Capital Europeia da Juventude 2
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Capital Europeia da Juventude 2
Capital Europeia da Juventude 2-3 Campeões Mundiais de RoboCup 11 Lígia Santos, a MasterChef 18-19 abertura editorial Uma ideia de mudança “O que é, exatamente por ser tal como é, não vai ficar tal como está”, apregoava sabiamente o dramaturgo e encenador Bertold Brecht. Falar de mudança é hoje um lugar-comum. Tanto nos discursos públicos do poder político e económico, como nas prosas de café, as referências à inevitabilidade da mudança são uma constante. Vivemos um período de tal agitação e desassossego em que a mudança é, de facto, indiscutível. Mas porque reclamar a mudança apenas nos momentos de turbulência? Talvez faça sentido pensar que a mudança, mais do que um fim incontornável, possa ser um propósito, uma procura sistemática, focada na melhoria, no crescimento, na evolução. Um breve retorno à história da humanidade torna evidente que mudar sempre foi a tónica da civilização. O mundo, tal como o conhecemos hoje, é fruto de muitas experiências, bem e mal sucedidas, de diferentes formas, revistas no tempo, de agir e interagir com o meio, de alterações de conceções ideológicas, crenças e aspirações, de mudança nos modos de pensar e agir. No mundo corporativo não é diferente. A escola, como espaço nobre de conhecimento e de criação, cresce e evoluiu pelo labor daqueles que, diante das possibilidades, atuam como agentes de transformação. Analisam, refletem e concebem soluções inovadoras para os mais variados problemas, mas também fazem. Sabemos que a mudança traz a ameaça do novo, do medo, do desconhecido. Mas vem sobretudo acompanhada da oportunidade de renovação e inovação, da melhoria e do crescimento, do desafio de gerar o novo a partir do passado, numa continuidade que engloba rupturas e contradições, progressos e aperfeiçoamentos. E, diante da mudança, o que faz a diferença é a escolha que fazemos: ameaça ou oportunidade. Lançamos esta interrogação aos nossos alunos: diante da mudança de escola, de curso, de ano, que escolha fazer? Queremos acreditar que todos irão decidir viver a escola como um espaço para crescerem enquanto pessoas e cidadãos, desenvolvendo a autonomia e o sentido de responsabilidade, a capacidade de pensar sobre as coisas e de as questionar, cultivando uma atitude de curiosidade em relação ao saber e de abertura ao novo e à diferença. Queremos que as vontades, projetos, sonhos, desejos, sejam substantivos que se transformem em verbos de ação, conjugados no presente. Quero. Projeto. Sonho. Desejo. O protagonista está definido. Basta a vontade individual, o foco no objetivo e um forte sentido de realização. Ana Cláudia Rodrigues Direção Pedagógica A partir deste número a epb Revista segue o Acordo Ortográfico 2 4 8 12 18 22 28 30 35 Destaque: Braga, Capital Europeia da Juventude Atividades diversificadas animam a cidade dos arcebispos em 2012. Cursos Técnico Auxiliar de Saúde arrancou na escola. Mas outros continuam com energia. Fora de portas Alunos testemunham o seu ingresso no mercado de trabalho. Opinião Professores, funcionários e empresários transmitem um olhar crítico sobre temas da atualidade. À Conversa com... Lígia Santos, a 1ª MasterChef Portuguesa, conversa com Eugénia Coutinho. Iniciativas Comunidade escolar dinamiza atividades em vários domínios do saber. Em rede Integração de alunos de países de expressão oficial portuguesa. Escola Mais EPB: uma associação aberta e plural. A fechar Evocar Manuel da Fonseca (1911-1993). 1 destaque Capital Europeia da Juventude Quase 50% da população bracarense com menos de 35 anos foi uma das preponderantes razões para a apresentação da candidatura da cidade a Capital Europeia da Juventude, uma iniciativa do Fórum Europeu da Juventude, que teve como primeira nomeada Roterdão, em 2009, a que se seguiu Turim, em 2010. Braga recebe agora o testemunho de Antuérpia (CEJ 2011), e inaugura oficialmente o programa num evento que ocorrerá a 14 de janeiro. A programação da CEJ, cujos contornos exatos serão revelados ao longo do ano, divide-se em 12 grandes áreas de ação, com as quais se pretende um alargado envolvimento dos jovens bracarenses, e também do país. yWORLD – Braga virada para o mundo, com cimeiras internacionais, festivais de música e gastronomia, e um concurso, Word by youth eyes, são os destaques desta área. ATCAMPUS – tendo como alvo os universitários, inclui bolsas internacionais, estratégias para o emprego, apoio aos empreendedores (YAngels), mas também eventos culturais e desportivos, como um festival de curtas-metragens e o Campeonato Mundial de Futsal Universitário. BRACARA FROM AUGUSTUS – a designação da ação não deixa margem para dúvidas, é a Bracara Augusta revisitada, com dois grandes eventos, Braga PréRomana e Braga Romana. YOUTH THINK TANK – tempo para pensar o futuro, incluindo um Repositório Digital e o Orçamento Participativo, que se quer participado pela juventude bracarense. JOGOS DA JUVENTUDE – jovens das 62 freguesias bracarenses disputarão uns, garantidamente animados, jogos concelhios com provas eliminatórias. Y. HELP – é o espaço da solidariedade, 2 com ações de voluntariado social e o assinalar do Dia Internacional das Histórias de Vida. PARLAMENTO JOVEM EUROPEU – sensibilizar os jovens para a importância da participação política é o objectivo da ação, que incluirá, além de uma reprodução do Parlamento Europeu, encontros com decisores políticos. YOUTH CITY MAKERS – elaborar uma agenda política europeia e um Concurso internacional de ideias são ambiciosos objectivos, numa área que integra uma parceria extraeuropeia, com a cidade do Rio de Janeiro, incluindo o Congresso Mundial da Juventude. CREATE YOUR FUTURE – trabalho e emprego são o alvo da área de ação que envolverá um Gabinete do Empreendedor, estágios internacionais, uma feira tecnológica e outra das indústrias criativas. URBAN ART – artes à solta, com dois festivais de música, nacional e internacional, festivais de teatro e da juventude, uma Bienal de Arte Jovem, torneios de desportos urbanos e um cortejo irreverente. BREATHE THE FUTURE – olhar um futuro sustentável, passando por uma Orquestra Reciclada e atividades ao ar livre. STUDENTS ACT – estágios internacionais para os estudantes em Associações Juvenis, Festival de Artes Performativas, Torneio Nacional de Futebol de Rua, Celebração do Dia do Músico, Festival do Conto e Festival de Música, são algumas das iniciativas programadas para 2012. Além dos grandes eventos que enumerámos, as 12 áreas de ação incluem diversificadas atividades abertas ao público, designadamente workshops e seminários temáticos. Para mais informações, e para conhecer em detalhe a programação da CEJ, é só visitar a página da Câmara de Braga www.cm-braga.pt, ou o facebook www. facebook.com/BragaCEJ2012. Redação UMA MARCA para o futuro será sem dúvida a reconversão do antigo quartel da GNR, no Campo da Vinha, com o nome de código GeNeRATION. O projeto de arquitetura é de José Carvalho Araújo, que no vídeo de apresentação começa por colocar a questão – e se todos os criativos dispersos partilhassem a mesma casa? O edifício merecerá uma intervenção radical, com a relocalização da entrada, num corte assumidamente provocatório da esquina, permitindo, assim, a apresentação de duas frentes e um convidativo acesso pedonal. Na rua lateral será eliminado o estacionamento e desaparecerá o atual muro, criando-se uma praça urbana delimitada por um muro-cortina garantindo a permeabilidade visual. Uma marcante escadaria exterior dará acesso aos diferentes pisos do edifício, onde será instalado um restaurante, bar, auditório, salas de trabalho criativo comum, espaços para exposições, enfim, todas as infraestruturas consideradas pertinentes para cumprir o objetivo enunciado no final do vídeo: Vamos colocar Braga no panorama cultural internacional. À data do fecho desta edição apenas se sabe que os trabalhos serão adjudicados em breve, o que indica um sensível atraso no que respeita à fruição do edifício durante 2012. Mas é, sem dúvida, grande a expectativa para esta intervenção, que se espera venha a ter grande e consolidado impacto na vida cultural bracarense. Vale a pena espreitar o vídeo em http://municipiobraga.blogspot. com/2011/09/generation.html destaque Bracarenses tomam a palavra Na peugada da Braga Capital Europeia da Juventude 2012 (CEJ), fomos para a rua, bem no coração de Braga, ouvir os bracarenses acerca deste evento histórico. As respostas obtidas apontam no sentido de que a maioria das pessoas tem uma ideia do que vai acontecer no próximo ano, mas sabem muito pouco da forma como se vai passar, em concreto. O que terá a ver com o facto de o programa definitivo ainda não ser conhecido, o que acontecerá antes do Natal. Seja como for, há bastantes expectativas em relação ao ano que vem, sabendose que Braga tem potencial para dinamizar a CEJ, podendo atrair milhares de pessoas sobretudo jovens. 1ª – Diga-nos, por favor, a sua idade e ocupação. 2ª – Sabe que Braga é a Capital Europeia da Juventude em 2012? 3ª – Conhece alguns aspetos do programa? 4ª – Acha que Braga tem potencial ou capacidades para organizar um evento deste género? 5ª – Que espera de Braga, como CEJ 2012? • 17 anos, estudante. • Sim, sei que Braga é a CEJ, porque é visível em outdoors. • Não conheço nenhum aspeto do programa. • Penso que não, penso que Braga, em comparação com outras cidades europeias, não tem potencial nem capacidades para ser CEJ. • Espero que este evento sir- va para Braga crescer e ganhar projeção na Europa. • 20 anos / estudante universitário. • Sim. • Sim, tais como: atividades ligadas ao associativismo, debates sobre a sustentabilidade dos jovens, atividades lúdicas (arte, multimédia, etc.). • Não, devido à falta de infraestruturas, tais como pousadas para alojar os jovens. • Acho que Braga não vai estar à altura das expectativas. • 42 anos, oculista. • Sim, através do jornal local. • Sim, tais como divulgar as potencialidades dos jovens e da cidade e fazer com que os jovens se dediquem mais à cultura e história locais. • Não sei qual vai ser a massa humana, mas sim, penso que tem meios para alojar os jovens de forma cómoda e barata. • Espero que seja bom como forma de divulgar a cidade e o que esta tem de bom. Por exemplo: Museus, beleza natural. E espero também que traga inovação ao programa do Theatro Circo. • 25 anos, estudante universitário. • Sim, através da universidade. Vamos dar alguns concertos e apresentamos algumas propostas à CMB. • Sim, sei que vai haver um guia multimédia da cidade. • Sim, a cidade tem capacidade. • Espero que o facto de Braga ser a CEJ traga conhecimento a nível europeu e que contribua para o país em geral de forma positiva e que dê oportunidades a pessoas artísticas. • 31 anos, arqueólogo. • Sim, tenho. • Sim, conheço alguns pontos do que tenho tido oportunidade de ler na comunicação social. Destaco, por exemplo, o Bracara From Augustus, o Breathe the Future, o Youth City Makers, e outros dedicados ao empreendedorismo. • Uma vez que este tipo de eventos é, sobretudo, dirigido para um setor jovem da sociedade e que a região continua a ser uma das zonas mais jovens da Europa, acredito que Braga tem potencial para receber um evento deste tipo. Contudo, a capacidade organizativa vai requerer que a entidade gestora do evento trace objetivos, constitua uma equipa forte e motivada e que saiba auscultar os jovens e as associações juvenis, porque o sucesso da CEJ dependerá do envolvimento das forças vivas que trabalhem e mobilizem a juventude. • Espero, sobretudo, um evento que estabeleça objetivos reais, que vão de encontro às necessidades dos jovens. Creio que, hoje em dia, é mais necessário dotar os jovens de ferramentas para se inserirem e competirem no mercado de trabalho, do que propriamente concertos musicais. É certo que a parte lúdica é importante, mas, no contexto atual de grave crise financeira e de difícil inserção no mercado laboral, é pertinente os jovens adquirirem aprendizagens que lhes facilitem o ingresso numa profissão. Isso pode ser conseguido se se aproveitar a CEJ para fazer intercâmbios culturais com representantes de outros países, praticar outras línguas, saber como se trabalha noutros países, enfim, conhecer outras realidades. Acredito que é, ainda, uma oportunidade de promover a nossa cultura e a nossa cidade, e isso só se fará com um bom acolhimento e um bom roteiro turístico que passe por sítios de elevado interesse patrimonial e histórico. Recolha realizada por António Peixoto e Juliana Fernandes 1º ano de Gestão 3 cursos Gestão, curso aberto à inovação O Curso Técnico de Gestão está, na atualidade, perfeitamente formatado para responder às solicitações dos mercados, porque prepara os formandos para o seu enquadramento nas organizações e, sobretudo, lhes transmite o espírito empreendedor que os encoraja a criar o próprio negócio. Esta última vertente é prioritária, considerando o facto de as instituições públicas e privadas se encontrarem num processo de flexibilização das suas estruturas, optando por subcontratar serviços em detrimento da efetivação de recursos humanos. Na Escola Profissional de Braga, a formação em Gestão engloba uma matriz sociocultural semelhante a todos os cursos e uma componente científica que incide na Matemática e na Economia. Assim, é na componente técnica que se encontra o catalisador de diferenciação. Com efeito, optámos, desde 2008, por introduzir, na disciplina de Contabilidade e Fiscalidade, o novo Sistema de Normalização Contabilística, antecipando-nos à entrada em vigor desse Plano de Contas. Na mesma disciplina, utilizámos, há vários anos, aplicações informáticas permanente- mente atualizadas que permitem o domínio de ferramentas capazes de proporcionar valor acrescentado aos nossos alunos. Na disciplina de Direito das Organizações, a grande preocupação é atualizar, de forma constante, os normativos que regulam o funcionamento das atividades económicas. Em Cálculo Financeiro e Estatística Aplicada, é realizada uma aproximação à atividade bancária. No entanto, é na amplitude da disciplina de Gestão que são obtidas aprendizagens diversificadas, nomeadamente ao nível da gestão de recursos humanos, da produção, dos stocks da análise económico-financeira e da gestão comercial, bem como em termos da comunicação empresarial, marketing, estudos de mercado, inovação e empreendedorismo. O Curso Técnico de Gestão nunca poderá considerar-se como fechado. Está permanentemente aberto à evolução das atividades empresariais, adaptando-se a novas exigências mantendo, todavia, um firme compromisso com a criatividade e a inovação. Paulo Leitão Coordenador de Curso Secretariado, para que te quero? Numa época de profunda instabilidade e precaridade profissional, escolher a EPB revelou-se a opção adequada. Que nos motivou a escolher a área de secretariado? Será por sermos mulheres? Se, em tempos, o secretariado estava marcadamente vocacionado para o público feminino, hoje em dia, este preconceito já não se aplica. Somos secretárias por termos optado abraçar uma atividade transversal a qualquer área de negócio. Teremos mais oportunidades de emprego? Acreditamos que sim! A componente prática do curso assenta na panóplia de tarefas que compõem o quotidiano de um profissional de secretariado. E, com alguma vaidade, parafraseamos a nossa colega Rita Ferreira, “por detrás de um grande executivo, está sempre um 4 grande profissional de secretariado”. A nossa articulação com o mundo empresarial pessoais, a EPB prepara-nos para a interiorização de atributos que irão constituir um local passa pela participação ativa em situações de rececionismo que nos dotam de um know-how essencial para a nossa futura inserção no mundo do trabalho. Porque ao profissional de secretariado são exigidas determinadas qualidades fator de preferência por parte das entidades patronais. “Hoje, adormeci” deixou de ser argumento. Entre outros fatores, tornamo-nos britânicas na pontualidade e na assiduidade, imprescindíveis para o cumprimento da nossa função. Cultivar o relacionamento interpessoal é outro dos nossos desafios, porque temos a consciência de que favorece as relações profissionais e pessoais. E a nossa capacidade de iniciativa? Se não a desenvolvermos, candidatamo-nos a um lugar numa prateleira sem qualquer oportunidade de evidenciarmos o nosso potencial e reforçarmos que o nosso posicionamento é fulcral na estrutura empresarial. Se voltássemos atrás, continuaríamos a contemplar o curso de secretariado da EPB como trampolim para o mercado de trabalho. Agora, já estamos quase a voar com a convicção de que o faremos com segurança! 3º ano do Curso Técnico de Secretariado Natália Rebelo Coordenadora de Curso cursos Novo curso de Técnico Auxiliar de Saúde A importância da Comunicação em Saúde É de extrema importância a adoção de um perfil assertivo, por parte do profissional de saúde. Muitas das vezes, o simples facto de escutarmos ou mesmo de nos mostrarmos disponíveis na interação com o utente faz com que consigamos criar laços de empatia e, assim, numa fase posterior, alcançarmos a confiança da Pessoa. Em suma, o processo de comunicação em saúde tem importância crítica e mesmo estratégica, pois pode influenciar significativamente a avaliação que os utentes fazem da qualidade dos cuidados de saúde e influenciar os resultados da atividade dos profissionais, em termos de ganhos em saúde. Logo, está “nas nossas mãos” marcar pela diferença no contacto direto com o utente, comunicando assertivamente ao encontro das necessidades de cada Pessoa. O Técnico Auxiliar de Saúde tem um papel crucial, no que diz respeito à comunicação em Saúde. Não podemos esquecer que nós, técnicos de saúde, somos a “porta de entrada” de qualquer Instituição de Saúde. Assim, a forma como acolhemos e comunicamos com o utente influencia o seu comportamento no contacto com toda a equipa multidisciplinar e serviço de saúde. O modo como interagimos com a Pessoa determina a forma de agir, pois comportamento gera comportamento! Tudo é comunicação, desde as simples palavras que utilizamos aos gestos que representamos. É de todo impossível não comunicar, até estando em silêncio estamos a comunicar. Então, é fundamental que o profissional de saúde conheça e identifique as barreiras comunicacionais, de modo a encontrar estratégias para as combater ou mesmo eliminar. A distância física entre as pessoas é um espaço que nós, enquanto técnicos auxiliares de saúde, podemos eliminar, sendo uma estratégia fácil e que poderá fazer a diferença no processo comunicacional. 1º ano do Curso Técnico de Auxiliar de Saúde Disciplina de Comunicação e Relações Interpessoais O TÉCNICO Auxiliar de Saúde é o profissional que, sob a orientação de profissionais de saúde com formação superior, auxilia na prestação de cuidados de saúde aos utentes, na recolha e transporte de amostras biológicas, na limpeza, higienização e transporte de roupas, materiais e equipamentos, na limpeza e higienização dos espaços e no apoio logístico e administrativo das diferentes unidades e serviços de saúde. Como saídas profissionais, poderá desempenhar funções em unidades clínicas, unidades hospitalares, IPSS, centros de análises clínicas, gabinetes médicos e áreas afins da Saúde e Higiene, Segurança e Saúde do Trabalho, no setor da Saúde. A palavra dos alunos SE TIVESSE de dizer o significado deste curso, se calhar dizia que foi a necessidade de ajudar as pessoas que me trouxe aqui. A cada dia que passa, orgulho-me mais de andar nesta escola. Eu adoro o curso. Sabem a peça principal de um quebra-cabeças? Neste quebra-cabeças que é a minha vida, a peça que falta é o futuro, e sei que com este curso e esta escola só tenho uma opção: ganhar o jogo! Marisa Fernandes AS11 CONFESSO, no início não me entusiasmava entrar na EPB. Até que me informaram do curso que há tanto ansiava. Pesquisei, procurei mais informação e decidi: “Sim, é isto que quero”. Inscrevi-me, fui selecionada. Logo no 1º dia, percebi com toda a certeza que não me ia arrepender da minha opção. Estou a gostar do curso, do ambiente, das amizades novas e dos professores. Considero todos estes fatores importantes para a integração de um aluno. E a EPB tem um pouco de cada. Sara Sousa AS11 5 cursos Visita à CONCRETA 2011 Os cursos da Escola Profissional de Braga têm as suas especificidades e tradições. Ora, para o Curso Técnico de Construção Civil, é já um hábito a visita à Concreta, uma Feira de Materiais de Construção que se realiza em outubro, na Exponor, em Matosinhos. Dantes, dias após o início do ano letivo, lá se deslocavam todos os alunos, sendo um dia diferente, principalmente para os mais novos. Mais recentemente, a feira passou a realizar-se de dois em dois anos. Assim, no passado dia 20 de outubro, a exposição era uma novidade para duas turmas, apenas os estudantes mais velhos sabiam do que se tratava. E às turmas de Construção Civil juntaram-se os alunos do CEF CAD, o que constituía, à partida, um grande grupo. E o que viram? Que terá a feira de especial para deixar uma impressão tão positiva nos estudantes? A feira é uma enorme exposição de ma- 6 teriais de construção, com produtos tão diversos e variados que sempre surpreendem os alunos. Um local onde podem entrar nos stands, ver, contactar, mesmo manusear e pedir amostras. A visita é de estudo e, por isso, a cada aluno é atribuída uma tarefa determinada: recolher informação técnica, catálogos e amostras, relativas ao tema (elemento de construção) que lhe foi destinado, podendo os estudantes ainda receber pequenos brindes que as empresas oferecem. Então, no fim, para além de um dia bem passado, ainda há que comparar o que cada um trouxe sobre o que lhe fora solicitado e, às vezes, as muito interessantes ofertas, como sacos, porta-chaves, canetas. A novidade marcante de 2011 foi a pre- sença de tijolos de nova geração, com encaixes para facilitar a construção, reduzir a mão de obra e melhorar a resistência mecânica das alvenarias. Uma empresa, numa clara estratégia de marketing, montou no seu stand uma prova de esforço de uma viga padieira, constituída apenas por tijolos com estas características, tornando-se a experiência mais apelativa, um sucesso para atrair os visitantes. A atividade só termina um ou dois dias depois, nas aulas das disciplinas técnicas, quando são analisados os elementos recolhidos por cada aluno, explicados em pormenor a toda a turma pelo professor, e observados e manuseados por todos. Desta forma, pretende-se que todos possam aumentar os seus conhecimentos sobre a vasta gama de materiais de construção e proporcionar-lhes o desenvolvimento de competências sociais e pessoais. Maria Cândida Lacerda Professora cursos O mercado de trabalho no setor do frio Como todos sabemos, existem várias opiniões acerca dos cursos profissionais e da sua empregabilidade. Mas uma questão ocorre: até que ponto os jovens técnicos estarão ou não preparados para preencher as lacunas do mercado de trabalho no setor do frio? Todas estas dúvidas surgem devido ao facto de as carências em matéria de formação no setor do frio serem evidentes e o mercado apresentar índices de qualificação baixos, o que preocupa as empresas, pois torna-se um entrave ao crescimento e à competitividade. É sabido que os cursos profissionais apresentam um papel fundamental na formação, uma vez que preenchem o fosso que existe entre quem opta por terminar o ensino secundário normal e queira ingressar no mercado de trabalho ou quem opte pelo ensino superior. Aqui, as escolas profissionais desempenham um papel importante, pois os contactos privilegiados existentes com as empresas permitem a frequência de estágios aos formandos, ao mesmo tempo que colocam as escolas a par das necessidades das empresas, aspeto importante para a elaboração de um perfil adequado a um técnico profissional. Porém, a aquisição de um perfil base para estes técnicos deve iniciar-se durante a sua formação, sensibilizando os formandos para as necessidades que as empresas e o mercado enfrentam nas várias especialidades existentes, sendo certo que os mesmos poderão optar dentro da sua área de formação e as respetivas necessidades de formação contínua. No caso do setor do frio, o leque de especialidades é extenso, em que se destacam como principais vertentes a AVAC (Aquecimento Ventilação e Ar Condicionado) e a Refrigeração. Para além da possibilidade de estes técnicos optarem por uma destas vertentes em empresas de prestação de serviços, po- derão também ingressar num ambiente industrial, sobretudo nas indústrias de conceção e produção de equipamentos de frio. Em suma, estou certo que, dentro das dificuldades existentes na procura e oferta de trabalho, o mercado no setor do frio tem capacidade para absorver uma elevada percentagem destes técnicos. Para isso, é estritamente fundamental que as empresas e escolas caminhem de mãos dadas na formação de novos técnicos, mantendo relações de parceria, pois só assim as escolas profissionais poderão dar resposta às necessidades do mercado. Aos futuros técnicos, compete responder às necessidades do mercado, tendo sempre em mente a sua formação contínua, bem como a evolução das suas competências. Com o objetivo de assinalar a época natalícia em que nos encontramos, no átrio de entrada da EPB, está exposta uma Árvore de Natal “gelada”. Este trabalho foi realizado pelos alunos do 3º ano do Curso Técnico de Frio e Climatização, com acompanhamento do formador Vítor Silva, permitindo dar a conhecer a toda a comunidade escolar a aplicação prática de um tema fulcral da componente técnica do curso, o ciclo frigorífico. João Cunha Professor Construção Civil: um curso com futuro A área de Construção Civil proporciona a criatividade e a inovação. Os alunos, futuros técnicos, concebem maquetas que se poderão transformar em projetos criativos para enriquecer a arquitetura paisagística das nossas cidades, vilas e aldeias. Apresentam-se alguns desses trabalhos que os alunos desta escola realizaram no âmbito do seu projeto final de curso. Jorge Franqueira 7 fora de portas Perdidos & Achados FREQUENTEI o Curso Técnico de Construção Civil entre 1999 e 2002, tendo optado pelo ensino profissional por conselho de um professor do ensino básico e pretender prepararme para o mercado de trabalho. A escolha do curso teve a ver com o desenho, área que não encontrava no ensino regular. Concluído o terceiro ano de curso, fiz o estágio curricular na empresa Escala Reduzida, vocacionada para o fabrico e montagem de maquetas de arquitetura. No final, acabei por ser convidado para trabalhar aí, primeiro, durante um ano e, depois, até 2010 em part-time, enquanto prosseguia os estudos em arquitetura. Atualmente, encontro-me a trabalhar em Angola, na Conduril, uma empresa de construção civil e obras públicas, colaborando junto do departamento de estudos, orçamentos e projetos, como arquiteto. A formação recebida na EPB foi determinante para a pessoa que sou hoje. Foi nesta instituição que tive o primeiro contacto com a arquitetura, ramo de construção civil, e foram os professores e a escola que me deram as ferramentas necessárias para a vida profissional e incentivo para lutar pelos meus objetivos. O gosto pelas matérias e a possibilidade de exercer uma profissão na área reforçaram a minha motivação para continuar os estudos. Exorto todos os alunos a lutar com coragem pelos seus sonhos. Jaymar Delgado Curso de Construção Civil (1999-2002) 8 CONCLUÍ o curso de Eletrónica/Comando no ano letivo de 2004/2005. A decisão em vir para esta escola e curso tornou-se uma boa opção, porque foi aqui que fiz a minha formação profissional, desenvolvendo as minhas competências técnicas e pessoais e, assim, preparar-me para o exigente mercado de trabalho. Para isso, muito contribuíram os bons professores da escola e o coordenador do curso, que souberam exigir dos alunos responsabilidade e aplicação no estudo e desenvolver conhecimentos necessários a uma formação segura, abrindo-lhes a cada momento novos horizontes. Neste momento, exerço funções de Técnico de Telecomunicações na Nextbracom, empresa onde estive em estágio no final do curso através da EPB, e onde continuo desde 2005. Os projetos realizados na Nextbracom são na área de sistemas de fibra ótima, soluções de redes estruturadas, sistemas de vídeovigilância e prestação de serviços a operadores de telecomunicações, no âmbito das infraestruturas técnicas. A EPB e o curso de Eletrónica/Comando foram essenciais para a minha integração no mercado de trabalho, onde me tenho saído bem. E espero continuar assim, ao longo da minha vida profissional e pessoal. Aconselho vivamente o ingresso na EPB, pois é uma escola de futuro. Miguel Castro Curso de Eletrónica/Comando (2002-2005) TERMINEI o Curso Técnico de Secretariado na EPB, em 2009. Tive a oportunidade de realizar um estágio na bela cidade de Granada que foi muito gratificante porque permitiu conhecer novas culturas, nova língua, e colaborar numa empresa de Organização de Eventos, ficando com uma proposta de emprego em aberto. Concuído o curso, passei a colaborar no Centro Novas Oportunidades da EPB, desempenhando funções administrativas, e apoiando as chefias, técnicos, formadores e adultos. O CNO é uma mais-valia para todos os adultos que não tiveram a oportunidade de completar a escolaridade obrigatória e agora podem fazê-lo. Comecei por realizar um estágio profissional de um ano e, depois, fiquei a exercer funções até hoje. Inicialmente, o meu objetivo era o mercado de trabalho; mas, o tempo despertoume interesse para prosseguir os estudos, estando neste momento a frequentar um Curso de Apoio à Gestão, nível IV, e, logo que possível, ingressar na licenciatura de Contabilidade. Agradeço à EPB, instituição de referência na formação profissional, e aos seus profissionais por me terem dado a formação necessária a um acesso fácil ao mercado de trabalho e tornar-me capaz de enfrentar com sucesso qualquer desafio. Aconselho todos os alunos a investirem na sua formação, aproveitando as mais-valias, pois não se sabe onde poderá estar a nossa oportunidade. Daniela Filipa Sá Curso de Secretariado (2006-2009) fora de portas Reforçar competências laborais Através do projeto “Reinforcing Labour Skills”, a instituição promotora e coordenadora e os formandos da Escola Profissional de Braga terão a oportunidade de contactar com uma nova realidade cultural, social, económica e laboral de alguns países da UE e, consequentemente, reforçar competências técnicas e laborais. Este projeto terá lugar em julho de 2012, durante quatro semanas. Os dezassete formandos da EPB farão um estágio na Europa e serão distribuídos pelo seguinte quadro de cooperação: cinco formandos (entre os cursos de Contabilidade, Serviços Jurídicos e de Gestão) a efetuarem o seu estágio em Espanha (Granada), orientado pelo Instituto Europeo de Lenguas Modernas, S.L.; seis formandos (entre os cursos de Design Gráfico, Gestão e Programação de Sistemas Informáticos, Marketing e de Secretariado) a efetuarem o seu estágio em Malta (Mosta), orientado pela Paragon Europe; seis formandos (entre os cursos de Eletrónica, Automação e Comando, Instalações Elétricas, Frio e Climatização, Energias Renováveis, Construção Civil e de Multimédia) a realizarem o seu estágio na Alemanha (Leipzig), orientado pela Vitalis, uma nova parceria. As atividades planeadas deste projeto serão diversificadas, designadamente experiências em contexto de trabalho, cursos de língua, programa turístico-cultural especialmente aos fins de semana, auto e heteroavaliação da experiência e seu impacto. Todas estas atividades irão enriquecer os curricula dos formandos e, assim, promover a sua inserção no mercado de trabalho. Os estágios transnacionais assumem um papel fundamental na preparação “Os estágios transnacionais assumem um papel fundamental na preparação dos nossos alunos para um mercado globalizado” dos nossos alunos para um mercado globalizado, que exige dos profissionais boas capacidades de adaptação, decisão e iniciativa. O projeto de mobilidade “Reinforcing Labour Skills” contribuirá para promover o conhecimento técnico, www.europarl.europa.eu Uma oportunidade única para os jovens no mercado europeu humano e cultural necessários para potenciar a integração profissional destes jovens. Neste contexto, o projeto assume, como os anteriores projetos de mobilidade em que a EPB participou, um papel inovador na modernização dos modelos profissionais da região, aproximando-os dos mercados europeus mais competitivos. Estas experiências vividas dão maior mobilidade, visão transnacional e oportunidades de negócio que os formandos poderão, no futuro, disseminar no mercado profissional da região em que se vão integrar. Alexandra Corunha Experiência de Estágio NO 2º ANO do curso, realizei estágio na ACG-Assessoria, Contabilidade e Gestão, Lda., empresa onde fui muito bem recebida, fiz novas amizades e me integrei sem problemas. O estágio sempre foi uma parte da minha formação pela qual sentia curiosidade e certa ansiedade, pois seria o momento de trabalhar, principalmente na área de Contabilidade. Mas agora, vivendo a minha primeira experiência de estágio, sinto que estou mais bem preparada para enfrentar outros desafios. O estágio permitiu-me uma melhor visão do que se faz nas empresas. O estágio foi uma excelente oportunidade não só de aplicar os conhecimentos apreendidos na escola como 10 também de adquirir novos conhecimentos e amizades. Conhecimentos que reforçaram as minhas aprendizagens adquiridas e as relações pessoais como fator muito importante no contexto profissional. A ótima relação entre os funcionários permitiu-me estar mais à vontade e integrar-me com facilidade nas atividades a desempenhar. Fiquei mais ciente da forma como devemos estar no mercado de trabalho e, agora, sintome preparada para enfrentar os problemas do dia a dia profissional. Gostei imenso da empresa, das pessoas e das tarefas que realizei. Deixo um apelo a todos: nunca devemos deixar de lutar pelos nossos objetivos, tentando vencer todas as dificuldades que tivermos e saber ultrapassá-las de cabeça erguida para os alcançar. Com persistência, responsabilidade e coragem todos os sonhos são realizáveis. Basta o homem querer e, assim, daremos razão ao Poeta: “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”. Hauria Olívia Teixeira 3º ano de Contabilidade fora de portas Alunos de Eletrónica vencem Campeonato Mundial de RoboCup Foram, trabalharam e venceram… Em julho, quatro alunos do 2.º ano eletrónica participaram, em Istambul, Turquia, no Campeonato Mundial RoboCup 2011 e saíram vencedores. Aqui registam o testemunho de dias marcantes, deixando os olhos em bico…. Participámos na Prova de Busca e Salvamento A, no escalão etário 15-19 anos, que consiste na realização de um robô programado para seguir uma pista, efetuar o salvamento de uma vítima, contornar obstáculos, detetar uma vítima e transportála até um local seguro designado pelos árbitros. Sem mapa nem guia, aproveitámos para visitar a famosa Mesquita azul, construída no século XVII, única em Istambul, e que oferece seis minaretes, de onde se anunciam as chamadas à oração. No nosso caso, a chamada graça passou por tirarmos os sapatos para entrar e inalar as variadas fragrâncias que perfumavam tamanha grandiosidade. Curiosidade interior que observámos rapidamente foi o facto de não haver figuras, pois os muçul- manos não adoram imagens. Entrámos na competição com humildade e fomos avançando nas provas diárias, conseguindo o apuramento para a final, no último lugar. Mas, como os últimos são os primeiros, decidimos trabalhar para o melhor lugar possível. E, sobrevivendo à base de pepinos e com um Inglês básico (mil desculpas às professoras de Inglês que tanto apregoam a importância desta língua!), a nossa equipa, já em rebuliço, adicionou uns noodles, a equipa Chinesa denominada “Dalian No.8 Senior Middle School”, que vieram melhorar a receita, pois estavam classificados em sexto lugar. Para não entrar em desânimo, tivemos sempre um despertador citadino peculiar que ecoava cânticos alheios à nossa vontade, e que nos fazia acordar de algumas horas de sono para a labuta robótica. Na última noite, já a hora ia bem avançada quando decidimos fazer uma roboparty turca com o robô concebido na EPB, em constante afinação na pista real. Logo que nasceu o sol e os cânticos ressoaram no pavilhão, a nossa equipa parceira chegou e o nosso Inglês ainda serviu para aclarar uma estratégia conjunta. E chegou a final! Então, de olhos semicerrados na primeira manga, ficámos classificados no primeiro lugar e os olhos abriram-se imediatamente. Na segunda, assegurámos a classificação máxima, com a prova concluída em menos de metade do tempo disponível. E, assim, vencemos o Mundial! Esta foi sem dúvida a melhor experiência que tivemos durante todo o curso, por isso gostaríamos de agradecer às entidades que nos apoiaram: Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica; CCDAT - Centro de Cultura e Desporto de Alunos e Trabalhadores da EPB; Bosch Car Multimédia Portugal, S.A; ITEC - Iberiana Technical, Lda. “Esta foi sem dúvida a melhor experiência que tivemos durante todo o curso” E, por último, um agradecimento especial aos colegas da turma e do curso e um muito obrigado ao professor João Garcia, responsável pelo projeto, pela sua dedicação e apoio ao longo do ano. Parabéns, professor! Parabéns, epbianos! José Rodrigues, Rui Palha Ribeiro, Ricardo Rodrigues, Fábio Faria 3º ano de Eletrónica, Automação e Comando 11 opinião A importância da língua estrangeira no mundo do trabalho Hoje em dia, é mais do que obrigatória a aprendizagem de uma língua estrangeira, quer seja no ensino regular quer no recorrente. Desta forma, a aprendizagem da língua estrangeira é uma possibilidade de aumentar a autoperceção do aluno como ser humano e como cidadão. De facto, para além da aprendizagem formal, aquela que é ensinada na escola, também é muito importante que o aluno tenha acesso à aprendizagem informal. Aqui, entram todos os meios tecnológicos a que os jovens têm acesso na atualidade, tais como o computador, a Internet, o cinema, a televisão, podendo assim existir uma imersão total no mundo da língua estrangeira (mesmo que não haja reflexão sobre a obtenção do conhecimento). “ser capaz de falar uma ou outra língua estrangeira é um passo importante para a obtenção de um lugar numa empresa” Devido à chamada “globalização”, saber inglês no mercado de trabalho, por Valorizar o espaço Biblioteca Escolar DE ENTRE os suportes disponíveis para a realização de uma literacia ativa e partilhada, emerge a Biblioteca Escolar / Centro de Recursos Educativos, como instrumento maior da centralidade educativa na escola. Não pelo monopólio de o ser, mas outrossim porque para ela convergem públicos ávidos de aprofundar competências técnicas, cientificas, sociais e huma- 12 exemplo, é tão básico como saber ler e escrever ou utilizar o software básico num computador do escritório. Assim, como em todos os outros pré-requisitos, o domínio do inglês deve ser adquirido desde cedo. De preferência, deve começar-se na infância, tal como se começa a verificar, hoje, no ensino português. Desta forma, ao chegar à idade de encarar a procura do primeiro emprego, o jovem já poderá ter o domínio completo e será capaz de “sentir” o inglês como se fosse a sua língua materna. Contudo, isto não será fácil para todos e a dificuldade estará na capacidade da expressão oral correta, visto que a escrita e a leitura poderão ser mais simples de interiorizar. Por isso, a aquisição de vocabulário tem de ser levada em consideração como um elemento chave na aprendizagem da língua estrangeira. O mundo de trabalho está, então, cada vez mais exigente e competitivo. Por isso, ser capaz de falar uma ou outra língua estrangeira é um passo nas, indo à procura de saberes de experiências feitos, ao longos dos tempos, por quantos tiveram a ousadia e a oportunidade de investigar, pintar, escrever, copiar, fotografar, cantar, compor e dizer. De facto, a BE/CRE surge como uma mais-valia no processo educativo e formativo. Por um lado, é um centro de trabalho, de estudo, de reflexão, de consulta, de prazer e de lazer, de convívio e de saberes. Por outro, surge como polo aglutinador de apoio e realização de atividades, nas diferentes áreas do saber, que contribuem para a concretização do projeto educativo e, como consequência, para o cumprimento das metas da aprendizagem escolar. Os alunos têm acesso a uma gama de recursos documentais, incluindo digitais e informáticos, que de outra forma não disporiam. Além do mais, o trabalho aí realizado permite a importante para a obtenção de um lugar numa empresa. Há que ter em conta que muitas empresas têm filiais ou mesmo clientes noutros países, pelo que poderá haver necessidade de reuniões, contactos ou deslocações, que farão com que o conhecimento de uma língua estrangeira se torne uma maisvalia para o currículo do jovem. Apesar de termos a nossa língua materna (e da qual devemos ter muito orgulho), na sociedade global, é a língua estrangeira que lidera – podendo-se destacar, aqui, a língua inglesa como a mais utilizada na comunicação comercial em todo o mundo. Porém, para aprender uma língua estrangeira é necessário muito mais do que um curso de línguas. É, sim, primordial a vontade, o empenho e a consciência de que a aprendizagem de uma língua estrangeira será a preparação para um futuro de sucesso. Tatiana Lima Professora individualização do ensino, facto que ultrapassa e enriquece as práticas em contexto aula. Por fim, emerge como um espaço ideal para a promoção da igualdade de oportunidades, seja qual for a raça, sexo, religião, nacionalidade, língua e estatuto profissional ou social dos seus utilizadores. Enfim, a BE/CRE deve ser utilizada com paixão pela comunidade escolar. Com definição de atividades motivadoras, a aquisição de recursos diversificados, o apoio aos seus frequentadores. Porque é nela que os alunos desenvolvem competências para a aprendizagem ao longo da vida, estimulam a imaginação, descobrem a magia, praticam a aventura, aprofundam o conhecimento, desenvolvem a discussão, a reflexão e o diálogo. Conetam o passado e o presente, com esperança no futuro. Redação opinião Um olhar sobre... Trabalho cooperativo Para uma formação de qualidade Todos sabemos que o jovem vai ouvindo desde criança que tem de estudar para ser alguém na vida. O que é dito por pais, professores e até amigos, argumentos de peso para o segurar nos trilhos da caminhada. Uma ideia que sustenta dever de um trabalho responsável, mas que reenvia, também, para a escola e a família. É certo que o jovem passa muitos anos na escola, mas isso pouco lhe adiantará se não souber aproveitar essa fase única no seu crescimento, o que conseguirá com estudo, empenho, participação, entrega, iniciativa, persistência, cooperação e um envolvimento permanente nas atividades formativas. O principal sinal terá de vir de si mesmo, centro da educação e principal beneficiário dela. Mas também terá de contar com um apoio forte e sustentado da família, sobretudo na criação de condições de estuOra, bem sabemos que não podemos confundir a árvodo e no acompanhamento das atividades escolares, e com re com a floresta, pois há milhares de pessoas na educação uma escola que lhe garanta uma formação global de quali- - alunos, professores, funcionários e responsáveis - que fadade, que passa tanto pela gestão da transmissão de conhe- zem muito bem o que lhes compete. Mas também é certo cimentos científicos e técnicos como que muitos dos atores aqui referidos por uma carta de valores e atitudes que “formação de atitudes e valores poderão fazer mais e melhor, com uma lhe permitam adquirir um conjunto de como suporte de uma formação atitude mais positiva, que passa pelo competências que o levem a integrarenvolvimento na escola, pela definição de qualidade” se, segura e facilmente, na sociedade e de práticas letivas inovadoras, pela coonas empresas. Porque é sabido que vai peração, pela assunção de mais responencontrar uma sociedade fortemente competitiva, em que sabilidade e sentido ético – numa palavra, todos devem puxar apenas os mais bem preparados terão reais oportunidades. para o mesmo lado. A não ser que… Neste sentido, é necessária uma maior responsabilização dos principais atores da educação. A vida faz-se primeiramenPorém, sabemos que ainda existem muitas instituições e te com pessoas e ignorar a dimensão humana conduzirá à famílias que não funcionam de acordo com o seu grau de formação de seres robotizados, podendo ficar toda uma geraresponsabilidade e então, quando as coisas não correm bem, ção irremediavelmente comprometida. E, como estamos num assistimos a uma espécie de pingue-pongue, tentando cada tempo em que já não basta ser um bom técnico, é preciso qual atirar a responsabilidade para a outra, o que apenas adia também ser um bom cidadão, julgamos que a educação deo problema, ao invés de o resolver. A verdade é que, como verá privilegiar a formação de atitudes e valores como suporo tempo da formação não espera pelos entendimentos de- te de uma formação de qualidade, numa estratégia verdadeisavindos, é frequente ver-se muitos jovens entregues à sua ramente concertada que envolva todos os atores da escola. sorte e, ao primeiro sinal de desmotivação ou indisciplina que nem a escola nem a família são capazes de resolver, correr o Por isso, há que aproveitar os bons exemplos que vêm de risco de cair no abandono, quantas vezes até na procura de inúmeras escolas de todo o país e acompanhar o sentido da caminhos ínvios. mudança. Há que convocar pais, professores, alunos a unirem E que dizer da pouca atenção dada ao esforço da pessoa esforços no sentido de repensarem a articulação da família humana na sua valorização pessoal e profissional? Basta ver com a escola e esta com as empresas, numa atitude que vise o que se passou com o Prémio de Mérito Escolar prometido e uma verdadeira formação global nas dimensões técnica, cienretirado a poucos dias da sua entrega. Há ações que pelo seu tífica, social e humana. simbolismo deveriam ser tratadas de outra forma. O mesmo Se assim for, estaremos a dar um importante contributo se diga da formação dos adultos (alguns ainda bem jovens) para transformar as incertezas do presente num tempo de que praticamente está paralisada há meses, sem uma indica- boas oportunidades no futuro. As gerações vindouras agração clara a quem faz um esforço para, no fim de um dia de decem. trabalho, poder ir à escola e melhorar as suas competências e habilitações. Fernando Silva 13 opinião O papel da Escola na Educação e na Formação Dimensão social numa formação de qualidade A Educação do indivíduo como futuro cidadão deve registar-se na família, imediatamente à nascença, baseada em valores, normas e modelos de conduta, que serão inculcados no sentido de formar a personalidade. No entanto, com as constantes transformações da sociedade, a família, como núcleo primordial de educação, tem vindo dissimuladamente a delegar esse papel na escola, dado que é no contexto educativo que os jovens passam a maior parte do dia. Sem querer substituir a família, para além da sua função de ensinar os conteúdos programáticos exigidos pelo Ministério da Educação, passou a pertencer-lhe, também, a função educativa. Esta passou a colaborar nesse desenvolvimento de valores tão necessários para o normal desenvolvimento do jovem, tais como: a democracia, as regras para a sã convivência, o respeito pelo outro, a solidariedade, a tolerância, o esforço pessoal, etc. contribuir significativamente para colmatar essa ameaça. Assim, é necessário que toda a comunidade educativa esteja atenta e colaborante. Os jovens devem sentir-se, como todo o cidadão, com direitos, mas também com deveres de que não podem alhear-se. O seu comportamento e forma de “escolas e professores não podem ‘fechar os olhos’ à exclusão social que tanto tem contribuído para as diferenças sociais” A escola não é uma instituição isolada da sociedade. A primeira característica do processo educativo e seus contextos, a sala e a escola, é a sua dimensão social. A escola como contexto organizacional, logo, socialmente construído, desenvolve estruturas, cria regras e normas relativas à vivência nessa sociedade organizada, uma vez que os jovens interagem neste contexto e fazem-no em interdependência com essas estruturas, regras e normas. Com a multiculturalidade cada vez mais presente na sociedade e na escola, sabemos que os jovens transportam dos seus contextos sociais de origem os seus próprios valores e princípios que podem ser distantes daqueles que o contexto educativo desenvolve. É aqui que a escola tem o papel importante de orientar e gerir todas as situações daí implícitas. É importante que trabalhe a cidadania na prática, para que os alunos compreendam que cada um, independentemente da classe social, crença religiosa, raça ou cor, tem nela o seu lugar garantido, assim como na sociedade da qual faz parte. Do seu comportamento e da sua postura como cidadão, participativa e transformadora, resultará uma sociedade mais equilibrada e equitativa que todos queremos cada vez mais justa e melhor. Neste sentido, escolas e professores não podem “fechar os olhos” à exclusão social que tanto tem contribuído para as diferenças sociais e que, muitas vezes, as ameaça. Não podem ignorar que os conflitos e problemas sociais existem. Meios onde proliferam os maus tratos físicos e psicológicos, em que as privações, a baixa escolarização e a pobreza andam de mãos dadas. Nós somos responsáveis pelas consequências educativas das nossas ações. Está nas nossas mãos poder evitar que os nossos jovens se transformem em futuros inadaptados ou futuros marginais, só porque não tiveram referências positivas na infância. O papel de toda a comunidade escolar é poder 14 estar devem ser a imagem da sua Escola, aquela que os forma e educa. Porque é à comunidade escolar que cabe a tarefa de acompanhar o ensino/aprendizagem dos alunos, é dever dos professores, funcionários e famílias estarem presentes sempre e quando necessário, intervindo para a correção de atitudes menos apropriadas. Por sua vez, o educador deve proporcionar competências relacionadas com todas as dimensões do saber: aprender a ser-estar, aprender a conhecer, aprender a fazer e aprender a viver. Dimensões que, sendo pilares da educação, deverão ser apreendidas no seu conjunto, para, assim, ganharem significado. Se assim for, os jovens adquirirão competências que os tornarão cidadãos ativos e participativos na sociedade, e com uma postura positiva para enfrentar o mercado de trabalho. Terão atingido e concretizado os seus objetivos, sonhos pessoais e profissionais. Albertina Abrantes Mediateca opinião Crise, sinónimo de desafio Numa altura em que chegamos ao final do ano num ambiente pessimista de contração económica e de consumo, a grande pergunta é: O que esperam as marcas, as empresas e os consumidores de 2012? Numa resposta rápida, diria que esperam uma nova oportunidade, na qual as regras do jogo mudaram, mas onde os objetivos continuam a ser os mesmos. A situação económica atual trouxe alterações substanciais nos consumidores e nas empresas. Nos consumidores, porque os seus hábitos de consumo mudaram e a sua visão das marcas também. Hoje, o fator preço é cada vez mais determinante na maioria das relações dos consumidores com o produto ou serviço e este refugia-se em quem lhe dá a melhor relação qualidade/preço. As em- “as empresas devem apostar na comunicação e na criatividade como forma de se diferenciarem da concorrência” presas, porque não estão dispostas a tolerar erros para atingir os seus objetivos, trabalham com orçamentos apertados e margens de erro muito pequenas. Se é verdade que os consumidores olham cada vez mais para a relação preço/qualidade, as empresas também avaliam ao pormenor o retorno de cada euro investido em comunicação. Neste momento, a maioria das marcas está à defesa e arrisca pouco, quando os manuais dizem que deveria ser ao contrário: quando estamos em crise, devemos arriscar mais. Por isso é que as empresas devem apostar na comunicação e na criatividade como forma de se diferenciarem da concorrência e potenciarem o seu negócio. Ora, o mundo está em constante mudança. E o marketing e as marcas fazemse para a realidade circundante, logo, quando ela se altera, há que corrigir as variáveis da equação. As empresas têm de ir ao encontro da realidade e adaptar as suas estratégias de comunicação. E, neste momento, a realidade é que temos um consumidor mais racional, ou melhor, emocionalmente mais maduro e mais bem preparado. Assim, ou a marca consegue manter uma relação de cumplicidade e fidelidade muito forte com o consumidor, ou este, na hora de escolher, vai optar pela marca mais barata ou pela marca branca. É aqui que entram as agências de comunicação, pois, claramente, as coisas mudaram e já não voltarão a ser como antes. A crise internacional voltou a colocar sobre a mesa a reformulação das grandes variáveis do marketing e, consequentemente, das políticas de comunicação. Por isso é que este ano que agora termina foi também um ano de aprendiza- Empreendedorismo A UM TEMPO de dificuldades segue, por certo, um outro de boas oportunidades. E, muitas vezes, bem mais cedo do que se espera. Ora, o melhor mesmo será cada um aproveitar este tempo e preparar-se o melhor possível para, quando isso acontecer, estar na linha da frente. Uma das vias possíveis poderá estar na formação para o empreendedorismo: de pessoas capazes de aprenderem a gem para todos nós. A crise exige mais das agências de comunicação para conseguir chegar ao consumidor e surpreendê-lo. Exige mais criatividade, mais imaginação, mais trabalho. E nós tivemos de nos ajustar e fazer mais com menos. Foi e será assim na nossa vida pessoal, e deve ser assim na nossa vida empresarial. “A crise exige mais das agências de comunicação para conseguir chegar ao consumidor e surpreendê-lo.” Para nós, o significado da crise não é o mesmo da maioria da sociedade. Para a h2com, crise é sinónimo de desafio, de uma oportunidade para nos reinventarmos, para trabalharmos mais, para fazermos coisas diferentes, inovadoras e melhores. Olhando nesta perspetiva, a nossa empresa desconhece a crise no seu estado atual. Será sorte? Talvez, mas, como diz José Mourinho, “Ter sorte dá muito trabalho”! Isabel Castro Gestora da H2Com www.h2com.pt pensar e a buscar soluções; de pessoas criativas que gostem de arriscar, de ousar; de pessoas positivas que não pensem apenas que vai tudo correr mal; de pessoas que pensem de forma sistémica, para compreenderem os fenómenos como um todo, percebendo os pormenores e as partes. E, sobretudo, de pessoas que acreditem nelas próprias e que sejam ousadas, inconformadas, persistentes, imaginativas e divertidas. Redação 15 opinião Dia Nacional da Cultura Científica No passado dia 24 de novembro comemorou-se o Dia Nacional da Cultura Científica. Um dia instituído em 1997 para comemorar o nascimento de Rómulo de Carvalho e divulgar o seu trabalho na promoção da cultura científica e no ensino da ciência. Nascido em Lisboa em 1906, Rómulo de Carvalho licenciou-se pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Foi professor de Ciências Físico-Químicas, poeta, investigador, historiador, escritor, fotógrafo, pintor e ilustrador. Organizado e metódico, cultivou sempre a simplicidade e a beleza na poesia, na ciência e na vida, para responder às suas prováveis interrogações, sempre do modo mais simples. Era um comunicador por excelência que ensinava com paixão. Para ele, ser professor tem de ser uma paixão - pode ser uma paixão fria mas tem de ser uma paixão, uma verdadeira dedicação. Con- centrava os seus esforços no ensino, sem deixar de viajar por outros domínios: foi codirector da Gazeta de Física a partir de 1946, ao mesmo tempo que se dedicava à elaboração de compêndios escolares, na época inovadores tanto pelo grafismo como pela forma de abordar matérias tão complexas como a física e a química. A partir de 1952, dedicou-se à difusão científica por puro prazer, com a coleção Ciência Para Gente Nova e muitos outros títulos, entre os quais Física para o Povo, cujas edições acompanham sobretudo os leigos pela ciência. A sua obra poética só aparece aos 50 anos, após ter participado num concurso de poesia com o livro de poemas Movimento Perpétuo, sob o pseudónimo de António Gedeão, permanecendo o cientista no anonimato. Seguiram-se Teatro do Mundo, Máquina de Fogo e Linhas de Força, obras reunidas em Poesias Completas. Eduardo Gageiro Na comemoração de Rómulo de Carvalho vendo nos temas e valores defendidos pelo poeta uma forma de acreditar que pelo sonho é que vamos, pois é através dele que poderemos encontrar o caminho da liberdade. O poema “Pedra Filosofal”, musicado por Manuel Freire, passou na rádio mais de 30 000 vezes (só em 1975!), emergindo como um hino à liberdade e ao sonho. Autoretratos e capas de livros de Rómulo de Carvalho / António Gedeão Lágrima de preta Encontrei uma preta Que estava a chorar, Pedi-lhe uma lágrima Para analisar. Recolhi a lágrima Com todo o cuidado Num tubo de ensaio Bem esterilizado. Olhei-a de um lado Do outro e de frente: Tinha um ar de gota Muito transparente. Mandei vir os ácidos, As bases e os sais, As drogas usadas Em casos que tais. Ensaiei a frio, Experimentei ao lume, De todas as vezes Deu-me o que é costume: Nem sinais de negro, Nem vestígios de ódio. Água (quase tudo) E cloreto de sódio. António Gedeão A sua obra é um enigma para os críticos, pois não se enquadra em qualquer movimento literário. É uma poesia original numa simbiose perfeita entre ciência e poesia, vida e sonho, lucidez e esperança. A geração que usufruiu da sua obra encontravase manietada pelo regime ditatorial e pela guerra colonial, Aos 90 anos, Rómulo de Carvalho recebeu uma justíssima homenagem pública, realizada por personalidades de diferentes áreas da sociedade. Partiu em 19 de fevereiro de 1997. Em memória deste grande professor, poeta e investigador, deixo aqui um dos seus poemas mais bonitos. O autor consegue fazer um poema relacionando termos comuns de conteúdos programáticos da disciplina de Física e Química e, ao mesmo tempo, chamar a atenção do leitor para causas humanitárias. Rosa Martins Professora 17 à conversa com Lígia Santos Culinária, arte ou técnica? É arte, na medida em que exige criação, emotividade, libertação. Para além disso, reflete aspetos da cultura, “A candidatura ao concurso foi realizada pelo meu marido, que teve de responder a cerca de 60 questões” pois como sabemos há países onde não se come carne de porco e outros como a carne de vaca. Agora, na arte de cozinhar precisamos da técnica para trabalhar, 18 Vê proximidade entre a engenharia e a cozinha? A engenharia tem relações de semelhança com a cozinha na medida em que exige liderança, postura adequada, raciocínio e rotinas. E é importante saber lidar com atrasos e cumprimento de prazos, sermos rápidos a decidir. Em direção de obra é preciso liderar, orientar, dar ordens e fazê-las cumprir. Como chefs de cozinha, temos que liderar, saber comandar uma equipa, para que toda a gente saiba qual o seu papel. O raciocínio exigido em engenharia também é necessário na cozinha, pois é importante sermos rápidos nos cálculos, na lógica dos ingredientes, no número de ingredientes no prato, em suma, na agilidade com que fazemos um prato. É preciso sabermos movimentar-nos bem na cozinha, lidar com pressas. Para isso, é preciso hábito, rotina e eu sou uma Pedro Lorena De onde lhe vem a mestria com que realiza as receitas? Gosto de estar na cozinha. Aliás, lá em casa sou sempre eu que cozinho, a não ser em épocas festivas, em que a cozinha é partilhada! O facto de chegar a casa depois de um dia de trabalho e ter que cozinhar, decidir o que fazer, levou-me à prática e à melhoria diária. Na cozinha, nunca sigo uma receita à risca, gosto de criar sempre algo novo, inovador. Pedro Lorena Como surgiu a ideia de concorrer ao programa? A candidatura ao concurso foi realizada pelo meu marido, que teve de responder a cerca de 60 questões. Só depois dessa etapa passada e de ter sido selecionada é que ele me disse. A partir daí, vi que era um desafio interessante para mim e que deveria investir. Fui, lutei e venci. Houve momentos difíceis, mas considero que perder faz parte do nosso percurso pessoal, agora desistir nunca, é preciso lutar pelos nossos sonhos, é preciso sermos persistentes e acreditar que podemos vencer. pois o prato pode estar bem apresentado, mas precisa também de estar bem cozinhado e isto exige técnica. E há várias técnicas consoante o país e/ou a região. Ramon Melo A 1.ª MasterChef portuguesa nasceu na Póvoa de Varzim, é licenciada em engenheira civil, trabalha na Câmara Municipal de Famalicão e, aos quatros anos, já dava os primeiros passos na cozinha; mas foi certamente a sua ligação duradoura com a matemática que a levou a cozinhar com engenho e arte. pessoa que gosta de hábitos, logo foi fácil, acrescentando que aqui, ao contrário da engenharia, posso pôr um toque de inovação e criatividade. A engenharia deu-me competências que eu preciso para trabalhar na cozinha, mas não era aquilo que queria fazer para o resto da mi- nha vida; por isso, este programa foi o clique que faltava para eu mudar. O programa MasterChef recuperou o valor tradicional de saber cozinhar? Penso que está a crescer a vontade de saber cozinhar, até porque está na moda, atendendo ao número de à conversa com programas e livros que abarcam esta área. A cozinha, hoje em dia, também é diferente, tem um valor mais estético, pois dáse importância à apresentação, ao requinte do prato. É mas fácil, porque há mais meios, acessórios e máquinas. Deixou de ser segundo plano, passou a ser mais falada, mais importante, portanto, há um renascimento da cozinha. Ao longo do concurso foi imbatível em pratos tradicionais portugueses. Falamos em identidade nacional? Gosto de promover o que é nosso, os produtos da terra, sempre que possível biológicos, aquilo que temos, que valorizamos. Temos muitos ingredientes bons espalhados pelo país e é preciso mostrá-los e dar-lhes o papel principal. A gastronomia pode ajudar o país com o turismo. Na final do programa queria usar algo nosso, algo que tivesse relação com o povo português, que todos conhecêssemos e que fosse uma referência; por isso, fiz como sobremesa o Pudim Abade de Priscos, tal qual a receita original, mas acrescentei a calda cítrica de toranja e gengibre que marcou a diferença. Qual o prato mais elogiado pelos chefs? O prato do chef Ljubomir Stanisic: Lombo de Pombo com ras el hanout e arroz de miúdos. A avaliação foi muito boa e os olhos do chef, ao dizer que o meu prato lhe parecia quase melhor do que o dele, marcaram-me para sempre. Foi um momento para nunca esquecer! “Devemos valorizar a saúde e a vida, por isso é importante falar em hábitos alimentares nas escolas.” A hegemonia do fast-food incomoda-a? A vida hoje acontece rapidamente e, por isso, é mais fácil comer qualquer coisa ou ir ao hipermercado comprar uma refeição pronta. Agora, é preciso saber comer rapidamente e bem. Não precisamos de ter sempre à mesa um prato de sopa, o prato principal, uma sobremesa, etc.. Temos é necessidade de saber fazer a opção correta e ter bons hábitos. Eu trago sempre comigo uma água e uma maçã. Em casa, as pessoas podem ter vasos com ervas aromáticas que ajudam nos saboCompanhia – Filhos Local – Gerês Prato nacional – Rojões Prato internacional – Créme brulée Bebida – Água Sobremesa – Leite-creme Chef – Os três jurados do programa Melhor amigo da cozinha – Azeite Livro – Cozinha Confidencial, de Anthony Bourdain Viagem – Brasil Filme – A vida é bela Personalidade nacional – José Saramago Outra internacional – Gandhi Tradição – Natal res, são boas para a saúde e para as nossas finanças. Devemos valorizar a saúde e a vida, por isso é importante falar em hábitos alimentares nas escolas. Já encheu um restaurante em Famalicão em pouco tempo. Há mais convites? Enchi rapidamente o restaurante Massimo, perto da Casa das Artes de Famalicão, e foi muito gratificante ver a alegria e satisfação de todos. Aliás, correu tão bem que iremos repetir. Entretanto, a Ordem dos Engenheiros contactou-me e irei fazer o jantar de Natal. Um conselho de uma MasterChef para todos? Vale a pena percorrer algo por um sonho. É preciso ponderar sempre, ter os pés assentes na terra, ver os prós e contras, para mudar de rumo com segurança e confiança, pois só assim é possível haver sucesso. É preciso lutar, nada se faz sem vontade, todos somos capazes de algo. É preciso autoconfiança, nunca esquecer os valores, pois somos pessoas. Nesse aspeto, a universidade prepara-nos para a vida. Nós somos o reflexo daquilo que fizemos quando éramos mais jovens, não podemos ignorar o passado, é a nossa bagagem para começar cada dia novamente. O que acha dos jovens de hoje? E da EPB? São magníficos, tenho a certeza que vamos ter no futuro grandes personalidades. É preciso motivá-los para serem empreendedores, bem-educados, terem regras e método de trabalho. Os alunos têm de confiar nos professores, naquilo que dizem e ensinam e os professores neles, para que haja confiança mútua e motivação. Não conhecia a EPB, mas foi com muito gosto que recebi o convite e aqui estou para conhecer e voltar um dia… Agora que ganhou 25 mil euros e a oportunidade de publicar um livro de culinária, o que tenciona fazer? Irei abrir uma escola de cozinha, com cursos de iniciação à cozinha para crianças e um espaço gourmet, em Famalicão. Depois, a longo prazo, um restaurante com base em turismo rural, cozinha portuguesa e uma horta biológica. Quanto ao livro, sairá brevemente. Conversa conduzida por Eugénia Coutinho 19 iniciativas II Troféu EPB leva escola à cidade Pelo segundo ano consecutivo, o grupo curricular de Ciências Humanas e Sociais promove o Troféu EPB que, tal como na 1.ª edição, comporta três provas: ambiente e cidadania à prova, peddy paper e prova de orientação. A primeira prova terá lugar no dia 10 de janeiro, o peddy paper, nos finais de abril, e a prova de orientação, em 10 de maio de 2012. Nesta 2.ª edição do Troféu EPB, serão introduzidas algumas novidades. Dado que vamos contar com a colaboração prestimosa dos professores das disciplinas de Português, Língua Estrangeira e Matemática, é nossa intenção inscrever nas provas do ambiente e cidadania e do peddy paper perguntas e exercícios que avaliem competências de leitura, de escrita, de cálculo e de línguas estrangeiras. Assim sendo, na primeira prova, os participantes, além de responderem a questões relativas ao ambiente subordinado ao tema Mar, realizarão ainda desafios de Matemática e exercícios de língua portuguesa e estrangeira sobre cidadania. Também na prova final, os participantes no peddy paper terão ainda de responder a um questionário sobre a obra do jornalista e escritor Mário Zambujal – Crónica dos Bons Malandros, editada em 1980. Para poderem participar, os alunos terão de se organizar em equipas constituídas com o mínimo de 5 e o máximo de 8 elementos. Estas equipas terão de ser obrigatoriamente mistas. Em cada prova, cada equipa só poderá participar com 5 elementos, sendo obrigatoriamente 2 elementos do sexo “iniciativa de carácter essencialmente formativo e educativo pelos valores e atitudes que ela encerra” feminino. A classificação final será elaborada à custa do somatório dos pontos obtidos pelas equipas na totalidade das provas, que integram o II Troféu. Obviamente que a parti- cipação nesta iniciativa não podia deixar de requerer a atribuição de prémios. As- se inscrevam em massa e que participem de forma entusiástica e empenhada, nesta sim, aos elementos da equipa vencedora será atribuída uma menção honrosa; às três equipas com melhor classificação no final de cada uma das provas serão entregues diplomas e a todos os participantes será entregue um diploma de participação. Se na 1.ª edição tivemos a participação de 12 equipas (mais de 80 alunos inscritos), este ano estimamos que o número de inscrições ultrapasse a centena. Esperamos que os alunos da EPB iniciativa de caráter essencialmente formativo e educativo pelos valores e atitudes que ela encerra, que vão desde o companheirismo, a entreajuda, o gosto pela leitura e pela história local, pelos comportamentos saudáveis e ainda pelos valores cívicos, éticos e desportivos. António Dias Pereira Grupo Curricular de Ciências Humanas e Sociais A ESCOLA assinalou a passagem de mais um ano da entrada em vigor da Declaração Universal dos Direitos Humanos, através de iniciativas que mobilizaram a comunidade escolar, no dia 9 de dezembro. Alunos e professores, designadamente nas disciplinas de Integração e de Português, entregaram-se à leitura, análise e discussão dos trinta artigos que constituem a Carta, com a finalidade de levar a pensamentos críticos e atitudes interventivas. E foi o que aconteceu, com a apresentação de filmes temáticos, ilustrações, cartazes de intervenção, dramatização de textos, publicação criativa de artigos e 22 José Carlos Rodrigues Declaração Universal dos Direitos Humanos outras ações de caráter formativo que enriqueceram toda a comunidade escolar, com relevo para os alunos. Um dia diferente e fortemente apelativo para os valores humanos. Esta foi uma iniciativa dos grupos curriculares de Línguas e de Ciências Humanas e Sociais, lembrando que os direitos expressos na Carta só ganham sentido se forem praticados por todos os cidadãos, individual e coletivamente, numa atitude que se mede mais por ações do que por palavras. Quotidianamente. Teresa Machado Grupo Curricular de Línguas iniciativas EPB atribui prémios de Mérito Escolar 30 de Setembro foi um dia de festa na Escola Profissional de Braga, com a entrega de galardões aos melhores alunos do ano letivo 2010/2011, atribuídos em parceria pela EPB e a FDO – Construções, S.A., uma das empresas do Grupo FDO, e diplomas aos alunos finalistas, num ato solene marcado pela presença de Mónica Cardoso e José Oliveira, membros da direção da escola, e Paulo Vaz Ferreira, administrador do Grupo FDO. Uma plateia muito entusiástica e ansiosa, composta maioritariamente por alunos mas onde pontificavam também familiares e professores, viu chegar Alexandra Corunha que, abrindo a sessão, deu as boas-vindas a todos os presentes e felicitou os alunos finalistas pela conclusão do seu curso e os restantes premiados pela excelência do trabalho desenvolvido. O trabalho compensa De seguida, José Oliveira tomou a palavra para agradecer a presença do eng. Paulo Ferreira, facto que atesta bem o valor da parceria estabelecida com o grupo FDO, designadamente ao nível dos estágios profissionais e do recrutamento de recém-formados. Depois, centrando o seu discurso nos alunos, teceu largos elogios aos galardoados, salientando o esforço, o empenho, a abnegação com que se entregaram a todas as atividades escolares que os levou à aquisição de competências profissionais, humanas e sociais de grande elevação, distinguindo-os dos demais, confirmando a máxima segun- do a qual o trabalho compensa. A finalizar, desejou sucesso pessoal e profissional a todos os finalistas e a continuação do bom trabalho aos que continuam na escola. Já Paulo Ferreira destacou a ideia de que não estamos em tempo de perguntar o que é que Portugal poderá fazer pelos jovens, mas, sim, o que é que os jovens poderão fazer por Portugal, trocadilho que levou a plateia a pensar no verdadeiro papel dos jovens de hoje. De facto, é de jovens bem preparados que Portugal precisa para melhorar os índices de competitividade e produção, o que fundamenta a importância do protocolo estabelecido entre o grupo FDO e a EPB há sete anos, na justa medida em que tem contribuído para a formação de jovens que estão aptos a fortalecer as empresas, num momento em que estas direcionam a sua orientação estratégica para mercados emergentes. Porque a criatividade, o talento, a energia, enfim, o saber dos jovens tornam-se determinantes para se enfrentar este momento de maiores dificuldades. Entrega de galardões A seguir, Mónica Cardoso, José Oliveira e Paulo Ferreira entregaram os prémios e as menções honrosas aos alunos que mais se distinguiram nas respetivas turmas, enquanto os coordenadores de curso entregaram os diplomas aos alunos finalistas do terceiro ano. Acima de todos esteve o aluno Celso Nazaré, que recebeu o Prémio de Mérito Escolar, correspondente ao melhor aluno da EPB de 2010-2011. As menções honrosas e o Prémio de Mérito foram oferecidos pela Associação Mais EPB, tendo o Ministério atribuído o diploma de Mérito Escolar. Com a atribuição de prémios de mérito escolar e de menções honrosas, a escola pretende motivar os formandos para o sucesso escolar e profissional, e premiar o desempenho como construtor do conhecimento. Uma tradição da escola, que, este ano, foi ainda enriquecida com a entrega de certificados de reconhecimento internacional da academia CISCO a cerca de duas dezenas de formandos, ficando estes capacitados com competências informáticas ao nível da administração de redes. Já a finalizar, ainda ouvimos alguns dos galardoados, mas foram mais os sorrisos que as palavras, bem reveladores da emoção do momento. Com a felicidade estampada nos rostos, os alunos foram conversando com alguns professores, destacando-se o Celso Nazaré que salientou os excelentes momentos vividos nesta escola, concluindo com um sentimento de gratidão a toda a comunidade escolar. A sessão foi apoiada pelas alunas do terceiro ano do curso de Secretariado. Fernando Silva 23 iniciativas Redes Sociais: prevenir a segurança e a privacidade O grupo curricular de Ciências Humanas e Sociais convidou o Professor Henrique Dinis Santos, docente e investigador do Centro Algoritmi da Universidade do Minho, para falar, no pretérito dia 25 de novembro, sobre Segurança e Privacidade nas Redes Sociais. E, perante um auditório sobrelotado de jovens curiosos e de professores, o orador começou por afirmar que as redes sociais são um fenómeno recente de fácil utilização, mas associadas a uma enorme dificuldade de perceção dos riscos que lhe estão associados. De seguida, colocou questões que se prendem com o controlo das redes sociais, quem suporta os custos destas redes, quais os riscos que corremos ao usá-las ou como mitigar esses riscos. Respostas que não poderão encontrar-se na ignorância, mas no conhecimento. Henrique Santos adiantou que não se deve confundir identidade real com identidade digital e que a Internet não tem fronteiras, tornando-se muito difícil às entidades competentes atuar sobre todas as formas de violação da nossa identidade. Acresce que as redes sociais são analisáveis matematicamente pelas empresas para servir os seus próprios interesses e negócios. São hoje um dos negócios mais lucrativos! Foi então o momento de alertar os presentes para um conjunto de cuidados a ter na utilização responsável destas redes, como não fornecer dados pessoais desnecessários, atender à não privacidade dos dados na Internet, tomar cuidado com fotografias e informações de localização, não aceitar pedidos de amizade se os conteúdos causam desconforto, não responder a comentários ou conteúdos ofensivos e não colocar informação sobre terceiros. Tais cuidados são necessários para combater os riscos que as redes sociais apresentam aos seus utilizadores, como facilidade de identificação dos pseudónimos, por cruzamento de dados, apropriação da identidade e falsas identidades, ciberbullying, difamação e mesmo chantagem, ausência de controlo efetivo da idade, quase ausência de moderação, espaço excelente para phishing por explorar relações de confiança e ausência de mecanismos de segurança. Apesar de tudo, a finalizar pediu a todos que desfrutem das novas tecnologias e partilhem a informação, sob pena de fazerem parte do mundo dos infoexcluídos. António Dias Pereira Grupo Curricular de Ciências Humanas e Sociais Nativos digitais A VIDA digital trouxe-nos a capacidade de contornar as barreiras que a vida analógica nos impunha: origens sociais, geográficas, restrições no nosso próprio conhecimento e interesses pessoais, tudo isso desaparece online… As famosas redes sociais tiveram origem nos chats e em fóruns onde as pessoas contactavam há relativamente pouco tempo (cerca de 10/15 anos). Provavelmente, a grande evolução deveuse à forma como a nossa atividade online girava à volta de gostos e interesses, para agora ser cada vez mais à volta de quem somos e do que queremos partilhar. É aqui que surge o Facebook, em que cada um se representa como quer e além dessas barreiras. Uma grande mudança está na utilização dos avatares e identidades anónimas um tanto fantasiosas que eram usadas para cativar a atenção dos outros utilizadores. Hoje em dia, o que nos fascina e o que procuramos são identidades reais. Quem é que vai confiar em alguém que apenas tem uma foto de uma criatura mítica no seu perfil, sob um nome que parece ter sido retirado de um filme, como o Senhor dos Anéis? O que nos interessa é saber quem é essa pessoa, o que faz, as suas bandas favoritas, filmes, músicas, o clube pelo qual o seu coração bate mais alto, os sítios que frequenta, entre outros. O Facebook quer ser o registo 24 da nossa identidade, um verdadeiro livro de recortes digitais que cruza toda a informação que partilhamos. É um espaço de onde não temos de sair quando alguém nos incomoda, uma internet dentro da Internet onde podemos encontrar notícias, vídeos, jogos, fotos, blogs, tudo o que precisamos. E, já lá mais para dentro, eles (pessoal do Facebook) sabem do que precisamos e o que nos interessa, porque nós, sem sabermos, damos conta dos nossos gostos e interesses, tudo isto em troca da organização da nossa vida digital até aos mais íntimos detalhes, se o permitirmos e partilharmos, como é evidente. Enquanto escrevia esta crónica, pesquisei o Facebook e depareime com uma boa ideia sobre o seu modelo de negócio: “O desejo de privacidade é forte, a vaidade é mais forte ainda”. Estamos fartos de redes sociais? Claro que sim. Estaremos cansados de nós mesmos? Ainda não. E é por isso que vamos ficando onde existimos, imortais, populares e em tempo real. E melhores do que somos lá fora. Nós somos nativos digitais! Viveremos sem tecnologia? Talvez, mas não era a mesma coisa! João Mota 2º ano de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos iniciativas Eletrónica visita Guimarães Exposições da Semana Europeia da Robótica Alunos de Eletrónica e de Instalações Elétricas visitaram uma exposição de robôs, na Semana Europeia de Robótica, em Guimarães. Uma ação que decorreu em 17 países europeus, entre 28 de novembro e 4 de dezembro, com o objetivo de mostrar ao público em geral a importância da robótica e as várias aplicações. Em Portugal, à semelhança de outras instituições, a Escola de Engenharia da Universidade do Minho promoveu exposições de robótica, um ciclo de cinema, palestras e visitas laboratoriais. Ávidos por inspiração para o desenvolvimento de projetos futuros na escola, alunos e professores foram ver o que acontece no mundo robótico. Passaram pelo Museu Martins Sarmento, em que observaram uma retrospetiva da evolução dos robôs e puderam regozijar-se com a presença de dois robôs realizados pela EPB junto de outros concebidos pela Universidade do Minho. Sob o olhar atento de todos, estiveram o robô “Maria”, uma espécie de empregada doméstica apta a realizar algumas tarefas de casa; o robô AIBO da Sony e ainda os robôs “Nico” e “Lino”, que se associam às Festas Nicolinas da cidade. Mudando o rumo para uma vertente mais cultural, surgiu ainda a oportunidade de uma visita pedestre ao centro histórico da cidade, não esquecendo o Paço dos Duques e o Castelo de Guimarães. “aprender um pouco mais sobre robótica e verificar que esta é uma área emergente” Depois de conquistado o castelo, com apoio da tecnologia GPS, andaram por caminhos Afonsinos e foram até à Universidade do Minho, onde puderam ver os robôs futebolistas que vão para as competições e ainda os laboratórios de investigação do departamento de Eletrónica Industrial. Esta atividade foi gratificante para alunos e professores, por se aprender um pouco mais sobre robótica e verifi- car que esta é uma área emergente que está ao alcance das nossas mãos. Certamente uma conquista a não esquecer! Eugenia Coutinho Halloween - Pumpkins’ Contest boras começavam a desfilar…. Os alunos tinham aceitado o desafio! Cada abóbora era única, singular, especiais… os alunos não defraudaram as expectativas e a cada ano que passa surpreendem e aterrorizam, como poucos… Todos estavam de parabéns! Cabia, agora, ao júri, escolher 2º de Design Gráfico, 3º de Secretariado e 3º de Eletrónica foram, respetivamente as melhores (que tarefa mais 1º, 2º e 3º classificados do concurso de abóboras 2011 difícil…), aquelas que mais eficazmente espelharam o espíriA EPB assinalou, uma vez mais, o Halloween, o famoso “Dia to da tradição, num dia em que se acredita que os espíritos das Bruxas”, no dia 31 de outubro, com o Pumpkins’ Contest voltam para suas casas… 3rd Edition, uma iniciativa que vem sido dinamizada pelo Aos vencedores, os parabéns e bom proveito quando em Grupo de Línguas e que muito tem agradado a alunos, pro- março tiverem a chance de conviver num lanche oferecido fessores e demais colaboradores. como prémio. Uma teia gigante pairava sobre o átrio da escola e, ao som dos “spooky sounds” que ecoavam pelos corredores, as abó- Helena Sofia Barroso Professora 25 iniciativas CLÃ: projetos educativos a florescer Alguns podem estranhar o nome, confundi-lo, quiçá com grupos de outras artes, mas este, o da Escola Profissional de Braga, é também grupo, se bem que formado nas notas de rodapé por quem se ocupa e preocupa com a formação dos jovens alunos cá de casa. O CLÃ - Clube de Leitores e Artistas foi buscar sentido à vontade indomável de um grupo, experiente nas lidas da psicologia educativa, aliada a uma experiência de teatro que marcou algumas memórias epbianas, estávamos aí pelos anos 90. O Departamento de Intervenção Psicoeducativa e o Grupo de Línguas teimaram pedagogicamente em acreditar que eles, esses jovens, alguns órfãos de sonhos e despidos de projetos, são capazes de fazer do mundo um lugar melhor! E foi assim que aconteceu, apesar de tão mau tempo! E, se a escola ensina e forma e educa e promove competências e prepara para a vida, urge criar espaços para um crescimento fermentado com criatividade, autoconhecimento e vontade de abrir portas para além das da sala de aula. Eilos, agora alunos-atores-leitores-artistas, na descoberta incessante de outros lados do aprender, de olhos espantados e críticos para as cenas que a sociedade traz a palco, inspirados na graça Vicentina que a rir se criticam os costumes. E, porque refletir está um tanto out e o pensamento crítico démodé, convém insistir, ainda que de forma indelével, que um clã constitui um grupo de pessoas unidas por parentesco e linhagem e que é definido pela descendência de um ancestral comum. Mesmo se os reais padrões de consanguinidade forem desconhecidos, não obstante, os membros do clã reconhecem um membro fundador ou ancestral maior. Como o parentesco baseado em laços pode ser de natureza meramente simbólica, alguns clãs compartilham um ancestral comum “estipulado”, o qual é um símbolo da unidade do clã. Teresa Machado Grupo Curricular de Línguas Festa de Natal no PEB A Escola Profissional de Braga organizou, no dia 13 de dezembro, no Parque de Exposições de Braga, a Festa de Natal para toda a comunidade escolar. O programa da Festa de Natal contemplou diversas atuações, das quais se destacaram: Orquestra de Percussão, Grupo de Concertina, Banda EPB, Dança, Canto, Beatbox, Teatro (por parte dos Clã e dos Transformers) e Poesia. Como é tradicão, foram entregues os prémios do Concurso Postal de Natal, cuja temática, A Floresta, foi escolhida devido ao facto de 2011 ser o Ano Internacional das Florestas. Este ano, a Festa de Natal da EPB registou duas novidades: a apresentação foi conduzida por três alunas - Isa Fernandes, Ana Ferreira e Bruna Pereira, do Curso Técnico de Design Gráfico – que dinamizaram e trouxeram boa disposição a toda a plateia, composta também por pais/encarregados de educação e familiares dos alunos; e o concurso/desfile de pais e mães natais ecológicos (recurso a materiais reutilizáveis). Foi ainda assegurado pela comissão 26 organizadora um prémio muito doce! Segundo Darwin, “a criatividade é a manifestação da força criadora inerente à vida.” A comunidade epbiana contou, como sempre, com uma festa criativa e divertida! Oh, Oh, Oh! Alexandra Corunha iniciativas EPB enterrou a pobreza e a discriminação Na qualidade de finalista do Curso Técnico de Marketing e no âmbito da componente prática da minha Prova de Aptidão Profissional, organizei uma atividade para comemorar o Dia Mundial para a Erradicação da Pobreza, no dia 17 de outubro de 2011. Idealizei um cenário macabro, que visou sensibilizar a comunidade escolar para a temática supracitada. Durante os intervalos ou os tempos livres, os alunos atiravam um punhado de areia para um caixão, “enterrando” a pobreza e a discriminação. Em termos de recursos materiais, contei com a colaboração do meu primo que ficou surpreendido com o meu pedido sui generis de confecionar um caixão. Optei por uma ação com forte conotação ao sentido mais negativo da nossa existência, a morte. Porque as formas convencionais de sensibilizar e captar a atenção do público já não se mostram tão eficazes, resolvi evidenciar que, cada vez mais, as marcas devem adotar formas alternativas de captar o público. Quanto mais marcante, melhor! Paralelamente ao cumprimento da sua responsabilidade social, as empresas obtêm benefícios com a implementação de ações de marketing social, conseguindo criar uma maior aproximação ao seu público-alvo. Com este projeto, preten- “os alunos atiravam um punhado de areia para um caixão, ‘enterrando’ a pobreza e a discriminação” di, de uma forma simbólica, testemunhar, por um lado, que a comunidade escolar da EPB não é indiferente a esse flagelo, sendo sensível a causas justas e, por outro, reforçar que a realização de atividades desta natureza contribui para o desenvolvimento duma consciência social, ética, de cidadania e de saber-ser. Num mundo cada vez mais desigual e cruel para com os mais desfavorecidos, sintome realizada por ter dado um contributo, ainda que diminuto, em defesa de uma causa nobre. Espero que a EPB dê continuidade a este projeto, iniciado há três anos, pelo Curso Técnico de Marketing. Joana Fernandes 3º ano de Marketing Campanha de solidariedade Mais uma vez, este ano, Só têm sido possíveis a nossa Campanha de So- com a participação dos lidariedade envolve alunos, nossos alunos, que todos professores e funcionários os anos se empenham com da EPB, que se juntam para muito entusiasmo e contri- enviar bens alimentares, buem de uma forma muito roupas e brinquedos para positiva, num verdadeiro uma instituição. ambiente de solidariedade. O envolvimento de toda a comunidade educativa Ana Margarida Vasconcelos - alunos, professores e fun- Comissão Organizadora A ESCOLA Profissional de famílias carenciadas de cionários - faz com que es- Braga, há alguns anos, Braga, em conjunto com tas iniciativas ganhem cada realiza campanhas de so- várias instituições de soli- vez mais sentido e intensi- lidariedade, para ajudar dariedade social. dade ano após ano. 27 em rede Dinâmicas sem Fronteiras Ao abrigo do protocolo celebrado em 2009 entre a EPB e a Câmara Distrital de Água Grande, a EPB acolhe atualmente 39 alunos oriundos de S. Tomé e Príncipe. A este grupo juntam-se 3 alunos de Moçambique, no âmbito de outro protocolo que envolve os Ministérios da Educação e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, o Ministério da Educação e Cultura de Moçambique e a Fundação Portugal-África. São, assim, 42 alunos, que percorrem os 3 ciclos de formação: 18 alunos pertencem ao ciclo de formação 20092012; 16, ao ciclo de formação 2010-2013; e 8, ao ciclo que se iniciou este ano letivo e com término previsto para 2014. Ests alunos estão distribuídos por vários cursos: 6 alunos em Construção Civil, 4 em Contabilidade, 2 em Eletrónica, 2 em Enegias Rnováveis, 10 em Frio e Climatiza- ção, 4 em Gestão, 3 em GPSI, 2 em Instalações Elétricas, 3 em Marketing, 2 em Multimédia, 2 em Secretariado e 2 em Serviços Jurídicos. Reconhecemos a coragem destes alunos em se lançarem neste desafio, que comporta importantes mudanças e que exige um esforço de adaptação significativo. Assim, entendeu a escola, através da associação Mais EPB - Associação de Cooperação e Desenvolvimento da EPB, criar mecanismos de apoio e acompanhamento a estes alunos, em algumas áreas necessárias à garantia da sua melhor integração na cidade e na escola, e considerados fundamentais para o cumprimento do objetivo individual, mas partilhado por todos: o sucesso educativo. Esse acompanhamento é traduzido em várias dimensões de intervenção. Na sua maioria, estes alunos encontram-se nas resi- Integração na EPB VIM DE S. Tomé e Príncipe para Portugal em 2009, tendo que deixar a minha terra e família e rumar a Braga, uma cidade muito linda e uma das melhores que conheço. Aprecio muito a sua calma, logo boa para estudar e conviver. Inicialmente, a minha integração na cidade foi difícil: por estar longe dos meus familiares, principalmente da minha mãe, e porque não conseguia adaptar-me bem aos costumes e, principalmente, ao clima frio, visto que o meu país é quente e húmido; mas, nunca deixei de lutar pelos meus objetivos, fui-me habituando e consegui superar todos os obstáculos. Estou no 3º ano do curso e com muita vontade de o concluir com sucesso! O tempo passa tão depressa que nem damos por isso! Sinto-me muito feliz por não ter desistido e por conseguir enfrentar todas as barreiras que me foram aparecendo. Falando da escola, acho-a o máximo: é muito confortável, tem excelentes professores, oferece aos alunos condições favoráveis ao trabalho, existe uma boa comunicação na comunidade escolar e é muito acolhedora. Estou muito satisfeita e hoje digo que valeu a pena frequentar a EPB, porque soube colher boas amizades, aprendizagens e sinto-me preparada para encarar o futuro. Hauria Teixeira 3º ano de Contabilidade 28 dências que a Mais EPB aluga e prepara para o alojamento dos alunos integrados no âmbito destas parcerias de marcadas consultas de Saúde de Adultos e de Planeamento Familiar e exames. É ainda efetuado acompanha- cooperação. Neste domínio, é prestado apoio nas respetivas residências após o horário escolar, onde são trabalhadas questões de organização/gestão das casas, de responsabilização individual e coletiva, gestão de conflitos e outros temas pertinentes, mediante as situações que vão surgindo e potenciadoras de problemas ou que exigem tomadas de decisão. De uma forma geral, a intervenção nas residências é realizada em grupo e, sempre que possível, com todos os elementos da casa. Também é prestado apoio em questões do foro administrativo e burocrático, no tratamento de documentação, tais como atestados de residência, pedidos de NIF, nº de utente, abertura de contas e marcação de apresentações no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), para obter o título de residência, indispensável para a legalização no país durante o ciclo de estudos. Outra área fundamental de apoio é a área da saúde. Sempre que necessário são mento às consultas, sempre que solicitado pelos alunos e avaliada a necessidade de acompanhamento ou em situações de urgência. É de salientar, ainda, que no ano letivo transato tivemos 5 finalistas que, após a conclusão do curso profissional, se lançaram em novos desafios no ensino superior. Esta trajetória de sucesso, na escola e na universidade, é o melhor retorno que podemos sentir do trabalho e apoio que desenvolvemos. Acreditamos ter dado um contributo importante neste percurso marcadamente positivo. Esperamos que as histórias de sucesso se multipliquem e que os alunos que atualmente integram turmas da EPB aproveitem ao máximo esta excelente oportunidade, rica do ponto de vista pessoal e, acreditamos, também fundamental no que toca ao seu futuro profissional. Ângela Pereira Departamento de Intervenção Psico-Educativa em rede Academia Cisco EPB O programa Cisco Networking Academy é atualmente um dos maiores laboratórios de e-Learning Mundial e é também um excelente exemplo das vantagens das Tecnologias de Informação no processo de formação/educação. ticos, e Gestão de Equipamentos Informáticos) integram no seu plano curricular a frequência na Academia Cisco A possibilidade de os estudantes poderem aceder, em qualquer parte do mundo, a magníficos conteúdos e ferramentas com a marca Cisco revelou-se um excelente modelo de aprendizagem, permitindo, assim, adquirir competências e perícia para enfrentarem a evolução das próximas décadas, nomeadamente as competências digitais. “adquirir competências e perícia para enfrentarem a evolução das próximas décadas” Na EPB, os cursos profissionais da área dos sistemas de informação (Gestão e Programação de Sistemas de Informá- EPB. Acreditamos que uma certificação de Nível IV complementada com uma certificação Internacional Cisco - CCNA constitui uma mais-valia nos currículos dos nossos alunos. Em simultâneo, apetrechamo-los com competências e experiências que correspondem às necessidades do tecido empresarial da região, em suma, oferecemos uma formação diferenciada. A Academia EPB regista 72 alunos/ ex-alunos inscritos, distribuídos por 4 turmas e dois professores certificados como formadores Cisco Academy, um laboratório de redes com equipamentos Cisco (Routers, Switch e Access Points) e cablagem estruturada para apoio a ações de formação. A certificação que proporcionamos é o CCNA Discover, dadas as idades dos alunos inscritos (seguindo as recomendações da Cisco); contudo, reunimos condições e competências para certificações CCNA Exploration e IT Essentials. Para todos os interessados, mais informações disponíveis em http://www. epb.pt/certificacoes ou [email protected]. Filipe Alves Professor EPB Futsal: um projeto vencedor O projeto EPB Futsal para a presente época assenta em premissas muito similares àquelas que conduziram esta equipa até à 2ª Divisão Nacional de Futsal, nas últimas três épocas, correspondentes aos seus quatro curtos e profícuos anos de existência. Para a presente época, os objetivos da EPB Futsal visam essencialmente a manutenção da equipa na 2ª Divisão Nacional de Futsal, pois queremos que este projeto continue a crescer de forma sustentada sem que nada seja deixado ao acaso; outro grande objetivo passa pela formação de jovens atletas, na sua grande maioria alunos da EPB, e a sua futura integração na equipa sénior da EPB Futsal. No que concerne a resultados desportivos, a equipa da EPB Futsal está a superar algumas das expectativas iniciais. Isto apesar de todas as dificuldades sentidas no arranque e no decorrer da época, uma vez que os apoios dados às modalidades amadoras são escassos. Desta forma, o lugar que a equipa da EPB Futsal ocupa neste momento na tabela classificativa é sinónimo de trabalho, esforço, dedicação e de muitas horas de sacrifícios, em prol de um projeto vencedor, feito à imagem de homens capazes, ambiciosos e vencedores. Gostaria de deixar, em nome de toda a equipa, um agradecimento muito especial a todos aqueles que nunca nos deixaram de apoiar e de acompanhar em todas as deslocações, pois é para eles que nos jogamos, é para eles que em todos os jogos procuramos o sabor da vitória. Aproveito também esta oportunidade para aqui deixar, mais uma vez e em nome de toda a equipa, um forte agradecimento à nova direção da EPB, por não ter dei- xado que este projeto vencedor tivesse acabado numas breves linhas de uma qualquer folha de jornal. O nosso muito obrigado! Hugo Oliveira Professor 29 escola Mais EPB: uma associação aberta e plural Contribuir para a construção e o desenvolvimento da personalidade dos alunos, numa fase crítica e complexa, é uma das coordenadas expressas na missão da Escola Profissional de Braga. Certo é que a Escola, enquanto instituição, não pode, não é, nem deve ser o único espaço da aprendizagem e, sobretudo, no respeitante a aprender a tornar-se pessoa e cidadão, pois há contributos que são granjeados numa constelação de relações: de uma, fundamental, a família, e com amigos, grupos organizados em torno de objetivos comuns: associações culturais, recreativas, escutismo, clubes desportivos, voluntariado, etc. E essa experiência de envolvimento numa associação não está presente em muitos alunos, tendo mesmo a noção de quão importante isso é para o desenvolvimento pessoal e da cidadania. Ora, ao entrar um aluno na EPB, passamos a considerar a diversidade dos interesses que, porventura, detenha, seja na área das artes (música, teatro, literatura, etc.), seja do desporto e outras. Isso permite-nos explorar ou desenvolver talentos e torná-los pilares da autoestima e confiança, e lançar desafios que, através do envolvimento em objetivos e atividades, incitem o espírito de autonomia e o trabalho em equipa. Temos, pois, dentro de portas, uma associação aberta e plural. Uma associação que integra alunos, pessoal docente e não docente, disponível para fazer subir ao palco os talen- tos individuais ou reuni-los em grupos de música, desporto, teatro, lazer, solidariedade, ação social, tecnologia; uma associação que comporta uma grande cumplicidade, interação e compromisso com o desenvolvimento pessoal e social do propósito educativo da EPB. Uma associação plural, que se estrutura em torno das áreas psicossocial, cultura e lazer, desporto, inovação e criatividade, cooperação e transnacionalidade. O desenvolvimento de uma atmosfera cultural será irradiado por todos quantos se pretendam envolver em iniciativas pessoais ou de grupo, constituindo porventura grupos de teatro, música, clubes tecnológicos e de outra natureza, que decorram das qualidades genéticas ou nascidas pelo contágio de uma positiva interação ou aparecimento de novas motivações. Uma associação com vocação humanista: preocupada, solícita, atenta, vizinha, companheira e, porventura, também confidente, capaz de ouvir... de atender nos insucessos, nos dramas, e também de rejubilar nos êxitos, mas querendo a todos distribuir a vontade de vencer. Uma associação que esteja também presente nos momentos de valorizar o mérito individual, coletivo ou uma atividade ou iniciativa que se imponha pela sua qualidade. Uma associação também com uma componente desportiva, considerando sempre a sua relevância para o equilíbrio do corpo e da mente, a aquisição de valores e comportamentos nobres, seja ele ou não de natureza competitiva e assente em modalidades diversificadas, todas elas com potencialidades de promover o espírito de corpo, coesão, identificação e pertença, e capaz de contribuir para uma imagem rodeada de dinamismo e civilidade. Uma associação promotora da cooperação, nomeadamente com países da lusofonia, veiculadora do espírito e da ação solidária - sobretudo de uma solidariedade ativa - que construa ou se envolva em projetos transnacionais, que permita aos nossos jovens enriquecerse em ambientes novos e suscitadores de novas experiências. Uma associação aberta a ideias simples ou ousadas, novas ou rejuvenescidas… que tente em cada um a imaginação e criatividade manifestadas, se faça a essa ideia um teste e, depois, se transforme num projeto, se converta num facto, num evento, numa exposição, num colóquio, num cartaz e (por que não?) numa iniciativa empreendedora. Mais EPB. Uma associação aberta e plural para quem o compromisso, a cumplicidade e a interação com a intenção educativa nunca será demais. José Oliveira Vice-Presidente Postais de Natal O CONCURSO Postal de Natal 2011 contou com a apresentação de 45 postais e a participação de 39 formandos. 30 Os vencedores foram: Alexandre Ribeiro (2º Design Gráfico) – 1º Prémio; Sara Dias (2º Design Gráfico) – 2º Prémio; Ana Maria Silva (2º Multimédia) – 3º Prémio. escola Um olhar sobre a hiperatividade O que é? A Hiperatividade, ou Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA), é uma das mais estudadas problemáticas da infância e da adolescência. Agitação, irrequietude, desorganização, imaturidade, relacionamento social pobre, inconveniência social, problemas de aprendizagem, irresponsabilidade, falta de persistência e preguiça são algumas das características atribuídas a estas crianças/adolescentes. No âmbito da sala de aula, a hiperatividade deve ser entendida como um problema que se prolonga no tempo, cuja intervenção implica muita persistência da parte dos professores. Fonte: www.apdch.net Estratégias que podem ser utilizadas em contexto de sala de aula: A escola, assim como a casa, são um pilar fundamental no tratamento das crianças hiperativas. Aos professores compete captar a atenção destes alunos para a aprendizagem, que não é tarefa fácil. É necessário ter a noção de que não se controla facilmente o aluno portador desta perturbação. É como pedir a um pássaro que deixe de voar. • Estabelecer práticas educativas consistentes e congruentes; • Diversificar as atividades em sala de aula e recorrer a metodologias mais criativas; • Apoiar o aluno na realização das atividades e perceber se este as compreendeu; • Manter o aluno ocupado, canalizando a sua energia para atividades educativas. Por exemplo, distribuir materiais ou qualquer outra tarefa que permita ao aluno deslocar-se pela sala de aula ou pela escola; • Recordar, discutir e exemplificar as regras de sala de aula com o aluno e a turma; • Manter o contacto visual, como forma de gestão comportamental; • Fazer pequenas pausas durante a aula; • O olhar do professor deverá centrar-se mais na resolução do problema, na recolha de informação, do que se preocupar com as respostas certas ou erradas; • Ignorar chamadas de atenção ou comportamentos irrequietos, a menos que perturbem em demasia o bom funcionamento da aula; • Manter o aluno longe de estímulos distrativos (p. e., perto da janela, das portas, das zonas de maior ruído na sala); • Elogiar imediata e continuadamente sempre que o aluno se comportar como o desejado; • Dividir as tarefas de forma a que a criança faça uma parte primeiro, e possa terminá-la mais tarde; • Responsabilizar o aluno em sala de aula; • Envolver o aluno no processo de tomada de decisão e nas estratégias de intervenção; • A reprimenda não deve ser evitada, mas deve ser específica e imediata, e, se possível, privada. Alguns mitos associados A hiperatividade desaparece Os jovens hiperativos aprendem a gastar as suas energias de um modo mais discreto. No entanto, a criança “hiperativa” torna-se um adulto “inquieto”. A falta de atenção, conversas paralelas sistemáticas, levantar do lugar sem permissão, atitude de indolência são sinónimo de alheamento ou de falta de educação do aluno Muitas vezes, estes comportamentos são confundidos com o chamado aluno “baldas”, mas devem-se antes à necessidade de exteriorizar os seus traços de impulsividade, da agitação constante típica da hiperatividade. Apesar das dificuldades inerentes aos alunos com PHDA, estes são habitualmente pessoas originais, criativas e fascinantes. São capazes de compor novas abordagens para os exercícios que lhes são atribuídos e podem ser divertidos, inovadores, talentosos, ousados, sensíveis e compreensivos, como qualquer aluno. Filipa Rodrigues, Joana Costa Departamento de Intervenção Psico-Educativa 32 escola Campanha na Escola Profissional de Braga teve 80 dadores Dador-salvador. Dê sangue. Salve uma vida. Realizou-se na EPB a 4ª dádiva de sangue, aberta a toda a comunidade escolar e público em geral, numa iniciativa promovida pelo Instituto Português de Sangue, que contou com a colaboração do Departamento de Intervenção Psico-Educativa. A escola, na sua missão educativa, tem o objetivo de implementar dinâmicas e iniciativas que concorram para o desenvolvimento de competências pessoais e sociais nos jovens, para além da aquisição e desenvolvimento dos conhecimentos científicos e competências técnicas que habilitem os alunos para o exercício de uma profissão. Uma ambição de educar para o exercício de uma cidadania ativa e para a responsabilidade social. E a comunidade respondeu muito bem à chamada, como demonstram os resultados francamente animadores, com 80 dadores que, através de um ato simples, rápido e seguro, contribuíram para o suprimir as necessidades decorrentes das intervenções cirúrgicas e de outros casos clínicos que requeiram transfusões. Como todos sabemos, o sangue não se fabrica artificialmente e só o ser humano o pode doar. Por isso, o sangue existente nos serviços de sangue dos hospitais depende diariamente de todos os que decidem dar sangue, de forma benévola e regular, partilhando um pouco da sua saúde com quem a perdeu. Dar sangue é, pois, dar vida. É também um ato humanitário, um exercício de solidariedade e um contributo fundamental para a qualidade e a preservação da vida humana. Ana Cláudia Rodrigues Departamento de Intervenção Psico-Educativa Dar Sangue O SANGUE recolhido em Portugal satisfaz as necessidades, mas os dadores não podem baixar os braços. Com o envelhecimento da população, aumentam os pedidos de sangue para intervenções médicas e diminui a percentagem dos que dão. A redução das listas de espera para cirurgias e o número crescente de transplantes exigem também maior disponibilidade deste líquido vital, mas muito perecível. Por isso, é preciso garantir a reposição das reservas, com a generosidade dos dadores. A descoberta do sistema AB0 Em 1900, K.Landsteiner identificou que os eritrócitos de algumas pessoas ficavam aglutinados quando em contacto com o plasma ou o soro de outras. Foi a descoberta da substância A e B do Sistema AB0. Três anos mais tarde classificou os grupos sanguíneos em A, B e 0 e só alguns anos depois foram feitas as primeiras provas de compatibilidade antes de uma transfusão. Desde então, o avanço tecnológico e científico nesta área tem conhecido novos e importantes desenvolvimentos, o que tem permitido uma maior eficácia e rentabilização do sangue, permitindo o tratamento dos doentes com componentes sanguíneos de acordo com a sua deficiência. A generalização da transfusão A generalização da prática de transfusão de sangue, em Portugal e no Mundo, aconteceu verdadeiramente na última metade do século XX. A transfusão de sangue adquiriu grande importância como método terapêutico no tratamento de doentes e sinistrados, o que determinou a criação de uma rede nacional mobilizadora da dádiva de sangue na comunidade e orientadora dos diferentes intervenientes na transfusão, com respeito das exigências e necessidades, então, sentidas. http://ipsangue.org 33 a fechar O carrinho feliz 22 anos de EPB! 34 que, muitas vezes, não viam, com o stresse do dia a dia como, por exemplo, o sem-abrigo que dorme em frente ao seu local de trabalho e que nunca tinha reparado que este ali se encontrava. Tudo isto terá, claro, um ponto a seu favor, pois estamos perto do Natal e toda a gente fica com o coração mais mole e delicado, estando assim mais disposto a dar sem receber. Com tanta excitação, nem dei pelo tempo passar. Acabou o dia, e estamos todos novamente reunidos. Uns contam como foi o dia, outros, como já está tarde, aproveitam para descansar, pois o dia de amanhã vai ser longo. Aconchego-me no meu canto e dou por mim a imaginar a felicidade de todas as crianças que, depois de o dia de amanhã, irão ver entrar em sua casa as sacas com a comida que mais gostam e até mesmo os brinquedos que nunca tiveram oportunidade de receber. As imagens de uma ceia de Natal perfeitas embelezam os meus sonhos, e assim durmo, sossegado e tranquilo, porque neste Natal mais uma familia poderá festejá-lo com toda a dignidade possível e, acima de tudo, com muito amor que tem para dar. Noite Estrelada - Van Gogh ESTOU num dia normal, para um carrinho de compras. Uns levam-me e enchem-me cheio de comida e voltam a despejar-me para dentro dos seus veículos, deixando-me novamente vazio, para outro vir e voltar a levar-me a passear pelos corredores do supermecado! Numa dessas voltas, parei ao lado de um amigo, o Rodinhas. Sim, porque aqui, nós os carrinhos, somos todos amigos, tal como uma verdadeira família, e ele disse-me que, pela manhã seguinte, iria haver uma atividade diferente. Pergunteilhe que atividade seria e ele disse que era qualquer coisa como dar comida e encher carrinhos para dar a famílias carenciadas. - No ano passado, tivemos cá o Banco Alimentar! - Disselhe. E ele respondeu que seria isso mesmo. Fiquei tão contente e excitadíssimo! Pois são os dias de que mais gosto, para não falar que amanhã começa a época natalícia e o supermercado irá ficar mais mágico, estando presente este espírito em cada um de nós. É, no fim de semana dedicado ao Banco Alimentar, que eu vejo que as pessoas são solidárias e que, mesmo sendo difícil para elas conseguirem lidar com as suas próprias dificuldades, ajudam e enchem-nos até não poder mais! Sinto que é nestes dias que as barreiras da pobreza são ultrapassadas e todos olham em volta e deixam de pensar apenas no próprio ego, por um pouquinho que seja, vendo o Erica Guerra 3º ano de Contabilidade Palavras Cruzadas A Escola Profissional de Braga comemorou 22 anos de existência, no ano em que atingiu o seu ponto mais alto, com 28 turmas só de cursos profissionais. Estão, pois, de parabéns todos quantos a souberam construir e os que dão o máximo no dia a dia, para a poderem consolidar rumo ao futuro. 1 - Perceção das vivências e do mundo do outro; 2 - Tipo de comunicação que utiliza a palavra; 3 - Elemento da comunicação; 4 - Quem recebe a mensagem; 5 - Processo de comunicação deficiente; pode levar à ausência de comunicação; 6 - Perfil para manter uma comunicação eficaz; 7 - Pessoas assertivas defendem os seus…; 8 - A Pessoa assertiva olha o seu interlocutor nos…; 9 - Comportamento gera…; 10 - “pôr em comum”; “entrar em relação com”; “estabelecer laços”; 11 - Conjunto de estratégias utilizadas pela Pessoa para se adaptar a circunstâncias adversas. a fechar Desconhecido Livre Invadiste-me, com um certo toque Uma brisa, que me tocou Ao de leve, desapareceste Solidão conseguiste tornar no meu corpo Um ser vazio, oco, ser morto Eu sempre quis. Eu sem medo percorro esse caminho sem cessar À procura do que nunca encontrei E naquele instante existencial Tu encontraste-me, e levaste-me Deixas-me de luto, num negro do céu Neste dia percorre as minhas veias Como um veneno, que mata por dentro Acordei, abri o sobrolho Vi que era um sonho Marcou e deixou-me acordar Neste dia de luz, ergo-me e penso Que pode acontecer, vai acontecer Mas no dia que eu morrer. Quero personificar sentimentos, criar expressões, construir peles estranhas e vesti-las. Hoje vou ser livre! Vou experimentar, vou perceber, vou emitir, vou guardar. [não tenho razão específica para as minhas ideias; não as escrevo apenas para gastar papel; eu percebo-as, tu és o único que não consegue ver aquilo que eu vejo (…) ]. Isaura Marques 1º ano de Auxiliar de Saúde Soluções Tantos segundos passaram, Minutos voaram, horas torturaram, Ao fim de tantos relógios Os ponteiros mataram, seta branca de luz se tornaram Sobrou no ar, uma imensidão do nada Quero depravar formas ao meu corpo. Quero mexer-me, inventar ideias. Quero vestir personagens, deixar que sejam elas a levar-me daqui. José Carvalho 2º ano de Multimédia Evocar Manuel da Fonseca (1911-1993) MANUEL LOPES DA FONSECA nasceu há cem anos, em Santiago do Cacém, mas deixou muito novo o Alentejo para prosseguir estudos em Lisboa, onde chega a frequentar Belas-Artes. Repartiu a sua vida profissional pelo comércio, indústria e agências publicitárias, colaborando, ainda, nas revistas Afinidades, Altitude, Árvore, O Pensamento, Vértice, Sol Nascente e Seara Nova, e nos jornais O Diabo e Diário. Integrou o grupo Novo Cancioneiro, destacando-se como poeta, contista e romancista, sendo considerado piononeiro do neorrealismo português. Escreve de forma apaixonada, começando por dar vida a aldeias e personagens típicas e palpitantes dos montados alentejanos, até A sua obra narrativa dá-nos uma visão das misérias, paixões e agonias do Homem: povoar o seu universo literário com motivos urbanos, sempre com pendor social a que aliou militância política e cultural. homens desafortunados com os seus problemas de amor, de honra ou de fome; vilas e aldeias eivadas de marasco que só a espaços espreitam a civilização; horizontes angustiados a adivinharem a chegada de dias melhores. E quase sempre num registo de cunho regionalista, cheio de emoção, que nos leva a presenciar as situações, tal o pormenor do traço descritivo da paisagem ou da psicologia da personagem. O escritor morreu em Lisboa, em março de 1993, legando-nos títulos como Poemas Completos, Rosa dos Ventos, Cerromaior, O Fogo e as Cinzas, Tempo de Solidão, Crónicas Algarvias, Seara de Vento ou Um Anjo no Trapézio. Fernando Silva 35 agenda ACONTECIMENTO/ EVENTO Campanha de Solidariedade anos Dia Internacional dos Direitos Hum XVII Olimpíadas do Ambiente Festa de Natal EPB III Jornadas Administrativas Operação Portas Abertas a IV Encontros de Design Gráfico de Brag Dia da Europa LOCAL EPB EPB EPB PEB EPB EPB EPB e Braga EPB MALTA É grande… Não falo dos 300 km2 de tamanho da ilha, que mal se vê no mapa, mas, sim, da diversão, das praias, da noite, da cultura, do mergulho, das paisagens naturais e de puro prazer. Um museu a céu aberto. Malta é um arquipélago a Sul de Itália, no coração do Mar Mediterrâneo. Graças a esta localização, tem um clima bem quente e uma temperatura de água divinal. Imaginem o melhor dia de verão no Algarve, Malta é assim todos os dias. Ilha de Malta Há para explorar 7000 anos de história e um excelente fundo para as fotografias com as paisagens naturais, a arquitetura peculiar e as cores vibrantes. A cidade de Mdina, com raízes medievais, é um exemplo de um passado que vive lado a lado com o presente. Um livro O Amor nos Tempos de Cólera, de Gabriel García Márquez O AMOR nos tempos de cólera (o título original “El amor en los tiempos del cólera”) é um romance marcante da literatura mundial que narra uma história passada, no século XIX, na América Latina. É uma narrativa do eterno amor e paixão do telegrafista, violinista e poeta Florentino Ariza por Fermina Daza que ultrapassa os 53 anos quase sem nenhum contacto. Um romance que nos encanta pela grandeza do amor de Florentino. Uma grande história de perseverança. Florentino dedica mais de 50 anos a converter-se num homem digno do amor de Fermina, a direcionar a sua paixão para relações arrebatadoras e instáveis e a expressar o seu louco amor por meio de cartas. Para descobrir se Florentino consegue superar a resistência de Fermina só mesmo lendo o livro. Alexandra Corunha 36 DATA outubro a dezembro 9 dezembro janeiro a maio 13 dezembro 5 a 8 março 12 a 14 março abril 9 maio Mas a Natureza também deu uma ajuda para tornar Malta um país a visitar: as arribas de Dingli e Blue Grotto são lindíssimas e a Azure Window e o The Inland Sea são locais a visitar em Gozo. Há também parques aquáticos espalhados pela ilha, vários locais de mergulho e praias, destacando-se Golden Bay e Ramla Bay, a praia da areia vermelha. Vários locais em Malta foram escolhidos para cenário de grandes filmes. Para aqueles mais virados para a cultura são várias as ruínas, templos e catacumbas espalhados pelas ilhas. Por último, a capital La Valletta, com jardins e vistas fantásticos, ruas com muita história e muitos locais para compras… E Sliema e Rabat também elas para completar um excelente guia turístico. Eu voltava lá todos os anos! Eduardo Silva (Geiras) Ex-aluno de DG (2008-11) Muffins Natalícios 17 unidades - 320g farinha, 1 colher sobremesa de fermento, 1 colher sobremesa canela em pó, 2 ovos grandes, 120g açúcar, 1 iogurte de aroma de coco, 50 ml óleo, 100g uvas passas, 50g nozes, 1 dl Vinho do Porto, 17 cerejas cristalizadas. Açúcar em pó q.b., canela em pó q.b. Misture os ovos, o óleo e o iogurte e bata. Pique as nozes e misture-as com as passas e adicione o vinho do Porto. Junte estes dois preparados. Numa tigela grande, junte a farinha peneirada, o fermento, o açúcar e a canela. Junte a esta tigela a mistura anterior. Mexa bem com uma colher de pau. Coloque as forminhas de papel plissado dentro de forminhas de alumínio e encha-as até 2/3 com o preparado obtido. No cimo de cada muffin, coloque uma cereja cristalizada. Leve ao forno pré-aquecido a 180ºC durante aproximadamente 20 minutos. Retire e polvilhe com canela e açúcar em pó. Lígia Santos (MasterChef) A direção da Escola Profissional de Braga deseja a todos os seus alunos, professores, funcionários, pais e encarregados de educação, fornecedores e colaboradores um Feliz Natal e um Ano Novo muito próspero. Ficha Técnica Coordenador: Fernando Silva Redação: Alexandra Corunha, Eugénia Coutinho Marketing e Publicidade: Alexandra Corunha Conceito visual: Ana Gomes e Ricardo Coelho (ex-alunos de DG) Fotografia: Alexandre Ribeiro (aluno de DG), arquivo EPB Edição gráfica: João Delgado Ano II nº 4 Dezembro de 2011 Tiragem: 3000 exemplares [email protected] Propriedade: EPB - Escola Profissional de Braga, Lda. Morada: Rua Augusto Veloso N.º 140 - 4705-082 Braga tel: +351 253 203 860 fax: +351 253 203 869 site: www.epb.pt e-mail: [email protected] Com um muito obrigado, apresentamos as empresas que acolheram os nossos alunos em estágio, no ano letivo de 2010-11. • ACG ASSESSORIA CONTABILIDADE E • CONSTRUÇÕES PHAECIS • IDEIACINCO - MULTIMÉDIA • REPRESENTAÇÕES ONLINE URBANO & GESTÃO • COOLSIS – SISTEMAS DE INFORMAÇÃO • IDT CONSULTING OLIVEIRA • A COR DO DIA – AGÊNCIA DE • D CELEBRE ODISSEIA • IMAGO • RIBEIRO & MACHADO COMUNICAÇÃO GLOBAL • DELEGAÇÃO DE BRAGA DA CRUZ • ÍNDICE PUBLICIDADE • RITMOS E REFLEXOS • ADVOGADO ARTUR MARQUES VERMELHA PORTUGUESA • INSTITUTO CIÊNCIAS SOCIAIS • RIVAGLOBAL • ADVOGADO FRANCISCO PEIXOTO • DELPHI AUTOMOTIVE SYSTEMS – UNIVERSIDADE DO MINHO • RUM – RÁDIO UNIVERSITÁRIA DO MINHO • ADVOGADO JOÃO GONÇALVES PORTUGAL • INSTITUTO DE LETRAS E CIÊNCIAS • RUVICONTA – GABINETE DE • ADVOGADO JOÃO GONÇALVES • DEPARTAMENTO DE QUÍMICA DA HUMANAS – UNIVERSIDADE DO MINHO CONTABILIDADE • AGÊNCIA DE CONTRIBUINTES – CAMPO UNIVERSIDADE DO MINHO • INSTITUTO PORTUGUÊS DA JUVENTUDE • SÁ MACHADO & FILHOS DA VINHA • DIRECÇÃO REGIONAL DO NORTE – • ITEC – IBERIANA TECHNICAL • SANTOS DA CUNHA 3 GÁS • ARMANDO A. OLIVEIRA, ISABEL MIRANDA, SERVIÇOS DE BRAGA • J. CASTRO & FILHOS • SCHMITT – ELEVADORES, LDA. JÚLIO REIS, MARTA PINHEIRO – SOCIEDADE • DIRENOR – COMUNICAÇÃO, ESTUDOS, • JOÃO MIGUEL FERNANDES • SEF – SERVIÇO DE ESTRANGEIROS E DE SOLICITADORES CONSULTADORIA E DIVULGAÇÃO REGIONAL • KW ALTERNATIVAS EM ENERGIA FRONTEIRAS • AGÊNCIA DE VIAGENS TAGUS • DIVIMINHO • LAMASSOMA, CONTABILIDADE, • S.E.E.F – SOCIEDADE DE ESTUDOS • AKI BRICODIS • DST – DOMINGOS DA SILVA TEIXEIRA • LC – FERNANDO LEONEL COELHO ECONÓMICOS E FINANCEIROS • APOIASSES FORMAÇÃO • DVD MAIS – INFORMÁTICOS RODRIGUES • SERCOLOR-SÉRGIO VIDRAGO • ARCOHOTEL – EQUIPAMENTOS PARA • ECOMUSEU DE BARROSO • LILIANA MOURA RIBEIRO E HUGO • SERICEL HOTELARIA E CLIMATIZAÇÃO • EDIGMA-HEOD OFFICE CARVALHO – ARQUITECTOS • SIEBRAGA • ARQ.º. ABEL BRUNO FERREIRA GOMES • UNIVERSIDADE DO MINHO, ESCOLA DE • LIVRARIA CENTÉSIMA PÁGINA • SIGNA • ARTUR DA SILVA RIBEIRO ECONOMIA E GESTÃO • LINCIS • SOCIMORCASAL • ASNET UNIPESSOAL • EL CORTE INGLÉS GRANDES ARMAZÉNS • LOOKWARE – COMUNICAÇÃO E IMAGEM • SOLICITADOR MANUEL MOREIRA • ASSISTÉCNICA • ENTER-PRÉ IMPRESSÃO • MADEIPINTO PAVIMENTOS • SOLICITADORA EMILIA SANTOS • ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PROFESSORES • EPB – ESCOLA PROFISSIONAL DE BRAGA • MANIADAIMAGEM • SOLUÇÃO ESTÁVEL ENGENHARIA • AUDIAGE- APOIO À GESTÃO DE EMPRESAS • ESPAÇO DE COR • MARIA DO CÉU ESTEVES SÁ ELIAS • SOND’ART ACADEMIA • BABY WORLD • ESPAÇO LCB • MARKCIP • SOPRESTIGIO BANDEIRAS • BALCÃO ÚNICO DR. PEDRO PINTO • ESTÚDIOS SANTA CRUZ • MBIT • STAND LOUREIRO • BEC – BRAGA2, EQUIPAMENTOS DE • EUROPA AR – LINDO CONSTRUÇÕES • MEGAMATICA • STEELGREEN CLIMATIZAÇÃO • EUSÉBIOS & FILHOS • MEGATRONICA – INFORMÁTICA E • STOKVIS CELIX PORTUGAL • BERNARDO DA COSTA & FILHOS • F3M INFORMATION SYSTEMS ELECTRÓNICA • SUEVOS • BOSCH CAR MULTIMÉDIA PORTUGAL • FABRIPIXEL • MICRO – NET • TAICONSEG, GABINETE TÉCNICO DE • BRABETÃO • FACTORY BUSINESS CENTER • MINHOGRAFE CONTABILIDADE E SEGUROS • BRACRIL • FDO – CONSTRUÇÕES • MIX STORE • TIBRAGA • BRAGACONTA, GESTÃO E FORMAÇÃO • FELÍCIO & ALMEIDA • MMCI – MULTIMÉDIA • TLCI – AUTOMÓVEIS EMPRESARIAL • FELINO – FUNDIÇÃO E CONSTRUÇÕES • MONIZ DIAS – TECNOLOGIA INFORMÁTICA • TLCI, SOLUÇÕES INTEGRADAS DE • BRAGAREDES, IMPLEMENTAÇÃO DE REDES MECÂNICAS • MUDAR – SOCIEDADE DE MEDIAÇÃO TELECOMUNICAÇÕES INFORMÁTICAS E DE TELECOMUNICAÇÕES • FERNANDES E PIMENTA, GESTÃO E IMOBILIÁRIA • TRIAF • BRITALAR, SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES CONTABILIDADE • NEXTBRACOM – SISTEMAS E • TRIALARMES • BYSTEEL • FERREIRA MARTINS E FILHOS ENGENHARIAS • TRIBUNAL JUDICIAL DE BRAGA • CAF CONTABILIDADES • FF – FERREIRA E FORTE • NOTAS & ASSUNTOS • TRIBUNAL DE FAMÍLIA E MENORES DE • CALDEST – ASSISTÊNCIA E MANUTENÇÃO • FLOSEL – INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS E • NOSTRAGEST, GABINETE DE BRAGA • CÂMARA MUNICIPAL DE AMARES HIDRÁULICAS CONTABILIDADE E CONSULTORIA • TRIBUNAL JUDICIAL DE BARCELOS • CÂMARA MUNICIPAL DE VILA VERDE • FOTO ESPAÇO • NOVAFRIO • TRIBUNAL DO TRABALHO DE BRAGA • CARTÕES & SOLUÇÕES • FOTOLÂNDIA • NORTDOG, ACADEMIA CANINA • TRIPOLAR – ELECTRICIDADE E • CARTÓRIO NOTARIAL AIDA SOUSA • FOTO – VIVA • NÚCLEO DATA TELECOMUNICAÇÕES • CARTÓRIO NOTARIAL MARGARIDA • FRIAQUE – REFRIGERAÇÃO E VENTILAÇAO • PAULA LAGE • TRISOMA – CONTABILIDADE E AZENHA • FRISA – AR CONDICIONADO, FRIO • PC MAIS ADMINISTRAÇÃO • CARTÓRIO NOTARIAL RODRIGO PEIXOTO INDUSTRIAL • PETCOM – COMÉRCIO DE COMBUSTÍVEIS E • UERN – UNIÃO DAS ASSOCIAÇÕES • CASAIS – SERVIÇOS PARTILHADOS • FRITEMPO – COMÉRCIO DE LUBRIFICANTES EMPRESARIAIS DA REGIÃO NORTE • CENTRO CULTURAL E SOCIAL DE SANTO EQUIPAMENTOS DE FRIO E AR • PRIMAVERA BUSINESS SOFTWARE • UNIVERSIDADE DO MINHO ADRIÃO CONDICIONADO SOLUTIONS • VECTOR ESCALAR – ENGENHARIA • CENTRO DE MATEMÁTICA DA • GASAIR • PROFIJECTO ENGENHARIA • VESPASIANO MACEDO & ASSOCIADOS – UNIVERSIDADE DO MINHO • GRAU R – INDÚSTRIAS DE MADEIRA • PROWORLD – SISTEMAS DE SEGURANÇA SOCIEDADE DE ADVOGADOS • CENTRO TÉCNICO DA PEDRINHA • GROUPFIX N, ENGENHARIA E SERVIÇOS • PT PRIME • VHPH – EMPRESA DE TRABALHO • CIAB – CENTRO DE INFORMAÇÃO, • HOTESPAÇO – DESIGN DE INTERIORES • PUBLICIDADE É CONNOSCO TEMPORÁRIO (GRUPO CASAIS) MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM DE CONSUMO COMERCIAIS • QLS AUTOMOTIVE • VIEIRA E LOPES • CITYGAS • HPN – CONSULTORES DE ENGENHARIA • QUARTEIRÃO GLOBAL • WORTEN EQUIPAMENTOS PARA O LAR • CLIX MAIS MEDIAÇÃO IMOBILIÁRIA • HYDRA IT – TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO • REAL CITY – MEDIAÇÃO IMOBILIÁRIA • ZEBRA • CODEPIXEL E CONTEÚDOS • RED – DESENVOLVIMENTO E AUTOMAÇÃO • ZEFCOLOR • COM.PLEXUS – ARQUITECTURA & DESIGN • IDEIA ATLÂNTICO INDUSTRIAL
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