados ao ostracismo e à estagnação, com o sul
- 10 -
Lúmen Específicas
liberto projetando-se de forma avassaladora tanto na
região quanto no contexto nacional.
Não foi preciso muito tempo para se verificar
que aconteceria exatamente o contrário. Superadas
as intermináveis disputas políticas e econômicas com
o sul, o norte pôde então concentrar seus esforços
administrativos, políticos e empresariais para a
defesa de seus próprios interesses, tanto a nível local
quanto junto ao governo federal.
Um acertado e oportuno programa de
incentivo à colonização, aliado à descoberta do
cerrado
como
campo
propício
à
produção
mecanizada de soja e outros grãos de exportação,
atraiu grandes contingentes de produtores do
Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, que
abriram lavouras e fundaram cidades que cresceram
e se multiplicaram, mudando radicalmente em
menos de vinte anos o perfil demográfico e
econômico do novo Mato Grosso.
A pacata Cuiabá tornou-se trepidante com a
grande movimentação de gente, recursos e projetos.
Novos arranha-céus, vias expressas, shopping
centers e complexos industriais concretizaram da
noite para o dia o sonho de uma metrópole futurista
em pleno centro do continente. A ligação rodoviária
por asfalto tanto para o sul, quanto para o norte e
para o leste do Estado, a chegada do trem através da
Ferronorte, o evolução tecnológica no ramo das
comunicações
e
da
informática,
quebraram
definitivamente o passado de isolamento geográfico
e cultural, ligando em tempo real Cuiabá e outras
cidades do Estado com o resto do mundo. O
desenvolvimento dos sistemas de ensino e pesquisa,
o aprimoramento da agropecuária, o incremento do
comércio, da indústria e dos setores de prestação de
serviços geraram novos empregos, novas empresas e
aumento de arrecadação.
Mato Grosso entra no século XXI como o
Estado brasileiro com melhor desempenho no
aumento de arrecadação de ICMS. É uma das regiões
com maior crescimento populacional, com índice
médio de 4% ao ano nos últimos vinte anos. A
avalanche de novos moradores vindos de todas as
regiões do país, fazem de Cuiabá não uma metrópole
privada de seus traços culturais originais, mas, pelo
contrário, estes são cada vez mais cultuados,
valorizados e geralmente adotados pelos novos
moradores.
A antiga xenofobia cuiabana, que resultou em
episódios tristes da nossa história, como a Rusga
contra os portugueses e as barbaridades contra os
paraguaios, transmuta-se hoje para uma postura
extremamente cordial, hospitaleira e bem humorada,
que encanta a todos que chegam, de passagem ou
pau-rodado.
Exercícios de Fixação
1 – “Naturalmente, os índios que viviam na região,
não ficaram satisfeitos com o estabelecimento de
estranhos na área e investiram bravamente contra o
grupo de bandeirantes que, com o apoio da bandeira
dos irmãos Antunes conseguiram render os
silvícolas...” (Elizabeth Madureira – Processo Histórico
de MT).
De acordo com o fragmento do texto acima
qual o aldeamento estabelecido nesta área, o líder
dessa
bandeira,
e
conseqüentemente
o
administrador desse aldeamento, e os índios que
habitavam essa região em 1719, respectivamente.
a) Arraial do São Gonçalo, Pascoal Pinto Moreira,
Beripoconé.
b) Arraial da Forquilha, Antônio Pires de Campos,
Coxiponé.
c) Arraial da Forquilha, Pascoal Moreira Cabral,
Coxiponé.
d) Arraial de Cuiabá, Miguel Sutil, Poconé.
e) Arraial da Forquilha, Miguel Sutil, Aripoconé.
2 – Com a descoberta aurífera na região pela
bandeira de Pascoal M. Cabral, assinale a alternativa
correta:
a)
b)
c)
d)
e)
Ocorreu o aumento da caça ao índio visto a
necessidade de mão-de-obra para a cata do ouro
de aluvião.
A função de caça ao índio ficou relegada a
segundo plano, cedendo lugar às atividades
mineradoras
praticadas
ainda
de
forma
rudimentar.
Ocorreu o avanço da vida urbana local visto o
ouro trazer riqueza e grande desenvolvimento da
região.
Diminuição populacional local, visto os pesados
impostos cobrados pela metrópole portuguesa
no Arraial da Forquilha, vindo a desistimular essa
atividade econômica.
Aumento significativo da população, visto o ouro
ser de aluvião e considerado, desde o princípio,
inesgotável na região da Forquilha.
3 – Considerado como sendo o núcleo irradiador do
movimento bandeirante que culminou com a
descoberta do ouro de aluvião na região de MT a
partir de 1719.
a)
b)
c)
d)
e)
Planalto de Piratininga – Capitania de São
Vicente.
Triângulo Mineiro – Capitania das Gerais.
Planalto de Suassuna – Capitania de São Paulo.
Chapada dos Veadeiros – Capitania de Goiás.
Planalto da Taborda – Capitania de Pernambuco.
4 – Administrador das Minas Cuiabanas, indicado
pelo rei de Portugal – D. João V – e responsável pela
elevação do arraial à categoria de Vila Real em 1721.
a)
b)
c)
- 11 -
Pascoal Moreira Cabral.
Antônio Pires de Campos.
Antônio Rolim de Moura.
Lúmen Específicas
d)
e)
Rodrigo César de Meneses.
Lourenço Lemes.
7 – São feitas as seguintes afirmações:
I – A nomeação de Pascoal Moreira Cabral para a
função de Guarda-Mor Regente do Arraial da
Forquilha foi um ato da Metrópole pois tratava-se
de um cargo de confiança.
II – Assim que a notícia da descoberta do ouro se
espalhou, milhares de pessoas, oriundas das
mais diversas regiões, dirigiram-se em grandes
comitivas, para as minas do Coxipó, em busca de
fortunas.
III –
O ouro de aluvião aqui descoberto a partir de
1719 foi responsável pela organização de uma
vida urbana e cultural comparável ao ciclo
minerador de MG.
IV –
O Arraial de Cuiabá foi administrado pelo
governador de São Paulo – Rodrigo César – o qual
veio com a função específica de aumentar os
impostos reais sobre a extração do ouro.
Está(ão) correto(s):
I – O Governador de SP, Rodrigo César de Meneses,
enviado pela metrópole portuguesa criou nas
minas cuiabanas os cargos de Provedor dos
Quintos e da Fazenda Real.
II – O quinto foi criado como forma de garantir o
aumento da arrecadação fiscal para a metrópole,
ocasionando o aumento dos investimentos na
infra-estrutura da região cuiabana, bem como um
significativo aumento populacional.
III –
Com a administração do governador Rodrigo
César as minas cuiabanas deixaram de ser
abastecidas pelas monções vindas da Capitania
de São Paulo, visto a região ter se tornado autosuficiente na produção agrícola e de gêneros de
1ª necessidade.
IV –
Os irmãos Lemes, João e Lourenço,
opuseram-se
frontalmente
ao
poder
do
governador de SP – Rodrigo César. Por se tratar
de um poder local nas minas cuiabanas, foram
mortos em nome dos interesses metropolitanos.
Está(ão) correto(os):
a)
b)
c)
d)
e)
a)
b)
c)
d)
e)
5 – Julgue os itens e assinale a alternativa correta.
I e II.
II e III.
III e IV.
I e IV.
II e IV.
6 – A respeito do abastecimento das minas
cuiabanas durante o Século XVIII assinale a
alternativa correta.
I – Devido, principalmente, às péssimas condições
do solo ao redor das minas cuiabanas a prática
da agricultura era pouco difundida entre os
colonos. Por isso as monções de abastecimento
vindas da Capitania de São Paulo tiveram um
importante papel nesse período.
II – As monções eram responsáveis não apenas pelo
abastecimento com produtos de 1ª necessidade,
mas também trazia grandes contingentes
populacionais, geralmente aventureiros em
busca do ouro de aluvião.
III –
O trajeto percorrido pelas monções, apesar
da grande distância, não trazia grandes
dificuldades, fazendo com os produtos fossem de
fácil aquisição para toda a população local.
IV – Essas monções eram constantemente atacadas
por índios, Guaicurus, Caiapós e Paiaguás,
fazendo com que a metrópole, através de seus
representantes
na
região,
passassem
a
desenvolver uma política de aproximação em
relação às tribos indígenas através da prática do
escambo, catequização e integração dos mesmos
à nova sociedade branca.
Está(ão) correto(os):
a)I e II.
d)I e III.
b)II e III.
e)I e IV.
c)III e IV.
I e II.
II e III.
III e IV.
I e III.
I e IV.
8  Ao se referir ao abastecimento da região
mineradora de Cuiabá, nos primeiros tempos de
colonização, a historiadora Elizabeth Madureira
Siqueira assim se expressa: “As duas regiões mas
próximas das Lavras do Sutil e responsáveis pelo seu
abastecimento mais imediato foram: Rio Abaixo (hoje
Santo Antônio do Leverger) e Serra Acima (hoje
Chapada dos Guimarães)... Dessa forma nem só de
alimentos vivia esta população...”
A respeito desse contexto histórico, julgue as
características, colocando V ou F:
I-
O primeiro trajeto fluvial percorrido pelos
sertanistas para abastecer Cuiabá transformou o
Rio Abaixo em importante entreposto comercial.
II - De Rio Abaixo, a produção agrícola era trazida
pelo rio Cuiabá até a região aurífera.
III - Vestimentas, instrumentos de trabalho e
escravos vinham de outras províncias por meio
de tropas ou monções.
IV - Os primeiros engenhos surgidos na região foram
responsáveis pelo fabrico não somente do
açúcar, mas também da rapadura e de
aguardente.
Está(ão) correto(os):
a)
b)
c)
- 12 -
I , II e III.
II , III e IV.
III e IV.
Lúmen Específicas
d)
e)
I e III.
I e IV.
9 – Sobre as causas e o momento da decadência da
mineração do ouro em MT ainda no século XVIII,
julgue os itens:
I – Os impostos que eram cobrados pelo sistema de
capitação, isto é, por cabeça, sofreram taxação
substancial, momento em que foi implantado o
quinto, ou seja, 20% do ouro.
II – Havia pouco incentivo aos mineiros capaz de
leva-los a persistirem na cata do ouro,
ocasionando sua migração para outras regiões.
III –
O êxodo populacional de Cuiabá para outras
regiões levou a metrópole a desmembrar as
minas de MT da Capitania de SP, através do
alvará de 1748, criando a Capitania de MT.
IV –
A grande quantidade de ouro extraído das
minas cuiabanas serviu para enriquecer os cofres
metropolitanos, entretanto, a demora da
metrópole em implantar um rigoroso sistema de
arrecadação dos impostos, ocasionou um
acúmulo do vil metal nas mãos da sociedade
mineradora local.
Está(ão) correto(os):
a)
b)
c)
d)
e)
I , II e III..
II , III e IV.
III e IV.
I e III.
I e IV.
10 – Em 1748, ao criar a Capitania de MT, o rei de
Portugal nomeou D. Antonio Rolim de Moura Tavares
para administrá-la. Esse nobre português recebeu
uma série de instruções que lhe possibilitaram,
inclusive, ao chegar às margens do rio Guaporé,
escolher o local onde seria estabelecida a primeira
capital mato-grossense: Vila Bela da Santíssima
Trindade. Sobre o assunto, julgue os itens:
I-
A longa distância de vila Bela da Santíssima
Trindade dos centros fornecedores e o excessivo
número de cachoeiras na rede fluvial elevariam o
custo das mercadorias, inviabilizando o comércio
monçoeiro.
II - A Companhia de Comércio do Grão-Pará e
Maranhão, interligando Belém à Vila Bela,
poderia resolver o problema de abastecimento da
capital e contribuir para garantir os interesses de
Portugal em relação às terras do extremo oeste
da colônia.
III - A proximidade com o domínio espanhol exigiu
que a coroa lusitana adotasse uma política de
povoamento intensivo da área fronteiriça pro
meio da criação de missões jesuíticas,
construção de fortes militares e doação de terras
para extração de poaia e mate.
IV - O abastecimento de Cuiabá, em meados do
século XVIII, continuou sendo feito pelo roteiro
fluvial Cuiabá-Tietê, estabelecido desde a
descoberta das primeiras jazidas auríferas no rio
Coxipó do Ouro, no início deste mesmo século.
Está(ão) correto(os):
a)
b)
c)
d)
e)
I , II e III.
I, II e IV.
III e IV.
I e III.
I e IV.
11 – São feitas as seguintes afirmações sobre Vila
Bela, 1ª capital de MT, no contexto do século XVIII:
I – Região dotada de péssimas condições de
povoamento
devido,
principalmente,
sua
insalubridade.
II – A economia local girava em torno da agricultura
e do intenso comércio que era complementado
pelas trocas mantidas com a Companhia de
Comércio do Grão Pará e Maranhão.
III –
Vila Bela, localizada na região leste da
Capitania, foi construída com o objetivo de
efetivação
do
Uti
Possidetis,
com
o
fortalecimento da fronteira.
IV –
Os colonos portugueses utilizaram escravos
negros e índios como elementos importantes
para a defesa e militarização da área de
fronteira, onde geograficamente localizava-se
Vila Bela.
Está(ão) correto(os):
a)
b)
c)
d)
e)
I , II e III.
I, II e IV.
III e IV.
I e III.
I e IV.
12 – 1º Capitão-General da Capitania de MT, indicado
pelo rei D. João V, que entre outros pontos históricos
importantes foi o responsável pela fundação de Vila
Bela da Santíssima Trindade, 1ª Capital de MT.
a)
b)
c)
d)
e)
Antônio
Antônio
Antônio
Antônio
Antônio
Pedro da Câmara.
Moura Pinto.
Pires de Campos.
Rolim de Moura.
Paes de Barros.
13 - São feitas as seguintes afirmações sobre Vila
Bela, 1ª capital de MT, no contexto do século XVIII:
I – Com a instalação da Capital na região oeste de
MT, formou-se o segundo núcleo urbano de
expressão, cuja organização administrativa e
militar abrigou os órgãos governamentais da
Capitania.
II – Aos moradores que ali desejassem se instalar
foram dados incentivos e privilégios, isenção do
- 13 -
Lúmen Específicas
pagamento de dízimos assim como do
pagamento dos direitos de entrada.
III –
Tal iniciativa por parte do governo local
objetivava garantir o povoamento e defesa da
fronteira
oeste,
ocasionando
um
grande
deslocamento populacional para a região,
tornando aquela área propícia à colonização.
IV –
Cabia à Companhia de Comércio do Grão
Pará e Maranhão, a qual possuía monopólio
exclusivo da metrópole portuguesa, conduzir
para a Capital de MT, mercadorias e escravos
necessários ao sustento da população.
Está(ão) correto(os):
a)
b)
c)
d)
e)
I, II e III.
I, II e IV.
III e IV.
I e III.
I e IV.
b)
c)
d)
e)
No século XVIII os quilombos proliferaram em
MT, em regiões onde existia a produção do
açúcar, tais como: Cuiabá, Poconé, Chapada dos
Guimarães.
IV –
A região guaporeana tornou-se uma região
característica de quilombos em MT devido ao
grande número de escravos negros para lá
levados pelas monções vindas da Capitania de
SP.
Está(ão) correto(os):
a)
b)
c)
d)
e)
I , II e III.
I, II e IV.
II, III e IV.
I e III.
I e IV.
16 – Cargo exercido pelo bandeirante Pascoal Moreira
Cabral dentro do Arraial da Forquilha, fundado em
8/4/1719.
14 – Sobre os Quilombos existentes na Capitania de
MT, assinale a alternativa incorreta.
a)
III –
Os Quilombos foram característicos da região
guaporeana, especialmente durante o período
em que Vila Bela foi a capital de MT.
Dentre as mercadorias transportadas pela
Companhia de Comércio do Grão Pará e
Maranhão estavam os desejados escravos
negros, pois conservar a fronteira oeste,
povoando-a com senhores e escravos, constituía
o princípio primeiro de garantia da mesma por
Portugal.
O maior Quilombo da capitania de MT foi o
Quariterê, localizado na região oeste, liderado
pela Rainha Teresa de Benguela e formado por
várias raças.
A Aldeia da Carlota era um Quilombo com fins
políticos de povoamento e defesa da fronteira
oeste de MT, sendo formado por índios e
escravos fugitivos.
No Quilombo do Piolho, por conviverem negros,
crioulos e índios, os hábitos e costumes
indígenas
mesclados
aos
africanos,
proporcionaram o surgimento de uma vida
bastante
interessante,
baseado
numa
convivência comunitária.
15 – Sobre os Quilombos existentes em MT, durante
o período colonial, são feitas as seguintes
afirmações.
I – A Aldeia da Carlota não foi originalmente
planejada para ser um quilombo, mas uma aldeia
composta por negros alforriados, criada pelo
próprio governador João de Albuquerque.
II – O interesse de se criar uma aldeia, no mesmo
local onde existiu o destruído Quilombo do Piolho,
era de se povoar a região fronteiriça a oeste,
garantindo a posse de suas terras à metrópole.
a)
b)
c)
d)
e)
Capitão-Mor.
Regente-Mor.
Guarda-Mor.
Provedor-Mor.
Ouvidor-Mor.
17 – Capitão-General de MT indicado pela metrópole
portuguesa, responsável pela fundação de vários
núcleos populacionais na região no período colonial,
dentre eles São Pedro Del Rey e Albuquerque,
adotando o Marco do Jauru como delimitador da
fronteira oeste, segundo o Tratado de Madri.
a)
b)
c)
d)
e)
Antônio Rolim de Moura.
João Pedro da Câmara.
João de Albuquerque.
Luis de Albuquerque.
João Carlos de Oyenhausen.
18 – Capitão-General de MT indicado pela metrópole
portuguesa, responsável pela organização do Aldeia
da Carlota, localizado no mesmo local do antigo
Quilombo do Piolho, ou seja, na região do Guaporé,
bem como pela pacificação dos índios Guaicurus.
a) Antônio Rolim de Moura.
b) João Pedro da Câmara.
c) João de Albuquerque.
d) Luis de Albuquerque.
e) João Carlos de Oyenhausen.
19 - Capitão-General de MT indicado pela metrópole
portuguesa, responsável pela organização de várias
festas que ostentavam luxo e riqueza, e que ao
mesmo tempo objetivava esconder as desigualdades
sociais locais no período anterior à independência
política do Brasil.
a)
b)
c)
- 14 -
Antônio Rolim de Moura.
João Pedro da Câmara.
João de Albuquerque.
Lúmen Específicas
d)
e)
Luis de Albuquerque.
João Carlos de Oyenhausen.
4.
Esse movimento não se contextualiza com os
movimentos sociais ocorridos durante a regência,
por não possuir ideais políticos avançados,
representando apenas uma briga política entre
conservadores e liberais.
Está(ão) correto(os):
a)
b)
c)
d)
e)
1 , 2 e 3.
2, 3 e 4.
2 e 3.
1, 3 e 4.
1, 2 e 4.
20 - Capitão-General de MT indicado pela metrópole
portuguesa, responsável pela transferência dos
organismos administrativos localizados em Vila Bela
para a cidade de Cuiabá no ano de 1821.
a)
b)
c)
d)
e)
Antônio Rolim de Moura.
João Pedro da Câmara.
João de Albuquerque.
Luis de Albuquerque.
Francisco Magessi.
21 – Em relação a MT, no contexto da independência
do Brasil, julgue os itens.
1 - Ocorria a mudança do eixo econômico, Vila Bela
para Cuiabá, em função da decadência da
mineração e da incrementação das atividades
agropecuárias e comerciais.
2 - A população distribuía-se de forma heterogênea
com maior concentração na região central, onde
se localizava Cuiabá, principal centro urbano,
embora em 1822, não fosse a capital.
3 - A disputa pela localização da capital, envolvendo
Cuiabá e Vila Bela da Santíssima Trindade, na
realidade colocava em campos opostos a
oligarquia do norte cujo poder centrava-se em
mãos dos altos funcionários, burocratas, e a
oligarquia do sul com base nos latifundiários
pantaneiros.
4 - As dificuldades financeiras vivenciadas na
capitania que, além de periférica, passava pela
diminuição
da
produção
aurífera,
foram
agravadas pelos gastos excessivos de CapitãesGenerais com festas e ostentações que lhes
garantiam popularidade entre a elite.
Está(ão) correto(os):
a)
b)
c)
d)
e)
1 , 2 e 3.
2, 3 e 4.
3 e 4.
1, 3 e 4.
1, 2 e 4.
2.
3.
a)
b)
c)
d)
e)
a)
c)
d)
e)
Ocorreu no período regencial, marcando a
transferência do poder políticos das mãos dos
liberais para os conservadores.
Essa revolta teve um caráter social visto contar
com a participação de várias classes da
sociedade cuiabana, inclusive populares.
As atitudes tomadas pelos revoltosos denota que
a sociedade política
da época, engajada no
movimento, não possuía nenhum plano para a
melhoria das condições dos mais humildes, por
isso mesmo, a única mudança significativa
ocasionada por esse movimento foi em nível
político.
Foi um movimento ocorrido no período regencial
que contou com a participação de vários
segmentos sociais, incluindo os populares.
Teve uma conotação nacionalista uma vez que
perseguições aos estrangeiros situados na região
ocorreram nesse movimento.
Representou uma luta entre facções políticas
locais: de um lado os conservadores, de outro os
liberais que contavam com o apoio das classes
mais humildes.
Nessa revolta de caráter social inúmeras
transformações ocorreram na região em nível
político, econômico e social, pois uma nova
ordem foi estabelecida pelos liberais.
A Rusga fez parte de um conjunto de outras
revoltas ocorridas no mesmo período, como por
exemplo a Balaiada, também de forte conotação
social.
24 - Fato que marca a inserção de MT na fase do
capitalismo industrial:
b)
22 – Julgue os itens sobre a Rusga e assinale:
1.
23 – Assinale a alternativa incorreta a respeito da
Rusga.
O término da Guerra do Paraguai e a reabertura
do estuário do prata.
A importação das primeiras usinas de açúcar
instaladas nas margens do rio Cuiabá.
O aumento das exportações de produtos
manufaturados de MT para outros países.
A chegada da energia elétrica na região
cuiabana durante o governo de D. Aquino.
O apoio financeiro dado pela Inglaterra para MT
ingressar na Nova Ordem Econômica Mundial.
25 - Doença que se alastrou em nossa região que
matou boa parte da população cuiabana durante a
Guerra do Paraguai.
a)
b)
c)
d)
e)
- 15 -
Peste Bubônica.
Difteria.
Varíola.
Febre Tifóide.
Malaria.
Lúmen Específicas
26 – Tratado firmado entre Portugal e Espanha,
redefinindo suas posses coloniais na América,
incluindo a área territorial do atual Estado de MT.
b)
c)
a)
b)
c)
d)
e)
Tordesilhas.
Badajós.
Santo Ildefonso.
Madri.
Maastricht.
d)
e)
27 – Em 1726, governava a capitania de SP Rodrigo
César de Meneses, fidalgo português que, sabendo
das notícias das minas cuiabanas, resolveu transferir
residência para o Arraial com o objetivo de:
a)
b)
c)
d)
e)
Enriquecimento rápido a exemplo dos demais
mineradores.
Cobrar mais impostos sobre a extração do ouro
de aluvião.
Controlar os colonos
aqui estabelecidos,
evitando possíveis revoltas.
Proibir o aprisionamento de índios, garantindo os
lucros de Portugal com a venda apenas de
escravos africanos.
Transferir a sede da Capitania de SP para Cuiabá.
32 – Após a anulação do Tratado de Madri, Portugal
se empenhou para que a nova discussão diplomática
lhe garantisse op êxito nas negociações. O novo
pacto de limites ratificava o Tratado de Madri, o que
se refere à raiz oeste da colônia. Mais três núcleos de
povoamento foram criados nas fronteiras de MT:
Albuquerque (1778), Vila Maria (1778) e Cassalvasco
(1783). A fundação desses núcleos teve por
finalidade:
a)
b)
28 – A residência dos capitães-generais,
governaram MT no período colonial, foi:
a)
b)
c)
d)
e)
que
c)
São Luis de Cáceres.
Cuiabá.
Corumbá.
Vila Rica.
Vila Bela da Santíssima Trindade.
d)
e)
29 – Podemos afirmar que a Rusga foi um movimento
tipicamente:
a)
b)
c)
d)
e)
Regencial de pouca abrangência social.
De caráter revolucionário e Liberal.
De caráter Constitucional e Republicano.
De caráter Republicano e Conservador.
De abrangência nacional e xenófobo.
30 – O Tratado Provisório de Amizade Comércio e
Navegação assinado entre o Brasil e o Paraguai em
1856, permitia:
a)
b)
c)
d)
e)
O livre comércio entre os dois países.
A tomada de parte do território do Paraguai.
A navegação pelo rio Paraguai.
A prisão do ditador Solano Lopez.
A aliança entre os dois países contra a Tríplice
Aliança.
31 – Assinale a alternativa incorreta.
a)
Os funcionários da Coroa faziam parte
camada privilegiada da sociedade de MT.
da
Os comerciantes realizavam o comércio entre as
diversas áreas da Colônia: São Paulo e Rio de
Janeiro.
Em Mato Grosso era realizado principalmente
pela Companhia de Comércio do Grão Pará e
Maranhão.
Os lucros conseguidos na área da mineração
ficavam na Capitania, favorecendo a elite local.
Era substancial o número da população pobre, a
qual vivia da pequena lavoura de subsistência ou
ainda se dedicava à “faiscagem” do ouro nos
rios.
Consolidar áreas ocupadas pelos portugueses à
Espanha.
Transformar MT no antemural do Brasil, apto não
só a defender os domínios portugueses na
América mas também amplia-los.
Criar
núcleos
que
possibilitassem
maior
segurança à população dos ataques dos índios e
por vezes dos espanhóis.
Um caráter meramente fiscalizador, pois o
contrabando da prata era intenso na região.
A
instalação
de
novos
núcleos,
como
conseqüência da incapacidade dos espanhóis em
ocupar toda a sua área.
33 – Governador que elevou Cuiabá à categoria de
Vila Real, aumentou os quintos e as taxas tributárias
referentes às passagens pelos rios.
a)
b)
c)
d)
e)
Manoel Carlos de Meneses.
Pedro de Toledo.
Antonio Rolim de Moura.
Rodrigo César de Meneses.
Luis de Albuquerque Melo Pereira e Cáceres.
34 – O aglomerado urbano, que se instalou em 1778
no governo de Luis de Albuquerque, sob o nome de
Vila Maria, hoje é conhecido como:
a)
b)
c)
d)
e)
Poconé.
Dourados.
Cáceres.
Chapada dos Guimarães.
Corumbá.
35 – Assinale a alternativa incorreta com relação à
vila Bela da Santíssima Trindade.
- 16 -
Lúmen Específicas
a)
b)
c)
d)
e)
Antônio Rolim de Moura
foi nomeado
governador de MT, com a função de escolher o
local para ser construída a capital.
Para a ocupação da região, o governador
determinou a isenção do pagamento dos dízimos
e entradas e suspendeu as dívidas para com a
Coroa, por determinado tempo.
O local escolhido para ser construída a capital
era saudável e de clima ameno.
O abastecimento da capital era feito pela
Companhia de Comércio do Grão-Pará e
maranhão.
O roteiro seguido pela Companhia de Comércio
do Grão-Pará e maranhão passava pelos rios
Amazonas, Madeira e Guaporé.
36 – sobre a transferência da capital de Vila Bela
para Cuiabá, avalie os itens:
1– A
transferência
deu-se no contexto
da
independência do Brasil, momento em que a elite
brasileira tinha interesse pelo controle econômico
e político do país.
2 – A situação da Capitania de MT, às vésperas da
independência, caracterizava-se pela mudança
do eixo-econômico, pois, com a decadência da
mineração, os interesses se voltavam para as
atividades agropecuárias e para o incremento do
comércio.
3 – A região oeste de MT era a mais povoada por
estar localizada ali a capital; portanto, a situação
econômica dessa região era mais importante que
das outras regiões de MT.
4 - A elite cuiabana não tinha interesse em manter a
capital em Cuiabá; mesmo assim, o governador
João Carlos de Oyenhausen e Francisco Magessi
fixaram a residência de seus governos em
Cuiabá.
Está(ão) correto(s).
a)
b)
c)
d)
e)
1, 3 e 4.
1 e 2.
1, 2 e 4.
1, 3 e 4.
2 e 4.
37 – Julgue os itens abaixo com relação à cana-deaçúcar em MT.
1 – A produção foi significativa para a exportação.
2 – dentre as dificuldades encontradas para o
desenvolvimento da cana-de-açúcar, podemos
mencionar a precariedade dos meios de
transporte e a falta de tecnologia.
3 – A maior usina existente em MT foi a do Itaici, às
margens do rio Cuiabá, de propriedade de Totó
Paes.
4 - Com a reabertura da navegação pelo rio Paraguai
ocorre a modernização e a proliferação dos
engenhos na região de Rio Abaixo.
5 – O regime de trabalho utilizado nas usinas
caracterizava-se por uma grande exploração da
mão-de-obra; o trabalhador, além de cumprir
longas jornadas de trabalho, consumia todo o seu
salário no armazém da própria usina.
Está(ão) correto(s).
a)
b)
c)
d)
e)
1, 3 e 4.
1, 2 e 3.
1, 2 e 4.
2, 3 e 5.
2 , 3 e 4.
38 – Sobre as atividades econômicas desenvolvidas
em MT no decorrer do século XIX e XX, analise os
itens abaixo.
1 – A mão-de-obra utilizada na extração e
beneficiamento do látex era a gaúcha.
2 – Na região do AC e MT surgiram várias indústrias
que usavam o látex como matéria-prima.
3 – A mão-de-obra empregada na pecuária era
composta principalmente de homens livres e
assalariados, ficando os escravos reservados
para as tarefas mais específicas.
4 – A extração da poaia ocorria no período das
chuvas e foi importante para o desenvolvimento
econômico da região mato-grossense.
Está(ão) correto(s).
a)
b)
c)
d)
e)
2
1
1
2
3
e
e
e
e
e
3.
2.
4.
4.
4.
39 – Sobre as ferrovias em MT, julgue os itens.
1 – em 1871, surge a Railway Co. Ltda., empresa que
irá ser a grande responsável pela construção da
ferrovia Madeira-Mamoré.
2 – Vários trabalhadores foram contratados para a
construção da Madeira-Mamoré, oriundos de
várias regiões do mundo.
3 – Os
trabalhadores
da
Madeira-Mamoré,
responsáveis pelo sua construção, morreram
vitimados pelas doenças tropicais e pelas
péssimas condições de moradia e alimentação.
4 – A Noroeste do Brasil é uma ferrovia que liga MT
ao RS.
5 – Com a construção da Noroeste do Brasil, ocorreu
a decadência comercial de Cuiabá e Campo
Grande e o desenvolvimento da cidade de
Corumbá.
Está(ão) correto(s).
a)
b)
c)
d)
e)
- 17 -
1,
1,
1,
1,
2,
3
2
2
3
3
e
e
e
e
e
4.
3.
4.
5.
4.
Lúmen Específicas
40 - Foram conseqüências trazidas para MT com a
construção da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil.
1 - A intensificação do fluxo comercial com a região
sudeste.
2 - O surgimento de varias industrias de carne em
MT (as charqueadas)
3 – A mudança do eixo comercial de CorumbáCuiaba para Campo Grande-Cuiaba.
4 - O auxilio no transporte do gado matogrossense
para engorda e abate na região sudeste.
5 - A desvalorização das terras e produtos
produzidos em MT devido a concorrência dos
produtos trazidos da região sudeste.
Esta (ao) correta(s).
d)
e)
44 - Foram características da produção açucareira
dos engenhos em MT, EXCETO:
a)
b)
c)
d)
e)
a)
b)
c)
d)
e)
1, 2, 3 e 4.
1, 3, 4 e 5.
1, 2, 4 e 5
1, 4 e 5.
Todas.
41
Mão-de-obra
utilizada
matogrossense mo período colonial:
a)
b)
c)
d)
e)
na
pecuária
Produção baseada na mão-de-obra escrava e
voltada para o consumo interno.
Garantia a produção do açúcar e aguardente
para abastecer as minas cuiabanas.
Era produzida em grandes latifúndios, utilizando
mão-de-obra escrava e produzia apenas a canade-açúcar.
Os engenhos matogrossenses localizavam-se às
margens do rio Cuiabá devido a fertilidade das
margens.
A produção dos engenhos era baixa, resumindose basicamente na produção do açúcar e da
aguardente.
45 – Dentro do processo de construção das Linhas
Telegráficas por Rondon, constitui-se na principal
influencia e mola propulsora para a execução da
mesma.
a)
b)
c)
d)
Escrava.
Indígena.
Assalariada.
Paraguaia.
Vaqueiros.
3, 5, 1, 4 e 2.
1, 3, 4, 5 e 2
e)
Idéia do primitivismo dos índios brasileiros.
A política salvacionista desenvolvida pelo SPI.
As idéias positivistas de Comte.
A integração das áreas desenvolvidas ao MT e
AM.
A proteção das terras indígenas.
42 - A Estrada de Ferro Madeira-Mamoré está ligada
a qual ciclo econômico desenvolvido em MT?
46 - Foram conseqüências trazidas para MT com a
chamada Marcha para o Oeste, EXCETO.
a)
b)
c)
d)
e)
a)
Pecuária.
Borracha.
Poaia.
Erva-Mate.
Açúcar.
b)
43 - Associe as colunas abaixo de forma correta:
1
2
3
4
5
-
c)
Camaradas.
Paraguaios.
Nordestinos.
E.F. Noroeste do Brasil.
Argentina.
d)
e)
( )
(
(
(
(
a)
b)
c)
Mão-de-obra utilizada na extração da
borracha no Ac, Am e MT.
)
Mercado
consumidor
da
erva-mate
matogrossense.
)
Mão-de-obra utilizada nas usinas de MT.
)
Mão-de-obra utilizada na extração da ervamate em MT.
)
Relativo ao ciclo da Pecuária em MT.
3, 5, 1, 2 e 4.
3, 4, 2, 1 e 4.
3, 1, 2, 5 e 4.
A multiplicação de grandes propriedades e uma
estrutura agrária concentrada em mãos de
minorias.
O aparecimento de posseiros na região que
invadiam as propriedades com o intuito de obter
a sobrevivência e o usucapião.
Aparecimento dos
Beliches de Terras que
garantiam o aumento da produção pois eram
incentivadas pelas Colônias Agrícolas Federais.
A especulação imobiliária das terras o que
favorecia sua valorização.
O aumento do desemprego rural com a
multiplicação de latifúndios que absorvia pouca
mão-de-obra.
47 - Na década de 70 efetivou-se a divisão do Estado
de MT através da Lei complementar nª 31 de 1977.
Nessa época o profª Rubão já contava com seus 25
anos de juventude. O Prof. Rubão que participou
ativamente das manifestações em pró da divisão do
estado de MT naquele período pertenceu a qual
grupamento político?
a)
b)
c)
- 18 -
Liga por MT Unido.
Liga Norte-Matogrossense.
Liga pelo Unionismo.
Lúmen Específicas
d)
e)
Liga Sul-Matogrossense.
Liga Dividir para Multiplicar.
de ouro da América, situado na região central de
Cuiabá.
48 - A partir da década de 70 MT tornou-se num
paraíso para as colonizadoras particulares. Sobre o
assunto julgue os itens e assinale a alternativa
correta abaixo:
I-
Através do PIN o governo Federal criou múltiplos
incentivos, como a construção de infra-estrutura
na região Centro-Oeste, o que favoreceu os
interesses
desses
grupos
nacionais
que
passaram a adquirir terras na região.
II - Essas
colonizadoras
encontraram
relativas
facilidades
na
região
como
crédito
e
financiamento pelos órgãos federais criados pelo
governo Médici, como a SUDAM e SUDECO.
III - Uma das colonizadoras pioneiras do estado de
MT foi SINOP, que como as demais que passaram
a existir em MT, trataram de colocar em prática
um desenvolvimento sustentável, empregando
seu valioso capital em empresas agrícolas e
pecuárias que absorvem grande quantidade de
mão-de-obra.
IV - Nesse processo recente de colonização do Estado
de MT, o governo Federal desenvolveu e auxiliou
projetos
de
assentamento
de
pequenos
proprietários rurais nas regiões Norte e CentroOeste, fato que podemos observar no não
surgimento de nenhum conflito rural na nossa
região, ocorrendo mais comumente na região
sudeste onde há maior concentração de terras e
formação de latifúndios.
a)
b)
c)
d)
e)
Todas são corretas.
Apenas a III e IV são corretas.
Apenas a I e II são incorretas.
Apenas a III e IV são incorretas.
Apenas a IV é incorreta.
49 – Assinale a alternativa incorreta:
a)
b)
c)
d)
e)
O Ouro de aluvião foi a grande riqueza regional
que ocasionou o início da colonização de MT, no
início do século XVIII.
Foi a bandeira de pascoal Moreira Cabral, vinda
da Capitania de SP, a responsável pelo
aprisionamento dos índios Coxiponés locais e o
descobrimento casual do ouro de aluvião às
margens do rio Coxipó.
Pascoal
Moreira
Cabral
foi
o
primeiro
administrador do arraial da Forquilha, com o
cargo de Guarda Mor-Regente, diretamente
indicado pela Metrópole Portuguesa.
Os impostos cobrados nas minas cuiabanas, no
início da mineração na região, era através da
capitação, variando de acordo com a quantidade
de trabalhadores livres e escravos existentes nas
minas.
O paulista Miguel Sutil foi o responsável pelo
descobrimento das Lavras do Sutil, maior mina
50 – Foram características da mineração em MT, no
período colonial, exceto:
a)
b)
c)
d)
e)
Ouro de Aluvião.
Predominância da mão-de-obra escrava negra.
Baixos investimentos nessa atividade visto o
ouro ser de aluvião.
Utilização de técnicas e ferramentas avançadas
para se extrair o ouro do solo da região.
Atividade econômica passageira e efêmera, visto
o ouro se esgotar muito rapidamente.
51 - A respeito do regime republicano implantado no
Brasil em 1889, julgue os itens e assinale a
alternativa correta
I-
Do ponto de vista político, o novo regime não
significou
uma
transformação
profunda,
especialmente ma perspectiva da população
rural.
II - A primeira Constituição republicana (1891), ao
garantir o federalismo, liberou as elites regionais
das limitações impostas pela centralização
monárquica, nesse sentido a “política dos
governadores” de Campos Sales consagrou o
princípio da independência das oligarquias frente
ao poder central.
III - Os mato-grossenses, a exemplo do que
aconteceu com a maioria dos brasileiros, ficaram
surpresos com a proclamação da República,
embora as idéias republicanas já fossem
veiculadas, no mínimo, desde a Rusga, em 1834.
IV - A necessidade de garantir para os grandes
proprietários rurais sua influência política foi
resolvida com a adoção de uma política populista
em que o governo central garantia o
atendimento das reivindicações da classe
trabalhadora em troca de apoio eleitoral.
Está(ão) correto(s).
a)
b)
c)
d)
e)
I, III e IV.
I, II e III.
I, e IV.
II e IV.
II, III e IV.
52 - (UFMT-2003) – Entre os projetos propostos por
Getúlio Vargas durante sua administração, de 1930 à
1945, encontra-se a Marcha para o Oeste. Em relação
a esse projeto, julgue os itens.
a)
b)
c)
- 19 -
A ocupação e a colonização da Amazônia Legal
por meio da reforma agrária eram propostas
desse projeto.
Um importante objetivo era transformar o
território brasileiro em um bloco homogêneo.
Pretendia garantir a modernização do país com
um
agressivo
plano
de
estímulo
à
Lúmen Específicas
d)
industrialização nos estados mais distantes da
capital federal.
A expedição Roosevelt, financiada com capital
multinacional, demonstrou a ambigüidade do
projeto.
53 - Assinale a alternativas incorreta sobre o
contexto da participação de MT na Guerra do
Paraguai:
a)
b)
c)
d)
e)
Cuiabá, atacada intensamente pelos paraguaios,
foi defendida pela Companhia dos Voluntários
Cuiabanos, localizada no Morro do Melgaço,
próximo à cidade de Santo Antônio.
O comando da Companhia dos Voluntários da
Pátria coube a Augusto Leverger.
Cuiabá sofreu, entre outros problemas durante a
Guerra do Paraguai, com a doença conhecida
como varíola, que vitimou parcela da população
cuiabana.
O conflito da Retomada de Corumbá, ocorreu em
solo matogrossense e contou com a participação
dos cuiabanos nesse combate.
Durante os conflitos em MT, a região viu surgir
vários quilombos formados, principalmente, por
escravos fugitivos da Guerra.
54 - Foram objetivos da política adotada por Rondon
em relação à questão indígena:
1 - Desenvolvimento de uma idéia fixa que o
elemento índio não era um ser civilizado.
2 - Integração dos índios, em pé de igualdade, à
sociedade branca.
3 - Utilização dos índios como mão-de-obra na
construção das linhas telegráficas interligando
MT ao AM.
4 - Buscar o apoio do Governo Federal e da
sociedade brasileira em relação da necessidade
de o Estado desenvolver uma política de
educação dos índios. Fato este consolidado com a
criação do SPI, órgão governamental que colocou
em prática todos os objetivos de Rondon em
relação à questão indígena brasileira.
Está(ão) correta(s):
a)
b)
c)
d)
e)
- 20 -
1, 2 e 4.
1, 3 e 4.
2, 3 e 4.
1, 2 e 3.
Todas as afirmativas.

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